Papilomavírus Humano HPV
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Papilomavírus Humano HPV -BIOLOGIAAlunos: André Aroeira, Antonio Lopes, Carlos Eduardo Rozário, João Marcos Fagundes, João Paulo Sobral e Hélio Gastão Prof.: Fragoso 1º Ano E.M. – T. 13 Agente Causador Vírus que induzem à formação de verrugas ou papilomas Ö Papilomavírus; O HPV (Papilomavírus Humano) é uma doença infecciosa, de transmissão freqüentemente sexual, também conhecida como condiloma acuminado, verruga genital ou crista de galo; O HPV é classificado como uma DST (Doença Sexualmente Transmissível); A infecção por HPV atinge homens e mulheres, embora as manifestações clínicas mais freqüentes nas mulheres; A manifestação mais característica é a formação de verrugas, que são lesões benignas também chamadas de papilomas, de onde deriva o nome do vírus; Agente Causador O HPV apresenta estrutura viral definida e completa, um vírion de 52 a 55 nm de diâmetro, contendo molécula de DNA de 8 mil pares de bases, organizados em cadeia dupla, interna ao capsídeo proteico; Atualmente são conhecidos mais de 70 tipos, 20 dos quais podem infectar o trato genital; Estão divididos em 3 grupos, de acordo com o seu potencial de oncogenicidade: Agente Causador O HPV apresenta estrutura viral definida e completa, um vírion de 52 a 55 nm de diâmetro, contendo molécula de DNA de 8 mil pares de bases, organizados em cadeia dupla, interna ao capsídeo proteico; Atualmente são conhecidos mais de 70 tipos, 20 dos quais podem infectar o trato genital; Estão divididos em 3 grupos, de acordo com o seu potencial de oncogenicidade: Classificação em função da associação com lesões graves Tipos de HPV Associação com lesões cervicais Baixo risco 6, 11, 42, 43 e 44 20,2% em NIC de baixo grau, praticamente inexistentes em carcinomas invasores Risco intermediário 31, 33, 35, 51, 52 e 58 23,8% em NIC de alto grau mas em apenas 10,5% dos carcinomas invasores Alto risco 16 47,1% em NIC de alto grau ou carcinoma invasor 18, 45 e 56 6,5% em NIC de alto grau e 26,8% em carcinoma invasor Ciclo Biológico Os papilomavírus têm reação de atração (tropismo) pelo epitélio escamoso da pele e das mucosas; Os diversos tipos de HPV mostram uma tendência a se instalar em regiões preferenciais, tais como: mãos, pés, mucosa oral ou genital; O tipo de lesão que se desenvolve é associado ao tipo do vírus, p.ex.: os HPV´s 1,2 e 4 causam verrugas nas mãos e nos pés; os HPV´s 6 e 11 causam verrugas genitais e os HPV´s 16 e 18 são encontrados em carcinomas de colo do útero e de pênis; O Ciclo Biológico dos HPV´s tem início quando as partículas virais penetram nas células da camada profunda que são as células do epitélio escamoso. Fissuras nesse epitélio possibilitam a entrada do vírus a essas células; O vírion entra na célula pela interação das proteínas do capsídeo. Depois de penetrar na célula, perde seu capsídeo, expondo seu DNA à ação de enzimas nucleares, o que favorece a expansão dos genes virais; Após a infecção, o vírus passa por um período de incubação de 2 a 3 semanas, antes que se inicie o desenvolvimento de lesões. Modo de Contaminação O HPV é altamente contagioso; ou seja, é possível adquirí-lo com uma única exposição; A contaminação do vírus HPV se dá, principalmente, através de contatos sexuais, por isso é classificado como DST. Ou seja, a contaminação ocorre durante as relações sexuais, pelo contato genital. A partir daí, o vírus se instala no interior de uma célula da mucosa genital para conseguir sobreviver. Pode ficar ali, em estado latente, sem causar nenhum sintoma, ou provocar lesões; Porém, infelizmente, existem casos relatados na literatura médica de contágio não-sexual, como, por exemplo, através do uso de toalhas, roupas ou objetos íntimos de outra pessoa; O uso de preservativos masculinos (camisinhas) não pode garantir 100% de proteção contra a transmissão especificamente do papilomavirus. Isso porque o vírus pode estar instalado em áreas próximas aos órgãos protegidos, como na virilha. Modo de Prevenção Formas de Prevenção: Manter cuidados higiênicos; Ter parceiro fixo ou reduzir o número de parceiros; Usar preservativos em todas as relações sexuais; Visitar regularmente seu ginecologista/urologista e fazer exames de prevenção; É importante que o parceiro também procure um médico para verificar se ele está com o vírus. Sintomas Na maioria das vezes, a infecção pelo HPV não apresenta sintomas; O tipo e a gravidade dos sintomas dependem da variante do HPV e do local de infecção; A principal diferença entre as variantes do vírus distribui-os por duas categorias: os que infectam as superfícies cutâneas em geral e os que infectam a região genital; Como já foi dito, na maior parte dos casos a infecção é assintomática (sem sintomas), e resolve-se espontaneamente sem deixar seqüelas; Alguns tipos de vírus, contudo, em especial os que afetam a área genital, podem causar alterações que vão desde lesões benignas (verrugas, papilomas) a câncer. Diagnóstico O diagnóstico pode ser feito através da história clínica, exame físico e exames complementares; O rastreio da seqüela mais importante (o cancro do colo do útero) é feito por rotina, através do exame do papanicolau, que embora não detecte a presença do vírus, permite reconhecer as alterações que ele causa nas células; A biópsia é utilizada para observação e caracterização das alterações celulares através da análise microscópica de uma amostra; A colposcopia e peniscopia são técnicas que permitem a pesquisa de condilomas (verrugas) de reduzidas dimensões nas mucosas; Mais recentemente, foram desenvolvidas técnicas de biologia molecular que permitem a detecção do DNA do vírus; Estas técnicas são a única forma de diagnosticar o HPV sem equívoco. Tratamento Uma vez detectado, e se está causando lesão específica, as células do local devem ser submetidas à destruição química ou física. O procedimento deve sempre ser indicado e realizado por médico especialista; Em seus estágios iniciais, as doenças causadas pelo HPV podem ser tratadas com sucesso em cerca de 80% dos casos, impedindo que a paciente tenha maiores complicações no futuro; O HPV pode ser controlado, mas ainda não há cura contra o vírus. Deve ser feito o acompanhamento sistemático; A melhor arma contra o HPV é a prevenção, além do diagnóstico precocemente. Dados Epidemiológicos O HPV (Papilomavírus humano) é um dos vírus que mais contamina as mulheres em todo mundo. Sabe-se que em mais de 80% dos casos o HPV não se manifesta; mesmo assim os cuidados e a prevenção são de extrema necessidade. Isso porque o papilomavírus é o principal agente causador do câncer de colo do útero que mata, anualmente, em nosso país, mais de 7 mil mulheres. No mundo este número chega a 230 mil. É o segundo tipo de câncer com maior número de óbitos no Brasil. Só perde para o câncer de mama. Mais de 90% das vítimas de câncer de colo de útero possuem o HPV, câncer feminino mais freqüente no Brasil e em países subdesenvolvidos; Dados Epidemiológicos Estudos de genotipagem do HPV, em população do Rio de Janeiro, demonstraram a prevalência de 55,2% a 85,6% em diferentes tipos de lesão no colo do útero. O HPV 16 e 18 estiveram presentes em 80,5% das lesões oncogênicas; Embora o Brasil tenha sido um dos primeiros países no mundo a introduzir a citopatologia para a detecção precoce do câncer do colo do útero, aqui as taxas de mortalidade continuam elevadas; Historicamente, permaneceram relativamente estáveis desde 1985, tendo sido, em 1997, de 4,23/100.000 (Ministério da Saúde, 2000). Para o ano 2000, as taxas brutas de mortalidade e incidência estimadas são, respectivamente, de 4,25/100.000 e 20,48/100.000; Dados Epidemiológicos Figura 1 – Incidência do câncer do colo do útero nos cinco continentes. Fim
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