Um Freio
Transcrição
Um Freio
Informativo Oficial da Concer Ano 10 | nº 113 | dezembro de 2012 Frota Ultrapassada Caminhões velhos e sem manutenção põem em risco o tráfego nas estradas. Reciclagem Catadores e artesãos ganham apoio da Universidade Federal de Juiz de Fora. Um Freio na Fome Campanha da Concer garante ceia de Natal para famílias de baixa renda Vestindo a camisa da solidariedade: funcionários se mobilizam para arrecadar alimentos para famílias carentes 04 06 investimentos 07 cultura 13 Um Freio na Fome: Campanha garante ceia de natal para famílias de baixa renda. RECICLAGEM Associação de Juiz de Fora transforma resíduos em objetos artesanais. meio ambiente Parque em Duque de Caxias abriga espécies raras da Mata Atlântica. 18 16 capa SAÚDE 19 Publicação da Concer Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora - Rio Produção Executiva: Fabiane Lacerda Comunicação e Marketing: Flavio Menna Barreto Daiana Schüler | Amanda Santiago Editor: Flavio Menna Barreto (Mtb 27.925/RJ) Projeto gráfico: Agência Brick | Designer: Thiago Arias Gomes Redatora: Fátima Medeiros (Mtb 17.644/RJ) Comercial: Luís Gustavo Salles | [email protected] [email protected] | www.agenciabrick.com.br Fotografia: Acervo Concer | Pág. 1 Evaldo Macedo | Pág. 5 Antônio Meyer Pág. 6 Ito Cornelsen | Pág. 9 Arthur Neto | Pág. 16 e17 Alberto Ellobo Impressão: Gráfica Formato 3 Centenário de Luiz Gonzaga: Homenagens ao eterno Rei do Baião. ECONOMIA 21 expediente Boa leitura a todos! Concer financia estudo de recuperação ambiental na BR-040. dicas culturais 22 Nesta edição da Via Concer, uma constatação preocupante: a maior parte dos caminhões que circula por nossas rodovias já deveria estar aposentada há pelo menos uma década. Sem a manutenção adequada, com peças desgastadas pelo excesso de uso, o transporte de carga se torna uma ameaça ao bom funcionamento do trânsito e à vida dos demais usuários das estradas. Não é à toa, que as estatísticas revelam o crescimento dos acidentes envolvendo caminhões e carretas. Isso sem computar os casos de enguiços, que não chegam a provocar desastres, mas geram longas e cansativas retenções. Neste fim de ano, a solidariedade também é um de nossos temas. Mostramos que a rede de solidariedade formada por funcionários da Concer e usuários da BR-040 tem garantido uma ceia de Natal mais farta para milhares de famílias de baixa renda. E por falar em mobilização, falamos da importância do trabalho dos catadores de materiais recicláveis para o meio ambiente e como a organização desses grupos pode gerar bons resultados. Trazemos ainda uma homenagem a um dos mestres da cultura popular brasileira, Luiz Gonzaga, que completaria cem anos neste mês de dezembro, se estivesse vivo. Veja ainda as dicas de programas natalinos especiais. Perigo nas estradas: caminhões velhos e sem manutenção ameaçam o tráfego. NA BR & ARREDORES 23 EDITORIAL 10 Índice Alberto Ellobo/SMCT-DC Entrada do Parque Municipal da Taquara - Santa Cruz da Serra transportes informações gerais Cuidados que as gestantes devem adotar no trânsito. Polo de empresas da indústria naval se fortalece no Rio de Janeiro. 04 transportes Com validade vencida Caminhões velhos geram insegurança, desperdício e poluição A idade média da frota de caminhões no Brasil é de 19 anos, quando, segundo os especialistas, o veículo de transporte de carga deveria ser aposentado depois de oito anos de uso. O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de Brasília. O quadro de desgaste desses veículos gera duas consequências diretas: o desperdício de óleo diesel e o excesso de emissão de dióxido de carbono, gás que contribui para o aquecimento global, quando em elevada concentração na atmosfera. De acordo com a pesquisa, se houvesse renovação da frota de caminhões e carretas, haveria uma redução da emissão desse gás em quase três milhões de toneladas por ano. Além disso, deixariam de ser consumidos anualmente um bilhão de litros de óleo diesel, que hoje são desperdiçados. O estudo constatou que os caminhões em poder dos transportadores autônomos de cargas (TAC) estão com idade média de 23 anos, os ve- ículos de empresas transportadoras de cargas rodoviárias (ETC) têm em média 12 anos, os de cooperativas de transporte rodoviário de cargas (CTC), 16 anos, o que gera uma média nacional preocupante: 19 anos. A conclusão dos pesquisadores é a seguinte: “A frota brasileira de caminhões possui idade média bastante elevada, atingindo aproximadamente 19 anos, idade essa que não proporciona à maioria dos veículos existentes no Brasil acesso às novas tecnologias desenvolvidas”. 05 12 anos 16 anos 23 anos Tempo de uso da frota de cargas ETC CTC TAC Fonte: Universidade de Brasília A frota brasileira de caminhões possui idade média de 19 anos, incluindo os caminhões dos transportadores autônomos de cargas (TAC), os veículos de empresas transportadoras de cargas rodoviárias (ETC) e os de cooperativas de transporte rodoviário de cargas (CTC). Tecnologia obsoleta aumenta o risco de acidentes Mas existe ainda um outro risco gerado por essa frota “com prazo de validade vencido”: o aumento do risco de acidentes. Um perigo que assume proporções gigantescas quando falamos de nada menos que 600 mil caminhões com tecnologias obsoletas. A frota envelhecida apresenta mais defeitos mecânicos e problemas que afetam diretamente a fluidez do tráfego, a segurança das pessoas e do patrimônio. De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), do Ministério do Planejamento, o custo dos acidentes em rodovias e vias urbanas atinge a cifra de R$ 28 bilhões ao ano. Outras pesquisas, feitas pela a COPPEAD/UFRJ e pela seguradora PAMCARY, especializada no transporte de cargas, revelam que o trânsito faz 34 mil vítimas fatais por ano no Brasil. Pelo menos 8 mil destas mortes decorrem de acidentes em que o caminhão está envolvido. 06 investimentos Pesquisa de campo Concer financia estudo ambiental na BR-040 D escobrir quais são as espécies vegetais mais eficientes na recuperação de áreas degradadas e taludes em processo de erosão. Esse é o objetivo da pesquisa experimental ambiental que está sendo realizada ao longo do trecho de concessão da Concer da BR-040. O projeto está sendo desenvolvido por especialistas da Essati Engenharia. Não é tão simples quanto parece. O desafio é identificar plantas que tenham ao mesmo tempo uma boa adaptação às caracterís- ticas da região, incluindo aí desde o tipo de solo até as condições climáticas, e também uma boa longevidade, um índice adequado de fixação de nitrogênio (para garantir melhoria da fertilidade da terra) e produção de biomassa satisfatória, além do cumprimento de funções fundamentais para implantação em uma estrada: a capacidade de minimizar a monotonia da paisagem, sem interferir na visibilidade e ainda, se possível, reduzindo o ofuscamento gerado pelos faróis. Recuperação da vegetação à margem da Rodovia BR-040 O projeto, com duração de 25 meses, tem custo de R$ 996 mil e está sendo realizado com Recursos de Desenvolvimento Tecnológico (RDT), oriundos da receita bruta da Concessionária, que fomentam estudos e pesquisas no campo da engenharia rodoviária. Desde 2010, o RDT na Concer também financia um estudo da Coppe/UFRJ na BR-040 que analisa o desempenho de pavimentos com a utilização de dois tipos de misturas asfálticas sobre tráfego real. O objetivo da pesquisa é desenvolver um asfalto mais durável e de menor custo. cultura Luiz Gonzaga: a alma do sertão Centenário de nascimento do Rei do Baião é comemorado em todo país H á exatos cem anos, numa sexta-feira do dia 13 de dezembro de 1912, nascia Luiz Gonzaga do Nascimento. Um nordestino pobre, criado numa casa de barro batido do povoado do Araripe, em Exu, que sairia do extremo oeste do Estado de Pernambuco, a 700 quilômetros do Recife, para apresentar ao mundo o xote, o xaxado e o baião – até então pouco conhecidos fora do sertão. Mestre Lua, como foi apelidado, se tornou uma espécie de embaixador da cultura sertaneja, levando para os quatro cantos do país a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, sempre acompanhado de seu acordeão. Foi com o pai que Luiz Gonzaga aprendeu as notas musicais. Seu Januário José dos Santos trabalhava na roça, mas gostava de tocar sanfona nas horas vagas, além de consertar o instrumento. O contato com o palco começou ainda na infância. As primeiras apresentações de Lua foram acompanhando Seu Januário em bailes, forrós e feiras. Genial instrumentista e sofisticado inventor de melodias e harmonias, Gonzagão compôs o que pode ser considerado o hino da cultura serteneja: a canção “Asa Branca” (1947). Gravou mais de 600 músicas, incluindo sucessos nacionais como “Qui Nem Jiló” (1949) e “Baião de Dois” (1950). Conquistou o reconhecimento e consolidou a carreira no sudeste, sem perder as raízes nordestinas, superando um longo caminho de dificuldades, sofrimento e preconceito. Pai de outro talento de destaque na Música Popular Brasileira, Gonzaguinha, Mestre Lua teve uma vida familiar conturbada, contada no filme “Gonzaga De pai para filho”, ainda em cartaz nos principais cinemas do país. O centenário de nascimento do Rei do Baião movimenta o calendário cultural, com uma série de eventos. No Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, em São Cristóvão, a programação do mês é toda especial. Confira mais detalhes sobre as homenagens a Gonzagão nas páginas 8 e 9. 07 cultura Uma estrela desde o nascimento A vida do Rei do Baião é retratada no filme “Gonzaga - De Pai Para Filho”, do diretor Breno Silveira. O drama percorre a trajetória do artista desde a infância até a histórica turnê ‘Vida de Viajante’ com o filho Gonzaguinha. E revela o drama da conturbada relação entre pai e filho. Na esteira das comemorações pelo centenário de nascimento de Mestre Lua, também está sendo lançada a 2ª edição de “Luiz Gonzaga: a síntese poética e musical do sertão”, da musicóloga Elba Braga Ramalho. O livro inclui a discografia completa do sanfoneiro, um DVD, xilogravuras do artista João Pedro do Juazeiro e um ensaio fotográfico de Francisco Sousa. Visão de estrela cadente muda nome do artista Uma curiosidade sobre o nascimento de Luiz Gonzaga é que o segundo filho de Ana Batista de Jesus e oitavo de Januário José dos Santos, deveria ter o mesmo nome do pai. O que mudou esse destino? Uma estrela cadente que cruzou o céu na madrugada em que o músico nasceu. Olhando o céu, Seu Januário mudou de ideia: Como era o dia de São Luiz Gonzaga, decidiu homenagear o santo. O sobrenome “Nascimento” foi uma referência ao mês em que se comemora o Natal. Fotos: Divulgação 08 09 Maratona pé-de-serra Arthur Neto/Divulgação Arthur Neto/Divulgação Luiz Gonzaga é o personagem do mês na Feira de São Cristóvão Fachada da Feira de São Cristovão - Rio de Janeiro O centenário de nascimento do Rei do Baião está sendo celebrado com uma programação especial no Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, a Feira de São Cristóvão. Uma exposição revela a trajetória do autor de Asa Branca, através de textos, da discografia e de fotografias. No dia 13 de dezembro, as comemorações começam cedo: às 10 da ma- Grupos de forró pé-de-serra: inspirados em Luiz Gonzaga nhã, com a missa dos 100 anos e, a partir de meio dia, a festa é arretada, com direito a uma maratona musical, com 25 trios pé-de-serra, 8 bandas, 4 duplas de repentistas, além de quadrilhas, cangaceiros, bumba meu boi. Com quase 700 barracas, a feira oferece ainda um variado cardápio gastronômico e cultural , com tudo que é mais típico do sertão, da li- Funcionamento da Feira de São Cristóvão • Terça a quinta, de 10h às 18h (entrada franca, exceto feriados) Finais de semana: das 10h de sexta-feira às 21h de domingo (taxa de entrada R$ 3,00) • Informações: (21) 2580-5335 | www.feiradesaocristovao.org.br • teratura de cordel ao artesanato. A animação é garantida pela autêntica MNB, a Música Nordestina Brasileira (forró, xote, baião, xaxado, brega, repente, martelo agalopado, coco, embolada, arrasta-pé, ciranda, maracatú e outros sons bem característicos). Repertório que expressa a diversidade artística da região e atrai mais de 300 mil visitantes por mês. 10 capa Um gesto de solidariedade Campanha Um Freio na Fome garante ceia de Natal para famílias de baixa renda A campanha Um Freio na Fome, da Concer, chega à 12ª edição com a marca de 111 toneladas de alimentos não perecíveis arrecadadas e doadas. Uma corrente de solidariedade que já transformou o Natal de mais de 13 mil famílias de baixa renda dos municípios de Duque de Caxias, Petrópolis, Areal, Simão Pereira e Levy Gasparian. Um dos segredos para o sucesso da iniciativa é a mobilização dos funcionários da Concessionária, que se empenham numa espécie de gincana informal entre os diferentes setores da empresa para ver quem consegue mais donativos. Em 2011, a turma da engenharia ganhou o prêmio “Troféu Solidário” pela arrecadação de 8.753,43 kg de alimentos. Nesta edição, a campanha tem outros dois importantes parceiros: Durante todo o período de vendas de Natal, o Shopping Estação Itaipava está adotando como ingresso para as atividades voltadas para as crianças a doação de um quilo de alimento não perecível. Entre as atrações, um trenzinho que circula pelos arredores. No Caxias Shopping, uma urna foi instalada para a arrecadação dos donativos. As doações dos usuários podem ser feitas durante o mês de dezembro, nas três praças de pedágio. “A Campanha Um Freio na Fome é importante como uma forma de sensibilização da sociedade para os problemas sociais, além de unir funcionários, usuários, colaboradores e fornecedores num gesto solidário, proporcionando às famílias de baixa renda que vivem no entorno da rodovia um jantar especial na noite de Natal“, afirma a gerente de Desenvolvimento Social da Concer, Cláudia Machado. 11 Em sua 12ª edição, a campanha Um Freio Na Fome ganhou, pela primeira vez, um perfil no facebook. Para acompanhar as novidades na rede social, basta clicar: facebook.com/UmFreionaFome. Os donativos podem ser entregues no Serviço de Informação ao Usuário (SIU) das praças de pedágio da rodovia (Duque de Caxias, Areal e Simão Pereira). Para doações maiores, é preciso preencher o formulário disponível no site www.concer.com.br. Nesse caso, a equipe da Concer entrará em contato para viabilizar o recolhimento. Outras informações pelo telefone: 0800 282 0040. Confira as comunidades e instituições beneficiadas pela campanha: Petrópolis - AMASE - Associação de Moradores de Santa Edwiges, Associação de Moradores de Duarte da Silveira, Casa Asilar Alcides de Castro, Escola Municipal Odette da Fonseca, Lar de Crianças Nossa Senhora das Graças, Petrosport, Renovar Saúde Criança. Duque de Caxias - ASCOM - Associação Comunitária de Santa Cruz da Serra, Asilo Getsemani, Associação de Moradores do Parque Proletário do Jardim Gramacho, Associação de Catadores de Campos Elíseos, Associação de Moradores do Sarapuí, Casa de Caridade Maria de Nazaré, Comunidade Beira do Rio, Comunidade de Campos Elíseos, Creche Escola Comunitária Favo de Mel e Creche Escola Jardim Gramacho. Areal - Associação de Moradores da Comunidade São Francisco de Assis, Associação de Moradores de Vila Adelaide, Associação de Moradores do Cedro, Associação de Moradores e Amigos do Alto da Derrubada. Levy Gasparian - CAPS - Centro de Atenção Psicossocial de Comendador Levy Gasparian. Três Rios - Federação das Associações de Moradores de Três Rios. Matias Barbosa - Centro Comunitário de Matias Barbosa. Evaldo Macedo Formas de participar da rede de solidariedade: Dia de mobilização da campanha Um Freio na Fome na sede da Concer 12 meio ambiente RECICLAGEM A arte do lixo C ada brasileiro produz, em média, um quilo de lixo por dia. Isso significa um total de 194 mil toneladas de materiais descartados. Mas apenas 13% desses resíduos são reciclados, quando seria possível reaproveitar até 45%. Os dados são da Associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE). A situação já foi pior. Na verdade, o Brasil evoluiu, e muito, na transformação de resíduos sólidos. Um exemplo é o caso das embalagens PET, uma das vilãs da poluição ambiental urbana. O Brasil consumiu 505 mil toneladas de resina PET na fabricação de embalagens em 2010. Mais da metade desse total (56%) foram recuperados e encaminhados para reciclagem. Em 1994, apenas 19% tinham esse destino. Esse crescimento se deve principalmente à organização em cooperativas de um verdadeiro exército de catadores: 800 mil brasileiros que vivem da seleção do lixo. Num país onde a coleta seletiva domiciliar ainda é incipiente, são eles os principais aliados da indústria da reciclagem. Divulgação Associação de Juiz de Fora transforma resíduos em objetos artesanais Produtos da Lixarte: todos feitos com materiais recicláveis 13 RECICLAGEM 14 Grupos de reciclagem ganham apoio da Universidade Federal de Juiz de Fora Arthur Neto Arthur Neto E Pufes da Lixarte: feitos com 32 garrafas PET m Juiz de Fora, dois grupos que trabalham com a coleta de materiais recicláveis vêm sendo apoiado pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Juiz de Fora (Intecoop/UFJF): a Associação Lixarte e a Associação Municipal dos Catadores de Materiais Recicláveis e Reaproveitáveis de Juiz de Fora (Ascajuf). Criada em 2005, a Lixarte atua no bairro Olavo Costa, na periferia da cidade. Ali são produzidos objetos de decoração e móveis como pufes e poltronas, tendo como base as garrafas PET. Para fazer um pufe, são usadas em média 32 garrafas. Para garantir resistência ao produto final, as embalagens são cortadas e encaixadas uma dentro da outra. O acabamento é feito com capas artesanais. Através da Intecoop, os artesãos adquiriram conhecimentos sobre gestão de cooperativa, economia solidária e valorização das mercadorias. O dinheiro arrecadado com a venda é dividido meio a meio. Uma parte é usada para custear o trabalho social e a outra metade vai para os artesãos. Quem quiser aprender a reciclar, pode participar das oficinas oferecidas pela associação. Além de palestras de conscientização ambiental, a Lixarte mantém uma escola de samba mirim e oferece à comunidade aulas de violão, de dança e de reforço escolar. A Associação Municipal dos Catadores de Materiais Recicláveis e Reaproveitáveis de Juiz de Fora (Ascajuf) reúne 30 profissionais num espaço alugado pela prefeitura, no bairro Vitorino Braga. O grupo recebeu da Intecoop, no início do ano, uma série de equipamentos para garantir melhores condições de trabalho, como uma empilhadeira, um guincho hidráulico, carrinhos para recolhimento de material reciclável e de carga, fogão, refrigerador, pás, além de uniformes. Mas o grande sonho ainda está a caminho: a construção da sede própria. O galpão deverá ser erguido em um terreno próximo ao campo do clube Tupynambás, no bairro Poço Rico. O projeto elaborado pela Faculdade de Engenharia da UFJF está orçado em R$ 250 mil - R$ 194 mil a serem investidos pela Fundação Banco do Brasil e o restante pela Prefeitura de Juiz de Fora. Em dezembro, os produtos da Lixarte podem ser encontrados em feiras e bazares alternativos de Natal, como o Espaço Cultural Mascarenhas, a Praça da Estação, a Praça Antônio Carlos ou ainda na sede da Lixarte: Rua da Esperança, 10 Bairro Olavo Costa - Juiz de Fora. Telefone: (32) 8815-1519 - Reginaldo. 15 Reciclagem de ideias Transformando vidas N as cooperativas e associações de catadores de lixo não são apenas os materiais que são recuperados e transformados: os participantes também modificam as próprias vidas. As histórias de transformação são muitas. Entre elas, a do próprio fundador da Lixarte. A cultura ambiental ajudou Reginaldo Barbosa Silva a superar o alcoolismo. Hoje, ele comanda a associação que ajuda a melhorar a vida de 50 famílias da periferia de Juiz de Fora. Confira a entrevista de Reginaldo à Via Concer. Como a Lixarte atua? A Lixarte vem realizando trabalhos especificamente na comunidade do Bairro Olavo Costa, voltados para a reciclagem de resíduos sólidos, priorizando o trabalho com garrafas PET e a mobilização dos moradores acerca da cultura ambiental. De lá pra cá, o que mudou? A comunidade de Olavo Costa, está localizada na periferia de Juiz de Fora, possui um grande número de famílias carentes e um alto índice de violência. Atualmente, muitas famílias sobrevivem da renda advinda da coleta e venda de materiais recicláveis. As ações desenvolvidas pelo projeto, vem de encontro a uma realidade nacional, em que muitas pessoas estão fora do mercado formal de trabalho e encontram como alternativa de geração de renda, o lixo. Qual era o conhecimento dessas pessoas atendidas pela Lixarte em relação ao lixo e ao meio ambiente? No início do projeto, podemos dizer que nenhum conhecimento. Hoje, estão mais conscientes e informados. Além da transformação de materiais recicláveis em si, quais são as outras ações desenvolvidas por vocês? Dentro da proposta de novas experiências, a produção de instrumentos de percussão, reciclando e reutilizando materiais como latas, latões e canos de PVC, entre outros, e a formalização de parcerias com instituições para o efetivo envolvimento de toda comunidade. Qual é a próxima meta da Lixarte? A formalização da Escolinha de Percussão e da Escolinha Mirim de Mestre-sala e Porta-bandeira. meio ambiente Alberto Ellobo/SMCT-DC 16 Paraíso Ecológico Parque em Duque de Caxias abriga espécies raras da Mata Atlântica A localização é privilegiada: bem no meio da Serra dos Órgãos, entre a Área de Proteção Ambiental de Petrópolis e a Reserva do Tinguá. É nesse corredor ecológico que encontramos o Parque Municipal Natural da Taquara. São 20 mil hectares de Mata Atlântica preservada, com direito a piscinas de água natural e cachoeiras, como a Das Dores e a Véu de Noiva. O parque abriga o Bromeliário Margaret Mee, com mais de 20 espécies diferentes da planta. A diversidade da flora é um dos destaques da unidade, que conserva espécies raras do bioma. Beleza que atrai 4 mil visitantes por mês. A fauna é um atrativo à parte: caminhando por suas trilhas é possível avistar pássaros como o tié sangue, o sabiá e o sanhaço, além de mamíferos como o quati, a preguiça, o tatu e diferentes espécies de macacos. Aliás, o parque é o único ambiente em Duque de Caxias onde ainda pode ser encontrado – com muita sorte – o mico-leão-dourado. A presença do animal, que era considerado extinto no local, foi atestada por especialistas durante uma expedição na unidade de conservação em 2006. A Baixada Fluminense fazia parte da distribuição geográfica original do mico-leão-dourado, mas o desmatamento e a urbanização alteraram o habitat natural e atualmente a espécie só pode ser encontrada em número representativo na reserva de Poço das Antas, no município de Silva Jardim, a 130 quilômetros de distância. O Parque Municipal Natural da Taquara fica aberto à visitação de segunda a sexta, das 9h às 17h, mas é preciso agendar as visitas, com antecedência, pelo telefone. Parque Municipal Natural da Taquara Endereço: Rua Cachoeira das Dores, s/nº Taquara – Santa Cruz da Serra Informações: (21) 2787-3696 Alberto Ellobo/SMCT-DC Alberto Ellobo/SMCT-DC 17 Um convite ao mergulho: Rios e cachoeiras compõem o belo cenário do parque, onde a abundância de água é um dos atrativos 18 saúde Direção e Gravidez Os cuidados que gestantes devem adotar no trânsito A forma correta de utilização do cinto de segurança na gravidez é fundamental para evitar ferimentos graves, traumas abdominais e choques hemorrágicos que podem levar à morte do bebê em freadas bruscas ou colisões no trânsito. O mais indicado é o uso do cinto de três pontos. A faixa diagonal deve passar entre os seios e ao lado da barriga da gestante. A faixa inferior do cinto deve ficar abaixo da barriga e nunca sobre ela porque, nesse caso, o impacto da desaceleração repentina pode afetar a placenta. Outra dica é em relação às motoristas grávidas quando forem utilizar carros com air bag. É preciso afastar o banco do volante ao máximo, desde que se mantenha um contato seguro com a direção e os pedais. O espaço é necessário para que o equipamento inflado, num possível acidente, proteja de fato a barriga sem causar danos pela pressão. Quanto ao limite para que a grávida continue dirigindo não há consenso entre os médicos e nem restrição no Código de Trânsito Brasileiro. Mas vale o bom senso. Se você se sente desconfortável ou insegura, é hora de parar e passar para o banco do carona. Uma boa conversa com seu ginecologista também poderá esclarecer melhor a questão. Incorreto: Nunca utilize o cinto sobre a barriga. Correto: Sempre utilize o cinto abaixo da barriga. economia Megainvestimento Novo polo atrairá empresas do setor naval para Duque de Caxias Divulgação Qual a importância da retomada da indústria naval para o Estado? Secretário Júlio Bueno: Otimista com o novo projeto R eunir as principais empresas fornecedoras de peças e serviços para a indústria naval, criando 5 mil novos empregos diretos, até 2015. Essa é a meta do Polo de Navipeças, que começa a ser erguido em 2013 numa área de 4,5 milhões de metros quadrados, à margem do Rio Estrela, nos fundos da Baía de Guanabara, no bairro Ana Clara, em Duque de Caxias. O investimento é de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 250 milhões do governo do Estado. O empreendimento, com acesso marítimo, aguarda a aprovação dos órgãos ambientais. O setor naval está em plena expansão no Rio de Janeiro. Três novos estaleiros estão em construção: OSX, Estaleiro da Marinha e Barra do Furado. Além disso, o estaleiro Caneco, desapropriado pelo Estado, será vendido e revitalizado. O segmento gera 25 mil empregos diretos. Em entrevista concedida à Via Concer, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, analisa a importância do projeto, inédito na América Latina, e revela que o polo funcionará como um condomínio industrial. A indústria naval é fundamental para o Estado do Rio de Janeiro, que possui o maior polo de atividades desse setor no País, e consequentemente gera o maior número de empregos da cadeia. Mas já passamos da fase da retomada da indústria naval. Hoje estamos mirando numa segunda fase que é abranger os fornecedores dessa cadeia. Queremos ir além do primeiro elo da cadeia da indústria naval, que é formado pelos estaleiros e fornecedores diretos. Queremos a indústria de navipeças presente com força no estado. Qual deverá ser o impacto do novo polo para a economia regional e do Estado como um todo? A criação do polo de navipeças é uma iniciativa pioneira na América Latina, e fundamental para viabilizar novos investimentos na indústria naval do Rio de Janeiro. O polo vai atuar como se fosse um condomínio industrial, tendo como característica principal sua ênfase no modal hidroviário. Isso faz uma revolução na forma que a indústria naval é atendida por seus fornecedores. A expectativa é atrair quantas empresas? Temos recebido constantes consultas de grandes empresas nacionais e internacionais da indústria offshore que querem se instalar no Rio, visando o elevado volume de encomendas que deve ocorrer nos próximos anos em decorrência do pré-sal. O estado do Rio tem vocação histórica para atender a maior parte desta demanda e é natural o interesse destes investidores. Não dá para prever quantas empresas vão se instalar, porque vai depender do tamanho de cada uma delas. Isso depende da negociação, qual a área que será necessária para determinada empresa. Quais serão as vantagens para as empresas que já atuam no ramo em participar do polo de navipeças? A logística de transporte é o ponto critico, especialmente para o acesso aos estaleiros da Baía de Guanabara, implantados há muitos anos, em locais com o sistema viário muito comprometido e sacrificado, e com restrições físicas importantes para carga pesada. A partir da criação do novo polo de navipeças, será possibilitado às empresas fornecedoras ter acesso marítimo aos 19 estaleiros instalados na Baia da Guanabara, para levar até eles carga e equipamentos, o que contribuirá para aliviar o tráfego urbano. Isso reduz custo de transporte e prazo de entrega, tornando a indústria mais competitiva. A meta é inaugurar o polo quando? O cronograma prevê o início das obras na área a partir de 2013, devendo se consolidar uma primeira etapa do projeto todo até 2015. Como estão os trâmites para aprovação junto ao Inea? Existe alguma pendência? Os trâmites estão correndo normalmente. Estamos dentro do cronograma e acreditamos que até o final do ano o licenciamento seja liberado. 19 21 DICAS C ULTURAIS eventos Árvore de Natal da Lagoa Festival de Presépios do Rio A 17ª edição da Árvore de Natal da Lagoa promove um passeio pelas 4 estações do ano para simbolizar as comemorações ao redor do planeta. Uma base de lâmpadas em tons de verde, com detalhes de galhos, simula a queda das folhas do outono. Em seguida, a árvore ganha uma tonalidade totalmente branca, representando a neve dos países que comemoram a data no Inverno. A primavera chegará com flores coloridas, em efeito 3D, como um jardim brotando. No verão, o predomínio será dos tons de amarelo como o brilho solar. A maior árvore de Natal flutuante do mundo tem 85 metros de altura, o equivalente a um edifício de 28 andares, pesa 542 toneladas e conta com 3,1 milhões de microlâmpadas. O espaço de 15 mil m² do Jardim de Alah, em Ipanema, entre a rua Visconde de Pirajá e a Lagoa, se transforma na Vila do Papai Noel: uma minicidade iluminada e decorada com presépios em tamanho natural. Em sua quarta edição, o Festival de Presépios do Rio apresenta uma programação recheada de atrações culturais e infantis gratuitas: música instrumental e erudita, contação de histórias, teatro de fantoches e grupos folclóricos. O evento concorre ao título de maior exposição de presépios artísticos em tamanho grande a céu aberto do mundo pedido de verificação aceito pelo Guiness World Records . Uma praça de alimentação completa o espaço aberto ao lazer das famílias. Data: Até 06 de Janeiro de 2013 Local: Lagoa Rodrigo de Freitas - RJ Entrada: Gratuita Data: Até 25 de dezembro Data: Jardim de Alah – Ipanema - RJ Entrada: Gratuita 22 na br & arredores NATAL DE LUZ O Centro Histórico da Cidade Imperial fica ainda mais bonito em dezembro, emoldurado por milhares de microlâmpadas. Além da decoração especial, o Natal de Luz de Petrópolis conta com outras atrações. O Palácio de Cristal abriga uma feira artesanal de produtos natalinos, de 01 a 23 de dezembro. No dia 14, é a vez da apresentação do Coral dos Correios, na escadaria da agência central dos Correios, na rua do Imperador, às 10h30. Já no dia 22, às 20h, o espetáculo é do Coral 500 Vozes, na Igreja do Rosário. pesquisa O instituto de pesquisas Vox Populi foi contratado pela Concer para realizar a Pesquisa Anual de Satisfação dos Usuários da BR040. Os pesquisadores coletaram as opiniões dos motoristas em postos, pontos de parada e praças de pedágio da rodovia, entre os dias entre os dias 6 e 13 de novembro. Com a iniciativa, prevista em contrato, a empresa busca alinhar seus projetos às expectativas dos usuários. TREINAMENTO As equipes médicas do Serviço de Assistência ao Usuário (SAU) participaram de mais uma etapa do programa de capacitação contínua da Concer, entre os dias 27 e 30 de novembro. O treinamento especial teve como tema o salvamento em altura e foi realizado no América Futebol Clube, em Três Rios. Presépio Mais de 3.500 peças dos séculos XVIII e XIX compõem o Presépio Napolitano. O nascimento de Jesus é ambientado numa miniaturada da região italiana de Nápoles, com extensão de 80 m² e 5 metros de altura. Algumas maquetes contam com movimento, como é o caso da que retrata o típico natal norteamericano. Até o dia 23 de dezembro, no Centro Cultural Cesgranrio. O endereço é Rua Santa Alexandrina, 1022, no Rio Comprido. O ingresso é um quilo de alimento não perecível e o estacionamento é gratuito. O telefone é (21) 2103-9600. informações Gerais MÃO DUPLA TELEFONES ÚTEIS “Parabenizo pela informação precisa. Em viagem, em direção a Juiz de Fora, ouvi no rádio, notícia transmitida sobre problemas na subida da serra de Petrópolis, tombamento de carreta com 26 mil quilos. Mas ao parar às 07h45 no SIU do Km 104 fui informado pela atendente Michelle Ramos de que a lentidão naquele momento não existia, o que foi comprovado pelo tempo feito no percurso - uma hora. Informação é tudo”. Walter Martins Câmara Júnior, em 16/10/2012, no Livro de Registros do SIU/Km 104 Este é o seu espaço. Aproveite e envie suas críticas, elogios e sugestões para que juntos possamos tornar a Via Concer cada vez melhor para você. Contato: [email protected] MAPA DA RODOVIA 1 EIXOS RODAGEM 2 8,00 AUTOMÓVEL, CAMINHONETA E FURGÃO 4 EIXOS RODAGEM 3 EIXOS 5 RODAGEM 2 EIXOS RODAGEM 2 16,00 CAMINHÃO LEVE, FURGÃO, ÔNIBUS E CAMINHÃO-TRATOR 24,00 CAMINHÃO, CAMINHÃO-TRATOR, CAMINHÃO-TRATOR COM SEMI-REBOQUE E ÔNIBUS 7 Concer: 0800 282 0040 Atendimento a Deficientes Auditivos e de Fala: 0800 281 0041 PRF: 191 Corpo de bombeiros: 193 ou (24) 2237-1234 (Petrópolis) CRT - BR 116/RJ: 0800-021 0278 Disque Denúncia: (21) 2253-1177 ou (24) 2242-8005 (Petrópolis) Lamsa: 0800 24 23 55 Nova Dutra - BR-116/RJ/SP: 0800 017 35 36 Ponte S/A: 0800 022 9333 Via Lagos - RJ/124: 0800 70 20 124 Disque-Detran: (21) 3460 4040 (Região Metropolitana) 0800 20 40 40 (Interior) Tarifas da BR-040 (trecho Juiz de Fora - Rio) em vigor a partir de 0h do dia 20/08/2011, por determinação da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT TARIFAS 23 40,00 CAMINHÃO COM REBOQUE E CAMINHÃO-TRATOR COM SEMI-REBOQUE 5 EIXOS RODAGEM 4 16,00 AUTOMÓVEL COM REBOQUE E CAMINHONETA COM REBOQUE 8 EIXOS 6 RODAGEM 48,00 CAMINHÃO COM REBOQUE E CAMINHÃO-TRATOR COM SEMI-REBOQUE 3 EIXOS RODAGEM 3 12,00 AUTOMÓVEL COM SEMI-REBOQUE E CAMINHONETA COM SEMI-REBOQUE 6 EIXOS RODAGEM 4 32,00 CAMINHÃO COM REBOQUE E CAMINHÃO-TRATOR COM SEMI-REBOQUE 9 EIXOS 2 RODAGEM simples MOTOCICLETA, MOTONETAS E BICICLETAS A MOTOR 4,00
Documentos relacionados
Imprudência x Consciência Realidade e Ficção Rota do
Rota do Crescimento 2º maior PIB do Estado, Caxias se desenvolve às margens da BR-040
Leia maisHÁ 19 ANOS
informa Claudia Machado, Gerente de Desenvolvimento Social da Concer. Assim como nos anos anteriores, os usuários da rodovia podem fazer suas doações em qualquer uma das praças de pedágio, localiza...
Leia mais