Juros de Portugal acima dos 6% no prazo a 10 anos em dia de
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Juros de Portugal acima dos 6% no prazo a 10 anos em dia de
Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição on-line do Jornal de Negócios Juros de Portugal acima dos 6% no prazo a 10 anos em dia de emissão de dívida Nuno Carregueiro | [email protected], Edgar Caetano | [email protected] “Yields” das obrigações soberanas europeias estão em alta, devido aos sinais de crescimento económico. Portugal vai hoje ao mercado tentar emitir até mil milhões de euros em dívida de curto prazo, na última emissão do ano. Os juros da dívida pública portuguesa estão em alta em todos os prazos, em linha com o comportamento da dívida de outros países europeus. No prazo a 10 anos a “yield” avança 6 pontos base para 6,03%, regressando a níveis superiores a 6% pela primeira vez desde 6 de Novembro. Na maturidade a dois anos a subida é de 5 pontos base para 3,49% e no prazo a cinco anos a “yield” avança 7 pontos base para 4,94%, também muito perto de quebrar em alta a barreira dos 5%. Na dívida europeia a tendência também é de agravamento das “yields”, um movimento que é justificado com a expectativa de crescimento mais forte da Zona Euro, o que está a afastar os investidores do mercado de obrigações, segundo a Bloomberg. Na quinta-feira será conhecida a evolução do sector dos serviços e da indústria no mês de Outubro. A “yield” das “bunds” alemãs a 10 anos avança 2 pontos base para 1,72%. Em Espanha o juro implícito das obrigações com a mesma maturidade sobe 1 ponto base (para 4,09%), enquanto na Itália avança 2 pontos base (para 4,08%) e na Irlanda um ponto base (para 3,53%). A condicionar a evolução dos juros da dívida soberana europeia tem estado a política monetária seguida nos Estados Unidos, pois os receios do corte no pacote de compra de títulos de dívida por parte da Fed fez aumentar as “yields”, sobretudo durante o mês de Setembro. O ainda presidente da Reserva Federal sublinhou que o mercado de trabalho registou uma “melhoria significativa” desde o arranque do programa de compra de obrigações por parte da Fed e que a taxa de juro directora irá provavelmente manter-se em níveis baixos após a retirada dos estímulos à economia. Última emissão do ano A subida dos juros ocorre numa sessão em que Portugal fará a última emissão de dívida deste ano. O IGCP deverá suportar uma taxa média implícita entre 1,5% e 1,6% para se financiar a 12 meses, um dos prazos a que vão ser leiloados bilhetes do Tesouro esta quarta-feira. Essa é a taxa a que, segundo a Bloomberg, estes títulos estão a ser transaccionados no chamado “gray market”, ou seja, em que já estão a ser transaccionados títulos por parte dos investidores primários do Tesouro português, que já sabem que irão comprar uma parte dos títulos. A confirmar-se, esse custo ficará em linha com os 1,619% pagos pelo IGCP no último leilão de dívida a 12 meses que foi realizado, em Agosto último. O IGCP irá também disponibilizar títulos a três meses, neste caso na reabertura de uma linha de bilhetes do Tesouro com maturidade em Fevereiro do próximo ano, e aí a taxa não deverá distar dos 1,159% suportados no mês passado. No total, o Tesouro irá tentar obter entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros, um intervalo que ficou abaixo dos 1.000 a 1.250 milhões de euros que o IGCP previa obter neste leilão quando divulgou as linhas de actuação para o segundo semestre. Este será o último leilão de bilhetes do Tesouro português este ano, já que o IGCP decidiu cancelar a emissão prevista para Dezembro, o que é relativamente comum fazer-se por tratar-se de um mês com menor procura por parte dos investidores. 2013-11-20
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