vinha - Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte
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1978 2008 30 ANOS A APOIAR A PROTECÇÃO DAS CULTURAS ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO Circular nº 12 17. 06. 08 VINHA © Reprodução sujeita a autorização MÍLDIO (Situação) A chuva caída nos dias 15 e 16 de Junho, em quase todos os postos meteorológicos da região, foi suficiente para permitir novas infecções primárias e secundárias. Prevê-se o aparecimento de novas manchas a 20 de Junho (secundárias) e a 24 de Junho (primárias). Impresso na Estação de Avisos de Entre Douro e Minho Realização técnica: J. F. Guerner Moreira (Eng.º Agrónomo) Também em muitos postos de registo a quantidade de chuva foi suficiente para provocar o arrastamento dos produtos, em especial dos de contacto ou superfície. Carlos Coutinho (Ag. Técnico Agrícola) Impressão e expedição: C. Coutinho, Licínio Monteiro, Maria da Fátima Santos ( Recomendações ) Nas vinhas que no dia 15 se encontravam desprotegidas ou em que a protecção tinha sido feita com um fungicida de contacto ou superfície, recomenda-se que seja feito de imediato novo tratamento com um produto com acção curativa + preventiva. Nas vinhas que se encontravam protegidas, recomenda-se que faça novo tratamento nas proximidades do dia 24 de Junho. CIGARRINHA DA FLAVESCÊNCIA DOURADA Já observámos as ninfas cigarrinha (Scaphoideus titanus). desta O primeiro tratamento contra esta praga deverá ser feito durante a próxima semana, da seguinte forma: 1 – Com carácter obrigatório, em todas as vinhas nos concelhos onde foram identificadas cepas portadoras da doença e que são: Amares, Braga e Ponte de Lima. 2 – Recomendado em todas as vinhas dos concelhos onde em 2007 foi confirmada a presença do insecto vector (Scaphoideus titanus) e que são: Mondim de Basto, Penafiel, Barcelos, Monção, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez. Os produtos autorizados combate a esta praga são: para o Substância activa beta–ciflutrina (t) cipermetrina+ clorpirifos (t) clorpirifos Nome comercial BULLDOCK CHLORCYRIN 220 EC indoxacarbe (t) tau-fluvalinato PYRINEX,250 ME, CICLONE 48 EC, CLORFOS 48, PIRIFOS 48, DESTROYER 480 EC, DURSBAN 4, RISBAN 48 EC, CORTILAN. DECIS DINAMITE CASCADE, SELERO,BINGO FOSALONA 30WP, ZOLONE GAUCHO, CONFIDOR O-TEQ CONFIDOR PLURAL, SLING, PROVADO AE, PROVADO PIN, STUNT, KOHINOR 20 SL, COURAZE, CORSÁRIO, CONDOR STEWARD KLARTAN, MAVRIK tiametoxame (PI), acrinatrina (a) ACTARA 25 WG RUFAST AVANCE deltametrina (t) fenepiroxamato (PI) flufenoxurão (PI) (t), (a) fosalona (t) imidaclopride (PI) (PI)- aconselhados em protecção integrada a - têm acção acaricida t - têm acção sobre a traça da uva COCHONILHAS Já observámos as larvas, tanto da cochonilha algodão como as larvas móveis das cochonilhas lecanídeas (“lapas”). Apenas nas vinhas ou cepas onde exista a praga, será oportuno realizar um tratamento. Os insecticidas autorizados nesta fase, são à base de clorpirifos (ver tabela acima) ou malatião (ACUAFIN; MALATHANE). . POMÓIDEAS PEDRADO Recomenda-se que mantenha o pomar protegido, em especial naqueles onde é visível a presença de manchas, podendo dar preferência à utilização de fungicidas de contacto ou superfície. ARANHIÇO VERMELHO Deve manter a vigilância do pomar, observando atentamente 100 folhas ( 2 por árvore em 50 árvores ) e tratar apenas se encontrar 50 a 75% das folhas com ácaros. Recomenda-se vigilância mais apertada nos pomares onde foram aplicados insecticidas organofosforados no combate à cochonilha de S. José. Pode ser utilizado, por exemplo, um dos seguintes acaricidas: ABAMECTINA SELECTIS, APACHE, BINGO, BOREAL, CASCADE, DINAMITE, ENVIDOR, KRAFT, KIROS, KIROS PRONTO, RUFASTE AVANCE, SALERO, TALSTAR, VERTIMEC, etc.. BATATEIRA MÍLDIO ( Situação ) A quantidade de chuva caída nos últimos dias e consequente retenção no solo, vai só por si, provocar condições de humidade na vegetação favoráveis a novas infecções. Também é de ter em conta a grande quantidade de inóculo existente neste momento. ( Recomendações ) Recomenda-se protegido. que mantenha o batatal Página 2 de 2 DIVULGAÇÃO A flavescência dourada da Vinha A flavescência dourada é uma das doenças mais cicadelídeo. Ou seja, para que a doença se importantes da Vinha e está na lista das doenças propague, é necessário: de quarentena. ► o cicadelídeo Scaphoideus Esta doença, causada por um micro-organismo titanus (um fitoplasma) é específica da Vinha e é micoplasma, ao alimentar-se transmitida por um cicadelídeo (uma cigarrinha) - numa videira doente; Scaphoideus titanus. ► o micoplasma tem de multiplicar-se no organismo tem de adquirir o do insecto até atingir as glândulas salivares. O período de latência, desde que o insecto adquire o MLO até que o transmite a outra videira, é de cerca de 30 dias. ► Passado este período de latência, o cicadelídeo tem de atacar outras videiras, iniciando-se assim o Ninfas de cicadelideo da flavescência dourada (Imagens muito ampliadas). No canto inferior direito, período de infecção ou contaminação, que dura até à morte do insecto. imagens em tamanho próximo do natural. Não é ainda conhecida a sensibilidade das diferentes castas do Vinho Verde à flavescência dourada. Sintomas em folhas de videiras brancas (esquerda) e tinta (direita) Assim, para que haja a propagação da doença, é necessária a presença atacadas com MLO) do e inóculo do insecto (videiras vector (Scaphoideus titanus). O MLO não pode manter-se em videiras doentes. Por isso, as videiras atacadas ou conseguem restabelecer-se ou morrem. O MLO também não se transmite através dos ovos do Vinhas abandonadas são foco permanente da doença SINTOMAS E PREJUÍZOS eclosões (esteja atento às informações da Estação de Avisos). Os sintomas começam a aparecer em videiras isoladas, em varas, cachos e folhas, em fins de Maio, princípios de Junho. Posteriormente, dado que o cicadelídeo pode colonizar As varas não endurecem (não “atempam”) e permanecem inteiramente flexíveis, desde a base à extremidade. A sua cor evolui para castanho avermelhado, enegrecendo no decurso do Inverno. Pode dar-se um atempamento parcial das varas, no caso de ataque tardio da doença ou de a videira estar a recuperar-se. Os cachos podem secar logo na floração. Mais tarde, no fecho do cacho - início da maturação, os bagos murcham, não acabam de amadurecer, ficando com uma acidez muito acentuada. Dá-se também o dessecamento do pedúnculo do cacho. As folhas apresentam descolorações generalizadas durante o Verão. Nas castas tintas aparecem colorações avermelhadas, que de seguida secam. Nas brancas, manchas amarelas difusas, por vezes delimitadas pelas nervuras da folha. Nas castas brancas também é muito característico o amarelecimento das nervuras. parcelas de Vinha à distância de vários quilómetros, devem fazer-se tratamentos reinfestações específicos procedentes de Substância activa beta–ciflutrina (t) cipermetrina+ clorpirifos (t) clorpirifos deltametrina (t) fenepiroxamato (PI) flufenoxurão (PI) (t), (a) fosalona (t) ► enrolamento e curvatura da folha para dentro, em forma de telha; a folha fica rígida; imidaclopride (PI) ► sobreposição das folhas umas sobre as outras, como as escamas de um peixe; ► aspecto geral da videira de “salgueiro chorão”. MEIOS DE PROTECÇÃO Métodos directos Tratamentos insecticidas contra o cicadelídeo, de forma a impedir que transmita a doença às videiras. À eclosão dos ovos - a eclosão dos ovos prolonga-se por um longo período de tempo (1, 5 a 3 meses). Se o Inverno tiver sido frio, as eclosões duram menos tempo; se o Inverno for ameno, as eclosões dos ovos são mais escalonadas, prolongando-se no tempo. O primeiro tratamento deve ser realizado 30 dias após as primeiras parcelas evitar as vizinhas. Os produtos homologados para o combate às cigarrinhas são: Sintomas gerais e comuns a muitas variedades são: No ano de crise (ano seguinte ao da infecção pela flavescência dourada), podem ocorrer importantes perdas de produção, em quntidade e qualidade. Posteriormente, de acordo com a sensibilidade da casta, a videira recupera, se não for reinfectada, ou morre. para indoxacarbe (t) tau-fluvalinato Nome comercial BULLDOCK CHLORCYRIN 220 EC PYRINEX,250 ME, CICLONE 48 EC, CLORFOS 48, PIRIFOS 48, DESTROYER 480 EC, DURSBAN 4, RISBAN 48 EC, CORTILAN. DECIS DINAMITE CASCADE, SELERO,BINGO FOSALONA 30WP, ZOLONE GAUCHO, CONFIDOR OTEQ CONFIDOR PLURAL, SLING, PROVADO AE, PROVADO PIN, STUNT, KOHINOR 20 SL, COURAZE, CORSÁRIO, CONDOR STEWARD KLARTAN, MAVRIK tiametoxame (PI), ACTARA 25 WG acrinatrina (a) RUFAST AVANCE (PI)- aconselhados em protecção integrada a - têm acção acaricida t - têm acção sobre a traça da uva Métodos indirectos ► Não plantar videiras doentes ou infestadas com ovos de cicadelídeo; ► arrancar as vinhas abandonadas. Em zonas onde a flavescência está presente, as vinhas abandonadas constituem um foco permanente de infecção do inoculo da flavescência e do cicadelídeo. ► Queimar a lenha da poda, para diminuir o número de ovos hibernantes do cicadelídeo. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Textos de divulgação técnica da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho nº 4/ 2008 (II Série) ( Junho/ 08 ) Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas/ DRAP-Norte/ Divisão de Protecção e Controlo Fitossanitário/ Estação e Avisos de Entre Douro e Minho/ Rua da Restauração, 336 4050 - 501 PORTO/ Telefones: 22 606 24 48/ 22 606 22 17/ Fax 22 606 37 59 / E-mail: [email protected] _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Fonte: António Árias Giralda/ Los parasitos de la vid/ Madrid/ 1992/ Tradução e adaptação: C. Coutinho 06/07 (reedição 06/08).
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