Energia no ar
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Energia no ar
Uma publicação do Grupo Wilson Sons Energia no ar Geração eólica cresce no Brasil e Wilson Sons é parceira no recebimento de cargas para os novos projetos Energy in the air – Wind power generation grows in Brazil and Wilson Sons is partners in the receipt of cargo for new projects Retrospectiva As atividades do Grupo Wilson Sons em 2015 Retrospective – Activities of the Wilson Sons Group in 2015 Março 2016 | ano 13 | nº 62 Giro pela WS Editorial Virando mais uma página Em um negócio como o nosso, que exige investimentos de longa maturação, cada ano é importante para ajudar a pavimentar a estrada que vamos percorrer em um futuro próximo. 2016 é um desses anos de trabalho intenso e superação de desafios para chegarmos às conquistas que pretendemos. Trabalho e desafios, aliás, não faltaram no ano passado. Em um período conturbado para a economia brasileira e mundial, foi necessário identificar os obstáculos para a nossa companhia e a melhor maneira de superarmos cada um. A ampla bagagem que temos foi essencial para garantir o sucesso nesse momento. Também em 2015, tivemos muitos planos se tornando realidade e não faltaram motivos para comemorar. Nossos estaleiros, por exemplo, entrega- ram o Fugro Aquarius, o Jim O’Brien e o WS Titan, três embarcações especiais dadas as suas complexidades tecnológicas. Além disso, tivemos crescimento na movimentação do Tecon Rio Grande e do Tecon Salvador e bons desempenhos da Wilson Sons Rebocadores e da Wilson Sons Agência. Tudo isso e muito mais você poderá conferir na retrospectiva que preparamos para esta edição. Esta NEW,S traz ainda uma matéria especial sobre energia eólica, que hoje responde por cerca de 6% da geração de energia elétrica no Brasil. De acordo com a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, esse percentual pode dobrar até o final da década, firmando esse segmento como o segundo principal da matriz elétrica Turning another page do país. Para ajudar esse desenvolvimento, a Wilson Sons Logística e o Tecon Salvador vêm ampliando esforços para atrair cargas de projeto destinadas à instalação de parques eólicos. Na Entrevista, conversamos com o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fonseca, sobre os desafios que ele enfrentou desde que assumiu a função, em 2012, e quais os planos para 2016. Esta edição apresenta também uma matéria sobre gestão, focada na qualidade, e outra de sustentabilidade, com as influências que a COP 21, realizada em dezembro de 2015, em Paris, trará para a economia Brasileira. Boa leitura! Cézar Baião CEO do Grupo Wilson Sons This NEW,S brings a special article about wind power, which now accounts for about 6% of the power generation in Brazil. According to the Presi- In a business like ours, which requires investments of long maturation, each dent of the Brazilian Wind Energy Association (Abeeólica), Elbia Gannoum, this year is important to help pave the road that we will cross in the near future. percentage may double by the end of the decade, firming this segment as the 2016 is one of those years of intense work and overcoming challenges to second most important electric energy source in the country. To help with this achieve what we want. development, Wilson Sons Logistics and Tecon Salvador have been increasing Work and challenges, moreover, were not missing last year. In a troubled efforts to attract project cargoes for the installation of wind farms. period for the Brazilian and the world economy, it was necessary to identify the In the interview, we talk with the Director of the National Agency of Water- obstacles for our company and the best way to overcome each one. We have way Transportation (Antaq), Fernando Fonseca, about the challenges he faced extensive knowledge which was essential to ensure success in this moment. since taking the position, in 2012, and what the plans are for 2016. This issue Also in 2015, we realized many projects and there was no lack of rea- also a story about management, focused on quality, and another story on sus- sons to celebrate. Our shipyards, for example, delivered. Fugro Aquarius, tainability, with the influences that the Paris COP 21, held in December 2015, Jim O’Brien and WS Titan, three special vessels given the technological will bring to the Brazilian economy. complexities. In addition, we achieved growth in Tecon Rio Grande and Enjoy the reading! Tecon Salvador and good performances of Wilson Sons Tugboats and Wilson Sons Agency. All this and more you can check out in the retrospect that we have prepared for this edition. 2 Março 2016 NEW,S Cézar Baião CEO of Wilson Sons Group Expediente NEW,S é uma publicação trimestral do Grupo Wilson Sons, produzida e editada pela Textual Corporativa. Jornalista responsável | Ludmilla Totinick Edição | Sumário 6 Daniel Cúrio Redação | Daniel Cúrio e Ana Alberton Revisão | Gestão Foco em qualidade ajuda empresas a aprimorar seus processos e é importante ferramenta para superar períodos de crise. Diagramação | Traço Design Fotos | Divulgação Antaq (pagina 10), Divulgação ABEEólica (página 15), Divulgação Gearbulk (páginas 30 e 31) e Arquivo Wilson Sons A influência da COP 21 no Brasil e em suas empresas. Sustainability - The influence Management - Focus on quality helps companies to improve of the COP 21 on Brazil and their processes and is an important tool to overcome crisis periods. its companies. 14 Liciane Corrêa 9 Sustentabilidade Especial A geração eólica promete dobrar sua participação na matriz de energia elétrica brasileira até 2020 e, para isso, será necessário instalar novos parques no Nordeste. Duas unidades da Wilson Sons na região – o Tecon Salvador e a Estação Aduaneira de Interior Suape – estão preparadas para contribuir com esse crescimento. E-mail | [email protected] Special - Wind power generation promises to double its share in the Brazilian energy Grupo Wilson Sons – CEO matrix by 2020 and, for this, it will be necessary to install new parks in the Northeast. Two Cézar Baião Wilson Sons units in the region - Tecon Salvador and the Suape Interior Customs Station - CFO e Relações com Investidores are prepared to contribute with this growth Felipe Gutterres Vice-presidente de Rebocadores, Offshore Agenciamento e Estaleiros Arnaldo Calbucci Vice-presidente de Terminais e Logística Sérgio Fischer 18 Restrospectiva 2015 Novas embarcações, novos contratos, novos clientes, obras concluídas e muito mais. Aconteceu tanta coisa em 2015 que não coube em uma matéria só. Por isso, preparamos uma série de reportagens para contar Coordenação editorial Comunicação & Sustentabilidade como foi o ano para as empresas do Grupo Wilson Sons. Os artigos assinados e as opiniões são de total responsabilidade de seus autores. Nenhum material desta publicação pode ser reproduzido sem prévia autorização. Retrospective 2015 - New vessels, new contracts, new clients, finished works and much more. So much happened in 2015 that it doesn’t fit in just one article. Therefore, we have prepared a series of articles to tell you how the year was for the Wilson Sons Group companies. Também nesta edição 4 Rua da Quitanda, 86 - 5º andar Centro | Rio de Janeiro | RJ Cep: 20091-005 T 55 21 3504-4222 www.wilsonsons.com.br empresa associada Giro pela WS Brasco renova contrato com a Statoil e Wilson Sons Rebocadores recebe o WS Titan. Around WS - Brasco renews agreement with Statoil and Wilson Sons Tugs receives the WS Titan. 10 Entrevista 38 Memória Com Fernando Fonseca, diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Interview - With Fernando Fonseca, director of the National Waterway Transportation Agency (Antaq). Os 60 anos da conteinerização, que mudou a maneira de transportar cargas. Memory - 60 years of containerization, which changed the way cargo is transported. NEW,S Março 2016 3 Giro pela WS Statoil renova com a Brasco Empresas são parceiras desde 2009 A parceria entre a Brasco e a Statoil, multinacional norueguesa de petróleo e gás, foi renovada no final do ano passado. Pelo novo contrato de prestação de serviço, com validade de três anos, a Brasco continuará atendendo a Statoil em sua base de Niterói. O primeiro contrato foi assinado em janeiro de 2009 e desde então a Statoil tem sido um dos principais clientes da Brasco. “Trabalhamos sempre em conjunto, buscando a otimização da performance operacional sem abrir mão de nosso principal valor, que é a excelência em segurança, meio ambiente e saúde (SMS). Daí o maior fator do sucesso dessa parceria”, diz o diretor executivo da Brasco, Gilberto Cardarelli. Ele explica que o escopo do serviço prestado à petroleira não mudou no novo contrato. “Tanto o acordo anterior quanto o atual têm como objeto principal a prestação de serviços integrados de logística offshore, com a utilização da base de apoio da Brasco em Niterói para a movimentação de cargas, galpões para armazenagem de equipamentos especiais, canteiro para armazenagem de tubulação e equipamentos pesados, completa infraestrutura de escritórios, além de serviços adicionais como limpeza de tanques e gerenciamento de resíduos”, detalha o executivo. Cardarelli afirma ainda que, apesar de o contrato com a Statoil prever a utilização do terminal de Niterói, a companhia conta com o diferencial de uma segunda unidade na Baía de Guanabara - a Base do Caju da Brasco na Zona Portuária do Rio de Janeiro -, que Statoil renews with Brasco The companies are partners since 2009 The partnership between Brasco and Statoil, Norwegian multinational oil and gas company was renewed at the end of last year. Through this new service provision agreement, valid for three years, Brasco shall continue to serve Statoil at its base in Niteroi. The first agreement was signed in January 2009 and since then Statoil has been one of the main customers of Brasco. “We always work jointly, seeking to optimize performance without giving up our core value, which is the excellence in health, safety and environment (HSE). That is the major success factor of our partnership” stated Gilberto Cardarelli, Executive Director of Brasco. He explains that the scope of the service provided to the oil company has not changed in the new contract. “Both the previous agreement and the present have the principal objective to provide integrated offshore logistics services with the use of Brasco’s support base in Niteroi for cargo handling, warehouses for storage for special equipment, yard for pipe 4 Março 2016 NEW,S poderá ser utilizada para operações especiais. “Para a Brasco, a renovação desse contrato por mais três anos representa uma importante conquista com múltiplos aspectos, dos quais destacamos a confiança da Statoil em nossa capacidade operacional e a continuidade de uma parceria estratégica”, afirma o diretor. Somente em 2015, a Statoil realizou cerca de 320 atracações, com expressiva eficiência operacional. Para tanto, a Brasco mantém uma equipe de profissionais dedicados exclusivamente às operações da Statoil, bem como uma equipe multidisciplinar que contribui direta ou indiretamente com todos os clientes da companhia. A Statoil é também pioneira na utilização do sistema interno de gestão da qualidade da operação, o OLS, que garante o acompanhamento e a geração de indicadores de desempenho on-line. and heavy equipment storage, complete office infrastructure, as well as additional services such as tank cleaning and waste management”, explains the executive. Cardarelli further states that, although the contract with Statoil provides for the use of the Niteroi terminal, the company has the differential of a second unit in Guanabara Bay - the Brasco Caju Base in the Port Zone of Rio de Janeiro - which can be used for special operations. “For Brasco, the renewal of this contract for another three years is a significant achievement in many aspects, of which we highlight the trust of Statoil in our operational capacity and the continuation of a strategic partnership,” the director states. In 2015, Statoil carried out nearly 320 berthings, with significant operational efficiency. To this end, Brasco has a team of professionals dedicated exclusively to Statoil’s operations, as well as a multidisciplinary team that contributes directly or indirectly to all the Company’s customers. Statoil is also a pioneer in the use of the internal quality operation management system, OLS, which ensures the monitoring and generation of online performance indicators. Giro pela WS Wilson Sons recebe primeiro Escort Tug Rebocador WS Titan foi entregue em dezembro A Wilson Sons Rebocadores recebeu, entre o final de 2015 e o início deste ano, duas embarcações para incrementar sua frota. Em dezembro, começou a operar o WS Titan. Em seguida, a companhia recebeu o WS Cygnus. O diretor operacional da Wilson Sons Rebocadores, Sergio Guedes, destaca, sobretudo, a entrega do WS Titan, que possui um importante diferencial. “Esse é o primeiro Escort Tug do Brasil. Isso significa que ele está adequado e certificado para acompanhar navios como escoteiro, ou seja, com o cabo passado em velocidade de cruzeiro. Além disso, é mais potente e possui tração estática de mais de 80 toneladas”, conta o executivo. Inicialmente, o WS Titan atende à demanda do Porto de Santos, mas em breve será deslocado para o Porto do Açu, no Norte Fluminense. A embarcação possui 32 metros de comprimento e 12 metros de boca. Conta com propulsão azimutal e sistema de combate a incêndio Fire Fighting 1. Não há restrição de navegabilidade na costa brasileira e dispõe de equipamentos de comunicação de acordo com as normativas internacionais. Já o WS Cygnus tem 24 metros de comprimento e 11 metros de boca e também vai operar inicial- mente em Santos. A embarcação possui tração estática (bollard pull) de cerca de 62 toneladas e está equipada com motor Caterpillar e propulsores Schottel. Wilson Sons receives its first Escort Tug The WS Titan was delivered in December Wilson Sons Towage received two vessels to increase its fleet between the end of 2015 and early this year. WS Titan began to operate in December. Since then the Company has received the WS Cygnus. The chief operating officer of Wilson Sons Towage, Sergio Guedes, highlights the delivery of the WS Titan in particular because of an important differential. This is the first Escort Tug of Brazil. This means that it is suitable and certified to accompany ships as escort, that is, run cable at cruising speed. Furthermore it is more powerful and has bollard pull of over 80 tons, “says the executive. Initially WS Titan met demands for the Port of Santos, but soon it will be sent to the Port of Açu, in northern Rio de Janeiro. The vesselis 32 meters long and has a breadth of 12 meters. It has azimuth propulsion and the Fire fighting 1 system. There are no restrictions for its navigation along the Brazilian coast and it offers communications equipment according to international standards. The WS Cygnus is 24 meters long and has a breadth of 11 meters. It will also initially operate in Santos. The vessel has a bollard pull of about 62 tons and is equipped with a Caterpillar engine and Schottel thrusters. NEW,S Março 2016 5 Gestão O que é qualidade? Mais do que bons produtos e serviços, empresas focam na gestão para superar desafios e crescer Talvez a resposta para a pergunta do título não seja nada fácil. No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, por exemplo, há nada menos do que 15 diferentes acepções para a palavra “qualidade”. Mas, para definir seu significado no meio corporativo, a ajuda de um especialista é providencial. O presidente executivo da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), Jairo Martins, relata que, no passado, media-se muito o grau de excelência de uma empresa por seus bons produtos ou bons serviços, mas que a percepção mudou ao longo dos anos. “Hoje a qualidade é vista como algo mais sistêmico, mais abrangente. É preciso olhar para todos os processos, desde o primeiro contato com o cliente, passando por todo o relacionamento. Para avaliar o pro- duto e o serviço, já existe uma série de normas e certificações. O mais importante é atestar a qualidade da gestão, de tudo o que a empresa faz. Isso precisa estar visível para o cliente”, diz ele. A FNQ, entidade focada na excelência da gestão de qualidade forma redes e núcleos de conhecimento para capturar experiências e definir padrões de referências, dissemina conhecimento e fornece suporte às empresas na busca por soluções, entre outras ações. Um dos trunfos da Fundação é compartilhar conhecimento com as empresas filiadas. Martins explica que o grande diferencial da FNQ é não ser uma consultoria. “Toda a interação com as organizações é por meio da transferência de conhecimento em gestão, de tal forma que o saber seja absorvido e passe a ser uti- Parceria há um ano Em março deste ano, a Wilson Sons Rebocadores completou um ano como filiada à Fundação Nacional de Qualidade (FNQ). Por meio dessa parceria, a companhia se mantém atualizada às melhores práticas de mercado e conta com diversos benefícios, como a possibilidade de realizar benchmarking em empresas de classe mundial nos critérios da excelência em gestão, o acesso às bibliografias virtuais da fundação e a participação em núcleos de conhecimento temáticos que promovem a troca de saber e debates de assuntos em destaque na gestão brasileira. 6 Março 2016 NEW,S lizado no dia a dia da corporação. Nós capacitamos, ensinamos a organização a se autodiagnosticar e, a partir disso, ela mesma pode implementar as melhorias. Isso também representa uma redução de custo muito grande.” Jairo Martins conta que, em período de crise econômica, o foco na qualidade pode fazer toda a diferença no sucesso de uma companhia, já que traz a oportunidade de rever todos os processos. Com isso, diz ele, a empresa passa a ter mais domínio sobre si própria, tornando mais fácil a tomada de decisões – que, se acertadas, são benéficas para a empresa na momento da retomada da economia, dando mais agilidade e musculatura. Ainda sobre o cenário desafiador, o executivo da FNQ ressalta que deve haver equilíbrio entre as ações da Partnership for a year In March of this year Wilson Sons Towage completed one year as affiliate of the National Quality Foundation (FNQ). Through this partnership, the Company keeps up to date with the best market practices. It has many benefits such as, the possibility of benchmarking against world-class companies on criteria of excellence in management, access to virtual bibliographies of the foundation and participation in thematic knowledge centres that promote the exchange of knowledge and emphasis on issues of discussions in the Brazilian management. iniciativa privada e do governo. “A produtividade depende do trabalho das organizações, mas, ao mesmo tempo, está ligada ao país. Foi nesse ponto que houve a falha que levou ao cenário atual. As companhias fizeram o dever de casa, mas o país não criou um ambiente propício para o desenvolvimento da competitividade. Quais foram as consequências disso? O governo gastou mais, tomou decisões meramente políticas, e a corrupção e a burocracia cresceram. O erro na gestão do país ocasionou um problema econômico e isso acarretou em um problema político que pode virar social”, ressalta. “Há muito tempo, as organizações vêm investindo em processos, em indicadores. Faltou o governo acompanhar essa evolução na competitividade. Muitas vezes, não adianta botar um bom produto no mercado, pois ele vai ser impactado por tudo isso.” Para superar a crise, as empresas devem ter compreensão do ambiente e de seus clientes, de como devem atuar, diz Martins. A partir disso, precisam desenvolver um plano estratégico e um orçamentário sólido. O imprescindível, segundo ele, é ir além da visão de curto prazo. Isso evita que tomem decisões desastrosas. Uma governança realista, que olhe os processos buscando fazer mais gastando menos, é essencial para a empresa sair da crise e aproveitar o momento da retomada. Longo prazo, aliás, é algo que as companhias precisam ter em mente. “Essa visão de fazer sucesso a qualquer custo, sem se preocupar com a longevidade do negócio, não é a ideal. Hoje, o próprio país, muitas vezes, pensa dessa maneira, buscando resultados imediatos”, afirma o presidente. What is quality? More than just good products and services, companies focus on management to overcome challenges and grow Maybe the answer to the question of the title is not easy at all. In the Houaiss Dictionary of the Portuguese Language, for example, there are no fewer than 15 different meanings for the word “quality”. But to define its meaning in the corporate environment, the help of an expert is providential. The chief executive of the National Quality Foundation (FNQ), Jairo Martins, reports that in the past, the degree of excellence of a company was the measure of its good products and good services, but this perception has changed over the years. “Today quality is seen as something more systemic, more comprehensive. We must look at all the processes, from the first contact with the customer going through the whole relationship. To evaluate the product and the service, there is already a number of standards and certifications. The most important is to certify the quality management of everything that the company does. This must be visible to the customer” he states. The FNQ, an entity focused on excellence in quality management forms networks and knowledge centres to capture experiences and set standards references, disseminates knowledge and provides support to companies in the search for quality solutions, among others. One of the Foundation’s assets is to share knowledge with affiliated companies. Martins explains that the great differential of the FNQ is that it is not a consultancy. “All interaction with organizations is through the management of the transfer of knowledge, so that knowledge is absorbed and passes to be used in the daily routine of the corporation. We empower, teach the organization to self-diagnose and, from there it can implement improvements by itself. This also represents a huge cost reduction.” Jairo Martins says that in a period of economic crisis, the focus on quality can make all the difference for the success of a company, since it has the opportunity to review all processes. With this he says that the company will have more control of itself, making decisions easier - which, if they are the right ones, are beneficial to the company at the time of economic recovery, giving more agility and muscles. Still on the challenging scenario, the executive of the FNQ points out that there must be balance between the actions of the private sector and the government. “Productivity depends on the work of the organizations, but at the same time, is connected to the country. It was at this point that there was the failure that led to the current scenario. The companies did their homework, but the country did not create a favorable environment for the development of competitiveness. What were the consequences of this? The government spent more, took merely political decisions and the corruption and bureaucracy grew. The error in the country’s management caused an economic problem and this resulted in a political problem that could become social”, he says. “For a long time, organizations are investing in processes, on indicators. The government failed to follow this evolution in competitiveness. Many times, it is not enough to have a good product on the market because it will be affected by all of this.” To overcome the crisis, companies must have an understanding of the environment and its customers, how they should act, states Martins. From this they need to develop a strategic plan and a solid budget. The essential, he said, is to go beyond the short-term vision. This avoids taking disastrous decisions. A realistic governance, which looks at processes seeking to do more with less, is essential for the company to come out of the crisis and seize the moment of recovery. Long-term, by the way, is something that companies need to keep in mind. “This vision of success at any cost, without worrying about the longevity of the business, is not ideal. Today, the country itself often thinks this way, seeking immediate results”, said the CEO. NEW,S Março 2016 7 Sustentabilidade Compromisso com o amanhã Decisão de reduzir emissões de gases de efeito estufa, firmada na COP 21, vai influenciar o futuro da economia mundial Foi com uma enorme salva de palmas que os representantes dos 195 países que participavam da COP 21, a cúpula do clima realizada em Paris, em dezembro do ano passado, comemoraram a aprovação da proposta de redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). O objetivo é garantir que a temperatura média mundial não suba além de 2°C. Esse episódio, sem dúvida, é motivo de celebração, mas fica ainda no ar uma pergunta: de que maneira a economia pode ser impactada com essa decisão? “O impacto será muito grande. Acho que foi um enorme acontecimento”, destaca a especialista Branca Americano, responsável pelo Programa de Políticas Climáticas do Instituto Clima e Sociedade. Ela lembra, contudo, que a COP 21 é um processo dentro da Organização das Nações Unidas (ONU) e, como todos os outros processos da instituição, tende a ser lento, pois envolve todos os países do mundo e as decisões são tomadas por consenso. O acordo da COP 21 veio substituir o Protocolo de Quioto, assinado em 1997 e que ainda estava em vigor. Na época, ele foi fundamental para ampliar o diálogo sobre as mudanças climáticas e para criar o mercado de carbono, mas tinha como principal deficiência o não envolvimento dos Estados Unidos, maior potência econômica da atualidade. “O mundo mudou muito ali, mas ainda era pouco.” Branca explica que os países que participaram da COP 21 estão sob o mesmo regime, mas que são reconhecidas diferenças entre eles, já que alguns são responsáveis por grandes fatias de emissões enquanto outros contribuem pouco com o aquecimento global. “Cada país diz quanto se compromete a reduzir”, comenta a especialista. “Tudo ocorre de maneira muito transparente, e os pa- 8 Março 2016 NEW,S íses vão apresentar seus resultados para que os demais avaliem e questionem o que está sendo feito. A arquitetura encontrada para isso foi muito satisfatória.” PONTO DE PARTIDA A representante do Instituto Clima e Sociedade ressalta que a COP 21 não é um ponto de chegada, mas de partida para uma mudança cultural em todo o mundo. “Espera-se que alguém que vai investir hoje se preocupe com o tema”, diz ela. “Daqui a alguns anos, produtos com grande pegada de carbono não serão tão bem aceitos pelo público. Tomadores de decisão vão tentar entender como funciona esse novo jeito de fazer economia e, em al- gum momento, todo mundo vai pular dentro desse barco mais sustentável.” Segundo ela, as perspectivas são muito positivas para o Brasil, já que o país é rico em recursos naturais, que podem tornar essa transição mais fácil. Nossa matriz elétrica tem baixo percentual de carbono e temos mais alternativas que países cuja base de geração é de termelétricas a carvão. “Já passamos por várias transições no modo de produção, e o mundo continuou evoluindo normalmente”, comenta Branca Americano. “Essa é uma responsabilidade assumida por cada país, que verifica onde estão suas principais emissões. O Brasil vai ter que rever sua política climática para ter êxito.” Commitment with the future The decision to reduce emissions of greenhouse gases, signed at the COP 21, will influence the future of the world economy It was with a huge round of applause that the representatives of the 195 countries participating in the COP 21 climate summit held in Paris in December last year, celebrated the approval of the proposal to reduce emissions of greenhouse gases (GHG). The goal is to ensure that the global average temperature does not rise more than 2°C. This episode certainly is cause for celebration, but there is still a question in the air: how will the economy be impacted by this decision? “The impact will be huge. I think it was a huge event”, said the expert Branca Americano, responsible for the Climate Policy Program of the Climate and Society Institute. She recalls, however, that the COP 21 is a process within the United Nations (UN) and, like all other processes of the institution, tends to be slow because it involves all countries of the world and the decisions are taken by consensus. The COP 21 agreement replaced the Kyoto Protocol, signed in 1997 which was still in force. At the time, it was essential to broaden the dialogue on climate change and to create the carbon market, but the main deficiency was the non-involvement of the United States, currently the largest economic power. “The world changed a lot at that point but it still was very little.” Branca explains that the countries that participated in the COP 21 are under the same regime, but differences are recognized among them, as some are responsible for large part of emissions while others contribute little to global warming. “Every country says how much it pledges to cut”, stated the expert. “Everything takes place very Branca afirma que a crise econômica pode atrasar os planos do Brasil, mas que esse momento poderia ser aproveitado para uma grande transformação. A crise é a oportunidade perfeita para buscar novas maneiras de gerar riqueza, mas, segundo ela, não parece haver estímulo do Estado para que isso aconteça. “A mudança vai adiante com ou sem o Brasil, e a influência mundial pode ser importante. As próprias empresas podem dar o empurrão de que o país precisa, seguindo as tendências dos seus setores. Vai depender da mentalidade do empresariado”, garante Branca. “A logística pode ser um fator-chave. Basta tirar o desperdício e a ineficiência da equação e a nossa contribuição para o clima será enorme.” transparently, and the countries will present their results for the others evaluate and question what is being done. The architecture found for this was very satisfying.” STARTING POINT The representative of the Climate and Society Institute points out that THE COP 21 is not a point of arrival but starting point for a cultural change around the world. “It is expected that someone who will invest today will worry about the issue”, she says. “In a few years, products with high carbon footprint will not be well accepted by the public. Decision makers will try to understand how this new way of economy works and, at some point, everyone will board this more sustainable ship.” According to her, the perspectives are very positive for Brazil, as the country is rich in natural resources, which can make this transition easier. Our energy matrix has a low percentage of carbon and has more alternatives that countries whose generation base is coal powered thermal power plants. “We’ve been through many transitions in the production mode, and the world has continued to evolve normally”, stated Branca Americano. “This is a responsibility assumed by each country, which checks where are their main issues. Brazil will have to review its climate policy to succeed.” Branca says that the economic crisis may delay Brazil’s plans, but this moment could be used for a major transformation. The crisis is the perfect opportunity to look for new ways to generate wealth, but she said, there seems to be no government stimulus for this to happen. “The change will go ahead with or without Brazil, and global influence can be important. The companies themselves can provide the push that the country needs, following the trends of their sectors. It will depend on the entrepreneurial mentality”, assures Branca. “Logistics may be a key factor. Just remove the waste and inefficiency from the equation and our contribution to the climate will be enormous.” NEW,S Março 2016 9 Entrevista Mais diálogo na Antaq Diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Fernando Fonseca, destaca relacionamento entre os atores do setor como ponto forte da atual diretoria P ergunte para o diretor Fernando Fonseca o que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) tem feito nos últimos anos e receba uma resposta tão ampla e completa que ficará difícil pensar em qualquer coisa diferente de “trabalho sério e empenhado”. Na ponta da língua, ele tem todas as informações sobre os segmentos de navegação marítima, navegação de interior, área portuária e fiscalização. Uma constante em todo o setor regulado pela Antaq é o aumento do diálogo. “Nós ficamos entre os usuários, os operadores e os demais órgãos governamentais. Para agir com sucesso, a inteiração é fundamental. Temos construído diálogo muito interessante para todas as questões em que nos envolvemos, discutindo os problemas em prol de soluções objetivas e consistentes”, diz o diretor. Um dos assuntos quentes para a Agência atualmente é a antecipação das renovações de concessões de terminais portuários. Segundo ele, a Antaq já liberou mais de R$ 8 bilhões em investimentos – aportes da iniciativa privada para modernização e expansão dos terminais brasileiros – e tem ainda outros R$ 2,9 bilhões em estudo. “Isso é de extrema importância para a economia do país”, comenta Fonseca, que ainda tem na pauta para 2016 a busca por maior eficiência e competitividade no mercado. NEW,S | Qual é o balanço que o senhor faz do período em que está na diretoria da Antaq? Fernando Fonseca | Em dezembro de 2012, passei a ser diretor interino da Agência. Na época, foi necessária a nomeação provisória de dois diretores para dar sequência ao trabalho da Antaq. Continuei assim 10 Março 2016 NEW,S em 2013 e, em maio de 2014, fui efetivado como diretor da Agência. O balanço desse período é extremamente positivo. Tivemos uma série de avanços em prol da consolidação da relação da Agência com o mercado por ela regulado. Em relação ao transporte aquaviário, fiscalizamos vários nichos de mercado. Na navegação maríti- ma, que engloba longo curso, cabotagem, apoio portuário e marítimo, tivemos uma mudança importante. Até então, a responsabilidade sobre essa área ficava no Rio de Janeiro e fazia com que muitas demandas não fossem percebidas pela Diretoria. Para resolver isso, informatizamos os procedimentos para afretamento de embarcações estrangeiras por empresas brasileiras de navegação, processo que antes era muito burocrático. Isso foi vital para transferir esse departamento para Brasília. Com a informatização e a eficácia do processo reunimos dados que nos ajudaram a detectar questões que exigiam ações da Agência em favor do mercado regulado. Uma delas foi a redução da norma de afretamento. Percebemos que havia algumas práticas que vinham em detrimento do fortalecimento do mercado, comprometendo, inclusive, os investimentos das empresas. Na navegação de interior, vale destacar o esboço de normas específicos que vamos colocar em audiência pública para conferir a outorga sobre a denominação de registro de autorização de instalações portuárias. Pela legislação vigente, existem alguns tipos de instalações que não têm total conformidade com o arcabouço legal. Ficariam ao limbo de qualquer regularização e sabemos que essas instalações têm uma importância econômica muito grande para suas regiões, especialmente na Amazônia, onde são porta de entrada de muitos passageiros e cargas. Pretendemos trabalhar com a possibilidade de um registro que nos dê mecanismos para acompanhar e monitorar o desenvolvimento das atividades desses tipos de instalações. Na área portuária, além das revisões de normativos e de interesse para regulação do mercado portuário, vale destacar os procedimentos de emissão de outorgas. O novo marco regulatório, de 2013, tem como pano de fundo desobstruir e eliminar uma série de entraves para que haja incremento de oferta de infraestrutura portuária, com participação predominante da iniciativa privada. Esses entraves da legislação anterior traziam instabilidade regu- latória e jurídica para que os investimentos privados pudessem ser efetivados. A nova legislação prevê três mecanismos muito importantes, com papel relevante da Antaq no processo. O primeiro é a outorga de Terminais de Uso Privativo (TUPs), que não têm mais restrição para operar cargas de terceiros. Isso era uma grande dificuldade e gerava muitas demandas na Justiça questionando o uso desses terminais. Outro mecanismo é a renovação antecipada de contratos de arrendamento, que é o caso dos principais terminais de contêineres do país. As embarcações cresceram e demandam cais maiores e os terminais precisam se adequar, realizar investimentos. Não poderíamos esperar o fim dos contratos para garantir os aportes, por isso essa antecipação é tão necessária. Por fim, há a questão das licitações do programa de arrendamentos do Governo Federal. São contratos anteriores ao antigo marco regulatório e muitos deles já foram encerrados, com as áreas ocupadas por meio de liminares. Queremos resolver esse passivo significativo para o setor, com novas oportunidades de negócios viabilizando aportes para aumentar a oferta de infraestrutura portuária. Na fiscalização, é importante realçar a consolidação dessa tarefa da agência reguladora. Hoje, temos 14 escritórios regionais espalhados pelo país e que são a ponta de lança da Antaq para fiscalizar o setor. A atual Diretoria achou por bem, para aumentar a eficiência, instalar postos avançados dentro dos principais portos brasileiros. Temos, com isso, reduzido o volume de sanções. NEW,S | Qual é a agenda da Antaq para 2016? O que podemos esperar? Fernando Fonseca | Vamos dar continuidade a todo esse trabalho, em todas as nossas frentes de atuação. Buscamos maior eficiência. Na fiscalização, vamos avançar cada vez mais na definição de conceitos e indicadores de serviço adequado, para conferir maior segurança jurídica ao mercado. Essas ferramentas serão técnicas e transparentes, para facilitar nosso trabalho acompanhando todos os atores dos setores portuário, navegação marítima e navegação de interior. NEW,S | Os setores regulados têm elogiado bastante o aumento do diálogo com a Antaq. Existe um movimento de recondução de toda a Diretoria ao f inal dos mandatos? Este era um dos objetivos da Agência? Os setores têm sido parceiros na elaboração das normas? Fernando Fonseca | Não trabalhamos com o objetivo da recondução, mas muito nos alegra saber que o setor está satisfeito com o trabalho da Agência e elogiando o aumento do diálogo. Nós ficamos entre os usuários, os operadores e os demais órgãos governamentais. Para agir com sucesso, o relacionamento é fundamental. Temos construído diálogo muito interessante para todas as questões em que nos envolvemos, discutindo os problemas em prol de soluções objetivas e consistentes. NEW,S | Apesar desses elogios, os setores estão apreensivos com uma possível hiper-regulação, que seria prejudicial ao desenvolvimento dos negócios. Há motivo para essa preocupação? Fernando Fonseca | Há um pouco de exagero nessa afirmação. A Antaq existe para que a iniciativa NEW,S Março 2016 11 privada possa atuar sem temores e com competitividade, respeitando os ritos da lei. Dessa maneira, acho que os setores não precisam se preocupar muito com essa regulação exagerada. NEW,S | Como está evoluindo a nova norma de afretamento? O setor tem sido parceiro na implementação? Fernando Fonseca | A norma de afretamento que entrou em vigência no ano passado, sem dúvida, atingiu seu objetivo, na medida em que alterou a dinâmica do setor, contribuindo na inibição da atuação de empresas que não estavam envolvidas com o desenvolvimento do setor. Com o sistema informatizado, pudemos detectar uma série de lacunas de ordem regulatória. Várias empresas atuavam em detrimento do que se esperava para o mercado. A matéria foi amplamente discutida e o setor recebeu muito bem essa mudança. Foi um golaço da Antaq. NEW,S | Como a Agência está lidando com as antecipações das renovações de concessão de terminais? Isso é uma prioridade? Quais as perspectivas? Fernando Fonseca | Temos trabalhado muito forte nesse segmento. A renovação é uma das iniciativas mais importantes decorrentes do novo marco regulatório. São processos que demandam menor tempo para que esses investimentos tão requeridos sejam realizados nos terminais portuários. Para estarem em posição competitiva, esses terminais precisam estar equipados para receber as embarcações, que estão cada vez maiores. A partir dos processos de renovação antecipada, a Antaq já liberou mais de R$ 8 bilhões em investimentos no setor. Isso é de extrema importância para a economia do país. Temos também hoje, em análise na Antaq e na Secretaria Especial de Portos (SEP), R$ 2,9 bilhões em investimento em estudo. NEW,S | As normas de outorgas virão para reforçar os princípios das leis que regem os setores? Fernando Fonseca | Sem dúvida. A proposta de revisão à norma de outorga para autorização de operações de navegação veio para complementar a norma de afretamento, que tratei na resposta anterior. O objetivo da Agência com a publicação dessas duas normas é criar condições para que o setor de navegação marítima possa se desenvolver para gerar investimentos e empregos no país. O pano de fundo é o desenvolvimento da navegação e da indústria naval, com aportes voltados para o aumento da frota. Isso é importante para coibir a concorrência desleal e atitudes não competitivas. NEW,S | O senhor pode comentar um pouco sobre a necessidade de revisão da Resolução 2389/2012? Porque a necessidade de revisá-la, já que é bastante clara a respeito das cobranças nos terminais? Fernando Fonseca | É preciso destacar que, por conta do novo marco regulatório, é necessário adaptar a Resolução 2389/2012. A nova legislação confere uma série de competências de normatização e disciplinamento da exploração portuária, direta ou por arrendamento. Considerando aspectos técnicos, econômicos e jurídicos, particulariza a exploração do serviço portuário e sua interface com a navegação marítima. A resolução precisa se ajustar a esse novo cenário, precisa ser mais transparente. 12 Março 2016 NEW,S More dialog for Antaq The Director of the National Waterway Transportation Agency (Antaq), Fernando Fonseca, highlights the relationship between the sector actors as a strong point of the current board Ask the director Fernando Fonseca what the National Waterway Transportation Agency has done in recent years and you will receive an answer as broad and complete that it will be hard to think of anything other than “serious and committed work”. He has all the information on the shipping segments, inland navigation, port areas and supervision at the tip of his tongue. A constant throughout the industry regulated by Antaq is increased dialog. “We are between the users, operators and other government bodies. To operate successfully, interaction is critical. We have constructed a very interesting dialog for all issues in which we are involved, discussing the problems in favor of objective and consistent solutions”,says the director. One of the hot topics for the Agency is currently anticipating the renewal of port terminal concessions. According to him, Antaq has released more than R$ 8 billion in investments - the private sector investments for modernization and expansion of Brazilian terminals - and still there are another R$ 2.9 billion under study. “This is extremely important for the economy”, stated Fonseca, who still has time in the agenda for 2016 for the search for greater efficiency and market competitiveness. NEW,S | What is your contribution during the period in which you are on the board of Antaq? Fernando Fonseca | In December 2012, I became acting director of the Agency. At the time, the provisional appointment of two directors to give sequence to the work of Antaq was necessary. I remained like this in 2013 and in May 2014 I was effected as a director of the Agency. The balance of this period is extremely positive. We had a number of advances in favor of the Agency regarding the consolidation of the market regulated by it. Regarding water transport, we inspect various market niches. In maritime navigation, which encompasses long haul, cabotage, port and maritime support, we had a major change. Until then, the responsibility for this area was in Rio de Janeiro and meant many demands were not perceived by the Board. To resolve this, the procedure for chartering of foreign vessels by Brazilian shipping companies was computerized. This process was previously very bureaucratic. This was vital to transfer this department to Brasilia. With computerization and the effectiveness of the process we gathered data that helped us to detect issues that required Agency actions in favor of the regulated market. One of them was the reduction of the chartering standard. We realized that there were some practices that were to the detriment of the strengthening of the market compromising even business investments. For inland navigation, it is worth highlighting the outline of specific rules that we will bring to a public hearing to confer the award on the registration name of authorization for port facilities. Under current legislation, there are some types of facilities that do not have full compliance with the legal framework. They would be left in the limbo of any regularization and we know that these facilities have a major economic importance for their regions, especially in the Amazon, which is the gateway for many passengers and cargo. We intend to work with the possibility of a registry that provides the mechanisms to track and monitor the development of the activities at these types of facilities. In the port area, in addition to the review of the rules and interest for regulation of the port market, it is worth mentioning the concession grant issuing procedures. The new regulatory framework of 2013 has as background to clear and remove a number of barriers so that there is a port infrastructure supply increase, with predominant participation of the private sector. These barriers of the previous legislation brought regulatory and legal instability in order for the private investment to be made effective. The new law provides three very important mechanisms with a relevant role of the Antaq in the process. The first is the granting of Private Use Terminals (TUPs), which have no restriction to operate third-party cargo. This was a very difficult and generated many claims in court questioning the use of these terminals. Another mechanism is the early renewal of lease agreements, which is the case of the country’s container terminals. The vessels grew and they demand larger docks and the terminals need to adapt, invest. We could not wait for the end of the contracts to ensure the contributions, so this anticipation is very necessary. Finally, there is the issue of bidding processes of the concession program of the Federal Government. Many agreements prior to the old regulatory framework have expired, with the areas occupied through injunctions. We want to solve these significant liabilities for the sector with new business opportunities enabling investments in order to increase the supply of port infrastructure. In the area of inspection it is important to carry out the consolidation of this task by the regulatory agency. Today, we have 14 regional offices throughout the country which are the spearhead of Antaq to supervise the sector. The current Board saw fit to increase the efficiency, install outposts within the main Brazilian ports. Thus, we have a reduced volume of sanctions. can detect a number of regulatory gaps. Several companies operated to the detriment of what was expected for the market. The matter was widely discussed and the sector received this change very well. It was a great goal by Antaq. NEW,S | What is the agenda of Antaq for 2016? What can we expect? Fernando Fonseca | We will continue all this work, all our action fronts. We seek greater efficiency. On supervision, we will move more and more to defining concepts and adequate service indicators to provide greater legal security for the market. These tools will be technical and transparent, to facilitate our work following all the actors of the port, maritime and inland navigation sectors. NEW,S | The concession standards will come to reinforce the principles of the laws governing the sector? Fernando Fonseca | There is no doubt. The proposal to revise the permission authorization standard for navigation operations to complement the chartering standard that I mentioned in the previous answer. The Agency’s goal with the publication of these two standards is to create conditions so that the shipping sector can develop to generate investments and jobs in the country. The background is the development of navigation and the shipbuilding industry, with investments aimed at increasing the fleet. This is important to curb unfair competition and non-competitive attitudes. NEW,S | The regulated sectors have widely praised the increasing dialogue with the Antaq. Is there a movement for reappointment of the entire Board at the end of the mandates? Was this one of the goals of the agency? Have the sectors been partners in the elaboration of the standards? Fernando Fonseca | We do not work for the purpose of a reappointment, but we are pleased to know that the sector is satisfied with the work of the Agency and praising the increased dialog. We are between the users, operators and the other government bodies. To operate successfully, the relationship is fundamental. We have constructed a very interesting dialog for all issues in which we are involved, discussing the problems in favor of objective and consistent solutions. NEW,S | Despite these compliments, the sectors are concerned with a possible hyper-regulation, which would be detrimental to business development. Is there a reason for this worry? Fernando Fonseca | There is some exaggeration in the statement. Antaq exists so that the private sector can act without fear and with competitiveness, while respecting the law. Thus, I think that the sectors don’t have to worry too much about this excessive regulation. NEW,S | How is the new chartering standard progressing? Has the sector been a partner in the implementation? Fernando Fonseca | The chartering standard that came into force last year undoubtedly achieved its goal, in that it changed the dynamics of the sector, contributing to the inhibition of activity of companies that were not involved with the development of the sector. With the computerized system, we NEW,S | How is the Agency dealing with the anticipations of the terminal concession renewals? Is this a priority? Which are the perspectives? Fernando Fonseca | We have been working strongly in that segment. Renewal is one of the most important initiatives arising from the new regulatory framework. These processes require less time for these investments that are so essential in the port terminals. In order to be in a competitive position, these terminals must be equipped to receive vessels, which are getting bigger all the time. From the early renewal processes, Antaq has released more than R$ 8 billion in investments in the sector. This is extremely important for the country’s economy. Today we also have under analysis at Antaq and the Special Secretariat of Ports (SEP), R$ 2.9 billion in investments. NEW,S | Can you comment a little on the need for revision of Resolution 2389/2012? Why the need to revise it, since it is quite clear about the billing at the terminals? Fernando Fonseca | It should be emphasized that, due to the new regulatory framework, it is necessary to adapt the Resolution 2389/2012. The new legislation provides a number of standardization competencies and disciplining of the port operation, directly or through lease. Considering the technical, economic and legal aspects, it specifies the operation of the port service and its interface with maritime shipping. The resolution needs to adjust to this new scenario, it needs to be more transparent. NEW,S Março 2016 13 Especial A força do vento Geração eólica cresce no país e a perspectiva é que até o final da década se torne a segunda fonte de energia elétrica 14 Março 2016 NEW,S A brisa fresca que vem do mar, o sopro que enche as velas e empurra o barco, a rajada forte que afasta o mau tempo. O vento sempre foi visto como um elemento positivo, mesmo quando era apenas o ar se deslocando. Hoje, ele é muito mais – é o vento que gira pás enormes e gera energia elétrica para iluminar casas e impulsionar a indústria. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o segmento é responsável atualmente por 6% da matriz elétrica do Brasil, e isso é apenas um sopro perto do seu potencial. “Esses 6% já são muito significativos para um setor que começou a instalar parques de geração há três ou quatro anos. A expectativa é chegar a 2020 com uma fatia de 12% e como a segunda principal fonte”, destaca a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Gannoum. Segundo ela, o Brasil está em um processo de instalação muito rápido dos parques eólicos, e todo ano a geração bate recordes. “Estamos falando de um crescimento, em média, de 40% ao ano e vamos manter esse ritmo virtuoso por mais 10 ou 15 anos. Hoje, a eólica já é a segunda fonte de energia elétrica mais competitiva no país”, diz Elbia. Para dar suporte ao crescimento dos parques de energia eólica, o Grupo Wilson Sons tem se dedicado a acompanhar mais de perto o segmento. Como a maior parte dos parques está concentrada na região Nordeste, as unidades da companhia na Bahia e em Pernambuco vêm desen- volvendo serviços voltados para as empresas geradoras. A Wilson Sons Logística criou uma célula voltada justamente para cargas de projeto – em geral, de dimensões grandes e que não podem ser transportadas em contêineres (as pás eólicas e outros equipamentos utilizados para geração entram nessa categoria). A companhia, inclusive, recebeu autorização para operar, em sua unidade de Suape (PE), essas cargas destinadas à construção dos parques. “Composto por um time de especialistas, o departamento que cuida especificamente das cargas de projeto é fundamental para que possamos entender os movimentos que estão relacionados ao setor. A antecipação nos permite oferecer o modelo de solução “Estamos falando de um crescimento, em média, de 40% ao ano e vamos manter esse ritmo virtuoso por mais 10 ou 15 anos. Hoje, a eólica já é a segunda fonte de energia elétrica mais competitiva no país.” “We are talking about a growth on average of 40% per year and we will keep this virtuous rhythm for another 10 or 15 years. Nowadays, wind power is the second most competitive electric power source in the country.” Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica | Executive president of ABEEólica NEW,S Março 2016 15 logística mais adequado para cargas tão específicas”, explica o diretor executivo da Wilson Sons Logística, Thomas Rittscher III. Em Salvador (BA), onde o Grupo administra um terminal de contêineres, as cargas de projeto são uma das grandes apostas deste ano. “Em 2015, as cargas eólicas se colocaram com grande destaque, uma vez que nos tornamos um player muito importante para o mercado regional. Movimentamos volumes de grandes dimensões, como, por exemplo, pás eólicas de até 57 metros de comprimento. O segmento foi fundamental para os resultados de importação do ano passado, e o desafio para 2016 é manter o alto nível de movimentação desse tipo de carga”, comenta o diretor do Tecon Salvador, Demir Lourenço. Ainda sobre o cenário das cargas de projeto, o executivo analisa o mercado atual. “O Brasil se tornou um grande player na área de geração de energia eólica e, por isso, se torna cada vez mais competitivo, atraindo novas empresas. O mercado também aponta para uma segunda onda de investimentos significativos no setor de energia – inclusive Pás eólicas movimentadas no Tecon Salvador Moved wind blades in Tecon Salvador no solar, que vem compor com a eólica na construção de grandes campos onde coexistam as duas fontes geradoras de energia”, completa. The wind power The wind power is growing in the country and the perspective is that it will become the second most important source of electric power by the end of the decade The cool breeze from the sea, the breath that fills the sails and pushes the boat, the strong wind that drives away the bad weather. The wind has always been seen as a positive element, even when it was just as moving air. Today, it is much more – it’s the wind that turns huge blades and generates electrical power for lighting homes and boosts industry. According to data from the Brazilian Association of Wind and Energy (ABEEólica), the segment currently accounts for 6% of the Brazilian energy matrix, and this is just a whisper of the total potential. “This 6% is already very significant for an industry that began installing generation parks three or four years ago. The expectation is to arrive in 2020 with a share of 12%”, says the executive president of ABEEólica, Elbia Gannoum. According to her, Brazil is in a very fast process of installing wind farms and every year the generation breaks records. “We are talking about a growth on average of 40% per year and we will keep this virtuous rhythm for another 10 or 15 years. Nowadays wind power is the second most competitive electric power source in the country”, says Elbia. To support the growth of wind power parks, the Wilson Sons Group has been dedicated to monitoring the segment more closely . As most of the parks are concentrated in the northeast region, the Company’s units in Bahia and Pernambuco are developing targeted services for the generating companies. Wilson Sons Logistics has created a service unit just to design project cargoes – in general, they have huge dimensions and cannot be transported in con- 16 Março 2016 NEW,S tainers (the wind blades and other equipment that are used to generate energy come in this category). The Company also received authorization to operate these cargoes destined for the construction of parks in its Suape (PE) unit. “Composed of a team of specialists, the department, that takes specific care of the project cargo, is essential for us to understand the movements that are related to the sector. The anticipation allows us to provide the most suitable logistics solution for such specific cargoes”, explains the executive director of Wilson Sons Logistics, Thomas Rittscher III. In Salvador (BA), where the Group manages a container terminal, the project cargoes are one of the biggest bets this year. “In 2015, wind loads were a highlights, once we became an important player for the regional Market. For example, we moved large volumes of wind blades of up to 57 meters length. The segment was very important for the results of imports last year, and the challenge for 2016 is to maintain the high level of handling for this type of cargo”, says the director of Tecon Salvador, Demir Lourenço. Yet, on the scenario of project cargo, the executive analyses the current market. “Brazil has become a major player in the field of wind power generation and, therefore, becomes increasingly competitive, attracting new businesses. The market also points to a second wave of significant investments in the energy sector – including solar, that is likely to provoke construction of large fields where the two sources of energy coexist”, he says. Raio X 18 000 m2 X Ray Centro Logístico Suape Suape Logistics Center Área de armazenagem Storage Area Área de pátio Patio Area 20 Docas 5 000 m 2 12 000 m2 Área de armazenagem Estação Aduaneira de Interior (EADI) Suape 60 000 m2 8 000 m2 Docks para Reefer 64 tomadas 64 plugs for Reefer (container reefer) Storage Area (contêineres refrigerados) Resistência do Pátio Patio Resistance 55 tons/m² toneladas/m² (in the warehouse) (no galpão) 150 toneladas/m² 36 000 m2 Área de pátio Interior Custom Station (EADI) Suape 7m de largura do portão Patio Area 7m width of gate 42 Docas Docks 20 000 5t m² Todos os regimes aduaneiros especiais All special customs regimes Área dedicada a cargas de projeto Area dedicated to project cargo Piso do pátio resistente a 5 toneladas /m² Patio floor resistant to 5 tons/m² BR Tecon Salvador 324 (piso pátio) 150 tons/m² (patio) Acesso viário exclusivo ligando a BR 324 ao Porto de Salvador Exclusive road access linking the BR 324 to the Port of Salvador Tecon Salvador Cais Água de Meninos Pier Água de Meninos 15 metros de calado meters of draught 3 portêineres super post-Panamax porteiners super post-Panamax 377 comprimento metros de meters in length Cais de Ligação Connecting quay 118 000 m2 Via expressa com pista restrita para caminhões Expressway with restricted lane for trucks 12 metros de calado meters of draught 3 portêineres Panamax porteiners Panamax metros de 240 comprimento meters in length Área total Total area NEW,S Março 2016 17 Retrospectiva 2015 Planejamento para enfrentar desafios Em ano de percalços na economia, Grupo Wilson Sons segue mirando no longo prazo para garantir sucesso em suas operações Não foram poucos os desafios de 2015. No ano em que o cenário econômico brasileiro ficou mais conturbado, com impactos principalmente sobre o setor de petróleo e gás e a forte desvalorização do real frente ao dólar, as empresas precisaram fazer ajustes para garantir as melhores performances, tendo a visão de longo prazo como peça fundamental nesse período. “Dentro do nosso planejamento, conseguimos importantes realizações em 2015”, afirma o CEO do Grupo Wilson Sons, Cézar Baião. “Novas embarcações entregues, a conclusão das obras de uma unidade e a consolidação de muitas operações são apenas alguns dos motivos que tivemos para comemorar em 2015.” O CEO destaca momentos importantes do ano passado, como as entregas da Wilson Sons Estaleiros. A empresa concluiu a construção do ROVSV (Remotely Operated Vehicle Support Vessel) Fugro Aquarius, encomendado pela Fugro Brasil, do OSRV (Oil Spill Recovery Vessel) Jim O’Brien, da OceanPact, e do Escort Tug WS Titan, da Wilson Sons Rebocadores. No Caju (RJ), chegaram ao fim as obras da Brasco. A unidade, que tinha apenas um berço, pode receber agora até cinco embarcações simultaneamente. Com isso, a capacidade de 18 Março 2016 NEW,S atendimento na Baía de Guanabara dobrou. Também foram motivo de comemoração a expressiva movimentação nos terminais de contêineres, o bom desempenho da Wilson Sons Agência, a ampliação da Central de Operação de Rebocadores, o primeiro ano de operações da Estação Aduaneira de Interior (EADI) Suape da Wilson Sons Logística, a renovação de contratos da Wilson Sons Ultratug Offshore com a Petrobras, a conquista de prêmios e a perenização do programa de segurança WS+. “Além disso, no ano passado demos um passo importante em nosso processo de alinhamento estratégico. Os Comitês de Alinhamento se reuniram regularmente e os Painéis de Contribuição, formados nos negócios, ajudaram a pôr em prática nosso planejamento”, complementa Baião. RESULTADOS QUE SUPERAM A CRISE Nos terminais de contêineres da Wilson Sons, o último ano também foi marcado pelo desafio. Mesmo com a alta do dólar e a queda na importação, essas unidades demonstraram, mais uma vez, a eficiência de suas operações ao alcançarem resultados significativos. Prova disso é que em 2015 mais um recorde foi quebrado: somadas as operações do Tecon Salvador e do Tecon Rio Grande, foram movimentados mais de 1 milhão de TEU. O número representa um aumento de 6,2% da movimentação total. As vitórias de 2015, contudo, não se encerram nos resultados operacionais. Na última semana de dezembro, por exemplo, o Tecon Salvador alcançou um importante marco quando foi publicada no Diário Oficial portaria com aprovação preliminar do pedido de renovação que estende a concessão do terminal até o ano de 2050. Agora, o processo está em análise da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). As movimentações de exportação e cabotagem também foram destaques de 2015. No Tecon Rio Grande, as exportações tiveram uma alta de 10,4% no acumulado do ano e alta de 12,6% na cabotagem. Já em Salvador, as movimentações representaram um aumento de 7,9% do total das exportações e 7,5% na cabotagem. O terminal da capital baiana também fechou 2015 com bons números na exportação de frutas do Vale de São Francisco. “A região tem uma produção anual de mais de um milhão de toneladas de frutas, sendo 80% mangas e uvas. Hoje o Tecon Salvador detém 40% do market share (participação no mercado) de movi- mentação de frutas do Vale. Isso se deve a fatores como menor distância rodoviária, melhor estrutura operacional, além de equipe especializada”, reforça o diretor executivo do Tecon Salvador, Demir Lourenço. A produção no Vale do São Francisco também vem sendo diversificada, apresentando novas oportunidades. Exclusivamente para o mercado interno, por exemplo, a região teve a terceira colheita de maçã e a primeira de peras, além da diversificação com outras frutas e da industrialização da produção. Além da manga e da uva, o Tecon Salvador embarcou para exportação cargas de coco, melão e suco de fruta. Já para o Tecon Rio Grande, as principais cargas movimentadas foram arroz, resina e tabaco. “Em 2015, também conseguimos um volume interessante de soja conteinerizada, que já se tornou uma carga habitual do terminal. O objetivo para 2016 é aumentar essa quantidade, uma vez que a soja em contêiner é um dos nichos de mercado que são interessantes não só para o exportador brasileiro como também para o comprador. Além disso, apostamos na diversificação de cargas para serem transportadas neste mesmo molde, como trigo, milho e ração”, reforça Paulo Bertinetti, diretor do Terminal de Contêineres do Rio Grande. CABOTAGEM Outro palpite para 2016 é a operação entre portos brasileiros. “A cabotagem alcançou resultados interessantes em um ano marcado pela crise e se torna uma das grandes apostas para este ano. Isso porque, nesse contexto, a briga não é contra a economia, e sim com o transporte rodoviário. A carga existe, e o nosso desafio é trazê-la para esse modal, realizando as operações por via marítima”, ressalta Demir Lourenço. A discussão acerca do tema é fundamental, tanto que, no mês de setembro, o Tecon Salvador realizou o IV Seminário de Logística, traçando as tendências de movimentação de cargas para a Bahia. O evento reuniu mais de 200 participantes, entre armadores, empresários, despachantes, transportadores, gestores públicos e pessoas ligadas à atividade comercial marítima brasileira. Tecon Salvador registrou aumento na exportação de frutas em 2015 Tecon Salvador recorded increase in export of fruits in 2015 A temática também desperta atenção do Tecon Rio Grande. Na avaliação do diretor presidente da unidade, Paulo Bertinetti, o modal não deve ser ignorado no Brasil. Em 2015, 42,3 mil TEU foram movimentados por cabotagem. “É um grande serviço estratégico para o Brasil. Com a extensão de costa navegável que o país possui, é uma importante alternativa para transpor as distâncias”, completa. HIDROVIA A grande aposta do Tecon Rio Grande para 2016 é o uso do Terminal de Santa Clara, localizado no Polo Petroquímico de Triunfo. O projeto, que ocorre em parceria com a Braskem, marca a retomada do transporte pelo rio Jacuí, entre Triunfo e o Porto de Rio Grande. A iniciativa possibilitará a substituição do modal rodoviário pela hidrovia. “A iniciativa é altamente estratégica para o estado. Teremos um modal no qual NEW,S Março 2016 19 conseguiremos criar melhorias, alavancar projetos que representam ganhos logísticos, redução de custos, segurança e produtividade”, comenta Bertinetti. O terminal de Santa Clara renasce com capacidade de movimentação de carga de 100 mil TEU, volume que representa 15% da quantidade de contêineres movimentados no Tecon Rio Grande. E foi nesse contexto que o diretor do Tecon traçou as expectativas para 2016. “Vamos cada vez mais atuar em projetos logísticos que facilitem o acesso de cargas ao Tecon, por isso o uso do modal hidroviário se torna importante. O Tecon Rio Grande também vive a expectativa da recuperação da indústria do Rio Grande do Sul: estamos preparados e investindo para o atendimento das demandas. Também estão em nosso foco as cargas advindas do Uruguai e as oportunidades de cargas argentinas”, completa o diretor do Tecon Rio Grande. Tecnologia e otimização de processos Os investimentos em tecnologia também marcaram o ano de 2015 para o Tecon Rio Grande, trazendo mais agilidade e segurança para as operações da unidade. No ano passado, os portões de acesso rodoviário (gates) foram automatizados, remodelando o processo de recebimento e entrega de contêineres, a partir da substituição dos operadores de gate por quiosques de autoatendimento com identificação biométrica do motorista. Além disso, a solução implementada apresenta seis portais com tecnologia OCR (Optical Character Recognition), que capturam as informações como as placas dos caminhões e a identificação dos contêineres sem a necessidade de estacionar o veículo, otimizando o tempo da operação. A automação contempla, ainda, pesa20 Março 2016 NEW,S gem de carga, controle do f luxo de caminhões com barreiras integradas e impressão térmica do tíquete de entrega/recebimento do caminhão. No primeiro semestre, o Tecon Rio Grande também intensificou os investimentos em tecnologia a partir do desenvolvimento e da implantação de um sistema de pagamento eletrônico. Os investimentos não param por aí. “A exemplo da aquisição de novos equipamentos, o terminal também está realizando adequações em seus berços, já para 2016, para atracação simultânea de três navios de 370 metros cada”, explica Paulo Bertinetti. Também tratando de inovação, o Tecon Salvador alcançou, em setembro, adesão de 100% ao Canal do Cliente, pelo qual é possível solicitar e acompanhar todos os serviços realizados pelo terminal. A unidade foi a primeira do Norte/Nordeste a introduzir um canal on-line com foco na agilidade e na transparência dos procedimentos. “Para 2016, uma das bandeiras é justamente continuar reduzindo burocracias: simplificando processos entre as nossas áreas internas e também na relação com os nossos clientes. Simplificar, para o Tecon Salvador, significa fazer mais fácil, com menos e mais rápido. Além do aumento da produtividade interna, a iniciativa vai melhorar ainda mais a excelência no atendimento de nossos clientes”, comenta Demir Lourenço. Em 2015, a unidade localizada no Nordeste também adquiriu maquinário para estufagem de grãos. Composta por fuso e esteira transportadora, tem capacidade para carregar 75 toneladas de grãos por hora, com foco na conteinerização de soja. A aquisição de novos equipamentos também contemplou três empilhadeiras de contêineres, além de uma máquina (MC Lift) para movimentação de contêineres com capacidade para 16 toneladas. Planning to face challenges In a year of challenges in the economy, the Wilson Sons Group keeps focus on the long term to ensure success in its own operations. There were many challenges in 2015. In this troubled year for the Brazilian economy, with impact mainly on the oil and gas sector and the strong Real devaluation in relation to Dollar, companies had to make adjustments to ensure their best performances, with the long term vision as an essential element. “Within our planning, we made significant achievements in 2015”, says the CEO of the Wilson Sons Group, Cézar Baião. “New vessels delivered, the completion of the civil works in one of our units, and the consolidation of many operations are just some of the reasons that we had to celebrate in 2015.” The CEO highlights important moments including the deliveries of Wilson Sons Shipyard. The Company completed the construction of a ROVSV (Remotely Operated Vehicle Support Vessel) Fugro Aquarius, ordered by Fugro Brasil, the OSRV (Oil Spill Recovery Vessel) Jim O’Brien for OceanPact and of the Tugboat WS Titan for Wilson Sons Towage. In Caju (RJ), the Company completed the civil works at Brasco. The business unit, which had only one berth, can now receive up to five vessels simultaneously. Thus, our service capacity in Guanabara Bay has more than doubled. There were also other reasons to celebrate including: the expressive movement in container terminals, the good performance of Wilson Sons Agency, the expansion of the Tugboat Operations Centre (COR), the first year of operation of the Bonded warehouse in Suape, the renovation of three contracts signed between Wilson Sons Ultratug Offshore and Petrobras, the award and perpetuation of the WS+ security program. “In addition, last year we made an important move in our strategic alignment process. Our Alignment Committee has regular meetings and the contribution panels, formed in our businesses, helped to put our planning into practice”, says Baião. RESULTS THAT EXCEED THE CRISIS In the container terminals of Wilson Sons, this year was also marked by challenges. Even with the high dollar and the fall in imports, these units have once again shown, the efficiency of their operations to achieve significant results. Proof of this is that in 2015 another record was broken: the combined operations of Tecon Salvador and Tecon Rio Grande, moved more than 1 million TEU. The number represents an increase of 6.2% for the total movement. The 2015 victories, however, do not end in operational results. In the last week of December, for example, Tecon Salvador reached an important milestone when it was published in the Official Gazette decree with preliminary approval of the application for renewal that extends the concession of the terminal by the year 2050. Now the process is in analysis of National Waterway Transportation Agency (ANTAQ). The export and cabotage movements were also highlights of 2015. In Tecon Rio Grande, exports were up to 10.4% over the year and a high of 12.6% in cabotage. In Salvador, the changes represented an increase of 7.9% of total exports and 7.5% in cabotage. The terminal of Salvador also closed 2015 with good numbers in the export of fruit from São Francisco Valley. “The region has an annual production of over one million tons of fruit, 80% of mangoes and grapes. Today Tecon Salvador holds 40% of the market share of Valley fruit movement. This is due to factors such as lower road distance, better operational structure, as well as specialized staff”, adds the executive director of Tecon Salvador Demir Lourenço. The production in the São Francisco Valley has also been diversified, presenting new opportunities. Exclusively for the internal market, for example, the region had the third harvest of apples and pears, as well as the first diversification with other fruits and the production industrialization. Beyond the mango and grape, Tecon Salvador shipped for export cargoes of coconut, melon and fruit juice. Tecon Rio Grande, the main loads moved were rice, resin and tobacco. “In 2015, we also achieved an interesting volume of soy in containers that has already become a regular cargo in the terminal. The goal for 2016 is to increase this amount, since soy in container is one of the niche markets that are interesting not only for the Brazilian exporter but also to the buyer. In addition, we bet on diversification of cargoes to be transported in this same format, such as wheat, corn and feed”, highlights Paulo Bertinetti, Director of the Containers Terminal of Rio Grande. CABOTAGE Another bet for 2016 is the operation between Brazilian ports. “Cabotage achieved interesting results in a year marked by crisis and becomes one of the big bets for this year. That’s because, in this context, the fight is not against the economy, but against the road transport. The cargo exists, and our challenge is to bring it to this mode of transport, performing operations by sea,” says Demir Lourenço. The discussion about the subject is essential, so much that in September, Tecon Salvador carried out the IV Logistics Seminar, drawing trends in cargo handling for Bahia. The event brought together more than 200 participants, including ship owners, entrepreneurs, brokers, carriers, public managers and people connected to the Brazilian maritime commercial activity. The theme also stike the attention of Tecon Rio Grande. In the evaluation of the Chief Executive Officer of the unit, Paulo Bertinetti, the mode of transport should not be ignored in Brazil. In 2015, 42.300 TEU were moved by cabotage. “It’s a great strategic service to Brazil. With the extension of navigable coast that the country has, it is an important alternative to bridge distances”, he adds. WATERWAY The big bet of Tecon Rio Grande for 2016 is the use of Santa Clara Terminal, located in Triunfo Petrochemical Pole. The project, in partnership with Braskem, marks the resumption of transportation by the Jacuí River, between Triunfo and the Port of Rio Grande. The initiative will allow the replacement of the road mode by the waterway. “The initiative is highly strategic for the State. We have a mode of transport in which we will be able to create improvements, leveraging projects that represent logistical gains, cost reduction, security and productivity”, says Bertinetti. Santa Clara terminal is reborn with cargo handling capacity of 100,000 TEU, volume that represents 15% of the amount of containers handled at Tecon Rio Grande. And it was in this context that the Director of Tecon outlined expectations for 2016. “We will increasingly operate in logistics projects that facilitate the cargo access to Tecon, so the use of the waterway mode becomes important. Tecon Rio Grande also holds expectation of recovery in the industry of Rio Grande do Sul: we’re prepared and investing to meet the demands. Cargoes coming from Uruguay and opportunities of cargoes from Argentina are also in our focus”, adds the Director of Tecon Rio Grande. Technology and process optimization The investments in technology also marked the year of 2015 for Tecon Rio Grande, bringing more speed and security for the unit operations. Last year, the road access gates were automated, reshaping the process of receipt and delivery of containers, from the replacement of gate operators by self-service kiosks with biometric identification of the driver. In addition, the implemented solution presents six gates with OCR (Optical Character Recognition), which captures information such as the plate of the trucks and the identification of containers without the need to park the vehicle, optimizing the operation time. The automation also includes cargo weighing, flow control of trucks with integrated barriers and thermal printing of the truck delivery/receipt tickets. In the first half, Tecon Rio Grande also intensified investments in technology from the development and implementation of an electronic payment system. The investments don’t stop there. “Examples such as the acquisition of new equipment, the terminal is also making adjustments in their berths, for 2016, for simultaneous berthing of three vessels of 370 meters each”, explains Paulo Bertinetti. Also in the case of innovation, in September Tecon Salvador reached 100% adhesion to the Client Channel, by which it is possible to request and track all services performed by the terminal. The unit was the first in the North/Northeast to introduce an online channel with a focus on agility and transparency of the procedures. “For 2016, one of the goals is to keep on reducing bureaucracy: simplifying processes between our internal areas and also in the relationship with our customers. Simplify, for Tecon Salvador, means making easier, with less hassle and faster service. In addition to increased internal productivity, the initiative will further improve the excellence in service to our customers”, says Demir Lourenço. In 2015, the unit located in the Northeast also acquired machinery for storing grain. Composed of a spindle and conveyor belt it has the capacity to carry 75 tons of grain per hour, with a focus on containerization. The acquisition of new equipment also included three container forklifts, in addition to a machine for movement of containers (MC Lift) with a capacity of 16 tons. NEW,S Março 2016 21 Brasco Obras concluídas Com a unidade Brasco Caju pronta para operar, companhia dobra capacidade de atendimento A conclusão das obras de uma unidade que tem seu potencial de atendimento duplicado é motivo suficiente de comemoração para uma companhia. Em outubro de 2015, a Brasco concluiu as obras civis e a dragagem do cais da Brasco Caju, sua base na Zona Portuária do Rio de Janeiro. O terminal, que já contava com um berço, agora possui cinco – elevando a 22 Março 2016 NEW,S capacidade de atracação da companhia na Baía de Guanabara para até oito embarcações simultaneamente. A Brasco Caju possui área de 65 mil m², com cais linear de 508 metros de comprimento e 7 metros de calado. De acordo com o diretor executivo da empresa, Gilberto Cardarelli, a base vem operando com atracações spot de curta duração desde que ficou pronta. As perspectivas, contudo, são animadoras. “Devido à sua estratégica posição geográfica em relação aos principais campos do pré-sal na Bacia de Santos e dos campos ao sul da Bacia de Campos, a Brasco Caju será, em breve uma referência como solução integrada de apoio a operações offshore, com infraestrutura moderna, equipes dinâmicas e sistema de gestão baseado na eficiência operacional com foco na excelência em Segurança, Meio Ambiente e Saúde”, afirma Cardarelli. Além dessa base, logo do outro lado da Baía de Guanabara fica o outro terminal da companhia, em Niterói. O executivo explica que, nesse período de obras, preferiu concentrar todas as operações nessa base, para atender me- lhor aos clientes. “A unidade de Niterói é uma base tradicional, que vem trabalhando com as principais empresas do mercado de óleo e gás nos últimos 13 anos, dentro do mais alto padrão de qualidade na prestação de serviços de apoio logístico offshore. No ano passado, operamos em média três atracações por dia, atendendo às empresas Statoil, Chevron, Shell, Repsol, Total, QGEP, OGPar e PetroRio.” Um dos destaques do ano, aponta Gilberto Cardarelli, foi a renovação do contrato da Brasco, por mais três anos, com a Statoil, que é cliente desde 2009. O escopo do atendimento não mudou. “A Brasco renovou contrato com a Statoil, que é atendida na base de Niterói Brasco renewed its contract with Statoil which is served by the Niteroi base Statoil atualmente é nosso principal cliente, e esse contrato tem valor estratégico relevante para a Brasco”, complementa. Um método inovador semiautomático que utiliza um equipamento exclusivo, operado remotamente, reduzindo a exposição humana ao espaço confinado e o consumo de água. Empresas como Repsol e Shell são clientes regulares para esse serviço, embora atualmente não estejam operando pelos terminais da Brasco. Para 2016 e 2017, as atenções se voltam para a Margem Equatorial. O mercado deve ficar aquecido no Norte do país por conta do início das campanhas exploratórias nos blocos da 11ª rodada. “Estamos avaliando a implantação de bases temporárias na região e trabalhando ativamente para conquistar contratos com as operadoras”, diz o executivo. “Devido à sua estratégica posição geográfica, a Brasco Caju será, em breve uma referência como solução integrada de apoio a operações offshore” “Due to its strategic geographical position, Brasco Caju will be soon a reference as integrated solution to support offshore operations” Gilberto Cardarelli, diretor executivo da Brasco Concluded works With the Brasco Caju unit ready to operate, the company more than doubles its service capacity The completion of the works of a unit that has more than doubled in service potential is sufficient cause celebration for a company. In October 2015, Brasco completed the civil works and dredging of the Brasco Caju pier, its base in the port area of Rio de Janeiro. The terminal, which already had a berth, now has five - raising the company’s berthing capacity at Guanabara Bay up to eight ships simultaneously. Brasco Caju has an area of 65,000 m2 with a 508 meter linear pier and a draft of 7 meters. According to the chief executive of the company, Gilberto Cardarelli, the base has been operating with short spot dockings since it was completed. Perspectives, however, are encouraging. “Due to its geographical strategic position in relation to the main pre-salt fields in the Santos Basin and the fields south of the Campos Basin, Brasco Caju will soon be a reference as an integrated solution to support offshore operations, with modern infrastructure, dynamic teams and management system based on operational efficiency with a focus on excellence in Health, Safety and Environment”, stated Cardarelli. In addition to this base, just across the Guanabara Bay is the other terminal of the company, in Niteroi. The executive explains that in this period of works, he preferred to concentrate all operations at that base, to better serve customers. “The Niteroi unit is our traditional base, which has been working with the leading companies in the oil and gas market over the last 13 years, within the highest quality standards in the provision of offshore logistics support services. Last year we operated on average three turnarounds per day, serving the companies Statoil, Chevron, Shell, Repsol, Total, QGEP, OGPar and PetroRio.” Gilberto Cardarelli points out that “one of the highlights of the year was the renewal of Brasco contract with Statoil for three more years. They have been a client since 2009 and the scope of service has not changed. Statoil is currently our main customer, and this contract has relevant strategic value for Brasco”, he complements. The Brasco business also has an innovative semiautomatic method of tank cleaning that uses a unique equipment, operated remotely, reducing human exposure to confined space and water consumption. Companies such as Repsol and Shell are regulars for this service, although currently they are not operating in Brasco terminals. For 2016 and 2017, all eyes turn to the Equatorial Margin. The market has been stimulated in the North of the country by the beginning of exploratory campaigns of the 11th concession bid round. “We are evaluating the deployment of temporary bases in the region and actively working to win contracts with the operators”, says the executive. NEW,S Março 2016 23 Wilson Sons Estaleiros Muitas estreias no estaleiro Em 2015, companhia entregou o primeiro ROVSV construído no Brasil, seu primeiro OSRV e o maior rebocador do mercado Foram três entregas em 2015. Pode parecer pouco para quem olha de longe, mas, ao observar com calma as embarcações que saíram do dique seco e da carreira das unidades da Wilson Sons Estaleiros no Guarujá, fica clara a grandiosidade do ano para a companhia. “Construímos três embarcações, mas elas fizeram de 2015 um ano muito especial. Pela primeira vez, foi montado no Brasil um ROVSV (Remotely Operated Vehicle Support Vessel). Além disso, construímos nosso primeiro OSRV (Oil Spill Recovery Vessel) e entregamos o maior rebocador do mercado brasileiro. Não nos faltam motivos para comemorar”, diz o diretor executivo da Wilson Sons Estaleiros, Adalberto Souza. Batizado de Fugro Aquarius, o ROVSV, sem dúvidas, foi a grande estrela do ano. Encomendada pela Fugro Brasil no final de 2011 e entregue em novembro, a embarcação contou com investimento de R$ 80 milhões. “A construção do Fugro Aquarius foi um grande desafio para nós e se mostrou um importante aprendizado. A montagem de uma embarcação de dimensões tão complexas foi um divisor de águas em nossa trajetória e atesta nosso constante compromisso com a inovação.” 24 Março 2016 NEW,S Um dos navios mais arrojados já desenvolvidos no país, o ROVSV atingiu índice superior a 60% de conteúdo local, graças ao modelo de trabalho e ao parque de fornecedores que a Wilson Sons Estaleiros ajudou a desenvolver. Com projeto da holandesa Damen, é destinado a uma ampla gama de serviços, podendo contribuir de diversas formas em a atividades de pesquisa realizadas em águas de até 3 mil metros de profundidade. Dispõe de sistemas de posicionamento sofisticados, guindastes especiais de cargas com capacidade para suportar até 10 toneladas em águas profundas, sonares e dois ROVs (Remotely Operated Vehicle), um robô submarino operado remotamente. Em dezembro foi a vez de o OSRV Jim O’Brien ganhar os mares. Encomendada pela OceanPact por US$ 40 milhões, a embarcação é resultado do trabalho de cerca de 300 profissionais ao longo de 22 meses. “Apesar de ser menor em dimensões, quando comparado aos PSVs (Platform Supply Vessels) e ao ROVSV que já montamos, o Jim O’Brien possui muitos requisitos espeOSRV Jim O’Brien foi o primeiro do tipo construído pela companhia OSRV Jim O’Brien was the first of its kind built by the Company cíficos, como sistemas de recolhimento de óleo e de aquecimento de tanques, grandes áreas e compartimentos à prova de explosão”, comenta o diretor. A Wilson Sons Estaleiros possui ainda outro contrato com a OceanPact. Já no primeiro semestre de 2016, será entregue o OSRV Fernando de Noronha, com especificações semelhantes ao Jim O’Brien. Também no último mês do ano, a Wilson Sons Rebocadores recebeu o WS Titan. Está entre os navios mais modernos do país e possui um importante diferencial – é o primeiro Escort Tug do Brasil. Ou seja, o WS Titan está adequado e certificado para acompanhar navios como escoteiro, passando o cabo em velocidade de cruzeiro. Ele também é o maior e mais potente navio da frota. DESAFIOS À FRENTE Para 2016, Adalberto Souza prevê desafios. Além do novo OSRV da OceanPact, a companhia tem encomendas da Wilson Sons Rebocadores e da Wilson Sons Ultratrug Offshore. Para esta última, estão sendo finalizados dois PSVs 5.000. “A exigência do projeto original era para PSVs de 4.500 toneladas de porte bruto. Estamos sempre um passo à frente e, nesse caso, conseguimos atender ao pedido do cliente de ampliar a capacidade da embarcação.” Já para a Wilson Sons Rebocadores serão entregues seis embarcações, encerrando uma encomenda de 12. Uma delas será semelhante ao WS Titan, da série 3211, e as demais serão 2411, mais parecidas com as entregas anteriores de rebocadores. “Também estamos prospectando clientes. Temos duas unidades preparadas para construir embarcações de médio porte e com o respaldo de um grande grupo por trás. Estamos identificando onde há demanda para nos colocarmos à disposição. O desafio é conquistar mercado em um momento complicado para a indústria naval”, afirma o executivo. Many openings in the shipyard In 2015, the company delivered the first ROVSV built in Brazil, its first OSRV and the largest tugboat in the Brazilian market There were three deliveries in 2015. It may seem little for those who look from the distance, but when observing calmly the vessels that left the drydock and the career of Wilson Sons Shipyards in Guarujá, the greatness of the year is clear for the company. “We built three vessels, but they made the year of 2015 very special. For the first time, a ROVSV was mounted in Brazil (Remotely Operated Vehicle Support Vessel). In addition, we built our first OSRV (Oil Spill Recovery Vessel) and delivered the biggest tug of the Brazilian market. We’ve got many reasons to celebrate”, says the Chief Executive Officer of Wilson Sons Estaleiros, Adalberto Souza. Named Fugro Aquarius, the ROVSV was, without a doubt, the highlight of the year. Commissioned by Fugro Brasil at the end of 2011 and delivered in November, the vessel had an investment of US$ 80 million. “The construction of Fugro Aquarius was a great challenge for us and proved to be an important learning experience. The assembly of a vessel of dimensions this complex was a watershed and proves our constant commitment to innovation.“ One of the boldest ships ever developed in the country, the ROVSV reached an index over 60% of local content thanks to the working model and the suppliers that Wilson Sons Shipyards helped develop with the Dutch company Damen. The project is intended for a wide range of services and can contribute in various ways in research activities conducted in waters of up to 3 thousand meters in depth. It offers sophisticated positioning systems, special cargo cranes with capacity to support up to 10 tons in deep water, sonar and two ROVs (Remotely Operated Vehicle), a remotely operated submarine robot. In December the OSRV Jim O’Brien took to the seas. Commissioned by OceanPact for US$ 40 million, the vessel is the result of the work of about 300 professionals over 22 months. “Despite being a smaller vessel in dimensions, if compared to the PSVs (Platform Supply Vessels) and to the ROVSV we assembled, the Jim O’Brien vessel had many specific requirements, such as the oil collecting system, tank heating system, large areas and explosion-proof enclosures”, says the Director. Wilson Sons Shipyard has also another contract with OceanPact. In the first quarter of 2016, the OSRV Fernando de Noronha will be delivered, with specifications similar to Jim O’Brien. Also in the last month of the year, Wilson Sons Tugboats received the WS Titan vessel. It is among the most modern vessels in the country, and has a key differentiator – it is the first Escort Tug in Brazil. That is, WS Titan is appropriate and certified to follow ships as escort, passing the cable at cruising speed. It is also the largest and most powerful tugboat in the country. CHALLENGES AHEAD For 2016, Adalberto Souza foresees challenges. In addition to the new OSRV of OceanPact, the Company has orders from Wilson Sons Tugboats and Wilson Sons Ultratrug Offshore. For the latter, two PSVs 5000 are being finalized. “The original project requirement was for PSVs of 4500 tons of deadweight. We are always a step ahead and, in this case, we were able to meet the client’s request to expand the capacity of the vessel.” For Wilson Sons Tugboats six vessels will be delivered, closing an order for 12. One of them will be similar to the WS Titan, of series 3211, and the rest will be 2411, more like the previous deliveries of tugs. “We are also prospecting customers. We have two units prepared to build medium-sized vessels and with the support of a large group. We’re identifying where there is demand for us to be at service. The challenge is to conquer markets in a difficult time for the shipbuilding industry”, says the executive. NEW,S Março 2016 25 Wilson Sons Ultratug Offshore Novos contratos e perspectivas Em ano desafiador para o mercado de petróleo e gás, companhia comemora suas conquistas e avalia planos para 2016 Foram muitos os desafios para as empresas ligadas ao mercado de petróleo e gás em 2015. A redução de investimentos e no volume de operações das petroleiras, principalmente na exploração de campos, resultaram na redução da demanda de embarcações de apoio marítimo. Com isso, companhias tiveram que reavaliar seus planos de negócios e suas estratégias. Apesar do cenário atípico, a Wilson Sons Ultratug Offshore, joint venture entre o Grupo Wilson Sons e o Grupo Ultramar, completou o ano com saldo positivo. Um dos destaques foi a renovação dos contratos de três PSVs (Platform Supply Vessels) que prestavam serviço para a Petrobras. Em outubro, os contratos – que já haviam sido estendidos – chegaram ao fim e a companhia se empenhou para conseguir a renovação. Agora, os PSVs Fragata, Albatroz e Gaivota já estão novamente com a Petrobras. “O final de 2015 foi especialmente complicado. Com os contratos vencidos, aguardamos a conclusão dos processos licitatórios para renovação. Tivemos sucesso, o Fragata já voltou à operação em dezembro, o Albatroz iniciou o novo contrato em janeiro, e o Gaivota irá retomar operações em feve26 Março 2016 NEW,S reiro”, comenta o diretor executivo, Gustavo Machado. “Agora, as três estão em contrato por dois anos.” De maneira geral, Machado avalia 2015 como um ano muito positivo e de conquistas importantes. “Ficamos com excelente classificação no processo do Programa de Excelência Operacional em Transporte Aéreo e Marítimo (Peotram), da Petrobras. A Wilson Sons Ultratug Offshore ficou entre as cinco mais bem colocadas, com nota acima de 90%”, explica o executivo. “Esse desempenho é fundamental para a companhia na hora de disputar processos licitatórios.” A companhia tem ainda um PSV estrangeiro disponível para afretamento pelas petroleiras. O Mandrião foi construído na China, e após o término do contrato foi registrado no REB (registro especial brasileiro). Ele já teve contrato com a Petrobras, mas desde novembro está disponível. “Há espaço para substituição de frota estrangeira de PSVs ainda em operação no Brasil. Também esperamos oportunidades na exploração de campos na Margem Equatorial, no Norte do país, prevista para final 2016 início de 2017. Estamos de olho na região.” Para 2016, a empresa aguarda duas embarcações construídas pelo estaleiro chinês POET. A primeira, chamada Pardela, foi entregue em dezembro. Programamos sua chegada ao Brasil em abril. A linha de pensamento para prospecção de contratos é semelhante à exposta para o Mandrião, essa embarcação também será registrada no REB. A segunda é um PSV semelhante, que será entregue no final deste ano. A companhia aguarda ainda outros dois PSVs, que estão sendo construídos pela Wilson Sons Estaleiros, no Guarujá. Essas embarcações entrarão em contrato de seis anos com a Petrobras. A primeira está prevista para abril e a outra para o segundo semestre. “Este ano ainda será de ajustes no mercado. A Petrobras deve concluir o processo de ajustes em sua frota de embarcações de apoio marítimo, e teremos informações mais precisas sobre o comportamento da demanda. Esperamos com isso, uma estabilização no mercado ao longo de 2016, e esperamos uma retomada, mesmo que tímida, do crescimento da demanda e das oportunidades em 2017”, completa Gustavo Machado. New contracts and prospects In challenging year for the oil and gas market, the company celebrates its achievements and evaluates plans for 2016 There were many challenges for the companies linked to the oil and gas market in 2015. The reduction in investment and the volume of oil operations, mainly in the exploration field, resulted in the reduction of demand for offshore support vessels. With this, companies had to reevaluate their business plans and their strategies. Despite the atypical scenario, Wilson Sons Ultratug Offshore, joint venture between the Wilson Sons Group and the Ultramar Group completed the year with a positive balance. One of the highlights was the renewal of the contracts for three PSVs (Platform Supply Vessels) that provided service to Petrobras. In October, the contracts - which had already been extended – ended and the company strove to achieve the renewal through a public bid. Now, the PSVs Fragata, Albatroz and Gaivota are again working with Petrobras. “The end of 2015 was especially complicated. With expired contracts, we look forward to the completion of the bidding processes for renewal. We had success, Fragata returned to operation in December, Albatroz started the new contract in January, and Gaivota will resume operations in March”, said the Executive Director, Gustavo Machado. “Now, all three are under contract for two years.” In general, Machado assesses 2015 as a very positive year with important achievements. “We got excellent rating in the process of the Operational Excellence Program in Air and Maritime Transport (Peotram), of Petrobras. Wilson Sons Ultratug Offshore was among the five most well placed, with grade over 90%”, explains the executive. “This performance is critical for the company when competing in bidding processes.” The company still has a foreign PSV available for charter by the oil companies. The Mandrião vessel was built in China, and after the end of the contract it was registered in the REB (Brazilian special registration). It already had a contract with Petrobras, but has been available since November. “There is room for foreign fleet replacement of PSVs still in operation in Brazil. We also expect opportunities in exploration of fields in the Equatorial Margin, in the North of the country, scheduled for the end of 2016 and early 2017. We are keeping an eye on the region. “For 2016, the company awaits two vessels built by the Chinese shipyard POET. The first, called Pardela, was delivered in December. We schedule its arrival in Brazil for April. The train of thought for prospecting of contracts is similar to the experience with Mandrião, this vessel will also be registered with the REB. The second is a similar PSV, which will be delivered later this year. The Company has two other two PSVs, being built in the Wilson Sons Shipyard, in Guarujá. These vessels will be in the six year contract with Petrobras. The first is planned for April and the other in the second half. “This year will still need adjustments in the market. Petrobras should complete the process of adjustments in its fleet of offshore support vessels, and we will have more precise information on the behavior of the demand. With this, we hope for a stabilization in the market over 2016, and we expect resuming, even if slowly, the growth of demand and opportunities in 2017,” says Gustavo Machado. Companhia ficou entre as mais bem classificadas no Peotram Legenda offshore em inglês. NEW,S Março 2016 27 Wilson Sons Rebocadores O mar está para rebocadores Em ano positivo para os negócios, empresa recebeu nova embarcação e ampliou alcance de ferramenta de monitoramento Para a Wilson Sons Rebocadores, mesmo diante de todo o cenário conturbado na economia e na corrente de comércio, o ano de 2015 foi positivo. Para o diretor operacional, Sérgio Guedes, “o primeiro semestre, especialmente, foi muito bom, com movimentação atípica para o período”. Com 75 embarcações espalhadas pela costa brasileira, a Wilson Sons Rebocadores tem uma variedade grande de operações com características distintas. Parte da frota é equipada com sistema de combate a incêndios Fire Fighting 1, um importante diferencial no mercado. Com isso, os rebocadores podem ajudar em emergências como a queocorreu no terminal da Ultracargo, em Santos. “Houve um incêndio no terminal em abril. Provavelmente teríamos um incidente com consequências sem precedentes para a cidade de Santos e região se nossas embarcações não tivessem sido acionadas. Toda a água captada pelos rebocadores foi usada para resfriar não só os tanques atingidos mas também os que não haviam sido e que continham produtos químicos”, comenta o diretor. “Estamos preparados para lidar com outras emergências desse tipo.” 28 Março 2016 NEW,S Também no ano passado, a companhia recebeu uma nova embarcação. O WS Titan, construído pela Wilson Sons Estaleiros no Guarujá (SP), é o primeiro Escort Tug do Brasil, o maior e mais potente rebocador da frota da Wilson Sons, com mais de 80 toneladas de tração estática. A embarcação já está atendendo ao Porto do Açu, no Norte Fluminense. Por falar no Açu, 2015 foi o ano de consolidar as operações na região, que é atendida pela empresa desde 2014. Para prestar serviço ao porto com maior eficiência, um gerente da Wilson Sons foi à Austrália a fim de conhecer terminais com condições semelhantes a assim poder dimensionar melhor a demanda. “Foi uma parceria entre a Wilson Sons, a Anglo American, nossa cliente, a Prumo, a Ferroport e a praticagem para observar operações similares”, conta Jonathan Dumphreys, diretor comercial da Wilson Sons Rebocadores. A busca por eficiência é uma das prioridades da companhia, e não poderia ser diferente em 2015. A Central de Operação de Rebocadores (COR), ferramenta que garante excelência operacional e de segurança para as manobras por meio do rastreio das embarcações, teve uma nova expansão: as operações no Pará também passaram a ser rastreadas. “Agora, a COR abrange todos os portos em que a Wilson Sons Rebocadores atua. Não só a companhia, mas também os terminais paraenses têm muito a ganhar com esse incremento tecnológico”, destaca Guedes. O desafio para 2016, segundo Dumphreys, é manter o volume de operações e buscar novas oportunidades de negócios. “Com o mercado estagnado e uma forte pressão por redução de preços, a concorrência tende a crescer. Nossos investimentos constantes na renovação da frota e em equipamentos vão nos ajudar a ter destaque.” E a frota vai crescer ainda mais. Pelo planejamento da companhia, seis novos rebocadores serão entregues neste ano, sendo dois logo nos primeiros meses. As embarcações, que estão em construção nos estaleiros do Guarujá, vão incrementar a capacidade de atendimento da empresa. “O ano de 2016 será também o momento para olharmos para dentro de casa e buscarmos melhorias, como redução de custos e otimização de processos. Temos metas arrojadas, mas estamos preparados para cumpri-las”, conclui Sérgio Guedes. The sea is for the tugs In a positive year for the business, the Company received a new vessel and expanded range of its central monitoring tool For Wilson Sons Towage, even in the face of the troubled scenario in economy and trade, the year of 2015 was positive. For the operational Director, Sergio Guedes, “the first half, especially, was very good, with atypical movement for the period”. With 75 vessels throughout the Brazilian coast, Wilson Sons Tugs has a variety of operations with distinct characteristics. Part of the fleet is equipped with Fire Fighting 1 system, a key differentiator in the market. With that, the tugs can help in emergencies such as the one that happened in Ultracargo terminal, in Santos. “There was a fire at the terminal in April. We would probably have had an incident with unprecedented consequences for the city of Santos and the region if our vessels had not been triggered. All water pumped by the tugboats was used to cool not only the tanks affected but also those that were not. They allcontained explosive chemicals”, says the Director. “We’re prepared to deal with other emergencies like that.” Also last year, the company received a new vessel. WS Titan, built by Wilson Sons Shipyards in Guarujá (SP), is the first Escort Tug in Brazil, the largest and most powerful tug of Wilson Sons fleet, with more than 80 tons of static traction. The vessel is now serving the Port of Açu, in the North of Rio de Janeiro. Speaking of Açu, 2015 was the year we consolidated operations in the region, which has been serviced by the company since 2014. To provide the port with greater efficiency, a manager at Wilson Sons went to Australia in order to know terminals with similar conditions to be able to better evalu- WS Titan é a embarcação mais moderna da frota da Wilson Sons Rebocadores WS Titan is the most modern vessel in the Wilson Sons Towage fleet ate demand. “It was a partnership between Wilson Sons, our client, Anglo American, Prumo, Ferroport and port pilots to observe similar operations”, says Jonathan Dumphreys, Commercial Director of Wilson Sons Tugs. The search for efficiency is one of the priorities of the company, and could not be different in 2015. The Towage Operation Center (COR), a tool that ensures safety and operational excellence for tracking vessel´s maneuvers, had a new expansion: operations in Pará also began to be tracked. “Now, COR covers all ports where Wilson Sons Towage operates. Not only the Company but also the terminals of Pará have much to gain with this technological increase”, says Guedes. The challenge for 2016, according to Dumphreys, is to keep the volume of operations and seek out new business opportunities. “With the stagnant market and strong pressure for lowering the prices, competition tends to grow. Our ongoing investments in renovation of the fleet and equipment will help us stand out.” And the fleet will grow even more. In the Company´s plan, six new tugboats will be delivered this year, with two in the first few months. The vessels, which are under construction in the shipyards of Guaruja, will increase the capacity of the Company. “The year of 2016 will also be the moment to look inside and seek improvements, such as cost reduction and process optimization. We have bold goals, but we are prepared to fulfill them”, concludes Sérgio Guedes. NEW,S Março 2016 29 Wilson Sons Agência Mudança acertada Com nova estrutura comercial, divisão entre clientes liner e tramp ficou mais equilibrada, fortalecendo a empresa Em um negócio que tinha os navios liner (aqueles de linhas regulares, especialmente os conteineiros) como a maior fatia dentre os clientes, a Wilson Sons Agência trabalhou para que os navios tramp (sem rota regular) crescessem em participação em 2015. Esse equilíbrio entre os dois tipos de clientes fortalece a empresa e a deixa mais preparada para enfrentar futuros desafios, segundo o diretor executivo, Christian Lachmann. “Mudamos a estrutura do nosso Departamento Comercial no ano passado, e, com isso, o foco no segmento tramp aumentou. A área ganhou mais fôlego e isso se ref letiu em nossos resultados”, diz o executivo. À frente desse trabalho está o novo gerente comercial, Victor Barbosa, que assumiu a função em novembro. De acordo com ele, o mercado tramp está mudando e há uma tendência de aumento de afretadores. Como a empresa trabalhava mais forte junto aos armadores, houve essa necessidade de mudar para acompanhar o mercado. “Há grande potencial em cargas como grãos, açúcar e fertilizantes. Já estamos de olho nesses segmentos e Wilson Sons Agência ampliou o atendimento a navios tramp Wilson Sons Agency extended the service to tramp vessels 30 Março 2016 NEW,S atraindo novos clientes e negócios”, conta Barbosa. Para garantir o sucesso, o departamento mudou sua base do Rio de Janeiro para São Paulo, para ficar mais perto dos afretadores. Além disso, a equipe cresceu e incorporou a área de Marketing. Outro destaque de 2015 foi o início de novas operações. Em maio, a Wilson Sons Agência atendeu a alguns navios da Vale no Rio de Janeiro, em Vitória, em São Luís (com minério de ferro) e em Santos (com fertilizantes). A empresa também começou a atender no Porto do Açu (RJ) navios de minério de ferro no terminal da Ferroport e no terminal 2, navios de carga feral e embarcações offshore. A previsão é iniciar o atendimento aos navios de petróleo no segundo semestre de 2016. Em São Paulo, a carteira também cresceu. A Gearbulk, que era cliente em Vitória (ES) e São Sebastião (SP), passou a usar o serviços de agenciamento marítimo também em Santos (SP). Para 2016, o diretor Christian Lachmann af irma que o cenário é de desaf ios. “As commodities passam por momento delicado, mas a safra e a taxa de câmbio serão favoráveis neste ano. Esperamos crescer ainda mais, especialmente no segmento tramp”, diz o executivo. Right change With new commercial structure, division between liner and tramp clients was more balanced, strengthening the Company In a business that had liner vessels (those of regular lines, especially the container vessels) as the largest customers, Wilson Sons Agency worked to grow the participation of tramp vessels in 2015. This balance between both types of customers strengthens the Company and makes it more prepared to face future challenges, according to the Executive Director, Christian Lachmann. “We changed the structure of our Sales Department last year, and with that, the focus on the tramp segment has increased. The area gained more breath and this was reflected in our results”, says the Executive. Leading this work is the new sales manager, Victor Barbosa, who assumed the role in November. According to him, the tramp market is changing and there is a tendency of increase of charterers. As the company worked harder with the shipowners, there was this need to change to adapt to the market. “There is great potential in cargoes such as grains, sugar and fertilizer. We’re keeping an eye on these segments and attracting new customers and business”, says Barbosa. To ensure success, the department changed its base from Rio de Janeiro to São Paulo, to be closer to the charterers. In addition, the team has grown and incorporated the Marketing area. Another highlight of 2015 was the start of new operations. In May, Wilson Sons Agency served some vessels of Vale in Rio de Janeiro, Vitória, in São Luís (with iron ore) and Santos (with fertilizer). The Company also began to service the Porto do Açu (RJ) with iron ore vessels in the Ferroport terminal and terminal 2, “feral” cargo vessels and offshore vessels. The forecast is to start the service to oil vessels in the second half of 2016. In São Paulo, the portfolio also grew. Gearbulk, which was a customer in Vitória (ES) and São Sebastião (SP), switched to also use the shipping agency services in Santos (SP). For 2016, the Director Christian Lachmann affirms that the scenario is a challenge. “The commodities undergo a delicate moment, but the crop and the exchange rate will be favorable this year. We hope to grow further, especially in the tramp segment”, says the Executive. NEW,S Março 2016 31 Wilson Sons Logística Na rota dos serviços customizados Em 2015, a Wilson Sons Logística conquistou marcos fundamentais de crescimento e consolidação como operador logístico que oferece soluções customizadas Para a Wilson Sons Logística, 2015 pode ser definido por duas palavras: consolidação e crescimento. Além da comemoração de um ano da Estação Aduaneira de Interior (EADI) Suape, a Plataforma Logística Nordeste coleciona importantes marcos de desenvolvimento, consolidando a presença do Grupo Wilson Sons na região. Já para a Plataforma Sudeste, esse período foi determinado pelo fortalecimento de suas soluções customizadas, garantindo o atendimento de excelência para seus clientes. “Apesar de um ano marcado pela crise, a Wilson Sons Logística, a partir da diferenciação das soluções desenvolvidas, encerrou o ano dentro do esperado. Na Plataforma Logística Sudeste, por exemplo, comemoramos a expansão das operações com clientes como a Ambev, a Adidas e a L’Occitane. Já no Nordeste, tivemos conquistas importantes, que colocam as cargas de projeto e de cabotagem como a grande aposta para 2016”, reforça Thomas Rittscher III, diretor executivo da Wilson Sons Logística. EADI Suape completou um ano de operações em 2015 EADI Suape completed a year of operations in 2015 32 Março 2016 NEW,S Dentre as conquistas de 2015, a unidade localizada no Nordeste recebeu autorização para operar tanto em regime especial de entreposto aduaneiro, quanto cargas de cabotagem. Também houve a criação de uma célula voltada para cargas de projeto – que atende inclusive à Plataforma Sudeste. Tais conquistas são fundamentais em um cenário de demanda crescente de cargas de projeto para a construção de parques eólicos. Já autorizada a atuar com cargas de cabotagem, a Plataforma Logística Nordeste pode armazenar essas mercadorias por até 15 dias para operações de embarque e desembarque. “Queremos fazer com que a EADI, em Suape, seja uma das alternativas para cargas de projeto que chegam de cabotagem e precisam ser estocadas antes de serem transportadas para as suas áreas de destino. A tendência é que a cabotagem continue a crescer. O novo modelo traz como benefício a otimização do tempo das operações, uma vez que os ativos podem ficar estocados em terminais alfandegados”, completa Thomas Rittscher. Além da aposta na cabotagem e em cargas de projeto, o ano de 2016 aponta para um fortalecimento das atividades da Wilson Sons Logística. “A meta é aprofundar na criação de soluções e proposições de valor específicas para o segmento de mercado. Dentre os setores em que mais atuamos na Plataforma Logística Sudeste, por exemplo, estão os de cosméticos, bebidas e o farmacêutico – para os quais já oferecemos soluções diferenciadas a cada tipo de produto, gerando integração de cadeia”, ressalta. Outras conquistas Com a autorização para operar a EADI Suape com regime especial de entreposto aduaneiro, o porto-seco passou a atender a um número ainda maior de clientes que buscam vantagens tributárias e logísticas na armazenagem de produtos importados ou destinados à exportação. A primeira carga admitida nesse regime de entreposto foi de pneus, seguida da primeira carga de projeto (peças para motor de aerogeradores) On the path of the custom services In 2015, Wilson Sons Logistics produced a landmark of growth and consolidation as a logistical operator offering customized solutions For Wilson Sons Logistics, 2015 can be defined by two words: consolidation and growth. In addition to the celebration of one year of the Suape Interior Customs Station (EADI), the Northeast Logistics Platform collects development milestones, consolidating the presence of the Wilson Sons Group in the region. For the Southeast platform, this period was determined by the strengthening of their customized solutions, ensuring the attendance of excellence for their customers. “Despite a year marked by crisis, Wilson Sons Logistics ended the year within expections of the differentiation solutions developed. In the Southeast for example, we celebrated the expansion of operations with clients such as Ambev, Adidas and L’Occitane. In the Northeast, we had important achievements, that allow project cargoes and cabotage to be the big bet for 2016”, reinforces Thomas Rittscher III, Executive Director of the Wilson Sons Logistics. One of the achievements in 2015 was the authorization to operate both in special customs warehousing regime, as well as cabotage cargoes for the unit located in the Northeast. There was also the creation of a cell dedicated to project cargoes – that also serves the Southeast Platform. Such achievements are fundamental in a scenario of increasing demand of project cargoes for building wind farms. Already authorized to operate with cabotage cargoes, the Northeast Logistics Platform can store goods for up to 15 days for loading and unloading operations. “We want to make the EADI, in Suape, one of the alternatives for project car- e de carga eólica composta por máquinas, acessórios e moldes para fabricação de pás eólicas. E foi nesse contexto que a EADI Suape também comemorou um ano de operação em 2015. Atualmente, a Plataforma Nordeste atende a mais de 100 clientes das mais diversas áreas e tem 142 funcionários. A estimativa é que este número chegue a 200 quando o porto-seco estiver atuando em sua capacidade máxima. “Tivemos um ano de evolução e tendência de crescimento. Com a criação da célula de projetos, vamos acelerar o processo de desenvolvimento de solução de algumas iniciativas locais, além de prospectar novos mercados. Ao observarmos essas oportunidades, podemos trabalhar a partir da integração de cadeia, oferecendo uma solução completa e customizada”, finaliza o diretor. goes, arriving from cabotage, which need to be stored before being transported to their destination. The trend is that the cabotage will continue growing. The new model brings the time optimization of operations, since the assets can be stored in bonded terminals”, says Thomas Rittscher. In addition to the bet on cabotage and project cargoes, 2016 points to a consolidation of the activities of Wilson Sons Logistics. “The goal is to create solutions and specific value propositions for the market segment. Among the sectors in which we operate in the Southeast Logistics Platform, for example, are those of cosmetics, beverages and pharmaceuticals – for which we offer differentiated solutions to each type of product, generating chain integration”, he points out. Other achievements With the authorization to operate the EADI Suape with special arrangements for customs warehousing, the dry port started to serve an even greater number of clients seeking tax and logistical advantages in storage of products imported or intended for export. The first cargo admitted in this warehouse regime was tires, followed by the first project cargo (wind turbine engine parts) and wind generation equipment consisting of machines, accessories and molds for the manufacture of wind blades. And it was in this context that EADI Suape also celebrated one year of operation in 2015. Currently, the Northeast Platform serves more than 100 clients from various areas and has 142 employees. It is estimated that this number will reach 200 when the dry port is operating at its maximum capacity. “We had a year of evolution and growth trend. With the creation of projects, we will accelerate the process of developing local initiatives, in addition to exploring new markets. Observing these opportunities, we can work to improve the supply chain integration, offering a complete and customized solution”, concludes the Director. NEW,S Março 2016 33 SMS Ano de perenização Companhia trabalhou ativamente para ampliar o sucesso do programa de segurança WS+ Muito trabalho para garantir a continuidade de um programa de sucesso. A agenda de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) de 2015 estava focada na perenização do WS+, que fora implementado em 2011 visando à mudança comportamental dos colaboradores da companhia. “A perenização é um produto exclusivo que surgiu na companhia e uma ferramenta poderosa. O WS+ foi desenvolvido a partir de metodologia da DuPont, empresa referência em segurança do trabalho, mas precisamos desenvolver soluções para dar continuidade ao que já havia sido feito”, conta o gerente corporativo de SMS, João David Santos. O resultado rendeu à Wilson Sons mais um Prêmio DuPont – o quarto consecutivo, tornando a empresa a maior vencedora da premiação. O executivo explica que o processo conta com o envolvimento total das unidades, que, a todo momento, enviam informações para o Corporativo com detalhes de possíveis ocorrências. Esses dados são importantes para o desenvolvimento de atos de prevenção. “O processo ainda não está fechado e ainda há espaço para aprimoramentos. Não vemos necessidade, por enquanto, de mexer nas ferramentas que utilizamos, mas vamos torná-las mais efetivas dentro do que vem sendo estudado.” Como prova do sucesso do WS+, o índice de acidentes com afastamento voltou a cair no ano passado. Equipe de SMS recebeu o Prêmio DuPont pela perenização do WS+ The HSE Team received the DuPont Prize for the perenization of the WS+ Gestores envolvidos João David Santos explica que o êxito do programa WS+ só foi possível graças ao envolvimento direto dos gestores dos negócios com a agenda de SMS. “Nisso, sem dúvida, o diretor presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti, é o grande destaque do Grupo. O Tecon Rio Grande vem evoluindo muito bem.” Bertinetti conta que o exemplo é fundamental para motivar toda a equipe. “A mudança deve ser cultural, mas cultura é difícil de mudar. Se o gestor não acredita, não impõe e nem dá o exemplo, não funciona”, comenta o executivo. 34 Março 2016 NEW,S The managers involved João David Santos explains that the success of the WS+ program was possible thanks to the direct involvement of business managers with the HSE agenda. “In this, the president of Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti is without any doubt, an outstanding example for the Group. Tecon Rio Grande has been developing very well.” Bertinetti tells that the example is fundamental to motivate all the team. “The change should be cultural, culture is more difficult to change. If the manager does not believe, he does not impose nor gives the example, it does not work”, says the executive. De 2010 – ano anterior à implementação – a 2014, a redução total era de 75%. Em 2015, essa taxa caiu para 80% no acumulado desde 2010. “O programa tem uma curva de maturidade. No início da implementação, a queda no índice foi muito acentuada. Agora, estamos em um patamar de excelência muito alto. A queda ano a ano tende a ser menor e vai exigir muito trabalho”, ressalta João David Santos. Segundo ele, a área de SMS conseguiu bater a meta estipulada para o ano. MEIO AMBIENTE E SAÚDE Pelo segundo ano, a Wilson Sons publicou um inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE), seguindo a metodologia do programa brasileiro do GHG Protocol. O documento, relativo às operações da companhia em 2014, recebeu o Selo Prata, concedido aos membros que reportam as emissões de todas as suas fontes, incluindo as empresas em que a Wilson Sons possui participação societária – como a Allink e os consórcios da Baía de São Marcos e de Barra dos Coqueiros. Para garantir a redução contínua nas emissões, a companhia estuda a eficiência energética. No ano passado, teve início, no Tecon Rio Grande um programa-piloto com esse propósito. O gerente explica que tem sido uma experiência de grande aprendizado para o Grupo, mas que é cedo para extrair dados numéricos. “O trabalho ainda está no princípio. O interessante é que o tema ambiental dialoga com o tema de negócios e a eficiência energética resulta em impacto ambiental menor, mas também em custo menor para as operações.” Programa semelhante será implementado em 2016 no Tecon Salvador e em outra unidade ainda não definida. Também no ano passado, a Wilson Sons desenvolveu o Índice de Gestão Ambiental (IGA). Por meio dele, a companhia traz para dentro de casa alguns temas relevantes e os utiliza para avaliar suas operações. “O IGA engloba o que há do estado da arte da gestão ambiental. Com o índice, vamos traduzir em dados numéricos uma série de informações valiosas para os nossos negócios.” Na área de saúde, a companhia deu continuidade ao programa Você 100%, de prevenção do uso de álcool e drogas. Santos conta que houve uma queda de cerca de 50% nos testes positivos em 2015. “Outro fator positivo é que a taxa de reincidência foi de 22%. Ou seja, 78% dos funcionários com teste positivo continuam na empresa sendo acompanhados pelo programa”, diz o gerente. Perennial Year The Company actively worked to expand the success of the WS+ safety program A lot of work to ensure the continuity of a successful program. The agenda for Health, Safety and Environment (HSE) for 2015 was focused on the perennialization of the WS+, which was implemented in 2011 aimed at behavioral change of the Company’s employees. “The perennialization is a unique product that has emerged in the Company and is a powerful tool. WS+ was developed from the DuPont methodology, a reference company for safety, but we needed to develop solutions to give continuity to what had already been done”, says the corporate HSE manager, João David Santos. The result yielded Wilson Sons another DuPont Award - the fourth consecutive, making the company the biggest winner of the awards. The executive explains that the process has the full involvement of the units, which, at any moment send information to the Corporate with details of possible occurrences. This data is important for development of preventive actions. “The process is not closed yet and there is space for improvements. We see no need at the moment to change the tools we use, but we will make them more effective within what is being studied.” As proof of the success of WS+, the lost-time accident rate fell again last year. From 2010 - the year before implementation - to 2014 the total reduction was 75%. In 2015 this rate fell by 80% in the aggregate since 2010. “The program has a maturity curve. At the beginning of the implementation the fall of the rate was very sharp. Now we are at a very high level of excellence. The drop from year to year tends to be lower and will require a lot of work”, highlights João David Santos. According to him, the HSE area managed to beat the goal set for the year. ENVIRONMENT AND HEALTH For the second year, Wilson Sons published an inventory of greenhouse gases (GHGs), following the methodology of the Brazilian GHG Protocol program. The document concerning the company’s operations in 2014 was awarded the Silver Seal, awarded to members who report emissions from all sources, including companies in which Wilson Sons has equity holdings - such as Allink and the consortium form the São Marcos bay and Barra dos Coqueiros. To ensure continued reduction of emissions, the company is studying energy efficiency. Last year a pilot program for this purpose began at Tecon Rio Grande. The manager explains that it has been a great learning experience for the group, but it is early to extract numerical data. “The work is at its beginning. It is interesting that the environmental issue is consistent with the business themes of energy efficiency and results in less environmental impact, but also in lower cost for operations.” A similar program will be implemented in 2016 in Tecon Salvador and another unit not yet defined. Also last year, Wilson Sons has developed the Environmental Management Index (IGA). Through it, the company brings in-house some relevant themes and uses them to evaluate its operations. “The IGA encompasses state of the art of environmental management. With the index, we will translate into numerical data a series valuable pieces of information for our business.” In the health area, the Company continued its program You Are 100% for prevention of alcohol and drugs. João David Santos tells that there was a drop of nearly 50% in positive tests in 2015. “Another positive factoris that the recurrence rate was 22%. That is, 78% of employees who tested positive remain in the company being tracked by the program”, says the manager. NEW,S Março 2016 35 Prêmios Muitas comemorações em 2015 Wilson Sons foi homenageada pela sua excelência em segurança, em gestão de pessoas e no relacionamento com a imprensa Em um ano tão desafiador, é importante para uma empresa ter suas iniciativas reconhecidas pela qualidade. E a Wilson Sons teve muito o que comemorar ao longo de 2015. A companhia recebeu prêmios por seu programa de segurança, o WS+, pelo Reconheço Você, de incentivos a atitudes no ambiente de trabalho, e pelo relacionamento com a imprensa. Além disso, empresas e colaboradores do Grupo também foram destaque no ano passado. PRÊMIO DUPONT Pelo quarto ano consecutivo, o Grupo Wilson Sons ficou entre os vencedores do Prêmio DuPont. A companhia conquistou a segunda colocação na ca- tegoria Gestão em Saúde e Segurança do Trabalhador, com um case sobre a perenização do programa de segurança corporativa WS+. Com esse resultado, a Wilson Sons tornou-se a maior vencedora da história do Prêmio DuPont nessa categoria. Ao longo dos cinco anos, o prêmio já contou com quase 500 cases inscritos, de empresas de diversos segmentos. PRÊMIO SER HUMANO O programa Reconheço Você, de incentivos não pecuniários (em que não há recompensas financeiras) a comportamentos alinhados aos valores da empresa, conquistou o primeiro lugar no Prêmio Ser Humano, organizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ). O case concorreu na categoria médias e grandes empresas, que reconhece anualmente instituições cuja atuação diferenciada e práticas inovadoras em gestão com pessoas tenham alcançado significativos resultados quantitativos e qualitativos, que possam ser consideradas referência no mercado. O diretor presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti (à esquerda), recebe o Prêmio Exportação Our chief executive officer of Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti (left), receives the Export Award 36 Março 2016 NEW,S EMPRESAS QUE MELHOR SE COMUNICAM COM JORNALISTAS Pelo terceiro ano, o Grupo Wilson Sons foi reconhecido como uma das Empresas que Melhor se Comunicam com Jornalistas. O prêmio, concedido pela revista Negócios da Comunicação, faz a seleção a partir de pesquisa com 25 mil profissionais da imprensa. Desde 2013, a Wilson Sons está entre os destaques da categoria Construção Naval. PRÊMIO EXPORTAÇÃO O Tecon Rio Grande foi reconhecido como Destaque Serviços de Suporte à Exportação durante a 43ª edição do Prêmio Exportação, organizado pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS). O prêmio destaca empresas gaúchas com atuação no mercado internacional, em diferentes categorias. AGENTE MARÍTIMO PREMIADO Além do Grupo e de suas empresas, um funcionário também recebeu uma homenagem importante em 2015. O visitador de navios Renan Queiroz, da Wilson Sons Agência, viu sua tese vencer o primeiro Young Ship Agent or Broker Award. O prêmio, criado pela Federation of National Associations of Ship Brokers and Agents (Fonasba) – entidade presente em 50 países que representa em nível internacional os agentes de navios –, é concedido para profissionais da área com até 40 anos. A tese apresentada por Queiroz aborda o papel desempenhado pelo agente marítimo na indústria de navegação e os desafios à atividade diante de novas tendências mundiais. RECONHECIMENTO DO CLIENTE A Brasco recebeu o prêmio Aiming Hight! (Ah!) Company of the Year, que reconheceu seus esforços e sua performance em segurança. A homenagem, feita pela Statoil, uma de suas principais clientes, confirma a qualidade do trabalho intensivo que vem sendo feito para garantir a segurança nas operações da Brasco. SELO OURO Em solenidade da Braskem, a Wilson Sons Logística recebeu o selo Ouro por seu desempenho em Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). O resultado foi baseado nos resultados obtidos em auditoria sobre índice de prevenção, taxa de acidentes, incidentes e exames médicos. Many celebrations in 2015 Wilson Sons was honored for its safety excellence in people management and relationship with the press In such a challenging year, it is important for a company to have its efforts recognized for quality. And Wilson Sons had a lot to celebrate throughout 2015. The company received awards for its safety program, WS+, for the I recognize You, of incentives for attitudes in the work environment, and for the relationship with the press. In addition, companiesand the Group’s employees were also highlighted last year. DUPONT AWARD - For the fourth consecutive year, the Wilson Sons Group was among the winners of the DuPont Award. The company won the second place in the category Health and Safety Management, with a case on perennialization of the WS+ corporate security program. With this result, Wilson Sons became the biggest winner in the history of the DuPont Award in this category. Over the five years, the award has featured nearly 500 registered cases of various segments. BEING HUMAN AWARD - The program I Recognize You, of non-cash incentives (where there is no financial rewards) for behaviors aligned with the company’s values, won first place in the Being Human Award, organized by the Brazilian Association of Human Resources (ABRH- RJ). The case competed in the category medium and large companies, which annually recognizes institutions with differentiated performance and innovative practices in management with people that have achieved significant quantitative and qualitative results that can be considered a reference in the market. COMPANIES THAT BEST COMMUNICATE WITH REPORTERS For the third year, the Wilson Sons Group was recognized as one of the Best Companies to communicate with Reporters. The award, granted by the magazine Negócios da Comunicação, makes the selection from research with 25,000 media professionals. Since 2013, Wilson Sons is among the highlights of the Shipbuilding category. EXPORT AWARD - Tecon Rio Grande was recognized as a Highlight for Export Support Services during the 43rd edition of the Export Award, organized by the Association of Marketing and Sales Directors of Brazil (ADVB / RS). The award recognizes companies from Rio Grande do Sul operating in the international market in different categories. MARITIME AGENT AWARD - In addition to the Group and its companies, an employee also received an important honor in 2015. The ship agent Renan Queiroz, of the Wilson Sons Agency, saw his thesis win the first Young Ship Agent or Broker Award. The award, created by the Federation of National Associations of Ship Brokers and Agents (Fonasba) - entity is present in 50 countries representing the international level of ship agents - is granted to professionals up to 40 years. The thesis by Queiroz addresses the role played by the shipping agent in the shipping industry and the challenges of the activity facing new global trends. CUSTOMER ACKNOWLEDGEMENT - Brasco received the Aiming High Award! (Ah!) Company of the Year, which recognized its efforts and the safety performance. The homage, made by Statoil, one of its main customers, confirms the quality of the intensive work being done to ensure safety of the Brasco operations. GOLD SEAL - Braskem awarded Wilson Sons Logistics the Gold Seal for its performance in Health, Safety and Environment (HSE). The result was based on the results of audit on prevention, accident rate, medical incidents and examinations index. NEW,S Março 2016 37 Memória Revolução no mercado Conteinerização de cargas completa 60 anos Há cerca de 60 anos o mundo possuía uma configuração muito diferente da que tem hoje. Não era comum brasileiros encontrarem produtos chineses em lojas de eletrônicos ou adquirirem, na concessionária mais próxima, um carro cujas peças foram produzidas na Europa e a montagem se deu no continente americano. Tal coisa só poderia ocupar a mais fértil imaginação. As trocas comerciais eram cerceadas pelo alto custo do transporte, que era lento e pouco seguro. As mercadorias retiradas do armazém do expedidor eram acondicionadas em tonéis, pallets e sacas de grãos, e carregadas em caminhão ou trem até o porto, onde eram descarregadas e conduzidas por um grande número de trabalhadores braçais até o navio. A grande variedade de tamanhos e formas dos produtos manufaturados muitas vezes não permitia que fossem acondicionados em nenhuma dessas embalagens, demandando o carregamento peça a peça. Esse processo podia durar semanas, e durante esse período a carga ficava sujeita a violações e danos. Naquela época, um amontoado de barris e caixotes de madeira com laranjas, bananas, azeitonas e queijos poderia ser armazenado ao lado de pesadas bobinas de aço, tambores cheios de composto de limpeza e fardos de pele de animal. A simples sobreposição de mercadorias poderia danificar as cargas. Outro agravante era que es38 Março 2016 NEW,S sas embalagens ocupavam um amplo espaço, tornando a navegação marítima uma atividade pouco rentável. A necessidade de reformulação dos processos era vital. Após várias discussões sobre o tema, convencionou-se que a nova embalagem deveria ser metálica e resistente, e um primeiro ensaio foi realizado pelo exército norte-americano, que desenvolveu o Conex – ou Container Express Service –, mas foi em 1955 que Malcom Mclean adaptou 37 navios para o transporte de contêineres. Em 26 de abril de 1956, em menos de 8 horas, 58 contêineres foram embarcados no navio Ideal X, que partiu no mesmo dia de Nova Jersey e desembarcou em Houston cinco dias de- Com contêineres, logística nos terminais ficou mais ágil e eficiente With containers, logistics at terminals became more agile and efficient pois. Era o princípio de uma revolução que impactaria não só a economia, como também os hábitos de populações de todo o mundo. Em março de 1966, a Moore-McComarck Lines inaugurou o serviço internacional de transporte de contêineres entre a Costa Leste americana e a Escandinávia. As primeiras viagens transatlânticas combinaram cargas soltas, contêineres e caminhões de reboque. O transporte exclusivo de contêineres se deu em abril do mesmo ano, a bordo do Fairland da Sea-Land’s. Revolution in the market Cargo containerization turns 60 About 60 years ago the world had a very different configuration than it has today. It was not common for Brazilians to find Chinese products in electronics stores or to purchase in the nearest dealership, a car whose parts had been produced in Europe and the assembly took place on the American continent. Such a thing could only happen in the most fertile imagination. Trade was curtailed by the high cost of transport, which was slow and unsafe. The goods taken from the dispatcher’s warehouse were packed in barrels, pallets and grain sacks and loaded onto a truck or train to the port where they were unloaded and carried a large number of hand workers to the ship. The wide variety of sizes and shapes of manufactured products often did not allow them to be placed in any of these packages, requiring the loading to be carried out piece by piece. This process could take weeks, and during that time the load was subject to violations and damage. At that time, a bunch of barrels and wooden crates with oranges, bananas, olives and cheese could be stored next to heavy steel coils, barrels filled with cleaning compound and animal skin bales. The simple overlapping of goods could damage the cargo. Another problem was that the packaging occupied a large space, making maritime shipping a low-profit activity. The need to reformulate processes was vital. After several discussions on the issue, it was agreed that the new packaging should be metallic and sturdy, and a first test was carried out by the US army, which developed the Conex - or Container Express Service - but it was in 1955 that Malcolm Mclean adapted 37 vessels to transport containers. In a April 26, 1956, in less than 8 hours, 58 containers were loaded on the ship Ideal X, which left the same day from New Jersey and disembarked at Houston five days later. It was the beginning of a revolution that would impact not only the economy but also the habits of people throughout the world. In March 1966, the Moore-McCormack Lines inaugurated the international container service shipping between the American East Coast and Scandinavia. The first transatlantic voyages combined loose cargo, containers and tow trucks. The exclusive container shipping took place in April of that year aboard the Fairland Sea-Land’s. The container gained presence in the world and revolutionized international trade. According to the economist Samir Keedi, its importance is closely linked to the evolution of global trade, which in 1950 reached US$ 115 billion reaching US$ 230 billion in 1960 and US$ 600 billion in 1970. Wilson Sons was agency was one of the pioneers in container shipping and still today remains at the vanguard of the evolution of containerization. The storehouses of the first half of the twentieth century gave way to modern container terminals, such as those of Rio Grande and Salvador, managed by the Group. These units offer many services, exclusive channels to service customers and are always focused on market trends. The containerization is the ideal choice for customers who want to buy commodities in smaller quantities, in order to reduce expenses with stock. It also offers facilities in distribution logistics, low contamination risk and weekly shipments, regardless of weather conditions. O contêiner ganhou o mundo e revolucionou o comércio internacional. Segundo o economista Samir Keedi, sua importância está intimamente atrelada à evolução do comércio global, que em 1950 alcançou US$ 115 bilhões, chegando a US$ 230 bilhões em 1960, atingindo US$ 600 bilhões em 1970. A Wilson Sons foi agente das empresas pioneiras no transporte de contêineres e ainda hoje permanece na vanguarda da evolução da conteinerização. Os depósitos da primeira metade do século XX deram lugar aos modernos terminais de contêineres, como os de Rio Grande e Salvador, administrados pelo Grupo. Essas unidades ofereceram diversos serviços, canais exclusivos para o atendimento de clientes e estão sempre focadas nas tendências do mercado. A conteinerização é a opção ideal para clientes que desejam comprar commodities Antes dos contêineres, em menores quantidades, de maneira a remuitas cargas eram duzir despesas com estoque. Além disso, transportadas ensacadas e sem segurança oferece facilidades na logística de distriBefore the containers, buição, baixo risco de contaminação e emmany loads were barques semanais, independentemente da transported bagged and condição climática. without safety NEW,S Março 2016 39 Solidez, cooperação, comprometimento e realização. Essa é a nossa bandeira, é o que nos faz escolher estar aqui. Strength, cooperation, commitment and achievement. This is our flag, this is why we choose to be here. Assim é a Wilson Sons: um conjunto de forças que nos move em direção ao futuro há 179 anos. Esse movimento não para de crescer. E nosso orgulho também. This is how Wilson sons is: a set of forces that have moved us into the future since begining 179 years ago. This movement continues to grow. And so does our pride. Wilson Sons. Em movimento desde 1837. Wilson Sons. movement since 1837. 40 Março 2016 In NEW,S
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NEW,S é uma publicação trimestral do Grupo Wilson Sons, produzida e editada pela Textual Corporativa. Edição e Redação: Daniel Cúrio E-mail: [email protected]
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