Trabalho De Investigação
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Trabalho De Investigação
Escola Secundária João de Barros Trabalho de Investigação Evolução dos Computadores Trabalho De Investigação A Evolução do Computador Ano Lectivo 2009/2010 SDAC Filipe Fernandes nº7 - 12ºG Trabalho de Investigação Evolução do Computador Índice Introdução..................................................................................................................... 3 História do Computador ................................................................................................ 4 Pré-História ............................................................................................................... 4 Primeira Geração ...................................................................................................... 7 Segunda Geração ..................................................................................................... 8 Terceira Geração ...................................................................................................... 9 Quarta Geração ...................................................................................................... 10 Quinta Geração ....................................................................................................... 10 Próxima Geração .................................................................................................... 11 História das Memórias ................................................................................................ 12 Tipos de Memória ................................................................................................... 12 Evolução ................................................................................................................. 14 Interface Gráfica ......................................................................................................... 17 História .................................................................................................................... 17 Placa Gráfica........................................................................................................... 19 História da Placa Gráfica ......................................................................................... 19 Bus (Barramento) ....................................................................................................... 21 História do Bus ........................................................................................................ 23 Evolução da Motherboard ........................................................................................... 24 Tipos de Motherboard ............................................................................................. 25 Conclusão................................................................................................................... 27 Webografia ................................................................................................................. 28 2 Trabalho de Investigação Evolução do Computador Introdução O computador nem sempre foi como é hoje em dia. Actualmente os computadores processam dados e resolvem problemas milhões de vezes mais depressa que os sistemas electrónicos primordiais dos anos 40 e 50. Em aproximadamente seis décadas, a indústria da informática evoluiu das máquinas electromecânicas de cartões perfurados e calculadoras de válvulas até aos super computadores actuais cujas velocidades são medidas em nanossegundos. Este trabalho, desenvolvido no âmbito da disciplina de SDAC (Sistemas Digitais e Arquitectónicos de Computadores) como base para a avalização do Módulo 7, tem como principal objectivo dar a conhecer ao leitor a história da computação, ou seja, a história daquilo que conhecemos como computador e alguns dos seus componentes principais como a motherboard, as memórias, a interface gráfica e o barramento. Pretende-se portanto mostrar em que aspectos os computadores têm evoluído, qual a história por detrás das memórias e quais os seus tipos, o que é uma interface gráfica e como surgiu, as características e tipos de barramentos e a evolução das motherboards. 3 Trabalho de Investigação Evolução do Computador História do Computador Embora a primeira coisa a que podemos chamar “computador” tenho sido o ENIAC, inventado por volta de 1946, aquilo que conhecemos como computação começou uns bons anos antes. O termo “computar” significa fazer cálculos, contar ou efectuar operações aritméticas, e portanto “computador” será o mecanismo ou aparelho que auxilia essa tarefa, com vantagens no tempo gasto e na precisão. No entanto os primeiros computadores não eram objectos, eram pessoas! Comecemos então com a história dos computadores… Pré-História O termo “computador” originalmente era nada mais nada menos que um título profissional utilizado para descrever seres humanos cujo trabalho era repetir cálculos necessários para “computar” coisas como tabelas de navegação ou posições planetárias para compêndios astronómicos. Visto se tratar de um trabalho bastante aborrecido e demorado era necessário um objecto que pudesse facilitar este trabalho, tendo surgido então o ábaco, o auxílio primordial em computações matemáticas. Embora a invenção do ábaco seja erroneamente atribuída aos chineses, o ábaco mais antigo de que se tem registo remonta a 300 a.C. da autoria dos babilónios. Em 1617 um escocês excêntrico chamado John logaritmos, uma Napier inventou tecnologia que permite a multiplicação via adição, tendo posteriormente tabelas Tábuas de Napier alternativas logaritmos era pequenas barras inventado onde os desenhados em ou bastões de madeira. Esta invenção de Napier resultou também na invenção da régua de cálculo na Inglaterra em 1632, que foi utilizada até 1960 pelos engenheiros responsáveis pelos programas da NASA que colocaram o homem na Lua. Em 1642, Blaise Pascal, aos 19 anos de idade, inventou o Pascaline como uma ferramenta para o seu pai que era um colector de impostos. Pasacaline era na 4 Trabalho de Investigação Evolução do Computador realidade um contador mecânico que utilizava engrenagens para somas e multiplicações. Em 1801, o francês Joseph Marie Jacquard inventou uma espécie de tear mecânico que podia alterar o seu movimento, e portanto o desenho do tecido, através de um automaticamente padrão “lido” de cartões de madeira perfurados estendidos Estes Tear de Jacquard num longa cartões corda. perfurados passaram a ser utilizados desde então. Em 1822, o matemático inglês Charles Babbage propôs uma máquina de calcular a vapor do tamanho de um quarto, ao qual chamou Difference Engine. Esta máquina era capaz de computar tabelas de números, como por exemplo tabelas de logaritmos. Visto que o Império Britânico se encontrava em expansão marítima, necessitava de acertos em inúmeros cálculos marítimos, e portanto está máquina vinha em boa altura. No entanto a sua construção mostrou-se difícil e dez anos depois o aparelho estava longe de ser terminado, tendo sido o projecto posteriormente abandonado. Contudo Babbage não desistiu, tendo-lhe então surgido outra ideia, ao qual lhe chamou o Analytic Engine. Este dispositivo, do tamanha de uma casa e alimentado por 6 motores a vapor, seria de um propósito mais geral pois seria programável, devido à tecnologia dos cartões perfurados de Jacquard. No entanto foi Babbage que deu um importante salto intelectual relativamente aos cartões perfurados. No tear de Jacquard, a presença ou a falta de cada buraco no cartão físico permitia que um fio colorido passasse ou parasse, o que foi notado por Babbage, e conclui que esse padrão de buracos podia ser utilizado para representar uma ideia abstracta como uma frase problema ou os dados brutos necessários para resolver o problema. Tendo também concluído que não havia necessidade de a matéria do problema passar pelos buracos físicos. O que aconteceu foi que Babbage apercebeu-se que os cartões perfurados podiam ser utilizados como um mecanismo de armazenamento, guardando números computados para futuras referências. Devido à conexão ao tear de Jacquard, Babbage denominou as duas partes principais do Analytic Engine, “armazém” (Store) e “fábrica” 5 Trabalho de Investigação Evolução do Computador ou “moinho” (Mill), termos utilizados na indústria da tecelagem. O Store era onde os números eram armazenados e o Mill era o que os convertia em resultados. Nos computadores modernos estas partes são chamadas de unidade de memória e CPU. O grande avanço tecnológico ocorreu nos EUA, onde era necessário fazer um censo à população, que, devido ao seu elevado número, necessitava de um aparelho para auxílio. Foi nesse contexto que Herman Hollerith inventou um mecanismo também baseado nos cartões perfurados de Jacquard. Esta invenção consistia num leitor de cartões que sentia os buracos nos mesmos, um mecanismo que fazia a contagem e uma grande superfície com indicadores para mostrarem os resultados da contagem. Fita de papel perfurada A invenção e a técnica de Hollerith tiveram tanto sucesso que este acabou por construir uma empresa chamada Tabulating Machine Company, que, depois de várias aquisições, acabou por se tornar na International Business Machines, conhecida actualmente como IBM. A IBM rapidamente cresceu e os cartões perfurados começaram a ser utilizados para “tudo”, como por exemplo as famosas máquina das fábricas nas quais cada trabalhador perfurava o seu cartão para saber a hora de entrada e a hora de saída. Durante a Segunda Guerra Mundial, o exército dos EUA necessitava de algo que os ajudasse a resolver complicadas equações que determinavam factores como o arrastamento atmosférico, o vento, a gravidade, entre outros, que influenciavam os seus navios de combate. Esse desejo foi respondido com o computador Harvard Mark I, que foi construído pela pareceria criada entre Harvard e a IBM, em 1944. O Mark I foi o primeiro computador digital programável construído nos EUA, não sendo inteiramente electrónico. Um dos programadores primários do Mark I foi uma Primeiro Bug 6 Trabalho de Investigação Evolução do Computador mulher de nome Grace Hopper. Foi ela quem encontrou o primeiro “bug”: uma traça morta que tinha entrado dentro do Mark I e cujas asas estavam a bloquear a leitura dos buracos na fita de papel. Em 1953, Grace Hopper inventou a primeira linguagem de alto nível, a “Flow-matic”, que eventualmente se tornou COBOL, a linguagem mais afectada pelo infame problema Y2K. Uma das primeiras tentativas para construir um computador electrónico e digital foi em 1937, por J.V. Atanasoff, um professor universitário de física e matemática. Em 1941 ele e um estudante seu construíram uma máquina que conseguia resolver 29 equações em simultâneo com 29 variáveis. No entanto não era programável sendo só apropriada para um tipo de problema matemático, por isso o projecto foi abandonado. No entanto, outro candidato a avô do computador actual foi o Colossus, construído durante a Segunda Guerra Mundial pelos Ingleses para tentar decifrar os códigos alemães. No entanto também não eram multi-propósitos, nem programável. Estes três últimos computadores fizeram importantes contribuições para o desenvolvimento da computação. E enquanto os americanos e os ingleses discutiam sobre quem fez primeiro o quê, um alemão chamado Konrad Zuse criou uma sequência de computadores de multi-propósitos na casa de seus pais, o primeiro ficou conhecido como Z1. Em 1941, o Z3 era provavelmente o primeiro computador digital operacional, de propósito múltiplo e programável. Zune reinventou o conceito de programação de Babbage e decidiu, por si próprio, utilizar representação binária ao invés da decimal utilizada por Babbage. Embora estas máquinas não fossem conhecidas foram da Alemanha, não tendo portanto influenciado o desenvolvimento da computação, a sua arquitectura era bastante idêntica à que é utilizada hoje, e para um país que naquele tempo não tinha acesso a quase nenhuns materiais, Zuse conseguiu uma obra impressionante para o pouco conhecimento que tinha de inventores de máquinas calculadoras e para a escassez de materiais. E assim acabamos a pré-história dos computadores… Primeira Geração O antepassado de todos os computadores actuais é, sem dúvida, o ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Calculator). Este computador foi construído por dois professores universitários, John Mauchly e J. Presper Eckert, que foram financiados pelo departamento de guerra dos EUA depois de dizerem que conseguiam construir um máquina que substituiria a pessoas que calculavam as tabelas de disparo 7 Trabalho de Investigação Evolução do Computador das armas de artilharia do exército. O ENIAC pesava 30 toneladas e utilizava mais de 18 000 válvulas electrónicas, utilizando também leitores de fitas de papel obtidos da IBM. Este computador era mais rápido que qualquer máquina que já tinha sido desenvolvida. Em 1945, por sugestão Von Neuman, o sistema binário foi adoptado em todos os computadores e as instruções e dados compilados passaram a ser armazenados internamente no computador. A partir daí, a álgebra de Boole passou a ser introduzida nos computadores e, em 1952, Mauchly e Eckert construíram o EDVAC (Electronic Discrete Variable Automatic Computer), a primeira máquina electrónica de processamento de dados. Nos finais da década de 1950, os computadores já não eram dispositivos únicos de universidades ou laboratórios de pesquisa do governo. Eckert e Mauchly deixaram a Universidade na qual trabalhavam e decidiram montar a sua própria empresa. O seu primeiro produto foi ENIAC o famoso Automatic UNIVAC Computer), (Universal o primeiro computador comercial produzido em massa. No entanto, visto Eckert e Mauchly não terem direitos sob o ENIAC, começaram a perder dinheiro e eventualmente a sua empresa faliu. Entre 1945 e 1951, o WHIRLWIND, desenvolvido no MIT, foi o primeiro computador a processar informações em tempo real, com entrada de dados a partir de fitas perfuradas e saída em CRT. Em 1947 o transístor é inventado por Bardeen, Schockley e Brattain, e em 1953, Jay Forrester desenvolve a memória magnética, dois eventos que vieram revolucionar a computação e iniciar a era da informação. Segunda Geração Esta geração trouxe computadores como o IBM 1401 e o Burroughs B 200. O primeiro computador composto com transístores foi o TRADIC DA Bell Laboratories. Em 1957, Von Neumann colaborou na construção de um computador avançado chamado MANIAC (Mathematical Analyser Numerator Integrator and Computer). Em 1958, o IBM TX-0 tinha um monitor de vídeo, sendo rápido e relativamente pequeno, possuindo ainda um dispositivo de saída sonora. O PDP-1, construído por Olsen, foi 8 Trabalho de Investigação Evolução do Computador um processador de dados programável, no qual corriam jogos, tendo sido um enorme sucesso no MIT. Em 1959 a Texas Instruments criou o primeiro circuito integrado, o Jack Kilby. Esta segunda geração foi marcada pelo transístor, sendo que o que uma pessoa de nível médio levaria cerca de cinco minutos para multiplicar dois números de dez dígitos, o MARK I o fazia em cinco segundos, o ENIAC em dois milésimos de segundo, um computador com transístores em cerca de quatro bilionésimos de segundo e um computador a Terceira Geração em muito menos. Terceira Geração A Terceira Geração começou com algo desenvolvido pela Texas Instruments – o circuito integrado. Toda esta geração ocorreu na década de 60, de onde saiu, por exemplo, o Burroughs B-2500, que, ao contrário do ENIAC que podia armazenar até vinte números de dez dígitos, podia armazenar milhões de números. Durante esta geração surgiram conceitos como a “memória virtual”, “multiprogramação” e sistemas operativos complexos. Foi também nesta altura que surgiu o termo “software”. O primeiro mini computador comercial, o PDP-8, surgiu em 1965, tendo sido lançado pela DEC (Digital Equipment Corporation). Em 1970 a Intel introduziu no mercado um novo tipo de circuito integrado que viria a revolucionar mais uma vez um mundo da computação – o microprocessador. começaram Apple 1 a Desde surgir então os microcomputadores. Com a integração dos chips VLSI (Very Large Scale Integration), as coisas começaram a acontecer com uma maior rapidez e frequência. A Terceira Geração atingira o seu ponto alto. Em 1972 Bushnell lança o videojogo Atari e em 1974 Kildall lança o CP/M (Control Program for Microcomputers). E em 1975 surge o primeiro kit microcomputador que iria iniciar uma das fases mais produtivas da computação, o Altair 8800. No mesmo ano, Paul Allen e Bill Gates criam a Microsoft e o primeiro software para microcomputadores: uma adaptação BASIC do Altair e, em 1977, Steve Jobs e Steve Wozniak criam o microcomputador Apple, a RadioShack cria o TRS-80 e a Commodore desenvolve o PET. Em 1978 surge o primeiro programa comercial, o Visicalc, da Software Arts e no ano seguinte Rubinstein começa a comercializar o software Wordstar e Paul Lutus produz o Apple Writer. Três grandes 9 Trabalho de Investigação Evolução do Computador computadores criados no seguimento destes eventos foram o Sinclair ZX81/ZX Spectrum, o Osborne 1 e o IBM PC/XT. Quarta Geração Esta geração surgiu com o decorrer da tecnologia dos circuitos integrados LSI (Large Scale Integration) e VLSI (Very Large Scale Integration). Durante este tempo surgiu também o processamento distribuído, o disco óptico e o microcomputador passou a ser grandemente difundido, que passou a ser utilizado para processamento de texto, cálculos auxiliados, entre outras funções. Em 1982 surge o 286, que utilizava memória de 30 pins e slots ISA de 16 bits, vindo já equipado como memória cache para auxiliar o processador, utilizando também monitores CGA. Em 1985, o 386 também utilizava memória de 30 pins mas devido à sua velocidade de processamento já podia correr softwares gráficos mais avançados, como o caso do Windows 3.1, contando também com placas VGA que podiam atingir as 256 cores. Em 1989 surgiu o 486 DX, a partir do qual o coprocessador matemático vinha embutido no prórpio processador, existindo também uma melhoria a nível da velocidade devido à memória de 72 pins e às palcas PCI de 32 bits. Neste momento os equipamentos já tinham capacidade para as placas SVGA que podiam atingir até 16 milhões de cores, sendo esta função usada comercialmente com o surgimento do Windows 95. Quinta Geração As aplicações estão a exigir cada vez mais uma maior capacidade de processamento e armazenamento de dados. Uma das principais características desta geração é a simplificação e miniaturização do computador, além de melhor desempenho e maior capacidade de armazenamento, e ainda os preços cada vez mais acessíveis. A tecnologia VLSI está a ser substituída pela ULSI (Ultra Large Scale Integration). O conceito de processamento está a partir para a execução de muitas operações em simultaneo pelos computadores. A redução dos custos de produção e do volume dos componentes permitiram a aplicação destes computadores nos chamados sistemas embutidos, que controlam aviões, navios, automóveis e computadores de pequeno porte. Os computadores que utilizam a linha de processadores Pentium, da Intel, são exemplos desta geração. Em 1993 surge o Pentium e as grandes mudanças neste período ficariam por conta das memórias DIMM de 108 pinos, do aparecimento das placas gráficas AGP e de um melhoramento da slot PCI, melhorando ainda mais seu desempenho. No ano de 1997 surge o Pentium II, em 1999 o Pentium III e em 2001 o Pentium 4. Não houveram grandes 10 Trabalho de Investigação Evolução do Computador novidades após 1997, sendo que as mudanças ficaram por conta dos cada vez mais velozes processadores. Próxima Geração A IBM anunciou a construção do mais avançado computador quântico do mundo. A novidade representa um grande passo em relação ao actual processo de fabricação de chips com silício que supostamente deve atingir o máximo de sua limitação física de processamento dentro 10 a 20 anos. O computador quântico utiliza, ao invés dos tradicionais microprocessadores de chips de silício, um dispositivo baseado nas propriedades físicas dos átomos, como por exemplo o sentido do seu movimento, para contar números um e zero, chamados qubits (quantic + bits), em vez de cargas eléctricas como nos computadores actuais. Outra característica é que os átomos também podem se sobrepor, o que permite ao equipamento processar equações a uma velocidade muito mais rápida. Isaac Chuang, pesquisador encarregue da equipa de cientistas da IBM, e Universidades de Stanford e Calgary, afirma que os elementos básicos dos computadores quânticos são os átomos e as moléculas. Segundo estes pesquisadores, cada vez menores, os processadores quânticos começam onde os de silício acabam. Chuang acrescentou ainda que a computação quântica começa onde a lei de Moore termina, por volta de 2020, quando os itens dos circuitos terão o tamanho de átomos e moléculas. Esta lei de Moore diz que o número de transístores colocados em um chip dobra a cada 18 meses. Quanto maior a quantidade de transístores nos chips, maior a velocidade de processamento. Essa teoria tem se confirmando desde a sua formulação. No entanto o computador quântico da IBM é um instrumento de pesquisa e não estará disponível nos próximos anos. As possíveis aplicações para o equipamento incluem a resolução de problemas matemáticos, buscas avançadas e criptografia, o que já despertou o interesse do Departamento Computador Quântico de Defesa dos Estados Unidos, como seria de esperar… 11 Trabalho de Investigação Evolução do Computador História das Memórias Ora bem, antes de mais nada vejamos o que é a “memória” do computador. O termo memória (quanto aplicado no âmbito de Informática ou Computação) refere-se aos dispositivos utilizados para armazenar dados ou sequências de permanentemente DRAM instruções para temporária utilização ou num computador. Estes por sua vez representam a informação em binário, ou seja, nas famosas sequências de 0s e 1s. Cada dígito binário, ou bit, pode ser armazenado por qualquer sistema físico que possa estar em dois estados, isto para representar o 0 e o 1. Exemplos de sistemas desse género são interruptores (on/off), condensadores eléctricos que podem armazenar ou soltar carga ou um íman com a polaridade para cima ou para baixo. Actualmente, condensadores e transístores, funcionando como pequenos interruptores eléctricos, são utilizados para armazenamento temporário, e discos ou “fitas” com revestimento magnético, ou discos de plástico com padrões específicos são utilizados para armazenamento a longo prazo. Portanto, “memória de computador” refere-se à tecnologia semicondutora que é usada para armazenar informação em dispositivos electrónicos. A memória primária actual é constituída por circuitos integrados compostos por transístores à base de silício. Por fim resta dizer que existem dois tipo de memória: a volátil e a não volátil. Tipos de Memória A memória volátil necessita de energia para manter a informação armazenada, sendo também conhecida como memória temporária. Os modelos actuais de RAM são armazenadores voláteis, incluindo a DRAM (Dynamic Random Access Memory), tecnologia semicondutora de memória volátil dinâmica, e a SRAM (Static Random Access Memory), tecnologia semicondutora de memória volátil estática. Embora exiba alguns remanescentes de dados, a SRAM é mesmo assim considerada volátil, visto que todos os dados são perdidos quando não é alimentada. Quanto à DRAM, permite que os dados desapareçam automaticamente sem um refrescamento. Memórias como a CAM (Content Addressable Memory) e a dual-ported RAM são geralmente implementadas utilizando armazenamento volátil. Novas tecnologias de memórias voláteis, que tencionam substituir ou competir com a SRAM e DRAM, estão em desenvolvimento, como a Z-RAM (zero capacitator RAM, baseada na tecnologia 12 Trabalho de Investigação Evolução do Computador floating body effect de um processamento de silicon on insulator (SOI)), TTRAM (Twin Transistor RAM, é semelhante à DRAM mas também utiliza a tecnologia de processamento floating body effect inerente num processo SOI) e a A-RAM (Advanced-Random Access Memory, compatível com SOI). Quanto à memória não volátil, não necessita de energia para reter a informação armazenada. Exemplos desta memória são as memórias ROM, memórias Flash, a maioria dos dispositivos de armazenamento magnéticos (como por exemplo os discos rígidos), discos ópticos, e os arcaicos métodos de Memória ROM armazenamento como a fita de papel ou os cartões esburacados. As memórias não voláteis são geralmente utilizadas para armazenamento a longo prazo. O armazenamento não volátil de dados pode ser categorizado em sistemas de endereçamento eléctrico, como a memória flash, e em sistemas de endereçamento mecânico, como discos rígidos. Os sistemas eléctricos são caros mas rápidos enquanto que os mecânicos são mais baratos mas mais lentos, sendo claro que o ultimo tem uma maior capacidade de armazenamento que o primeiro. As memórias não voláteis poderão eventualmente dispensar o uso de formas lentas de sistemas de armazenamento secundários (sendo a forma de armazenamento primário a memórias voláteis, como a RAM) como os discos rígidos, e uma prova disso são os SSD (Solid-State Drive), que basicamente são discos rígidos de memória flash, utilizando uma pequena percentagem de DRAM como cache. Mas para ser mais específico, consideremos os tipos de memória por tópicos, recapitulando alguns pontos já mencionados: RAM – Random Access Memory, esta memória é essencial para o computador, armazenado dados ou instruções de programas. Visto ser uma memória volátil, o seu conteúdo é perdido assim que o computador é desligado. Existem dois tipos básicos de memória RAM, a DRAM e a SRAM; o DRAM – Dynamic Random Access Memory, esta memória baseia-se na tecnologia de condensadores e necessita actualizações periódicas do conteúdo de cada célula do chip, consumindo assim menos energia. 13 Trabalho de Investigação Evolução do Computador Embora tenha um acesso lento aos dados, tem uma grande capacidade de armazenamento; o SRAM – Static Random Access Memory, esta memória é baseada na tecnologia de transístores, não necessitando de actualizações de dados. Embora consuma mais energia, a sua velocidade é superior à DRAM, sendo frequentemente utilizada em computadores rápidos. Em contrapartida possui uma menor capacidade de armazenamento. RAM Gráfica (ou de Video) – É uma área especializada da RAM onde a CPU compõe detalhadamente a imagem a mostrar no ecrã, sendo especialmente organizada para manipular tanto a qualidade como a cor da apresentação; ROM – Read-Only Memory, é um tipo de memória que contém instruções inalteráveis, contendo instruções e rotinas que iniciam o computador quando este é ligado. Sendo não volátil, os seus dados não são perdidos na ausência de energia. Alguns tipos desta memória são os EPROMs e os EEPROMs; o EPROM – Erasable Programmable Read-Only Memory, é um tipo de ROM especial que pode ser programado pelo utilizador cujo conteúdo é apneas apagado pela exposição a raios ultravioletas; o EEPROM – Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory, é um tipo especial de ROM, muito semelhante à EPROM, sendo diferente apenas no modo em como o seu conteúdo é apagado – por se aplicar uma voltagem específica num dos pins de entreda. Cache – É uma memória de alta velocidade que faz a interface entre o CPU e a RAM. Para poder utilizar uma DRAM lenta com o CPU rápido, é necessário um hardware extra que fique entre o CPU e a RAM estabelecendo a comunicação entre os dois – a memória cache. O sistema de cache inicia tentando ler tantos dados da RAM quanto possível e armazená-los na sua memória estática de alta velocidade, a cache. Quando requisições do CPU chegam, a cache confere se os endereços são os mesmo que já foram lidos da memória e, nesse caso, os dados são directamente enviados da cache para o processador, caso contrário permite ao CPU aceder à RAM directamente, o que é muito mais lento. Evolução Passemos então à história propriamente dita da memória. Em 1834, as memórias ROM eram em forma de “cartões com buraquinhos”, usadas pelo precursor do computador Analytical Engine, que começou a ser desenvolvido nesse ano por 14 Trabalho de Investigação Evolução do Computador Charles Babbage. Quase 100 anos depois, em 1932, Gustav Tauschek inventa a memória drum (uma forma primária de memória que usava um cilindro metálico revestido com fita de material ferromagnético regravável, o drum) na Austria. Em 1936, Konrad Zuse candidata-se a uma patente para uma memória mecânica a ser utilizada no seu computador, baseada no deslizamento de partes metálicas. Nos meados de 1940 a tecnologia das memórias dos computadores tinha capacidade máxima para apenas alguns bytes. Um exemplo disso é o ENIAC, o primeiro computador programável, que, utilizando milhares de válvulas rádio de base octal, conseguia apenas efectuar cálculos simples envolvendo 20 números de dez dígitos decimais, que eram armazenados nos acumuladores das válvulas. O grande avanço tecnológico seguinte da memória computorizada foi com a memória de linha retardada (delay line memory) acústica desenvolvida por J.Presper Eckert durante 1940. Pela construção de um tubo de vidro cheio com mercúrio e ligado em cada ponta com um cristal de quartzo, linhas de retardo (delay lines) podiam armazenar bits da informação no cristal e transferi-los através de ondas sonoras propagadas através do mercúrio. No entanto, esta memória era limitada a uma capacidade de até umas centenas de milhar de bits para permanecer eficiente. Em 1946 foram desenvolvidas duas alternativas para as memórias de delay line, o tubo Williams e o tubo Selectron, ambos utilizando feixes de electrões no tubo de vidro como meio de armazenamento. Fred Williams inventou o tubo Williams por utilizar um tubo de raios catódicos, o que resultou na primeira random access computer memory, mais conhecida como RAM. O tubo Williams acabou por superar o tubo Selectron devido ao seu custo inferior e, especialmente, à sua maior capacidade, pois enquanto o Selectron estava limitado a 256 bits, o Williams podia armazenar milhares. Contudo o tubo Williams acabou por demonstrar ser bastante sensível ao distúrbio no ambiente, o que era muito frustrante. Nos finais da década de 1940, esforços começaram a ser feitos para “encontrar” uma memória não volátil. Jay Forrester, Jan A. Rajchman e Na Wang seriam então creditados pelo desenvolvimento da mamória de núcleo magnético, que permitia aceder à memória mesmo com perda de energia. O núcleo magnético viria a tornar-se a forma dominante de memória até ao desenvolvimento da memória baseada em transístores nos finais de 1960. Em 1966, a HP lança o HP2116A, um computador a tempo real com 8 KB de memória e a recentemente formada Intel começa com as vendas de um chip semicondutor com 2000 bits de memória. Dois anos depois, em 1968, a USPTO concede a patente a Robert Dennard da IBM pela célula DRAM de um transístor, que 15 Trabalho de Investigação Evolução do Computador se viria a tornar o chip de memória padrão para computadores pessoais, substituindo a memória de núcleo magnético. Após isto, em 1969, a Intel, que se inicia a desenvolver chips, produz um chio RAM de 1KB, o maior até aquele momento. No entanto, pouco tempo depois, a Intel torna-se conhecida por desenvolver microprocessadores para computadores. Em 1970, lança o chip 1103, o primeiro chip de memória DRAM disponível para “todos”. Um ano depois lança o chip 1101, uma memória programável de 256 bits, e o chip 1701, um EROM de 256 bytes. Em 1975, o Altair, computador pessoal de consumidor, é lançado, usando um processador 8080 de 8 bits da Intel que incluía 1KB de memória. Mais tarde, no mesmo ano, Bob Marsh cria a primeira placa de 4KB de memória da Processor Technology para o Altair. Nove anos depois, em 1984,a Apple Computers lança o computador pessoal Macintosh, o primeiro computador que veio com 128KB de memória, sendo o chip de memória de 1MB desenvolvido no mesmo ano. 16 Trabalho de Investigação Evolução do Computador Interface Gráfica A Interface Gráfica, ou GUI (Graphical User Interface), é um tipo de interface de utilizador que permite a uma pessoa interagir com programas em várias formas para além do habitual escrever. Uma GUI oferece ícones gráficos e indicadores visuais para representar a informação e acções disponíveis ao utilizador, ao contrário Interface Gráfica das interfaces à base de texto. Essas acções são geralmente efectuadas através da manipulação directa de elementos gráficos. História Consideremos um pouco da sua história. Um precursor das interfaces gráficas foi inventado pelos pesquisadores no Standford Research Institute, sob a direcção de Douglas Engelbart (o criador do rato). Estes pesquisadores desenvolveram a utilização de hiperligações à base de texto manipuladas através do rato para o On-Line System. O conceito das hiperligações foi posteriormente “refinado” e estendido a gráficos pelos pesquisadores na Xerox PARC, que foram para além das hiperligações à base de texto e utilizaram uma interface gráfica como interface primária para o computador Xerox Alto. Em resultado disso, muitas pessoas passaram a chamar a esta classe de interface PARC User Interface, ou PUI. A PARC User Interface consistia em elementos gráficos como janelas, menus, botões de opções, caixas de “tiques” e ícones. Esta interface empregava um dispositivo de navegação para além do teclado – o rato. Estes aspectos podem ser resumidos a um acrónimo alternativo a PUI – WIMP, que significa Windows, Icons, Menus e Pointing device. Depois do PUI, o primeiro modelo operático de um computador com interface gráfico centrado foi o Xerox 8010 Star Information System em 1981, seguido do famoso Apple Lisa em 1983, que apresentava o conceito da barra de menu bem como os controlos de janela, do Apple Macintosh 128K em 1984 e o Atari ST e o Commodore Amiga em 1985. 17 Trabalho de Investigação Evolução do Computador Actualmente as interfaces gráficas mais conhecidas são o Microsoft Windows, o Mac OS X, e as interfaces X Window System. Tanto a Apple, a IBM como a Microsoft utilizaram várias das ideias da Xero para productos, desenvolverem e as os especificações seus do Common User Access da IBM foram formadas à base da interface encontrada no toolkit e controlador de janela do Exemplo de um GUI Microsoft Windows, IBM OS/2 Presentation Manager e Unix Motif. Todas estas ideias resultaram na criação da interface encontrada nas versões actuais do Microsoft Windows, bem como no Mac OS X e vários ambientes de trabalho dos sistemas operativos do tipo Unix, como o Linux. Concentremo-nos agora no design de interacção. Uma importante parte na programação de aplicações software é o design da composição visual e do comportamento temporal da interface gráfica. O seu objectivo principal é melhorar a eficácia e minimizar a utilização de um design underlyed lógico num programa guardado, uma técnica de design conhecida como usabilidade. Técnicas de design centradas no utilizador são utilizadas para garantir que a linguagem visual introduzida no design é bem elaborada para as tarefas que tem de efectuar. De modo interage com manipular permitem geral, a o utilizador informação widgets visuais interacções por que apropriadas para o tipo de dados que contêm. Os widgets de uma interface bem estruturada são seleccionados para auxiliarem as acções necessárias para alcançar utilizador. Já os objectivos do um “modelo de GUI com vários temas controlador de vista” permite a flexibilidade da estrutura no qual a interface é independente e indirectamente ligada à funcionalidade da aplicação, o que significa que a GUI pode ser facilmente personalizada. Por fim, um GUI pode também ser desenhado para os requerimentos rigorosos de um mercado vertical. Isto é conhecido como uma “aplicação de interface gráfico de 18 Trabalho de Investigação Evolução do Computador utilizador específica”, sendo o Point of Sale touchscreen GUI de 1986 da Gene Mosher’s, uma das primeiras aplicações GUI especificas. Outros exemplos de aplicações de GUI específica são: as caixas de hipermercados automáticas, o multibanco (ATM), quiosques de informação (computorizados) em espaços públicos, entre outros. Placa Gráfica A placa gráfica é uma placa de expansão cuja função é gerar e transmitir imagens para display, como por exemplo para um monitor. Muitas placas gráficas oferecem funções adicionais como interpretação avançada de cenas 3D e gráficos 2D, captura de vídeo, adaptador sintonizador de TV, descodificador de MPEG-2 e MPEG-4, FireWire, light pen, saída para TV, ou a capacidade de ligar vários monitores, enquanto que outras placas modernas de alto performance são utilizadas para propósitos mais exigentes como jogos de computador. História da Placa Gráfica Quanto à sua história… A primeira placa gráfica do IBM PC era a MDA (Monochrome Display Adapter), desenvolvida pela IBM em 1981, e podia apenas funcionar no modo texto, apresentando 80 colunas e 25 linhas no ecrã, tendo 4KB de memória de vídeo e apenas uma cor. Após esta foram lançadas muitas outras, como a CGA e a HGC entre Placa Gráfica da NVIDIA muitas outras até à VGA. A VGA (Video Graphics Array) foi vastamente aceite, o que levou a empresas como a ATI, Cirrus Logic e S3 trabalharem com essa placa gráfica, melhorando a sua resolução e o número de cores que utilizava, o que culminou na SVGA (Super VGA) standard, que alcançou os 2 MB de memória de vídeo e uma resolução de 1024x768 num modo de 256 cores. Em 1995, as primeiras placas gráficas 2D/3D para consumidores foram lançadas, desenvolvidas pela Matrox, Creative, S3, ATI e outras. Estas placas surgiram no seguimento da SVGA standard e incorporavam funções 3D. Em 1997, a 3DFX lançou o chip de gráficos Voodoo, que era mais potente face às outras placas gráficas, 19 Trabalho de Investigação Evolução do Computador introduzindo gráficos 3D como mip mapping, Z-buffering e anti-aliasing no mercado de consmidores. Depois desta placa, uma série de placas gráficas 3D foram lançadas, como a Voodoo2 da 3DFX, TNT e TNT2 da NVIDIA. Como a largura de banda estava se aproximando dos limites da capacidade do barramento PCI, a Intel desenvolveu a AGP (Accelerated Graphics Port) que resolveu o “engarrafamento” entre o microprocessador e a placa de gráfica. De 1992 até 2002, a NVIDIA controlou o mercado das placas gráficas com a “familia” GeForce, sendo todos os melhoramentos feitos durante este tempo todos concentrados nos algoritmos 3D e na taxa de velocidade do processador de gráficos. A memória de vídeo também foi melhorada para aumentar a sua taxa de dados, tendo sido a tecnologia DDR incorporada nas placas, melhorando a capacidade da memória de vídeo de 32MB com a GeForce para 128MB com a GeForce4. De 2002 em frente, o mercado das placas gráficas passou a ser basicamente dominado pela competição entre a ATI e a NVIDIA, com as suas linhas Radeon e GeForce respectivamente, tomando conta de aproximandamente 90% do mercado de placas gráficas independente entre elas, enquanto que outros produtores foram forçados a se concentrarem em mercados mais pequenos e de menos importância. 20 Trabalho de Investigação Evolução do Computador Bus (Barramento) Barramento (ou bus), na arquitectura de computadores, é um subsistema que transfere dados entre vários componentes do computador, ou seja, um conjunto de ligações físicas (cabos, circuitos integrados, etc.) que podem ser partilhadas por vários componentes de hardware para assim comunicarem entre si. O objectivo principal dos barramentos é reduzir o número de “caminhos” necessários para a comunicação entre os componentes, isto por estabelecer todas as comunicações por um único canal de dados, como que uma “auto-estrada de dados”. Um barramento é caracterizado pela quantidade de informação que consegue transmitir de uma só vez. Essa quantidade, expressa em bits, corresponde ao número de linhas físicas nas quais os dados são enviados simultaneamente. O termo banda (ou width) é utilizado para indicar o número de bits que um barramento pode transmitir de cada vez. Quanto à velocidade do barramento, é definida pela sua frequência e expressa em Hertz, isto é, o número de pacotes de dados enviados ou recebidos por segundo. Tendo estas duas especificações do barramento é possível calcular a sua velocidade de transferência máxima, ou seja, Esquematização de dos barramentos a quantidade de dados que consegue transportar por unidade de tempo, isto por multiplicar a banda pela frequência. Relativamente ao tipo de dados que neles circulam, existem três tipos de barramentos: Barramentos de dados. São os barramentos por onde circulam os dados que a CPU vai buscar à RAM ou aos periféricos; Barramentos de endereços. O acesso aos dados que a CPU necessita é feito pelo envio dos endereços das posições de memória ou de periféricos onde eles se encontram; Barramento de controlo. Por onde os sinais eléctricos que controlam os dispositivos eléctricos que o sistema utiliza para ler ou escrever os dados viajam; Os barramentos mais conhecidos são: 21 Trabalho de Investigação Evolução do Computador Barramento Local – estabelece a ligação entre a CPU e a RAM; Barramento ISA – utilizado pelos slots de 8 e 16 pins e alguns intefaces da motherboard; Barramento PCI – utilizado pelos slots PCI, interfaces IDE e USB; Barramento AGP – utilizado para placas gráficas 3D de alto desempenho. A seguinte tabela mostra a largura de banda, a velocidade e a taxa de transferência dos principais barramentos utilizados: Standard Bus width (bits) Bus speed (MHz) Bandwidth (MB/sec) ISA 8-bit 8 8.3 7.9 ISA 16-bit 16 8.3 15.9 EISA 32 8.3 31.8 VLB 32 33 127.2 PCI 32-bit 32 33 127.2 PCI 64-bit 2.1 64 66 508.6 AGP 32 66 254.3 AGP (x2 Mode) 32 66x2 528 AGP (x4 Mode) 32 66x4 1056 AGP (x8 Mode) 32 66x8 2112 ATA33 16 33 33 ATA100 16 50 100 ATA133 16 66 133 Serial ATA (S-ATA) 1 180 Serial ATA II (S-ATA2) 2 380 USB 1 1.5 USB 2.0 1 60 FireWire 1 100 FireWire 2 1 200 SCSI-1 8 4.77 5 SCSI-2 - Fast 8 10 10 SCSI-2 - Wide 16 10 20 SCSI-2 - Fast Wide 32 bits 32 10 40 SCSI-3 - Ultra 8 20 20 SCSI-3 - Ultra Wide 16 20 40 22 Trabalho de Investigação Evolução do Computador SCSI-3 - Ultra 2 8 40 40 SCSI-3 - Ultra 2 Wide 16 40 80 SCSI-3 - Ultra 160 (Ultra 3) 16 80 160 SCSI-3 - Ultra 320 (Ultra 4) 16 80 DDR 320 SCSI-3 - Ultra 640 (Ultra 5) 16 80 QDR 640 História do Bus Consideremos um pouco da história destes barramentos… O barramento ISA (Industry Standard Architecture) foi desenvolvido pela IBM no inicio da década de 1980. O ISA surgiu no computador IBM PC, em 1981, na versão de 8 bits, tendo, em 1984, “evoluído” para 16 bits integrado no IBM PC-AT. Embora seja já bastante antiga, alguns componentes ou dispositivos actuais ainda utilizam este barramento, como por exemplo alguns modems. Como este barramento estava limitado a 16 bits, permitindo apenas uma taxa de transferência de 8 MB/s, a IBM decidiu, por volta de 1985, substituir o barramento ISA por algo “maior e melhor” – o barramento MCA (Micro Channel Architecture). Este barramento é uma versão de 32 bits do ISA, oferecendo também um significativo melhoramento em relação ao mesmo. O primeiro barramento a ganhar “popularidade” foi o VESA Local Bus (Video Electronics Standards Association), apresentado e 1992. Este barramento tinha como objectivo resolver os problemas de vídeo nos computadores pessoais. No entanto a sua popularidade “acabou” com o aparecimento do Pentium e do barramento PCI. O PCI (Peripheral Component Interconnect) começou a ser desenvolvido em 1992 pela Intel, tendo nesse ano surgido o PCI 1.0 e no ano seguinte o PCI 2.0. O PCI rapidamente substituiu o MCA em servidores topo de gama tornando-se o barramento de “eleição” para servidores. Só a partir de 1994 é que começou a ter impacto nos computadores pessoais substituindo o VESA. Como o tráfego no PCI estava a chegar a um limite e a tornar-se pesado em computadores com vídeo, disco rígido e outros periféricos que “competiam” todos pela mesma largura de banda, um novo protocolo foi posto em prática, projectado especificamente para o subsistema de vídeo e combater a saturação do PCI – o AGP (Accelerated Graphics Port). Este barramento foi desenvolvido para responder às exigências do mercado que exigia um maior e melhor desempenho das placas gráficas. 23 Trabalho de Investigação Evolução do Computador Evolução da Motherboard Antes da invenção dos microprocessadores, os computadores eram geralmente construídos em mainframes com os componentes, que eram ligados por um sistema blackplane que tinha incontáveis slots para ligar os vários cabos. Nos designs antigos eram necessários cabos para ligar os pins do conector do cartão (ou placa), no entanto isso tornou-se algo do passado com a invenção das placas de circuito impresso. Quanto à CPU, memória e periféricos, eram acondicionados em placas de circuito impresso individuais que eram ligadas ao blackplane. Durante os finais de 1980 e 1990, tornou-se mais económico passar um crescente número de funções periféricas para as placas de circuito impresso. Portanto, circuitos integrados individuais, capazes de suportar periféricos de baixa velocidade como portas de série, rato, teclado e outras, foram integrados nas motherboards. Nos finais de 1990 começaram a possuir uma vasta gama funções de áudio, vídeo, armazenamento e rede incorporadas. Mais tarde foram incluídos sistemas para placas gráficas 3D. Embora empresas como a Micronics, Mylex, AMI, DTK, Orchid Technology, Elitegroup e outras tenham sido das poucas empresas pioneiras fabricação no desenvolvimento de e motherboards, empresas como a Apple e a IBM acabaram por prevalecer e “tomar conta do mercado” pois ofereciam Motherboard AT motherboards sofisticadas de topo de gama com novas e melhoradas funções e maior performance, isto face às outras motherboards que se encontravam no mercado. Os populares computadores pessoais como o Apple II e IBM PC vinham com uma espécie de “manual de instruções” e outras documentações que permitiam “engenharia reversa” (processo de análise de um “artefacto” e dos detalhes de seu funcionamento, geralmente com a intenção de construir um novo com mesma funcionalidade, sem realmente copiar algo do original – p.e. desmontar uma máquina para descobrir como funciona) e reposição de motherboards por terceiros. Muitas motherboards ofereciam performance adicional ou outras funções, e usadas para melhorar o equipamento original do fabricante, geralmente com a intenção de se construir novos computadores compatíveis com os exemplares. Actualmente a maior empresa produtora de motherboards é a Asus Tek. 24 Trabalho de Investigação Evolução do Computador A primeira motherboard (à qual se pode chamar mesmo de “motherboard”) surgiu numa computador da IBM em 1982, o IBM PC, sendo o design desta similar ao das actuais, tendo um número especifico de portas e slots para diferentes tipos de hardware. O mesmo design foi também utilizado pela Apple no Apple II, que inovou a instalação de novos periféricos no computador, tornando esse processo muito mais fácil, tendo portanto aberto as portas para o mercado de periféricos, o que nos veio trazer toda a variedade de acessórios e afins que podemos encontrar hoje em dia. Desde a invenção nos finais de 1970, as motherboards revolucionaram a forma como os computadores são desenhados e reduziram o tamanho em que são apresentados, tanto é que apenas a motherboard em si tem milhões de transístores. Pesquisas e desenvolvimentos ainda estão em progresso, e sem dúvida haverá uma altura em que teremos laptops ao mesmo nível que os actuais super computadores… tudo isso devido à motherboards. Tipos de Motherboard À medida que a motherboard foi evoluindo, foi mudando fisicamente, dando origem a vários modelos como AT, ATX e ITX. Consideremos esses e mais alguns… As motherboards AT (Advanced Technology) são bastante antigas, tendo sido largamente utilizadas entre 1983 e 1996. Estas motherboards já não são utilizadas, isto porque o seu espaço interno era reduzido, o que, com todos os periféricos e cabos devidamente instalados, dificultava a circulação do ar, o que poderia trazer danos permanentes ao computador devido ao sobre aquecimento. Esse e outros problemas, como a limitação das fontes de alimentação AT, levaram à criação do tipo de motherboards ATX. As ATX Technology (Advanced Extended) são, como o próprio nome indica, um modelo aperfeiçoado do modelo AT desenvolvido principalmente pela Intel, entre outros. Como era de esperar, o principal objectivo do modelo ATX foi solucionar os problemas do AT, apresentando bastantes melhorias em relação a este último. O modelo ATX apresenta Motherboard ATX 25 Trabalho de Investigação Evolução do Computador maior espaço interno e portas (ou conectores) com melhores ligações à motherboard, entre outros aspectos. Hoje em dia, a maioria dos computadores é baseado neste modelo de motherboard. Quanto às BTX (Balanced Technology Extended), é um modelo de motherboards desenvolvido pela Intel e lançado em 2003 para substituir o ATX. Este modelo foi desenvolvido por duas razões básicas: primeiro, para melhorar a dissipação térmica do computador na ventilação interna; segundo, para tentar estandardizar os modelos de pequeno formato das motherboards, usad sobretudo em PCs de pequenas dimensões como o XPC da Shuttle. No entanto, de momento o desenvolvimento desse modelo está parado. As LPX (Low-Profile Extended) são tipos de motherboards utilizados essencialmente em computadores como os Compaq. A diferença principal deste modelo para a AT é o facto de não ter slots, estes encontram-se numa placa separada também chamada de blackplane, que por sua vez é ligada à motherboard por um conector especial. Este tipo de motherboard foi criado para permitir a criação de PCs mais estreitos, tanto é que as placas de expansão estão paralelas à motherboard ao invés de perpendiculares como é habitual. Com o surgimento do modelo ATX foi também lançada uma versão melhorada do LPX, o NLX (New Low-profile Extended). Por fim, o modelo ITX é destinado especialmente a computadores altamente integrados e compactados, não para oferecer um computador muito rápido, mas sim barato e acessível, sobretudo para pessoas que utilizam o computador especialmente para navegar na Internet e escrever. A grande “inovação” deste modelo é ter tudo “onboard”, isto é, os sistemas de vídeo, áudio, rede e outros estão integrados na motherboard. Além do mais, como possui menos periféricos, necessita de menos energia, o que significa uma fonte de alimentação fisicamente menor, o que é bastante útil se se pretende montar um computador mais compacto. 26 Trabalho de Investigação Evolução do Computador Conclusão Tentei orientar a minha pesquisa para a linguagem cuja nacionalidade teve um maior impacto na computação – o inglês. No entanto, por mais estranho que pareça tive de recorrer a algumas fontes em português, tendo tentado me afastar ao máximo das fontes em português brasileiro. Embora a pesquisa não tenha sido muito aprofundada, julgo que consegui reunir a informação pretendida, embora algumas fontes tenham causado algumas complicações, fosse por má estruturação, fosse por detalhes a mais. O objectivo principal foi sem dúvida alcançado – finalizar o trabalho antes das 23:59 do dia 31 de Janeiro de 2010, mesmo que fosse a 5 minutos do prazo de entrega. Além disso, e como já mencionei, julgo que a informação foi reunida e trabalhada de um modo mais que satisfatório, tendo assim possibilidades de alcançar uma nota classificativa de, no mínimo, 18 valores. Durante este trabalho não existiram colaborações de terceiros, e nem sequer existiu uma tentativa para obter tal colaboração, fosse de colegas, fosse de empresas ou instituições. Por fim, devo acrescentar que adquiri muito conhecimento na área da informática com este trabalho, mais concretamente nos aspectos menos conhecidos da computação, como o barramento, a interface gráfica e os primórdios da computação em si. Pude também obter conhecimento adicional no que diz respeito ao tema das motherboards e das memórias. 27 Trabalho de Investigação Evolução do Computador Webografia http://www.computersciencelab.com/ComputerHistory/History.htm http://www.mansano.com/beaba/hist_comp.aspx http://www.ideafinder.com/features/smallstep/computing.htm http://en.wikipedia.org/wiki/History_of_computing http://en.kioskea.net/contents/pc/bus.php3 http://www.prof2000.pt/users/afaria2004/bus.htm http://209.85.229.132/search?q=cache:cwaItCgQuB8J:www.dei.isep.ipp.pt/~hc outo/Disciplinas/ASI1/CD/CDBARRAMENTOS.doc+hist%C3%B3ria+do+barramento&cd=1&hl=ptPT&ct=clnk&gl=pt http://www.buzzle.com/articles/history-of-computer-motherboards.html http://www.pctechguide.com/11Motherboards_Evolution.htm http://paginas.ispgaya.pt/~caf/trab3.pdf http://www.gametotal.com.br/2009/02/historia-da-placa-mae-e-seus-recursos/ http://en.wikipedia.org/wiki/Computer_memory http://www.ime.usp.br/~weslley/memoria.htm#tipo http://en.wikipedia.org/wiki/Video_card#Digital_Visual_Interface_.28DVI.29 http://en.wikipedia.org/wiki/Graphical_user_interface#History 28