Um breve olhar sobre a participação feminina na

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Um breve olhar sobre a participação feminina na
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Um breve olhar sobre a participação feminina na produção do
conhecimento em Ciência, Tecnologia e Saúde no Brasil
A brief view of participation of women in the production of knowledge
in Science, Technology and Health in Brazil
Jeorgina Gentil Rodrigues
Doutoranda em Informação, Comunicação e Saúde, Icict/Fiocruz. Biblioteca de Ciências Biomédicas,
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Rio
de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]
Maria Cristina Soares Guimarães
Doutora em Ciência da Informação, UFRJ/IBICT. Laboratório de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e
Inovação em Saúde, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde,
Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]
Resumo: O presente trabalho propõe disponibilizar para a comunidade cientifica uma
valiosa fonte de informação. Objetiva-se um primeiro e exploratório olhar sobre a
representatividade e a contribuição feminina na produção de conhecimento em Ciência,
Tecnologia e Saúde no Brasil, a partir do Acervo de Obras Raras da Biblioteca de
Ciências Biomédicas da Fundação Oswaldo Cruz. Surge assim, o interesse de
compreender quais condições e fatores que influenciaram o acesso feminino as
instituições científicas brasileiras.
Palavras-chave: Gênero, Mulheres e Ciência, Tecnologia, Saúde, Obras Raras
Abstract: This paper proposes to make available to the scientific community a valuable
source of information and to present a brief view of participation of women in
production of knowledge in Science, Technology and Health in Brazil, from the Rare
Books Collection of the Library of Biomedical Sciences, Fundação Oswaldo Cruz. Thus
arises, the interest to understand what conditions and factors that influenced the
feminine access to Brazilian scientific institutions.
Keywords: Gender, Women and Science, Technology, Health, Rare Books
1 Introdução
As relações entre ciência e gênero é um tema que tem gerado, nos anos recentes,
uma discussão muito intensa, especialmente no que se refere à contribuição das
mulheres na produção do conhecimento científico. No geral, reconhece-se que os
valores que ainda prevalecem sobre as ciências são masculinos e, em alguns casos,
desfavoráveis à participação feminina.
Evidências apontam que as mulheres ainda enfrentam preconceitos e barreiras que
comprometem a progressão em carreiras científicas, menor acesso a cargos acadêmicos
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e a captação de recursos para pesquisa (LOPES, 1989, 2002; VELHO; LEÓN, 1998;
SHERIDAN, 1998; SCHIEBINGER, 2001, 2008; LETA; LEWISON, 2003; AQUINO,
2006; HAYASHI, et al, 2007). Isso reproduz nacionalmente, o que ocorre em países
europeus (DEWANDRE, 2002).
Embora as mulheres tenham contribuído para os avanços da Ciência, Tecnologia e
Saúde (C&T/S), há pouco reconhecimento do seu trabalho e muito a ser feito para
alcançar a equidade gênero (ZUBIETA, 2009).
Ao longo do século XX importantes mudanças no cotidiano da população
ocorreram como as duas grandes guerras mundiais e os movimentos feministas da
Europa e dos Estados Unidos, modificaram esse quadro. Até então, a ciência ajudou a
reforçar estereótipos a respeito de relação de gênero.
A desigualdade de gênero, especialmente nas profissões científicas ditas
masculinas, deve ser enfrentada por todas as sociedades. Conforme Abreu (2006, p.
117):
Ignorar esta dimensão é um obstáculo maior para a participação da
mulher na Sociedade do Conhecimento e também priva a sociedade de
uma porção significativa da sua força intelectual, um caminho certo
para enfraquecer sua capacidade científica nacional.
A adoção de um ponto de vista feminino às ciências não significa criar um modo
feminino de “fazer ciência”, mas sim consolidar uma ciência mais acessível às mulheres
(OSADA, 2006).
Para Sombrio (2007, p.164-65), o movimento feminista dos anos de 1970 exerceu
grande influência na situação das mulheres nas instituições científicas, produzindo uma
“discussão acadêmica própria sobre a influência do gênero na formação dos indivíduos
e na sociedade em geral”. Mas, ainda demarcada por nítidas divisões de gênero em
ambientes profissionais e educacionais.
A ciência é geralmente apresentada como uma sucessão de “grandes homens” – e
de algumas mulheres escolhidas – que fizeram “descobertas importantes”. Surge assim,
a necessidade de congregar esforços visando dar maior visibilidade às contribuições de
mulheres cientistas e pesquisadoras muitas vezes desconhecidas ou mesmo
negligenciadas pela comunidade científica, mas que trouxeram contribuições
significativas para o conhecimento científico (LÖWY, 2009, p. 43).
A presente pesquisa propõe disponibilizar para a comunidade cientifica uma
valiosa fonte de informação, resultado de uma pesquisa que se pergunta sobre a
representatividade e contribuição feminina na produção de conhecimento em C&T/S no
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Brasil. Mais particularmente, objetiva-se um primeiro e exploratório olhar sobre a
contribuição feminina na construção do que é hoje a mais importante instituição de
ensino e pesquisa no campo da saúde da América Latina – Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz).
Para se entender essa escolha, faz-se necessário compreender a conjuntura social,
política e econômica em que o Brasil se encontrava e a criação, em 1900, do Instituto
Oswaldo Cruz (IOC) que deu origem e constitui hoje uma das unidades do complexo
Fiocruz, que representou um dos marcos da maneira de se fazer ciência no Brasil
(STEPAN, 1979; BENCHIMOL, 1990).
O quadro sumário descrito acima explicita o potencial de leituras institucionais
da participação feminina no nascimento e desenvolvimento da ciência nacional, sob a
perspectiva da produção acadêmica. Especificamente no caso da Fiocruz, o Acervo de
Obras Raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas, do Instituto de Comunicação e
Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), unidade técnico-científica da
Fiocruz, se apresenta como fonte privilegiada para essa pesquisa.
2 O Acervo de Obras Raras
A trajetória centenária da Fiocruz em pesquisa em saúde propiciou à instituição
compor um acervo documental impar, o que torna sua disponibilização e abertura à
comunidade cientifica e à sociedade quase que um imperativo.
A rica coleção de obras raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas possui uma
documentação referente ao campo da Saúde que se inicia no século XVII e reúne um
acervo com cerca de 40 mil exemplares assim distribuídos: 562 títulos de periódicos
científicos nacionais e estrangeiros, com cerca de 15 mil fascículos; 16 mil exemplares
de livros científicos; 3 mil exemplares de folhetos técnico-científicos; 5 mil exemplares
de teses inaugurais ou de doutoramento de universidades e instituições nacionais e
estrangeiras, em Ciências Biomédicas e Exatas. Nesse universo, somente 30% do acervo
encontra-se acessível à comunidade científica e ao público em geral.
Muito pouco se fez, até o momento, para analisar a dinâmica de construção do
conhecimento no campo da Saúde a partir desse acervo, quer seja em sua perspectiva
quantitativa ou qualitativa. Fazer uma leitura da participação feminina, quali e
quantitativamente, é o que se objetiva empreender ao longo da pesquisa.
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A partir de análises quantitativas da produção cientifica, mas não exclusivamente,
e da trajetória acadêmica feminina na Fiocruz, será possível identificar e traçar, por
exemplo, redes de relacionamento de gênero e a evolução de temas e objetos de
pesquisa; o caráter mais local ou internacional dos mesmos; o padrão de colaboração
cientifica no que diz respeito à equidade de gênero, dentre outros pontos de interesse.
Neste sentido, estes estudos apontam para a ideia de que a equidade de gênero
deve ser discutida a partir das diferentes contribuições das mulheres na produção do
conhecimento, levando-se em conta que isso é um processo de construção social.
3 Ciência e Gênero
As relações entre ciência e gênero é um tema que tem gerado, nos anos recentes,
uma discussão muito intensa, especialmente no que se refere à contribuição das
mulheres na produção do conhecimento científico.
A presença feminina pode ser medida pelas suas conquistas, tanto pela ciência
como pelo direito civil. Em 1979, por pressão dos movimentos feministas de diversos
países, a Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra as Mulheres foi adotada.
Esta Convenção constituiu um marco histórico na definição internacional dos
Direitos Humanos das mulheres, concretizando um compromisso assumido na
Conferencia Mundial Sobre Las Mujeres, em 1975, no México.
A Conferência Mundial da Mulher realizada em Beijing, China, em 1995, foi
uma importante conquista do movimento de mulheres na medida em que passou a
estabelecer um compromisso dos países participantes sobre a desigualdade de gênero.
Em 1999, durante a Conferência Mundial sobre Ciência e Tecnologia em
Budapeste, a Unesco introduziu a discussão sobre a necessidade de construção de
indicadores sensíveis às diferenças de gênero, implementando, desde então, mecanismos
de apoio e promoção deste trabalho (ESTÉBANEZ, 2003).
Foi tomado como ponto de partida um reconhecido desequilíbrio histórico na
participação de homens e mulheres nas atividades científicas. Reforça-se, a partir daqui,
a importância e necessidade da constituição de um amplo programa de pesquisa que
possibilite um mapeamento e acompanhamento crítico do progresso e expansão da
presença e contribuição feminina no esforço de Ciência e Tecnologia (C&T), em âmbito
internacional.
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Mais recentemente, a Organização dos Estados Americanos (OEA) passou
também a estimular as discussões sobre a presença da mulher na C&T e, como uma das
recomendações finais da mesa redonda The Fundamental Role of Science, Technology,
Engineering, Innovation and Science Education within the Framework of Discussion for
the IV Summit of the Americas, organizada em Buenos Aires, Argentina, em 5 de
setembro de 2005, ficou registrado em Abreu (2009):
The gender gap, especially in scientific professions, must be a
concern of all societies. Ignoring this dimension is a major obstacle to
women’s ability to participate in the Knowledge Society and is also
depriving society of a significant portion of its intellectual force, a
sure way to weaken national scientific capacity.
Zubieta (2006) aponta que os esforços para dimensionar a participação da mulher
na C&T têm uma história recente, começando nos anos 1970, nos Estados Unidos da
América, segui-se o Reino Unido, nos anos 1980, e a partir daí, o movimento se
espalhou pela Comunidade Européia, nos anos 1990. Conforme a autora, não houve
ações comparáveis na América Latina e outras regiões em desenvolvimento do mundo.
Reconhece-se que o desenvolvimento histórico desses países, com seus contextos
políticos, econômicos e culturais, formam um cenário particular e peculiar que
favoreceu a explicitação do papel da mulher na formação superior e nas atividades
cientificas, em geral.
A história recente da Ciência no país, especialmente em áreas de ponta, já conta
com mulheres reconhecidas internacionalmente, que já não são relegadas à condição de
assistentes invisíveis na produção do conhecimento. Entretanto, embora grandes
avanços tenham sido feitos ainda existem preconceitos e barreiras a serem vencidos
pelas mulheres cientistas (SHERIDAN, 1998).
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Evolução da Participação Feminina na Ciência Nacional
A vinda da Família Real para o Brasil, em 1808, iniciou o processo de estímulo à
ciência e a formação superior, a exemplo do que ocorria na Europa. A
profissionalização da ciência na Europa leva à criação de universidades modernas, à
instalação de laboratórios de pesquisa para trabalho coletivo e à criação de institutos de
pesquisa, museus e outras instituições de apoio à ciência (OSADA; COSTA, 2006).
Nesse cenário, a determinação do Príncipe Regente, D. João, instituindo as
Faculdades de Medicina na Bahia e no Rio de Janeiro significou a abertura para a
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educação e o consequente desenvolvimento da colônia brasileira. A independência, em
1822, marcou a progressiva institucionalização do ensino médico.
Em 1879, a “Reforma Leôncio de Carvalho” conferiu a liberdade e o direito da
mulher frequentar instituições de ensino superior em todo Império e a obter o título
acadêmico. Contudo, as restrições à presença feminina nos estabelecimentos de ensino
superior continuaram dificultando seu acesso à formação acadêmica (RAGO, 2000;
SILVA; RIBEIRO, 2010).
Para ingressar no ensino superior, posto destinado aos homens, a mulher brasileira
teve que superar conservadorismo de uma época. Os ideais femininos, até então
vigentes, são constituídos pelo matrimônio, o destino “primordial das mulheres”. O fato
das mulheres afastarem-se de seu lugar “natural” – o lar - é tido como uma degradação
moral (FREIRE, 2009, p. 79).
Em 1908, foi inaugurado o “Curso de Aplicação” do Instituto Oswaldo Cruz
(IOC), “célula mater” da atual Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), primeira escola
brasileira de pós-graduação, verdadeira inovação no panorama científico nacional, que
formou um corpo científico crítico com condições de transmitir o conhecimento
acumulado (STEPAN, 1976, BENCHIMOL, 1990).
Conforme Fonseca Filho (1974), na turma de 1932 ocorreu à primeira inserção
feminina no Curso de Aplicação do IOC, representada por Sylvia Ecila Hasselmann que
foi a primeira colocada da turma, recebendo a medalha de ouro do Prêmio Carlos
Chagas.
Para Stepan (1976), o sucesso singular alcançado pela Fiocruz deveu-se à sua
capacidade de integrar três fatores chave: o recrutamento de pessoal, a relação de cliente
com o Estado e a produção de ciência experimental. Num país de base industrial
atrasada e de sistema educacional precário apenas a aliança do Instituto de Manguinhos
com o Estado pode permitir a integração de ciência pura e aplicada, produzindo
resultados palpáveis e rápidos capazes de transformar condições de vida da população
brasileira.
É nesse cenário que a partir de 1902, se inicia a organização da Biblioteca de
Manguinhos, atual Biblioteca de Ciências Biomédicas, com a chegada dos primeiros
livros e revistas. Eram exemplares variados, sobretudo trazidos da Europa, desde
raridades dos séculos anteriores até revistas que traziam as mais recentes descobertas
científicas.
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Dentro desta perspectiva, os acervos bibliográficos das bibliotecas brasileiras
oferecem verdadeiros cimélios que formaram as mentalidades que atribuíram caráter
nacional à produção científica. Nesse sentido, a coleção de obras raras da Biblioteca de
Ciências Biomédicas não foge à regra e constitui material bibliográfico de referência.
Conforme Rodrigues e Guimarães (2010, p.2):
Ao longo de seus cem anos de existência, a Fiocruz contribuiu de
forma indelével para ciência e tecnologia e saúde no Brasil.
Descortinar a participação da mulher nesse processo, passando da
opacidade à transparência, da ignorância ao conhecimento, é passo
importante na constituição da memória em ciência e tecnologia em
ciências da saúde no Brasil, o que deve gerar uma rica fonte de
informação para pesquisadores das mais diversas áreas do
conhecimento.
Azevedo, Cortes e Ferreira (2004) evidenciam, a partir dos anos de 1940, uma
expressiva presença de mulheres em carreiras científicas em instituições de pesquisa do
Rio de Janeiro, como o Museu Nacional, IOC (atual Fiocruz) e Instituto de Biofísica
(atual Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho). O processo de modernização
acarretou mudanças nas relações de trabalho e de gênero, mas mantiveram certas
qualidades esperadas das mulheres (submissão, docilidade, atenção aos outros)
associadas à permanência de valores da sociedade patriarcal brasileira dos séculos
anteriores (MARRY, 2008).
Conforme Harvey (1992 apud CARLOTO, 2002), nas últimas décadas houve um
reordenamento, não só quanto ao mercado de trabalho, mas, também, nas relações
familiares. “Valores tradicionais em relação à família, à sexualidade e à maternidade
passam a ser reformulados”. Entretanto, a entrada das mulheres na carreira científica
não representou uma mudança revolucionária na vida dessas. “Elas ainda continuam
responsáveis pelas atividades reprodutivas e cuidados com a casa e com os membros da
família”. Em alguns casos, ainda são vistas como aquelas que "ajudam no orçamento
familiar", enquanto aos homens cabe o papel de provedor, característica essa associada
à permanência de certos valores da sociedade patriarcal brasileira dos séculos anteriores.
Dados recentes coletados por Abreu (2006) dão conta da evolução da participação
feminina na ciência nacional. Segundo dados do CNPq citados pela autora, no período
de 1995 a 2006, a participação feminina no total de pesquisadores no Brasil cresceu de
39 para 48%. Ainda assim, dados dos Grupos de Pesquisa do CNPq, em 2000, apontam
que na liderança de projetos de pesquisa o sexo masculino é cerca de 35% maior que o
feminino. Indica-se, assim, que o quantitativo crescente de mulheres no total de
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pesquisadores ainda não se reflete na liderança da pesquisa nacional. Ainda segundo a
autora, na distribuição de bolsistas de pós-graduação, as grandes áreas de saúde e
biologia são aquelas que mais acolhem mulheres, representando 65 e 59%,
respectivamente, em relação ao sexo masculino.
5 Considerações Finais
O campo das Ciências da Saúde, de maneira geral, configura-se em um espaço
privilegiado para se empreender analises sobre a contribuição feminina em C&T/S.
Traçar seu perfil histórico, no âmbito da Fiocruz, é, portanto um esforço que se coloca
como promissor.
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