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Bons Ventos VILA NOVA DE GAIA Douro affair Numa altura em que o Porto é notícia como melhor destino de férias na Europa segundo o guia Lonely Planet, a Graham’s abriu mais uma janela, na outra margem, para o admirar a pretexto do vinho, da boa mesa e da tradição. A vista para o Porto, a partir da margem de Gaia, não chega a ser tão ampla como a que se desfruta dos terraços do vizinho hotel vínico da família Yeatman, mas impressiona. Sobretudo porque o grande público, até à abertura do restaurante e bar de vinhos Vinum no passado mês de março, desconhecia a existência de tão excelente miradouro. Propriedade dos Symington, família de origem britânica estabelecida em terras durienses há mais de três séculos e detentora de marcas bem conhecidas como a Dow’s, a Martinez (nos vinhos do Porto) ou até a Blandy’s (nos vinhos da Madeira), as caves da Graham’s, com uma média anual de cinquenta a sessenta mil visitantes (cada vez mais russos, brasileiros e chineses), passaram por uma remodelação substancial a tempo de assinalar os 130 anos do clã como produtores de vinho. Fundadas em 1890, as caves viraram uma importante página na sua história, que passa agora a ser contada no Graham’s Port Lodge com recurso aos objetos de sempre (entre a memorabilia, diários, mapas, fotografias e até um relógio Patek Philippe que pertenceu à rainha D. Amélia) mas com uma disposição e layout adequados ao presente. E mantém-se o ritual das visitas e das provas, sempre acompanhadas de um guia (são 12 as nacionalidades representadas, falando cada guia quatro a cinco idiomas) – nem de outro modo poderia ser. Com diferentes propostas e preços, as provas mais acessíveis têm lugar na sala principal e as mais exclusivas na sala Vintage com vinhos do Porto de topo (como os 32 vintage e os tawnies da Graham’s). Mas a grande novidade, e surpresa, acaba mesmo por ser o novo Vinum. Instalado numa antiga sala de banquetes das caves, ele faz as vezes de bar de vinhos com carta de tapas e de restaurante com serviço à la carte, menus para grupos e menus executivos durante a semana ao almoço (25 euros por pessoa). A decoração tira proveito da imponência das paredes de granito centenárias, pintadas de branco, e exibe em paredes e vitrinas de vidro objetos e pipas ligados à produção do vinho. No prolongamento, o Atrium, uma sala coberta com acesso ao já mencionado terraço panorâmico debruçado sobre o Douro. Em tempos foi cais de cargas e depois esplanada; agora é um novo chamariz até para as gentes do Porto e de Gaia, que constituem já cerca de cinquenta por cento da clientela. Gerido pelo grupo basco Sagardi, especializado em restauração e presente em diversos países, mas com uma equipa de cozinheiros portugueses, o Vinum não quer ser só um cartão turístico – quer ser uma referência gastronómica a norte, a gosto das pessoas do Norte. Daí uma ementa de base regional inspirada no receituário tradicional do Douro, de Trás-os-Montes, do Minho e do Atlântico (o prato-emblema da casa é o costeletão de vaca velha à transmontana). E os vinhos, claro, são o fio condutor. Na carta, que exibe na capa a fotografia de Emílio, um dos sete tanoeiros da Graham’s, há vinho de mesa a copo a partir de 2,50 euros e Portos vintage do dia a 10 euros o copo, mas interessante mesmo é fazer harmonizações entre o que se come e o que se bebe percorrendo os vários itens listados de forma muito pessoal: os vinhos dividem-se entre os que são produzidos pela família Symington e os que são colheita de produtores amigos de outras regiões vinícolas a nível nacional e internacional. O que é um princípio tão legítimo como qualquer outro. JMS Vinum-Restaurant & Wine Bar Rua do Agro, n.º 141 (Graham’s Port Lodge) vinumatgrahams.com Volta ao Mundo julho 2013
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