Queimado
Transcrição
Queimado
O QUE ESPERAM DE NÓS? PRÁTICAS COMUNS SENSO COMUM É PRECISO MUDAR... DÉCADA DE 80 X PRESENTE ESPAÇO DE TRABALHO BACKDRAFT VÍTIMA MASC CINEMÁTICA QUEIMADURA RNC, INCIDENTE APÓS OVER. ... Prof. Enf. Roberto Castro 19ª, FOGO, FLASH PENSAMENTO CRÍTICO AVALIAÇÃO ANÁLISE CONSTRUÇÃO DE UM PLANO AÇÃO REAVALIAÇÃO ALTERAÇÕES AO LONGO DO CAMINHO “...ENSINAR O SOCORRISTA A TOMAR DECISÕES APROPRIADAS RELATIVAS AO TRATAMENTO DAS VÍTIMAS COM BASE EM CONHECIMENTO, NÃO EM PROTOCOLOS. A META DOS CUIDADOS AO DOENTE É ALCANÇAR O PRÍNCIPIO.” ( PHTLS, 2011) D Danger R Responsive A Airway - Conversação B Breathing- Ruídos C Circulation- Hemorragias D Desabity- Estado Neurológico E Exposition- Exposição Vítima AVALIAÇÃO EM 10”² LESÕES AVALIAÇÃO PRIMÁRIA SSVV REANIMAÇÃO DAS MECANISMO DE LESÃO FUNÇÕES VITAIS AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Prof. Enf. Roberto Castro Epidemiologia³ As queimaduras são a 4º maior causa de morte por injúria unidirecional nos EUA Estima-se que ocorrem um milhão de acidentes com queimaduras por ano no Brasil 2/3 dos acidentes ocorrem dentro do ambiente domiciliar 58% das vítimas são crianças(HGE) O principal agente causal é líquido/alimento super aquecido Estatísticas³ No Brasil 1.000.000 acidentes / ano Sendo que 100.000 pacientes procuram atendimento hospitalar e, destes, 2.500 pacientes irão falecer direta e indiretamente das suas lesões. M.S., 2003 Etiologia³ Os agentes físicos tem origem no frio ou no calor, através de condução ou de radiação eletromagnética. Os agentes químicos são provocados por produtos corrosivos que podem ser bases fortes ou de origem ácida. As queimaduras térmicas podem ser através de: geada, neve, raios solares, vapores, fogo, líquidos e sólidos ferventes. As queimaduras por radiação eletromagnética podem ser através de: eletricidade, raios e radiação. . Queimaduras³ Definição: queimadura é toda e qualquer lesão produzida pela ação curta ou prolongada de temperaturas extremas no tecido de revestimento, presente no ser vivo denominado pele, podendo atingir mucosas, músculos, vasos sanguíneos, nervos e ossos. (Sec. Saúde RJ; Gomes, 2001) Análise das Causas de Queimaduras – Hospital Andaraí – RJ – 2.500 casos/2000³ Prevalência de complicações respiratórias .... de São Paulo, SILVA, et al 2006 Dos 155 prontuários, 61,94% eram de indivíduos do sexomasculino e 38,06% feminino. A média de idade e de internação foi de 24,9anos e 20,9 dias, respectivamente. A causa mais comum das queimaduras foi álcool em adultos (41,3%) e escaldo em crianças (24,5%). As áreas acometidas foram: face (41,1%), tronco (66,45%) e membros (92,9%). As complicações respiratórias foram encontradas em 23,9%, onde a mais prevalente foi lesão inalatória (32,5%), sendo que 80% utilizaram ventilação mecânica invasiva e 20% ventilação mecânica não-invasiva e todos fizeram uso de oxigenoterapia. REVISÃO ANATÔMICA CARACTERÍSTICA LESÃO¹ Classificação Quanto a profundidade da lesão 1º Grau Não sangra , geralmente seca Rosa e toda inervada Não passam da Epiderme Queimadura de Sol(exemplo) Hiperemia(Vermelhidão) Dolorosa Obs:Normalmente não chega na emergência ( 1º Grau) Classificação Quanto a profundidade da lesão 2º Grau Atinge derme Úmida Presença de Flictenas(Bolhas) Retirar ou não? Rosa, Hiperemia(Vermelhidão) Dolorosa Cura espontânea mais lenta, com possibilidade de formação de cicatriz (2º Grau) (2º Grau) Classificação Quanto a profundidade da lesão 3º Grau Atinge todos os apêndices da pele Ossos , musculos, nervos , vasos Pouca ou nenhuma dor Úmida Cor Branca, Amarela ou Marrom Não cicatriza espontaneamente, necessita de enxerto Fotos(3º Grau) Fotos(3º Grau) Classificação Quanto a profundidade da lesão 4º Grau Necrose Total Carbonização Tecido negro Fotos(4º Grau) Classificações Quanto ao agente causal Físicos: temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama, etc. eletricidade : corrente elétrica, raio, etc. radiação : sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas, nucleares, etc. Químicos: produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina, etc. e Biológicos: animais: lagarta-de-fogo, água-viva, medusa, etc. e vegetais : o látex de certas plantas, urtiga, etc. FISIOPATOLOGIA Entendendo o complexo mecanismo de lesão da queimadura Fisiopatologia Agressão do tecido Pele Vaso Exposição do Colágeno Liberação de Substâncias Vasoativas Edema Fisiopatologia A Bioquímica da Queimadura Substâncias Vasoativas Fisiopatologia Substâncias Vasoativas NO Histamina – Mastócitos Cininas – Sist. Calicreína Cascata do Ácido Araquidônico - Eicosanóides Resposta do organismo à queimadura • • • • • • Choque hipovolêmico Colonização/infecção Imunossupressão Sepse (microbiana ou “não microbiana”) Falência de múltiplos órgãos Óbito Toxina da pele queimada – LPC (Complexo Lipo Proteíco) • • • • Agregado de lipídios e proteínas Alta toxicidade/antigenicidade Grande afinidade pelas membranas celulares O LPC é formado na queimadura e aos poucos ganha a via sistêmica, ocasionando diversos males ao organismo Influência do LPC • • • • • • • Prejuízo à atividade linfocitária T Influência direta a diversos órgãos Cascata das citocinas Aumento da taxa de hemólise Resposta inflamatória sistêmica Desorganização do sistema imunológico Insulto sistêmico não infeccioso Influência do LPC •LPC –Toxina da queimadura –Descontrola o sistema imunológico •Toxinas do stress celular –Retardam a cicatrização –Mendez e cols(1999) fluido colhido de úlceras venosas afeta e induz o envelhecimento de fibroblastos (TNF alfa) –Prejudicam a atividade dos macrófagos Cascata do Ác. Araquidônico Fosfolípides Fosfolipase A2 Ácido araquidônico 5-Lipooxigenase 15-LO 15 - HPETE Ciclooxigenases 5 - HPETE PGG2 Peroxidase Lipoxina A Lipoxina B Leucotrieno A4 (LTA4) Leucotrieno B4 (LTB4) LTC4 LTD4 LTE4 PGH2 Tromboxane Prostaciclina Prostaglandina (TxA2) (PGI2) PGE2 PGD2 PGF2 Calculando a área queimada Importância Prognóstico REANIMAÇÃO VOLÊMICA Obs. – A Rigor não se leva em conta as áreas com queimaduras de 1º grau Calculando a área queimada Regra dos Nove Rápido Prático Fácil de memorizar Pouco preciso Calculando a área queimada LUND BROWDER O mais avançado método de calculo de área queimada Leva em consideração as várias faixas de idade com precisão Obs. Em caso de não existir um método disponível pode-se usar a Palma da mão como medida de 1% para o cálculo REANIMAÇÃO VOLÊMICA Fórmula Baxter e Parkland 4 MLX 100 KG X 36%= 14400 ML 72OOML 8H + 7200 ML 16H 4 ml de Lactato de Ringer ou Soro Fisiológico kg Área queimada A solução deverá ser administrada nas primeiras 24 horas ½ nas 8 h após trauma / ½ nas 16 h restantes Patência de Vias Aéreas Obstrução de Vias Aéreas Colocação da cânula orofaríngea Condições Rapidamente Fatais 1. Ventilação inadequada: promover vias aéreas pérveas, retirada de próteses, corpos estranhos, secreções aspiradas, caso melhora do padrão respiratório (cateter de oxigênio), não havendo melhoria EOT. Intervenção Precoce B- VENTILAÇÃO PRINCÍPIO CIENTÍFICO BOA RESPIRAÇÃO MANEJO SATURAÇÃO Respiração Eficaz Escarotomia Descompressiva Técnicas de ventilação artificial Técnicas de ventilação artificial C-CIRCULAÇÃO PRINCÍPIO CIENTÍFICO CONTROLE DE SANGRAMENTOS SSVV REPOSIÇÃO VOLÊMICA SSVV MONITORIZAÇÃO GRANDES VASOS VOLUME SANGUÍNEO E DÉBITO CARDÍACO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA COR DA PELE PULSO HEMORRAGIA Prof. Enf. Roberto Castro Condições Rapidamente Fatais 2. Circulação inadequada: paciente apresentando sangramento externo visível, com possibilidade de compressão deverá ser atendido rapidamente.Com controle de sangramento e reposição volêmica. Sangramento interno reposição precede a hemostasia. Atentar par pulso, PA, palidez cutaneomucosa, sudorese, diurese (mínima 40ml/h). Escarotomia Descompressiva SÍNDROME COMPARTIMENTAL ALGORITMO ACESSO VASCULAR EMERGÊNCIA FOSSA ANTECUBITAL: 2 TENTATIVAS CADA LADO SEM SUCESSO VENODISSECÇÃO OUTRAS TENTATIVAS EM FOSSA ANTECUBITAL INTRAÓSSEA FEMORAL JUGULAR SUBCLÁVIA (Harada; Avelar, et Al 2011) Intraóssea – Parecer CAT 01/09 COREN/SP ACESSO PERIFÉRICO VÁLVULAS VENOSAS ACVPMS Prof. Enf. Roberto Castro ACESSO VASCULAR INTRAÓSSEA (PIO) ACVP identificar uma taxa de insucesso que varia de 10 a 40 % . Katsogridakis , Seshadri , Sullivan, e Waltzman (2008) identifica as taxas de sucesso em várias tentativas para pacientes internados em uma crianças gamas hospitalares a partir de 23 % para os médicos , 44% para enfermeiros e 98 % para IV enfermeiros . O tempo médio requisito para a IV periférica canulação é relatada em 2,5 a 13 minutos , com acesso difícil exigindo o máximo de 30 minutos ( Leidel et al. , 2009 ) . CVD- Colúria ? D- ESTADO NEUROLÓGICO PRINCÍPIO CIENTÍFICO PROGNÓSTICO Avaliação do Trauma Multissistêmico Existem outras lesões freqüentemente presentes nos grandes traumatizados, que apesar da gravidade não apresentam um risco imediato, mas que poderão levar à morte, se não tratadas adequadamente ou se passarem despercebidas.São elas: Traumatismos crânio-encefálicos mais brandos, fraturas de ossos longos, trauma fechado torácico e/ou abdominal, lesões de artérias e veias, lesões do trato urinário, lesões de pelve, dos ossos da face, medulares. Avaliação do Grande traumatizado Quando da estabilização do politraumatizado, este deverá ter suas vestes removidas, sendo minuciosamente examinado em busca de lesões associadas, quando então será instituído o tratamento a cada uma delas. Esta etapa no ATLS é chamada de Exposição, e é o momento para identificação de lesões no dorso, períneo ou outras áreas que não sejam de identificação imediata à chegada do paciente. Orifícios de entrada e saída de projéteis, escoriações, hematomas, otorragia, hematuria, sangramento de aspecto arterial. E- EXPOSIÇÃO COM CONTROLE DE TEMPERATURA PRINCÍPIO CIENTÍFICO EXPOR LESÕES PRESERVAR TEMPERATURA CORPORAL Queimadura Elétrica Um capítulo especial ... Queimadura elétrica Tipos de Correntes Corrente de Baixa Tensão Corrente Alternada MIOGLOBINÚRIA- ACIDOSE Corrente de Alta Tensão Corrente Contínua Queimadura elétrica Corrente de Baixa Tensão Lesões menos extensas Perigo de Fibrilação Ventricular Assistolia Queimadura elétrica Corrente de Alta Tensão Lesões extensas e profundas Necrose tissular por coagulação protéica Tende a percorrer o caminho mais curto até a terra e frequentemente atira a vítima longe – Fraturas e Hemorragias Cerebrais Depressão do centro respiratório Fisiopatologia da Queimadura Elétrica C C A A L L O O R R Entrada (Entrance Site) Saída (Exit Site) Efeito Joule Queimaduras Elétricas ÁCIDOS ALCALI SULFÚRICO NITRÍCO AMÔNIA ANIDRA SODA CAUSTÍCA Abuso infantil Fonte: (PHTLS,2011) Atendimento Pré - Hospitalar Protocolos de Atendimento/ Passo a Passo OBJETIVO AVALIAR INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA: ATENDIMENTO SEQUÊNCIAL INDICAÇÕES INTERNAÇÃO ESTABILIZAÇÃO VÍTIMA TRANSPORTE Segurança equipe Atendimento Pré - Hospitalar Protocolos de Atendimento/ Passo a Passo Informe-se sobre qual o mecanismo de lesão Avalie segurança do local Avalie nível de consciência metódo VIAS AÉREAS: AMBIENTES FECHADOS – 24H A 36H MANIFESTAÇÃO EDEMA SUPRAGLÓTICO EOT, VM, BRONCOSCPOIA GASOMETRIA EVOLUÇÃO CABECEIRA 30° Atendimento Pré - Hospitalar Protocolos de Atendimento/ Passo a Passo Avalie nível de consciência metódo AVDI(Alerta, responde à estímulos Verbais, responde a estímulos de Dor ou está Inconsciente). ABCDE CO INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA CO2 QUEIMADURAS FACE SINAIS: LESÕES SUPERCÍLIO, PESTANAS, VIBRÍCIAS NASAIS, FULIGEM NA FARINGE E CATARRO, QUEIMADURA EM AMBIENTE FECHADO. EOT CQT EOT APH/ SALA CHOQUE ACESSO VASCULAR > 15% ÁREA ADULTO > 10% ÁREA CÇA, ATÉ 25% UTILIZAR PERIFÉRICA VELOCIDADE PARA REESTABELECIMENTO DE FUNÇÃO APH/ SALA CHOQUE ANALGESIA: EV ANSIOLÍTICO 5 A 10 MG MORFINA NÃO USAR NARCÓTICO COM SUSPEITA LESÃO VAS APH/ SALA CHOQUE PROCESSO DE REMOÇÃO ROUPAS RESFRIAMENTO ÁREA QUEIMADA COM LENÇOL EMBEBIDO EM SOLUÇÃO: INDICAÇÕES INTERNAÇÃO Atendimento Hospitalar- EMERGÊNCIA CTQ Protocolos de Atendimento/ Passo a Passo MONITORIZAÇÃO CHOQUE FC 100 A 120 ADULTOS CÇA 30% DOS VALORES NORMAIS PARA FAIXA ETÁRIA FC ANORMAL LACTANTE > 160 BPM PRÉ-ESCOLAR > 140 BPM ESCOLAR > 120 BPM ADOLESCENTE > 110 Atendimento Hospitalar VOLEMIA DÉBITO URINÁRIO 0,5 A 1 ML/KG/H MAX 50 KG P.A. – INCONCLUSIVA P.V.C- 0 – 5 CM 24H DC- SWAN GANZ PH – ACIDOSE INDICA ERRO REPOSIÇÃO SOLUÇÃO RINGER COM LACTATO 24H COLÓIDE APÓS 24H NAS QUESTÕES DE CONSCIÊNCIA A LEI DA MAIORIA NÃO CONTA. ESTOU FIRMEMENTE CONVENCIDO QUE SÓ SE PERDE A LIBERDADE POR CULPA DA PRÓPRIA FRAQUEZA. GHANDI TCE Prof Roberto Castro Atendimento Pré - Hospitalar VOLEMIA DÉBITO URINÁRIO 0,5 A 1 ML/KG/H MAX 50 KG P.A. – INCONCLUSIVA CRISTALÓIDE- 2 A 4 ML/ KG/% DE ÁREA QUEIMADA VELOCIDADE PARA REESTABELECIMENTO DE FUNÇÃO Bibliografia 1) Clinical Practice Guideline:Difficult Intravenous AccessFull Version[Formerly known as Emergency Silverton, Dee Unglaub. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada/ Dee Unglaub Silverton; Tradução Alline de Souza Pagnussat [et al]- 5 ed- Porto Alegre: Artmed, 2010. 2) PHTLS, Suporte de Vida no Trauma Pré Hospitalar, 7 ed 2011. Ed. Elsevier 3) Atendimento ao Grande Queimado, Castro, R. O. Cap XVIII, Enfermagem em Emergência, Ed Elsevier 2010. 4) In emergency department patients with known or suspected difficult intravenous access, does ultrasound-guided, intraosseous, subcutaneous rehydration therapy, warming, or alternative methods improve intravenous access with fewer attempts, less pain, and/or improved patient satisfaction as compared to traditional techniques? 2011 ENA Board of Directors Liaison: AnnMarie Papa, DNP, RN, CEN, NEBC, FAEN Obrigado pela atenção! DISPONÍVEL EM: WWW.CETECMED.COM.BR E-MAIL:[email protected] [email protected]
Documentos relacionados
Queimaduras atendimento na urgência 04 11 FINAL Flavio
Queimaduras de 2º grau em áreas maiores que 20% SCQ em adultos Queimaduras de 2º grau maiores de 10% SCQ, em crianças ou maiores de 50 anos Queimaduras 3º grau em qualquer extensão Lesões em ...
Leia maisfisioterapia em queimados
parte do organismo, desencadeada por um agente físico, que pode ser classificadas em queimaduras térmicas, elétricas e químicas. (FILHO, 2007) Quando se faz uma avaliação das causas das queimaduras...
Leia mais