ARTE BIZANTINA
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ARTE BIZANTINA Características Econômicas e Políticas : • Imperador Constantino: foi o responsável pela transferência da capital do Império Romano para Constantinopla, após a invasão dos povos bárbaros no século IV. • Capital = Constantinopla (atual Istambul na Turquia). • Império tinha muita riqueza, comércio avançado e bem desenvolvido, vida urbana intensa, população elevada, principalmente nas grandes cidades como, por exemplo, Constantinopla. • Poder Centralizado = Imperador controlava economia, política e sociedade em geral . • Sociedade e Religião: • Igreja Católica Ortodoxa: comandada por um Patriarca (equivalente ao papa da Igreja Católica Romana). • Sociedade Hierarquizada (em camadas sociais com pouca mobilidade) : Imperador e sua família, assessores do imperador, alto clero, elite (grandes proprietários rurais, grandes comerciantes), camada média (pequenos comerciantes, artesãos, baixo clero), camada pobre formada por camponeses. Nos primeiros tempos do Império Bizantino não houve, a bem dizer, unidade na cultura. Uma infinita variedade de motivos, formas, coloridos, testemunhava uma prodigiosa miscelânea étnica: quadros egípcios, ornamentos sírios, mosaicos de Constantinopla, afrescos de Tessalônica, por todo o lado a marca profunda das tradições seculares. Graças à sua localização(Constantinopla) a arte bizantina sofreu influências de Roma, Grécia e do Oriente. A união de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, rico tanto na técnica como na cor. A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficialização por Teodósio procuraram fazer com que a arte, bem como a religião, tivesse um importante papel como difusor didático da fé ao mesmo tempo que serviria para demonstrar a grandeza do Imperador que mantinha seu caráter sagrado e governava em nome de Deus. A tentativa de preservar o caráter universal do Império fez com que o cristianismo no oriente destacasse aspectos de outras religiões, isso explica o desenvolvimento de rituais, cânticos e basílicas. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro A arte bizantina está dirigida pela religião; ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros executores, como no Egito – várias convenções para a expressão artística foram definidas. O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais; era o representante de Deus, tanto que se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça, e, não raro encontrar um mosaico onde esteja juntamente com a esposa, ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus. Mosaico com imagem de Justiniano na Basílica de São Vital em Ravenna Pintura A pintura bizantina não teve grande desenvolvimento, pois, assim como a escultura, sofreu forte obstáculo devido ao movimento iconoclasta (seita religiosa do séc. VIII que proscrevia o culto das imagens). Encontramos três elementos distintos: • os ícones, pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Maria, de Cristo ou de santos( página 76); • as miniaturas, pinturas usadas nas ilustrações dos livros, portanto vinculadas com a temática da obra; • e os afrescos, técnica de pintura mural onde a tinta era aplicada no revestimento das paredes, ainda úmidos, garantindo sua fixação. Algumas de suas características: • Frontalidade: representação frontal das pessoas, levando o espectador a uma postura de respeito e veneração. • Hieratismo: Desproporção entre as figuras, como critério de representação associado à importância religiosa. • Isodactilia: dedos das mãos do mesmo tamanho representando sofrimento e perdão. • Isocefalia: Padrão artístico que alinha as cabeças na mesma altura. • • • • • • • Características das imagens: Pescoços longos e finos Técnicas: Têmpera (brilhante) método de pintura no qual os pigmentos de terra são misturados a um “colante”, uma emulsão de água e gemas de ovo ou ovos inteiros (às vezes cola ou leite) ou encáustica (fosca) é uma técnica de pintura que se caracteriza pelo uso da cera como aglutinante dos pigmentos e pela mistura densa e cremosa. A pintura é aplicada com pincel ou com uma espátula quente, Imagens sagradas e personalidades oficiais em plena comunhão, Suporte: madeira ou placa de metal coberta com uma camada de dourado, Peles descoloridas e expressões estilizadas demonstrando a fragilidade humana diante de Deus, Utilização de pedras preciosas e jóias verdadeiras para ornamentar pinturas, esculturas e mosaicos, Simbolismo das cores (página 81): Ouro e ocre- poder material Azul – poder espiritual Verde – renovação do espírito Roxo – poder do imperador Marrom – terra e humildade Vermelho – martírio de Deus. Mosaico O mosaico é expressão máxima da arte bizantina e não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores. Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem inclusive os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados. Página 79 Partidários de um profundo respeito pelo ambiente arquitetônico, adotando soluções de clara matriz decorativa, os masaístas chegaram a resultados onde existe uma certa parte de estudo direto da natureza. As cores vivas e a possibilidade de colocação sobre qualquer superfície e a duração dos materiais levaram a que os mosaicos viessem a prevalecer sobre a pintura. Nos séculos seguintes, tornar-se-ão essenciais para medir a ampliação das primeiras igrejas cristãs. A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina, elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada imensas cúpulas, criando-se prédios enormes e espaçosos totalmente decorados. A Igreja de Santa Sofia (Sofia = Sabedoria), na hoje Istambul, foi um dos maiores triunfos da nova técnica bizantina, projetada pelos arquitetos Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto, ela possui uma cúpula de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos.Tal método tornou a cúpula extremamente elevada, sugerindo, por associação à abóbada celeste, sentimentos de universalidade e poder absoluto. Apresenta pinturas nas paredes, colunas com capitel ricamente decorado com mosaicos e o chão de mármore polido (página 78). Esquema Santa Sophia Toda essa atração por decoração aliada à prevenção que os cristãos tinham contra a estatuária que lembrava de imediato o paganismo romano, afasta o gosto pela forma e conseqüentemente a escultura não teve tanto destaque neste período. O que se encontra restringe-se a baixos relevos acoplados à decoração. Questões 1. Escreva pequenos textos sobre as questões a seguir: a) Explique com que objetivo a Arte Bizantina, assim como a Arte Egípcia, seguia determinadas convenções. Descreva algumas dessas convenções e dê exemplos. b) De que modo o compromisso da arte com a religião e com o Império se manifestou na representação dos personagens? Referências Bibliográficas: • • • • www.historiadaarte.com.br PROENÇA, Graça. História da Arte www.infoescola.com.br www.brasilescola.com.br PESQUISA E PROJETO: DANIELA DE BRITO
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