Perda Auditiva Ocupacional
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Perda Auditiva Ocupacional
Perda Auditiva Ocupacional Profa. Ms. Angélica Pezzin Palheta Fatores para a Perda Auditiva Ocupacional Agentes físicos: Agentes químicos: ruído, vibrações, radiações, temperaturas extremas, pressões anormais, umidade; solventes, fumos metálicos, gases asfixiantes Agentes biológicos: vírus, bactérias, fungos Fatores para a Perda Auditiva Ocupacional Agentes ergonômicos: horas extras, sobrecargas, esforço físico, estresse psíquico Riscos endógenos: do próprio indivíduo Agentes físicos: Vibração : Trabalhadores expostos ao ruído e a vibração têm maior probabilidade de desenvolver perda auditiva. Vibração de corpo inteiro: alterações na circulação sanguínea da OI redução temporária do limiar auditivo entre as frequências de 2 e 4KHz. Agentes físicos: Temperatura: aumento de 10oC causa MTLA de 5 a 10 dB de 4 a 8 KHz (Barbayan, 1991) Agentes Químicos: Atsdr, 1993; Barregard & Axelsson, 1984; Bencko & Symon, 1977; Discalzi et al., 1993; Jacobsen et al., 1993; Kurland et al., 1960; Morata et al., 1993; Schwartz & Otto, 1987 produtos químicos como solventes e metais podem causar uma perda auditiva independente da presença ou ausência de ruído Agentes Químicos: Solventes Orgânicos Ototóxicos Dissulfeto de carbono Tolueno Xileno Estireno Tricloroetileno Misturas de solventes Agentes Químicos: Gases asfixiantes ototóxicos Gás sulfídrico Arsênico Cádmio Metais pesados Chumbo Manganês Mercúrio Agentes ergonômicos: Horas extras: Maior tempo de exposição ao ruído e risco de PAINPSE Esforço físico excessivo: Deprime a ação do reflexo estapediano e potencializa o efeito da MTLA frente ao ruído Modificações metabólicas desencadeadas (COLLETTI et al, 1991) Riscos endógenos: TOPPILA et al, 2001 Indivíduos num mesmo ambiente de trabalho e sob as mesmas condições de exposição a ruído, poderiam reagir diferentemente, de acordo com: fatores psicológicos nível de estresse horas de sono alteração no ciclo circadiano e tolerância subjetiva ao ruído idade nível de colesterol HA problemas de saúde (hábitos como tabagismo e alcoolismo e por uso de medicamentos como analgésicos) Riscos endógenos: Shapiro,1959 Anatomia da orelha Quanto maior a freqüência de ressonância do CAE maior será a suscetibilidade para PAINPSE ou MTL Wellseschik & Kopert,1980; Müller & Richartz,1989 Gênero Mulheres são menos suscetíveis que os homens Riscos endógenos: Carter,1980; Macedo,2003 Attias & Pratt,1985; correlação entre a melanina, a íris e a estria vascular Quanto mais claros os olhos maior o risco de adquirir PAINPSE Tota e Bocci,1967 trabalhadores negros possuem melhores limiares auditivos em 4 kHz quando comparados aos brancos presença da melanina diminui a suscetibilidade Riscos endógenos: Siegelaub et al., 1974; Barone et al., 1987; Cruickshans, 1999 Tabagismo Diminui a oxigenação coclear Sinergismo: ruído e fumo Ribeiro e cols., 2007 Uso excessivo do álcool por longo período de tempo pode causar prejuízo à função coclear, especificamente às células ciliadas externas Riscos endógenos: Gonçalves e cols., 2009 Idade e ruído são aditivos, o efeito de ambos se sobrepõe na cóclea lesando as células ciliadas Talbott et al., 1985 hipertensão arterial sistêmica aumento da pressão sanguínea coclear Riscos endógenos: Laurell & Noriega, 1987 Trabalhadores com maior tempo de trabalho apresentam uma prevalência significativamente maior de várias patologias RUÍDO EFEITOS PARA A SAÚDE! EFEITOS NÃO AUDITIVOS Diminuição do rendimento e da concentração Hipertensão arterial Ansiedade e irritabilidade Fadiga Insônia Nervosismo Cefaléia Alterações circulatórias, da visão, gastrointestinais RUÍDO EFEITOS PARA A SAÚDE! EFEITOS AUDITIVOS Perda Auditiva Induzida por níveis de pressão sonora elevados Mudança Temporária do Limiar Auditivo Trauma Acústico Trauma Acústico Perda auditiva súbita causada por uma única exposição à ruídos muito altos (explosão ou detonação). Zumbido imediato, podendo acontecer ruptura do tímpano, hemorragia ou danos à cadeia ossicular. Mudança Temporária do Limiar Auditivo (MTL) Perda auditiva temporária Suscetibilidade individual Tempo de exposição Intensidade e freqüência do ruído A audição volta ao normal após algum tempo longe do ruído ou após o chamado repouso acústico. Zumbido após a exposição a um ruído alto pode ser sinal de perda temporária. PAINPSE Perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados PAINPSE Sinais quase imperceptíveis: Zumbidos durante ou após a exposição a NPSE Dificuldade de manter uma conversação normal Sensação dos sons estarem abafados PAINPSE Intolerância a sons intensos e zumbido Comprometendo da inteligibilidade da fala em prejuízo do processo de comunicação Raramente leva à perda auditiva profunda Sinais e sintomas (Seligman, 2001) Auditivos: Perda auditiva Zumbidos Dificuldades no entendimento de fala Sintomas auditivos menos freqüentes: algiacusia, sensação de audição “abafada”, dificuldade na localização da fonte sonora Sinais e sintomas (Seligman, 2001) Zumbidos Steinmetz e col., 2009: zumbido bilateral (46%), do tipo chiado (40%) de intensidade média (49%), com tempo de instalação do sintoma entre um a cinco anos (67%), sendo sua freqüência semanal (41%) e a noite o período que mais perturba (34%). Dias e Cordeiro, 2008 interação estatística entre perda auditiva e zumbidos quanto maior o déficit auditivo, maior será o incômodo provocado pelo zumbido Sinais e sintomas (Seligman, 2001) Não-auditivos: Transtornos da comunicação Alterações do sono Transtornos neurológicos Transtornos vestibulares Transtornos digestivos Transtornos comportamentais Transtornos cardiovasculares Transtornos hormonais Consequências da PAINPSE na vida do Trabalhador Ambiente familiar: desentendimentos, insatisfação e aborrecimentos. Vida social: isolamento frente ao grupo e redução na sua participação social, como nas atividades de lazer, etc. Consequências da PAINPSE na vida do Trabalhador Ambiente de trabalho: (Magni, 1988) risco de acidentes de trabalho dificuldades na execução de tarefas instruídas verbalmente restrição na oportunidade de promoção profissional Consequências da PAINPSE (Hètu, Lalande e Getty, 1987) Percepção ambiental: dificuldades para ouvir sons de alarme, sons domésticos; dificuldade para compreender a fala em grandes salas (igrejas, festas); necessidade de alto volume de televisão e rádio Consequências da PAINPSE (Hètu, Lalande e Getty, 1987) Problemas de comunicação: em grupos, lugares ruidosos, carro, ônibus, telefone Obrigada! 10 de Novembro - Dia nacional de prevenção e combate à surdez
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