manejo da linfadenomegalia perifrica em adultos
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manejo da linfadenomegalia perifrica em adultos
ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR Manejo da linfadenomegalia periférica em adultos Dr Ricardo Vieira Hematologista pelo HC-FMUSP Medico hematologista do HEMOCE Crato Introdução Linfonodos acima de 1 cm de diâmetro são potencialmente patológicos Grande variedade de causas Neoplásicas Inflamatórias Infecciosas Auto-imunes Medicamentosas Introdução Linfonodos podem ser normalmente palpáveis na região inguinal e no pescoço (após infecções de vias aéreas superiores) Classificação didática Generalizada Localizada Sistema linfático Linfadenopatia localizada Cervical Anterior Infecções de cabeça e pescoço EBV, CMV, Toxo Posterior EBV, TB Linfoma e cânceres de cabeça e pescoço Linfonodos que evoluem com flutuação Em poucos dias: Estafilococos ou estreptococos Em semanas a meses: Tb, micobacterias atípicas, doença da arranhadura do gato Linfadenopatia localizada Supraclavicular Alto risco de malignidade Lado direito Mediastino, pulmões esôfago Lado esquerdo Neoplasias intra-abdominais Linfadenopatia localizada Axilar Drenagem do braço, parede torácica e mamas Infecções: Doença da arranhadura do gato Proteses de silicone Mais de 50% são neoplásicos Epitroclear Sempre patológicos Diagnóstico diferencial Infecções do antebraço e mão, linfoma, sarcoidose, tularemia, sífilis secundária Linfadenopatia localizada Inguinal Infecções de MMII, DST, cânceres Neoplásicos Pele, colo de útero, vulva, pênis, ânus, ovário. Linfadenopatia generalizada Causas infecciosas HIV Comum na síndrome retroviral aguda Geralmente não dolorosos e envolvendo região cervical, axilar e occipital Tuberculose Linfonodos não dolorosos que aumentam de tamanho ao longo de meses sem sintomas sistêmicos proeminentes Comumente evoluem para flutuação ou fistulização Linfadenopatia generalizada Causas infecciosas Mononucleose infecciosa Febre, faringite e linfadenopatia Geralmente cervical, porém pode haver acometimento axilar e inguinal Linfadenopatia generalizada Doenças auto-imunes LES 50% dos pacientes com LES evoluem com linfadenopatia Geralmente acontece ao diagnóstico ou nas exacerbações da doença Mais comum em regiões inguinal, axilar e cervical Linfadenopatia generalizada Drogas relacionadas a doença do soro Alopurinol, barbitúricos, penicilinas, cefalosporinas, sulfonamidas, rituximab, ibuprofeno, glubulina anti-timocitica, etc Fenitoína Causas incomuns Doença de Castleman Hiperplasia linfoide angiofolicular Linfadenopatia + Sintomas sistêmicos Unicêntrico Febre, hepatomegalia, esplenomegalia Tratamento cirúrgico Multicêntrico Tratamento quimioterápico Causas incomuns Doença de Kikuchi Doença beningna rara Mais comum em mulheres jovens Linfadenopatia cervical e febre Doença de Kawasaki Vasculite mais comum na infância Febre, linfadenopatia cervical, conjuntivite, mucosite, rash, aneurismas coronarianos Causas incomuns Pseudotumor inflamatório Linfadenopatia localizada em um ou mais grupos Frequentemente associada a sintomas sistêmicos Biopsia com padrão inflamatório e fibrosante Doença de Kimura Linfadenopatia cervical Geralmente associada a níveis elevados de IgE e eosinofilia Anamnese Sintomas localizatórios de infecção ou malignidade Exposições – contato com animais, viagens, comportamento de risco Sintomas constitucionais – Febre, sudorese noturna, perda de peso, tosse Medicações em uso Exame físico Aspectos a serem observados Localização Tamanho <1cm: Risco de malignidade próximo de zero 1-2,2cm: Risco de malignidade de cerca de 8% >2,2cm: Risco de malignidade de cerca de 38% Consistência Aderência a planos profundos Dor à palpação Exames complementares Hemograma completo LDH, VHS, PCR Sorologias – HIV, CMV, EBV, TOXO PPD Exames de Imagem Úteis para definição de extensão da doença e tamanho Acrescentam pouco ao diagnóstico Úteis para guiar biópsias e no estadiamento de neoplasias Biópsias PAAF Amostra citológica Úteis na definição de recidiva de neoplasias Conseguem definição diagnóstica completa em apenas cerca de 30% dos casos Biópsia aberta Permite adequada análise tecidual Permite realização de testes adicionais (imunohistoquímica, PCR, etc) Quando a linfadenopatia for generalizada , deve-se dar preferência para a excisão de linfonodo supraclavicular ou cervical Estratégia de observação Útil quando não há outros sinais e sintomas de malignidade Obervação por 3-4 semanas não tem impacto prognóstico mesmo se o diagnóstico for de câncer Linfadenomegalias que não se resolvem espontaneamente neste período devem ser biospiadas Caso Clinico 1 Homem, 35 anos, percebeu há cerca de 2 semanas adenomegalia em região inguinal direita e procurou atendimento médico. Negava quaisquer outros sintomas associados. Ao Exame Físico havia linfonodo palpável de cerca de 3,5cm, de consistência algo endurecida e aderida a planos profundos. Caso Clinico 1 O que fazer? Biópsia: Carcinoma espino-celular Busca de tumores em regiões cuja drenagem linfática vai para região inguinal Pele Região genital Inspeção normal Inspeção normal Anuscopia Lesão tumoral em canal anal Caso Clinico 2 Criança de 3 anos com história de amigdalite há 1 semana, queixa-se de surgimento de adenomegalias bilaterais e dolorosas. Refere ter tido o mesmo quadro anteriormente em outras infecções respiratórias que teve no passado. Sem outras queixas sistêmicas. Ao Exame Físico há adenomegalias de até 1,3cm em região cervical bilateral, de consistência móvel e pouco dolorosa. Caso Clinico 2 O que fazer? Seguimento clínico e reavaliação em 1 mês Orientar os pais de que trata-se de quadro reacional e que vai regredir espontaneamente
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