Cotidiano - Agir e Calar
Transcrição
Cotidiano - Agir e Calar
Ano XXXIV - Nº 1 - Edição 95 Agosto de 2008 Epesmel cuidando da vida Sobre inteligências Entrevista Pe. Ricardo Testa Seu caminho de formação inicial Preparação para os Votos Perpétuos na Itália A alegria como meio de promover a fraternidade Causa de beatificação e canonização do Pe. João Schiavo VIDA A SER PROTEGIDA desenvolvida, promovida, resgatada e recuperada Solidariedade: a forma mais linda de amar! Conheça o Projeto Social da Rede Murialdo que está mais perto de você. Seja responsável e solidário fazendo uma criança feliz. 2 Entrevista Pe. Ricardo Testa Ordenação Sacerdotal 4 Cotidiano Editorial Novos tempos, novas respostas Agir&Calar: Lema e Revista. Agora toda colorida, renovada, atraente e consistente. Trata-se de um belo presente à Família Murialdo e aos nossos amigos. Fruto da participação de muitos, pensada, sistematizada e coordenada por uma equipe, a revista foi impressa na Gráfica Murialdo. Ela revela um pouco do muito do agir das obras dos Josefinos de Murialdo no Brasil. Convidamos os leitores a tomar na mão este presente, abri-lo e, em cada página, descobrir e se alegrar com as boas notícias. Como acontece numa família, a revista apresenta a vida de quem chega e de quem parte; mostra o cotidiano das pessoas e obras, lá onde é tecido e concretizado o sonho de Murialdo; revela as marcas do que se foi de algumas que requerem novas respostas; descreve o que está dando certo e projeta novidades futuras. Merece destaque o desafiante setor da formação inicial, suas novas sedes, a construção de três novos centros vocacionais, as ordenações diaconais e sacerdotais e a entrevista com o novo sacerdote, Pe. Ricardo Testa. Vale a pena conferir e aprofundar o artigo Sobre Inteligências que trata de um tema emergente, oportuno e importante para entender o tempo presente. Comunicamos que, a partir de 2008, a Revista Agir&Calar terá duas edições, uma no segundo e outra no terceiro quadrimestre, sendo que no primeiro será publicada a revista Relatório Social do Instituto Leonardo Murialdo. Por fim, desejo a todos os leitores muita esperança e ternura. Ergamos a cabeça e vislumbremos o horizonte. Sejamos pessoas de fé diante dos desafios e da miséria. Não esqueçamos que gestos de solidariedade e entre-ajuda surgem, por toda a parte, tornando o mundo mais justo e fraterno. A presente revista está recheada de belos exemplos. Boa leitura! Deus lhes abençoe. Um Seminário em transição Festa de Santa Rita de Cássia Epesmel cuidando da vida PoA - Projetos Integrados Prêmio de Responsabilidade Social Seminário Murialdino 7 9 10 13 14 15 Formação Escolasticado em Brasília Curso para Votos Perpétuos Teologado Internacional 16 17 20 Capa Uma experiência formativa 18 Ponto de Vista Sobre inteligências Espírito Missionário Alegria promove a fraternidade 21 22 24 Marcas do que se foi 80 anos dos Josefinos Beatificação de Pe. João Schiavo 26 28 Flashes Animação Vocacional Ordenação Diaconal e Sacerdotal Jornada Mundial da Juventude Na Casa do Pai 29 30 31 32 Dicas Dica de filme Dica de livro 33 33 Curiosidades Por que piscamos? A pior dor do mundo 34 34 Pe. Raimundo Pauletti Provincial Reflexão O Anel Revista da Província Brasileira Josefinos de Murialdo Ano XXXIV - Edição 95 - Número 1 Agosto de 2008 Provincial Pe. Raimundo Pauletti Equipe Técnica Pe. Joacir Della Giustina Pe. Marcionei M. da Silva Jornalista Responsável Bernardete Chiesa - MTb 10187 35 Projeto Gráfico Júlio César Rodrigues Bernardete Chiesa Revisão Thaís Nascimento Editoração e Impressão Gráfica Murialdo [email protected] Fone: (54) 3221.1422 Nosso Endereço Casa Provincial - Rua Hércules Galló, 515 Bairro Centro - 95020.330 - Caxias do Sul - RS 3 Pe. Ricardo Testa foi ordenado no dia 27 de Julho A vida comunitária hoje é respeitar o outro e viver a relação de irmãos Ricardo Testa, ordenado no dia 27 de julho de 2008 em Fagundes Varela – RS, tem como lema sacerdotal “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi.” (Jo15,16). Nasceu em Fagundes Varela e é filho de Antonio Testa (In memorian) e de Edilia Dondi Testa. Ingressou no Seminário em 1995 e, no dia 04 de janeiro de 2007, emitiu a Profissão Perpétua. No dia 23 de junho de 2007 foi ordenado Diácono em Londrina, PR. Pe. Ricardo seguiu em missão na província da Argentina-Chile. Emocionado, ele conversou com a redação do Agir&Calar. Confira: C omo está sendo este ano de ordenação diaconal e sacerdotal? Pe. Ricardo: Primeiramente, gostaria de agradecer a oportunidade de falar um pouco da minha vida, da minha escolha vocacional, do caminho percorrido até então, das dificuldades, das descobertas, dos encontros e desencontros no processo formativo, da ação de Deus em minha vida. No dia 23 de junho de 2008 completou um ano da minha ordenação diaconal. Foi um ano de 4 descobertas, serviço litúrgico e pastoral na Igreja no jeito josefino de ser. Resumiria-o como aprendizagem e muita observação em vista do sacramento do sacerdócio. Busco viver na prática os anos de descobertas acadêmicas e aquilo que a vida religiosa propõe. Qual o seu lema sacerdotal? De onde ele nasceu? Você se inspirou em alguma passagem bíblica? Pe. Ricardo: Sim, a minha inspiração foi o evangelista João que, provavelmente, na sua caminhada do ser chamado à vida cristã e movido pela experiência do Deus Conosco, o Deus do Amor, tenha chegado a essa compreensão. “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi.” (Jo15,16). A escolha do lema é também fruto daquilo que pude experimentar na caminhada vocacional. As nossas posições, as certezas pessoais, as nossas escolhas, o próprio chamado parecem não sustentar-se sem que se faça a experiência de estar com Deus, de quanto ele nos ama e de descobrir a ENTREVISTA com Pe. Ricardo Testa sua vontade, compreendida na dinâmica comunitária e no apostolado com os jovens. Por que você decidiu ser padre, além de religioso? Pe. Ricardo: A resposta da pergunta acima é a base teológica para essa pergunta. Isto é, o cristão é convidado a responder o chamado que Deus faz a cada um de nós. Penso que a decisão aconteceu devido a vários fatores: das experiências autênticas do ser cristão; das respostas dentro do plano formativo; do crescimento e amadurecimento pessoal; do sim dado a Deus em testemunhá-lo aos outros; do desejo de transmitir a misericórdia e o perdão de Deus àqueles que não se acham dignos; dar forças aos fracos, aqueles que sofrem; elevar a Deus a vida do povo atualizando o memorial da páscoa de Cristo. Como padre, o que gostaria de realizar enquanto Josefino? Pe. Ricardo: Não tenho grandes pretensões. As minhas limitações e qualidades podem servir no apostolado educativo ou na área da educação. Mas sou uma pessoa aberta e, quando nos colocamos a serviço, a vontade de Deus nos provoca. Como foi a preparação aos votos perpétuos na Itália? O que gostaria de destacar? Pe. Ricardo: Foi uma experiência ímpar. Participei do primeiro grupo, da primeira experiência nesta preparação aos votos perpétuos, apesar de estar lá como Diácono. Destacaria essa bela tentativa da Congregação impulsionada pelas idéias do Capítulo Geral em diminuir as distâncias entre as pessoas que vivem os mesmos ideais. Destaco também a forma respeitosa e familiar que fui acolhido; a atualização e maior compreensão do nosso carisma. Como e quando você decidiu ser Josefino? Teve alguém que lhe motivou de modo especial? Pe. Ricardo: Seria um pouco difícil dizer como decidi ser josefino, aqui entramos numa “realidade mistérica”. Me sentia provocado nas visitas vocacionais na escola Pe. Ângelo Mônaco onde estudava. Fui conhecer o seminário diocesano em Caxias do Sul quando tinha 16 anos. Tive também vontade de conhecer os irmãos Maristas. Enfim, desde os 12 ou 13 anos sentia o chamado a ser padre. Essas provocações alguns colegas também sentiam; enquanto isso trabalhava e estudava. Após a crisma me afastei da Igreja por uns 2 ou 3 anos, vivendo minha adolescência como todos os jovens da minha cidade, hoje grandes amigos. Quando concluí o ensino fundamental e também parecia ter passado o período mais turbulento da adolescência, talvez mais maduro quanto aos questionamentos de o que ser no futuro, comentava com as pessoas onde trabalhava e com meus familiares que iria para o seminário, mas não sabia qual. Até que uma pessoa me disse que conhecia um padre jovem, que usava cabelos um pouco longos e barba e entrou em contato com o Pe. Dirceu Rigo. Ele veio me visitar no trabalho, gostei dele, do seu estilo, da sua jovialidade, simplicidade e acolhida. O Pe. Gabriel também visitou a minha família; pedi demissão do meu emprego, já estava com 17 anos. Pe. Ricardo: Meu primeiro formador foi o Pe. Gabriel, sempre muito atencioso comigo e com minha caminhada vocacional. Tive algumas dificuldades em adaptar-me à vida de seminário, longe dos amigos, da família... O ritmo dos meus colegas que já viviam no seminário pelo menos três anos era diferente do meu ritmo de vida. No início eu ficava literalmente perdido com os horários e com a ocupação do tempo. Meu segundo formador, ainda no ensino médio, foi o Pe. Adelar Dias, que procurava conversar comigo e com meus colegas regularmente, fiz uma bela amizade com ele. Sabia respeitar o meu ritmo, as minhas dúvidas e os meus comportamentos. No meu segundo ano de seminário, a comunidade formativa de Ana Rech questionava o meu jeito de ser, as minhas atitudes, e com justiça porque, como disse, meu ritmo de vida e experiências eram totalmente diferentes do perfil de seminarista visto até então. Lembro que, na época, conversei com Pe. Raimundo, atual provincial, e Pe. Celmo, atual geral da Congregação. Tive muita ajuda do Pe. Dirceu Rigo e do Pe. Adelar. Passei a ajudar o Irmão Valdomiro no Centro Técnico Social, Caxias do Sul. Aos finais de semana jogava futebol no campeonato de Flores da Cunha pela equipe de Otávio Rocha. Foi uma experiência muito importante para minha caminhada e concluí o ensino médio. Depois, fui a Porto alegre iniciar a filosofia. Juntamente com os estudos, marcava presença no Colégio Murialdo todas as tardes, fiz belíssimas amizades e comecei a compreender melhor o carisma de nossa congregação. No magistério em Fazenda Souza, com meu amigo e formador padre Dirceu, foram anos de muito trabalho, de estudos com a especialização na área educativa e de maior firmeza na caminhada “...quando nos colocamos a serviço, a vontade de Deus nos provoca.” Quando entrou no Seminário? Onde foi? Pe. Ricardo: Entrei no seminário no dia 07 de março de 1995, em Ana Rech, Caxias do Sul. Partilhe sobre o seu processo formativo. Onde começou, os passos, formadores, colegas... 5 ENTREVISTA com Pe. Ricardo Testa vocacional. Ajudava como assistente na formação. Aos finais de semana jogava futebol no time do Minuano e depois no Carapiaí. Do magistério para teologia: encontrei em Londrina - PR um ambiente agradabilíssimo, mas nesse momento já não tinha mais nenhum colega de seminário e nem de noviciado. Em Londrina eu era o único brasileiro estudante. Meus colegas foram Pe. Rosário, Pe. Paulo Mateus e Pe. Michael, com quem fiz uma impressionante amizade e companheirismo. Meu formador em Londrina foi Pe. Vilcionei por 2 anos, depois Pe. Carlos por um ano e Pe. Esvildo no meu último ano, com quem me identifiquei durante os anos de teologia. Na teologia tive crises e questionamentos, mas encontrei nos formadores uma grande ajuda. Minha fé e meus princípios finalmente amadureceram e pude superar as dificuldades confiando e recebendo as graças de Deus. riedade, viver concretamente a proposta de ser uma bem unida família, de difundir sempre mais o carisma de São Leonardo Murialdo como dom de Deus, possível de ser vivido a todos quanto forem chamados, dar maior atenção à formação e aos aspectos econômicos e administrativos. Pe. Ricardo: Opa! Identifico-me muito com todos meus irmãos e com minha mãe; deixamos ela quase louca. Somos distantes geograficamente, mas somos muito próximos em espírito, vontades, manifestações generosas; compartilhamos alegrias; somos felizes; vivemos o espírito de irmãos, independente da condição social. Onde você encontra forças para superar as dificuldades? Gostaria de dar destaque especial para minha mãe que foi uma lutadora e nos deu o mais importante: carinho, amor, cuidado, respeito... Ela nos ensinou a voar bem cedo. Pe. Ricardo: Na fé! Aqui caberia uma reflexão talvez mais exata ou detalhada do que se entende por dificuldades, quem sabe numa próxima entrevista. O problema da dificuldade não está na impotência de superá-la ou de quão difícil se apresenta, mas sim no momento existencial em que vivemos. Portanto, essa resposta vou deixar a cada leitor como um desafio de encontrar os próprios mecanismos para enfrentar as dificuldades. Tenho admiração pelos confrades e pela diversidade de pessoas que procuram viver o mesmo carisma deixado por São Leonardo Murialdo; independente da forma de ser de cada um, pois somos nós que formamos a congregação. Não tenho grandes conhecimentos para falar dos desafios de toda a Congregação, mas, parecem ser o cuidado e o respeito para cada confrade, a abertura para missiona- 6 Pe. Ricardo: O respeito entre os confrades. Somos irmãos, mas não somos iguais. Tentar viver as relações da maneira mais autêntica possível. Viver um grande carisma a partir dos carismas pessoais. Relacionar-se a partir daquilo que somos e não daquilo que exercemos e, é claro, formar comunhão na oração, no trabalho, nas refeições, no lazer... Como surgiu o interesse em ser Josefino? O que mais admira da Congregação e, no seu ver, quais os maiores desafios que hoje ela enfrenta? Pe. Ricardo: O interesse em ser Josefino foi um processo lento e influenciado por alguns fatores como: o todo da proposta do carisma, a simplicidade e o espírito de família com que os confrades e membros da Família de Murialdo se relacionam, a atualidade e aplicabilidade do Carisma em nossos dias, a missão da Congregação e, ultimamente, as novidades propostas pelo Capítulo Geral. Destaque alguns pontos dos quais você não abre mão da Vida Religiosa. O que você gostaria de dizer à juventude brasileira e aos leitores do Agir&Calar? Pe. Ricardo: Às juventudes do Brasil quero dizer que Deus vos ama, por isso convido as juventudes a experimentarem esse amor na relação com o outro, especialmente com quem é mais necessitado. Pe. Ricardo: Tenho admiração pelos confrades e pela diversidade de pessoas que procuram viver o mesmo carisma Para você, vida comunitária é... Pe. Ricardo: Respeitar o outro, comprometer-se com ele e viver a relação de irmãos. Fale um pouco sobre sua família... Aos leitores: essas palavras muito simples mostram muito do que sou, aquilo que acredito; é assim que Deus me revela. Outras considerações... Pe. Ricardo: Recebi o convite do nosso superior geral, Pe. Mario Aldegani, a viver os primeiros anos do meu sacerdócio na província da Argentina-Chile. Aceitei o convite; conto com a oração de toda Família de Murialdo da província brasileira. COTIDIANO Pe. Cornélio Dall’Alba Um Seminário em transição UM SEMINÁRIO QUE É alo do Seminário São José de Orleans - SC. Lendo sua história, salta aos olhos a vitalidade que o animava em tempos passados. Salas de aula cheias a partir da quinta série que depois iam se selecionando e diminuindo ao passo que chegavam à oitava; pátios sempre borbulhantes de vozes adolescentes, dormitórios abarrotados de camas; concursos de declamação; trabalho estafante dos assistentes para lecionar, acompanhar nos estudos, nos pátios, na oração e no trabalho de manhã à noite. Sempre com pouquíssimo dinheiro para enfrentar tantos gastos. Recordo também da promoção vocacional que visitavam as escolas. Os meninos se encantavam pelo ideal sacerdotal ou, simplesmente, pelo seminário, apoiados pelos pais, que viam-no como um lugar privilegiado e barato para formar os filhos. Se não saíam padres, pelo menos saíam com certa instrução que lhes franqueavam depois qualquer porta para uma profissão mais lucrativa do que o trabalho braçal da roça. Nestes dias, quando da celebração do cinqüentenário de Rio Fortuna, um dos professores palestrantes fez um elogio ao Seminário, disse que não era só para formar sacerdotes, mas, para muitos, como para ele, um trampolim para escapar da enxada. Fundado em 1959, o Seminário São José, nos seus inícios, tinha apenas a terceira e quarta série primária, concluindo o ginásio em Fazenda Souza, Caxias do Sul - RS, no Seminário Josefino. Pouco depois o Seminário de Orleans teve condições de ter o ginásio e os seminaristas não precisaram mais ir para Fazenda Souza. Além dos seminaristas acolhia jovens de Orleans que procuravam uma formação mais aprimorada. O segundo grau era feito no Seminário de Araranguá, anexo ao Colégio Murialdo Mãe dos Homens. F Não podemos esquecer as movimentadas festas juninas com as rifas beneficentes com prêmios valiosos; nessa promoção uma equipe de festeiros e mais a população de Orleans e municípios vizinhos colaboravam. Era o “ganha pão” do Seminário. Não faltava a valorização da arte com o Festival Quentão da Canção. Por fim, o Seminário São José, acompanhando a evolução dos tempos, foi eliminando as primeiras séries do ensino fundamental, ficando apenas com o ensino médio. Com isso, o Seminário de Araranguá cessou de existir. O Seminário São José escreveu uma longa história (no ano que vem é o cinqüentenário de fundação), com páginas gloriosas, aproveitando a onda favorável de vocações. Dele saíram onze sacerdotes, um irmão, e uma multidão de ex-seminaristas. UM SEMINÁRIO QUE É O Seminário, de dois pisos, cresceu na parte edilícia. Hoje possui, além de salas de aula, amplos espaços para reuniões, festas e um Ginásio de Esportes, freqüentado diariamente por equipes de futebol de salão. A parte mais nobre do Seminário é, sem dúvida, a capela de São Leonardo Murialdo. O Seminário desfruta de um dos melhores lugares com visão panorâmica sobre a cidade, estendendo-se ao longe até a grandiosa serra geral. Mas o Seminário está passando por uma transformação. Para começar, conta com apenas dois seminaristas. Número inexpressivo para justificar a estrutura que tem. Para aproveitar os espaços, durante alguns anos o Seminário alugou os espaços para a FEBAVE (Fundação Educacional Barriga Verde). Depois da retirada da FEBAVE, entrou uma escola técnica – a SATC (Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina) – que fez um contrato de parceria com o Instituto São José e desenvolve seus cursos no período noturno. O Seminário, durante o dia, permanece ainda com seus espaços ociosos. Outro fato que veio afetar o Seminário foi a proibição de realizar festas em instituições de ensino. Assim se acabou a famosa Festa Junina; igualmente com a suspensão da rifa 7 COTIDIANO Pe. Cornélio Dall’Alba realizada por ocasião dessa festa. O Seminário sofreu um golpe não só do ponto de vista financeiro, mas também acabou de certa forma isolando-se do povo em geral. A parceria com a SATC, uma conceituada escola de capacitação profissional, certamente foi uma opção criteriosa, visto que, de certa forma, preserva o caráter escolar do Seminário. Uma Escola Profissional corresponde aos nossos ideais carismáticos. No futuro, talvez, poderá sediar uma escola diurna de ensino fundamental e médio. O Seminário de Orleans teve sempre características rurais: possui uma boa área de terra, em parte aproveitada para agricultura e criação de gado. Possui também malhas pequenas de eucaliptos e bosques. A área maior de mata nativa se encontra nos limites do terreno e em parte desce abruptamente até o rio Tubarão. Devido à pouca produtividade agropecuária, o número exíguo de seminaristas atual-mente, o Seminário resolveu terceirizar os terrenos para a agricultura, dar um destino mais lucrativo para o gado e os poucos suínos que ainda possui. A conservação da casa, assim como a manutenção dos ambientes externos ao redor do Seminário, já absorvem toda a mão de obra. PASTORAL DO SEMINÁRIO Especialmente nos finais de semana, os padres atendem às paróquias vizinhas e, em primeiro lugar, a paróquia de Orleans com a qual mantém um contrato anual. Mas ajuda também, quando solicitado as paróquias da redondeza: Urussanga, Lauro Müller, Rio Bonito, São Ludgero, Pedras Grandes. Na capela do Seminário há uma missa aos domingos para o público; é irradiada pela Rádio Nova Guarujá de Orleans. Todas as segundas-feiras, das seis às sete temos um programa na FM Luz e Vida da paróquia Santa Otília. E, diariamente, menos sábados e domingos, temos dois momentos na Rádio Nova Guarujá de Orleans: a oração do meio-dia e a oração da Ave Maria, às 18 horas. Além das missas, o Seminário é freqüentado por pessoas que pedem bênçãos. as portas. Os jovens não procuramno espontaneamente. O método é o de Jesus. Rezar, propor, chamar, provocar, incentivar, cultivar. E depois de ter feito tudo: somos servos inúteis... o que devíamos fazer, fizemos... É um momento em que devemos sondar os sinais dos tempos. Ver as luzes e sombras e começar. O caminho se faz caminhando. Na Diocese de Tubarão se está apostando nos coroinhas. É um bom começo. É uma opção. A Diocese faz uma série de estágios no Seminário; é uma luz que está nos dando pistas, que, por enquanto, parecem as mais viáveis. O nosso Seminário está procurando uma integração com a Equipe Diocesana de Animação Vocacional, aproveitando as oportunidades para um trabalho direto com jovens. Que Seminário será? A resposta só o tempo dirá. O Seminário está procurando a melhor forma para conservar o patrimônio e dar-lhe uma finalidade conforme o nosso carisma QUE SEMINÁRIO SERÁ? Eis a questão. O nó da questão. Uma coisa é certa. Se não houver animação vocacional, fatalmente o Seminário, como tal, vai ter que fechar PALAVRAS FINAIS Todas estas informações, acredito que possam servir para ter uma idéia do que é o Seminário São José hoje. As soluções acima expostas podem ser resumidas em dois pontos: Primeiro, a comunidade se empenha para fazer uma promoção vocacional que possa despertar vocações, para o Seminário manter sua identidade. Já se começou visitando escolas da região. Os resultados neste primeiro semestre são difíceis de perceber. Segundo, o Seminário está procurando a melhor forma para conservar o patrimônio e dar-lhe uma finalidade mais conforme ao nosso carisma para o bem da população de Orleans e municípios vizinhos. Pe. Cornélio Dall’Alba Diretor do Instituto São José – Seminário de Orleans - SC 8 COTIDIANO Kora Lopes Milhares de pessoas participaram da missa festiva presidida pelo pároco Pe. Dirceu e concelebrada pelos Padres Jacó, Roberto e Sérgio Murilo Festa de Santa Rita de Cássia reúne milhares de devotos E m Planaltina – DF, a Paróquia Santa Rita de Cássia, a maior da cidade, cujo Pároco é o Padre Dirceu Rigo, fez da festa de sua Padroeira um grande tempo de evangelização que começou 72 dias antes da novena, quando foi realizada a “Coroa de Santa Rita” em casas de paroquianos. Um número muito grande de devotos participou com muita devoção e entusiasmo em todas as comunidades da paróquia: São Leonardo Murialdo, Imaculada, São José e São Francisco. O “Giro de Santa Rita”, que tem caráter evangelizador e foi realizado nas comunidades em todos os sábados dos meses de março e abril, mereceu destaque. Além de evangelizar as famílias, arrecadou alimentos destinados às cestas básicas para serem doadas às pessoas carentes da Paróquia. Em maio, que é consagrado à Maria, Mãe de Jesus, esta Paróquia tem mais um significado importante. É o mês em que se comemora o nascimento de Santa Rita de Cássia, no dia 22 de maio. Este ano a festa foi marcada por muitas inovações que fizeram com que os devotos se motivassem ainda mais a participarem de todas as atividades que tiveram início com a missa de envio da novena, realizada na matriz de Santa Rita no dia 12 de maio. A grande mudança foi o envolvimento de todas as comunidades na novena iniciada no dia 13 de maio na capela de São Leonardo Murialdo. No 2º, 3º e 4º dia foi realizada, respectivamente, nas capelas de São José, da Imaculada e de São Francisco, promovendo, assim, o entrosamento de toda a Paróquia de Santa Rita de Cássia, um dos objetivos do Pároco Pe. Dirceu. 9 COTIDIANO Kora Lopes Nos demais dias, a novena foi realizada na Igreja de Santa Rita de Cássia, com a participação de todas as comunidades que se sentiram inseridas na festa de Santa Rita, tornando a Paróquia cada vez mais fortalecida na fé e na união. Além da parte religiosa foram feitas barraquinhas, rifas, bingos, etc. Na véspera da festa foi realizado, na matriz da paróquia, o “Ofício de Santa Rita” seguido por um saboroso café da manhã, oferecido pela Pastoral da Acolhida aos fiéis. A culminância da festa, porém, foi a missa campal, no pátio da velha igrejinha de Santa Rita, que ficou pequeno para a missa que foi concelebrada pelo Pároco Pe. Dirceu e pelos Padres Jacó, Roberto e Sérgio Murilo. O Pe. Dirceu, como sempre, usando o “Dom da Palavra” que Deus lhe deu, fez uma emocionada e brilhante homilia. Mas ainda faltava a surpresa prometida por ele durante toda a novena e missas que antecederam a festa. Este ano a festa foi marcada por muitas inovações que fizeram com que os devotos se motivassem ainda mais O ponto alto da festa, porém, foi o dia 22, dia de Santa Rita de Cássia, considerada “a Santa das Causas Impossíveis”. Às 5 horas da manhã os fiéis foram acordados com a “Alvorada Festiva”, quando fogos de artifício convidavam todos os devotos a participarem da grande festa daquele dia. Seguindo a programação, às 6 horas foi oferecido aos devotos um gostoso café da manhã pela Pastoral do Sagrado Coração de Jesus. Em seguida deu-se início à procissão motorizada que, ao som do trio elétrico e outros carros de som, seguiram a imagem de Santa Rita de Cássia ricamente ornamentada e acompanhada de criancinhas vestidas de Santa Rita – as ritinhas. Assim, após a comunhão, o Pe. Dirceu anunciou a grande surpresa pedindo a todos que se virassem para uma determinada direção. Todos se voltaram para a direção indicada e por traz de um muro foi surgindo e se elevando lentamente, bem para o alto, onde todos pudessem ver, uma paroquiana vestida como Santa Rita que durante, aproximadamente, 20 minutos falou aos devotos como se fora Santa Rita, com voz branda, como se fosse uma mãe carinhosa falando com seus filhos. Falou a cada segmento da sociedade ali presente: aos padres, às crianças, aos pais, esposas, esposos, desempregados, idosos, enfim, a todos levou uma mensagem de fé, de esperança e união, sempre enfatizando a vida de Santa Rita como um exemplo a ser seguido. Grande foi a emoção da multidão que em silêncio absoluto e às vezes em lágrimas se sentiu tocada pela mensagem que lhes era transmitida. Coroando este momento, fogos de artifício explodiram no ar por alguns minutos. Encerrando a festa daquele dia houve a bênção das rosas, o Kit de Santa Rita (Óleo, Água e Sal) e a escolha dos novos festeiros de Santa Rita de 2009. A festa, porém, só foi encerrada no dia 31 de maio com a coroação de sua imagem, como padroeira desta Paróquia e uma belíssima apresentação teatral da vida de Santa Rita cuja devoção aumenta a cada nova “Missa das Rosas”, celebrada todo dia 22 de cada mês. A procissão que, sem dúvida nenhuma, foi a maior de todos os anos, contou com, aproximadamente, 500 carros, algumas centenas de bicicletas e várias pessoas a pé. Percorreu as principais ruas de todas as comunidades da paróquia, levando a mensagem da Palavra de Deus a todos paroquianos. Ao fim da procissão, todos os automóveis e ciclistas receberam a bênção através da água benta aspergida pelos Padres Jacó e Pedro. 10 Procissão motorizada contou com carros, motos e bicicletas Kora Lopes Presidente da Academia Planaltinense de Letras COTIDIANO Pe. Carlos Wessler Epesmel cuidando da vida N este ano de 2008 a EPESMEL, Londrina, continua desenvolvendo sua missão com muito empenho, num fantástico trabalho em rede. No seu Programa Apoio Socioeducativo atende 210 crianças de 7 a 14 anos. No seu Programa de Profissionalização atende 520 adolescentes de 15 a 18 anos com os Cursos Auxiliar Administrativo, Confecção Industrial, Montagem, Configuração e Manutenção de Microcomputadores, Editoração Gráfica e Eletrotécnica Industrial. Ao concluírem os cursos eles serão encaminhados ao emprego como Aprendizes. No seu Programa Aprendiz, fundamentado na Lei Federal nº 10.097/2000 – Lei do Aprendiz (que garante todos os direitos trabalhistas para os adolescentes e jovens que se encontram na faixa etária entre 14 e 24 anos), está atendendo 450 aprendizes. Todos estão com carteira assinada e trabalhando em diversas empresas, autarquias, universidades e hospitais. O contrato de trabalho é especial, não podendo ultrapassar dois anos, sendo que grande parte destes são beneficiados com a contratação efetiva, deixando de ser aprendiz para fazer parte do quadro de contratados da empresa. Duas vezes ao mês eles têm encontros de formação da EPESMEL. Este programa é de total relevância para o município de Londrina. Causa um impacto social positivo na vida dos familiares e dos aprendizes, fortalece vínculos afetivos entre pais e filhos e contribui para a cidadania e autonomia financeira dos educandos. No seu Programa de Atendimento de Medidas Socioeducativas, executado através do Projeto Murialdo, atende por ano a média de 858 adolescentes autores de ato infracional. No seu Programa de Abordagem de Rua, através do projeto parceiro Sinal Verde, atende, acolhe e encaminha crianças, adolescentes e pessoas adultas que tiverem seus direitos violados e que estiverem em situação de vulnerabilidade social, permanecendo nas ruas à rede de proteção. O novo 11 &27,',$12 3H&DUORV:HVVOHU GHVVH 3URJUDPD p TXH LQLFLDPRV FLQFRWXUPDVGH3URILVVLRQDOL]DomRH *HUDomRGH5HQGDWUrVWXUPDVGH &RVWXUDHGXDVWXUPDVGH-DUGLQDJHP H3ODQWDV2UQDPHQWDLV 1R 3URJUDPD GH (VWDFLR QDPHQWR 5RWDWLYR =RQD $]XO DWHQGHPRV MRYHQV GH D DQRV2QRYRGHVWHSURMHWRpTXH HVWDUHPRV UHDOL]DQGR FXUVR GH SURILVVLRQDOL]DomRGH*$5d21D MRYHQV H IDPLOLDUHV GD =RQD $]XO 1D =RQD $]XO DFRQWHFHUDP DOJXPDV PXGDQoDV R FDUWmR GH HVWDFLRQDPHQWRSDVVRXDVHUSDJR DQWHFLSDGDPHQWH H FRORFDGR LQWHUQDPHQWH QR YHtFXOR IRUDP FUHGHQFLDGRVYiULRVSRVWRVSDUDD YHQGD DQWHFLSDGD GD FDUWHOD =RQD $]XO 1R PRPHQWR HVWmR VHQGR LQVWDODGDVQDVHGHGD=RQD$]XOWUrV FkPHUDV GH VHJXUDQoD &RP DV PXGDQoDVPHOKRURXRDWHQGLPHQWRH DVUHFHLWDV 1R VHX 3URJUDPD ³5H FRQVWUXLQGR D 9LGD DWUDYpV GRV (VSRUWHV´±(VFROLQKDGH)XWHERO DWHQGHFULDQoDVGHDDQRV $OJXQV DGROHVFHQWHV Mi IRUDP HQFDPLQKDGRVDFOXEHVGHIXWHERO (VWiHPHVWXGRXPDSRVVtYHOSDUFHULD FRPXPFOXEHGHIXWHEROGD+RODQGD 1R VHX 3URJUDPD 6RFLR IDPLOLDUDWHQGHIDPtOLDVGR%ROVD )DPtOLD H %HQHItFLR &RQWLQXDGR /LJDGR D HVVH SURJUDPD HVWDPRV LQLFLDQGR R 3URMHWR 3Uy -RYHP$GROHVFHQWHTXHYLVDDWHQGHU DGROHVFHQWHVGHDDQRV IRUPDQGR QD OLQKD GD FLGDGDQLD H LQWURGX]LQGR QD SURILVVLRQDOL]DomR 7DPEpP QD (3(60(/ HVWi DFRQWHFHQGR XP FXUVR GH SUR ILVVLRQDOL]DomRGH7HFHODJHPHP ILEUDV D SHVVRDV DGXOWDV HP SDUFHULD FRP D HPSUHVD /D &DVD (VWDPRV LQLFLDQGR R 3URJUDPD$WLWXGHFRQYrQLRFRPR *RYHUQR GR (VWDGR DWUDYpV GD 6HFUHWDULDGH(VWDGRGD&ULDQoDH -XYHQWXGH6(&-TXHFDSDFLWDUi SURILVVLRQDOPHQWHDGROHVFHQWHVGH DDQRVHP&RQIHFomR,QGXVWULDO H$X[LOLDU$GPLQLVWUDWLYR3RGHPRV GL]HU TXH HVWDPRV IHOL]HV SRUTXH VRPRVDPDGRVSRU'HXVHHVWDPRV DVHUYLoRGRV~OWLPRV 3H&DUORV$OEHUWR:HVVOHU 'LUHWRUGD(3(60(/ (XDSUHQGL (XDSUHQGLTXHDPHOKRUVDODGHDXODGRPXQGRHVWi DRVSpVGHXPDSHVVRDPDLVYHOKD (XDSUHQGLTXHVmRRVSHTXHQRVDFRQWHFLPHQWRV GLiULRVTXHWRUQDPDYLGDHVSHWDFXODU (XDSUHQGLTXHVHUJHQWLOpPDLVLPSRUWDQWHGRTXH HVWDUFHUWR (XDSUHQGLTXHGHEDL[RGDFDVFDJURVVDH[LVWHXPD SHVVRDTXHGHVHMDVHUDSUHFLDGDFRPSUHHQGLGDH DPDGD (XDSUHQGLTXHDOJXPDVYH]HVWXGRRTXHSUHFLVDPRV pGHXPDPmRSDUDVHJXUDUHXPFRUDomRSDUDQRV HQWHQGHU (XDSUHQGLTXHRVSDVVHLRVVLPSOHVFRPPHXSDLHP YROWDGRTXDUWHLUmRQDVQRLWHVGHYHUmRTXDQGRHX HUDFULDQoDIL]HUDPPDUDYLOKDVSDUDPLPTXDQGRPH WRUQHLDGXOWR (XDSUHQGLTXHGHYHUtDPRVVHUJUDWRVD'HXVSRU QmRQRVGDUWXGRTXHOKHSHGLPRV (X DSUHQGL TXH GLQKHLUR QmR FRPSUD FODVVH 12 (XDSUHQGLTXH'HXVQmRIH]WXGRQXPVyGLDRTXH PHID]SHQVDUTXHHXSRVVD" (X DSUHQGL TXH LJQRUDU RV IDWRV QmR RV DOWHUD (XDSUHQGLTXHTXDQGRYRFrSODQHMDVHQLYHODUFRP DOJXpPDSHQDVHVWiSHUPLWLQGRTXHHVVDSHVVRD FRQWLQXHDPDJRDUYRFr (XDSUHQGLTXHR$025HQmRR7(032pTXHFXUD WRGDVDVIHULGDV :LOOLDQ6KDNHVSHDUH &27,',$12 7KHPLV&DQHGD Trabalho Social do ILEM, em POA, desenvolve SURMHWRVLQWHJUDGRV 2,QVWLWXWR/HRQDUGR0XULDOGR± $3, DWXD QD UHJLmR /HVWH GH 3RUWR $OHJUHQR0RUURGD&UX]XPDGDV FRPXQLGDGHV PDLV FDUHQWHV H YXOQHUiYHLV GD UHJLmR $WXDQWH Ki TXDVHDQRVQHVWDFRPXQLGDGHR ,/(0FRQWDKRMHFRPRDWHQGLPHQWR GHFULDQoDVGH]HURDDQRVDGROHV FHQWHV MRYHQV DGXOWRV H LGRVRV DWUDYpV GH SURMHWRV FRPR &UHFKH 6$6( 6HUYLoR GH $SRLR 6RFLR HGXFDWLYR &HQWUR GH )RUPDomR 3URILVVLRQDO 7UDEDOKR (GXFDWLYR H MRYHPDSUHQGL]SUHSDUDomRSDUDR PHUFDGR GH WUDEDOKR 3URMHWR 7UDYHVVLDH0RUURGD&UX]SDUDD9LGD 7UDYHVVLD FRPR FRQWLQXLGDGH GR 6$6(HSUHSDUDomRSDUDR7UDEDOKR (GXFDWLYR H SURPRomR GR SURWDJRQLVPR MXYHQLO FRPR DomR FRQWLQXDGD DPSOLDGD 7HOHFHQWUR 6HUYLoR6RFLDOHRXWURV$LQVWLWXLomR WHP FRPR YLVmR VHU UHIHUrQFLD QD SURPRomR GD YLGD GH FULDQoDV DGROHVFHQWHVMRYHQVHVXDVIDPtOLDV DWXDQGR HP SURMHWRV LQWHJUDGRV H VXVWHQWiYHLV RSRUWXQL]DQGR XPD IRUPDomR LQWHJUDO TXH SRVVLELOLWH D YLYrQFLDGHYDORUHVKXPDQRVHFULVWmRV QR H[HUFtFLR GD SOHQD FLGDGDQLD 'HVHQYROYHXPDDomRVRFLDOFDSD] GHSHUPLWLUDRVDGROHVFHQWHVHMRYHQV GD iUHD YLYHQFLDU XPD H[SHULrQFLD KXPDQRFULVWm DWUDYpV GD HVFROD HVSRUWH OD]HU SURILVVLRQDOL]DomR DWHQGLPHQWRVRFLDOHUHOLJLRVR ³(GXFDU R FRUDomR´ RIHUHFHQGR DRV QRVVRV DWHQGLGRV SUHIHUHQFLDOPHQWHHPULVFRVRFLDOD JDUDQWLDGRVGLUHLWRVEiVLFRVYLVDQGR j IRUPDomR LQWHJUDO EXVFDQGR DV IDPtOLDVRXVHXVUHVSRQViYHLVSDUD TXHH[HUoDPFRPGLJQLGDGHVHXSDSHO GH FULDU HGXFDU H SURPRYHU LQWH JUDOPHQWH VHXV ILOKRV WHQGR FRPR ILORVRILD D ³(GXFDomR GR FRUDomR´ RQGH R HGXFDGRU p R IDFLOLWDGRU GD SHGDJRJLDGRDPRU 2GHVDILRGDHGXFDomRQR,/(0 pFRQVWUXLUDDXWRQRPLDSHVVRDOGD FULDQoDGRDGROHVFHQWHHGRMRYHP HPSREUHFLGR +iPXLWDVLPSDWLDGDSDUWHGR SRYR SHOD DomR GHVHQYROYLGD SHOR ,QVWLWXWR/HRQDUGR0XULDOGRDWUDYpV GHXPERPJUXSRGHSURILVVLRQDLVH HGXFDGRUHVVRFLDLV 7KHPLV&DQHGD &RRUGHQDGRUD3HGDJyJLFDGR &HQWUR,QIDQWLO0XULDOGR 13 COTIDIANO Diretor Pe. Joacir Della Giustina e educador Elo João Back na cerimônia de premiação Colégio Murialdo de Caxias do Sul recebe prêmio de Responsabilidade Social E m reconhecimento ao trabalho na área da Responsabilidade Social, o Colégio Murialdo recebeu, no dia 27 de maio, em São Paulo, o Prêmio Dr. Oswaldo Cruz – Educação e Responsabilidade Social/Ambiental. Participaram do evento o diretor, Pe. Joacir Della Giustina, e o educador Elo João Back que receberam o troféu e a placa de reconhecimento. O prêmio foi concedido pelo IBRASI – Instituto Brasileiro de Educação e Responsabilidade Sanitária e SBACE – Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino a Instituições e empresas que respeitam os conceitos fundamentais de saúde, educação e preservação do meio ambiente, promovendo ações positivas em prol da qualidade de vida do cidadão brasileiro. 14 Desde a sua origem, o Colégio tem práticas de inclusão social. Exemplo disso, são os sete alunos, em cada sala de aula do ensino fundamental, da Ação Social Murialdo, que estudam gratuitamente, totalizando 102 beneficiados. ESCOLA SOLIDÁRIA: O Colégio Murialdo de Caxias do Sul, pela segunda vez consecutiva, recebeu o Selo Escola Solidária que faz parte do programa “Faça Parte, Escola Solidária”. O Selo é bianual, símbolo de um processo de reconhecimento e identificação das escolas de educação básica que priorizam sua articulação com a comunidade por meio de atividades e projetos de voluntariado educativo. O Murialdo conquistou o selo de Escola Solidária devido ao trabalho de solidariedade e inserção, em suas salas de aula do Ensino Fundamental, de alunos pobres que freqüentam a Ação Social Murialdo, entre outras atividades. COTIDIANO IX SEMINÁRIO MURIALDINO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE REÚNE EDUCADORES E RELIGIOSOS Participantes do Seminário na cerimônia de abertura N os dias 01 a 03 de maio de 2008, no Centro de Eventos Murialdo em Fazenda Souza - Caxias do Sul - RS, aconteceu o IX Seminário Murialdino da Criança e do Adolescente. Inspirados pelo tema Mística e Apostolado de quem trabalha com Crianças e Adolescentes, mais de 80 educadores e religiosos das Obras dos Josefinos da Província Brasileira buscaram reacender a motivação espiritual como fundamento no apostolado com crianças e adolescentes. A abertura do evento foi marcada pela liturgia e resgate histórico dos Seminários anteriores. Abrilhantou o momento a presença das crianças e adolescentes abrigados na Casa Família Murialdo, bem como, o Coral Infanto Juvenil do Colégio Murialdo, ambos Programas do Centro Técnico Social de Caxias do Sul. Ainda no primeiro dia do encontro, os relatos sociais do que acontece nas Obras da Província foram importantes para o entendimento dos participantes. Assim, ficou mais fácil entender o que acontece de norte a sul do Brasil, nas diferentes realidades, porém, unidos pelo mesmo carisma e espiritualidade. Como culminância deste momento, aconteceu o lançamento da revista “Relatório Social 2007” do Instituto Leonardo Murialdo. Após o jantar, realizou-se o Cine Fórum com o filme “Escritores da Liberdade”. O enredo emocionou a todos. Tendo sempre fortes momentos de espiritualização, o segundo dia do Seminário contou com as palestras Educador Social - Na Pedagogia do Amor, com o assessor Pe. Vilcionei Baggio; Educador Social - No Apostolado da Utopia, com o assessor Danilo Gandin e A Mística de quem trabalha com crianças e adolescentes, com o Assessor Frei Jaime Bettega. À noite, aconteceu o relato do Case da Marcopolo sobre sua responsabilidade social. O último dia do Seminário foi reservado à Construção de Propostas de Ação a partir dos Centros de Formação Profissional, dos Centros Educativos, da Aprendizagem Escolar e Ação Social, dos Leigos, Voluntariado e Ação Social e do Lazer e Ação Social. O IX Seminário Murialdino da Criança e do Adolescente buscou aprofundar a relação da espiritualidade com o comprometimento da educação voltada à promoção de todos. A Pedagogia do Amor e suas decorrências ao redor da educação do coração encontram fundamentação na espiritualidade e no jeito de Jesus acolher o outro. A meta é sempre tirar o outro de sua inexistência para recolocá-lo na condição de pessoa. Trata-se de perceber a existência dos invisíveis e assegurar-lhes inclusão. As relações de afeto, bondade, solidariedade, respeito e cidadania encontram eco na percepção de uma fé comprometida com a realidade social. O Reino de Deus é algo concreto. Onde houver alguém em situação de exclusão e miséria existe um atestado de incompetência cristã, o Reino ainda não chegou ali. As crianças e os adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social foram inspiradores para as reflexões e a razão da tomada de novas decisões. Lançamento do Relatório Social 15 FORMAÇÃO Pe. Sérgio Murilo Atual comunidade do Escolasticado JOSEFINOS ABREM COMUNIDADE DO ESCOLASTICADO EM BRASÍLIA N o dia 19 de março de 2008, dia de nosso Santo Padroeiro São José, foi inaugurada mais uma obra Josefina. Fruto de muita discussão, reflexão e oração. O sonho de uma nova comunidade se concretizou graças ao empenho do Provincial e seu Conselho, da Equipe de Formação e, sobretudo, da comunidade Josefina do Guará e dos maravilhosos leigos que se empenharam com afinco e não mediram esforços. A nova comunidade recebeu de seus integrantes o nome de Escolasticado Murialdo de Brasília (BEM) e quer ser mais um sinal profético no centro do país e favorecer a formação de novos confrades josefinos, estudantes de filosofia, oriundos de diversas partes do nosso imenso Brasil. A inauguração oficial da residência contou com a presença de numerosos leigos da Paróquia São Paulo Apóstolo e com confrades das 16 comunidades do Guará I e de Planaltina. Juntos agradeceram a Deus por mais esse dom que nossa Província recebe da Providência Divina. A bênção da nova casa, adaptada para acolher os confrades, foi dada pelo sacerdote Pe. Aleixo Susin, um dos precursores dos josefinos de Murialdo na Capital Federal, ladeado por outros sacerdotes e pelos leigos, num momento bonito de fé e de gratidão. Os confrades da nova comunidade são, atualmente, em número de sete. Todos estudam na UCB (Universidade Católica de Brasília). Eles estão engajados em trabalhos na Casa Família Murialdo (FORMAR) com crianças e adolescentes pobres, com a Pastoral da Juventude da Paróquia São Paulo Apóstolo do Guará I e com grupos de jovens do Setor Habitacional Arniqueiras, onde se situa a nova obra. Ainda em fase de adaptação, os confrades procuram viver e espalhar, em cada um dos lugares onde atuam, o carisma de São Leonardo Murialdo, testemunhando com alegria a própria vocação e a alegria de serem seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo. Num gesto de gratidão a Deus e às várias pessoas que tornaram realidade a nova comunidade do Escolasticado Murialdo de Brasília, queremos, como religiosos, expressar nossa alegria por este tempo de graça e de formação que estamos vivendo. Ao mesmo tempo compromêtemo-nos com a nossa oração e com o coração por tantos quantos trabalharam e continuam trabalhando para que essa obra cumpra e viva a sua finalidade: se formar e crescer sempre mais na vivência do carisma legado a todos nós por São Leonardo Murialdo. Pe. Sérgio Murilo Severino Diretor e mestre do Escolasticado de Brasília FORMAÇÃO CURSO DE PREPARAÇÃO PARA VOTOS PERPÉTUOS ACONTECE NA ITÁLIA O primeiro curso de preparação para os votos perpétuos da Congregação de São José aconteceu na Itália nos meses de janeiro e fevereiro de 2008. Participaram os diáconos da Província Brasileira, Antonio Laureano, Ricardo Testa e Válber Almeida e o Pe. Alberto Lopes Santana da Vice-Província do México e dos Estados Unidos. A promoção foi muito rica em conteúdos, considerações sobre diversas áreas dentro do espírito histórico e atual da Congregação de São José. Foram desenvolvidas temáticas nos vários aspectos como: espiritualidade Josefina, história de Murialdo e da Congregação, Família de Murialdo, a pessoa humana e a pastoral juvenil, além de retiros espirituais e aprofundamento dos lugares históricos da Igreja e da Congregação. Excelentes professores que atuam no Instituto San Pietro de Viterbo e que têm um vasto conhecimento nesses assuntos colaboraram no curso. Foram quase dois meses de uma ótima experiência na Casa Geral, em Roma. Os participantes também fizeram uma semana de reflexão e conhecimento em Turim, berço da Congregação, nos lugares por onde passou São Leonardo Murialdo. Visitaram outros lugares por onde está a Congregação como Milão, Pádua, Veneza, Nápoles e outras cidades italianas. Portanto, o curso trouxe algo novo para a conclusão da formação inicial no intuito de “tomar um belo banho” de carisma e assim aprofundar ainda mais a riqueza espiritual deixada por São Leonardo Murialdo. Da esq. p/ dir.: Ricardo Testa, Vice-geral Pe. Celmo Lazzari, Antonio Laureano, Válber Almeida e Pe. Alberto Lopes Santana 17 XGRFRPHoRXFRPR3ODQH MDPHQWR (VWUDWpJLFR 6H JXLQGRVHXVSDVVRVIRUDP HYLGHQFLDGRVRVREMHWLYRV DV PHWDV DV RSRUWXQLGDGHV DV DPHDoDVDVQHFHVViULDVSDUFHULDV VREUHWXGRDQHFHVVLGDGHGHVHWHUXP KRUL]RQWHFRPXPSDUDGHVHQYROYHUD DomRSHGDJyJLFRHGXFDWLYDGH0XUL DOGR 2V TXDVH YLQWH SURILVVLRQDLV SDUWLFLSDQWHVGRWUHLQDPHQWRQR&HQWUR 3URILVVLRQDO0XULDOGRGH3RUWR$OHJUH SRUXQDQLPLGDGHHQWUHDVQHFHVVL GDGHVSHUFHELGDVHRLGHDOGHVHMDGR ILJXUDYDP D IDOWD GD IRUPDomR FDULVPiWLFD GD ,QVWLWXLomR XPD QHFHVVLGDGHXUJHQWHDVHUSUHHQFKLGD 'H LPHGLDWR IRL HODERUDGD XPD SURJUDPDomRSDUDRDQRGHFRP HQFRQWURV VHPDQDLV GH XPD KRUD SDUD D IRUPDomR FULVWm H IRUPDomR SHGDJyJLFD QD OLQKD GH 0XULDOGR 7HPD FHQWUDO D YLGD 9LGD D VHU SURWHJLGDGHVHQYROYLGDSURPRYLGD UHVJDWDGDHUHFXSHUDGD 2 WHPD GD &DPSDQKD GD )UDWHUQLGDGH VH WRUQRX R SRQWR GH SDUWLGD 2V SDUWLFLSDQWHV VmR SUR ILVVLRQDLVHHGXFDGRUHVTXHID]HP SDUWH GR &HQWUR GH )RUPDomR 3URILVVLRQDO 0XULDOGR GR &HQWUR XGRFRPHoRXFRPR3ODQH MDPHQWR (VWUDWpJLFR 6H JXLQGRVHXVSDVVRVIRUDP HYLGHQFLDGRVRVREMHWLYRV DV PHWDV DV RSRUWXQLGDGHV DV DPHDoDVDVQHFHVViULDVSDUFHULDV VREUHWXGRDQHFHVVLGDGHGHVHWHUXP KRUL]RQWHFRPXPSDUDGHVHQYROYHUD DomRSHGDJyJLFRHGXFDWLYDGH0XUL DOGR 2V TXDVH YLQWH SURILVVLRQDLV SDUWLFLSDQWHVGRWUHLQDPHQWRQR&HQWUR 3URILVVLRQDO0XULDOGRGH3RUWR$OHJUH SRUXQDQLPLGDGHHQWUHDVQHFHVVL GDGHVSHUFHELGDVHRLGHDOGHVHMDGR ILJXUDYDP D IDOWD GD IRUPDomR FDULVPiWLFD GD ,QVWLWXLomR XPD QHFHVVLGDGHXUJHQWHDVHUSUHHQFKLGD 'H LPHGLDWR IRL HODERUDGD XPD SURJUDPDomRSDUDRDQRGHFRP HQFRQWURV VHPDQDLV GH XPD KRUD SDUD D IRUPDomR FULVWm H IRUPDomR SHGDJyJLFD QD OLQKD GH 0XULDOGR 7HPD FHQWUDO D YLGD 9LGD D VHU SURWHJLGDGHVHQYROYLGDSURPRYLGD UHVJDWDGDHUHFXSHUDGD 2 WHPD GD &DPSDQKD GD )UDWHUQLGDGH VH WRUQRX R SRQWR GH SDUWLGD 2V SDUWLFLSDQWHV VmR SUR ILVVLRQDLVHHGXFDGRUHVTXHID]HP SDUWH GR &HQWUR GH )RUPDomR 3URILVVLRQDO 0XULDOGR GR &HQWUR ,QIDQWR-XYHQLO0XULDOGRGR&HQWUR ,QIDQWLO 0XULDOGR H GD %LEOLRWHFD &RPXQLWiULDLQVHULGDQR0RUURGD &UX]QXPWRWDOGHHGXFDGRUHV 2 WHPD GD &DPSDQKD GD )UDWHUQLGDGH ³(VFROKH SRLV D YLGD´IRLPXLWRSDUWLOKDGRHQWUHRV HGXFDGRUHV HQFDUUHJDGRV GH HQFDQWDU RV IRUPDQGRV SDUD UHVSHLWDUHGHVHQYROYHUDYLGDHP SOHQDPHQWH(PVHJXLGDDRWH[WR GD&DPSDQKDGD)UDWHUQLGDGHR FDPLQKRIRUPDWLYRFRQWLQXRXHLUi FRQWLQXDU GHVHQYROYHQGR D WHPiWLFDGD³TXDOLGDGHGHYLGD´ 4XDOLGDGH GH YLGD ELROyJLFD SVLFROyJLFD HVSLULWXDO VRFLDO UHODFLRQDO O~GLFD DUWtVWLFD H RXWURVDVSHFWRVTXHTXDOLILFDP DYLGD 2VSDVVRVVHJXLGRVHPFDGD HQFRQWURVmR8PDLQWURGXomR RQGHpVLWXDGRRDVSHFWRGDYLGD TXH GHYH VHU TXDOLILFDGR 8P WH[WRGR(YDQJHOKRRQGH-HVXV TXDOLILFRX D YLGD GDV SHVVRDV FXUDQGRGHGRHQoDVGHHVStULWRV LPXQGRV SHUGRDQGR SHFDGRV WUD]HQGRDVSHVVRDVGDPDUJHP SDUD R FHQWUR 8P IDWR XPD GLQkPLFD XPD SURSRVWD SHGDJyJLFDYLYLGDSRU0XULDOGR HPVHXWHPSRSDUHFLGDFRPRIDWR GR(YDQJHOKR8PDFRQFOXVmR QRUPDOPHQWHIHLWDDWUDYpVGHXP FRQWRGHXPDKLVWyULDRXHVWyULD RXDLQGDXPSDUiEROD2VIUXWRV DLQGDQmRVmRWmRDEXQGDQWHVPDV MiH[LVWHP 2VHGXFDGRUHVVHSHUFHEHP PDLV XQLGRV FHVVDUDP FRQVL GHUiYHLVSRQWRVGHYLVWDLPXWiYHLV FDGD SURILVVLRQDO H HGXFDGRU HQWHQGHPHOKRURTXHVLJQLILFDHVWDU QXPD REUD TXH WUD] R QRPH GH 0XULDOGR $ LGHQWLILFDomR FRP D PDUFD³0XULDOGR´FUHVFHDFDGDGLD HQWUHWRGRV7DPEpPDMXGDPXLWR VDEHUVH XP FRQWLQXDGRU GH 0XULDOGRQmRVyHP3RUWR$OHJUH PDVQR%UDVLOHHPPDLVQDo}HV GRPXQGR$VHQVLELOLGDGHHQWUHRV HGXFDGRUHV HVWi FUHVFHQGR 7DPEpP QD DomR GLUHWD FRP RV HGXFDQGRV HVWi FUHVFHQGR D DFROKLGDDWHUQXUDDHVFXWDHD PDQLIHVWDomRGHVHUDPLJRLUPmR H SDL DPLJD LUPm H PmH 2 DPELHQWHGHWUDEDOKRHVWiILFDQGR PDLVJRVWRVRHDURWDWLYLGDGHGRV SURILVVLRQDLVHHGXFDGRUHVHVWiGL PLQXLQGRVHQVLYHOPHQWH8PVLQDO ERQLWRTXHJDUDQWHXPDHGXFDomR FRQWLQXDGDFRPTXDOLGDGHHFRP DVPHVPDVSHVVRDVGXUDQWHPXLWR WHPSR 3HQVRTXHXPLQYHVWLPHQWR VHPHOKDQWH UHVSHLWDQGR DV PRGDOLGDGHV GHYH VHU IHLWR HP WRGDVDVREUDVGRVMRVHILQRV1mR VHSRGHSDUWLUGRSULQFtSLRTXHR OHLJR SURILVVLRQDO H FRODERUDGRU VDLED D SHGDJRJLD GH 0XULDOGR FRPR p IDPLOLDU SDUD TXHP Mi SHUWHQFHj&RQJUHJDomRSRUPXLWRV DQRV 2TXHPDLVLPSUHVVLRQDQD SDUWLOKDGRFDULVPDGH0XULDOGRp RLQWHUHVVHTXHVHGHVHQYROYHQRV HGXFDGRUHV+iXPDLGHQWLILFDomR TXDVHLPHGLDWDTXDVHDVHRXYLU GL]HU³&RPHVWDSHGDJRJLDHX PHLGHQWLILFR´HDDomRWDPEpPp LPHGLDWD8PRXWURDVSHFWRTXHYDL FUHVFHQGRQRXQLYHUVRGRHGXFDGRU p D FULDWLYLGDGH FRP SRXFRV UHFXUVRV 0XULDOGR FRP VHXV HGXFDGRUHVVHPSUHDJLXDVVLP &RPSRXFRFRQVHJXLXID]HUPXLWR &RP SRXFRV UHFXUVRV PD WHULDLV FUHVFHP RV UHFXUVRV GR FRUDomRGRDIHWRGDWHUQXUDGR FXLGDGRGDDFROKLGDGDLQWHJUD omR GD SURPRomR LQWHJUDO HOHPHQWRV TXH IRUPDP R ERP FULVWmR H R KRQHVWR FLGDGmR $ H[SHULrQFLDGHIRUPDUHIRUPDUVH FRPRVHGXFDGRUHVpXPFDPLQKR REULJDWyULR D VHU SHUFRUULGR VH TXHUHPRVVHUILpLVDRFDULVPDHVH TXHUHPRVTXHRFDULVPDVHGLIXQGD HP KRUL]RQWHV PDLV DPSORV 8P FRUDomRGHHGXFDQGRFXLGDGRSRU PXLWDV PmRV FDULQKRVDV ILFD VHPSUHPDLVERQLWR 8PFRUDomRFXLGDGRSRUPDLV HGXFDGRUHVVHWRUQDQRIXWXURXP FRODERUDGRUSDUDWHVWHPXQKDUFRP VXDYLGDTXH'HXVpDPRUHDPD DFDGDXPGHPRGRLQILQLWRWHUQR SHVVRDO DWXDO H VREUHWXGR PL VHULFRUGLRVR 3H*HUDOGR%RQLDWWL 'LUHWRUGR&ROpJLR0XULDOGR GH3RUWR$OHJUH FORMAÇÃO Estudantes do Teologado Internacional de Londrina - PR TEOLOGADO INTERNACIONAL PARTILHA CAMINHADA O Teologado Internacional de Londrina - PR, atualmente é composto de 13 confrades, sendo três padres, dois diáconos e oito frateres. Os confrades estudantes são cinco da nossa Província, dois da Província Equatoriana e dois da Delegação Africana. Os estudantes estão cursando a teologia na PUCPR. Trabalham na EPESMEL com os adolescentes dos cursos profissionalizantes, na formação humana e cristã; com as crianças do Apoio Socioeducativo e 20 na escola de futebol. Também atuam na Paróquia Cristo Bom Pastor com a Pastoral dos Adolescentes e dos Jovens, o Serviço de Animação Vocacional, nos Grupos Bíblicos de Reflexão. Na Arquidiocese de Londrina acompanham uma escola de formação de lideranças para jovens em parceria com a Congregação dos Oblatos de São José. Momento marcante foi a Ordenação Diaconal de Antonio Laureano e Válber Almeida, acontecida no dia 15 de junho na nossa Paróquia. O evento foi marcado pela animação vocacional de duas semanas que antecedia a ordenação, com a presença do Pe. Nadir, passando por todas as comunidades da Paróquia e na EPESMEL. Em julho alguns confrades participaram da animação vocacional em Fortaleza, tendo em vista os 25 anos de ordenação do Pe. Lauri. Outros participaram da segunda etapa do CAJO em Porto Alegre e da ordenação sacerdotal do Pe. Ricardo Testa, em Fagundes Varela - RS, acontecida no dia 26 de julho. PONTO DE VISTA Pe. Joacir Della Giustina SOBRE INTELIGÊNCIAS A busca da felicidade... É por aí que caminha a humanidade. A corrida é para ser feliz. Existe um baú de ofertas que prometem satisfazer esse desejo. O mercado se pauta por respostas materiais e promete a satisfação desse desejo através do carro, da roupa, do calçado, da bebida, da última viagem, do tratamento estético-corporal... Na história, em suas diversas fases, vamos encontrar a busca de respostas a esse anseio humano. Os gregos, na ética, já haviam dito que a felicidade pessoal caminha ao lado da felicidade do outro. Mais tarde estudos sobre a inteligência racional fizeram com que as pessoas passassem a acreditar que sem a iluminação da razão era impossível chegar à realização humana. Felicidade e racionalidade caminhariam de mãos dadas. O desenvolvimento industrial, a tecnologia e as ciências fincaram aí, na inteligência racional, as suas estruturas. Mas a história foi demonstrando que a razão pode se tornar a grande vilã do desenvolvimento; que ela, por si só, não garante a paz, a justiça, a equidade entre os povos. As guerras, a fome e as desigualdades sociais atestam para esse fato. A história da humanidade tem atestado também que grandes líderes da humanidade, que marcaram e influenciaram positivamente a sociedade, foram pessoas carregadas de interioridade, de sentimentos, de emoções. Gente de “coração grande”. Então, nas últimas décadas, ganhou lugar de destaque entre os estudos dos comportamentos e das relações humanas uma outra inteligência: a emocional. Em qualquer área de convivência e de trabalho lidamos o tempo todo com pessoas. Então se exige o saber lidar com elas. Não mais com máquinas Pessoas que vivem uma espiritualidade são mais felizes pessoalmente, na família e na sociedade apenas. Gerenciar conflitos, ter autoe motivações elevadas. controle, capacidade de empatia, e Psiquiatras, médicos, atletas, tantas outras habilidades sociais são gerentes, professores passam a necessárias para desenvolver acreditar que as pessoas que voltam qualquer profissão e, mais ainda, para suas vidas para a dimensão da ser feliz. transcendência são Inteligência pessoas dotadas de emocional caracte- A espiritualidade tem força mais resistências aos riza-se pelo modo dissabores e às imunológica e grande como as pessoas vicissitudes. Ou seja, lidam com suas poder cicatrizante para as a espiritualidade tem emoções e com as força imunológica. dores da vida; vive-se das pessoas próComo também granximas. Isto envolve de poder cicatrizante com a dimensão características copara as dores da da esperança mo empatia, motivida; porque projeta vação, liderança, a pessoa para a cooperação, autoconsciência. Ela superação; vive-se com a dimensão também passou a ser vista como da esperança. maior responsável pelo sucesso ou Essa mesma inteligência é insucesso da pessoa. capaz de provocar pessoas para Mas está surgindo uma nova gestos concretos de solidariedade, compreensão nas possibilidades de de responsabilidade com a vida de respostas para a busca da felicidade: todos e com a idéia de que a riqueza a inteligência espiritual. Trata-se da tem sentido quando em função do riqueza que alimenta os mais bem comum. profundos aspectos da vida, que é Pe. Joacir Della Giustina extraída de princípios e valores Vice-provincial e Diretor do Colégio Murialdo de Caxias do Sul essenciais, propósitos fundamentais 21 O ESPÍRITO MISSIONÁRIO DE PAULO S ão Paulo Apóstolo continua sendo, para os dias de hoje, uma referência indispensável para os teólogos por causa de seus escritos e de seu testemunho, especialmente depois da sua conversão (cf. At 9,1-19). O papa Bento XVI instituiu o ano paulino (2008/9) para homenagear os dois mil anos de nascimento desse grande apóstolo de alcance universal. Além de escritor, Paulo foi também um incansável missionário. Pensando no seu “élan” missionário nos propomos desenvolver UMA BREVE REFLEXÃO A PARTIR DA CARTA QUE ESCREVEU AOS COLOSSENSES. Mesmo nunca estando nessa cidade Paulo foi capaz de captar as necessidades dessa comunidade e se sensibilizar com essa dura realidade. A juventude tem sede de novidade, busca o transcendente e aguarda nossa presença em seus corações. Aproveitando parte da carta de Paulo, procuraremos demonstrar a importância da esperança, da conversão e da disponibilidade em servir ao Senhor a partir de nossa pobreza. Vivemos um tempo de missão, especialmente no chão onde pisa a juventude. Aproveito para propor algumas sugestões em nossa pastoral quando o fogo da evangelização nos leva para caminhos novos. Paulo nos ensina que a saudação é indispensável. A evangelização não pode ser terceirizada, mas assumida verdadeiramente a 22 partir das pessoas, tendo em vista o olhar da fé. Na Carta aos Colossenses, Paulo começa se apresentando e dizendo que está falando em nome de Deus. A paz e a graça que ele oferece aos irmãos de Colossos não é dele, mas de Deus. “(v. 1) Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, (v. 2) aos santos e fiéis irmãos em Cristo, que moram em Colossos: a graça e a paz convosco da parte de Deus nosso Pai”(Col 1,1-2). Num segundo momento resgata e valoriza a fé de seus irmãos. Paulo se alegra com a fé de seus irmãos, sabe pontualizar as características positivas impregnadas de esperança, elogia a evangelização feita em outros tempos sem esquecer o nome do missionário (Epafras) (v. 7). Nota-se uma preocupação com a “Formação Permanente”. Reconhece a veracidade desse missionário, pois o mesmo está unido a Paulo como “amado companheiro” e “fiel ministro de Cristo” (v. 8). Continua destacando o papel do missionário Epafras que foi capaz de colocar Paulo a par do andamento da comunidade de Colossos (cf. v.7-8). Ser missionário, portanto, é estar em sintonia com a comunidade na presença e na ausência, é ouvir os assessores e saber dar uma resposta com sabedoria diante de algumas dificuldades quando aparece um vazio pautado pelo esmorecimento. Depois do elogio vem a preocupação. Paulo não consegue dar uma contribuição mais adequada à comunidade diante das dificuldades, senão aquela da oração, “não cessamos de rezar por vós e pedir a Deus que vos conceda pleno conhecimento de sua vontade, perfeita sabedoria e inteligência espiritual” (v. 9). A referência é sempre o Senhor. Não se trata de um descompasso com a sociedade, mas com o próprio Deus. Evangelizar é colocar Deus em primeiro lugar, sempre. Desta forma, acredita Paulo, será possível dar fruto de boas obras. O “comportamento” proposto por Paulo não é outra coisa senão “ter atitude” coerente, criteriosa e ousada para o nosso tempo a partir de valores que sejam edificadores do “humano”. A “dignidade” é o eixo da nobreza em toda a esfera do humano. Paulo pede aos colossenses para eles agradarem ao Senhor “em tudo, dando fruto de toda obra boa e crescendo no conhecimento de Deus, (v. 11) animados de grande energia pelo poder de sua glória para toda a paciência e longanimidade” (v. 10-11). Queremos destacar dois contextos da carta que Paulo acena: o amor de Deus para com os colossenses e a herança dos colossenses receberam por causa da aceitação que eles demonstraram em relação ao “reino da luz” (v. 13). Tudo isso, diz o Apóstolo, é motivo de grande alegria (v. 12). A participação no reino implica a remissão dos pecados (v. 14). Essa comunidade já havia participado dessa nobre realidade, agora só precisava despertar das “ciladas” que estavam entrando. Nesse sentido é que surge a necessidade de uma advertência. A resposta mais adequada dada PONTO DE VISTA Pe. Marcionei da Silva pelo apóstolo dos gentios é inigualável e precisa ser assumida outra vez em nossos “recantos” de evangelização, especialmente pela juventude. Diante da grande pergunta “Quem é Jesus Cristo? Qual é o sentido da vida? Apresentamos a reflexão de Paulo que, a partir desse momento, tornase também nossa. (v. 15) Ele é a imagem do Deus invisível, primogênito de toda criatura; (v. 16) porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: tronos, dominações, principados, potestades; tudo foi criado por ele e para ele. (v. 17) Ele é antes de tudo e tudo subsiste nele. (v. 18) Ele é a cabeça do corpo da Igreja; ele é o princípio, o primogênito dos mortos, para ter a primazia em todas as coisas. (v. 19) Aprouve a Deus fazer habitar nele a plenitude (v. 20) e por ele reconciliar tudo para ele, pacificando pelo sangue de sua cruz todas as coisas, assim as da terra como as do céu. (v. 21) Há bem pouco tempo sendo vós estranhos e inimigos de Deus pelos pensamentos e obras más, (v. 22) eis que agora ele vos reconciliou pela morte de seu corpo humano, para vos apresentar santos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai. (v. 23) Mas é necessário que permaneçais fundados e firmes na fé, inabaláveis na esperança do Evangelho que ouvistes, pregado a toda criatura debaixo do céu e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro (Col. 1,15-23). Com a mesma coragem, nós, missionários e missionárias da Igreja, precisamos com muita coragem e ousadia dizer (v. 25) Fui constituído ministro da Igreja em virtude do encargo que Deus me conferiu de anunciar em vosso benefício a realização da palavra de Deus, (v. 26) o mistério oculto desde os séculos e as gerações, mas agora revelado aos santos (Col 25-26). Sem Cristo não somos nada, mas com Cristo somos verdadeiramente trabalhadores do Reino. Queremos a nossa juventude cheia de vida e vigor na fé estando plenamente iluminada por Jesus Cristo. “É para isso que trabalho, lutando com a ajuda de sua força que age poderosamente em mim” (v. 29). CONHEÇA A CIDADE DE COLOSSOS A cidade de Colossos foi fundada no V século aC. Está situada no vale do Lico, afluente do Meandro, perto de Laodicéia e Hierápolis, na parte meridional da Frígia. Possuidora de uma florescente indústria de lã e tecidos, decaiu no I século dC, arruinada por freqüentes terremotos. Paulo nunca visitou a cidade (Cl 2,1). Epafras foi o fundador da Igreja de Colossos (Cl 1,14s), em grande parte formada de gentio-cristãos (2,13; 1,21.27). Epafras, um convertido de Paulo em Éfeso e “fiel ministro de Cristo” (1,7), foi também quem trouxe notícias, em geral animadoras sobre a comunidade (1,8). Mas a firmeza de fé dos colossenses (1,3s; 2,5) estava sendo ameaçada por uma heresia de caráter sincretista, pagão-judaicocristão (2,4.8.20). Seus promotores exigiam a observância de festas, luas novas e sábados (2,16). Impunham preceitos alimentares (2,16.21) e ascéticos (2,23); insistiam na veneração dos anjos (2,18) e das forças cósmicas (2,8; cf. Gl 4,9) para afastar dos homens seus poderes maléficos. Foi à luz destas informações que Paulo escreveu aos colossenses. O portador da carta foi Tíquico (4,7), pois Epafras resolveu fazer companhia a Paulo na prisão (Fm 23; Cl 1,24; 4,3.10.18). Contra a “vã filosofia” baseada em tradições humanas (2,8.22s), Paulo apresenta Cristo como único Salvador (1,15-22): Ele é a imagem do Deus invisível, a origem e a cabeça do cosmo, o criador de todas as criaturas, inclusive os anjos. Ele reconciliou tudo pela cruz, triunfando sobre todos os poderes espirituais. Enfim, em Cristo está a salvação, a sabedoria e o conhecimento (2,6-15). (Cf.: Introdução da Carta aos Colossenses In.: CDRoom da Bíblia Sagrada, Vozes, 1999.) Ser missionário, portanto, é estar em sintonia com a comunidade na presença e na ausência Pe. Marcionei Miguel da Silva Mestrando de Teologia – PUC/RS e diretor do Seminário Josefino de Fazenda Souza 23 PONTO DE VISTA Luz Mary Padilha Dias A alegria c o m o m e i o d e promover a fraternidade A Alegria é um sentimento momentâneo que surge devido a certo acontecimento gerado por alguém ou algo, que preenche o coração de quem está sentindo e às vezes de outras pessoas que estão por perto. o ambiente mais leve e ao mesmo tempo pleno. Por ser contagiante, ela está sempre “rondando” os ambientes, restando às pessoas se deixarem influenciar por ela ou não. Quando se quer realmente ser feliz se deve permitir a entrada da alegria na vida. Permitir que todos os momentos sejam plenos, cheios de pureza e de entrega. No momento do contágio, como ela é uma doença contagiosa benigna, ataca um determinado grupo tornando 24 Essa plenitude é o que se espera da vida, nem que sejam pequenos momentos, mas cheios de intensidade e de verdade, de troca e de sentimento... Os sentimentos sublimes e afetuosos certamente levarão os que nos rodeiam a terem mais fraternidade e principalmente a acreditarem que o amor existe sim, é só uma questão de conexão com o nosso ser integral, com a nossa essência. Através dessa conexão, um elo se forma. Um elo, que realmente pode ser momentâneo a nível visível, mas dentro de nós, de nossa alma, ele fica gravado para sempre. É oportuno pensar um pouco mais: - Será que quando escrevemos palavras na areia da praia e a água vem e as desmancha, a areia continua PONTO DE VISTA Luz Mary Padilha Dias sendo a mesma? Ou ela também teve seu momento de alegria, de cumplicidade, de momentaneidade? Dessa maneira tão tênue, ela também pode se expandir e, por que não, seu coração pode bater mais forte? Então o seu caminho segue, mas dessa vez diferente, com motivação, com vontade de continuar, de seguir de uma maneira mais completa e feliz... próximo, para que possamos trocar. Em nosso ambiente educativo Ela, gratuitamente, embeleza nossa não podemos esquecer que essa vida, nossos olhos, união é primordial, nossa alma! Esse porque o incentivo Ao sentirmos a presença presente, se soué nosso primeiro da vida em nosso bermos sentir e aliado à obtenção acolher, nos dará coração poderemos abrir de um bom resultoda a alegria que tado aos nossos nossos braços e precisamos para objetivos e ele está simplesmente deixar que continuar e princiintimamente ligado a alegria floresça palmente, comà alegria. partilhar. No cotidiano, Já para nós professores, nada mais lindo do que vivermos no meio de nossos alunos! Eles têm tanto para compartilhar conosco! Unir o que recebemos de nosso Pai com o sentimento de fraternidade por todos, obviamente nos tornará mais amáveis e receptivos com todo mundo e em especial, com nossos alunos, que merecem o melhor de nós! Não será assim para nós também? E para nosso “aluno, pessoa em construção” como será? Será que ele também não necessita desse reabastecimento cotidianamente? Para nós humanos, alegria é sentimento muito buscado, nem sempre em lugares corretos, digamos. Buscamos muitas vezes o que está tão longe de nós, achamos que a felicidade e a alegria estão fora de nosso alcance ou simplesmente não damos o valor merecido ao que temos, ao que somos, então perdemos a oportunidade de sermos completos e de compartilharmos de verdade desse amor e de nos aliarmos a ele. Ao sentirmos a presença da vida em nosso coração poderemos abrir nossos braços e simplesmente deixar que a alegria floresça! Que a alegria realmente faça seu papel de integração e interiorização da verdade: somos a essência e não o que temos! a alegria gerada com amor demonstra o tão famoso final feliz ouvido nos contos de fadas... que é muito momentâneo, mas muito pleno se soubermos sentir... Fica no ar e nos corações de cada um a sensação de missão cumprida e de que algo muito bom foi plantado neles. E, a partir daí, vão nascendo outros tantos sentimentos, como gratidão, compaixão e principalmente fraternidade. Dar entrada à alegria em nossa sala de aula deveria ser um lema nosso, para termos, no futuro, “gente adulta mais gente do que existe atualmente”. Sem parcimônia! Mãos à obra, então, e muito amor no coração! Luz Mary Padilha Dias Pedagoga, gestora escolar, psicopedagoga das séries iniciais do Colégio Murialdo em Porto Alegre/RS Se olharmos a natureza, ela própria nos dá o a bastecimento de alegria que necessitamos para doar ao 25 Missa dos 80 anos dos Josefinos em Ana Rech realizada no dia 17 de maio 80 ANOS JOSEF DOS EM ANA RECH P ara celebrar os 80 anos da chegada dos Josefinos em Ana Rech, uma intensa programação religiosa, esportiva e cultural está em andamento durante todo o ano. O mês de maio, festa da Padroeira da Paróquia Nossa Senhora de Caravaggio, foi marcado por vários eventos e contou com a presença marcante de amigos e paroquianos. Merece destaque a Festa do dia 17 de maio, celebrando o patrono da Família Murialdina, São Leonardo Murialdo. Na matriz, durante a Missa Festiva, aconteceu a Profissão Perpétua dos confrades Antonio 26 Laureano de Souza e Valber Almeida de Souza. Para preparar o evento, realizou-se uma Semana Vocacional, coordenada pelo Pe. Nadir Poletto, liberado da província para esta missão. A HISTÓRIA A saída dos Monges Camaldulenses, em 9 de março de 1926, deixou Ana Rech com atendimento religioso esporádico, feito por sacerdotes de Caxias do Sul. A vinda do Pe. Ângelo Gialdini, para assumir a Paróquia, teve também a perspectiva de iniciar as buscas para a presença de uma Congregação Religiosa que, além de atender à Paróquia, se dedicasse à educação. Com esta finalidade, foram consultadas diversas congregações. O primeiro contato foi com os Salesianos, congregação fundada por Dom Bosco. O interesse em trazer os Salesianos era tão forte, que foi enviado um memorial dirigido às autoridades italianas pedindo a presença desses. Este memorial teve a aprovação do Vigário Geral de Caxias, do Arcebisbo de Porto Alegre, Dom João Becker, e do Cônsul italiano em Porto Alegre. Embora todo este interesse, os MARCAS DO QUE SE FOI Pe. Bruno Barbieri FINOS Salesianos não vieram. Os contatos depois foram feitos com os Servitas. Estes também não puderam aceitar o convite. Os anos foram passando. Diante da impossibilidade destas congregações virem para Ana Rech, o Dr. Celeste Gobatto, intendente de Caxias do Sul, mantera contato com os Josefinos. Ele os havia conhecido na Colônia Agrícola de Quinta, em Rio Grande. Em novembro de 1927, Dr. Celeste escreveu uma carta ao Pe. Humberto Pagliani, Pároco de Jaguarão, fazendo o convite para assumir a Paróquia de Ana Rech. Em 11 de fevereiro de 1928, Dr. Celeste Gobatto escreveu novamente ao Pe. Humberto dizendo que, em breve, uma comissão iria ao Arcebispo a vinda dos Josefinos. Com a autorização do Arcebispo, houve trocas freqüentes de cartas e telegramas entre o Dr. Celeste Gobatto e os Josefinos. Enviou-se consulta a Roma. Enquanto isto em 9 de março de 1928, Pe. Agostinho Gastaldo veio tomar conhecimento de Ana Rech com um questionário a responder. Em 13 de março, enviou este relatório à Itália, onde ressaltou o seguinte: “Negócio convém. Doação incondicional, renda suficiente, lugar de grande fé à prática religiosa. Lugar futuroso em si e por eventuais vocacionados.’’ O Padre Geral dos Josefinos em Roma, Pe. Girolamo Apolloni, respondeu positivamente: “Sim, aceitem. São José e Murialdo vos acompanhem na nova fundação”. Correspondências foram trocadas entre Dr. Celeste Gobatto, Arcebispo de Porto Alegre, Josefinos de Jaguarão e da Itália, todos se alegraram pela aprovação da vinda dos Josefinos para Ana Rech. Pe. Agostinho Gastaldo, primeiro Josefino a chegar em Ana Rech Em julho, Pe. Humberto Pagliani veio a Porto Alegre, Caxias e Ana Rech, deixando tudo acertado. A Congregação recebeu a propriedade que era dos Camaldulenses como doação, com a obrigação de fundar e manter nessa um colégio com internato para meninos a se educarem conforme o espírito de sua regra. Em agosto de 1928, Pe. Agostinho chegou em Caxias e hospedou-se na Casa Canônica de Monsenhor João Meneguzzi. Uma semana após, dia 16 de agosto, na carreta de Agostinho Tonella, sentado sobre os baús e em sobressaltos pelos atoleiros da estrada Caxias – Ana Rech, chegou na vila às 17 horas. No primeiro domingo seguinte, Pe. Agostinho foi é apresentado aos paroquianos. A 7 de outubro toma posse na qualidade de Pároco. Dia 20 de janeiro de 1929 chegaram da Itália outros três Josefinos que vieram trabalhar com Pe. Agostinho e assumir a abertura do Colégio Murialdo: Pe. Girolamo Rossi, Irmão Hermenegildo Schiavo e Irmão José Gasparini. Pe. Bruno Barbieri Pároco de Ana Rech Atual igreja matriz com o monumento em homenagem à fundadora do local, Ana Rech 27 MARCAS DO QUE SE FOI Pe. Orides Ballardin O casal que obteve graça por intermédio do Pe. João Schiavo entre os Vice-postuladores do Brasil, Ir. Elisa Rigon e Pe. Orides Ballardin C a u s a d e BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO d o S e r v o d e D e u s , PE. JOÃO SCHIAVO N este ano de 2008 a Causa de Beatificação do Pe. João fez belos passos. Em Roma está sendo ultimada a primeira redação da “Positio”, um livro traçando um perfil amplo e completo da figura do Pe. João e do ambiente em que viveu. “A ‘Positio’ recolhe os documentos processuais, os depoimentos das testemunhas, uma biografia minuciosa, as virtudes heróicas, a fama de santidade e os escritos do Pe. João”. O texto da “Positio” chegou nas mãos do Postulador Geral em Roma, Pe. Agostino Montan e dos vicepostuladores do Brasil (Ir. Elisa Rigon e Pe. Orides Ballardin) para uma revisão (adendos, correções, etc). Aqui no Brasil continua a difusão do conhecimento do Pe. João, através do livro Pe. João humilde intercessor. Ele continua intercedendo a Deus e obtendo graças para seus “devotos”. As visitas ao túmulo em Fazenda Sousa continuam e, nos dias 27 de cada mês, perto de uma centena de devotos participa da missa e terço. A maioria do povo vai para agradecer graças alcançadas e outros recorrem a sua intercessão para obter ajuda nas doenças, dificuldades e pro- 28 blemas. Surpreende a quantidade de graças que estão sendo alcançadas! Dia 27 de janeiro de 2008 foi inaugurada, ao lado do túmulo do Pe. João, uma vasta praça para celebrações, estacionamentos, etc. Também foi aberto ao público um memorial contendo objetos, livros e pertences do Pe. João para a visitação de todos. Nesse memorial é distribuído vasto material devocional, especialmente o texto da oração a Deus Pai para obter graças por intercessão do Servo de Deus Pe. João Schiavo. A novidade maior é que aqui na Diocese de Caxias do Sul se está trabalhando para oficializar um milagre a ser enviado a Roma. É requerido um milagre para beatificar um Servo de Deus! Estão sendo escolhidos os membros do tribunal diocesano (Delegado Episcopal, Promotor de Justiça, Notário, Médico Pericial e dois médicos “ab inspectione” (“inspetores”)). Estão sendo escolhidas e listadas as testemunhas: familiares, amigos, médicos que seguiram no caso, enfermeiros e outros. Estão sendo recolhidos todos os documentos clínicos do caso. Foi nomeado vice-postulador para o Processo Diocesano sobre o presumível fato milagroso o Pe. Orides Ballardin. Cabe a ele representar a Congregação de S. José (Josefinos de Murialdo) no Brasil e seguir o Processo (Inquérito) Diocesano. No final do mês de julho apresentará o “Libelo de demanda”, isto é, o pedido oficial ao Bispo para que instaure o Processo. Deverá zelar para que se cumpram todos os passos e exigências do Documento da Congregação das Causas dos Santos (Sanctorum Mater) promulgado aos 17 de maio de 2007, coleta e organização dos documentos e tradução dos mesmos em italiano. Peço que se reze pela Causa do Pe. João para que, se é da vontade de Deus, ele seja proposto como modelo de vida, santidade e seja um intercessor a mais junto ao Pai. É igualmente bem vinda a ajuda econômica já que agora aumentam os gastos periciais e de outros gêneros. Obrigado pelo que estás fazendo em prol desta causa! Em JMJ servo e amigo. Pe. Orides Ballardin Vice-postulador no Brasil FLASHES Ivo Torcheto - Agregado No dia 02 de junho de 2008, na Igreja São Leonardo Murialdo, em Caxias do Sul, RS, IVO TORCHETO foi aceito na Congregação de São José – Josefinos de Murialdo, na qualidade de agregado. O rito aconteceu durante a celebração eucarística. Na oportunidade estavam presentes os confrades do Conselho Provincial, o pároco, Pe. Gervásio Mazurana, diversos outros confrades sacerdotes e irmãos, a mãe Zelinda Torcheto, seus padrinhos de batismo e dezenas de amigos, vindos das três comunidades onde o Ivo passou como formando. Ivo Torcheto nasceu no dia 05 de outubro de 1972, em Mafra, SC. Com um ano foi abandonado pelos seus pais adolescentes. Foi adotado pelo casal (sem filhos) Severino Torcheto e Zelinda Zancan Torcheto. Depois de passar um período em Santa Cecília - SC, a família se transferiu para Nova Roma do Sul, RS. Lá o jovem conheceu os Josefinos de Murialdo durante uma Semana Vocacional na qual estava presente o Pe. Dirceu Rigo. Ivo manifestou desejo de ser padre. Pe. Dirceu forneceu material vocacional e o convidou para participar do cursinho no Seminário de Fazenda Souza. Foi aceito no seminário e no primeiro ano cursou a 5ª série. Depois foi transferido para Ana Rech, lá freqüentou a 6ª e 7ª séries num colégio estadual. Em 2001 foi transferido para o Centro Técnico Social onde está até hoje. Superando muitas dificuldades, concluiu o Ensino Fundamental em 2002, dois anos depois, concluiu o Ensino Médio. No Centro Técnico Social divide seu tempo na assistência aos menores do Centro Educativo e da Casa Família Murialdo; durante o horário de aula dos menores ele trabalha na gráfica; no final do expediente acompanha a saída dos alunos. Há mais tempo o vocacionado manifestou interesse em fazer parte da Congregação dos Josefinos. A Comunidade do Centro Técnico Social, através do seu diretor, Pe. Gervásio Mazurana, entendeu que chegou o momento de aceitar o pedido do Ivo, sendo acolhido na Congregação na qualidade de agregado (oblato). Foi amplamente explicado o significado e a condição de agregado ao Ivo, aos familiares e amigos. Na oportunidade foi assinado o Contrato de Agregação, segundo as orientações da Regra e do Regulamento próprio. Pe. Raimundo Pauletti Provincial Animação Vocacional De 14 a 20 de julho aconteceu, em todas as comunidades da nossa paróquia de Fortaleza - CE, a Animação Vocacional prevista no Plano 2008 da Província. Foi um forte momento de evangelização e animação vocacional naquela terra pobre, mas rica em vocações. Aos confrades lá residentes se unirão os frateres e vocacionados de Fortaleza, Pe. Nadir Poletto e um grupo de confrades do Teologado de Londrina. O evento se coloca na dinâmica da celebração dos 25 anos de sacerdote do Pe. Antonio Lauri de Souza. Bodas de Diamante No dia 14 de junho de 2008, no município de Braço do Norte - SC, o casal Vicente e Clara Della Giustina, pais do Pe. Joacir Della Giustina, celebrou Bodas de Diamante, 60 anos de vida matrimonial. Parabéns ao casal pelo belo testemunho! 29 FLASHES Nova frente missionária Ordenação Nosso carisma josefino Diaconal nos leva a estar com os últimos; reforçar nossa presença e atuação missionária nas periferias dos grandes centros urbanos, como resposta ao convite de Jesus: “Ide e anunciai o Evangelho” (Plano 2008). É com este espírito que estamos estreitando laços com a Arquidiocese de São Luís do Maranhão, em vista de uma nova frente missionária da Província. No final do mês de agosto, o provincial visitará o local oferecido aos josefinos pelo arcebispo local. Foi muito bem preparada e vivenciada a Animação Vocacional que culminou na ordenação dos diáconos Antonio Laureano de Souza e Válber de Almeida Souza, no dia 15 de junho, na Paróquia Cristo Bom Pastor de Londrina (PR). Ordenação Sacerdotal Um grande número de confrades, vocacionados e comunidade em geral se fez presente na Ordenação Sacerdotal de Ricardo Testa, no dia 27 de julho de 2008 na Igreja Matriz de Fagundes Varela - RS. Esteve presente o Pe. Pablo Cestonaro, Provincial da Província Argentina-Chile, onde o novo sacerdote irá atuar. Mês Murialdino No dia 19 de julho partiram para o Equador a fim de participar do Mês Murialdino os confrades Pe. Adelar Dias, Pe. Cornélio Dall’Alba, Pe. Marino Lima e Pe. Valmir Lorandi. O evento aconteceu de 20 de julho a 10 de agosto. Cerimônia de abertura 30 Seminários Regionais Paroquiais Os párocos se empenharam na preparação de dois Seminários das Paróquias dos Josefinos da Província Brasileira que aconteceram simultaneamente, nos dias 6 e 7 de agosto, na nossa paróquia de São Jorge, Rio de Janeiro (RJ) e no Centro de Eventos de Fazenda Souza (RS). FLASHES Congressos Regionais da ANALAM A Associação Nacional dos Leigos Amigos de Murialdo realizou os Congressos Regionais: dia 20 de julho, em Londrina, PR; dia 26 e 27 de julho no Rio de Janeiro (RJ); 02 de agosto em Ibotirama (BA) e Caxias do Sul (RS). O evento teve como tema “...e vida em abundância” (João 10) com o objetivo de revitalizar a mística da vida à luz da palavra de Deus, enquanto Leigo Amigo de Murialdo, a fim de que todos tenham vida em abundância. Na ocasião foi lançado o subsídio nº 10 “Corações ao alto, pés no chão - grande é aquele que serve”. O subsídio segue a metodologia “ver-julgar-agir...” e é em preparação ao Congresso Nacional que acontece em julho de 2009, em Araranguá – SC. No início de cada capítulo, encontra-se uma historinha que ajuda a entender melhor o tema e, no final, temos algumas perguntas para facilitar a síntese e o entendimento do assunto, trazendoo para a nossa realidade. CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009 O Conselho Episcopal Pastoral da CNBB (Consep) aprovou no mês de junho, o cartaz da Campanha da Fraternidade do próximo ano que tem como tema “Fraternidade e Segurança Pública” e como lema “A paz é fruto da justiça”. Concorreram 47 cartazes e o vencedor é um grupo da Agência Oficina Design & Comunicação de CampinasSP. JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE A Jornada Mundial da Juventude aconteceu de 15 a 20 de julho de 2008, na cidade de Sydney, sudeste australiano, capital do estado de New South Wales. Com a presença de milhares de jovens, religiosos, bispos e o Santo Padre, o evento teve como tema "Recebereis uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós; e sereis minhas testemunhas" At 1, 8. Inspirado por grandes encontros de jovens do mundo em eventos especiais ocorridos no Domingo de Ramos em Roma em 1983 e 1984, o Papa João Paulo II estabeleceu a Jornada Mundial da Juventude como um evento anual e um meio para alcançar a nova geração de católicos e propagar os ensinamentos da Igreja. Para cada Jornada, o Santo Padre sugere um tema. Durante as Jornadas acontecem eventos como catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras, partilhas e shows. Tudo isso em diversas línguas. Mas todas as atividades com o mesmo objetivo: a busca de Deus. 31 FLASHES Visita aos familiares No mês de julho, Pe. Lídio Roman esteve no Brasil, vindo da Guiné Bissau, África, para visitar os familiares e, sobretudo, para acompanhar a mãe que se submeteu a uma cirurgia muito delicada. Graças a Deus ela está se recuperando. Pe. Lídio permaneceu no Brasil durante um mês. Na Casa do Pai Ir. Geraldo Francisco Boff Irmão Geraldo Francisco Boff faleceu no dia 18 de abril de 2008, com 77 anos. Ir. Geraldo nasceu em Ana Rech, Caxias do Sul, no dia 04 de outubro de 1930. Com 20 anos ingressou no Seminário de Fazenda Souza; em 1954 fez o noviciado em Conceição da Linha Feijó; em 1961, emitiu Votos Perpétuos em Fazenda Souza. No mesmo ano foi enviado para Orleans, SC, onde ajudou a construir o Seminário São José. De 1966 até 1973 trabalhou em Araranguá, SC. Em seguida, retornou para Orleans, permanecendo lá até o final de 2006, somando 37 anos de serviço ao Seminário e à Igreja local. De espírito muito prático, o Ir. Geraldo será sempre lembrado pelo seu amor aos Seminários e às vocações; pelo seu bom relacionamento com a comunidade local, sobretudo, com as famílias e crianças; pelo seu testemunho de religioso e espírito de fé. Ir. Geraldo Boff foi sepultado no dia 19 de abril, no mausoléu da Província dos Josefinos de Murialdo, em Ana Rech. 32 Pe. João Bonetto Pe. João Bonetto faleceu dia 03 de fevereiro de 2008, de insuficiência de múltiplos órgãos, aos 84 anos de idade e 55 de sacerdócio. Trazia no nome uma das suas virtudes: a bondade. Possuidor de grande espírito missionário foi pioneiro na abertura de várias obras da Congregação. Enquanto as forças permitiram, exerceu o ministério sacerdotal, depois pediu para deixar as múltiplas e exigentes atividades na Paróquia São Paulo Apóstolo de Brasília, DF. Em 2007 foi transferido para Porto Alegre – RS. Pe. João Bonetto nasceu no dia 01 de março de 1923 em Caxias do Sul. Ingressou no Seminário do Colégio Murialdo de Ana Rech em 1937. Fez o noviciado em 1941 tendo como mestre Pe. João Schiavo; de 1945 a 1947 fez seu magistério em Mendoza na Argentina. Realizou os estudos de Teologia em São Leopoldo. Foi ordenado sacerdote na Igreja Matriz de Galópolis no dia 04 de janeiro de 1953, pelas mãos de Dom Benedito Zorzi. Exerceu o sacerdócio em várias obras da Congregação no Brasil, sendo diretor, pároco, professor e orientador dos jovens vocacionados. DICAS Dica de Filme COACH CARTER - TREINO PARA A VIDA: Richmond, Califórnia, 1999. O dono de uma loja de artigos esportivos, Ken Carter (Samuel L. Jackson), aceita ser o técnico de basquete de sua antiga escola, onde conseguiu recordes e que fica em uma área pobre da cidade. Para surpresa de muitos ele impõe um rígido regime, em que os alunos que queriam participar do time tinham de assinar um contrato que incluía um comportamento respeitoso, modo adequado de se vestir e ter boas notas em todas as matérias. A resistência inicial dos jovens acaba e o time sob o comando de Carter vai se tornando imbatível. Quando o comportamento do time fica muito abaixo do desejável Carter descobre que muitos dos seus jogadores estão tendo um desempenho muito fraco nas salas de aula. Assim Carter toma uma atitude que espanta o time, o colégio e a comunidade. Dica de Livro O LIVREIRO DE CABUL: Por ter vivido três meses com uma família afegã, na primavera de 2002, logo após a queda do regime talibã, a jornalista norueguesa Asne Seierstade pôde produzir esta narrativa ímpar que mostra aspectos do país que poucos estrangeiros testemunhariam. Como ocidental, mulher e hóspede de Sultan Khan, um livreiro de Cabul, obteve o privilégio de transitar entre o universo feminino e masculino de uma sociedade islâmica fundamentalista. Preso e torturado durante o regime comunista, dos mujahedin e dos talibãs, Sultan Khan teve sua livraria invadida e parte dos livros queimados, mas alimentava o sonho de ver seu acervo de 10 mil volumes sobre história e literatura afegã transformarse no núcleo de uma nova Biblioteca Nacional. Apesar da situação estável, a família do livreiro, duas mulheres, cinco filhos e parentes, dividia uma casa de quatro cômodos em uma cidade que se recuperava da guerra e de trágicos refluxos políticos. O Livreiro de Cabul é uma leitura obrigatória para quem quer conhecer a história geral, outros costumes e outra cultura. 33 CURIOSIDADES Por que piscamos? Todos nós piscamos de 15 a 20 vezes por minuto. Em algumas ocasiões, o ato de piscar é involuntário, ou seja, nem percebemos que estamos piscando, semelhantemente ao que ocorre no ato de respirar. Que a respiração é fundamental, pois permite ao corpo absorver o oxigênio que ele precisa, nós já sabemos. E o ato de piscar, qual sua importância? Por que piscamos? A primeira explicação para esse mecanismo é que através dele, agentes externos, como poeira ou outros minúsculos elementos, são impedidos de entrar em contato direto com a córnea. Além dessa, a outra função do mecanismo é a lubrificação da superfície ocular. As lágrimas, produzidas a todo o momento pelas glândulas lacrimais, são extremamente importantes para a lubrificação constante dos olhos. Quando A pior dor do mundo Segundo os dicionários da língua portuguesa, dor é uma sensação penosa e desagradável, em qualquer parte do corpo. A melhor forma de se medir a intensidade de uma dor é perguntando para uma pessoa que está sofrendo. O indivíduo deve dar uma nota de 0 a 10 à intensidade da dor, compondo a “escala da dor”. Nessa escala, 0 é a ausência de dor e 10 é a pior dor do mundo. As doenças a seguir foram classificadas como aquelas que mais causam dor e receberam notas entre 9 e 10 pontos na “escala da dor”: piscamos, esse líquido é espalhado por todo o olho, permitindo a lubrificação do mesmo, além de proporcionar uma limpeza natural da córnea. Quando estamos na frente da televisão ou do computador, a luminosidade desses aparelhos causa a evaporação do líquido lacrimal, ocasionando a tensão dos músculos dos olhos e uma maior dificuldade em realizar o movimento de abrir e fechar os olhos, na chamada Síndrome da Visão do Usuário de Computador ou CVS. Cólica renal: dor aguda que varia de intensidade, é provocada por pedras (cálculos) no rim ou no ureter. Cólica biliar: é uma dor provocada pelo entupimento total ou parcial dos canais que conduzem a bile. Lombalgia aguda: é uma dor na região lombar que dura em média três meses. Neurite herpética: são dores nevrálgicas, coceiras, formigamentos, febre, dor de cabeça, aparecimento de vesículas na pele semelhantes a herpes. Gota: é uma doença que provoca uma crise muito forte de artrite, causando uma dor muito forte ao gotoso. Hipertensão intracraniana: é caracterizada por uma forte pressão intracraniana, que provoca dor e essa aumenta a ponto de tornar-se insuportável. Enxaqueca severa: são fortes dores na região do crânio, rosto e pescoço. Dor de dente: são dores intensas, capazes de provocar calafrios e choro no indivíduo. As dores só cessam através de tratamento e medicamento adequado. Dor do parto: é uma dor intensa capaz de provocar desmaio da gestante, nesse tipo de parto são feitos alguns “piques” (cortes) sem anestesia para liberar a passagem do feto. Infarto: o infarto agudo do miocárdio causa dor súbita aguda no músculo cardíaco. Fonte: www.mundoeducacao.uol.com.br 34 REFLEXÃO O Anel Quanto você vale? - Professor, dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais? - O professor, sem olhá-lo, disse: - Não posso te ajudar, devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez depois. E, fazendo uma pausa, falou: - Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois talvez possa te ajudar. - C...claro, professor. - gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu mestre. O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e disse: - Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. O jovem pegou o anel e partiu. Os mercadores olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele. Só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, o jovem montou no cavalo e voltou. - Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel. - Importante o que disse, meu jovem. - contestou sorridente o mestre - Devemos saber primeiro o valor. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vendê-lo e pergunte quanto ele te dá. Mas não importa o quanto te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel. O jovem foi até o joalheiro que examinou o anel com uma lupa, pesou-o e disse: - Diga ao seu professor que, se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro. - 58 MOEDAS DE OURO!!! - exclamou o jovem, surpreso. - Sim, replicou o joalheiro, com tempo poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente... O jovem correu emocionado para a casa do professor para contar o que ocorreu. - Sente-se. - disse o professor. - E depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, explicou: - Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única, e que só pode ser avaliada por um expert. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor? E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo. - Todos somos como esta jóia: Valiosos e únicos, e andamos, sem pensar, pelos mercados da vida pretendendo que pessoas nos valorizem. Autor desconhecido 35 Josefinos de Murialdo: Padres e Irmãos a serviço das crianças, adolescentes e jovens em obras sociais, colégios, paróquias e missões. Serviço de Animação Vocacional Rua Dante Marcucci, 5335 - Cx. P. 584 - Fazenda Souza - Caxias do Sul - RS CEP: 95001-970 - Fone (45) 3267.1146
Documentos relacionados
- Agir e Calar
o dia 14 de maio de 2011 foi realizado o V Festival Nacional da Canção Murialdina no Teatro Murialdo, contíguo ao Centro Técnico Social - CTS, em Caxias do Sul. Organizado pela Família de Murialdo ...
Leia mais