caracterização de óleo e avaliação do potencial de interação da β

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CARACTERIZAÇÃO DE ÓLEO E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE INTERAÇÃO
DA Β-CICLODEXTRINA COM HIDROCARBONETOS EXTRAÍDOS DE ÓLEOS E
ROCHAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS
Francisco Jean Seles Oliveira (bolsista do PIBIC/UFPI), Sidney Gonçalo de Lima
(orientador, Depto de Química – UFPI)
1. Introdução
O petróleo é um combustível fóssil, ou seja, é gerado pela decomposição de matéria
orgânica, principalmente de microrganismos e algas que formam o fitoplâncton, recobertos
por várias camadas de sedimentos, que em condições anaeróbicas, associado a altas
pressões e temperaturas propiciaram o meio reacional ideal para a formação do petróleo
(THOMAS, 2001).
As ciclodextrinas são produtos cíclicos da hidrólise enzimática do amido por alguns
microorganismos. Assim, possuem exterior hidrofílico e uma cavidade interna hidrofóbica.
Tal cavidade permite às ciclodextrinas complexarem moléculas que apresentem dimensões
compatíveis e alterarem suas propriedades físico-químicas, como solubilidade em água,
estabilidade e biodisponibilidade (McCormack, B.; Gregoriadis, G.; 1998. Matioli, G.; 2000).
2. Metodologia
Fração saturada
(F1)
Coluna cromatografica
Óleo bruto
Fração insaturada
(F2)
Fração asfaltenica
O complexo de inclusão entre as frações saturada e insaturada com a β-ciclodextrina
(β-CD) foi preparado de acordo com o método coprecipitação: Inicialmente pesou-se a
ciclodextrina e a solubilizou em água a 55 °C. Em seguida, foi adicionada a amostra
dissolvida em álcool isopropílico aquecido, depois a mistura foi colocada em agitação por 3
horas e logo após foi resfriada, sob refrigeração por 12 horas para a precipitação do
complexo, foi retirado o sobrenadante e depois o precipitado foi liofilizado para retirada do
solvente (agua e álcool) com isso obtém-se um pó.
3. Resultado e discussão
3.1 Complexo de inclusão com a amostra saturada da Bacia Potiguar por
coprecipitação
Foi observada a diminuição dos compostos de baixo peso molecular observada
região de 10 a 20 minutos no tempo de retenção Figura 1, demostrando que a ciclodextrina
tem pouca afinidade com compostos de baixo peso molecular da fração.
Figura 1: Cormatograma de ions totais e da extração do complexo
3.2 Complexo de inclusão com a amostra insaturada da Bacia Potiguar por
coprecipitação
Como podemos observar na Figura 2 todos os compostos da fração insaturada foram
complexados. Esse comportamento pode ser explicado pela afinidade da ciclo dextrina com
compostos aromáticos e lineares apolares.
Figura 2: Cormatograma de ions totais e da extração do complexo
3.2 Complexo de inclusão com a amostra satura da bacia Sergipe alagoas por
coprecipitação
Figura: Cormatograma de ions totais e da extração do complexo
Observamos que os compostos de baixo peso molecular não complexaram com a
ciclodetrina, pois os mesmo tem mais afinidade pelo solvente. O comportamento das frações
saturadas foi similar, corroborando com a literatura.
Figura 3: Cormatograma de ions totais e da extração do complexo
3.3 Complexo de inclusão com a amostra insaturada da bacia Sergipe alagoas
por coprecipitação
Observada pouca variação apenas alguns compostos aumentaram sua abundancia
em relação à fração da coluna, demostrando que a ciclodextrina tem afinidade com todos
os compostos da fração, isso vai de encontro com a literatura pois a mesma relata que a
ciclodextrina tem afinidade por compostos que tem anéis aromáticos e por compostos
apolares que são abundantes nessa fração.
Figura 4: Cormatograma de ions totais e da extração do complexo
4. Conclusão
Aferimos que o óleo da Bacia Potiguar é bastante biodegradado e que o óleo da
Bacia Sergipe Alagoas é um óleo de mediano nível de biodegradação
Com os resultados prévios de complexação observou-se que há uma maior interação
com hidrocarbonetos cíclicos de maior cadeia linear e com compostos que contém anéis
aromáticos em ambas as amostras das bacias. Com do trabalho serão utilizados para a
escrita de um artigo.
5. Referências
THOMAS, J. E. (Org.). Fundamentos de Engenharia de Petróleo 2ª ed. Rio de Janeiro:
Interciência, 2001.
VAN GRAAS, G. W. Organic geochemistry. v. 16, p. 1025-1032, 1900.
zatioli, G.; Ciclodextrinas e suas aplicações em: alimentos, fármacos, cosméticos,
agricultura, biotecnologia, química analítica e produtos gerais, Ed. Eduem: Maringá,
2000.
Apoio: UFPI, CNPq, LAGO e PETROBRAS
Palavras chave: Biomarcadores, Ciclodextrina, Complexo de inclusão.