LER + para todos

Transcrição

LER + para todos
Projeto
LER + para todos
Tema: História
Será o quarto português a entrar na lista do Yad Vashem, o
Memorial do Holocausto de Jerusalém. O padre Joaquim
Carreira abrigou judeus durante a ocupação nazi de Roma,
entre Setembro de 1943 e Julho de 1944, quando era reitor do
Colégio Pontifício Português da capital italiana. No colégio
estiveram dezenas de pessoas e, pelo menos numa ocasião, o
edifício foi alvo de buscas dos militares alemães.
Nascido em 1908 numa aldeia da região de Fátima, o padre
Carreira morreu a 7 de Dezembro de 1981 na casa Madonna di
Fatima, em Roma, cidade onde chegou com 31 anos. No
Colégio Pontifício Português esteve entre 1940 e 1954, primeiro
como vice-reitor, depois como responsável máximo da escola
que até hoje recebe os padres portugueses que estudam na cidade.
[...] para o Yad Vashem, “Justo entre as Nações” são não-judeus que “tenham não só salvado judeus
como arriscado a sua vida para o fazer”.
Há um Departamento dos Justos que analisa cada caso e o título só pode ser atribuído se a pessoa se
“tiver envolvido diretamente no resgate de um ou mais judeus ameaçados de morte ou de deportação
para os campos da morte”, arriscando “a sua vida, liberdade ou posição” e com a intenção “de ajudar
judeus perseguidos” sem receber nada em troca. É ainda necessário a existência de "testemunhos dos
ajudados ou pelo menos documentação inequívoca que estabeleça a natureza dos resgates e as suas
circunstâncias”. [...]
Pelo menos 40 pessoas passaram pelo colégio durante os meses que durou a ocupação nazi de Roma.
Num relatório escrito pelo próprio padre sobre o ano lectivo de 1943-44 (citado pela primeira vez na
reportagem de Dezembro de 2002), Carreira refere 40 foragidos e regista o nome de 39 pessoas. Alguns
eram judeus, outros resistentes antifascistas. Há depoimentos de refugiados que apontam números
superiores, 42, ou mesmo 50. [...]
Antes do antigo reitor, já três portugueses tinham sido declarados "Justos" pelo Yad Vashem, numa lista
com mais de 25 mil nomes. Para além de Aristides de Sousa Mendes, o cônsul que em Bordéus atribuiu
vistos a mais de dez mil judeus em fuga (e cuja história é a única de um português contada no site do
Yad Vashem), está lá Carlos Sampayo Garrido, embaixador em Budapeste que deu documentos
portugueses a centenas de judeus e os colocou em residências da embaixada. Um terceiro nome
aparece listado como francês — trata-se do operário português que salvou uma menina judia em
França, José Brito Mendes, e que tinha dupla nacionalidade.
Os “Justos” recebem uma medalha cunhada com o seu nome e um certificado de honra, para além
de terem os seus nomes acrescentados ao Mural de Honra do Jardim dos Justos do Memorial do
Holocausto. O Yad Vashem pode ainda “conceder a cidadania honorária ou a cidadania póstuma se
já tiverem morrido”.
A cerimónia de entrega da medalha e do certificado a familiares do padre Carreira ainda não está
marcada, mas deverá acontecer na primeira metade de 2015, na embaixada de Israel em Lisboa.
Fonte: Jornal Público Projeto
LER + para todos
Tema: Turismo
Açores declarados o destino turístico mais sustentável do mundo
Açores como melhor destino sustentável
não será, decerto, uma distinção que
surpreenda. Até porque o arquipélago já
se habituou a receber anualmente apodo
similar, a nível europeu, via prémios
QualityCoast, atribuídos pela European
Coastal and Marine Union, organização
cujos dados também foram utilizados pela
Green Destinations para coligir este Top
100 de destinos sustentáveis, agora
publicado.
Contas feitas e considerados todos os
critérios
(entre
meia
centena
de
indicadores), não há nada mais "verde"
que as ilhas açorianas: conseguiram a
maior pontuação global entre todos os destinos do mundo avaliados, atingindo uma pontuação final
de 8,9 em 10 pontos possíveis, à frente de locais na Holanda (Noordwijk, Goedereede-Ouddorp,
Westvoorne, Schouwen-Duiveland), Grécia (Ierapetra, Creta), Itália (Migliarino San Rossore
Massaciuccoli) ou Malta (Gozo e Comino) — todos com nota igual ou acima dos 8,1.
Mas os Açores não são o único destino luso a conseguir uma posição de destaque: o top 10 europeu
fecha com mais dois pesos-pesados do turismo em Portugal, Cascais-Estoril e Lagos (ambos com 8
pontos).
Ainda no ranking da Europa, encontram-se a região Oeste (7,2), Serra do Socorro e Archeira (Torres
Vedras, com 6,9) e ainda Sintra (com um valor muito baixo 4,1 - na verdade, o concelho até obtém
valores elevados, de 7 a 9, em várias categorias, mas surge com um vermelho 0 quanto a plano de
acção para uma economia "verde").
Fonte: Magazine Fugas, Jornal Público
Projeto
LER + para todos
Tema: Medicina
Considerada pioneira no nosso país da investigação científica da infeção pelo VIH-Sida, a sua vida
constitui um exemplo de missão e dedicação ao serviço do Sistema Nacional de Saúde Português e da
Academia Portuguesa.
Já é professora quando, nos anos 70, deixa a vida de
«princesa» e vai para Paris. Estuda e investiga sempre a
“esticar” o magro dinheiro da bolsa. Em Lisboa, deixa os
filhos e o marido. Estamos no início dos anos 80 quando
Portugal salta para a ribalta científica: Odette Ferreira isola e
identifica o vírus da imunodeficiência humana (VIH) tipo 2.
Até à década de 70 foi mãe quase a tempo inteiro e
analista clínica. [...] Em 1974 passa a ser responsável pelo
Departamento de Microbiologia da FFUL, cargo que
mantém até 1995. [...]
Enquanto se dedica à faculdade, Odette aceita, de novo, mais um desafio: Ingressar no Instituto
Pasteur, em Paris, “onde existia tecnologia da mais avançada”. Em Lisboa deixa o marido e os filhos. [...]
Entre os anos de 1971 e 1986 desenvolve vários projetos de investigação aplicada na área da
Microbiologia Médica, que dão origem a mais de quatro dezenas de publicações científicas, na sua
maioria, publicadas em reputadas revistas estrangeiras. Em França é distinguida, em 1975, com o grau
de “Chevalier de l’Ordre des Palmes Academiques”. Em 1977 forma-se em “Docteur d’État és-Sciences
Pharmaceutiques”, pela Universidade de Paris-Sud, com a classificação de “Trés Honorable”. Ao mesmo
tempo, em Portugal, torna-se professora Auxiliar na FFUL na disciplina de Microbiologia, membro do
Conselho Científico da FFUL e, em 1979, professora associada da FFUL até 1986 nas disciplinas
Microbiologia e Virologia.
No início da década de 1980, e durante um congresso a que assiste, em Lausanne, Suíça, a convite da
Sociedade Suíça de Higiene Hospitalar e da Féderation International des Hôpitaux, toma conhecimento,
pela primeira vez, da ameaça de uma nova doença: a sida (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida).
“Nunca tinha ouvido coisa semelhante e comecei a interessar-me. Tinha o pressentimento de que era
uma desgraça muito grande...” Luc Montagnier, investigador do Instituto Pasteur, em Paris, era o líder do
estudo que havia descoberto o HIV1. Odette Ferreira conhece bem o Instituto Pasteur e integra a
equipa de Montagnier.
Em Portugal nada se sabe sobre a doença. Preocupada com o que possa ocorrer no país, a
investigadora dedica-se de “corpo e alma” à batalha contra a sida. Inicia em Lisboa os primeiros
estudos seroepidemiológicos sobre a infecção pelo HIV. Chama a atenção dos governantes e, junto da
população, é a face visível dessa mesma batalha.
Num dos regressos ao Instituto Pasteur, Odette leva na bagagem amostras retiradas de um doente,
internado no hospital Egas Moniz, em Lisboa, sobre o qual recaíam suspeitas de estar contaminado pelo
vírus da sida. Apesar de a análise serológica teimar em dar negativo, pede para que tirem uma foto ao
vírus isolado. “Algum tempo depois de chegar a Lisboa recebi um telefonema. Era um investigador do
Instituto Pasteur e não existiam dúvidas: estávamos perante o HIV tipo 2 - o novo vírus da sida”.
Projeto
LER + para todos
Por detrás da intensa dedicação à investigação e ao ensino esconde-se, no entanto, um grande
desgosto. Paralelamente ao sucesso profissional, Odette perde, no início da década de 1980, o seu
marido. «Tornei-me uma workaholic. Para tentar superar a perda trabalhava quase 24 horas por dia».
Depois da descoberta do HIV2, e prosseguindo as investigações com a equipa francesa, realizam-se
vários estudos na África Ocidental que mais tarde demonstrariam que o novo vírus era igualmente
patogénico e estava associado à sida. Seguem-se muitos outros estudos, conferências, prémios e
distinções. Em 1992 é nomeada coordenadora da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS),
cargo que ocupa até 2000.
Contudo, após ter saído da CNLCS, a reputada investigadora, apesar dos seus 79 anos, continua o seu
caminho na luta contra a sida junto da população, quer seja nos almoços com os habitantes da Casa
Amarela, um dos locais que alberga doentes com sida em Lisboa, quer seja nas caminhadas de luta
contra a droga pelo antigo Casal Ventoso, também na mesma cidade.
De facto, a vida calma, longe dos problemas sociais, que partilhava em família nos finais dos anos 60
nunca mais foi a mesma: “Tem sido uma experiência humana que não se consegue esquecer.”
[Hoje], continua a gerir projetos de investigação. A agenda está sempre preenchida. Faz por isso.
Fonte: http://www.alert-online.com/pt
Projeto
LER + para todos
Tema: Moda
A empresa familiar Fernando J. Henriques, fundada em 1935 e sediada em Oliveira de Azeméis, produz
calçado para várias marcas de luxo.
Quando pensamos em sapatos italianos, pensamos em
produtos feitos de alta qualidade, na generalidade,
produzidos
localmente
com
as
melhores
técnicas
artesanais ou industriais e em materiais topo de gama.
Mas a verdade é que algumas das melhores marcas de
moda recorrem à produção externa para obterem o
melhor produto possível, onde a técnica e as matérias
primas são de excelência.
É o que acontece com a empresa Fernando J. Henriques, que há já alguns anos produz em exclusivo
para a Prada um modelo particular de mocassin para homem. "A oportunidade de começar a
trabalhar com a Prada surgiu de um contacto de um amigo que acompanha o nosso trabalho e soube
que a marca andava à procura de alguém que produzisse determinado modelo seguindo técnicas
artesanais de manufatura muito particulares. Fomos a Itália, fizemos 40 pares de sapatos para mostrar o
nosso trabalho e ficaram impressionados", explica António Silva um dos membros da atual
administração e marido de Fátima Henriques, a terceira geração da empresa e administradora, ao DN.
A marca de luxo italiana, antes de fechar o contrato, confirmou se a empresa tinha capacidade de
produzir cerca de cinquenta mil pares por ano, questão que não levantou objeções e a prova disso é
que este ano, até à semana passada, cerca de setenta mil pares foram fabricados e entregues "sem
atrasos ou defeitos".
Um par de mocassins Prada, fabricados em Oliveira de Azeméis, feitos em pele saffiano e com sola de
borracha, cozidos à mão na parte superior, com logótipo da marca italiana em aço, estão à venda nas
loja da casa italiana fundada por Muccia Prada por 450 euros. São apelidados pela marca como
"driving shoes" [em tradução livre, sapatos para conduzir].
Fonte: DN Pessoas
Projeto
LER + para todos
Tema: Artes Plásticas
Um galo gigante. Um galo de Barcelos com sete metros de
altura. De dia reluzem os azulejos que o compõem, à noite
brilham os leds que nele estão instalados. É assim a obra
que Joana Vasconcelos preparou para as comemorações
oficiais dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, no
Brasil. A peça, a ser exposta ao ar livre em Copacabana,
vai ser inaugurada a 10 de Junho de 2015 e pelo Brasil
ficará até ao final do ano. Talvez para sempre.
Joana Vasconcelos mergulha outra vez na tradição
portuguesa para a transformar em qualquer outra coisa.
Depois do Cacilheiro, por exemplo, que apresentou em
Veneza e que circula atualmente no rio Tejo, em Lisboa, é agora a vez de o icónico Galo de Barcelos
ser transformado e reinterpretado pela artista.
A ideia da artista portuguesa surgiu depois de ter sido desafiada no Brasil pelo Comité Rio450, presidido
pelo diplomata Marcelo Calero, que vê em Joana Vasconcelos o “reflexo da relevância e da força
artística contemporânea de Portugal”. “Estamos muito satisfeitos por este presente tão simbólico e tão
cheio de significado”, disse Calero na apresentação da peça que aconteceu nesta terça-feira na
Câmara Municipal de Lisboa (CML), parceira na iniciativa.
“O Galo era sem dúvida um dos ícones que eu queria trabalhar, já fazia parte da minha lista mas ainda
não tinha surgido a oportunidade correta”, diz Joana Vasconcelos, de 42 anos, aos jornalistas,
explicando ter sido convidada para levar algo ao Rio de Janeiro que espelhasse de alguma forma a
relação entre Portugal e Brasil num ano que se focará exatamente nas afinidades entre os dois países.
[...]
Segundo Joana Vasconcelos, “o Galo tem tudo a ver com isto”. “Esta peça tinha de refletir o passado e
também o presente”, continua a artista, que intitulou a sua obra de Pop Galo. “No meu trabalho de
pesquisa, percebi que o Galo tinha na sua cor e no seu desenho uma expressão pop que vem
atravessando várias gerações e vários séculos”, conta. “Portanto, de alguma maneira olhei para o Galo
e pensei como é que o podia modernizar, torná-lo mais contemporâneo e mais adaptado ao
movimento, à cor e à luz do Rio de Janeiro e aí apareceu o Pop Galo e apareceram também os leds
que lhe dão um ar mais tecnológico”, explica a artista, que contará com o apoio do Azeite Gallo para
a execução da obra.
Com a aparência não muito diferente daquela que conhecemos no Galo de Barcelos, a novidade será
que o revestimento em azulejo que preenche a superfície da obra. Depois, no lugar da decoração
característica, onde habitualmente sobressai uma pintura de linhas e formas, vão estar milhares de leds
coloridos. “Este é um Galo que vai ser mais tradicional de dia e que à noite vai sambar”, conta a
artista.[...]
O Pop Galo vai ser instalado na Praia do Leme, em Copacabana. Vai ser inaugurado a 10 de Junho e
naquela praia carioca ficará até ao final do ano, quando terminarem as comemorações. Voltar para
Portugal não parece ser opção. “Esperemos que fique, a ideia é que fique no Rio de Janeiro, talvez não
naquele local mas isso agora é aquilo que se vai decidir entre os prefeitos”, diz Joana Vasconcelos.
Fonte: Jornal Público
Projeto
LER + para todos
Tema: Arquitetura
A Comissão Europeia e a Fundação Mies van
der Rohe divulgaram hoje a lista dos
candidatos que será depois reduzida a um
grupo de finalistas ao galardão, a anunciar no
final de janeiro do próximo ano, cujos
vencedores serão conhecidos em maio.
O prémio, no valor de 60 mil euros, instituído em
1987 pela Comissão Europeia e pela Fundação
Mies van der Rohe, com sede em Barcelona, é
considerado “um dos galardões de maior
prestígio” na área da arquitetura, destaca o
comunicado da Comissão Europeia.
De acordo com a mesma fonte, 19 dos projetos candidatos estão construídos em Portugal: a
remodelação da sede do Banco de Portugal em Lisboa (do arquiteto Gonçalo Byrne), o percurso
pedonal da Baixa Pombalina ao Castelo de São Jorge, também em Lisboa (Falcão de Campos), a Torre
de Palma Wine Hotel, em Monforte, Portalegre (João Mendes Ribeiro), a residência Casa no Tempo, em
Montemor-o-Novo (atelier Aires Mateus & Associados), o Centro de Artes Contemporâneas de Ribeira
Grande, Açores (João Mendes Ribeiro), o Hotel Quinta do Lobo Branco, em Penafiel, (Atelier And-Ré –
Bruno André/ Francisco Salgado Ré).
Estão igualmente nomeados o projeto de ampliação do Museu Marítimo de Ílhavo (ARX Arquitetos –
Nuno Mateus/José Mateus), a Casa da Bouça das Cardosas, em Paredes de Coura (Atelier da Bouça –
Filipa Guerreiro/ Tiago Correia), a Adega Alves de Sousa, na Cumeeira, Santa Marta de Penaguião
(António Belém Lima), a reabilitação do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra (Gonçalo
Byrne), o Data Center da Portugal Telecom na Covilhã (João Luís Carrilho da Graça), os edifícios
centrais do Parque Tecnológico de Óbidos (Jorge Mealha), e o Centro de Remo de Alta Competição
em Vila Nova de Foz Côa (Álvaro Fernandes Andrade).
Na lista de nomeados estão também o Museu da Oliveira e do Azeite, em Mirandela (Manuel da Graça
Dias/Egas José Vieira), o Centro Cultural de Castelo Branco (Josep Lluis Mateo), a Casa Pátio, em
Grândola (Atelier Promontório – João Luís Ferreira/João Perloiro/Paulo Perloiro/Paulo Martins
Barata/Pedro Appleton), a modernização da Escola Lima de Freitas, em Setúbal (Ricardo
Carvalho/Joana Vilhena), o pavilhão multiusos de Viana do Castelo (Eduardo Souto de Moura), a
residência E/c, em São Roque do Pico, Açores (Atelier SAMI).
De acordo com a organização, da totalidade dos 420 candidatos, 27 por cento das propostas são da
área da habitação, enquanto 24 por cento estão ligadas à cultura, cinco por cento a escritórios e 33
por cento a desporto, comércio, edifícios governamentais, transporte e tipologias urbanas.
O Prémio Mies van der Rohe é bienal e distingue projetos de arquitetura construídos nos dois anos que
precedem a sua atribuição. Também entrega um prémio de 20 mil euros a arquitetos no início de
carreira.
Entre os vencedores anteriores estão o centro de congressos Harpa, em Reykjavik, na Islândia (Peer
Henning Larsen Architects/Teglgaard Jeppesen, Osbjørn Jacobsen, Studio Olafur Eliasson/Olafur Eliasson,
Batteríid architects/Sigurður Einarsson ) e o Neues Museum (Novo Museu), em Berlim (David Chipperfield
Architects/Julian Harrap).
O projeto de Álvaro Siza Vieira para o antigo Banco Borges e Irmão, em Vila do Conde, foi o projeto
distinguido na primeira edição do prémio, em 1988.
Fonte: observador.pt
Projeto
LER + para todos
Tema: Natureza
Editado recentemente, o livro “Jardim da Fundação
Calouste Gulbenkian – Flora” tem a assinatura de Raimundo Quintal, geógrafo, investigador, realizador de
documentários e autor de vários livros sobre flora,
biogeografia e ecologia.
Esta obra de 355 páginas, apresentada por Viriato
Soromenho-Marques, oferece uma visão detalhada sobre
toda a flora presente no jardim da Fundação. Resultado de
“uma longa vivência, de deambulações sem conta, de
muitas horas de silenciosos diálogos”, o autor madeirense
ambiciona, com esta publicação, ajudar a conhecer as
árvores, arbustos, ervas e trepadeiras que povoamos
terrenos do Jardim.
Ao longo da leitura desta obra, descobre-se que o Jardim
alberga ainda mais vida do que uma primeira impressão dá
a entender. Desde os comuns alecrins, azinheiras, bambus e
lilases até aos curiosos martinete--chorão, espargomacarrão, cigarrinhos e às árvores e arbustos frutíferos como o medronheiro, a ginjinha-do-rei e o
morangueiro-selvagem – ao todo, são mais de 250 espécies registadas.
Para além da viagem pela vegetação do Jardim, neste livro também são abordadas as várias vidas
passadas dos terrenos situados na Av. de Berna. Antigamente denominado Parque de Santa Gertrudes,
antes de acolher a Fundação o espaço serviu como Jardim Zoológico durante dez anos, entre 1884 e
1894, e foi onde funcionou a Feira Popular, de 1943 a 1956.
Assim, o naturalista Raimundo Quintal oferece-nos uma visão alargada de um dos jardins mais
marcantes da cidade de Lisboa, fruto de anos de visitas, fotografias e observações meticulosas, com a
esperança que este levantamento aprofundado possa “propagar esta paixão a muitos que nos
visitam”, como refere Artur Santos Silva, presidente da Fundação.
Fonte: Newsletter FC Gulbenkian (outubro 2014)