A peça do mês - Vila do Conde
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A peça do mês - Vila do Conde
PEÇA DO MÊS FEVEREIRO 2015 Caneca MVC-02196 Datação: Século XX Medidas: 16 x 12,5 cm Produto Cerâmico: Faiança Local de Fabrico: Aveiro Incorporação: O exemplar aqui exposto pertence à coleção de canecas de D. Alcina Campos, incansável colecionadora e esposa do digníssimo senhor doutor Mário José de Campos, reconhecido médico vila-condense. Caneca em faiança policroma, troncónica, com bico triangular e asa encurvada simples. Apresenta decoração com motivos/elementos florais e um pássaro, pintada à mão. As cores da pintura são o verde, o amarelo e o cor-de-rosa. Aveiro aparece referenciado no século XVI como centro oleiro, período em que começam a surgir fábricas de olaria. A cidade abastecia a região do Minho através dos navios que descarregavam as olarias nos portos de Viana do Castelo e Caminha. Embora existindo outras Indústrias em Aveiro, era a atividade barrista que se destacava pela sua ascensão. A partir do século XVIII, progrediu a arte cerâmica - peças utilitárias, decorativas, presépios, calvários e imagens devocionais. Na segunda metade desse século, foram criadas novas fábricas de cerâmica ou olarias. Nesse período, as antigas olarias de Aveiro, que fabricavam apenas com barro vermelho, estavam no seu auge. Daí que novas fábricas tenham surgido, privilegiando o fabrico de louça com barro branco. Em finais do século XIX, assume grande destaque uma das fábricas de cerâmica de Aveiro, a “Fábrica da Fonte Nova”, principalmente pela sua presença em grandes certames nacionais, no Porto e em Lisboa, com destaque para uma grande Feira - Exposição no Porto, onde os seus produtos foram muito apreciados. Posteriormente, essa mesma fábrica participou de uma forma contínua e regularmente nas melhores exposições em Lisboa, alcançando, desta forma, uma grande projeção. De assinalar a sua presença, em 1894, na grande Exposição Internacional de Antuérpia. Os produtos provenientes das Fábricas de Cerâmica de Aveiro, muito diversificados, expunham, para além da cerâmica artística e decorativa, louças de vários estilos, faiança grosseira ou faiança fina, peças decorativas em grande escala, bem como azulejos artísticos policromáticos. Esta doação veio dilatar o enriquecimento do espólio do Museu de Vila do Conde e constituir-se como valioso incentivo à cultura da aprendizagem e conhecimento, designadamente ao nível da cerâmica portuguesa. CÂMARA MUNICIPAL DE VILA DO CONDE