trilogia da ética para a educação inclusiva
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trilogia da ética para a educação inclusiva
1 TRILOGIA DA ÉTICA PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA Claudia Dias Ribeiro Pedagogia RESUMO O trabalho aqui apresentado objetiva, analisar a importância da Ética na educação para a inclusão e demonstrar sua ihfuência na vida profissional e pessoal de alunos e professores. Graças a sua complexidade e a necessidade que o homem tem em procurar entender e explicar os renovados e antigos sentidos e significados da ética, esta passou a ser objeto de vários pesquisadores nas diversas áreas do saber. Os três estudos de Cláudia Dias Ribeiro, entre 2008 e 2010 foram elaborados e analisados separadamente, porém tem intima ligação, pois se complementam em uma seqüência lógica no estudo dos trabalhos científicos: Ética entre a Teoria e a Prática, A Ética como Facilitadora no Processo de Inclusão de Pessoas com Deficiência Visual na Sociedade e A Didática no Ensino Superior e A Acessibilidade ao Conhecimento do Aluno de Baixa Visão. . Professores éticos formam alunos éticos, professores teóricos formam alunos teóricos, então embora a teoria seja essencial no processo educativo é a prática que conclui o processo da aprendizagem, quando os alunos se tornam professores e passam a reproduzir os conhecimentos que adquiriram durante o curso, se não ouviram falar da inclusão será difícil incluir. PALAVRAS- CHAVE Ética, Educação, Didática, Baixa visão, Inclusão ABSTRACT The work presented here aims to examine the importance of discipline in Ethics Education for inclusion and demonstrate its importance in personal and professional life of teachers and students. Thanks to its complexity and the 2 need that man has to seek to understand and explain the renewed and old meanings of ethics, this has become the object of many researchers in various fields of knowledge. The three studies Claudia Dias Ribeiro between 2008 and 2010 were prepared and analyzed separately, but has intimate connection, as if in a logical complement to the study of scientific work: Ethics between Theory and Practice, Ethics and the Process of Inclusion Facilitator People with Visual Impairment in Society and the Curriculum in Higher Education and Accessibility to Knowledge Student Low Vision. . Teachers ethical ethical form students, teachers’ theoretical theorists form students, so although the theory is essential in the educational process is the practice that completes the process of learning, when students become teachers and pass to reproduce the knowledge gained during the course, if not heard of inclusion will be difficult to include. KEYWORDS Ethics, Education, Teaching, Low Vision, Inclusion 1 INTRODUÇÃO O que é Ética? A pergunta que transcorreu séculos antes de Cristo chega em 2012 ainda ecoando,, isso porque não se encontrou apenas uma resposta encontraram-se várias, dessa forma cada autor cria o seu conceito e ela se ramifica em: Ética Jurídica, Ética Profissional etc. “Um dos temas que ultrapassou os limites do tempo e do espaço, a origem deste debate tem como marco temporal inicial a Grécia antiga fazendo referência a Platão e Aristóteles, no século VI a.C. Com o crescimento no número de publicações desde a segunda metade do século XX, novos conceitos foram formulados, as contradições são aparentes na formulação dos pesquisadores e por isso o estudo da ética continua trazendo grandes contribuições para a sociedade”. (RIBEIRO, 2008 p.2) Este trabalho foi elaborado a partir dos estudos de Claudia Dias Ribeiro, são resumos de suas obras sobre a importância Ética para a Educação Inclusiva, pois em 2008, ela participou do 10º Prêmio de Monografia da 3 Universidade Tiradentes recebendo um certificado de participação com o titulo Ética entre a Teoria e a Prática. A necessidade de conhecimento não parou por ai em 2010, teve a publicação de seu artigo escrito em 2009 intitulado A Ética como Facilitadora no Processo de Inclusão de Pessoas com Deficiência Visual na Sociedade, e em 2010, ficou pronta a terceira parte A Didática no Ensino Superior e a Acessibilidade ao Conhecimento do Aluno de Baixa Visão, o 5º melhor trabalho científico entre os 97 inscritos no 12º Prêmio de Monografia da Universidade Tiradentes publicado em 2011. A junção do resumo dessas três obras deu-se o nome de Trilogia da Ética para a Educação Inclusiva, segundo o Dicionário Online “Trilogia é um conjunto, dividido em três partes.” Embora elaborado em anos distintos ele é uma obra única que parte da teoria para a prática em sala de aula, tornando possível a inclusão do aluno com baixa visão na Universidade; com a mesma linha de raciocínio, o mesmo espírito crítico, sendo motivado pelo desejo de contribuir para uma instituição mais acolhedora, mais acessível. Embora existam muitas publicações e estudos sobre Ética, pouco foi encontrado sobre a Didática para pessoas com deficiência visual no Nível Superior nas bases de dados do Scielo e bibliotecas da Universidade Tiradentes. O momento mais difícil e emocionante foi o de analisar a própria obra como um ser neutro juntando as peças de um quebra cabeças e assim foi produzido um quarto trabalho. Será que a escritora que é uma pessoa com baixa visão conseguiu unificar a sua obra? Embora ela tenha outros artigos em construção e outros já concluídos, por que esses três se tornaram um? A Ética tem influência sobre os métodos e técnicas de ensino escolhidos pelo professor em sala de aula? A pesquisa foi feita no acervo particular da autora deste trabalho resultando que as obras originais se basearam em outras fontes. É relevante para a construção de uma educação efetivamente inclusiva e igualitária também no Ensino Superior. 2 ÉTICA ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA Esse trabalho foi elaborado para estar entre os concorrentes de do 10º Concurso de Monografias da Universidade Tiradentes em 2008, porém não foi 4 divulgada sua classificação; para a sua construção foram analisadas dissertações de mestrado e teses de doutorado além de outras obras que apresentavam a Ética de forma geral e outros faziam ligação entre Ética, Educação e Inclusão. O texto apresenta alguns autores que se debruçaram sobre o tema proposto e a sua contribuição para a sociedade moderna ao todo o produto final consta de 20 referências, onde a autora afirma na introdução que existe a “... necessidade de um conhecimento teórico e prático [...] principalmente no âmbito educacional para que o individuo se torne cônscio de seus direitos e deveres (RIBEIRO, 2008, p.06) em sua pesquisa tentava descobrir se a ética facilitava a inclusão. No decorrer do trabalho Claudia Ribeiro fala sobre a colonização do Brasil, as mudanças culturais impostas aos índios, aos africanos escravizados e a imposição de uma religião que seria uma forma de libertá-los, com relação aos índios, da morte e com relação aos africanos seria apenas a liberdade espiritual. Tornar homens em escravos hoje é um crime contra os direitos humanos, mas na época era prática comum no Brasil pois alguns homens eram considerados como propriedade. Então, para os colonizadores ter escravos era algo permitido, então, legal e ético. A autora comenta que houve um tempo em que a palavra de um cidadão honesto equivalia a um contrato judicial, hoje em dia ninguém vende ou compra uma casa sem pelo menos um recibo assinado e datado, o casamento religioso é realizado depois do civil e assim por diante. A autora explica que havia dificuldade em se obter uma boa educação no interior do estado de Sergipe pelas famílias pobres a violência física e emocional era vista como a melhor forma de se educar uma criança e esse tratamento era permitida por alguns pais. Hoje existe o estatuto da criança e do adolescente com a finalidade de protegê-los de qualquer tipo de abuso por parte de adultos isso inclui os professores. O preconceito para com as pessoas com deficiência e a forma inadequada para lidar com elas foi algo mencionado, pois ela o vivenciou na infância, na adolescência e na fase adulta, em todos os níveis de ensino. O preconceito atingia também as crianças que não tinham o nome do pai na Certidão de Nascimento. Ela observa também que as Universidades podem ser grandes parceiros da inclusão social, pois são formadores de professores e outros profissionais, mas nem tudo que acontece nesse ambiente é ético e 5 moral de acordo com os padrões da sociedade atual. Ao falar dos valores, ela menciona a liberdade, como algo muito valioso para ser vendido por 10 reais. Segundo Claudia Ribeiro a perfeição está ligada a quebra dos valores como algo que dificulta esse processo. A Ética profissional é exemplificada como uma das ramificações da Ética Geral e nesse sentido o professor é fundamental para ensinar os alunos a como se comportar de maneira aceitável a sociedade desde que ele mesmo tenha um comportamento exemplar, ou suas palavras passarão como o vento. A inclusão digital ainda é algo sonhado pelo Governo Federal apesar dos investimentos nesse projeto, existem escolas que não tem computador e sem ele o acesso a internet ao aluno de comunidades carentes é impossibilitado. Ela finaliza o texto mostrando que para existir um mundo melhor não bastam apenas leis, amor, amizade e empatia. A obra monográfica foi resumida em uma revisão de literatura e uma interlocução entre os autores selecionados e as informações que podem despertar o interesse de outros pesquisadores, ela chega a conclusão que a inclusão será possível se os formadores de opinião não tiverem desvios de conduta, pois se forem desonestos o seu trabalho frente aos alunos será prejudicado, percebe ainda que a igualdade de oportunidades e até mesmo a didática escolhida pelo professor é uma questão ética e moral podendo assim estimular o aluno a participar da aula ou desistir do curso. 2.1 A ÉTICA COMO FACILITADORA NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NA SOCIEDADE A segunda obra literária de foi elaborada no ano de 2009 quando ela estava freqüentando a disciplina Práticas Investigativas I onde os trabalhos com nota 9,0 ou 10,0 são selecionados para publicação que aconteceu entre Janeiro e Junho de 2010 nos Cadernos de Graduação da Universidade Tiradentes. No artigo anterior ela fala da importância das Universidades na formação ética dos profissionais e na sensibilização da comunidade acadêmica como 6 forma de evitar constrangimentos e processos judiciais. E exposição da pessoa com deficiência a situações que podem afetá-las física e intelectualmente. A autora se volta para a inclusão de pessoas com deficiência visual na sociedade sua inclusão no passado e no presente; esse trabalho consta de uma parte prática e menciona a importância do professo consciente de suas responsabilidades, direitos e deveres do profissional 12 referências fazem parte dessa obra foi elabora com o auxilio de alunas do curso de Pedagogia que responderam a questionários. Claudia cita (HOFF, 2004) afirma “que a justiça está ligada ao Direito e a Justiça.” Suas pesquisas mostraram que a família a, igreja e a escola são responsáveis pelo ensino da ética. No segundo capitulo a autora traz exemplos bíblicos de Abraão que foi enganado pelo filho em decorrência de sua deficiência visual e de Bartimeu um dos cegos que foi curado por Jesus. Ela chega aos dias atuais onde a tecnologia possibilita o acesso ao conhecimento em especial nas bibliotecas onde as obras de referência não saem para empréstimo apenas são disponibilizados para leitura loca. Nos tempos de Jesus somente um milagre, poderia fazer um deficiente visual enxergar, hoje existem transplantes, cirurgias e equipamentos de tecnologia assistiva que tornam possível a inclusão destes indivíduos no mercado de trabalho, apesar do avanço social ainda existe o preconceito na hora de dar emprego a uma pessoa com cegueira ou baixa visão, mesmo com a obrigatoriedade das cotas e com nível superior algumas vezes para garantir seus direitos o cidadão recorre ao Ministério Público e aos Conselhos de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, ela observa que a disciplina Ética passou a ser tema transversal nas licenciaturas e a disciplina Moral e Cívica foi retirada do ensino fundamental. Ribeiro (2008) citando Lima (2006) revê a importância de profissionais para a nova clientela que está saindo do esconderijo e partindo em busca do seu direito à Educação. E assim esses alunos podem desenvolver outras habilidades. Claudia também apresenta a letra de uma de suas músicas que fala da esperança de ver que as pessoas que lhe ajudam nos momentos difíceis. A visão reduzida ou baixa visão dificulta a leitura, porém existem recursos e técnicas que o professor pode adotar para tornar o conhecimento acessível, ela cita (BITTAR, 2004) onde “Ética como aquela que faz o homem tomar 7 consciência entre o certo e o errado.” Ela chega a conclusão de que não basta apenas falar de ética e preciso vivenciá-la cada dia e que se os professores não internalizarem a ética será impossível incluir os alunos no ensino regular A inclusão da pessoa com deficiência visual em todos os espaços como educação, esporte e lazer dependem de uma conduta ética, a inclusão para Claudia é um processo em construção assim como sua trilogia as pesquisas não param por ai ela complementa no capitulo seguinte. Observe a continuidade da trilogia no capitulo que se segue. 2.2 A DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR E A ACESSIBILIDADE AO CONHECIMENTO DO ALUNO DE BAIXA VISÃO Esse é o resumo da publicação mais recente da autora pesquisada que conquistou o 5º lugar no 12º Prêmio de Monografia da Universidade Tiradentes entre 97 trabalhos concorrentes percebe-se então, que houve uma evolução que começa em 2008 e percorre um caminho e atinge o objetivo em 2010. O trabalho de Claudia Ribeiro teve como “objetivo contribuir na reprodução de valores éticos na formação de novos profissionais adeptos a inclusão de pessoas com deficiência visual na sociedade.” RIBEIRO (2010). No capítulo primeiro ela escreve sobre a Didática no ensino superior e cita Comenius (1592-1670), conhecido como o pai da didática ela percebe que existe pouca bibliografia disponível sobre o tema nas bases de dados pesquisadas por ela, seu trabalho consta de 11 referências ela traz conceito de didática de outros autores como (ARAUJO, 2000) que apresenta a “didática como o estudo do método, conjunto de técnicas que facilitam o aprendizado.” Sobre avaliação não deve ser vista como uma punição aos que não aprenderam mais uma forma de verificar o que se reteve no nível de consciência e que pode ser aplicado. Descreve que devem ser proporcionados aos alunos oportunidades de interação e observação com profissionais de diversas áreas para um melhor aproveitamento do que se aprende em sala de aula. Também comenta que as novas tecnologias podem auxiliar na tarefa de 8 ensinar sem nenhum prejuízo ao aluno, porém todo o ensino não deve ser deixado a cargo da internet. No capitulo três aborda a importância da acessibilidade na sala de aula para a pessoa com baixa visão. Sendo assim a falta desse componente gera desconforto, desmotiva e leva a desistência do aluno em qualquer nível de ensino. Claudia Ribeiro traz o relato de experiência de uma aluna com baixa visão de uma Universidade que desistiu do curso de História por sentir-se em condição desfavorável, pela falta de conhecimento dos profissionais que lhe davam instrução e não utilizavam a didática adaptada para sua condição. Fala também que no Curso de Pedagogia da mesma IES teve dificuldades, porém a Instituição providenciou meios para que a aluna tivesse acesso a leitura nas bibliotecas adquirindo equipamentos específicos para esse fim. Também foram providenciados livros em áudio e a ampliação dos textos das disciplinas. Embora alguns professores ainda insistam em passar muito tempo copiando no quadro ela conseguiu superar as dificuldades e permanece estudando na mesma IES. Nessa monografia ela também agradece aos gestores que participaram do processo de tornar a Universidade Tiradentes acessível aos alunos com baixa visão. Cada professor é livre para escolher a melhor forma de transmitir os conteúdos programáticos a seus alunos, e percebe-se que quando o professor internalizou o conceito de ética ele vai aplicar a didática da forma mais coerente para incluir todos os alunos inclusive aqueles que têm maior dificuldade, não vai passar um filme em inglês podendo passar o mesmo filme em português sem prover os meios para que o aluno compreenda o conteúdo, não vai passar horas escrevendo no quadro sem repassar o texto de forma legível para o aluno que não vê de longe. Alguns trabalham em muitos lugares e podem alegar que a ausência de recursos adequados é justificada pela falta de tempo para preparar aula. 3 TRILOGIA INCLUSIVA DA ÉTICA PARA A EDUCAÇÃO 9 Os capítulos anteriores têm algumas coisas em comum além da autoria, a Ética como o fio de ligação entre eles, como uma linha que costura o vestido a autora é a máquina e o Costureiro é Deus, a quarta obra que não faz parte do vestido, porém é um complemento, ou seja, o sapato forrado com o mesmo tecido do vestido A Educação Inclusiva. Esse vestido tem a parte da frente moldada em 2008, às costas ou a parte de trás do vestido em 2009 e por fim às mangas em 2010. Dois participaram de concursos de monografia da Universidade Tiradentes, o outro um artigo, dois foram publicados pela mesma Instituição. Menos o primeiro embora tenha sido reconhecido, segundo Ribeiro (2008) no século IV a.C. já se ensinava ética na Grécia e esse ensino percorreu um longo caminho até 2010. (Claudia Dias Ribeiro) 2012 Outra questão é o preconceito e esse não se sabe onde começou, mas também é sentido em nos dias atuais. O domínio do mais forte sobre o mais fraco percebido na época da colonização do Brasil continua a existir, a escravidão não é algo exclusivo do passado, em 2012 se houve falar de tráfico de mulheres brasileiras, trafico de trabalhadores rurais. A ética se baseia em leis então, quem desconhece as leis pode vir a ter sérios problemas com a justiça e quem conhece as leis e desobedece pode ter a mesma sorte responder a inquérito administrativo ou judicial. Nas relações de consumo o professor é um prestador de serviços educacionais e o aluno um consumidor caso esse profissional não tenha noção do que seja a Ética Profissional e passa a prestar um serviço de baixa qualidade, em conseqüência disso prejudica os alunos na aquisição do conhecimento ele pode receber uma 10 advertência verbal, escrita ou mesmo perder o emprego. Sem ética não existe inclusão. Ribeiro (2010) concorda e complementa Ribeiro (2011) a ética facilita o processo de inclusão de pessoas com deficiência na sociedade em especial nas Universidades. Não é apenas a ética que efetivará a inclusão das pessoas com deficiência são necessários recursos didáticos. Assim sendo se o professor não utiliza recursos adequados às necessidades de seus alunos, tendo condições de fazê-lo, esse professor poderá reprovar muitos alunos usando a justificativa de que eles não têm interesse em aprender, que são faltosos, mesmo sendo freqüentes. A direção da Instituição pode aceitar ou não às justificativas do professor para a desistência ou reprovação dos alunos e principalmente alunos com deficiência. O professor que tendo condições ofertadas pela Instituição de Ensino não prepara suas aulas de forma que sejam inclusivas ele está indo de encontro a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, que se tornou emenda constitucional, logo não está sendo ético. Ribeiro (2008) apresenta apenas a teoria, Ribeiro (2010) une teoria e prática voltada aos discentes e Ribeiro (2011) teoria e prática voltada aos docentes. Embora esse trabalho seja uma seqüência a publicação foi feita apenas em 2010 e 2011 logo 2009 não aparece nas referências. Essa trilogia mostrou que antes de falar ou escrever sobre ética ou qualquer outro assunto é necessário ter conhecimento dele, para poder analisar se a resposta dos entrevistados se relaciona com a resposta de algum autor pesquisado e em se tratando de Didática se os professores receberam instrução para trabalhar com alunos com baixa visão. Não se pode culpar um professor pelo conhecimento que não adquiriu enquanto aluno de uma graduação ou licenciatura, porém uma vez que esse aluno passa a freqüentar suas aulas é essencial que ele busque junto a coordenação do curso e centros de apoio pedagógico, informações sobre a melhor forma de possibilitar ao aluno oportunidade de crescimento intelectual e integração social. A suma dessa Trilogia é que a inclusão das pessoas com deficiência só se efetivará no momento e que os profissionais de educação receberem uma formação ética voltada as necessidades educativas especiais nos cursos de graduação que lhes ajudem a refletir na necessidade de igualdade de 11 oportunidades e na responsabilidade individual de estar preparado para atender de forma satisfatória os alunos com e sem deficiência. O professor não é infalível, os erros fazem parte da construção da sociedade, o que não é aceitável é a resistência e as barreiras impostas que podem dificultar a inclusão ou prejudicar o desenvolvimento do aluno propositadamente. 4 CONCLUSÃO Dialogar com Claudia Ribeiro foi uma experiência muito interessante, pois seu trabalho levou três longos anos para ser construído nem mesmo a autora conseguia vislumbrar a sua Trilogia como um trabalho de conclusão de curso, porém ao reunir os três ela entende que sem ética é impossível incluir as pessoas com deficiência na sociedade, sem ética o professor se utiliza de recursos inadequados ao aprendizado do aluno e que só deve-se comentar o assunto se tiver pelo menos a noção do que ele significa. Professores éticos formam alunos éticos, professores teóricos formam alunos teóricos, então embora a teoria seja essencial no processo educativo é a prática que conclui o processo da aprendizagem, quando os alunos se tornam professores e passam a reproduzir os conhecimentos que adquiriram durante o curso, se não ouviram falar da inclusão será difícil incluir, se aprenderam que o aluno é quem deve adaptar-se, portanto não tem conhecimento da lei da acessibilidade ou não concordam com o que ela ordena. SOBRE O TRABALHO A autora Claudia Dias Ribeiro é graduanda do 5º período do Curso de Pedagogia da Universidade Tiradentes em 2012/2. Nasceu em Aracaju em 05 de novembro de 1976, ao casar-se mudou seu sobrenome Cruz, para Ribeiro. Tem visão subnormal, concluiu o Magistério em 1994. Formou-se Professora em Educação Religiosa em 1998 pelo SALT-IAENE- BA. Representou Sergipe em Brasília em 2011 na III Conferência Nacional de Política para Mulheres. Contato: [email protected]. Endereço: Ladeira Walter Franco 22, São Cristóvão. A Professora da Disciplina TCC foi a Msc. Maria José Araujo de 12 Azevedo que orientou os ajustes finais na formatação do artigo. REFERÊNCIAS BÍBLIA Português A Bíblia Sagrada, [Traduzida em português por João Ferreira de Almeida] Revista e Atualizada no Brasil, 2ªed. SBB, São Paulo, 1997. AMARAL, Daniela Patti do. Ética, moral e civismo: difícil consenso. Cad. Pesqui. , São Paulo, v. 37, n. 131, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S01001574200700020 0007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 10 Jun 2008. doi: 10.1590/S0100- 15742007000200007 ALVES, Milton Ruiz, KARA, José Niwton, Campanha Nacional de Reabilitação Visual Olho no Olho, Manual doe Orientação ao Professor, MEC, 2000 ARAÚJO, Célia Maria, Didática no Cotidiano, São Paulo, Pancast. Ed. 3ª ed. 2000. ARAÚJO, Célia Maria, Didática no Cotidiano, São Paulo, Pancast. Ed. 3ª ed. 2000. ARANHA, Maria Lúcia Arruda, Filosofia da Educação, 2ª ed., ver. 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