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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 2012 Soares da Costa Construção, SGPS, SA 1 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 2 Índice 01. RELATÓRIO DE GESTÃO Destaques 4 Introdução 5 .1 O Grupo Soares da Costa 6 .2 Responsabilidade Social Corporativa 11 .3 Atividade 11 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 Enquadramento Produção - Áreas de Negócio Área Comercial Organização Recursos Humanos .4 Análise Económica e Financeira 4.1 Contas Individuais 4.2 Contas Consolidadas 11 15 23 26 26 29 29 30 .5 Gestão de Riscos 34 .6 Perspectivas para 2013 35 .7 Fatos Relevantes Após o Termo do Exercício 36 .8 Outras Informações Legais 36 .9 Reconhecimento 37 .10 Proposta de Aplicação de Resultados 37 02. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 40 03. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E NOTAS EXPLICATIVAS DAS CONTAS INDIVIDUAIS 45 04. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 68 05. PARECERES E CERTIFICAÇÕES 74 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA RELATÓRIO DE GESTÃO Pousada da Serra da Estrela // Serra da Estrela Inn Portugal portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt 3 4 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DESTAQUES > Volume de negócios (VN) consolidado atinge 712,5 milhões de Euros, situando-se 10,5% abaixo do valor do ano anterior, reflexo de uma descida acentuada do mercado doméstico (-34,3%); > VN no mercado externo cresce 1,3% para 538,9 milhões de Euros, representando uma quota superior a 75%; > Reestruturação organizacional e operacional (realocação e redução de efetivos e fusão por incorpora- ção da Contacto) e financeira (reescalonamento das maturidades do endividamento); > EBITDA de 29,0 milhões de Euros (47,7 milhões de Euros em 2011) é prejudicado por custos não re- correntes; > Margem EBITDA recorrente de 6,8% melhora 0,7 pontos percentuais face ao ano anterior; > Resultados financeiros situam-se em -28,1 milhões de Euros (-13,3 milhões de Euros do ano ante- rior); > Custos de reestruturação e imparidades de créditos (Portugal, Angola e EUA) afetam significativa- mente o resultado antes de imposto de -49,8 milhões de Euros (+12,6 milhões em 2011); > Resultado consolidado atribuído ao Grupo negativo de 37,8 milhões de Euros (+8,1 milhões de Euros em 2011); > Resultado líquido individual cifra-se em -8,6 milhões de Euros (12,8 milhões um ano antes), influen- ciado pelo registo de uma imparidade no investimento financeiro dos EUA de 20,2 milhões de Euros. Principais Indicadores Consolidados da área de negócio (AN) Construção (milhões de Euros) 2012 2011 Variação 712,5 796,2 -10,5% Portugal 173,6 264,2 -34,3% Mercado Externo 538,9 532,0 1,3% 50,1 49,0 2,4% Margem EBITDA recorrente/VN 7,0% 6,1% +0,9p.p Resultados Financeiros -28,1 -13,3 - Resultados antes de Impostos -49,8 12,6 - Resultado Líquido Consolidado -37,8 8,1 - Volume de Negócios EBITDA recorrente Nota: EBITDA recorrente é o EBITDA ajustado sem custos de rescisões com colaboradores e incobráveis RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 5 INTRODUÇÃO O Conselho de Administração da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., no cumprimento das disposições legais e estatutárias apresenta e submete à apreciação da Assembleia Geral de Acionistas, o Relatório de Gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. Estes documentos dão conhecimento sobre a evolução dos negócios, o desempenho e a posição financeira da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. e das principais sociedades em que participa, bem como sobre os principais riscos e incertezas com que se defronta. Os dados contabilísticos apresentados quer respeitantes às demonstrações financeiras individuais da sociedade quer no contexto das contas consolidadas devem ser interpretados à luz das normas internacionais (IAS/IFRS: Normas Internacionais de Contabilidade/ Normas Internacionais de Relato Financeiro), tal como adotadas na União Europeia. Mais se informa que, enquanto entidade totalmente detida pela sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., sociedade aberta ao investimento do público, a Soares da Costa Construção S.G.P.S., S.A. não está sujeita a obrigação legal de elaboração e divulgação de contas consolidadas, cabendo essa responsabilidade à empresa-mãe. Assim, as contas consolidadas que aqui se apresentam assumem um caráter facultativo sendo, porém, elaboradas segundo o quadro normativo internacional já acima referido e transmitem a dimensão conjunta e a performance da atividade da área de negócios da construção do Grupo Soares da Costa. A informação financeira relativa a cada empresa participada individualmente referida neste relatório deve ser entendida no contexto do seu interesse para a compreensão da atividade e desempenho da área de construção e não substitui as demonstrações financeiras que cada sociedade elabora e apresenta nos termos da legislação vigente. 6 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .1 O GRUPO SOARES DA COSTA Na sua qualidade de estrutura coordenadora de toda a atividade do Grupo Soares da Costa diretamente ligada à construção, é à Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. que incumbe a responsabilidade de, através deste segmento de atividade - um dos dois considerados estratégicos no Grupo (a par das Concessões/ Serviços) - realizar a missão deste, ou seja, a de «corresponder às exigências do mercado e dos seus clientes, através de um modelo de negócio sustentado, recursos qualificados e motivados, geradores de valor económico, social e ambiental, de modo a proporcionar um retorno atrativo aos acionistas». Esta missão é prosseguida não ao acaso ou de modo aleatório, antes através do sulco de caminhos exigentes e difíceis mas bem orientados e que se consubstanciam na prática reiterada de valores que, sendo definidos ao nível geral do Grupo, são orgulhosamente partilhados pela Sociedade: > Orientação permanente para o mercado e para a satisfação do cliente; > Eficácia e eficiência da gestão; > Integridade e ética; > Conduta socialmente responsável; > Respeito pelo ambiente. Referências Históricas A Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., de um ponto de vista formal, nasceu em 30 de dezembro de 2002, tendo sido criada mediante o apport pelo seu acionista único – o Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. – do portfolio de participações sociais da área de negócios da construção. Todavia, remontam a 1918 as origens do que é hoje o Grupo Soares da Costa. De pequena empresa com 10 operários dedicada essencialmente à execução de acabamentos de alta qualidade a um dos maiores grupos económicos portugueses com presença global, toda a história da Empresa se encontra intimamente ligada ao negócio da Construção. No decorrer da sua já longa existência, a Empresa atravessou várias fases de crescimento, acompanhando sempre os sinais dos tempos: > Em 1944, converte-se numa sociedade por quotas, com 8 milhões de escudos de capital; > Em 1968, e já com atividade em toda a região Norte de Portugal, transforma-se em Sociedade Anónima com um capital de 9 milhões de escudos, ainda detido inteiramente pelos herdeiros do fundador; > No período que se seguiu à Revolução de 1974, e reagindo com inovação à crise que então se instalou no mercado, a empresa encontrou na construção, utilizando tecnologia de “cofragem túnel”, a porta para a continuação do seu crescimento. Em 1977, já com mais de 4.000 trabalhadores, a sede social é transferida para um novo edifício na Avenida da Boavista; > No início da década de 80 do século passado, é iniciada a expansão internacional da empresa, sendo a Venezuela e a Guiné-Bissau os países eleitos como pioneiros. O seu capital social passa a ser de 180 milhões de escudos; > É também na mesma década que, aproveitando a explosão de crescimento das infraestruturas do país que a adesão à Comunidade Europeia anunciava, a atividade da empresa sai da quase exclusividade dos edifícios e se alarga à construção dessas infraestruturas; > Em 1988, e após uma mudança acionista interna que, sem ainda perder o carácter familiar, levou a Empresa a um período de maior exposição ao Mercado Financeiro, procede-se a um novo aumento de capital, para 5.250.000 contos; > Durante as décadas de 80 e 90, a atividade in- ternacional da Empresa diversifica-se e o volume de exportações cresce. A presença em Mercados tão distantes entre si como Iraque, Macau, Egipto, Guiana, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Alemanha são exemplos da clarividência na busca de oportunidades e da capacidade para as aproveitar; > A entrada da Empresa no mercado dos Estados Unidos da América deu-se em 1994, com a constituição da SDC Contractor Inc.; > Em 2002 dá-se uma nova reestruturação que conduziu à formalização do grupo económico. A Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., converte-se numa sociedade gestora de partici- 7 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA pações sociais, a Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., com o capital social de 160 milhões de Euros, que por sua vez detém inteiramente o capital social de quatro outras sociedades gestoras de participações sociais, cada uma delas encabeçando as participações do respectivo segmento de negócios. À Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., cabe-lhe a missão de gerir todo o negócio da Construção, sendo constituída com o capital social nominal de 90 milhões de Euros; > O período compreendido entre o final do ano de 2006 e o início de 2007 é outro marco histórico para a Empresa, com a obtenção por parte do Grupo Investifino - Investimentos e Participações, S.A. do controlo do Grupo Soares da Costa. O caráter familiar que, até então, estava intimamente ligado à gestão (e, sobretudo, à imagem da empresa) desaparece, dando origem a uma nova filosofia de gestão, mais profissionalizada e moderna. É longa e complexa a história do Grupo Soares da Costa no mercado da construção, mas nas suas várias fases sempre procurou e soube encontrar espaço para modernização e crescimento. Desta forma, a Soares da Costa Construção S.G.P.S., S.A. tem a responsabilidade de honrar com a sua atividade os pergaminhos de que é depositária, vendo no seu passado o exemplo mas sabendo sempre encontrar no presente o caminho de crescimento que lhe garanta o futuro. Daí que competindo-lhe a gestão e o desenvolvimento do negócio da Construção, uma das áreas estratégicas de negócios do Grupo, a sociedade evidencia um grande crescimento e dinâmica desde que nasceu formalmente. Em 2008, procedeu às aquisições da Contacto em Portugal e da Prince, no estado da Florida, Estados Unidos da América, para além da integração da Clear adquirida à área industrial. No decurso do ano de 2011 incorporou, por fusão, a Soares da Costa Indústria, S.G.P.S., S.A.. Nesse mesmo ano, tendo em conta as substanciais alterações do contexto macroeconómico, a escassez de financiamento e a forte contração do mercado de construção doméstico, a gestão do Grupo Soares da Costa procedeu ao ajustamento do seu plano estratégico 1. Esta atualização direciona as linhas de orientação estratégica para a INTERNACIONALIZAÇÃO, para a ÁREA DE NEGÓCIOS DA CONSTRUÇÃO e para a SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA das atividades. Assim, visando assegurar um nível de crescimento da atividade do Grupo compatível com as condicionantes externas, nomeadamente de índole financeira, protegendo os níveis de rentabilidade e possibilitando, no final do período de aplicação do plano (2015), atingir uma expressiva redução do endividamento, foram selecionados os seguintes vetores de atuação: > Manutenção do crescimento em África > Desenvolvimento do mercado brasileiro por via or- gânica, perspetivando uma aquisição a médio prazo > Permanência dos Estados Unidos, com enfoque na rentabilidade > Adiamento dos investimentos em novos negócios de Energia e Ambiente > Alienação de ativos > Concessões: minimização de necessidades de capital > Redução de custos de estrutura Nem todos estes vetores de atuação se relacionam com a área de negócios da construção e, por isso, com a sociedade a que respeita este relatório. Porém, dado o enfoque na Construção e sendo esta a holding de participações desta área de negócios, assume um papel fundamental na implementação e concretização desta estratégia. Órgãos Sociais Os órgãos sociais da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. à data do início do exercício de 2012 tinham a seguinte composição válida para o mandato (2010-2012): MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL Presidente > Jorge Manuel Oliveira Alves Secretário > Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente > António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques Vice-Presidente > Jorge Domingues Grade Mendes Vogais > Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos Paulo Eugénio Peixoto Ferreira Carlos Alberto Príncipe dos Santos Roberto António Pereira Pisoeiro Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves António José Cadete Paisana Ferreira 1 Vide Comunicado no sítio da CMVM 8 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA FISCAL ÚNICO Efetivo > Grant Thornton & Associados – SROC, Lda Representada por Joaquim Filipe Martins de Moura Areosa Suplente > José Carlos Nogueira Faria e Matos Durante o exercício de 2012 a composição do Conselho de Administração sofreu algumas alterações, com a renúncia dos seguintes administradores: > Paulo Eugénio Peixoto Ferreira (renúncia por carta recebida em 22/03/2012); > António José Cadete Paisana Ferreira (renúncia por carta recebida em 14/05/2012); > António Manuel Lima de Miranda Esteves (renún- cia por carta recebida em 14/05/2012); Por sua vez, através da deliberação de 1 de junho de 2012 foram nomeados até ao final do mandato 2010-2012, como vogais do Conselho de Administração, Daniel Heihn Pinto da Silva e Fernando Jorge Salas Nogueira. Por conseguinte, à data deste Relatório a composição do Conselho de Administração é como segue: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente > António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques Vice-Presidente > Jorge Domingues Grade Mendes Vogais > Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves Daniel Hehn Pinto da Silva Fernando Jorge Sales Nogueira A estrutura organizativa atual apresenta-se no seguinte diagrama da página seguinte: > Paulo Jorge dos Santos Pinto Leal (renúncia por carta recebida em 14/05/2012); > Carlos Alberto Príncipe Santos (renúncia por carta recebida em 14/05/2012), PRESIDENTE António Castro Henriques VOGAL Gonçalo Andrade Santos VICE-PRESIDENTE Jorge Grade Mendes ÁFRICA CEO PORTUGAL CEO DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS Daniel Pinto da Silva Luís Mendanha Fernando Nogueira PRINCE Chairman António Miranda Esteves ANGOLA PORTUGAL EUA Daniel Barreira Jorge Rocha António Cortes OUTROS MERCADOS BRASIL José Fontes MOÇAMBIQUE Rui Carrito Vieira de Magalhães CLEAR Paulo Leal GUINÉ EQUATORIAL SOMAFEL S. TOMÉ E PRÍNCIPE COSTA RICA EMIRADOS ROMÉNIA Administrador Executivo Cadete Ferreira 9 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Acionistas O capital social é de 131.080.340 Euros, representado por 26.216.068 ações nominativas de valor nominal unitário de 5 Euros. A totalidade do capital social, desde a constituição da sociedade em 31 de dezembro de 2002, é detida pela sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.. Em cumprimento do disposto na alínea d) do número 5 do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais informa-se que a Sociedade não detém nem transacionou no exercício findo quaisquer ações próprias. Organização da Sociedade A Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., enquanto entidade gestora da área de negócios da construção do Grupo Soares da Costa, exerce a sua atividade através da gestão das participações nas várias empresas deste segmento, dedicadas à execução de obras de construção civil, engenharia e infraestruturas. Todos os membros que constituem o conselho de administração têm funções executivas, repartindo a coordenação das várias participações da Sociedade. Novas participações e alterações no perímetro de consolidação da AN Construção durante o exercício de 2012 > Fusão por incorporação da sociedade “Contacto – Sociedade de Construções, S.A.” na “Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.”. > Inclusão no perímetro de consolidação da socieda- de Linha 3 Cezarina – Construções, Ltda, uma sociedade de propósito específico de direito brasileiro, detida pelo grupo em 50%, cujo objeto social é o de promover o planeamento, desenvolvimento e a execução das obras para a implantação do projeto da linha 3 da Fábrica de Cimento de Cezarina, no Município de Cezarina, Estado de Goíás. De seguida representa-se o organigrama de participações da Sociedade: 10 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA SDC Construção, SGPS, SA 100% SDC América, INC TRANSMETRO, ACE Porto Construction Group, LLC 60% ASSOC-Estádio de Braga, ACE SDC Construction Services, LLC 80% Estádio Coimbra, ACE 100% Soares da Costa CS, LLC 100% Prince, LLC 100% 51% 80% 100% 58,88% Três ponto dois, ACE SDC Contractor, LLC HidroAlqueva, ACE GEC – Guiné Ecuatorial Construcciones GCF, ACE 30% 50% 50% 50% Linha 3 - Cezarina, Ltda 49% Grupul Portughez de Constructii VSL, SA SDC Emirates, LLC VORTAL, SGPS, SA Somague-SDC, ACE Teatro Circo, ACE 50% 25% Nova Estação, ACE 30% 50% Terceira Onda, Lda 41,12% Soares da Costa Brasil, Ltda SdC e Lena, ACE Estádio de Braga Acabamentos, ACE 60% 40% 50% 50% NORMETRO, ACE 50% 28,57% 28,57% LGC – Linha de Gondomar, ACE SDC S. Tomé e Príncipe, Construções, Lda. 40% 17,25% 28,57% LGV, ACE SDC Moçambique, SARL 100% GCVC, ACE Matosinhos, ACE CAET XXI, ACE 24% GACE – Gondomar, ACE 50% CARTA, LDA 99% 100% Israel Metro Builders 50% 17,9% Carta Angola, Lda 1% Soc. Construções Soares da Costa, SA SANTOLINA Holding B.V 100% SDC/Contacto, ACE 100% 100% 17% Construtora - S.JoséRamon, SA. SDC Construcciones Centro Americanas, SA 33,33% CLEAR, SA 95% 51% Construtora - S.JoséCaldera, SA SOCOMETAL, SA 100% 100% 100% CFE – Indústria de Condutas, S.A, CLEAR ANGOLA, SA 33% Coordenação & SDC 45% CERENNA, SA 50% 40% SOMAFEL, SA 60% 95% Método Integral (1) Adicionalmente, OFM, SA 100% MTA, LDA.(1) Alsoma, AEIE Traversofer, SARL Somafel e Ferrovias.,ACE Somafel,Ltda.(Brasil) Método Proporcional 5% E. Patrimonial a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. detém uma participação de 1% no capital social da MTA – Máquinas e Tractores de Angola, Lda. Custo de aquisição 11,3% 7,24% 11 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .2 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA A estratégia de responsabilidade social corporativa e as iniciativas que dela derivam são implementadas no âmbito das linhas de orientação definidas para o Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., a holding do Grupo e que integra a área de negócio da construção. O desempenho da empresa nesta temática e os factos relevantes decorridos no ano de 2012 encontram-se desenvolvidos em pormenor no relatório .3 3.1 e contas do Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., dando-se destaque às iniciativas de responsabilidade social interna (que visam os colaboradores da empresa e seus familiares), responsabilidade social externa (em colaboração com entidades externas e comunidades envolventes das diferentes geografias onde a Soares da Costa desenvolve as suas atividades) e responsabilidade ambiental. atividade ENQUADRAMENTO Análise Geral À escala mundial, o ano de 2012 manteve a tendência já revelada no ano anterior de um enfraquecimento do crescimento com a permanência de fatores de grande incerteza e de exigentes desafios em várias áreas e blocos económicos do globo. O produto mundial, pelas projeções feitas em outubro de 2012 pelo Fundo Monetário Internacional, ter-se-á expandido 3,3% 2 continuando a ter como motor as economias emergentes, com a Ásia na liderança, uma vez que nas economias avançadas, nomeadamente na Europa e nos Estados Unidos da América, permanece uma incapacidade de reconstruir a confiança numa base sólida de médio-prazo, em cenários de prossecução de políticas de consolidação fiscal e de um sistema financeiro ainda a revelar debilidades que não permitem o seu funcionamento em termos eficientes. A economia dos EUA terá tido uma expansão no ano findo de 2,2%, podendo em 2013 registar-se um abrandamento do crescimento (+1,7%). Ao fim do período eleitoral com a reeleição do presidente Barack Obama sucedeu uma difícil discussão sobre a política orçamental a requerer consenso político para evitar o precipício orçamental (“fiscal cliff”). A 2 IMF – World Economic Outlook, outubro 2012 definição de uma estratégia credível de consolidação orçamental e de sustentabilidade da dívida pública (e que no curto prazo evite os cortes automáticos de despesa) continua como um importante desafio em 2013. Pelo lado positivo, o processo de correção do mercado imobiliário dá mostras de estar próximo do fim com a redução dos stocks e um melhor comportamento dos preços. A Zona Euro, afetada pela intensificação da crise da dívida soberana e com os défices orçamentais, especialmente nos países do sul, viu em 2012 a sua atividade económica muito condicionada, apresentando uma variação do produto negativa (-0,4%), em resultado de um ténue crescimento na Alemanha, prática estagnação em França e quebras na ordem dos 2 a 3% em Espanha, Itália e Portugal, para já não citar a Grécia que, tendo estado no epicentro da crise (tendo-se assistido à reestruturação da dívida dos credores privados e a um segundo empréstimo) terá apresentado uma quebra do produto superior a 6%. Este quadro não sofrerá, expetavelmente, e segundo as projeções do organismo internacional já citado, alterações de melhoria muito significativas em 2013. 12 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Economia Portuguesa A implementação de medidas - e as respetivas consequências - no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) do Estado português junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia, formalizado ainda em 2011, dominou o panorama da vida económica nacional do último ano que decorreu sob uma orientação fortemente contracionista e pro-cíclica da política orçamental e num contexto de restritividade das condições monetárias e financeiras. A paralisação do investimento público e as medidas de agravamento fiscal visando a consolidação orçamental refletem-se numa elevada contração do consumo interno e os elevados níveis de alavancagem financeira do tecido empresarial esbarram na incapacidade do sistema financeiro de acompanhar seja a promoção do investimento ainda resistente, seja o apoio das necessidades de liquidez, quer em volume quer em condições (taxas de juro muito mais elevadas do que nos peers europeus) num cenário em que os reflexos das medidas de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos e de caráter estrutural encetadas têm, naturalmente, um horizonte temporal mais alargado. O investimento manteve uma trajetória de queda pronunciada tendo alcançado valores mínimos desde 1995, em volume. Com a salvaguarda do setor exportador que vem demonstrando ainda uma boa dinâmica, o ano de 2012 caraterizou-se, assim, por reflexos recessivos mais amplificados do que era esperado, até pelas entidades internacionais, conduzindo a um elevado número de insolvências e a um abrupto downsizing nas estruturas das empresas como modo de adaptação à redução substancial da procura no mercado interno sentido na economia em geral e em certos particulares setores, como é o caso da engenharia e construção civil. Neste quadro, assistiu-se a uma forte quebra do produto e a um significativo aumento do desemprego. Assim, o Banco de Portugal no seu Boletim de Inverno 3 avançou com uma contração da economia portuguesa de 3,0% em 2012, prevendo uma contração de 1,9% em 2013 (mais severa do que a queda de 1% inscrita pelo Governo no Orçamento de Estado, aliás, já entretanto publicamente revista para 2%) e projetando um crescimento do produto em 2014 (+1,3%) sujeito, porém, à verificação de pressupostos de comportamento de variáveis exógenas relativamente 3 Boletim Económico de Inverno 2012, Banco de Portugal, 15 de janeiro de 2013 favoráveis. Dados mais recentemente divulgados pelo INE colocam a taxa de variação anual do PIB em 2012 num patamar ainda mais negativo -3,2% em resultado duma quebra mais pronunciada verificada no 4º trimestre (-3,8% face ao homólogo do ano anterior). 4 Por outro lado, observaram-se progressos no “processo de ajustamento” nomeadamente ao nível da melhoria e até reequilíbrio do saldo da balança corrente e de capitais, com um crescimento das exportações de +4,1% (ainda que tendendo a evidenciar um ritmo decrescente), reveladora de ganhos efetivos de quota de mercado e a uma forte redução das importações (-6,9%). Ao nível do défice orçamental, com a consideração do impacto de medidas extraordinárias, poder-se á ter alcançado o objetivo constante do compromisso revisto com a troika, de ficar limitado a 5,0% do PIB. Num quadro europeu caraterizado ainda por alguma incerteza ao nível da capacidade de resposta por parte das autoridades da UEM em lidar com a questão das dívidas soberanas e de dissociá-la do contágio com os bancos, a perceção de risco dos investidores externos sobre a economia portuguesa apresentou alguns sinais de melhoria; estes sinais foram reforçados já em 2013 pelos resultados alcançados com a emissão de dívida pública a médio prazo do Estado português, realizada em janeiro, no que constituiu o regresso aos mercados financeiros internacionais num calendário antecipado relativamente ao previsto. Em termos de inflação, em 2012, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação média de 2,8% (3,7% no ano anterior). Para esta desaceleração terá contribuído o aumento menos expressivo dos preços dos produtos energéticos (com o respetivo índice a passar de uma taxa de variação de 12,7% em 2011 para 9,6% em 2012) e, também, a diminuição de 4,1 p.p na taxa de variação média da classe da Saúde que se fixou em 0,4% em 2012, motivada pela revisão dos preços dos medicamentos. O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) também apresentou em 2012 uma taxa de variação de 2,8% (3,6% em 2011). 5 O desemprego continua a ter uma evolução deveras preocupante, registando Portugal a terceira maior taxa (após a Espanha e a Grécia) entre os 27 países da União Europeia e mantendo uma trajetória de subida durante o ano de 2012. 4 Contas Nacionais Trimestrais - Estimativa Rápida 4º trimestre de 2012, INE, 14 de fevereiro de 2013 5 Índice de Preços no Consumidor, dezembro de 2012, INE, 11 Jan 2013 13 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Os dados recentes disponibilizados pelo INE 6 colocam a taxa de desemprego estimada no 4º trimestre de 2012 em 16,9%, superior em 1,1 pontos percentuais à do trimestre anterior e em 2,9 pontos percentuais relativamente ao período homólogo do ano transato. Este agravamento determina que a taxa de desemprego média anual se situe em 2012, em 15,7% o que representa um acréscimo de 2,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Assim, no final do ano, a população desempregada atingiu as 860,1 mil pessoas, tendo aumentado 21,8% em relação ao anoanterior (mais 154,0 mil pessoas). A população empregada registou um decréscimo anual de 4,2% (menos 202,3 mil pessoas). Mercado Interno: O Setor da Construção Em 2012 os indicadores da produção do setor da construção traduzem invariavelmente a degradação da procura seja pública ou privada, revelando níveis que se vão apresentando sucessivamente como mínimos históricos. A taxa de variação média anual do Índice de Produção na construção foi de -17,0% (quando em 2011 já havia observado uma queda de 10,7%) em resultado de uma variação de -18,1% no segmento de engenharia civil e de uma queda, menos pronunciada mas ainda assim muito significativa, de -15,7% na construção de edifícios. 7 Esta forte recessão é traduzida na quebra do consumo de cimento no mercado nacional que se situou em 26,9% relativamente ao ano anterior e assumindo o valor mais baixo desde 1973. O problema da quebra de investimento não é um problema que tenha surgido apenas em 2012. Analisando os relatórios produzidos pelo Banco de Portugal com base em dados do Instituto Nacional de Estatística, observa-se que a Formação Bruta de Capital Fixo tem vindo a decrescer sustentadamente desde 2002, com variações periódicas ditadas pelas lógicas eleitorais. Formação Bruta de Capital Fixo em Construção – Taxa de Variação Anual 15% 10% 5% 0% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 -5% -10% -15% O problema real agrava-se quando os fracos crescimentos do PIB verificados na última década (ou mesmo variações negativas em 2003, e nos anos mais recentes) são acompanhados por uma redução sistemática do peso da construção (desde 2002 inclusive). O aprofundamento deste ciclo recessivo traduz-se inevitavelmente na redução do emprego, com a taxa de variação média nos últimos doze meses a situar-se em -17,1%, ou seja praticamente proporcional à redução do índice de produção (-17,0%). 6 7 Este clima recessivo prolongar-se-á, a crer na redução a que se assistiu no valor dos concursos públicos promovidos e nas adjudicações realizadas (1.695,9 milhões de Euros e 1.174,4 milhões de Euros, respetivamente, refletindo quebras de 44,4% e 51,6%, nos primeiros onze meses do ano). 8 Similarmente, assistiu-se a quebras substanciais no licenciamento relativamente à construção nova (em todo o tipo de edifícios: residenciais e comerciais, destinados a transportes e comunicações e destinados ao turismo) e até nas licenças de reabilitação e demolição, comprovativo de que nem o segmento de reabilitação urbana se apresenta com o dinamismo suficiente para que se constitua e funcione como um lenitivo. Estatísticas do Emprego – 4º trimestre de 2012 – 13 fevereiro de 2013 Índices de Produção, Emprego e Remunerações na Construção, dezembro de 2012, INE, 11 de fevereiro de 2013 8 Conjuntura da Construção, nº 66, janeiro/2013, FEPICOP 14 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Mercado Externo Fazemos de seguida uma breve referência ao enquadramento macroeconómico nos principais mercados externos de intervenção direta da sociedade: > Angola Em Maio de 2012, após a sexta avaliação, foi concluído com sucesso o Programa Stand-By aprovado em novembro de 2009 entre o executivo angolano e o Fundo Monetário Internacional, resultando na disponibilização da última tranche de financiamento. O ato eleitoral de 31 de agosto, traduziu-se pela conquista da maioria absoluta no parlamento pelo partido incumbente (MPLA), com 72% dos votos assistindo-se, assim, à renovação do mandato do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. As previsões formuladas pelo FMI 9 quanto ao comportamento da economia angolana apontam para um crescimento do produto em termos reais de 6,8% em 2012 e uma previsão de 5,5% em 2013, com as taxas de crescimento sem o setor petrolífero a situarem-se em 6,0% e 6,8% para os mesmos períodos. Os setores da construção, energia e transportes serão os principais motores de crescimento do PIB não petrolífero, beneficiando do investimento público e da regularização do pagamento de atrasados. Prevalecem, no entanto, factores externos de incerteza - crise financeira na Europa e a recuperação do crescimento nos EUA - bastante condicionantes sobre o consumo global de petróleo e, concomitantemente, sobre as exportações de Angola. Por outro lado a execução coordenada das políticas fiscal e monetária e a estabilidade da taxa de câmbio constituem fatores determinantes para a estabilidade dos preços na economia angolana, tendo a taxa de inflação atingido no mês de agosto, e pela primeira vez, o nível de um dígito, prevendo-se para o final do ano que se tenha mantido dentro do objectivo de 10% determinado pelo Governo. > MOÇAMBIQUE Neste país, o FMI, ao contrário do verificado para as previsões de crescimento da maioria das economias avançadas e emergentes, reviu em alta o crescimento económico em 2012 e 2013 para 7,5% 10 e 8,4% respetivamente (da anterior previsão de 6,7% e 7,2%). 9 Regional Economic Outlook: Sub-Saharian Africa – Maintaining Growth in an Uncertain World, IFM, oct.12 10 8,0% ao final do 1º Semestre de 2012 segundo declarações proferidas pelo Governador do Banco de Moçambique em discurso oficial do fim do ano económico de 2012 Esta aceleração do ritmo de expansão do crescimento da economia moçambicana deve-se aos avanços promovidos pelo investimento directo estrangeiro no desenvolvimento do setor mineiro (em especial no carvão e no gás), mas assiste-se a uma evolução geral positiva dos vários setores de atividade, com a agricultura (que continua a ser o principal setor de atividade, representando cerca de 30% do PIB do país), comércio e serviços de reparação, a construção, transportes e comunicações a revelarem dinamismo, alavancados por elevados investimentos públicos e privados. A insuficiência do setor de transportes, constituindo uma barreira ao potencial de desenvolvimento da indústria extrativa, coloca a ênfase na necessidade do incremento do investimento orientado para a modernização das infraestruturas neste setor. O controlo da inflação verificado nos últimos meses, o bom desempenho do setor agrícola e a relativa estabilidade em termos cambiais do metical, possibilitou a desaceleração da inflação média anual, que se situou em 2,6%. Não obstante todos estes indicadores positivos, importa relevar a dependência ainda muito expressiva deste país da ajuda internacional e da necessidade de prosseguir com a estratégia de redução da pobreza. Neste âmbito o combate à pobreza e um crescimento mais inclusivo constituem prioridades do governo de Moçambique no Orçamento de Estado de 2013. > ESTADOS UNIDOS Como se disse acima a economia dos EUA terá tido uma expansão no ano findo de 2,2% e as projeções para 2013 da taxa de expansão da economia norte-americana situam-se, em geral, abaixo dessa fasquia. Neste âmbito assumirá importância relevante o andamento da política orçamental, área em que se admite a possibilidade de cortes automáticos nos pogramas federais a partir de Março, nomeadamente nos gastos com a Defesa, implicando também dispensa de funcionários. No setor da construção o outlook para 2013 realizado pela AGC of America (The Associated General Contractors of America) é globalmente positivo, ainda que com duas tendências diferenciadas: um otimismo crescente quanto ao desenvolvimento de projetos no setor privado enquanto os construtores se mostram mais reservados quanto à evolução da procura do setor público. Já as perspetivas de emprego no setor melhoram. 15 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Não obstante o clima menos otimista relativamente ao comportamento previsível da procura do setor público é expetável um gradual aumento das parcerias-público-privadas, uma tipologia de contratos crescentemente aplicada no desenvolvimento de infraestruturas como forma de ultrapassar os constrangimentos de financiamento público. imediatamente anteriores. Já no resultado acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB apresentou aumento de 0,7% em relação a igual período de 2011. 11 > ROMÉNIA Em 2012 a Roménia terá obtido um crescimento económico real do PIB na ordem de 0,8%, segundo as previsões do Eurostat, projetando-se uma maior expansão do produto (+2,2%) no ano de 2013. > SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE A evolução da economia de São Tomé e Príncipe em 2012 deverá ter apresentado uma taxa de crescimento real em torno dos 4%. Para 2013 as últimas projeções apontam para um crescimento de 4,5%. O setor de construção apresentou em 2012 um certo dinamismo revelando crescimentos de 2,6% e 9,7% nos 1º e 2º trimestres de 2012 comparativamente com os trimestre homólogos do ano anterior, mas com um comportamento algo errático a constatar-se pela variação negativa (-1,4%) observada no 3º trimestre do ano. As fragilidades macroeconómicas, estruturais e socioeconómicas de São Tomé e Príncipe são profundas e refletem-se numa estrutura económica expressivamente dependente do exterior, numa balança de pagamentos cronicamente deficitária e num nível de endividamento externo muito elevado. > BRASIL Durante o ano de 2012 o PIB da economia brasileira apresentou um crescimento algo dececionante. Os dados do 3º trimestre de 2012 revelaram um crescimento de 0,6% na comparação com o segundo trimestre do ano, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2011, houve uma expansão do PIB de 0,9%. No acumulado dos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2012, o PIB registou um crescimento de 0,9% em relação aos quatro trimestres 3.2 Estes dados provocaram uma redução nas expetativas de crescimento para 2013 que agora se situam abaixo dos 4%. Os principais destaques da conjuntura em 2012 vão para a queda da inflação acumulada que se situou em 10,4% (11,9% em 2011). Este nível de inflação é ainda elevado e reflete a volatilidade de preços internos gerado pela escassez de bens essenciais em certas alturas. Para 2013 o Banco Central espera uma inflação abaixo dos 10% objetivo que já persegue desde 2011. Com uma taxa de cobertura das importações pelas exportações inferior a 5% o país é extremamente dependente das ajudas externas. PRODUÇÃO – ÁREAS DE NEGÓCIO PORTUGAL As sociedades integradas na área de negócios de construção pelo método integral com intervenção significativa no mercado doméstico são: > Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.; > Clear – Instalações Electromecânicas, S.A.; > Construções Metálicas Socometal, S.A.. Para além disso, existem em operação vários Agrupamentos Complementares de Empresas ou ACEs (consolidados pelo método proporcional) em que, nomeadamente, a primeira das sociedades acima enunciadas participa; é ainda de acrescentar, consolidadas pelo método proporcional, as participadas do segmento das obras ferroviárias e marítimas: Somafel e OFM. O mercado da construção em Portugal encontra-se num estado de profunda depressão. O investimento público, desde meados de 2011, reduziu-se de forma abrupta a uma ínfima expressão. Apenas simbolicamente paradigmática deste clima refere-se a suspensão do projeto, com a recusa de visto por parte do Tribunal de Contas verificada no início do ano de referência deste relatório, da linha ferroviária de alta velocidade Poceirão-Caia. 11 Contas Nacionais Trimestrais, 3º tri/2012 – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 16 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Paralelamente, a confiança dos investidores privados tornou-se negativa e o clima de incerteza em que vivemos levou a que também o investimento privado registe níveis historicamente baixos. Além disso, Portugal entra nesta crise depois de duas décadas de sobreaquecimento do mercado de construção, que conduziu a uma enorme e pouco sustentável capacidade produtiva instalada. Esta capacidade produtiva disponível, quando confrontada com a quebra de investimento e a redução da procura, conduz necessariamente a um aviltamento dos preços e a um excesso de competitividade numa lógica de sobrevivência. Perante este cenário desfavorável a atividade no mercado nacional da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., nela integrando o contributo dos agrupamentos complementares de empresas em que participa, também sofreu, nos últimos anos, uma redução considerável ainda que reveladora de ganhos de quota de mercado. No respeitante a obras concluídas no ano de 2012 destacam-se as seguintes: > Reforço de potência da barragem do Alqueva; > Abertura de vários troços integrados na autoestra- da Transmontana; > Pontes rodoviárias de Jorjais e Tinhela. Assumem ainda relevância no volume de produção do mercado nacional no ano de 2012 as obras: > Acessos rodoviários à plataforma logística de Lisboa Norte no sub-lanço Vila Franca de Xira / Nó A1 – da autoestrada do Norte, para a Brisa; > Construção do alargamento e beneficiação para 2x3 vias do sublanço Maia/Santo Tirso da A3 – autoestrada Porto/Valença, para a Brisa; > Pousada da Serra da Estrela, na Covilhã, obra que consiste na requalificação do antigo sanatório de Penhas da Saúde em edifício de hotelaria inserido no programa “Pousadas de Portugal”, atualmente geridas pelo Grupo Pestana em parceria com a ENATUR. É ainda de referir o recomeço da obra da adutora Moura-Safara, obra que se encontrava suspensa por dificuldades, que foi possível, entretanto, ultrapassar. Quanto à distribuição geográfica operacional da atividade nacional da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., confirmou-se uma grande estagnação na Madeira (1% da atividade em 2011, a comparar com 4% em 2010 e 14% em 2009), e uma grande concentração da atividade no norte do país. Deve ser referido que esta percentagem resulta sobretudo da autoestrada Transmontana, que representa uma importante parcela deste número. A distribuição geográfica da operação em Portugal assumiu no ano de 2012 um valor muito importante no norte do país (76%), sendo os restantes 24% distribuídos numa percentagem de 3/4 no sul do país e 1/4 no arquipélago da Madeira. Este último valor foi conseguido à custa de investimento privado, pois encontram-se suspensas as duas obras públicas já adjudicadas naquela região. ATIVIDADE EM PORTUGAL EM 2012 - DISTRIBUIÇÃO POR ÁREA GEOGRÁFICA Sul 19% Madeira 5% Norte 76% No que diz respeito à segmentação da atividade realizada as obras de engenharia e infraestruturas foram grandemente maioritárias representando 87,0% e a construção civil apenas 13%. Em particular, e dentro deste segmento, as infraestruturas rodoviárias (estradas e pontes) assumem a maior fatia (76%), sendo de notar também a percentagem muitíssimo baixa de obras relacionadas com o setor do ambiente (ETA’s e ETAR’s), que quase não tiveram expressão na atividade. Neste subsegmento em particular, há diversos concursos aparentemente estagnados por falta de verbas, do Estado ou das autarquias, para investir. 17 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA ATIVIDADE EM PORTUGAL EM 2012 - engenharia / infraestruturas composição por subsegmento Infraestruturas 13% Ferrovias 0% Pontes 4% Ambiente 3% Barragens 4% Estradas 76% construção das infraestruturas ferroviárias do troço Poceirão-Caia do corredor da linha de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, conforme contrato de empreitada assinado em 8 de maio de 2010 com a Elos – Ligações de Alta Velocidade, S.A., concessionária do referido troço, viu a continuidade das suas operações afetada. Com efeito, após aproximadamente dois anos de pedidos de esclarecimentos vários, reformas do contrato e vários pedidos de prorrogação para análise, tornou-se definitiva em 16 de abril de 2012, a recusa de visto por parte do Tribunal de Contas, ao contrato acima mencionado. Com esta decisão a atividade do LGV, ACE, em 2012 resumiu-se à negociação para a revogação do contrato de empreitada com a Elos. A Clear é outra subsidiária da sociedade com atividade no país e também em Angola neste caso através da sua subsidiária Clear Angola. Em Portugal, registou-se uma significativa redução de atividade, fruto da escassez de obras e do protelamento do arranque de alguns projetos adjudicados por parte dos clientes. Ainda assim a empresa participou em relevantes projetos sendo de destacar os seguintes: > Pousada da Cidadela, em Cascais, com envolvi- Com referência aos agrupamentos complementares de empresas em que a Sociedade participa merecem referência neste documento pela atividade mais relevante desenvolvida em 2012, para além do CAET XXI (50%), que tem por objeto a conceção, projeto, construção, aumento do número de vias e reabilitação dos conjuntos vários associados que integram a subconcessão Transmontana, o Hidroalqueva (50%), tendo por objeto a empreitada geral de construção do reforço de potência do Escalão de Alqueva, para a EDP e os dois ACE’s (28,57%) constituídos para a execução dos projetos de construção das infraestruturas necessárias à execução dos planos de investimento da Indáqua Matosinhos e da Indáqua Vila do Conde. 12 Já em relação ao LGV, ACE (17,25%), constituído para executar a preço global, fixo, não revisível e com data certa, a totalidade dos trabalhos de conceção, projeto, expropriações, construção, fornecimento e montagem de equipamento previstos na 12 Entre parentesis a percentagem de participação da Sociedade mento nas instalações hidráulicas, mecânicas e elétricas, inaugurada em março de 2012; > Resort Quinta do Lord, no Caniçal, Madeira, com a execução pela Clear das instalações especiais, nomeadamente instalações mecânicas e hidráulicas, cuja empreitada ficou concluída em janeiro de 2013. > Central de Valorização Orgânica do Seixal, anga- riada em 2010 pela Hidráulica. A obra, que consiste na construção de uma central que permite a transformação da matéria orgânica biodegradável proveniente da recolha de resíduos urbanos num composto orgânico para utilização na agricultura, bem como o aproveitamento do fabrico de biogás para a produção de eletricidade, representou um desafio aliciante para a empresa, pois permitiu a aquisição de know-how e a diversificação do negócio para uma área com potencial de crescimento no futuro. Embora o ritmo de obra tenha sofrido uma redução no corrente exercício, prevê-se que em 2013 a central esteja totalmente operacional e, mais uma vez, o contributo da Clear tem sido fundamental. 18 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA > A Pousada da Serra da Estrela, na Covilhã - A Clear tem como responsabilidade a execução das instalações especiais (Instalações Elétricas, Hidráulicas, Climatização e Gestão). Trata-se de uma unidade hoteleira com capacidade para 91 quartos, incluindo espaços de restauração, SPA e atividades culturais. À semelhança da Pousada da Cidadela de Cascais, este tipo de empreendimento enquadra-se num tipo de obras para o qual a Clear possui vasta experiência e em que o esforço exigido concentra-se não só na edificação, mas também na preservação do património com o consequente aumento do grau de dificuldade técnica na execução da obra. Com respeito à Socometal, a atividade da empresa durante o ano não pôde escapar ao ambiente depressivo e situou-se aquém da sua capacidade instalada. Releva-se como intervenções de maior significado na área do ferro a passagem superior 6.2 A, em Vila Real, consistente no fornecimento, fabrico, proteção anticorrosiva e acabamento, transporte e montagem da estrutura metálica de uma passagem superior sobre a A24 em Vila Real e a Ponte sobre o Rio Corgo e Viadutos de Acesso, em Vila Real, ambas no âmbito do CAET XXI; o fornecimento, fabrico, maquinagem, pintura e transporte das estruturas de um pórtico de contentores de cais para o Porto de Leixões; foi concluído o projeto estrutural, fornecimento e montagem de estruturas metálicas da cobertura de sombreamento do Armazém 08 (Gran Cruz Porto, S.A.). Ainda que orientadas para o mercado externo merecem referência o fornecimento e fabrico, incluindo maquinagens, de peças de ligação, que constituem a estrutura metálica da cobertura do novo estádio de Nice, para a empresa Fargeot Lamellé Collé, subsidiária da Vinci, bem como a intervenção em dois projetos: Viaduc ao PK 28+650 e Viaduc PK 36+600 da “modernisation de la ligne ferroviaire Thenia/ Tizi-Ouzu”, para a Teixeira Duarte, S.A.. No setor ferroviário, segmento de atividade da participada Somafel, prosseguiu a deterioração do setor decorrente da severa limitação orçamental das entidades públicas ferroviárias imposta pela tutela governamental. Com efeito, o montante global dos procedimentos de concurso para novas obras, no conjunto da rede ferroviária nacional, proporcionado pela REFER no ano de 2012 foi de apenas 2,3 milhões de Euros para a totalidade dos concursos lançados durante todo o ano e apenas correspondentes a pequenas intervenções pontuais de requalificação ou renovação de via. Desta forma a atividade da empresa no mercado nacional foi insignificante, tendo-se concentrado no mercado externo onde, nomeadamente nos países da região do Magreb (Reino de Marrocos e República Popular e Democrática da Argélia) se tem vindo a consolidar, desde 2005 e 2007, respetivamente e para a intensa atividade de índole comercial em mercados de elevado potencial como o Brasil e Moçambique. Na área das obras portuárias, alvo da OFM, regista-se, entre outras obras, a conclusão da empreitada de reabilitação e adaptação da “Doca de Pedrouços – Obras Marítimas – Volvo Ocean Race”, que visou a realização desta prova e a posterior concessão da doca; foi igualmente concluída a empreitada de construção da infraestrutura marítima de melhoria das condições de abrigo no setor da pesca da Praia na ilha Graciosa, nos Açores. Globalmente o volume de negócios consolidado da área de negócios de construção no mercado nacional situou-se nos 173,6 milhões de Euros, uma descida de 34,3% face aos 264,2 milhões de Euros do ano anterior. ANGOLA O mercado de Angola, onde a sociedade tem presença ininterrupta há mais de três décadas, continua a assumir-se como estratégico e primacial no desenvolvimento dos negócios da sociedade, tendo esta logrado atingir e consolidar reconhecidos prestígio e reputação, nomeadamente no segmento de construção de edifícios, com a construção de projetos de grande importância e significado nos diversos subsegmentos: residencial, comercial e de escritórios. Também o segmento de infraestruturas, é assumido como um vetor importante a desenvolver no sentido da diversificação e de alargamento do portefólio de negócios, apresentando já a sociedade neste país uma importância operacional significativa e um peso crescente. Entre as obras de maior relevância na produção do ano, no segmento de edifícios, faz-se referência às seguintes: > Torre do 1º Congresso (BESA); > Bayview – TTA2 Edifício de Escritórios (com recep- ção provisória); > Edifício Torres Dipanda; RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA > INE – Novo Edifício; > Luanda Towers Project; > AAA – New Office Building; > Museu da Ciência e da Tecnologia – GOE; > Forçauto – Hotel da Ilha; > Museu das Forças Armadas (concluída); > Empreendimento “Shopping Fortaleza”. Na obra Bayview - TTA2 Edifício de Escritórios da Total há a registar a presença multidisciplinar do Grupo, pois para além da construtora, houve relevante participação da Clear nas especialidades de eletricidade, AVAC, hidráulica e BMS e também da Socometal com a participação da área dos alumínios. No âmbito da diversificação regional é de registar a obra “Private Residential Housing”, a desenvolver no Soyo, província do Zaire. É uma obra de construção de um condomínio para alojar os técnicos da fábrica de gás natural da Angola LNG, numa obra de cerca de 220 milhões de Dólares e em que a sociedade se apresenta em consórcio com a MSF. Regista-se ainda a abertura da frente do Huambo com duas obras importantes para esta cidade. O Centro Cultural do Huambo e a recuperação do edifício da Escola de S.José de Cluny. Na área das infraestruturas, à obra de requalificação da marginal (em 2ª fase de execução), para a Sociedade Baía de Luanda, acrescenta-se pela sua grande relevância e amplitude o projeto de “Reabilitação das Encostas de Sambizanga e Boavista” no valor de cerca de 90 milhões de Dólares. Esta obra faz parte da renovação da malha urbana de Luanda e irá permitir, quando concluída, a utilização de uma vasta área para o crescimento da cidade. A Clear Angola depois de ter obtido invariavelmente crescimentos acentuados da sua atividade nos anos anteriores, obteve em 2012 um volume de negócios de 56,5 milhões de Euros, praticamente ao nível de 2011, o que solidifica e consolida o elevado patamar de atividade atingido. 19 Com efeito, em 2012, a Clear teve uma participação ativa na maioria dos grandes projetos de habitação e escritórios que estão a ser edificados em Luanda. Para além da intervenção no “Edifício Total”, um projeto desenvolvido sob rigorosas normas de segurança, qualidade e avançada tecnologia, e que demonstra a capacidade da empresa em superar desafios de grande complexidade, regista-se também a conclusão do edifício Parking Lot para a SONIP, com as valências de AVAC e hidráulica a que se juntaria a empreitada de BMS e do edifício “Sonangol Distribuidora”. A intervenção nos “Hospitais do Futungo Cazenga e Sambizanga”, permitiu demonstrar a versatilidade e a capacidade da empresa na execução de obras de qualidade numa área exigente como a hospitalar. No mix de atividades a “eletricidade” passou a representar 58% do output (41% um ano antes), a “hidraúlica” a representar 21% (face a 27% um ano antes) e a climatização a situar-se em 16%. Finalmente a “manutenção” gerou proveitos de 5%, uma percentagem superior à do ano anterior (3%). Todavia, realce-se o crescimento em valor nominal de proveitos de todas as especialidades quando comparado com o ano anterior. Neste mercado a Socometal também tem procurado intervir crescentemente ainda que, por enquanto, como subempreiteiro da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., tendo tido intervenção, como acima já se referiu, no novo edifício de escritórios da Total em Luanda. Entretanto, a fusão concretizada já em 2013 abre portas para uma mais generalizada e efetiva internacionalização desta área. Extravasando o âmbito estrito da produção, a definição e aplicação de um quadro de relacionamento e cooperação eficazes com as entidades e com os atores económicos locais, a estrutura de suporte logístico das atividades, e finalmente, mas não menos importante, o recrutamento, a formação, e sobretudo, a retenção de quadros locais qualificados são alguns dos vetores fundamentais a ter em consideração nas especificidades do mercado de Angola e que constituíram (e constituem) vertentes permanentes de estudo, avaliação e de intervenção das empresas participadas da Sociedade na implementação das soluções tidas por mais adequadas. 20 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA MOÇAMBIQUE Moçambique é, também, um mercado de intervenção de longa data da Soares da Costa. Para além da atividade diretamente desenvolvida pelo estabelecimento estável da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., a atividade é desenvolvida através da subsidiária de direito moçambicano, Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L., detida pelo Grupo em 80% através da sociedade a que respeita este relatório, estando a participação remanescente na titularidade do Estado de Moçambique. Este mercado vem merecendo nos últimos uma referência cada vez mais importante não só pelo significado do VN e rentabilidade que passou a representar, mas também pela relevância, qualidade e importância das obras/projetos que tem desenvolvido ou tem em desenvolvimento. Durante o ano de 2012 a atividade em Moçambique desenvolvida diretamente pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., esteve fundamentalmente concentrada nas importantes obras de reabilitação da estrada N221, entre Combomune e Chicualaquala e na construção da Ponte sobre o Rio Zambeze, em Tete; ambas as obras evoluíram com normalidade e nos ritmos de execução programados. Já no que concerne à participada Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L., teve em 2012 uma atividade intensa, devendo assinalar-se a conclusão das seguintes obras: > Construção do Edifício do Tribunal Administrativo; > Construção das Novas Instalações do INNOQ: Insti- tuto de Normalização e Qualidade; > Construção dos Postos de Abastecimento da Pe- tromoc no Songo e em Maputo; > Reabilitação de Instalações para a Agência do Mo- zabanco, em Xai-Xai (Tete); > Reabilitação de Instalações para a Agência do Mo- zaBanco da Av. do Trabalho, em Maputo; > Construção do Hospital Distrital do Quissico – Inhambane; > Construção do Centro de Produção da Rádio Mo- çambique em Xai-Xai (Gaza); > Construção do Edifício do INSS – Tete; > Demolição de Edifícios existentes nos Terrenos da Ex-Facim; > Construção do Parque de Estacionamento do Hotel Vip Inn – Beira. e iniciadas as obras a seguir enumeradas : > Construção de 15 Casas para a HCB - Hidroeléctri- ca de Cahora Bassa (Songo); > Reabilitação do 4º.Pombal e Arranjos Exteriores da HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa - 2ª. Fase (Songo); > Reabilitação Parcial das Instalações da Ex-Salvador Caetano (Toyota) na Matola; > Construção do Terminal Rodoviário do Zimpeto em Maputo; > Reabilitação e Ampliação da Aerogare de Pemba; > Obra de Implantação da Rede de Gás no Posto da Petromoc Machava; > Construção de Passagens Hidráulicas e Drenagens na Estrada Combumune -Chicualacuala (Gaza); > Construção do Novo Hospital de Mapai (Gaza); > Construção do Novo Terminal de Ferro-Crómio do MCT : Matola Cargo Terminal na Matola; > Construção e Reabilitação da Rede de Águas de Ribaué em Nampula; > Construção da 2ª. Fase do ISDB : Dom Bosco em Maputo; > Ampliação do Gate & Reabilitação de Arruamentos Internos do Porto de Maputo; > Construção do Centro de Saúde da U.E.M. no Campus Universitário em Maputo; > Construção de Fábrica de P.V. - Painéis Voltaicos em Beluluane em Maputo; > Reabilitação e Ampliação da Escola Secundária da Ponta Gêa em Beira (Sofala); > Reabilitação do Edifício do Banco de Moçambique na Beira (Sofala). A participada OFM, com target de intervenção no segmento de obras portuárias e marítimas, iniciou e concluiu em Moçambique a empreitada de “esporão de acesso a cais no porto de Pemba” consistente na construção de um esporão com cem metros de comprimento, destinado a avançar pelo mar tendo em vista atingir as cotas de fundo necessárias à operação portuária. Em África, para além de Moçambique esta empresa teve em 2012 intervenções em mercados como a Argélia e Cabo Verde. 21 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA ESTADOS UNIDOS A Prince assume-se como empresa nuclear no âmbito da atividade da construção do Grupo Soares da Costa, nos Estados Unidos da América. Adquirida em 2008, esta empresa atua no campo das infraestruturas rodoviárias nos estados da Florida e Geórgia, sendo um player relevante no mercado de construção do sudeste dos EUA (10º maior empreiteiro geral em volume de negócios segundo o ranking da revista ENR). O foco da atividade da Prince continuou a ser a construção de estradas (novas ou remodelações) e pontes, para diversos clientes públicos, designadamente os Departamentos de Transportes da Florida (FDOT) e Geórgia (GDOT). As principais obras concluídas em 2012 foram as seguintes: > SR408 – alargamento de Oxalis Drive a Goldenrod Road (Florida): projeto no valor de 21 milhões de Dólares, execução do alargamento e construção de vias de acesso, incluindo o alargamento de quatro pontes em betão, na extensão de 1 milha; > SR50 de Avalon Road a SR 429 (Florida): projeto em conceção-construção (design-build), no valor de 18 milhões de Dólares, transformação de uma estrada com 5 faixas contíguas numa via rápida com 2x3 faixas, numa extensão de 3 milhas; > Alargamento da US27 (SR25) (Florida): projeto em conceção-construção (design-build), no valor de 21 milhões de Dólares, transformação de uma estrada rural de 4 faixas numa via rápida de 2 x 3 faixas, numa extensão de 3,8 milhas; > SR93 I-275 Hillsborough County North (Florida): projeto no valor de 22 milhões de Dólares, reabilitação de 4 milhas de autoestrada, incluindo 26 pontes; > Fall Line Freeway entre Augusta e Columbus (Geór- gia), no valor de 29 milhões de Dólares, construção de 7,5 milhas de estrada com 4 faixas. A Prince manteve, durante este ano, doze obras ativas. Iniciaram-se, ou continuaram em curso, os seguintes projetos mais relevantes: > I-595 Corridor Improvement Segments A and B (Express Toll Lanes) (Florida) – localizado na zona de Fort Lauderdale, com o valor de 98 milhões de Dólares, consiste na remodelação e reconstrução de um troço de autoestrada portajada com 4,3 milhas; > I-75 Tampa – alargamento entre a SR56 e Fowler Road (Florida), no valor de 95 milhões de Dólares, consiste na reconstrução e alargamento de 11 milhas da autoestrada interestadual I-75 na zona de Tampa, incluindo a construção de 19 pontes. Tem o prazo de execução de 1.500 dias, prevendo-se que a conclusão seja antecipada cerca de 600 dias; > I-75 from South of Pierce Ave. to North of Arkw- right Dr. (Geórgia), no valor de 59 milhões de Dólares, alargamento de 3,65 milhas da I-75 no corredor Atlanta-Macon, incluindo a reconstrução de cinco pontes e a reabilitação de outras duas. OUTROS MERCADOS INTERNACIONAIS Para além dos mercados core: Portugal, Angola, Moçambique e Estados Unidos da América faz-se de seguida um roteiro sobre os principais aspetos da atuação da empresa durante 2012 noutros mercados internacionais em que a sociedade intervém através das suas participadas: Roménia, Brasil, S. Tomé e Príncipe, Sultanato de Omã, Venezuela, Costa Rica e Israel. > ROMÉNIA Neste país foram concluídas durante 2012 as seguintes obras: > Acessos ao parque eólico de Casimcea, em Tulcea, para o cliente SC CAS Regenerible (Verbund – Áustria) com o valor do contrato de aproximadamente 6 milhões de RON (cerca de 1,38 milhões de Euros); > Acessos ao parque eólico Alpha Wind, Tulcea, Roménia, para o cliente SC Alpha Wind (Verbund – Áustria), uma obra no valor aproximado de 3,3 milhões de RON (cerca de 770 mil Euros). Encontra-se em curso a execução da obra “Constructia Variantei de Ocoure Tecuci” no valor de 49 milhões de RON (11,1 milhões de Euros) cuja data de consignação dos trabalhos ocorreu no dia 18 de Junho de 2012, para a autoridade nacional de estradas da Roménia (CNADNR - Compania Nationala de Autostrazi si Drumuri National din Romania S.A.). > BRASIL O Brasil, decorrendo do plano estratégico do Grupo, é considerado um dos mercados prioritários no RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA âmbito da expansão internacional de atuação da empresa. No ano de 2012, através da participação em 50% na sociedades de propósito específico Terceira Onda Planejamento e Desenvolvimento Ltda, concluíram-se em outubro de 2012, com plena satisfação do cliente, os trabalhos de construção civil para a implantação de unidade completa em Rio Branco do Sul (Paraná) – linha de 5.000 ton/dia para a Votorantim Cimentos. Por sua vez, há ainda a assinalar a intervenção através da participada Soares da Costa Brasil, Ltda. na sociedade Linha 3 Cezarina – Construções Ltda., no projeto da linha 3 da Fábrica de Cimentos de Cezarina-GO – linha de 2.000 Ton/dia para a CIMPOR BRASIL, com trabalhos iniciados em abril de 2012 e com data prevista de conclusão em junho de 2013. Em finais de 2012, esta sociedade iniciou, também, uma obra relacionada com a ampliação da aerogare do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, São Paulo, para o consórcio construtor Viracopos (CCV). > S. TOMÉ E PRÍNCIPE A subsidiária da sociedade, Soares da Costa, STP Construções, Ltd. tem em curso o projeto de ampliação do edifício sede do Banco Internacional de São Tomé e Príncipe numa obra que consiste na construção de um edifício de cinco pisos junto ao vigente e em que o piso térreo é agregado ao existente pela agência bancária que será extendida. Os restantes pisos destinam-se a agregar os vários serviços de back-office do Banco, bem como a Administração e a Direção. À adjudicação inicial juntaram-se vários outros trabalhos designadamente a remodelação da agência bancária do edifício antigo que se juntará ao novo e os arranjos exteriores da área envolvente. Em setembro de 2012, em parceria com a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., tiveram início as obras de reabilitação da Estrada Nacional nº 1 – Proteção Costeira, que se desenvolverão por um período de dezoito meses. Neste território há ainda a assinalar a formalização, em março de 2012, da sucursal da Clear tendo como objetivo imediato a execução da empreitada de instalações especiais do Banco Internacional de S. Tomé em Príncipe. > SULTANATO DE OMÃ Neste território, em função da bem sucedida investida comercial realizada em anos anteriores, o Grupo através da sucursal da Sociedade de Construções 22 Soares da Costa, S.A. participa num consórcio com uma empresa local na execução dos projetos e trabalhos de construção de infraestruturas rodoviárias e redes de infraestruturas associadas numa zona situada entre o aeroporto internacional de Masqat e a via expresso da mesma cidade; esta obra foi adjudicada no início de 2012 estando os respetivos trabalhos em pleno desenvolvimento. > VENEZUELA Uma nota sobre a execução neste país por parte da OFM da empreitada de “Ampliación y Modernización del Puerto de La Guaira”, a obra de maior envergadura levado a cabo por esta participada e cujos trabalhos entraram em fase de cruzeiro. > COSTA RICA Neste mercado, a atividade de construção é exercida através da subsidiária Sociedade de Construciones Centro-Americanas, S.A.. Com o projeto San José – Caldera concluído (tendo-se realizado alguns trabalhos de reabilitação e garantia) e o outro San José-San Ramón por arrancar (pendente do ultimar de detalhes negociais entre o Governo da Costa Rica e a concessionária Autopistas del Valle) a atividade em 2012 foi inexpressiva. > ISRAEL Em Israel, a participação da Soares da Costa Construção acontece por via da colaboração com a área das concessões do Grupo, no âmbito do projeto do Metro de Telavive. Para além da sucursal da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., esta sociedade possui uma participação de 30% no consórcio da construção “Israel Metro Builders” (IMB). Este projeto, como já consta de relatórios anteriores, foi interrompido pelo dono da obra ainda em 2010, que pôs termo, unilateralmente, ao contrato de concessão estando a decorrer um processo de arbitragem internacional que decidirá este conflito. A sociedade partilha da convicção da sociedade concessionária, parte direta do processo, de que não existiram fundamentos para aquela rescisão unilateral e aguarda a decisão que sobre este litígio vier a ser tomada pelo Tribunal Arbitral. Reconhece-se, contudo, que a realização dos ativos relacionados com este projeto designadamente os que resultam da incorporação proporcional da IMB pode estar dependente do sentido desta decisão. 23 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 3.3 ÁREA COMERCIAL Julga-se suficientemente retratado nas seções anteriores o panorama depressivo do mercado em Portugal. Tal contexto tem expressão, também, na escassez generalizada de concursos, o que conduz inevitavelmente ao aviltamento dos preços, e ainda na reduzida taxa de decisão dos lançados. A atividade das empresas de construção nacionais não pode, por conseguinte, basear-se nos próximos anos na produção em Portugal, e é na aposta internacional que se encontrará sustentado o futuro próximo. No entanto, são de referir pela sua importância, as seguintes adjudicações ocorridas em 2012, em Portugal: > Gasoduto Mangualde-Celorico-Guarda (REN); > ETAR de Paços de Sousa (Simdouro); > EN 234 – Reabilitação das Pontes do CRIZ (I e II) e de S. João das Areias (Estradas de Portugal). Em Angola destaca-se pela sua relevância e amplitude a adjudicação da empreitada “projeto e construção das instalações sociais dos quadros da Angola LNG (1ª fase), no Soyo, uma obra com prazo de execução de 36 meses e um valor adjudicado de 252 milhões de Dólares. O projeto prevê a construção de 317 habitações de várias tipologias, numa área habitacional de cerca de 10.000 m2, e diversas infraestruturas e equipamentos de apoio (sociais, ambientais e de lazer). Perto do final do ano, a um consórcio que integra a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. (e a Edifer Angola, S.A.) foram adjudicadas as obras de infraestruturas básicas do Pólo Industrial de Fútila (PIF), na província de Cabinda. Neste mercado, salientam-se ainda as seguintes adjudicações ocorridas em 2012: > Data Center da Talatona, para a Movicel; > Upgrades of Operacional Bases, no Soyo para a Schlumberger; > Centro Cultural do Huambo, para o Governo Provín- cial de Huambo; > Reabilitação e apetrechamento do Complexo Escolar de S. José de Cluny (fase 1), para o Governo Provincial de Huambo; > Construção de serviços provinciais do INE em Ma- lanje e em Benguela; > Construção do Shopping da Fortaleza, em Luanda. As obras referidas são expressão clara e elucidativa da extensão da atividade territorial da empresa o que, por sua vez,requer a concentração e cooperação de esforços, nomeadamente de organização e de logística, muito importantes. Moçambique Durante o ano de 2012 foram ajudicadas as obras de construção das pontes sobre os rios Sangaze, Pompwe, Macuca e Chidge na província de Sofala e das pontes sobre os rios Muira, Tsanzabue e Nhagucha na província de Manica. Esta empreitada adjudicada pela Administração Nacional de Estradas, e no valor de 21,7 milhões de Euros, tem por objeto a conceção/construção de nove obras de arte (sendo seis com tabuleiro em betão armado, pré-esforçado de comprimentos variáveis), a correção das estradas de acesso e outros trabalhos relacionados diversos. No que diz respeito à participada Soares da Costa Moçambique S.a.r.l., deve ser referida a excecional atividade comercial em 2012 que levou a um número considerável de adjudicações e excelentes perspetivas para 2013. Com efeito, objetivando aumentar o potencial universo de angariação de obras, tem-se vindo a estender a ação de trabalho a quase todo o país, pelo que, à data de fim do exercício, marcávamos presença nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Tete e Cabo Delgado. Para além disto, e como política geral, tem-se mantido uma postura de selectividade na oferta, optando, sobretudo, por concorrer a obras de clientes certificados que nos ofereçam seguras garantias de pagamento. Realçam-se como adjudicações mais significativas obtidas em 2012, as seguintes: > Reabilitação de edifício para instalação da nova filial na Beira, do Banco de Moçambique; > Construção de 15 casas do tipo 3 no distrito de Songo; > Remodelação e ampliação da aerogare do Pemba, para a Aeroportos de Moçambique, E.P.; > Construção de edifício 8 andares na Costa do Sol; > Construção de drenagens pluviais na estrada de Gaza; > Construção do Hospital Distrital de Mapai (em con- sórcio). RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 24 Finalmente, importa referir que tem sido política da empresa, através do seu desempenho e profissionalismo, cultivar a fidelização dos clientes. O contínuo volume de obra adjudicado pela ANE/Fundo de Estradas, Petromoc, HCB, Grupo VIP e MozaBanco, entre outros, incidia o bom termo desta postura de mercado. Para além deste projeto também à Prince e pelo FDOT foi adjudicada outra obra na área das infraestruturas rodoviárias ( I-275 Tampa, Hillsborough County South) no montante de 30 milhões de Dólares e que consiste na reabilitação de cerca de quatro milhas de estrada e dezasseis pontes. Tem conclusão prevista para julho de 2014. Aproveitando ainda a capacidade instalada em Moçambique, um consórcio em que a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. participa em 50% recebeu a intenção de adjudicação de uma obra na Suazilândia, que consiste na construção de uma estrada, com cerca de 12 Kms de extensão, incluindo duas pontes, no valor global de 17,6 milhões de Euros. O pipeline de projetos previstos, designadamente na Florida, permite perspectivar o futuro com otimismo, em termos de carteira de encomendas e margens de rentabilidade. A Somafel iniciou em 2012 a cruzada comercial neste importante mercado emergente. Na sequência de convite apresentado pela Vale S.A. (Companhia do Vale do Rio Doce) a sociedade apresentou propostas para a renovação integral da via férrea do corredor do Nacala, no trecho existente no norte do país, entre a fronteira com o Malawi e o porto de Nacala no Índico (extensão de aproximadamente 580 Km). Trata-se da renovação da infraestrutura existente, com o objectivo de incrementar a capacidade de transporte ferroviário para escoamento do minério de carvão no âmbito do projeto de mineração em curso por aquela multinacional. Ainda no mercado africano, mais concretamente em S. Tomé e Príncipe, a adicionar à adjudicação da reabilitação da estrada nacional nº 1, obra já iniciada, releva-se a construção do futuro edifício sede do Banco Central de S. Tomé e Príncipe, com quatro pisos e uma área bruta de construção de 4,2 mil m2, no valor de 6,5 milhões de Euros. Nos Estados Unidos há a destacar como acontecimento principal na área comercial, a adjudicação à Prince pelo Florida Department of Transportation (FDOT) do projeto de conceção-construção (design-build) dos acessos da I-75 (SR93) ao Aeroporto Internacional de Soutwest Florida em Fort Myers, na Florida. Este projeto, totalizando 54 milhões de Dólares, tem um prazo de execução até setembro de 2014 e consiste numa nova ligação direta da I-75 para o Mid Field Terminal do Aeroporto Internacional da Southwest Florida. O projeto inclui a construção de cinco viadutos/pontes, aproximadamente 8 milhas de estradas de acesso à I-75 e uma nova estrada de acesso ao terminal sobre a I-75. No Brasil, mercado onde a penetração de empresas estrangeiras no mercado da construção não se revela fácil, deram-se em 2012, passos significativos no âmbito da implementação do grupo, nomeadamente quanto à obtenção do reconhecimento das capacidades e observância dos requisitos técnico-económicos necessários ao cumprimento das exigências habilitacionais impostas pelos “editais” para a candidatura a projetos públicos nacionais. A atividade comercial durante o ano de 2012 foi, porém, dirigida prioritariamente no sentido dos clientes privados, tendo sido apresentadas propostas a vários projetos e ainda participado num concurso público aberto a empresas estrangeiras. Obteve-se a contratação formal de duas novas obras, aliás já em execução; uma com o cliente Cimpor Brasil - projeto da linha 3 da Fábrica de Cimentos de Cezarina em Goiás, uma linha de 2.000 ton/ dia - e outra com o consórcio construtor Viracopos - contratação de obras de ampliação da aerogare do Aeroporto Internacional de Viracopos-Campinas em São Paulo com a Conector, Holdroom e outros. Ambas são executadas pela sociedade Linha 3 Cesarina – Construções Lda, em que a Soares da Costa Brasil – Construções Ltda, subsidiária detida pelo grupo a 100%, detém uma participação de 50%. Neste mercado a Somafel que já se muniu das qualificações e credenciais necessárias, em vários estados e em várias valências técnicas, e onde se destaca o arranque da produção industrial, na especialidade de via, com a execução de soldaduras elétricas de carris para a Supervia Concessionária tem vindo a realizar intensa atividade comercial no âmbito de obras do segmento ferroviário. Com frutos no âmbito da manutenção ferroviária, apesar da sua reduzida expressão, está acordado e em curso de formalização com a Supervia-Concessionária da Rede Suburbana do Rio de Janeiro um contrato de prestação de serviços de ataques de manutenção com equipamento pesado no ramal de Belford Roxo, com a extensão de 26 Km de via dupla. 25 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Na Roménia o esforço comercial esteve concentrado em projetos relacionados com energias renováveis (parques eólicos e parques fotovoltaicos), para clientes privados, segmento em que a empresa tem obtido, nos últimos anos, algum sucesso. Foi, porém, no âmbito das infraestruturas rodoviárias que se situa o projeto mais relevante com a adjudicação por parte da CNADNR-Compania Nationala de Autostrazi si Drumuri National din Romania S.A. (autoridade nacional de estradas na Roménia), da obra: “Constructia Variantei de Ocolire Tecuci”, no valor de 49 milhões de RON (cerca de 11,1 milhões de Euros), cuja consignação dos trabalhos ocorreu em junho de 2012. O período de execução contratual deste projeto é de 18 meses, estendendo-se até ao final de 2013. Não obstante a concentração do esforço comercial nos mercados core de intervenção da empresa realça-se também como corolário do esforço desenvolvido em anos anteriores a adjudicação a um consórcio em que a empresas participa (conjuntamente com uma sociedade local) de uma obra no Sultanato de Omã, consistente na execução dos projetos e trabalhos de construção de infraestruturas rodoviárias, contemplando troços rodoviários, cinco viadutos superiores em nós de ligação rodoviária e redes de infraestruturas associadas, a executar em zona situada entre o aeroporto internacional de Masqat e a via expresso da mesma cidade. Esta obra no valor global de 48 milhões de Euros tem um prazo de execução de 654 dias e como se disse no capítulo da produção está já em franco desenvolvimento. O panorama traçado acima permite antever, portanto, a manutenção de níveis de atividade sustentáveis no próximo futuro ainda que a redução ainda mais brusca que se sentirá na atividade da empresa no mercado nacional, com a conclusão da autoestrada Transmontada durante a primeira parte do ano de 2013, implique a manutenção de um esforço concentrado, eficiente e profícuo da vertente comercial. Carteira de Encomendas Traçada uma panorâmica por mercados e empresas, o quadro seguinte reflete a carteira de encomendas da área de construção e a sua evolução entre finais de 2011 e 2012. (milhões de Euros) dez.2012 % dez.2011 % Variação 1.047,991 100,0% 1.404,603 100,0% -25,4% Portugal 210,276 20,1% 482,566 34,4% -56,4% Angola 414,962 39,6% 467,044 33,3% -11,2% EUA 149,339 14,3% 201,677 14,4% -26,0% Moçambique 119,988 11,4% 131,574 9,4% -8,8% 42,519 4,1% 43,357 3,1% -1,9% 6,537 0,6% 5,365 0,4% 21,8% Roménia 11,029 1,1% 0,035 0,0% - Outros 93,340 8,9% 72,985 5,2% 27,9% TOTAL Costa Rica Brasil Na carteira de encomendas há a salientar o impacto proveniente da retirada do projeto de construção do troço de alta velocidade Poceirão-Caia da ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, que origina uma redução substancial da carteira global com particular incidência no mercado nacional. Expurgado este efeito (ou seja eliminando este projeto do valor da carteira em 2011) a descida do backlog situar-se-ia em 12,3%. RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 3.4 ORGANIZAÇÃO Uma estrutura empresarial engloba o conjunto de meios e recursos através dos quais se realizam atividades de forma coordenada e controlada, atuando num determinado contexto ou ambiente, com vista a atingir objetivos pré-determinados mediante a afetação eficiente desses recursos. As exigências de mercado e o dinamismo da sociedade globalizante dos nossos dias impõem que as empresas adotem e detenham uma permanente e sistemática capacidade de antecipação e de resposta, através da adequação dos meios (e eventual revisão dos objetivos), às alterações ocorridas mas também, fundamentalmente, às previstas e não raras vezes apenas antecipadas (com os inerentes riscos de avaliação estratégica), no contexto ou enquadramento externo. A adequada resposta a estas necessidades das organizações preconiza a existência de ferramentas de controlo e de gestão, optimizando os sistemas e as tecnologias de suporte, o que deve ser complementado com abordagens formativas específicas e transversais ao seu capital humano. O ano de 2012 afigurou-se, neste âmbito, como bastante exigente para a empresa e para o conjunto das suas participadas, de modo a assegurar as condições de sustentabilidade económico-financeira das operações, através da readaptação das estruturas, racionalização de custos e a melhoria das ferramentas de gestão, garantindo, no fundo, que a organização empresarial esteja dotada das condições que permitam levar a cabo de modo eficiente e eficaz a sua missão. Neste âmbito, assume especial relevância a fusão ocorrida entre a Contacto – Sociedade de Construções S.A. e a Sociedade de Contruções Soares da Costa, S.A., a última enquanto sociedade incorporante, ocorrida a 28 de junho de 2012 e com a subsequente integração e adaptação das estruturas e 3.5 26 das ferramentas de gestão. Na mesma esteira, preparada no final do exercício, veio a operar-se já em 2013 a concretização formal da fusão da participada do Grupo da área metalomecânica, ferro e alumínios, Socometal, por incorporação, também, na Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.. Este processo, assegurando a manutenção no interior do Grupo das valências, tecnologias e know-how que importa preservar, permite a redução de custos de estrutura, evitando custos de sobreposição, potencia solidez e robustez económico-financeira, melhorando simultaneamente a flexibilidade da organização. Com impacto neste âmbito, decorreu em 2012 com intensidade o desenvolvimento do processo de ajustamento iniciado em finais de 2011 e que se espera ultimar nos primeiros meses de 2013, relativo à readaptação e reafectação dos colaboradores. Privilegiou-se a mobilização interna seja em termos funcionais seja em termos geográficos mas, como é compreensível, a magnitude das necessidades face, designadamente, à drástica redução da procura no mercado interno, teve de se saldar por um número considerável de rescisões contratuais com colaboradores (vide adiante Recursos Humanos). O ano de 2012 traduziu-se, pois, num árduo trabalho de implementação de medidas de redimensionamento, racionalização e ajustamento nas estruturas organizativas, praticamente transversal às diferentes áreas da empresa (“back-office”, estaleiros, meios de produção, área comercial, reforço dos recursos afetos às sucursais/ estabelecimentos estáveis no estrangeiro, com colaboradores da empresa de perfil adequado, etc.), realizado com a convicção de que esta resulta melhor preparada para enfrentar os desafios do futuro. RECURSOS HUMANOS Na esfera dos Recursos Humanos, assume especial relevância em 2012 o desenvolvimento do processo de ajustamento das estruturas iniciado em finais do ano anterior. Como se referiu no relatório de gestão de 2011, a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., foi declarada, por despacho do Secretário de Estado do Emprego de 7 de dezembro de 2011, empresa em reestruturação, nos termos e para os efeitos previstos na alínea d) do nº 2 e nº 4 do artigo 10º do Decreto-Lei nº. 220/2006, de 3 de novembro. Este processo foi desenvolvido de modo cuidado e progressivo com respeito pela legislação vigente e, embora sempre doloroso, foi imbuído das preocupações de responsabilidade social que perpassa transversalmente o exercício de toda a atividade da empresa. Ainda que com menor impacto este processo de reestruturação dos meios humanos afetou igualmente outras empresas da área da construção. 27 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Recrutamento e Seleção de Pessoal Apostados em alinhar o capital humano com a estratégia de desenvolvimento organizacional, a nossa visão de recrutamento e seleção assentou, no ano de 2012, numa estratégia de mobilização de colaboradores para outras geografias nas quais a atividade do Grupo se destaca pelo crescente volume de negócios. O recrutamento interno foi em 2012 uma abordagem preferencial no preenchimento de vagas, o que tende a potenciar a gestão de carreiras, com os consequentes ganhos de motivação dos colaboradores, assim como permitiu reduzir custos com processos de recrutamento externo e integração de novos colaboradores. Contudo, quando a necessidade identificada apontou para perfis não existentes no âmbito das diversas empresas do Grupo, foram desenvolvidos processos de Recrutamento Externo, passando a incorporar novos colaboradores com um perfil profissional alinhado com a natureza e exigências do portfólio de negócios do Grupo Soares da Costa, nomeadamente no que respeita à predisposição para uma carreira internacional. Neste sentido, foram identificadas nove necessidades, cujos perfis de competências não foram encontrados internamente, pelo que foram realizadas novas admissões para algumas das empresas participadas, com prevalência da Clear Angola. Estes processos tiveram como principal objetivo a substituição de colaboradores e reforço de algumas equipas. Formação Foram realizadas no âmbito das empresas participadas 8.086 horas de formação, que implicaram um total de 23.574 Euros de custos com inscrições. Este volume contemplou um total de 2.326 formandos. A análise da distribuição das horas pelas categorias profissionais, revela que o maior número de horas de formação frequentada continua a concentrar-se nos profissionais qualificados e quadros superiores. Por Categoria Profissional (horas) 2012 Dirigentes Quadros superiores Quadros médios Quadros intermédios Profissionais qualificados Profissionais semiqualificados Profissionais não qualificados Praticantes/aprendizes Total 10 3.079 651 490 3.680 13 141 22 8.086 O grupo temático “Qualidade, Ambiente e Segurança” foi o que concentrou maior número de horas de formação em 2012 – 2.093 horas, seguida da área de “Construção Civil e Engenharia Civil” 1.385,5 horas e em terceiro lugar a área de “Gestão e Administração” com 1.580,5 horas. Por Temas (horas) 2012 Ciências Sociais - Formação Contínua Construção Civil e Engenharia Civil Direito Electricidade e energia Engenharia e Afins Gestão e Administração Informática na Óptica do Utilizador Línguas e literaturas estrangeiras Protecção Ambiente Qualidade, Ambiente e Segurança Saúde Não Especificado Total 312 1.385 5 14 175 1.580 1.749 570 25 2.093 116 62 8.086 No âmbito da implementação do plano de formação do Grupo 2012, foram realizadas diversas ações de formação, das quais se destacam: > Programa Inicial de Gestão de Projetos: ação que integra 3 módulos (Gestão de Projetos para Profissionais - Técnicas, Ferramentas e Metodologias, MS Project no suporte à gestão de obras, e Análise e Avaliação de Projetos de Investimento) destina-se a jovens quadros do Grupo. Foi realizada com a mobilização de recursos internos, para a conceção e implementação de dois módulos, e com recursos a uma parceria com entidade formadora externa, para ser ministrado o módulo “Gestão de Projetos para Profissionais - Técnicas, Ferramentas e Metodologias”. Esta é uma ação que integra o portfólio da Academia do Conhecimento, e pode ser reproduzida em anos subsequentes. RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA > Gestão Financeira de Obras: programa formativo con- cebido pela Católica Porto Business School e costumizado à realidade do Grupo SdC, com a colaboração de especialistas internos da área financeira. Esta ação foi realizada nas instalações da sede para 18 quadros superiores de empresas do Grupo (Sociedade de Construções Soares da Costa, Clear e Socometal). > Liderança e Condução de Equipas de Trabalho: tendo como objectivo o desenvolvimento de competências para a gestão de equipas, esta ação teve como público-alvo encarregados das empresas do Grupo (Sociedade de Construções Soares da Costa, Clear e Socometal), grupo profissional com impacto 28 significativo na qualidade do produto e concretização de objectivos. > Inglês: no sentido de habilitar os colaboradores para o processo de internacionalização do Grupo, foram realizadas duas ações de formação de Inglês, destinadas a níveis de conhecimento distintos. Uma das acções, “English-Civil Engineering & Internationalization”, foi resultado de uma parceria com o Wall Street Institute, e constitui um programa adaptado à realidade do negócio do grupo, tendo como objectivo primordial o desenvolvimento de competências de expressão oral em língua inglesa. Este programa integra também o portfólio da Academia do Conhecimento. Estágios Implementando a política de responsabilidade social do Grupo, registamos o desenvolvimento de um estágio profissional, e o acolhimento de diversos estágios curriculares. O estágio profissional proporcionado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, decorre da iniciativa Prémio Talento 2011/ 2012. Durante seis meses, a vencedora deste Prémio, Vanessa Fernandes Silva, tem a oportunidade de desenvolver em contexto de trabalho o tema “Análise de Risco – Parametrização e Medidas Mitigadoras”. Na área de negócio Construção foram também acolhidos 12 estágios curriculares ao longo do ano de 2012. Foram proporcionados 9 estágios na Direção Técnica, 2 na Direção Técnico-Comercial, e 1 na Direção de Produção. Através destes estágios curriculares, os jovens estudantes tiveram a possibilidade de aprender em contexto de trabalho, e desenvolver conhecimentos com profissionais altamente qualificados. Entre as entidades promotoras destes estágios curriculares destacam-se o CICCOPN, a Escola Profissional do Fundão, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Beja, Instituto Superior de Viana do Castelo, Instituto Politécnico da Guarda, Escola Profissional de Sernancelhe, e APRODAZ- Associação para a Promoção e Desenvolvimento dos Açores. Avaliação de Potencial A avaliação de potencial e gestão do talento teve como objetivo recolher de forma sistematizada, criteriosa e fidedigna um conjunto de informações que permitiu identificar quadros de elevado potencial e, a partir desses dados, gerir, potenciar e reter, com visão estratégica, o talento que encontramos no nosso capital humano. Neste contexto, foram identificados e avaliados, durante o ano de 2012, dezoito colaboradores de nível funcional oito e emitidos os respetivos relatórios de avaliação, no sentido de alargar o conhecimento sobre as competências, interesses, disponibilidade e projeto de carreira dos colaboradores. Número de Trabalhadores No ano de 2012 o número médio de trabalhadores ao serviço das empresas consolidadas pelo método integral foi de 4.621 (face ao número de 5.318 trabalhadores um ano antes). A sociedade individualmente dispõe de três efetivos (cinco no ano anterior). Em termos consolidados os Custos com Pessoal assumiram o valor de 132,7 milhões de Euros, um número idêntico ao do ano anterior (132,8 milhões de Euros) pesando o valor das rescisões 10,0 milhões de Euros (1,3 milhões de Euros em 2011). 29 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .4 4.1 SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA CONTAS INDIVIDUAIS No que respeita ao portfolio de participações há a registar como factos mais salientes no exercício a fusão por incorporação da Contacto na Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. e a alienação da Socometal igualmente à “Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.”, também subsidiária da Sociedade, preparatória e conducente ao processo de fusão que viria a concretizar-se formalmente em termos definitivos a 1 de março de 2013. Os resultados operacionais foram menos negativos (-0,4 milhões de Euros) do que um ano antes (-0,9 milhões de Euros) em resultado de uma diminuição nos Gastos com o Pessoal e nos Fornecimentos e Serviços Externos. O valor da participação que a Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. detinha na Contacto ficou, assim, agora refletido na Sociedade de Construção Soares da Costa, não decorrendo daqui qualquer alteração no valor (conjunto) das partes de capital. A demonstração individual da posição financeira em 31 de dezembro de 2012 difere mais substancialmente da verificada um ano antes pelo aumento ocorrido nas dívidas das empresas do grupo, associadas e participadas, que no ativo corrente passou de 7,3 milhões de Euros para 34,2 milhões de Euros e concomitante financiamento no lado do passivo corrente na rubrica similar “Dívidas a Terceiros – Empresas do grupo, associadas e participadas” que também cresceu, de 141,6 para 166,1 milhões de Euros. A demonstração de resultados revela a prevalência dos resultados financeiros que se cifraram em -7,8 milhões de Euros (face a +3,0 milhões de Euros em 2011), com os efeitos principais, aliás antagónicos, a provirem de: > o reconhecimento de rendimentos de participações de capital no valor de 19,0 milhões de Euros, referente a dividendos da seguinte proveniência: Participada (milhares de Euros) Soc. de Construções Soares da Costa Clear Contacto-Sociedade de Construções Soares da Costa Moçambique Vortal Total 2012 2011 9.600 6.220 2.950 228 18.998 6.500 3.000 137 121 9.758 > o registo de imparidades relacionados com o inves- timento na Soares da Costa America Inc., que se cifrou numa influência de -20,2 milhões de Euros. > o custo líquido de financiamento situou-se em -6,2 milhões de Euros, não muito distante do valor de -6,7 milhões de Euros registado em 2011. O resultado do exercício após a função de imposto atingiu o valor de -8,6 milhões de Euros (+4,1 milhões de Euros em 2011). Os investimentos financeiros – com a influência determinante do registo de desvalorização já acima assinalado com referência à participada dos Estados Unidos – reduzem-se de 290,8 milhões de Euros para 274,4 milhões de Euros. Os capitais próprios no final do exercício de 2012 vêm diminuídos pelo contributo do resultado líquido do período de -8,6 milhões de Euros e pela distribuição de dividendos ao Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., único acionista, em aplicação dos resultados do ano anterior, no valor de 3,3 milhões de Euros. Atingem ainda o valor robusto de 142,0 milhões de Euros, representativos de um rácio de solvabilidade de 45,8%. 30 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 4.2 CONTAS CONSOLIDADAS Embora não esteja legalmente obrigada a apresentar contas consolidadas, uma vez que, sendo detida pela sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., entidade cotada e líder do Grupo, é a esta que compete a sua elaboração e apresentação, as contas consolidadas dão informação pertinente e muito relevante sobre a evolução da sociedade e das suas participadas. É, pois, com referência a estas contas consolidadas da Soares da Costa Construção, S.G.P.S, S.A., elaboradas, segundo o “padrão” IAS/ IFRS, que passamos a transmitir as informações e análise seguintes: VOLUME DE NEGÓCIOS O quadro que segue apresenta a estratificação do volume de negócios consolidado da área construção por mercados geográficos. Volume de Negócios por Mercado Geográfico Mercado (milhares de Euros) Portugal Angola Estados Unidos Moçambique Brasil Roménia Outros Total 2012 % 2011 % Variação 173.608 336.507 125.883 55.928 10.248 305 10.060 712.539 24,4% 47,2% 17,7% 7,8% 1,4% 0,0% 1,4% 100,0% 264.201 327.633 114.198 72.104 4.161 6.630 7.280 796.208 33,2% 41,1% 14,3% 9,1% 0,5% 0,8% 0,9% 100,0% -34,3% 2,7% 10,2% -22,4% 146,3% -95,4% 38,2% -10,5% O volume de negócios da área da construção atingiu no exercício de 2012 o valor de 712,5 milhões de Euros, o que representa um decréscimo relativamente ao ano anterior de 10,5%, explicado pela pronunciada redução no mercado doméstico (-34,3%). Com efeito, a redução do VN nacional de 90,6 milhões de Euros ultrapassou a redução global verificada (-83,7 milhões de Euros), com a área internacional em conjunto a crescer 1,3% para 538,9 milhões de Euros (de 532,0 em 2011) e passando a representar mais de 75% da atividade. O nível de atividade em Angola aferido pelo VN superou em 2,7% o valor do ano anterior, enquanto que o mercado de Moçambique, representando um volume de atividade significativo, ficou aquém do extraordinário patamar atingido no ano anterior. O VN dos Estados Unidos, sobre o valor de 2011 que já constituíra um máximo, voltou a revelar um crescimento superior a 10%, com intervenção fundamental dos projetos de infraestruturas rodoviárias. Neste âmbito, merece ainda uma referência o Brasil com um VN já superior a 10 milhões e em que o Grupo aposta numa intervenção crescente e as outras geografias abrangem particularmente Omã, Venezuela e outros países africanos (S. Tomé e Príncipe e países do Magreb). 31 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA RESULTADOS Para melhor análise apresenta-se de seguida, agregadas de modo conveniente, as seguintes compoDesignação (milhares de Euros) Volume de Negócios Variação da Produção Outros Ganhos Operacionais Proveitos operacionais (PO) Custo Mercadorias Vendidas e Materiais Consumidos (CMVC) Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) Gastos com Pessoal Outros Custos Operacionais EBITDA Amortizações, Provisões e Ajustamentos (líquidos de reversões) Resultado Operacionais (EBIT) Resultado Financeiro Resultado Antes Impostos Imposto sobre o Rendimento Resultado Consolidado do Exercício Resultado Atribuível ao Grupo Se o VN se reduziu em 10,5%, o somatório das rubricas CMVC e FSE baixou de modo mais do que proporcional (14,1%); no entanto, este efeito foi neutralizado pelo comportamento dos Gastos com Pessoal que, afetado pelas indemnizações com as rescisões de colaboradores (valor que ascendeu em 2012 a 10,0 milhões de Euros, face ao valor de 1,3 milhões de Euros no ano anterior), não puderam ainda evidenciar redução com significado. A margem EBITDA em relação ao total dos proveitos operacionais sofreu uma quebra de 6,0% para 4,1% mas, reformulada, expurgando-se o efeito das indemnizações e da influência de uma dívida incobrável de uma subsidiária nos EUA, que fez aumentar expressivamente os Outros Custos Operacionais, ter-se-ia situado em 7,1%, superior ao ano de 2011. O registo de imparidades nomeadamente em créditos sobre terceiros - consequência do panorama geral adverso da economia e que vem conduzindo à degradação das condições de solvabilidade e liquidez de muitas empresas e, por isso, à deterioração das condições de cobrança e ao incremento da litigiosidade - e numa parte do goodwill da aquisição da Contacto, afetou também de modo expressivo a performance do exercício ao colocar a rubrica de Amortizações, Provisões e Ajustamentos (líquidos de reversões) num valor (37,0 milhões de Euros) superior ao dobro do verificado um ano antes (18,3 milhões de Euros). nentes de formação dos resultados para o exercício findo e para o exercício imediatamente anterior: 2012 % PO 2011 % PO Variação 712.539 -17.928 8.338 702.949 145.849 368.296 132.683 27.120 29.001 101,4% -2,6% 1,2% 100,0% 20,7% 52,4% 18,9% 3,8% 4,1% 796.208 -21.902 24.529 798.834 182.158 416.646 132.768 19.541 47.722 99,7% -2,7% 3,1% 100,0% 22,8% 52,2% 16,6% 2,5% 6,0% -10,5% -18,1% -66,0% -12,0% -19,9% -11,6% -0,1% 38,8% -39,2% 36.998 5,3% 18.291 2,3% 102,3% -7.997 -41.851 -49.847 12.812 -37.036 -37.763 -1,1% -6,0% -7,1% 1,8% - 29.431 -16.877 12.554 -4.476 8.078 7.405 3,7% -2,1% 1,6% -0,6% 1,0% 0,9% - Em função do exposto o resultado operacional cifrou-se por um valor negativo de 8,0 milhões de Euros, o que compara desfavoravelmente com o resultado positivo de 29,4 milhões de Euros registado em 2011. Os resultados financeiros também se agravaram significativamente penalizados pelo aumento do custo líquido de financiamento com o saldo entre os juros obtidos e suportados a ficar em 2012 por -25,1 milhões de Euros em confronto com -12,5 milhões no ano anterior. O impacto líquido das diferenças cambiais foi contido cifrando-se no valor de -1,4 milhões de Euros, mas distante do valor favorável que assumira no ano de 2011 de 6,4 milhões de Euros, o que contribui, também, para o agravamento dos resultados financeiros. A conjugação das componentes anteriormente referidas teve por consequência a obtenção de um resultado antes de impostos de -49,8 milhões de Euros, um valor anormal no historial da companhia, traduzindo um ano bastante difícil e com condicionantes específicas mas que traduz o percurso de um trajeto inexorável para colocar a empresa em situação de poder encarar e ultrapassar, com moderado otimismo, os desafios que se lhe deparam. Considerando a função de impostos, o resultado consolidado atribuível ao Grupo situou-se no valor de -37,8 milhões de Euros face ao valor positivo de 7,4 milhões de Euros em 2011. 32 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA BALANÇO: EVOLUÇÃO DOS ATIVOS Ao nível da estrutura patrimonial evidenciada pela demonstração da posição financeira consolidada regista-se fundamentalmente a redução verificada no ativo corrente (de 861,3 para 712,2 milhões de Euros) enquanto o ativo não corrente mantém um nível de grandeza semelhante ao ano anterior (de 295,7 para 291,0 milhões de Euros), sem alterações a justificarem especial realce. A redução no ativo corrente justifica-se pela evolução no mesmo sentido dos inventários, clientes e outras dívidas de terceiros; neste último caso respeitando a créditos sobre empresas relacionadas do Grupo, mas fora do perímetro de consolidação da área de negócio Construção. Os outros ativos correntes, relacionados fundamentalmente com o grau de acabamento das obras plurianuais, pelo contrário, aumentaram 22,6 milhões de Euros com a influência decisiva nesta evolução da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. (+21,7 milhões de Euros). CAPITAIS PRÓPRIOS Os capitais próprios em 31 de dezembro de 2012 mantêm um valor robusto (139,7 milhões de Euros) e acima do capital social (131,1 milhões de Euros) mas sofrem o efeito negativo do resultado líquido do ano (-37,8 milhões de Euros). Para além deste valor a demonstração das alterações no capital pró- prio evidencia a distribuição de 3,3 milhões de Euros ao único acionista (Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.) referente à aplicação do resultado de 2011 e outras variações nomeadamente de reserva de conversão cambial que impactaram os capitais próprios em -0,8 milhões de Euros. PASSIVO Correlativamente à redução verificada no ativo (153,9 milhões de Euros), embora em menor dimensão, também a expressão do passivo na análise inter-balanços 2011-2012 teve uma redução passando de 975,4 milhões de Euros para 863,4 milhões de Euros (-111,9 milhões de Euros). Esta redução foi bastante significativa ao nível do passivo corrente (-174,5 milhões de Euros) - com uma redução substancial dos outros passivos correntes e de outras dívidas a terceiros - enquanto o passivo não corrente aumentou (+62,5 milhões de Euros). Com influência na estrutura do passivo há a assinalar a celebração, em finais de novembro de 2012, pela sociedade (e outras sociedades do Grupo) com seis instituições financeiras, do acordo quadro para a reprogramação dos respetivos endividamentos bancários com recurso, num total de cerca de 275 milhões de Euros. Esta operação é caracterizada por um prazo de reembolso alargado (maturidade de 9 anos, com um período de carência de capital de 3 anos) e remuneração a uma taxa moderada. O endividamento líquido consolidado da área da construção (net debt) situa-se no final do exercício sob análise em 342,2 milhões de Euros. DESEMPENHO INDIVIDUAL DAS PARTICIPADAS Já acima neste Relatório deu-se conta da estrutura de participações da sociedade, da sua evolução no ano findo bem como da evolução do comportamento dos principais mercados geográficos. Na secção anterior fez-se a análise dos principais indicadores consolidados. O quadro da página seguinte traduz uma síntese do contributo das diferentes empresas consolidadas para: volume de negócios, EBITDA, EBIT, resultados financeiros e resultados líquidos, o que exterioriza analiticamente a formação destes níveis de resultados consolidados por participada de origem. 33 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Quadro resumo dos principais Indicadores das participadas da área de negócio Construção em 2012 Empresa Participada (Euros) Vol.Negócios EBITDA EBIT R. Financ. R. Líquido Soc. Construções Soares da Costa, S.A. (*) 520.046.624 26.274.469 -2.216.099 -28.134.111 -24.335.741 Soares da Costa América, Inc. Prince Contracting, LLC 287.666 -872.147 -872.147 -2.898.059 3.545.168 125.074.380 -584.378 -2.929.867 -318.757 -3.248.626 Soares da Costa Construction Services, LLC 700.695 Soares da Costa Contractor, INC 433.775 -94.627 -96.415 -9.439 -105.854 0 -14.171 -18.082 0 -18.081 -673.017 0 0 0 7.233 -14.433.459 -15.084.978 -4.290.144 -12.052.517 Porto Construction Group, LLC Eliminações de consolidação EUA Estados Unidos CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A. 125.823.499 -12.868.136 -11.168.467 -1.063.889 -12.232.357 14.511.633 -106.649 -1.000.847 7.290.069 3.960.183 CLEAR ANGOLA, S.A. 56.462.387 17.398.039 16.869.744 -1.813.914 15.055.830 Eliminações de consolidação entre Clear e Clear Angola -6.242.732 516.943 516.943 -8.702.917 -8.933.141 Clear + Clear Angola 64.731.288 17.808.333 16.385.840 -3.226.762 10.082.872 Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L. 20.186.904 1.608.254 1.218.195 -119.913 683.962 Carta - Restauração e Serviços, Lda. 8.554.731 124.106 -486.713 -119.793 -578.506 OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, S.A. 7.856.586 577.077 256.073 -127.063 -4.832 Linha 3 Cezarina - Construções, LTDA. 5.153.278 768.569 767.256 34.538 550.002 SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. 4.773.759 -1.333.215 -2.381.239 58.640 -1.791.948 Terceira Onda Planejamento e Desenvolvimento, Ltda. 4.547.363 534.784 534.477 -101.237 289.617 Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A. 4.504.511 -1.851.319 -2.230.288 -172.000 -1.841.179 Soares da Costa S. Tomé e Principe - Construções, Lda. 1.181.136 82.560 19.711 -18.132 1.579 Soares da Costa Brasil - Construções, Ltda. 640.858 -169.054 -170.001 622.293 452.294 Israel Metro Builders – a Registered Partnership 233.754 166.962 166.954 -166.954 0 SDC Construções, S.G.P.S., S.A. 228.000 -371.162 -371.242 -7.844.825 -8.600.644 Somafel - Obras Ferroviárias e Marítimas, Ltda. 117.393 -125.974 -127.539 418 -127.123 22.438 -492.974 -514.029 444.185 114.633 Soares da Costa Construcciones Centro Americanas, S.A. Outras empresas participadas 0 -167.256 -167.256 17.954 -141.807 Eliminações de consolidação -56.063.559 -3 -3.596.051 1.292.227 -463.485 Total Geral Construção 712.538.563 29.000.698 -7.996.929 -41.850.679 -37.762.823 (*) Engloba, na proporção dos interesses da Sociedade, a participação nos Agrupamentos Complementares de Empresas. 34 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Discriminação dos Agrupamentos Complementares de Empresas (Euros) EBIT R. Financ. R. Líquido CAET XXI - Construções, ACE 84.035.604 -6.518.540 -7.248.233 159.433 -7.107.577 HidroAlqueva, ACE 11.377.734 305.979 38.914 -38.915 -5.838 LGV, Engenharia e Const.de Linhas de Alta Veloc., ACE 9.689.977 8.662.077 484.995 -50.461 433.919 Mota-Engil, SDC, MonteAdriano - Matosinhos, ACE 2.642.704 -8.737 -9.990 9.990 0 GCVC, ACE 2.242.686 -6.830 -6.830 6.830 0 GACE - Gondomar, ACE 2.028.906 3.122 3.122 -3.122 0 583.579 5.169 5.169 -5.170 0 Soares da Costa/Contacto - Modernização de Escolas, ACE .5 Vol.Negócios EBITDA Remodelação Teatro Circo - S.C., A.B.B., D.S.T., ACE 225.021 1 1 0 0 TRANSMETRO - Construção do Metropolitano do Porto, ACE 179.242 -48.993 -48.993 9.101 -39.891 GCF - Grupo Construtor da Feira, ACE 68.990 0 0 0 0 Nova Estação, ACE 35.604 4.343 2.558 -2.559 0 Soares da Costa e Lena, ACE 21.027 6.921 6.921 -3 6.918 Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, ACE 5.090 -12.135 -12.135 12.135 0 LGC - Linha de Gondomar, Construtores, ACE 1.703 -111.511 -62.608 357.156 294.549 Outros ACE’s 176 -19.079 88.645 194 88.838 Total ACE’S 113.138.043 2.261.787 -6.758.464 454.609 -6.329.082 GESTÃO DE RISCOS A Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., enquanto entidade responsável pela gestão e desenvolvimento da área de negócios da construção, uma das áreas estratégicas de negócios do Grupo, exerce a sua atividade enquadrando as participações nas várias empresas dedicadas à execução de obras de construção civil, engenharia e infraestruturas. As empresas que integram a estrutura de participações sociais da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., conforme as peças que fazem parte deste Relatório e Contas evidenciam, exercem a sua atividade em vários espaços geográficos. Neste âmbito a sociedade e as suas participadas estão expostas a diversos riscos que podem ser classificados em: > Riscos de Negócio > Riscos operacionais: os que podem afetar a efi- cácia e a eficiência dos processos operativos e prestação dos serviços do grupo, a satisfação dos clientes e a reputação das empresas; > Riscos de integridade: os relacionados com frau- des internas e externas a que possam estar sujeitas as empresas do grupo; > Riscos de direção e recursos humanos: riscos vin- culados entre outros à gestão, direção, liderança, limites de autoridade, deslocalização, inserção local, etc.; > Riscos financeiros: designadamente riscos de taxa de câmbio, riscos de taxa de juro, riscos de liquidez e risco de crédito; > Riscos de Informação > Informação operativa, financeira e de avaliação estratégica; > Riscos do Meio > Concorrência; > Meio político, económico, legal e fiscal; > Regulação e mudanças no setor. Do ponto de vista organizativo, funciona, no âmbito do centro corporativo do Grupo, do qual a subholding da construção faz parte, e, por isso, com competência transversal a todo o Grupo, uma unidade de análise e gestão do risco com o objetivo de assegurar a eficiência e a eficácia das operações do Grupo, a salvaguarda dos ativos, a fiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e normas. A análise do risco é assegurada pelas diversas unidades corporativas do Grupo. É desenvolvido um trabalho de identificação e priorização prévia dos riscos classificados como sendo mais críticos (de- RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA terminados através da combinação da probabilidade de ocorrência e potencial impacto e expressos numa matriz de riscos), e são definidas estratégias de Gestão do Risco com vista à implementação de procedimentos de controlo que o diminuam para um nível aceitável. Neste sentido o Grupo tem vindo a proceder à implementação de atividades de controlo que permitem mitigar os riscos. O objetivo é maximizar o trade-off entre os riscos e as margens de negócio de modo a atingir, de forma sustentada, os objetivos estratégicos do Grupo. Essa matriz parte das linhas gerais do plano estratégico em vigor, das metas que pretende alcançar, do tipo de atividade que prossegue e dos países que constituem os locais preferenciais de intervenção estável. Depois, e em obediência a essas linhas gerais, define um conjunto de parâmetros que orientam os objetivos estratégicos de assunção de riscos e toda a sua monitorização para conferir a conformidade dos riscos efetivamente incorridos com aqueles objetivos. Para se poder efetuar a apreciação e ulterior monitorização, através da sua organização interna, as diferentes áreas de gestão do Grupo (Desenvolvimento de Negócios, Direção de Finanças, Controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos, etc.) identificam e avaliam os riscos que as suas decisões, nas respetivas áreas de intervenção e competência, envolvem e elencam as medidas que os possam prevenir ou minimizar. Em função desse levantamento, acompanhado criticamente pela unidade central, são tomadas as decisões relativas ao negócio, país ou projeto em causa, designadamente a decisão de contratar ou não contratar ou das condições para a contratação. .6 35 O sistema de análise e gestão do risco é um processo interativo, que percorre todas as fases de um projeto, desde o seu levantamento potencial, em momento de pura prospeção, e até ao seu epílogo, em que todas as responsabilidades com ele relacionadas se mostram extintas. Naturalmente que, na sua evolução, são erigidos alguns marcos essenciais de tomada de decisão mais alargada, quer para avaliar se os potenciais riscos e a forma de os abordar se encaixam no perfil estratégico definido, quer para averiguar se os mecanismos e procedimentos de controlo estão a ser observados e se se mostram adequados. Para a sua cabal gestão, são criados procedimento de informação detalhada, com conteúdo adequado a cada fase, que permitirão fazer o acompanhamento atempado das diversas vicissitudes e agir em cima das ocorrências. Todo o processo está aberto aos contributos de revisão e aperfeiçoamento que qualquer estrutura entenda propor e é objeto de reflexão e avaliação periódica envolvendo quer os serviços de apoio, quer as áreas operacionais. Complementarmente, pela Unidade de Auditoria Interna, unidade que funciona no âmbito do centro corporativo do Grupo, são periodicamente realizadas ações de auditoria interna às principais atividades operacionais das diversas empresas do Grupo, com vista à melhoria da eficiência dos meios de controlo interno e dos respetivos processos de negócio. Pretende-se desta forma assegurar a monitorização do risco em cada uma das operações, a implementação de medidas adequadas para mitigação dos riscos detetados e o acompanhamento da sua evolução. PERSPECTIVAS PARA 2013 Considerando o enquadramento da atividade, as carteiras de encomendas e os riscos e incertezas nomeadamente de conjuntura económica que foram sendo enunciados ao longo deste Relatório de Gestão, mas confiantes na capacidade de ultrapassar as dificuldades e no rumo que a Sociedade tem traçado são positivas ainda que exigentes as expetativas orçamentais com referência aos indicadores consolidados para o ano de 2013 da Soares da Costa Construção, S.G.P.S, S.A.. Durante os primeiros meses do ano espera-se concluir o processo de ajustamento dos recursos humanos iniciado em finais de 2011 e profundamente desenvolvido no ano de 2012 nas principais participadas de direito português, estabilizando-se a estrutura adequada à dimensão atual e expectável futura dos mercados. Em termos de VN é esperada em 2013 uma nova redução da atividade no mercado nacional onde, face ao avanço verificado na construção da autoestrada 36 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Transmontana, com conclusão prevista durante o Verão, o decréscimo se antevê significativo. Por outro lado, espera-se um incremento importante nos níveis de atividade realizados nos países africanos de expressão lusófona nomeadamente em Angola e Moçambique. Nos Estados Unidos atingiu-se em 2012 um volume de atividade máximo histórico constituindo meta ambiciosa a manutenção em níveis próximos com a melhoria da rentabilidade. .7 A maior quota da atividade internacional e o peso significativo dos custos não recorrentes que se fizeram sentir em 2012, permitem assumir um objetivo de melhoria da margem EBITDA em relação ao VN, apesar dos contextos de competitividade concorrencial agressiva que se verificam. FATOS RELEVANTES OCORRIDOS APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO Ocorreu em 1 de março de 2013 o registo definitivo da fusão por incorporação na Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. (sociedade incorporante) da Construções Metálicas Socometal, S.A. (sociedade incorporada), com efeitos contabilísticos reportados a 1 de janeiro de 2013. Esta operação, justificada pelo significativo abrandamento da atividade de construção em Portugal, tem por objetivos .8 Deste aumento da atividade em África a que se adicionam os contributos do VN de outros mercados (designadamente Omã) decorre o estabelecimento de um objetivo ambicioso de atingir em 2013 um VN global próximo do verificado neste ano. a racionalização operacional e de custos e, por outro lado, facilitar a internacionalização das atividades desenvolvidas pela Socometal no âmbito da diversidade geográfica operacional da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.. Uma vez que ambas as sociedade já pertenciam ao perímetro de consolidação da Sociedade, não deriva desta operação efeitos nas demonstrações financeiras consolidadas. OUTRAS INFORMAÇÕES LEGAIS Dívidas ao Estado e à Segurança Social À data do encerramento do balanço a empresa não tem dívidas em mora ao Estado, resultantes de liquidação de impostos, nem de contribuições para a Segurança Social. Negócios com a sociedade Durante o exercício não se registaram negócios entre a sociedade e os seus administradores, que justifiquem referência. 37 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .9 RECONHECIMENTO Os nossos agradecimentos a todos aqueles que contribuíram para que a Sociedade tivesse o desempenho descrito neste Relatório. .10 Aos membros dos outros órgãos sociais da Sociedade, bem como aos nossos auditores, manifestamos também o nosso reconhecimento pela forma como exerceram as suas funções. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Conselho de Administração da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., tendo presentes as Demonstrações Financeiras, propõe nos termos do disposto na alínea f) do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, e no respeito pela legislação aplicável quanto à distribuição de bens sociais, Porto, 25 de março de 2013 O Conselho de Administração, António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques Jorge Domingues Grade Mendes Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves Daniel Hehn Pinto da Silva Fernando Jorge Sales Nogueira nomeadamente os artigos 32º e 33º do mesmo diploma, que o resultado líquido individual de -8.600.644 Euros obtido pela sociedade no exercício que terminou em 31 de dezembro de 2012, seja transferido para Resultados Transitados. RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 38 ANEXO AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (Artºs 448-4º e 447-5º do C.S.C.) Acionistas com Participações Superiores a 10% A Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. detém 26.216.068 ações ou 100,00% do capital social. Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização Os membros dos órgãos de administração e de fiscalização não detêm ações desta empresa. RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS Vila Olímpica Moçambique // Olympic Village Mozambique portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt 39 40 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011 (Euro) ATIVO Notas 31.12.2012 31.12.2011 5 240 321 240 321 NÃO CORRENTE Ativos fixos tangíveis: Equipamento Administrativo Investimentos financeiros: Participações de capital em subsidiárias 6 e 17 212.798.628 213.171.864 Empréstimos concedidos a subsidiárias 6 e 17 34.346.697 50.238.393 Participações de capital em associadas 6 24.191.790 24.191.790 Empréstimos concedidos a associadas 6 29.187 29.187 Outros investimentos financeiros 6 3.014.810 3.135.372 274.381.112 290.766.606 0 1.974.777 274.381.352 292.741.703 Ativos por impostos diferidos Total do ativo não corrente CORRENTE Dívidas de terceiros: Clientes 9 76.760 147.632 Empresas do Grupo, Associadas e Participadas 9 34.233.068 7.338.646 Outras dívidas de terceiros 9 969.575 642.640 35.279.403 8.128.918 Outros ativos correntes 10 496 1.069 Caixa e seus equivalentes 11 51.496 6.156 35.331.395 8.136.143 309.712.747 300.877.846 Total do ativo corrente Total do ativo 41 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011 (Euro) Capital Próprio e Passivo Notas 31.12.2012 31.12.2011 12 131.080.340 131.080.340 12.926.618 12.926.618 Reservas legais 2.729.271 2.522.794 Resultados transitados 3.840.132 3.217.065 (8.600.644) 4.129.545 141.975.718 153.876.362 75.925 2.774.008 75.925 2.774.008 90.113 197.990 CAPITAL PRÓPRIO Capital realizado Reservas e resultados transitados: Prémios de emissão Resultado líquido do período Total do capital próprio PASSIVO CORRENTE Financiamentos obtidos: Empréstimos bancários 14 Dívidas a terceiros: Fornecedores Estado e outros entes públicos 15 30.967 73.681 Empresas do Grupo, Associadas e Participadas 15 166.132.164 141.620.832 Outros dívidas a terceiros 15 1.374.835 2.243.472 167.628.079 144.135.975 33.026 91.501 Total do passivo corrente 167.737.030 147.001.484 Total do passivo 167.737.030 147.001.484 Total do capital próprio e passivo 309.712.747 300.877.846 Outros passivos correntes 16 42 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011 (Euro) Demonstração dos Resultados Vendas e prestação de serviços (Volume de Negócios) Outros rendimentos e ganhos Notas 2012 2011 18 228.000 360.000 19 149.639 41 377.639 360.041 Rendimentos e ganhos operacionais Fornecimentos e serviços externos 21 (130.462) (354.290) Gastos com o pessoal 20 (536.954) (935.852) (80) (80) (14.305) (6.540) (67.081) (50) Gastos e perdas operacionais (748.882) (1.296.812) Resultado operacional das atividades continuadas (371.243) (936.771) Gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade Outros gastos e perdas operacionais: Impostos Outros gastos e perdas 19 Custo líquido do financiamento: Juros obtidos 22 7.762.004 1.540.189 Juros suportados 22 (13.998.795) (8.273.591) (6.236.790) (6.733.403) Outros ganhos e perdas financeiras: Outros ganhos financeiros 22 658.574 1.136.713 Rendimentos de participações de capital 22 18.998.413 9.757.782 Outras perdas financeiras 22 (21.265.021) (1.181.186) (1.608.034) 9.713.309 (7.844.824) 2.979.907 (8.216.068) 2.043.136 (384.577) 2.086.409 (8.600.644) 4.129.545 Básico (0,328) 0,158 Diluído (0,328) 0,158 Básico (0,328) 0,158 Diluído (0,328) 0,158 Resultado financeiro 22 Resultado antes de impostos Imposto sobre o rendimento do período 23 Resultado líquido do período Resultado por ação das atividades continuadas: 24 Resultado por ação: 43 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Euro) 31.12.2012 31.12.2011 (8.600.644) 4.129.545 Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira - - Variação no justo valor de instrumentos financeiros derivados - - Variação nos impostos diferidos de instrumentos financeiros derivados - - Outras variações - - (8.600.644) 4.129.545 Resultado Líquido do período Outros rendimentos integrais Total Rendimento Integral DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Euro) Notas Capital realizado Reservas e resultados transitados Derivados de cobertura Prémios de emissão Outros Total dos capitais próprios Saldo a 1/Jan/2012 12 131.080.340 22.796.022 - - - 153.876.362 Dividendos 13 - (3.300.000) - - - (3.300.000) Ações próprias - - - - - - Outros - - - - - - Rendimento integral - (8.600.644) - - - (8.600.644) 131.080.340 10.895.378 - - - 141.975.718 Capital realizado Reservas e resultados transitados Derivados de cobertura Prémios de emissão Outros Total dos capitais próprios 90.000.000 15.328.711 - - - 105.328.711 Dividendos - - - - - - Ações próprias - - - - - - 41.080.340 3.337.766 - - - 44.418.106 - 4.129.545 - - - 4.129.545 131.080.340 22.796.022 - - - 153.876.362 Rubrica Saldo a 31/Dez/2012 Rubrica Saldo a 1/Jan/2011 Outros Rendimento integral Saldo a 31/Dez/2012 44 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA INDIVIDUAIS PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Euro) 2012 2011 Atividades operacionais: Recebimentos de clientes 381.280 219.600 Pagamentos a fornecedores (106.816) (449.040) Pagamentos ao pessoal (421.808) Pagamento/recebimento do imposto s/o rendimento 1.814.613 1.144.434 (5.110.470) (740.138) Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional Fluxos das atividades operacionais (147.344) (593.278) (822.719) (3.295.857) 404.296 (3.443.201) (418.422) Atividades de investimento: Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros 21.043.959 Dividendos 18.770.000 85.549.881 39.813.959 9.695.602 95.245.483 Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Ativos fixos tangíveis 127.766.978 0 Fluxos das atividades de investimento 41.176.688 127.766.978 0 (87.953.019) 41.176.688 54.068.796 Atividades de financiamento: Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos Juros obtidos 207.760.659 12.584 87.313.321 207.773.243 1.535.842 88.849.163 Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos Dividendos Juros e gastos similares Fluxos das atividades de financiamento Variação de caixa e seus equivalentes Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período 110.917.091 130.897.030 3.300.000 3.659.000 2.114.690 116.331.781 7.955.180 142.511.210 91.441.462 (53.662.047) 45.242 (11.674) 99 (11.412) 6.155 29.242 51.496 6.155 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E NOTAS EXPLICATIVAS DAS CONTAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 Autoestrada Transmontana // Transmontana Motorway Portugal portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt 45 46 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .1 nota introdutória Elementos identificativos > Denominação Social: Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. > Número de matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto e de Pessoa Coletiva: 505 906 490 > Sede Social: Rua de Santos Pousada, 220 > Designação da empresa-mãe: Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. > Sede da empresa-mãe: Rua de Santos Pousada, 220, 4000−478 Porto 4000 – 478 Porto > Objeto Social: Gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indireta de exercício de atividades económicas. .2 REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A empresa faz parte integrante do grupo de consolidação cuja empresa-mãe, Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., elabora contas consolidadas desde 2004 em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal como adotadas na União Europeia. .3 Os valores monetários referidos nas notas são apresentados em unidades de Euro. Assim, ao abrigo do nº 1 do artº 4º do DL 158/2009, de 13 de Julho, optou pela elaboração das demonstrações financeiras individuais em conformidade com estas normas internacionais. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras são as seguintes: 3.1 BASES DE APRESENTAÇÃO As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa, os quais estão em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia. Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram utilizadas estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Administração foram efetuadas com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso. 3.2 O conselho de Administração da Empresa entende que as demonstrações financeiras anexas e as notas que se seguem asseguram uma adequada apresentação da informação financeira. Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado, deduzido de depreciações acumuladas e perdas de imparidade. As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes, por duodécimos, de acordo com as seguintes períodos de vida útil estimada: Vida Útil Equipamento Administrativo 3.3 47 4-8 Os ativos fixos tangíveis em curso encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas de imparidade. As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do ativo fixo tangível são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados, como “outros rendimentos e ganhos” ou “outros gastos e perdas”. Ativos e Passivos Financeiros a) Investimentos Financeiros Os investimentos financeiros são reconhecidos na data em que são transferidos substancialmente os riscos e vantagens inerentes aos mesmos. São inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago incluindo despesas de transação. É feita uma avaliação dos investimentos quando existem indícios de que o Ativo possa estar em imparidade, sendo registado como custo na demonstração de resultados as perdas de imparidade que se demonstrem existir. Os investimentos financeiros classificam-se em investimentos detidos até à maturidade e investimentos mensurados ao justo valor através de resultados. Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são mensurados pelo seu justo valor sem qualquer dedução de custos da transação em que se possa incorrer na venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados, e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido quando aplicável, de perdas de imparidade. b) Dívidas de terceiros As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade, reconhecidas na rubrica de perdas de imparidade em contas a receber, para que as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido. c) Empréstimos Os empréstimos são registados no passivo e mensurados ao custo amortizado (utilizando o método da taxa de juro efetiva). As despesas com a emissão desses empréstimos são registadas como uma dedução à dívida e reconhecidas ao longo do período de vida do empréstimo, de acordo com o método da taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros com juros bancários e despesas similares (nomeadamente Imposto de Selo), são registados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados, à data do balanço, classificados na rubrica “Outros passivos correntes”. 48 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA d) Dívidas a terceiros As dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal. Usualmente estas dívidas a terceiros não vencem juros. 3.4 e) Caixa e seus equivalentes Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria de curto prazo. Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. 3.5 Imposto sobre o rendimento O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor. Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estar em vigor à data da reversão das diferenças temporárias. 3.6 Os ativos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o seu montante, em função da expectativa atual da sua recuperação futura. Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de montantes registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica. Apresentação de balanço Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço são apresentados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes. 3.7 Reconhecimento de gastos e rendimentos Os rendimentos financeiros relacionados com a mora no pagamento por parte dos clientes são reconhecidos quando há significativa evidência da sua cobrabilidade. Os dividendos são reconhecidos como rendimentos no exercício em que são atribuídos. A empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização dos exer- cícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas “Outros ativos correntes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença. 49 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 3.8 Saldos e transações expressos em moeda estrangeira As transações em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transação. Em cada data de balanço, os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como “Outros ganhos e perdas financeiros” na demonstração dos resultados do exercício. As principais cotações utilizadas das rubricas incluídas no Balanço foram as seguintes: Câmbio médio de compra e venda em: 3.9 Dólar Americano EUR/USD 1,2939 EUR/GBP 0,9161 0,8353 EUR/STD 24.500,00 24.500,00 Kwanza de Angola EUR/AOA 126,37 122,55 Imparidade de ativos reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como resultados operacionais. Ativos e passivos contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados no anexo às demonstrações financeiras exceto se a possibilidade de existir um exfluxo de recursos for remota. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados nas notas explicativas quando é provável a existência de um influxo económico futuro. Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do ba- 3.12 1,3194 Libra Reino Unido Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é 3.11 31.dez.2011 Dobra de S. Tomé e Príncipe É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado. 3.10 31.dez.2012 Informação por segmentos Em cada exercício são identificados os segmentos geográficos aplicáveis à empresa. Informação detalhada é incluída na Nota 18. lanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais, são divulgados nas demonstrações financeiras. 50 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 3.13 Gestão de risco No desenvolvimento da sua atividade a empresa encontra-se exposta a uma variedade de riscos: Risco de mercado (incluindo risco de taxa câmbio, de taxa de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco global é focado na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procura minimizar os efeitos adversos que daí advêm para o seu desempenho financeiro. .4 No âmbito de gestão do risco da taxa de câmbio, a empresa contratou instrumentos financeiros de cobertura de taxa de câmbio, descritos na nota “Instrumentos financeiros derivados”. A exposição ao risco de crédito decorre das contas a receber resultantes da normal atividade comercial, sendo a exposição máxima ao risco de crédito o valor nominal das contas a receber. PARTES RELACIONADAS Os termos ou condições praticadas entre empresas do grupo e associadas são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis. Saldos a 31.12.2012 Clientes conta corrente Os saldos e transações com empresas do grupo e associadas encontram-se discriminados nos quadros seguintes: Empréstimos a empresas do Grupo e Associadas Fornecedores Outros devedores e credores CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A. Emprestimos de empresas do Grupo e Associadas Regime especial de tributação sociedades (8.862.229) - Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A. - 18.579 - - - - Coordenação & Soares da Costa, S.G.P.S., Lda. - - - - (345.073) - 30.000 27.496.420 - (537.414) - 1.590.201 Soares da Costa América, Inc. - 5.018.095 - 867.546 - - SDC Emirates Construction, L.L.C. - - - 101.624 - - Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. - - 24.121 (40.937) - - Soares da Costa Brasil - Construções, Ltda. - 25.000 - (57.589) - - Soares da Costa Construc.Centro Americanas, S.A. - 73.021 - - - - Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L. - 11.753 - - - - Soc. Construções Soares da Costa, S.A. - - 40.394 (738.635) (156.924.861) - SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. 46.760 - - - - - Total 76.760 32.642.867 64.515 (405.405) (166.132.164) 1.590.201 Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. 51 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Fornecimentos e serviços externos Vendas e prestação de serviços Outros ganhos e perdas operacionais Custo líquido do financiamento Outros Ganhos e Perdas Financeiros Carta - Restauração e Serviços, Lda. - - - 9.182 - CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A. - - - (454.495) 6.220.000 CLEAR ANGOLA, S.A. - - - - - Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A. - - - (202.706) - Coordenação & Soares da Costa, S.G.P.S., Lda. - - - (13.666) - Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. - - - 1.940.386 - HABITOP - Sociedade Imobiliária, S.A. 4.666 - - - - - - - 479.338 - 39.480 - - - - Soares da Costa Construc.Centro Americanas, S.A. - - - 45.564 41 Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L. - - - - 228.413 Soc. Construções Soares da Costa, S.A. 1.930 - - (8.016.910) 12.550.000 - 228.000 - - - 46.076 228.000 0 (6.213.306) 18.998.453 Transações em 2012 SDC América, Inc. Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. Somafel, S.A. Total .5 DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO DO ativo TANGÍVEL a) Ativo Bruto O movimento ocorrido no valor bruto dos ativos fixos tangíveis é como segue: Ativos fixos tangíveis Equipamento Administrativo Saldo Inicial Variação no perímetro Aumentos Alienações Efeito de conv cambial Transfer. e Abates Saldo Final 641 - - - - - 641 641 - - - - - 641 b) Depreciações Acumuladas O movimento ocorrido no valor das depreciações acumuladas dos ativos fixos tangíveis é como segue: Ativos fixos tangíveis Equipamento Administrativo Saldo Inicial Variação no perímetro Reforço Anulação Efeito de Reversão conv. cambial 321 - 80 - - 401 321 - 80 - - 401 Saldo Final 52 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .6 DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO EM INVESTIMENTOS FINANCEIROS O movimento ocorrido no valor dos investimentos financeiros é como segue: Ativos fixos tangíveis Saldo Variação no Ajustamentos Inicial perímetro de Valor Aumentos Alienações Transfer. e Abates Saldo Final Investimentos financeiros: Participações de capital em subsidiárias 217.950.021 - (430.825) 57.589 (4.778.158) 0 212.798.628 Empréstimos concedidos a subsidiárias 53.359.344 - (19.795.175) 4.380.965 (3.598.437) 0 34.346.697 Participações de capital em associadas 24.191.790 - - - 0 0 24.191.790 Emprést. concedidos associadas 29.187 - - - 0 0 29.187 Outros investimentos financeiros 3.135.372 - - - 0 (120.562) 3.014.810 298.665.714 - (20.226.000) 4.438.554 (8.376.595) (120.562) 274.381.112 Total Foram efetuados suprimentos à empresa Soares da Costa América, Inc. no montante de 4.380.965 Euros e participação no aumento de capital da Soares da Costa Brasil no montante de 57.589 Euros. No presente exercício foi alienada a participação na Construções Metálicas Socometal, S.A. à Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. pelo montante de 1 Euro. Esta alienação originou a reversão das imparidades constituídas em anos anteriores para a totalidade das partes de capital (4.778.158 Euros) e parte das prestações acessórias (3.120.951 Euros do total de 3.598.437 Euros), para as quais tinham igualmente sido registadas imparidades. A empresa Vortal, S.G.P.S., S.A. procedeu à amortização de acções com redução do capital cabendo à Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. o montante de 120.562 Euros, mantendo a sua percentagem de capital detido na empresa. Em 28 de junho 2012 foi registada definitivamente a fusão por incorporação da participada “Contacto – Soc. de Construções, S.A.” com transferência integral do seu património na também participada da sociedade “Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.”, com efeitos contabilísticos reportados a 1 de janeiro de 2012. A participação que a Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. detinha em ambas as empresas ficou agora reflectida na Sociedade de Construção Soares da Costa cuja participação passou a ser de 170.893.174 Euros. Com referência ao valor do investimento realizado na SDC América, Inc. (partes de capital e prestações acessórias) foi efectuado um exercício de aproximação ao valor realizável liquido desta entidade tomando por referência as contas consolidadas desta sociedade, e um estudo de avaliação da “Prince”, participada mais representativa daquela sociedade, tendo-se concluído pela necessidade de registar uma imparidade no valor de 20.226 milhares de Euros, valor constantes da coluna “Ajustamentos de valor” do quadro supra. Com referência a 31 de dezembro de 2012 foi realizado um estudo de avaliação interno pela metodologia dos fluxos de caixa actualizados (DCF – “Discounted Cash Flows”) tomando por base as projecções da actividade da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. constantes do seu Business Plan, tendo-se concluído que o investimento nesta sociedade não está em imparidade. O período de projecção explícito foi de dez anos, ou seja, de 2013 a 2022. Foi considerado um valor residual que corresponde ao valor global em que se considera a estabilização da sua rentabilidade, valor esse determinado como sendo o valor actual de uma renda perpétua, tendo sido assumida uma taxa de crescimento de longo prazo específica para cada uma das unidades geradoras de caixa da empresa. Os métodos e pressupostos utilizados para aferição da existência, ou não, de imparidade nos investimentos financeiros foram os seguintes: 53 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Presuposto Portugal Angola Outras geografias DCF DCF DCF Business Plan e Orçamentos Business Plan e Orçamentos Business Plan e Orçamentos 10 anos 10 anos 10 anos 7,5% 16,0% 16,0% 26,5% 26,5% 26,5% Taxa de juro sem risco* 5,3% 5,3% 5,3% Prémio de risco de mercado 5,0% 7,0% 7,0% Beta não alavancado** 1,01 1,01 1,01 Estrutura de capital alvo 65% 65% 65% Taxa de crescimento dos cash-flows na perpetuidade 2,0% 3,5% 2,0% WACC 9,6% 15,3% 15,3% Método utilizado Base utilizada Período Custo dos capitais alheios IRC sobre o EBT * Yield médio das obrigações do tesouro portuguesas a 10 anos até ao pedido de ajuda financeira do estado português ** O Beta alavancado foi obtido através da fórmula de Hamada 54 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .7 investimentos EM EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS E ASSOCIADAS Em 31 de dezembro de 2012, as empresas do grupo e associadas em que a sociedade participa diretamente eram as seguintes: Denominação Social Sede Social Valor de Balanço em 31.12.2012 % capital detido Capitais Próprios Resultado 2012 0 100,00% 49.788.445 3.545.168 868.470 80,00% 2.592.151 683.962 9.900 99,00% 712.243 1.579 Partes de Capital em Empresas do Grupo Soares da Costa América, Inc. 7270 N.W. 12 TH Street, Suite PH 3 33126 - FL MIAMI Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L. Avenida Hochimin, 1178 3º Andar 1667 - Maputo SDC S. Tomé e Príncipe, Construções, Lda. Cidade de São Tomé São Tomé e Príncipe SDC Construcciones CentroAmericanas, S.A. Cantón Cero Uno (San José) 1009 - San José 853.555 100,00% 4.174.154 114.633 Carta - Cantinas e Restauração, Lda. Rua de Santos Pousada, 220 4000 - 478 - Porto 904.969 100,00% 179.217 (21.273) Soc. Construções Soares da Costa, S.A. Rua de Santos Pousada, 220 4000 - 478 - Porto 170.893.174 100,00% 137.841.786 (18.193.009) Coordenação & Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. Rua Julieta Ferrão, 12 - 13º 1600-131 Lisboa 250.001 100,00% (1.221.407) (108.526) Clear - Instalações Electromecânicas, S.A. Rua de Santos Pousada, 220 4000 - 478 - Porto 38.653.246 100,00% 9.647.405 3.960.183 Soares da Costa Brasil - Construção, Ltda. Rua Bandeira Paulista, 600 - 1º Cidade São Paulo 365.313 58,88% 728.471 452.294 Grupul Portughez de Constructii, S.R.L. Roménia 010873 - Bucharest 500.000 50,00% (576.159) (34.062) SDC Emirates Construction, L.L.C. Abu Dhabi Emirados Árabes Unidos 94.376 49,00% a) a) GEC-Guinea Ecuatorial Construcciones, S.A. UrbanizacionVilla Orquidea, 4 Malabo Guiné Equatorial 7.775 51,00% 15.263 - Cerenna-Ceramica Nacional de Angola, S.A. Rua Cónego Manuel das Neves, 19 Luanda - Angola 8.253 51,00% 15.827 (793) Somafel - Engª e Obras Ferroviárias, S.A. Lagoas Park - Edifício 1 Piso 2 23.581.386 40,00% 26.975.116 (4.108.154) Partes de Capital em Empresas Associadas Partes de Capital em Outras Empresas VSL - Sistemas Portugal, S.A. Estrada Outeiro Polima, Lote C - Piso 1 2785 - 518 - São Domingos de Rana 1.012.500 11,25% a) a) VORTAL - S.G.P.S., S.A. Rua Prof. Fernando da Fonseca, 3º Lisboa 2.002.310 7,24% 29.309.043 2.684.406 a) Contas não disponíveis à data da elaboração das demonstrações financeiras 55 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .8 INFORMAÇÃO SOBRE OS bens em regime de locação financeira e OPERACIONAL Locação Operacional Durante o exercício de 2012 foram reconhecidos gastos de 57.225 Euros relativos a rendas de contratos de locação operacional. As rendas de contratos de locação operacional (rendas fixas) mantidos pela empresa em 31 de dezembro de 2012, essencialmente relativas a contratos de locação operacional de viaturas, apresentam os seguintes vencimentos: .9 Vencimentos Pagamentos mínimos da locação operacional: 2013 27.275 2014 4.985 Total 32.260 DISCRIMINAÇÃO DAS DÍVIDAS DE TERCEIROS Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 o detalhe era o seguinte: Dívidas de terceiros correntes 31.12.2012 31.12.2012 Clientes c/c 76.760 147.632 Clientes 76.760 147.632 32.642.867 5.459.109 1.590.201 1.879.537 34.233.068 7.338.646 Outros devedores 969.575 642.640 Outras dívidas de terceiros 969.575 642.640 Empresas do grupo Regime especial de tributação dos grupos de empresas Empresas do Grupo, Associadas e Participadas .10 DISCRIMINAÇÃO DE OUTROS ATIVOS CORRENTES Outros ativos correntes 31.12.2012 31.12.2012 Gastos a reconhecer 496 1.069 Total 496 1.069 Em dezembro de 2012 estas rubricas têm a seguinte decomposição: Gastos a reconhecer 31.12.2012 31.12.2012 Seguros 496 1.069 Total 496 1.069 56 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .11 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte: 31.12.2012 31.12.2012 314 162 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 51.182 5.993 Caixa e seus equivalentes 51.496 6.156 - - 51.496 6.156 Numerário Titulos Negociáveis Disponibilidades constantes do balanço .12 COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL E RESERVAS O capital social da empresa tem o valor nominal de 131.080.340 de Euros. O capital da sociedade é representado por 26.216.068 de ações ordinárias com o valor nominal de 5 Euros cada uma. O capital social é detido a 100% pela Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.. A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital. .13 As reservas de reavaliação não podem ser distribuídas aos acionistas, exceto se encontrarem totalmente amortizadas ou se os respetivos bens objeto de reavaliação tiverem sido alienados. O Resultado Líquido do exercício de 2011, no montante de 4.129.545 Euros, foi aplicado do modo seguinte, conforme acta nº 19 de 20.03.2012, da assembleia geral: Aplicação do Resultado Líquido de 2011 Reserva legal 206.477 Resultados transitados 623.067 Para distribuição de dividendos 3.300.000 Total 4.129.545 dividendos Os dividendos referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, atribuídos ao acionista, de acordo com a deliberação da assembleia geral datada de 20 de março de 2012, ascenderam a 3.300.000 Euros. O seu pagamento ocorreu em 20 de abril de 2012. 57 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .14 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 o detalhe dos empréstimos bancários é o seguinte: 31.12.2012 31.12.2012 Empréstimos bancários 0 360.000 Descobertos bancários 75.925 2.414.008 75.925 2.774.008 Passivos Correntes Total O valor dos empréstimos registados no balanço à data de 31 de dezembro de 2012 tem as seguintes maturidades: Adiantamentos de clientes Outros credores Outros passivos e instrumentos financeiros derivados Total Empréstimos Fornecedores 2013 75.925 90.113 - - - 1.405.802 166.165.190 167.737.030 Total 75.925 90.113 0 0 0 1.405.802 166.165.190 167.737.030 Maturidades .15 Credores por locações financeiras Fornecedores de Investimento DISCRIMINAÇÃO DE OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS Em 31 de dezembro de 2012 a rubrica “Dívidas a terceiros” tem a seguinte decomposição: Dívidas a Terceiros 31.12.2012 31.12.2012 Empresas do grupo 166.132.164 141.620.832 166.132.164 141.620.832 1.374.835 2.243.472 1.374.835 2.243.472 Empresas do Grupo, Associadas e Participadas - corrente Outros credores Outras divídas a terceiros - corrente O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” acima evidenciada à data de 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 é como segue: 58 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Estados e Entes Públicos 31.12.2012 31.12.2012 8.939 20.700 Contribuições para a segurança social 10.681 26.198 Outros 11.348 26.783 Total 30.967 73.681 Imposto sobre o valor acrescentado .16 DISCRIMINAÇÃO DE OUTROS PASSIVOS CORRENTEs Outros passivos correntes 31.12.2012 31.12.2012 Acréscimos de gastos 33.026 91.501 Total 33.026 91.501 Acréscimos de Gastos 31.12.2012 31.12.2012 Remunerações a liquidar 33.026 83.207 Juros a liquidar - 4.684 Outros acréscimos de gastos - 3.610 33.026 91.501 Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 estas rubricas tinham a seguinte decomposição: Total .17 DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO DOS AJUSTAMENTOS DE VALOR E DAS PROVISÕES O movimento ocorrido nos ajustamentos de valor é como segue: Saldo Inicial Alterações no perímetro Aumento Redução Saldo Final Participações de capital em subsidiárias 4.778.158 0 430.825 -4.778.158 430.825 Empréstimos concedidos a subsidiárias 3.120.951 0 19.795.175 -3.120.951 19.795.175 Investimentos financeiros 7.899.109 0 0 -7.899.109 20.226.000 Total de ajustamentos de valor 7.899.109 0 0 -7.899.109 20.226.000 Ajustamentos de valor 59 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA A reversão das imparidades resulta da venda da Construções Metálicas Socometal à Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. referida na nota 6. Com referência ao valor do investimento realizado na SDC América, INC (partes de capital e prestações acessórias) foi efectuado um exercício de aproximação ao valor realizável liquido desta entidade to- .18 mando por referência as contas consolidadas desta sociedade, e um estudo de avaliação da “Prince”, participada mais representativa daquela sociedade, tendo-se concluído pela necessidade de registar uma imparidade no valor de 20.226 milhares de Euros, valor constantes da coluna “Aumento” do quadro supra. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS As vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, distribuem-se da seguinte forma: Réditos de vendas por mercados geográficos 2012 % 2011 % Portugal 228.000 100,00% 360.000 100,00% Total 228.000 100,00% 360.000 100,00% A decomposição desta rubrica à data de 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 é a seguinte: Vendas e Prestações de Serviços 31.12.2012 31.12.2012 Rendimentos suplementares 228.000 360.000 Total 228.000 360.000 Estes rendimentos suplementares referem-se à cedência de mão-de-obra. Os ativos líquidos e investimentos em ativos tangíveis distribuem-se por mercados geográficos como segue: Ativos Líquidos Ativos fixos tangíveis Investimentos financeiros Dívidas de terceiros Disponibilidades Outros ativos Total Portugal Angola E.U.A. Moçambique Outros Total 240 - - - - 240 243.844.340 37.441 28.653.497 - 1.845.834 274.381.112 29.182.365 - 5.958.661 11.753 126.624 35.279.403 51.456 - 40 - - 51.496 496 - - - - 496 273.078.897 37.441 34.612.199 11.753 1.972.458 309.712.747 60 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .19 OUTROS GANHOS E PERDAS OPERACIONAIS Os outros ganhos operacionais são como segue: Outros rendimentos e ganhos 31.12.2012 31.12.2012 - 20 149.639 21 149.639 41 31.12.2012 31.12.2012 2.107 50 Outros gastos e perdas operacionais 64.973 - Total 67.081 50 Restituição de impostos Outros rendimentos e ganhos operacionais Total As outras perdas operacionais são como segue: Outros gastos e perdas Multas .20 PESSOAL O número médio de pessoal ao serviço na empresa durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e 2011, num total de 3 e 5, respetivamente, é como segue: Direção 2 Direção 4 Quadros Superiores Quadros Médios Encarr, Mestres e Chefes Profissionais alta qualific. Qualificados e semi-qualif. Não Qualificados Praticantes e aprendizes 1 - - - - - - Quadros Superiores Quadros Médios Encarr, Mestres e Chefes Profissionais alta qualific. Qualificados e semi-qualif. Não Qualificados Praticantes e aprendizes 1 - - - - - - As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e 2011 foram as seguintes: Orgãos Sociais 2012 2012 Administração 320.309 673.857 Conselho Fiscal - 6.253 1.310 4.000 Fiscal Único 61 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Os gastos com o pessoal durante os exercícios de 2012 e 2011, apresentam a seguinte decomposição: Gastos com Pessoal Remunerações Encargos sociais Total .21 2012 2012 444.471 801.712 92.483 134.140 536.954 935.852 decomposição dos gastos com fornecimentos e serviços externos Os gastos com fornecimentos e serviços externos no exercício de 2012 e 2011, apresentam a seguinte decomposição: Fornecimentos e serviços externos .22 2012 2012 Trabalhos especializados 40.450 141.184 Deslocações e estadas 24.264 104.544 Rendas de edifícios 3.420 5.696 Alugueres de viaturas ligeiras 51.123 72.323 Outros 11.206 30.543 Total 130.462 354.290 Demonstração dos resultados financeiros Os resultados financeiros dos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 apresentam a seguinte decomposição: Gastos e Perdas 2012 2012 Juros suportados 13.998.795 8.273.591 35.409 32.732 20.226.000 827.486 Menos valias na alienação de investimentos financeiros 477.485 - Outros gastos e perdas financeiros 526.127 320.968 35.263.815 9.454.777 Diferenças de câmbio desfavoráveis Imparidade em investimentos financeiras (1) 62 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Rendimentos e Ganhos 2012 2012 7.762.004 1.540.189 131.101 39.535 - 752.051 18.998.413 9.757.782 527.473 345.127 (2) 27.418.991 12.434.684 (2) - (1) (7.844.824) 2.979.907 Juros obtidos Diferenças de câmbio favoráveis Mais valias na alienação de investimentos financeiros Rendimentos de participação de capital Outros rendimentos e ganhos financeiros Resultados financeiros A rubrica ”Outras perdas financeiras” inclui, essencialmente, custos com garantias bancárias e custos com serviços debitados por instituições bancárias. .23 O valor da imparidade registado no exercício no montante de 20.226 milhares de Euros referente ao ajustamento de valor no investimento financeiro na SDC América, Inc, encontra-se descrito na nota 17. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO E IMPOSTOS DIFERIDOS A Empresa é tributada em IRC, segundo o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades. A empresa, sendo dominada, regista nas contas de “Empresas do grupo, associadas e participadas” o crédito/débito referente ao seu contributo de imposto. A empresa dominante é a sociedade “Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.. tro anos (cinco anos para a segurança social). Deste modo, as declarações fiscais da empresa referentes aos anos de 2009 e seguintes podem vir ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração da empresa entende que eventuais correções a existir não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras. De acordo com a legislação fiscal, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de qua- O imposto sobre o rendimento registado nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 decompõe-se do seguinte modo: Imposto sobre o rendimento Imposto corrente Imposto diferido Total 2012 2012 (1.590.201) (1.879.537) 1.974.777 (206.872) 384.577 (2.086.409) A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do período é como segue: Taxa e imposto nominal sobre o rendimento (em vigor em Portugal) Taxa Base Fiscal Imposto 25,00% (8.216.068) (2.054.017) 73.795 19.834 7.899.109 1.974.777 Derrama estadual Tributação autónoma Ajustamentos geradores de Impostos diferidos Outros ajustamentos Taxa e imposto efetivo sobre o rendimento -4,68% 384.577 63 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos apresentados no balanço têm as seguintes naturezas das situações que lhes dão origem: Ativos por impostos diferidos 31.12.2012 31.12.2012 Outros - 1.974.777 Total - 1.974.777 Imparidade Socometal - partes capital 4.778.158 Imparidade Socometal - prestações acessórias 3.120.951 Total imparidade (ver nota 6) 7.899.109 25% 1.974.777 A alienação da Socometal originou a reversão dos activos para impostos diferidos constituídos em anos anteriores (ver nota 6). .24 RESULTADOS POR AÇÃO Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os resultados básicos por ação correspondem ao resultado liquido dividido pelo número de ações ordinárias da empresa durante o período, tendo sido calculado como segue: Resultados por ação 2012 2011 (8.600.644) 4.129.545 (8.600.644) 4.129.545 26.216.068 26.216.068 Básico (0,328) 0,158 Diluído (0,328) 0,158 Básico (0,328) 0,158 Diluído (0,328) 0,158 Resultado das operações continuadas Resultado líquido Número total de ações ordinárias Resultado por ação das operações continuadas Resultado por ação 64 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .25 GARANTIAS PRESTADAS O valor das garantias bancárias prestadas pela empresa a terceiros à data de 31 de dezembro de 2012, é como segue: Garantias Bancárias prestadas a Terceiros .26 Euro Dólar Americano Kuanza de Angola Total Outras Total 0 14.500.000 0 14.500.000 0 29.000.000 RISCOS FINANCEIROS Risco Cambial Este risco advém principalmente da presença internacional da empresa que a expõe aos efeitos derivados de alterações na paridade das moedas relativamente ao euro. A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pela empresa tem como ob- Ativos jetivo diminuir ao máximo a sensibilidade dos resultados da empresa a flutuações cambiais. A empresa procura, tanto quanto possível, equilibrar os ativos com responsabilidades na mesma divisa. EUR USD AOK MZM Outras Total 243.844.340 28.653.497 37.441 - 1.845.834 274.381.112 76.760 - - - - 76.760 28.136.030 5.958.661 - 11.753 126.624 34.233.068 969.575 - - - - 969.575 51.142 40 - - - 51.182 Caixa 314 - - - - 314 Acréscimos e diferimentos 496 - - - - 496 Passivos EUR USD AOK MZM Outras Total 75.925 - - - - 75.925 166.132.164 - - - - 166.132.164 Fornecedores 90.113 - - - - 90.113 Estado e Outros Entes Públicos 30.967 - - - - 30.967 1.374.835 - - - - 1.374.835 33.026 - - - - 33.026 Propriedades de Investimento Investimentos financeiros Clientes Empresas do Grupo Outros devedores Depósitos bancários Empréstimos bancários Empresas do Grupo Outros credores Acréscimos e diferimentos 65 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Risco de crédito Este risco está associado às contas a receber decorrentes do normal desenvolvimento das atividades da empresa. Em função da antiguidade de crédito, perfil de risco do cliente, experiência recolhida e demais circunstâncias é aferida a necessidade de registo de imparidades. Em 31 de dezembro de 2012 as contas a receber para as quais não foram registados ajustamentos por se considerar que as mesmas são realizáveis, são as seguintes: Clientes C/C Clientes Títulos a receber 31.12.2012 31.12.2011 Não vencido 23.370 - 23.370 18.450 0 a 180 dias 53.390 - 53.390 129.182 Total 76.760 0 76.760 147.632 Em 31 de dezembro de 2012 é convicção do Conselho de Administração que os ajustamentos de contas a receber estimados se encontram adequadamente relevados nas demonstrações financeiras. Risco de liquidez A política de gestão do risco de liquidez visa assegurar, a cada momento, que o perfil de vencimentos da dívida se adequa à capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa para o seu pagamento. A gestão do risco de liquidez passa, portanto, por gerir os desajustamentos entre as necessidades de fundos (por gastos operativos e financeiros, investimentos e vencimento de dívidas), com as fontes de receita (recebimentos de clientes, desinvestimentos, compromissos de financiamento por entidades financeiras). Em paralelo, a empresa toma medidas de gestão que previnem a ocorrência desse risco mediante A maturidade dos passivos financeiros em 31 de dezembro de 2012 é como segue: Empréstimos bancários Emprest. por obrigações Outros emprést. obtidos Descobertos bancários O. Emprést. Obtidos (Factoring) Total 2013 - - - 75.925 - 75.925 Total - - - 75.925 - 75.925 Maturidades .27 uma adequada e atempada gestão de tesouraria. Para gerir o risco de liquidez a empresa mantém um equilíbrio entre o prazo e a flexibilidade do endividamento contratado através do uso de financiamentos escalonados que encaixem com as necessidades de fundos. Para além disso, a empresa tem contratos de apoio à tesouraria que permitem evitar a existência de roturas (temporárias) de tesouraria. ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES Não existem factos relevantes a assinalar. 66 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .28 CUMPRIMENTO DE DISPOSIÇÕES LEGAIS Decreto-Lei nº 318/94 art 5º nº4 Durante o período findo em 31 de dezembro de 2012 foram celebrados contratos de suprimentos com as seguintes empresas: > Soares da Costa America, Inc. Durante o período findo em 31 de dezembro de 2012 foram celebrados contratos de operações financeiras com as seguintes empresas: > Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. > Soares da Costa América, Inc. > SDC Construcciones Centro Americanas, S.A. Empresa > Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. > Soares da Costa Brasil, SRL > Clear – Instalações Electromecânicas, S.A. > Construções Metálicas Socometal, S.A. > Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L. > Soares da Costa Brasil, Construção, Ltda. > Coordenação & Soares da Costa S.G.P.S., S.A. As respectivas posições devedoras e credoras a 31 de dezembro de 2012 e 2011 são as seguintes: 31.12.2012 31.12.2011 27.799.943 43.214.152 6.346.754 6.346.754 0 477.486 200.000 200.000 34.346.697 50.238.393 11.753 10.513 5.018.095 4.278.707 73.027 441.782 27.496.420 0 25.000 0 0 557.902 18.579 0 0 29.187 32.642.873 5.318.091 0 136.166.481 345.073 331.495 0 5.122.856 156.924.861 0 8.862.229 0 166.132.164 141.620.832 Suprimentos / Prestações Acessórias Soares da Costa America, Inc. Clear - Instalações Electromecânicas, S.A. Construções Metálicas Socometal, S.A. Coordenação & Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. Total Empréstimos concedidos Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L. Soares da Costa America, Inc. SdC Construcciones Centro Americanas Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. Soares da Costa Brasil, Construções, LTDA Carta - Cantinas e Restauração, Lda. Construções Metálicas Socometal, S.A. Cerenna-Ceramica Nacional de Angola, S.A. Total Empréstimos obtidos Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. Coordenação & Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. Construções Metálicas Socometal, S.A. Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. Clear - Instalações Electromecânicas, S.A. Total RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA .29 APROVAÇÃO DE CONTAS PARA EMISSÃO Em reunião de 25 de março de 2012 o Conselho de Administração aprovou emitir as presentes demonstrações financeiras. .30 ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS, ESTIMATIVAS E ERROS Durante o exercício de 2012 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício de 2011 nem foram registados erros materiais relativos a exercícios anteriores. 67 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Edifício Sede do BESA Luanda Angola // BESA Luanda Headquarters portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt 68 69 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011 (Euro) ATIVO 31.12.2012 31.12.2011 79.844.595 82.715.787 10.543 20.551 79.855.138 82.736.339 Terrenos e Edifícios 75.257.300 79.882.582 Equipamento básico 56.182.984 64.668.012 Outros ativos fixos tangíveis 12.015.468 14.040.232 7.416.146 5.256.388 150.871.898 163.847.214 32.520 37.649 Investimentos financeiros em equivalência patrimonial 3.569.213 3.043.498 Empréstimos a empresas associadas 5.548.425 3.015.019 Outros investimentos financeiros 3.033.677 3.154.239 12.151.315 9.212.756 Ativos por impostos diferidos 19.074.574 11.779.304 Dívidas de terceiros 28.459.271 28.129.118 570.000 - 291.014.716 295.742.380 52.216.186 74.338.595 392.412.415 453.000.549 105.285 416.294 98.136.545 199.550.880 490.654.245 652.967.723 Outros ativos correntes 99.749.433 77.134.170 Caixa e seus equivalentes 69.561.275 56.898.903 712.181.138 861.339.391 1.003.195.854 1.157.081.771 NÃO CORRENTE Ativos Intangíveis Goodwill Ativos Intangíveis Ativos fixos tangíveis: Ativos fixos tangíveis em curso Propriedades de Investimento Investimentos financeiros: Outros ativos não correntes Total do ativo não corrente CORRENTE Inventários: Dívidas de terceiros: Clientes Imposto sobre o rendimento do exercício Outras dívidas de terceiros Total do ativo corrente Total do ativo 70 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011 (Euro) Capital Próprio e Passivo 31.12.2012 31.12.2011 131.080.340 131.080.340 44.595.056 40.841.769 (37.762.825) 7.404.717 137.912.570 179.326.826 1.817.057 2.315.209 139.729.628 181.642.034 800.589 828.366 259.325.525 77.708.462 259.325.525 77.708.462 Dívidas a terceiros 28.892.203 146.206.034 Passivos por impostos diferidos 14.796.427 16.524.445 303.814.744 241.267.307 149.921.058 170.007.341 891.901 37.850.092 150.812.959 207.857.433 182.332.560 210.506.114 1.456.106 2.855.346 70.407.063 78.389.260 265.227 579.322 56.387.846 85.434.127 310.848.803 377.764.168 - 1.190.357 97.989.721 147.360.472 Total do passivo corrente 559.651.483 734.172.430 Total do passivo 863.466.227 975.439.737 1.003.195.854 1.157.081.771 CAPITAL PRÓPRIO Capital social Reservas e resultados transitados Resultado líquido do período Capital próprio atribuível ao grupo Interesses não controlados pelo Grupo Total do capital próprio PASSIVO NÃO CORRENTE Provisões Empréstimos: Empréstimos bancários Total do passivo não corrente CORRENTE Empréstimos: Empréstimos bancários Outros empréstimos obtidos Dívidas a terceiros: Fornecedores Fornecedores de investimento Adiantamentos de clientes Imposto sobre o rendimento do exercício Outras dívidas a terceiros Instrumentos financeiros derivados Outros passivos correntes Total do capital próprio e passivo 71 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011 (Euro) Demonstração dos Resultados 2012 2011 712.538.562 796.207.878 (17.928.006) (21.902.192) 10.942.450 25.052.019 Rendimentos e ganhos operacionais 705.553.006 799.357.705 Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (145.849.337) (182.157.921) Fornecimentos e serviços externos (368.296.046) (416.646.332) Gastos com o pessoal (132.682.643) (132.767.864) Gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade (21.282.089) (17.258.738) Provisões e ajustamentos de justo valor (18.319.702) (1.555.338) Outras perdas operacionais: (27.120.118) (19.540.514) (713.549.935) (769.926.707) (7.996.929) 29.430.998 15.031.929 12.798.760 (40.105.621) (25.342.628) (25.073.692) (12.543.867) Ganhos relativos a empresas do grupo e associadas 660.065 427.443 Perdas em investimentos financeiros em associadas (100.648) (72.426) 559.417 355.017 8.980.043 35.230.912 Vendas e prestação de serviços (Volume de negócios) Variação nos inventários da produção Outros rendimentos e ganhos operacionais: Gastos e perdas operacionais Resultado operacional das atividades continuadas Juros obtidos Juros suportados Custo líquido do financiamento Ganhos e perdas em empresas associadas Outros ganhos financeiros (26.316.446) (39.918.683) Outros ganhos e perdas financeiros Outras perdas financeiras (17.336.403) (4.687.770) Resultado financeiro (41.850.678) (16.876.621) Resultado antes de impostos (49.847.607) 12.554.378 12.811.630 (4.475.955) (37.035.977) 8.078.422 (37.762.825) 7.404.717 726.848 673.706 Impostos sobre o rendimento Resultado Consolidado do período Atribuível ao Grupo Atribuível a interesses não controlados pelo Grupo 72 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Euro) 2012 2011 (37.035.977) 8.078.422 (2.406.334) 13.930 Variação no justo valor de instrumentos financeiros derivados 1.190.357 147.636 Variação nos impostos diferidos de instrumentos financeiros derivados (345.204) (42.814) (3.360) (1.570) - - (38.600.517) 8.195.604 (498.152) 669.183 (38.102.366) 7.526.422 Resultado consolidado líquido do período Outros rendimentos integrais Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira Ajustamentos de investimentos financeiros em equivalência patrimonial Outras variações Total Rendimento Consolidado Integral Atribuível: a interesses não controlados pelo Grupo ao Grupo DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Euro) Capital social Reservas e resultados transitados Reserva de conversão cambial Derivados de cobertura Outros Capital próprio atribuível aos accionistas da empresa mãe Interesses não controlados pelo Grupo Total dos capitais próprios 131.080.340 50.103.117 (1.146.688) (845.154) 135.212 179.326.826 2.315.209 181.642.035 Dividendos - (3.300.000) - - - (3.300.000) - (3.300.000) Ações próprias - - - - - - - - Outros - (11.890) - - - (11.890) - (11.890) Rendimento consolidado integral - (37.762.825) (1.181.334) 845.154 (3.360) (38.102.365) (498.152) (38.600.516) 131.080.340 9.028.402 (2.328.022) - 131.852 137.912.571 1.817.057 139.729.628 Saldo a 1/Jan/2011 90.000.000 51.402.095 (799.122) (949.976) 136.782 139.789.779 1.646.026 141.435.805 Fusão AN Indústria 41.080.340 (5.233.984) Dividendos - (3.659.000) - - - (3.659.000) - (3.659.000) Ações próprias - - - - - - - - Outros - 189.289 (366.020) - - (176.730) - (176.730) Rendimento consolidado integral - 7.404.717 18.453 104.822 (1.570) 7.526.422 669.183 8.195.604 131.080.340 50.103.117 (1.146.688) (845.154) 135.212 179.326.826 2.315.209 181.642.035 Rubrica Saldo a 1/Jan/2012 Saldo a 31/Dez/2012 Saldo a 31/Dez/2011 35.846.356 35.846.356 73 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Euro) 31.12.2012 31.12.2011 Atividades operacionais Recebimentos de clientes 650.368.142 788.560.644 Pagamentos a fornecedores (542.913.288) (592.479.393) Pagamentos ao pessoal (121.534.323) Pagamento/recebimento do imposto s/o rendimento (10.346.748) Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional (12.382.472) Fluxos das atividades operacionais (14.079.470) (121.224.325) 74.856.926 (7.127.358) (22.729.220) (17.436.093) (36.808.690) (24.563.451) 50.293.475 Atividades de investimento Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros Ativos fixos tangíveis Juros e ganhos similares Dividendos 223.146.386 257.155.505 4.302.852 2.398.866 180.088 516.342 66.662 227.695.989 213.993 260.284.706 Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Ativos fixos tangíveis Ativos intangíveis 221.468.172 331.889.468 4.519.832 7.673.912 - Fluxos das atividades de investimento 225.988.003 2.149 1.707.985 339.565.529 (79.280.823) Atividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão Juros obtidos 850.983.297 302.162.720 3.815 - 3.256.989 854.244.101 4.214.251 306.376.971 Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos Amortização de contratos de locação financeira Juros e gastos similares Dividendos Aquisições de ações (quotas) próprias 767.171.205 236.027.154 3.720.189 8.647.875 30.388.060 23.315.918 3.858.083 3.948.525 - 805.137.537 - 271.939.472 Fluxos das atividades de financiamento 49.106.564 34.437.499 Variação de caixa e seus equivalentes 14.005.860 5.450.151 Efeito das diferenças de câmbio (1.343.489) (1.239.412) - 1.036.602 Caixa e seus equivalentes no início do período 56.898.903 51.651.563 Caixa e seus equivalentes no fim do período 69.561.275 56.898.903 Efeito das alterações de participação RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA PARECERES E CERTIFICAÇÕES Edifício Sede da TOTAL // TOTAL Headquarters Angola portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt 74 75 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Grant Thornton & Associados, SROC, Lda Avenida da Boavista, 1361 – 5º 4100 – 130Porto – Portugal T. +351 22 099 60 83 F. +351 22 099 76 96 www.gthornton.pt Relatório e Parecer do Fiscal Único Ao Acionista Único da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado, vimos submeter à Vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a atividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração. Acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que consideramos adequada, a evolução da atividade da Empresa, a regularidade dos seus atributos contabilísticos e o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor tendo recebido do Conselho de Administração e dos diversos serviços da Empresa as informações e os esclarecimentos solicitados. No âmbito das nossas funções, examinámos a demonstração individual da posição financeira em 31 de dezembro de 2012, a demonstração individual dos resultados separada, a demonstração individual do rendimento integral, a demonstração individual das alterações no capital próprio, a demonstração Porto, 25 de março de 2013 Grant Thornton & Associados- SROC. Lda. Representada por Joaquim Filipe Martins de Moura Areosa (ROC nº 1027) individual dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data e as políticas contabilísticas e notas explicativas. Adicionalmente, procedemos a uma análise do Relatório de Gestão do exercício de 2012 preparado pelo Conselho de Administração e da proposta de aplicação de resultados nele incluída. Como consequência do trabalho de revisão legal efetuado, emitimos nesta data a Certificação Legal das Contas, que inclui no seu parágrafo 9 duas ênfases. Face ao exposto, somos de parecer que, apesar do descrito no parágrafo 9 da Certificação Legal das Contas, as demonstrações financeiras supra referidas e o Relatório de Gestão, bem como a proposta de aplicação de resultados nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatuárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Acionistas. Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços da Empresa o nosso apreço pela colaboração prestada. 76 RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA Grant Thornton & Associados, SROC, Lda Avenida da Boavista, 1361 – 5º 4100 – 130Porto – Portugal T. +351 22 099 60 83 F. +351 22 099 76 96 www.gthornton.pt CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS introduÇÃo 1. Examinámos as demonstrações financeiras da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., as quais compreendem a demonstração individual da posição financeira em 31 de dezembro de 2012, (que evidencia um total de ativos de 309.712.747 Euros e um total de capital próprio de 141. 975.718 Euros, incluindo um resultado líquido negativo de 8.600.644 Euros), a demonstração individual dos resultados separada, a demonstração individual do rendimento integral, a demonstração individual das alterações no capital próprio, a demonstração individual dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e as políticas contabilísticas e notas explicativas. RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. ÂMBITO 4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: > a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; > a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; > a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e > a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. 5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. 6. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. OPINIÃO 7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira da Soares da Costa Construção, S.G.P.S.., S.A., em 31 de dezembro de 2012, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas na União Europeia. RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS 8. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício. RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 77 Ênfases 9. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo 7, chamamos a atenção para as situações seguintes: 9.1. A Empresa detém uma participação financeira na Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., cujo valor contabilístico ascende a cerca de 171.000.000 Euros. As demonstrações financeiras desta subsidiária incluem dívidas vencidas em nome de uma sociedade de direito angolano e de partes relacionadas correspondentes que totalizam cerca de 75.000.000 Euros, cuja cobrança se encontra dependente de um processo negocial com a Administração dessa sociedade. Em função da experiência da Administração da empresa subsidiária nesse mercado, os valores em causa serão cobráveis, não sendo expetável qualquer perda nas referidas contas a receber e, consequentemente, no investimento financeiro da Empresa na referida subsidiária. Porto, 25 de março de 2013 Grant Thornton & Associados- SROC. Lda. Representada por Joaquim Filipe Martins de Moura Areosa (ROC nº 1027) 9.2. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, a Empresa adquiriu uma participação financeira na sociedade Contacto - Sociedade de Construções, S.A., incorporada por fusão, com efeitos a 1 de janeiro de 2012, à Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.. O contrato de compra inicial previa uma variação de preço, positiva ou negativa, de até 4.900.000 Euros (mesmo valor em 2011), pelo período de cinco anos. No decorrer do presente exercício foi celebrado um aditamento ao contrato inicial, tendo aquele prazo sido prorrogado até 30 de junho de 2015.