a yaesu sempre
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a yaesu sempre
REVISTA QTC Publicação para Radioamadores Registo INE nº 11 15 3431 ASSOCIAÇÃO DE RADIOAMADORES DA AMADORA-SINTRA Rua 1º Dezembro, 54, 3º Esq, Telefone 21 491 8408, 2700-672 AMADORA Amadora, Abril de 2002 Nota de Abertura Caros colegas e amigos, Em primeiro lugar os meus cumprimentos, também extensivos aos vossos familiares. Em segundo lugar quero agradecer a todos os sócios, que nos quiseram honrar com a sua presença, na nossa Assembleia Geral, a qual abriu o horizonte para esta nova Direcção. Em terceiro lugar o meu agradecimento á Direcção cessante que decerto contribuiu para que esta nossa, e vossa, Associação, tenha chegado até hoje de cabeça erguida, como um marco absoluto, na contribuição prestada ao Radioamadorismo e aos Radioamadores em geral. Radioamadorismo. Com a ajuda e colaboração de todos, poderemos honrar os nossos estatutos, e estabelecendo prioridades, levar a bom porto o destino agora continuado, na história desta Associação. Para finalizar, quero deixar claro, que o destino de nós todos, Radioamadores, tem obviamente de passar pela congregação de sinergias, de todas as Associações, no sentido duma "representação" que possa ter voz activa, junto da entidade legisladora e do governo. Aproveito, para desejar a todos os colegas e suas famílias, nesta quadra, uma feliz Páscoa. 73's Albano Grancha CT1ELO Presidente da Direcção Em quarto lugar quero expressar a todos os colegas de Direcção, e aos restantes corpos sociais da Associação, agora eleitos, as minhas felicitações, crente que tudo faremos para prosseguir no propósito, que até aqui nos temos proposto, a bem da ARAS e do A YAESU SEMPRE NA VANGUARDA O mundo excitante da escuta de comunicações, desde a onda longa passando pela onda curta até às microondas, chega à sua estação com o novo receptor VR-5000. Características proficionais, ergonomico, e selectividade usando DSP proficional estão à sua disposição, somente com a YAESU. VR-5000 RECEPTOR DE COMUNICAÇÕES 0.1_2599.99998MHz LSB/USB/CW/AM-N/AM/WAM/FM-N/WFM Av. Fernão de Magalhães, 860 4350-152 PORTO – PORTUGAL Tels.: 22 537 3562 – 22 510 3523 Fax: 22 537 0882 E-mail: [email protected] Home page: www.yaesu.co.pt Abril de 2002 Casa fundada em 1958 Representante exclusivo para Portugal Exija a garantia “Germano Lopes” Para ter a nossa assistência 1 QTC ASSOCIAÇÃO DE RADIOAMADORES DA AMADORA-SINTRA NÃO É POSSÍVEL QUE ESTA SITUAÇÃO DE IMPASSE CONTINUE Quando o actual presidente da REP nos telefonou para uma reunião com a ARAS, na nossa sede da Amadora, não resistimos à tentação de aceitar o convite muito embora soubéssemos quanto restritivas poderiam ser as suas conclusões. No nosso espírito e no nosso interesse algo se sobrepunha a esta comezinha circunstância. O que interessava, afinal, era conversar informalmente, trocar impressões, mais como radioamadores ciosos de estabelecer uma fraternidade de saudosa recordação do que propriamente arrancar o sonho de uma união de forma com respeito pela igualdade de direitos e de território. No dia aprazado, com a respectiva ordem de trabalhos cuidadosamente elaborada, deu-se início à reunião. Primeiro, num estudo preliminar que mais parecia um prelúdio de luta do que aquilo que, após a abertura da garrafa do indispensável néctar que une corações, trazendo ao de cima a franqueza, a frontalidade e a verdade. O formalismo inicial quebrou-se, como por encanto, o protocolo desapareceu nos sorrisos de orelha a orelha, e o convívio estabeleceu-se e a garrafa de bom Porto foi-se esvaziando como a lâmpada de Aladino que se esfrega e nos traz todos os desejos e toda a felicidade. Tinha-se quebrado o tabu. Durante algumas horas revivemos as décadas de 50 e 60. Como por encanto sentimo-nos transportados para o Norte, mais concretamente para aquela cidade. Os circunstantes transmudaram-se e comecei a ver à minha volta e a sentir o calor fraternal, o espírito de entreajuda, a espera e a alegria de mais uns convivas, de mais «irmãos», de mais elementos na «família» de radioamadores. Senti o entusiasmo contagiante do CT1EE (Dr. Fernando Pinheiro; o médico dos pobres; o homem que não casou por muito amar aquelas duas senhoras (a mãe e a tia) com quem vivia e poder fazer da sua profissão o sacerdócio que o matrimónio certamente não autorizava); o CT1GE (o Dr. Oliveira Alves, que não me largou a porta enquanto não construi o receptor com aquele mal fadado bloco de radiofrequência comprado a peso de ouro na Geloso, e do emissor, com outro bloco não menos complicado, para o aprendiz que eu era, o celebérrimo 4/102, a que tinha de juntar o modulador, com as velhinhas 807 e «mai-lo» andar final já com moderna 6146); o CT1JH, que não desistiu enquanto não me impingiu dois autotransformadores 220/110 para que, em série, e com um circuito dobrador de tensão obtivesse a tensão de placa necessária para alimentar as 807e a 6146; CT1IQ, o meu querido e saudoso amigo e colega que um acidente de viação havia de levar ainda em plena juventude, que juntamente com o pai, talvez o primeiro CT1BM, me entusiasmavam para construir a cúbica e colocá-la no cimo do telhado da vivenda que então me servia de abrigo em Ermesinde, prontificando-se a fornecer-me o sinal indispensável para afinar os «stubs», do reflector, para melhorar a relação frente-costas. O CT1UK, aqueles dois metros e tal e os cento e tantos quilos que um dia vi, sentado no meu velhinho 30 cavalos levando o volante entre os joelhos, numa deslocação a Santo Tirso, onde ia buscar a «Maria Maluca» que queria experimentar na não menos enorme vivenda que se destacava no conjunto de casas normais naquela vila onde vivíamos. da radiofonia», quase inacessíveis, principalmente o segundo, a quem dirigi a minha primeira «cunha» para uma ajuda no exame da classe C, a fazer no Alto da Maia, onde, o Almeidinha, como familiarmente lhe chamávamos, dirigia os exames e o Dr. Nogueira Rodrigues, como delegado da REP, poderia dar um jeito (?); o CT1LD (que após o 25 de Abril foi preso e maltratado) que se prontificou a ir ao aeroporto de Pedras Rubras «passar» a estação da HeathKit que o bom do Aurélio, então radioamador em Boston e natural de Viseu, transportou, desde os «states», para este vosso correligionário e que religiosamente montei, esquecendo o sono, pela ânsia de ver tudo a funcionar na «batata». Seria uma injustiça, talvez um pecado de lesa majestade, se me esquecesse do CT1OZ, que lá para os lados da Constituição fazia a vida negra ao pároco do Marquês, interrompendo as suas homilias com as sempre insistente chamadas gerais em cima dos QSO´s onde queria entrar. Mas... minha rica Nossa Senhora, onde eu já vou com as minhas deambulações, esquecendo-me que estou em pleno século XXI e que este «negócio de velhos» é uma miríade para quem luta por um lugar ao sol e outro em terra, indispensável, mesmo que se tenha de esmagar o vizinho; onde, falar-se de amizade, de confraternização, de união desinteressada é o Éden. Desculpem-me se me desviei da descrição que estava a tentar levar até vós: a reunião de alguns elementos dos corpos gerentes da ARAS e da REP, onde se falou das muitas Associações existentes e das poucas em actividade; de algumas que só constam no papel porque as pessoas que as fundaram não se incomodaram em extingui-las legalmente; da necessidade de juntar esforços para criar o dialogante válido junto da ANACOM (ex-DSR, ex-ICP e se demorarmos algum tempo será ex-ANACOM), de molde a afirmar as nossas reivindicações e requerer os nossos direitos, a par da exigência de fazer actuar a indispensável fiscalização porque, sem tudo isto, seremos, como temos sido até aqui, preza fácil e rebanho dócil a que se impõem regras de todo o jaez, sem sequer apurar se está a pôr em causa a imagem do País e dos utilizadores desta área do espectro radioeléctrico. Foi, sem dúvida, e tal como prevíamos, uma reunião onde se falou um pouco de tudo e, como convinha, sem conclusões, o que contraria os formalistas mas a nós nos agrada, pelo muito que serviu de observação e análise para futuros encontros que, como ficou ali assente, seria, num futuro próximo, retribuído pela REP. Mas, afinal, perguntarão os meus leitores: onde está a razão do título? Para o bom entendedor... Até à próxima se Deus quiser!... A Direcção SE BEM ME LEMBRO Começo este artiguelho com a famosa frase do professor Victorino Nemésio “se bem me lembro”. Também muitos radioamadores deverão estar lembrados de que num passado recente era frequente e normal se escutarem QSOs na banda de VHF em quase todas as frequências atribuídas aos radioamadores. E não só estes, mas também muitas colegas radioamadoras se faziam ouvir. O CT1IK e o CT1BH, o primeiro na Rua Alves da Veiga e o segundo já no seu consultório, ali junto da Batalha, os jovens «intelectuais Abril de 2002 2 QTC ASSOCIAÇÃO DE RADIOAMADORES DA AMADORA-SINTRA E hoje ? Como é ? O que aconteceu ?. Hoje qualquer radioamador que ligue o seu transceptor de VHF no horário da manhã ou da tarde, pode percorrer toda a banda dos dois metros que dificilmente escutará um ou dois QSOs, e até no horário nocturno poucos colegas poderá escutar. Não restam dúvidas de que os tempos mudaram. Os radioamadores são hoje em muito maior número do que nesse passado, quiçá quadruplicassem em número. Então porque se observa uma tão grande abstenção no uso da banda dos dois metros?. Falta de interesse? Falta de tempo? Outras solicitações, tais como a TVA; a TV satélite; os computadores e a internet? Ou será que o radioamadorismo nacional deixou de interessar à camada mais jovem?. Como não sou sociólogo, não me considero com competência para conseguir apreender qual a causa deste fenómeno. Por outro lado , espero que todos os colegas que estão lendo estas linhas, meditem bem na circunstância e passem de futuro a fazer maior uso das frequências de UHF e VHF, para que nos tempos mais próximos possamos voltar a escutar muitos QSO’S nas frequências referidas. Além disso se a banda dos dois metros deixar de ser utilizada com assiduidade, arriscamo-nos a perde-la. Aqui fica o aviso. José Sequeira CT1BIQ Emissor de TVA CT4RK-ARAS A construção de equipamentos para a faixa dos 23 cm obriga a cuidados especiais, por se tratar de frequências muito elevadas (aprox. 1,2 GHz), pelo que se torna normalmente difícil ao amador comum construir os seus próprios emissores. Depois de consultadas diversas fontes de informação técnica, e com a experiência de alguns colegas, foi possível conseguir circuitos de construção relativamente simples, estáveis, e acima de tudo de ajuste fácil, sem necessidade de recorrer a dispendiosos e complexos equipamentos de medida. Vários colegas construíram os seus emissores a partir de módulos pré-ajustados de origem espanhola ou inglesa, mas outros optaram pelo desenho dos seus próprios esquemas e placas de circuito impresso. Seguindo o princípio de que a placa seria a parte mais difícil de obter, por ser de dupla face cobreada, e exigindo muitos pontos de conexão entre os dois planos de massa, com metalização de furos, o colega CT4RK desenhou uma versão para montagem com componentes discretos, que foi produzida em quantidade, e que foi disponibilizada com o apoio da A.R.A.S. Não sendo um “Kit” com todos os componentes, a placa para o emissor de TVA CT4RK-ARAS foi desenhada segundo um esquema baseado em materiais de obtenção relativamente fácil no nosso mercado, e fornecida com alguma documentação para apoio à montagem, pelo que se tornou a base de muitos dos emissores construídos, incluindo o do repetidor da Arrábida. Abril de 2002 A placa aceita à entrada do circuito de “pré-acentuação” de vídeo um sinal com cerca de 1 V p/p (ajustável), e à entrada do préamplificador de áudio um sinal proveniente de uma câmara ou de um microfone externo. Depois de amplificado, este sinal é injectado no modulador de som, cuja “sub-portadora” deverá ficar em 6 MHz (a utilizada para o serviço de amador). O sinal de vídeo, depois de sofrer a “pré-acentuação”, é injectado no modulador principal (Banda Base), juntamente com a sub-portadora de som. O oscilador de RF é ajustado de acordo com o valor da tensão de correcção dada pelo PLL para a frequência desejada, dentro da faixa de 1,2 GHz. O sinal de RF é amplificado em dois andares a transístores com baixas impedâncias de entrada e saída, o que garante uma boa imunidade a oscilações parasitas. A potência à saída ronda os 300 a 400 mW, suficiente para excitar um amplificador externo. O PLL é baseado no IC MC74151, com referência a cristal e entrada do sinal de RF dividido num “préscaler”. A selecção de frequência pode ser efectuada por “dipswitch” ou por matriz de díodos comutada externamente. Para o amplificador de RF adicional pode ser usado um “Circuito Híbrido”, o que torna a montagem extremamente simples, desde que respeitadas as regras. Existem “Híbridos” capazes de fornecerem até 25 W com 1 W de entrada, e que com o sinal fornecido pelo excitador podem debitar entre 8 e 12 Watts, o que é muito bom. Existem ainda outros “híbridos” mais pequenos, capazes de fornecerem apenas 1 ou 2 W, mas cujo preço se aproxima do de maior potência, o que nos leva a optar pelo mais potente, a menos que se pretenda uma unidade compacta, com pouca dissipação e de baixo consumo. Outros projectos de emissores de TVA Alguns dos projectos desenvolvidos paralelamente ao de CT4RK, passam pelo desenho e construção de excitadores mais pequenos, mas com características semelhantes, como as placas desenhadas e montadas por CT1EJ e CT1DXY. Uma das diferenças mais significativas está no modulador de áudio (sem compressão e simétrico), com duas entradas independentes. Outra das versões pode ter duas sub-portadoras para dois canais de áudio ou dados. Foram construídas versões para 0,4 e 2 Watts. Foram ainda construídos modelos com as dimensões aproximadas de um maço de cigarros, em que foi adoptada parcialmente a montagem SMD, mantendo quase todas as características das unidades maiores. Infelizmente, não são facilmente reproduzíveis, por não existirem placas pré-fabricadas e com ‘furos metalizados’, o que obrigava a um investimento significativo. Dada a procura de novas placas, está prevista uma actualização destes projectos, também em diferentes versões. Equipamentos para TVA em 10 GHz A faixa de 10 GHz , quase ‘morta’ até há bem pouco tempo, tem verificado um significativo aumento de actividade, quase exclusivamente devido à TVA. A obtenção de receptores de satélite de baixo custo, a facilidade de obtenção e/ou modificação de LNB’s para esta faixa, a facilidade de adaptação de ‘cavidades’ com osciladores com díodos ‘GUN’ para emissão, além da 3 QTC ASSOCIAÇÃO DE RADIOAMADORES DA AMADORA-SINTRA disponibilidade de uma ‘largura de faixa’ significativa, tornam esta banda atractiva para a transmissão e recepção de imagens de muito boa qualidade e a distâncias razoáveis, de preferência em ‘linha de vista’ e com antenas parabólicas. Outra alternativa a considerar para a emissão, mais estável em frequência, mas bem mais complicada, será a de utilizar LNB’s modificados como ‘Transverters’, (usando a mesma parte osciladora e misturadora, mas ‘invertendo’ os circuitos de entrada e de saída). Como excitador, poderia ser usada uma das placas emissoras para 1,2 GHz. As antenas para TVA na faixa de 10 GHz são quase exclusivamente ‘parabólicas’ de reduzidas dimensões, ou antenas ‘horn’ ou ‘cornetas’. Excepcionalmente, são usadas antenas omnidireccionais feitas em ‘guia de onda com slots’. Estas antenas são por vezes usadas na emissão de repetidores, mas com potências significativamente elevadas, para compensar a falta de ganho (acima de 4 Watts em 10 GHz os custos são enormes !). Instalação de Repetidores de TVA A instalação de repetidores ou retransmissores, quaisquer que eles sejam, implica sempre cuidados especiais para evitar a “dessensibilização”, ou que os sinais retransmitidos possam provocar interferências na sua própria recepção, após a activação do emissor do sistema. Estes problemas verificam-se com certa frequência nos repetidores de amador, em que a separação entre frequências de recepção e de emissão é muito reduzida, o que não sucede com outros serviços. Para obstar a esses inconvenientes, é necessário garantir uma blindagem adequada dos respectivos módulos e cabos, com um excelente desacoplamento dos pontos de interligação. Pode ser ainda necessário recorrer à instalação de filtros “Passa-Banda”, “Notch” ou outros, de acordo com o tipo de interferências a rejeitar. Como os repetidores ficam instalados normalmente em pontos elevados, junto de outras fontes de RF intensas e de frequências diversas, como emissores de TV, Radiodifusão, Trunking, Telemóveis, etc. o problema pode agravar-se, particularmente para o caso dos repetidores de TVA, em que a “largura de banda” do receptor é de vários MHz.). Na proximidade de aeroportos, ou no seu horizonte radioeléctrico, os sistemas de Radar são outra fonte de interferências perniciosas, mas com as quais temos de viver. Depois da instalação do CS0TVA, a LATA tem cooperado com outros grupos de colegas na instalação, ensaios e manutenção de outros repetidores de TVA, particularmente no caso do CS0TVS, salientando-se o entendimento entre os dois grupos para a escolha da polarização adoptada por cada um. De facto, é frequente encontrar estes dois repetidores com emissões diferentes e em simultâneo, sem que se registem interferências mútuas significativas (também depende da localização de quem recebe). O Futuro da TVA Actualmente, a transmissão de sinais de televisão comercial já sofre os efeitos da “digitalização”. Disso é exemplo a difusão por Abril de 2002 satélite, que tem passado rapidamente dos modos analógicos para os digitais. Se bem que a transmissão analógica seja possível usando meios mais simples, a necessidade de garantir a resposta linear dos sinais, obriga a circuitos complexos e ajustes minuciosos, ocupando uma parte significativa do espectro radioeléctrico. Por outro lado, a evolução de circuitos digitais extremamente rápidos e compactos (ao nível do “chip”), associada a algoritmos de compressão altamente eficientes, veio permitir uma produção em massa e a baixo custo de equipamentos como os codificadores/descodificadores de áudio e vídeo. No lado do receptor não existem dificuldades, mas quanto ao lado emissor ainda não é fácil dispor desses circuitos, pelo menos para os amadores. Outra questão que se coloca, é a necessidade de alguma garantia ou estabilidade na definição de normas e de protocolos. No tratamento digital da informação, é obrigatório que as “entidades” correspondentes se entendam perfeitamente, “falando a mesma linguagem”. Aqui, ou dá… ou não dá. Não há meio termo. Algumas das vantagens mais evidentes da transmissão digital são a pureza de sinais, com alta resolução e alta qualidade sonora, mesmo para uma banda relativamente estreita. A utilização de novos métodos de modulação em fase e amplitude, com recuperação de erros e com uma excelente imunidade ao ruído, foram essenciais para uma boa qualidade de transmissão de sinais complexos, tais como os de vídeo, de voz digitalizada, ou simplesmente de dados com elevados débitos ou taxas de transferência. Os radioamadores não estão distraídos nem alheios a esta As reúniões da Associação são todas as 3ªs Feiras pelas 21h30. Apareça evolução. Por isso, esperamos novidades para breve. Dicas sobre TVA Os sinais de vídeo exigem cuidados especiais no seu transporte e tratamento. De facto, estamos a lidar com sinais complexos, em que as frequências envolvidas são muito elevadas, devido às transições bruscas de amplitude, de frequência e de fase. De uma forma simplista, podemos dizer o seguinte: - O sinal de “luminância” varia em amplitude, de acordo com a imagem explorada, entre o valor de tensão máxima para o “preto”, e o valor zero para o “branco”, com valores intermédios para outros tons ou cores. - O “burst” ou informação de cor, é um sinal modulado em fase (PAL), e é transmitido entre os impulsos de sincronismo horizontal e o sinal de luminância. 4 QTC ASSOCIAÇÃO DE RADIOAMADORES DA AMADORA-SINTRA - - Os impulsos de sincronismo são de amplitude negativa e duração constante para cada um dos sincronismos. Os impulsos de sincronismo horizontal são enviados no início de cada uma das 625 linhas, e os impulsos de sincronismo vertical são enviados no início de cada um dos quadros, com a mesma amplitude do sincronismo horizontal mas com uma maior duração, de modo a permitir a respectiva separação no receptor. Se juntarmos a sub-portadora de som ao sinal de vídeo composto, obtemos um sinal “Banda Base” ainda mais complexo. Por tudo isto, é essencial que os circuitos de vídeo ou de Banda Base mantenham uma linearidade aceitável (em amplitude e fase) até aos 6 MHz ou mais, sem a instabilidade frequentemente associada a frequências desta grandeza, com uma adaptação perfeita entre circuitos e cabos de transporte dos sinais. Naturalmente que muitos amadores não prestam a devida atenção a estas questões, acabando por passar muito tempo a lamentar-se com problemas de sincronismo, falhas de cor, má definição, falta de vídeo, fantasmas e outros sintomas típicos. Imagem com tendência para “saltar” no sentido vertical, normalmente associada a falhas na cor, pode querer dizer que existe uma relação entre amplitudes de vídeo e de sincronismo incorrecta (pelo que o nível do “burst” também pode ser afectado), ou que existe uma má adaptação de impedâncias a nível do vìdeo (possivelmente nos cabos). Falhas na cor ou cor incorrecta, podem querer dizer que o nível do “burst” é fraco relativamente aos sinais de vídeo e de sincronismo, ou afectado por alterações de fase no sinal devidas a reflexões. Ainda pode acontecer que a malha de “pré-acentuação” de vídeo não esteja correcta. Este sintoma também pode significar desadaptação de impedâncias no vídeo, ou ainda uma portadora com sinal fraco e marginal. Não esqueça que a Associação vive das quotas dos seus associados, pague a sua quota. “Salpicos” brancos intermitentes, no sentido das linhas do écran, podem significar provável interferência de Radar . VISITE O "SITE" DA ARAS NA INTERNET “Fantasmas” ou sobreposição de imagens, mais evidente no lado esquerdo do écran, podem ter origem numa antena ou baixada com problemas, na recepção simultânea do mesmo sinal por trajectos diferentes devidos a reflexões, ou ainda mais raramente por desadaptação de impedância nos cabos de vídeo. www.qsl.net/cs1aas Imagem boa mas som ausente ou com muito sopro, pode significar que o nível da sub-portadora de som é fraco relativamente aos sinais de vídeo e sincronismo, que a sub-portadora de som está fora de frequência (6 MHz) ou ausente (pode não estar a ser transmitida), ou que o sinal de RF recebido é fraco. Sombras ondulantes nas margens laterais e/ou faixas horizontais mais escuras, podem ser devidas a má filtragem da alimentação ou a interferência de 50 Hz, como a produzida frequentemente pelos ventiladores sem escovas para corrente contínua. Note-se que são necessários circuitos com uma muito boa resposta em frequência, pelo que também respondem facilmente a frequências abaixo de 50 Hz. Quando se usar um receptor de satélite em TVA, ter sempre em atenção que na ficha coaxial de entrada de RF é normal existir uma tensão contínua (normalmente entre 14 e 20 Volts), que é destinada à alimentação do LNB (unidade exterior de conversão que faz parte da antena). No caso de pretender ligar-lhe directamente uma antena, deve certificar-se que a antena não apresenta um “curto circuito” para a “massa”, como é habitual para a protecção contra estática. Para retirar a referida tensão da ficha, deverá modificar o receptor, interrompendo a ligação da ficha coaxial, introduzindo em série um pequeno condensador (preferível SMD) com qualquer valor entre 22 e 470 pF (não crítico). Se pretender acrescentar ao receptor um préamplificador dos existentes no mercado, o que é desejável face ao ganho insuficiente do receptor para trabalhar em TVA, deve manter a tensão na ficha, para alimentar o amplificador. No entanto, deverá ter os mesmos cuidados relativamente a esta unidade, quanto à ligação da ficha de antena. Imagem “espelhada”, excessivamente brilhante ou azulada, pode ter origem em muito ganho de vídeo, em iluminação com um espectro inadequado, ou em luz exagerada para a sensibilidade da câmara, podendo ser resolvido com diminuição da luz ambiente ou mudança das fontes de luz. Imagem com tendência para se torcer ou “esfrangalhar” horizontalmente, pode significar que um dos correspondentes não está na frequência correcta, que o sinal é fraco, ou que o nível de vídeo é excessivo, particularmente quando a largura de banda do receptor é mais estreita (pode ser a do repetidor, se for o esse o caso). Abril de 2002 LATA 5 QTC ASSOCIAÇÃO DE RADIOAMADORES DA AMADORA-SINTRA Node “Lisboa” CT0XSI Como os colegas activos no packet já devem ter reparado, o node “Lisboa” instalado em Sintra ficou gravemente danificado depois das últimas trovoadas após 14 anos de serviço praticamente ininterrupto ao serviço da rede de packet radio nacional. Este node será reactivado assim que esteja reparado e substituídas as antenas e linhas de transmissão. N.A.P. A YAESU SEMPRE NA VANGUARDA O primeiro transceptor protátil compacto, alimentado a baterias paras as bandas de HF, VHF e UHF A1 (CW), A3 (AM), A3J (LSB/USB), F3 (FM), F1 (9600 bps packet), F2 (1200 bps packet) FT-817 TRANSCEPTOR PROTÁTIL MULTIMODO 160-10 metros, 50 Mhz, 144 MHz e 430 MHz Av. Fernão de Magalhães, 860 4350-152 PORTO – PORTUGAL Tels.: 22 537 3562 – 22 510 3523 Fax: 22 537 0882 E-mail: [email protected] Home page: www.yaesu.co.pt Casa fundada em 1958 Representante exclusivo para Portugal Exija a garantia “Germano Lopes” Para ter a nossa assistência Rua 1º de Dezembro, 54, 3º Esqº 2700-672 AMADORA PORTUGAL Exmo(a) Senhor(a): Abril de 2002 6
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