A utilização deste artigo é exclusiva para fins educacionais.
Transcrição
A utilização deste artigo é exclusiva para fins educacionais.
Morumbi agora serve, diz secretário-geral da Fifa Luciana Coelho Sem dizer o que mudou no projeto, Jérôme Valcke elogia a arena são-paulina A Fifa, após meses de discussão com o São Paulo, disse estar satisfeita com o novo projeto apresentado para o Morumbi, afirmou ontem o secretário-geral da entidade. Jérôme Valcke era até então o principal nome a apontar problemas no estádio que vinham travando sua escolha como sede de uma das semifinais e da abertura da Copa do Mundo de 2014. "O último projeto que recebemos preencheu todos os requisitos que vínhamos pedindo havia meses para o São Paulo", disse Valcke em entrevista coletiva na sede da Fifa, em Zurique. Ele qualificou como "bastante boas" as últimas informações que recebeu sobre o estádio, nesta semana. Em 15 de abril, o novo plano deve ser oficialmente apresentado. Valcke não quis dizer o que exatamente mudou no projeto -a Fifa apontava problemas, sobretudo na capacidade limitada para os torcedores em uma semifinal ou na abertura. O diretor de marketing do São Paulo, Adalberto Baptista, diz que a principal mudança é o rebaixamento do gramado em cerca de 2 m, o que só será possível porque a prefeitura paulistana, segundo o clube, intervirá no córrego que passa por baixo do gramado. Por isso, o São Paulo ainda não tem um cronograma para a reforma. Indagado, depois, pela Folha se o estádio estava então endossado, Valcke colocou uma ressalva: "O que está no papel [está]. Do papel à realidade, há sempre uma distância". Mas logo tratou de pôr panos quentes na discussão que se arrasta há meses com a diretoria do clube paulistano. "Pelo que recebemos, e pelo que o [presidente da CBF] Ricardo Teixeira disse, ficou muito claro. Não tem mais conflito entre a Fifa e o Brasil, entre a Fifa e o São Paulo", afirmou. "Estou satisfeito com o avanço do São Paulo em relação ao Morumbi." No início desta semana, Teixeira afirmara que o clube só poderia ser a sede da abertura da Copa se alterasse sua proposta para modernizar o estádio. Nos últimos dois dias, em Zurique, o presidente da CBF não quis falar sobre ao assunto. A proposta levada à Fifa nesta semana não é a primeira reformulação no projeto. Pelo menos duas outras apresentadas nos últimos meses haviam sido consideradas insuficientes pela entidade. Os problemas citados tratam desde a capacidade de público da arena até a entrada para o campo e as curvas de visibilidade. Arquitetos envolvidos nos projetos brasileiros, no entanto, têm considerado a cobrança da Fifa ao país excessiva após visitarem os estádios que sediarão a Copa da África do Sul. Ontem, Valcke disse que era preciso usar as falhas no evento deste ano para "aprender e melhorar" para o próximo. Anúncio com ironia ao "dono" da Copa é vetado Fábio Zanini Ciumenta quanto às marcas registradas da Copa, a Fifa conseguiu ontem retirar de circulação na África do Sul um anúncio que ironizava justamente essa obsessão. "A transportadora não oficial de você sabe o quê", era o slogan da campanha publicitária da Kulula, uma companhia aérea famosa por usar a irreverência em seu marketing. A brincadeira, segundo disseram representantes da empresa, era com o fato de nem a expressão "Copa do Mundo" poder ser usada. O anúncio, veiculado em jornais e revistas, apresentava ainda bolas de futebol e as famosas vuvuzelas. A entidade que comanda o futebol não achou graça e ameaçou com um processo judicial, sob o argumento de que a empresa estava fazendo "marketing de guerrilha". "A combinação das imagens mais o slogan constituem um desrespeito às leis de direito de imagem", disse Wolfgang Eichler, porta-voz da entidade. A Kulula capitulou e retirou os anúncios de circulação, não sem antes novamente fazer piada. "Oh, meu Deus, uma carta dos advogados da Fifa diz que nós violamos a marca registrada "África do Sul" e acha que nosso anúncio não Copa do Mundo era sobre futebol", disse a Kulula no Twitter. A organização da Copa do Mundo promete uma blitz para proteger as marcas relacionadas ao evento. Fonte: Folha de S. Paulo, São Paulo, 20 mar. 2010, Esporte, p. D1.
Documentos relacionados
A utilização deste artigo é exclusiva para fins educacionais.
De olho no marketing de emboscada
A Copa do Mundo é o ponto
alto de duas coisas: o futebol e
o marketing de emboscada. “Há
muita paixão em torno do esporte
e uma audiência muito grande.
É irresistí...