Programa de Aprimoramento em Física Médica de Radioterapia
Transcrição
Programa de Aprimoramento em Física Médica de Radioterapia
Programa de Aprimoramento em Física Médica de Radioterapia 2014 APOIO: Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) 0 CONTEÚDO INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 2 OBJETIVO GERAL............................................................................................................................... 4 OBJETIVOS ESPECIFICOS ................................................................................................................... 4 PÚBLICO ALVO .................................................................................................................................. 4 NÚMERO DE VAGAS DISPONÍVEIS .................................................................................................... 4 REQUISITOS PARA INGRESSO ........................................................................................................... 5 ETAPAS DO PROCESSO DE SELEÇÃO ................................................................................................. 5 PROGRAMA ACADÊMICO ................................................................................................................. 6 1 - MÓDULO TEÓRICO .................................................................................................................. 6 1A - ANATOMIA E FISIOLOGIA .................................................................................................. 6 1B - PRINCÍPIOS DE ONCOLOGIA .............................................................................................. 6 1C – RADIOBIOLOGIA................................................................................................................ 7 1D- FÍSICA DAS RADIAÇÕES E DOSIMETRIA.............................................................................. 8 1E - FÍSICA DA RADIOTERAPIA - TELETERAPIA .......................................................................... 9 1F - FÍSICA DA BRAQUITERAPIA .............................................................................................. 12 1G - PROTEÇÃO RADIOLOGICA ............................................................................................... 14 1H- TEMAS ESPECIAIS ............................................................................................................. 15 2 - MÓDULO EXPERIMENTAL...................................................................................................... 17 2A - LABORATORIO DE FÍSICA DA RADIOTERAPIA - TELETERAPIA.......................................... 17 2B - LABORATORIO DE FÍSICA DA RADIOTERAPIA – BRAQUITERAPIA E PROTEÇÃO RADIOLÓGICA ......................................................................................................................... 17 2C - LABORATORIO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA ................................................................. 18 PROGRAMA TREINAMENTO CLÍNICO ............................................................................................. 19 3 - MÓDULO CLÍNICO ................................................................................................................. 19 3A - ESTÁGIO BASE ................................................................................................................. 19 3B - TELETERAPIA 2D E 3D ..................................................................................................... 20 3C - TELETERAPIA (TÉCNICAS ESPECIAIS) E BRAQUITERAPIA ................................................. 25 3D - ASSUMINDO RESPONSABILIDADES ................................................................................ 29 4 - ESCRITA DO TRABALHO DE MONOGRAFIA ........................................................................... 30 5 – PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSOS, SEMINÁRIOS E SIMPÓSIOS ................................................ 30 6- AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 30 CORPO DOCENTE ............................................................................................................................ 32 BIBLIOGRAFIA. ................................................................................................................................ 35 1 INTRODUÇÃO Físicos médicos cumprem um papel essencial na medicina moderna, mais comumente nos campos de diagnóstico de condições médicas e no tratamento de câncer. A Física Médica inclui áreas tais como: Radioterapia, Diagnóstico por Imagens, Medicina Nuclear e Proteção Radiológica. Outras das áreas de interesse da Física Médica são: a Metrologia das Radiações Ionizantes, Ressonância Magnética, Aplicações com Laser, Ultrassonografia e outras técnicas que envolvem conceitos físicos aplicados na área médica. Físicos médicos que trabalham na área de Radioterapia são geralmente chamados de "físicos médicos especializados em radioterapia". Eles fazem parte da equipe interdisciplinar do departamento de Radioterapia dedicado a fornecer tratamento seguro e eficaz de câncer. Outros membros da equipe incluem Radiooncologistas, Técnicos de Radioterapia, Engenheiros de manutenção e Enfermeiros. Físicos médicos fazem uma contribuição importante para o tratamento seguro e eficaz dos pacientes com câncer. O seu conhecimento da Física, particularmente física das radiações e como radiação interage com o tecido humano e da tecnologia complexa envolvida no tratamento moderna câncer são essenciais para o sucesso da aplicação da terapia de radiação. As responsabilidades do Físico Médico em Radioterapia abrangem cinco grandes áreas: dosimetria, o tratamento e planejamento, controle de qualidade , seleção de equipamentos e radioproteção. Uma grande parte dos deveres envolve o comissionamento, calibração e controle de qualidade (CQ) dos equipamentos cada vez mais complexos usados no departamento de Radioterapia. Além, das atividades antes mencionadas, o Físico Médico também participa ativamente na docência dentro dos hospitais e universidades, na formação dos Médicos, Físicos Médicos, Tecnólogos, Enfermeiros e outros profissionais envolvidos no atendimento a pacientes que utilizam fontes de radiação para o seu diagnóstico ou tratamento. Por último, o Físico Médico executa atividades administrativas que envolvem a otimização de processos, a gestão do programa de garantia da qualidade, a gestão de recursos humanos, implementação de contratos de manutenção dos equipamentos, gestão do programa de proteção radiológica, análise e definição das caraterísticas para compra de equipamentos, etc. As normas internacionais básicas de proteção radiológica afirmam que "para fins terapêuticos de radiação (incluindo teleterapia e braquiterapia), a calibração, dosimetria 2 e garantia de qualidade devem ser conduzidos por ou sob supervisão de um perito qualificado em física da radioterapia" Tendo em vista os aspectos antes mencionados, é evidente que o programa de formação do profissional em física médica, além de precisar uma sólida base acadêmica, o mesmo, deve conter um adequado treinamento clínico. Este último permitirá que o profissional formado adquira os conhecimentos e ferramentas necessárias para poder assumir suas reponsabilidades num ambiente hospitalar e contribuir significativamente na melhoria da qualidade dos serviços oferecidos a população. O Programa de Especialização em Física Médica, proposto para área de Radioterapia, tem duração de 2 anos, com carga horária de 60 horas semanais, e está divido em módulos, que correspondem à formação acadêmica teórica e experimental e às práticas clínicas dentro de serviços de radioterapia. O Módulo Teórico (1) oferecerá ao aluno noções de Anatomia e Fisiologia Humana (1A), Princípios de Oncologia (1B), Radiobiologia, (1C) Física das Radiações e Dosimetria (1D), Física da Radioterapia – Telerapia (1E) e Física da Braquiterapia (1F) e Proteção Radiológica (1G) e alguns Temas Especiais (1H). O Módulo Experimental constará de atividades práticas relacionadas a Física de Radioterapia nas modalidades de Teleterapia (2A), Braquiterapia (2B) e Proteção Radiológica (2C). O módulo de treinamento clínico focará na aplicação dos conhecimentos adquiridos nos dois módulos anteriores aplicados no tratamento radioterápico e no progressivo aumento de responsabilidades do aluno até sua independência profissional. A tabela 1 abaixo mostra como os Módulos são distribuídos durante os dois anos de duração do curso. 1º ano 2º ano Módulo Teórico Experimental Clínico Teórico Experimental Clínico 1º trimeste 1A e 1D 2A 3A e 3B 1D 2A e 2B 3A-B-C-D 2 º trimestre 1B e 1E 2A 3A e 3B 1E 2A e 2B 3A-B-C-D 3º trimeste 4º trimeste 1C e 1F 1G e 1H 2A 2A e 2C 3A e 3B 3A e 3B 1C e 1F 1G e 1H 2A e 2B 2A, 2B e 2C 3A-B-C-D e 4 3A-B-C-D e 4 3 OBJETIVO GERAL Formar profissionais com uma visão multidisciplinar, apoiados por uma base sólida de conhecimentos teóricos e práticos da física das radiações ionizantes, capazes de exercer todas as suas funções dentro de um serviço de radioterapia e assumir suas responsabilidades legais junto aos órgãos de licenciamento e fiscalização sanitária. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Preparar um Físico Médico capaz de exercer todas as suas funções dentro de um serviço de radioterapia e assumir suas responsabilidades legais junto aos órgãos de licenciamento (Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN) e de fiscalização (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA). 2. Formar profissionais na área de Física Médica aptos a realizar a prova da Associação Brasileira de Física Médica (ABFM), visando à obtenção do Título de Especialista em Física Médica na área de Radioterapia. 3. Formar profissionais na área de Física Médica aptos a realizar a prova da CNEN visando à obtenção do Título de Supervisor em Proteção Radiológica na área de Radioterapia. PÚBLICO ALVO Graduados em Física ou Física Médica (licenciatura ou bacharelado). NÚMERO DE VAGAS DISPONÍVEIS Serão oferecidas 1 vaga por ano. Isto permitirá que para cada ano exista um número máximo de dois alunos completando os devidos módulos, facilitando desta forma que os recursos disponíveis (infraestrutura, equipamentos e recurso humano) sejam aproveitados de uma forma mais eficiente tanto pelos alunos quanto pelos profissionais responsáveis pela formação. 4 REQUISITOS PARA INGRESSO Ter concluído o curso de graduação plena (bacharelado ou licenciatura), realizado em Instituição credenciada pelo Ministério da Educação (MEC). Os candidatos brasileiros, graduados no exterior, deverão apresentar diploma revalidado por Universidade Pública brasileira. Os candidatos estrangeiros, além do diploma revalidado, deverão ter visto de estudante no Brasil. Não possuir qualquer tipo de vínculo empregatício. ETAPAS DO PROCESSO DE SELEÇÃO Período de inscrição: 24/02/2014 a 04/04/2014 Processo de seleção: Entrevista e análise de currículo vitae – 07/04/2014 e 08/04/2014 Início do curso: 05/05/2014 Observação: currículo vitae e cópia dos comprovantes de títulos deverão ser na secretaria do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) - Rua Diniz Cordeiro, 30/3º andar, Botafogo – telefone (21) 3883-6000, até o dia 04/04/2014. 5 PROGRAMA ACADÊMICO 1 - MÓDULO TEÓRICO 1A - ANATOMIA E FISIOLOGIA Nomenclatura anatômica; Estrutura geral do corpo humano; A função das células, o crescimento, a diferenciação dos tecidos, metabolismo; Sistema locomotor, cardiovascular, digestivo, respiratório, reprodutivo e endócrino e nervoso; Anatomia por imagens radiológicas; Segmentação de estrutura de risco e alvos baseado em protocolos (RTOG) Introdução à patologia, causas da doença e trauma; Ética Médica. Resultados a serem mensurados: 1. O entendimento dos sistemas biológicos, da posição e dimensiones anatômicas dos órgãos dentro do corpo humano. 2. Identificação das estruturas anatômicas do corpo humano. 3. Entendimento dos mecanismos fisiológicos e de crescimento celular. 4. Interpretação adequada de imagens de raios-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética. 5. O entendimento da terminologia médica utilizada na interação com o resto dos profissionais que trabalham na área da radioterapia (Médicos, Enfermeiras (os) e Tecnólogos). 6. O entendimento dos conceitos éticos que regem o comportamento adequado dos profissionais que trabalham na área médica. 1B - PRINCÍPIOS DE ONCOLOGIA O câncer; Oncogênese; Diagnóstico do câncer; Modalidades de Tratamento; 6 Sistema de Estadiamento Incidência e Epidemiologia, Fatores de Risco, Anatomia, Apresentação Clínica, Diagnóstico, História Natural e Padrões de Disseminação, Classificação Patológica, Tratamento, Prognóstico dos diversos tipos tumorais tratáveis com Radioterapia (p. ex. Pele, Sistema Nervoso Central, Cabeça e Pescoço, Tórax, Mama, Gastrointestinais, Urinários, Gênito Urinários, Ginecológicos, Adrenal e Retroperitônio, Linfomas e Hematológicos, Sarcomas, Pediátricos, Doenças Benignas, e Cuidados Paliativos) 1C – RADIOBIOLOGIA Interações da radiação ionizante com a matéria; Dano da radiação ionizante ao DNA; Mecanismos de reparo do DNA; Dano e reparo dos danos nos cromossomos; Teoria de curvas de sobrevivência, teoria do alvo, modelo do alvo múltiplo; Modelo linear-quadrático, sensibilidade celular; Morte celular: apoptoses e morte reprodutiva; Processo de recuperação celular; Ciclo celular; Modificadores da resposta celular; RBE, OER e LET; Cinética celular; Dano da radiação aos tecidos; Efeitos precoces e tardios da radiação; Radiobiologia tumoral; Fracionamento; Efeitos genéticos da radiação: efeito na fertilidade e metagêneses; Mecanismos moleculares. Resultados a serem mensurados: 1. Entendimento sobre os tipos de danos às células e órgãos e suas diferentes radiosensibilidades. 2. Entendimento sobre efeitos agudos e tardios das radiações em distintos tecidos. 3. As bases do fracionamento como forma de proteger o tecido normal e como estabelecer a equivalência para hipofracionamento. 4. Entendimento dos diferentes modelos radiobiológicos aplicados à rotina clinica da radioterapia. 7 5. Entendimento dos mecanismos de reparo das células sadias e tumorais. 1D- FÍSICA DAS RADIAÇÕES E DOSIMETRIA Estrutura da Matéria: estrutura atômica, partículas elementares, número atômico e massa atômica, distribuição orbital de elétrons, níveis de energia atômica e nuclear, partículas radioativas, radiação eletromagnética, quantização da energia, espectro e energia das radiações. Transformações Nucleares: radioatividade natural e artificial, decaimento radioativo, tipos de + - decaimento (, , , e captura eletrônica), conceitos de atividade, vida média e meia vida; isótopos radioativos; ativação de isótopos e reações nucleares. Geração de Raios-X: radiação de Bremsstrahlung, ampolas de raios-x, produção de raios-x, espectro de raios-x e fatores modificadores do espectro de raios-x. Geradores de radiação utilizados clinicamente: terapia de contato, superficial, ortovoltagem, supervoltagem, aceleradores lineares (projeto básico e componentes, geração de feixe de elétrons e de fótons de baixa energia e alta energia), unidades de Co-60 e Cs-137. Interação da Radiação com a matéria: absorção, espalhamento, efeito- fotoelétrico, efeito Compton e produção de pares; coeficientes de atenuação mássico, de transferência de energia e de absorção de energia, seções de choque, dependência com a energia e número atômico. - Interação de elétrons com a matéria, perdas colisionais e radioativas. Qualidade dos raios-X: conceitos de camada semi-redutora, filtração equivalente e adicional, kilovoltagem pico e equivalente, energia média e efetiva, distribuição espacial dos raios-X. Detectores de Radiação: princípio de funcionamento e características dos principais tipos de detectores de radiação: gasosos (câmaras de ionização e Geiger-Müller), termo-luminescentes (TLDs), semicondutores, filmes radiográficos e radiocrômicos e dosímetros do tipo fricke. Medida da Dose Absorvida: dose absorvida, Kerma, Exposição e relação entre eles; equilíbrio eletrônico de partículas carregadas; cálculo de dose absorvida a partir da exposição (no ar e num meio qualquer); medida de dose com câmara de ionização no ar e num meio qualquer; teoria da cavidade de Bragg-Gray, Spencer-Atix e Burlin, Stopping Power. Protocolos de dosimetria com câmaras de ionização TG21, TG51 e TRS398, fatores de correção utilizados. 8 Teoria da cavidade: teoria da cavidade de Bragg–Gray e corolários, teoria da cavidade deSpencer–Attix e de Burlin, teoria de Fano, media dos poderes de freiamento, a dose na interfase de meios. Resultados a serem mensurados: 1. Entendimento dos processos físicos envolvidos na deposição de energia e sua dose em órgão com diferentes composições (heterogeneidade de tecidos). 2. Entendimento dos formalismos associados às unidades e grandezas físicas utilizadas na física das radiações ionizantes. 3. Entendimento dos conceitos e aplicações do equilíbrio de partículas carregadas e equilíbrio de radiação. 4. Entendimento sobre as teorias da cavidade, suas modificações e limitações. 5. Entendimento sobre as diferenças entre os diversos tipos de detectores, sua limitações e desvios dos modelos teóricos. 6. Entendimento do uso de manequins utilizados na dosimetria das radiações ionizantes. 7. Entendimento dos conceitos de atenuação exponencial para feixes estreitos e largos. 8. Entendimento dos protocolos recomendados para a dosimetria de feixes utilizados na prática clinica. 1E - FÍSICA DA RADIOTERAPIA - TELETERAPIA Feixes clínicos de fótons para radiação externa: descrição dos feixes, distribuição de dose em profundidade, dose no build-up, região de penumbra, dependência da energia do feixe, efeito do tamanho de campo, da distância fonte-superfície, da distância fonte-isocentro, da distancia fonte-colimador, do formato do campo de radiação, dos tipos de colimador, cálculo de dose num ponto, porcentagem de dose na profundidade (PDD), PSF, TAR, razão tecido-máximo (TMR), razão tecido-meio (TPR), SAR, SMR, fator espalhamento do colimador (Sc), fator espalhamento no meio ou fantoma (Sp), razão off-axis (AO)R, Sistema para cálculos dosimétricos para feixes de fótons: sistema de cálculo de dose (SSD e SAD), cálculo de tempo de irradiação e de unidades monitoras, cálculo de dose para campos irregulares, para pontos fora do eixo central, método de Clarkson, pontos sob blocos, terapia rotatória, campos assimétricos, filtros em cunha e fator filtro, blocos de colimação e fatores bandeja, campos regulares e irregulares, 9 Feixes clínicos de elétrons para radiação externa: características do feixe de elétrons, (energia média, energia mais provável, alcance prático, R50, profundidade de referência), espectro de energia, curvas de ionização versus dose em profundidade, distribuição da dose em profundidade, equilíbrio lateral, métodos de colimação, influencia do tamanho de campo e da energia, distribuição da dose, determinação de unidades monitoras, fonte efetiva e fonte virtual, cálculo de unidades monitoras em diferentes situações. Planejamentos 2D: combinação de campos e curvas de isodose, comparação entre cartas de isodose, fatores que influenciam as curvas de isodose, correção de isodose por falta ou excesso de tecido, correção da isodose por alteração de distância focopele, curvas de isodose para combinação de múltiplos campos, pesos para composição de curvas de isodose, tangência de campos, campos adjacentes, Sistemas de planejamento de tratamento: modelamento da máquina de tratamento, (dados dosimétricos, configuração, validação e controle de qualidade), modelamento do pacientes, modalidades de imagem usadas no planejamento (tomografia computadorizada, ultrassom, SPECT, MRI e PET), reconstruções, atribuição de densidades, artefatos e contrastes, fusão de imagens, bolus, ferramentas de contorno de estruturas, cálculo de dose, tipos de algoritimo (Pencil Beam, Convolution/Superposition, Monte Carlo, etc.), heterogeneidade do meio, ferramentas de planejamento: radiografias digitalmente reconstruídas (DRRs), conceito de beam’s eye view (BEV), análise de distribuição de dose, histogramas dose-volume (DVH). Entidades DICOM (Images, Dose, Plan, Structure, etc.), documentação de tratamento. Planejamentos 3D: Radioterapia Conformacional: definição de volumes alvo e de prescrição da dose, margens, recomendações internacionais, ICRU 50 e 62, definições de GTV, CTV, PTV, PRV e ITV, sistemas de planejamentos computadorizados. Planejamento de tratamento com feixe de fótons: distribuição da dose para campo único, curvas de isodose, isocentro, arranjo de campos, colimação (colimadores simétricos e assimétricos, blocos de colimação e colimadores Multileaf), parâmetros que afetam as curvas e superfícies de isodose, filtros físicos e eletrônicos, correção por DFS, tecido faltante e volumes não homogêneos, especificação da dose. 10 Planejamento de tratamento com feixes de elétrons: efeitos da geometria do paciente e do feixe, técnicas de planejamento do tratamento (escolha da energia e tamanho de campo, bolus e colimadores), técnicas para planejamentos com coincidência de bordas de campos, feixes mistos fótons/elétrons, terapia intra-operatória. Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) e terapia com arcos volumétricos modulados (VMAT): conceitos do ICRU 83, algoritmos de otimização, planejamento inverso versus direto, fluência ideal versus real, métodos de entrega de dose: gantry fixo (filtros compensadores, step-and-shoot e sliding window) e gantry em arco (VMAT/RapidArc), comissionamento (TG119), métodos de controle de qualidade: medidas de dose absoluta, medidas relativas bi-dimensionais (filmes, matriz de detectores e dosimetria portal), ferramentas de análise (função gamma, diferença de dose e distância para concordância). Radioterapia Guiada por Imagens (IGRT): conceitos de erros (sistemáticos e aleatórios), incertezas e margens populacionais no contexto da radioterapia, estratégias de detecção e correção de erros, modalidades e tecnologias de IGRT (técnicas de Cone Beam CT de Megavoltagem e Kilovoltagem, Electronic Portal Image Devices (EPID), ExacTrac, sistemas de infravermelho), gating (tipos e estratégias), métodos de controle de qualidade específicos. Radiocirurgia e Radioterapia Estereotáxica: conceito de estereotaxia, sistema de coordenadas estereotáxico, imagens utilizadas no planejamento, fusão de imagens, ferramentas utilizadas (cones, colimadores micro-multilâminas), conceitos de planejamento (normalização e prescrição) e avaliação de planos (índices de conformidade), métodos de entrega (arcos, campos estáticos, arcos dinâmicos) e métodos de controle de qualidade específicos. Técnicas Especiais: Irradiação de Corpo Inteiro (TBI) e Irradiação Total da Pele (TSI): diferentes técnicas de irradiação para cada modalidade, métodos de dosimetria, verificação e comissionamento das técnicas. Controle e garantia da qualidade dos tratamentos: análise de erros do processo da radioterapia; gestão do programa de garantia da qualidade (recurso humano, equipamentos, prova de controle da qualidade); gestão na aplicação do tratamento 11 (documentação requerida, técnicas de verificação, sistemas de registro e verificação, dosimetria in-vivo); normativa especifica para a garantia da qualidade com fontes radioativas, com aceleradores lineares, fontes de braquiterapia, sistema de corte de proteções personalizadas, sistemas de planejamento de tratamento, colimadores multi-lâminas, radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e filtros dinâmicos. Fantomas: materiais equivalentes ao tecido para feixes de fótons e elétrons, fantomas para calibração, fantomas antropomórficos. Resultados a serem mensurados: Entendimento dos sistemas de classificação das doenças neoplásicas e das diferentes modalidades de tratamento. Entendimento dos aspectos mais relevantes associados às curvas de sobrevida. Entendimento das características dos feixes externos, suas qualidades dosimétricas e metodologias utilizadas para uma adequada distribuição da dose nos tecidos tumorais e sadios e das correções devidas às heterogeneidades dos tecidos. . Compreender o processo de definição das regiões de interesse clínico, os critérios de prescrição de dose e os modelos de planejamento de tratamento. Entendimento dos princípios básicos de funcionamento dos equipamentos utilizados para o diagnóstico e tratamento. Entendimento das normativas Brasileiras e recomendações internacionais de proteção radiológicas, metodologias para sua implementação e elaboração de registros e relatórios. Compreensão dos aspectos mais relevantes dos programas de manutenção dos equipamentos, assim como dos contratos dos mesmos. Entendimento dos aspectos mais relevantes no programa de garantia da qualidade. 1F - FÍSICA DA BRAQUITERAPIA Braquiterapia (princípios físicos): radionuclídeos utilizados em braquiterapia, grandezas e unidades utilizadas, tipos de fontes, dosimetria para fontes seladas, calibração da fonte, garantia da qualidade, formalismo do documento TG-43 da AAPM, proteção radiológica, equipamentos, sistemas de planejamento. 12 Braquiterapia (aspectos clínicos): implantes temporários e permanentes, técnicas intersticiais, intracavitárias e superficiais, sistema de carga direta e carga diferida, Sistemas Paterson-Parker, Quimby, Memorial, Paris e Estocolmo para terapia intersticial, braquiterapia de alta taxa de dose (HDR), braquiterapia de baixa taxa de dose (LDR) com sementes, aplicações clínicas , prescrições de dose, histogramas dose-volume, modelos radiobiológicos. Aspectos relacionados com a compra e instalação de equipamento: interpretação de documentos técnicos para especificações dos equipamentos, desenho de infraestrutura e salas de tratamento, contratos de manutenção, instalação de equipamentos, provas de aceitação, comissionamento dos equipamentos. Radioterapia com nêutrons: produção de nêutrons, interações nos tecidos, dose em profundidade, dosimetria, instalações e laboratórios, terapia com captura de nêutrons em boro (BNCT). Resultados a serem mensurados: 1. Entendimento dos sistemas de classificação das doenças neoplásicas e das diferentes modalidades de tratamento. 2. Entendimento dos aspectos mais relevantes associados às curvas de sobrevida. 3. Entendimento das características dos feixes externos, suas qualidades dosimétricas e metodologias utilizadas para uma adequada distribuição da dose nos tecidos tumorais e sadios e das correções devidas às heterogeneidades dos tecidos. . 4. Entendimento das características e qualidades dosimétricas das fontes utilizadas em braquiterapia, assim como as metodologias usadas para uma adequada distribuição da dose nos tecidos tumorais e sadios. 5. Compreender o processo de definição das regiões de interesse clínico, os critérios de prescrição de dose e os modelos de planejamento de tratamento. 6. Entendimento dos princípios básicos de funcionamento dos equipamentos utilizados para o diagnóstico e tratamento. 7. Entendimento das técnicas de tratamento especiais utilizadas em radioterapia (irradiação de corpo inteiro, radiocirurgia, radioterapia de intensidade modulada – IMRT, radioterapia guiada por imagens - IGRT,etc). 8. Entendimento das normativas Brasileiras e recomendações internacionais de proteção radiológicas, metodologias para sua implementação e elaboração de registros e relatórios. 9. Compreensão dos aspectos mais relevantes dos programas de manutenção dos equipamentos, assim como dos contratos dos mesmos. 13 10. Entendimento dos aspectos mais relevantes no programa de garantia da qualidade. 1G - PROTEÇÃO RADIOLOGICA Principias da segurança radiológica: Antecedente histórico, efeitos observado, prática de proteção sugerida. Dosimetria ocupacional: Unidades, kerma, dose absorvida, dose equivalente, fatores de qualidade. Equipamentos utilizados na detecção da radiação ionizante: Câmara de ionização, contadores proporcionais, contadores Geiger–Müller, cintiladores e TLD, equipamentos para determinar dose equivalente. Estatística de contagem: Interpretação estatística da resposta dos instrumentos de medição, desenho de experimentos, análise de erros estocásticos e não estocásticos, interpretação de resultados experimentais. Vigilância radiológica do Indivíduo Ocupacionalmente Exposto: Instrumentação e técnicas, instrumentos integradores e ativos. Filmes, TLD, câmaras de bolso e contadores Geiger–Müller. Efeitos Biológicos: bases de dados relatórios BEIR e UNSCEAR. Legislação e regulamentação: Recomendações internacionais do ICRP, regulamentos nacionais de proteção radiológica. Acidentes radiológicos: Revisão de acidentes radiológicos em radioterapia, procedimentos para investigação de acidentes, efeitos, estimação de dose recebida e efeitos associados. Proteção radiológica em radioterapia (blindagem estrutural das instalações): definições de carga de trabalho, fator de ocupação, fator de uso, barreiras primarias para radiação de espalhamento e de fuga, desenho de blindagem estrutural para instalações com simulador convencional e CT, desenho de blindagem estrutural para instalações com equipamentos para terapia superficial e ortovoltagem, desenho de blindagem estrutural para instalações de braquiterapia de baixa e alta taxa de dose, desenho de blindagem estrutural para instalações com unidades de Co-60 e aceleradores lineares, desenho de blindagem estrutural para instalações de alta energia considerando nêutrons, desenho de blindagem estrutural para instalações de radioterapia intra-operatória. 14 Proteção radiológica em radioterapia (normativas de segurança): Normativas nacionais (CNEN e ANVISA) e recomendações internacionais (BSS - IAEA), técnicas de medição e equipamentos, vigilância radiológica dos indivíduos ocupacionalmente expostos, fontes de radiação externa, fontes de braquiterapia, fontes abertas. Resultados a serem mensurados: 1. Entendimento das relações existentes entre os processos físicos macroscópicos e a resposta celular. 2. Entendimento dos princípios da justificativa, otimização e limitação da dose. 3. Entendimento dos diferentes tipos de detectores, suas características e limitações em função do tipo de radiação a ser medida. 4. Capacidade de realizar os cálculos de blindagem para uma sala de tratamento com acelerador linear. 5. Capacidade para realizar o levantamento radiométrico de um acelerador linear e de uma unidade de HDR em braquiterapia. 6. Capacidade de realizar os cálculos de blindagem para uma sala de tratamento de braquiterapia com unidade de HDR. 7. Capacidade de preparar um Plano de Radioproteção de acordo com as Normas da CNEN. 8. Capacidade de avaliar os riscos potenciais de um serviço de radioterapia (teleterapia e Braquiterapia). 9. Capacidade de análise na prevenção de acidentes radiológicos, método FMEA e AAPM TG 100. 1H- TEMAS ESPECIAIS Métodos de Imagem utilizados em Radioterapia: Princípios de formação de imagem das diferentes modalidades utilizadas para o planejamento de radioterapia, como tomografia computadorizada de raios-X (CT), tomografia por emissão de pósitrons (PET), ressonância magnética nuclear, técnicas medicina nuclear (SPECT, gama câmara), ultrassonografia, angiografia; técnicas de fusão de imagem. Informática: planilhas de cálculo, bases de dados, programas de modelagem cientifica (exemplo: MatLab, Mathematica), linguagem computacional de alto nível (exemplo: Fortran, C), processadores de palavras, sistemas operativos (exemplo: : UNIX, Windows), buscadores bibliográficos (exemplo: PubMed), programas estatísticos, redes locais (LAN) e largas (WAN), conceitos básicos de DICOM e PACS. Métodos estatísticos nas ciências médicas: Estatística descritiva, probabilidade, modelos de inferência estatística, desenho experimental para o teste de hipótese e 15 parâmetros de estimativa, desenho de estudos clínicos, modelos de regressão, análise de variáveis múltiplas, analise de incertezas. Segurança: Segurança elétrica, química, biológica, radiológica, regulamentação nacional e internacional em segurança, gerencia da qualidade aplicada a sistemas médicos. Aspectos administrativos: estrutura gerencial dos hospitais, relações entre serviços assistenciais e técnicos, direitos do paciente e do trabalhador, gestão dos dados dos pacientes, gestão dos registros do controle de qualidade, auditorias de qualidade, princípios éticos, técnicas de trabalho em grupo, trabalho multidisciplinar, análise por perfil de competências, clima organizacional. Resultados a serem mensurados: 1. Capacidade de realizar planilhas em Excel, gráficos em Mathlab. 2. Entendimento dos conceitos básicos de redes de computadores e sistemas de 3. 4. 5. 6. 7. 8. comunicação digital. Ser capaz de estimar as incertezas associadas às medidas realizadas nos equipamentos. Capacidade de identificar riscos elétricos, químicos e radiológicos associados às estruturas das salas de tratamento. Capacidade de planejar experimentos, aquisição, edição, análise, interpretação e apresentação de relatórios dos dados das medições e estudos empíricos. Capacidade na avaliação de risco associados a pratica da radioterapia. Entendimento das estruturas gerenciais em serviços de saúde e gestão de recursos, assim como o entendimento das relações entre os diversos serviços assistenciais e o serviço de radioterapia. Entendimento das normas do trabalho em grupos multidisciplinares. Avaliação do Módulo 1: Durante o transcorrer de cada disciplina serão realizadas avalições parciais e uma prova geral de conhecimentos. As avalições serão tanto escritas quanto orais, e serão complementadas com apresentações orais de temas específicos propostos pelo Professor responsável da disciplina. O objetivo principal de cada uma das avalições será medir os conhecimentos adquiridos pelo aluno, utilizando como base os itens propostos (Resultados a serem mensurados), mencionados ao final de cada disciplina proposta. 16 2 - MÓDULO EXPERIMENTAL 2A - LABORATORIO DE FÍSICA DA RADIOTERAPIA - TELETERAPIA Seminários de oncologia com radiações: assistência a palestras e reuniões multidisciplinares relacionadas com o tema. Determinação da dose absorvida: calibração de feixes de fótons e elétrons em LINAC utilizando o TRS-398, calibração de unidades de Co-60 em técnica SSD e isocentrica, realizar medições com o uso do filme para medir curvas de dose em profundidade e planura de feixe de elétrons. Aplicação de conceitos teóricos na prática clinica: aplicação das definições de GTV, CTV, PTV, medida de PDD e TMR, cálculo de TMR e PDD estabelecendo suas relações, cálculo de tempos de tratamento, medição da taxa de dose de referencia em LINAC, cálculo de SAR, cálculo de casos de campos irregulares (manual e com computador), cálculo de TMR médio para um feixe de radiação (manual e com computador). Feixes de fótons: participar no processo de simulação, elaboração de proteções personalizadas planejamento de tratamentos, participar no inicio e seguimento do tratamento de pacientes. Feixes de elétrons: participar no processo de simulação, elaboração de proteções personalizadas planejamento de tratamentos, participar no inicio e seguimento do tratamento de pacientes. Controle e garantia da qualidade (Teleterapia): participar ativamente de programa de controle e garantia da qualidade, realizar as probas de controle de qualidade dos equipamentos (Co-60, LINAC, simuladores, sistemas de planejamento). 2B - LABORATORIO DE FÍSICA DA RADIOTERAPIA – BRAQUITERAPIA E PROTEÇÃO RADIOLÓGICA Braquiterapia: revisão de cálculos com sistema independente dos tratamentos dos pacientes Controle e garantia da qualidade (Braquiterapia):participar ativamente de programa de controle e garantia da qualidade, realizar as provas de controle de qualidade dos equipamentos. 17 Proteção Radiológica: realização de um cálculo de blindagem e posterior levantamento radiométrico para sala de acelerador e sala de HDR existente na Rede D´Or. 2C - LABORATORIO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA Proteção Radiológica: realização de um cálculo de blindagem e posterior levantamento radiométrico para sala de acelerador e sala de HDR existente na Rede D´Or. Resultados a serem mensurados: 1. Participação ativa na discussão de artigos e temas de interesse da área da oncologia clinica e da radioterapia. 2. Elaboração de relatórios de todas as experiências práticas realizadas. 3. Elaboração de relatórios das atividades de garantia da qualidade realizadas. 4. Elaboração de relatórios de cálculo de blindagem para salas de tratamento. Avaliação do módulo 2: Durante o transcorrer de cada disciplina serão realizadas avalições parciais e uma prova geral de conhecimentos. As avaliações serão tanto escritas quanto orais, e serão complementadas com apresentações orais de temas específicos propostos pelo Professor responsável da disciplina. O objetivo principal de cada uma das avalições será medir os conhecimentos adquiridos pelo aluno, utilizando como base os itens propostos (Resultados a serem mensurados), mencionados ao final de cada disciplina proposta. No caso dos laboratórios, a avaliação será realizada mediante relatórios das atividades realizadas. O objetivo principal da avaliação será medir o conhecimento teórico-prático do aluno ao de relatar as atividades e os resultados obtidos no final de cada laboratório. 18 PROGRAMA TREINAMENTO CLÍNICO 3 - MÓDULO CLÍNICO 3A - ESTÁGIO BASE (I semestre) Atividades multidisciplinares Acompanhamento das reuniões multidisciplinares do serviço de radioterapia. Atividades Técnicas Acompanhamento das atividades na sala de tratamento, sala de controle, posicionamento do paciente, implementação dos equipamentos de imobilização. Acompanhamento das atividades na oficina onde são preparadas as proteções personalizadas. Acompanhamento das atividades associadas à simulação dos pacientes. Atividades Física Médica (Teleterapia) Acompanhamento das atividades relacionadas com o planejamento de tratamentos. Acompanhamento das atividades relacionadas com a revisão manual dos planejamentos. Acompanhamento das atividades relacionadas com o controle de qualidade do Acelerador Linear. Acompanhamento das atividades relacionadas com a manutenção dos equipamentos. Equipamentos para o tratamento Equipamento para a simulação Atividades Física Médica (Braquiterapia) Acompanhamento das atividades relacionadas com o planejamento de tratamentos. Acompanhamento das atividades relacionadas com o controle de qualidade do equipamento para tratamento. Acompanhamento das atividades relacionadas com a manutenção dos equipamentos de tratamento. Acompanhamento das atividades administrativas desempenhadas por o Físico Médico. 19 Acompanhamento das atividades relacionadas com a área de enfermagem da área de braquiterapia. Resultados a serem mensurados: 1. Participação ativa na discussão de artigos e temas de interesse da área da oncologia clinica e da radioterapia. 2. Participação ativa de todas as atividades propostas ao aluno nas diferentes áreas do serviço de radioterapia. 3. Familiarização do aluno com todas as atividades do serviço de radioterapia. Avaliação do Módulo 3A: Durante o transcorrer deste período de estagio base, será avaliado o grau de interesse do aluno pelas atividades desenvolvidas no serviço de radioterapia. O principal objetivo será avaliar se o aluno tem o perfil indispensável para enfrentar a o programa de formação de Físico Médico clínico. 3B - TELETERAPIA 2D E 3D Dosimetria Utilizar equipamentos para medir a dose e entender suas caraterísticas, limitações e possíveis problemas na hora de realizar as medições. Avaliação de diferentes equipamentos de dosimetria para diversas situações na prática clinica. Aprender a realizar pedidos de equipamentos de dosimetria para um departamento de radioterapia, enfatizando nas especificações técnicas e na justificação de cada pedido. Avaliação das incertezas nas medições de dose. Resultados a serem mensurados: 1. Conhecimento e habilidades no uso de equipamentos de medida de dose. 2. Entendimento das limitações e possíveis problemas dos equipamentos utilizados pelo Físico Médico no controle da qualidade dos equipamentos. 3. Entendimento dos critérios a serem levados em consideração pelo Físico Médico na hora da escolha de equipamentos para o controle da qualidade e para o tratamento dos pacientes. 4. Conhecimento das incertezas associadas à medida da dose. Princípios e aplicações de Radiobiologia 20 Uso de modelos radiobiológicos tais como: TCP e NTCP. Identificar os parâmetros que são utilizados pelo Radioterapeuta para os modelos anteriores. Identificar os modelos e parâmetros utilizados no sistema de planejamento dos tratamentos. Exercícios práticos de cálculo com o modelo linear quadrático. Resultados a serem mensurados: 1. Conhecimento dos modelos radiobiológicos utilizados na prática clinica. 2. Conhecimento e interação com o Médico Radioterapeuta, na hora de discutir temas relacionados com os modelos radiobiológicos. 3. Compreensão da maneira como os modelos radiobiológicos são considerados pelos sistemas de planejamento de tratamento. Radioterapia externa Equipamentos de imagem e tratamento Conhecer o desenho e funcionamento dos equipamentos de tratamento e imagens, assim como os fatores que interferem no seu desempenho (energia, taxa de dose, dose por unidade monitora, contraste, resolução, ruído da imagem, etc.). Participar (observador) das manutenções dos equipamentos de radioterapia. Conhecer e participar dos processos envolvidos na seleção (especificações técnicas) de aceleradores lineares e outros equipamentos de tratamento. Participar (supervisionado por Físico Médico qualificado) os testes de aceitação e comissionamento dos equipamentos de tratamentos e imagens. Acompanhar (supervisionado por Físico Médico qualificado) os testes de controle de qualidade periódico dos equipamentos de tratamentos e imagens. Dosimetria clinica de feixes de tratamentos convencional Pesquisar e implementar protocolos de dosimetria, incluindo protocolos nacionais. Participar na calibração dos equipamentos de dosimetria, incluindo câmaras de ionização e diodos. Realizar o controle de qualidade do set de dosimetria, utilizando fonte de referencia (exemplo: Sr-90). Realizar medições de dose absoluta e relativa (fatores de campo, PDD, perfis, etc.). Realizar provas de controle da qualidade, usando fantomas tanto físicos quanto computadorizados. 21 Participar na aquisição e introdução de dados no sistema de planejamento de tratamentos. Aquisição de dados do paciente Verificar a transmissão e recepção adequada (via rede) das imagens e outros dados relacionados com o paciente, entre os equipamentos de CT, sistema de planejamento e acelerador linear. Realizar controle da qualidade dos sistemas de transferência de informação. Participar na seleção de equipamentos (justificativa, especificações técnicas, critérios técnicos) utilizados em radioterapia na aquisição das imagens do pacientes (simuladores, CT, MR, PET, SPECT). Participar na seleção de imagens que ajudem na localização e tratamento clínico do paciente. Participar na aquisição, verificação e uso de contornos e dados do paciente durante os processos de simulação e planejamento do tratamento. Avaliação de incertezas associadas aos dados do paciente. Planejamento do tratamento Acompanhar ao médico durante o processo de delimitação dos contornos de GTV, CTV, PTV e OR. Participar na discussão de casos nas reuniões de grupo multidisciplinar. Verificar o processo de transferência de imagens ao sistema de planejamento de tratamento. Conhecer as limitações dos algoritmos de cálculo dos sistemas de planejamento de tratamento. Pesquisar os efeitos provocados no plano de tratamento, como consequência de mudanças nos parâmetros do sistema de planejamento (sistemas de planejamento disponíveis no mercado). Pesquisar os modelos usados para levar em consideração a não homogeneidade e a falta de tecido, quando utilizados feixes de fótons no planejamento do tratamento (exemplo: padrões de comprimento equivalente, ETAR, convolução e superposição). Realizar cálculo manual de unidades monitoras e tempo de exposição para feixes de fótons e elétrons, quando utilizados equipamentos de megavoltagem para diferentes situações clinicas. Realizar de forma manual, planejamento de tratamentos simples. Utilizar o sistema de planejamento para produzir distribuições de doses para diferentes tamanhos de campo. Participar na seleção de sistemas de planejamento de tratamento (justificativa, especificações técnicas e critérios técnicos). Escolha adequada da energia do feixe de fótons e elétrons durante o planejamento do tratamento. Elaborar planos de tratamento que indiquem o efeito a obliquidade e heterogeneidade. 22 Elaborar planos de tratamento usando diversos tipos de imagens, filtros, blocos, MLCs, compensadores e bolus. Pesquisar sobre planejamentos IMRT. Realizar provas de controle de qualidade ao sistema de planejamento. Verificar de forma manual e com programa de cálculo Independiente, os cálculos realizados pelo sistema de planejamento, levando em consideração os fatores tais como: tamanho de campo, filtro, bandeja, etc. Revisão dos planos de tratamento individual de cada paciente. Técnicas em radioterapia Comparar diversos níveis de complexidade no planejamento dos tratamentos, comparando os requerimentos clínicos e as incertezas associadas para cada nível de complexidade. Acompanhar e avaliar uma qualidade adequada de tratamentos de pacientes. Observar e avaliar técnicas especiais de tratamentos tais como: radioterapia estereotáxica, irradiação corporal total, irradiação total de pele, etc. Comparar protocolos clínicos internacionais com os utilizados no serviço de radioterapia para o tratamento do paciente. Verificação de tratamentos Comparar protocolos clínicos internacionais com os utilizados no serviço de radioterapia para o tratamento do paciente. Acompanhar ao Físico Médico na interação com os pacientes, segundo a normativa de ética médica do serviço de radioterapia. Observar e avaliar as atividades realizadas de fabricação de proteções personalizadas, assim como na fabricação de dispositivos de imobilização do paciente. Verificar o uso dos dispositivos de imobilização empregados no processo de simulação. Participar no início de tratamento dos pacientes, verificando os parâmetros de planejamento, dispositivos de imobilização e dados de simulação. Verificar os planos de tratamento usando manequins apropriados. Avaliar discrepâncias entre as imagens obtidas durante o inicio do tratamento (DRR) e as imagens e dados do planejamento do tratamento. Garantia da qualidade em radioterapia Determinar a origem e os níveis de incerteza na geometria utilizada, na entrega da dose e dos métodos de monitoração de cada uma delas. Avaliar os relatórios de incidente e acidentes do serviço de radioterapia. Proteção radiológica aplicada (radioterapia externa) Avaliar a aplicação das normativas existentes. 23 Realizar avaliações dos níveis de radiação nas áreas do serviço de radioterapia, utilizando instrumentos de medição adequados. Discussão sobre o uso de dosímetros pessoais (filme, TLD, etc.). Pesquisar sobre os fatores de risco da radiação. Discussão sobre os planos de emergência do serviço de radioterapia. Analise de barreiras de segurança em profundidade. Cálculo de blindagens para os equipamentos, fontes radioativas e salas de tratamento. Discussão sobre acidentes radiológicos em radioterapia ocorridos no mundo. Resultados a serem mensurados: 1. Entendimento do funcionamento dos equipamentos utilizados na simulação dos pacientes (tomografia computadorizada, fluoroscopia, ressonância magnética,etc ) 2. Interação com os profissionais responsáveis pela manutenção dos equipamentos. 3. Capacidade de interpretar corretamente os protocolos de controle da qualidade recomendados pela IAEA. 4. Capacidade de realizar os testes de controle da qualidade dos equipamentos utilizados na simulação e tratamento dos pacientes. 5. Capacidade de realizar os testes de comissionamento e controle de qualidade dos sistemas de planejamento dos tratamentos. 6. Capacidade de detecção de possíveis erros na hora da transferência das informações do tratamento entre os diferentes sistemas computadorizados (simulação, planejamento e tratamento). 7. Capacidade de interação com os diferentes profissionais da área da radioterapia (médicos, enfermeiras (os) e tecnólogos) durante o inicio do tratamento do paciente. 8. Capacidade de assumir responsabilidades próprias da profissão de Físico Médico da área clinica. 9. Capacidade de avaliação de necessidade de equipamento e sistemas dosimétricos, baseados em critérios técnicos amplos. 10. Capacidade de realizar planejamento de tratamentos e propor melhoras para a otimização do tratamento do paciente. 11. Entendimento das limitações dos algoritmos de cálculo utilizados pelo sistema de planejamento. 12. Capacidade de realizar os cálculos de dose de maneira manual, para a verificação dos cálculos realizados pelo sistema de planejamento. 13. Habilidades e competências que permitam o desenvolvimento profissional como Físico Médico no ambiente clínico. 14. Capacidade de avaliação dos riscos inerentes ao tratamento de radioterapia. 24 15. Capacidade de ter uma visão integral do tratamento do paciente (aspectos físicos, clínicos, psicológicos, etc). 16. Capacidade na resolução de problemas práticos associados ao tratamento do paciente (posicionamento, sistemas de proteção, imobilizadores, etc). 17. Capacidade de orientar aos indivíduos ocupacionalmente expostos, na adopção de boas práticas de proteção radiológica. Avaliação do Módulo 3B: No final do semestre, os profissionais do serviço de radioterapia responsáveis pelo acompanhamento das atividades do aluno, deverão realizar uma avaliação mediante o uso de questionário individual e avaliação em conjunto. A avaliação considerará os ítens propostos para serem mensurados (resultados a serem mensurados) durante este semestre. O objetivo principal da avaliação será de estimar o grau de compreensão por parte do aluno de todos os conceitos discutidos ao longo do semestre, e saber se o aluno adquiriu as competências necessárias e suficientes para a seguinte fase da sua formação. 3C - TELETERAPIA (TÉCNICAS ESPECIAIS) E BRAQUITERAPIA Teleterapia Equipamentos Participar na seleção de equipamentos (justificativa, especificações técnicas, critérios técnicos) utilizados no tratamento com técnicas especiais (IMRT, IGRT, radiocirurgia). Realizar provas de controle da qualidade dos equipamentos. Participar das manutenções dos equipamentos. Compreender e discutir o programa de proteção radiológica a ser aplicada. Técnicas e modos de tratamento Pesquisar os sistemas dosimétricos utilizados IMRT, IGRT, radiocirurgia. Realizar planejamentos de tratamento com a supervisão do Físico Médico responsável pelos tratamentos dos pacientes. Participar do processo completo do tratamento dos pacientes (localização, planejamento do tratamento e aplicação do tratamento). Planejamento do tratamento e cálculo da dose. 25 Pesquisar sobre os algoritmos de cálculos utilizados para o cálculo e otimização de dose. Realizar calcular do tempo de tratamento para implantes intracavitários e intersticiais. Realizar os planejamentos dos tratamentos utilizando sistemas computacionais. Os planejamentos devem mostrar as distribuições das curvas de isodose. Garantia da qualidade Participar na realização controle de qualidade dos equipamentos. Participar na realização dos testes de controle de qualidade dos tratamentos dos pacientes Resultados a serem mensurados: 1. Capacidade de interpretar corretamente os protocolos de controle de qualidade recomendados pela IAEA para os tratamentos com técnicas especiais. 2. Capacidade de realizar os testes de controle da qualidade dos tratamentos de radioterapia com técnicas. 3. Capacidade de realizar os testes de comissionamento dos equipamentos. 4. Capacidade de realizar os testes de comissionamento e controle de qualidade dos sistemas de planejamento dos tratamentos. 5. Capacidade de detecção de possíveis erros na hora da transferência das informações do tratamento entre os diferentes sistemas computadorizados (simulação, planejamento e tratamento). 6. Capacidade de realizar planejamento de tratamentos com técnicas especiais, propondo maneira de para a otimização do tratamento do paciente. 7. Entendimento das limitações dos algoritmos de cálculo utilizados pelo sistema de planejamento. 8. Capacidade de avaliação dos riscos inerentes ao tratamento de radioterapia com técnicas especiais. 9. Capacidade na resolução de problemas práticos associados ao tratamento do paciente com técnicas especiais (posicionamento, sistemas de proteção, imobilizadores, etc). Braquiterapia Equipamentos Participar na seleção de equipamentos e fontes radioativas (justificativa, especificações técnicas, critérios técnicos) utilizados no tratamento com braquiterapia. 26 Pesquisar sobre vantagens e desvantagens das fontes radioativas disponíveis no mercado para tratamento de braquiterapia. Realizar os testes de controle da qualidade dos equipamentos. Participar das manutenções dos equipamentos. Compreender e discutir o programa de proteção radiológica a ser aplicado na área de braquiterapia. Especificações das fontes radioativas Realizar as medições de atividade da fonte radioativa utilizada em braquiterapia, utilizando metodologias simples e determinar a incerteza associada as medições. Técnicas e modos de tratamento Pesquisar os sistemas dosimétricos utilizados em braquiterapia intersticial e intracavitária (sistemas París e Manchester). Realizar planejamentos de tratamento com a supervisão do Físico Médico responsável pelos tratamentos dos pacientes. Participar do processo completo do tratamento de braquiterapia (localização, planejamento do tratamento e aplicação do tratamento). Planejamento do tratamento e cálculo da dose em braquiterapia Pesquisar sobre os algoritmos de cálculos utilizados para o cálculo e otimização de dose. Realizar cálculo do tempo de tratamento para implantes intracavitários e intersticiais. Realizar os planejamentos dos tratamentos de braquiterapia utilizando sistemas computacionais. Ditos planejamentos devem mostrar as distribuições das curvas de isodose. Garantia da qualidade em braquiterapia Realizar os testes de controle da qualidade dos equipamentos e fontes radioativas. Proteção radiológica aplicada (braquiterapia) Avaliar a aplicação das normativas existentes. Realizar avaliações dos níveis de radiação nas áreas do serviço de radioterapia, utilizando instrumentos de medição adequados. Discussão sobre o uso de dosímetros pessoais (filme, TLD, etc.). Pesquisar sobre os fatores de risco da radiação. Discussão sobre os planos de emergência do serviço de radioterapia. Analise de barreiras de segurança em profundidade. Cálculo de blindagens para os equipamentos, fontes radioativas e salas de tratamento. Discussão sobre acidentes radiológicos em radioterapia ocorridos no mundo. 27 Resultados a serem mensurados: 1. Entendimento do funcionamento dos equipamentos utilizados no tratamento de braquiterapia. 2. Interação com os profissionais responsáveis pela manutenção dos equipamentos. 3. Capacidade de interpretar corretamente os protocolos de controle de qualidade recomendados pela IAEA. 4. Capacidade de realizar os testes de comissionamento dos equipamentos. 5. Capacidade de realizar os testes de comissionamento e controle de qualidade dos sistemas de planejamento dos tratamentos. 6. Capacidade de detecção de possíveis erros na hora da transferência das informações do tratamento entre os diferentes sistemas computadorizados (sistema de planejamento e unidade de tratamento). 7. Capacidade de avaliação de necessidade de equipamento e sistemas dosimétricos, baseados em critérios técnicos amplos. 8. Capacidade de realizar planejamento de tratamentos e propor melhoras para a otimização do tratamento do paciente. 9. Entendimento das limitações dos algoritmos de cálculo utilizados pelo sistema de planejamento. 10. Capacidade de avaliação dos riscos inerentes ao tratamento de braquiterapia. 11. Capacidade de ter uma visão integral do tratamento do paciente (aspectos físicos, clínicos, psicológicos, etc) próprios do tratamento de braquiterapia. 12. Capacidade na resolução de problemas práticos associados ao tratamento do paciente (posicionamento, sistemas de proteção, imobilizadores, etc). 13. Capacidade de orientar aos indivíduos ocupacionalmente expostos, na adopção de boas práticas de proteção radiológica. 14. Conhecimento das vantagens e desvantagens das fontes radioativas disponíveis no mercado para tratamento de braquiterapia. 15. Capacidade de realizar as medições de atividade da fonte radioativa utilizada em braquiterapia, utilizando metodologias simples e determinar a incerteza associada as medições. Avaliação do Módulo 3C: No final do semestre, os profissionais do serviço de radioterapia responsáveis pelo acompanhamento das atividades do aluno, deverão realizar uma avaliação mediante o uso de questionário individual e avaliação em conjunto. A avaliação considerará os ítens propostos para serem mensurados (resultados a serem mensurados) durante este semestre. O objetivo principal da avaliação será estimar o grau de compreensão por parte do aluno de todos os conceitos discutidos ao longo do semestre, e saber se o aluno 28 adquiriu as competências necessárias e suficientes para a seguinte fase da sua formação. 3D - ASSUMINDO RESPONSABILIDADES Teleterapia Aprimoramento das competências do estudante na área clinica da teleterapia. Braquiterapia Aprimoramento das competências do estudante na área clinica da braquiterapia. O principal objetivo deste módulo será o aprimoramento das competências do estudante na área clinica. Para isto, o aluno realizará novamente todas as atividades dos Módulos Clínicos B e C, como o foco em assumir a responsabilidade pelas tarefas realizadas. Para isto, o estudante realizará todas as atividades de maneira independente, sendo que o Físico Médico supervisor avaliará a evolução do estudante e o grau de maturidade para assumir as responsabilidades próprias do cargo dentro de um serviço de radioterapia. Resultados a serem mensurados: No final desta etapa, se espera que o estudante tenha a capacidade de executar todas as atividades próprias de um Físico Médico clínico, de maneira independente e com segurança. Avaliação do módulo clínico D: No final do semestre, os profissionais do serviço de radioterapia responsáveis pelo acompanhamento das atividades do aluno, deverão realizar uma avaliação mediante o uso de questionário individual e avaliação em conjunto. A avaliação considerará os itens propostos para serem mensurados (resultados a serem mensurados) nos módulos clínicos. O objetivo principal da avaliação será decidir se o aluno tem a capacidade de executar todas as atividades próprias de um Físico Médico clínico, de maneira independente e com segurança. 29 4 - ESCRITA DO TRABALHO DE MONOGRAFIA Durante este período, o aluno deverá finalizar o trabalho escrito da sua pesquisa. Estando pronto para a defesa de dissertação ao final deste período. O tema da pesquisa deverá ter sido definido pelo aluno e orientador no início de primeiro semestre e será desenvolvido ao longo dos semestres subsequentes, estando pronto para sua defesa no final deste quarto semestre. O tema de pesquisa deverá estar acordo com o desenvolvimento atual da radioterapia, oferecendo aportes significativos à melhora e qualidade dos tratamentos oferecidos aos pacientes no Hospital das Américas. 5 – PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSOS, SEMINÁRIOS E SIMPÓSIOS 6- AVALIAÇÃO Avaliação dos módulos teóricos: A avalição das disciplinas que integram os módulos teóricos estará dividida da seguinte maneira: Primeira prova parcial (15%) Segunda prova parcial (15%) Prova final (40%) Trabalhos extra-classe (15%) Apresentações orais (15%) A nota mínima para aprovar qualquer disciplina dos módulos teóricos deverá ser igual ou superior a 7 (em uma escala de 0 a 10 pontos) Caso o aluno obtenha nota entre 6 e 6.99 (em uma escala de 0 a 10 pontos) numa disciplina, o aluno poderá realizar uma segunda prova final (escrita e oral) de tudo o conteúdo da disciplina. Considerar-se-á aprovada se o aluno obtiver nota igual ou superior a 7 (em uma escala de 0 a 10 pontos). Consideração final: Considerar-se-á aprovado o módulo quando a media geral das disciplinas que o integram for igual ou superior a 8 (em uma escala de 0 a 10 pontos). 30 Avaliação dos módulos clínicos: Para avaliar os tópicos de cada módulo clínico, deverão ser considerados os seguintes itens básicos: Uso adequado dos equipamentos. Capacidade de interação com os pacientes. Capacidade de interação com a equipe multidisciplinar do serviço de radioterapia. Capacidade de análise e solução de problemas práticos, que levem a melhoria da qualidade dos tratamentos. Aplicação adequada dos conceitos teóricos na prática da radioterapia. Capacidade para responder a duvidas dos pacientes e colegas de trabalho. Capacidade de implementar as normas de proteção radiológica no ambiente hospitalar. Capacidade de avalição do risco potencial de incidente o acidente radiológico na prática da radioterapia. Participação do aluno nas reuniões multidisciplinares. Obs.: O grupo de professores responsável pela avaliação dos alunos deverá acrescentar na lista anterior os itens que considerem necessários a serem avaliados (resultados a serem mensurados) em decorrência dos objetos específicos de cada módulo. A avalição dos módulos clínicos deverá ser feita da seguinte maneira: 1. Cada item será avaliado em uma escala de 0 a 10 pontos. 2. A avaliação de cada aluno será feita de maneira independente por cada uns dos professores e o resultado final será a media dos valores obtidos em cada uns dos itens. 3. O resultado final da avaliação do módulo será a media dos valores obtidos nas avalições independentes dos professores. 4. Caso o aluno receba por dois terços dos professores avaliadores uma qualificação igual o inferior a 6 pontos em algum dos itens, este será chamado a uma reunião individual, onde a banca de professores deverá fazer as observações pertinentes. 5. O resultado final da avalição de cada módulo será comunicado pela banca de professores avaliadores de maneira individual, indicando as fortaleças, debilidades e áreas que o aluno deve melhorar. 6. A nota mínima para aprovar cada um dos módulos será 8 (em uma escala de 0 a 10 pontos). 7. Caso no final do programa clínico (módulos clínicos) a banca de professores detecte alguma debilidade importante na formação do aluno, este último 31 deverá presentar prova especifica do tema ou temas considerados pela banca como deficientes. Para considerar o aluno aprovado, a nota mínima na prova especifica será 8 (em uma escala de 0 a 10 pontos) e a banca decidirá a melhor maneira de realizar a dita prova. CORPO DOCENTE Composição do Corpo Docente: Os módulos dos Programas Acadêmicos e de Treinamento Clínico serão administrados por profissionais especializados do Grupo de Física Médica e do Corpo Clínico da Oncologia Rede D´Or como especificado abaixo: Anatomia e Fisiologia: Dra Lilian Faroni e Dra. Juliana Panichella Princípios de Oncologia: Dra. Célia Viegas, PhD, Dra. Maria Feijóo e Dra. Denise Magalhães. Radiobiologia: Dr. Felipe Erlich, M.Sc. Física das Radiações: Delano Batista, M.Sc. e Aluísio Castro Proteção Radiológica: Delano Batista, M.Sc. Física da Radioterapia I e II: Aluísio Castro e Renan Serrano Ramos Dosimetria Clínica: Lucia Bardella, M.Sc. e Aluísio Castro Laboratório de Física I e II: Lucia Bardella, M.Sc, Renan Ramos e Marília Becker Braquiterapia: Saulo Fortes, M.Sc. e Marília Becker Abaixo segue um sumário da qualificação de cada docente: Delano Batista, M.Sc. ABFM RT 135/954 – CNEN FT 0152 Bacharel em Física pela Universidade de Brasília (UnB) Especialista em Física de Radioterapia pelo Instituto Nacional de Câncer – RJ Título de Especialista em Física da Radioterapia pela Associação Brasileira de Física Médica Mestre em Radioproteção e Dosimetria pelo Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN) 32 Membro da Associação Brasileira de Física Médica (ABFM) Supervisor em Radioproteção pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) Lucia Helena Bardela, M.Sc. ABFM RT 106/765 – CNEN FT 0102 Licenciada em Física pela Universidade Estadual Paulista (Unesp/Rio Claro) Especialista em Física de Radioterapia pelo Instituto Nacional de Câncer – RJ Título de Especialista em Física da Radioterapia pela Associação Brasileira de Física Médica (ABFM) Mestre em Física Aplicada – Medicina e Biologia pela Universidade de São Paulo (USP/Ribeirão Preto) Supervisor em Radioproteção pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) Aluísio Castro ABFM RT 186/983 – CNEN FT 0169 Bacharel em Física pela Universidade de São Paulo (USP) Aprimoramento em Física de Radioterapia pelo Hospital Sírio Libanês – SP Título de Especialista em Física da Radioterapia pela Associação Brasileira de Física Médica Membro da Associação Brasileira de Física Médica (ABFM) Membro da American Association of Physics in Medicine (AAPM) Supervisor em Radioproteção pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) Renan Serrano Ramos CNEN FT 0348 Bacharel em Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Especialista em Física de Radioterapia pelo Instituto Nacional de Câncer – RJ Supervisor em Radioproteção pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) Saulo Santos Fortes ABFM RT 365/1515 - CNEN FT 0277 Bacharel em Física Médica pela Universidade Federal de Sergipe Especialista em Física de Radioterapia pelo Instituto Nacional de Câncer Título de Especialista em Física de Radioterapia pela Associação Brasileira de Física Médica Supervisor de Radioproteção pela Comissão Nacional de Energia Nuclear Dra. Denise Maria de Araújo Magalhães CRM 5248301-1 33 Residência Médica em Pediatria Hospital Municipal Jesus (Rio de Janeiro) Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria Residência Médica em Radioterapia pelo Instituto Nacional de Câncer Título de Especialista em Radioterapia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) Médica Especialista do Serviço de Radioterapia do Instituto Nacional de Câncer Titular da Sociedade Brasileira de Radioterapia Profissional habilitado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para o Preparo, Uso e Manuseio de Fontes Radioativas Dra. Celia Viegas, PhD CRM 5254976-0 Doutora em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro Fellowship em Radioterapia no Hospital Géneral da McGill University (Canadá) Consultora Internacional do NCCN (National Comprehensive Cancer Network) Mestre em Biologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro Coordenadora da programação científica em Radioterapia do Instituto Nacional de Câncer Presidente da Comissão de Admissão de Especialistas da Sociedade Brasileira de Radioterapia Residência médica em Radioterapia no Instituto Nacional de Câncer Dr. Felipe Erlich, M.Sc. CRM 5275934-1 Mestre em Oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer Residência Médica em Radioterapia pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Título de Especialista em Radioterapia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) Membro Titular da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) Membro Titular da Associação Médica Brasileira (AMB) Profissional habilitado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para o Preparo, Uso e Manuseio de Fontes Radioativas Dra. Juliana Panichella CRM 52888915 Residência Médica em Radioterapia pelo Hospital Sírio Libanês – SP Graduado em Medicina pela Universidad Adventista del Plata (UAP) – Argentina com revalidação de diploma pela Universidade Federal do Paraná – UFPR Título de Especialista em Radioterapia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) Membro Titular da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) Membro Titular da Associação Médica Brasileira (AMB) 34 Profissional habilitado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para o Preparo, Uso e Manuseio de Fontes Radioativas Dra. Lilian Faroni, M.Sc. CRM 5280044-9 Mestre em Oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer Coordenadora do Programa de Residência Médica em Radioterapia do Instituto Nacional de Câncer (INCA) Médica Especialista do Serviço de Radioterapia do Instituto Nacional de Câncer Treinamento em Tumores Urológicos na Washington University Título de Especialista em Radioterapia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) BIBLIOGRAFIA. ATTIX, F. H. Introduction to Radiological Physics and Radiation Dosimetry. John Wiley& Sons, INC, 1986. Bortfeld.T, Schmidt-Ullrich. R, DeNeve. W, Wazer D.E. Image-Guided IMRT. Springer Berlin Heidelberg, 2006. British Journal of Radiology. Supplement nº 25: Central Axis Depth Dose Data for Use in radiotherapy. The Instituteofradiology, 1996. deAlmeida C.E Bases físicas para um programa da garantia da qualidade em IMRT. ABFM 2012. Goyen. M. Real Whole-Body MRI: Requirements, Indications, Perspectives. McGraw Hill, Medical, 2008. HALL, E. J. Radiobiology for the Radiologist, 3° Ed.. J. B. Lippincott Company, USA. HALL, E. J. Radiobiology for the Radiologist, 3° Ed.. J. B. Lippincott Company, USA. 2003. Hendee. W.R, Ritenour. E. R, Medical Imaging Physics. Fourth Edition. Wiley-Liss, Inc, 2002. IAEA. Syllabus. Radiation Oncology Physics: A Handbook for Teachers and Students. 2003. IAEA.Syllabus. Radiation Oncology Physics: A Handbook for Teachers and Students. 2003. IAEA. TecDoc N° 1040 - Design and implementation of a radiotherapy programme: Clinical, Medical physics, radiation protection and safety aspects. 1998. IAEA. TecDoc N° 1151. Aspectos Físicos de la Garantía de Calidad en Radioterapia: Protocolo de Control de Calidad. 2000. 35 IAEA.TecDoc N° 1274. Calibration of Photon and Beta Ray Sources used in Brachytherapy: Guidelines on Standardized Procedures at Secondary Standards Dosimetry Laboratories (SSDLs) and Hospitals. 2002. IAEA.TecDoc N° 1455. Implementation of the International Code of Practice and Dosimetry in Radiotherapy (TRS-398): Review of testing results. 2005. IAEA. Technical Reports Series N° 430. Commissioning and Quality Assurance of Computerized Planning Systems for Radiation Treatment of Cancer. 2004. IAEA. Technical Reports Series No. 398. Absorbed Dose Determination in External Beam Radiotherapy: An International Code of Practice for Dosimetry Based Standards of Absorbed Dose to Water. Vienna. 2000. ICRP Report N° 26.Recommendations of the International Commission on Radiological Protection. 1977. ICRP Report N° 33.Protection against Ionizing Radiation from External Sources used in Medicine. 1981. ICRP Report N° 35.General Principles of Monitoring for Radiation Protection of Workers. 1982. ICRP Report N° 37.Cost-Benefit Analysis in the Optimization of Radiation Protection. 1992. ICRP Report N° 60. Recommendations of The International Commission on Radiological Protection. 1991. ICRP Report N° 73. Radiological Protection and Safety in Medicine. 1997. ICRU Report N° 42.Use of Computers in External Beam Radiotherapy Procedures with High Energy Photons and Electrons, 1987. ICRU Report N° 47.Measurement of Dose Equivalents from External Photon and Electron Radiations, 1992. ICRU Report N° 48.Phantoms and Computational Models in Therapy, Diagnosis and Protection. 1992. ICRU Report N° 58.Dose and Volume Specification for Reporting Interstitial Therapy, 1997. ICRU Report N° 60. Fundamental Quantities and Units for Ionizing Radiation, 1998. ICRU Report N° 62. Prescribing, Recording and Reporting Photon Beam Therapy (Supplement to ICRU Report 50), 1999. ICRU Report N° 64.Dosimetry of High-Energy Photon Beams Based on Standards of Absorbed Dose to Water, 2001. ICRU Report N° 71. Prescribing, Recording, and Reporting Electron Beam Therapy, 2004. 36 ICRU Report No. 38: Dose and Volume Specification for Reporting Intracavitary Therapy in Gynecology. 1985. ICRU Report No. 50. Prescribing, Recording, and Reporting Photon Beam Therapy, 1993. International Atomic Energy Agency. Comprehensive Audits Of Radiotherapy Practices: A Tool For Quality Improvement: Quality Assurance Team For Radiation Oncology (QUATRO). IAEA, Vienna, 2007. Joiner, M.Van der Kogel, A. Basic Clinical Radiobiology. Edward Arnold, 2009. Karzmark. C.J, Nunan C.S, Tanabe.E .Medical Electron Accelerators.McGRAW-HILL, INC.1993. KHAN, F.M.The Physics of Radiation Therapy.3a.ed., Williams & Wilkins. 2003. LEUNG, P. M. K. The Physical Basis of Radiotherapy.The Ontario Cancer Institute.Canadá 1990. LEUNG, P. M. K. The Physical Basis of Radiotherapy.The Ontario Cancer Institute.Canadá 1990. Martin James E. Physics for Radiation Protection.Second Edition.WILEY-VCH Verlag GmbH & Co. KGaA, 2006. Mayles. P, Nahum. A, Rosenwald. J.C. Handbook of Radiotherapy Physics: Theory and Practice. Taylor and Francis Group, LIC, 2007. NCRP Report N° 151. Structural Shielding Design and Evaluation for Megavoltage X and Gamma Ray Radiotherapy Facilities. 2005. NCRP Report N° 69. Dosimetry of X-Ray and Gamma-Ray Beams for Radiation Therapy in the Energy Range 10 keV to 50 MeV. 1981.NCRP Report N° 91.Recommendations on Limits for Exposure to Ionizing Radiation. 1987. NCRP Report N° 91.Recommendations on Limits for Exposure to Ionizing Radiation. 1987. P. Rubin, L. S. Constine, L. B. Marks, P. Okunieff. Late Effects of Cancer Treatment on Normal Tissues.Springer Berlin Heidelberg New York. Peat. J, Barton. B. Medical Statistics: A Guide to Data Analysis and Critical Appraisal. Blackwell Publishing Ltd, 2005. PEREZ, C. A. & BRADY, L. W. Principles Oncology.J.B.LippincottCompany, USA, 1990. and Practices of Radiation Sanberg.C.D, Sanberg.P.R.Cell Therapy, Stem Cells, and Brain Repair. Humana Press Inc, 2006. Schlegel. W, Bortfeld.. T, Grosu A.- L, New Technologies in Radiation Oncology. Springer-Verlag Berlin Heidelberg, 2006. 37 Surbone.A, Peccatori. F, Pavlidis. N. Cancer and Pregnancy. Spriger – Verlag Berlin Heidelberg, 2008. V. Grégoire, P.Scalliet, K.K.Ang. Clinical Target Volumens in Conformal and Intensity Modulated Radiation Therapy: A Clinical Guide to Cancer Treatment. Spriger – Verlag Berlin Heidelberg, 2004. Webb. S. CONTEMPORARY IMRT: Developing Physics and Clinical Implementation. IOP Publishing Ltd, 2005. 38
Documentos relacionados
Notas de aula: Tecnologia em Radioterapia
Progressos da física médica permitiram quantificar as doses de radiação e estabelecer uma relação entre quantidade e efeito biológico. distribuição não uniforme das fontes intersticiais de Ra: tabe...
Leia mais