BCV estreita coordenação com o Executivo para a transformação do
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BCV estreita coordenação com o Executivo para a transformação do
2009 MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL DA VENEZUELA Caracas, dezembro de 2009 © 2009, Banco Central de Venezuela Caracas-Venezuela Catalogação em fonte Biblioteca Ernesto Peltzer Banco Central da Venezuela Mensagem de fim de ano do Presidente do Banco Central da Venezuela, 2009-48 p Título anterior: Declaração de fim de ano do Presidente do Banco Central da Venezuela/ Banco Central da Venezuela Caracas: BCV, 1976-1993 Classificação Dewey: 330.987064 Classificação JEL: E58, E60 VENEZUELA-CONDIÇÕES ECONÔMICAS BANCO CENTRAL DE VENEZUELA Feito o Depósito de Lei Depósito Legal: lf 35220033306 Distribuição gratuita Produção editorial: Gerência de Comunicações Institucionais Departamento de Publicações, BCV Avenida Urdaneta, Esquina de Las Carmelitas, Torre Financiera, piso 14, ala sur, Caracas 1010, Venezuela Telefones: 801.55.14 / 801.52.35 Fax: 536.93.57 [email protected] www.bcv.org.ve Rif: G-20000110-0 Conceito gráfica de tripa: María de Lourdes Cisneros Desenho gráfico de capa: Departamento de Publicações Autoridades DIRETÓRIO Nelson J. Merentes D. Presidente Rafael J. Crazut Bernardo Ferrán José Salamat Khan Fernández Armando León Rojas José Félix Rivas Alvarado Jorge Giordani (Representante do Executivo Nacional) ADMINISTRAÇÃO Nelson J. Merentes D. Presidente José Manuel Ferrer Nava Primeiro Vice-presidente Gerente I Visão geral 11 IISíntese econômica internacional 21 IIIResultados macroeconômicos nacionais 23 IVOs desafios para 2010 36 VAnexo estatístico 39 BCV estreita coordenação com o Executivo para a transformação do modelo econômico e social A pesar da grande incerteza gerada pela crise financeira internacional, as medidas adotadas permitiram uma proteção contra os impactos negativos. As decisões do emissor em matéria de política monetária, cambiária e financeira visaram aprofundar a rota do desenvolvimento socioeconômico. Este documento pode ser consultado em www.bcv.org.ve MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 7 A propósito das festas do Natal e no preâmbulo dum novo ano, em nome do Diretório do Banco Central da Venezuela (BCV) e na minha condição de Presidente do Banco, eu queria cumprimentar cordialmente todos os cidadãos e cidadãs deste lindo país, e lhes desejar um venturoso ano cheio de paz e prosperidade. Resulta propícia a ocasião para lhes apresentar um balanço da gestão do BCV durante o ano 2009. Nos últimos anos temos acompanhado o Executivo Nacional no seu esforço para avançar no novo modelo econômico e social que, além de promover a expansão econômica, visa acabar com a pobreza, promover a equidade, a igualdade de gênero, a inclusão social, a participação das comunidades e, no final, lograr o desenvolvimento humano sustentável. Em concordância com essas ações, as convicções nas quais são baseadas e o considerado no regime socioeconômico disposto na Constituição da República Bolivariana da Venezuela e no Plano de Desenvolvimento Econômico e Social da Nação 20072013, a definição e instrumentação das políticas da nossa competência orientaram-se para promover e facilitar as condições necessárias para atenuar os impactos da crise econômica global e continuar o avanço para o logro dum crescimento sustentável, da estabilidade de preços, bem como a preservação do valor interno e externo da moeda. Isso, sem descuidar o caráter humano e social que devem guiar ditas políticas, ao lhes emprestar em todo momento especial atenção às necessidades, demandas e iniciativas associativas das comunidades, particularmente dos setores mais vulneráveis. Também, conscientes da nossa responsabilidade como servidores públicos, mantivemos uma permanente inter-relação com diferentes setores da sociedade venezuelana, mediante o desenvolvimento de diversos programas e ações nos campos da cooperação interinstitucional e do compromisso social. A labor social, educativa, cultural, bem como a aproximação progressiva à comunidade, também fizeram parte das nossas prioridades. É importante reconhecer o fator fundamental da nossa labor, que não é outro do que nossas trabalhadoras e trabalhadores, os quais têm demonstrado a sua alta vocação de serviço, bem como o seu compromisso e lealdade institucional. É por isso que são a chave do sucesso da gestão e o bastião que suporta e estimula o esforço nos momentos difíceis nos quais requere-se um compromisso além do esperado. Para todos nosso mais sincero agradecimento, no entendido que a pátria se faz com sua gente, com os homens e mulheres que a constroem e engrandecem. A definição e instrumentação das políticas da nossa competência orientaram-se para promover e facilitar as condições necessárias para atenuar os impactos da crise econômica global, e continuar avançando para o logro dum crescimento contínuo. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 9 i/ VISÃO geral A economia mundial ainda continua resistindo os embates da profunda crise espalhada com intensidade na segunda metade do ano 2008. Os impactos desta crise têm diversas manifestações, entre elas: a variabilidade dos preços dos alimentos, a instabilidade do mercado energético, a diminuição da atividade produtiva, o desequilíbrio do sistema financeiro internacional, os altos níveis de desemprego e a desaceleração nos programas de investimento e proteção social. Não obstante a grande incerteza gerada pela crise, no caso da Venezuela logrou-se, num esforço conjunto com o Executivo Nacional, protegê-la dos seus impactos e continuar criando as bases da transformação do modelo econômico e social. Igualmente, o Banco tem mantido em todo momento um acompanhamento permanente de diversos indicadores (monetários, fiscais, cambiários, de preços, de produção e sociais), visando realizar alertas cedo e definir as ações de políticas consideradas pertinentes. É justo reconhecer a efetividade das políticas adotadas pelo Executivo Nacional, fundamentalmente no que se refere ao resgate da soberania em quanto à utilização e distribuição da renda petroleira, bem como o impulso à idéia dum mundo multipolar e uma estratégia de integração regional materializada em diferentes aspetos: integração energética, integração comercial, novas modalidades de cooperação, de troca comercial, cultural e de interação entre os povos. Ainda assim, embora os enormes esforços despregados para avançar no processo de transição duma economia de renda para um novo modelo sócio-produtivo, o processo tem sido de vagar. Isto explica-se pelo fato que a nossa economia é impactada em grande medida pela renda petroleira, ração pela qual impulsionamos uma lógica distinta da sua utilização, que gerou a criação do Fundo de Desenvolvimento Nacional (Fonden) no ano de 2005, para dar passo a um novo modelo de captura e distribuição de dita renda. Ao mesmo tempo, modificamos o esquema de manejo das reservas internacionais do país para as colocar de maneira mais segura e menos vulnerável aos riscos do sistema financeiro internacional. O ênfase na política social e nos investimentos orientados à educação, saúde e alimentação, tem impedido uma piora da qualidade de vida da população. Como evidência disso, está o fato da Venezuela ser um dos países que têm melhorado seus índices de qualidade de vida e que está cumprindo mais cedo com as chamadas metas do milênio. Isto reflete-se no índice de desenvolvimento humano (IDH), que se colocou para o ano 2007 em 0,844; no entanto, o índice de Gini, para medir a desigualdade social, colocou-se para 2008 em 0,41, que se compara favoravelmente com o 0,52 para América Latina1. Os programas sociais e a recuperação da renda tem permitido diminuir os níveis de pobreza crônica, estrutural e conjuntural. Em sete anos, entre 2002 e 2008, a pobreza crônica na Venezuela se reduz de 20,2% para 11,8%, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). 1 O índice de Gini permite medir a distribuição da renda numa sociedade, e seu valor pode se localizar entre zero e um; o primeiro caso corresponde a uma distribuição completamente equitativa; no entanto, o valor um implica uma distribuição totalmente desigual, na qual um grupo reduzido da população obtém a totalidade da renda. Não obstante a grande incerteza gerada pela crise, no caso da Venezuela logrou-se, num esforço conjunto com o Executivo Nacional, protegê-la dos seus impactos e continuar colocando as bases da transformação do modelo econômico e social. (…) Modificamos o esquema de gestão das reservas internacionais do país para as colocar de forma mais segura e menos vulnerável aos riscos do sistema financeiro internacional. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 11 Política monetária e cambiária No seu empenho para acompanhar a rota do desenvolvimento socioeconômico, o BCV, em coordenação com o Executivo Nacional, adotou uma série de decisões em matéria de política monetária, cambiária e financeira. Durante o transcorrer do ano 2009, ditaram-se e difundiram-se os lineamentos da política monetária, visando adequar os níveis de liquidez do sistema bancário, com a finalidade de manter o correto funcionamento dos sistemas de pagamento, continuar estimulando o crédito para os setores produtivos da economia, reduzir o custo da política monetária, incentivar a poupança e procurar a moderação das pressões inflacionárias. Estas políticas cumprimentaram-se com aquelas adotadas pelo Executivo Nacional, orientadas para manter o emprego, executar os programas sociais como parte do compromisso com os setores mais vulneráveis da população, e agilizar os trâmites administrativos relacionados com a atribuição de divisas para importação de bens e serviços. É importante salientar que nosso interesse institucional sempre tem procurado fazer os maiores esforços para combater a espiral inflacionar que durante muitos anos tem impactado o nosso país. Temos consciência desse flagelo tiver um caráter estrutural que combina diversos componentes, entre eles, o incremento de custos associado com o aumento dos preços internacionais derivado da crise mundial de alimentos, os atrasos na produtividade e a especulação dos agentes econômicos no mercado cambiário. O emissor, vigilante do comportamento dos níveis de liquidez do mercado monetário, e com o objetivo de atenuar episódios de tensões sobre esse mercado, ajustou em duas oportunidades a taxa de encaixe marginal, ao a diminuir na primeira instância em 300 pontos básicos a partir de 5 de janeiro de 2009, ao passar de 30% para 27%. A partir de 9 de março, dita taxa se reduz em 200 pontos básicos, e fixou-se em 25%. Igualmente, durante o primeiro trimestre do ano, o BCV empreendeu um conjunto de ajustes em matéria de taxas de juro do sistema financeiro, bem como dos seus instrumentos de política monetária, em presencia do novo contexto econômico interno e externo, e em correspondência com o conjunto de medidas anti-crise adotadas pelo Executivo Nacional. Efetivamente, entre os meses de março e abril, o BCV reduz em três ocasiões as taxas de juro dos seus instrumentos de absorção em 700 pontos básicos, desde 13% para 6% para as operações colocadas para um prazo de 28 dias e desde 14% para 7% para aquelas correspondentes a 56 dias. (…) O BCV iniciou um conjunto de ajustes em matéria de taxas de juro do sistema financeiro, bem como dos seus instrumentos de política monetária, em presencia do novo âmbito econômico interno e externo, e em correspondência com o conjunto de medidas anticrise adotadas pelo Executivo Nacional. Em concordância com as medidas anunciadas para a diminuição das taxas das operações de absorção, o BCV fez ajustes para baixar os topes máximos e mínimos das taxas de juro do sistema financeiro2. Assim, diminuiu em 100 pontos básicos a taxa mínima passiva que remunera as contas de poupança e os depósitos a prazo (para 14% e 16%, respectivamente). Pela sua parte, reduz em 200 pontos básicos tanto a taxa ativa máxima quanto aquela aplicável a cartões de crédito, ao as colocar em 26%3 e 31%, em cada caso. Esta modificação foi acompanhada pela redução da taxa de juro a ser cobrada pelo BCV nas suas operações de desconto, redesconto e adiantamento em 200 pontos básicos, ao as colocar em 31,5%. 2 Com vigência a partir de 1 de abril de 2009. 3 Cabe mencionar que o BCV não tinha considerado necessária a revisão da taxa de juro ativa máxima desde o começo da regulação das taxas de juro em maio de 2005. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 12 Gráfico 1 Taxas referenciais das operações de absorção do BCV 16 14 12 10 8 6 Jan-05 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan-07 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan-08 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan-09 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 4 14 dias 28 dias 56 dias 91 dias Fonte: BCV. No final do primeiro semestre, o Diretório do BCV, no âmbito da estratégia de avaliação permanente da política monetária, realizou novos ajustes à baixa nas taxas de juro do sistema financeiro. Assim, começando em 5 de junho, decidiu diminuir em 150 pontos básicos os topes mínimos correspondentes às taxas passivas e em 200 pontos básicos a taxa ativa máxima e os limites, tanto máximo quanto mínimo, aplicáveis aos créditos ao consumo com cartões de crédito. Nesse sentido, estabeleceu-se em 12,5% a taxa das contas de poupança e contas de ativos líquidos, e em 14,5% a taxa a pagar por depósitos a prazo e participações. O nível máximo da taxa ativa passou de 26% para 24%, e para as operações relacionadas com o financiamento através de cartões de crédito, fixou-se como taxa máxima 29%, e como mínima 15%. Com o objetivo de fazer consistentes os novos topes de taxas de juro do sistema financeiro com as taxas das operações de injeção do BCV, o Diretório aprovou a redução de 200 pontos básicos nos diferentes prazos destes instrumentos. Como conseqüência, os novos níveis colocaram-se em 20% para um prazo de sete dias, 21% para 14 dias, e 22% para as operações a 28 dias. Pela sua parte, a taxa de juro a cobrar pelo BCV nas suas operações de assistência creditícia através das figuras de desconto, redesconto, adiantamento e reporto, fixou-se em 29,5%. Começando o segundo semestre, o BCV introduz mudanças nas normas que regem a constituição do encaixe legal, ao estabelecer que aqueles bancos de desenvolvimento que fomentarem, financiarem e promoverem atividades micro-financeiras, e que alcançarem um índice de intermediação superior a 70%, serão favorecidos ao poder manter um encaixe mínimo de 12% sobre o montante total da base de reserva de obrigações netas e do saldo marginal. Em novembro, apresentaram-se episódios pontuais de iliquidez no mercado interbancário de fundos, os quais se refletiram em aumentos progressivos dos montantes negociados nas operações interbancárias, incremento da taxa overnight média, redução das reservas bancárias excedentes e concentração na posse de reservas bancárias. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 13 Para neutralizar esta situação, o BCV decidiu reduzir em 200 pontos básicos a taxa de encaixe aplicável ao saldo marginal, ao a levar para 23%, começando em 30 de novembro. Além disso, o Instituto reduz em 100 pontos básicos as taxas aplicáveis as suas operações de injeção4, para as estabelecer em 19% no prazo de sete dias, 20% para 14 dias, e 21% para 28 dias. Após isso, nos primeiros dias de dezembro, o Diretório mudou as condições das operações de absorção e injeção. No caso das primeiras, limitou-se a participação das instituições financeiras5, quando elas não poderem exceder o saldo de certificados de depósito (CD) registrado nas suas carteiras para cada prazo para o fechamento em 27 de novembro de 2009. Em referência as operações de injeção, aprovou-se a incorporação de novos prazos começando em 3 de dezembro: 56 dias com um juro de 21,25%, e 90 dias a 21,5%. 15 Jan-05 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan-07 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan-08 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan-09 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Gráfico 2 Taxas referenciais das operações de injeção do BCV 90 dias 56 dias 28 dias 14 dias 7 dias Fonte: BCV. As medidas aprovadas em matéria de taxas de juro permitiram o acesso ao financiamento bancário, visando manter o estímulo ao investimento nos setores produtivos (…), bem como aos créditos pessoais dirigidos à aquisição de moradia, veículos e serviços turísticos. As medidas aprovadas em matéria de taxas de juro permitiram o acesso ao financiamento bancário, visando manter o estímulo ao investimento nos setores produtivos (agrícola, pesqueiro, florestal, manufatureiro e turismo), bem como aos créditos pessoais para a aquisição de moradia, veículos e serviços turísticos; o qual favoreceu o acesso a bens e serviços por um setor da população venezuelana que tinha sido excluída. De jeito complementário, o Instituto adotou diversas medidas relacionadas com as comissões e tarifas dos produtos e serviços que oferecem as instituições financeiras aos seus clientes e ao público geral. 4 Com vigência a partir de 27 de novembro. 5 Com vigência a partir de 2 de dezembro. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 14 Igualmente, em matéria cambiária, continuaram-se centralizando e administrando as reservas internacionais, o qual permitiu aprovar mensalmente o montante de disponibilidade de divisas e facilitar o fluxo de recursos externos requerido pelos diversos setores econômicos. Além disso, conforme com o estabelecido na Lei do BCV, estimou-se o nível adequado de reservas e realizaram-se os traspassos correspondentes das reservas internacionais para o Fonden por um montante total de USD 12.999.321.946,756, com a finalidade de contribuir com os projetos de investimento para impulsionar o crescimento econômico, incrementar o investimento social e permitir o manejo da dívida pública externa. Por outra parte, traspassou-se por conceito de utilidade liquida para o Tesouro Nacional a soma de Bs. 151.082.990,71; derivados da gestão financeira do Instituto no ano 2008. No âmbito do Regime de Administração de Divisas, e o BCV e o Executivo Nacional mantiveram durante o ano a paridade cambiaria de Bs. 2,1446 por dólar dos Estados Unidos da América para as operações de compra, e de Bs. 2,1500 por dólar dos Estados Unidos da América para a venda e pagamento de dívida pública externa. Modernização dos sistemas de pagamento Um aspeto de interesse para o Instituto é constituído pela modernização dos sistemas de pagamento no país para os adequar aos standards internacionais, ração pela qual se dotou com os recursos humanos, financeiros e tecnológicos necessários para segurar a operação e funcionamento da Câmara de Compensação Eletrônica. Dessa forma, têm-se logrado com que as transações financeiras sejam mais ágeis, oportunas e seguras, o qual permite uma maior eficiência e qualidade dentro dos processos internos do setor financeiro e, ao mesmo tempo, uma redução dos custos operativos dos bancos e portanto do usuário, o qual tem contribuído decididamente com o fortalecimento do sistema. No ano que finaliza avançou-se nos projetos de sistemas de compensação e liquidação de pagamentos, na culminação dos ajustes para a incorporação do serviço de troca de imagens na Câmara de Compensação Eletrônica, na adequação dos espaços para o armazenamento das espécies numismáticas e no sistema integrado de caixas. No âmbito do acompanhamento contínuo efetuado aos diversos indicadores do sistema financeiro nacional, identificaram-se a tempo certas fraquezas em algumas instituições financeiras, que permitiram realizar alertas cedo aos organismos reguladores que levaram posteriormente à definição e aplicação dum conjunto de medidas orientadas ao saneamento e segurança da estabilidade do sistema bancário e de pagamentos Consolidação do novo cone monetário O BCV tem mantido seus esforços na transição do bolívar forte mediante a promoção, através do Autobanco, a troca de moedas do velho cone pelas da nova denominação, para contribuir de maneira direta com a disponibilidade de circulante no país e segurar tanto aos comerciantes quanto aos compradores os pagamentos e trocos exatos. Com estas atividades facilita-se o dinamismo da economia, ao colocar nas mãos do público efetivo de baixa denominação. Nesse sentido, 6 Este montante foi traspassado mediante cinco frações nas datas indicadas a seguir: 09/03, 25/03, 06/04, 26/06 e 15/10. No ano que finaliza avançouse nos projetos de sistemas de compensação e liquidação de pagamentos, na culminação dos ajustes para a incorporação do serviço de intercâmbio de imagens na Câmara de Compensação Eletrônica, na adequação dos espaços para o armazenamento das espécies numismáticas e no sistema integrado de caixas. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 15 visitaram-se 11 estados do país nos que se colocaram mais de 155 pontos de troca e têm sido entregues mais de 11 milhões de bolívares fortes em moedas da nova família. No referente à posta em circulação do novo cone monetário, colocaram-se notas pela ordem de Bs. 23.160.438.902,00, representados por 931,9 milhões de peças, e moedas por Bs. 406.132.623,08 equivalentes a 1.212,6 milhões de peças. Em referência ao retorno do velho cone, tem-se logrado a colheita de 98,2% do valor em circulação das notas e 30,6% das moedas. Por outro lado, a Casa da Moeda, na sua condição de área fabril, avança na execução de vários projetos que vão lhe permitir alcançar a total soberania produtiva das moedas e notas requeridas pela economia venezuelana para seu funcionamento. Nesse sentido, têm-se no que tem transcorrido do ano 171,6 milhões de peças de notas impressas, e se têm cunhado 420 milhões de peças de moedas. De igual maneira, foram impressas 317,27 milhões de peças de espécies valoradas (passaportes, bandas codificadas, títulos universitários e de formados no segundo grau, entre outros), isto paralelamente com os avanços na modernização da fábrica de notas e do projeto de bandas codificadas. Ampliação da produção estatística No âmbito do cumprimento das funções tradicionais de banca central, salienta também a função de “compilar e publicar as principais estatísticas econômicas, monetárias, financeiras, cambiárias, de preços e balança de pagamentos”. Isto tem merecido o reconhecimento de ser uma fonte acreditada de informação em matéria econômica, dada a quantidade, variedade e qualidade das estatísticas que o Instituto produz, o grau de atualização das metodologias utilizadas e o altíssimo nível técnico aplicado na sua elaboração, e todo isso sustenta a confiabilidade dos dados publicados a escala nacional e internacional. Esta informação permite o acompanhamento e avaliação do desenvolvimento de cada um dos setores de interesse nacional, e facilita o assessoramento e apoio para adotar decisões em matéria de política econômica. No referente à posta em circulação do novo cone monetário, colocaram-se notas pela ordem de Bs. 23.160.438.902,00, representados por 931,9 milhões de peças, e moedas por Bs. 406.132.623,08, equivalentes a 1.212,6 milhões de peças. Em quanto ao retorno do velho cone, tem se logrado a colheita de 98,2% do valor em circulação das notas e de 30,6% das moedas. O balanço do ano salienta a concreção de vários projetos estratégicos, alguns deles produto de convênios de cooperação interinstitucional com organismos e instituições públicas e universidades, com os quais têm-se atualizado as bases de referência dos programas estatísticos, a ampliação das coberturas setorial e geográfica, o incremento da periodicidade e a adoção de mudanças metodológicas contemplados nos manuais internacionais do Sistema de Contas Nacionais e de Balança de Pagamentos. Dessa maneira, tem-se colocado à disposição dos usuários informação especializada para diversas audiências: fazedores de políticas, estudantes, acadêmicos, pesquisadores, analistas e público geral. Como exemplo disso pode-se mencionar a IV Enquete Nacional de Orçamentos Familiares (convênios BCV-INE-CVG-ULA); o VII Censo Agrícola Nacional (convênio BCV-Mppat); o Programa de Atualização das Estimações Macro-econômicas II (Pracem II); a consolidação do Índice Nacional de Preços para o Consumidor (INPC), que agora cobre todas as regiões do país; a estimação do Balanço de Capital do setor privado financeiro e não financeiro, bem como do setor público financeiro e não financeiro; e a Enquete sobre Estrutura de Custos do Setor Agrícola, Sub-setores Animal e Vegetal. No conjunto destes programas, conta-se com indicadores parciais sobre a estrutura do consumo dos lares e sobre os programas sociais do Governo. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 16 Igualmente, o Instituto, no âmbito do aprimoramento contínuo dos seus programas estatísticos, orientará seus esforços o próximo ano para avançar na ampliação do sistema de contabilidade social venezuelano, através da construção, com standards internacionais, de indicadores estendidos de atividade econômica, bem como de medição do bem-estar, progresso econômico e social do país. Isso requererá um esforço sustenido e interinstitucional do Estado venezuelano nas áreas de colheita de informação primária, desenho de indicadores e integração de sistemas estatísticos em volta do desenvolvimento dum sistema de contas satélites ao sistema de contabilidade social. A ampliação da base estatística integrará as dimensões social, produtivo-distributiva, territorial e de balanço de recursos. Dentro da concepção do “Plano do Executivo Nacional Guayana Socialista 2009-2019”, o BCV tem trabalhado na assessoria com especialistas da Corporação Venezuelana de Guayana e da Siderúrgica do Orinoco (Sidor) para coletar toda a informação disponível sobre o diagnóstico dos atuais sistemas contáveis, bem como a identificação de necessidades e requerimentos de cada uma das empresas que fazem parte do plano piloto dos setores de ferro, aço e alumínio. A finalidade deste esforço é materializar no mediano e longo prazo um sistema de contas satélites da região Guayana, o qual facilitará a medição de impactos do planejamento global das suas indústrias sobre os distintos setores da economia nacional e na balança de pagamentos da Venezuela. A importância dessa informação reside em que se poderá manejar em detalhe o relativo a cada uma das empresas da zona, além do setor energético, governo local e regional, educação, saúde, serviços públicos, impactos em moradia e hábitat, recursos naturais, meio ambiente, investimentos, reposição de capital, capacidade instalada e utilizada, bem como mão-de-obra. Com esse propósito, o BCV desenvolve uma estratégia integral que implica a habilitação de recursos organizacionais junto com a articulação de equipes de trabalho interinstitucionais no âmbito de variados convênios de cooperação com outros organismos do Estado. A estruturação duma base empírica adequada e a geração de métodos compartilhados que potenciem as capacidades destes equipes de trabalho permitirão afiançar a articulação das políticas setoriais e as políticas macro-econômicas para favorecer um maior dinamismo, sustentabilidade e equidade no processo de desenvolvimento socioeconômico. Relações internacionais No âmbito das relações internacionais, o Banco participou ativamente nos diversos mecanismos alternativos dispostos para consolidar o processo de integração latino-americana e caribenha. Igualmente, procurou aprofundar as relações com as contrapartes do país, com os organismos multilaterais e com outros organismos do Estado. Dessa maneira, contribuiu-se decididamente com a constituição da nova institucionalidade, com a configuração duma presencia no âmbito sub-regional, regional e mundial, o qual tem favorecido o posicionamento da Venezuela na cena internacional e na diversificação da sua política exterior. O Instituto tem acompanhado os avanços dos mecanismos de integração dos países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), com a assinatura do Tratado Constitutivo do Sistema Unitário de Compensação Regional (Sucre). Este instrumento está orientado para o logro de diversos objetivos: soberania monetária e financeira, eliminação da dependência do uso do dólar estadunidense no comercio regional, redução de assimetrias comerciais e consolidação progressiva duma zona O Instituto tem acompanhado os avanços dos mecanismos de integração dos países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), com a assinatura do Tratado Constitutivo do Sistema Unitário de Compensação Regional (Sucre). MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 17 econômica de desenvolvimento compartilhado sobre a base da complementaridade produtiva entre nações. O BCV continua aportando para este tipo de projetos estratégicos a capacidade técnica e seu recurso humano, para lograr a coordenação necessária com o Executivo Nacional. É por isso que os técnicos do Instituto têm assumido um grande liderança em diversas matérias como a contável, tecnológica e no desenvolvimento de metodologias que significarão grandes aportes para o Sucre e para o Banco do Alba. Nesse respeito, podem se referir os seguintes exemplos: • Participação nos equipes de trabalho interinstitucionais em apoio técnico aos coordenadores nacionais pela Venezuela nos mecanismos alternativos dispostos para consolidar a integração regional; Sucre; Mercado Comum do Sul (Mercosul); Associação Latino-americana de Integração (Aladi); e a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA). • Assessoria ao Banco do Alba em aspetos relacionados com a gestão: elaboração do modelo integral de gestão e o processo relacionado com a contabilidade do Conselho Monetário Regional e estruturação do Manual Contável do Sucre; assessoria na conformação do Manual de Operações e Financiamento do Sucre; assessoria em matéria orçamentária e participação nas reuniões técnicas (celebradas em Nicarágua, Bolívia, Cuba, Equador e Venezuela). • Atenção de missões internacionais provenientes do Fundo Latino-americano de Reservas, Banco de Pagamentos Internacionais, Banco Nacional da República Belarus e do Banco Central de Vietnam-Vietinbank, com o objetivo de fortalecer as relações de cooperação interinstitucionais. • Participação em eventos técnicos sobre aspetos monetários e financeiros internacionais e seu impacto sobre o processo de integração realizados no Sistema Econômico de Latino-américa e do Caribe (SELA), bem como na elaboração de documentos técnicos solicitados pelo Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores para sustentar a conformação da posição nacional venezuelana em diversos foros e eventos internacionais. O Banco propiciou uma revisão da política de participação no mercado interno do ouro (…) estabeleceram-se as Normas sobre Comercialização do Ouro e suas Ligas , como mecanismo para incentivar as empresas mistas no setor aurífero. Também, constituíramse alianças estratégicas com distintos organismos nacionais e internacionais. • Preparação técnica de informes para a participação em eventos internacionais de interesse estratégico para o Banco, a maioria deles relacionados com a vinculação legal com organismos financeiros e monetários regionais e internacionais chave: Banco do Sul; Reunião Geral do Banco de Pagamentos Internacionais (BIS); Reuniões de Governadores de Bancos Centrais da América Latina e Espanha; Reuniões dos Comitês de Alternos e de Auditoria do Cemla; Reuniões da Junta de Governo e da Assembléia do Cemla; Reuniões Ordinárias do Diretório do FLAR; Reuniões de Primavera e Anuais do Comitê Monetário e Financeiro Internacional (CMFI) do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e do Grupo dos 24 (G-24). Ordenamento do setor aurífero Visando aproveitar o potencial do setor aurífero para o desenvolvimento socioeconômico regional e nacional, e ao mesmo tempo com o objetivo de fortalecer as reservas internacionais, o Banco propiciou uma revisão da política de participação no mercado interno do ouro. Isto através do incentivo aos investimentos produtivos, à criação de novas fontes de trabalho nesse setor e ao desenvolvimento da atividade transformadora, bem como mediante o apoio ao seu reordenamento. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 18 Em conseqüência, estabeleceram-se as Normas sobre Comercialização do Ouro e suas Aleaçoes7, como mecanismo para incentivar as empresas mistas no setor aurífero. Igualmente, constituíram-se alianças estratégicas com distintos organismos nacionais e internacionais, através de mesas de trabalho com organismos públicos, como: Serviço Nacional Integrado de Administração de Alfândega e Tributária (Seniat), Ministério do Poder Popular para as Indústrias Básicas e Mineração (Mppibam), Ministério do Poder Popular para o Trabalho (MPPT), Ministério do Poder Popular para o Ambiente (Mppamb), Guardia Nacional / Direção de Resguardo Nacional Mineiro, Escritório do Governador do estado Bolívar e prefeituras do estado Bolívar. Em quanto às alianças internacionais, fizeram-se missões bem sucedidas nos seguintes países: Turquia, Suíça, Itália, França e a República Checa. Neles realizaram-se reuniões de alto nível com representantes da banca central, e com organismos relacionados com a atividade aurífera, tais como consórcios de joalheria e ourivesaria, institutos educativos e de formação, bem como institutos de certificação de ouro. Nesta ordem de idéias, o Diretório do BCV, segundo ata N° 4.122 de 23 de outubro de 2008, designou o ano 2010 como o “Ano do Ouro” no âmbito do Bicentenário da Declaração da Independência, 70° aniversário do BCV e 25° aniversário do Departamento do Ouro do BCV. Na celebração do “Ano do Ouro”, o Instituto começou desenvolver uma agenda de ações que têm o objetivo de salientar a trajetória que o recurso aurífero tem para o país e mais especificamente para o BCV, mediante a difusão para o público geral das diversas atividades econômicas, sociais e culturais do setor, e a incorporação de atores fundamentais, tais como os pequenos e medianos produtores, bem como as associações e cooperativas de ourives. A sociedade e o Banco Central Durante o ano 2009, o BCV conseguiu avançar na ampliação do âmbito das contribuições à sociedade venezuelana em virtude do compromisso social que tem com a população, do seu interesse na preservação e difusão da memória histórica e patrimonial da Nação, e naquelas associadas à sua relação interinstitucional com os poderes públicos nacionais. No âmbito do compromisso social, o Banco imprimiu-lhe um esforço especial ao fortalecimento das capacidades institucionais e ao desenvolvimento duma agenda de eventos focalizados nas áreas educativa, institucional, cultural e social. Nesse sentido, contribuiu-se com o fortalecimento de mecanismos de criação e desenvolvimento de redes de economia social e formas associativas de produção social que promoveram o bem-estar geral e a igualdade de oportunidades. Em referência às contribuições político-institucionais, o Banco centrou-se na difusão do conhecimento, acompanhamento e estudo do acontecer econômico e as suas tendências, bem como na difusão das decisões adotadas no âmbito do processo de apresentação de contas à sociedade venezuelana. Isto implicou manter mecanismos de comunicação fluídos e de relações com diferentes auditórios, com os poderes públicos e instâncias de controle. Falando agora das contribuições sociais, o Banco realizou uma série de contribuições à população como parte essencial do seu desempenho como órgão do Estado, e procurou a atenção de requerimentos das comunidades e organizações populares, 7 Resolução N° 09-06-03, Convênio Cambiário N° 12. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 19 a assistência social integral para pessoas naturais de escassos recursos econômicos, bem como a conformação duma consciência econômica na população, através da formação, capacitação e divulgação do conhecimento socioeconômico. Para o exercício desse objetivo, o Instituto ampliou os seus esforços orientados para o fortalecimento das capacidades institucionais das universidades nacionais e de diversos organismos do setor público, mediante a geração, discussão e troca de conhecimento e na sua interação com os fazedores de políticas. O fortalecimento das ações formativas e de divulgação nos diferentes níveis de educação incluem os programas didáticos dedicados às crianças e jovens, visitas guiadas às instalações do Instituto e programas de estágio, bem como o subministro de material bibliográfico impresso e eletrônico para grupos especializados, público geral e através da participação em férias educativas e de livros, com o objetivo de divulgar o acervo editorial do organismo emissor. No âmbito institucional, fez-se um esforço para subministrar informação especializada relacionada com os produtos institucionais que se dispõem para a adequada interpretação das políticas e dos indicadores econômicos. Isto foi logrado através de diferentes meios: workshops, conferências, seminários, reuniões particulares com grupos específicos de organismos e instituições do Estado. De igual maneira, atenderam-se os requerimentos dos cidadãos sobre informação pública relativa ao BCV, e através da Oficina de Atenção Cidadã canalizaram-se aqueles que se encontraram dentro das atribuições do Instituto ou se encaminharam para outros organismos do Estado. Nesse sentido, desenvolveram-se iniciativas próprias ou formuladas pela comunidade organizada que promovem o exercício da participação cidadã. Sobre as contribuições culturais, o BCV realizou uma série de contribuições dirigidas à promoção da difusão da cultura popular e o fomento do conhecimento dos valores históricos patrimoniais da Nação que ficam em custódia do Instituto. Nesse sentido, o organismo emissor: • Promoveu na população atividades didático-recreativas, culturais e de difusão do conhecimento sobre o acervo histórico-patrimonial custodiado pelo BCV. • Apresentou a coleção plástica no Centro Cultural Salvador de la Plaza e expressões musicais populares e artísticas na Plaza Juan Pedro López. • Difundiu o patrimônio institucional, representado pelos bens culturais e de conhecimento que tem o Banco Central, particularmente as obras de arte de conteúdo nacional e universal; as jóias do Libertador, a coleção numismática, entre outras, que ficam acessíveis para todos os venezuelanos como instrumentos de crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional. (…) O Banco fez uma série de contribuições à população como parte essencial do seu desempenho como órgão do Estado, e procurou a atenção de requerimentos das comunidades e organizações populares. Menção especial merecem a gestão de comunicação e a política editorial. No caso da primeira, desenvolveu-se um fluxo informativo sobre a atuação institucional dirigido às trabalhadoras e trabalhadores do Banco, bem como para diversas audiências (profissionais, docentes, pesquisadores, estudantes e público geral), mediante o uso de recursos e médios comunicacionais tradicionais e alternativos. Em quanto à segunda, centrou-se em fortalecer a produção mediante a ampliação da sua oferta para o público especializado e para os leitores infantis, com o qual se contribuiu com o estudo, a pesquisa e a difusão de temas econômicos, sociais e culturais. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 20 Em 2009, a economia mundial declinou 1,1% comparada com um aumento de 3% em 2008, produto da recessão mais profunda experimentada desde a Segunda Guerra Mundial. Este comportamento é associado com a forte destruição de empregos, as restrições na intermediação financeira e a contração do comércio mundial nos dois últimos anos, que têm afetado o consumo e as exportações. II/ síntesE econÔmica internacional As dúvidas remanentes sobre a recuperação têm levado à prolongação das medidas de estímulos fiscal e monetário. Ao mesmo tempo, as escassas expectativas inflacionárias têm afastado o horizonte de taxas de juro baixas até finais de 2010, e as medidas monetárias não convencionais têm-se estendido, enquanto se mantém o esforço para recuperar de maneira gradual a saúde do sistema financeiro nas economias desenvolvidas. Nesse âmbito, o G-20 se opus a um retiro prematuro dos estímulos acordados, até uma melhor cena não se afiançar. Porém, a partir do terceiro trimestre, retoma-se o caminho de crescimento nas economias desenvolvidas, excetuando o Reino Unido, pelo efeito das medidas fiscais e monetárias tanto convencionais quanto não convencionais que de maneira coordenada começaramse aplicar no final de 2008, e que depois foram ampliadas em 2009 em várias reuniões do G-20. No entanto, nos países não desenvolvidos, a recuperação chegou mais cedo do que nos avançados, por eles contarem com uma menor exposição financeira e uma maior fortaleza macro-econômica. Salientam os casos da China e da Índia, que viram acelerar seu ritmo de crescimento no começo do segundo semestre. Na China, os estímulos fiscais têm elevado o aporte do investimento ao PIB, e o consumo tem-se reanimado. Ao mesmo tempo, a recuperação deste país e da Índia tem alentado as exportações, particularmente de matérias primas, de outros países em desenvolvimento, os quais têm-se apoiado nesta via para retomar o ciclo expansivo. Segundo a Cepal, as economias da América Latina se contraíram no seu conjunto 1,8% em 2009, excetuando Brasil, Peru e Uruguai que apresentam sinais positivas. Em 2010, a região poderia crescer 4,1%. Pela sua parte, o risco-país latino-americano medido pelo diferencial EMBI Plus descendeu por volta de 380 pontos básicos, desde um nível de 694 para fechar 2008. Embora a discussão sobre uma nova borbulha mundial pelo forte incremento dos preços dos ativos de maior retorno como aqueles de renda variável, instrumentos soberanos emergentes, valores financeiros de matéria prima e imóveis na China não é concluinte, poderia persistir nos mercados internacionais algum temor pelas conseqüências de manterem em níveis muito baixos o custo do dinheiro na maioria das economias8. No entorno de flexibilidade monetária, manutenção de estímulos fiscais e baixa aversão ao risco, o preço do ouro alcançou novos máximos, impulsionado pelas compras de bancos centrais. Por outro lado, o dólar debilitou-se marcadamente contra uma cesta de moedas, devido aos menores diferenciais de taxas de juro com respeito a outras divisas e a um processo gradual de recomposição global de carteira pela parte dos bancos centrais e fundos soberanos de riqueza. 8 Efetivamente, as taxas de juro da Reserva Federal estão entre 0% e 0,25%. O Banco do Japão têm-nas em 0,10%. Pelo seu lado, o Banco Central Europeu cortou as suas taxas desde 2,5% para o fechamento de 2008 até 1% vigente a partir de maio de 2009. Igualmente, o Banco da Inglaterra reduz sua taxa marcadora desde 2% para o fechamento de 2008 para 0,5% em março. Nos países emergentes, observou-se uma tendência similar. Em 2009, a economia mundial declinou 1,1% na frente dum aumento de 3% em 2008, produto da recessão mais profunda experimentada desde a Segunda Guerra Mundial. Este comportamento está associado à forte destruição de empregos, às restrições na intermediação financeira e à contração do comércio mundial nos dois últimos anos que têm afetado o consumo e às exportações. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 21 Mercado petroleiro No ano que finaliza, os preços marcadores no mercado petroleiro internacional têm-se recuperado de vagar, após a crise econômica global trazer um abrupto desabamento deles. Efetivamente, após o cru marcador estadunidense West Texas Intermediate (WTI) registrar um preço mínimo de fechamento em dezembro de 2008 (USD/b 33,87), em outubro de 2009 alcançou um novo máximo de doze meses (USD/b 81,37). Embora a média do preço de 2009 é USD/b 61,719, é 38,2% menor do que aquele observado em 2008 (USD/b 99,75), porque tem prevalecido a incerteza em volta à solidez da recuperação das variáveis fundamentais do mercado, especialmente nos países desenvolvidos. Por isso, continua vigente a tese de que a participação dos atores especulativos é determinante no processo de formação de preços. Segundo cifras da Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda global de petróleo diminuirá em 2009, pelo segundo ano consecutivo10, para 84,9 milhões de barris diários (mbd). Este declive (1,4 mbd), mais pronunciado do que aquele registrado em 2008 (0,2 mbd), atinge o menor consumo dos países pertencentes à OCDE (2,1 mbd), que tem sido neutralizado com o incremento, embora mais moderado do que em anos anteriores, da demanda proveniente dos países emergentes (0,6 mbd). Embora a AIE prevê um crescimento para o quarto trimestre de 2009, pela primeira vez desde o segundo trimestre de 2008, ele será motorizado por este último grupo de países. O esforço coordenado dos países da OPEP tem contribuído a restabelecer o balanço do mercado. Não obstante, os inventários, que atualmente colocam-se em 59,4 dias de cobertura de demanda futura, estão por cima da média dos últimos cinco anos. No âmbito do deterioro econômico global, que levou para uma substancial destruição de demanda, os países membros da OPEP orientaram-se para reduzir o excesso de oferta existente no mercado e evitar que os preços caírem por baixo dum nível que permita sustentar os investimentos que garantirem o subministro de energia no mediano e no longo prazo. Nesse sentido, o mais recente dos cortes acordados pelo grupo de produtores, vigente desde 1 de janeiro de 2009, consistiu em diminuir sua produção em 4,2 mbd, equivalentes a um tope de produção de 24,85 mbd. Se bem é certo que nos meses recentes a OPEP tem incrementado sua produção até 26,61 mbd, segundo os dados mais recentes, ainda não alcançou os níveis registrados em 2008. O esforço coordenado dos países da OPEP tem contribuído para restabelecer o balanço do mercado. Não obstante, os inventários, que atualmente se colocam em 59,4 dias de cobertura de demanda futura, estão por cima da média dos últimos cinco anos. 9 Para 24/12/09. 10 Desde 1982-1983 não se registrava uma redução da demanda global em dois anos sucessivos. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 22 III/ Resultados macro-econômicos nacionaIs Setor real e emprego Segundo estimações realizadas pelo Banco Central da Venezuela, o produto interno bruto (PIB) experimentou, em termos reais, uma contração desde o último ano de 2,9% em 2009. Este resultado constitui a primeira queda que apresenta o PIB após cinco anos de crescimento. O menor nível de atividade econômica observou-se particularmente no setor petroleiro, cujo valor agregado se reduz para uma taxa anual de 6,1%, como conseqüência dos cortes de produção implementados pela OPEP, no âmbito de fraqueza da demanda energética, produto da crise econômica global. Estas medidas implicaram uma diminuição de 6,3% na extração de cru e gás natural, e de 5,1% na refinação de petróleo pela parte do setor público. O setor não petroleiro registrou um decrescimento de 1,9%, associado, fundamentalmente, às contrações experimentadas pelo valor agregado bruto (VAB) das atividades manufatura (7,2%), comércio e os serviços de reparação (8,2%) e transporte e armazenamento (8,5%). Entre os fatores que incidiram nestes resultados salientam o enfraquecimento da demanda agregada, a incerteza em quanto à recuperação da economia mundial e a contração registrada pelas importações durante o ano, particularmente no terceiro e quarto trimestre. Neste último incidiu a menor oferta de divisas pela parte de Cadivi, organismo que adotou em 2009 uma política mais austera de administração dos recursos externos perante o declive que sofreram os ingressos por exportações do país. Em contraste com estes resultados, deve se salientar o acelerado ritmo de crescimento que manteve o setor comunicações (10,1%), bem como os avanços registrados pela construção (3,1%), eletricidade e água (4,6%), e os serviços comunitários sociais e pessoais (3,1%). Neste âmbito, as atividades não negociáveis diminuíram levemente no ano (0,8%), enquanto o valor agregado das negociáveis se contraiu-se em 5,1%. Desde o ponto de vista institucional, o setor público mostrou um maior dinamismo do que o privado ao registrar um incremento anual de 1,3%, impulsionado em parte pelos processos de nacionalização feitos pelo Governo Nacional, especificamente em atividades relacionadas com a siderúrgica (Sidor), empresas cimenteiras, bem como no setor financeiro. Assim, a participação do setor público no PIB ascendeu em 2009 para 30,3%, desde 29% no ano anterior. Dentro do setor público destacou o aumento dos serviços de Governo geral (2,2%), comunicações (15,4%) e eletricidade e água. Ao analisar os resultados do PIB desde o enfoque da demanda, observou-se uma redução de 2,6% no consumo final privado, situação que obedece, principalmente, à queda do ingresso real, o aumento do desemprego e a menor disposição ao gasto dos lares. Pela sua parte, a formação bruta de capital fixo (FBCF) contraiu-se para uma taxa anual de 7,6%, afetada pelas maiores restrições na entrega de divisas que incidiram no componente importado do investimento e pelo deterioro nas expectativas sobre o desempenho macro-econômico. (…) A participação do setor público no PIB aumentou em 2009 para 30,3%, desde 29% no ano anterior. No setor público destacou o aumento dos serviços de Governo geral (2,2%), comunicações (15,4%) e eletricidade e água (4,6%). MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 23 Quadro 1 Indicadores do setor real (Variação anual) A preços de 1997 2009/2008(*) 2008/2007 Produto interno bruto Atividades petroleiras Atividades não petroleiras Mineração Manufatura Eletricidade e água Construção Comércio e serviços de reparação Transporte e armazenamento Comunicações Instituições financeiras e seguros Serviços imobiliários, empresariais e de aluguel Serviços comunitários, sociais e pessoais e produtoras de serv. priv. não lucrativos Produtores de serviços do Governo geral 1/ Resto Menos: SIFMI 2/ Impostos netos sobre os produtos Desemprego3/ Inflação 4/ Núcleo inflacionário 5/ (2,9) (6,1) 4,8 2,5 (1,9) (10,2) (7,2) 4,6 3,1 (8,2) (8,5) 10,1 (3,5) (1,7) 5,1 (4,2) 1,4 5,7 3,7 4,6 3,8 18,2 (4,6) 2,7 3,1 2,2 9,5 5,3 0,1 5,6 (1,9) (8,5) (6,6) 5,0 8,0 7,4 23,0 27,6 27,6 28,6 (*) Cifras estimadas. 1/ Inclui agricultura e restaurantes e hotéis. 2/ Serviços de intermediação financeira medidos indiretamente. 3/ Média do período janeiro-novembro. 4/ Variação acumulada do INPC para o período janeiro-novembro. 5/ Variação acumulada do núcleo do INPC para do período janeiro-novembro. Fonte: BCV e INE. Em quanto ao consumo final do Governo, registrou um aumento de 2,1% no ano. Este comportamento é associado com a orientação contra-cíclica da gestão fiscal no âmbito duma estratégia prudente de manejo das finanças públicas. É bom salientar que durante 2009 as importações de bens e serviços descenderam 19,7%, o qual contrastou com o incremento de 3,8% observado no ano anterior. A redução das importações é um fator chave nas contrações registradas tanto no consumo privado quanto no investimento doméstico. Igualmente, registrou-se um enfraquecimento da demanda externa, que caiu 9,8% no período. Este desempenho negativo deve-se a um descenso tanto nas exportações petroleiras quanto nas não petroleiras. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 24 Quadro 2 Produto interno bruto real Enfoque da demanda (Variação %) A preços de 1997 2009/2008(*) 2008/2007 1) Consumo (1,8) 7,0 Público 2,1 6,7 Privado (2,6) 7,1 2) Formação bruta de capital fixo 3) Demanda agregada interna (7,6) (8,1) (3,3) 5,5 4) Exportações (9,8) (2,7) 5) Importações (19,7) 3,8 (*) Cifras estimadas. Fonte: BCV. A queda evidenciada na atividade econômica não petroleira repercutiu desfavoravelmente no mercado laboral, ao se observar, pela primeira vez após cinco anos, um aumento na desocupação. Segundo cifras oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego promediou 8% nos primeiros 11 meses do ano, o qual representou um incremento de 0,6 pontos porcentuais comparado com a taxa média apresentada em 2008. Gráfico 3 Taxa de desocupação (média trimestral) 25 20 15 10 Set Mar-09 Set Mar-08 Set Mar-07 Set Mar-06 Set Mar-05 Set Mar-04 Set Mar-03 Set Mar-02 Set Mar-01 Set 0 Mar-00 5 Fonte: INE Considerando à composição da força de trabalho por setores institucionais, os processos de nacionalização realizados em 2009 deram passo a um novo reponte do emprego público. Esta situação permitiu que a participação do setor público sobre o total da população ocupada se incrementasse em 1,1 pontos porcentuais, para se colocar em 19% para o fechamento do terceiro trimestre de 2009. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 25 As atividades econômicas que durante o período janeiro-setembro apresentaram maiores quedas em termos absolutos nos seus níveis de ocupação, foram construção (40.266 empregos) e manufatura (10.614 empregos). Por outro lado, o pessoal ocupado no setor comércio apresentou um aumento neto de 44.257 trabalhadores. As remunerações nominais medidas através do Índice de Remunerações (IRE), calculado pelo BCV, subiram para uma taxa anual de 22,2% para o fechamento do terceiro trimestre de 2009. No entanto, o salário mínimo colocou-se em Bs. 959,08, após o Executivo Nacional decretar dois alças pontuais de 10%, as quais implementaram-se nos meses de maio e setembro. Preços O índice nacional de preços ao consumidor (INPC) registrou durante o período janeironovembro de 2009 uma variação acumulada de 23%, cifra que significou uma diminuição de 4,6 pontos porcentuais (pp) em relação com o registro de similar período de 2008. O núcleo inflacionário também reduz seu ritmo de crescimento em relação com o observado no ano prévio, embora sua taxa de aumento manteve-se por cima daquela do INPC, ao apresentar em novembro um incremento acumulado de 27,6%11. A desaceleração observada nestes indicadores esteve determinada, entre outros fatores, pelo menor dinamismo que apresentou a demanda agregada interna ao longo do ano, as políticas governamentais orientadas a garantir a segurança alimentar e as condições climáticas que fizeram possível uma oferta abundante de alguns bens agrícolas durante o primeiro semestre de 2009. Neste sentido, destacou o avanço relativamente moderado mostrado pelos preços dos alimentos e as bebidas não alcoólicas, agrupação que subiu 18,3% no período, um comportamento que contrastou com o alta de 36% observada em 2008. Não obstante, cabe salientar que diversos fatores continuaram gerando pressões inflacionárias, entre os que destacam: (1) a ampliação da brecha cambiária; (2) a inércia inflacionária, associada com os níveis de inflação passada e com as expectativas sobre a evolução futura desta variável; e, (3) a contração da oferta doméstica, especialmente aquela de produtos manufaturados. Adicionalmente, o incremento da alíquota do IVA, de 9% para 12%, em vigência a partir de abril de 2009, incidiu de maneira pontual no nível de preços e evitou uma maior diminuição da inflação durante o ano. Neste contexto, o Executivo Nacional realizou um conjunto de medidas visando neutralizar as pressões altistas sobre os preços, entre as quais podem se mencionar: • A manutenção duma política de subsídios para produção de alguns rubros agrícolas. • A aprovação do Plano Excepcional de Desenvolvimento para a Construção, Reabilitação e Consolidação da Infra-estrutura Agrária e Rural e Impulso Agrícola no território nacional todo durante o exercício fiscal 2009. • A aprovação do VII Plano Excepcional para o Fornecimento de Alimentos da Cesta Básica, matéria prima para a elaboração de alimentos e outros produtos alimentares de primeira necessidade. 11 O núcleo inflacionário é um indicador que isola da cesta do INPC os bens e serviços cujos preços apresentam uma grande volatilidade (bens agrícolas), e os bens e serviços cujos preços são administrados e/ou controlados. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 26 Gráfico 4 Indicadores de preços ao consumidor (variação anual) 45 40 36 35 30 28,6 26,2 25 20 15 10 IPC AMC Set Nov Jul Mai Mar jan-09 Set Núcleo inflacionário IPC-AMC Nov Jul Mai Mar Nov jan-08 Jul Set Mai Mar Nov jan-07 Jul Set Mai jan-06 0 Mar 5 INPC Fonte: BCV. Um outro elemento que coadjuvou com a mitigação da dinâmica inflacionária foi a manutenção da política de administração e controle de preços iniciada em fevereiro de 2003. Durante 2009, esta política caracterizou-se por realizar um menor número de ajustes nos preços dos produtos controlados e por decretar reduções nos preços de bens como a leite em polvo, o pão de sanduíche e as massas alimentícias. Todo isso permitiu com que os produtos controlados exibirem até novembro uma variação acumulada de 19,1%, ao se colocar desta forma por baixo do incremento observado em similar período de 2008 (24,4%), e do registro que amostraram os bens e serviços não controlados (26,6%). Quadro 3 Ajustes na política de administração e controle de preços 2009 Gazeta Oficial N° Data Matéria 39.160 17 Abr Estabelecimento do PMVP da leite em polvo em todos seus tipos, apresentações, modalidades e denominações comerciais. Estabelecimento dos PMVP do milho branco, milho amarelo, pão de trigo branco normal de sanduíche e massas alimentícias elaboradas com mistura de trigo. 39.168 24 Abr Ajuste das tarifas máximas do serviço de transporte terrestre público em rotas suburbanas e interurbanas. 39.205 22 Jun Estabelecimento do PMVP da açúcar nas suas diferentes apresentações. Estabelecimento do PMVP da leite pasteurizada em todas as suas apresentações, modalidades e denominações comerciais. Estabelecimento do PMVP do queijo branco duro, semiduro e pasteurizado em todas suas modalidades, apresentações e denominações comerciais. Estabelecimento dos PMVP do óleo de milho, óleo misturado, óleo de girasol e sardinha em lata. 39.208 26 Jun Estabelecimento deo PMVP do arroz branco de mesa e da farinha de milho pré-cozida. 39.254 01 Sep Estabelecimento dos PMVP do molhode tomate envasada, sardinha em pesqueiro, café em grão e café moído em todas suas apresentações. PMVP: Preço máximo de venta ao público. Fonte: Gazetas Oficiais. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 27 Ao analisar o comportamento inflacionário por tipo de bem, observou-se que, até novembro de 2009, os bens negociáveis e os não negociáveis exibiram taxas de inflação acumulada similares de 23% e 22,8% respectivamente, as quais resultaram, em ambos os casos, inferiores às registradas em similar período de 2008 (30% e 24,1%). O menor incremento dos negociáveis respondeu, essencialmente, à desaceleração experimentada pelos preços dos alimentos e bebidas não alcoólicas, no entanto, no caso dos não negociáveis influi de maneira importante o menor aumento de preços observado na agrupação “restaurantes e hotéis”, cuja taxa de variação diminui de 38,1% em 2008 para 27,4% em 2009. Por domínios de estudo, Caracas e Mérida foram as cidades com maiores taxas de inflação, ao registrar até novembro variações de 25,2% e 25,1%, níveis que superaram em 2,2 e 2,1 pontos porcentuais à média nacional. Pela sua parte, o domínio que mostrou o menor incremento de preços foi “Resto Nacional”, com uma variação de 21,3%12. O índice de preços por atacado (IPA) registrou no período uma taxa de variação acumulada de 24%, na frente do incremento de 27,7% registrado em 2008. Comparado com o ano anterior, o comportamento do IPA esteve determinado, principalmente, pela evolução dos preços dos bens importados, os quais foram influenciados pelas maiores restrições de Cadivi para a entrega de divisas, razão pela qual passaram de ter uma taxa de variação de 17,3% em 2008, para uma de 37,3% em 2009. Pela sua parte, o encarecimento dos bens nacionais foi de 26,5%, valor que se coloca em 8 pontos porcentuais por baixo do registro amostrado em similar mês do ano precedente (34,5%). No que respeita ao índice de preços para o produtor da indústria manufatureira privada, mostrou em novembro uma desaceleração de 0,3 pontos porcentuais na sua taxa de variação entre anos, com o qual sua ascensão colocou-se em 26%. Gráfico 5 Índice de preços ao consumidor por domínio de estudo (variação acumulada a novembro) 26 25 24 23 22 21 Fonte: BCV and INE. 12 Este domínio agrupa cidades médias e pequenas, bem como a zona rural do país. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 28 Resto Nacional Maracaibo Ciudad Guayana Nacional Valencia Barcelona-Pto la Cruz San Cristóbal Maturín Barquisimeto Maracay 19 Mérida 20 Caracas Ao analisar o comportamento inflacionário por tipo de bem, observou-se que até novembro de 2009, os bens negociáveis e os não negociáveis exibiram taxas de inflação acumulada similares, de 23% e 22,8% respectivamente, as quais resultaram, em ambos os casos, inferiores às registradas em similar período de 2008 (30% e 24,1%). Balança de pagamentos Cifras preliminares refletiram um saldo na balança de pagamentos de USD -11.027 milhões (5,5% do PIB). Este resultado desenvolveu-se num âmbito internacional desfavorável, no qual os efeitos da crise econômica mundial ainda podem se sentir, o qual pressionou inicialmente à baixa dos preços internacionais das matérias primas. Quadro 4 Balança de Pagamentos1/ Resumo Geral (Milhões de US$) 2009(*) 2008(*) Conta Corrente Saldo em Bens Exportações de Bens F.O.B. Petroleiras Não Petroleiras Importações Saldo em Serviços Saldo em Renda Transferências Correntes 12.416 22.436 60.936 57.610 3.326 (38.500) (7.511) (2.185) (324) 37.392 45.656 95.138 89.128 6.010 (49.482) (8.354) 698 (608) Conta Capital e Financeira Investimento Direto Investimento de Carteira Outro Investimento (18.900) (6.292) 7.065 (19.673) (24.820) (924) 3.046 (26.942) (4.543) (3.297) (11.027) 9.275 11.027 (9.275) 11.588 (9.456) Erros e Omissões Saldo em Conta Corrente, Capital e Financeira Reservas Ativos 2/ e 3/ Passivos (561) 181 (*) Cifras preliminares. As estimações de 2009 incluem projeções do fechamento do IV trimestre do ano. 1/ Elaborada segundo os lineamentos da V edição do Manual de Balança de Pagamentos do FMI. 2/ Um sinal positivo indica uma diminuição do ativo ou aumento do passivo correspondente. 3/ Exclui ajustes por variações de tipos de câmbio, preços e atualização contável nos Balanços do BCV. Fonte: BCV. O saldo em conta corrente foi de USD 12.416 milhões (6,2% do PIB). Este resultado, que mostra uma contração de 66,8%, esteve associado com a queda das exportações petroleiras, que se colocaram em USD 57.610 milhões na frente dos USD 89.128 milhões registrados em 2008. As exportações petroleiras estiveram determinadas pela queda em volumeis (3,6%) e na média de preço da cesta venezuelana (32,7%). Cabe salientar que a redução dos volumeis exportados obedece aos cortes de produção acordados pela OPEP para cada um dos seus países membros. As exportações não petroleiras colocaram-se em USD 3.326 milhões, o qual representou uma diminuição de 44,7% comparado com 2008, nos setores público e privado, especialmente das empresas produtoras de metais comuns, sustâncias e produtos químicos e produtos de cauchos, entre outros. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 29 As importações alcançaram um nível de USD 38.500 milhões ao se evidenciar uma diminuição de 22,2% durante 2009, o qual obedeceu, principalmente, ao declive que mostrou o setor privado (26%). O saldo da conta financeira esteve sustentado na conta outro investimento (USD -19.673 milhões), onde se refletiu um aumento dos ativos públicos no ano associado à atividade petroleira. O setor privado não financeiro incrementou seus depósitos, perante três novas emissões de títulos públicos no ano, que ampliaram o mercado secundário de valores entre residentes e não residentes. No entanto, os fluxos agregados de investimento direto originaram um déficit de USD 6.292 milhões, associado com um aumento dos ativos da indústria petroleira por conceito de facturas por cobrar às suas filiais do exterior, e uma diminuição dos passivos na frente dos investidores diretos no país, trás a aquisição pelo Estado venezuelano de empresas de capital estrangeiro nos setores siderúrgico, financeiro e do cimento. No referente à conta investimento de carteira, seu saldo de USD 7.065 milhões explica-se pela liquidação de ativos do Governo e instituições financeiras privadas, e pelo incremento dos passivos em títulos dos setores petroleiro e Governo. O resultado da balança de pagamentos permitiu acumular um nível estimado de reservas internacionais brutas do BCV para 31 de dezembro de 2009 de USD 35.011 milhões. Setor monetário e financeiro O comportamento do mercado monetário em 2009 esteve marcado pela desaceleração do ritmo de crescimento dos agregados. Efetivamente, informação provisional para o mês de dezembro reporta uma taxa de crescimento da liquidez monetária nominal (M2) de 19,5%, inferior à variação média do ano prévio (25,1%), e à correspondente ao primeiro semestre de 2009 (29,1%). Em termos reais este agregado experimentou, para 18 de dezembro, uma queda de 4,6%. Gráfico 6 Liquidez monetária nominal e real (variação entre anos) 90 70 50 30 19,5 10 -4,6 -30 jan-05 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez jan-07 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez jan-08 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez jan-09 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out * Nov ** Dez -10 M2 real * À semana de 27/11 **À semana de 11/12 Fonte: BCV. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 30 M2 nominal Embora o crescimento do multiplicador monetário, a evolução da liquidez ficou determinada pela desaceleração da base monetária. Um fator determinante neste resultado foi a menor incidência das operações do setor público13, vinculado principalmente com as colocações de dívida pública nacional realizadas ao longo do ano. A ação monetária do BCV foi expansiva em Bs. 11.825 milhões, contrário ao efeito neto das suas intervenções durante 2008, igualmente houve uma menor desmonetização através das ventas netas de divisas. Em 2009, as taxas de juro responderam às modificações estabelecidas pelo BCV em quanto aos topes legais. Nesse aspecto, a taxa média aplicada sobre as operações ativas dos bancos universais e comerciais colocou-se para 18 de dezembro em 18,8%, 3,4 pontos porcentuais por baixo do seu nível no ano prévio. Pela sua parte, as taxas dos depósitos de poupança e de prazo situaram-se para 18 de dezembro em 12,6% e 14,9%, 2,4 e 2,5 pontos porcentuais menores ao fechar de 2008, respectivamente. Gráfico 7 Taxas de juros Banca comercial e universal Revisão do tope mínimo nas contas de poupança de 14% para 12,5% , DPF de 16% para 14,5% e TC de 31% para 29% (%) 28 26 24 Início da regulação de taxas 22 20 Revisão do tope mínimo nas contas de poupança de 10% para 13% e DPF de 11% para 14% 18 16 14 12 10 8 6 Revisão do tope mínimo nas contas de poupança de 13% para 15% e DPF de 14% para 17% 2 jan-05 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez jan-07 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez jan-08 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez jan-09 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez * 4 Revisão do tope mínimo nas contas de poupança de 15% para 14% , DPF de 17% para 16% e TC de 33% Ativa DPF Poupança * À semana de 18/12/09. Fonte: BCV. O desempenho do sistema bancário foi afetado pelo menor dinamismo da atividade econômica, num âmbito de políticas dirigidas para preservar o adequado funcionamento do sistema de pagamentos e para promover o crédito às atividades produtivas. Embora o BCV implementou uma política monetária expansiva, um conjunto de instituições financeiras teve problemas de liquidez, o que levou às autoridades regulatórias para uma avaliação exaustiva destes casos particulares e adotar medidas administrativas e preventivas. Em todo momento, o BCV apoiou o resto das autoridades financeiras para empreender o saneamento oportuno do sistema bancário nacional, visando preservar a estabilidade do sistema de pagamentos e defender os interesses dos poupadores. 13 Inclui a gestão de Governo central, Pdvsa, Bandes, Fogade, governos estatais e municipais, institutos autônomos, universidades e organismos paraestatais. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 31 Nesse sentido, após ter mantido um acompanhamento muito forte dos seus indicadores e operações financeiras, tomou-se a decisão de adotar medidas sobre oito instituições, desde a intervenção sem e com demissão da intermediação financeira até a liquidação. Em primeira instância, no mês de novembro, se fez um processo de intervenção sem demissão da intermediação financeira de quatro instituições14. Posteriormente, para duas delas, a intervenção continuou, mas com demissão da intermediação financeira, e decidiu-se liquidar em 27 de novembro as outras duas (Banco Canarias de Venezuela e Banco Provivienda-Banpro), após a Sudeban considerou existiam razões técnicas, financeiras e legais para ditas instituições não seguirem operando15 e 16. Uma segunda intervenção com demissão da intermediação financeira foi feita no começo do mês de dezembro e abrangeu quatro instituições financeiras (Central Banco Universal, Baninvest, Banorte e Real). Após isso, o Executivo Nacional anunciou a criação do Banco Bicentenario, conformado por Banfoandes, Bolívar Banco, Central Banco Universal e Banco Confederado, o qual iniciou suas operações em 21 de dezembro. Excluindo o grupo de instituições financeiras que foram confiscados, observa-se que o sistema financeiro venezuelano mostra níveis aceitáveis nos seus principais indicadores. Se bem durante grande parte do ano a intermediação registrou descensos com respeito ao ano prévio, tal comportamento reverteu-se para finais do período produto das medidas anunciadas pelo Executivo Nacional e o BCV para reativar o crédito e impulsionar o crescimento econômico. 59,0 88,5 90,7 55,6 87,4 87,8 56,3 54,3 59,8 Dez 86,8 58,0 Set 82,2 86,1 58,0 Jun 76,6 71,6 82,1 56,8 55,8 Dez 52,1 Mar-08 39,3 Dez 42,5 40,6 38,4 Set 39,9 36,1 Set Dez 38,4 38,3 39,2 35,2 28,9 Mar-04 36,9 28,3 34,0 27,3 Set 30 Dez 40 36,8 50 28,7 60 48,7 72,4 67,5 66,1 66,6 64,8 73,9 71,5 74,2 73,0 74,1 73,1 67,8 67,7 70 67,6 72,3 80 69,9 90 76,5 100 85,9 Gráfico 8 Banca comercial e universal Intermediação 20 Financeiro Set Nov-09 Jun Mar-09 Set Jun Mar-07 Jun Mar-06 Jun Mar-05 Dez Set Jun Jun 0 Mar-03 10 Creditício Fonte: Sudeban. Excluindo o grupo de instituições financeiras que foram intervindas, observa-se que o sistema financeiro venezuelano mostra níveis aceitáveis nos seus principais indicadores. 14 Banco Canarias, Banco Provivienda-Banpro, Bolívar Banco e Banco Confederado, todos eles bancos universais. Publicada na Gazeta Oficial N° 39.310 de data 19 de novembro de 2009. 15 Segundo o estabelecido na Lei de Reforma Parcial da Lei Geral de Bancos e Outras Instituições Financeiras. Resolução publicada na Gazeta Oficial N° 39.316 de data 27 de novembro de 2009. 16 Paralelamente com as intervenções das instituições financeiras antes mencionadas, intervieram-se as bolsas e empresas de seguros vinculadas com estas entidades. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 32 Em quanto à qualidade dos ativos, embora os créditos vencidos e em litígio registram um incremento com respeito à carteira bruta, este indicador mantém-se por baixo dos níveis alcançados para inícios de 2004. Gráfico 9 Banca comercial e universal Indicadores de morosidade 5,2 3,1 3,0 2,6 2,4 3,1 2,6 Set out-09 Nov-09 3,0 2,7 2,5 Jun 2,2 2,2 1,8 Dez Mar-09 2,2 2,0 2,0 1,7 Set Jun 1,8 1,5 1,5 1,2 Dez Mar-08 1,5 1,4 1,3 1,0 Set Jun 1,1 1,3 1,0 1,3 Set Dez 0,9 1,2 Jun 0,9 Mar-07 1,4 1,2 1,0 Dez 0,8 Mar-06 1,2 Set 1,8 2,6 2,0 1,7 1,3 Jun Set Jun 0 Mar-04 1 Mar-05 2 2,5 2,8 4,0 2,9 4 3 Carteira Imobilizada1/ Carteira de Créditos Bruta Carteira Imobilizada2/ Carteira de Créditos Bruta 4,4 5 1,0 6 1,6 7 Dez 8 7,0 % 1/ Carteira reestruturada+vencida+litigio 2/ Cartera +vencida+litígio Fonte: Sudeban. Pelo lado do ativo, salienta que as investimentos em valores registraram um incremento anual de 23,1%, enquanto a carteira de créditos aumentou em 10,5% comparado com dezembro de 2008. Cabe mencionar que a expansão da carteira de investimentos das instituições financeiras correspondeu-se em parte com as novas emissões de Vebonos, letras do Tesouro e bônus em moeda estrangeira de Pdvsa, realizadas durante o ano, conforme com a estratégia de endividamento definida pelo Executivo Nacional. A carteira de créditos em termos reais evidenciou para novembro uma redução entre anos de 11,7%. Dentro desta, os empréstimos comerciais, de consumo, microcréditos e agrícolas também mostraram uma diminuição anualizada de 27,4%, 18,8%, 20,3% e 2%, respectivamente. O resto das carteiras exibiram incrementos reais de 14,1% no caso do turismo, e 5,8% para o setor hipotecário. Os empréstimos bancários orientados para os setores considerados prioritários17 vêm adquirindo cada vez mais relevância no total da carteira de créditos bruta ao tomar 38,7% para novembro, comparado com 29% em dezembro de 2008, o qual poderia estar associado com as melhoras nas taxas de juro preferenciais outorgadas a estes setores, e às exigências de cumprimento das percentagens mínimas estabelecidas. Pelo contrário, os empréstimos para o consumo diminuíram sua ponderação ao passar de 23,6% para 22,3% para o mês de novembro de 2009, apesar da redução da taxa de juro aplicável aos cartões de crédito. 17 Corresponde aos créditos dirigidos à agricultura, turismo, indústria manufatureira, micro-empresas e hipotecários. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 33 Gráfico 10 Banca comercial e universal Taxa de crescimento anual real da carteira de créditos (%) 350 300 250 200 150 100 50 Comerciais Consumo Agrícolas Nov Ago Abr Jun Fev Out Dez-08 Ago Abr Microempresa Jun Fev Out Dez-07 Ago Abr Jun Fev Out Hipotecários Dez-06 Ago Abr Jun Fev Out Dez-05 Ago Abr Jun Fev Out Dez-04 Ago Abr Jun Fev -50 Dez-03 0 Turismo Fonte: Sudeban and BCV. Pelo lado do passivo, as captações totais mostraram uma média de aumento de 26,8% durante o período janeiro-novembro de 2009, frente a 30,9% em igual lapso do ano anterior. Por setor institucional, os depósitos provenientes do setor privado cresceram 11% (29,1% em 2008), enquanto os dos organismos oficiais incrementaram-se 33% (14,5% para o fechamento do ano prévio). Gráfico 11 Banca comercial e universal Estrutura da carteira de créditos (%) 24,1 Dic-08 Junio-09 39 38,7 22,3 23,6 29 26,9 25 Junio-08 23 25,1 24,5 21,1 20,1 24,3 17,7 20 22,6 40 30 39,3 36,5 50 47,4 48,0 51,9 54,4 60 55,6 59,7 70 10 0 Junio-06 Dic-06 Junio-07 Carteras prioritarias Fonte: Sudeban and BCV. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 34 Dic-07 Consumo Comerciales Nov-09 Em definitiva, o ano 2009 sobressaiu como um período de reacomodação do sistema bancário nacional, produto do processo de confiscações, as fusões e as aquisições de instituições financeiras que aconteceram. Nesse respeito, é bom mencionar a intervenção do Banco Industrial de Venezuela de portas abertas, começando em maio do ano em curso, após a Sudeban detectar problemas de certa severidade. Pela sua parte, o Stanford Bank foi confiscado em fevereiro e, posteriormente, fusionado com o Banco Nacional de Crédito no mês de junho. Em julho, o Governo nacional adquiriu o Banco de Venezuela, anteriormente do grupo espanhol Santander. Esta compra realizou-se dentro da estratégia de desenvolvimento nacional do país, e visando que dito organismo passar a ser o dinamizador da Corporação da Banca Pública, figura criada em setembro, com o objetivo de alcançar o acoplamento, racionalização, utilização, eficácia, eficiência e sustentabilidade deste setor. Continuando com as reformas necessárias para o normal funcionamento do sistema bancário nacional, a Assembléia Nacional aprovou em 23 de dezembro a Lei de Reforma Parcial do Decreto N° 6.287, com Nível, Valor e Força da Lei Geral de Bancos e Outras Instituições Financeiras, a qual contemplou em líneas gerais os seguintes aspetos: o requerimento da autorização da Sudeban para a aquisição de ações entre instituições financeiras; a modificação da estrutura organizativa do Fundo de Garantia dos Depósitos e Proteção Bancária (Fogade); aumento da contribuição semestral das instituições financeiras a Fogade de 1% dos depósitos para 1,5%; e incremento do montante da garantia dos depósitos de Bs. 10.000 para Bs. 30.000, a qual aplica nos processos de liquidação administrativa dos bancos Canarias e Banpro. Igualmente, dita cobertura estendeu-se aos depósitos cujos titulares são caixas de poupança e instituições de previsão social, com a inclusão do seu pagamento através de títulos com garantias reais. Outro elemento ressaltante é a mudança das prioridades para o momento de pagar a cobertura, ao prever o pagamento dos depósitos das crianças e adolescentes, e daquelas pessoas naturais maiores de 55 anos (antes 60 anos). (…) O Governo nacional adquiriu o Banco de Venezuela, anteriormente do grupo espanhol Santander. Esta compra realizou-se dentro da estratégia de desenvolvimento nacional do país, e visando dito organismo seja agora o dinamizador da Corporação da Banca Pública. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 35 Iv/ os retos para 2010 As mudanças que operam no âmbito internacional e seus mecanismos de transmissão à sociedade venezuelana, como resultado da acentuação da crise da economia mundial, e seus impactos econômicos, geopolíticos e ideológicos, colocam desafios difíceis de serem subestimados para o país. Efetivamente, a crise provocou uma substancial contração da produção real de bens e serviços e numa reconceitualização dos parâmetros fundacionais da ordem econômica internacional, motivada pelo seu caráter universal, cobertura global e permanência no tempo. Isto manifesta-se na crescente dificuldade dos centros hegemônicos tradicionais para conduzirem sozinhos a recuperação da economia mundial, e o surgimento de novos pólos de poder com visões diferenciadas e competitivas ao redor das políticas idôneas para conduzir o crescimento econômico e segurar a estabilidade de preços. O caráter sistêmico da crise econômica transtorna as ortodoxias habituais em volta do papel legítimo do Estado na economia e cristaliza numa redescoberta de políticas econômicas que visam, através do investimento público direto e operações de salvamento de bancos e empresas, preservar o funcionamento dos sistemas de pagamentos e a manutenção dos níveis de produção e emprego. Neste novo contexto, o sistema econômico moderno não pode funcionar sem um sistema financeiro global, transparente, regulado e eficiente. A banca central deve continuar explorando na previsão das crise sistêmicas dos sistemas de pagamentos, avaliando a conveniência do tamanho e tipologia das instituições financeiras, e trabalhando sobre as responsabilidades dos órgãos de supervisão no fomento duma maior fiscalização, controle e transparência, compromissos correspondentes a Sudeban, Fogade, a Comissão Nacional de Valores (CNV) e ao instituto emissor. É plausível que na cena mundial de crescente multipolaridade, a política exterior venezuelana continuar cristalizando iniciativas na consolidação da América Latina e do Caribe como zona de integração econômica, através do fortalecimento da União de Nações Sul-americanas; o ingresso da Venezuela ao MERCOSUL; a concreção do Banco do Sul e da ALBA; o Fundo Chinese-Venezuelano, o Sucre e a consolidação de sistemas binacionais de pagamentos em moedas nacionais, que permitirem preservar os fluxos comerciais com um impacto mínimo no uso de divisas e portanto sobre as reservas internacionais, bem como reforçar as medidas de proteção econômica do nosso país. (…) Estima-se outorgar mais versatilidade no desenho da política monetária, e esforços adicionais para afinar o funcionamento do mercado cambiário, com o objetivo de minorar as causas estruturais da inflação e oferecer aos agentes econômicos e à população conhecimento e informação para atuar de maneira mais eficaz na atividade econômica. Perante este reto, é responsabilidade do Banco Central apoiar o Executivo Nacional no desenho e estabelecimento de instrumentos para a consolidação da arquitetura financeira regional e no fortalecimento dos nexos de cooperação monetária e financeira entre os bancos centrais da região, o qual requer do concerto de atuações, a intensificação de intercâmbios, uma atuação mais assertiva, articulada e consistente pela parte do Instituto, bem como a recomposição de ativos baixo seu controle. Alcançar os objetivos de desenvolvimento harmônico com redução da pobreza, inclusão social e diminuição progressiva do nível de inflação, requer a estreita coordenação e cooperação do Instituto com o Executivo Nacional e outras instituições do Estado. Estima-se outorgar maior versatilidade no desenho da política monetária e esforços adicionais para afinar o funcionamento do mercado cambiário, com o objetivo de diminuir as causas estruturais da inflação e prover os agentes econômicos e a população com conhecimento e informação para atuar de maneira mais eficaz na atividade econômica. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 36 A contribuição do Instituto com um crescimento econômico sustentável e equitativo começa com convicção de que as causas da inflação na Venezuela transcendem o aspecto monetário e requerem do desenho de políticas específicas encaminhadas para facilitar o financiamento ao investimento produtivo, atenuar a vulnerabilidade externa da economia nacional, fortalecer o sistema de pagamentos e melhorar a qualidade das políticas públicas no âmbito setorial, social e regional, mediante o desenvolvimento de novas estimações econômicas, o aperfeiçoamento dos modelos de simulação, e o apoio à integração econômica e financeira regional. A adoção de políticas e ações necessárias que viabilizarem o processo de mudança social, econômica e política no trânsito para um novo modelo sócio-produtivo visa superar as assimetrias, para alcançar a satisfação das necessidades gerais da população. O ênfase particular do BCV é a contribuição com o Gabinete Econômico para recuperar a senda de crescimento do PIB, diminuir a brecha cambiária, e assim atingir os requerimentos da sociedade e do setor produtivo nacional. Nosso compromisso é segurar a eficiência e a segurança do sistema de pagamentos, de compensação e de liquidação de valores, estabilizar o cone monetário, a cooperação com os organismos reguladores que vigiam o sistema financeiro, e o trabalho social, educativo, cultural e de aproximação à comunidade, que reconhece o Banco Central como uma instituição de serviço público, com presencia regional, que transcende a concepção tradicional da banca central para se atualizar com as demandas do entorno cada vez mais cambiante. Em matéria fiscal, as projeções da média de preço da cesta venezuelana para 2010 são superiores às contempladas na formulação orçamentária. Esta estratégia prudente do Executivo Nacional responde a uma política de minimização de riscos para sustentar o cumprimento das atribuições orçamentárias e neutralizar os possíveis impactos negativos que o desenvolvimento da economia global poderia ter sobre o crescimento e desenvolvimento social. Não obstante, o impacto fiscal no crescimento econômico vai depender em grande medida da eficiência e qualidade no manejo do gasto público, especialmente, do gasto social e de investimento. O Instituto enfatizará a co-responsabilidade social, a solidariedade e a participação cidadã, bem como o estabelecimento de contatos diretos e permanentes com setores que expressam modalidades associativas de produção e distribuição social, e aquela parte da população de escassos recursos socioeconômicos, para os quais se dirigiram as iniciativas formativas e informativas em matéria econômica, financeira e sócioprodutiva; a promoção da cultura popular e o conhecimento do acervo histórico patrimonial custodiado pelo Instituto. Finalmente, o Banco Central conhece da importância de contar com um pessoal operário, técnico e profissional fortalecido para lograr seus objetivos, de jeito que realiza esforços por manter o desenho de sistemas de incentivos e apoio ao seu pessoal, de ações de lazer, esportivas e culturais; e a integração de pessoas com deficiências nos espaços físicos do Instituto; bem como a viabilização financeira dos distintos fundos, em prol de assegurar um âmbito laboral justo e sustentável da comunidade bancentralista, para receber o ano 2010 num ambiente de regozijo pela celebração do nosso 70 aniversário e do Bicentenário da Declaração da Independência da Venezuela. O Instituto enfatizará a coresponsabilidade social, a solidariedade e a participação cidadã, bem como o estabelecimento de contatos diretos e permanentes com setores que expressam modalidades associativas de produção e distribuição social, e aquela parte da população de baixa renda, que vai receber as iniciativas formativas e informativas em matéria econômica, financeira e sócioprodutiva. Caracas, dezembro de 2009 Nelson J. Merentes D. Presidente MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 37 v/ Anexo estaTístico Principais agregadosmacroeconômicos macroeconômicos Principais agregados 2009 (*) PIB para preços constantes de 1997 (Variação %) Total Petroleiro Não petroleiro Impostos netos sobre os produtos 2008 (*) Promédio 2000-2009 2007* (2,9) (6,1) (1,9) (6,6) 4,8 2,5 5,1 5,0 8,2 (4,2) 9,6 13,8 3,9 (1,2) 4,7 7,2 Taxa de desocupação Trimestral1/ Mensal2/ 8,0 7,5 7,7 6,1 9,0 6,3 13,9 12,2 Índice Nacional de Preços ao Consumidor (Variação %) 23,0 a/ 30,9 Saldo em conta corrente (Milhões de US$) Reservas internacionais brutas (Milhões de US$) BCV FEM Movimento cambiário do BCV (Milhões de US$)3/ Tipo de câmbio nominal (Bs./US$) Média Pontual - - 12.416 37.392 18.063 16.853 36.651 830 42.299 828 33.477 809 26.308 1.905 (7.631) 8.822 (3.209) 2.327 2.150 2.150 2.150 2.150 2.150 2.150 1.682 1.713 3/ Base monetária (Variação %) 12,2 30,6 43,3 36,0 Liquidez monetária (Variação %) 22,3 27,0 27,8 35,1 23,7 22,2 46,9 26,4 25,7 28,5 38,4 71,4 9,1 40,6 41,8 47,6 19,5 15,4 23,2 15,7 17,3 10,8 22,6 14,6 Banca comercial e universal (Variação %) 4/ Captações totais 5/ Carteira de crédito total Investimentos em valores totais Taxa de juro (%) 6/ Ativa Passiva (*) Cifras Cifras provisionais. (*) provisionais. Cifras revisadas. ** Cifras revisadas. a/ Acumulada Acumulada para novembro. a/ para novembro. 1/1/ Média dos trêstrês primeiros trimestres do ano. Média dos primeiros trimestres do ano. 2/ novembro. Para novembro. 2/ Para 3/3/ AoAofechar do do ano. fechar ano. 4/ Variação entre anos (Nov-09/Nov-08). 4/ Variação entre anos (Nov-09/Nov-08). 5/ Inclui depósitos a vista, de poupança, a prazo e outras captações. Inclui depósitos a vista, dedas poupança, a prazo 6/5/ Corresponde à média simples taxas de juro ativaee outras passivacaptações. dos dépositos a prazo da banca comercial e universal (cobertura nacional). 6/ Corresponde à média simples das taxas de juro ativa e passiva dos dépositos a prazo da banca comercial e universal Fonte: BCV, INE e Sudeban. (cobertura nacional). Fonte: BCV, INE e Sudeban. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 41 Produto interno bruto (Milhares de bolívares) 2009(*) Atividade petroleira Petróleo cru e gás natural Refinação Atividade não petroleira Mineração Manufatura Eletricidade e água Construção Comércio e serviços de reparação Transporte e armazenamento Comunicações Instituições financeiras e seguros Serviços imobiliários e empresariais Serv. Comunitários, soc. e pessoais e inst. sem fins de lucro que prestam serviços aos lares Produc. serviços do Governo geral Resto 1/ Menos: Sifmi 2/ Impostos netos sobre os produtos Produto interno bruto total 2007(*) Variação % 2009/2008 2008/2007 6.546.574 6.974.807 6.807.754 (6,1) 2,5 5.574.461 972.113 5.950.013 1.024.794 5.786.851 1.020.903 (6,3) (5,1) 2,8 0,4 43.520.778 44.341.887 42.179.373 (1,9) 5,1 310.765 8.558.818 1.296.790 4.005.178 5.694.031 2.008.675 3.091.650 2.472.777 5.392.275 346.124 9.221.059 1.240.229 3.884.314 6.204.345 2.196.369 2.807.613 2.561.406 5.488.240 361.347 9.091.014 1.173.526 3.745.075 5.929.400 2.115.963 2.375.946 2.685.828 5.346.257 (10,2) (7,2) 4,6 3,1 (8,2) (8,5) 10,1 (3,5) (1,7) (4,2) 1,4 5,7 3,7 4,6 3,8 18,2 (4,6) 2,7 3.293.584 6.597.959 3.450.994 2.652.718 3.193.912 6.455.064 3.448.266 2.705.054 2.916.723 6.127.655 3.265.686 2.955.047 3,1 2,2 0,1 (1,9) 9,5 5,3 5,6 (8,5) 6.171.831 6.610.306 6.296.377 (6,6) 5,0 56.239.183 57.927.000 55.283.504 (2,9) 4,8 1/ Compreende: Agricultura e restaurantes e hotéis. 2/ Sifmi: Serviços de intermediação financeira medidos indiretamente. Fonte: BCV. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 A preços de 1997 2008(*) PÁG. 42 População total, inativa e ocupada (Pessoas) Trimestres III 2009 População total População com 15 anos e mais 1/ População inativa População ativa Ocupada Formal Setor privado Setor público Informal Trabalhadores por conta própria não profissionais Patrões ou empregadores Empregados e operários Ajudantes familiares não remunerados Não classificáveis 2/ Desocupada Inativos 3/ BTPPV Taxa de desocupação (%) IV 2008 Variação % III 2008 III 2009/III 2008 28.238.432 27.902.283 27.788.943 1,6 19.885.709 19.575.195 19.470.331 2,1 6.895.686 6.892.096 6.826.623 1,0 12.643.708 2,7 12.990.023 12.683.099 11.914.286 11.880.974 11.756.915 1,3 6.607.246 4.343.244 2.264.002 5.306.334 6.642.043 4.495.109 2.146.934 5.236.778 6.681.446 4.582.768 2.098.678 5.075.018 (1,1) (5,2) 7,9 4,6 3.585.433 348.129 1.280.768 92.004 3.451.450 381.172 1.331.343 72.813 3.354.976 361.037 1.274.222 84.783 6,9 (3,6) 0,5 8,5 706 2.153 451 1.075.737 986.454 89.283 802.125 730.330 71.795 886.793 811.441 75.352 8,3 6,6 7,0 21,3 21,6 18,5 Nota: A população total no setor privado está conformada pelo emprego formal privado, o informal e os não classificáveis. 1/ População em idade para trabalhar. 2/ Não declararam alguma das variáveis que permitam sua classificação como ocupados no setor formal ou informal da economia. 3/ Em procura de emprego pela primeira vez. Fonte: INE. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 43 Indicadores de preços (Variação %) A novembro de 2009 A novembro de 2008 Acumulada Acumulada Índice nacional de preços ao consumidor (INPC) Geral Alimentos e bebidas não alcoólicas Bebidas alcoólicas e tabacos Vestido e calçado Aluguel de moradias Serviços para moradia, exceto telefone Equipamento do lar Saúde Transporte Comunicações Lazer e cultura Serviço de educação Restaurantes e hotéis Bens e serviços diversos 23,0 18,3 38,8 15,9 13,8 2,3 31,4 27,4 29,6 7,9 26,5 26,2 27,4 42,6 27,6 36,0 31,4 16,7 9,6 5,9 27,6 27,0 28,8 5,5 23,9 26,5 38,1 30,9 Bens Agrícolas Pesqueiros Agroindustriais Outros manufaturados 23,0 17,9 26,1 16,3 30,4 30,0 42,5 26,5 34,2 23,7 Serviços 22,8 24,1 Índice de difusão (porcentagem média) 68,1 73,2 Relação transáveis / Nao transáveis 0,2 4,8 Índice de preços por atacado (IPPA) Geral Nacional Importado 24,0 21,5 34,5 27,7 31,3 14,7 Índice de preços da indústria manufaturera privada (IPP) 25,3 24,6 Fonte: BCV. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 44 MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 45 (*) Cifras para a semana de 27 de novembro. * Cifras revisadas. Fonte: BCV. Nov.09/ Nov.08 Variação% Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro (*) 2009 2008* Novembro Dezembro 12,2 77.251.271 77.529.699 77.298.242 78.327.052 78.769.740 84.117.206 81.089.467 84.789.498 85.652.701 84.732.045 89.671.500 79.894.358 83.786.662 (12,7) 57.180.808 56.591.021 55.610.246 55.082.315 54.249.132 56.759.248 53.453.835 54.773.578 53.937.469 52.239.239 54.280.569 62.174.598 63.522.867 Base monetária Nominal Real 22,3 193.288.572 194.689.061 198.208.963 199.738.864 202.899.085 210.247.902 219.249.723 222.986.267 228.808.265 219.330.859 232.500.783 190.085.710 194.274.695 (4,9) 143.070.741 142.108.804 142.596.376 140.463.336 139.737.662 141.867.680 144.528.492 144.047.976 144.085.809 135.222.478 140.738.973 147.926.622 147.289.382 Liquidez monetária Nominal Real Agregados monetários (Saldo em milhares de bolívares) 20,7 122.632.490 123.107.727 126.910.358 125.866.159 126.409.846 131.493.311 135.707.427 134.828.628 141.189.590 136.863.946 148.157.124 122.753.694 124.036.259 (6,1) 90.771.643 89.859.655 91.302.416 88.513.473 87.059.122 88.726.931 89.457.763 87.098.597 88.910.321 84.379.745 89.683.489 95.528.166 94.038.104 Circulante Nominal Real 25,3 70.656.082 71.581.334 71.298.605 73.872.704 76.489.240 78.754.590 83.542.296 88.157.638 87.618.675 82.466.914 84.343.659 67.332.016 70.238.436 (2,6) 52.299.098 52.249.149 51.293.961 51.949.862 52.678.540 53.140.749 55.070.729 56.949.379 55.175.488 50.842.733 51.055.484 52.398.456 53.251.278 Quase-dinheiro Nominal Real Banca comercial e universal Resumo do balanço de situação (Milhares de bolívares) 2009 a/ 2008 a/ Total ativo Disponibilidades 1/ Carteira de créditos Vigente Reestruturada Vencida Litígio Menos: Provisão para carteira de créditos 2/ Investimentos em valores Colocações no BCV e operações interbancárias Títulos valores para negociar Títulos valores disponíveis para venta Títulos valores mantidos até seu vencimento De disponibilidade restringida Outros títulos valores Menos: Provisão para investimentos em títulos valores Juros e comissões a cobrar 3/ Investimentos em empresas filiais, afiliadas e sucursais no exterior Outros ativos 4/ 5/ Total passivo Depósitos totais A vista De poupança A prazo Outras captações de público 6/ Outras contas do passivo 7/ Gestão operativa Patrimônio Variação porcentual 2009/ 2008 344.633.764 267.103.146 29,0 76.274.299 66.117.383 15,4 153.663.532 154.259.086 887.860 3.905.529 178.803 5.567.746 125.775.709 126.357.265 335.138 2.408.699 132.517 3.457.910 22,2 22,1 164,9 62,1 34,9 84.854.888 35.979.544 2.035.852 18.688.295 15.224.851 8.804.215 4.228.863 57.772.392 29.039.838 636.857 5.503.702 13.431.499 7.077.331 2.847.114 46,9 23,9 219,7 239,6 13,4 24,4 48,5 (86,0) 106.732 763.949 3.930.269 3.556.543 10,5 4.784.931 2.693.449 77,7 21.125.845 11.187.670 88,8 315.365.279 244.891.197 28,8 259.917.440 131.763.706 52.173.106 32.268.423 43.712.205 210.075.181 108.975.496 44.274.039 23.972.185 32.853.461 23,7 20,9 17,8 34,6 33,1 55.447.839 34.816.016 59,3 2.123.140 2.507.987 (15,3) 27.145.345 19.703.962 37,8 a/ Cifras para o mês de novembro. 1/ Refere-se às disponibilidades netas porque inclui a provisão para disponibilidades. 2/ Inclui investimentos em: títulos valores para negociar, títulos disponíveis para venta, títulos mantidos até seu vencimento, em outros títulos valores e títulos por disponibilidade restringida. 3/ Inclui os rendimentos a cobrar: por disponibilidades, por investimentos em valores, por carteira de crédito e outras contas por cobrar. Adicionalmente inclui comissões a cobrar e a provisão. 4/ Inclui participação em outras instituições, investimentos em sucursais no exterior e as provisões. 5/ Inclui bens realizáveis, bens de uso e outros ativos. 6/ Inclui os direitos e participações sobre títulos valores. e captações do público restringidas. 7/ Inclui obrigações com o Banap e outros financiamentos obtidos. Adicionalmente, contempla os gastos a pagar: por captações de público, por obrigações com o BCV, por obrigações com o BANAP, por outros financiamentos obtidos, por outras obrigações por intermediação financeira, por obrigações convertíveis em capital e por obrigações subordinadas. Finalmente, outras obrigações por intermediação financeira, obrigações subordinadas e obrigações convertíveis em capital e outros passivos. Fonte: Sudeban. MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 46 MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 47 Variação relativa Nov09/Nov08 Nov09/Dez.08 Variação absoluta Nov09/Nov08 Nov09/Dez.08 Novembro Novembro Dezembro 7,9 5,7 4.869.854 3.570.746 66.156.386 61.286.532 62.585.640 (10,2) (10,7) (1.350.900) (1.412.518) 11.841.658 13.192.558 13.254.176 Veículos 21,3 23,0 3.882.086 4.130.941 22.078.970 18.196.884 17.948.029 crédito Crédito ao consumo Cartões de 8,1 8,7 2.531.186 2.718.423 33.920.628 31.389.442 31.202.205 Total 43,9 # 37,1 # 6.020.047 # 5.338.854 # 19.742.383 13.722.336 14.403.529 hipotecários Empréstimos 4,3 5,0 181.801 212.212 4.420.540 4.238.739 4.208.328 microempresa Créditos à 31,5 24,7 5.311.620 4.388.586 22.165.887 16.854.267 17.777.301 agrícolas Créditos 54,4 40,9 947.141 781.000 2.689.444 1.742.303 1.908.444 turismo Créditos - 10.136.010 10.136.010 10.136.010 - Manufatureira Créditos à Atividade # # 61,0 # 52,3 # 2.109.836 1.911.640 5.567.746 3.457.910 3.656.106 Provisão 22,2 19,6 27.887.823 25.234.191 153.663.532 125.775.709 128.429.341 neto Total 1/ Inclui créditos orientados aos setores: exploração de minas e hidrocarbonetos;construção; indústria manufatureira; transporte, armazenamento e comunicações; eletricidade, gás e água; comércio por atacado e a varejo, restarurantes e hotéis; serviços sociais, comunais e pessoais e atividades não bem especificadas. Fonte: Sudeban e cálculos próprios. 2009 2008 Créditos 1/ comerciais Distribuição da carteira de crédito Banca comercial e universal (Milhares de bolívares) Este mensaje de fin de año del Presidente del BCV se terminó de imprimir en Caracas, Venezuela, en los talleres del BANCO CENTRAL DE VENEZUELA, diciembre 2009 MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE dezembro 2009 PÁG. 48
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