jargão Mobilian
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jargão Mobilian
MOBILIDADE, CORPORATI~ EMPRESA JA TEM ESTRAl José Jairo S. Martins MOBILE TELEMÁTICA LTDA. Em 2013 os telefones celulares aliados aos tablets vão ultrapassar os PCs no acesso à web em todo o mundo. A massificação dos smartphones que alcançaram em 2012 a cifra de 1 bilhão de unidades comercializadas e, dos tablets vai sufocar cada vez mais os tradicionais Pcs. Até 2015, os embarques de tablets vão atingir cerca de 50% dos embarques de laptop e o Windows provavelmente ficará em terceiro lugar na preferência dos consumidores, atrás do Android e do iOs, da Apple. As vendas de computadores pessoais (PCs) da indústria para o comércio no quarto trimestre de 2012 somaram 90,3 milhões de unidades, número 4,9% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior, de acordo com o Gartner. Mais do que um desempenho ruim na economia mundial e desaceleração do consumo esta redução indica uma mudança estrutural do mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação, provocada pelo lançamento dos tablets. O que ocorreu foi uma mudança de cenário, se antes se imaginava que cada pessoa teria um tablet e um PC, hoje cada vez mais há indicativos de que os usuários terão um tablet para uso individual e compartilharão um PC. Se o mundo corporativo tinha dúvidas agora foram sanadas, definitivamente entramos na era pós-PC, aonde o número de dispositivos móveis nas empresas passa a ser muito maior do que o de desktops. São novos tempos marcados pela mobilidade e pelo uso crescente de dispositivos móveis para acessar conteúdos e aplicações. As mudanças são, na realidade, resultado da ação de quatro forças que atuam ao mesmo tempo no cenário de tecnologia da informação (TI): mobilidade, redes 11 OUTUBRO/ NOVEMBRO DE 2012 I BANCO HOJE WWWBANCOHOJE.COM.BR , EGIA? sociais, computação em nuvem e internet, chamadas, no jargão internacional: mobile, social, cloud & information. No conceito elaborado pelo Grupo Gartner, denominado "nexo das forças", esses fatores funcionam como quatro alavancas, cada uma com seu papel e sua função. Assim, o papel da mobilidade, por exemplo, é ampliar as possibilidades de acesso às pessoas. As redes sociais, por sua vez, estimulam novos comportamentos e novas aspirações. A computação em nuvem nos dá novas formas de entrega ou de obtenção de serviços e aplicações. E a informação universalizada pela internet fornece novos contextos às empresas e às pessoas. Em um passado recente, avam quase isoladamente. gem e atuam em conjunto, É mais rápido e agradável usar o smartphone ou o tablet, os ganhos de produtividade que estes dispositivos móveis trazem às empresas e a seus funcionários são muito tentadores. As empresas já começam a vivenciar a experiência de desenvolver aplicações prioritáriamente em plataformas móveis ao invés das tradicionais, em PC's. Isso significa que, se a sua empresa não possui uma estratégia para projetos de mobilidade neste momento, é melhor criar uma e rápido, se não quiser ficar para trás. estratégia requer E UE ET CA essas quatro forças atuAtualmente, elas convercom grande sinergia. Smartphones e tablets deixam de ser simples ferramentas de comunicação para se transformar em plataformas de aplicações e de acesso a informações, as mudanças ocorridas com a mobilidade no comportamento humano vieram para ficar. As pessoas já não executam programas apenas em desktops e notebooks, mas, sim, em dispositivos móveis, que acompanham o usuário onde ele estiver e quando necessitar. Essa revolução da mobilidade cria um novo ecossistema, afirma Oavid Smith do Gartner Group. Essa .-~.L , uma nova abordagem planejamento e desenvolvimento de uma nova arquitetura de aplicação, e ela nos dirá que os fatores como contextos irão se tornar cada vez mais importantes na otimização da experiência para usuários móveis. Cabe, então, às empresas acompanhar de perto os avanços que ocorrem a cada dia nas novas técnicas de interface de usuário (como toque, áudio, vídeo, gestos, busca, social e contexto) e criar um novo caminho para o futuro. Segundo a empresa de consultoria Alix Partners LLP, os dispositivos móveis representam hoje, cerca de 8% das transações bancárias nos EUA, a Internet 53% e as agências 14%, a consultoria também identificou que a disposição dos consumidores americanos de administrar suas finanças pessoais e fazer transações bancárias via dispositivos móveis pegou o setor desprevenido. Quase 50% dos usuários de smartphones que mudaram de banco disseram que as transações móveis foram um fator importante na sua decisão, comparado com 7% em 2010. de OUTUBRO! NOVEMBRO DE 2012 I BANCO HOJE 11 o FUTURO ESTA CHEGANDO maiores num futuro próximo. O FATO É QUE EXISTE UM LONGO GAP ENTRE O CONHECIMENTO DE QUE MOBILIDADE É UMA NECESSIDADE ESTRATÉGICA E O ESFORÇO ATUAL PARA RESPONDER O QUE É IMPERATIVO NAS ORGANIZAÇÕES No Brasil a expectativa é que o mobile banking se torne, em alguns anos, o segundo maior canal de transações dos bancos, a titulo de exemplo, atualmente, cerca de 7% das transações do Itaú Unibanco são realizadas por dispositivos móveis. O mundo corporativo ainda está tentando entender como lidar com a mobilidade, podemos até afirmar que a maioria das empresas não têm uma estratégia traçada para tal, fazendo apenas movimentos táticos pelo mercado, atendendo pontualmente as demandas. Um certo caos está estabelecido pelo fato de que a grande maioria dos dispositivos móveis passou a fazer parte das atividades da corporação através das áreas de negócio sem nenhuma estratégia centralizada, que tivesse como objetivo buscar o melhor aproveitamento e gestão de recursos, tanto nos aspectos de suporte técnico à infra-estrutura como também na aferição dos custos totais de propriedade e avaliação clara do retorno de investimentos. Esta alternativa de adoção dos dispositivos móveis sem uma estratégia corporativa pode resolver problemas específicos, pontuais e momentâneos da corporação. Entretanto, pelo fato de não levar em conta a corpo ração como um todo, pode-afé criar problemas 11 OUTUBRO/ NOVEMBRO DE 2012 I BANCO HOJE Uma avaliação qualitativa deste cenário sinaliza que uma abordagem mais estratégica pelas corporações na introdução de tecnologias de mobilidade pode afetar operações e processos fundamentais, e ser a diferença na adoção de regras e práticas de competitividade e de melhoria da eficiência operacional em suas áreas de atuação. O fato é que existe um longo gap entre o conhecimento de que mobilidade é um desenvolvimento estratégico e o esforço atual para responder o que é imperativo nas organizações. É necessário que os executivos, CIO's, CTO's e planejadores estratégicos integrem a nova cultura de mobilidade em suas operações. Estes cenários e movimentos devem ser antecipados, pesquisados, avaliados, projetados e definidos de acordo com os aspectos culturais internos e externos à corporação, bem como de acordo com a visão corporativa constituindo assim numa estratégia de Mobilidade Corporativa. Fatores como a heterogeneidade das tecnologias, indefinição na aplicação dos recursos, de requisitos da empresa, dos processos de controle e, principalmente, a falta de consciência organizacional do nível de maturidade da infra-estrutura dos serviços de TIC aplicados à Mobilidade Corporativa, inibem os ambientes corporativos na adoção de um estratégia centralizada. Basicamente a estratégia de Mobilidade consiste na criação e gerenciamento de novos processos de negócio e melhores práticas que permitam colher as vantagens das tecnologias móveis que têm agora disponibilidade garantida. Em complemento deve haver um desenvolvimento de infraestrutura de sistemas empresariais que possam suportar o tráfego de missão crítica no ambiente móvel. O fato é que existe um longo gap entre o conhecimento de que mobilidade é uma necessidade estratégica e o esforço atual para responder o que é imperativo nas organizações. Poucas questões chamam tanto a atenção da TI hoje quanto a mobilidade. A diferença nas atitudes e resultados entre as organizações que abraçam a mobilidade ativamente e as que são relutantes é significativa. As organizações que adotam uma abordagem proativa beneficiam-se muito mais do que aquelas que não adotam, mas terão que, mais cedo ou mais tarde, correr atrás da concorrência.