Método Pilates Na Reeducação Postural De Mulheres
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Método Pilates Na Reeducação Postural De Mulheres
Atuação da Fisioterapia na Plaquetopenia em Portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico – Revisão Sistemática RESUMO Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico é conceituado como uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo de caráter autoimune. Por ser multissistêmica acarreta sinais e sintomas gerais, a saber: fadiga, febre, anorexia e malestar. Uma das possíveis alterações é a hematológica, que tem a plaquetopenia ou trombocitopenia como uma manifestação significante. O tratamento fisioterápico é capaz de proporcionar maior qualidade de vida a esses indivíduos. Objetivo: Descrever as implicações das intervenções fisioterápicas empregadas em pacientes com LES com distúrbios plaquetopênicos. Materiais e Métodos: Para esse fim, realizou-se uma revisão sistemática da literatura nacional e internacional, disponível nas bibliotecas virtuais de saúde: BIREME e PEDro, datadas de 2000 a 2006. A coleta de dados ocorreu durante os meses de fevereiro e março de 2012, sendo realizada por quatro pesquisadores de forma cega. Resultados: Cinco estudos foram revisados. Em relação ao tipo de estudo, encontrou-se um relato de caso, um estudo piloto, uma revisão sistemática, dois estudos controlados randomizados e um estudo clínico randomizado. A síntese em níveis de evidência comprovou que a realização de exercícios possibilita efeitos positivos no tratamento de pacientes lúpicos, sendo uma estratégia eficaz na melhora da função psicológica e na diminuição da fadiga e da dor. Conclusão: Apesar da escassez de literatura sobre o tema e das consequências da atuação da Fisioterapia na plaquetopenia ainda não estarem bem descritas na literatura, os estudos relataram a relevância da intervenção da Fisioterapia nos pacientes portadores de LES com alterações hematológicas, o que culminará com o aumento da funcionalidade dessas pessoas. Palavras-chave: Plaquetopenia. Lúpus Eritematoso Sistêmico. Fisioterapia. ABSTRACT Introduction: THE Systemic Lupus Erythematosus is conceptualized as a chronic inflammatory disease of the connective tissue of autoimmune character. By be multisystem causes signs and symptoms in general, namely: fatigue, fever, anorexia and malaise. One of the possible changes is the hematological, which has the thrombocytopenia as a significant event. Physiotherapeutic treatment is able to provide higher quality of life for those individuals. Objective: To describe the implications of physiotherapy interventions employed in SLE patients with disorders plaquetopenics. Materials and Methods: For this purpose, we performed a systematic review of national and international literature, available in virtual libraries for health: BIREME and PEDro, dated from 2000 to 2006. Data collection occurred during the months of February and March 2012, performed by four researchers in a blind way. Results: Five studies were reviewed. In relation to the type of study, there is a case report, a pilot study, a systematic review, two randomized controlled studies and a randomized clinical trial. The synthesis on the levels of evidence proved that the practice of exercises enables positive effects in the treatment of lupus patients, being an effective strategy in the improvement of psychological and decreased fatigue and pain. Conclusion: Despite the lack of literature on the subject and the consequences of the performance of Physiotherapy in thrombocytopenia are still not well described in the literature, the studies reported the relevance of the intervention of Physical Therapy in SLE patients with hematologic changes, which will culminate with the increase of the functionality of these people. Keywords: thrombocytopenia. Systemic Lupus Erythematosus. Physiotherapy. 1 2 3 Discentes do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará Discente do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Doutora em Ciências Médicas do curso de Fisioterapia e da Residência Integrada Multiprofissional da Universidade Federal do Ceará 20 CORPVS/Revista dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, n22 p.20-26 abr/jun. 2012. Atuação da Fisioterapia na Plaquetopenia em Portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico... INTRODUÇÃO O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) constitui-se uma doença rara, acometendo principalmente mulheres (proporção de 9 mulheres para 1 homem), na sua maior parte, em idade reprodutiva. Sua incidência não apresenta relação com a raça do indivíduo, nem prevalência por países ou territórios 1. Definida como uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo de natureza autoimune, cuja etiologia está relacionada a fatores genéticos e ambientais, o LES caracterizase pela presença de autoanticorpos que acometem inúmeros órgãos e sistemas, possuindo períodos de exacerbação e remissão das manifestações clínicas 2. Considerado multissistêmico, origina sinais e sintomas gerais tais como fadiga, febre, anorexia e mal-estar, além de ser capaz de produzir comprometimento cutâneo, hematológico, cardiopulmonar, articular, renal e manifestações neuropsiquiátricas 3. As alterações hematológicas são, muitas vezes, as primeiras manifestações da doença e representam pior prognósticos e fator de gravidade, aumentando a mortalidade. Estas alterações estão associadas à produção de anticorpos antiplaquetários, anti-hemácias e antifosfolípides, ao uso de medicamentos para controle da doença e às infecções 4. Dentre as alterações hematológicas, a plaquetopenia ou trombocitopenia é uma manifestação importante. Ocorre em aproximadamente 8 a 32% dos pacientes lúpicos. Pode se apresentar em três formas clínicas no LES: (1) aguda, quando associada à gravidade da doença; (2) crônica associada ao uso de corticóides e raramente produz sintomas; (3) púrpura trombocitopênica que pode apresentar-se aproximadamente 10 anos antes do surgimento do LES 5. Para o diagnóstico do LES, é necessária uma anamnese minuciosa, seguida de exame físico e exames laboratoriais específicos. O LES apresenta 11 critérios diagnósticos: erupção malar; erupção discoide; fotossensibilidade; úlceras orais; artrite; serosite; distúrbio renal; distúrbio neurológico; distúrbio imunológico; fator antinuclear (FAN) positivo e alterações hematológicas. Para a confirmação diagnóstica 4 ou mais dos 11 critérios devem estar presentes. A avaliação Rebeca Monteiro Ferreira. laboratorial permite a investigação de 3 critérios diagnósticos: distúrbio renal, que por meio do sumário de urina, são avaliadas as presenças de proteinúria e cilindros celulares; o distúrbio imunológico, que por meio de provas imunológicas, são avaliadas as presenças de autoanticorpos, tais como antifosfolipídio, antiDNA positivo, anti-Sm e VDRL falso positivo; e o FAN, analisando seus títulos e padrão para uma conclusão acurada 7. A diversidade do quadro clínico do LES é bastante grave, diminuindo consideravelmente a expectativa de vida destes e, muitas vezes, também gerando incapacidades. Devido a isso, tais indivíduos necessitam, em muitos momentos, de assistência hospitalar, internamentos, bem como, tratamento fisioterapêutico 8, tendo em vista que a Fisioterapia se utiliza de técnicas e ferramentas para tratamento que propiciam a restauração e melhora de diversas disfunções cinético-funcionais 9. Nas doenças reumáticas, o tratamento fisioterapêutico, inicialmente, detém-se ao controle inflamatório, manutenção da amplitude articular e muscular, manutenção e ganho de força muscular, equilíbrio, condicionamento cardiorrespiratório de modo a proporcionar qualidade de vida ao individuo 10. Diante do exposto, este estudo tem como objetivo descrever as implicações das intervenções fisioterapêuticas utilizadas em pacientes com LES com distúrbios plaquetopênicos. MATERIAIS E MÉTODOS Estudo seccional e documental realizado por meio de revisão sistemática da literatura disponível nas bibliotecas virtuais de saúde: BIREME e PEDro, datadas de 2000 a 2006. A escolha pela BIREME deveu-se ao fato que esta alberga 17 bases virtuais: 5 de Saúde em Geral (LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane, SciELO); 10 em áreas especializadas (ADOLEC, BBO, BDENF, CidSaúde, DESASTRES, HISA, HOMEOINDEX, LEYES, MEDCARIB, REPIDISCA) e 2 Organismos Internacionais (WHOLIS e PAHO) 11. O Physiotherapy Evidence Database (PEDro), produzido pelo Centro de Fisioterapia Baseada em Evidências no The George Institute For Global Health, é uma base de dados gratuita com mais de 21.000 estudos clínicos aleatorizados, revisões 21 CORPVS/Revista dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, n22 p.20-26 abr/jun. 2012 Atuação da Fisioterapia na Plaquetopenia em Portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico... sistemáticas e diretrizes de prática clínica em Fisioterapia, apresentando os detalhes de citação, o resumo e o link para texto completo (quando possível). Todos os estudos clínicos presentes no referido banco de dados são avaliados independentemente para fins de classificação de qualidade. Esses critérios de qualidade são utilizados para guiar usuários a identificar rapidamente os estudos clínicos que são mais possíveis de conter informações suficientes para guiar a prática clínica. A coleta de dados ocorreu durante os meses de fevereiro e março de 2012, realizada por quatro pesquisadores de forma cega, sendo incialmente executada por dois e a posteriori validada pelos demais. Para a efetivação da busca foram usados três fluxos de descritores, de forma isolada e combinada: Fluxo 01 – Foram utilizados dois descritores: “Lúpus Eritematoso Sistêmico” e “Fisioterapia”. Fluxo 02 – Os descritores utilizados neste fluxo foram “Plaquetopenia” e “Fisioterapia” associados. Rebeca Monteiro Ferreira. Fluxo 03 – Utilizaram-se os descritores “Lúpus Eritematoso Sistêmico” e “Plaquetopenia” isolados. RESULTADOS Na base de dados BIREME, utilizando-se o descritor “lúpus eritematoso sistêmico”, foram encontradas 4625 publicações científicas. Destas, 4189 são em inglês e 63 em português. Com o descritor “plaquetopenia”, foram recuperados 80 artigos completos, sendo 9 em inglês e 57 em português. Quando usada à combinação dos descritores “Fisioterapia” e “lúpus eritematoso sistêmico”, foi encontrado apenas um artigo com texto completo. Na combinação dos descritores “Fisioterapia” e “plaquetopenia”, não foram encontrados estudos. Na plataforma PEDro, utilizando o descritor “lúpus eritematoso sistêmico”, foram encontrados oito estudos, sendo 4 com textos completos. Quando se buscou com o descritor “plaquetopenia”, foram encontrados 3 artigos com textos completos. Nenhum estudo foi encontrado quando se utilizou os descritores “Fisioterapia” e “lúpus eritematoso sistêmico”; e “Fisioterapia” e “plaquetopenia” em combinação (FIGURA 1). Figura 1 – Distribuição dos achados de acordo com a base virtual pesquisada e a língua. 22 CORPVS/Revista dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, n22 p.20-26 abr/jun. 2012 Atuação da Fisioterapia na Plaquetopenia em Portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico... Após a supressão das duplicatas, dos artigos cuja temática não contemplava a abordagem desse estudo e de utilizar como critério de inclusão os textos completos dos artigos encontrados com os descritores em combinação na BIREME e com os isolados no PEDro, permaneceram 4 artigos, sendo todos da plataforma PEDro. Rebeca Monteiro Ferreira. Os estudos selecionados foram realizados em diferentes países, sendo dois na Austrália, dois nos Estados Unidos e um na Inglaterra. No que se refere ao ano de publicação, estes se encontram no período de 2000 a 2006. Os tipos de estudo encontrados foram: um estudo piloto, uma revisão sistemática, um estudos controlados randomizados e um estudo clínico randomizado (QUADRO 1). Quadro 1 – Descrição dos estudos considerando base, tipo de estudo, objetivos e conclusões. Fortaleza/Ce, 2012. AUTOR PAÍS TÍTULO TIPO DE ESTUDO OBJETIVOS CONCLUSÕES GOLDMAN et al. / 2000 Estados Unidos A Pilot Study on the Estudo Piloto Effects of Exercise in Patients with Systemic Lupus Erythematosus 10 adultos Avaliar a eficácia e a segurança das diferentes terapias do exercício em paciente que relatou estado de fadiga funcional. GRECO, C. M.; RUDY, T. E.; MANZI, S. / 2004 Estados Unidos Effects of a StressReduction Program on Psychological Function, Pain, and Physical Function of Systemic Lupus Erythematosus Patients: A Randomized Controlled Trail Estudo Controlado Randomizado 92 adultos TENCH et al. / 2003 Inglaterra Fatigue in systemic lupus erythematosus: a randomized controlled trial of exercise Estudo Controlado Randomizado 93 adultos NEILL, J; BELAN, I.; RIED, K. / 2006 Austrália Effectiveness of nonpharmacological interventions for fatigue in adults with mutiple sclerosis. Rheumatoid arthritis, or systemic lupus erythematosus: a systematic review Revisão Sistemática 39 documentos Avaliar os efeitos de um programa de redução de stress sobre a dor, a função psicológica, e função física em pessoas com lúpus eritematoso sistêmico (LES), que experimentam a dor. Testar a eficácia de um programa de exercício aeróbio no tratamento da fadiga no lúpus eritematoso sistêmico. Apresentar uma revisão sistemática de intervenções não -farmacológicas de fadiga em adultos com três comuns doenças auto-imunes. Demonstra a viabilidade de exercício para pacientes com LES. O valor potencial mostra esta promessa de abordagem no gerenciamento da rotina destes pacientes. Uutilidade de um breve programa de manejo de estresse de curto prazo para melhora da dor, função psicológica. DISCUSSÃO Segundo Assis e Oliveira 8 e Santos et al 12 as alterações hematológicas, tegumentares e articulares são as mais frequentes, chegando a atingir um percentual de 80-100% dos pacientes com LES. Assim sendo, a abordagem ao paciente de LES deverá atentar para alguns cuidados AMOSTRA O uso de forma apropriada de exercício aeróbio no tratamento de pacientes diagnosticados com lúpus eritematoso sistêmico e fadiga. Exercício aeróbico de baixo impacto aumentando gradualmente em intensidade, duração e frequência pode ser uma estratégia eficaz na redução da fadiga. específicos devido ao fato que muitas das manifestações clínicas são decorrentes de processos inflamatórios e infecciosos e estes podem estar mascarados devido aos 13. medicamentos Devido ao fato de ser uma doença incapacitante, o tratamento do LES necessita do emprego de terapias reabilitadoras associadas, 23 CORPVS/Revista dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, n22 p.20-26 abr/jun. 2012 Atuação da Fisioterapia na Plaquetopenia em Portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico... entre elas a Fisioterapia. Estudos relatam a importância do exercício terapêutico para reduzir complicações advindas do LES 9, 10. Segundo Póvoa 15, o exercício físico, tanto aeróbio quanto resistido, quando tolerado fisiológica e psicologicamente, promove benefícios na capacidade funcional, no metabolismo aeróbio, na força muscular, na diminuição da fadiga e da dor, na redução da depressão e na melhora da qualidade de vida. Para Peres et al 3 os programas de condicionamento físico que envolvem avaliação ergoespirométrica com ergômetro podem contribuir para melhora da capacidade aeróbia, da fadiga, da depressão e da capacidade funcional. Entretanto, o sucesso da atuação da Fisioterapia é conseguido a partir de um programa equilibrado e que se adeque à fase da doença, ora em atividade ora em remissão. E para tanto, devem ser delineados protocolos diferenciados considerando a frequência, duração e intensidade dos exercícios de acordo com os objetivos terapêuticos 16. Por exemplo, para efeitos de um treinamento de endurance podem ser utilizadas caminhadas, ciclismo ou natação; para ganho de força muscular podem ser utilizados exercícios isocinéticos associados a pesos livre ou uso de equipamentos de musculação; para a aquisição de flexibilidade e amplitude podem ser utilizados exercícios variados de alongamento 9, 10, 16, 17, 18, 19. Todos os programas de treinamento devem contemplar ação multidisciplinar e intersetorial a fim de possibilitar ao paciente realizar atividades que lhe favoreça o manejo de estresse de curto prazo para melhora da dor, da função psicológica e do gerenciamento de suas atividades da vida diária (AVD’s) 20, 21. As alterações hematológicas e a fisioterapia Estudos recentes tem demonstrado a eficácia de terapias biológicas para o tratamento da plaquetopenia em paciente com LES. Embora as alterações hematológicas necessitem de intervenção, a literatura descreve que, os pacientes que as apresentam evoluem com um prognóstico melhor que outros pacientes. Parece haver uma associação entre o estresse psicológico e a piora e/ou exacerbação da doença, mesmo que de forma subjetiva 22. Dessa forma, já se tem relatado casos que os pacientes apresentaram formas graves de plaquetopenia e chegaram ao óbito 23. Rebeca Monteiro Ferreira. Santiago 24 apresentou bons resultados do uso de rituximabe em plaquetopenia persistente que não respondeu ao tratamento com prednisona e azatioprina, concomitantemente. Quando o paciente apresenta plaquetopenia leve, não é necessário nenhum tratamento específico. Para as plaquetopenias sintomáticas deve-se administrar prednisona. Se for necessário obter respostas mais rápidas, no caso de plaquetopenias graves, podese associar a prednisona com pulsoterapia. Nos casos em que houver risco de morte, indica-se a imunoglobulina intravenosa, embora esta tenha um alto custo 1, 7, 10. Não foram obtidos estudos específicos sobre a plaquetopenia no LES. Estudos com pacientes oncológicos apontam que em plaquetopenias entre 20 mil a 30 mil/mm3, podem ser realizados exercícios ativos leves, sem resistência. Se os indivíduos possuírem contagem plaquetopênica superior a 30 mil/mm3 podem ser utilizados exercícios ativos moderados, sem resistência. E nos casos de contagem de plaquetas acima de 50 mil mm3, podem ser realizados exercícios ativos, adicionando-se resistência 25. Apesar de esses parâmetros poderem ser considerados nos casos de plaquetopenia secundária ao LES, os efeitos da prática de Fisioterapia ainda demandam maiores investigações. Deste modo, evidencia-se, portanto, a partir dos resultados desta revisão integrativa, a necessidade de pesquisas científicas para preencher esta lacuna da literatura, que servirão de embasamento aos profissionais da área e contribuirão para uma melhor assistência aos portadores de LES, favorecendo um melhor prognóstico e redução das taxas de mortalidade e morbidade. CONCLUSÃO Os estudos relataram a importância da atuação da Fisioterapia nos pacientes portadores de LES com alterações hematológicas, destacando-se a necessidade de uma atuação voltada para cada fase da doença, pois é um das assistências disponíveis que poderá aumentar a funcionalidade dessas pessoas. Porém, as consequências da atuação da Fisioterapia na plaquetopenia ainda não estão bem descritas na literatura, necessitando de maiores averiguações e publicações abordando o assunto, 24 CORPVS/Revista dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, n22 p.20-26 abr/jun. 2012 Atuação da Fisioterapia na Plaquetopenia em Portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico... pois serão o suporte da categoria na escolha das melhores técnicas para um bom atendimento, aumentando cada vez mais a qualidade de vida desses pacientes. Diante da escassez de literatura sobre o tema, evidenciada nessa revisão sistemática, incentivase a produção e a prática de protocolos de tratamento para pacientes portadores de LES e Rebeca Monteiro Ferreira. que apresentem a condição de plaquetopenia; além de sugerir-se a pesquisa na área e a publicação de novos estudos com maior rigor metodológico, buscando ampliar a gama de conhecimentos que fundamentem a prática clínica baseada em evidências, de forma segura, adequada e efetiva. REFERÊNCIAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. Sato EI, Bonfá ED, Costallat LTL. Consenso Brasileiro para o Tratamento do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Rev. Bras. Reumatol. 2002; 46(6): 362-70. Freire EAM, Souto LM, Ciconelli RM. Medidas de avaliação em lúpus eritematoso sistêmico. Rev. Bras. Reumatol. [periódico na Internet] 2011 [acesso em 2012 Mar 11]; 51(1): 70-80. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_artt ext&pid=S048250042011000100006&lang=pt. 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