de hidromasaje tinas
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MATERIAIS RENOVAÇÃO REABILITAÇÃO DE E artigos técnicos entrevistas / 41 Reabilitação Renovação e reabilitação de construções tradicionais na região centro-litoral PAULO CACHIM. PROFESSOR ASSOCIADO, DEPARTAMENTO ENGENHARIA CIVIL, UNIVERSIDADE DE AVEIRO ANA VELOSA. PROFESSORA ASSOCIADA, DEPARTAMENTO ENGENHARIA CIVIL, UNIVERSIDADE DE AVEIRO Figura 1 A renovação e a reabilitação de edifícios têm sido possivelmente os sectores da construção menos afetados pela crise. O edificado existente, suficiente para suprimir em número as necessidades da população, e o estado por vezes de alguma degradação em que se encontra, são as causas fundamentais desta realidade. A intervenção em construções existentes reveste-se de um conjunto de características próprias que deve ser tida em conta pelos diversos intervenientes no processo, mas que, infelizmente e por variadas razões, nem sempre são consideradas. 42 / As dificuldades e problemas associados a obras de intervenção em edifícios existentes começam muitas vezes com constrangimentos legislativos e regulamentares derivados de legislação feita para construções novas e, por esse motivo, dificilmente aplicáveis a muitas situações de construções existentes. A falta de conhecimento das soluções construtivas e dos materiais utilizados, ou a utilização de materiais incompatíveis com os existentes na construção, são outras possíveis causas de problemas nos trabalhos de reabilitação e renovação. As soluções construtivas utilizadas em Portugal, e em particular na região centro litoral, fundamentalmente até à primeira metade do século XX caracterizam-se, em muitas situações, pela forte utilização de materiais locais. A utilização destes materiais devia-se essencialmente a condicionantes socioeconómicas e aos meios de transporte existentes. As soluções de construção tradicional na região litoral centro de Portugal, caracterizam-se por paredes resistentes de adobe revestidas por argamassas de cal e muitas vezes pela utilização de revestimentos de paredes em azulejo principalmente nas fachadas exteriores dos edifícios (Figura 1). Os pavimentos e as coberturas são tradicionalmente realizados em madeira. Portugal tem, sem qualquer dúvida, um vasto património construído com base em terra, expresso tanto em taipa como em adobe, sendo o último dos quais proeminente na região litoral central do país (Coroado et al, 2010; Silveira et al, 2007; Fernandes, 2007). No caso particular de adobes em Portugal, devido a técnicas tradicionais e aos solos existentes, a cal foi muitas vezes incorporada quando eram utilizados solos arenosos. Este tipo de adobe chegou a ter uma produção semiindustrializada. Nesta região e de forma particular, a cal aérea tem o papel de ligante e de estabilizador, devido à utilização de solos arenosos com baixo teor de argila. A percentagem de cal tem uma importância fundamental no comportamento dos adobes e diversas percentagens deste material podem fornecer características físicas e mecânicas distintas, contribuindo para um comportamento diferenciado. Apesar de muitas construções realizadas com alvenaria de adobe apresentarem um considerável estado de degradação (Figuras 2 e 3), associado normalmente a falta de manuten- ção, existem muitos outros exemplos de construções com dezenas de anos (de habitação e serviços) em bom estado de conservação, atestando assim as boas características de durabilidade deste material. Uma maior consciencialização das autoridades e das populações tem permitido intervenções menos intrusivas e de preservação das soluções existentes. A degradação dos materiais com base em terra é fundamentalmente efectuada pela água, por ação direta ou através do transporte de sais solúveis. Ciclos de secagem-molhagem promovem a expansão/contração de alguns minerais argilosos presentes nestes materiais, criando tensões internas e contribuindo fortemente para a degradação. A limitação do acesso da água aos adobes bem como uma entrada de água mais lenta associados a uma capacidade de secagem rápida são determinantes para uma maior durabilidade dos adobes. Esta regulação do acesso à água pode ser efectuada com recurso a revestimentos adequados. Diversos estudos realizados nos últimos anos (Coroado et al, 2010; Silveira et al, 2007; Fernandes, 2007; Velosa et al, 2010) têm permitido conhecer as propriedades e o comportamento dos adobes e das construções em adobe, contribuíndo para que intervenções de renovação e reabilitação possam ser realizadas com menor grau de intrusão e maior reversibilidade. Figura 2 / 43 Reabilitação Durante séculos o azulejo manteve-se em espaços interiores de edifícios religiosos e nobres, passando, a partir da primeira metade do século XIX, a revestir um importante número de edifícios urbanos, construídos ou renovados durante este período, refletindo o gosto de uma nova classe social, constituída essencialmente por negociantes, proprietários, industriais e altos funcionários públicos, que utiliza a arte cerâmica para ostentar poder económico e posição social. A moda da azulejaria de fachada provocou a produção em série de azulejos, cuja aplicação se estendeu a uma grande variedade de edifícios. Uma intervenção de reabilitação e/ou conservação com utilização de soluções de revestimento incompatíveis, devido à falta de conhecimento dos materiais, das técnicas de conservação, dos princípios de manutenção e do ambiente envolvente (condições de humidade, presença de sais solúveis, condições de ventilação, entre outros) são factores que podem originar a degradação prematura dos revestimentos (Figuras 2 e 3). As intervenções de reabilitação e conservação em paredes revestidas com azulejos necessitam de ter em consideração simultaneamente o azulejo e a argamassa de suporte. No que se refere aos azulejos, para além de garantir homogeneidade decorativa, é necessário assegurar que quer a estrutura porosa, quer o coeficiente de dilatação dos azulejos novos que vão ser empregues sejam similares aos dos existentes, de forma a garantir um comportamento uniforme da parede e não criar zonas de degradação preferencial. Nestes revestimentos, as argamassas de suporte devem assegurar adequada aderência aos elementos confinantes, alvenaria e azulejo, e possuir também características físicas (dilatação térmica, porosidade), químicas e mecânicas (sobretudo deformabilidade) compatíveis (Botas et al, 2012). Este assunto tem igualmente sido alvo de alguns trabalhos de investigação que procuram determinar as características dos azulejos antigos e estabelecer as bases para a produção de réplicas de azulejos que satisfaçam os requisitos necessários para trabalhos de reabilitação (Jordán et al, 1999; Mimoso et al, 2009; Pereira et al, 2011). Figura 3 Estes trabalhos incluem estudos sobre a composição, a caracterização química e mecânica de adobes, a caracterização da resistência estrutural bem como o reforço das estruturas existentes face às ações sísmicas. A cerâmica decorativa aplicada à arquitetura em Portugal remonta à ocupação árabe da Península Ibérica, situando-se no século XV a criação do azulejo com as características básicas que atualmente se lhe atribuem. 44 / Para além dos revestimentos em azulejo, a utilização de rebocos, com base em materiais tais como a cal aérea ou a terra, tem ampla utilização nesta região. É fundamental ter em conta que, em intervenções nos revestimentos do nosso património edificado, a escolha de revestimentos compatíveis deve ser estudada para cada caso particular, tendo em conta a degradação existente, as condições do ambiente envolvente, as principais anomalias e a possibilidade de eliminação das suas causas. Em edifícios antigos existe a possibilidade de aplicação de várias soluções de revestimento, embora muitas delas apresentem problemas em termos de durabilidade e proteção da alvenaria, quando existem elevados teores de humidade. Neste contexto, é evidente que revestimentos impermeáveis retêm a água no interior da alvenaria, gerando a sua degradação, não sendo desejável a sua utilização em intervenções no património arquitetónico. É também fundamental garantir que as argamassas não tenham elevados teores de sais solúveis, de forma a evitar a contaminação da alvenaria. Na região centro-litoral, devido à sua frente marítima, existe uma elevada exposição a sais solúveis, fundamentalmente cloretos. É possível inferir, a partir de estudos existentes (Massari e Ippolito, 1993; Veiga et al, 2009) que existe um efeito exponencial dos cloretos e sulfatos, agravando o ataque dos sais quando ambos estão presentes. Por este motivo, a utilização de ligantes tais como o cimento e algumas cais hidráulicas (muitas vezes utilizados em trabalhos de reabilitação), contendo sulfatos, poderá ter efeitos especialmente gravosos nesta zona. No caso dos elementos de madeira, a presença de água e principalmente os ciclos de molhagem/secagem são também a principal causa de deterioração da madeira, proporcionando as condições ideais para o desenvolvimento de fungos e podridões bem como de insetos. As intervenções deverão assim, em primeiro lugar, procurar secar a madeira, eliminar as fontes de humidade e criar condições para manter a madeira seca e ventilada. O tratamento químico por injeção ou pulverização, com eventual remoção das zonas superficiais afetadas, e a criação de barreiras protetoras contra os insetos poderão também ser possibilidades a considerar. Em casos de maior deterioração, poderá ser necessário a introdução de novos materiais (chapas ou varões de aço, elementos de madeira, resinas) com a eventual necessidade de remoção e reconstituição das secções danificadas com argamassas epoxídicas ou pastas de madeira. Nalguns casos pode ser necessário a substituição total dos elementos ou a reorganização do sistema estrutural, recorrendo a elementos de madeira ou de outros materiais. Em todos os casos será sempre necessário proceder a uma manutenção regular e cuidada. Em construções com madeira, a proteção ao fogo adquire em geral uma importância significativa devido à combustibilidade da madeira. O tratamento com produtos retardantes superficiais (que podem ser intumescentes ou não intumescentes) que podem ser aplicados por pincelagem, aspersão ou imersão, sendo frequentemente incolores, pode por vezes ser complicado pela necessidade de aplicação de várias demãos. Podem também ser aplicados elementos adicionais de proteção. De uma forma geral, pode-se afirmar que cada obra de reabilitação e/ou conservação necessita de uma cuidada análise que permita identificar o sistema construtivo, os materiais utilizados e as causas da degradação, de forma a encontrar materiais e soluções compatíveis com as existentes com um mínimo de intrusão. REFERÊNCIAS BOTAS, S.M.S.; VEIGA, M.R.S.; VELOSA, A.L. (2012) Reapplication mortars for old tiles: characteristics of tiles and mortars and selection criteria. International Journal of Architectural Heritage. Vol. Accepted author version. COROADO, J.; PAIVA, H.; VELOSA A.; FERREIRA, V.M. (2010). Characterization of renders, joint mortars and adobes from traditional constructions in Aveiro (Portugal). International Journal of Architectural Heritage, 4 (2) pp. 102-114. FERNANDES, M. (2007). O adobe e as alvenarias de adobe em Portugal. V Seminário de Arquitectura em Terra em Portugal, Aveiro. Editora Argumentum, pp. 116-119. JORDÁN, M.M.; BOIX, A.; SANFELIÚ, T.; DE LA FUENTE, C. (1999) Firing transformations of cretaceous clay used in manufacturing of ceramic tiles. Applied Clay Science. Vol. 14, p. 225-234. MASSARI, G.; IPPOLITO. Damp Buildings. Old and new. Roma: International Centre for the Study of the Preservation and the Restoration of Cultural Property (ICCROM), 1993. MIMOSO, J; SANTOS SILVA, A; ABREU, M; COSTA, D; GON. (2009) Reservation and the Restor Decay of historic azulejos in Portugal: an assessment of research needs, in Proc. Int. Seminar on the conservation of glazed tiles, April 15-16, LNEC; PEREIRA, S; MIMOSO, J; SANTOS SILVA, A. (2011) Physical-chemical characterization of historic Portuguese tiles, Relatório LNEC 23/2011, Lisbon, LNEC; SILVEIRA, D.; VARUM, H.; COSTA, A. (2007) Rehabilitation of an important cultural and architectural heritage: the traditional adobe constructions in Aveiro district. Sustainable Development 2007, pp. 705-714, Editors: A. Kungolas, C.A. Brebbia, E. Beriatos WITPress, ISBN 978-1-84564-103-0, Carvoeiro, Algarve. VEIGA, R.; FRAGATA, A.; TAVARES, M.; MAGALHÃES, A.C.; FERREIRA, N. (2009) Inglesinhos Convent: Compatible renders and other measures to mitigate water capillary rising problems. Journal of Building Appraisal, v. 5, p. 171-185. VELOSA, A.; VARUM, H.; SAÉZ, M. (2010). Characterization of adobe blocks from Burgos. VI Seminário de Arquitectura em Terra em Portugal, IX SIACOT, Coimbra. Editora Argumentum, pp.130-131. / 45 Entrevista Amorim Isolamentos Carlos Manuel, Diretor-Geral A AMORIM ISOLAMENTOS É UMA CORTICEIRA AMORIM SGPS, E QUE EMPRESA QUE INTEGRA A VADO GRAU DE ISOLAMENTO TÉRMICO, ACÚSTICO E ANTIVIBRÁTICO, COMO A CORTIÇA E O COCO, DESENVOLVENDO E PRODUZINDO SOLU- PORTOS, EDIFÍCIOS, ADEGAS E NA INDÚSTRIA DA REFRIGERAÇÃO, MATERIAIS DE ISOLAMENTO A PARTIR DE MATÉRIAS-PRIMAS NATURAIS ÇÕES DE ISOLAMENTO TÉRMICO E ACÚSTICO EM AGLOMERADOS EXPANDIDOS DE CORTIÇA, EM REGRANULADOS E PLACAS/ROLOS DE FIBRA DE COCO, MATERIAIS COM EXCELENTE DESEMPENHO TÉCNICO E AMIGOS DO AMBIENTE É - RIGOROSAMENTE 100% NATURAIS. UMA EMPRESA COM KNOW-HOW NO SECTOR DA CORTIÇA E NO APROVEITAMENTO DOS RECURSOS NATURAIS PROVENIENTES DE UMA FLORESTA RENOVÁVEL, TRANSFORMANDO ESSA MATÉRIA-PRIMA EM MATERIAIS QUE CONSTITUEM EXCELENTES SOLUÇÕES TÉCNICAS E SUSTENTÁVEIS PARA A CONSTRUÇÃO. 46 / AS CARACTERÍSTICAS ÚNICAS DO PRODUTO CONFEREM-LHE UM ELE- SE DEDICA À PRODUÇÃO DE SENDO POR ISSO UTILIZADO NA CONSTRUÇÃO DE OLEODUTOS, AEROBEM COMO EM ESPAÇOS DE LAZER. OS MATERIAIS PRODUZIDOS SÃO COLOCADOS NO MERCADO PORTU- GUÊS, DANDO DESTA FORMA UM BOM CONTRIBUTO À ECONOMIA PORTUGUESA. EM ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”, CARLOS MANUEL, DIRETOR-GERAL DA AMORIM ISOLAMENTOS, ABORDA A EMPRESA, OS PRODUTOS E O MERCADO. QUAL O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIA- ÇÃO, TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS? Consideramos um percurso normal e de acordo com os objetivos traçados desde o início da nossa atividade, ou seja, procurar crescimento em quantidade e valor, bem como novos produtos no acompanhamento da evolução dos mercados. QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? O mercado atual é de recessão que todos reconhecem, mas de evidente necessidade de recuperação e já com alguns sinais que indicam melhores perspetivas para os próximos anos. COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A VOSSA APOSTA PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO? Da nossa gama de produtos destacaria os aglomerados de cortiça expandida, como solução de isolamento “sustentável” de projetos específicos de renovação e reabilitação. DA VASTA OFERTA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS SÃO AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO? EXISTE POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO OU ESTRATÉGIA VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PARA ESTE MER- CADO? Para além da vasta gama de produtos em cortiça, pautamos a nossa orientação no desenvolvimento de novos produtos, mas essencialmente encontrar soluções construtivas/isolamentos em função das características de cada projeto. Por exemplo, revestimento/isolamento de fachadas com o nosso aglomerado refª. MD fachada já devidamente testado em projetos nacionais e internacionais - a solução “Lambourdè” para reabilitação de pavimentos e paredes de interiores com outros materiais associados (madeira e cartão gesso). MUITOS CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A SOLU- ÇÃO PARA A CRISE NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO. NA SUA ÓTICA, QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS A UMA MAIOR DINAMIZAÇÃO DO MERCADO DA REABILITAÇÃO? Também consideramos que a reabilitação de edifícios será uma solução que minimizará os efeitos da crise. Os obstáculos são os que todos conhecem, ou seja, a crise financeira, mas mais importante, a ausência do necessário clima de confiança que, na nossa opinião, embora de forma lenta, será retomado e uma realidade de curto prazo. E aí sim… haverá recuperação. AS EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS. DE QUE FORMA PENSAM ATUAR, A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO? QUAIS OS PROJETOS PARA O FUTURO? Todos estamos conscientes da realidade, mas também todos nós poderemos dar o nosso contributo para que as expectativas sejam melhores. Atuaremos como sempre; abnegados, construtivos, inovadores na procura de soluções de qualidade técnica e sustentável, e desenvolvimento qualitativo capazes de responder aos desafios permanentes deste e outros mercados. / 47 Entrevista Cobert Telhas Rui Vieira, Diretor-Geral ALIANDO A EXPERIÊNCIA DE MAIS DE 30 ANOS DE PRODUÇÃO DE TELHA AO FACTO DE PERTENCER A UM DOS MAIS IMPORTANTES GRUPOS DE MATERIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DA EUROPA, O GRUPO URALITA, A TELHAS COBERT OFERECE AO MERCADO A MAIS COMPLETA GAMA DE PRODUTOS, DE FORMA A ADAPTAR-SE AOS MAIS DIVERSOS DESENHOS DAS NOSSAS CONSTRUÇÕES. TRATA-SE DE UMA VASTA VARIEDADE DE SOLUÇÕES, QUE INCLUEM MÚLTIPLAS COLORAÇÕES E PERFIS. RUI VIEIRA, DIRETOR-GERAL DA EMPRESA, DEU UMA ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO” PARA FALAR DA EMPRESA E DOS SEUS PRODUTOS, APROVEITANDO PARA ABORDAR TEMAS IMPORTANTES COMO A REABILITAÇÃO, ENTRE OUTROS. QUAL O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS? OS PRÓXIMOS ANOS? A Cobert desde o ano de 1978, quando iniciou a produção de telha com a marca Telhasol, que se destacou pela inovação e capacidade tecnológica. Mais recentemente, com o investimento numa nova fábrica com tecnologia de suportes individuais, introduziu a gama Lógica que a recolocou na liderança do mercado, tanto em Portugal como em especial na exportação. O mercado da construção em Portugal tem sofrido uma redução forte, em especial nos dois últimos anos, mas o sector das telhas tem aguentado bastante bem, pois a reabilitação, que utiliza bastante telha, tem tido uma atividade que permitiu compensar em grande parte essa queda. A exportação também tem tido uma evolução bastante positiva, tanto por maior volume de faturação, como pela conquista de novos mercados em quase todos os continentes. COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A VOSSA APOSTA PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO? Temos duas gamas bastante diferenciadas. Uma é a gama Telhasol, com uma qualidade média e com menos variedade de cores, destinado a um segmento de maior volume e requisitos mais baixos. A outra gama é a Lógica, de segmento alto, com uma quase infinidade de cores e acabamentos, para situações mais exigentes tanto a nível climatológico como estético. 48 / O nosso produto chave é a gama Lógica, no modelo de telha plana, que tem características dimensionais, estéticas e de acabamentos que nos tem permitido ganhar projetos a nível internacional, em concorrência com todos os outros fabricantes mundiais. DA VASTA OFERTA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS SÃO AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO? EXISTE POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO OU ESTRATÉGIA VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PARA ESTE MERCADO? O produto que se destaca no mercado da reabilitação é, sem dúvida, a Telhasol Marselha MG produzida em moldes de gesso que, com a possibilidade de ser aplicada em ripados com várias medidas, pode também ser instalada em linha ou cruzada, possibilita reabilitar o telhado sem mudar a estrutura, que apresenta muitas vezes ripados com menores distâncias do que as utilizadas atualmente nas telhas cerâmicas. A nossa estratégia não se baseia neste mercado, mas sim nos vários mercados e exigências neles encontrados. Desse conjunto de requisitos, resultam produtos que respondem aos mercados, por exemplo, o ripado variável adapta-se não só à nossa reabilitação como a mercados com ripados diferentes, inclusive em obra nova. MUITOS CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A SOLUÇÃO PARA A CRISE NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO. NA SUA ÓTICA, QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS A UMA MAIOR DINAMIZAÇÃO DO MERCADO DA REABILITAÇÃO? Os principais obstáculos para uma maior dinamização de mercado da reabilitação são, em primeiro lugar, a rentabilidade económica do imóvel, visto as rendas ainda não suportarem o investimento necessário. Depois, o próprio Estado, no vasto património que possui, não o reabilita. No entanto, e até pela escassez de crédito para compra de casa nova, o mercado da reabilitação tem vindo a subir e essa tendência irá com certeza manter-se pelo menos na próxima década. AS EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS. FORMA PENSAM ATUAR, A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO? JETOS PARA O FUTURO? DE QUE QUAIS OS PRO- As expectativas para o futuro, em Portugal, de facto não são muito animadoras, pois a dimensão do nosso mercado vai provocar uma maior concentração de fabricantes, e até um menor investimento em novas unidades com tecnologia mais moderna. Desde o investimento que fizemos na nova unidade da gama Lógica, que rondou os 30 milhões de euros, que a nossa estratégia foi a consolidação no mercado português, onde desde os últimos dois anos conseguimos obter a liderança, quer em faturação, quer, em especial, em número de telhas vendidas, focando-nos em produtos de qualidade adequada a cada segmento. Temos que ser no entanto muito competitivos a nível internacional, de forma a ganhar volume nesses mercados bastantes exigentes, tanto a nível de qualidade como a nível de capacidade de entregas, em quantidades e sobretudo em prazo. Neste momento temos projetos de novos produtos que nos permitem olhar com bastante confiança o futuro. / 49 Entrevista Diera José Manuel Santos, Administrador A DIERA INICIOU A SUA ATIVIDADE COM A PRODUÇÃO DE TINTAS E VERNIZES, ASSUMINDO DESDE A SUA FUNDAÇÃO, EM 1967, UMA FILOSOFIA DE CRIAÇÃO DE PRODUTOS COM ALTAS EXIGÊNCIAS DE QUALIDADE. ATUALMENTE, PRODUZ PARA OS PRINCIPAIS FABRICANTES NACIONAIS DE PAVIMENTOS EM MADEIRA E CORTIÇA, E EXPORTA DIRETA OU INDIRETAMENTE PARA MAIS DE 20 PAÍSES NA EUROPA, ÁFRICA, ÁSIA E AMÉRICA. NO CAMPO DAS COLAS E ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO, A DIERA É ATUALMENTE UMA DAS MAIS IMPORTANTES EMPRESAS PORTUGUESAS. EM ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO” JOSÉ MANUEL SANTOS, ADMINISTRADOR DA DIERA, FAZ UMA BREVE DESCRIÇÃO DA EMPRESA ANALISANDO O MERCADO, E AINDA DOS PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM E DO MERCADO DA REABILITAÇÃO. QUAL O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS? A Diera é uma marca 100% portuguesa que nasceu em 1967, dedicando-se inicialmente à produção de tintas e vernizes para a construção e indústria de mobiliário. Uma década depois, alargou a sua abrangência com a criação de uma unidade industrial para o fabrico de argamassas de cimento, e posteriormente com a criação de outra unidade de produção, para o fabrico de argamassas de juntas, reforçando assim o seu catálogo de soluções para a colagem e betumação de azulejos. 50 / Na última década, a Diera alargou a sua gama de produtos para o segmento das argamassas técnicas, como resultado do investimento em meios de produção e pesquisa e, desde então, tem vindo a reforçar a aposta na investigação e desenvolvimento de novos produtos, com especial destaque para o mercado da renovação e reabilitação, e do isolamento térmico. QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXI- MOS ANOS? Como resultado da conjuntura económica e social que o país tem atravessado, os últimos anos representaram o declínio definitivo do mercado da construção nova, que teve o seu pico durante a década de 90, e atingiu o ponto de saturação a partir da primeira metade da década de 2000. Este declínio, mais do que assinalar o fim de uma época de falsa prosperidade que o país viveu, marca o nascimento de uma série de oportunidades e desafios para o mercado da construção civil, proporcionando simultaneamente uma reflexão profunda sobre a necessidade de avaliar e se adaptar aos novos paradigmas. O renascimento do mercado do aluguer é um claro exemplo da necessidade de reorientação estratégica que se impõe, focada na renovação e reabilitação do parque habitacional já existente. Esta alteração estratégica implica o desenvolvimento de soluções de cariz eminentemente tecnológico, focadas na sustentabilidade e na adaptabilidade às condições únicas de cada obra. Acreditamos que o futuro do mercado da construção em Portugal assenta neste caminho, e manter-se-á neste curso durante um largo período, o que a longo prazo só pode ter consequências positivas para o país e para a economia. COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A VOSSA APOSTA PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO? A nossa gama de produtos aposta principalmente na diversificação, e na qualidade ao melhor custo. Assim, temos uma gama de produtos fundamentalmente dividida em dois sectores distintos: a área da pintura, com especial enfoque para as nossas tintas de exterior anti fungos e vernizes, e a área das argamassas, composta por diversos tipos de produtos, desde os cimentos cola até às soluções de impermeabilização, rebocos de reabilitação, isolamento térmico e argamassas de juntas. Adicionalmente, é imperioso que se reveja a lei do arrendamento, que deve ser mais flexível e adaptada à realidade atual, e se analisem medidas de apoio à construção de habitação, que respeitem a atual conjuntura económica, assentes na certificação da qualidade dos materiais e na sustentabilidade dos mesmos. AS EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS. DE QUE FORMA PENSAM ATUAR, A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO? QUAIS OS PROJETOS PARA O FUTURO? O período atual que o país atravessa só pode ser enfrentado com estratégias de longo prazo, focadas no desenvolvimento de novos produtos, na inovação, e na conquista de novos mercados, dentro e fora do país. Estas estratégias devem ser implementadas e acompanhadas de uma forma sustentável, sem delírios de grandeza, mas com a ambição e a coragem necessárias para acreditarmos que conseguimos ser tão ou mais competitivos que as restantes empresas no mercado, a maior parte das vezes multinacionais, com meios financeiros, materiais e humanos, com os quais não nos podemos comparar. Esta crise está a ter um impacto profundo na sociedade, e afeta-nos a todos, indivíduos e empresas. Acreditamos que apenas as empresas que melhor souberem adaptar-se aos novos paradigmas do mercado, e preparar-se para os desafios que aí vem, é que poderão sobreviver e fortalecer-se. Em termos de projetos para o futuro, a Diera pretende continuar a aposta no desenvolvimento de soluções técnicas de qualidade, que deem resposta às necessidades do mercado, e no reforço da sua estratégia de internacionalização através do estabelecimento de parcerias comerciais e aumento das exportações para os mercados europeu e africano. Mais do que um produto isolado, a Diera possui duas áreas chave de intervenção: as argamassas técnicas de reabilitação e as soluções completas de isolamento térmico. DA VASTA OFERTA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS SÃO AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO? EXISTE POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO OU ESTRATÉGIA VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PARA ESTE MER- CADO? A Diera está particularmente focada no desenvolvimento de produtos para o mercado da reabilitação, que consideramos fundamental. Como solução técnica mais recente, destacamos o Diera TC Plast R9, um revestimento de impermeabilização que se destina à regularização de suportes a renovar, tais como: rebocos de cimento, cal e gesso, pinturas, revestimentos cerâmicos e placas de gesso cartonado. MUITOS CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A SOLU- ÇÃO PARA A CRISE NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO. NA SUA ÓTICA, QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS A UMA MAIOR DINAMIZAÇÃO DO MERCADO DA REABILITAÇÃO? A falta de iniciativa e apoios por parte do Estado no que diz respeito à reabilitação dos edifícios degradados pode tornar-se um obstáculo, se não forem tomadas medidas concretas para reverter esta tendência de retração do investimento. / 51 Entrevista Extrusal João Madail, Diretor Comercial FUNDADA EM 1972, A EXTRUSAL É UMA EMPRESA NACIONAL DE EXTRUSÃO E TRATAMENTO DE PERFIS DE ALUMÍNIO PARA APLICAÇÃO NA ARQUITETURA E NA INDÚSTRIA EM GERAL, MANTENDO-SE SEMPRE NA VAN- GUARDA TECNOLÓGICA, TENDO COMO LEMA PRINCIPAL A QUALIDADE DOS SEUS PRODUTOS PARA MÁXIMA SATISFAÇÃO DOS SEUS CLIENTES. QUALIDADE, CARACTERÍSTICAS QUE A DISTINGUEM. SOLIDEZ, INOVAÇÃO, TECNOLOGIA, DESIGN E AMBIENTE SÃO JOÃO MADAIL, DIRETOR COMERCIAL DA EXTRUSAL, EM ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”, FALA-NOS DA EMPRESA E DOS PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, ASSIM COMO DO MERCADO EM QUE ESTÃO INSERIDOS. ABORDA AINDA A QUESTÃO DA REABILITAÇÃO E DAS SUAS CONDICIONANTES. PARA TERMINAR, EXPLICA-NOS QUAIS OS PROJETOS DA EMPRESA PARA O FUTURO. Garantimos aos nossos clientes sempre a mesma dedicação e empenho desde 1972. Assumimos três compromissos essenciais. O primeiro, o conforto e qualidade de vida - que se traduz em edifícios termicamente melhorados e mais silenciosos, onde o bem-estar é a prioridade. Em segundo lugar, um compromisso com a segurança - quer nos perfis de elevada performance que criamos para a mais exigente indústria mundial, quer nos sistemas fiáveis e duradouros para arquitetura. E por fim, assumimos um compromisso com as gerações futuras através de uma política de desenvolvimento sustentável. Os nossos processos tecnológicos procuram sempre respeitar as mais rigorosas normas ambientais e os nossos sistemas para a arquitetura são sempre concebidos para melhorar a eficiência energética das habitações. A Extrusal inicialmente focou a sua atividade no fornecimento de perfis de alumínio para o sector da construção, os quais representavam 70% do volume de vendas anuais, e os restantes 30% dedicados à indústria. Hoje, e após a criação do laboratório de extrusão (1999), da obtenção das certificações de Qualidade e Ambiente, da criação do Departamento Comercial Internacional (2004) e de empresas comerciais nos PALOP’s (Hexalmar - Cabo Verde 2003, Aluexal - Angola 2005, Extrusal Moçambique - Moçambique 2009), a indústria representa cerca de 74% do volume de vendas da Extrusal, e as exportações diretas 49% do volume de produção. QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? QUAL O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS? Temos tido, há mais de 40 anos, uma preocupação acentuada na satisfação das necessidades dos nossos clientes alicerçada em duas premissas: a qualidade dos produtos que desenvolvemos e I&D de novas soluções. A Extrusal é uma empresa certificada pelas normas NP EN ISO 9001 e NP EN ISO 14001 e detém as licenças de marca de qualidade europeias Qualanod, Qualicoat e Qualideco um sinal claro que para nós a qualidade é um fator determinante no processo de fabrico. O know-how acumulado nestas quatro décadas, associado ao sistema de qualidade implantado e à nossa carteira de clientes, são três realidades que atestam a excelência da extrusão e tratamento de superfície da Extrusal. 52 / Apesar de toda a conjuntura económica verificada na Europa e particularmente em Portugal, acredito que ainda haja muito para onde crescer e os nossos indicadores revelam que há muito potencial sobretudo além-fronteiras. Temos assistido ao surgimento de novos mercados, até então não explorados, os quais têm sido fonte de grande crescimento para empresas locais como internacionais (portuguesas inclusive). Agora, no meu entender, é crucial uma aposta cirúrgica na definição dos mercados, como é primordial uma oferta de soluções adaptada aos mercados referenciados. É difícil prever o futuro, contudo não se esperam grandes facilidades, pois além do já mencionado, acresce ainda uma concorrência cada vez maior e agressiva no nosso sector. Acredito no entanto que a aposta da Extrusal na qualidade, rigor e transparência, valores transmitidos pelo nosso fundador, transforma-a numa marca de referência nacional e internacional, distinguindo-se assim do seu mercado concorrencial. COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A VOSSA APOSTA PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO? Atualmente a Extrusal produz e comercializa perfis de alumínio para sistemas de caixilharia, guarda-corpos, fachadas e de indoor desenvolvidos por técnicos da empresa; perfis standard e técnicos, sendo alguns desenvolvidos para clientes que solicitam quantidades que justificam a sua produção; e ainda perfis para indústria (automóvel, transportes, engenharia em geral, engenharia eletrotécnica, energia, entre outras) mediante projeto do cliente e aconselhamento da Extrusal. De acrescentar ainda a comercialização por parte de uma das empresas do Grupo de acessórios para os seus sistemas de caixilharia. Para o sector da indústria, o Grupo Extrusal tem apostado na oferta de peças em alumínio de utilização imediata através do processo de maquinação e ainda no desenvolvimento de perfis estruturais. Além da produção e comercialização dos perfis, a Extrusal oferece ainda o tratamento de superfície, todos certificados por entidades europeias - Qualanod, Qualicoat e Qualideco. DA VASTA OFERTA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS SÃO AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO? EXISTE POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO OU ESTRATÉGIA VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PARA ESTE MERCA- DO? Devo dizer que a Extrusal tem a preocupação de desenvolver sistemas de arquitetura que façam face às necessidades do mercado da reconstrução. Contamos hoje no nosso portfólio com sistemas específicos para a reabilitação, nomeadamente o nosso sistema de batente A.100 - o expoente máximo dos desempenhos acústicos e térmicos da caixilharia -, e de correr, o B.055, ambos com soluções desenvolvidas especificamente para o mercado da reconstrução tanto nacional como internacional, os quais permitem adequar-se às mais variadas traças arquitetónicas das habitações. De referenciar que além destes dois sistemas, todas as nossas soluções estão preparadas para receber perfis de remate, os quais permitem, por um lado, o aproveitamento dos aros fixos das originais janelas de madeira consoante o seu estado de conservação, e, por outro, garantir classificações de desempenho obtidas em laboratórios notificados, superiores à média dos sistemas de caixilharia comercializados em Portugal. MUITOS o principal obstáculo à dinamização do mercado da reabilitação deve-se em grande parte à atual conjuntura económico-financeira, a qual provoca uma redução drástica dos investimentos por falta de verbas para a realização de obras públicas, como também, por parte dos investimentos do sector privado, além do sentimento de incerteza quanto ao futuro por parte dos consumidores finais. AS EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS. DE QUE FORMA PENSAM ATUAR A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO? QUAIS OS PROJETOS PARA O FUTURO? A atual conjuntura económica e financeira vivida em toda a Europa, sobretudo em Portugal, faz-nos viver momentos de grande incerteza. Temos assistido a um aumento significativo do número de empresas a recorrer à insolvência ou a PER’s no sector da construção fruto duma diminuição de investimentos e às cada vez maiores condicionantes impostas pela Banca. Apesar de algumas melhorias verificadas na Europa, continua-se a verificar um agravar da crise no sector em Portugal. Atualmente, se comercializássemos apenas para o mercado doméstico, tal como muitas empresas, não teríamos sobrevivido. Assim, estamos a focalizar-nos desde há uns anos em mercados externos sustentados e em crescimento, prevendo um acréscimo de 10% das nossas exportações até ao final do ano. A aposta do plano de internacionalização para o sector da construção passa pela entrada em novos mercados como o Brasil e a Venezuela. Paralelamente ao acréscimo das nossas exportações, a Extrusal lançará dois novos sistemas de correr para o sector da arquitetura, apostará no investimento em ferramentas que visem aumentar a produtividade do Grupo e na criação de parcerias com os clientes do sector da indústria. CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A SOLUÇÃO PARA A CRISE NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO. NA SUA ÓTICA, QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS A UMA MAIOR DINAMIZAÇÃO DO MERCADO DA REABILITAÇÃO? A reabilitação, no meu entender, tem um papel muito importante na retoma do sector da construção e da economia. Contudo, considero que por si só não chegará para alavancar o sector da construção, mas sem dúvida poderá ser um dos fatores que contribuirá para que esse efeito possa ser sentido. Apesar das crescentes preocupações com o conforto das habitações, através das evoluções dos desempenhos térmicos e acústicos, da aposta contínua na reconstrução, e ainda dos financiamentos europeus (FEE) para a construção sustentável, / 53 Entrevista Recer Daniel Santos, Diretor de Comunicação e Imagem FUNDADA EM 1977, A RECER DESENVOLVE SIMULTANEAMENTE UMA ATIVIDADE QUE RECORRE A MINERAIS PESADOS COMO MATÉRIAS-PRIMAS, E ATUA NUM SECTOR EM QUE A PREPARAÇÃO DA CONCORRÊNCIA E A EXIGÊNCIA DOS CONSUMIDORES IMPÕE UM PERMANENTE PROCESSO DE APERFEIÇOAMENTO FACE AO MERCADO, COM RECURSO A FATORES IMATERIAIS. PARA A RECER, SERÁ SEM- PRE ESSENCIAL COMPREENDER O PAPEL, PARA ALÉM DA PRODUÇÃO FÍSICA, DA CONSTELAÇÃO DE SERVIÇOS EM TORNO DO PRODUTO INDUSTRIAL. A RECER É UMA EMPRESA MODERNA, COM CAPACIDADE PARA CONTROLAR CORRETAMENTE A DISTRIBUIÇÃO E AO MESMO TEMPO RACIONALIZAR EFICAZ- MENTE OS RECURSOS, OFERECENDO AO MERCADO GRÉS PORCELÂNICO, REVES- TIMENTOS EM MONOPOROSA DE PASTA BRANCA E PAVIMENTOS DE GRÉS, QUE UTILIZAM MATÉRIAS-PRIMAS CRITERIOSAMENTE SELECIONADAS E SÃO RIGORO- SAMENTE CONCEBIDOS PARA SE ADAPTAREM A DIVERSOS MERCADOS MUNDIAIS. EM ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”, DANIEL SANTOS, DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM DA EMPRESA, EXPLICA-NOS COMO FOI O PERCURSO DA EMPRESA DURANTE OS SEUS 35 ANOS DE EXISTÊNCIA, FALA-NOS DOS PROJETOS PARA O FUTURO, ASSIM COMO DOS PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM. ABORDA AINDA O TEMA DA REABILITAÇÃO URBANA. QUAL O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS? O percurso da Recer, ao longo de mais de 35 anos, está marcado pela inovação e por constantes desafios. A empresa nasceu focada no mercado nacional, mas desde cedo encarou as exportações como um fator incontornável na valorização da sua atividade. Sobretudo a partir dos anos 90, a Recer integrou o pelotão da frente que integrava as mais prestigiadas empresas europeias. É neste contexto que a empresa lança um formato, então inovador na cerâmica portuguesa, as suas coleções de autor, assinadas por Ana Salazar, Graça Viterbo, Delfins e Madredeus. Dando sequência à sua experiência internacional, a Recer lançou estruturas próprias de distribuição em geografias tão variadas como Canadá, Espanha, França e Luxemburgo, a que acrescem largas dezenas de outros mercados para onde a Recer exporta, desde há muito. A nível da sua gama de produtos, a Recer apresenta todos os anos novas coleções, que respirando as tendências da decoração globais, refletem alguma da sua própria criatividade e o investimento em design, que a empresa assumiu com pioneirismo. Desde há muito que as preocupações com a renovação são uma realidade para o I&D da Recer, que oferece soluções estéticas e técnicas capazes de satisfazerem um mercado cada vez mais conhecedor e criterioso. 54 / Entrevista QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? O mercado está mais maduro, exigente e ávido de soluções que, pela sua contemporaneidade, vão de encontro ao gosto das novas gerações e a um cada vez mais variado conjunto de aplicações. A cerâmica afirmou-se como um material de decoração nobre, versátil e ecológico, capaz de valorizar as soluções arquitetónicas e decorativas e de acrescentar valor ao património edificado. O mercado evoluirá no sentido de uma resposta mais abrangente às exigências da reabilitação urbana, que se traduz em mais qualidade e melhor serviço. É este o segmento de mercado em que a Recer se posiciona, ao lado dos profissionais mais qualificados, nas diversas disciplinas. COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUQUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A VOSSA APOSTA PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO? TOS? A nossa gama de produtos é bastante vasta quer em termos de tipologia de produção (grés, porcelânico vidrado, porcelânico técnico, monoporosa) quer em termos de formatos (desde 10x10 cm, a 100x300 cm) e espessuras (de 3 a 11 mm). Uma aposta de momento passa pelo produto porcelânico, natural, amaciado, polido ou estruturado, com aplicações múltiplas em soluções de revestimento e pavimento. Pela sua versatilidade de acabamentos e decorações, mas sobretudo pelas suas características técnicas que lhe conferem dureza, resistência e garantias elevadas de duração, este produto posiciona-se num patamar elevado de qualidade. É por isso um produto de eleição na prescrição de obra onde se exigem níveis elevados de qualidade e que correspondam às exigências das normas de construção vigentes, nacionais e internacionais. DA VASTA OFERTA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS SÃO AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO? EXISTE POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO OU ESTRATÉGIA VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRO- DUTOS PARA ESTE MERCADO? De uma forma geral podemos afirmar que a gama de produtos da Recer permite enquadrar-se num plano de reabilitação global tendo nós a consciência, de há muito, que este é um caminho a trilhar. Cada obra é um caso, com especificidades técnicas e necessidades estéticas díspares de outras. Na gama encontram-se sempre soluções que se vão ajustar posteriormente nas linhas previamente traçadas para a execução e consumação da obra em questão. 56 / Para além disso, temos ainda a capacidade instalada de podermos responder a solicitações específicas de reabilitação, como seja reposição de azulejaria em interior e exterior. Ou o aconselhamento através de uma equipa e departamento de apoio ao cliente, que pretende responder a solicitações postas ou encaminhar para os canais mais credíveis no sentido de resolução das mesmas. MUITOS CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A SOLUÇÃO PARA A CRISE NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO. NA SUA ÓTICA, QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS A UMA MAIOR DINAMIZAÇÃO DO MERCADO DA REABILITAÇÃO? A reabilitação urbana vai ganhar maior expressão no nosso país e beneficiar dos apoios europeus em sede do novo quadro de apoio (2014/2020). O aumento do turismo vai, por outro lado, pressionar a requalificação dos centros históricos das nossas cidades. O parque habitacional dos subúrbios das cidades de Lisboa e Porto está também envelhecido e exige obras de menor impacto, mas igualmente importantes. Por este conjunto de razões estamos convictos das potencialidades deste segmento de mercado e preparados para dar uma resposta adequada. AS EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS. DE QUE FORMA QUAIS OS PROJETOS PARA O FUTURO? PENSAM ATUAR, A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO? O futuro é, a prazo, sempre animador. Estamos convencidos de que a atual conjuntura interna irá melhorar e a nível global continuamos a assistir a um cenário de aumento da produção e do consumo de materiais cerâmicos. Importante é não perder os referenciais de qualidade, design e diferenciação, procurando criar valor e resistindo ao canto da sereia, que pelo baixo preço nos pretende levar para a delapidação da riqueza. Entrevista Roca Jorge Vieira, Diretor-Geral LÍDER MUNDIAL NA DEFINIÇÃO DO ESPAÇO DE BANHO E UMA FORTE REFERÊNCIA 135 PAÍSES E TEM 76 UNIDADES DE PRODUÇÃO DISTRIBUÍDAS POR CINCO CONTINENTES. NO MUNDO DO DESIGN, A ROCA ESTÁ ATUALMENTE PRESENTE EM MAIS DE EMPENHADA NUM PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO CONTÍNUO, A ROCA ESTÁ PROFUNDAMENTE COMPROMETIDA NA EXCELÊNCIA DO DESIGN DOS SEUS PRODUTOS. TEM COMO OBJETIVO OFERECER AOS CLIENTES ESPAÇOS QUE ESTIMU- LAM OS CINCO SENTIDOS, PROPORCIONANDO EXPERIÊNCIAS ÚNICAS. O ESTATUTO DA ROCA COMO LÍDER MUNDIAL REFLETE-SE NA CRIAÇÃO DE SOLUÇÕES ALTAMENTE VERSÁTEIS, QUE SE ADAPTAM FACILMENTE AOS HÁBITOS DE CONSUMO A NÍVEL GLOBAL E QUE OFERECEM SOLUÇÕES PERSONALIZADAS A TODAS AS EXIGÊNCIAS. NA ROCA, NUM PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO CONTÍNUO, O DESIGN E A INOVA- ÇÃO TRABALHAM EM CONJUNTO PARA CONSTRUIR UM FUTURO DE BEM-ESTAR COMUM. GRAÇAS A ESTE EMPENHO, A ROCA É A MARCA DE REFERÊNCIA MUN- DIAL NA CRIAÇÃO DE ESPAÇOS DE BANHO. JORGE VIEIRA, DIRETOR-GERAL DA EMPRESA, NUMA ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”, FALA DA EMPRESA E DOS PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, DO FUTURO E DA REABILITAÇÃO. QUAL O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS? A evolução da Roca em Portugal, desde 1972, foi absolutamente marcante para o reconhecimento e reputação da marca e dos seus valores no mercado português. Em 41 anos de presença em Portugal, passámos da importação de produtos de aquecimento e comercialização de banheiras de ferro fundido para a aquisição de várias unidades fabris, implementação do Centro de Formação e Showroom e, mais recentemente, a inauguração do Roca Lisboa Gallery, um espaço onde apresentamos as novidades Roca e, simultaneamente, promovemos eventos culturais. Somos, por isso, uma empresa líder na definição de espaços de banho com grande responsabilidade no sector, e procuramos constantemente apresentar um conjunto de soluções altamente versáteis, que se adaptam facilmente aos hábitos de consumo a nível global e que oferecem soluções personalizadas a todas as exigências. Tentamos que a envolvente externa tenha o mínimo de influência possível naquele que é o nosso principal objetivo: estarmos empenhados num processo de desenvolvimento contínuo. A Roca está profundamente comprometida com a excelência do design e qualidade dos seus produtos, oferecendo aos seus clientes espaços que estimulam os cinco sentidos e que proporcionam experiências únicas. 58 / Entrevista QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? É óbvio que o mercado está difícil, e que estamos a atravessar um momento de grande exigência para todas as empresas que, de alguma forma, estão ligadas ao sector da construção. Estamos inseridos num mercado cada vez mais agressivo e competitivo, e é fundamental estar atento às novas oportunidades que surgem. Este tipo de conjunturas dão muitas vezes origem ao aparecimento de novas necessidades por parte dos clientes, e é importantíssimo estar preparado para dar uma resposta válida e imediata, de acordo com aqueles que são os pilares da empresa: qualidade, design de excelência e sustentabilidade. COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUQUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A VOSSA APOSTA PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO? TOS? Tendo em conta o nosso estatuto de líderes, mais do que ter um produto ou um conjunto de produtos chave, o essencial é ter uma ampla gama de produtos, nos diversos segmentos, adaptáveis às distintas necessidades. Apresentámos no princípio do ano no Roca Lisboa Gallery, na praça dos Restauradores, as nossas principais apostas para 2013, que reforçam a nossa posição enquanto líderes em produtos para espaço de banho e o nosso firme compromisso com a excelência e prioridade em antecipar o futuro. Entre as novidades, destaque para o In-Tank Meridian, uma solução que integra, pela primeira vez, o tanque na própria sanita. Estas sanitas de nova geração não necessitam de instalação de um tanque nem de uma placa de acionamento para o funcionamento. Lançámos também a nova coleção de torneiras L90, caracterizada pelas suas linhas puras, em forma de L, com ângulos de 90º, que potenciam elegância ao seu caráter arquitetónico. Temos também a nova gama de colunas de duche Victoria, uma termostática para banho e duche e uma monocomando para duche que se juntam à atual coluna de duche e às misturadoras termostáticas. Destaque também para a nova banheira ergonómica In-Flow, que oferece momentos de relax, através do novo sistema de hidromassagem Roca e da opção cromoterapia. A pensar na poupança de água, In-Flow utiliza menos água que o habitual para desfrutar do seu momento de bem-estar. DA VASTA OFERTA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS SÃO AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO? EXISTE POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO OU ESTRATÉGIA VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRO- DUTOS PARA ESTE MERCADO? Todos os nossos produtos, dada a sua versatilidade e reduzido impacto ambiental, são aplicáveis às necessidades do mercado da reabilitação. Estamos a falar de produtos de máxima qualidade, resultantes de uma investigação aprofundada e de um desenvolvimento contínuo das suas faculdades, e isso concede-lhes uma aplicabilidade variada, adaptável aos mais distintos espaços. 60 / A nossa estratégia, seja qual for o segmento, assentará sempre no compromisso com o design e a qualidade, mantendo a nossa liderança num mercado em constante evolução, nos domínios da estética e da funcionalidade. MUITOS CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A SOLUÇÃO PARA A CRISE NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO. NA SUA ÓTICA, QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS A UMA MAIOR DINAMIZAÇÃO DO MERCADO DA REABILITAÇÃO? Considerando os fatores que marcam a forte crise que estamos a atravessar, parece-me que a reabilitação é a alternativa natural para o atual contexto. Com o enorme abrandamento da nova construção em Portugal, é normal que a reabilitação se torne um mercado mais apetecível e onde as diferentes empresas do sector vão querer ter uma participação significativa. A versatilidade da nossa gama de produtos permite a utilização facilitada em projetos de reabilitação. O mercado da reabilitação, como qualquer outro segmento relacionado com o sector da construção, exige das empresas dedicação máxima na conceção e desenvolvimento constante de produtos inovadores, fiáveis e de máxima versatilidade. É preciso responder com rapidez, e de forma acertada a um cliente, que hoje, mais do que nunca, é atento, informado e cada vez mais consciente das suas necessidades. AS EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS. PENSAM ATUAR, A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO? O FUTURO? DE QUE FORMA QUAIS OS PROJETOS PARA A nossa estratégia para o último trimestre de 2013 e para o futuro mais próximo passa essencialmente por manter a aposta contínua na criação de produtos de máxima qualidade, tendo por base os valores associados à sustentabilidade e à eco-eficiência. A eco sustentabilidade é um dos principais valores da nossa empresa, e a nossa liderança global está fortemente vinculada a temas ambientais, especialmente em temas relacionados com a água. É este processo de investigação contínuo, de procura constante por novas e melhores soluções, de inovação e de eficiência, que faz da Roca a marca de referência mundial na criação de espaços de banho. Continuaremos a reforçar a nossa oferta com produtos de máxima qualidade e fiabilidade. É fundamental procurar responder cada vez mais rápido e cada vez melhor, às necessidades dos consumidores portugueses, e apesar de estarmos atentos às condicionantes externas, tentar sempre que esta tenha o mínimo de impacto possível nos objetivos traçados pela empresa.