a gestão empresarial e a economia digital
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a gestão empresarial e a economia digital
ESTUDOS E MONOGRAFIAS 2015 A GESTÃO EMPRESARIAL E A ECONOMIA DIGITAL Opinião dos altos dirigentes das principais empresas portuguesas Autores: Prof. Adrián Caldart, Professor de Política de Empresa da AESE Business School e do IESE Business School. Prof. Pedro Leão, Professor de Política de Empresa da AESE Business School. www.aese.pt Com o apoio: 1. Apresentação 5 2. Principais conclusões 7 3. Competitividade e Estratégia Competitiva 11 4. As empresas portuguesas e a Economia Digital 29 5. Amostra 46 3 APRESENTAÇÃO O presente estudo continua com a linha de trabalho que temos vindo a desenvolver desde 2006, com o apoio da Accenture, para conhecer o pensamento dos altos dirigentes que operam na realidade empresarial, económica e social portuguesa. O trabalho deste ano inclui uma nova secção dedicada à análise das iniciativas das empresas no âmbito da Economia Digital, além de continuar o trabalho desenvolvido durante os últimos anos, relacionado com as estratégias competitivas desenvolvidas pelas empresas portuguesas, especialmente no âmbito internacional. No Portugal pós-crise teve lugar uma “revolução silenciosa” no âmbito do padrão de projeção internacional das empresas nacionais. A revolução silenciosa. No Portugal pós-crise teve lugar uma “revolução silenciosa” no âmbito do padrão de projeção internacional das empresas nacionais. Concretamente, no âmbito do comércio externo, as exportações de bens e serviços cresceram de €54,1 biliões em 2010 até aos €70,2 biliões em 2014, o que representa um incremento de 29,8%1. O peso das exportações no PIB incrementou em 10 pontos percentuais, de 30% para 39,9% no mesmo período, permitindo atingir saldos favoráveis na balança comercial nos anos 2013 e 2014, os primeiros desde 1943 2. Motivado pela quebra nos níveis de atividade no mercado local durante a última crise, o tecido empresarial português optou por diversificar geograficamente as suas fontes de receitas e lucros, reduzindo deste modo a exposição ao mercado local. Esperamos que este esforço não seja só um fenómeno conjuntural, mas que a projeção internacional das empresas nacionais se intensifique nos próximos anos. Como parte desta nova realidade, as empresas portuguesas têm vindo a desenvolver, mais recentemente, atividade na América do Norte e China onde tradicionalmente a presença das empresas nacionais era pouco expressiva ou inexistente. Esta nova dinâmica empresarial tem como consequência a transferência de recursos produtivos para os setores mais expostos à concorrência internacional, facto que favorece a competitividade do tecido empresarial nacional. A transformação da concorrência. Além do dinamismo empresarial no âmbito internacional, estamos a assistir a uma outra revolução relacionada com a incorporação das tecnologias de informação e comunicação no âmbito empresarial, comum forte impacto nas estratégias das empresas a nível global. De facto, as tendências de: incorporação de capacidades de conectividade em diversos aparelhos (“the Internet of Things”); utilização de aparelhos portáveis como os tablets e os smartphones que permitem trabalhar com maior mobilidade; maior consumo digital; e de ascensão dos social media como veículos de comunicação com os clientes e de fóruns onde estes se podem expressar sobre os negócios – com grande impacto e de modo pouco controlável – alteram significativamente os modelos de negócio nas diferentes indústrias. Quer nas dimensõeschave da concorrência e o conjunto de capacidades de negócio requeridas, quer na experiência diária no trabalho dos colaboradores. Adrián A. Caldart, PhD. Professor de Política de Empresa da AESE e do IESE 1 2 Banco de Portugal. Banco de Portugal. 5 6 2. PRINCIPAIS CONCLUSÕES 7 Evolução positiva da competitividade das empresas portuguesas. Os líderes empresariais portugueses continuam a avaliar muito positivamente a evolução da competitividade das empresas nacionais nos mercados doméstico e internacionais. Verificando-se uma aproximação da perceção do mercado doméstico ao otimismo nos mercados internacionais. Objetivos mais ambiciosos. Em geral, notamos um incremento dos níveis de ambição das empresas a nível de objetivos. Depois de alguns anos de estratégias defensivas e focadas nas melhoras em gestão, o crescimento da rentabilidade volta a aparecer como forte prioridade, embora mantendo o foco na melhoria da eficiência e produtividade. Destaca-se também o crescimento no mercado nacional, ultrapassando o crescimento internacional na lista de prioridades. Focos internacionais de crescimento. Os PALOPs e a Europa Ocidental são os focos dos esforços de crescimento internacional, sendo de notar que o Brasil sofre uma forte queda em termos da consideração como “mercado alvo atrativo”, tendência já detetada em 2013, antes do início da atual crise económica brasileira. 8 Inovação dos modelos de negócio. As novas tecnologias de informação e comunicação são vistas como o fator que mais impacto vai ter no contexto de negócios local durante os próximos dois anos, criando oportunidades para inovar nos modelos de negócios. Fatores de entrave à internacionalização. Nos mercados internacionais mais desenvolvidos, as empresas portuguesas sentem o rigor da forte concorrência além de uma certa falta de competitividade de marca. Nos países emergentes, estão preocupadas com os enquadramentos jurídicos desses países e mencionam dificuldades para suportar os altos investimentos e custos de operação e para recrutar recursos com o talento necessário para operações internacionais, sobretudo em Africa. (R)evolução digital? Embora mais de metade dos empresários portugueses acompanhem a evolução digital de forma sistemática ou com muita atenção, há ainda um elevado potencial para a sensibilização dos empresários portugueses para estes temas – e.g. 37% não acompanham formalmente a evolução digital no comportamento do consumidor – e para a adaptação dos modelos de negócio – apenas 39% têm uma estratégia digital integral e formal. Adaptação à economia digital. Na adaptação das empresas à economia digital destaca-se a preocupação com a segurança no tratamento de dados, com 48% dos inquiridos a afirmarem ter um controlo de segurança integrado na arquitetura tecnológica da organização Linkedin ou Facebook. A grande maioria dos líderes empresariais portugueses utiliza redes sociais a nível pessoal e profissional. O Linkedin é o “Rei” das redes sociais, seguida pelo Facebook. Estas, juntamente com os fóruns de discussão/feedback e os blogues relacionados com a empresa e a própria indústria atraem regularmente mais de 70% dos líderes. No entanto, só 23% das empresas têm estratégias explícitas em relação às redes sociais, embora a metade dos respondentes manifestem planos para incrementar significativamente a presença das suas empresas nas mesmas. O Twitter não atrai especialmente a atenção dos líderes empresariais, sendo utilizado regularmente por razões profissionais por menos de 40% destes. Redes Socais e políticas empresariais. Entre os objetivos das políticas empresariais em relação às redes sociais, os aspetos institucionais, como o desenvolvimento da imagem de marca e a investigação de mercado prevalecem por sobre o incentivo direto da compra de produtos. Mobilidade no trabalho. A nível de mobilidade, só 35% das empresas revelam ter modelos de colaboração flexíveis com os seus colaboradores, revelando o longo percurso a decorrer face à realidade dos países do norte de Europa. Só 13% das empresas têm modelos de colaboração baseados no trabalho a tempo parcial e 13% têm modelos baseados no trabalho desde casa. 9 10 3. COMPETITIVIDADE E ESTRATÉGIA COMPETITIVA Na primeira parte deste trabalho analisamos as estratégias competitivas das empresas. Em concreto, analisamos aspetos estratégicos de diferentes tipos, incluindo: os objetivos estratégicos que orientam as ações das empresas; o posicionamento nos mercados em que estão presentes; os atributos para se diferenciarem da competição e a forma como encaram os contextos competitivos nacionais e internacionais. 11 3.1 COMPETITIVIDADE E SUCESSO EMPRESARIAL Os nossos resultados começam por analisar a competitividade das empresas nacionais. A redistribuição dos recursos produtivos nacionais para os setores relacionados com os bens transacionáveis prenunciava um fortalecimento da capacidade competitiva das empresas nacionais. Os dados recolhidos do nosso painel de empresários e diretivos de topo confirma esta conjetura (Figura 3.1). Depois de um período de pessimismo no último lustro da década passada, a perceção da competitividade das empresas nacionais começou a melhorar a partir de 2011. Em 2015 esta tendência continua a reforçar-se. A perceção de que a competitividade das empresas portuguesas no mercado interno melhorou aumentou em 9 pontos percentuais, de 41% (2013) para 50% (2015). Contrariamente, a perceção negativa decresceu de 24% (2013) para 18% em 2015. Em relação aos mercados internacionais, a perceção de melhoria é ainda mais significativa, embora levemente inferior aos dados de 2013 (Figura 3.2). Cerca de 62% dos empresários e executivos consultados consideram que a empresa portuguesa ganhou em competitividade, contra apenas 9% que entendem que perdeu e 30% que não sentem diferenças significativas entre ambos os períodos. dias e grandes) mostra, pela primeira vez, que a melhoria das perceções relacionadas com a competitividade das empresas no mercado português e no mercado internacional é consistente para empresas de todos os tamanhos (dos três subgrupos). As microempresas, que em estudos anteriores não acompanhavam o otimismo das empresas grandes, médias e pequenas, entendem agora que a competitividade da empresa nacional está a crescer significativamente. Uma análise destes dados, classificando as empresas em subgrupos de acordo com a sua dimensão (micro, pequenas, mé A perceção de que a competitividade das empresas portuguesas no mercado interno melhorou aumentou em 9 pontos percentuais, de 41% (2013) para 50% (2015). 12 passada, a perceção da competitividade das empresas nacionais começou a melhorar a partir de 2011. Em 2015 esta tendência continua a reforçar-‐se. A perceção de que a competitividade das empresas portuguesas no mercado interno melhorou aumentou em 9 pontos percentuais, de 41% (2013) para 50% (2015). Contrariamente, a perceção negativa decresceu de 24% (2013) para 18% em 2015. Pela primeira vez, que a melhoria das perceções relacionadas com a competitividade das empresas Figura 3.1. Evolução da competitividade da empresa portuguesa no mercado interno (2006-‐ no mercado português e no mercado internacional 2015). é consistente para empresas de todos os tamanhos Evolução mercado interno ao longo dos ultimos anos (%) (dos três subgrupos). Em relação aos mercados internacionais, a perceção de melhoria é ainda mais significativa, embora levemente inferior aos dados de 2013 (Figura 3.2). Cerca de 62% dos empresários e executivos consultados consideram que a empresa portuguesa ganhou em competitividade, contra apenas 9% que entendem que perdeu e 30% que não sentem diferenças significativas 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012/13 2015 entre Melhorou ambos os períodos. 42 33 26 26 14 24 41 50 Piorou Não se alterou 27 40 21 37 34 40 34 40 49 37 51 25 24 35 18 33 Figura 3.2. Evolução da competitividade da empresa portuguesa no mercado internacional (2006-‐2015). Figura 3.1. Evolução da competitividade da empresa portuguesa no mercado interno (2006-2015) Evolução mercado externo ao longo dos ultimos anos (%) 6 Melhorou Piorou Não se alterou 2006 29 33 38 2007 57 17 25 2008 25 54 21 2009 25 54 21 Figura 3.2. Evolução da competitividade da empresa portuguesa no mercado internacional (2006-2015) 2010 32 43 25 2011 49 22 29 2012/13 68 6 26 2015 62 9 30 Uma análise destes dados, classificando as empresas em subgrupos de acordo com a sua dimensão (micro, pequenas, médias e grandes) mostra, pela primeira vez, que a melhoria das perceções relacionadas com a competitividade das empresas no mercado português e no mercado internacional é consistente para empresas de todos os tamanhos (dos três subgrupos). As microempresas, que em estudos anteriores não acompanhavam o o13timismo das empresas grandes, médias e pequenas, entendem agora que a competitividade da 3.2 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS PORTUGUESAS Esta pergunta pretende conhecer quais os principais objetivos estratégicos das empresas portuguesas em 2015. Observamos que a recuperação económica teve um impacto positivo nos níveis de ambição das empresas (Figura 3.3). Há quatro anos, as empresas focavam-se em estratégias mais defensivas, como manter a quota de mercado e a rentabilidade no mercado local. Em 2015 as empresas voltam a colocar como “prioridade absoluta” ou “Bastante prioritário” o crescimento da rentabilidade (86,8% das empresas), sendo esta a 2ª prioridade mais destacada das empresas só precedida por melhorar a eficiência e produtividade das operações (89%) que repete o 1º lugar de 2014. As vendas no mercado local crescem em prioridade (74% das empresas vs. 65% em 2014) e ultrapassam o crescimento no mercado internacional (70% das empresas) que perde relevância em relação a 2014 (77% e 4ª posição no ranking). Do ponto de vista operacional, além do já mencionado 1º lugar na lista de prioridades para melhorar a eficiência, mantem-se um foco importante na inovação (83,3%), embora este fator passe da 2ª posição na lista de prioridades em 2014 à 3ª em 2015. Entre os objetivos menos prioritários, continua a destacar-se “Fortalecer o Marketing” (68%) – algo que contrasta com o “handicap de marca” percebido nas respostas dos empresários e altos dirigentes aos desafios para o crescimento internacional. A fragmentação da amostra, considerando o tamanho das empresas, permite constatar que as grandes empresas mencionam o crescimento internacional mais frequentemente como a prioridade absoluta (62%). As pequenas empresas e as microempresas priorizam a melhoria da eficiência e da produtividade (pequenas empresas), e a manutenção da rentabilidade no mercado local (micro empresas), antes do crescimento internacional. Em 2015 as empresas voltam a colocar como “prioridade absoluta” ou “Bastante prioritário” o crescimento da rentabilidade. 14 operações (89%) que repete o 1º lugar de 2014. As vendas no mercado local crescem em prioridade (74% das empresas vs. 65% em 2014) e ultrapassam o crescimento no mercado internacional (70% das empresas) que perde relevância em relação a 2014 (77% e 4ª posiçã no ranking). Do ponto de vista operacional, além do já mencionado 1º lugar na lista de prioridades para melhorar a eficiência, mantem-‐se um foco importante na inovação (83,3% embora este fator passe da 2ª posição na lista de prioridades em 2014 à 3ª em 2015. Entre objetivos menos prioritários, continua a destacar-‐se "Fortalecer o Marketing" (68%) – algo que contrasta com o “handicap de marca” percebido nas respostas dos empresários e altos dirigentes aos desafios para o crescimento internacional. A fragmentação da amostra, considerando o tamanho das empresas, permite constatar qu as grandes empresas mencionam o crescimento internacional mais frequentemente como prioridade absoluta (62%). As pequenas empresas e as microempresas priorizam a melhori bilidade (da 86,8% das empresas), esta a 2ª prioridade mais empresas), e a manutenção da rentabilidade no eficiência e da sendo produtividade (pequenas sas só precedida por melhorar a eficiência e produtividade das mercado local (micro empresas), antes do crescimento internacional. repete o 1º lugar de 2014. As vendas no mercado local crescem em mpresas vs. 65% em 2014) e ultrapassam o crescimento no mercado s empresas) que perde relevância em relação a 2014 (77% e 4ª posição de vista Figura operacional, do já mencionado 1º lugar d na lista de 3.3. além Objetivos estratégicos as empresas portuguesas. horar a eficiência, mantem-‐se um foco importante na inovação (83,3%), sse da 2ª posição na lista de prioridades em 2014 à 3ª em 2015. Entre os itários, continua a destacar-‐se "Fortalecer o Marketing" (68%) – algo Melhorar eficiência e produtividade das operações “handicap de marca” percebido nas respostas dos empresários e altos s para o crescimento internacional. Aumentar rentabilidade mostra, considerando o tamanho das empresas, permite constatar que Crescer internacionalmente mencionam o crescimento internacional mais frequentemente como a 62%). As pequenas empresas e as microempresas riorizam a melhoria Manter quota de mpercado dutividade (pequenas empresas), e a manutenção da rentabilidade no Manter rentabilidade empresas), antes do crescimento internacional. Priodidade abs Bastante prior Medianament Pouco prioritá Inovação Totalmente irr Crescer em Portugal estratégicos das empresas portuguesas. Fortalecer o Marketing idade das operações Diversificar o risco da empresa mentar rentabilidade 0% internacionalmente 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Priodidade absoluta Bastante prioritário Manter rentabilidade Medianamente prioritário Pouco prioritário Inovação Totalmente irrelevante Crescer em P3.3.-‐ ortugal Áreas geográficas prioritárias no mercado internacional rtalecer o Marketing Figura 3.3. r o risco da empresa estratégicos das alvos escolhidos pelas empresas Os dados mostram algumas variações Objetivos nos m ercados empresas portuguesas portuguesas para incrementar ou iniciar atividades empresariais (Tabela 3.1). Um primeiro dado a considerar é a redução no número de respostas indicando como “Prioridade absolu 15 ou “Bastante prioritário” o crescimento internacional nas diversas geografias. Esta variação er quota de mercado 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% as prioritárias no mercado internacional 70% 80% 90% 100% 3.3 ÁREAS GEOGRÁFICAS PRIORITÁRIAS NO MERCADO INTERNACIONAL Os dados mostram algumas variações nos mercados alvos escolhidos pelas empresas portuguesas para incrementar ou iniciar atividades empresariais (Tabela 3.1). Um primeiro dado a considerar é a redução no número de respostas indicando como “Prioridade absoluta” ou “Bastante prioritário” o crescimento internacional nas diversas geografias. Esta variação face a 2013 poderá sugerir um leve “esfriamento” na procura de novos mercados internacionais. Embora seja necessário investigar as razões deste fenómeno de modo sistemático, temos conhecimento que um número significativo de empresas portuguesas, que recentemente se expandiu fortemente no mercado internacional, tem como prioridade atual a consolidação ou “arrumação” das posições tomadas. Este percurso é o habitual no desenvolvimento das operações internacionais das empresas. Considerando o forte in- 16 cremento recente nas operações internacionais das empresas portuguesas, é razoável tomar como hipótese de que muitas destas estão a passar por uma “fase 2” – focadas no robustecimento das operações após o crescimento inicial. Ao nível das preferências por áreas geográficas, em geral, as empresas portuguesas continuam a colocar a sua preferência nos seus mercados “naturais” de atuação, nomeadamente Espanha, e Europa Ocidental em geral, e os países de língua oficial portuguesa. No entanto, existem algumas alterações em relação a inquéritos de 2011 e 2013. Neste sentido, é notável a quebra no interesse pelo Brasil, país que em 2011 figurava no topo da lista, embora já tivesse experimentado alguma queda em 2013. Uma situação semelhante acontece com Angola que, embora seja assinalado como “Prioridade absoluta” ou “Bastante Prioritário” por quase um 40% das empresas, perdeu o principal lugar no ranking de 2013 para Espanha, país seguido de perto por Moçambique que recupera protagonismo. Os países da América do Sul (e Central) também perdem protagonismo nas agendas dos empresários e dirigentes de topo nacionais. Finalmente, o continente asiático continua a ser uma área pouco explorada, embora se note um ligeiro ganho de proeminência por parte da China no ranking de países e regiões prioritárias, surgindo muito possivelmente na sequência dos crescentes níveis de investimento de grandes grupos Chineses na economia portuguesa nos últimos 5 anos, favorecendo laços culturais, comerciais e empresariais entre ambos os países. rit ed ár ian io am e nt Po ep uc rio op rit rio ár rit io To á rio ta lm en te irr ele va nt e ep rio nt M st a Ba Espanha Moçambique Europa Central/Norte Angola Brasil Europa Sul (excepto Espanha) América do Norte Colombia Europa Leste (inc. Rússia) Outros América Latina Outros países Ásia China Índia Outros África Subsariana Norte África e Médio Oriente Sudeste Asiático e Oceania Pr ior ida de a bs olu ta Ao nível das preferências por áreas geográficas, as empresas portuguesas continuam a colocar a sua preferência nos seus mercados “naturais” de atuação, nomeadamente Espanha, e Europa Ocidental em geral, e os países de língua oficial portuguesa. 16% 15% 13% 11% 11% 10% 9% 6% 5% 5% 5% 4% 4% 4% 2% 1% 28% 27% 30% 27% 18% 20% 24% 13% 11% 12% 3% 15% 9% 15% 9% 10% 21% 27% 18% 27% 27% 24% 16% 18% 24% 13% 9% 14% 15% 26% 24% 10% 14% 17% 17% 20% 23% 20% 15% 32% 25% 26% 22% 20% 26% 25% 31% 20% 21% 15% 22% 16% 21% 24% 36% 32% 35% 44% 61% 46% 46% 30% 34% 59% Tabela 3.1. Áreas geográficas prioritárias para as empresas portuguesas 17 3.4 CRITÉRIOS UTILIZADOS NA SELEÇÃO DOS PAÍSES A DESENVOLVER NEGÓCIO INTERNACIONAL Neste ponto relevamos quais os fatores que as empresas priorizam na seleção de um mercado internacional para operarem (Figura 3.4). Os fatores sobre os quais nos debruçamos são baseados nos que são habitualmente considerados na literatura de Negócios Internacionais e em estudos de competitividade dos países, como o World Competitiveness Index do World Economic Forum. As empresas portuguesas escolhem mercados alvo considerando a situação macroeconómica geral nesse mercado, sendo considerado como um critério de decisão de primeira importância (em 44% dos casos). O risco político-legal e fiscal é o segundo dos critérios mais nomeado como de primeira importância (39%) ganhando peso em relação aos resultados de 2013. A existência de oportu- nidades específicas de negócio recebem 36% de ponderação, seguidos do tamanho do mercado (35%) e a facilidade para desenvolver negócios do ponto de vista burocrático (34%). Em relação ao nosso estudo de 2013, as empresas aumentaram também a ponderação do fator “qualidade das instituições” (34%). Embora tendo caído uma posição no ranking para o 5º lugar na lista de fatores a considerar, a maior ponderação da qualidade institucional revela um certo crescimento de uma sã e prudente preocupação que leva as empresas a serem mais focadas em fatores de impacto no longo prazo da atratividade do país e que não podem ser facilmente alterados (de índole estrutural). A afinidade cultural ganha alguns pontos na ponderação em relação ao nosso estudo anterior (embora mantenha a mesma po- sição no ranking). A qualidade e educação da força de trabalho ganhou algum peso, mas ainda está longe de ser um fator altamente priorizado a nível geral. A eficiência no funcionamento dos mercados de bens, trabalho e capitais do país alvo não parece ser um fator importante para as empresas. Em resumo, as empresas portuguesas continuam a mostrar uma clara preferência pela dimensão e potencial do mercado, associado à situação económica do país alvo, mas agora dando maior peso à qualidade institucional do mesmo. Contrariamente, não dão tanta importância a fatores relacionados com a disponibilidade de recursos humanos locais de qualidade (19%) ou ao bom funcionamento dos mercados no país alvo. As empresas portuguesas escolhem mercados alvo considerando a situação macroeconómica geral nesse mercado, sendo considerado como um critério de decisão de primeira importância. 18 peso, mas ainda está longe de ser um fator altamente priorizado a nível geral. A eficiência no funcionamento dos mercados de bens, trabalho e capitais do país alvo não parece ser um fator importante para as empresas. Em resumo, as empresas portuguesas continuam a mostrar uma clara preferência pela dimensão e potencial do mercado, associado à situação económica do país alvo, mas agora dando maior peso à qualidade institucional do mesmo. A eficiência no funcionamento Contrariamente, não dão tanta importância a fatores relacionados com a disponibilidade de dos mercados de bens, trabalho recursos humanos locais de qualidade (19%) ou ao bom funcionamento dos mercados no país e capitais do país alvo não alvo. parece ser um fator importante para as empresas. Figura 3.4.-‐ Critérios utilizados na escolha de países alvo. Situação macroeconómica (crescimento previsto, crédito, inflação) Riscos do contexto (político-‐legal, fiscal) Existência de uma oportunidade específica de negócio (ad-‐hoc) Tamanho do mercado Qualidade das Instituições (governo, justiça, segurança pessoal,… Facilidade burocrática em "fazer negócio" Afinidade cultural Desenvolvimento tecnológico Qualidade da força de trabalho e educação Inovação Infraestruturas Eficiência do mercado de produtos (intensidade/maturidade… Nível de desenvolvimento dos mercados financeiros Eficiência do mercado de trabalho 0% 1-‐Muito importante 2 3 10% 4 5 20% 6 30% 7 40% 50% 60% 70% 80% 90% 8-‐Pouco importante Figura 3.4. 3.5.-‐ Estratégias de entrada das empresas portuguesas em mnaercados Critérios utilizados escolha internacionais de países alvo Na abordagem dos mercados estrangeiros, as empresas portuguesas utilizam estratégias de entrada bastante variadas, de acordo com as caraterísticas dos mercados alvo (Figura 3.5). A estratégia mais convencional seguida pelas empresas portuguesas para abordar mercados internacionais é a exportação, evidenciando uma certa tendência de “baixo risco” na abordagem internacional. Esta estratégia é claramente a privilegiada nos mercados 19 desenvolvidos da Europa, tanto Ocidental como de Leste, bem como na América do Norte. No entanto, nos países emergentes as alianças com parceiros locais adquirem uma maior 100% 3.5 ESTRATÉGIAS DE ENTRADA DAS EMPRESAS PORTUGUESAS EM MERCADOS INTERNACIONAIS Na abordagem dos mercados estrangeiros, as empresas portuguesas utilizam estratégias de entrada bastante variadas, de acordo com as caraterísticas dos mercados alvo (Figura 3.5). A estratégia mais convencional seguida pelas empresas portuguesas para abordar mercados internacionais é a exportação, evidenciando uma certa tendência de “baixo risco” na abordagem internacional. Esta estratégia é claramente a privilegiada nos mercados desenvolvidos da Europa, tanto Ocidental como de Leste, bem como na América do Norte. No entanto, nos países emergentes as alianças com parceiros locais adquirem uma maior importância relativa. Entre estas alianças, predominam as de tipo “contratual” – embora as joint-ventures sejam também utilizadas com muita frequência. A predominância das alianças nos países emergentes responde a exigências legais e ao facto dos mercados emergentes apresentarem “vazios institucionais”, que por vezes só podem ser ultrapassados através da internalização de atividades que em mercados desenvolvidos poderiam ser fácil e eficientemente contratados. Neste caso, a internalização concretiza-se através da presença de um parceiro local que ajuda a ultrapassar as dificuldades que empresa internacional sentiria ao abordar o mercado organicamente. A entrada em novos países através de aquisições revela valores muito baixos em todas as regiões, em consonância com os dados dos últimos cinco anos. O desenvolvimento próprio do negócio sem sócios (“greenfield”) é mais frequente do que a aquisição, embora apresente em todas as regi- ões valores sensivelmente inferiores às alianças e à exportação. Uma notável exceção é a América Central e do Sul, região na qual esta estratégia é a mais importante conjuntamente com as alianças contratuais com empresas locais. Embora as alianças com empresas locais sejam muito frequentes, as estabelecidas entre empresas portuguesas (uma recomendação frequente sobretudo para as pequenas e médias empresas do país), ou entre uma empresa portuguesa e outra de um país terceiro, não são habituais, o que parece comprovar o baixo grau de colaboração entre as empresas portuguesas – mesmo a nível internacional. A estratégia mais convencional seguida pelas empresas portuguesas para abordar mercados internacionais é a exportação. A estratégia é claramente a privilegiada nos mercados desenvolvidos da Europa, tanto Ocidental como de Leste, bem como na América do Norte. Nos países emergentes as alianças com parceiros locais adquirem uma maior importância relativa. 20 nos países emergentes responde a exigências legais e ao facto dos mercados emergentes apresentarem “vazios institucionais”, que por vezes só podem ser ultrapassados através da internalização de atividades que em mercados desenvolvidos poderiam ser fácil e eficientemente contratados. Neste caso, a internalização concretiza-‐se através da presença de um parceiro local que ajuda a ultrapassar as dificuldades que empresa internacional sentiria ao abordar o mercado organicamente. A entrada em novos países através de aquisições revela valores muito baixos em todas as regiões, em consonância com os dados dos últimos cinco anos. O desenvolvimento próprio do negócio sem sócios (“greenfield”) é mais frequente do que a aquisição, embora apresente em todas as regiões valores sensivelmente inferiores às alianças e à exportação. Uma notável exceção é a América Central e do Sul, região na qual esta estratégia é a mais importante conjuntamente com as alianças contratuais com empresas locais. Embora as alianças com empresas locais sejam muito frequentes, as estabelecidas entre empresas portuguesas (uma recomendação frequente sobretudo para as pequenas e médias empresas do país), ou entre uma empresa portuguesa e outra de um país terceiro, não são habituais, o que parece comprovar o baixo grau de colaboração entre as empresas portuguesas – mesmo a nível internacional. Figura 3.5.-‐ Estratégias de entrada em novos mercados das empresas portuguesas 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% América do Norte Europa do Sul Europa Central/Norte Ásia Sudeste asiático Oceania Europa de Leste América Central Norte de África África Central (inc. Rússia) e do Sul e Médio Oriente Exportações Desenvolvimento de operação própria "greenfield" Entrada através de aquisições Joint Ventures com sócios portugueses Joint Ventures com sócios do país de destino Joint Ventures com sócios de terceiros países Alianças contratuais com sócios portugueses Alianças contratuais com sócios do país de destino África Subsariana Alianças contratuais com sócios de terceiros países Figura 3.5. Estratégias dedentrada em novos portuguesas 3.6.-‐ O contexto competitivo as empresas mercados das empresas portuguesas 12 21 3.6 O CONTEXTO COMPETITIVO DAS EMPRESAS PORTUGUESAS Na parte final deste capítulo, revelamos as opiniões emitidas pelos empresários e executivos consultados, nomeadamente sobre quais serão as principais características dos contextos económicos em que as suas empresas operam, bem como quais são os principais desafios e dificuldades que estas lhes apresentam. 3.6.1 Contexto local. Tendências esperadas durante 2016 e 2017 Consultados acerca das suas expectativas relativamente a quais serão as principais tendências que irão afetar o contexto de negócios portugueses durante 2016 e 2017, os empresários e executivos consultados identificam várias tendências que terão um impacto que alguns chegam a qualificar de “revolucionário” e outros, a maioria, de “importante” (Figura 3.6). As principais ten- dências têm que ver com a irrupção das novas tecnologias, tema que receberá atenção específica na segunda parte deste trabalho. Nesta área, 69% esperam que as empresas intensifiquem as suas apostas tecnológicas e 64% especificamente esperam upgrades dos sistemas de informação das empresas. 69% das empresas consideram o aparecimento de novos modelos de negócio como uma tendência “Importante” ou até “que revolucionará ao setor. Outras tendências previstas pelas empresas são a altera- ção dos hábitos de compra dos clientes (57%) e a existência de guerras de preços (63% vs. 31% em 2013). Do pondo de vista das práticas de gestão, 57% das empresas espera uma maior profissionalização das práticas de gestão comercial e de marketing e a redução dos custos de produção em Portugal em termos relativos (50%). Finalmente, também um 50% dos respondentes espera uma redução no número de concorrentes nos seus respetivos setores industriais. 69% das empresas consideram o aparecimento de novos modelos de negócio como uma tendência “Importante” ou até “que revolucionará ao setor” . 22 Intensificação da aposta na tecnologia (processo/produto/Marketing) Aparecimento de modelos de negócio inovadores baseados em tecnologia Upgrade em sistemas de informação Guerras de preços Alta profissionalização da gestão comercial e Marketing Alteração das preferências e padrões de compra dos clientes Consolidação do sector (redução do número de concorrentes) Redução de custos de produção em Portugal em termos relativos Redução da influência do governo no setor Uso crescente do outsourcing Entrada de players internacionais/Estrangeirização do setor Deslocalização de actividades das empresas no estrangeiro 0% 10% Tendência que revolucionará o sector Tendência Importante Importância apenas complementar Não significativo 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Medianamente Importante Figura 3.6. Contexto local. Perspetivas para 2016 e 2017. 3.6.2.-‐ Principais desafios e dificuldades encontradas nos mercados estrangeiros. No momento de identificar os desafios de fazer negócios no estrangeiro, os fatores mencionados pelas empresas diferem significativamente, consoante os mercados em apreço (Figura 3.7). Na Europa Ocidental e América do Norte, a elevada competitividade dos 23 mercados é o maior desafio, seguido pela perceção de uma relativa fraqueza da “marca 3.6.2 Principais desafios e dificuldades encontradas nos mercados estrangeiros No momento de identificar os desafios de fazer negócios no estrangeiro, os fatores mencionados pelas empresas diferem significativamente, consoante os mercados em apreço (Figura 3.7). Na Europa Ocidental e América do Norte, a elevada competitividade dos mercados é o maior desafio, seguido pela perceção de uma relativa fraqueza da “marca Portugal” nestes mercados e pelos altos custos de operação na América do Norte e Europa do Norte. No resto do continente Americano em geral, preocupam a escala do investimento necessário para poder operar na região e os altos custos de operação. Por sua vez na América do Sul e Central, preocupam também os fatores legais e a dificuldade para dispor de talento para gerir as operações. Pelo contrário, a “marca Portugal” não constitui um problema em África, onde as dificuldades estão mais relacionadas com: fatores legais, disponibilidade de talento para gerir as operações, escala do investimento necessário e altos custos de operação. A distância cultural com Portugal é um fator muito mencionado como um desafio para operar na: Europa de Leste, África do Norte, Sudeste Asiático, a África Central, Ásia e Oceânia. Na Ásia e Oceânia os custos de operação também representam um grande desafio para as empresas inquiridas. Na Europa Ocidental e América do Norte, a elevada competitividade dos mercados é o maior desafio. A distância cultural com Portugal é um fator muito mencionado como um desafio para operar na: Europa de Leste, África do Norte, Sudeste Asiático, a África Central, Ásia e Oceânia. 24 100% 90% 80% "Marca Portugal" 70% Acesso a financiamento 60% Altos custos de operação 50% 40% Disponibilidade de talento para se comprometerem com operações internacionais 30% Fatores legais (legislação laboral, justiça, burocracia estatal, restrições a movimentos de capital, etc.) Escala do investimento necessário 20% 10% 0% Dificuldades para conseguir contactos/parceiros locais de qualidade Distância cultural (idioma, práticas comerciais, de gestão, valores perante o trabalho) Competitividade no mercado Figura 3.7 Desafios que as empresas portuguesas encontram nos mercados internacionais 4.-‐ As empresas portuguesas e a Economia Digital Na segunda parte deste Estudo introduzimos uma nova vertente de análise face às edições anteriores, abordando temas da chamada “nova economia”. É dado particular destaque: à estratégia digital da empresa – procurando perceber como é que esta aborda o tema em termos de acompanhamento das evoluções e tendências; às iniciativas estratégicas lançadas no universo digital; e ao grau de adaptabilidade das suas atividades ao mundo digital. É igualmente 25 apresentada uma breve análise ao tema das redes sociais, procurando perceber de que forma 26 4. AS EMPRESAS PORTUGUESAS E A ECONOMIA DIGITAL Na segunda parte deste Estudo introduzimos uma nova vertente de análise face às edições anteriores, abordando temas da chamada “nova economia”. É dado particular destaque: à estratégia digital da empresa – procurando perceber como é que esta aborda o tema em termos de acompanhamento das evoluções e tendências; às iniciativas estratégicas lançadas no universo digital; e ao grau de adaptabilidade das suas atividades ao mundo digital. É igualmente apresentada uma breve análise ao tema das redes sociais, procurando perceber de que forma as empresas estruturam a sua estratégia de “social media”, capitalizando sobre este novo meio de comunicação de massas. Finalmente, apresenta-se uma análise da perspetiva de mobilidade das empresas, focando o inquérito em temas como o trabalho remoto entre outros. 27 4.1 ACOMPANHAMENTO DA EVOLUÇÃO DO MUNDO DIGITAL Ao nível do acompanhamento da evolução do mundo digital, os empresários e altos-dirigentes inquiridos apresentam níveis elevados de interesse e atenção face ao tema digital, onde uma clara maioria dos executivos consultados mais de 50% responderam que acompanhavam de forma sistemática ou com bastante atenção a dinâmica evolutiva deste tema para as 4 dimensões analisadas: Comportamento do Consumidor, Canais de Distribuição, Dispositivos e acompanhamento da evolução do mundo digital e aprendizagem organizacional (Figura 4.1). Ainda assim, parece mais notório o interesse dos inquiridos relativamente ao tema dos Dispositivos de hardware (70% de respostas “acompanhamento sistemático” ou “com bastante atenção”) corroborando a ideia de que os Portugueses, e por conseguinte, as empresas e empresários/dirigentes nacionais são “early adopters” de tecnologia e têm forte interesse no tema, aderindo vivamente a novos gadgets de índole tecnológico. A suportar 3 4 28 este ponto parecem estar estudos internacionais recentes. Por exemplo o estudo “Technomic Index” realizado recentemente pela Samsung Lifestyle Research Lab, desenvolvido em parceria com a Lightspeed GMI, no qual os lares portugueses figuram entre os que mais tecnologia dispõem, mesmo a nível Europeu, com níveis elevados de utilização deste tipo de equipamento.3 De modo semelhante, o World Competitiveness Index elaborado pelo World Economic Forum coloca Portugal na posição 18 no mundo, a nível de “Disponibilidade das últimas tecnologias”.4 Curiosamente, a temática dos Canais de Distribuição parece ser a menos “acompanhada” pelos empresários/dirigentes nacionais inquiridos, o que poderá indicar alguma falta de maturidade, sobretudo a nível da componente de negócio digital. O aproveitamento de novos canais de distribuição requer o conhecimento e domínio de plataformas digitais mais sofisticadas do que os ca- nais tradicionais, obrigando a um processo de adaptação por parte das empresas. Ainda assim, tem-se verificado que as empresas de maior dimensão começam cada vez mais a implementar e a desenvolver os seus departamentos de Marketing Digital. As micro e pequenas empresas, com menor capacidade de contratação de pessoal, estão a optar pela contratação de serviços de Marketing Digital em regime de outsourcing, permitindo-lhes alocar orçamentos controlados para este efeito. Em geral, embora a maioria dos empresários consultados tenha mostrado um grau importante de envolvimento na evolução do mundo digital, existe ainda um importante potencial para a sensibilização dos empresários portugueses. Por exemplo, 37% dos respondentes referiu que ainda não acompanham formalmente a evolução digital do comportamento do consumidor. Technomic Index 2015. World Competitiveness Index 2015-2016. World Economic Forum. Dispositivos de hardware (70% de respostas “acompanhamento sistemático” ou “com bastante atenção”) corroborando a ideia de que os Portugueses, e por conseguinte, as empresas e empresários/dirigentes nacionais são “early adopters” de tecnologia e têm forte interesse no tema, aderindo vivamente a novos gadgets de índole tecnológico. A suportar este ponto Mais de 50% responderam que acompanhavam de parecem estar estudos internacionais recentes. Por exemplo o estudo “Technomic Index” forma sistemática ouLifestyle comRbastante atençãoem a pdinâmica realizado recentemente pela Samsung esearch Lab, desenvolvido arceria com a evolutiva deste tema parafiguram as 4entre dimensões analisadas: Lightspeed GMI, no qual os lares portugueses os que mais tecnologia dispõem, 3 De modo mesmo a nível Europeu, com níveis de utilização deste tipo de de equipamento. Comportamento doelevados Consumidor, Canais Distribuição, semelhante, o World Competitiveness Index elaborado pelo World Economic Forum coloca Dispositivos e acompanhamento da evolução do mundo Portugal na posição 18 no mundo, a nível de “Disponibilidade das últimas tecnologias”.4 digital e aprendizagem organizacional. Figura 4.1.-‐ Acompanhamento da evolução do mundo digital. Acompanhamento da evolução do mundo digital (%) Acompanhar a evolução digital e aprendizagem organizacional 30% Dispositivos 29% Comportamento do consumidor Canais de distribuição 23% 22% 39% 23% 41% 20% 40% 36% 25% 27% Sim, de forma sistemática Sim, com bastante atenção Sim, de modo informal mas ativo Apenas de modo informal 5% 2% 9% 10% 12% 2% 2% 3% Não é feito nenhum seguimento Figura 4.1 Acompanhamento da evolução do mundo digital. Curiosamente, a temática dos Canais de Distribuição parece ser a menos “acompanhada” pelos empresários/dirigentes nacionais inquiridos, o que poderá indicar alguma falta de maturidade, sobretudo a nível da componente de negócio digital. O aproveitamento de novos canais de distribuição requer o conhecimento e domínio de plataformas digitais mais sofisticadas do que 29 os canais tradicionais, obrigando a um processo de adaptação por parte das empresas. Ainda assim, tem-‐se verificado que as empresas de maior dimensão começam cada vez mais a de serviços de Marketing Digital em regime de outsourcing, permitindo-‐lhes alocar orçamentos controlados para este efeito. 4.2 INICIATIVAS ESTRATÉGICAS Em geral, embora a maioria dos empresários consultados tenha mostrado um grau importante nDA EMPRESA de envolvimento a evolução do mundo digital, existe ainda um importante potencial para a sensibilização dos empresários portugueses. Por exemplo, 37% dos respondentes referiu que ainda não aNa companham evolução igital do comportamento do consumidor. figura 4.2,formalmente analisamosauma sériedde iniciativas estratégicas características dentro da agenda digital das empresas contemporâneas 4.2.-‐ Iniciativas estratégicas da empresa com o objetivo de avaliar o grau de implementação das mesmas nas empresas portuguesas. Na figura 4.2, analisamos uma série de iniciativas estratégicas características dentro da agenda digital das empresas contemporâneas com o objetivo de avaliar o grau de Em termos de iniciativas estratégicas levadas a cabo peimplementação as mesmas as empresas ortuguesas. las empresas no d domínio digital,nconstata-se que p apenas 39% das empresas inquiridas investe ativamente no tema da “formação digital” dos seus colaboradores, sendo que Em termos e iniciativas estratégicas levadas a cabo pelas empresas no domínio digital, outras 23%dalegam que estão a pensar fazê-lo no curto prazo, o queqpoderá revelar ainda alguma falta deinquiridas “matuconstata-‐se ue apenas 39% das empresas investe ativamente no tema da “formação ridade digital” ao nível das empresas, não apostando de digital” dos seus cem olaboradores, sendo que equipas. outras 23% alegam que estão a pensar fazê-‐lo no forma sistemática formação digital das suas Por outro lado, igualmente espelhar embora curto prazo, o qpoderá ue poderá revelar ainda que, alguma falta de “maturidade digital” ao nível das o país esteja muito desenvolvido a nível de disponibilidaempresas, não apostando e forma estas sistemática em formação digital das suas equipas. Por outro de de tecnologia, na hora dedmobilizar tecnologias na gestão empresarial, existe alguma q falta “digitalizalado, poderá igualmente espelhar ue, de embora o país esteja muito desenvolvido a nível de ção” da economia nacional, muito baseada em negócios disponibilidade de tecnologia, hora de mobilizar tradicionais de transação de bensnea serviços, não exigin- estas tecnologias na gestão empresarial, do, por isso, grande esforço digital às empresas. existe alguma falta de “digitalização” da economia nacional, muito baseada em negócios tradicionais de transação de bens e serviços, não exigindo, por isso, grande esforço digital às empresas. Na vertente de recursos humanos, apenas 40% das empresas se dizem Figura 4.2.-‐ Iniciativas ligadas à estratégia digital satisfeitas com as capacidades Figura 4.2 digitais dos seus colaboradores. Iniciativas ligadas à estratégia digital Iniciativas estratégicas da empresa(%) A empresa conta, em quantidade e qualidade, com os quadros para lidar com os desafios da economia digital? 40% A empresa investe ativamente para que os colaboradores aprendam sobre as propriedades singulares das tecnologias digitais? 39% A empresa tem uma estratégia digital integral e formal com um alto diretivo diretamente responsável pela mesma e com objetivos estratégicos específicos? A empresa apresenta uma ferramenta de gestão do conhecimento e esta faz parte da cultura da organização A empresa possui cargos específicos focados em todos os aspetos da sua estratégia digital? A empresa utiliza ativamente técnicas de análise de dados de alta complexidade na tomada de decisões ? 23% 23% 39% 25% 27% 21% 16% 30 20% 18% 15% 16% 17% 23% Sim Não, mas está previsto fazê-lo durante o próximo ano Não, mas está previsto fazê-lo durante os próximos 3 anos Não 16% 17% 28% 34% 27% 21% 23% 35% 36% 17 No que respeita à utilização de tecnologias avançadas de análise de dados (data warehousing, data mining, análise OLAP/MOLAP, etc.), apenas 25% das empresas inquiridas alegam recorrer às mesmas, com outras 16% a referir que o irão fazer no próximo ano) e a restante metade a admitir que não o irá fazer proximamente. Esta resposta poderá estar associada ao facto de existir pouco conhecimento do potencial destas tecnologias de crescente aplicação. Ao nível da utilização de ferramentas de gestão do conhecimento, o número de respostas positivas é mais significativo, atingindo 34% dos inquiridos, com mais 27% a referirem que o irão fazer dentro de um ano. Este padrão de resposta poderá espelhar igualmente o tipo de economia nacional e o grau de sofisticação não muito avançado, ainda que em franco desenvolvimento em algumas áreas – como os sistemas de informação. Por tradição, em Portugal as empresas que mais têm utilizado de forma sistemática sistemas de gestão de conhecimento são as grandes empresas de serviços profissionais que, por trabalharem em rede sobre assuntos muitas vezes similares (M&A, Tax&Legal, etc.), percebem as vantagens de produzir, arquivar e gerir conhecimento no âmbito das suas operações. Na vertente de recursos humanos, apenas 40% das empresas se dizem satisfeitas com as capacidades digitais dos seus colaboradores, com 23% a referirem que irão lidar com o tema da quantidade e qualidade dos seus quadros no curto prazo, o que é revelador em termos da escassez de quadros formados na área digital, ou pelo menos com bons níveis de conhecimento na área. Os dados revelam que há de facto um desafio para o país em termos de desenvolvimento de quadros qualificados na área digital. Para promover esta vertente foi lançado um Plano de Ação para a Empregabilidade Digital 2015-2020, envolvendo entidades públicas e privadas, em jeito de resposta ao repto lançado pela Comissão Europeia com a Grand Coalition for Digital Jobs, confirmada pela Declaration on the Grand Coalition for Digital Jobs, criada em Davos, onde decorreu o Fórum Económico Mundial em 2014 e onde Portugal esteve representado através do Ministério da Economia. Olhando para a aposta na economia digital como um apoio essencial para micro, pequenas e médias empresas que querem solidificar a sua presença digital para intensificar a competitividade e internacionalização, este Plano de Ação define medidas concretas para promover a empregabilidade digital no âmbito da Sociedade de Informação e do Conhecimento – sobretudo direcionadas para o emprego jovem – e para renovar e capacitar a administração pública e o ecossistema empresarial ao nível da adoção de novas tecnologias e de ferramentas digitais. Ainda sobre este aspeto da empregabilidade digital, será muito provável que o fenómeno de emigração de quadros superiores, que se tem vindo a verificar desde 2010, tenha afetado a quantidade e a qualidade dos quadros disponíveis no mercado nacional, podendo limitar a progressão digital. Apenas 27% das empresas inquiridas referem possuir cargos específicos focados na sua estratégia digital, com 21% a admitirem que o irão fazer no próximo ano. Finalmente, na perspetiva da existência de uma estratégia digital integral e formal, com um alto dirigente alocado com objetivos específicos para este efeito, 39% das empresas responderam afirmativamente, com 28% a admitirem fazê-lo também num período de 1 ano, o que de alguma forma parece sugerir que as empresas nacionais se encontram ainda numa fase de transição para o mundo digital, onde apenas uma franja do tecido empresarial se posicionou efetivamente nesta dimensão, liderando o caminho para as restantes empresas. 31 dirigente alocado com objetivos específicos para este efeito, 39% das empresas responderam afirmativamente, com 28% a admitirem fazê-‐lo também num período de 1 ano, o que de alguma forma parece sugerir que as empresas nacionais se encontram ainda numa fase de transição para o mundo digital, onde apenas uma franja do tecido empresarial se posicionou 4.3 GRAU DEliderando ADAPTAÇÃO efetivamente nesta dimensão, o caminho para as restantes empresas. DAS ATIVIDADES DA EMPRESA À ECONOMIA DIGITAL 4.3.-‐ Grau de adaptação das atividades da empresa à economia digital Além do desenvolvimento de novas iniciativas estratégicas, a economia digital impõe às empresas o desenvolvimento de adaptações ao nível: da cadeia de valor, da gestão das plataformas tecnológicas e do tratamento dos dados – do ponto de vista da segurança e da Além do desenvolvimento de no- 26% das empresas responderam com os requisitos do consumidor privacidade. elativamente à adequabilidade da cadeia e valor das eEstas mpresas à economia vas iniciativasRestratégicas, a ecopositivamente, referindo quedaltedigital. percentagens parenomia digital impõe às empresas raram as cadeias de valor de for- cem estar em linha com a análise digital, 26% das empresas responderam positivamente, referindo que alteraram as cadeias de o desenvolvimento de adaptações ma a acomodar os requisitos do da secção anterior, reforçando a valor de forma a acomodar s requisitos do novo consumidor igital e forma proactiva ao nível: da cadeia de valor, o da novo consumidor digital de forma d ideia dedque as empresas naciogestão das plataformas tecnoló- proativa (Figura 4.3). Nesta ótica, nais se encontram ainda numa (Figura 4.3). Nesta ótica, 53% das empresas alegaram que apenas ajustaram alguns aspetos da gicas e do tratamento dos dados 53% das empresas alegaram que fase de transição para a chama– do ponto de vista ajustaram alguns daspetos digital”, apesar de cadeia de valor e 2da 1% segurança admitiram apenas que as suas cadeias e valor ndaão “economia se encontravam alinhadas e da privacidade. Relativamente à da cadeia de valor e 21% admiti- existir já um conjunto empresas com os requisitos do consumidor digital. stas cadeias percentagens estar em temática. linha com a adequabilidade da cadeia de valor ram que asEsuas de valor parecem de vanguarda nesta das empresas à economia digital, não se a encontravam análise da secção anterior, reforçando ideia de que alinhadas as empresas nacionais se encontram ainda numa fase de transição para a chamada “economia digital”, apesar de existir já um conjunto empresas de vanguarda nesta temática. Relativamente à adequabilidade da cadeia de valor das empresas à economia digital, das empresas Figura 4.3.-‐ Adaptação das atividades da cadeia de valor 26% à economia digital. responderam positivamente. Grau de adaptação das atividades da empresa à economía digital(%) A cadeia de valor da empresa encontra-se alinhada com os requisitos do consumidor digital? 26% 53% 21% Toda a cadeia de valor foi alterada para endereçar os requisitos do consumidor digital; o feedback é recolhido de forma proativa e analisado de forma detalhada para melhorar o serviço ao cliente Apenas alguns aspetos da cadeia de abastecimento foram alterados Cadeia de abastecimento não se encontra focada / alinhada com os requisitos do consumidor digital Figura 4.3 Adaptação das atividades Outro aspeto no qual as empresas têm ainda um àlongo percurso pela frente refere-‐se à integração da cadeia de valor economia digital. de plataformas tecnológicas (Figura 4.4), onde apenas 27% consideram ter atingido um grau de 19 32 Outro aspeto no qual as empresas têm ainda um longo percurso pela total integração, 49% consideram que já fizeram algum progresso parcial neste aspeto e 9% frente refere-se à integração de plataformas tecnológicas (Figura 4.4), onde apenas consideram atingido um grau de total integração, afirmam ter a27% penar sistemas terlegacy. 49% consideram que já fizeram algum progresso parcial neste aspeto e 9% afirmam ter apenar sistemas legacy. Figura 4.4.-‐ Integração de plataformas tecnológicas De que forma as novas tecnologias estão integradas com as plataformas digitais existentes? 27% 49% 9% 14% Plataforma tecnológica totalmente integrada permite o melhor uso de tecnologias digitais integradas (e.g. cloud, mobility, analytics) Integração de esforços em determinadas tecnologias (e.g. apenas cloud) Existência apenas de sistemas legacy; inexistência de plataformas tecnológicas; N/A Figura 4.4 Integração de plataformas tecnológicas No que respeita à vertente de segurança, o grau de respostas positivas é significativamente maior, com 48% das empresas a assumirem a utilização de arquiteturas e tecnologias de segurança de nível profissional (Figura 4.5). Das empresas inquiridas, 27% recorrem a Outro aspeto no qual as empresas têm ainda um tecnologias e processos isolados para gestão da segurança digital com 17% a admitirem pouco longo percurso pela frente refere-se à integração ou nenhum foco nesta vertente. Com a crescente visibilidade mediática de inúmeros casos de de plataformas tecnológicas, onde apenas 27%de referência, como o quebras de segurança informática, em alguns casos em instituições consideram ternos atingido um ograu total integração. Pentágono e a NASA EUA, é notório efeito de prescritivo nas empresas nacionais, que apreenderam já o potencial negativo do não-‐investimento nesta área. De igual forma, com o gradual e consistente crescimento do canal online (e-‐commerce), as empresas ganham cada vez 33 mais consciência para a necessidade de contarem com sistemas robustos em termos de segurança, por forma a mitigarem os receios e dúvidas dos seus novos potenciais clientes na total integração, 49% consideram que já fizeram algum progresso parcial neste aspeto e 9% afirmam ter apenar sistemas legacy. Figura 4.4.-‐ Integração de plataformas tecnológicas De que forma as novas tecnologias estão integradas com as plataformas digitais existentes? 27% 49% 9% 14% Plataforma tecnológica totalmente integrada permite o melhor uso de tecnologias digitais integradas (e.g. cloud, mobility, analytics) Integração de esforços em determinadas tecnologias (e.g. apenas cloud) Existência apenas de sistemas legacy; inexistência de plataformas tecnológicas; N/A No que respeita à vertente de segurança, o grau de respostas positivas é significativamente maior, com 48% das empresas a assumirem a utilização de arquiteturas e tecnologias de segurança de nível profissional (Figura 4.5). Das empresas inquiridas, 27% recorrem a tecnologias e processos isolados para gestão da segurança digital com 17% a admitirem pouco ou nenhum foco nesta vertente. Com a crescente visibilidade mediática de inúmeros casos de quebras de segurança informática, em alguns casos em instituições de referência, como o No que respeita à vertente de se- pouco ou nenhum foco nesta ver- igual forma, com o gradual e conPentágono e oa grau NASA os EUA, épo notório efeito prescritivo nas empresas nacionais, doque gurança, denrespostas tente. oCom a crescente visibilidasistente crescimento canal onsitivas é significativamente maior, de mediática de inúmeros casos line (e-commerce), as empresas apreenderam já o potencial negativo do não-‐investimento nesta área. De igual forma, com o com 48% das empresas a assu- de quebras de segurança infor- ganham cada vez mais consciêngradual e consistente rescimento o canal online s epara mpresas ganham decada vez mirem a utilização cde arquitetu- dmática, em alguns(e-‐commerce), casos em ins- acia a necessidade contae tecnologias tituições de referência, como o robustos rem comesistemas robustos mais ras consciência para dea nsegurança ecessidade de contarem com sistemas m termos de em de nível profissional (Figura 4.5). Pentágono e a NASA nos EUA, termos de segurança, por forma segurança, por forma a mitigarem receios o eefeito dúvidas dos seus potenciais clientes na Das empresas inquiridas, 27% re- oés notório prescritivo nas novos a mitigarem os receios e dúvidas área dcorrem igital. a tecnologias e processos empresas nacionais, que apreen- dos seus novos potenciais clienisolados para gestão da seguran- deram já o potencial negativo do tes na área digital. ça digital com 17% a admitirem não-investimento nesta área. De Figura 4.5.-‐ Tratamento de dados. Segurança. Qual é a abordagem da empresa à segurança no tratamento dos dados? 48% 27% 17% 8% Controlo de segurança consistente e integrado dentro da arquitetura tecnológica da organização Domínios de segurança com cobertura através de ferramentas e processos isolados Foco na segurança limitado (i.e. objetivo de garantir e gerir ameaças - e.g. através de firewalls) N/A Figura Em relação ao controlo da privacidade da 4.5 informação de dados a nível interno, 40% das Tratamento de dados. Segurança. de controlo rigoroso (Figura 4.6). Das restantes empresas admitiu recorrer a um mecanismo empresas inquiridas, 40% alegaram recorrer apenas a um controlo simples da informação chave da empresa recorrendo a mecanismos não sistemáticos para esse efeito, como a gestão de 34 20 Em relação ao controlo da privacidade da Em relação ao controlo da priva- reservado, com baixos níveis de cidade da informação de dados a controlo de acesso e de seguraninformação de nível interno, 40% das empresas ça. É ainda de referir o facto de dados a nível admitiu recorrer a um mecanis- cerca de 12% das empresas temo de controlo rigoroso (Figura rem admitido que não possuem áreas de Pastas/Ficheiros com acesso por login reservado, com baixos ninterno, íveis de controlo e 40% ddas 4.6). Das restantes empresas in- uma visão clara para este tema acesso quiridas, e de segurança. É ainda de referir o fpor acto de não cerca de 1com 2% das eempresas mpresas terem admitiu admitido 40% alegaram recorrer e que, isso, contam apenas a um controlo simples da políticas de gestão da privacidade que não possuem uma visão clara para este tema e que, por isso, não crecorrer ontam com a políticas um de informação chave da empresa re- dos dado – o que parece indiciar gestão d a privacidade dos dado o que parece indiciar a existência correndo a mecanismos não – sisa existência de empresas que de empresas que operam mecanismo de temáticos para esse efeito, como operam ainda numa lógica muito ainda numa lógica muito tradicional, longe da nova realidade digital. a gestão de áreas de Pastas/ tradicional, longe da nova realidacontrolo rigoroso Ficheiros com acesso por login de digital. Figura 4.6.-‐ Tratamento de dados. Privacidade. De que forma a empresa gere a informação / privacidade dos dados? 40% 40% 12% 9% Controlo rigoroso em curso para segregação clara de informação e uso nos diversos parceiros Identificação de informação chave e controlo associado, de modo não sistemático Falta de visão clara sobre a segregação crítica e não-crítica da informação / dados: inexistência políticas de privacidade de dados N/A Figura 4.6 Tratamento de dados. Privacidade. Apesar da maior visibilidade do tema da segurança informática verificada neste Estudo, o tecido empresarial português parece ainda estar longe dos níveis ideais de segurança. As conclusões do estudo Vigilis5, apontam para falhas graves de segurança, tanto no sector público como no setor Apesar da maior visibilidade do de Segundo os investigadores resprivado. Em ambos setores, o nível segurança é considerado “perigoso”, estando, numa escala tema da segurança informática ponsáveis pelo estudo, na melhor de 0 a 1verificada 0, avaliados em 4,1 e 4, respetivamente. neste Estudo, o tecido das hipóteses, pelo menos um em empresarial português parece cada cinco endereços de IP esta ainda estar longe dos níveis ide- tais testados pelo projeto Vigilis Segundo s investigadores responsáveis elo estudo, na melhor das hipóteses, pelo menos um em aisode segurança. As conclusões era p vulnerável a ataques que podo estudo Vigilis d , e apontam para testados diam pôr pem a privacidade, cada cinco endereços IP estatais elo risco projeto Vigilis era vulnerável a ataques que falhas graves de segurança, tan- integridade e confidencialidade podiam topôr m risco a privacidade, e confidencialidade no esetor público como no se- integridade da informação. No pior cenário, da informação. No pior cenário, tor privado. Em ambos setores, o um em cada dois endereços um em cada dois endereços avaliados foi considerado frágil. avanível de segurança é considerado liados foi considerado frágil. “perigoso”, estando, numa escala de 0 a 10, avaliados 4,1 e 4, 4.4.-‐ Presença nos Social em Media respetivamente. No que respeita às preferências em termos de presença nas redes sociais a nível pessoal, os Centro de Investigação em Sistemas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). empresários e altos dirigentes inquiridos parecem mostrar clara preferência pelo LinkedIn (84%), logo seguido pelo Facebook com 73% – evidenciando uma maior propensão “corporate” destas duas redes sociais face ao YouTube, Twitter e Instagram com 50%, 36% e 26%, respetivamente 35 (Figura 4.7). 5 5 4.4 PRESENÇA NOS SOCIAL MEDIA No que respeita às preferências em termos de presença nas redes sociais a nível pessoal, os empresários e altos dirigentes inquiridos parecem mostrar clara preferência pelo LinkedIn (84%), logo seguido pelo Facebook com 73% – evidenciando Figura 4.7.-‐ Uso maior pessoal das redes sociais destas duas redes sociais face ao YouTube, Twituma propensão “corporate” ter e Instagram com 50%, 36% e 26%, respetivamente (Figura 4.7). 84% LinkedIn 73% Facebook 50% YouTube 36% Twitter Instagram 26% Figura 4.7 Uso pessoal das redes sociais No que respeita às preferências em termos de presença nas redes sociais, os empresários e altos dirigentes inquiridos parecem mostrar clara preferência pelo Linkedin (84%), logo seguido pelo Facebook com 73%. O mesmo Ose verifica a nível aprofissional, onde onde 81% 81% dos dos inquiridos acedem, pelo mesmo se verifica nível profissional, inquiridos acedem, pelomenos meocasionalmente, ao LinkedIn para motivos profissionais, seguido pelo Facebook com os mesmos nos ocasionalmente, ao LinkedIn para motivos profissionais, seguido pelo Facebook com os a mesmos 73% verificados a nível pessoal (Figura De realçar, ainda nestaa 73% verificados nível pessoal (Figura 4.8). De realçar, ainda 4.8). nesta ótica profissional, ótica profissional, a relevância dos Blogs e dos Fóruns de Discussão, ambos com relevância dos Blogs e dos Fóruns de Discussão, ambos com 72% de respostas positivas – o que 72% de respostas positivas – o que parece revelar alguma maturidade digital a este parece revelar alguma digital a este nível por oparte empresas de nacionais, nível por parte maturidade das empresas nacionais, percebendo valordas acrescentado imple percebendo o valor acrescentado de vez implementar canais digitais cada vez mais variados mentar canais digitais cada mais variados e complementares entre si, em termose de interatividade com o seude universo de Clientes. complementares entre si, em termos interatividade com o seu universo de Clientes. Grau de envolvimento nos seguintes tipos de social media por motivos profissionais Figura 4.8.-‐ Envolvimento profissional nas redes sociais 81% LinkedIn 73% Facebook Blogs relacionados com a atividade da minha empresa/indústria 72% Forums de discussão / feedback de clientes 68% 31% Twitter Instagram 19% Figura 4.8 Envolvimento profissional nas redes sociais 22 Ao nível da existência de uma estratégia concreta para as redes sociais, só 23% das empresas 36 inquiridas afirmam contar com uma estratégia dedicada a este tema, com um orçamento alocado para o efeito (Figura 4.9). Das restantes empresas, 37% referem efetuar ações Grau de envolvimento nos seguintes tipos de social media por motivos profissionais 81% LinkedIn 73% Facebook Blogs relacionados com a atividade da minha empresa/indústria 72% Forums de discussão / feedback de clientes 68% 31% Twitter Instagram 19% Ao nível da existência de uma estratégia concreta para as redes sociais, só 23% das empresas inquiridas afirmam contar com uma estratégia dedicada a este tema, com um orçamento alocado para o efeito (Figura 4.9). Das restantes empresas, 37% referem efetuar ações Ao nível da existência de uma estratégia concreta para as redes sociais, só 23% das frequentes mas não sistematizadas e 41% alegam que desenvolvem apenas ações isoladas, com empresas inquiridas afirmam contar com uma estratégia dedicada a este tema, com pouco ou nenhum investimento ou sem qualquer presença nas redes sociais. um orçamento alocado para o efeito (Figura 4.9). Das restantes empresas, 37% refe rem efetuar ações frequentes mas não sistematizadas e 41% alegam que desenvolvem apenas isoladas, com poucoeou investimento ou sem qualquer Figura 4.9.-‐ Eações stratégia atual da empresa m rnenhum elação aos Social Media presença nas redes sociais. Estratégia atual da sua empresa em relação aos Social Media A minha empresa tem uma estratégia explícita com um orçamento dedicado 23% A minha empresa desenvolve ações frequentes mas sem sistematização com um orçamento limitado 37% A minha empresa desenvolve ações isoladas, que exigem pouco ou quase nenhum investimento A minha empresa não tem presença nenhuma ou quase nenhuma nos social media 26% 15% Figura 4.9 Estratégia atual da empresa em relação aos Social Media Ao nível da existência de uma estratégia concreta para as redes sociais, só 23% das empresas inquiridas afirmam contar com uma estratégia dedicada a este tema, com um orçamento alocado. 23 37 Ainda assim, a figura 4.10 parece indiciar a existência de um grande potencial de crescimento a curto prazo da relevância das redes sociais ao nível das empresas nacionais, com 45% a referir que o tema é estrategicamente prioritário ou que vai incrementar a sua presença nas redes sociais de forma significativa. Ainda assim subsistem 15% de empresas que alegam manter o desinteresse em estarem presentes as redes sociais. a existência de um grande potencial de Ainda assim, a figura 4.10nparece indiciar crescimento a curto prazo da relevância das redes sociais ao nível das empresas nacionais, com 45% a referir que o tema estrategicamente prioritário ou que vai Figura 4.10.-‐ Previsões de evolução da presença nos éSocial Media incrementar a sua presença nas redes sociais de forma significativa. Ainda assim subsistem 15% de empresas que alegam manter o desinteresse em estarem presentes nas redes sociais. A sua empresa tem previsto incrementar significativamente a sua presença nos Social Media durante 2016? Sim, o tema é prioritário estrategicamente 14% 31% Sim, significativamente 41% Sim, moderadamente Não 15% Figura 4.10 A sua empresa tem previsto incrementar significativamente a sua presença nos Social Media durante 2016? Os oobjetivos bjetivos de presença nas redes sociais nas mais perseguidos pelos empresários e altos dirigentes Os de presença redes sociais mais deste Estudo foram o desenvolvimento da notoriedade ao nível da marca (71%) e a investigação perseguidos pelos empresários e altos dirigentes deste de mercado (66%) (Figura 4.11). O incentivo à compra de produtos ou serviços foi considerado Estudo o desenvolvimento da notoriedade ao ainda um com 56%, foram o que parece revelar que atualmente a presença nas redes sociais possui cariz mais que propriamente de de negócio, algo que se prevê que venha a nível da “institucional” marca e do a investigação mercado. inverter-‐se de forma significativa nos próximos anos e que será certamente acompanhado em futuras edições deste Estudo. Os objetivos de presença nas re- de forma significativa nos próxi- nas opções de compra da marca. sociais mais perseguidos pe- mos anos e que será certamente Com toda esta envolvente será des 6 apurava resultados significativos termos do puma otencial de a seem 2015, um studo da Marktestacompanhado losJá empresários e ealtos dirigentes em futuras edições em certamente temática deste Estudo foram o desenvolvideste Estudo. guir, sobretudo depois negócios das redes sociais, concluindo que 69% dos portugueses seguiam marcas nas redes do anúncio mento da notoriedade ao nível da recente da Google referindo que sociais e que 13% dos portugueses consideram que o facto de seguirem uma empresa nas redes marca (71%) e a investigação de Já em 2015, um estudo da Ma- vai começar a incluir Tweets nos 6 sociais p(66%) ode ter (Figura muita influência opções de compra da marca. Com tresultados oda esta envolvente será mercado 4.11). O nas rktest apurava resultados signifidas pesquisas num incentivo à compra de produtos cativos em termos do potencial de ou 6 serviços foi considerado com negócios das redes sociais, con “ s Redes que Sociais 2015” que – Grupo arktest / 2015 56%,Os oPortugueses que parecee arevelar cluindo 69%M dos portugueses atualmente a presença nas re- seguiam marcas nas redes sodes sociais possui ainda um cariz ciais e que 13% dos portugueses mais “institucional” do que pro- consideram que o facto de sepriamente de negócio, algo que guirem uma empresa nas redes se prevê que venha a inverter-se sociais pode ter muita influência 6 “Os Portugueses e as Redes Sociais 2015” – Grupo Marktest / 2015 38 futuro próximo. Ainda assim, a aposta nas redes sociais deverá ser estudada, e implementada com critério e devida atenção, dado haver o risco de críticas e/ ou campanhas depreciativas com potenciais impactos significativos 24 na imagem de uma empresa. certamente uma temática a seguir, sobretudo depois do anúncio recente da Google referindo que vai começar a incluir Tweets nos resultados das pesquisas num futuro próximo. Ainda assim, a aposta nas redes sociais deverá ser estudada, e implementada com critério e devida atenção, dado haver o risco de críticas e/ou campanhas depreciativas com potenciais impactos significativos na imagem de uma empresa. Figura 4.11.-‐ Objetivos das ações das empresas nos Social Media. Objetivos das ações da empresa no Social Media Desenvolver a imagem de marca 71% Investigação de mercado. 66% Incentivar diretamente a compra dos produtos/serv… 56% Figura 4.11 Objetivos das ações das empresas nos Social Media. Quando inquiridos acerca da utilização de métricas para aferir a performance das suas Quando inquiridos uti- 4.12). Das 43%dividiu-‐se que responderam mais, decom acreditar estratégias nas redes sacerca ociais, oda universo de empresas praticamente ao mé eio, 57% que este úllização de métricas para aferir a afirmativamente, cerca de 41% timo indicador, hoje pouco reledas empresas a admitir que não contam com este tipo de metodologia, contra 43% que alegam performance das suas estratégias (18% do universo total de res- vante, assumirá um protagonismo usá-‐las (Figura 4.12). Doas universo 43% que de responderam afirmativamente, cerca doe 4significativamente 1% (18% do nas redes sociais, pondentes) usa como métrica crescente nos universo total de respondentes) usa como métrica número d39% e “amigos”, (16%) oanos, tempo empresas dividiu-se praticamente número de o“amigos”, (16%) 39% próximos com a penetração ao meio, 57% n das empresas o etempo consumido navegar cada vez consumido a navegar a sua página web 20% (9%) considera aa taxa de conversão de “maior clicks” do canal de com com a admitir que não contam com na sua página web e 20% (9%) pras online no processo de venda em compras. Uma vez mais, é de acreditar que este último indicador, hoje pouco relevante, este tipo de metodologia, contra considera a taxa de conversão das empresas. assumirá um alegam protagonismo crescente nos próximos anos, com a penetração 43% que usá-lassignificativamente (Figura de “clicks” em compras. Uma vez cada vez maior do canal de compras online no processo de venda das empresas. Figura 4.12.-‐ Indicadores de performance nos Social Media 20% 39% Tempo que as pessoas passam na página web Número de "amigos" Conversão de "clicks" em compras 41% Figura 4.12 Indicadores de performance nos Social Media 25 4.5.-‐ Mobilidade O conceito de trabalho está a mudar radicalmente, para o entendermos melhor ba comportamentos e aspirações da geração futura, os millennials, que já nasceram e 39 cultura digital. Estima-‐se que, já em 2020, esta geração irá representar cerca de 40 4.5 MOBILIDADE O conceito de trabalho está a mudar radicalmente, para o entendermos melhor basta considerar comportamentos e aspirações da geração futura, os millennials, que já nasceram e cresceram nesta cultura digital. Estima-se que, já em 2020, esta geração irá representar cerca de 40% da força de trabalho e que mais de 35% da população ativa trabalhará remotamente pelo menos 3 dias por semana. Desta forma, fatores como: mobilidade, flexibilidade, colaboração e agilidade, são cada vez mais essenciais para corresponder às preferências da força de trabalho do futuro. No entanto, a importância do investimento em mobilidade face ao investimento total previsto em TIs parece ainda dividir as opiniões dos empresários e altos dirigentes inquiridos, onde 28% assumem que esta rúbrica representou uma parte significativa face ao investimento total em TIs (Figura 4.13). Quando inquiridos sobre a perspetiva futura, 30% dos inquiridos concordam que o investimento em mobilidade irá representar uma parte significativa do investimento total em TIs, com outros 33% a referirem estar medianamente de acordo e os restantes 36% a não estar de acordo ou nem sequer contar com uma opi- nião sobre o mesmo. Esta “fragmentação” de opiniões parece indicar um certo conservadorismo das empresas inquiridas face à temática da mobilidade. Em relação à existência de uma política corporativa de mobilidade com um quadro superior e com um orçamento dedicado ao tema, as empresas responderam com 33% de acordo (totalmente ou bastante), versus 32% apenas medianamente de acordo e as restantes em desacordo ou sem opinião sobre o tema, o que mantém o padrão de uma relativa cisão de opiniões acerca deste tema anteriormente descrito. O investimento em mobilidade representará uma parte crescente do orçamento total em TI da empresa O investimento em mobilidade representou uma parte muito significativa do orçamento total em TI da empresa A minha empresa tem uma política corporativa de mobilidade com um diretor responsável pelo tema e um orçamento específico de investimento em tecnologias relacionadas 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Totalmente de acordo Bastante de acordo Bastante em desacordo Totalmente em desacordo Medianamente de acordo Figura 4.13 Política e investimentos O nível de introdução de modelos de colaboração flexíveis com os colaboradores no universo em mobilidade de empresas inquiridas foi de apenas 35%. Das empresas que implementaram modelos de colaboração flexíveis, o “trabalho remoto” e o trabalho a tempo parcial foram identificados como os modelos mais comuns – com 13% de adesões (do universo dos 35%). A política de “bring-‐your-‐own-‐device” é adotada por 9% dos inquiridos, revelando-‐se mais comum em 40 países como os EUA e Inglaterra, onde os regimes mais liberais estão implantados há mais tempo (Figura 4.14.). Em Portugal, empresas como a Cisco Systems, a Microsoft ou a Diageo, 41 42 O nível de introdução de modelos de colaboração flexíveis com os colaboradores no universo de empresas inquiridas foi de apenas 35%. Das empresas que implementaram modelos de colaboração flexíveis, o “trabalho remoto” e o trabalho a tempo parcial foram identificados como os modelos mais comuns – com 13% de adesões (do universo dos 35%). A política de “bring-your-own-device” é adotada por 9% dos inquiridos, revelando-se mais comum em países como os EUA e Inglaterra, onde os regimes mais liberais estão implantados há mais tempo (Figura 4.14.). Em Portugal, empresas como a Cisco Systems, a Microsoft ou a Diageo, entre outras, já implementaram o teletrabalho, com resultados positivos. Na sequência deste tema, é relevante referir que segundo um estudo da Microsoft Portugal7, elaborado em finais de 2012, a falta de produtividade em Portugal pode estar relacionada com a falta de flexibilidade na prestação do trabalho. O mesmo estudo mostrou que 37% dos portugueses nunca trabalharam fora do local habitual de trabalho, 82% gostariam de ter flexibilidade e 63% acreditam que, desta forma, seriam mais produtivos. No entanto, outra conclusão é que uma das maiores barreiras à flexibilidade é a falta de confiança na execução das tarefas. Apenas 45% dos empregadores confiam na produtividade fora do escritório, necessitando ainda de um processo de mudança que lhes permita experimentar, adaptar e implementar estas novas metodologias de forma gradual e alinhada com as estratégias das empresas. O nível de introdução de modelos de colaboração flexíveis com os colaboradores no universo de empresas inquiridas foi deA apenas 35%. sua empresa tem um modelo de colaboração flexível? Sim, modelo de colaboração baseado no trabalho desde casa 13% 13% 65% 9% Sim, modelos de colaboração baseado em trabalho a tempo parcial Sim, adotou a sua empresa uma política de BYOD Não modelos de colaboração flexível Figura 4.14 Modelos de colaboração flexível Elaborado pela consultora Vanson Bourne, por encomenda da Microsoft Portugal (2012). Finalmente, fechamos este capítulo consultando aos empresários e diretivos s desenvolvimento de aplicações móveis, em que 42% das empresas afirmam t 43 aplicações móveis específicas. O 44% das empresas desenvolveram aplicaçõe 7 Finalmente, fechamos este capítulo consultando aos empresários e diretivos sobre o grau de desenvolvimento de aplicações móveis, em que 42% das empresas afirmam ter desenvolvido aplicações móveis específicas. O 44% das empresas desenvolveram aplicações para apoio às forças de vendas e para servir aos clientes. 25% das empresas desenvolveram aplicações exclusivamente para servir os clientes, existindo outras só focadas em aplicações para apoio da força de vendas (30,6%). Este resultado contrasta de alguma forma com alguns dos resultados obtidos parecen- do evidenciar forte interesse das empresas nacionais inquiridas relativamente ao tema das Apps, reconhecendo nas mesmas forte potencial sobretudo ao nível da gestão comercial (Vendas e Clientes). 42% das empresas afirmam ter desenvolvido aplicações móveis específicas. Sim, para dar suporte às forças de vendas Sim, para os clientes Sim, para ambos Não Figura 4.15 Desenvolvimento de aplicações móveis. 44 45 5. AMOSTRA Este estudo baseou as suas conclusões num inquérito realizado a 284 dirigentes, selecionados aleatoriamente de um grupo de cerca de ---- residentes em Portugal. (Taxa de resposta:--%) O questionário foi enviado aos contactos específicos dos dirigentes das empresas selecionadas durante o mês de junho de 2015 e durante o mês de setembro de 2015. A estrutura temática das perguntas dividiu-se em dois blocos: perguntas conjunturais e estruturais. Na sua maioria, o questionário foi feito através de perguntas fechadas de resposta múltipla e de perguntas de valoração numérica, a fim de facilitar a sua resposta e avaliação. Nenhum inquérito foi considerado totalmente inválido, havendo casos em que não foram respondidas certas perguntas. O menor número de respostas registado numa pergunta foi de 178. As áreas das empresas que participaram no estudo, representam a generalidade dos setores da economia portuguesa. Os inquiridos pertencem a empresas com atuação internacional, nacional e global em percentagens de 62%, 30% e 8%, respetivamente. A dimensão das empresas revela 27% como de grande dimensão, 23% de média dimensão e um 50% de pequena dimensão. Do total dos dirigentes que responderam ao questionário, 55% são Presidentes, Vice Presidentes ou Administradores, 23% são Diretores Gerais ou Gerentes e 22% são diretores de diferentes departamentos das empresas e quadros superiores. 46 47 Sobre a AESE Business School A AESE, a mais antiga Escola de Negócios em Portugal, dedica-se, desde 1980, à formação e ao aperfeiçoamento dos líderes empresariais, segundo uma perspetiva cristã do Homem e da Sociedade. O reconhecimento da sua atividade no mundo empresarial é resultado de cinco princípios essenciais que tornam a AESE uma escola de negócios única: mais de 34 anos a ensinar com o Método do Caso incentivando a decisão prudencial, uma cultura de aprendizagem participativa e contínua alicerçada no humanismo, na ética e na responsabilidade social e corporativa, com um verdadeiro impacto nos participantes, transformando-os em dirigentes e líderes que contribuem ativamente para a sociedade portuguesa. A estreita colaboração entre a AESE e o IESE, que se iniciou em 1980, traduz-se no intercâmbio de professores, na elaboração de casos e programas conjuntos de investigação, bem como, no âmbito dos programas de formação de Executivos. AESE | Lisboa Edifício AESE, Calçada de Palma de Baixo n.º 12, 1600-177 Lisboa Tlf. [+351] 217 221 530 [email protected] Sobre a Accenture A Accenture é uma organização global de serviços de consultoria de gestão, tecnologias de informação e outsourcing, com mais de 358 mil profissionais a servir clientes em mais de 120 países. Através da combinação de uma experiência ímpar, um conhecimento profundo dos vários setores de atividade e funções de negócio, e uma extensa pesquisa sobre as empresas mais bem sucedidas do mundo, a Accenture colabora com os clientes ajudando-os a tornarem-se organizações de alto desempenho. A empresa gerou receitas no valor de 31 mil milhões de dólares, no exercício terminado em 31 de Agosto de 2015. A homepage da Accenture é www.accenture.pt. AESE | Porto Rua do Pinheiro Manso n.º 662, 1.12, 4100-411 Porto Tlf. [+351] 226 108 025 [email protected] www.aese.pt