Boletim 259
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Boletim 259
Impresso Especial 991218260/2007-DR/BSB PMDB www.pmdb.org.br Brasília, Distrito Federal, 13 de Abril de 2016, número 259. Aprovado na Comissão Especial pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Igo Estrela/PMDB Presidente da Câmara anuncia oficialmente o cronograma de votação do impeachment O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), anunciou nesta terça-feira (12) em Plenário o cronograma de votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na sexta-feira (15), às 8h55, será aberta sessão no Plenário para discutir o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), aprovado em comissão especial, que recomenda a abertura do processo de impeachment. Os autores do pedido do impeachment — os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal — terão um prazo co- mum de 25 minutos para expor os seus argumentos. Em seguida, haverá 25 minutos para a defesa de Dilma, que poderá ser feita por ela pessoalmente ou por um procurador. Depois, falarão os líderes de partidos representados na Câmara, seguindo a ordem da maior para a menor bancada. A sessão só terminará quando todos eles tiverem concluído as suas falas. Às 11 horas do sábado (16), começará uma nova sessão para continuar a discussão do parecer. Os deputados inscritos Romero Jucá diz que Dilma perdeu a serenidade e que deveria olhar para os erros do governo O presidente nacional em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse nesta terça-feira (12) que a presidente da República, Dilma Rousseff, está “perdendo a serenidade” e usando argumentos ultrapassados para enfrentar o processo de impeachment, inclusive com acusações a pessoas que não são culpadas pela situação em que o governo se encontra. “Eu lamento que a presidente Dilma esteja perdendo a serenidade e esteja tentando culpar outras pessoas por desacertos do seu próprio governo. Se a presidente Dilma quer procurar pessoas que atrapalharam o governo, ela deve olhar para dentro do governo”, disse Jucá. Para ele, “o governo está SENADO Senador Romero Jucá (RR) Foto: Roque de Sá/Agência Senado pagando pelos erros que cometeu”. O senador ressaltou que o vice-presidente Michel Temer (SP) e nenhum membro do Congresso Nacional podem ser acusados de “ação deliberada” para promover o impeachment. CÂMARA Kátia Abreu relata anteprojeto da Lei de Licitações SENADO Henrique Alves cria comissão sobre Orçamento Impositivo 2 Jucá explicou que o Congresso Nacional “está fazendo com que a Constituição possa ser validada e que, efetivamente, uma ação de impeachment possa ser votada para que assim se cumpra o desejo da maioria do Congresso”. Para Romero Jucá, a presidente, ao tratar o impeachment como golpe, está “apelando para um enredo já ultrapassado, usando o mesmo argumento de Fernando Collor em 1992. Eu acho que o governo deveria fazer uma autocrítica e reconhecer a difícil situação em que colocou o estado brasileiro”, disse. O peemedebista ressaltou que “os autores do pedido de impeachment são juristas renomados no Brasil. O [deputado] Eduardo Cunha (RJ), como presidente da Câmara, apenas deu prosseguimento ao fato. O rito do processo foi definido pelo Supremo Tribunal Federal no seu trâmite, portanto há o aval do STF nesse procedimento de impeachment que estamos apreciando. Os erros do governo, os crimes do governo é que levaram ao processo de impeachment. Não foi ninguém de fora que fez com que o governo fizesse tudo que fez”, concluiu Romero Jucá. CÂMARA Sérgio Souza é autor de texto sobre Política de Biocombustíveis 2 terão três minutos, cada um, para falar. A inscrição será feita na manhã de sexta-feira. No domingo (17), a partir das 14 horas, acontecerá a sessão de votação do parecer. O relator Jovair Arantes terá 25 minutos para se pronunciar e os líderes falarão em seguida. O início da votação está previsto para as 15 horas, e cada deputado terá apenas 10 segundos para manifestar o seu voto ao microfone. Durante a votação, não serão permitidos encaminhamentos dos líderes nem apresentação de questões de ordem pelos deputados. PMDB Manoel Júnior propõe alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal 2 Partido reúne 2 mil militantes em encontro regional no Ceará 2 4 1 Congresso Nacional/PMDB SENADO SENADO Tudo na vida tem seu tempo, diz Renan sobre processo de impeachment Audiência debate sobre o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica Senador Renan Calheiros (AL) Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado Questionado pelos jornalistas, na tarde desta terça-feira (12), sobre o rito do processo de impeachment movido contra a presidente da República, Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), enfatizou aos jornalistas que, pela função que exerce, não deve comentar os fatos que envolvem o processo. “Tudo na vida tem seu tempo. O impedimento tem o seu tempo e tem o seu calendário. Se passar na Câmara dos Deputados, o processo vai ter um calendário no Senado Federal e isso será combinado com o Supremo Tribunal Federal”, explicou Renan. Renan lembrou que, neste momento, é preciso agir com bom senso e responsabilidade para não se anteciparem os fatos. Segundo o presidente do Senado, é preciso esperar qual decisão vai ser tomada pelo plenário da Câmara dos Deputados. “O impedimento tem uma data decisiva, que é este domingo. De uma vez por todas a Câmara vai decidir se dará ou não autorização para o impedimento. É preciso aguardar sem sofreguidão”, aconselhou Renan. *Com Agência Senado CÂMARA Comissão aprecia nesta quinta relatório sobre dívidas agrícola e de caminhoneiros A Comissão Mista destinada a analisar a Medida Provisória (MP) 707/2015 marcou para esta quinta-feira (14) reunião para apreciar o relatório do deputado federal Marx Beltrão (AL), favorável à aprovação da matéria. A medida autoriza o BNDES a prorrogar até 30 de junho o prazo para refinanciamento de empréstimos contraídos por caminhoneiros para a aquisição de caminhões, carretas e reboques. O prazo anterior para o refinanciamento era 31 de dezembro de 2015. A Medida Provisória também estende até 31 de dezembro de 2016, para agricultores que estão na área da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a suspensão do prazo de prescrição das dívidas das operações de crédito rural de valor até R$ 100 mil. O relatório de Marx Beltrão deverá contemplar as negociações com o governo de Foto: PMDB de Avaliação da Educação Básica. “O Saeb possui um escopo mais amplo do que as atuais atribuições do Inep. Além da necessidade de ampliar e adequar as avaliações e a coleta dos dados, ainda haverá o desafio de buscar formas de cooperação entre os entes federados, visto que a avaliação de desempenho dos estudantes em exame poderá ser diretamente realizada pela União ou mediante acordo de cooperação entre Estados e Distrito Federal, nos respectivos sistemas de ensino dos Municípios, assegurada a compatibilidade metodológica entre esses sistemas e o nacional, especialmente no que se refere às escalas de proficiência e ao calendário de aplicação”, defendeu Dário Berger. SENADO O desempenho no Exame Nacional do Ensino Deputado Marx Beltrão (AL) Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados forma a estender a renegociação de dívidas do crédito rural para cidades atingidas pela seca, mas que hoje não fazem parte do semiárido - área da Sudene. Valdir Colatto destaca manifesto da CNA a favor do impeachment O deputado federal Valdir Colatto (SC) 2 Senador Dário Berger (SC) Aprovado substitutivo de Simone Tebet que prevê regras para a concessão do Fies CÂMARA destacou no plenário da Câmara, na quartafeira (6), o manifesto da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) que anunciou apoio ao impeachment da presidente da República. “É o setor produtivo que se manifesta diante de tamanha falta de vontade do governo em atender as pautas da agricultura, e é a agricultura que tem segurado este país em pé”, disse. Colatto informou que o documento da CNA é respaldado por 27 federações de agricultura e milhares de sindicatos que representam a produção nacional (a agricultura e a pecuária) que mantém 30% dos empregos no Brasil. O deputado lamentou a falta de recursos federais para pagar o seguro rural de 2015/2016 e criticou o anúncio da desapropriação de 29 novas áreas de terra para assentamentos de Reforma Agrária, sem informação de quanto custará aos cofres do Brasil. A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado realiza nesta quarta-feira (13) audiência pública para debater sobre o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O encontro tem como principal objetivo avaliar a Educação Básica brasileira e assim contribuir para a melhoria da qualidade e para a universalização do acesso à escola, oferecendo subsídios concretos para a formulação, reformulação e monitoramento das políticas públicas voltadas para a Educação Básica, em atendimento ao requerimento do senador Dário Berger (SC). Dário lembra que o Plano Nacional de Educação (PNE) apresenta, em seu artigo 11º, que o Sistema de Avaliação da Educação Básica é fonte de informações para avaliação da qualidade da educação básica e para a orientação das políticas públicas direcionadas a esse nível de ensino. O senador realçou que cabem ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a elaboração e o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), dos indicadores de rendimento escolar e dos indicadores de avaliação institucional que constituem o sistema. No entanto, o senador justifica que o PNE cumpriu seu primeiro dos 10 anos e que, desta forma, é necessário ampliar a discussão sobre as possibilidades de construção e implementação do Sistema Nacional Médio (Enem) para a escolha dos beneficiados do Programa de Financiamento Estudantil (Fies) pode passar a ser exigido por lei. É o que determina o substitutivo da senadora Simone Tebet (MS) ao projeto PLS 433/2014, que altera as regras de seleção do Fies. A proposta, sugerida pelo Programa Jovem Senador de 2013, foi aprovada nesta terça-feira (12) pela Comissão de Educação (CE) do Senado. A relatora preferiu manter no texto exclusivamente a regra de desempenho no Enem, mas levando em conta apenas um critério mínimo de performance, conforme as regras já adotadas pelo MEC. Pela portaria vigente do Ministério da Educação (MEC), os alunos precisam de pelo menos 450 pontos na média do exame e nota diferente de zero na redação. “Essas previsões, contidas em regulamento do MEC, buscam aumentar o nível dos profissionais formados com apoio de financiamento público. Acreditamos, assim, ser meritória a previsão, em lei, de que a concessão dos financiamentos deve observar um desempenho mínimo dos estudantes no Senadora Simone Tebet (MS) Foto: Igo Estrela/PMDB Enem”, disse Simone. Sobre a decisão de excluir do texto a previsão do uso da nota individual como fator de classificação para acesso aos empréstimos, Simone disse que essa medida permite corrigir o que ela chama de seleção “puramente pela meritocracia”. Com esse tipo de critério, de modo absoluto, avalia a senadora, as oportunidades seriam “negadas justamente àqueles que mais precisam delas”. SENADO Projeto de Valdir Raupp que prevê rastreabilidade de agrotóxicos é aprovado em comissão Deputado Valdir Colatto (SC) Foto: PMDB “É manobra para fazer benesses e buscar voto contra o impeachment da presidente”, acredita o parlamentar. A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado aprovou nesta terça-feira (12) o Projeto de Lei do Senado 337/2008, de autoria do senador Valdir Raupp (RO). O projeto institui a rastreabilidade de agrotóxicos, exigindo a apresentação em rótulos e bulas de código de barras ou mecanismos similar que permitam a rastreabilidade dos lotes de produção. O texto determina também que a rastreabilidade seja implantada em toda a cadeia produtiva, conferindo ao processo, dessa forma, maior controle e fiscalização pelo poder público, o que resulta em maior segurança para a saúde humana. Segundo Valdir Raupp, o projeto também será debatido e votado nas Comissões de Agricultura (CRA) e de Meio Ambiente (CMA). O relator da matéria foi o senador Ivo Cassol (PP-RO), que apresentou texto substitutivo, agregando ao texto original sugestões recebidas no trâmite da proposta. Congresso Nacional CONGRESSO Senado aprova texto final de limite a punição para prefeito por desequilíbrio fiscal O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (12) emendas ao Projeto de Lei do Senado 316/2015 - complementar, que veda a aplicação de sanções ao município que ultrapasse o limite para a despesa total com pessoal. O texto segue para a Câmara dos Deputados. A proposta é parte da Agenda Brasil, uma série de proposições reunidas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), para impulsionar o desenvolvimento nacional. O projeto veda a aplicação de sanções ao município que ultrapassar o limite para a despesa total com pessoal em dois casos. Uma das vedações será realizada quando ocorrer diminuição do valor das transferências do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) decorrente de isenção tributária praticada pela União. A outra vedação ocorrerá quando houver redução das receitas recebidas de royalties e participação especial. Os senadores também aprovaram quatro operações de crédito externo no total de US$ 473,7 milhões (aproximadamente R$ 1,7 bilhão). O Ceará, o Piauí e o município de Teresina são os beneficiários desses empréstimos Do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) sairão os recursos para Piauí e Teresina: US$ 200 milhões e US$ 120 milhões para dois projetos de crescimento sustentável e inclusivo do estado; e US$ 88 milhões para a melhoria da qualidade de vida e da gestão municipal da capital, dentro da segunda etapa do programa “Lagoas do Norte”. O quarto empréstimo beneficia o Ceará e destina-se ao financiamento do projeto de modernização tecnológica do estado. Se autorizada, será assinada uma operação de crédito externo no valor de 57,6 milhões de euros (o equivalente a US$ 65,7 milhões) com a MLW Internet Han- Câmara cancela eventos e adia votações A tramitação da proposta de abertura de processo de impeachment contra a presidente da República alterou completamente a rotina de trabalhos na Câmara dos Deputados. Para garantir a segurança das pessoas e do patrimônio durante a discussão do processo, a Mesa Diretora decidiu suspender vários eventos que seriam realizados na Casa no período de 13 a 21 de abril. Foram adiadas várias audiências e sessões deliberativas em comissões e no Plenário. Um dos eventos cancelados foi a instalação da Frente Parlamentar Mista pelo Fortalecimento das Câmaras Municipais e Vereadores, cujo objetivo é fortalecer o poder legislativo municipal. A instalação do grupo ainda não foi remarcada. A Câmara cancelou também a comissão geral que faria nesta quarta-feira (13) para discutir o rebaixamento e a perda de Selo de Bom Pagador do Brasil concedida pelas agências de investimentos internacionais. Na sessão de segunda-feira (11), depois que a Comissão Especial do Impeachment aprovou o relatório favorável à abertura do processo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), anunciou o adiamento das votações do Plenário para o dia seguinte. Entre Maioria dos deputados do PMDB na comissão do impeachment aprova autorização para processo Quatro dos sete deputados peemedebistas que votaram na Comissão Especial do Impeachment foram favoráveis à abertura de processo contra a presidente da República, Dilma Rousseff, pela prática de crime de responsabilidade. O relatório da comissão foi aprovado nesta segunda-feira (11), por 38 votos a 27. O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), se posicionou contra o impeachment, mas liberou a bancada para votar como preferisse. Picciani considerou que a possibilidade de impedimento da presidente, que foi eleita por 54 milhões de votos, é um fato “gravíssimo”. “Seja qual for a posição que tenhamos aqui, devemos ter clareza dos argumentos, clareza da nossa decisão e da consequência dela não só para o presente, mas para o futuro e também para o julgamento da história”, afirmou. Os peemedebistas favoráveis ao impeachment comemoraram o resultado na comissão. Mauro Mariani (SC) disse que agora é com o Plenário da Câmara, onde também se espera o encaminhamento pelo prosseguimento do processo. “Precisamos virar essa página. Não se trata apenas de dar prosseguimento ao impeachment da presi- dels. Ao contrário das demais operações, essa não precisará de garantia da União. Varas Federais – Também foram aprovados no Plenário o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 114/2015, que cria duas novas varas no município de Gravataí (RS), com jurisdição no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região. As duas varas federais terão, ao todo, dois cargos de juiz titular, dois de juiz substituto, 34 cargos efetivos (26 de analista e oito de técnico judiciário), dois cargos em comissão e 26 funções comissionadas. Soma-se ao 114/2015 outro projeto, o PLC 117/2015, que prevê a criação de uma vara da Justiça Federal no município gaúcho de Ijuí, também sob a jurisdição do TRF da 4ª Região. Este projeto prevê a abertura de um cargo de juiz federal e outro de juiz federal substituto para sua estrutura. Está prevista ainda a criação de cargos efetivos (13 de analista e quatro de técnico judiciário), de um cargo em comissão e de 13 funções comissionadas. Reunião de Líderes – O presidente do Senado, Renan Calheiros, convocou reunião de líderes para às 15h desta quarta-feira (13) para tratar, dentre outros assuntos, de três Propostas de Emenda à Constituição (PECs): A PEC 159/2015, que permite um financiamento especial dos precatórios em alguns casos; a PEC 152/2015, que cria um regime especial de pagamento de precatórios com prazo máximo de dez anos – na última quinta-feira (7) foi aprovado um calendário especial para a votação destas duas matérias – e a PEC 45/2009, que trata das atividades do sistema de controle interno. Ela determina que as atividades do sistema de controle interno contemplarão, em especial, as funções de ouvidoria, controladoria, auditoria governamental e correição, que serão desempenhadas por órgãos de natureza permanente, e exercidas por servidores organizados em carreiras específicas. outras propostas, estava prevista a votação de uma medida provisória (MP 715/2016) e um projeto de lei (PL 4495/2016) que trancam os trabalhos. As votações ficaram para a sessão de terça-feira (12), depois da leitura da decisão da Comissão Especial do Impeachment. A decisão será publicada nesta quarta-feira (13). Benefício a agricultores – A MP 715/2016 destina R$ 316,2 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os recursos serão usados para pagar parcelas do Benefício Garantia-Safra voltadas a 440 mil famílias de agricultores familiares da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) atingidos pela seca no período 2014/2015. Já o PL 4495/2016, do Poder Executivo, cria nos bancos federais fundos de precatórios para otimizar a gestão do pagamento desses débitos oriundos de causas perdidas pela Fazenda Nacional. Comissões permanentes – Outra matéria em pauta é o Projeto de Resolução 134/2016, da Mesa Diretora, que adota o critério do tamanho atual das bancadas para a distribuição proporcional das comissões permanentes da Câmara. Atualmente, o critério é o tamanho da bancada por ocasião da posse. *Até o fechamento desta edição, os projetos não haviam sido deliberados dente, mas de escolher um novo caminho para o Brasil”, ressaltou. Lucio Vieria Lima (BA) afirmou que estava “muito alegre” com a aprovação da admissibilidade do impeachment na comissão. Leonardo Quintão (MG) ressaltou “viva o Brasil”, ao anunciar o seu voto favorável ao impeachment da presidente. Osmar Terra (RS) defendeu a importância institucional da Câmara. “Essa Casa representa o conjunto da sociedade brasileira, nós temos peso político igual ao da presidente da República. Aqui não tem golpe, aqui tem democracia”, afirmou. Contrários – O deputado Valtenir Pereira (MT) entregou à mesa o seu voto em separado, contrário ao impeachment. Para Valtenir, o processo não tem o embasamento jurídico necessário para configurar o crime de responsabilidade. O deputado João Marcelo Souza (MA) também votou contra o relatório. Já o deputado Washington Reis (RJ), com problemas de saúde, não votou na comissão. Tramitação – A decisão da comissão especial foi lida no Plenário da Câmara e publicada no Diário do Congresso Nacional. A previsão é que o relatório aprovado siga para análise do Plenário da Câmara dos Deputados como primeiro item da pauta nesta sexta-feira (15). A expectativa é que a votação em Plenário se estenda por três dias. Caso o processo de impeachment seja autorizado também pelo Plenário da Câmara, caberá ao Senado decidir, em votação preliminar, se instaura ou não o julgamento. Se aceito o julgamento no Senado, a presidente da República será afastada por 180 dias, e os senadores formarão uma nova comissão para analisar a denúncia. AGENDA & NOTAS Eduardo Cunha assume presidência da CPI dos Fundos de Pensão vota parecer do Assembleia Parlamentar da Comunidade dos deputado Sérgio Souza AC P de Inquérito (CPI) dos ração Lava Jato, com autorização do juiz Sérgio Países de Língua Portuguesa omissão Na última semana, de 5 a 7 de abril, foi realizada em Brasília a VI Reunião da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), momento em que foram debatidos temas como saúde pública e promoção do português com vistas à adoção do idioma em fóruns internacionais. Na ocasião, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), foi escolhido para presidir a Assembleia, já que, pelo sistema de rodízio, cabe ao Brasil ocupar o cargo no próximo biênio. A Presidência é rotativa e a escolha é feita de forma consensual entre os membros. Cunha substitui o presidente da Assembleia Nacional de Angola, Fernando Piedade Dias dos Santos, que ocupava o cargo. Em seu discurso, Eduardo Cunha defen- deu que é preciso redobrar os esforços para consolidar a instituição e fazê-la intérprete das aspirações democráticas condensadas nos Parlamentos membros. O peemedebista destacou que dará continuidade a todos os temas debatidos durante o encontro e que o Brasil está pronto para desempenhar um bom trabalho na direção da Assembleia. “Quero agradecer e registrar a minha honra de poder assumir a Presidência pelo próximo biênio. O Brasil se sente gratificado por essa representação, vamos fazer o melhor que pudermos para dar continuidade a esse brilhante trabalho, que tem sido desenvolvido pelo presidente de Angola – que nós possamos, no mínimo, tentar ser iguais”, disse Eduardo Cunha. arlamentar Fundos de Pensão deve votar nos próximos dias o parecer do relator, deputado Sérgio Souza (PR). Nesta terça-feira (12) foi lido e apresentado o relatório final dos trabalhos na comissão. A apresentação estava prevista para segunda-feira (11), mas Sérgio Souza pediu 24h adicionais, justificando que iria incluir três fatos novos que recém haviam chegado à comissão: “a informação de que a Previc [Superintendência Nacional de Previdência Complementar] promoveu quatro autos de infração com relação a, pelo menos, dois temas investigados pela CPI, relacionados à Funcef, e os indiciamentos, no final de semana, pela Polícia Federal, do senhor Alexej, o russo, e do senhor Fabrizzio”. Segundo o deputado, essas informações foram compartilhadas pela Ope- Moro, e disponibilizadas na última sexta-feira à CPI. No documento, Sérgio Souza propõe o indiciamento de centenas de pessoas, apresentando recomendações e levantamentos dos prejuízos, déficits e rombos nos fundos de pensão. O deputado ressaltou ainda que a CPI investigou cerca de 15 casos que causaram um rombo em torno de R$ 3 bilhões aos beneficiários. A CPI investiga indícios de aplicação incorreta de recursos e de manipulação na gestão em fundos de previdência complementar de funcionários de estatais e de servidores públicos no período entre 2003 e 2015. Os fundos de pensão investigados são Funcef (Caixa), Postalis (Correios), Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil). 3 PMDB e Fundação Ulysses Guimarães Recuperem o juízo, por favor *Delfim Netto Em respeito aos meus eventuais leitores, peço permissão ao Valor, que me honra com este espaço desde o seu primeiro número, para lembrá-los de que no leilão da hidrelétrica de Belo Monte, em abril de 2010, haveria um único concorrente. Trabalhei para ajudar a promover um segundo consórcio de modo que ele fosse mais transparente, competitivo e que vencesse o menor preço, o que daria maior eficiência ao projeto. Foi o que de fato aconteceu. Recebi honorários por serviço prestado, materialmente comprovado pelo resultado do leilão, através de contratos registrados e impostos devidamente recolhidos. A situação política e econômica nacional atingiu o seu paroxismo. Ao processo de impeachment em curso, falta a clareza para convencer os espíritos que incorporam como valor importante o respeito aos fatos. Se alguém for à magnífica biblioteca da Câmara e separar ao acaso os livros de dois eminentes juristas, há uma alta probabilidade de que o livro escolhido à sua direita afirme, convictamente, que as razões para o impeachment são óbvias: logo, é supérfluo procurá-las. Afinal, é preciso pedir mais evidência diante do “resultado geral da obra”? Se, entretanto, o escolhido for o da sua esquerda, provavelmente negará com a mesma convicção seus fundamentos: a mera má avaliação da presidente não justifica, obviamente, a sua cassação. A tristeza é que o debate atingiu um tal nível de miopia e irresponsabilidade que congelou governo e oposição numa disputa suicida. O verdadeiro problema nacional, que a desastrada paixão de ambos tem se recusado a enfrentar, é o do restabelecimento, com medidas constitucionais, das boas políticas sociais e econômicas que deram certo nos países hoje democráticos e desenvolvidos. Trata-se de garantir o equilíbrio fiscal estrutural, a partir do qual o governo adquire o seu papel fundamental: o espaço e a capacidade de administrar com inteligência o nível de emprego da economia, sem destruir o equilíbrio interno (o controle da taxa de inflação) e o externo (a taxa de câmbio que garanta o financiamento do déficit em conta corrente no longo prazo com taxa de juros real parecida com a de seus parceiros internacionais). Temos insistido nesta coluna que a boa administração da relação dívida pública bruta/PIB é muito importante. Numa certa medida, determina tanto a política fiscal adequada (o déficit orçamentário e o superávit primário) como a monetária (a taxa de juros que, nas condições institucionais vigentes, é necessária para induzir a sociedade a absorver o aumento da dívida bruta). Edinho Araújo defende em pronunciamento licença de Michel Temer da presidência do PMDB Em discurso no Plenário da Câmara na última semana, o deputado Edinho Araújo (SP) defendeu a decisão do vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), FUG do Ceará realiza nova etapa da caravana da formação política A Fundação Ulysses Guimarães do Ceará (FUG-CE) realiza a terceira etapa da caravana da formação política, a partir desta sexta-feira (15), quando os cursos da Fundação serão levados a quatro cidades. A primeira a ser visitada será Lavras da Mangabeira, cidade natal do senador Eunicio Oliveira (CE). Na segunda etapa, realizada no último sá- Talvez valha a pena insistir sobre quatro pontos: 1) alguns economistas dão um peso maior do que outros à evolução da relação dívida/PIB no médio prazo; 2) um ajuste fiscal de curto prazo sem a perspectiva de crescimento do PIB tem um custo social muito elevado e é muito difícil de ser sustentado politicamente; 3) logo, é preciso combinar o ajuste fiscal de curto prazo (respeitado o fato de que a economia já está operando muito abaixo do seu potencial) com medidas que protejam a capacidade de investimento do setor público e o “espírito animal” do setor privado; e 4) é preciso reconhecer que os mais fortes vetores do crescimento são os investimentos (público e privado), que hoje vão muito mal, e o aumento da exportação, que já está respondendo à correção da taxa cambial. Talvez seja redundante, mas é preciso dizer que a dívida pública tem um papel mais importante do que parece a quem não teve tempo de dedicar-lhe atenção mais cuidadosa e crê que pode compará-la, em seus efeitos, à dívida privada. Primeiro, o governo tem instrumento para pagar a dívida a qualquer tempo, simplesmente criando moeda. Como reconheceu o velho Keynes (“A Tract on Monetary Reform”, 1923), “ele pode viver dessa forma quando não puder viver com qualquer outro meio”. O Banco Central se apropria da senhoriagem e a transfere como lucro para o Tesouro, que, assim, paga suas despesas. Pode, mas não sem trágicas consequências… Segundo, o governo (pelo menos na teoria) tem vida infinita e com algum cuidado pode estabilizar sua dívida com relação ao PIB, que é o que interessa. Isso significa que, de fato, ele nunca terá de pagá-la. Basta que observe a relação entre a taxa de crescimento real do PIB e a taxa de juros real e… tenha algum juízo! Terceiro, a dívida interna (a que o governo deve a si mesmo e a seus cidadãos) paga juros, mas isso não reduz a renda do cidadão médio, porque é pago com o imposto cobrado de toda a sociedade. Quando, entretanto, a taxa de juro real é maior do que a taxa de crescimento do PIB, isso pode levar a uma redistribuição perversa de renda. Quarto, no caso da dívida externa, a situação é muito diferente. Os juros pagos são uma transferência de renda para o credor externo e reduzem a renda interna. É por isso que devemos usá-la apenas para investimento e quando a taxa de juro real for menor do que seu retorno. Nunca o Brasil precisou tanto, como hoje, da recuperação do juízo do governo e da oposição! (*) Professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento e escreve às terças-feiras no jornal Valor Econômico de pedir licença da direção do Partido. Na opinião de Edinho, foi acertada a decisão do PMDB de sair da base de sustentação do governo federal. “Quero me solidarizar com o presidente Michel Temer, um democrata por excelência, e repudiar as insinuações que fazem contra esse homem público, que foi presidente por três vezes da Câmara dos Deputados, que foi líder do PMDB e que conheço há 30 anos – um professor conhecido nacional e internacionalmente. Michel Temer, resguardando a instituição da Vice-Presidência, passa a direção do PMDB ao senador Romero Jucá(RR), que saberá rechaçar todas as acusações que forem feitas a esse homem digno, honrado, que tem uma história e uma biografia a serviço da democracia do Brasil”, enalteceu Edinho Araújo. O peemedebista elogiou a atitude de Michel Temer, que é a de “um homem público compromissado com seu Partido, que vem sendo injustamente atacado desde que a maioria de seus integrantes decidiu deixar a base de sustentação do atual governo. Esta é a postura altiva de um democrata por excelência”, finalizou. bado (9), na cidade de Tauá, a 350 quilômetros da capital cearense, a FUG-CE alcançou novo recorde de participação nos cursos de formação política no estado. Mais de 200 pessoas participaram do curso intensivo de Dicção e Oratória, no auditório da Universidade Estadual do Ceará. O curso foi organizado pelo coordenador regional Hebert Feitosa, e articulado pelo deputado estadual Aldic Mota, líder do PMDB na Assembleia Legislativa. Mota destacou a importância da formação política de cidadãos cearenses, sobretudo “pelo momento conturbado da vida pública nacional. Tenho orgulho de ser peemedebista, de participar de um Partido que tem uma Fundação operante como a FUG”, disse o parlamentar. Segundo o coordenador do EAD na FUG do Ceará, Roberto Wagner, a aceitação dos cursos superou as expectativas.“Nossa meta inicial era alcançar mil pessoas por ano, mas em dois anos e meio já aplicamos os cursos para mais de seis mil pessoas. A meta este ano é chegar a 15 municípios e disponibilizar os cursos para mais de 1.500 pessoas”, informou. Elevar o nível — A caravana surgiu para facilitar a oferta dos cursos com aulas presenciais. Para o curso de Dicção e Oratória é feito um programa intensivo, e para o curso de Gestão Pública Municipal é oferecida a aula inicial.“Nossa meta é elevar o nível de conhecimento político do cidadão, e consequentemente dos nossos políticos, por meio de conteúdo que ensina a melhor gestão do dinheiro público, a importância da participação popular nos debates e na fiscalização do orçamento público, e também a participação dos cidadãos na política”, afirmou o coordenador do EAD. Ao todo, a caravana da formação política já percorreu 40 cidades cearenses. Neste mês de abril, passou também por Maracanaú, com a aula inicial do curso de Gestão Pública Municipal, e em Tamboril, com o curso de Dicção e Oratória. Para candidatos — Em maio, a caravana da formação política iniciará uma série de visitas às cidades polo do Ceará, com o curso Saber para Vencer, que é oferecido aos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. Termina nesta quinta-feira (14) prazo para partidos enviarem lista atualizada de filiados Os 35 partidos políticos com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) têm prazo até o dia 14 de abril para encaminhar à Justiça Eleitoral, via internet, informações atualizadas sobre a relação de filiados. De acordo com a Assessoria de Comunicação do TSE, os dados serão divulgados pela Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral (CGE) após o processamento dos dados no dia 20 de abril. O prazo final para o envio das listas Expediente Jornalista Responsável: Thatiana Souza (DRT 3487/DF) Jornalistas: Eurico Batista, Paulo Marcial e Marcella Mota (Redes Sociais) Revisão de Texto: Tayana Moritz Tomazoni Fotógrafo: Igo Estrela Diagramação: Zoltar Design Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Semanal Endereço: Câmara dos Deputados, Edifício Principal sala T6, Brasília - DF Fone: (61) 3223-7003 Email: [email protected] www.pmdb.org.br 4 de filiados foi estabelecido pelo Provimento 5/2016 da CGE. A relação atualizada deve conter a data de filiação e o número dos títulos e das seções eleitorais em que os filiados às legendas estiverem inscritos. Se a relação não é remetida nos prazos mencionados, permanece inalterada a filiação de todos os eleitores. O artigo 19 da Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/1995) estipula que as legendas devem encaminhar ao TSE as listas de seus filiados em abril e outubro de cada ano. Os dados devem ser disponibilizados por meio do sistema Filiaweb, que permite a interação online com o Sistema de Filiação Partidária. Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais. Filiados até 2015 — Ao todo, há no Brasil 15.842.525 de filiados a partidos políticos. Esse dado foi calculado com base nas últimas relações enviadas à Justiça Eleitoral, em 2015, pelos 35 partidos registrados no TSE. O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) tem o maior número de filiados: 2.376.463. Em seguida, vem o Partido dos Trabalhadores (PT), com 1.590.104, e o Partido Progressista (PP), com 1.419.386 filiados. Os três partidos mais recentes que tiveram seus registros aprovados no TSE (Partido Novo - 1.394; Partido da Mulher Brasileira 34; e Rede Sustentabilidade – 1.576) somam juntos 3.004 filiados.
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