Comissão do impeachment no Senado deve votar relatório
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Comissão do impeachment no Senado deve votar relatório
Impresso Especial 991218260/2007-DR/BSB PMDB www.pmdb.org.br Brasília, Distrito Federal, 27 de Abril de 2016, número 261. Igo Estrela/PMDB Comissão do impeachment no Senado deve votar relatório no dia 6 de maio A Comissão Especial que vai analisar a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, foi instalada nesta terça-feira (26) no Senado Federal. O senador Raimundo Lira (PB), indicado pelo PMDB, foi eleito por aclamação presidente da Comissão Especial do Impeachment e Antonio Anastasia (PSDB-MG) foi eleito relator. Nesta primeira reunião foi apresentado o calendário que norteará os trabalhos da comissão, que prevê a apresentação do relatório no dia 4 de maio e a votação do texto em 6 de maio. Nesta quinta-feira (28), será ouvida a acusação. Na sexta-feira (29), ouve-se a defesa da presidente. Comissão que analisa MP sobre novas regras de desapropriações deve votar relatório nesta quinta PMDB Eunício Oliveira apresenta projeto que proíbe limite para internet banda larga fixa O senador Valdir Raupp (RO) disse em discurso na tribuna na última semana ter mudado de ideia sobre a convocação de novas eleições presidenciais, já que agora não mais considera esta a melhor forma de resolver a polarização atual no país. Segundo ele, a concordância da Câmara dos Deputados com a continuidade do processo de impeachment no domingo (17) mostra que o tempo para a presidente Dilma Rousseff decidir por medidas importantes para o país já passou. “Isso não aconteceu. Agora, é passado. Perdeu o timing (o momento), porque isso poderia ter acontecido antes da aprovação do processo de abertura de impeachment pela Câmara Federal. Hoje não mais, infelizmente”, disse o senador Raupp. O senador afirmou ter motivos para crer que o vice-presidente Michel Temer (SP) reúne condições para retomar o crescimento do Brasil: caso Temer se torne presidente, segundo ele, o número de pastas no governo será reduzido, o número de cargos comissionados será cortado e os programas sociais bem-sucedidos serão mantidos. Igo Estrela/PMDB SENADO CÂMARA Kátia Abreu relata anteprojeto da Lei de Licitações SENADO Henrique Alves cria comissão sobre Orçamento Impositivo 2 CÂMARA Sérgio Souza é autor de texto sobre Política de Biocombustíveis 2 Raupp: país pode voltar a crescer com Michel Temer na presidência da República PMDB Manoel Júnior propõe alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal 2 Partido reúne 2 mil militantes em encontro regional no Ceará 2 4 1 Congresso Nacional CÂMARA SENADO Newton Cardoso Jr apresenta relatório sobre ações de combate ao Aedes aegypti Eunício apresenta projeto para proibir limite à internet banda larga fixa O deputado Newton Cardoso Jr (MG) apre- Depois de anunciar o fim da era da internet ilimitada e definir prazo de 90 dias para que as operadoras cumprissem as novas regras de limites ao acesso, a Anatel recuou e decidiu proibir o limite de acesso à internet banda larga fixa. Mesmo com o recuo, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), apresentou projeto de lei para assegurar a navegação ilimitada. Segundo ele, a medida deve impedir que a Anatel mude novamente a regra em ocasião futura. De acordo com o projeto, ficará assegurado aos usuários da internet o direito à não limitação no volume de dados das conexões fixas. A lei entraria em vigor 45 dias após a data da sua publicação e passaria a proibir qualquer mudança nas regras pela Anatel e operadoras que prestam esse tipo de serviço. Para o senador Eunício, os consumidores poderão ter grandes prejuízos com o limite imposto por provedores de internet em banda larga para o volume de dados nas conexões fixas. “Essa alteração certamente prejudicará os consumidores, que terão que sentou nesta terça-feira (26), na Comissão Mista que analisa a Medida Provisória 712/2016, o seu relatório sobre a MP que prevê ações para o controle das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. Logo após a leitura do relatório, houve pedido de vista coletiva, e a deliberação da matéria ficou para esta quarta-feira (27). A reunião será realizada no plenário 3, da ala Alexandre Costa, no Senado, às 11 horas. Entre as medidas que podem ser determinadas e executadas pelas autoridades do Sistema Único de Saúde (SUS) em casos de perigo iminente, destacam-se a realização de campanhas educativas em todos os meios de comunicação, destinadas em especial às mulheres em idade fértil e a gestantes. O texto de Newton Cardoso Jr. isenta do pagamento do Imposto sobre a Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) as operações que envolvam a aquisição de repelentes, inseticidas, larvicidas e telas mosquiteiro. A proposta também institui o Programa Nacional de Apoio ao Combate às Doenças Transmitidas pelo Aedes (Pronaedes), Deputado Newton Cardoso Jr. (MG) Foto: Igo Estrela/PMDB tendo como objetivo o financiamento de projetos de combate ao mosquito. Estarão no âmbito do programa o custeio dos serviços de vigilância epidemiológica, inclusive a remuneração de agentes, os investimentos em saneamento básico em áreas de risco, a aquisição de vacinas, insumos e infraestrutura, e a ampliação dos Centros Especializados em Reabilitação. CÂMARA Lei proposta por Mauro Mariani autoriza microempreendedor a usar residência como sede da empresa Entrou em vigor no último dia 19 de abril a Lei Complementar 154/2016, que autoriza o microempreendedor individual (MEI) a utilizar a própria casa como sede de sua firma, desde que não seja indispensável a existência de local próprio para o exercício da atividade. A lei teve origem no projeto (PLP 278/2013) do deputado Mauro Mariani (SC). A medida alterou a lei do Simples Nacional (Lei Complementar 123/2006) para facilitar a adesão ao regime simplificado de tributação, afastando restrições impostas por leis estaduais que não permitem o uso do endereço residencial para cadastro de empresas. A matéria é considerada uma das principais conquistas da microempresa e, em especial, do MEI. A mudança poderá trazer para a legalidade aproximadamente 7 milhões de autônomos, cerca de 58% do Deputado Mauro Mariani (SC) Foto: PMDB total no país. Entre os beneficiados estão piscineiros e os cozinheiros que fornecem refeições prontas. Foto: Igo Estrela/PMDB pagar valores ainda mais elevados para poderem usufruir de acesso ininterrupto à internet”, argumentou. O projeto de Eunício vem para impedir os abusos dessas operadoras. “No atual momento, quando se verifica uma atuação coordenada desses grandes grupos tentando aumentar seus lucros por meio de cobranças adicionais indevidas aos consumidores, é necessária uma resposta rápida do Congresso”, disse o senador. SENADO Audiência pública discutirá bloqueio de internet de quem ultrapassar limite As comissões de Serviços de Infraestrutura (CI), de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), e de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado realizam nesta quarta-feira (27) audiência pública para discutir providências que venham a evitar problemas apontados pelos consumidores. Algumas operadoras anunciaram que passarão, a partir de 2017, a cortar o acesso à rede dos usuários que atingirem o limite de sua franquia de dados, mas que oferecerão pacotes com franquias diferenciadas. Segundo as operadoras, isso permitirá que cada usuário pague pelo serviço conforme seu uso, o que poderia beneficiar aqueles que consomem menos dados. Entretanto, aqueles que consomem mais dados terão que pagar mais por isso. Isso afeta principalmente os internautas que são usuários de serviços de vídeo, como Youtube e Netflix. Foram convidados para o debate um representante da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), um representante do Sindicato Nacional de Empresas de Telefonia, um representante da Associação Senador Garibaldi Alves Filho (RN) Foto: Igo Estrela/PMDB Nacional do Ministério Público do Consumidor e um representante do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Para o senador Garibaldi Alves Filho (RN), presidente da Comissão de Infraestrutura, e coautor do requerimento para a realização do debate, “diante do impacto dessa mudança na vida de milhões de brasileiros, é importante que o Senado Federal avalie as consequências que ela trará para o direito do consumidor e para a qualidade dos serviços oferecidos pelas empresas de telecomunicações”, justificou. CÂMARA SENADO Comissão Mista aprecia relatório de Soraya Santos sobre desapropriações Dário Berger propõe debate sobre situação da suinocultura de Santa Catarina A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária A deputada Soraya Santos (RJ) concluiu 2 Senador Eunício Oliveira (CE) nesta terça-feira (26) o seu relatório e voto sobre a MP 700/2015, que mudou as regras de desapropriação por utilidade pública. A Comissão Mista vai apreciar o parecer nesta quinta-feira (28), a partir das 10h. Soraya Santos defendeu a aprovação da MP, que permite que empresas construtoras desapropriem imóveis em áreas destinadas a projetos que estejam sob o Regime Diferenciado de Contratações Públicas. A deputada disse que a MP é relevante, pois simplifica procedimentos para estimular o investimento privado na infraestrutura do país. No entanto, observou que não se podem desenvolver ações sem Deputada Soraya Santos (RJ) Foto: PMDB dar garantias mínimas para as parcelas da sociedade atingidas pela MP, especialmente as pessoas de menor poder aquisitivo. Preocupada com aspectos sociais, Soraya Santos fez ajustes no texto. “É um instrumento importante para que o Estado possa agir em nome do interesse coletivo”, afirmou. (CRA) do Senado acatou a sugestão do senador Dário Berger (SC). A CRA promoverá nesta quinta-feira (28) audiência pública interativa para avaliar a situação da suinocultura em Santa Catarina. O debate, que pode ser acompanhado pelo portal e-Cidadania ou pelo Alô, Senado (0800612211), tem início às 8h, na sala 13 da ala senador Alexandre Costa. Dário Berger informou que a suinocultura passou por uma crise acentuada em 2012, devido à qual se estima perda de quase 120 mil matrizes. O contexto de crise influenciou a produção em 2013 e 2014, quando o volume de abates teve queda ainda mais forte. Santa Catarina é o maior produtor de carne suína do Brasil, com 800 mil toneladas Senador Dário Berger (SC) Foto: Igo Estrela/PMDB anuais. O quilo do suíno vivo é comercializado por R$ 3,20, enquanto o custo de produção está acima dos R$ 4,00. Para a audiência pública foram convidados representantes do Ministério da Agricultura e de várias entidades do setor. Congresso Nacional CONGRESSO MP das dívidas de produtores rurais e caminhoneiros tranca pauta do Plenário da Câmara A Medida Provisória (MP 707/2015) que trata da renegociação de dívidas de produtores rurais e de caminhoneiros é uma das matérias que trancam a pauta do Plenário da Câmara esta semana. O relatório do deputado Marx Beltrão (AL) foi aprovado na Comissão Mista que analisou a MP e passou a incluir dispositivos como a prorrogação para 31 de dezembro de 2017 do prazo para inscrição de imóveis rurais no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O texto amplia prazos previstos para renegociação de dívidas e medidas facilitadoras de pagamento. Com a pauta trancada, as deliberações só podem acontecer em sessões extraordinárias. A primeira sessão extra está prevista para esta quarta-feira (27). A ordem do dia inclui vários requerimentos de líderes, com pedido de urgência para apreciação de diversos projetos. Um deles é o Projeto de Lei nº 678/2015, do deputado Manoel Junior (PB), que define os crimes de abuso de autoridade caracterizados por condutas que possam impedir ou prejudicar o gozo dos direitos e garantias fundamentais. O projeto apresenta uma tipificação mais exata de condutas de autoridades que configuram abuso contra cidadãos. Outras três medidas provisórias também trancam a pauta da Câmara e deverão ser analisadas a partir desta semana. A MP 701/2015 autoriza seguradoras e organismos internacionais a oferecer o Seguro de Crédito à Exportação (SCE). O objetivo da medida é ampliar o leque de agentes que podem oferecer o seguro destinado à venda de produtos brasileiros no exterior, hoje concentrado no BNDES. De acordo com a consultoria de orçamento do Senado, o superavit financeiro das receitas vinculadas em 2014 alcançava R$ 216,5 bilhões. A MP 704/2015 permite ao governo usar o superávit financeiro das fontes de recursos decorrentes de vinculação legal existentes no Tesouro Nacional em 31 de dezembro de 2014 na cobertura de despesas primárias obrigatórias no exercício de 2015. Entre essas despesas estão as de pessoal, benefícios previdenciários e assistenciais, Bolsa Família e ações e serviços públicos de saúde. Já a MP 715/2016 destina R$ 316,2 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os recursos serão usados para pagar parcelas do Benefício Garantia-Safra voltadas a 440 mil famílias de agricultores familiares da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) atingidos pela seca no período 2014/2015. *Até o fechamento desta edição, as matérias não haviam sido deliberadas. Senado cria Comissão Especial do Impeachment O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (26) operação de crédito de US$ 200 milhões em benefício da Bahia, a ser assinada com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Os recursos deverão ser utilizados na segunda etapa do programa de manutenção de rodovias, sobretudo na região oeste e no sertão do estado. A proposta será encaminhada à promulgação. Também foram aprovadas outras operações de crédito externo, no valor global de US$ 482,5 milhões (R$ 1,7 bilhão). Os projetos de resolução, que tinham sido aprovados mais cedo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), serão todos encaminhados à promulgação. A segunda operação de maior valor (PRS 25/2016), US$ 150 milhões, também a ser assinada com o Bird, destina-se a Manaus. Os recursos deverão ser utilizados na busca do equilíbrio fiscal e na melhoria dos serviços públicos. Os recursos a serem captados serão pagos em 24 anos, tendo cinco anos de carência e 19 anos para amortização do empréstimo. O terceiro empréstimo (PRS 27/2016), no valor de US$ 100 milhões, será assinado entre Niterói (RJ) e a Corporação Andina de Fomento. O dinheiro será destinado ao financiamento parcial do programa Região Oceânica Sustentável do município fluminense. A quarta operação (PRS 26/2016), no valor Raimundo Lira é eleito presidente da Comissão Especial do Impeachment no Senado de US$ 32,5 milhões, envolve o Bird e o governo federal. Os recursos vão financiar parcialmente o projeto de regularização ambiental de imóveis rurais do cerrado brasileiro. Há ainda o PRS 13/2016, que reabre o prazo de 540 dias para o estado do Paraná contratar operação de crédito externo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de US$ 67,2 milhões. O prazo para essa operação, autorizada pelo Senado em 2014, venceu em fevereiro deste ano sem que o estado tenha exercido o direito. Os recursos da operação destinam-se ao “Programa Paraná Seguro”, que tem como objetivo geral contribuir para a redução dos índices de criminalidade violenta nas cidades de Curitiba e região metropolitana, no eixo Londrina-Maringá e na região fronteiriça paranaense. Nesta quarta-feira (27) os senadores poderão votar em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 143/2015) que permite aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios aplicar em outras despesas parte dos recursos hoje atrelados a áreas específicas, como saúde, educação, tecnologia e pesquisa. A matéria tem relatório favorável do senador Romero Jucá (RR) e desvincula as receitas dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, tal como já acontece por meio do mecanismo da Desvinculação de Receitas da União (DRU). para se manifestar sob admissibilidade do processo contra a presidente. O parecer será submetido ao plenário do Senado. São necessários os votos de pelo menos 41 dos 81 senadores para que o processo seja aberto e a presidente Dilma afastada do cargo por até 180 dias. Com isso, o vice-presidente Michel Temer assume o governo. Após esse período, a comissão continuará os trabalhos. Se o parecer da comissão for rejeitado no plenário, a denúncia contra a presidente será arquivada. Durante a segunda fase do processo, caso o processo seja aberto, os trabalhos deverão ser dirigidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski. Para aprovar o impeachment definitivamente são necessários 54 votos dos 81 senadores. Também integram a comissão os seguintes senadores peemedebistas: Membros Titulares: Hélio José (DF), Rose de Freitas (ES), Simone Tebet (MS), Dário Berger (SC) e Waldemir Moka (MS). Membros Suplentes: Marta Suplicy (SP), Garibaldi Alves Filho (RN) e João Alberto Souza (MA). Com uma sessão dominada por discussões acaloradas foram iniciados nesta terça-feira (26) os trabalhos da Comissão Especial que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. O senador Raimundo Lira (PB) foi eleito, por aclamação, o presidente do colegiado. Em seu discurso ele agradeceu a indicação do líder do Partido, senador Eunício Oliveira (CE), e a confiança dos demais senadores. Como relator foi eleito, por 16 votos contra 5, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Lira garantiu que a comissão fará um debate amplo para evitar qualquer tipo de contestação futura. “Gostaria de agradecer ao meu Partido, o PMDB, a honra da indicação para presidir este colegiado. Agradeço também a todos a forma como acolheram meu nome e a confiança que depositam em mim para presidir esta comissão. Aceitem todos a promessa de que a ela darei não apenas o possível, mas o melhor que há de mim, com todo meu afinco, com toda minha dedicação, com a plena consciência da responsabilidade que exige esta tarefa. É uma oportunidade extraordinária que se apresenta, demostrar à Nação, de forma talvez mais enfática e concentrada do que manifestamos no cotidiano da atividade legislativa, os princípios que nos norteiam, o Senado e a República que somos e que desejamos ser”, declarou Raimundo Lira. O peemedebista informou ainda que o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, poderá estar presente, sem direito à palavra, no dia marcado para a apresentação da acusação. A defesa poderá se pronunciar em duas ocasiões, antes e após a apresentação do relatório. Pelo calendário aprovado na comissão, nesta quinta-feira (28) será realizada a oitiva dos denunciantes, quando deverão estar presentes os advogados que apresentaram a denúncia, Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Conceição Paschoal. Já na sexta-feira (29), será realizada a oitiva da defesa da presidente Dilma Rousseff, com a presença do ministro da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardoso. No tempo determinado à defesa da presidenta, o mesmo da acusação, outros nomes podem ser incluídos para apoio do advogado-geral da União. Já no dia 4 de maio, está prevista a apresentação do parecer do relator, senador Antonio Anastasia. A partir daí, o presidente da comissão dará um prazo de 24 horas para vista coletiva, a fim de que os senadores possam analisar os argumentos do relator. No dia 5 de maio, a defesa da presidente terá mais uma oportunidade de se manifestar, dessa vez com o parecer em mãos. No dia seguinte (6), o relatório deve ser votado pelo colegiado. Feito isso, haverá mais um intervalo de 48 horas úteis para que, no dia 11 de maio, a votação final sobre a admissibilidade seja feita em Plenário. Central brasileiro e nasceu para que pudesse se transformar, no devido tempo, em cérebro das altas decisões nacionais”. O peemedebista relatou que nem mesmo os graves problemas enfrentados pela cidade abalam sua convicção no acerto de Juscelino Kubitschek de transferir a capital do país para o Centro-Oeste. Segundo o senador, Brasília se transformou num verdadeiro polo de integração do povo brasileiro. “Hoje, passados 56 anos, podemos acolher o olhar que Juscelino lançou para o futuro. E podemos, tenha certeza, avaliar de modo muito positivo o cumprimento dos objetivos que a nova Capital nasceu para realizar. Hoje, ao contrário do ocorrido no final da década de 50, o desenvolvimento econômico se interiorizou. O Brasil de 2016 não é mais uma Nação que vive voltada para o mar, dando as costas para o restante do continente”, ressaltou. Hélio José enalteceu que a capital do país também se destaca pelas atividades comerciais e pelas atividades de serviço, que empregam um grande número de pessoas. “Por isso é que nós precisamos estar aqui defendendo o desenvolvimento social, a volta do investimento, para que o comércio e o serviço continuem empregando nossos pais de família, que não querem esmola: nossos pais de família querem uma oportunidade de trabalhar, nossas mães de família querem é poder ter oportunidade. Por isso é que defendemos que voltemos a ter investimento em nossa cidade e em nosso Brasil”, finalizou. O Plenário do Senado elegeu nesta segundafeira (25), por voto simbólico, os 21 integrantes da Comissão Especial responsável pela análise do processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. Os senadores foram eleitos em chapa única, como estabeleceu o Supremo Tribunal Federal (STF). Antes da eleição, sete senadores, dentre eles o senador Roberto Requião (PR), haviam apresentado questão de ordem para que os processos de impeachment contra Dilma e contra Michel Temer (SP) fossem analisados conjuntamente pelo Senado. A questão de ordem não foi acolhida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL). A justificativa foi que a Constituição só permite tal conexão nos crimes cometidos por ministros de Estado e comandantes das Forças Armadas em relação objetiva com aqueles cometidos pela Presidência da República. “O Senado da República, como todos sabem, foi chamado a cumprir uma de suas duas mais graves competências constitucionais sob a ótica de seus efeitos e vai fazê-lo consciente da missão constitucional que lhe cabe da Federação”, explicou. A primeira reunião do colegiado ocorreu nesta terça-feira (26), quando foram eleitos o senador Raimundo Lira (PB) e o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) como presidente e relator da comissão, respectivamente. O relator terá prazo de dez dias uteis Senado aprova a contratação de operações de crédito externo para União, Bahia, Manaus, Niterói e Paraná Plenário do Senado durante instalação da comissão Foto: Igo Estrela/PMDB AGENDA & NOTAS Hélio José comemora em plenário os 56 anos de Brasília O senador Hélio José (DF), em discurso na tribuna na última quarta-feira (20), homenageou a cidade de Brasília, que no dia 21 abril completou 56 anos de fundação. “Foi construída”, nas palavras de Juscelino Kubitschek, “em meio à solidão do Planalto 3 PMDB e Fundação Ulysses Guimarães A Verdade Inconveniente *Paulo Hartung Tenho acompanhado a discussão sobre a troca dos juros compostos por juros simples na correção das dívidas estaduais com a União, conforme liminares concedidas aos Estados pelo Supremo Tribunal Federal. Na prática, a mudança significa redução artificial dos saldos devedores de R$ 402 bilhões para valores próximos a zero. No final dos anos 1990, a União assumiu as dívidas estaduais, refinanciando-as por 30 anos, com amparo da lei 9.496/97 e de contratos que exigiam contrapartidas para estancar os desequilíbrios crescentes – entre elas, estão metas de resultado fiscal, limitação de gastos com pessoal e vedação da emissão de dívida mobiliária. Dez anos passados, os Estados geraram superavits primários superiores a 1% e investiram 1,2% do PIB, contribuindo para o crescimento sustentado do país. Até 2013, esse refinanciamento implicou R$ 209 bilhões em subsídios aos Estados, o que corresponde a 47% do total do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal transferido no período. A verdade inconveniente é que a contestação desses contratos, depois de 20 anos, é um tiro pela culatra. Além de infringir uma regra universal do sistema de crédito, o saldo abatido das dívidas estaduais seria colocado à conta da União e custeado com mais endividamento ou mais impostos. As consequências são previsíveis: mais incertezas, aumento imediato dos gastos correntes nos Estados, risco de insolvência da dívida pública, quebra de contratos no mercado financeiro e suas imponderáveis consequências. Isso nos conduziria à queda do investimento agregado, ao aumento do desemprego e ao agravamento da crise. Uma conta a ser paga por todos nós. PMDB-SC comemora em sessão solene 50 anos do Partido Foi realizada na noite de segunda-feira (25), na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, uma sessão especial em homenagem aos 50 anos do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Foram reunidas antigas e atuais lideranças partidárias para recordar os acontecimentos que marcaram o panorama político catarinense das últimas décadas. Na tribuna, o presidente de honra do PMDB no estado, o ex-governador e exsenador Casildo Maldaner, lembrou que a agremiação surgiu a partir de integrantes de siglas extintas pelo regime militar, como o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o Partido Social Democrático (PSD) e a União Democrática Nacional (UDN). Ele também fez lembrar a eleição do primeiro gabinete executivo regional, ocorrido no dia 23 de abril de 1966. “O Partido, ainda sob a denominação de MDB, nasceu da coragem daqueles que, contra tudo e contra todos, se colocaram na oposição ao regime militar instaurado em 1964. Mais do que um partido político, surgia ali uma bandeira de luta dos brasileiros que queriam um país melhor. Um Partido que se consolidou ao longo do tempo nas lutas pelas liberdades civis, pela anistia e pela redemocratização – um verdadeiro marco civil”. Em nome dos homenageados, falou Orita Fernandes do Amaral, primeira mulher a assinar ficha no estado pelo então MDB. Atualmente com 81 anos, a ex-professora recordou o que a motivou a tomar a atitude. “Ingressei no Partido para combater o autoritarismo e mudar a história do nosso país. Filiar-se ao MDB era considerado um ato de rebeldia e também de coragem, de assumir posição contra a ditadura militar”, disse. No mesmo ano, ela seria também a primeira emedebista eleita em Santa Catarina, vereadora no município de Rio Negrinho. Proponente da sessão, o deputado estadual Valdir Cobalchini, líder do PMDB na Assembleia, afirmou que o Partido é único do país a completar cinco décadas de ati- Helder Barbalho e Eduardo Braga entregam ministérios e saem do governo Os ex-ministros Helder Barbalho (PA), da Secretaria de Portos, e Eduardo Braga (AM), de Minas e Energia, oficializaram na quarta-feira (20) a entrega de seus cargos e deixaram o governo federal. Eles entregaram cartas com pedido de exoneração à presidente da República e falaram sobre suas realizações à frente das pastas. Helder Barbalho lembrou que foi ministro da Pesca e Aquicultura e também de Portos. “Sempre recebi gestos de prestígio e creio haver colaborado em favor dos anseios e das expectativas da sociedade brasileira, Expediente Jornalista Responsável: Thatiana Souza (DRT 3487/DF) Jornalistas: Eurico Batista, Paulo Marcial e Marcella Mota (Redes Sociais) Revisão de Texto: Tayana Moritz Tomazoni Fotógrafo: Igo Estrela Diagramação: Zoltar Design Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Semanal Endereço: Câmara dos Deputados, Edifício Principal sala T6, Brasília - DF Fone: (61) 3223-7003 Email: [email protected] www.pmdb.org.br 4 de modo especial ao meu querido povo do Pará”, disse. Helder disse ainda que não vê crimes de responsabilidade que justifiquem o impeachment da presidente. “A posição política por mim assumida é, acima de tudo, de respeito à Democracia e a mim mesmo. O que considero da maior importância pessoal e política”, afirmou em sua carta de demissão. Eduardo Braga entregou seu pedido de exoneração dizendo que concluiu “um ciclo de trabalho”. No cargo desde janeiro de 2015, Braga listou os desafios superados, Significa ainda que 82% do abatimento dos saldos se traduzem em benefício direto aos quatro Estados mais ricos e mais endividados, o que, além de um problema moral, contribui para esgarçar ainda mais o federalismo e agravar a desigualdade regional. Pior, nos desvia da busca das reformas estruturais e dos fundamentos do equilíbrio fiscal e da legitimidade de nossas ações, quais sejam: melhor gestão nos nossos governos, proteção ao ataque das corporações contra os interesses coletivos, respeito e eficiência na aplicação dos impostos, recuperação da capacidade de investir com recursos próprios para redução da dependência insustentável por mais endividamento. Embora o Espírito Santo tenha se posicionado contrariamente ao alongamento das dívidas, também sentimos as dificuldades da crise e as consequências de decisões irresponsáveis no passado recente. Participamos do esforço conjunto para buscar uma saída e, ao invés de romper laços federativos, construirmos convergências. O PLP (Projeto de Lei Complementar) 257/2016 combina um alívio nos encargos da dívida – alongamento de prazos e desconto temporário – com contrapartidas, para fechar tanto os ralos do populismo quanto as burlas à Lei de Responsabilidade Fiscal e, assim, permitir o retorno à trajetória de equilíbrio. Foi discutido pelo governo federal com o fórum de governadores e secretários de Fazenda e, conjuntamente, encaminhado ao Congresso. O projeto pode ser aperfeiçoado para permitir uma renegociação responsável dos débitos estaduais, mas jamais esfacelado, como o faz a saída fácil dos juros simples. Precisamos retomar a trajetória da racionalidade, da estabilidade das regras, da solidariedade federativa e geracional, do uso responsável, legítimo e eficiente dos recursos públicos. São esses os valores que precisam nos afastar do desespero e nos unir na construção de dias melhores para o Brasil. *Economista, é governador do Estado do Espírito Santo pelo PMDB Artigo publicado na Folha de S. Paulo – Tendências e Debates – em 25 de abril de 2016. vidades de forma ininterrupta, uma história marcada também dentro do Legislativo catarinense. Ele recordou figuras históricas da agremiação, como Evelasio Vieira, Pedro Ivo Campos, Genir Destri, Lourenço Brancher, Ivo Luís Knoll e Manoel Dias, integrantes da primeira bancada de deputados estaduais eleitos pelo MDB catarinense, muitos deles posteriormente cassados pelos militares. E ainda dos ex-governadores Luiz Henrique da Silveira e Paulo Afonso Vieira, e dos atuais deputados federais Rogério Peninha Mendonça, Ronaldo Benedet, Celso Maldaner, Edinho Bez, Mauro Mariani, Dário Berger e Valdir Colatto. “A história do PMDB está gravada em nossas memórias. No passado fomos a coragem na luta e a firme defesa do povo catarinense. No presente damos sustentação ao governo, sempre focados em projetos de interesse da sociedade”. Além das homenagens, os pronunciamentos abordaram os planos para o crescimento do Partido em Santa Catarina. Atualmente a sigla desponta como a maior de Santa Catarina em número de filiados (240 mil) e em representação política (105 prefeitos, 871 vereadores, 10 deputados estaduais, cinco deputados federais, dois senadores e o vice-governador). Uma das principais metas, já para as eleições de outubro deste ano, conforme anunciado, é eleger o maior número de prefeitos no estado. Segundo os dados divulgados pelo Partido, já há 247 candidaturas mapeadas. Outro objetivo, acrescentou a secretária de Estado de Justiça e Cidadania, Ada Faraco de Luca, é aumentar a participação das mulheres no PMDB. Em Santa Catarina, o Partido conta com duas deputadas estaduais, sete prefeitas e quatro vice-prefeitas eleitas. “Sabemos que não será uma tarefa fácil, mas aceitamos o desafio”, disse. a começar pelo afastamento do risco de racionamento de energia elétrica. Outras realizações citadas pelo ministro são a renovação das concessões de distribuição com metas de qualidade aos clientes, a solução para o custo do déficit hidrológico, a ampliação das fontes de energia renováveis, o reequilíbrio do setor elétrico, tornando-o novamente atrativo ao investidor, e o início do ciclo de redução de custos da energia, entre outros. “Saio com a sensação de que fizemos muito. Chegamos aqui debaixo de uma grande crise de fornecimento de energia, de uma crise hidrológica e da crise de tarifas. Atuamos em um momento econômico dramático de liquidação de curto prazo, e com as distribuidoras vivendo graves e sérias dificuldades. Mas vencemos essas etapas, uma a uma, e agora estamos tratando de poder dar oportunidade de esses programas poderem continuar”, afirmou o ministro. Eduardo Braga é senador pelo Amazonas e retornou ao Senado, de onde pretende “ajudar o Ministério” e trabalhar para que “o setor possa cada vez mais servir como uma alavanca para o desenvolvimento do Brasil”, disse. Não voltaram aos cargos – Os ministros da Aviação Civil, Mauro Lopes (MG), e da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (RJ). Eles deixaram seus cargos para votar na sessão da Câmara, que autorizou o processo de impeachment, mas não retornaram aos seus cargos. Ambos são deputados federais e retomaram suas atividades legislativas. Peemedebistas de SC comemoram 50 anos de história Foto: Divulgação PMDB/SC
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Em seu relatório, Quintão proferiu parecer pela relevância, urgência, constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa, compatibilidade, adequação orçamentária e financeira, e, no mérito,...
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