Mensagem do Presidente
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Mensagem do Presidente
SOBRAGE SOCIEDADE BRASILEIRA DE GINECOLOGIA ENDÓCRINA Nº20 • ANO VI • SETEMBRO 2004 Mensagem do Presidente frente com 103, 78 e 52 casos para cada 100.000 Os índios brasileiros além das feições orientais têm o mulheres. Os estados do centro, Minas Gerais, corpo glabro dos orientais indicativo de baixo teor de Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, comparecem androgênios ou/e reduzido nível de receptores tanto no segundo grupo com 44, 42 e 40 casos respectivamente.Em seguida vem Pernambuco com para os estrogênios quanto para os androgênios. Por outro lado, a elevada incidência da patologia no 34, Goiás com 32, Paraná com 31 e Rio Grande do sul e sudeste deve estar associada à herança Norte com 27 por 100.000 mulheres. O Ceará e o européia que predomina na região. Mato Grosso, que fazem fronteira com a Amazônia, predominância do Rio sobre São Paulo poderia ser já apresentam uma incidência mais baixa (26 e 24 explicada em parte pela influência benéfica da forte casos respectivamente). A Bahia com uma presença japonesa em São Paulo, praticamente população predominantemente negra ou mulata se ausente no Rio de Janeiro. Do mesmo modo a apresenta com apenas 20 casos e Sergipe com 18 elevada incidência em Pernambuco (34 casos) O Câncer de Mama no Brasil: A Influência da Geografia e da Etnia para 100.000 mulheres. A Paraíba comparece com comparada à da Bahia (20 casos) ou a da Amazônia 15 e Alagoas com 13. Os estados que compõem a Amazônia apresentam (média de 6 casos) poderia ser explicada pela Elsimar Coutinho A herança holandesa que dominou o estado durante Entre os muitos fatores que exercem influência as incidências menores, todas abaixo de 10 casos sobre a incidência de câncer, os primeiros que por 100.000. O Piauí e o Amazonas com 9, Roraima mais de uma década. As grandes diferenças na incidência de câncer de merecem consideração são a geografia e a etnia. A com 8, o Maranhão e o Pará com 7 casos cada um. mama observadas entre os países e nas diversas importância dos dois fatores é especialmente Rondônia comparece com 6, o Acre e Tocantins com regiões do Brasil assumem enorme importância na notável no câncer de mama cuja incidência varia de 5 cada um, e, finalmente, o Amapá com 3 casos por avaliação do risco individual sobretudo em pacientes menos de 50 por 100.000 mulheres no Japão para idosas nas quais o risco é maior. Certamente que 80/100.000 na Colômbia e 220 por 100.000 100.000 mulheres. Aparentemente a baixa incidência de câncer de numa população como a carioca um aumento de mulheres nos Estados Unidos. Na América do Norte mama na região amazônica se compara a incidência 20% no risco de desenvolver câncer de mama a incidência superior a 200/100.000 se aplica dos países orientais e pode ser atribuída à representa um aumento de mais de 20 casos por apenas às mulheres brancas de etnia anglo- predominância de sangue indígena na população. 100.000 mulheres enquanto que o mesmo aumento saxônica. Nas negras é 20% menor e naquelas de 20% na Amazônia representaria apenas 1 caso Roraima Amapá classificadas como hispânicas a incidência cai para por 100.000 mulheres. quase a metade. As índias e as sino-americanas de Amazonas primeira geração apresentam a incidência mais baixa. No Brasil, país continental cuja população apresenta Pará Maranhão Ceará Paraíba Piauí Pernambuco Acre Alagoas Sergipe Tocantins Rondônia Bahia Mato Grosso uma complexa variedade racial graças à observa no resto do mundo. De acordo com dados Minas Gerais a influência da imigração européia é maior. Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul saem na Espírito Santo Mato Grosso do Sul São Paulo Rio de Janeiro Paraná do Ministério da Saúde os estados onde a incidência de câncer é mais elevada estão no sul do país onde Distrito Federal Goiás miscigenação, os dois fatores se associam para oferecer um quadro bastante coerente com o que se Rio Grande do Norte Sta. Catarina Rio Grande do Sul 1. www.inca.gov.br 2. Vogel VG. Epidemiology of Breast Cancer. Em “The Breast”, Vo. 1. K.L. Bland e E.M. Copeland. III Edição, pg. 341-354. Saunders, St. Louis, 2004. 3. W.R. Miller. Estrogen and Breast Cancer. Springer-Verlag, Heidelberg, 1996. Taxa de Câncer de Mama na População Estado Amapá 3,63 Tocantins 5,44 Acre 5,54 Rondônia 6,88 Pará 7,29 Maranhão 7,59 Roraima 8,86 Amazonas 9,58 Piauí 9,76 Alagoas 13,49 Paraíba 15,09 Sergipe 18,33 Bahia 20,09 Mato Grosso 24,26 Ceará 26,16 Rio Grande do Norte 27,22 Santa Catarina 30,56 Paraná 31,13 Goiás 32,95 Pernambuco 34,69 Espírito Santo 40,44 Mato Grosso do Sul 42,93 Minas Gerais 44,01 Rio Grande do Sul 52,20 São Paulo 78,69 Rio de Janeiro 103,89 Estrogênios e Câncer de Mama: Uma Visão Atual Hugo Maia Filho Pesquisador Chefe, CEPARH, Salvador, Bahia. citocininas e prostaglandinas. Entre as citocininas estudadas, a interleucina6(IL-6) é que revelou ser o mais importante ativador do gene da aromatase no tecido mamário, e como sabemos esta citocinina é produzida pelos monocitos e macrofagos ativados. Estas células inflamatórias podem ter um papel importante na progressão do câncer de mama por serem fontes importantes de IL-6 para estimular a atividade das aromatases no tecido mamário, aumentando assim os níveis de estradiol dentro do tumor maligno. Estes dados mostraram também que os níveis intratumorais de estrogênios dependem mais de 2 Durante muitos anos a administração de estrogênios foi fatores locais como os níveis de interleucina e considerada um fator de risco para o desenvolvimento aromatase do que dos níveis sistêmicos destes. De do carcinoma de mama. Recentemente, entretanto, fato, estudos recentes têm mostrado que os níveis de tanto estudos observacionais como ensaios clínicos estradiol no câncer de mama são os mesmos em como o WHI, (o braço dos estrogênios isolados), tumores removidos de pacientes na pré- e pós- mostraram que o uso prolongado de estrogênios menopausa, ou de pacientes usando ou não TH. As isolados, inclusive por 25 anos, não aumentava o risco observações de que os níveis sanguíneos de de desenvolver câncer de mama. No estudo WHI estrogênios não afetam os níveis intratumorais destes inclusive, houve uma redução na incidência deste que são reconfortantes, pois estão de acordo com os dados quase atingiu significância estatística. Estes resultados recentes de que o uso de estrogênios isolados não está são certamente animadores, pois mostram que o associado com um aumento de risco de câncer de pequeno aumento do risco está associado somente ao mama, podendo estar até relacionado com uma uso do progestógeno, e mesmo assim quando diminuição deste risco. Estudos recentes têm mostrado utilizados por mais de cinco anos. O fato de que o uso que os níveis de IL-6 no sangue aumentam com a idade de estrogênios isolados não aumenta o risco de câncer da paciente e que a administração de estrogênios de mama, podendo até reduzi-lo, está de acordo com diminui os níveis destes na circulação. Isto sugere que vários estudos recentes de biologia molecular, que o uso de estrogênios isolados na menopausa está mais mostraram que o carcinoma de mama é capaz de associado com proteção contra o câncer de mama do produzir seu próprio estrogênio, a partir dos que como a promoção do crescimento deste tumor. androgênios, sendo esta reação catalisada por enzimas do grupo das aromatases. Estas enzimas estão expressas em grande concentração no próprio tumor e no estroma adjacente, e recentes evidências mostraram que o gene que as codificam é ativado por Reflexões sobre a contracepção hormonal injetável mensal Professor Paulo Spinola Dr. Demétrio Ortega Rumi O constante crescimento no uso de anticoncepcionais (cujo tempo de meia vida é mais longo em relação aos injetáveis mensais pode ser atribuído, dentre vários outros ésteres de estradiol), não se exageraria e talvez, fatores, às suas facilidades, em linha com as esse seja o motivo de um padrão de sangramento mais necessidades atuais de várias mulheres. Dentre essas, aceitável quando se emprega estradiol nessas destacam-se a discrição, baixo custo, alta eficácia concentrações nas diferentes formulações disponíveis (índice de Pearl baixíssimo), total reversibilidade, efeito prolongado, simples e conhecida forma de aplicação, hoje para uso injetável mensal. Segundo estudos, do ponto de vista metabólico não se método não invasivo, não relacionado ao coito e com demonstrou mudanças significativas nos níveis séricos mínima necessidade de motivação. As injeções mensais combinadas (estradiol + de ceruloplasmina, cobre, cortisol, proteína transportadora de cortisol, globulinas transportadoras progestágenos) diferem das combinações de hormônios sexuais, testosterona e no perfil lipídico contraceptivas orais em dois pontos importantes: 1. Contém estrogênios naturais e não (colesterol com suas frações e triglicérides) em sintéticos. 2. São administrados por via parenteral e, conseqüentemente não sofrem o fenômeno da primeira passagem hepática uma vez que não são absorvidos pelo trato gastrintestinal e não passam pela circulação portal. Uma das grandes preocupações das pacientes e dos médicos adeptos ao método hormonal injetável mensal combinado relaciona-se ao padrão de sangramento que tais pacientes podem apresentar assim como alterações metabólicas relacionadas. Em média, num ciclo ovulatório normal são produzidos cerca de 10,5 mg de estradiol endógeno pelo organismo feminino. Assim sendo, ao se administrar à mulher mensalmente 10 mg de estradiol na forma de enantato pacientes submetidas ao uso mensal de anticoncepcionais hormonais injetáveis combinados (enantato de estradiol 10 mg + dihidroxiprogesterona 150mg). No entanto, tal fato não foi observado em pacientes que utilizaram pílulas com etinil estradiol e levonorgestrel mesmo em baixas dosagens. Tal fato deva-se talvez por tratar-se de hormônios sintéticos de maior potência sendo permitido portanto, concentrações menores. Conclui-se que, apesar das concentrações hormonais contidas nos injetáveis serem maiores, tal fato não se torna relevante uma vez que são compostos não sintéticos, de menor potência cujas repercussões sistêmicas assemelham-se mais às fisiológicas. 3 AINDA SOBRE O WHI: NEM TANTO, NEM TÃO POUCO ... Ronald Bossemeyer 4 A menopausologia, se assim se pode chamar o elenco de conhecimentos que foi tomando consistência em passado recente sobre este importante capítulo da saúde feminina nasceu, como a vemos hoje, nos anos 80 e atingiu seu clímax em meados da década de 90 do século recém-findo. O manejo da problemática da mulher climatérica era do domínio geral, seus benefícios aceitos como quase universais e seus riscos, acreditava-se, muito menores do que os benefícios. Na época, em vez de procurar indicações para o TH, buscava-se, ao contrário, apenas evitá-lo frente a algumas contra-indicações. Norteavam nossos conhecimentos estudos de observação de vários tipos, na sua maioria publicados até 1997, que mostravam, na sua maioria, efeitos benéficos sobre vários setores do organismo feminino. Mais significantes, é de lembrar, foram os trabalhos referentes ao aparelho cardiovascular, ao câncer de mama e à osteoporose. Provocativos sempre pareceram os que versavam sobre a doença de Alzheimer e a cognição, que seguem gerando expectativas. Incontestados permanecem aqueles referentes ao câncer colo-retal e às fraturas. Com o passar do tempo os estudos de observação sofreram críticas metodológicas severas e foram considerados, por isso, diminuídos em sua força estatística assim como na validade das generalizações dos seus resultados. Entraram na ordem do dia os clinical trials ou estudos intervencionistas, elaborados com metodologia duplo-cega, ao acaso e controlados por placebo, com a pretensão de buscar novas verdades e reformular, à luz dos novos achados, o pensamento vigente quanto à hormônioterapia no climatério. Dos vários trials publicados, pela sua relevância decorrente da forma como foi apresentado, tanto na mídia científica quanto leiga, a ponto de motivar posições extremadas a favor ou contra uma ação de saúde que é ou deve ser soberana a comportamento de tal ordem, merece enfoque destacado o estudo WHI. Devido ao fato de que a divulgação deste estudo, desde a sua publicação inicial até abril do corrente ano (2004) enfocou exclusivamente o grupo E + P, os comentários que se seguem cingem-se, obviamente, a este segmento. O estudo WHI é um estudo bem projetado, que utiliza metodologia sofisticada visando atingir objetivos relevantes, embasado nos conhecimentos de fisiologia, de experimentação (laboratorial e animal) e, mormente, em estudos clínicos vigentes na época em que foi projetado (1991-92). A divulgação dos seus resultados foi inesperada e causou celeuma que persiste até o presente. Encerrando uma verdade pretensamente definitiva, capaz de contrariar uma quantidade de pesquisas clínicas bem conduzidas que norteavam o clínico até então, foi divulgado como a última palavra acerca dos riscos e benefícios do uso de hormônios esteróides sexuais no climatério, considerando o TH inadequado pelo fato de, com a metodologia empregada e na população estudada, os riscos haverem superado os benefícios. Ainda que os estudos de intervenção ou a chamada Medicina Baseada em Evidências (MBE) seja definida como o uso consciente, explícito e criterioso das melhores evidências disponíveis na literatura médica para tomar decisões em relação ao manejo de pacientes, ela não representa uma total negação do conhecimento prévio, mas constitui-se em um instrumento adicional para a tomada de decisões clínicas. É importante também considerar que a MBE não pretende ser uma medicina onde há respostas imediatas e únicas para todas as questões e nem uma medicina que tenha como objetivo cortar custos em detrimento da seleção de testes diagnósticos e condutas adequadas, limitando, dessa forma a autonomia do médico. Ademais, apesar do estudo WHI ser um ensaio clínico randomizado, multicêntrico e envolvendo um grande número de pacientes e situarse, por isso, hierarquicamente no nível mais elevado na escala de geração de evidências, a MBE não se restringe a este tipo de ensaios. Grandes estudos de coorte e metanálises geram evidências de nível II (como o Nurses's Health Study, a re-análise feita pelo Collaborative Group on Hormonal Factors in Breast Câncer e o Million Women Study), com elevado grau de certeza que também diminui a possibilidade de erros sistemáticos (vieses) e garante a relevância da informação gerada. Portanto, a MBE constrói e reforça mas nunca substitui a habilidade, o julgamento clínico e a vivência do médico. O passar do tempo e a amadurecida e judiciosa dissecção do conteúdo do estudo WHI permitiram a identificação de incontáveis vieses, amplamente discutidos na vasta literatura sobre o tema assim como em variados eventos científicos nos quais, fruto da cultura e experiência clínica de diversos expositores, dotados de aguçado espírito crítico, vão aos poucos enquadrando na devida dimensão a leitura deste estudo. O matutar sobre tudo isto, de forma desapaixonada e à larga, faz acreditar, afinal de contas, que TRH, TH, hormonioterapia ou, simplesmente, o manejo médico da mulher climatérica, levando em consideração as suas necessidades individuais e dentro de parâmetros considerados como good medical practice por nossos colegas saxões é o que faz, diuturnamente, todo o ginecologista tupiniquim bem informado e ético. COISA DE MULHER A maior parte dos leitores do Boletim da SOBRAGE está interessada na saúde e bem estar das mulheres. Muitas dessas mulheres são mulheres maduras, na perimenopausa e já menopausadas, muitas vezes no auge de sua vida produtiva e intelectual. Esta coluna é um tributo a essas mulheres e homenageia os leitores por sua dedicação a elas. A cada edição escreverei brevemente sobre uma mulher madura, exemplo para todos e orgulho para os que a elas servem e amam. E la tem 64 anos e uma vontade de ferro. Uma gigante entre as mulheres, uma gigante entre os humanos. Não sei qual foi a maior homenagem a ela. Ter ganho o Premio Nobel da Paz deste ano ou a frustração medíocre expressa por seu ex-marido: “muito culta, muito forte, muito bem sucedida, muito teimosa e muito difícil de controlar”. Wangari Maathai começou sua jornada no Quênia ao plantar algumas árvores no quintal de sua casa. Progrediu fundando uma organização de mulheres dedicada a plantar árvores e melhorar o meio ambiente. O movimento chamado de Cinturão Verde, a princípio tinha por objetivo minimizar o problema da deflorestação desorganizada na África. “Tomou muitos dias e noites para que eu conseguisse convencer as pessoas que mulheres poderiam melhorar seu meio ambiente sem muita tecnologia ou sem muitos recursos financeiros”. Estima-se que sob sua liderança mais de 30 milhões de árvores tenham sido plantadas. O movimento cresceu e hoje desenvolve projetos que preservam biodiversidade, iniciativas educacionais sobre o meio ambiente e promove os direitos sociais de meninas e mulheres. Wangari diz que a sabedoria veio com a maturidade “Você faz erros ao longo da jornada antes de aprender a fazer decisões. Agora eu aprendi a ser paciente. Eu posso esperar bastante para fazer uma decisão. Sou como um gato. Mas quando decido, não olho para trás!” “Ninguém tem todas as respostas, trata-se apenas de tentativa e erro. Ninguém tem a fórmula exata, então confie em seu julgamento e seja honesta com você mesma. Faça os julgamentos para você, não para os demais. Lembre-se que você e sua consciência estarão juntas para sempre. Então apenas faça julgamentos com os quais você poderá viver.” Wangari Maathai sabe que seu nome estará para sempre na História, que registra os ganhadores do prêmio Nobel. Mas o que ela quer mesmo é ser lembrada como a mulher que plantava árvores. Ela sabe que o importante é a lenda e o mito que restam com o povo, não o que se escreve nos livros, conforme a conveniência. Para celebrar, ela plantou uma árvore típica do Quênia, a tulipa africana (nandi flame ou Spathodea campanulata). Nana Saluba 5 Posicionamento Latino-Americano sobre Terapia Hormonal 6 Estudos desenvolvidos nos últimos anos e a publicação de seus resultados pela imprensa leiga, criaram una situação confusa, por vezes contraditória. A terapia hormonal foi apresentada como causadora de câncer, de infartos, de envelhecimento cerebral e demência. O sensacionalismo da imprensa irresponsável criou temor e rejeição pelas usuárias de estrógenos ou de suas combinações. Tal situação criou também dificuldades para os profissionais da saúde. Em particular colegas longe dos grandes centros de pesquisa e ensino se viram na necessidade de entender o que está se passando e aconselhar suas pacientes da melhor maneira possível. Um grupo de treze professores reuniu-se na cidade de Salvador em outubro, com o objetivo de estabelecer um consenso e oferecer orientação aos colegas e pacientes. Representantes do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Venezuela debateram por um dia todas as evidências científicas e geraram uma proposta a ser endossada pelas Sociedades de cada país. As conclusões dessa reunião serão também apresentadas durante o Congresso da FLASCYM. Uma vez aceitas por todas as Sociedades, as recomendações e as considerações serão distribuídas aos colegas da América Latina. Os debates incluíram não só a revisão crítica de toda a bibliografia recente refletindo os mais importantes estudos observacionais, retrospectivos e prospectivos, como também aqueles com metodologia científica exploratória. Consensos desenvolvidos na Argentina, Brasil e México foram parte importante das considerações pelo grupo. Particular atenção se deu ao estudo WHI (Women's Health Initiative), tendo o pesquisador chefe do CEPARH, Hugo Maia Filho, feito uma revisão detalhada do estudo. Opiniões individuais foram colhidas por um questionário especialmente elaborado para essa discussão. As atividades foram coordenadas por um especialista em Educação Médica e Consenso Médico, Francisco Espinosa, professor da Escola Superior de Medicina do Instituto Politécnico Nacional, do México. A reunião foi patrocinada pelos Laboratórios Wyeth, cujos executivos concordaram previamente em não participar nem influir nas discussões de consenso. Ao princípio das discussões e expressões individuais de opinião, os executivos da companhia foram convidados pelo coordenador a retirar-se da reunião. As conclusões da reunião foram expressas como uma Declaração de Posicionamento Conjunto e incluem 14 recomendações e 3 considerações. Definiu-se por Recomendação o ato de Sugerir ou aconselhar com base nas evidências científicas existentes sobre a terapia hormonal, algo digno e pertinente de ser aconselhado aos profissionais de saúde para a tomada de decisões na prática clínica. Consideração foi considerada como: algo em que se deva pensar antes de tomar uma decisão em relação à terapia hormonal, de acordo com as evidências médicas existentes no momento da declaração. O ambiente de franqueza, objetividade e livre intercambio de idéias permitiu um consenso que seguramente irá beneficiar colegas e pacientes na América Latina. Devido à natureza transitória dos conhecimentos, o grupo decidiu reunir-se anualmente para rever e alterar as recomendações e considerações. Recomendações 1. Recomenda-se a Terapia Hormonal (estrógenos ou estrógeno mais progestínicos, segundo for o caso), como a indicação principal e mais importante em mulheres sintomáticas durante a transição para a menopausa ou na pós-menopausa imediata para o alivio dos sintomas vasomotores, os sangramentos vaginais anormais e as manifestações urogenitais, cujo controle contribui para uma melhor qualidade de vida. 2. Recomenda-se um estilo de vida que favoreça o estado de boa saúde como parte do manejo médico integral das mulheres sintomáticas na transição para a menopausa e o climatério o qual deve incluir um programa cotidiano de atividade física, uma alimentação saudável, normocalórica e equilibrada, a manutenção do índice de massa corporal (IMC) entre 20 2 e 25 kg/m , assim como a suspensão de hábitos ou condutas prejudiciais à saúde como o sedentarismo, o tabagismo e o consumo de álcool. 3. Recomenda-se o uso de progesterona ou progestínicos, principalmente para a proteção do endométrio ou em mulheres histerectomizadas com endometriose. 4. Recomenda-se que a dose e o esquema de administração da terapia hormonal devam ser individualizados levando-se em conta o estado clinico da mulher, sua idade, o momento da transição para a menopausa e as diferentes apresentações disponíveis. 5.Recomenda-se identificar os sintomas iniciais da transição para a menopausa, o que permitirá um tratamento oportuno e benéfico para evitar fraturas ósseas e a atrofia do tecido conectivo e epitelial. 6. Recomenda-se utilizar a dose mínima necessária da terapia hormonal para controlar os sintomas associados à transição para a menopausa. 7. Recomenda-se considerar o direito de toda mulher de ser informada de forma genérica e sobre o seu caso em particular, a respeito dos riscos e benefícios da terapia hormonal e dos seus efeitos secundários, a cada controle periódico programado durante seu tratamento. 8. Recomenda-se que toda mulher que venha a receber terapia hormonal tenha o direito de participar da tomada de decisão para receber este tratamento, após ter recebido informações gerais e em particular para o seu caso. 9. Recomenda-se utilizar a terapia hormonal pelo menor período necessário, avaliando-se periodicamente a relação risco-beneficio, principalmente se a paciente estiver recebendo progestínicos. 10. Recomenda-se identificar os fatores de risco e antecedentes pessoais para o risco de desenvolver trombose venosa antes de iniciar a TH, já que a TH se associa a um leve aumento no risco para o seu desenvolvimento. 11. Não se recomenda o uso de terapia hormonal exclusivamente para a prevenção primária ou secundária de enfermidades cardiovasculares. 12. Não se recomenda o uso de terapia hormonal exclusivamente para o tratamento de enfermidades com deterioração cognitiva, enfermidade de Alzheimer nem outras demências. 13. Não se recomenda o uso da terapia hormonal exclusivamente para a prevenção de câncer de colon. Nem como indicação primária de uso. 14. Não se recomenda a terapia hormonal em mulheres idosas só para a prevenção ou tratamento de osteoporose, embora, como beneficio adicional, a TH previna a perda precoce de massa óssea. tratamento hormonal com estrógenos isolados. A TH de estrógenos mais progestínicos pode determinar leve aumento deste risco. 2. Não está contra-indicada a adição de outros medicamentos ao tratamento hormonal, quando estiverem indicados para o tratamento dos sintomas de transição para a menopausa e climatério, como antidepressivos, ansiolíticos e complementos alimentares. 3. Não está contra-indicado adicionar ao tratamento hormonal, outros tratamentos úteis na profilaxia ou tratamento de comorbidades durante a transição para a menopausa como antiagregantes plaquetários, estatinas e inibidores da enzima conversora de angiotensina. Considerações 1. Não se tem observado um aumento do risco de câncer de mama nos primeiros sete anos do uso de 7 bula 1- Abrego de Aguiar M, Altamirano L, Leon DA, Caridad de Fung R, Grillo AE, Gonzales JDJ, et al. Current Status of injectable Hormonal contraception, with special reference to the monthly method. Advances in contraception 1997; 13(4): 405-417. P98-3400. 2 - Martinez GH, Castaneda A, and Correa JE. Vaginal bleeding patterns in users of Perlutal, a once-a-month injectable contraceptive consisting of 10mg estradiol enanthate combined with 150mg dihydroxiprojesterone acetophenide. A trial of 5642 woman-months. Contraception 1998;58-21-27.P98-10956. ® Perlutan Acetofenido de algestona e 17-enantato de estradiol - Uso adulto -Forma farmacêutica e apresentação: Solução injetável: embalagem com 1 ampola de 1 ml. Composição: Cada ampola contém 150 mg de acetofenido de algestona (diidroxiprogesterona) e 10 mg de 17-enantato de estradiol. Excipientes q.s.p. 1 ml. Indicações: Anticoncepcional injetável de uso mensal. Pode ser utilizado também no controle das irregularidades menstruais e como medicação supletiva estrógeno-progestacional. Contra-indicações: Contra-indicações absolutas: complicações devidas a contraceptivos hormonais no passado; gravidez ou suspeita de gravidez; amamentação (menos de 6 semanas pós-parto); hipertensão; cardiopatias; diabete melito com alterações vasculares, nefropatia, retinopatia, neuropatia ou outras doenças vasculares ou diabete com mais de 20 anos de duração; glaucoma; antecedentes de processos flebíticos, trombóticos ou tromboembólicos, varizes importantes; sangramento genital de causa desconhecida; tumor ginecológico ou de mama; neoplasias benignas hormônio-dependentes, neoplasias malignas; hepatopatia em atividade; tumores malignos no fígado; anemia falciforme; epilepsia; colagenose com lesão visceral ou vascular; pré e pós-operatório, mulheres passíveis de imobilização; história de icterícia, prurido grave, coréia ou herpes em gestação anterior; hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula. Contra-indicações relativas: galactorréia; obesidade; hiperlipidemias; tabagismo; irregularidades menstruais freqüentes; colecistopatias; cefaléias severas com sintoma neurológico focal. Precauções: Recomenda-se um exame geral completo, com minuciosa investigação ginecológica periodicamente e antes do início do tratamento. Evitar o uso do produto em adolescentes com ciclos menstruais irregulares. PERLUTAN inibe transitoriamente a ovulação e não causa esterilidade a posteriori. No entanto, o ciclo ovulatório natural pode ser interrompido por 2 a 3 meses após a suspensão do tratamento. Riscos do uso de PERLUTAN superam os benefícios: maiores de 35 anos que fumam > 20 cigarros por dia; amamentação (6 semanas a 6 meses pós-parto); < 21 dias pós-parto e não amamentando; antecedentes de câncer de mama; sangramento vaginal de causa desconhecida; antecedentes de hipertensão grave; hiperlipidemias; cirrose grave; tumores malignos de fígado. Com o devido acompanhamento médico, os benefícios do uso de PERLUTAN superam os riscos: maiores de 40 anos; menores de 35 anos de idade ou fumante leve com mais de 35 anos; cefaléias (incluindo enxaqueca sem sintoma neurológico focal); amamentação (> 6 meses pós-parto); doença mamária não diagnosticada; neoplasia cervical intraepitelial ou câncer; histórico de colestase; doença do trato biliar em curso ou antecedente; cirrose moderada; doença valvular do coração sem complicações; hipertensão moderada; tromboflebite superficial; talassemia; - anemia falciforme; diabetes sem complicações; cirurgias grandes sem imobilização prolongada. PERLUTAN pode afetar avaliações endócrinas e testes da função hepática. Portanto, se esses testes estiverem anormais em uma paciente, interromper o uso e, após 2 meses, repetir os testes. PERLUTAN pode promover diminuição dos níveis séricos de folatos. Pacientes com antecedentes de depressão psíquica devem ser observados e o tratamento deve ser descontinuado caso o distúrbio reapareça. O uso de anovulatórios ou de estrógenos aumenta o risco de doenças da vesícula biliar. Gravidez e lactação: Contra-indicado na gravidez. Na amamentação, pode ocorrer diminuição na quantidade e na qualidade do leite materno. Uma pequena quantidade passa para o leite; entretanto, não se constatou um efeito sobre a criança amamentada. PERLUTAN pode ser usado a partir de 3 semanas após o parto em mulheres que não estejam amamentando. Interações medicamentosas: Rifampicina, hidantoínas, barbituratos, antibióticos penicilânicos, cloranfenicol, griseofulvina, fenitoína, carbamazepina, primidona, isoniazida, nitrofurantoína, sulfonamidas e tetraciclinas podem reduzir a eficácia contraceptiva do produto ou provocar irregularidades menstruais. Os anticoncepcionais hormonais podem alterar a eficácia de anticonvulsivantes, anti-hipertensivos, hipnóticos, hipoglicemiantes, anticoagulantes e antidepressivos. Reações adversas: Mudanças no ciclo menstrual (ciclos menores, hemorragia intermenstrual, sangramento irregular), dismenorréia, amenorréia transitória, prurido vulvar, tensão mamária, dores de estômago, náuseas, vômitos, cefaléias, retenção hidrossalina, mudanças subclínicas e transitórias detectadas nos testes de excreção do fígado, alterações emocionais e da libido, alterações do peso corpóreo e fenômenos de fotossensibilização (cloasma). Relataram-se raramente tontura, nervosismo, depressão, fogacho, acne, hipersensibilidade (prurido, tosse) e distúrbios visuais e auditivos. Geralmente podem ocorrer no tratamento com contraceptivos hormonais outras reações adversas tais como tromboflebite, trombose arterial ou venosa, eventos tromboembólicos, derrame cerebral, cefaléias intensas (enxaqueca), hipertensão e neurorretinite o que poderia levar à suspensão do tratamento, embora não tenham sido associadas ao uso de PERLUTAN. Posologia Uma ampola por via intraglútea profunda entre o 7º e 10º dia, de preferência no 8º dia, a partir do início de cada menstruação (Com agulha do tipo 30x 8 ou 30x 7). Contar o primeiro dia de sangramento menstrual como dia número um. Não massagear o local da aplicação. O não cumprimento dessas recomendações pode alterar a eficácia do produto. Superdosagem: Desconhecem-se casos de superdosagem. Espera-se que ocorram náusea, vômito, mastodinia, cefaléias, retenção hidrossalina, alterações do sangramento endometrial e amenorréia. Não existem antídotos específicos. Recomenda-se controle médico estrito e tratamento sintomático. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. MS-1.0367.0085. Fabricado por: Boehringer Ingelheim S.A. Buenos Aires - Rca. Argentina. Resp. Técn.: Farm. Carlos A. Prado - MP nº 12.136. Importado e distribuído por: Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. Resp. Técn.: Farm. Laura M. S. Ramos - CRF-SP n° 6870. Rod. Regis Bittencourt (Br 116), km 286 - Itapecerica da Serra - SP. CNPJ/MF Nº 60.831.658/0021-10. SAC 0800-7016633. INFORME SEU PACIENTE: “AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.” MATERIAL DESTINADO EXCLUSIVAMENTE AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE HABILITADOS A PRESCREVER OU DISPENSAR MEDICAMENTOS. Confira os Eventos 2005 Diretoria (2003-2006) PRESIDENTE Dr. Elsimar Metzker Coutinho (BA) VICE-PRESIDENTE Dr. Hans Halbe (SP) SECRETÁRIO EXECUTIVO Dr. Paulo Spinola (BA) TESOUREIRO Dr. Ronald Bossemeyer (RS) Delegados: Região Norte: Acre: Dr. Júlio Eduardo Gomes Pereira Amapá: Dra. Kátia Jung de Campos Amazonas: Dra. Daria Barroso Serrão das Neves Pará: Dr. Nelson Luiz de Oliveira Santos Rondônia: Dra. Maria Melisande Diógenes Pires Roraima: Dr. José Antonio Nascimento Filho Tocantins: Dr. Adriano Hofi Região Nordeste: Alagoas: Dr. Fábio Castanheira Bahia: Dr. Hugo Maia Filho Ceará: Dra. Sílvia Bomfim Hyppólito Maranhão: Dra. Luciane Maria Oliveira Brito Paraíba: Dr. Geraldez Tomaz Pernambuco: Dr. Roberto Rinaldo de Oliveira Santos Piauí: Dr. Joaquim Castelo Branco Barros Rio Grande do Norte: Dr. Ivis Bezerra de Andrade Sergipe: Dr. Marco Antonio Cavalcanti Região Centro-Oeste: Distrito Federal: Dra. Rosaly Rulli Costa Goiás: Dr. Altamiro Araújo Campos Mato Grosso: Dr. Sebastião Freitas de Medeiros Mato Grosso do Sul: Dr. Valdir Shigueiro Siroma Eventos 2005 • 10 - 13 de março 12th World Congress on Human Reproduction Veneza, Itália E-mail: [email protected] / www.biomedicaltechnologies.com • o8 - 10 de abril 7 Congresso da Rede Latino Americana de Reprodução Assistida Club Med Itaparica Bahia E-mail: [email protected] / www.lmeventos.com.br • 14 - 17 de abril 7th World Congress on Controversies in Obstetrics, Gynecology and Infertility Atenas, Grécia E-mail: [email protected] / www.kenes.com/controversies • 12 - 14 de maio III Congresso Norte-Nordeste de Climatério e Menopausa III Congresso Norte-Nordeste de Ginecologia Endócrina Natal, RN E-mail: [email protected] / www.aerotur.com.br • 26 - 29 de maio 13o Congresso Mundial de FIV, Reprodução Assistida e Genética Istambul, Turquia E-mail: [email protected] / www.kenes.com/ivf • 24 de junho o 19 Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo E:mail: [email protected] / www.cean-santacasa.org.br • 19 - 21 de agosto IX Congresso Norte-Nordeste de Reprodução Humana Belém, Pará E-mail: [email protected] / www.paratur.pa.gov.br • 14 - 17 de setembro IX World Congress on Endometriosis Maastricht, Holanda E-mail: [email protected] / www.conferenceagency.com/wce • 6 - 8 de outubro Congrès SOLAMER Société Latine de Biologie et Médecine de la Reproduction Québec, Canadá E-mail: [email protected] • 18 - 22 de outubro 11th World Congress on the Menopause Buenos Aires, Argentina E-mail: [email protected] / www.menopause2005.org Região Sudeste: Espírito Santo: Dr. Justino Mameri Filho Minas Gerais: Dr. Walter Antonio Prata Pace Rio de Janeiro: Dr. Luiz Fernando Dale São Paulo: Dr. Malcolm Montgomery Região Sul: Paraná: Dr. Mauri José Piazza Rio Grande do Sul: Dr. Marcelino Espírito Hofmeister Poli Santa Catarina: Dr. Ricardo Nascimento Conselhos: Expediente Conselho Deliberativo: Dra. Ângela Maggio da Fonseca Dra. Aparecida Halbe Dr. Joaquim Roberto Costa Lopes Dr. Carlos Isaia Filho Dr. César Eduardo Fernandes Dr. Marcelo Esteve Dr. Newton Eduardo Busso Conselho Fiscal: Dr. Caio Parente Barbosa Dr. Dirceu Henrique Mendes Pereira Dra. Gláucia Maria de Sá Palmeira Dr. Heitor Hentschel Dr. Nilson Donadio Conselho Científico: Dr. Fernando Freitas Dr. Lucas Vianna Machado Dr. Marcos Felipe Silva de Sá Dr. Marcos Sampaio Dr. Ricardo Marinho Dr. Rui Alberto Ferriani • 22 - 26 de novembro o 51 Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia Rio de Janeiro, RJ E-mail: publicaçõ[email protected] / www.febrasgo.org.br 2006 Eventos 2006 • 2 - 5 de março 12th World Congress of Gynecological Endocrinology Florença, Itália E-mail: [email protected] / www.biomedicaltechnologies.com • 6 a 8 de abril IV Congresso Brasileiro de Ginecologia Endócrina I Congresso Latino Americano de Ginecologia Endócrina E-mail: [email protected] / www.ceparh.com.br • 3 - 6 de maio 9th Congress of the European Society of Contraception Istanbul, Turquia E-mail: [email protected] / www.contraception-esc.com • 3 - 7 de junho 7th European Congress on Menopause Istanbul, Turquia E-mail: [email protected] / www.emas2006.info • 5 - 10 de novembro XVIII FIGO World Congress of Gynecology and Obstetrics Kuala Lumpur, Malásia E-mail: [email protected] / www.figo2006kl.com 2007 Eventos 2007 • 18 a 21 de abril World Symposium of Gynecological Endocrinology Salvador, Bahia E-mail: [email protected] / www.ceparh.com.br O jornal da SOBRAGE é uma publicação trimestral dirigida aos médicos, organizada pela SOBRAGE - Sociedade Brasileira de Ginecologia Endócrina Editores: Elsimar Coutinho, Hans Halbe, Paulo Spinola, Ronald Bossemeyer Editora Chefe: Lesley Hanson de Moura Jornalista Responsável: Regina Coeli - MT DRT 1206 Produção gráfica: Cian/Bigraf Projeto gráfico: Samira Paixão SOBRAGE: Rua Caetano Moura, 35, Federação Cep: 40210-341 - Salvador, BA e-mail: [email protected] site: www.sobrage.org.br. 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