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1 2 ÍNDICE Introdução.......................................................................................................................................Pág. 05 Método.............................................................................................................................................Pág. 06 Perguntas respondidas...............................................................................................................Pág. 07 1. Há indicação de nefrectomia para o tratamento do câncer renal metastático? Se sim, em quais situações? Qual benefício deve-se esperar?.......................................Pág. 08 2. Há indicação de tratamento com vacinas? Se sim, quais as doses e quais as vacinas? Qual benefício deve-se esperar?..............................................................................................Pág. 10 3. Para o câncer renal metastático, há indicação de tratamento imunoterápico (interferon, interleucina) ou quimioterápico? Se sim, quais os esquemas e doses? Qual benefício deve-se esperar?..............................................................................................Pág. 12 4. Há indicação de uso de bisfosfonatos? Se sim, quais esquemas e doses? Qual benefício deve-se esperar?..............................................................................................Pág. 14 5. Há indicação de ressecção de metástases? Se sim, qual benefício deve-se esperar...................................................................................Pág. 16 6. Há diferenças de prognóstico de acordo com a histologia do tumor primário?.........................................................................................................................................Pág. 17 Referências.....................................................................................................................................Pág. 18 Autores.............................................................................................................................................Pág. 22 3 4 INTRODUÇÃO O carcinoma renal é um tumor relativamente raro, com incidência de 9,6 por 100.000, correspondendo a aproximadamente 3% dos tumores malignos. A apresentação clínica é variável. O sinal clássico é hematúria (40% dos casos), seguido de dor no flanco (35%) e massa palpável (30%). Estes três sinais juntos aparecem em menos de 10% dos casos(1). Aproximadamente 40% dos casos de câncer renal são detectados incidentalmente durante exames de imagem abdominal(1). Uma proporção significativa de pacientes pode apresentar síndrome paraneoplásica (hipertensão, eritrocitose, hipercalcemia, Cushing, ginecomastia) ou achados não específicos, como anemia, perda de peso e pirexia. A sobrevida média dos pacientes com carcinoma de células renais (CCR) avançado é menor de um ano e a taxa de mortalidade em cinco anos aproxima-se de 100%(1). O cuidado padrão nos pacientes com CCR metastático inclui abordagens cirúrgicas e imunoterapia(3). No entanto, a imunoterapia não trata a doença óssea metastática efetivamente(4,5), apesar de o envolvimento do esqueleto ser comum nestes pacientes. Estima-se que aproximadamente 30% dos pacientes irão desenvolver metástases ósseas(1). Tais metástases causam morbidade esquelética considerável, incluindo dor óssea, fraturas patológicas, compressão medular e hipercalcemia maligna(6). Aproximadamente 81% dos pacientes com CCR e metástases ósseas requerem radioterapia, 42% apresentam fratura de um osso longo e 29% necessitam de cirurgia ortopédica ou desenvolvem hipercalcemia maligna em alguma época durante o curso da doença(7). As metástases ósseas têm sido identificadas como um fator prognóstico independente e preditivo de diminuição da sobrevida em pacientes com CCR metastático(8) e abordagens mais novas, como o uso de bisfosfonatos, têm sido testadas. Para pacientes com doença metastática, a cirurgia algumas vezes é uma opção de tratamento para aumento de sobrevida(9). O objetivo desta reunião do CoBEU é identificar as melhores evidências disponíveis na literatura médica sobre o manejo dos pacientes com câncer renal avançado. O câncer renal localizado não é objeto deste estudo, podendo constituir-se de tema futuro de discussões do CoBEU. Comitê Brasileiro de Estudos em Uro-Oncologia (CoBEU) Nelson Rodrigues Netto Jr. [TiSBU] - Presidente Ubirajara Ferreira [TiSBU] - Secretário Antônio Carlos Lima Pompeo [TiSBU] Francisco Bretas [TiSBU] Marcus Sadi [TiSBU] Walter José Koff [TiSBU] Otávio Clark [Oncologista] 5 MÉTODO Como de hábito nos trabalhos do CoBEU, uma revisão estruturada da literatura foi realizada nas bases de dados do MEDLINE, CENTRAL e DARE, buscando identificar os estudos com desenho metodológico mais adequados para responder às questões propostas. Para questões sobre tratamento, incluímos preferencialmente metanálises e estudos randomizados. Para questões de diagnóstico, incluímos estudos de acurácia que comparassem o método em questão contra um padrão ouro. Apenas em situações em que estes estudos com o melhor desenho metodológico não existiam foi permitido o uso de outros desenhos. Mais de 3.000 referências foram recuperadas pelas estratégias de busca. Destas, 305 foram incluídas no texto final. Para cada questão foi elaborado previamente um sumário dos estudos. Este sumário foi enviado com antecedência para cada um dos participantes, que puderam avaliar, criticar e rascunhar suas próprias sugestões. Durante o encontro cada um dos responsáveis apresentou seu trabalho, o qual foi discutido entre os membros, que fizeram as modificações que o grupo julgou pertinentes. O texto final é resultado da concordância explícita de todos os membros. Com base na qualidade das informações científicas disponíveis, uma recomendação foi emitida com base nos níveis de evidências (NE) e na concordância entre os membros do painel. Para questões de tratamento, utilizamos a adaptação da classifica- 6 ção do Centre for Evidence Based Medicine de Oxford(10), reproduzida nas tabelas, com o correspondente grau de recomendação (GR) proposto pela Associação Médica Brasileira (AMB), descrito previamente(11). Para as questões de diagnóstico, foram utilizadas a classificação e os graus de recomendação do Centre for Evidence Based Medicine de Oxford(10) (tabelas). O uso de níveis de evidências permite que o leitor identifique com facilidade qual a qualidade da informação científica sustenta as recomendações feitas pelos especialistas. Uma recomendação de nível “A” ou “B” é baseada em estudos de alta qualidade científica e deveria ser adotada na prática médica na absoluta maioria dos casos, salvo naqueles que fujam do habitual. Já uma recomendação com nível “C” ou “D” é baseada em informações científicas de qualidade menor e o julgamento do especialista no cotidiano deve ter um papel mais preponderante sobre adotá-la ou não. Este e os outros trabalhos do COBEU podem ser vistos na home page www.evidencias.com.br/cobeu.htm. O CoBEU pode ser contatado pelo e-mail [email protected]. Críticas e sugestões são muito bem-vindas. Apesar de contarmos com o apoio da indústria farmacêutica, esta não teve qualquer influência sobre as informações apresentadas, na discussão nem na redação do texto, formal ou informal. PERGUNTAS RESPONDIDAS 1. Há indicação de nefrectomia para o tratamento do câncer renal metastático? Se sim, em quais situações? Qual benefício deve-se esperar? 2. Há indicação de tratamento com vacinas? Se sim, quais as doses e quais as vacinas? Qual benefício deve-se esperar? 3. Para o câncer metastático, há indicação de tratamento com imunoterapia (interferon, interleucina) ou quimioterapia? Se sim, quais os esquemas e doses? Qual benefício deve-se esperar? 4. Há indicação de ressecção de metástases? Se sim, qual benefício deve-se esperar? 5. Há indicação de uso de bisfosfonatos? Se sim, quais esquemas e doses? Qual benefício deve-se esperar? 6. Há diferenças de prognóstico de acordo com a histologia do tumor primário? 7 1. Há indicação de nefrectomia para o tratamento do câncer renal metastático? Se sim, em quais situações? Qual benefício deve-se esperar? A indicação da nefrectomia no tratamento do câncer renal metastático é influenciada por vários fatores. Os resultados comparativos obtidos por uma revisão que incluiu estudos sem critérios bem definidos mostrou respostas pouco significativas da nefrectomia relacionada à sobrevida quando empregada como modalidade única de tratamento(12) (NE 3) (Tabela 1). Recentemente, dois estudos prospectivos randomizados(2,3) (SWOG–8949 e EORTC–30947) compararam o uso de nefrectomia mais interferon contra interferon isolado em tumores renais metastáticos(2,3). 8 O SWOG–8949 dividiu 241 pacientes em dois grupos: IFN-alfa isoladamente vs. nefrectomia seguida de IFN(2). A sobrevida mediana foi de 8,1 meses no grupo IFN comparada a 11,1 meses no grupo combinado (p = 0,02) (NE 2). É importante destacar que quando os grupos foram estratificados pela condição clínica do paciente (performance status – PS) houve tendência de melhora naqueles com PS-0 (boas condições) com sobrevida de 17,4 meses no tratamento combinado e 11,7 meses no grupo IFN. Estes valores são menos expressivos em doentes com PS-1 (condições clínicas regulares) que foram, respectivamente, 6,9 e 4,8 meses(2). De maneira semelhante, o EORTC–30947, usando o mesmo protocolo com 85 pacientes, mostrou sobrevida mediana de 7 meses para o IFN-alfa e 17 meses no grupo que incluiu a nefrectomia(3) (NE 2). A metanálise realizada com esses dois estudos confirmou aumento da sobrevida global nos pacientes submetidos a nefrectomia mais interferon (13,6 meses vs. 7,8 meses). Isto indica uma redução de 31% dos níveis de morte (p = 0,002)(13) (NE 2). A ressecção completa do tumor e de metástase(s), quando possível, é uma tendência atual(13). No entanto, o grande espectro de quadros clínicos torna difícil generalizar as indicações. Claramente, o melhor paciente para ressecção de tumor primário e da doença metastática é aquele com bom estado clínico e portador de metástase única metacrônica, solitária do pulmão. Nesta condição, os pacientes têm aproximadamente 50% de chances de sobrevida adicional de dois anos (14) (NE 4). Em contrapartida, o pior candidato é aquele em más condições clínicas e com múltiplas metástases sincrônicas, situação em que a sobrevida média varia de quatro a dez meses(13). Destaque-se, ainda, que a nefrectomia tem indicação mesmo em casos em que o objetivo não é aumentar a perspectiva de vida, mas paliar sintomas como dor e hematúria ou, ainda, manifestações paraneoplásicas que incluem anemia, hipercalcemia e hipertensão arterial. Numa série de 78 casos tratados na Cleveland Clinic, Montie et al. observaram que 28% dos pacientes tinham sintomas relacionados ao tumor primário, cujo controle foi obtido com a cirurgia(15). Regressões espontâneas constituem argumentos pouco consistentes para justificar tratamento cirúrgico, pois esse objetivo é raramente observado. Em revisão de 533 casos acompanhados na Mayo Clinic, Myers et al. não encontraram casos de regressão espontânea(16). Por outro lado, Oliver relatou regressões de metástases em 5/69 pacientes (7%) seguidos prospectivamente(17). Dentro destas insignificantes taxas de resposta, aparentemente as metástases pulmonares são aquelas que apresentam maior tendência à involução(18). Recomendação do CoBEU Recomenda-se realizar nefrectomia em pacientes com CCR metastático nas seguintes condições, ressaltandose que os riscos/benefícios devem ser considerados quando as condições clínicas não forem satisfatórias: • Nefrectomia + Tratamento cirúrgico de metástase ressecável (ver pergunta 4). • Nefrectomia + Imunoterapia complementar com interferon em pacientes com boas condições clínicas e metástases irressecáveis (NE 2; GR A). • Alívio das manifestações locais (NE 3; GR A). 9 2. Há indicação de tratamento com vacinas? Se sim, quais as doses e quais as vacinas? Qual benefício deve-se esperar? Como qualquer célula neoplásica, as células do carcinoma de células renais (CCR) expressam antígenos que podem invocar respostas imunológicas possíveis de ser manipuladas para induzirem o sistema imunológico do hospedeiro a destruir as células tumorais. A imunoterapia ativa pode ser específica ou inespecífica. Imunoterapia ativa inespecífica A imunoterapia ativa inespecífica no tratamento do CCR teve origem em algumas observações relacionadas à melhora de pacientes com CCR após intensa infecção microbiana e que conduziram ao emprego de Corynebacterium parvum e BCG nesta doença junto com vacinas celulares(19,20). Em um estudo fase III, 120 pacientes com CCR metastático foram randomizados para receber três injeções intradérmicas de células tumorais cultivadas e irradiadas, com ou sem BCG. Após 12 meses o uso de BCG associado não influenciou o curso da doença, mas houve aumento da reatividade tumoral medida por testes cutâneos(21). Muitos outros agentes imunomoduladores não específicos foram tentados nesta doença, incluindo citoquinas e levamisole, sem êxito(22). Imunoterapia ativa específica A imunoterapia ativa específica foi iniciada com a tentativa de fabricar vacinas celulares usando células autólogas ou alogênicas de CCR, mas tanto estudos em animais como em humanos falharam em demonstrar efeito terapêutico mensurável(23). Desde então foram feitas tentativas de induzir resposta imunológica usando células com modificação genética. O uso de células dendríticas parece em caminho produtivo. Estas células são derivadas dos leucócitos e produzidas na medula óssea com a função principal de apresentar os antígenos para estimular a produção de linfócitos T específicos que irão destruir as células-alvo(24). Grandes quantidades de células dendríticas podem ser produzidas a partir de precursores de monócitos, obtidos 10 do sangue periférico de doadores, estimulados com citoquinas, especialmente interleucina 4 (IL-4) e fator colônia estimulante de granulócito-macrófago (GMCSF)(25). Estas células assim produzidas podem então ser pulsadas com várias formas de antígenos e servir para despertar imunidade celular nos pacientes com CCR. Num estudo inicial usando lisados tumorais em contato com células dendríticas obtidas de linfócitos de sangue periférico conseguiu-se obter uma vacina autóloga para pacientes com CCR metastático que induziu rapidamente a produção de linfócitos T(26,27). A procura de antígenos associados ao CCR prossegue e mais recentemente um antígeno específico renal chamado RAGE (renal tumor antigen) foi identificado juntamente com outras glicoproteínas e está sendo considerado um candidato provável para imunoterapia baseada em células T(28). Vacina com células geneticamente modificadas A terapêutica genética que envolve a inserção de um gene funcionante em células tumorais para corrigir seu erro genético, substituir um gene deficiente ou adicionar uma nova função tem sido o campo mais promissor na busca de imunoterapia ativa específica para CCR. Uma técnica promissora consiste em infectar células de CCR autólogas cultivadas com gene de citoquina IL-2 ou GM-CSF via um vetor adenoviral(29). No Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, 12 pacientes com CCR metastático foram vacinados com lisado de células de CCR alogênico modificadas com gene de IL-2. Os pacientes foram randomizados para receber quatro doses da vacina contendo 10 milhões ou 50 milhões de células irradiadas. Não houve relato de toxicidade, mas nenhuma resposta objetiva foi identificada(30) (NE 5). Uma nova técnica de infectar células com gene de citoquina sem uso de vetor viral e seus riscos biológicos foi desenvolvida usando lipossomas para efetuar a transferência(27,31). O domínio desta técnica induziu o desenvolvimento comercial de produtos de terapêutica genética para estudos em fase II que estão sendo realizados. Em um estudo fase I/II envolvendo transferência de IL-2 por intermédio de lipossomas houve regressão de metástases em pacientes com melanoma, sarcoma e CCR(32). Outra possibilidade seria a introdução de genes deletados de células tumorais. Pode-se tentar, por exemplo, o uso do gene do p53 introduzido por intermédio de lipossomas em células de CCR no qual ele está deletado. Em um estudo in vitro, realizado deste modo, as células assim infectadas diminuíram seu ritmo de crescimento, mas estudo em ratos falhou em demonstrar qualquer efeito nas metástases(33). Recomendação do CoBEU O uso de imunoterapia ativa inespecífica ou específica com a produção de vacinas contra o CCR metastático está em desenvolvimento, mas várias linhas promissoras foram desenvolvidas e estão em teste fases I e II. O uso dessas técnicas deve ser feito sempre em protocolos clínicos experimentais bem desenhados. 11 3. Para o câncer renal metastático, há indicação de tratamento imunoterápico passivo (interferon, interleucina) ou quimioterápico? Se sim, quais os esquemas e doses? Qual benefício deve-se esperar? Várias abordagens têm sido tentadas para o tratamento sistêmico do câncer renal. Em torno de 5% dos pacientes têm sobrevida maior de cinco anos, independente da realização ou não de tratamento sistêmico(34). Três principais abordagens têm sido tentadas: os hormônios, a quimioterapia e a imunoterapia, isoladas ou em combinação. 1. Hormonioterapia isolada para tumores renais avançados: Vários estudos utilizando hormônios foram realizados(35-37). Os principais hormônios testados foram o tamoxifeno e o acetato de medroxiprogesterona (MPA). Os resultados foram desapontadores e não demonstraram benefício terapêutico(36-38). 2.Quimioterapia para tumor avançado O carcinoma renal é um tumor quimiorresistente. Não existe ainda nenhuma combinação de drogas ou droga isolada que possa ser considerada padrão. Todos os pacientes com tumor avançado deveriam ser tratados no contexto de um estudo clínico experimental bem desenhado(39). Os resultados dos estudos são sempre desapontadores, independente das drogas selecionadas: vimblastinaCCNU(40-42), floxuridina em infusão contínua ou com esquema circadiano (43), 5-fluorouracil (44) e outras. Mesmo as drogas mais recentes, como os taxanos (docetaxel e paclitaxel), a gencitabina e a oxaliplatina mostraram pouca ou nenhuma atividade contra o câncer renal(44-49) (NE 3). 3. Imunoterapia passiva para tumor avançado Diversos esquemas com imunoterapia têm sido tentados ao longo dos anos, com resultados desapontadores. A interleucina (IL) e o interferon (IFN) são duas das 12 principais drogas utilizadas. Sua eficácia foi analisada em duas revisões sistemáticas da literatura(50,51), uma das quais realizada pela Colaboração Cochrane(51). Na primeira delas, o uso do interferon como agente simples ou em combinação foi avaliado. Foram incluídos 8 estudos randomizados, publicados e inéditos, que avaliaram o uso do interferon em carcinoma renal avançado. A resposta e a sobrevida nos pacientes que usaram IFN foram melhores(50). Na segunda(51), realizada pela Colaboração Cochrane, avaliou-se a imunoterapia para carcinoma renal avançado comparando-se várias abordagens terapêuticas: interleucina em altas doses, interferon e quimioterapia, isolados ou em combinação. Quarenta e dois estudos com um total de 4.216 pacientes foram incluídos. Os pacientes dos estudos tinham doença metastática ou irressecável. Os principais resultados encontrados foram: a. As taxas de respostas dos diversos esquemas terapêuticos avaliados giram em torno de 10% (NE 1) b. A sobrevida mediana dos pacientes é de 11 a 12 meses, com sobrevida em dois anos de 22% (NE 1). c. A metanálise de seis estudos que compararam IFN contra placebo com mais de 900 pacientes mostrou aumento significativo de sobrevida (hazard ratio 0,78; intervalo de confiança de 95% de 0,67 a 0,90). Em média, o aumento esperado de sobrevida com uso de interferon é de 2,6 meses quando comparado ao placebo ou não tratamento (NE 1). d. A comparação de IFN com e sem IL não mostrou ganhos de sobrevida e o grupo que recebeu IFN + IL apresentou nos estudos originais toxicidade significativamente maior (NE 1). e. A adição de quimioterapia e outros “complementos” ao IFN não mostrou ganhos de sobrevida (NE 1). f. Não houve diferenças entre os efeitos de IFN ou IL quando usados isoladamente (NE 1). g. Não houve diferenças significativas entre o uso de IFN em altas (mais de 9 milhões de unidades (MU) três vezes por semana) ou baixas doses (1 MU 3 vezes por semana a 9 MU três vezes por semana) (NE 1). h. Nenhum estudo comparou o uso de IL em altas doses contra placebo, tornando um possível efeito desta abordagem terapêutica desconhecido. Várias outras comparações entre diferentes abordagens em imunoterapia para carcinoma renal metastático têm sido feitas em vários estudos randomizados, como por exemplo diferentes doses de IL(52), combinações de drogas com linfócitos ativados (53), IL com e sem IFN(54,55), entre outras. Todos estes estudos demonstram resultados desapontadores e nenhuma destas opções deve ser recomendada na prática clínica. 4. Hormônio-imunoterapia para tumores avançados A combinação de imunoterapia com acetato de medroxiprogesterona (MPA) para tumores avançados foi avaliada em vários estudos. A maior parte se trata de séries de casos e estudos retrospectivos com pequeno número de pacientes. A grande variedade de combinações torna difícil delinear uma única conclusão. Em estudo prospectivo randomizado, a combinação interleucina-2 e MPA apresentou maior sobrevida livre de progressão quando comparada a interleucina apenas. Porém, o grupo de pacientes é muito pequeno e ainda são necessários estudos nesta área(56) (NE 2). A comparação entre IFN-alfa e MPA foi avaliada em estudo randomizado com 60 pacientes. Não houve diferença de sobrevida entre os dois grupos(57). (NE 2). Em dois outros estudos randomizados, a combinação de IFN-alfa e MPA também não se mostrou mais efetiva do que o tratamento com IFN apenas(58,59) (NE 2). Recomendação do CoBEU Nenhum tratamento sistêmico é satisfatório para o carcinoma renal avançado (metastático ou irressecável). O IFN é a droga com melhores evidências de efetividade, mas o ganho real de sobrevida do paciente é pequeno. O uso de IL em doses altas ou em combinação com o IFN não demonstra ganhos clínicos consistentes e ainda deve ser considerado experimental. Também deve ser considerado experimental o uso de quimioterapia e hormonioterapia isoladas ou em combinação com a imunoterapia. Para pacientes selecionados, com boa performance clínica, pode ser oferecido o tratamento com IFN em doses baixas (entre 3 MU e 6 MU três vezes por semana), tendo-se em mente que o ganho médio de sobrevida é de apenas 2,6 meses (GR A; NE 1). Destaque-se que nesses casos a associação do IFN com a nefrectomia tem melhores perspectivas terapêuticas. 5. Quimio-hormonioterapia para tumor avançado Setenta pacientes foram randomizados para receber quimioterapia com ou sem MPA. Os resultados foram idênticos, demonstrando ausência de benefício clínico no uso de MPA(60) (NE 2). 13 4. Há indicação de uso de bisfosfonatos? Se sim, quais esquemas e doses? Qual benefício deve-se esperar? A. Qual o papel dos bisfosfonatos de primeira geração no câncer renal avançado? O papel do clodronato oral foi avaliado em pacientes com metástases ósseas de tumores pouco responsivos à quimioterapia(75). O estudo incluiu 66 pacientes com tumores pouco responsivos, como carcinoma de pequenas células do pulmão, câncer da bexiga, cânceres gastrointestinais, câncer renal, melanoma e carcinoma metastático de origem indeterminada. Os pacientes foram randomizados para receber clodronato 1.600 mg/ dia por um ano ou placebo. Houve diminuição da dor em pacientes recebendo clodronato (sem diferença significativa) e aumento da necessidade de analgésicos no grupo placebo. O principal problema no estudo foi a dificuldade em recrutar um número adequado de pacientes e segui-los por um período suficiente de tempo, pois as condições gerais deterioraram rapidamente na maioria dos pacientes e poucos sobreviveram durante toda a extensão do estudo (um ano). Com essas limitações, o clodronato oral mostrou alguma eficácia no controle sintomático e na redução da necessidade de analgésicos(75) (NE 2). B. Qual o papel dos bisfosfonatos de segunda geração no câncer renal avançado? A avaliação do pamidronato em estudos clínicos em pacientes com CCR é bastante limitada(76,77). Dezenove pacientes com CCR metastático tratados com interleucina-2 foram avaliados quanto às características de suas metástases ósseas(76). Os autores discutem que a terapia com bisfosfonatos é uma possibilidade de tratamento atrativa. Nessa série, cinco pacientes utilizaram pamidronato e um paciente se beneficiou em termos da diminuição da quantidade de medicação analgésica exigida(76) (NE 5). O pamidronato também foi avaliado retrospectivamente 14 em 36 pacientes com metástases ósseas cujos tumores primários eram câncer da mama (30 pacientes), próstata (3), mieloma múltiplo (2) e carcinoma renal (apenas um paciente). Controle completo da dor foi observado em 19% dos pacientes e controle parcial em 58%. Novas lesões ósseas apareceram em 44% dos pacientes após 12 meses de seguimento. Outras complicações esqueléticas incluíram fratura patológica em 25% e hipercalcemia em 5,6%. Os autores concluíram que o tratamento foi bem tolerado e efetivo em diminuir a dor óssea(77). C. Qual o papel dos bisfosfonatos de terceira geração no câncer renal avançado? A eficácia e a segurança do ácido zoledrônico foram avaliadas em pacientes com metástases ósseas secundárias a tumores sólidos que não mama e próstata(78). O estudo incluiu 773 pacientes com metástases ósseas, dos quais aproximadamente 58% tinham câncer primário no pulmão e 10% no rim (74 pacientes)(78). A análise retrospectiva dos 74 pacientes com CCR mencionados no estudo anterior(78) foi realizada(79). Os pacientes foram randomizados para receber ácido zoledrônico (4 ou 8 mg) ou placebo a cada três semanas durante 9 meses, com terapia antineoplásica concomitante. A dose de 8 mg foi reduzida para 4 mg posteriormente, devido à toxicidade renal. Todos os pacientes receberam suplementos diários de cálcio (500 mg) e vitamina D (400-500 mg IU). Os benefícios nos grupos que receberam ácido zoledrônico foram significativos. O ácido zoledrônico: • Reduziu significativamente a proporção de pacientes com um ERE (Elemento Relacionado ao Esqueleto)(37% vs 74% para placebo, p = 0,015); • Reduziu significativamente a taxa de morbidade esquelética média (2,68 vs 3,38 para placebo, p = 0,014); • Aumentou o tempo para a ocorrência do primeiro ERE (média não atingida vs 72 dias para placebo, p = 0,006); • Reduziu em 61% o risco de desenvolvimento de um ERE comparado com placebo; • Aumentou o tempo médio para progressão das lesões ósseas (p = 0,014); • Diminuiu a taxa de progressão das lesões ósseas (22% vs 53% com placebo)(79). O ácido zoledrônico foi bem tolerado; os eventos adversos mais comuns incluíram dor óssea, náusea, anemia e vômitos. A sobrevida geral média tendeu a favorecer o ácido zoledrônico (295 dias vs 216 dias com placebo, p = 0,179)(79). Conclui-se que o ácido zoledrônico demonstrou benefício clínico significativo em pacientes com metástases ósseas de CCR. A investigação posterior nessa população é necessária para determinar se os efeitos do ácido zoledrônico na progressão da doença óssea poderão se traduzir num benefício na sobrevida geral(79) (NE 2). D. Recomendações do FDA para o uso do ácido zoledrônico O ácido zoledrônico foi aprovado em fevereiro de 2002 pela FDA (United States Food and Drug Administration) para “o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo e metástases ósseas documentadas a partir de tumores sólidos, em conjunto com terapia antineoplásica padrão. O câncer de próstata deve ter progredido após tratamento com pelo menos uma terapia hormonal”. A dose e o esquema recomendados consistem de 4 mg de ácido zoledrônico, infundidos em 15 minutos, a cada três/quatro semanas. Doses maiores e infusões em menor tempo não são recomendadas devido à toxicidade renal potencial(80). Recomendação do CoBEU Os pacientes com câncer renal que apresentam metástases ósseas devem receber bisfosfonatos (NE 1; GR A). O esquema preferencial é o ácido zoledrônico administrado na dose de 4 mg a cada três semanas. O benefício esperado é redução significativa na morbidade esquelética (NE 1; GR A). O ácido zoledrônico reduziu significativamente a proporção de pacientes com evento relacionado ao esqueleto, a taxa de morbidade esquelética média e o risco de desenvolvimento de um ERE; também aumentou o tempo para a ocorrência do primeiro ERE e o tempo médio para progressão das lesões ósseas. 15 5. Há indicação de ressecção de metástases? Se sim, qual benefício deve-se esperar? Pulmões, fígado, cérebro e ossos são os locais mais comuns de metástases a distância no CCR(61,62). A sobrevida mediana para pacientes tratados com imunoterapia e com lesões metastáticas exclusivas nos pulmões ou ossos é similar entre si e está ao redor de 27 meses, comparada com 11 meses quando existem múltiplos sistemas envolvidos pela neoplasia. Isto demonstra que doença metastática para múltiplos órgãos tem prognóstico ruim (Pacientes com estas características têm risco duas vezes maior de morte - P < 0,001)(63). A ressecção de lesões metastáticas pode ser uma opção atraente para casos selecionados, por promover aumento real de sobrevida(9). Nestes casos, diversas variáveis clínicas são associadas a um melhor prognóstico e incluem: pacientes jovens, ausência de co-morbidade significativa, nefrectomia radical pregressa, lesões metastáticas únicas, de localização pulmonar e de aparecimento tardio (assíncronas com a cirurgia radical)(9) (NE 5). Para este pequeno grupo de pacientes, que, em geral, representa 2% a 4% do total daqueles com doença metastática, a sobrevida de cinco anos após a ressecção das metástases pode atingir de 35% a 60% dos casos(9,14,62,64,65) (NE 4). Entretanto, inexistem quaisquer estudos controlados sobre este tema. Para pacientes com boas condições clínicas, a ressecção de metástases pulmonares é um procedimento adequado, com sobrevida de cinco anos variando entre 24% a 60%(65,66). Piltz et al.(67) analisaram 105 pacientes com metástases pulmonares exclusivas. A ressecção completa das lesões (solitárias ou múltiplas) promoveu uma sobrevida mediana de 43 meses, sendo que 33% dos pacientes sobreviveram dez anos. Ressecção completa, lesões únicas e menores do que 4 cm, ausência de acometimento de outros órgãos e linfonodos negativos foram os fatores prognósticos favoráveis(67). O tratamento das lesões metastáticas nos ossos é paliativo e geralmente indicado para diminuir dores, prevenir fraturas patológicas e melhorar a qualidade de vida(66). Radioterapia mais procedimentos ortopédicos são a terapêutica de escolha nesses casos. Raros são os casos de CCR com lesões exclusivas para os ossos. Baloch et al.(68) 16 ressecaram lesões ósseas isoladas em 25 pacientes. Cinco tiveram membros amputados e 18 foram submetidos à ressecção das lesões e substituição endoprostéticas. A sobrevida cumulativa foi de 88% com um ano, 54% com três anos e 13% em cinco anos (NE 4). Em casos de metástases hepáticas, Kozlowski (69) encontrou somente três de 11 pacientes vivos cinco anos após a ressecção destas metástases. Fujisaki et al.(70) relataram três pacientes, com um, dois e seis nódulos hepáticos metastáticos, submetidos à ressecção destas lesões concomitantemente com a nefrectomia radical. A sobrevida global foi de 12, 21 e 10 meses, respectivamente. O acometimento exclusivo do sistema nervoso central no CCR metastático é raro. Radioterapia e corticóides são comumente utilizados e promovem sobrevida mediana de oito meses(71,72). A ressecção esterotáxica de lesão cerebral, quando isolada e que surge meses após a nefrectomia radical, pode promover aumento da sobrevida mediana para aproximadamente 12 meses(73,74) (NE 4). Recomendação do CoBEU A ressecção de metástases hematogênicas no CCR deve ser considerada para casos selecionados. Pacientes com bom estado geral, portadores de metástases únicas, que surgem após a realização da nefrectomia e de localização pulmonar são aqueles que apresentam o melhor prognóstico (NE 5; GR C). 6. Há diferenças de prognóstico de acordo com a histologia do tumor primário? O estudo de fatores prognósticos de tumores renais envolve a avaliação histológica, grau nuclear de Fuhrman, estágio TNM e a presença de invasão vascular e necrose. Com relação à histologia, são os seguintes os subtipos histológicos de tumores malignos renais: carcinoma de células renais claras (CCRC); carcinoma papilar (CP); carcinoma cromófobo (CC); carcinoma de ductos coletores (CDC) e carcinoma de células renais indeterminado (CCRI). Cerca de 6% dos tumores malignos mostram degeneração sarcomatóide(81), o que representa indiferenciação nuclear (tumores de alto grau) dos vários subtipos de tumores renais(82). O tipo histológico mais comum é o carcinoma de células renais claras, convencional, que representa cerca de 2/3 dos casos. Em um estudo retrospectivo com 1.057 pacientes com tumores renais não-metastáticos, submetidos a nefrectomia parcial ou radical, foi comparada a sobrevida livre de doença (SLD) de 794 pacientes portadores de CCRC com 157 pacientes com histologia de CP e 106 com CC. Metástases ocorreram, respectivamente, em 12%, 5,7% e 5,6% dos casos (seguimento médio entre 33 e 43 meses), e houve diferença estatisticamente significativa favorável de SLD para os casos de CC (p = 0,009) e CP (p = 0,015), comparando-se com o CCRC(83) (NE 2). Outro estudo avaliou retrospectivamente 368 casos de carcinoma renal consecutivos, tratados em uma única instituição, e a SLD em cinco anos para os casos de CC, CP, CCRC e CCRI foi de 100%, 86%, 76% e 24%, respectivamente. O padrão histológico foi considerado estatisticamente significativo (p = 0,002) em relação tanto a SLD como para a sobrevida livre de progressão (SLP) em cinco anos(81) (NE 2). Tumores com degeneração sarcomatóide apresentaram SLD de 35% e SLP de 27%, em cinco anos, o que difere pouco de outro estudo com 101 casos de degeneração sarcomatóide de tumores renais, em que a SLD foi de 22% em cinco anos e 13% em dez anos, comparados com 79% e 76%, respectivamente, para o CCRC(82) (NE 4). O prognóstico de tumores papilares é controverso, e como citado acima, é melhor que o do CCRC(84), embora outros julguem o prognóstico de ambos igual (85,86) . Em análise retrospectiva de 759 pacientes com tumores renais, dos quais 88 casos de carcinoma papilar, com seguimento médio de 71 meses, encontrou-se SLP de 64,6%, com tamanho tumoral médio de 6 cm e 41% das lesões de caráter multifocal. O CP pode ser subdividido em tipos 1 e 2 segundo características histológicas, mas análise multivariada de fatores prognósticos no CP não indicou ser a histologia fator prognóstico independente(87) (NE 4). O carcinoma cromófobo apresenta em todos os estudos melhor prognóstico que os demais subtipos(81,83,88), porém deve ser ressaltado que em geral são séries com pequeno número de pacientes. Quando o CCRC é diagnosticado em estágio inicial e de baixo grau, apresenta o mesmo prognóstico que o CC(81,83,88) (NE 4). O carcinoma de células renais indeterminado e o raro carcinoma de ductos coletores apresentam pior prognóstico que os demais e metastatizam precocemente(89), bem como o carcinoma de células renais indeterminado(90) (NE 4). Recomendação do CoBEU O prognóstico do câncer renal varia com o subtipo histológico do tumor primário de acordo com a tabela abaixo: 17 REFERÊNCIAS 1. Campbell MF, Walsh PC, Retik AB. Campbell’s Urology. 8 ed. New York: Elsevier; 2002. 2. Flanigan RC, Salmon SE, Blumenstein BA, Bearman SI, Roy V, McGrath PC et al. Nephrectomy followed by interferon alfa-2b compared with interferon alfa-2b alone for metastatic renal-cell cancer. N Engl J Med 2001;345(23):1655-9. 3. Mickisch GH, Garin A, van Poppel H, de Prijck L, Sylvester R. Radical nephrectomy plus interferon-alfabased immunotherapy compared with interferon alfa alone in metastatic renal-cell carcinoma: a randomised trial. Lancet 2001;358(9286):966-70. 4. Clark JI, Gaynor ER, Martone B, Budds SC, Manjunath R, Flanigan RC et al. Daily subcutaneous ultra-low-dose interleukin 2 with daily low-dose interferon-alpha in patients with advanced renal cell carcinoma. Clin Cancer Res 1999;5(9):2374-80. 5. Lipton A, Zheng M, Seaman J. 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Prof. Dr. Ubirajara Ferreira, Urologista, PhD [TiSBU] Professor Associado da Disciplina de Urologia da Unicamp. Responsável pelo Setor de Uro-Oncologia do HC/ Unicamp. Responsável pelo Departamento de Oncologia da SBU, biênio 2000/2001 Prof. Dr. Antônio Carlos Lima Pompeo, Urologista, PhD [TiSBU] Professor Livre-Docente da Clínica Urológica do HC/FMUSP. Responsável pelo Setor de Oncologia da Clínica Urológica. Diretor do Departamento de Uro-Oncologia da SBU, biênio de 2004/2005. Prof. Dr. Walter Koff, Urologista, PhD [TiSBU] Professor Titular da Disciplina de Urologia da UFRGS. Presidente da SBU, biênio de 2004/2005. Prof. Dr. Marcus Sadi, Urologista, PhD [TiSBU] Professor Titular de Urologia da Unisa/SP. Professor Adjunto e Livre-Docente de Urologia da Unifesp. Responsável pelo Departamento de Oncologia da SBU, biênio de 2002/2003. Francisco Flávio Horta Bretas, Urologista [TiSBU] Coordenador do Departamento de Urologia do Hospital Mater Dei - Belo Horizonte/MG. Presidente da SBU Seção MG, biênio de 2002/2003. Prof. Dr. Otávio Clark, Oncologista Clínico, PhD Professor de Oncologia da PUC/Campinas. Especialista em Medicina Baseada em Evidências. Diretor do Núcleo Brasileiro de Oncologia Baseada em Evidências. 22 USO ADULTO. Forma farmacêutica e apresentações: Solução concentrada para infusão acondicionada em frasco-ampola de plástico incolor. Embalagem contendo 1 frasco-ampola de 5 ml. Indicações: · Prevenção de eventos relacionados ao esqueleto (fraturas patológicas, compressão espinhal, radioterapia/cirurgia nos ossos ou hipercalcemia induzida por tumor) em pacientes com tumor maligno avançado com comprometimento ósseo. · Tratamento da hipercalcemia induzida por tumor. Posologia: Para tratamento de metástases ósseas e de lesões osteolíticas em associação com terapêutica antineoplásica padrão, a dose recomendada é 4 mg administrada por infusão intravenosa durante 15 minutos, cada 3 ou 4 semanas. Para o tratamento da HIT – Hipercalcemia induzida por tumor, a dose recomendada é de 4 mg administrada em infusão intravenosa única, durante 15 minutos. Pacientes que mostrarem resposta completa e recaída ou que são refratários ao tratamento inicial, devem ser retratados com Zometa 8 mg administrado em infusão intravenosa única, durante 15 minutos. No entanto, deve haver espera de pelo menos uma semana antes do retratamento de forma a permitir uma resposta completa da dose inicial. Não deve haver ajuste de dose em pacientes com problemas renais leves a moderados. Contra-indicações: pacientes grávidas, lactantes, pacientes com hipersensibilidade clinicamente significativa ao ácido zoledrônico ou, outros bisfosfonatos ou a qualquer um dos componentes da formulação. Precauções e advertências: Monitorar os parâmetros metabólicos padrões relacionados com a hipercalcemia como, níveis séricos de cálcio, fosfato e magnésio, assim como de creatinina sérica. Em vista do impacto potencial dos bisfosfonatos na função renal, e a falta de amplos dados de segurança clínica em pacientes com insuficiência renal grave com Zometa; o seu uso nesta população não é recomendado. Em pacientes que necessitem de repetidas doses de Zometa, a creatinina sérica deve ser determinada antes da administração de cada dose. Se a função renal estiver deteriorada, o tratamento deve ser interrompido. Em função dos dados clínicos limitados para pacientes com insuficiência hepática severa, não há recomendações específicas para esta população de pacientes. Em pacientes com risco de insuficiência cardíaca, deve ser evitada a hidratação excessiva. Não há experiência em crianças. Interações medicamentosas: O ácido zoledrônico não apresenta ligação importante às proteínas plasmáticas e às enzimas do P450 humano, in vitro, mas não foram realizados estudos formais de interação clínica. Recomenda-se precaução quando os bisfosfonatos são administrados com aminoglicosídeos, uma vez que estes agentes podem ter um efeito aditivo, resultando num nível sérico de cálcio mais baixo durante períodos mais prolongados do que o requerido. Deve-se ter cautela quando usado com outras drogas potencialmente nefrotóxicas. Também deve-se ter atenção à possibilidade de desenvolvimento de hipomagnesemia durante o tratamento. Em pacientes com mieloma múltiplo, o risco de disfunção renal pode ser aumentado quando bisfosfonatos intravenosos são utilizados em combinação com talidomida. Reações adversas: As reações adversas ao ZOMETA são geralmente leves e transitórias, e semelhantes às relatadas para outros bisfosfonatos. Aumento da temperatura corporal; comumente, síndrome tipo gripe consistindo de febre, fadiga, arrepios, e dores nos ossos, juntas e/ ou músculos; anemia, dor de cabeça; freqüentemente, a redução da excreção de cálcio renal é acompanhada pela queda dos níveis séricos de fosfato; o cálcio sérico deve cair à níveis assintomáticos de hipocalcemia; ocasionalmente: reações gastrointestinais como, náuseas e vômitos; perda de apetite; reações no local da infusão como, vermelhidão ou inchaço; elevação da creatinina sérica, alguns casos de rash (erupção) e prurido; casos isolados de conjuntivite; alguns relatos de comprometimento da função renal, mas sem o estabelecimento da relação causal. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. USO RESTRITO À HOSPITAIS. Reg. MS n° 1.0068.0154 Informações completas para prescrição disponíveis mediante solicitação. 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