OTC 2013: Brasil é destaque na maior feira mundial do setor
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OTC 2013: Brasil é destaque na maior feira mundial do setor
Abril/Maio/Junho 2013 Ano 19 . Número 2 SmartPublishing Mídias em Rede PennWell Licensed by OTC 2013: Brasil é destaque na maior feira mundial do setor Biogás: Energia que vem do lixo 11ª rodada de licitações: Valorização de novas regiões Campos marginais: Tecnologia e desenvolvimento Subsea: Tecnologia de controle remoto Intermoor | Venezuela | México | Bolívia | Colômbia | Peru Por siete decadas hemos ayudado a los procesadores de materias primas a mejorar susdecades utilidades conhelped respuestas – y responsabilidad – refinando For seven we've feedstock processors enhance profitsy recuperando PGM´s de catalizadores de proceso gastados. 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Brasil é destaque na maior feira mundial do setor AMBIENTE 10 Refinaria brasileira usa biogás de aterro sanitário MONITOR REGIONAL 11ª rodada de licitações no Brasil fecha com recorde de negócios e valorização de novas regiões 13 SUCESSO Intermoor - Brasil: método de direcionamento do condutor em águas profundas aumenta a integridade dos poços TECNOLOGIA 15 17 20 Tecnologia submarina de controle remoto Desenvolvimento de campos marginais GIRO 23 Notas por país (petróleo, gás e energia) AGENDA 25 Os principais eventos do setor em toda América Latina Parceiros Editoriais Germany/Switzerland (N)/Eastern Europe/Austrian/ Russia/Baltic & Eurasia Andreas Sicking | [email protected] | +49 (0) 290 333 8570 O aplicativo da OGJLA está disponível. Para baixar o seu, busque por “Oil & Gas Latinoamericana” e boa leitura Itália Ferruccio Silvera | [email protected] | +39 02 28 46716 Japão Masaki Mori | [email protected] | +81 3 3556 1575 Singapore/Australasia/Asia-Pacífico/China Michael Yee | [email protected] | +65 9616 8080 Nigeria/Angola/West Africa Dele Olaoye | [email protected] | +234 805 687 2630 Webcasts & Serviços de Mídia Digital Mike Moss | [email protected] |+1 713 963 6221 Marlene Breedlove | [email protected] |+ 1 713 963 6293 Stan Terry | [email protected] |+ 1 713 963 6208 Danth Silveira | [email protected] | +55 84 2010 0340 Pequenos anúncios classificados (solicitar padrões) - Seção Mercado Conectado Danth Silveira | [email protected] | +55 84 2010 0340 www.ogjla.com.br Produção SmartPublishing Mídias em Rede Available on the Rua Raimundo Chaves, 2182 - Natal - RN - Brasil CEP: 59064-390 | 55 84 2010 0340 Av. 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Desafiando temperaturas extremas y condiciones meteorológicas adversas para llegar hasta las plataformas y pozos petrolíferos más remotos. Escoja un EC225 Thinking without limits Destaque OTC 2013: Maior feira offshore do mundo comemora público recorde Realizada anualmente no Reliant Center, em Houston, o evento está entre as 200 maiores feiras anuais dos Estados Unidos, com mais de 2.500 empresas e 110 países representados. Neli Terra – houston, eua O maior evento de tecnologia offshore do mundo, a Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, no Texas (EUA), encerrou a edição de 2013 com o segundo maior público já visto na feira, que conta 44 anos de história: 105 mil pessoas visitaram o local, segundo os organizadores. Um salto de 17% em relação a 2012 - alta que não se via há três décadas. Os números foram exaltados pela organização do evento como uma prévia da OTC Brasil, prevista para acontecer no final de Outubro, no Rio de Janeiro. A área de estandes também foi recorde: 652.185 pés quadrados (algo como 60.590m2). 2.728 empresas, representando 40 países participaram. 244 dessas empresas estrearam na OTC em 2013. As empresas de fora dos Estados Unidos representaram 39% do total de exibidores. “Tivemos um evento maravilhoso com cobertura técnica ampla e profunda, apoiada por excelentes painéis e apresentações de executivos, disse Steve Balint presidente da OTC. “Tecnologia é o coração da indústria offshore e esteve toda aqui, em exibição, na OTC 2013”. (Steve Balint) O vice-presidente do conselho de administração da OTC, Edward Stokes, ressaltou que o objetivo principal do evento é reunir, em um mesmo lugar, empresas e pessoas de todo o mundo. “A visão da OTC é ser uma conferência global. Todos os países precisam de energia, de desenvolvimento seguro e de petróleo e gás”, reforçou. Durante os quatro dias da feira, os participantes puderam observar os mais modernos equipamentos desenvolvidos para o mercado offshore. E o auto grau de desenvolvimento tecnológico mostrado impressionou até mesmo os profissionais mais gabaritados e garantiu corredores sempre cheios no pavilhão de exposições. Nos estandes o burburinho era sempre intenso. Empresas e profissionais negociavam vagas de emprego e trocavam informações e executivos buscavam possíveis clientes. O evento deste ano apresentou nove painéis, 29 apresentações de executivos durante almoços e cafés da manhã, além de 298 trabalhos técnicos. Palestrantes das principais companhias do setor e operadores independentes apresentaram suas opiniões sobre os desafios atuais e os caminhos futuros da indústria. As palestras elevaram o nível e ampliaram a abrangência dos debates, incluindo outros tipos de geração de energia. Morten Saue, do Instituto Técnico norueguês, palestrou sobre padrões de engenharia para turbinas eólicas offshore. Para ele, a indústria eólica tem muito a aprender com a de petróleo e gás offshore. Além disso, muitas empresas e organizações aproveitaram o momento para promover eventos paralelos à feira. A Câmara de Comércio Brasil-Texas, em Houston, por exemplo, levou centenas de participantes para debates exclusivos com executivos do primeiro escalão petrolífero brasileiro. Zhang Mi, presidente da fabricante chinesa de equipamentos Honghua Group, estava lá pelo oitavo ano consecutivo, com a esperança de se conectar com seus clientes globais. > 5 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 Destaque Segundo Zhang, a empresa vai lançar ainda este ano uma sonda de perfuração projetada especificamente para o mercado dos EUA, que será fabricada em Houston. A premiação da OTC para os destaques do ano agraciou 15 tecnologias como inovadoras, por facilitar a produção de recursos offshore pela indústria. E o jantar anual, prestigiado por mais de mil líderes da indústria e palestrantes convidados, arrecadou US$250 mil para o Centro de Energia Offshore. A OTC também concedeu prêmios pelo destaque na atuação, para Ken Arnold; James Brill e Dendy Sloan; A empresa do ano foi a Total’s Pazflor, especializada em desenvolvimento offshore em águas profundas. A OTC 2014 será realizada de 5 a 8 de Maio do próximo ano, no mesmo local desta edição. E em 2014 também, haverá também uma nova edição da conferência, na Ásia. O BRASIL MOSTRA SUA CARA Delegação brasileira também foi recorde: 70% a mais de participantes Foram 323 integrantes em 2013, contra os 230 do ano anterior. 46 expositores instalados em uma área de aproximadamente 800m2. Na opinião dos especialistas, os leilões de áreas exploratórias de petróleo e gás ocorridos este ano – 11ª e 12ª rodadas de licitações e a primeira rodada do pré-sal – ajudaram a promover o Brasil na conferência. A coordenação e promoção do Pavilhão Brasil ficou a cargo do IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, junto com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP). PETROBRAS A estatal do petróleo no Brasil este ano não fez parte do pavilhão verde-amarelo. Mas garantiu a presença de um contingente de experts no evento. Além da presidente, Graça Foster, vários executivos ministraram palestras e participaram de debates sobre o papel da estatal dentro da indústria local, destacando os projetos desenvolvidos no pré-sal, que têm despertado a atenção em todo o mundo. A presidente Foster, teve participação múltipla na feira: uma apresentação durante o painel “Global Energy Outlook - Shaping the Future!” e, mais tarde, a participação no evento “Wise Networking Event - Women in the Industry Sharing Experiences”, onde compartilhou com os presentes, alguns episódios de sua trajetória na Petrobras. Durante o primeiro painel, Foster abordou a previsão de crescimento da demanda por energia no mundo até 2030 e o papel da Petrobras no atendimento desse mercado. GOLFO DO MÉXICO É DESTAQUE Os recordes, o pioneirismo e os sistemas de segurança na exploração e produção de petróleo nos campos de Cascade e Chinook, na porção americana do Golfo do México, foram destaque durante a OTC 2013. Com reservatórios de idades geológicas entre 23 a 65 milhões de anos, Cascade e Chinook estão localizados na fronteira exploratória marítima do Golfo do México, a uma profundidade de cerca de 8 mil metros. A Petrobras detém 100% do campo de Cascade - cuja produção foi iniciada em fevereiro de 2012 -, e 66.67% do campo de Chinook – que teve produção iniciada em setembro de 2012 -, em parceria com a empresa Total, que detém os demais 33.33%. Na apresentação feita por Cesar Palagi, gerente do projeto de Cascade e Chinook da Petrobras America, foram mostrados os recordes do projeto, que instalou o primeiro FPSO (navio-plataforma flutuante de produção, com capacidade de estocagem e escoamento) na porção norte-americana do Golfo do México. O FPSO BW Pioneer é a unidade de produção em maior profundidade de água do mundo (2.500 metros) e está interligada ao gasoduto mais profundo do mundo. Palagi destacou também o pioneirismo da utilização de navios aliviadores para transporte de petróleo nos EUA. A segurança possibilitada pelo sistema de ancoragem do FPSO foi ressaltada na sessão: “No caso de um furacão, por exemplo, o navio-plataforma pode ser desconectado”, disse Palagi. O sistema de ancoragem desconectável permite o deslocamento da embarcação para áreas abrigadas durante a ocorrência de furacões e tempestades, trazendo segurança para a tripulação e o meio ambiente e preservando os equipamentos. As outras apresentações, realizadas na sequência, trataram do histórico, dos sistemas e embarcações utilizados e da visão integrada dos reservatórios em Cascade e Chinook. As palestras foram realizadas por Sergio Porciúncula, Flávio de Moraes, Jeremiah Daniel, Dalmo Barros e Mauro Becker. 6 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 Destaque EMPRESAS BRASILEIRAS MOSTRAM SUA TECNOLOGIA A tecnologia foi o grande aliado das empresas no pavilhão brasileiro. A LLX, empresa de logística do Grupo EBX que está desenvolvendo o Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro, participou pela primeira vez da conferência, com uma ferramenta multi-touch: uma tela interativa de 65 polegadas na qual os visitantes puderam navegar por todas as áreas do empreendimento. Com construção iniciada em outubro de 2007 e área total de 90 km², o Porto do Açu terá profundidade inicial de 21 metros (com expansão para 26 metros) e capacidade para receber até 47 embarcações. Segundo a LLX, ele poderá movimentar até 350 milhões de toneladas por ano entre exportações e importações e estará entre os maiores portos do mundo. Consultores do SEBRAE estiveram disponíveis durante todo o evento, apoiando diretamente as empresas que formaram a delegação brasileira. O suporte incluiu reuniões prévias com foco na elaboração de estratégias, para garantir contatos e negócios de acordo com o perfil de cada empresa. A Chemtech, empresa de engenharia e tecnologia que mais conquistou projetos de detalhamento envolvendo as plataformas FPSOs replicantes contratadas pela Petrobras e seus parceiros, também levou seus projetos para Houston. “A Chemtech está desenvolvendo os projetos de engenharia de detalhamento de quatro dos oito replicantes do pré-sal. É um orgulho para nós e queremos compartilhar essa experiência durante a feira internacional”, explicou o diretor comercial da empresa, Alex Freitas. A Chemtech participa dos projetos contratados pela Integra Offshore (consórcio formado por Mendes Júnior e OSX), envolvendo as plataformas P-67 e P-70, e pela Jurong, responsável pelas plataformas da (P-68 e P-71). É da Chemtech também o contrato recém-firmado para realizar o projeto de detalhamento de três módulos para cada uma dos seis FPSOs replicantes do pré-sal, de conclusão prevista para 2016 e 2017. Depois de construídas, cada unidade terá a capacidade de processar 150 mil barris de petróleo por dia e comprimir seis milhões de metros cúbicos de gás. Já o Sistema FIRJAN, representante das indústrias do Estado do Rio de Janeiro, apresentou ao público da feira soluções integradas nas áreas de Solda, Ambiental, Automação e Simulação. Os sistemas permitem a integração das expertises dessas áreas, acumuladas em mais de sete décadas de desenvolvimento tecnológico. Alexandre dos Reis, diretor de Relações com o Mercado da FIRJAN, ressaltou a boa impressão que os visitantes tiveram com o exemplo trazido pela Federação e a preocupação das empresas com as questões ambientais. Muitos executivos que passaram pelo pavilhão brasileiro mostraramse interessados nos aspectos de redução de riscos ambientais e em projetos voltados para a segurança e a sustentabilidade. feitos aos milhares de participantes presentes, pelos mais de 2.700 expositores de 2013. O aplicativo disponibilizado para smartphones e tablets manteve todos a par dos eventos e das novidades, por meio de mensagens e de apontamentos personalizados no calendário da feira. Cada detalhe de palestras e debates esteve disponível para ser verificado pelos participantes, ao alcance de um dedo. E as mídias sociais, fenômeno irreversível e que cada vez abarca maior número de integrantes no mundo moderno, estiveram mais presentes do que nunca, cada uma com o seu perfil próprio de utilização. No Twitter, a hashtag # OTCHOUSTON chegou a constar entre as “tendências” da rede - o que significa que foi um dos termos mais mencionados no site. No Facebook o destaque foram as fotografias. Entre as imagens mais acessadas, as fotos do jantar anual, mostrando detalhes dos participantes. No LinkedIn, redes de debates e de negócios foram formadas e estiveram ativas durante e depois do encerramento do evento. E no Youtube, os organizadores ofereceram uma cobertura diária, em vídeos, gravados durante as palestras e conferências e também nos corredores da feira. quadro com exemplos e videos OTC DIGITAL O uso da internet e principalmente das redes sociais fizeram a diferença e contribuíram para aumentar a divulgação dessa edição da feira. As ferramentas digitais permitiram a ampliação da abrangência das discussões e dos anúncios, 7 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 Destaque DEEPSTAR - UNIR FORÇAS PARA GANHAR MAIS Colaboração é a chave para os avanços em águas profundas A iniciativa de tecnologia global financiada pelos operadores DeepStar tem sido um dos maiores cases colaborativos de sucesso jamais vistos, na superação dos desafios das águas profundas. Mas de acordo com um painel de especialistas líderes de empresas de petróleo e prestadores de serviços, a necessidade de colaboração e padronização aumenta à medida que a indústria offshore é empurrada para águas ultra-profundas, em busca dos objetivos de acessar novas reservas e maximizar a produção dos ativos existentes. A DeepStar é uma organização com foco em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para exploração e produção de petróleo em águas profundas. Resultado da união entre as principais empresas de energia do mundo. Durante a palestra que ministrou na OTC 2013, Occo Roelofsen, Diretor Mundial de Petróleo e Gás na McKinsey & Co., destacou o sucesso da indústria offshore em aumentar a sua profundidade marítima média em 100 m (328 ) a cada ano durante os últimos 10 anos. “Prevemos que nos próximos 10 anos, a indústria também vai ver a sua produção de líquidos em águas profundas crescer 7% ao longo desse período.” Outro palestrante, Steve Thurston, vice-presidente de exploração e projetos em águas profundas da Chevron, disse: “O fato é que o que é normal hoje em dia foi considerado ‘impossível’ há 10 anos atrás. E o que é hoje ‘impossível’ será normal daqui a 10 anos. Assim, em termos de tecnologia, precisamos de tudo, de cima para baixo “. Ele destacou a tecnologia de perfuração dual-gradiente como sendo um exemplo claro de uma tecnologia DeepStar que passou de um projeto de pesquisa inicial em 1996, para a implantação completa em 2013. A técnica, basicamente, elimina restrições de profundidade de água para os poços em águas profundas, substituindo a lama dos tubos de subida por água do mar de densidade fluida. De acordo com Greg Kusinki, diretor DeepStar da Chevron, o projeto conjunto da indústria já está em andamento, juntamente com o processo de decisão que vai ser abordado na Fase 12. Os operadores das empresas associadas devem começar as discussões sobre os projetos potenciais em junho, e a votação para escolher um deles será em setembro ou outubro. A fase 12 vai começar oficialmente em Janeiro de 2014. Atualmente, os operadores membros da DeepStar são Anadarko Petroleum, BP, Chevron, ConocoPhillips, Maersk Oil, Marathon Oil, Nexen Petroleum, Petrobras, Statoil, Total, e Woodside Energy, mas existem também mais de 60 empresas associadas contribuindo para a Fase 11. “De modo geral, a DeepStar vai continuar com esse processo bem sucedido e orientado de abrangência estratégica e direcionamento de cima para baixo”, disse Kusinki. “As necessidades serão tanto de curto prazo a cinco anos, como de longo prazo a 10 anos.” Ele afirma que a comissão de gestão irá incentivar projetos de grande impacto que são realizados de forma mais colaborativa, particularmente com os contribuintes de maior porte e assegura: “A DeepStar espera continuar a interação que vem mantendo com os reguladores, para garantir que as tecnologias desenvolvidas possam ser prontamente aceitas para a implantação e uso.” A tecnologia em águas profundas também foi assunto de destaque na OTC 2013 para a Petrobras. A gerente executiva de engenharia de produção da área de exploração e produção da Petrobras, Solange da Silva Guedes, destacou a importância da interação entre empresas operadoras de campos de petróleo e gás em águas profundas, universidades e fornecedores para o desenvolvimento de tecnologia para produção no mar. “A colaboração com universidades de todo o mundo, empresas e fornecedores tem sido uma prática da Petrobras e tem gerado muitos frutos”, avaliou a executiva, que destacou as oportunidades de desenvolvimento tecnológico geradas com a descoberta do présal. “Com tecnologia, conseguimos, apenas sete anos depois da descoberta, produzir 300 mil barris por dia na região”, dimensionou. Entre os destaques tecnológicos no pré-sal, a gerente pontuou os avanços nas áreas de desenvolvimento de soluções avançadas de caracterização de reservatórios, tecnologias de perfuração e completação de poços, sistemas de equipamentos submarinos, integridade de instalações e processamento e tratamento de CO2. Projetos conjuntos, como é o caso do DeepStar, são de grande importância na estratégia de desenvolvimento tecnológico da companhia, pois contribuem para acelerar a descoberta de soluções com redução de custos de Pesquisa e Desenvolvimento. Alinhada ao Plano de Negócios e Gestão, a estratégia tecnológica de longo prazo da companhia, segundo ela, prevê uma intensa cooperação entre a Petrobras e seus principais parceiros, contribuindo para que as tecnologias sejam ferramentas poderosas para a garantia de operações eficientes e seguras. EM EVENTO PARALELO, SURGE ANÚNCIO DE AUMENTO NA PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL NO BRASIL Além da feira, com seus estandes e palestras, vários outros eventos paralelos acontecem durante o período de realização da Offshore Technology Conference todos os anos. Instituições e governos aproveitam a presença de tão seleto público para expor ideias, projetos e propostas. Um dos eventos paralelos à OTC 2013 foi o promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Texas (Brazil-Texas Chamber Of Commerce BRATECC). O evento, realizado no Westin Galleria, contou com palestras de Magda Chambriard, diretora geral da ANP Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 8 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 Destaque do Brasil; Paulo Alonso, assessor da presidência da Petrobras para Conteúdo Local e coordenador executivo do Prominp; Bráulio Bastos, gerente executivo de Engenharia para Empreendimentos de Exploração e Produção, diretor do Departamento de Petróleo e Gás do BNDES; Bruno Muso, superintendente da ONIP e do vice-presidente do Sistema FIRJAN, Raul Sanson. Sanson apresentou aos participantes os grandes investimentos do setor de Petróleo e Gás no Brasil. Já a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, aproveitou a ocasião para anunciar a expectativa de aumento no volume de gás natural disponível para o mercado brasileiro. Durante a palestra, com lotação esgotada, a diretora-geral informou que este volume deve mais do que triplicar até 2020, fazendo com que a produção no Brasil salte dos atuais 40 milhões de metros cúbicos por dia para estimados 130 milhões de metros cúbicos diários. Magda frisou ainda que em 2000 o mercado de gás no Brasil respondia por cerca de 5% da matriz energética e, onze anos depois, chegou a 15%. Enquanto a maior parte do petróleo brasileiro é extraído do mar, o mercado de gás natural será basicamente oriundo de plataformas terrestres. No evento, a diretora-geral também ressaltou o potencial de produção das bacias dos rios Acre, Paraná, Parnaíba, Parecis e São Francisco, além da região do Recôncavo baiano. No final de 2013, blocos situados nessas áreas devem ir a leilão para exploração de gás. Segundo a executiva, “os potenciais dessas reservas são tão grandes que não podemos deixar o gás de lado no Brasil”, disse, destacando que estimativas feitas com base em um campo de gás nos Estados Unidos (Barnett Shale) sugerem um volume alto de gás nessas bacias. 9 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 ambiente A energia que vem do lixo Refinaria brasileira usa biogás de aterro sanitário Transformar lixo em energia limpa. O que para muitos parecia fantasia, tornou-se realidade com a entrada em atividade da Usina de Biogás do Aterro Metropolitano de Gramacho, em Duque de Caxias, município situado na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. O biogás gerado com o lixo, acumulado durante décadas, será purificado para tornar-se semelhante ao gás natural e utilizado para abastecer a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras. A iniciativa é pioneira em todo mundo. O gasoduto da Gás Verde S.A. é o único do mundo que liga um aterro sanitário diretamente a uma refinaria de petróleo. A primeira etapa do projeto foi lançada em 2009, como resultado de uma parceria entre a Prefeitura do Rio de Janeiro, a Petrobras e o Banco Bradesco. Com uma produção anual de 70 milhões de metros cúbicos (m³) de gás verde, a usina tem capacidade de fornecimento de 10% da demanda energética da Reduc. Durante os quatro anos de obra foram investidos R$ 240 milhões. Buscando minimizar o impacto causado pela construção dos dutos aos ecossistemas da região, principalmente na área do mangue, a tubulação, que tem um total de 6 km de extensão, foi instalada por baixo da área do manguezal e do rio Sarapuaí, em uma área de 1.100 metros de extensão, ao longo de uma camada profunda do solo. A usina é totalmente automatizada e capa de funcionar sem interrupções ao longo de todo o ano. Além do uso industrial, com este modelo de negócio, no futuro, o gás verde vai poder ser eventualmente utilizado no consumo veicular, comercial e até mesmo residencial. O PROJETO O biogás, que será comercializado com a marca “Gás Verde”, vem diretamente do lixo, ou seja, é gerado a partir da decomposição da matéria orgânica depositada no Aterro de Gramacho. A captação é feita por 301 poços de coleta distribuídos na região. O gás chega à usina de coleta e processamento levado por tubulações. Nesse ponto, passa por várias etapas de tratamento, até atingir o padrão de qualidade exigido pelas rígidas especificações técnicas da Petrobras. Só então, o biogás é bombeado para a Refinaria, cruzando um gasoduto de seis quilômetros de extensão. No futuro, espera-se que a produção desse biocombustível seja ampliada para atender o consumo veicular, residencial e comercial. A implementação do projeto de aproveitamento energético do biogás do Aterro Gramacho tem um forte componente de 10 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 ambiente proteção ambiental , à medida em que reduz a emissão da gases que contribuem para o aquecimento global do planeta. A área deve deixar de emitir aproximadamente 6 milhões de toneladas de gás carbônico equivalentes na atmosfera, pelos próximos 20 anos. O projeto recebeu a aprovação da UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change) e está registrado para ser gerador de créditos de carbono, que, no futuro, devem ser comercializados. Um acordo de transferência de tecnologia de purificação do biogás foi firmado com a empresa Firm Green, dos Estados Unidos. A empresa é detentora da patente do processo denominado CO2-WASH. O consórcio Novo Gramacho (que integra as empresas Biogás, Synthesis e a construtora J. Malucelli), também recebeu financiamento direto para a importação de equipamentos do Tesouro Americano por meio do EXIMBANK - Export-Import Bank of the United States. O diretor do Consórcio, Paulo Tupinambá, explicou que uma das maiores vantagens de se fabricar o biogás é a inibição de gás carbônico proporcionada na natureza: “O biogás é composto por 50% de gás carbônico e 50% de metano gerado da decomposição da matéria orgânica aterrada em Gramacho, o chorume. Se esse gás vai para a atmosfera, o impacto é 24 vezes pior do que o efeito estufa. A usina trata, queima e purifica o biogás que será vendido à Reduc. Ganha o ambiente e ganha a Petrobras, que passa a ter um excedente de gás limpo,” explicou. O gás verde tem o mesmo poder calorífico do GNP, mas seu poder de combustão torna-se mais favorável, por ser mais limpo e renovável. Apenas como comparativo, a quantidade total de gás verde produzida em um ano é suficiente para abastecer todo o consumo residencial e comercial da cidade do Rio de Janeiro. Sobre a Reduc A Reduc é uma das maiores refinarias do Brasil em capacidade instalada de refino de petróleo. A unidade apresenta o maior portfólio de produtos da Petrobras (no total, são 55 produtos processados em 43 Unidades). O projeto de aproveitamento do biogás do Aterro de Gramacho permitirá à refinaria reduzir em cerca de 10% o uso de gás natural em seus processos internos. posteriormente até 2020, não parece fora de alcance. 11 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 LEGADO DE DESEMPENHO COMPROVADO EM TODO O MUNDO. SE VOCÊ BUSCA SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE PETRÓLEO E GÁS CONFIÁVEIS, CONTE COM O PARCEIRO DE MAIOR CREDIBILIDADE NA ÁREA. A concorrência acirrada no setor de energia hoje em dia obriga os operadores a obterem um desempenho cada vez maior. 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Essa é a palavra que melhor define o resultado arrecadado na 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), leilão de áreas exploratórias de petróleo e gás no Brasil. O evento, realizado em maio de 2013, representou um marco para a economia do setor no país. O bônus de assinatura final (valor pago pelas empresas na assinatura do contrato) foi de R$ 2,823 bilhões para os 142 blocos adquiridos dentre os 289 ofertados 123 blocos em terra e 166 no mar. Esse foi o maior número de blocos ofertados na história de todos os leilões realizados. Das 39 empresas que efetivamente fizeram ofertas, apenas 30 saíram vencedoras do leilão, entre elas 12 grupos nacionais e 18 estrangeiros. Desse total, 28 empresas serão operadoras, sendo seis novos a conquistarem essa posição no Brasil. O ágio do bônus de assinatura também bateu recorde e ficou na marca de 787%. Segundo a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, a 11ª Rodada de Licitações ratificou o modelo de concessão como o regime brasileiro de exploração e produção. A diretora ressaltou que o apetite demonstrado pelas petrolíferas é um bom termômetro para a 12ª rodada com foco em gás, marcada para outubro deste ano. Chambriard destacou, inclusive, o sucesso da Bacia do Parnaíba, que mostrou o forte apetite das empresas por áreas em terra com foco em gás. O leilão traz uma expectativa de investimento em torno de R$ 7 bilhões. 13 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 monitor regional Para se ter uma ideia da dimensão geográfica alcançada, o total de área arrematada foi de 100.372 mil quilômetros quadrados, dentro dos 155 mil quilômetros quadrados ofertados em 11 bacias sedimentares. Os blocos ofertados englobam as seguintes áreas: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, PernambucoParaíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano Sul. O maior lance foi dado pela operadora francesa Total E&P Brasil com 40% de participação, em consórcio com a Petrobras (30%) e BP EOC (30%). O bloco FZA-M-57, na bacia da Foz do Amazonas, foi arrematado por um bônus de R$ 345,95 milhões, com conteúdo local de 37% na fase de exploração e 65% na fase de desenvolvimento. A Total E&P foi a empresa que mais arrematou blocos na Foz do Amazonas, somando cinco blocos. A bacia está situada na porção oeste da margem equatorial brasileira. O grupo pagou um total de R$ 621,3 milhões pelos ativos. Já o consórcio BP (70%) e Petrobras (30%) ofereceram a melhor oferta pelo bloco FZA-M-59, também na bacia da Foz do Amazonas, por um bônus de R$ 44,5 milhões. Os dois blocos estão em águas profundas e tornaram-se atrativos depois de importantes descobertas de óleo na região da Guiana Francesa. Houve grande expectativa sobre a área da bacia amazônica. As características geológicas do local se assemelham com a costa africana, onde óleo de boa qualidade foi encontrado. Foram ofertados 97 blocos na região, mas apenas 14 foram arrematados. Mesmo assim, a bacia foi a que mais arrecadou de todas as outras oferecidas no leilão. Outra área de destaque foi a bacia do Parnaíba. Sete empresas arremataram os 20 blocos em terra, divididos em três setores, por um total de bônus de assinatura de aproximadamente R$ 119 milhões. Situada no nordeste brasileiro, a bacia Parnaíba tem área aproximada de 680 mil quilômetros quadrados, distribuídos pelos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e parte dos estados do Pará, Ceará e Bahia Diante deste cenário, a ANP só tem a comemorar os resultados obtidos no leilão. A diretora-geral do órgão, Magda Chambriard, destacou os lances realizados pela OGX e da Queiroz Galvão como operadora “A”, com permissão para explorar em águas profundas, reforçando o crescimento das petrolíferas brasileiras. Outro ponto positivo destacado por Magda foi o retorno da Total como operadora, com forte interesse na área marítima. Além disso, o retorno da britânica BP, com a parceria da Petrobras, demonstra significativo interesse em investimentos no Brasil. Leilão Ao todo, 64 empresas foram habilitadas para 11ª rodada de Licitações, recorde que supera as 61 habilitadas da nona rodada. As empresas vencedoras terão o período de cinco a oito anos para desenvolver seus projetos e 30 anos para explorar seus campos. As empresas terão até 6 de agosto para efetuarem o pagamento dos bônus de assinatura e só então poderão assinar o contrato. Outros dois leilões estão marcados para este ano. Um previsto para acontecer outubro, com foco em gás natural, e outro em novembro, focado no pré-sal. A realização da 11ª rodada foi aprovada em 2011 pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e aguardava, desde então, autorização da presidente Dilma Rousseff, que ocorreu em janeiro de 2013. O governo vinha adiando o leilão porque aguardava a aprovação da nova lei de rateio dos royalties entre União, estados e municípios. 14 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 SUCESSO Método de Cravação de Condutores em águas profundas colabora para integridade dos poços Três lotes de condutores foram instalados com sucesso em campos offshore no Brasil As práticas de engenharia e de instalação de condutores representam um papel crucial na integridade dos poços de petróleo. Essa afirmação torna-se especialmente verdadeira quando a estes são adicionadas as cargas de tubos de perfuração, tubos de revestimentos, árvores de natal submarinas, ‘risers’ de produção e outros equipamentos. Historicamente, tendo a vantagem de ser mais rápido do que a perfuração e cimentação, o jateamento provou por certo tempo ser um padrão da indústria na instalação de condutores no solo marinho. O método de cravação de condutores foi gradualmente firmandose como a melhor prática para poços em locações de águas rasas. Contudo, nos últimos anos, a cravação provou ser também uma boa opção para utilização em poços de águas profundas. Em um esforço para desvendar as causas desta tendência, a InterMoor, uma empresa do grupo Acteon, utilizou sua experiência para realização de projetos offshore de cravação de condutores no Brasil nos últimos cinco anos, os quais foram todos finalizados com sucesso. Baseado em um sistema de martelo hidráulico para utilização em águas profundas, fornecido pela empresa co-irmã MENCK, viabilizou campanhas de cravação de condutores em profundidades de até 1.920 m (6.300 pés), e também forneceu uma grande variedade de dados de campo relativas ao processo de cravação, comprovando a segurança e eficácia deste processo de instalação. Explorar novas opções para projetos de cravação de condutores permanece um tópico de discussão permanente no setor. Com relação a esta questão, uma série de dados pertinentes foram coletados junto a vários clientes, com base em suas experiências em operações de instalação por jateamento. Esses dados incluiram informações sobre os problemas encontrados e os requisitos específicos para lidar com esses obstáculos. Métodos de cravação de condutores já amplamente testados em campo, mostraram-se uma solução eficaz para alguns dos problemas relativos ao método de jateamento de condutores. O método de jateamento de condutores tornou-se popular na década de 1960 e ainda é amplamente utilizado para águas profundas na atualidade. Ao longo deste tempo, surgiu uma preocupação, ligada à real capacidade de suporte dos condutores instalados por jateamento. Após o vazamento de óleo da Deepwater Horizon, a incapacidade de prever com segurança a capacidade de suporte destes condutores tornou-se um problema de importância relevante. As incertezas decorrem da própria natureza da operação de jateamento. A capacidade de suporte do condutor é determinada pela fricção entre a área externa do condutor e o solo, sendo a coesão 15 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 sucesso deste, afetada pelo processo de jateamento. Enquanto é relativamente simples determinar a resistência ao cisalhamento do solo não afetado a partir de perfurações no solo, é bastante difícil calcular tanto a força de cisalhamento do solo após operações de jateamento, quanto a variação na resistência do solo enquanto este reconsolida-se ao longo do tempo. A capacidade de suporte final após o jateamento pode ser, na melhor das hipóteses, estimada empiricamente, sendo que, em muitos casos, considerando-se a criticalidade do papel do condutor no poço, esta estimativa não é suficientemente confiável. Mais importante ainda, é que especialistas geotécnicos do setor têm opiniões divergentes sobre o método ótimo para estimar a capacidade de suporte pós-jateamento. Por outro lado, existe um padrão bem aceito pela indústria para determinar a capacidade de suporte de um condutor instalado por cravação. A energia de cravação do martelo hidráulico e o número de golpes de martelo necessários à cravação fornecem informações suficientes para uma avaliação direta da capacidade de suporte do condutor. Além disso, a cravação não requer um período de consolidação para o solo se reacomodar e recuperar parcialmente sua capacidade de suportação. Assim que, o martelo realiza o último golpe da cravação, a estrutura está disponível para a instalação do revestimento de superfície (casing) ou de qualquer outra operação que venha a seguir; o que, ao final, gera uma economia nos custos do poço. Contrariamente a isto, ao atingir a profundidade final, operadoras ocasionalmente necessitam manter suspenso o condutor instalado por jateamento em sua posição final por um período adicional de 36 a 48 horas, devido à falta de suporte para o peso próprio do condutor. Por sua vez, isto afeta tanto o custo final do serviço quanto o prazo para conclusão dos trabalhos. Utilizando dados reais de campo, estudos realizados por operadoras têm demonstrado que os condutores cravados fornecem uma economia potencial no comprimento necessário de condutor em relação aos condutores instalados pelo método de jateamento. Dentro do tempo típico de dois a três dias para instalação da próxima sequência de revestimentos, é necessário cerca de 20% menos de comprimento dos condutores, para condutores cravados do que para condutores instalados por jateamento, para alcançar a mesma capacidade de suporte. Este fato reduz tanto custos de instalação quanto de construção. Notavelmente, o comprimento do condutor, como especificado pelos operadores, tende a ser sempre o mesmo para uma dada região. Normalmente, o comprimento para o Golfo do México é de 300 pés (91m). Se o comprimento necessário de condutor a ser cravado for especificado por meio de cálculos em adição à experiência, existirá aqui um potencial para economia. Além disso, as equipes de perfuração estão relatando a redução da visibilidade em torno do condutor, durante e logo após o jateamento, como um outro obstáculo. Como o jateamento do fluido bombeado encontra um caminho de menor resistência do lado de fora do invólucro, uma mistura turva de fluido e sedimento se forma ao redor do condutor. Esse fato reduz a visibilidade e impede que as câmeras ROV obtenham uma visão clara do local. Quando o método de cravação é utilizado, a perturbação do solo é mínima e não há relatos de questões relacionadas à visibilidade. A metodologia de cravação apresenta-se como especialmente notável na precisão do posicionamento lateral e vertical dos condutores no solo. Este solo não é liquefeito na instalação, como é observado em um processo de jateamento, e, por conseguinte, proporciona uma resistência confiável durante a penetração do condutor no leito marinho. Para evitar desgaste na cabeça de poço (wellhead) e no BOP, no caso de condutores de poços ou para assegurar a adequada instalação de manifolds no topo de condutores de fundação, a tolerância de verticalidade é, geralmente, de 1° . Três projetos de instalação de condutores bem sucedidos, executados em águas profundas brasileiras demonstram as vantagens da técnica de cravação. Trinta e sete condutores para poços e fundações de manifolds de elevação artificial (ALMs) com diâmetros de 36 pol (0,91m) e 48 pol (1,22m) foram instalados em profundidades variando entre 3,880 pés a 6,300 pés (1,200m a 1,920m). Os condutores foram lançados a partir de uma balsa oceânica com um sistema independente patenteado de armazenamento e lançamento de condutores, sendo então instalados à partir de um navio de manuseio de âncoras (AHV), equipado com um A-frame ou com um guindaste, baixados ao fundo do mar, penetrando no solo marinho por próprio peso, em slots posicionados em templates-guias previamente instaladas no solo, e, por último, cravados até sua posição final pelo martelo hidráulico MENCK 270T. A utilização de um conjunto offshore de menor custo diário, o qual inclui um AHV, balsa oceânica e martelo hidráulico - em comparação com a utilização de uma sonda de perfuração – aliado à execução desta instalação fora do caminho crítico da sonda, agregou valor ao método de trabalho utilizado. Como a penetração por peso próprio foi suficiente para assegurar a estabilidade vertical do condutor até a cravação, a economia foi amplamente aumentada pela instalação dos condutores em lotes consecutivos. A tolerância quanto ao posicionamento foi bastante apertada nos três projetos citados. Os condutores dos poços precisaram ser instalados dentro de um raio de tolerância de 1 pé (0,3m) em relação à posição nominal de projeto, com uma tolerância de inclinação vertical de menos de 1°, enquanto a altura final dos condutores de fundação dos manifolds de elevação artificial ALM exigiam uma tolerância de 6 polegadas (150mm). Todos os 37 condutores foram instalados dentro das tolerâncias definidas pelos Clientes. Na média, o tempo gasto para o lançamento e a penetração por peso próprio foi de aproximadamente sete horas por condutor, e de aproximadamente duas horas para a cravação, o que comprovou a eficiência do método. Verticalidade final manteve-se dentro de 1° para todos os condutores, estando a maioria deles dentro da faixa de 0.5°. A profundidade de penetração por peso próprio alcançada, assim como, a contagem final de golpes do martelo foram informadas ao Cliente. Estes dados podem ser utilizados para a verificação da capacidade de suporte pós-cravação dos condutores, bem como para a verificação dos dados de campo do solo. Cravação de condutores em águas profundas provou ser um método seguro e eficiente de instalação, além de fornecer capacidade previsível de suporte . A precisão no posicionamento horizontal, verticalidade e altura final do condutor no solo, juntamente com as economias oriundas de cronogramas mais curtos e redução de quantidades de tubulação, fornecem à indústria uma opção desejável para uma diversidade de regiões offshore e condições geotécnicas. Três projetos de instalação condutores foram executados em águas profundas na costa do Brasil para demonstrar as vantagens da técnica de condução 16 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 tecnologia Separando o homem da máquina Tecnologia em águas profundas acionada por controle remoto oferece maior segurança e eficiência. Hot taps ou trepanações, submarinas, tornam possível uma variedade de atividades nas tubulações, incluindo reparos, inserção de novas seções, instumentação, injeção de compostos químicos e criação de pontos de entrada por ferramentas de isolamento temporário. Em termos simples, hot tapping ou trepanação é o processo de perfurar uma tubulação viva (ativa) enquanto mantém a produção normalmente, com todo o conteúdo contido. Operações de trepanação em águas profundas são executadas com o auxílio de um navio de apoio (DSV), que irá transportar o equipamento necessário e os mergulhadores até o local. Devido aos desafios ambientais e logísticos únicos, são necessários mais pessoal e equipamentos para uma intervenção na tubulação em águas profundas do que para uma intervenção similar em terra. Uma típica trepanação submarina segue uma sequência previsível, começando com o preparo e o pré-teste do equipamento de trepanação - que consiste de uma máquina trepanadora, válvula de isolamento permanente e um encaixe para o tampão – no deck do navio de apoio. O encaixe normalmente é formado por duas meia-braçadeiras parafusadas mecanicamente. Depois que o teste é finalizado, o equipamento é submergido até a posição acima da tubulação submersa, com as meiabraçadeiras abertas, em posição. Os mergulhadores rosqueam as meia-braçadeiras ao redor da tubulação. O anel entre a tubulação e as braçadeiras encaixadas é então testado com relação a possíveis vazamentos enquanto a válvula permanece aberta. Atualmente, o processo de trepanação inicia quando uma broca piloto (situada na parte da frente do cortador) faz um pequeno furo na tubulação. Esse furo estabiliza o corte maior , circular, que virá a seguir. Operações de trepanação em águas profundas são melhor conduzidas quando feitas no modo horizontal, em posição a três horas e a nove horas para assegurar uma conexão lateral nivelada. Uma perfuração vertical, em posição a 12 horas, resulta em uma conexão ascendente saliente; essa conexão requer que estruturas de proteção maiores sejam instaladas sobre a área de trabalho para proteger contra potenciais riscos trazidos pela pesca e pelo tráfego de navios. Esses riscos não existem em águas profundas, onde um furo vertical é preferível, já que é mais fácil manusear o equipamento na vertical. Após a conexão, a válvula de isolamento permanente é fechada e todo o equipamento retorna ao DSV. 17 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 tecnologia A máquina de tamponamento inclui um sistema de controle hidráulico acionado por um ROV fixo e operado por um técnico a partir de um computador remoto. Todas as funções da máquina de trepanação são operadas manualmente ou automaticamente, a partir de um computador portátil, usando um software de control especialmente desenvolvido para esta tarefa. Desafios do mergulhador Historicamente, tem sido uma prática comum confiar em mergulhadores bem treinados nas tarefas mecânicas necessárias durante a realização de operações de trepanação (hot tapping) e instalação de conexões. Entretanto, o processo em si – o momento crucial em que a tubulação é penetrada e cortada – pode ser mais desafiador ainda para mergulhadores que não são experts em trepanação. Como no momento da contratação os mergulhadores profissionais são escolhidos por sua habilidade de mergulho e experiência em qualquer tipo de trabalho – que não necessariamente a trepanação – é preciso que eles sejam treinados e guiados por meio de intercomunicadores, por técnicos com experiência no processo, que permanecem a bordo do DSV. Para complicar ainda mais, as máquinas submarina mais atuais apresentam um número limitado de sensores a bordo. Os sensores básicos que estão disponíveis são visíveis para os mergulhadores mas não para o pessoal do navio. Como resultado, mergulhadores e técnicos a bordo têm suas habilidades limitadas para monitorar ou controlar o processo. Há também a questão da profundidade da tubulação, combinando com questões de acessibilidade e de pressão. Normalmente, mergulhadores conseguem trabalhar sem problemas, em profundidades de até 300 m (984 ft). Entretanto, infraestruturas de campo submarinas e novas descobertas têm aumentado essa profundidade cada vez mais; algumas vezes para até 3.000 m (9.842 ft), muito além das limitações dos mergulhadores. Além disso, à medida que as linhas descem, a pressão exercida sobre elas também aumenta. Tubulações submarinas rotineiramente são feitas de materiais duros e espessos para suportar essas forças externas. O uso de novos materiais nas tubulações também aumenta a demanda por técnicos e equipamentos de trepanação. Devido à quantidade de equipamentos e pessoal requeridos, é fundamental que qualquer operação de trepanação seja executada com a maior eficiência possível, de uma única vez. Controle Remoto Para enfrentar os múltiplos desafios de uma operação submarina de trepanação baseada em mergulhadores, os engenheiros desenvolveram um novo sistema controlado à distância. Eles se basearam no conhecimento adquirido nas centenas de operações de trepanação submarina durante as últimas três décadas. Os engenheiros também observaram tecnologias já comprovadas em campo e se asseguraram que todos os novos projetos fossem baseados em conceitos e métodos de instalação convencionais. Eles também consideraram essencial que a operação fosse controlada diretamente pelos técnicos, e que todas as operações submarinas fossem totalmente visíveis para os técnicos por meio de computadores instalados na embarcação. O resultado desta concepção e desenvolvimento foi o lançamento da máquina de trepanação submarina 1200RC. A máquina Subsea 1200RC está equipada para operar em profundidades de 3,000m (9,842 ft). Quando os “T” pré-instalados estão no local devido, o sistema torna-se totalmente automático, não sendo necessária a assistência de mergulhadores. O sistema permite que um técnico experiente controle a trepanação em tempo real, a partir de um laptop (com uma visão sem precedentes), a bordo do DSV. Todas as funções da máquina podem ser operadas manualmente ou automaticamente do computador. Essas funções incluem o funcionamento dos motores de alimentação e de direcionamento, além de acoplar e desacoplar o engate. A eficácia no procedimento, a segurança para os mergulhadores e a velocidade na execução são dramaticamente aumentadas. Dependendo da pressão interna da tubulação, a máquina pode ser equipada para operar em profundidades até 3.000 m (9.842 ft). A energia necessária para o sistema – hidráulico e eletrônico – é fornecida por unidades de força submarinas ROV ou similares. Vários sensores recolhem informações sobre os parâmetros críticos de operação – incluindo temperatura, pressão, posição e proximidade do cortador, velocidade de rotação e movimento do cortador – e transmitem esses dados para o computador. Uma câmera instalada no dispositivo ROV pode monitorar pressões importantes por meio de medidores visuais. A pressão de suprimento e retorno nas linhas hidráulicas, bem como a pressão do motor e da broca são monitorados por sensores. A máquina de trepanação inclui duas câmeras acopladas para monitorar a rotação e o posicionamento da barra de perfuração, combinada com o posicionamento do cilindro de engate. O sistema também inclui várias melhorias incorporadas que envolvem substituições por dispositivos mecânicos ROV e sistemas de monitoramento duplicados, no caso de uma falha hidráulica, eletrônica ou mecânica ocorrer. Implicações Futuras Calculando os benefícios do método de trepanação , os operadores que expandirem suas redes de gasodutos submarina para campos vizinhos podem atender a demanda por petróleo e gás de forma segura, rápida e econômica. O sucesso da Subsea 1200RC Tapping Machine – especialmente a habilidade de automatizar o processo todo – representa um avanço significativo nos objetivos de longo prazo de desenvolver um sistema de trepanação totalmente livre de mergulhadores. Esta nova abordagem efetivamente separa o homem da máquina, o que em si tem grandes implicações de segurança, particularmente em situações de emergência potencialmente perigosas que requeiram uma intervenção imediata e reparação das linhas. Adicionalmente, o equipamento é controlado remotamente, e mergulhadores não necessitam trabalhar em águas rasas nem são afetados pelas condições adversas do ambiente, frequentemente encontradas em zonas de rebentação e áreas de aproximação da costa. E esse avanço não está limitado ao offshore. Os benefícios de um sistema de trepanação por controle remoto são capazes de afetar tanto as operações offshore quanto as onshore. 18 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 29 July - 01 August Bogotá, Colombia Contact Us Today! +507 203 0296, +507 203 0298 PLUS The PRAXIS TECHNICAL DRILLING SERIES [email protected] 2nd August, 2013 Supported by: www.praxis-global.com Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 19 tecnologia Novas plataformas viabilizam tecnologia de árvores secas para campos marginais Design inovador do sistema de flutuação reduz custos simplificando a fabricação e barateando a operação. Uma tecnologia inovadora em plataformas flutuantes já se encontra disponível no mercado e representa uma nova classe de sistemas para desenvolvimento da produção em águas profundas. A nova tecnologia Versabuoy responde à carga das ondas de um modo totalmente diferente quando comparada às tecnologias existentes, o que resulta em características de desempenho diferenciadas. No entanto, apesar de a tecnologia de plataforma flutuante ser “nova”, ela é obtida através de um arranjo original de componentes e hardware já existentes, todos com registros de desempenho estabelecidos. Na nova plataforma, a estrutura convencional é suportada por quatro bóias independentes. Cada bóia é conectada aos costados por uma conexão articulada, o que dissocia a bóia dos movimentos de rolagem nas laterais superiores e também umas das outras. Cada bóia é intrinsecamente estável e possui um valor GM (altura metacêntrica) tipicamente entre 25 e 50 pés (8 a 15 m). Abaixo da linha da água, as bóias não têm conexão entre elas. As pernas esticadas das linhas de ancoragem e das mangueiras de subida conectam diretamente à plataforma, facilitando a instalação e a inspeção e manutenção em serviço. Todos os elementos do sistema foram implantados em algum tipo de sistema de operação. O componente mais específico é a conexão articuladora (a “junta”) entre as bóias e o costado. O design da junta foi projetado para mais de cinco anos de operação nos navios VB-4,000 e VB 10,000. O design inclui uma configuração de junta dupla, que fornece redundância de 100%, facilitando a remoção, inspeção e substituição de qualquer componente mesmo estando em serviço. As principais superfícies de desgaste e pinos de apoio dentro das conexões são removidos para inspeção a cada ano. O material da bucha sintética usada nas superfícies principais de desgaste não precisa de manutenção ou lubrificação durante o serviço, e nenhuma substituição tem sido necessária. A tecnologia tem sido desenvolvida e refinada através de múltiplos estudos de engenharia e programas de teste em escala. A introdução das conexões entre as bóias e o costado resultou da análise de um problema de classe numérica multi-corpo. Os corpos individuais são capazes de se mover independentemente dos outros em um ou mais graus de liberdade. Um dos atributos-chave do sistema é a baixa movimentação dos costados, experimentada inclusive durante condições extremas de tormentas e furacões. Outra capacidade operacional da tecnologia é conectar rigidamente duas ou mais plataformas para criar plataformas offshore maiores. 20 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 tecnologia Menos aço A população das tradicionais plataformas tipo ‘spar’ pode ser dividida em dois grupos: o das que comportam o conjunto integral de operações de perfuração e o daquelas que servem para as operações de intervenção ou recondicionamento (‘workover’) de poços e/ou produção. A principal diferença operacional entre esses dois tipos é a quantidade de carga em superfície suportada pelo casco. A carga útil deste novo sistema (17.500 toneladas) está no limite inferior das quatro plataformas spar hoje existentes totalmente capacitadas para perfuração. Mas a redução na demanda por aço para o casco é significativa: 17.000 toneladas contra 28.000 toneladas da spar convencional equivalente. Essa economia é diretamente resultante da introdução de conexões articuladas entre as bóias e o costado da plataforma. O ponto de carga aplicada em cada casco é fixado a esse ponto de conexão (cerca de 50 pés acima do nível médio do mar). Isso resulta em requisitos de lastro sólido muito menores para o novo sistema de plataformas e menores momentos de flexão do casco. Cada casco recebe apenas 2.000 toneladas de lastro sólido por unidade. A fabricação do casco da plataforma é dividida igualmente em quatro bóias idênticas, cada um com um peso, saído de fábrica, de 4,250 toneladas. Existem muitas instalações de fabricação capazes de construir estruturas com um peso de 4.000 a 5.000 toneladas (típico de estruturas do tipo jaqueta fixa de médio porte), em comparação com aquelas capazes de construir cascos de peça única na faixa de peso de 20.000 a 40.000 toneladas. As exigências menores de deslocamento do sistema, combinadas com vários cascos menores, também garantem a simplificação dos detalhes da construção. A Versabuoy possui sistema de tancagem tradicional: tanque rígido principal e tanques-lastro variáveis - todos de fabricação simples e otimizando a quantidade de aço necessária. Isso torna possível a fabricação local e torna mais fácil promover a competição de candidatos a fabricantes, o que pode resultar também em diminuição de custos. Os cascos podem ser transportados mar adentro com o lastro sólido já instalado. A derrubada final é obtida através de inundações seqüenciais do casco. A instalação dos costados da plataforma é conseguida através de flutuação do costado, seguida de suspensão e posicionamento do casco sob o convés de um barco de transporte. O controle do lastro do casco é conseguido através de ar comprimido fornecido a partir de equipamentos instalados nos costados. Portanto, a instalação da plataforma por pessoal local contratado é totalmente possível utilizando ativos e recursos disponíveis localmente. O custo geral fica menor, devido à utilização de recursos de custo mais reduzido e à concorrência local de fabricantes, além das questões de programação associadas à eliminação da necessidade de acessar ativos no estrangeiro. profundas no Golfo do México com custos associados (incluindo a perfuração) eram: Deck Motion Pitch/roll Surge accn. TTR Stroke 100-yr hurricane Max Min 4 deg -4 deg 0.15 g -0.15 g 15 feet -10 feet 1,000-yr hurricane Max Min 5 deg -5 deg 0.18 g -0.18 g Em média, um campo do Golfo do México tem um volume STOOIP (volume original de óleo do reservatório, antes do início da produção: “stock tank oil originally initially in place”) de 90 MMboe – o suficiente apenas para suportar um tieback submarino até uma plataforma já existente. Cada poço exploratório bem sucedido encontra, em média, uma reserva de aproximadamente 30 MMboe. Os “antigos” campos em águas profundas do Golfo do México (reservatórios do Neoceno) exibem fatores de recuperação final entre 30% e 35% do STOOIP. Técnicas de recuperação assistida, como a injeção de água, elevação por gás ou bombeamento nas perfurações melhoram os fatores de recuperação final em até 50% do STOOIP. Perfuração lateral (sidetracks) de poços e recompletações podem incrementar em mais 10 a 15% por meio de acesso às seções mais confinadas destes reservatórios (“stranded sections”). Os “novos” campos (reservatórios do período Paleoceno), localizados em águas profundas, parecem apresentar índices de recuperação final próximos de 10% do STOOIP. Os desafios quanto a esses poços são consideráveis: perfuração a mais de 25.000 pés através de camadas de sal, e reservatórios de alta pressão e temperatura. Tendo em vista os poços já perfurados e concluídos com sucesso, as tecnologias de recuperação mais modernas serão quase sempre requisitadas com vistas a ampliar as taxas de produção e volumes recuperáveis. Os dados de custos de desenvolvimento dos “novos” campos do Golfo do México são limitados, mas estimativas recentes indicam que os custos aproximados deverão ser entre 150% e 200% do usualmente praticado em águas profundas. Tecnologia de Árvore Seca Sistemas de desenvolvimento do tipo árvore seca fornecem uma excelente ferramenta de desenvolvimento para campos em águas profundas. Estes sistemas reduzem os custos iniciais Plataforma Versabuoy suporta equipamento completo de perfuração API Aplicações no Golfo do México Entre 2003 e 2010, o montante de preços das commodities explodiram, considerando-se uma taxa anualizada de aproximadamente 14% ao ano. As taxas diárias de plataformas disponíveis para perfuração em águas profundas aumentaram de US$ 125.000 para mais de US$ 500.000. As novas exigências do Golfo do México aplicadas aos BOPs usados por sondas flutuantes também contribuíram para limitar seleção do equipamento e manter os preços mais elevados na perfuração em águas profundas na região, que influencia tremendamente os preços para a América Latina, em especial o Brasil. Em 2012, os preços de um desenvolvimento em águas 21 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 tecnologia com perfuração, com manutenção dos poços e representam melhorias nas soluções de recuperação. O lado negativo tem sido justamente o alto custo para fabricar e instalar uma plataforma flutuante capaz de apoiar a perfuração, e o resultante adiamento da produção inicial, quando comparado a um desenvolvimento submarino numa área já perfurada. Uma tecnologia que suporte sondas de perfuração e completação por um custo mais baixo que as soluções atuais poderia, portanto, constituir opção atrativa para futuros desenvolvedores em águas profundas. Quando se considera questões como a vida do poço, a capacidade de adicionar soluções de recuperação assistida a partir de uma plataforma com poços completados na sua superfície, e o potencial para reimplantação e reutilização de plataformas, a opção de desenvolvimento por meio da árvore seca (“dry tree”) torna-se ainda mais atraente. Grandes sistemas submarinos contendo múltiplas perfurações poderiam substituir cada perfuração subsea por um desenvolvimento com arvore seca de baixo custo. Cada plataforma com árvore seca manteria apenas uma quantidade reduzida de processamento do óleo, podendo despachar para uma única plataforma central, ou cada plataforma poderia usar processamento limitado e ainda assim estar ligada a uma estação central de coleta. Soluções de árvore seca eliminam questões de garantia de escoamento (“flow assurance”) e propiciam espaço para soluções distribuídas de injeção de água, elevação a gás e bombeamento de poços. Conclusão O desenvolvimento em águas profundas no Golfo do México (e no mundo) continuam a custar caro, devido à pressão sobre os preços das commodities, em geral, e ao aumento dos desafios técnicos. Por outro lado, há potencialmente menor produção por poço devido à menor produtividade dos reservatórios mais recentes. Os métodos de recuperação assistida se tornarão cada vez mais importantes e provavelmente influenciarão as práticas nos desenvolvimentos futuros em águas profundas. O desenvolvimento de poços a partir de plataformas flutuantes de perfuração e completação oferece muitas vantagens quanto a esta nova realidade: custo por poço reduzido e melhores condições para a implementação das técnicas de recuperação assistida. Historicamente, os altos custos para utilização de plataformas flutuantes para perfuração ou base de árvores secas em águas profundas sequer permitia considera-las, a não ser para os campos maiores. A tecnologia Versabuoy consegue viabilizar a eficiência deste sistema a custos menores, devido à simplificação quanto à fabricação (custo unitário mais baixo), e ao aumento do número de potenciais fabricantes locais (redução dos preços pela concorrência), além da própria instalação usando recursos regionais disponíveis. A tecnologia de baixo custo deste tipo de plataforma também oferece aos operadores novas opções técnicas de desenvolvimento, que podem mitigar os riscos e melhorar a performance econômica. A adoção de uma nova tecnologia só acontece quando o retorno pela sua utilização é melhor do que o status quo. Quando isso acontece, essa tecnologia tem que ser seriamente considerada. O AUTOR John Greeves é diretor técnico e acionista da Versabar Group of Companies. É Ph.D. em engenharia civil e estrutural e Engenheiro registrado pelo Reino Unido. Ele trabalha na indústria de petróleo e gás há mais de 20 anos, incluindo o período de 10 anos em que atuou para a Shell International em diversas posições, de engenheiro de design a gerente de projetos por todo o mundo. Texto de John Greeves, originalmente publicado em inglês pela Offshore Magazine. 22 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 giro VENEZUELA - Venezuela prevê exportação de GNL para a Argentina HidrocarburosBolivia.com A Petróleos de Venezuela, S.A. (PDVSA) informou que firmou em Caracas un acordo de entendimento com a empresa argentina Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF), para avaliar a participação conjunta das duas companhias estatais em projetos de toda a cadeia de valores da indústria hidrocarbonífera em ambos os países. “Estamos muito contentes com este acordo que define o marco de atuação para as duas empresas”, afirmou o ministro do Poder Popular do Petróleo e Mineração, e presidente da PDVSA, Rafael Ramírez, que subscreveu o memorando junto ao seu homônimo da YPF, Miguel Galuccio. O documento faz parte dos acordos de cooperação assinados pela Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e pelo presidente venezuelano, Nicolas Maduro, durante a turnê deste último pelos países do Mercosul. O ministro Ramírez sustentou que, a partir deste acordo, começarão os estudos para a participação das duas empresas nos campos maduros da Argentina e da Venezuela, os quais “permitirão dar um primeiro passo nos investimentos conjuntos para a produção de petróleo”, destacou Ramírez, lembrando que a YPF é uma empresa especialista na produção de campos deste tipo. A PDVSA, por sua vez, avaliará o potencial de campos maduros em diferentes regiões da Argentina, bem como de reservatórios não convencionais localizados no formações Vaca Muerta, na província de Neuquén, e D-129, na província de Chubut .De acordo com o presidente da YPF, dos 130 milhões de metros cúbicos de gás que consome diariamente, a Argentina precisa importar cerca de 30 milhões, especialmente na época do inverno. MÉXICO - Gás natural pode prender México aos Estados Unidos ENTORNO INTELIGENTE Enquanto a situação da indústria energética no México inicia um debate político profundamente ideológico, a previsão é de que as importações de gás natural a partir dos Estados Unidos sejam duplicadas nos próximos 3 anos, a partir da entrada em funcionamento de três novos gasodutos. A empresa de análise de inteligência Stratfor afirmou que o impacto dessa notícia provavelmente vai melhorar os custos de competitividade dos setores industrial, elétrico e de energia do México, “ao diminuir o déficit e reduzir os preços da eletricidade”. A fonte informou também que nos últimos cinco anos “uma nova dinâmica de energia emergiu entre o México e os Estados Unidos, diante da incapacidade do país para manter sua produção no mesmo ritmo do consumo. “Esta tendência coincidiu com o boom do Shale Gas nos Estados Unidos, que aumentou sua produção de gás natural em 22 % em apenas 15 anos, o que tornou o país um exportador de gás natural para os vizinhos do norte e do sul”, detalhou o relatório da Stratfor. De acordo com o documento, entre 2001 e 2011, as importações mexicanas de gás cresceram de 3.850 bilhões de metros cúbicos anuais para 18.070 bilhões de metros cúbicos. No momento, o governo se dedica à construção de três gasodutos maiores, para transportar o gás natural relativamente barato norte-americano, até as regiões que apresentam problemas no abastecimento: o gasoduto da região noroeste, com 2.000 km de comprimento, levará 21.5 milhões de metros cúbicos de gas entre Tucson e Mazatlán; o gasoduto de Chihuahua será ampliado para transportar 24 milhões de metros cúbicos diários, desde a fronteira com os Estados Unidos até el Encino, a 400 km ao sul, onde se conectará a outra linha de 530 km, para encontrar com o sistema do noroeste e chegar até Topolobampo. De acordo com o relatório, a terceira linha terá 1.200 km, de Los Ramones até o centro do México, e vai transportar 59.5 milhões de metros cúbicos diários, do Texas e de Lousiana até a nova região industrializada do Bajío. 23 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 giro BOLÍVIA - Governo investirá US$ 151 milhões para procurar petróleo em La Paz AN-YPFB O vice-presidente do Estado Plurinacional, Álvaro García Linera, afirmou que o governo central, por meio da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos, investirá, durante esta gestão, US$ 151 milhões no departamento de La Paz, com o objetivo de encontrar reservas de petróleo. Até 2011 foram destinados US$97 milhões para exploração em Lliquimuni. No ano passado, YPFB investiu US$19 milhões e, para esta gestão, estão garantidos US$35 milhões. Até o final do ano de 2013, a estatal petroleira pretende investir US$ 2.243 milhões no setor de hidrocarbonetos. De acordo com estudos recentes, uma formação geológica que começa no departamento de Tarija, passa por Cochabamba, La Paz e se estende até o Orinoco na Venezuela, contém grandes reservas de gás e petróleo. O presidente da YPFB Corporación, Carlos Villegas, anunciou que a perfuração do primeiro poço no departamento de La Paz está prevista para a segunda quinzena de dezembro. “Em La Paz temos um plano que começou há dois anos, finalizamos os estudos sísmicos, a localização de perfuração em Lliquimuni Centro já foi definida. A construção do caminho e da base (no ponto de perfuração), deve ser concluída no início de novembro e estamos prevendo o início da perfuração em Lliquimuni na segunda quinzena de dezembro. Esperamos resultados positivos até dezembro de 2014”, afirmou o executivo da estatal petroleira. Estudos preliminares, divulgados pela YPFB Petroandina em outubro de 2011, davam conta de um potencial de 50 milhões de barris de petróleo e 1 TCF de gás natural em Lliquinmuni, ao Norte do departamento de La Paz. COLÔMBIA - Esquema para a importação de gás está pronto PORTAFOLIO.CO Os custos para a geração de energia térmica baixariam pelo menos 50%. Depois de abrir caminho para a construção de uma planta de regaseificação na costa do Atlântico, o Governo definiu o esquema a ser utilizado no país para a importação de gás natural liquefeito (GNL) como uma fonte de geração de energia térmica, que sirva de respaldo, principalmente no verão ou períodos de seca severa, como quando do fenômeno El Niño. As resoluções que criam a estrutura para operar o modelo e determinar o funcionamento para o fornecimento de combustível comprado no exterior foram expedidas pela Comissão de Regulação de Energia e Gas (CREG). O sistema consiste de três agentes independentes, que estão relacionados uns com os outros, para que o recurso chegue de forma efetiva. O modelo é complementado pelo agente comercializador do gás importado, que será uma empresa de serviços públicos, criada pelos implantadores, ou contratada por eles, e que terá a tarefa de comprar o GNL nos mercados internacionais e destiná-lo aos locais de demanda por meio de um agente de infra-estrutura. Mesmo com as críticas do setor do gás natural, pela possibilidade de que a CREG adote o esquema de leilões para a comercialização de gás, ao invés de contratação direta vigente hoje (transitoriamente), o diretor da organização, Germán Castro Ferreira , disse que a proposta em consulta já contempla a possibilidade de que o gás natural seja comercializado por meio de leilões e através de negociações diretas. PERU - Peru disponibiliza mais blocos offshore Offshore staff A Perupetro delineou os termos e o calendário para a rodada internacional do Peru, cobrindo nove blocos em cinco bacias offshore. Os blocos oferecidos são Z-56 e Z-57 (Bacias Salaverry e Trujillo), Z-50 (Bacia de Lima), Z-53 (Bacias de Lima e Pisco), Z-54 e Z-55 (Bacia de Pisco) e Z -58, Z-59 e Z-60 (Bacia de Mollendo). Estas bacias estão em áreas geológicas do país menos exploradas. Todos os blocos estão a sete milhas (11,2 km) da costa, longe da zona de pesca. A previsão da Perupetro é de um investimento mínimo de aproximadamente $450 milhões de dólares, resultantes dos investimentos bem sucedidos. O CEO da Perupetro, Luis Ortigas Cúneo, afirmou que mais de 20 companhias de petróleo dos Estados Unidos, Canadá, UK, Coréia do Sul, Rússia e América Latina mostraram interesse pela rodada. Devido ao modelo peruano de contrato de licenciamento para exploração e produção de hidrocarbonetos, Petroperu não participa da fase exploratória, mas tem o direito de revogar até 25% de cada licença, no caso de uma descoberta comercial. Cuneo explicou também que “a Perupetro deverá reembolsar o investimento em pesquisa e desenvolvimento, com as receitas de exploração do bloco, de acordo com a sua participação”. Até o momento, o Peru emitiu 14 licenças de E & P offshore, com produção em duas - Z-2B, operado pela Savia Perú, e Z-1 controlado por BPZ Energy. Nos últimos anos, os investimentos em offshore no Peru giram em torno dos US $2 bilhões. A nova atividade poderia dobrar esse número. 24 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Abr/Mai/Jun - 2013 agenda julho 2013 Oil Sands and Heavy Oil Technologies 23.07.2013 - 25.07.2013 Calgary Telus Convention Centre - Calgary, Canadá www.oilsandstechnologies.com agosto 2013 Forum Nacional de Exploração de Gas Não Convencional 19.08.2013 - 20.08.2013 Auditório JK - Cidade Administrativa - Belo Horizonte, Brasil www.ugasbrazil.com.br PetroWorld India 22.08.2013 - 24.08.2013 Bombay Exhibition Centre - Mumbai, Índia www.petroworldindia.com setembro 2013 Brazil Windpower 2013 03.09.2013 - 05.09.2013 Centro de Convenções SulAmérica - Rio de Janeiro, Brasil www.brazilwindpower.org/pt/ Rio Pipeline Conference and Exposition 24.09.2013 - 26.09.2013 Centro de Convenções SulAmérica - Rio de Janeiro, Brasil www.riopipeline.com.br outubro 2013 Argentina Oil e Gas Expo 2013 07.10.2013 - 10.10.2013 La Rural – Buenos Aires, Argentina www.aog.com.ar AIPN Internation Conference 21.10.2013 - 25.10.2013 Shangri-La Hotel - Singapura www.aipn.org/Events/ Deep Offshore Technology International 22.10.2013 - 24.10.2013 The Woodlands Waterway Marriott Hotel & Convention Center - Houston, EUA www.deepoffshoretechnology.com OTC Brasil 29.10.2013 - 31.10.2013 Riocentro - Rio de Janeiro, Brasil www.otcbrasil.org/2013/ NOVEMBRO 2013 Deepwater Operations Conference & Exhibition 05.11.2013 - 07.11.2013 Convention Center - Galveston, EUA www.deepwateroperations.com Brasil Onshore – Congress e Exhibition 26.11.2013 - 28.11.2013 Centro de Convenções - Natal, Brasil www.redepetrogas.com.br/2013/brasil-onshore-congressexhibition/ outros eventos: www.ogjla.com.br ©2013 Oil & Gas Journal Latinoamericana | Pennwell Brasil – Smartpublishing Mídias em Rede. 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