Podsemfio n.98 -‐ Sustentabilidade [início da
Transcrição
Podsemfio n.98 -‐ Sustentabilidade [início da
Podsemfio n.98 -‐ Sustentabilidade [início da vinheta de abertura] BIA KUNZE -‐ Quem hoje em dia não tem uma vida agitada? Trabalho, estudo, família e ainda curFr umas horinhas de prazer. Mas quem disse que para ter uma vida produFva é preciso ficar amarrado ao computador? Mobilidade é liberdade. Sejam bem vindos ao Podsemfio. Eu sou Bia Kunze, a Garota Sem Fio, falando da tecnologia móvel no dia-‐a-‐dia. [fim da vinheta de abertura] BIA KUNZE -‐ Olá! Esse é Podsemfio número 98 para o dia 30 de julho de 2010. [barulho de teclas de telefone] BIA KUNZE -‐ Hoje a convidada do podcast é a Nanny Costa. A Nanny tem um blog chamado “Mais com Menos” que trata de sustentabilidade, vida simples e também um pouco de aplicação no dia-‐a-‐dia da tecnologia para facilitar a nossa vida. Ela é administradora industrial e vai dar muitas dicas de socware para facilitar a nossa vida e deixar menos papel atormentando nossa dia-‐a-‐dia. BIA KUNZE -‐ Bom, primeiro você vai me falar um pouquinho sobre o seu blog. Da onde que veio a idéia? ELAINE COSTA -‐ Eu Fnha um projeto de começar a fazer alguma coisa para conscienFzar as pessoas em relação às questões de sustentabilidade. Na faculdade, a gente já fazia alguns trabalhos. Nós fazíamos o trote da cidadania. Nós fizemos durante dois anos. A gente parFcipou inclusive do trote da cidadania da Fundação Educar, da DPaschoal. A gente até ganhou um ano. Então, estes projetos que eu vinha fazendo na faculdade. Eles acabaram culminando na idéia de criar um blog para divulgar sobre práFcas de sustentabilidade, mas focadas no nosso dia-‐a-‐dia. O que cada um pode realmente fazer no seu dia-‐a-‐dia com suas escolhas de consumo, com seus hábitos, de forma não tão traumáFca. Para pessoas poderem entender o que elas podem fazer e aos poucos poderem mudar seu esFlo de vida e torná-‐lo um esFlo mais sustentável. E é daí que veio a idéia do “Mais com Menos”. Estou fazendo dois anos agora, em setembro. Eu fico muito feliz que tem crescido bastante. Eu também escrevo para o Dinheirama, que é um blog sobre finanças pessoais, um dos maiores de finanças pessoais da net. Eu também escrevo sobre vida sustentável. BIA KUNZE -‐ E você gosta de tecnologia (risos) ELAINE COSTA -‐ Gosto! Eu sou fã do Garota sem fio, desde que eu me dou por gente (risos) BIA KUNZE -‐ (risos) Então comparFlhe com a gente o seu arsenal tecnológico para o seu dia-‐a-‐dia. ELAINE COSTA -‐ Eu Fnha um Dell. Um LaFtude 120. As coisas eu uso por muito tempo. Então eu fiquei com ele três anos. Eu acabei que eu percebi que com o crescimento do blog eu precisei de umas ferramentas um pouco mais robustas. Eu precisei deixar de perder um pouco mais de tempo em tentar arrumar programas e em tentar melhorar o desempenho da máquina. Aí eu vi muita gente falando bem do MacBook, MacBook. Eu fui atrás do MacBook. Tem uns seis meses que estou usando um MacBook Pro. Estou muito saFsfeita. Muito saFsfeita. Melhorou muito a minha produFvidade, porque... não coloquei tantos socwares a mais do que vem na máquina, mas o fato dele ser mais simples para o usuário, dele facilitar a vida do usuário, melhorou muito a minha produFvidade. BIA KUNZE -‐ Seu tempo vai para o trabalho mesmo. Não atualizando anFvírus, né! Fazendo fragmentação... (risos) ELAINE COSTA -‐ Isso! (risos) Exatamente! No meu computador que eu trabalho, no caso Windows, eu ainda perco esse tempo lá. Mas, no caso, são dois computadores que eu tenho. Meu MacBook pro blog, paras minhas aFvidades. Não só pro blog mas pros meus estudos também e o de serviço. Eu percebo que eu gostaria de estar levando o meu para o serviço mesmo (risos). BIA KUNZE -‐ É! Sente a diferença né? (risos) ELAINE COSTA -‐ Muita diferença! Meu bebezinho é um celular Dext, da Motorola. Comprei pessoalmente porque ele é muito fácil de operar em relação às redes sociais. Facilita muito a vida. Ele vem configurado. Só que os socwares dele originais não são muito bons. Eles são bons, mas não são muito completos. Então acabei instalando algumas outras coisinhas. Por exemplo, o do Twiper uso o Twitdroid, que é específico para o Android, que é uma graça. Funciona super bem. E... eu uso muito, porque eu gosto de comparFlhar as informações. Eu uso o NewsRob, que sincroniza com meu Google Reader. Estou sempre lendo as norcias relacionadas, não só sobre sustentabilidade, mas também eu leio sobre comércio justo. Porque tudo faz parte, né! Então, tenho que estar sempre atualizada. Eu uso muito esse meu leitor e aí com o Twitdroid eu uso para comparFlhar e uso muito o Evernote. Você já falou várias vezes sobre ele. É realmente é um programa fantásFco. Tudo que você precisar está lá. A hora que você precisar, você organiza. É uma mão na roda mesmo. E... só finalizando, uma das coisas que eu uso também... Acho que depois a gente vai comentar de readers e ebook readers. Que eu tentei adaptar ele, o Android para usar para leitor. Então, eu uso o Aldiko, que é para o Android. Só que ele tem algumas limitações. Então, eu uso mas acabo não usando muito. Eu ainda estou lendo mais livros e aposFlas em PDF e acabo lendo mesmo no computador. BIA KUNZE -‐ E que história é essa aí que o teu monitor já fez uma diferença muito grande também na hora de administrar a papelada do dia-‐a-‐dia? ELAINE COSTA -‐ É verdade! O meu próprio Macbook é de 13 polegadas, mas parece que é 19, né! Não sei o que acontece com essa tela dele. E eu tenho um de 17 no meu serviço. Então o que que eu faço. Eu trabalho com várias janelas ao mesmo tempo. Então antes, quando eu Fnha que imprimir alguma informação e a tela não ajudava, eu acabava tendo que imprimir alguns materiais apenas para usar naquele momento e depois acabava que ele não Fnha função. E aí hoje eu uso uma tela do Word aberta, com uma tela da internet aberta, com uma outra tela. Às vezes quatro telinhas juntas aqui no mesmo espaço. E aí eu não preciso mais imprimir e inclusive não preciso nem mais anotar nada. Deixo tudo junto ali e consigo trabalhar muito melhor, muito mais rápido. Só com jeiFnho, colocando cada janela uma do lado da outra. E isso faz muita diferença mesmo. Porque a gente observando ou não, durante o dia você resolve anotar um telefone ou anota uma informação num papelzinho, que é uma informação que você vai usar logo num outro documento ou num e-‐mail em alguma outra coisa. Se você de repente colocar uma do lado da outra, você nem vai precisar fazer isso. Você pega essa informação, lê, disponibiliza e não vai precisar gastar mais um papel. Que mesmo anotando, você acaba gastando um papel que você vai jogar no lixo. Você não vai usar. BIA KUNZE -‐ Eu lembro que no seu blog que você fez um post muito legal falando sobre reaproveitamento de disposiFvos anFgos. Às vezes a gente fica naquela ansiedade de estar sempre comprando equipamentos novos e acaba esquecendo os anFgos na gaveta. E você falou em aproveitar o Palm para ser um leitor digital de livros. ELAINE COSTA – Isso! BIA KUNZE -‐ E você tem alguma dica desses socwares para quem gosta de ler. Seja em Palm ou mesmo em outros disposiFvos? ELAINE COSTA -‐ Tenho sim! No caso deste socware que eu indiquei é o PocketReader. Ele só não tem para Android, por enquanto. Justamente o que eu gostaria ele não tem. Mas ele tem para outras linguagens, para Windows, para Symbians e até para outros sistemas. Eu instalei num Palm m130 e funcionou super bem. Com exceção do fato da memória do Palm ser muito baixa, então se eu colocasse qualquer coisa com imagem ele ficava muito pesado. Mas ele é um socware muito bom. Você consegue administrar a biblioteca. Ele tem uma tela que facilita a administração. Você consegue colocar uma curta resenha do assunto. Colocar tags dos livros ou das aposFlas. E aí ele faz essa conversão e instala um pequeno socware no disposiFvo e aí você consegue também ler. E não só ler. Ele também tem opção de você colocar algumas anotações. Ele é muito bom para quem precisa de trabalhar com materiais, no caso faculdade, qualquer curso, idiomas e precisa fazer anotações é interessante também. E... eu até indiquei aqui onde localizar livros, coloquei no post aqui. Mas, até uma coisa interessante de comentar, não só o socware, mas também sobre o reaproveitamento. É importante reaproveitar, por que a rápida obsolescência dos equipamentos aumenta muito a quanFdade do lixo eletrônico. E hoje ainda não tem uma legislação específica estabelecendo a questão da obrigatoriedade desta reciclagem. Passou no Senado agora né, a lei que fala sobre os resíduos sólidos, mas ainda está para sanção do presidente. Ela vai tocar na questão do ciclo de vida. Porque hoje a gente vai à loja e compra um produto. Compra um celular ou um Palm. Primeiro a gente não sabe o que foi usado antes daquele produto estar na loja para gente poder comprar e usar. E a gente também hoje tem dificuldade de visualizar o que vai acontecer depois. Quando eu disponibilizar este equipamento vai acontecer o quê depois? É uma responsabilidade muito grande quando a gente resolve começar a uFlizar um equipamento de lado e resolve começar a uFlizar um novo equipamento. BIA KUNZE -‐ E que dica você dá para quem tem esses equipamentos encostados em casa. As vezes é uma memória velha, um Palm que quebrou. Qual é melhor maneira de descartar disposiFvos que não funcionam mais. Pois se esFver funcionando a gente sempre pede para fazer doações. Mas, e esses que estão enguiçados, quebrados, nunca jogar no lixo comum, né? ELAINE COSTA -‐ Não, Nunca mesmo. Principalmente nos anFgos. Hoje se tem melhorado o processo de fabricação. Mas, a gente encontra não só metais preciosos, como também metais pesados nas placas de computador, baterias. E tudo isso provoca contaminação. Principalmente baterias. Elas contem mercúrios, chumbo, cobre, zinco e outros Fpos de metais pesados, que eles são chamados de biocumulaFvos. Quando eles entram em contato com a natureza, eles não contaminam só aquele elemento, no caso de uma pilha ou uma bateria que caiu no rio. Não contamina só o rio. Mas contamina todo aquele sistema que depende daquele rio. São as plantas, os peixes. Aí vem os animais que consomem aquelas plantas ou aquele peixes. Aí vem o homem também. E aquilo vai se acumulando dentro do organismo e acaba chegando no homem de uma forma ou de outra. BIA KUNZE -‐ Inclusive as pilhas comuns também, né? ELAINE COSTA -‐ Sim! As pilhas comuns tem que se tomar muito cuidado. Qual é o ideal? Sempre juntar essas pilhas. Nunca jogar no lixo comum. Colocar uma caixinha. Ter um lugarzinho separado. Juntar uma quanFdade e procurar. Hoje o banco Real ele tem. A maioria dos bancos tem um papa-‐ pilha. Você vai lá e descarta. Porque eles incenFvam isso, né. Vá e descarte corretamente. No WallMart tem alguns lugares que tem também. E os próprios fabricantes, se você entra no site delas. Elas colocam lá um manual, manual de descarte. Pontos onde você pode descartar corretamente. Baterias também. A Dell tem um programa interessante, que eu sei porque quando eu Fve de descartar a bateria do meu. Que você inclusive você agenda. Eles tem um pessoal que passa para recolher e você agenda para eles recolherem a bateria anFga. BIA KUNZE -‐ Legal, legal! ELANE COSTA -‐ É bem interessante. Hoje em dia todos os fabricantes tem. Apesar de não exisFr uma obrigatoriedade ainda na legislação. Obrigatoriedade do fabricante em dar desFnação correta para o produto dele. A grande maioria já faz isso. Até porque é uma pressão social. As pessoas tem buscado isso. Tem buscado como descartar corretamente. Tem buscado o que você pode fazer para que evitar que problema se complique ainda mais. A gente já reconhece que existe um problema. Mas o que eu posso fazer para diminuir ou amenizar esse problema. BIA KUNZE -‐ E o número de celulares a gente vê nas estarsFcas aumentando, aumentando, aumentando. E não só aumentando. Por que quem já tem está trocando. É realmente uma questão de se preocupar para onde está indo todo esse excesso de tralha eletrônica. ELAINE COSTA -‐ É! A gente vai acumulando em casa, mas chega uma hora que você vai ter de dar uma solução. E a doação vai ficando como uma solução também restrita. Porque na medida que muitas pessoas vão tendo acesso, vai chegar um momento que as próprias doações... Normalmente você doa e a insFtuição vai acabar vendendo e acaba arrecadando algum dinheiro em relação a isso. E você vai ter um acúmulo. E o mercado vai ficar saturado. (risos). É uma tendência, porque se você compra vários. Você acaba tendo em casa. Você doa para o pai, para mãe, para o Fo. Aí daqui a pouco você não tem mais para onde. Aí todo mundo já tem celular. Aí vou doar para uma insFtuição e aí você chega lá e a insFtuição também... todo mundo... então aí começa a ter uma saturação. Daí entra a importância da reciclagem desses equipamentos. Só para se ter uma idéia, num computador, 94% do material dele é recuperado e pode ser reciclado. Além de ser importante a questão da reciclagem, a gente também precisa ter a noção que estes materiais que são usados para fabricar esses equipamentos também são limitados. A exploração destes materiais é limitada. Então, a reciclagem destes equipamentos não só a questão de evitar a contaminação do meio ambiente, mas também garanFr material para você produzir os novos equipamentos. Porque já existem estudos falando da preocupação em relação a isso. Apesar de você ter uma tecnologia sendo muito desenvolvida já se faz perceber que alguns desses materiais podem vir a faltar. E a única solução vai ser o que, a reciclagem. BIA KUNZE -‐ Eu vou pedir para você deixar links que você conhecer de empresas que tem o serviço deste lixo tóxico para fazer a desFnação. Eu vou deixar aqui em CuriFba também. Eu vou colocar um link para o pessoal lá. A Prefeitura tem um programa muito legal aqui de coleta de lixo tóxico. Eles tem um calendário que a cada dia do mês a equipe que recolhe lixo tóxico fica de plantão num dos terminais de ônibus. ELAINE COSTA -‐ Ah! Que bacana! BIA KUNZE -‐ Então, eles pedem que você guarde pilhas, Fnta, enfim tudo que é lixo tóxico mesmo. Óleo de cozinha também. Tudo que você não deve descartar no lixo ou na pia, no vaso. Tudo isso eles vão dar a desFnação correta. Então, tanto que eu falei que aqui em casa tenho cinco cestas de lixo, lá embaixo (risos). Até quem não está acostumado com isso. Meu marido não estava acostumado com isso, também do interior de São Paulo. Ele ainda meio que está dentro daquela cultura de jogar tudo num lixo só (risos). Mas aos pouquinhos ele está aprendendo. Então, parece um exagero aquele monte de lixo. Mas aqui a gente separa, tá tão enraizada na nossa cultura! Tem pra vidro, para metal, para plásFco, pra papel e o lixo orgânico. E as pilhas tem uma caixinha. Um tupperware que fica no meu escritório. Sempre que acaba a pilha, tem de trocar algum relógio de parede ou algum produto eletrônico vai tudo para aquela caixinha. E quando enche a caixinha, a gente leva lá no terminal de ônibus. Assim como resto de Fnta, produtos eletrônicos, cabos, tomadas. Esse Fpo de coisa velha, assim mesmo que não é legal a gente jogar fora. ELANE COSTA -‐ Um dia eu ainda vou morar em CuriFba (risos) BIA KUNZE -‐ (risos) Não! Pessoas como você tem que transformar a cidade de São Paulo. É uma tarefa de formiguinha. A gente tem de ir para cidades que não tem essa cultura de separar o lixo. BIA KUNZE -‐ Mas falar de sustentabilidade vai muito além de meramente separar o lixo, né! A gente tem todos esses gadgets, computadores, celular. Muitas vezes as pessoas não tem uma consciência de como fazer uma recarga inteligente destes produtos. Acho que é porque a energia elétrica é barata no Brasil, né! Então, as pessoas acabam não tendo certos cuidados. Apesar de ser barata, a gente está consumindo recursos do meio ambiente. O que você tem de dicas para gente que tem recarregar celular, notebook e câmera digital todo dia? ELAINE COSTA -‐ Olha, o ideal é sempre observar a carga. Quando você verifica... que cada um tem um sinalzinho. Quando a carga está cheia, no caso do Macbook ela fica verdinha aquela luzinha. Você tem de desligar. Não só por causa do efeito memória, porque os essas baterias novas não tem mais o problema efeito memória. Mas, principalmente porque qualquer equipamento que ficar ligado na tomada, mesmo se ele esFver desligado. Mesmo televisor, computador, mesmo que não esFver em funcionamento, mas ele está na tomada, ele está consumindo. Uma das coisas interessantes, não lembro exatamente o número, mas é um número até grande, algo em torno de 20% da conta nossa pode ser em função de equipamentos que ficam ligados na tomada sem estar sendo usados. BIA KUNZE -‐ Eles chamam isso de “vampirização” da energia elétrica, né? ELAINE COSTA -‐ É! Uma coisa que você está usando, não está sendo beneficiado daquilo para nada, mas você está consumindo. Faz diferença na conta, na hora que você vai pagar. E faz diferença para o meio ambiente, porque hoje a economia do Brasil está crescendo. Vai precisar de mais energia. Uma demanda muito maior. Tanto é que a gente tá vendo o governo preocupado em aumentar e fazer obras voltadas para as novas hidrelétricas. Até tem a nova polêmica do Rio Xingu em relação a essa hidrelétrica. É bem complicado. Se por um lado você precisa de energia para crescer e por um outro você começa a criar um impacto ambiental para isso... Como conciliar estas duas questões? BIA KUNZE -‐ Falta também explorar um pouco mais energias mais limpas. AlternaFvas como a eólica. Tem umas iniciaFvas no Rio Grande do Sul que são muito legais. Mas ainda estão a passos lentos. ELAINE COSTA -‐ É uma questão de oferta e procura. Enquanto você ainda está neste estudo, no invesFmento, na pesquisa tudo é muito caro. Você vai pagar este invesFmento, esta pesquisa depois de muito tempo. Isto também acaba inviabilizando. Porque a hidrelétrica é um invesFmento alto, mas sabe-‐se que vai dar o retorno que se precisa. Já se conhece. Então, esbarra numa série de questões. E... no que cada um pode fazer. Parece que é uma coisa boba, se eu deixar desligado vai ajudar. Vai e muito. Pois quando você deixa de consumir você está permiFndo que outras pessoas consumam. Você está deixando aquela energia disponível. Isso faz com que se diminua também a necessidade de demanda energéFca. Porque hoje as alternaFvas são as hidrelétricas e as termelétricas. A mais barata é a hidrelétrica e a de menor impacto ambiental relaFvo. Mas aí quando você começa a ter que invesFr em outras energias, começa a se pensar em energia nuclear. Então, tudo isso passa também do comportamento do consumidor. Quanto mais racional for o consumo, mais correto e próximo do que realmente você precisa menor é o seu impacto nessa cadeia toda. É uma cadeia de decisões todas. De aumentar ou não a oferta de energia. De invesFr nisso ou não. De ter um impacto nisso de ter que fazer um a inundação, fazer um novo represamento que vai gerar um outro Fpo de impacto. Tudo isso parte da onde? Parte do consumidor. BIA KUNZE -‐ É! Uma coisa que eu acho que todos os celulares deveriam ter... Infelizmente só alguns modelos que tem um perfil ecológico. São vendidos como ecocelulares. Eles soltarem um alarme, um apito quando a energia, quando a bateria, está cheia, terminou de carregar. Aí você escuta aquele alarme e desliga da tomada. Curiosamente eu só vi isso em dois celulares. São aqueles que eu testei. São celulares solares, que tem a plaquinha solar e estão lá no blog. É uma pena que este recurso ainda está muito fraco. Tem que melhorar mais porque você leva muito mais tempo para carregar um celular destes com energia solar. Leva muito mais tempo do que você ligar na tomada. E tem também carregadores de viagem que você usa um adaptador solar, que você coloca na janela. Ele abre que nem uma hélice. É bem engraçado. Eu vou mostrar as fotos depois lá no blog. Vou colocar os links. ELAINE COSTA -‐ É o Solio, né!? BIA KUNZE -‐ Isso, isso, exatamente! Aí você tem vários adaptadorzinhos para várias marcas de celular e você consegue recarregar. É uma opção muito legal também. ELAINE COSTA – É! Mas é uma opção assim: a questão da energia solar ainda depende muito de pesquisa. Hoje a absorção da energia solar é muito pequena. Não chega a 1%. Estes disposiFvos todos não conseguem converter 1% desta energia em energia elétrica. BIA KUNZE -‐ Aqui em CuriFba menos ainda. A gente mal sol tem... (risos) É outro problema... (risos) ELAINE COSTA -‐-‐ Então. Mas é tudo uma questão de tecnologia. InvesFr nestas pesquisas para você melhorar o desempenho de uma placa solar para que esta placa solar consiga absorver mais energia. Transformar mais energia solar em energia elétrica para poder ser uFlizada pelos disposiFvos. Então, com certeza é uma tendência. Acho que isso vai crescer. Eu tenho acompanhado muito os blogs que falam deste assunto. Sites que falam sobre isso, tecnologia. Sobre pesquisas cienrficas mesmo. Você percebe que eles estão buscando a qualquer custo aumentar esta absorção pra justamente você poder ter um equipamento. De repente você até ser independente dentro de sua casa. Hoje é muito caro se você quiser ter um sistema destes. Não compensa. Não tem viabilidade nenhuma. Mas, talvez no futuro a gente consiga fornecer energia para a companhia energéFca. É um projeto da Universidade de Campinas que fala justamente disso. Da possibilidade de você fazer a geração e você até ajudar na companhia elétrica com esta sua carga extra. É muito interessante essa idéia. Mas tudo isso depende de melhoria e da evolução da tecnologia na captação da energia solar. Aí os celulares também vão melhorando. Eu até vi que a Apple andou registrando uns protóFpos voltados para isso. Para uma embalagem, que acho que é um carregador solar que ficaria até na própria tela. Eu vi uma coisa interessante sobre isso, mas ainda é muito iniciante. Não tem muita informação. BIA KUNZE -‐ E esse site Cleantech? Ele tem muitas dicas legais, né? ELAINE COSTA -‐ Tem. Uma das coisas bem interessantes é uma pesquisa deles falando sobre a questão do impacto ambiental da indústria editorial americana. Isso uma pesquisa em 2008. A indústria de livros lá dos Estados Unidos resultou em torno do corte de 125 milhões de árvores. O estudo mostrou o seguinte: o uso do Kindle. O exemplo eles usaram o Kindle na pesquisa. O uso do Kindle, durante um ano, evita a emissão de 168 quilos de CO2. Que corresponde a fabricação e distribuição de em torno de 22,5 livros. Inclusive, o uso dele. No caso, o impacto que foi gerado para a fabricação do Kindle se compensa em um ano. Justamente, em razão de ele evitar a necessidade da derrubada das árvores, impressão, gasto de Fnta, tudo isso que envolve a industria editorial. Então é muito interessante, porque para algumas pessoas... Tem vantagens? Tem vantagens muito no uso do ebook sim. Eu ainda não tenho o meu. Eu estou pesquisando. Estou acompanhando. Mas, para quem tem realmente esta pesquisa mostrou que vale a pena, não só na questão práFca, por ser um disposiFvo leve, um disposiFvo fácil. Você leva para onde você precisar. Mas também pelo fato de evitar a necessidade do corte de árvore para a publicação dos livros. BIA KUNZE -‐ É isso aí Elaine. Muito obrigada pela sua entrevista. Nanny, deixa o seus contatos, o seu blog, o seu Twiper para o pessoal que quiser conhecer melhor seu trabalho, entrar em contato. ELAINE COSTA -‐ O blog é o hpp://maiscommenos.net. O meu twiper é @nannycosta. Basicamente são meus dois contatos. E o meu e-‐mail é o [email protected]. E quem quiser entra em contato. Um dos focos também que eu converso muito é sobre reciclagem, mas é muito sobre reciclagem de orgânicos, que não tem muito a ver com tecnologia, mas é um assunto muito interessante. Quem Fver interesse e pode conhecer mais, tem lá tudo no meu blog. BIA KUNZE -‐ É isso aí Nanny! Muito obrigada! ELAINE COSTA -‐ Muito obrigada eu, Bia! BIA KUNZE -‐ Antes de encerrar o podcast eu quero fazer o sorteio da promoção do AppSumo. Um pacotaço com cinco serviços on-‐line que são voltados principalmente para freelancers e empreendedores da web. Eu convidei os meus leitores a postarem lá nos comentários e eu ia fazer o sorteio para escolher o ganhador. Vou fazer o sorteio aqui pelo site Random.org... e o ganhador é o número 11. Eu vou entrar contato com o ganhador por e-‐mail. Enquanto isso vocês podem aproveitar ainda a promoção do AppSumo. Um pacotaço de cinco serviços on-‐line, inclusive cartões de visita Moo Cards. Que num total seriam de 547 dólares. [entra música de encerramento] Todo este pacotão sai por 55 dólares. A promoção tem data e hora para acabar. A música de encerramento do podcast hoje é “Down to Earth”, do Peter Gabriel. Essa música faz parte da trilha sonora do filme Wall-‐E. Que por sinal é um filme que procura conscienFzar as pessoas sobre o excesso de lixo eletrônico e as conseqüências para o planeta. Se você quiser mandar um e-‐mail, um feedback para mim, escreva para bia@garotasemfio.com.br ou então pelo Skype ou pelo Gtalk no nome do usuária biakunze. Meu blog é hpp:// garotasemfio.com.br/blog e o Twiper @garotasemfio. Beijocas sem fio a todos e até a próxima. [música] [vinheta de encerramento] ____________________________________________________________ Bia Kunze agradece ao Ruy Ferrari pela transcrição deste podcast.
Documentos relacionados
Podsemfio n.96 – Tradutores e Profissões Solitárias
Mobilidade é liberdade. Sejam bem vindos ao Podsemfio. Eu sou Bia Kunze, a Garota Sem Fio, falando da tecnologia móvel no d...
Leia mais