JEEP RENEGADE - Revista 4×4 Digital

Transcrição

JEEP RENEGADE - Revista 4×4 Digital
#01
JEEP
RENEGADE
O Jeep feito no Brasil novamente!
WRANGLER
AMAZÔNICO
um guerreiro do norte
A RENOVAÇÃO
DO TROLLER
tudo novo no jipe nacional
ESSA REVISTA CONTÉM SÓ O QUE INTERESSA AO OFF-ROADER BRASILEIRO
EDITORIAL
04
SUMÁRIO
Apresentação
ÍNDICE
04
Apresentação
12
4x4 Customizados
22
Veteranos
30
Apresentação
40
Expedição
50
Evento
SEQUÊNCIA NATURAL
60
4x4 Customizados
Senti muita alegria e orgulho ao escrever as linhas que você lê agora, por ter a sensação de que estamos
iniciando aqui um novo canal de informação e contato entre admiradores, curtidores, fãs, entusiastas e
malucos pelo off-road, em suas mais variadas vertentes, com foco nos veículos, preparações, restaurações
e, principalmente, no uso que as pessoas fazem de seus 4x4.
Tudo isso de um jeito muito especial, pois mais importante que a máquina, é o homem e as histórias
que se desvendam em meio ao desenrolar de preparações de carros, aventuras inesquecíveis e projetos
de vida. O que fica marcado é o que podemos fazer com esses incríveis veículos. E sempre elegendo a
responsabilidade e o bom senso na prática do fora-de-estrada.
Todos os meses teremos aqui 4x4 fantásticos, desde os clássicos militares até o mais endiabrado 4x4,
montado em pneus de 38”. Para estar aqui, o que mais vale é a qualidade dos projetos, o resultado e a
história, pois esse é um dos “baratos” da vida. Sem história não tem graça!
E nessa edição de estreia temos várias histórias para apreciar, como as dos proprietários dos dois Jeep
Wrangler (um de São Paulo e outro de Manaus), preparados com todo o cuidado e apuro, cada qual
seguindo uma linha específica.
Já quem curte os originais, irá se derreter com o Willys 64 coral red, mostrado aqui. De babar!
Lá de Cachoeira do Sul, temos uma super picape Toyota Bandeirante monstruosa, enquanto da região
do ABC vem um protótipo de jipe montado sobre a mecânica de um Land Rover Defender. O resultado
ficou incrível!
Inauguramos a seção Minha Aventura, com a expedição Carretera Yungas, onde vemos a experiência de
três brasileiros e uma Defender 110 na Estrada da Morte, Bolívia.
Curta ainda tudo que rolou na 21° Edição da Festa Nacional do Jeep, realizada em Brusque, SC que é nossa
matéria de destaque, pois se trata do maior evento off-road do Brasil.
Em lançamentos, veremos como ficou o novíssimo Troller T4, que mudou por completo mesmo, e o
Renegade, o Jeep que será fabricado no estado de Pernambuco, no ano que vêm. Ótima notícia!
Ainda temos a coluna 4x2 Todo Terreno, assinada por Fábio Evangelista, diretor do clube Gurgel Guerreiro,
que divide conosco seus conhecimentos, desfazendo diversos mitos. 4x2 também é fora de estrada!
E assim damos sequencia ao nosso encontro mensal, com o melhor do off-road.
O que posso assegurar é que aqui dentro, só tem o que realmente interessa ao off-road brasileiro.
Um muitíssimo obrigado às empresas e marcas que embarcaram conosco nessa trilha, desde o início. E aos
leitores eu aviso que esse é só o começo; a nossa história começa agora.
68
4x4 Customizados
74
4x2
78
4x4 Customizados
Jeep Renegade
Jeep Renegade
Wrangler da Amazônia
12
CJ5 Brasileiro
4x4 Customizado
O Novo Troller
Wrangler da
Amazônia
na Estrada da Morte
Fenajeep 2014!
Bem vindo e ótima leitura!
Até o mês que vêm!
JAMES GARCIA
2
30
Picape Toyota Bandeirante
Apresentação
Wrangler para trilha e
para a família
O Novo Troller
A força do Todo-Terreno
Protótipo de Jeep com
alma Land Rover
40
Redação e Publicidade
Av. Lacerda Franco, 570, apto 56
Cambuci - 01536-000
São Paulo - SP
Telefone: (11) 99393-7667
Expedição
Brasileiros na
Estrada da Morte
É proibida a reprodução sem prévia
autorização por escrito da editora.
EQUIPE
DIRETOR E EDITOR
James Garcia
[email protected]
DIRETOR DE ARTE
Bruno Arruda
[email protected]
DEPARTAMENTO COMERCIAL
Claudio Ferreira Martins
[email protected]
COLABOROU NESSA EDIÇÃO: Caroline de Souza, Claudio Laranjeira, Douglas Moreira, Eduardo Neves,
Fábio Evangelista, Henrique Bruns, Humphrey Fernandes, Michel Patitucci, Reinaldo Junqueira Jr,
Ruan Groh, Sidinei Santos e Valdomiro da Mota.
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APRESENTAÇÃO – JEEP RENEGADE
UM JEEP BRASILEIRO,
NOVAMENTE!
4
TER UM JEEP FABRICADO NO BRASIL É UMA NOTÍCIA PARA COMEMORAR.
DEPOIS DE 32 ANOS – O CJ5 FORD PAROU DE SER FABRICADO EM ABRIL DE
1983 –, TER UM JEEP BRASILEIRO ALEGRA O CORAÇÃO DOS AMANTES DA
MARCA E DO OFF-ROAD EM GERAL
por JAMES GARCIA | Fotos DIVULGAÇÃO
5
N
o dia 4 de março, o CEO mundial
do
Chrysler
Group,
Sergio
Marchionne, anunciou durante
entrevista no Salão do Automóvel
de Genebra, Suíça, que o primeiro
automóvel a ser produzido na fábrica de
Goiana, Pernambuco, será um modelo Jeep.
Referindo-se ao Jeep Renegade, que será
feito na fábrica italiana da Fiat em Melfi,
Marchionne afirmou que esta mesma
plataforma será produzida em Pernambuco e
também transferida à China. Ele acrescentou
que a produção no Brasil começa em 2015, e
na China, em 2016.
O material de apresentação informa que o
Renegade 2015 é baseado na personalidade
do Jeep Wrangler, mas com linhas sólidas
e proporções agressivas, para oferecer os
melhores ângulos de ataque e saída de sua
classe.
O interior tem aspecto sólido, detalhes
fabricados com precisão, cores e tecidos
inovadores e de qualidade, a tecnologia de
ponta e armazenamento inteligente foram
inspirados pelos equipamentos e pelos estilos
de vida dos esportes extremos. Os designers
denominaram essa linguagem de “Tek-Tonic”.
Para assegurar que a bagagem dos ocupantes
seja bem acomodada, há soluções de
flexibilidade e praticidade como o assoalho do
porta-malas removível, reversível e ajustável
em altura, além do assento do passageiro
dianteiro que pode ser levantado à frente.
O Renegade tem dois sistemas opcionais
de teto solar My Sky, que funcionam com
retirada manual ou elétrica por meio de uma
função extra de deslizamento e inclinação, os
painéis de poliuretano e fibra de vidro podem
ser alojados no porta-malas.
O Renegade inaugura a arquitetura “4x4
small-wide”. Com suspensão independente,
20,5 centímetros de articulação das rodas e
22 centímetros de altura livre do solo.
O uso extensivo de aço avançado, resinas
compostas e novas simulações de impactos
em computador permitem que a plataforma
ofereça rigidez torsional de primeira classe e
durabilidade típica da marca Jeep.
O Renegade é o primeiro Jeep a contar com os
amortecedores de frequência seletiva (FSD)
da Koni. Esse sistema de amortecimento
possibilita as melhores características de
aderência no asfalto e de dirigibilidade. O
veículo traz em seu pacote o primeiro câmbio
automático de nove marchas no segmento que contribui para comportamento dinâmico
Em 2015 O Jeep Renegade será
fabricado em Goiana, Pernambuco
6
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excelente no asfalto e fora dele -, motores
com
baixo
consumo
de
combustível,
interior refinado e uma ampla lista de itens
tecnológicos.
Desenhado nos Estados Unidos e inicialmente
fabricado em Melfi, na Itália, o Renegade tem
previsão de lançamento na Europa para o
último trimestre deste ano, e para a América
do Norte no início de 2015, importado da Itália.
No Brasil, a produção começa na metade do
primeiro semestre de 2015, na nova fábrica do
Grupo Fiat-Chrysler em Goiana, Pernambuco.
Ele será vendido em mais de 100 países.
O nome Renegade foi, no passado, utilizado
para identificar versões do Wrangler e do
Liberty. E em 2008, um carro-conceito
chamado de Jeep Renegade foi apresentado
no Salão de Detroit.
Fazendo uso da tecnologia 4x4 do novo Jeep
Cherokee, o Jeep Renegade oferecerá dois
novos e avançados sistemas 4x4, sendo
que ambos podem transmitir 100% do
torque disponível ao solo em apenas uma
das rodas: Jeep Active Drive – sistema 4x4
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permanentemente ativo e Jeep Active Drive
Low – sistema 4x4 único na categoria,
permanentemente ativo, com a função
de multiplicar o torque, como uma tração
reduzida.
O Renegade é o primeiro off-road pequeno
com desconexão do eixo traseiro e caixa
de transferência. Tudo para proporcionar
maior economia de combustível às versões
4x4 do Jeep Renegade. O sistema é ativado
automaticamente quando a tração nas
quatro rodas se torna necessária.
uma automática, uma automatizada de duas
embreagens e duas manuais. As versões são
os motores gasolina 1.6 E. TorQ com Stop
& Start e câmbio manual de cinco marchas
(4x2); 1.4 Multi Air 2 com Stop & Start e
câmbio manual de seis marchas ou DDCT
(4x2); 1.4 Multi Air Turbo com câmbio manual
de seis marchas (4x2 e 4x4); 1.4 Multi Air 2
Turbo com Stop & Start e câmbio manual de
seis marchas ou automático de nove (4x2 e
4x4) e 2.4 Tigershark com câmbio automático
de nove marchas (4x2 e 4x4).
Os motores diesel são o 1.6 Multi Jet II
com Stop & Start e câmbio manual de seis
marchas (4x2) e o 2.0 Multi Jet II com Stop
& Start e câmbio manual de seis marchas ou
automático de nove (4x4).
Da mesma forma que o Jeep Cherokee, o
Renegade conta com a primeira transmissão
de nove marchas, que traz vantagens como
arrancadas fortes, entrega suave de potência
em altas velocidades e consumo mais
eficiente.
O novo jipe será equipado com o reconhecido e
premiado sistema Uconnect, com tela sensível
Os sistemas 4x4 Jeep Active Drive e
Active Drive Low incluem o recurso Jeep
Selec-Terrain, com até cinco modos: Auto
(automático), Snow (neve), Sand (areia) e
Mud (lama), mais o exclusivo Rock (Pedra) na
versão Trailhawk.
Para quem utiliza ao máximo toda a
capacidade off-road de um Jeep, o Renegade
tem a configuração Trailhawk, que traz o selo
“TrailRated 4x4” e oferece a maior aptidão
para o uso fora de estrada e conta com: o Jeep
Active Drive Low (reduzida) de série; sistema
Selec-Terrain com modo Rock exclusivo; altura
da carroceria aumentada em 2 centímetros;
placas protetoras e ganchos vermelho de
reboque dianteiros e traseiros, para-choques
exclusivos com ângulo de ataque de 30.5°,
ângulo de rampa de 25.7° e ângulo de saída
de 34.3° e controle de descida (Hill
O Renegade será oferecido com até 16
combinações de motores e câmbios. Alguns
dos conjuntos mecânicos usados globalmente
serão produzidos na fábrica de Campo Largo,
no Paraná. Serão cinco motores a gasolina,
dois a diesel, e quatro transmissões, sendo
O interior com aspecto sólido, tecnologia de ponta
e armazenamento inteligente teve influência no
estilo de vida dos esportes extremos
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O fabricante diz que o Renegade 2015 é baseado
na personalidade do Jeep Wrangler, mas com
linhas sólidas e proporções agressivas
ao toque e o maior quadro de instrumentos
colorido de sua classe.
Para a segurança há 70 recursos, a exemplo dos
sistemas de Aviso de Colisão Dianteira Plus e de
Aviso de Saída de Faixa (LaneSense) Plus (ambos
inéditos no segmento), do Monitoramento de
Pontos Cegos, da câmera traseira ParkView, dos
sensores de estacionamento traseiro ParkSense,
do Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC)
com mitigação de rolagem da carroceria e sete
air bags de série.
Agora nos resta aguardar com ansiedade a
chegada do Renegade, o novo Jeep brasileiro.
Uma notícia mais que bem vinda!
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JIPES CUSTOMIZADOS
UM WRANGLER
AMAZÔNICO
QUE TAL UM WRANGLER ESPECIALMENTE MONTADO E EQUIPADO
ATÉ OS DENTES, PARA ENFRENTAR AS TRILHAS DE MANAUS?
por JAMES GARCIA | Fotos HUMPHREY FERNANDES
O
caso de amor de Gerson Frota pelo
Jeep Wrangler é mais do que sério, já
que ele possui três deles! “Tenho um
Wrangler 2008 bem equipado que
uso para trilhas leves e pesadas, um
1998 que mantenho em Fortaleza, para trilhas
em Dunas e passeios nas praias e, esse 1990,
super preparado”, informou.
Frotta, 48 anos, nasceu em Manaus, AM, é
advogado e administra uma locadora de veículos
na capital amazonense, começou a fazer trilha de
moto em 1997 e em 2001, um amigo apareceu
com esse Jeep 1990. “Foi paixão imediata, gostei
do Wrangler por ele me parece forte e robusto.
Por isso apelidei de Seu Lunga”, comentou. O
nome se refere a um personagem nordestino,
real e que mora em Juazeiro do Norte, CE. “Ele
é conhecido por sua brutalidade e grosseria. É
bruto como os pés da burra e grosso como papel
de enrolar prego!”, contou com bom humor.
Quando o viu pela primeira vez tentou comprálo, mas o dono não quis vendê-lo. Em 2005 o
carro foi vendido para um dentista que, somente
no final de 2012, decidiu vendê-lo e Frotta o
comprou, 11 anos depois de conhecer o carro.
O Jeep já estava com motor GM 4.1 de Opala,
6 cilindros, câmbio de C10 três marchas, eixos
de F75 com diferenciais Dana 44. “Mesmo sem
acionar a redução já era muito forte e empurrava
o Jeep com muita facilidade. Imaginem como o
bicho ficava com a redução acionada...”, falou.
O Wrangler estava em estado razoável, com
a pintura amarela, capota preta, pneus 31”,
guincho e towbar. A mecânica “relaxada”
precisava de reparos na redução, rolamentos,
suspensão, bancos, carburação e elétrica.
Frota desejava um Jeep para trilhas pesadas
e manteve a mecânica, mas melhorou seu
desempenho. Instalou os feixes de molas sobre
os eixos, deu um “tapa” no motor para que o
mesmo ficasse mais forte e realizou demais
acertos, nada complicado, mas que exige
paciência na espera dos serviços.
O dono promoveu algumas mudanças no Jeep.
“Começamos, então, por melhorar a barra de
direção, os munhões e realinhamos o grau de
cambagem – inclinação da roda de um veículo
em relação ao plano vertical”, disse Frota.
Também foi instalado um tanque de combustível
em alumínio, com capacidade para 65 litros. Na
parte inferior do 4x4, tudo o que poderia bater
ou roçar no chão abaixo dos eixos foi retirado ou
reposicionado.
O sistema de suspensão recebeu mudanças,
como reposicionamento (em local mais alto)
dos suportes de amortecedores e a melhoria
das barras estabilizadoras dianteira e traseira.
“Colocamos amortecedores de maior curso e
optamos pelas peças originais do caminhão
Volkswagen 8.150”, contou Frota.
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“Seu Lunga”, um Wrangler 1990 para
off-roader nenhum botar defeito!
Os pneus de 31” deram lugar a um jogo de
colossais modelos de 37 polegadas, com
desenho super agressivo.
O proprietário anterior já havia retirado o
distribuidor e instalado um kit de sistema
eletrônico de distribuição e mapeamento da
ignição, o que permite que o Jeep passe em rios
com o motor submerso.
Para melhorar ainda mais a “pegada” de jipe
indestrutível, foi feita a troca dos semi eixos
originais, que foram substituídos pelo conjunto
Ensimec, bem como a adição de bloqueios nos
dois diferenciais.
Se o “Seu Lunga” que já era um 4x4 bruto,
agora esta ainda mais agressivo e abusado,
merecendo plenamente o apelido escolhido.
Depois de acertar a maquina, o Jeep foi pintado
de Marrom Savana Fosco e enfeitado com
adesivos militares. A capota preta, que estava
muito surrada, foi trocada por uma nova e
original norteamericana, na cor marrom, bem
parecida com a nova cor do Wrangler. Como o
veículo já era muito reduzido, não foi necessário
alterar a sua relação de diferencial.
“Meus filhos adoram o Seu Lunga! O Raul, que
tem 18 anos, é meu piloto reserva e Claudio
Neto, de quatro anos é o “zequinha” oficial.
O pequeno vai comigo em todas as trilhas e
quando há obstáculos mais radicais é obrigado a
ficar fora do Jeep pela sua segurança”, finalizou
Frotta.
Para saber mais fale com Gerson Frota no
telefone (92) 9607-4848 ou envie e-mail:
[email protected]
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FICHA TÉCNICA
JEEP WRANGLER 1990
MOTOR: GM, 4.1, seis cilindros em linha
do GM Opala
ALIMENTAÇÃO: injeção eletrônica
POTÊNCIA: 124 cavalos a 3.800 rpm
ARREFECIMENTO: água
TRANSMISSÃO: Câmbio mecânica de três
marchas (GM C10)
TRAÇÃO: 4x2 traseira com opção de
4x4 e 4x4 reduzida através da caixa de
transferência Willys, com acionamento pela
alavanca no assoalho e roda-livre. Eixo
dianteiro e traseiro Dana 44, pontas de
eixos Ensimec com homocinética Toyota
Bandeirante na dianteira, bloqueio 100%
DIREÇÃO: Assistida hidráulica
SUSPENSÃO
DIANTEIRA E TRASEIRA: eixo rigido,
feixes de molas semielipticas, jumelos e
amortecedores telescopicos de dupla açao
FREIOS
DIANTEIRA E TRASEIRA: Disco nas quatro
rodas
RODAS: 17”
PNEUS: 315 (37”) x 70 x 17
DIMENSÕES (mm)
Altura com para-brisa rebatido: 1.250
BITOLA: 1.600
VÃO LIVRE: 300
PASSAGEM EM ÁGUA: 1.500 (com snorkel)
PESO: 1.250kg
CAPACIDADE DE CARGA: 500 kg
VELOCIDADE MÁXIMA: 75 km/h
TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 65 litros
CONSUMO
CIDADE: 3 km/l
ESTRADA: 5 km/l
SERVIÇO
ADAPTAÇÕES MECÂNICAS
OFICINA DO JOÃO PINHEIRÃO:
(92) 8133-7000 PINTURA
ANDRÉ: (92) 8190-6353
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DESBRAVADORES
REMANESCENTE DA
FASE DE OURO
ESSE MARAVILHOSO JEEP CJ5 1964, PINTADO COM A BELA COR
VERMELHA CORAL, É UM EXCELENTE REPRESENTANTE DA FASE
DE OURO DA WILLYS OVERLAND DO BRASIL
Texto e fotos JAMES GARCIA
O CJ5 é um dos mais icônicos
modelos da família Jeep
E
m 1950 a Willys apresentou ao mundo
o propulsor Hurricane que substituiria
o veterano Continental “Go Devil”. Os
militares norteamericanos sugeriram
modificações para que o novo motor
pudesse ser utilizado em seus utilitários. Mas
o motor era muito alto para o compartimento
do Jeep. Na época, a Willys trabalhava uma
nova versão de Jeep para acomodar o motor
e esse carro em questão era um misto de CJ3A e algo totalmente novo. Os engenheiros
aumentaram a altura e a largura do capô,
modificaram as laterais deixando-as mais
retas do que o modelo anterior, o pára-lama
ficou mais comprido com um rebaixo na
parte dianteira, para evitar que tanto a areia
como a lama atingissem os passageiros. Com
todas essas modificações surgiu um novo
Jeep, nomeado com a nomenclatura M38A1. Essas mudanças forçaram o aumento do
comprimento do chassis e da distância entreeixos do Jeep. O peso diminuiu de 1.238
quilos (M-38) para 1.209 quilos no M-38A1.
A diferença de peso ocorreu no motor, já que
o antigo Continental era feito em um pesado
bloco de aço e o Hurricane tinha um design
menor e paredes mais finas.
Os faróis foram instalados dentro da grade, no
mesmo estilo dos Jeep da Segunda Guerra, e
ele ganhou um porta-luvas do lado esquerdo
do motorista.
Em 1951 o modelo começou a ser entregue
às forças armadas e o sucesso foi absoluto e
imediato. O motor Hurricane, mais forte que
seu predecessor, posicionou o M-38A1 como
um dos veículos militares mais procurados por
forças armadas de todo planeta, no período
pós-guerra.
O sucesso do M-38A1 foi tão grande que a
Kaiser – proprietária da Willys desde 1953 –
decidiu fabricar a versão civil do modelo em
1955. É bom lembrar que o CJ-3B “cara-decavalo” não havia agradado o público e isso
foi mais um impulso para a criação de um
novo Jeep.
Em 11 de outubro de 1954 a novidade foi
anunciada, com o sugestivo nome de CJ-5
(civilian Jeep 5), um carro que seria fabricado
por mais de 30 anos e que encantaria milhões
de usuários ao redor do mundo. Para que o
CJ-5 entrasse em produção algumas mudanças
foram necessárias: os faróis ganharam aros
cromados e foram instalados do lado de
fora da grade; as lanternas militares foram
substituídas por modelos convencionais; o
sistema elétrico de 24 volts deu lugar ao de
6 volts – padrão da época – e posteriomente
12 volts.
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A VIDA DÁ VOLTAS...
No universo jipeiro existem histórias que parecem ter sido inventadas, de tão inusitadas que são.
É o “causo” do mineiro Amauri José Higino, 41 anos, natural de Visconde do Rio Branco, MG.
Higino reside em Mauá, cidade do ABC paulistano, há mais de 25 anos, onde fez sua vida no ramo
de vidros planos.
Esse Jeep é literalmente o primeiro Jeep de Higino e, provavelmente, é o 4x4 de sua vida. Ele foi
adquirido em janeiro de 2010 e estava em condições excepcionais para seus 48 anos. O carro
estava com um dos herdeiros ligados ao primeiro dono do Willys.
“Sou do interior de Minas e esse CJ5 foi um dos primeiros que vi na vida, quando era um menino
e morava na roça. Eu e minhas irmãs corríamos atrás toda vez que ele passava na frente de casa.
É hilário lembrar que banco do carona era novo, pois o antigo dono era sovina e não dava carona
para ninguém”, contou Higino. Quem quiser saber mais detalhes sobre o Willys, pode falar Amauri
pelo telefone: (11) 7851-5419 ou e-mail: [email protected]
Se você tem uma história boa para contar, envie texto e fotos para [email protected]
contruído em uma filial da marca, localizada
em Jaboatão, que foi inaugurada em
julho de 1965. O Jeep que de lá saia era
carinhosamente apelidado de “chapéu de
coco” e vinta com esse pequeno símbolo fixado
na carroceria.
Posteriorme, de 1969 em diante, o Jeep
ganharia da Ford a sigla U-50, e dessa forma
continuou em produção até abril de 1983.
O CJ-5 foi um 4x4 tão bem sucedido, querido
e desejado, que foi copiado por vários
fabricantes de vários países e certamente
é um dos maiores ícones da extensa e
icônica família de veículos off-road Jeep. Os
brasileiros começaram a ser fabricados.
É interessante o fato de que os primeiros
CJ-5 possuíam o desenho da caixa de rodas
traseira em formato redondo, seguindo o
padrão norte-americano. Nem todo CJ-5 do
final da década de 50 e que possuí caixa de
roda redonda, é importado.
No mesmo período, os motores 6 cilindros BF161 substituíram os antigos “Hurricane” de
quatro cilindros e ficaram em produção até 1975,
quando deram lugar ao OHC de quatro cilindros.
Além da fábrica da Willys, localizada em
São Bernardo do Campo, SP, onde hoje
está a Ford do Brasil, o Jeep também foi
Os modelos militares M-38A1 foram usados
extensamente
pelas
forças
armadas
americanas e pelos países aliados. Foi
amplamente usado na Guerra do Vietnam,
junto com seu irmão mais novo, o MUTT
M-151.
Uma variação famosa do M-38A1 foi a
ambulância M-170, que gerou no mercado
civil o Jeep “Bernardão”, que é uma versão 44
centímetros mais comprida.
No Brasil a Willys Overland produziu o CJ-5 no
período de 1958/59 até 1969. Esse belíssimo
exemplar é do período de ouro da Willys aqui,
mais precisamente 1964. Na virada de 1958
para 1959, os primeiros Jeep totalmente
Amauri José Higino é o feliz
proprietário desse belíssimo CJ5
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FICHA TÉCNICA
JEEP WILLYS CJ5 1964
MOTOR: Willys Overland, dianteiro, longitudinal, seis
cilindros em linha
CILINDRADA: 2.638 cm³
POTÊNCIA ORIGINAL: 90 cavalos a 4.000 rpm
TORQUE: 18,67 kgfm a 2.000 rpm
ALIMENTAÇÃO: carburador
REFRIGERAÇÃO: água com reservatório de expansão
TRANSMISSÃO: Câmbio de 3 velocidades + ré, TRAÇÃO:
4x2 com opcional para 4x4 (roda livre automática)
e reduzida, através de caixa de transferência Willys
Overland, acionamento através de alavanca no assoalho
RELAÇÃO DE MARCHAS
1ª2,798:1
2ª1,551:1
3ª1:1
RÉ3,544:1
RELAÇÃO DE DIFERENCIAL: 4.89 (44x9);
DIREÇÃO: Mecânica, coroa e pinhão
SUSPENSÃO
DIANTEIRA E TRASEIRA: Eixos rígidos, feixes de mola
semi-elípticas e amortecedores telescópicos
colecionadores mais puristas afirmam que
esse modelo foi o último Jeep de verdade a
ser construído.
Discussões à parte, o CJ-5 é um mito e sua
lenda continua até hoje, basta ver um Troller
e, mais óbvio, um Wrangler nas ruas e trilhas
para entender a força de sua influência. E
isso, meus amigos, definitivamente não é
para qualquer automóvel.na carroceria.
Posteriorme, de 1969 em diante, o Jeep
ganharia da Ford a sigla U-50, e dessa forma
continuou em produção até abril de 1983.
O CJ-5 foi um 4x4 tão bem sucedido, querido e
desejado, que foi copiado por vários fabricantes
de vários países e certamente é um dos
maiores ícones da extensa e icônica família de
veículos off-road Jeep. Os colecionadores mais
puristas afirmam que esse modelo foi o último
Jeep de verdade a ser construído.
Discussões à parte, o CJ-5 é um mito e sua
lenda continua até hoje, basta ver um Troller
e, mais óbvio, um Wrangler nas ruas e trilhas
para entender a força de sua influência. E
isso, meus amigos, definitivamente não é
para qualquer automóvel.
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FREIOS
TAMBOR NAS QUATRO RODAS
DIMENSÕES (mm)
COMPRIMENTO: 3.440
LARGURA: 1.710
DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS: 2.060
BITOLA: 1.230
PESO: 1.170
RODAS: 16”
PNEUS: 600 x 16” com perfil militar
CAPACIDADE DE CARGA: 605 Quilos
COMBUSTÍVEL
GASOLINA
TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 40 LITROS
CONSUMO MÉDIO: 6,5 km/litro
SERVIÇO
MECÂNICA – MAX4 JEEPS E VEÍCULOS ESPECIAIS:
(11) 97875-3281/Nextel: 55*82*44133
[email protected]
APRESENTAÇÃO – NOVO TROLLER T4
UM PASSO ADIANTE
COM MAIS FORÇA E VISUAL INÉDITO, O TROLLER T4 CHEGA COM
PERSONALIDADE PRÓPRIA
por JAMES GARCIA | Fotos DIVULGAÇÃO
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O novo Troller ganhou um estilo mais hitech,
com boas soluções de design e desempenho
E
mbora divida muito as opiniões em
relação ao visual – há quem não
troque o design antigo pelos modernos
traços hitech -, o novo Troller T4 chega
impondo respeito, com um powetrain
mais forte, tecnologia, segurança e conforto
mais evidentes.
O jipe divide também diversos componentes com
a picape Ranger, como o painel de instrumentos
com computador de bordo e iluminação “Ice
Blue”.
A mecânica, também compartilhada com a Ranger,
apresenta motor 3.2 turbodiesel de 200 cavalos,
que trabalha em conjunto com uma transmissão
manual de seis velocidades, comando eletrônico
de tração (4x4 e 4x4 reduzida), diferencial traseiro
autoblocante e freio a disco nas quatro rodas com
sistema ABS e EBD.
O Novo Troller T4 vem com protetor frontal e
estribos laterais integrados à carroceria,
bagageiro com barras transversais ajustáveis
e aerofólio na tampa traseira com brake-light
integrado. Tomada de ar em posição elevada
preparada para a instalação de snorkel e base
para guincho integrada são equipamentos que
contribuem para a sua verdadeira vocação.
O interior tem um visual agradável com
materiais de qualidade superior, que oferecem
alta resistência e fácil limpeza para o uso em
trilhas. As várias opções de regulagem do banco
e os instrumentos à mão facilitam encontrar
uma boa posição de dirigir.
Há uma boa lista de equipamentos de série: arcondicionado digital “dual zone”, CD-MP3 player
com entrada auxiliar, USB e Bluetooth, vidros e
espelhos elétricos, bagageiro de teto, lanternas
32
33
A aptidão para o off-road é garantida pelo parrudo
conjunto mecânico, que o T4 divide com a picape Ranger
34
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A marca disponibilizará uma lista de 130 acessórios
específicos, como snorkel, guincho e pneus
lameiros. Itens quase obrigatórios para um jipe
de LED, teto solar duplo de vidro e rodas de
alumínio de 17 polegadas com pneus de uso
misto.
O Novo Troller T4 foi apresentado junto com a
nova fábrica da Troller, na cidade de Horizonte,
no Ceará -­ local onde nasceu e é produzido até
hoje - que passou por um amplo processo de
modernização e ampliação. A unidade adotou
em suas instalações novos processos de
manufatura nas áreas de estamparia, soldagem,
pintura e montagem para garantir altos padrões
de qualidade e produtividade. Isso significa que
o jipe perdeu os traços de veículo artesanal, que
ainda o acompanhavam.
A marca disponibilizará uma linha de acessórios
para quem deseja personalizar e agregar mais
funcionalidades ao veículo, composta por mais
de 130 itens, como snorkel, guincho, para-
choques de aço, pneus lameiros, estribos de aço
e bagageiro. E também uma série de protetores
– do cárter, câmbio, caixa de transferência,
escapamento
dianteiro,
intermediário
e
traseiro e tanque – para percursos off-road
mais radicais.
O Jipe tem três anos de garantia e a assistência
técnica da rede, com 19 distribuidores no
Brasil, com previsão de chegar a 21 até o final
desse ano.
O Troller ficou mais caro, agora é vendido ao
preço de R$110.990, contra os 97.000 da última
versão.
Assim que testarmos a nova versão do jipe
brasileiro, faremos uma matéria mais completa
e extensa, para podermos tirar conclusões mais
acertadas e precisas.
Em breve, teremos novidades!
36
37
FICHA TÉCNICA
NOVO TROLLER T4 2014
Frente completamente nova, transmite força e robustez
MOTOR: Diesel, dianteiro,
longitudinal, cinco cilindros em
linha, turbo de geometria variável,
3.198 cm³
Potência: 200 cavalos a 3.500 rpm
Torque: 48 kgfm de 1.700 a 2.500
rpm
Transmissão manual de seis
marchas
Tração: 4×2 (traseira), 4×4 e 4×4
reduzida
Direção: hidráulica
SUSPENSÃO
DIANTEIRA E TRASEIRA: eixos
rígidos com molas helicoidais na
dianteira e traseira
FREIOS
Discos ventilados na dianteira e
sólidos na traseira, com ABS
O interior ganhou muito mais conforto e itens funcionais
DIMENSÕES (mm)
PESO: 2.140 kg
PORTA-MALAS: 134 litros TANQUE: 62 litros
COMPRIMENTO: 4.095 mm
LARGURA: 1.977 mm
ALTURA: 1.966 mm
ENTREEIXOS: 2.585 mm RODAS: aro 17 com pneus 265/65
R17
CAPACIDADES
ÂNGULO DE ENTRADA: 51°
ÂNGULO DE SAÍDA: 51°
ALTURA LIVRE DO SOLO: 20,8 cm
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MINHA AVENTURA – EXPEDIÇÃO CARRETERA YUNGAS
CARRETERA YUNGAS
DEATH ROAD
A ESTRADA MAIS PERIGOSA DO MUNDO FOI O DESTINO DE TRÊS
OFF-ROADERS PAULISTAS, QUE À BORDO DE UM LAND ROVER
DEFENDER 110, ENFRENTARAM OS PERIGOS DA ESTRADA DA MORTE
Fotos REINALDO JUNQUEIRA JR E DOUGLAS MOREIRA
40
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O início da Carretera Yungas. São 60 quilômetros de estrada
com um desnível de 3.000 metros até a cidade de Coroico
42
43
A
os 4.650 metros de altitude, a
20 quilômetros de La Paz, nos
Andes Bolivianos, está localizada
a lendária Carretera Yungas,
também
conhecida
como
a
Estrada da Morte, que, em 1995, recebeu do
Banco Interamericano de Desenvolvimento,
o título da estrada mais perigosa do planeta,
com um número de 300 mortes ao ano. São
quatro características que se unem: topografia
vertical, caminho estreito, clima extremo
e solo instável. Junte tudo isso com carros,
caminhões e ônibus lutando por espaço e
teremos uma estrada mortal. E foi pra lá que
decidi montar uma Expedição, para vivenciar
essa experiência.
A viagem, realizada em Outubro de 2012,
partiu de São Paulo em um Land Rover
Defender 110, comigo, Reinaldo Junqueira Jr
- idealizador da expedição, Douglas Moreira,
fotógrafo e Laurent Refalo, cinegrafista, com o
objetivo de percorrer aqueles 60 quilômetros
vertiginosos de extensão, além de distribuir
500 bolas para as crianças que vivem nas
redondezas.
O roteiro teve inicio na cidade de Jaú, SP com
destino à fronteira com Corumbá, MT, (foto 2).
De lá atravessaram para a Bolívia, por Santa
Cruz de La Sierra, passando por Cochabamba,
até a capital La Paz. (foto3-lago).
Muita tensão na estrada por conta da rota
do tráfico e dificuldade dentro da Bolívia
para o abastecimento de Diesel, pois uma lei
promulgada pelo governo Boliviano instituiu
que os combustíveis vendidos aos veículos
com placas estrangeiras deviam ter o valor
três vezes maior do que para carros de
Quem desce tem que permanecer à
esquerda, a centímetros do abismo e dar
passagem para quem sobe pela direita.
Qualquer vacilo e a catástrofe está feita!
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45
bolivianos, o que pegou o grupo de surpresa,
pois o preço do diesel passou dos R$ 3,00, o
litro.
Também houve uma enorme dificuldade em
encontrar diesel em La Paz, chegando ao
ponto de recusarem abastecer o 4x4. Isso,
de certa forma, acaba dificultando o turismo
por conta própria, pois não existe a garantia
de que encontrará combustível disponível
quando é mais necessário.
Ficamos dois dias em La Paz para nos
aclimatizar e esperar a hora certa para descer
a Carretera Yungas.
A viagem começa aos 4.650 metros de altitude,
em La Cumbre; uma estrada asfaltada com
enormes penhascos (fotos 4 e 5), que dá
acesso ao início da Carretera Yungas (Fotos
6). São 60 quilômetros de estrada com um
desnível de 3.000 metros até a cidade de
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47
Topografia vertical, caminho estreito,
clima extremo e solo instável
Laurent Refalo
Douglas Junqueira Jr.
Douglas Moreira
A neblina é perigosa, todo cuidado é pouco
aconteceu o pior acidente do local, quando em
24 de Julho de 1983, um ônibus despencou
abismo abaixo com 100 passageiros. Todos
morreram, realmente são lugares que dão
calafrios.
A ideia inicial era apenas descer a Carretera
Yungas e subir pela nova Carretera, mas o
tivemos informações de que a nova estrada
não ofereceria tanta emoção, então decidimos
encarar novamente a Yungas e aí sim, deu para
sentir o que é a Estrada da Morte. Pegamos
muita neblina durante a volta e um trânsito
bem maior, mas graças a Deus estávamos no
lado preferencial (à direita) e sobrevivemos
para contar a história.
Coroico.
Há enormes precipícios ao longo de todo
trajeto, variando de 100 a 900 metros sem
guard rail, o que faz qualquer um pensar 20
vezes antes de passar por ali.
O clima muda muito rápido, passando de
ensolarado a nublado em questão de minutos,
o que dificulta muito a visibilidade.
A Carretera Yungas é o único lugar na Bolívia
onde se utiliza a mão inglesa, ou seja, quem
desce tem que permanecer à esquerda, a
centímetros do abismo (foto 7 passagem) e
dar passagem para quem sobe pela direita.
Isso tudo tem fundamento prático, pois no
momento de dar a passagem, o motorista
consegue ver onde está passando com a roda,
próximo do abismo, uma vez que com um
vacilo ou um reflexo lento, ou uma escapada
da embreagem e a catástrofe está feita!
Reinaldo comentou que havia dois pontos
altos ali: o Balconcillo, palco da maioria dos
acidentes (fotos balconcillo) e San Juan; onde
Veja mais: www.facebook.com/yungasroad
Tem uma história ou aventura interessante
para contar aos leitores da Revista
4x4 Digital? Mande fotos e texto para
[email protected]
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EVENTO - 21ª FESTA NACIONAL DO JEEP – BRUSQUE, SC
A MAIORIDADE
DA FENAJEEP
A ADRENALINA ROLOU E CORREU À
SOLTA EM BRUSQUE, SC, ENTRE 18 A
22 DE JUNHO, NA 21ª DA FENAJEEP
– FESTA NACIONAL DO JEEP - O
MAIOR ENCONTRO OFF-ROAD DO
BRASIL. A FESTA REUNIU MAIS DE 130
MIL PESSOAS, ENTRE VISITANTES E
COMPETIDORES, QUE CIRCULARAM
PELOS ESPAÇOS DO PAVILHÃO MARIA
CELINA VIDOTTO IMHOF (FENARRECO)
DURANTE O EVENTO. OS NÚMEROS
SUPERARAM A PREVISÃO DA
ORGANIZAÇÃO EM MAIS DE 30%.
FOTO: RUAN GROH
50
51
D
passado foram 10 mil pagantes”, comentou
Novamente, o Salão Off-Road foi um
sucesso, segundo Cane. No local, os
72 expositores mostraram o que há de
novidade no segmento automotivo 4x4.
Itens como vestimentas, calçados, artigos
para carros, peças, pneus, entre outros
alavancaram as vendas dos participantes.
“Não há números oficiais, pois esses são
de cada expositor. No decorrer do ano é
que vamos verificando com um ou outro
FOTO: CAROLINE DE SOUZA
e acordo com o presidente do
Brusque
Jeep
Clube,
Carlos
Cane, em 2013 houve o registro
de aproximadamente 100 mil
pessoas que circularam pelo
interior do evento. Este ano, até a manhã
de domingo, 22, último dia da festa, mais
de 130 mil tinham passado pelo local. “Não
queria dizer público pagante, mas, sim, que
circularam pelos espaços. Pagante devemos
ter uma média de 15 mil nestes dias. Ano
FOTO: HENRIQUE BRUNS
por VALDOMIRO DA MOTTA
FOTO: CAROLINE DE SOUZA
FOTO: CAROLINE DE SOUZA
52
FOTO: MICHEL PATITUCCI
Público marca presença no salão off-road da Fenajeep
FOTO: MICHEL PATITUCCI
Momentos distintos: acima, um CJ3A na trilha
e, abaixo, o espaço para as viaturas militares
quanto conseguiu se negociar no local. Mas
há expositores que afirmam ter vendido
em torno de R$ 400 mil durante os dias do
evento em outras edições. E se formos olhar,
às vezes esses R$ 400 mil não são vendidos
em um mês na loja ou estabelecimento
do
expositor”,
complementa
Cane.
Os expositores são oriundos de diversos
estados da País, não apenas de Santa
Catarina. Cane relatou que há interesse,
também, de pessoas de outros países, com
Argentina e Paraguai, em montar espaço
para mostrar seus produtos no evento. “Tivemos nesta edição participante que
veio do Chile. Conversamos com uma
pessoa do Paraguai que está elaborando a
documentação para, ano que vem, trazer a
loja dele para expor. Então, a Fenajeep está
cruzando fronteiras”, prossegue o presidente
do Brusque Jeep Clube.
53
Um incrível “pega” na pista indoor de traçado duplo
54
FOTO: RUAN GROH
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chama de provas experimentais. Na quintafeira, 19, houve o acabamento para deixar
a pista apropriada à disputa, que começou
efetivamente na sexta-feira, 20, reunindo
24 pilotos em três categorias diferentes.
De acordo com Odilon Cunha Junior, diretor de
prova da Fenajeep, o Extreme chama atenção pelo
tamanho dos veículos e seus pneus. Por regra,
cada um deve ter pneus bem grandes. “É o maior
evento de veículos pesados do país, em que cada
jipe custa em média, R$ 100 mil”, explica Odilon
Cunha Junior, diretor de prova da 21ª Fenajeep.
Na competição, cada jeep carrega o piloto e
mais um ajudante, o chamado “Zequinha”, que
é responsável pela força física quando o veículo
não consegue ultrapassar algum obstáculo. A
prova deve ser feita no menor tempo possível
e o piloto precisa ter braço para não esbarrar
nas estacas posicionadas ao longo da pista. “A
premiação é do primeiro ao quinto colocado em
cada uma das três categorias, pelo menor tempo,
somando as penalizações (batidas nas estacas),
que são descontadas ao término”, complementa
Odilon.
FOTO:MICHEL PATITUCCI
De acordo com a organização, nenhum incidente
ou problema foi detectado na realização das sete
provasquecompuseramaedição2014daFenajeep.
“As provas ocorreram conforme planejamos.
Tentamos oferecer a maior segurança possível,
tanto aqui no indoor quanto nas provas fora.
Estamos gratificados por não ter havido nenhum
acidente e tudo ter transcorrido como havíamos
determinado”, comenta o diretor Jocemar Isensee.
Ao todo, 597 pessoas participaram das provas
ao longo dos cinco dias da festa.
Além das já tradicionais e conhecidas, a novidade
deste ano ficou por conta da etapa do Extreme
Trophy Brasil. A etapa especial fenajeep foi a
terceira – as duas anteriores aconteceram em
Almirante Tamandaré (SP) e Campina Grande
(PR).
O desafio Extreme Trophy Brasil empolgou
pilotos e público presente na 21ª Festa Nacional
do Jeep (Fenajeep). Uma prova que exige
concentração, braço e atenção triplicada por
parte de quem está ao volante de um jeep.
A prova teve início já no primeiro dia, quartafeira, 18, quando ocorreram o que a organização
FOTO: RUAN GROH
TRANQUILIDADE NAS PROVAS E UMA ESTREIA DE SUCESSO
FOTO: RUAN GROH
Emoção máxima no desafio Extreme Trophy Brasil
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FOTO:MICHEL PATITUCCI
FOTO:VALDOMIRO DA MOTA
Momento solene de
hasteamento da bandeira
UM JEEP, UM MENINO, UM SONHO
Viajar pelo mundo, sem destino, sem programar
nada e contar apenas com a companhia de um
jeep e a certeza de estar realizado com um sonho
de criança. De fato, este é um sonho, talvez, de
muitas pessoas, mas que poucos durante a vida
têm o privilégio de poder realizar. O ex-professor
Norberto Sciamanna Boddy, 67 anos de idade,
é um destes privilegiados. Literalmente falando.
Natural de Curitiba (PR), Boddy deixou a
carreira escolar há quatro anos e aproveitou o
tempo livre com a chegada da aposentadoria
para por em prática o desejo que surgira
quando ainda era criança: se aventurar pelo
mundo. Algo que já fazia anteriormente,
quando as oportunidades surgiam com a
pausa nas salas de aulas ao longo de 40
anos como professor. Lecionou em Curitiba,
Florianópolis, Porto Alegre e outros lugares.
“Essa característica de dar aula me permitiu
viajar muito com o jeep. Tinha muito espaço
vago entre aulas, com férias longas e viajava
tranquilamente com meu jipinho”, conta ele. Mas já que o assunto central são as andanças
pelo mundo, ele faz questão de dizer que o
sonho era antigo. Principalmente o de ter um
jeep, paixão que brotara quando ainda tinha
somente três anos de idade. Isso mesmo,
dos 67 de vida, de 64 deles o veículo faz
parte. “Eu inventava expedições pelo fundo
do quintal da minha avó. Dali comecei a me
interessar por esse tipo de aventura, sempre
gostei de ler sobre aventura e comecei a fazer
as minhas próprias aventuras”, relembra.
Com os filhos crescidos e o fato de não ter
mais a presença física da esposa, falecida, o
possibilitam a dar o rumo que bem entender
às suas viagens. E elas não são, em nenhum
momento, planejadas ou programadas com
antecedência. Literalmente, vai para onde o
vento o guiar. Ou o jeep. Uma experiência
que o faz perceber uma nova descoberta,
apesar das mais de seis décadas de vida.
“É sempre uma surpresa nova a cada dia.
Mesmo que você não saiba onde vai estar no dia
seguinte, é sempre uma nova surpresa. Pessoas
diferentes, situações e cidades diferentes. É um
aprendizado continuo”. Viajar pelo mundo não é uma forma literal de
expressar. Ele já conhece, sim, muitos lugares.
Da América, somente Venezuela e Chile ainda não
o receberam. Este último, já tem data para ser
visitado: novembro. No momento que antecedia
a entrevista, ele conversava com um amigo que
fizera no Uruguai, onde foi já oito vezes e retorna
ainda este ano para um encontro de jipeiros.
A presença na Festa Nacional do Jeep também
foi fruto do acaso. Ou nem tanto. Estava em São
Bento do Sul e se deslocava para Florianópolis.
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Norberto Boddy, um mestre na arte da simpatia e dos
conhecimentos 4x4, marcou presença na Fenajeep
Foi quando soube do evento e decidiu fazer
parada para conhecer. Acompanha sempre o
calendário de eventos pelo país e quando se
depara com um que está em seu trajeto, para
e participa. E é nestes locais que aproveita para
angariar recursos para dar sequência à vida de
desbravador do mundo. “Vendo alguns produtos
para arrecadar dinheiro e poder seguir pela
estrada, para gasolina e uma ou outra coisinha”.
Entre eles o seu livro, publicado recentemente,
no qual relata sua experiência pelo mundo. O
título, aliás, é bem sugestivo: Um menino, um
jeep, um sonho. E para encerrar, não seria mais
apropriado do que resumir em poucas palavras
o que tudo isto significa em sua vida. Do menino
sonhador ao professor de geografia que decidiu
ganhar o mundo, literalmente. “Deixei de ser
professor para virar aluno da vida”.
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4X4 CUSTOMIZADOS
OFF-ROADER GAÚCHO TRANSFORMA PICAPE DE TRABALHO EM UMA
VERDADEIRA MÁQUINA DAS TRILHAS PESADAS. UMA BANDEIRANTE
COMO VOCÊ NUNCA VIU!
TRANSFORMAÇÃO
TOTAL!
por JAMES GARCIA | Fotos EDUARDO NEVES
60
M
uitas vezes algo que procuramos
está mais próximo do que
podemos imaginar. Que o diga
Eduardo Lorenz Dias, 27 anos,
natural de Cachoeira Do Sul, RS
e que trabalha na administração em uma loja
de roupas da família.
Eduardo travou contato com o universo offroad faz uns 3 anos e sempre curtiu mais as
picapes. Já teve duas Ford Ranger, estando
com uma no momento. Mas para trilha
somente essa Toyota Bandeirante.
61
Uma Toyota Bandeirante
nervosa! Motor turbinado,
snorkel, suspensão elevada
e imensos pneus Genius
Ignorante nas medidas
315 x 70 R17
“Sempre fui um grande fã de da Toyota
Bandeirante e quando decidi comprar, não
queria a primeira que aparecesse pela frente.
Esperei o momento certo e hoje estou com
essa, em ótimo estado”, explicou.
Eduardo lembra um pouco essa história que
começou desde que ele era um guri bem
pequeno. “Eu sempre fui um adorador de
Toyota. Com 21 anos comecei a procurar uma
para comprar e as que eu encontrei eram
muito caras e não valiam o que pediam, pois
eu teria de gastar o dobro para deixar como
eu queria”, contou.
A compra teve lances interessantes. O rapaz
viu alguns modelos através da internet, e
assim foi viajar duas vezes, uma vez para
Goiás e outra vez para Brasília. “Fui tão
longe e encontrei a minha há apenas duas
quadras da minha casa, em uma revenda. O
antigo dono, o Major Boésio, decidiu vendêla porque tinha encontrado uma cabine dupla
mais nova”, citou.
A picape foi comprada em junho de 2013 e
antes mesmo disso, Eduardo já sabia que
queria uma picape muitíssimo bem equipada,
para não passar perrengues.
E pensando dessa forma, comprou todos os
acessórios para colocar nela.
A Toyota estava muito inteira, equipada com
pneus de 38”, suspensão independente com
molas aspirais, entre outros detalhes.
Eduardo instalou um guincho elétrico com
capacidade para 12 mil libras, levantou mais
a suspensão, colocou faroletes especiais de
500 watts, grade dianteira de proteção dos
faróis, snorkel, direção hidráulica, freio a
disco dianteiro, rádio PX, cd player, bancos do
Renault Picasso, capota de lona marítima para
a caçamba, engate de reboque de encaixe,
alargadores de rodas de cinco centímetros e
estribos laterais para facilitar o acesso.
A mecânica recebeu cuidados. Foram
trocados todos os rolamentos, a bomba e bico
injetor de diesel foram trabalhados e o motor
Mercedes Benz 608 ganhou uma turbina. O
escapamento recebeu uma descarga mais
grossa e ponteira cromada.
A embreagem agora é nova, o diferencial e
caixa de câmbio foram revisados
O visual “monstro” da picape ficou mais
evidente com a compra de imensos e
agressivos pneus Genius nas medidas 315 x
70 R-17. “Comecei a equipar a Toyota quando
levantei mais a suspensão e depois disso, foi
uma sequencia natural”, disse Eduardo.
O maior trabalho foi acertar a geometria
de direção dianteira, porque as rodas não
paravam de tremer (shimmy), o que causou
demora até que o problema fosse sanado,
mas acabou dando tudo certo.
Hoje a picape para usos diversos, saídas da
cidade, para fazer pescarias e, claro, muito
off-road. Eduardo é integrante do Cachoeira
62
63
Jeep Club, que realiza a tradicional Trilha dos
Arrozais, evento famoso na região que reúne
vários aficionados do fora de estrada, tanto
da própria cidade, como de outras cidades,
sendo considerada a melhor da região.
Eduardo
fez
questão
de
frisar
dois
importantes profissionais envolvidos nesse
projeto, o serralheiro e jipeiro Conrado
Garber, responsável pelo trabalho suspensão,
instalação do guincho e engate de reboque.
E José Castro, mecânico do Jeep Clube de
Cachoeira do Sul. “Sem esse pessoal seria
quase impossível deixar de ser uma toyota
simples, para virar uma Super Toyota!”.
Saiba mais a respeito desse fera do Sul,
falando diretamente com seu proprietário,
Eduardo Lorenz Diaz, Fone: (51) 9591-7674
64
65
Aqui é fácil perceber a mudança radical que
a suspensão sofreu. No lugar dos feixes,
entraram as molas espirais, amortecedores
e articulações de grande curso. Que altura!
FICHA TÉCNICA
PICAPE TOYOTA BANDEIRANTE 1985
MOTOR: Mercedes Benz modelo 608 Diesel,
longitudinal, dianteiro, quatro cilindros em
linha turbinado
ALIMENTAÇÃO: bomba injetora e injeção
direta
POTÊNCIA: 110 cavalos a 3.400 rpm
ARREFECIMENTO: água
TORQUE: 47 kgfm a 1.400 rp
CILINDRADA: 3.661 cm3
DIÂMETRO E CURSO: 102 x 122 mm
TRANSMISSÃO: câmbio manual de 5 marchas
à frente + ré
TRAÇÃO: Tração 4x2 traseira, 4x4 e 4x4 com
reduzida
DIREÇÃO: hidráulica
Eduardo Lorenz Dias viajou para outro
estado atrás de uma Bandeirante, mas
acabou encontrando perto de sua casa.
Hoje ela está do jeito que ele sonhava...
SUSPENSÃO
DIANTEIRA E TRASEIRA: eixo rígido
independente, com molas espirais da F 100
FREIOS
DIANTEIRA E TRASEIRA: dianteiro a disco e
traseiro originais a tambor
DIMENSÕES (mm)
COMPRIMENTO: 5.000
LARGURA: 1.710
LARGURA TOTAL COM RETROVISORES E
ESTRIBO: 2.250
ALTURA TOTAL: 2.230
VÃO LIVRE: 1.100
PASSAGEM EM ÁGUA: 1.600
BITOLA
DIANTEIRA E TRASEIRA: 1.250
ENTRE-EIXOS: 2.900
PESO: 2300 kg
RODAS: 15 e 17
PNEUS: Genius 315 x 70 R-17
CAPACIDADE DE CARGA: 1 tonelada
VELOCIDADE MÁXIMA: 120 km/h
TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 80 litros
(instalado no chassis)
CONSUMO: 8 km/l
COMBUSTÍVEL: diesel
66
67
JIPES CUSTOMIZADOS
PARA IR A
QUALQUER LUGAR
EIS UM JEEP WRANGLER TJ 1997, PREPARADO PARA TRILHAS
PESADAS E TAMBÉM PARA LEVAR A FAMÍLIA PARA PASSEAR
por JAMES GARCIA | Fotos SIDINEI SANTOS
N
osso personagem sempre gostou de
passear no interior com a família, e
por estar sempre se “embrenhando”
por estradas vicinais, passou por
situações inusitadas, até o dia em
que seu carro atolou sério.
Adivinhe quem apareceu para salvar o final de
semana? Um guerreiro Willys! “Foi ali que decidi
andar só de 4x4”, contou Nobrega, paulistano
de 39 anos, que atua no ramo de transporte na
capital.
A linha de pensamento não poderia ser mais
coerente, afinal, como ele mesmo disse, “de
que adianta ter um carro que não pode me levar
onde gosto de ir?”. Nobrega estreou no off-road
com um Mitsubishi TR4 que lhe proporcionou
muita satisfação, mas queria algo mais radical;
um 4x4 para trilhas pesadas.
O rapaz recebeu de um amigo o inusitado convite
para comprar um Jeep Willys em sociedade. E
assim foi feito. Eles adquiriram um Jeep CJ5
1961 que estava encostado numa garagem,
restauraram-no e com ele entraram para o
universo off-road real, levando a família inteira,
que hoje não vive mais sem uma aventura.
Tudo estava bem, mas ele decidiu comprar
um novo 4x4, de concepção clássica, mas que
oferecesse mais segurança e conforto para as
filhas. “Não queria de forma nenhuma sair da
linha Jeep, por isso, escolhi o modelo Wrangler
TJ 1997, uma versão que lembra muito os
antepassados”, citou Nóbrega.
Ele escolheu um modelo equipado com motor
seis cilindros 4.0L, de 181 cavalos de potência
a 4.600 rpm e câmbio automático de três
marchas, originalmente na cor azul. O Jeep veio
também com duas capotas, uma rígida e outra
de lona.
Após fechar negócio, o off-roader deu início
a execução dos planos que tinha em mente.
“Comecei a pesquisar sobre uma suspensão
especial e, claro, uma oficina especializada (RCA
4x4) para efetuar a montagem”, comentou. Ele
juntou as peças para a empreitada: alargadores
de para-lamas, snorkel, rodas especiais – com
off-set alterado e os bed-lock originais do
modelo –, para-choque traseiro customizado e
adaptado (originalmente do Troller), protetores
de diferencial, pára-choque dianteiro importado
(com o berço do guincho), o guincho elétrico
e toda a parafernália da suspensão, parte que
sofreu a maior alteração. Os eixos rígidos e
molas helicoidais agora contam com o auxílio
de um kit de elevação de 6”, amortecedores de
nove regulagens acionado por controle remoto,
braços de suspensão ajustáveis e rotulares,
barra de direção para Rock Crawling, braço
Pitman rebaixado, barra panhard com suporte
rebaixado e barra ajustável, sistemas de
bieletas e amortecedor de direção especiais.
68
Estiloso e muito bem cuidado, esse TJ parece um 4x4 novo. A suspensão foi elevada em 6”
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Roberson Nobrega e sua famíla: a esposa Keli e as filhas Isabella e Giovanna
inteiro desmontado, ficando apenas o motor.
Retiramos toda a massa plástica aplicada e o
veículo ganhou nova cor Amarelo Citrus”, citou.
Mesmo com as alterações, o Jeep ficou com boa
dirigibilidade, principalmente pela instalação de
uma nova barra estabilizadora.
“A criançada para na rua para curtir o Jeep,
é um barato! Todos tiram fotos ao seu lado.
Fico feliz, principalmente pelas crianças, afinal
eles serão os próximos a estarem nas trilhas”,
comentou o dono.
Nobrega disse que os amigos não acreditavam
que ele colocaria o Jeep na trilha depois de
Para completar, uma nova capota de lona, pneus
Mud e bloqueios de diferenciais e reduzida.
Foram substituídos os retentores por modelos
especiais, instaladas pontas de eixo reforçadas,
bloqueios e reduções, os amortecedores a ar
e com controle remoto, tudo para oferecer o
máximo desempenho ao 4x4.
Ao instalar os acessórios e o snorkel, sofreu
com problemas de acabamento, o que fez com
que o Jeep fosse pintado várias vezes. “Essa foi
a parte mais difícil, encontrar uma boa funilaria.
Mas valeu o esforço, pois quem vê não acredita
que não é uma pintura original. O Jeep foi
70
71
FICHA TÉCNICA
JEEP WRANGLER TJ 1997
MOTOR: AMC 242 dianteiro, longitudinal, seis cilindros
em linha
CILINDRADA: 3.986 cm³
INJEÇÃO: Sequencial, multiponto, eletrônica
Taxa de compressão: 8.8:1
POTÊNCIA: 181 cavalos a 4.600 rpm
TORQUE: 30 kgfm a 2.400 rpm
TRANSMISSÃO: automática, 3 marchas
RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO FINAL: 4:11
TRAÇÃO: 4x2 traseira, 4x4 e 4x4 reduzida através
de caixa de transferência. Bloqueio de diferencial
e-locker dianteiro e detroit locker atrás. Pontas de
eixos especiais, eixo cardã traseiro com kit SYE e
junta CV
SUSPENSÃO
pronto. Mas ele colocou. “Na segunda vez tive
problemas no engate do 4x4 e fui obrigado a
terminar em 4x2, dei uma enroscadinha, mas
meus amigos e um velhinho Willys 1954 me
ajudaram”, relatou. O espírito é esse mesmo. É
claro que depois da farra o Jeep voltou para a
funilaria antes de fazer as fotos para a 4x4&Cia,
pois já haviam pequenas avarias.
“Não tenho intenção de destruir o Jeep, mas
não vou deixar de fazer trilhas”, finalizou o dono
do Wrangler vitaminado.
Para trocar mais informações envie e-mail
para Roberson Nobrega: robersondenobrega@
yahoo.com.br
DIANTEIRA E TRASEIRA: Eixo rígido, molas
helicoidais, barra estabilizadora, amortecedores a gás.
Kit elevação de 6”, amortecedores com 9 regulagens
com controle remoto, braços de suspensão ajustáveis
e rotulares, barra de direção para Rock Crawler
(rótulas nas pontas), braços Pitman rebaixado, barra
Panhard com suporte rebaixado e barra ajustável
com rótulas, sistemas de bieletas e amortecedor de
direção especiais
FREIOS
DIANTEIRA: Disco
TRASEIROS: Tambor. Flexível de inox alongados com
capa de proteção
DIMENSÕES (mm)
BITOLA DIANTEIRA E TRASEIRA: 1.572
VÃO LIVRE: 270
PASSAGEM DE ÁGUA: 600
TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 55 L
PNEUS: 33” x 13 x 15”
RODAS: 15x8”
CONSUMO
CICLO MISTO (L/100 km): 5 km/l
VELOCIDADE MAXIMA: 150 km/h
SERVIÇO
ADAPTAÇÕES MECÂNICAS – RCA 4X4
Eixo cardã traseiro com kit SYE e junta CV
Diferenciais com bloqueios e protetores
72
(11) 4442-2660 c/ Rodrigo Maziviero
73
JIPES CUSTOMIZADOS
DÁ PRA FAZER
TRILHA DE 4X2?
O HYPE DOS VEÍCULOS CROSSOVER - CARROS 4X2 ENFEITADOS
DE 4X4 – CONFUNDE AS PESSOAS. MAS É POSSÍVEL PRATICAR
OFF-ROAD COM UM 4X2, BASTA SE INFORMAR E SEGUIR OS
CAMINHOS CORRETOS
por FÁBIO EVANGELISTA | Fotos DIVULGAÇÃO/ARQUIVO 4X4 DIGITAL
P
or conta da popularização de veículos
4x2
enfeitados
com
adereços,
adesivos e alguns acessórios off-road,
muitas pessoas ficam perdidas em
relação ao que seria o veículo correto
para a prática de atividades fora de estrada.
Organizadores de eventos também ficam
em dúvida sobre abrir inscrição para viaturas
que não são originalmente de trilha, em seus
passeios off-road.
Certamente devem pensar que a participação
poderia resultar em quebras e mão de obra
pesada para tirar esses carros do enrosco, afinal,
muitos deles contam apenas com enfeites que
lhe conferem jovialidade e espírito aventureiro.
Mas como fazer para reconhecer um verdadeiro
4x2 Todo-Terreno? Como se integrar com a
galera que anda com Gaiolas, Bajas, Buggys e
afins em eventos off road? Como diferenciá-los
se são todos 4x2? Eles realmente acompanham
veículos 4x4? Muitas perguntas exigem muitas
respostas!
no continente europeu, quando no norte do
continente africano, região caracterizada
pela presença de desertos e dunas de areia.
As movimentações das tropas alemãs eram
feitas por derivações do Fusca como o
Kübelwagen (que teve algumas versões 4x4),
Kommandeurwagen, Typ 166 e até o anfíbio
Schwimmwagen (baseado na rara mecânica
4x4 do Kübelwagen).
Primeiro vamos responder a pergunta básica:
o que Gaiolas, Buggys e Bajas diferem de um
4x2 convencional? A grande diferença está na
configuração da tração traseira + motorização
traseira, característica proveniente dos veículos
Porsche, que inspiraram uma série de viaturas
da Volkswagen, entra as quais destacamos o
nosso querido e inesquecível Fusca.
Vale lembrar que o Fusca (assim como seus
antecessores e derivados) foi desenvolvido
na Alemanha em período de guerra, em que
rodovias asfaltadas eram incomuns e o que
imperava eram estradas não pavimentadas,
geralmente, com péssimas condições de
transposição. Seja por conta da neve ou
devido ao seu derretimento, que deixava as
estradas pra lá de enlameadas.
Também é importante dizer que o Fusca
e suas derivações foram exaustivamente
utilizados pelas tropas alemãs, principalmente
durante a Segunda Guerra Mundial. Tanto
O anfíbio Schwimmwagen
Kubelwagen
Um VW Baja moderno, feito no Brasil
Kommandeurwagen
74
75
Na década de 1970, com o Fusca popular
no mundo inteiro, haviam várias campanhas
publicitárias da Volkswagen no Brasil,
associando o Fusca ao bom desempenho em
estradas não pavimentadas, entre os quais
destacamos o famoso vídeo associando o
Fusca com a Transamazônica.
CLIQUE AQUI
No Brasil, o uso de Buggys em passeios
nas dunas de areia do Nordeste são muito
populares. Mundo afora o que vimos é uma
verdadeira legião de apaixonados por trilhas,
que amam essas viaturas e investem pesado
para deixá-las ainda mais apropriadas para o
uso fora de estrada. São várias as técnicas
e recursos disponíveis para levantar uma
suspensão, por exemplo.
Para diferenciá-las dos 4x2 convencionais,
são comuns mundo afora o uso dos termos
Dunne Buggies e Baja Bug (nos EUA), 4x2
Tout Terrain (na França), 4x2 Todo Terreno
(em Portugal). No Brasil tem se popularizado
o uso do termo 4x2TT (sigla de Todo Terreno),
para denominar as viaturas com motor e
tração traseiros, sejam eles gaiola, Buggy,
X-12, Baja etc.
Atualmente, o mercado off-road já está atento
para todo esse movimento. Muitas lojas já
direcionam seus produtos para esse público.
Vários organizadores de eventos já abriram
os olhos e não querem deixar de fora esse
apaixonado público. Mas ainda falta muito
que melhorar.
Clubes e organizadores, aceite a galera
4x2TT em seu evento. Mesmo se encalharem,
Motor e tração traseiros
fazem a diferença
eles serão facilmente rebocados por serem
veículos leves e cada um pode curtir com a
viatura que achar mais legal.
Sem preconceitos no off-road, por favor!
FÁBIO EVANGELISTA É DIRETOR DO CLUBE
GURGEL GUERREIRO E TRABALHA PARA
DIFUNDIR A PRÁTICA DO FORA-DEESTRADA COM VEÍCULOS 4X2 NO BRASIL
Gurgel preparado “arrepiando” na trilha
Fábio Evangelista e
seu inseparável X-13!
Baja Bug de competição norteamericano
Apesar de ser uma cultura muito forte no
exterior, em nosso País ainda há muita
resistência entre alguns jipeiros, que
acreditam que somente a tração 4x4 pode
garantir
ad. Outros acham
que quem tem um 4x2TT só o tem por não
ter dinheiro para comprar um 4x4. Por mais
que para alguns talvez essa seja a realidade,
muitos têm essas viaturas por simples paixão
e investem alto em seus veículos. Seja para
levantar uma suspensão e equipar com pneus,
guincho, bloqueio, acessórios etc.
Uma coisa é certa: pilotar um 4x2TT em trilha
requer muita técnica e é ai onde se concentra
a paixão de muitos. Muitos obstáculos que
seriam facilmente superados com 4x4 e
redução no 4x2TT pedem técnica apurada. Por
outro lado, a ausência de eixo diferencial faz
com que muitos 4x2TT tenham um vão livre
invejável de 50 centímetros ou mais, algo que
só seria possível para um veículos 4x4 com
o uso de pneus muito grandes, nas medidas
35”, 37” etc. Quem é trilheiro sabe que um
4x2TT pode sim passar onde um veículo
4x4 enroscou. Não faltam vídeos e fotos na
internet comprovando tais acontecimentos.
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JIPES CUSTOMIZADOS – PROTÓTIPO JEEP
BUSCANDO A
EXCELÊNCIA...
78
por JAMES GARCIA
Foto CLAUDIO LARANJEIRA
UM PROTÓTIPO 4X4 QUE VISA NÍVEIS INÉDITOS DE
REQUINTE CONSTRUTIVO, PROJETO E FINALIZAÇÃO, MAS
SEM ABRIR MÃO DO O VISUAL CLÁSSICO E INESQUECÍVEL DO JEEP
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P
or mais que ocorram melhorias
importantes geradas pelos avanços
tecnológicos, há uma parcela de
aficionados por carros que não aceita
mudanças em desenhos consagrados.
Podemos citar aqui marcas que mantém sua
identidade praticamente inalterada, como
Porsche, a série Defender da Land Rover e,
claro, os queridos Jeep.
Adilson Biason, é ferrenho defensor desse tipo
de conceito. Biason é engenheiro mecânico e
tem mais de 15 anos de experiência com jipes
e veículos off-road. Ele gosta tanto desse
universo que hoje é o diretor da empresa
Max4, que vem se notabilizando por construir
projetos 4x4, visualmente inspirados nos
velhos CJ Willys e Ford, mas dotados de
conjuntos mecânicos mais modernos e
potentes.
“Não tenho interesse em mudar o clássico
visual de um CJ, mas a parte mecânica tem
que ser revista”, comentou a respeito dessa e
outras criações.
Esse protótipo, que pelo tamanho se aproxima
de um CJ7 norteamericano, começou a ser
gerado em 2007, de forma espontânea,
quando ele comprou uma carroceria de fibra,
fechada, para restaurar um CJ5. “Quando fui
buscar, vi esse modelo 37 centímetros mais
comprido e fiquei atiçado para fazer algo
diferente”, contou.
Só para comparar, a carroceria é 30
centímetros mais comprida, entre o final do
para-lama e o início do caixote. Os paralamas são sete centímetros mais compridos e,
para ficar proporcional, a largura cresceu 15
centímetros no meio. Isso é fácil de perceber,
basta ver o aumento das aletas dianteiras que
subiu de sete para nove. Um Jeep de gente
grande!
Biason tinha alguns componentes de um
Land Rover Defender 90 (câmbio, caixa de
transferência e eixos), além de um recém
adquirido motor Maxion 2.8 diesel que
pretendia usar em algum projeto. Naquele
momento tudo se encaixou. “Pesquisei muito
que tipo de chassi usar, fui atrás de todas as
lojas do mercado, até que encontrei um do
Defender 90, com documentação já baixada
no Detran”, explicou Biason.
O maior trabalho desse projeto foi
a reestruturação
Um jipe com câmbio, caixa de transferência, eixos
de Land Rover Defender 90. Um crossover perfeito!
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81
Motor Maxion Power Stroke: 135 cavalos a
3.800 rpm e torque de 38,2 kgfm a 1.400 rpm
Nível de acabamento é excepcional em se tratando
de um jipe. Os detalhes (direita) são incríveis!
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medidas 33” x 12,5 x 15”, com rodas com aro
15”, que acabaram por formatar um conjunto
bem harmonioso. Não há discrepância e não
se tem a sensação visual de algo que lembre
um big foot.
Outros equipamentos que ajudam muito a
formatar essa percepção mais acertada são
os para-choques (o dianteiro abriga um forte
guincho mecânico de 12.000 libras acionado
via eixo, que sai da tomada de força da caixa
de transferência), alargadores de para lamas
e estribos, que se fundem numa continuidade
que favorece tanto o visual, quanto o conforto
e o uso geral.
Adilson comentou que outro ponto difícil foi
acertar a documentação, já que o Detran não
permite a utilização de um chassi ou estrutura
de um carro “baixado”.
O chassi havia sido comprado já com a parte da
numeração cortada e, depois de pronto, o carro
foi levado para uma vistoria minuciosa, onde
recebeu um laudo técnico com uma numeração
e documentos novos. O próprio documento
informa que se trata de um protótipo.
Para arrematar o aspecto externo, nota-se
o belo trabalho feito nas lanternas traseiras
redondas (linha de caminhões Mercedes),
bem posicionadas e fáceis de identificar.
A carroceria em fibra de vidro, feita já nessa
tonalidade dos caminhões Mercedes Benz
atuais, manteve o excelente padrão na parte
interna. O painel, muito bem feito e com
ótima ergonomia, apresenta velocímetro,
medidores de pressão de óleo, pressão do
turbo, temperatura e combustível. Os assentos
são do Jipe Troller atual e o acabamento, em
geral, é simples, mas com ótima qualidade
de acabamento, utilizando peças de veículos
diversos, sempre mantendo um padrão
esportivo e de qualidade. Entre os bancos
dianteiros foi feito um console muito funcional
e atrás do assento traseiro se esconde uma
bela caixa de ferramentas.
“Fiz esse jipe para agradar minha esposa”,
brincou Biason, que construiu sim um 4x4
com intenção de uso para lazer com sua
família, mas também para servir de exemplo
de como é o nível de trabalho oferecido por
sua empresa. Aliás, ele fez questão de deixar
impresso seu agradecimento especial aos
colaboradores e amigos da Max4.
Quer saber mais sobre esse ou outros projetos
da Max4? Entre em contato com Adilson Biason
pelo telefone: (11) 7875-3281 ou envie e-mail
para: [email protected]
realizada no chassi, principalmente no
deslocamento do eixo dianteiro mais à frente.
Atrás, a posição do eixo e da suspensão foram
mantidos, recebendo o incremento da barra
estabilizadora dos Defender 110 e 130. “Como
não tenho intenção de fazer off-road pesado,
instalei a peça, que limita o curso da suspensão,
mas oferece mais estabilidade”, citou.
Os pontos de fixação entre o chassi e a
carroceria tiveram de ser refeitos.
A suspensão apresenta braços móveis (que
lembram o sistema da Engesa), eixos rígidos
e molas espirais do Land Rover. Os freios a
disco nas quatro rodas e a direção hidráulica
também são oriundas do jipe inglês. “Uma
vez escolhido o modelo ‘doador’ de peças,
mantenho ao máximo o padrão das peças e
componentes utilizados”, informou.
Encaixar o motor Maxion à transmissão não
foi problema, já que os pontos de conexão
são iguais aos do motor diesel 2.5 do motor
original do jipe.
Os pneus escolhidos foram os Mud Terrain
Adilson Biason e seu protótipo Jeep
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FICHA TÉCNICA
PROTÓTIPO JEEP
FREIOS
MOTOR: Maxion Power Stroke,
dianteiro, longitudinal, quatro
cilindros, 8 válvulas
POTÊNCIA: 135 cavalos a
3.800 rpm
TORQUE: 38,2 kgfm a 1.400
rpm
TRANSMISSÃO: câmbio manual
de cinco marchas mais ré
TRAÇÃO: 4x4 integral com
opção de reduzida e bloqueio
do diferencial central por
alavanca
Disco nas quatro rodas
DIMENSÕES (mm)
COMPRIMENTO TOTAL: 4.150
LARGURA: 1.830
DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS:
2.440
BITOLA DIANTEIRA E
TRASEIRA: 1490
TRAVESSIA DE ÁGUA: 600 mm
VÃO LIVRE: 230 mm
CAPACIDADE DE CARGA: 550
RELAÇÕES DE MARCHA
1ª
3,69:1
2,13:1
3ª
1,39:1
1,00:1
5ª
0,77:1
3,53:1
/
2ª
/
4ª
/
Ré
quilos
BITOLA DIANTEIRA E
TRASEIRA: 1.490
DIÂMETRO DE GIRO: 12,65 m
(entre paredes)
ANGULO DE ENTRADA: 51,5º
ANGULO DE SAÍDA: 53º
RAMPA MAXIMA: 45º
PNEUS: Mud Terrain 33’’X12,5’’
RELAÇÃO DE DIFERENCIAL:
3,54:1
DIREÇÃO: setor e sem fim,
x 15”
assistência hidráulica. Pinhão
e cremalheira, assistência
hidráulica, 3,38 voltas de
batente a batente
RODAS: 15”
CONSUMO
TANQUE: 62 litros
CONSUMO: 6,7 km/l
SUSPENSÃO
DIANTEIRA: eixo rígido, molas
helicoidais, braços longitudinais
e barra Panhard
TRASEIRA: eixo rígido com
molas helicoidais e barra
estabilizadora em “A”
FREIOS: disco nas quatro rodas
ACESSÓRIOS
guincho mecânico 12.000
libras, bancos Troller, estribos e
parachoques customizados
SERVIÇO
OFICINA RESPONSÁVEL
PELAS ADAPTAÇÕES
MECÂNICAS – MAX 4 (11)
CAPACIDADES
PESO: 1.800 kg
CARGA ÚTIL: 700 kg
7875-3281
85
GOSTOU DA 4X4 DIGITAL?
A AVENTURA ESTÁ SÓ COMEÇANDO...
EM SETEMBRO, A EDIÇÃO Nº 2 SERÁ AINDA MELHOR!
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UM GRANDE ABRAÇO
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