Presidente Dilma Rousseff lança pedra fundamental de um dos

Transcrição

Presidente Dilma Rousseff lança pedra fundamental de um dos
agosto / setembro
2012 june/july 2012
informativo da secretaria da indústria, comércio e mineração do governo da bahia
De vento em popa
Bahia ganha maior complexo
eólico da América Latina, com
investimentos de R$ 1,2 bilhão.
By leaps and bounds
Bahia has Latin America’s
largest wind farm, it spends
R$1,2 billion
Presidente Dilma Rousseff lança pedra fundamental de um dos maiores
investimentos estruturantes do Estado nos últimos 30 anos, orçado em R$ 2 bilhões
Bahia takes off due to the shipyard President Dilma Rousseff has opened
one of the largest projects in Bahia in the last 30 years, it is R$2 billion
apresentacão PRESENTATION
apresentação
Bahia no mapa da
indústria naval
O
Estaleiro Enseada do Paraguaçu já está mu‑
dando a vida da população do Recôncavo
dois anos antes de ter a construção finali‑
zada. Maior investimento da iniciativa priva‑
da na Bahia, com aporte de R$ 2 bilhões das empresas
Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki, o EEP reposiciona o
Estado no mapa da indústria naval brasileira. Conheça a
história de gente que já se beneficia, com trabalho e ren‑
da, da construção da megaestrutura que fará a economia
da região dar um salto gigantesco rumo ao futuro.
O Centro Industrial de Aratu também respira novos
ares. O governo baiano liderou o processo de revitali‑
zação do CIA, mais antigo complexo do gênero no
País, que hoje conta com 144 empresas e gera mais de
14 mil empregos. O novo CIA atrai gigantes, como a
construtora pernambucana Moura Dubeux, que está
investindo R$ 1,3 bilhão na implantação de um condo‑
mínio logístico e industrial na região.
Investimentos com retorno garantido não faltam
por aqui. Que o diga o empresário austríaco Gerhard
Marschallinger, dono da G­‑Light, baianíssima fábrica de
produtos de iluminação, única do gênero no Nordeste.
A empresa vai produzir este ano 3,8 milhões de artigos,
incremento de 35% em relação a 2011. Conheça ainda
outra raridade da boa terra — o granito azul, a “menina
dos olhos” do sofisticado mercado italiano.
E por falar em luxo, Salvador está na rota de investi‑
mentos da Slaviero Hotéis, rede paranaense presente
em dez cidades de cinco estados brasileiros, de olho
no turismo de negócios, cada vez mais aquecido por
aqui. Com a Bahia navegando com firmeza, o futuro
de desenvolvimento e geração de renda é logo ali.
Aproveite a leitura!
governador do estado state governor
Informativo da
Secretaria da Indústria,
Comércio e Mineração do
Governo da Bahia
Newsletter by the Secretariat
of Industry, Commerce and Mining
of the Government of Bahia
Centro Administrativo da Bahia — CAB
IV Avenida, 415 — Salvador — Bahia — Brasil
CEP: 41.745­‑002 — Tels.: (71)
3115­‑7816/3115­‑7836
E­‑mail: [email protected]
Agosto/Setembro 2012
www.sicm.ba.gov.br
Jaques Wagner
vice­‑governador vice­‑governor
Otto Alencar
secretário da indústria, comércio e mineração
secretary of industry, commerce and mining
James Correia
secretário da indústria naval e portuária
secretary, naval and port industry
Carlos Costa
Bahia has shipyard or Bahia be
a part of marine industry
E
nseada do Paraguaçu shipyard has already been a
change for people in the area two years before open‑
ing. The greatest private project in Bahia, with R$2 billion
from Odebrecht, OAS, UTC and Kawasaki companies, EEP
places Bahia in Brazilian marine industry. Learn about peo‑
ple with job and income, the mega structure construction
which will increase local economy.
CIA is renewing too. Bahia’s government has revitalized
CIA, the oldest complex in Brazil that now has 144 compa‑
nies and over 14 thousand jobs. The new CIA attracts giants
like Moura Dubeux with R$1,3 billion to have Industrial and
Logistic Group in the region.
There is investment with guaranteed profit. The busi‑
nessman Gerhard Marschallinger knows that, the G-Light
owner, a lighting products factory in Bahia, the only one in
Northeast. The company will produce this year 3,8 million in
goods, 35% higher than in 2011. Also learn about another
rarity in Bahia — Blue Granite, the favorite in Italy.
And speaking of luxury, Salvador is a project for Slaviero
Hotels, a company from Parana state that is in ten cities in
five Brazilian states, and its focus is business tourism, in‑
creasingly high here. Bahia is looking forward to develop‑
ing and having income. Enjoy reading!
superintendente de
desenvolvimento econômico
superintendent of economic development
Paulo Guimarães
secretário de comunicação social
secretary of social communication
Robinson Almeida
coordenação­‑geral
general coordination
Nestor Mendes Jr.
coordenação editorial
superintendente de indústria e mineração
editorial coordination
Albert Hartmann
1576 DRT­‑BA
superintendent, industry and mining
Ana Paula Ramos
superintendente de comércio e serviços
projeto gráfico
Adhvan Furtado
Alan Maia
superintendent, commerce and services
graphic design
diagramação
design
Kauan Sales
redação
reporters
Fabiane Pita
Luiz Souza
Nelson Rios
Paloma Jacobina
Pedro Carvalho
Perla Ribeiro
fotografia
photography
Adenilson Nunes
Alberto Coutinho
Carol Garcia
Elói Correa
Manu Dias
Mateus Pereira
Rafael Martins
Valter Pontes/Coperphoto
Secom
ilustração
illustration
Henrique Athayde
revisão proofreading
Cristiane Sampaio
tradução translation
Alanete Oliveira Fioravante
pré­‑impressão e impressão
pre­‑printing and printing
Gráfica Grasb
tiragem print run
10.000 exemplares / 10,000 copies
CONTENTS sumário
42
Cone Aratu na área
Construtora pernambucana investe R$ 1,3 bilhão na primeira
plataforma de infraestrutura modal do Estado. Cone Aratu
Construction company from Pernambuco state spends R$1,3
billion in the first modal infrastructure platform in Bahia
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a todo gás
Mal inaugurou a primeira fábrica na Bahia, em Feira de San‑
tana, a PepsiCo já planeja a ampliação. Full speed Pepsico
has just opened its first factory in Feira de Santana city and is
already thinking of expanding
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jac acelera
Desembarque de lote de mil veículos marca início das op‑
erações da montadora no Estado. JAC one thousand cars was
unshipped to start the company operations in Bahia
6
20
Recôncavo renovado
57
Construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu muda realidade
da população local. Renewed region Enseada do Paraguaçu shipyard changes the local people’s lives
Bons ventos à vista
Good news ahead
Luz baiana
G­‑Light, única empresa do gênero no Nordeste, amplia produção
para 3,8 milhões de artigos. Light in Bahia G-Light is the only
one in Northeast and increased production for 3,8 million goods
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a joia da bahia
61
Estado é o único do Brasil a produzir granito azul, uma raridade
no mundo inteiro. Bahia’s treasure Bahia is the only place to
have Blue Granite, a rarity in the whole world
34
cia de cara nova
Centro Industrial de Aratu ganha fôlego e consolida investimentos
e empregos. CIA is new and consolidates projects and jobs
um luxo só
Rede Slaviero anuncia construção de novo hotel em
Salvador, de olho no turismo de negócios. Luxury
Slaviero hotels will have a new hotel in Salvador
for business tourism
68
bons negócios
70
investir na bahia
Good Business
Investing in Bahia
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
5
infraestrutura infrastructure
Navegando
para o futuro
Chegada do Estaleiro Enseada do Paraguaçu traz novo fôlego para o
Recôncavo, que já tem tradição na indústria naval há mais de 30 anos
Enseada do Paraguaçu Shipyard has been a success for a part of the state that already
has been a traditional place of marine industries for over thirty years
por/by Paloma Jacobina e Nelson Rios
Fotos/Photos Valter Pontes
6
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
A
presidente Dilma Rousseff
lançou na manhã do dia
13 de julho a pedra fun‑
damental do Estaleiro En‑
seada do Paraguaçu, localizado na
Baía do Iguape, distrito de São Ro‑
que do Paraguaçu, em Maragogipe,
a 140 km de Salvador. Durante a ce‑
rimônia, a presidente quebrou um
barril de saquê – ritual japonês que
significa o “início das atividades” –
em deferência à Kawasaki, a mais
nova participante do consórcio que
construirá a obra.
Com o estaleiro, a Bahia passa a
fazer parte do seleto grupo dos maio‑
res construtores navais do País, junta‑
mente com o Rio Grande do Sul, Rio
de Janeiro e Pernambuco. Em segui‑
da, a presidente participou da cerimô‑
nia de lançamento da plataforma P­‑59,
da Petrobras, na mesma região.
Toward the future
Brazilian president Dilma Rousseff opened on the morning
of July,13 the Enseada do
Paraguaçu shipyard, in Iguape
bay, São Roque do Paraguaçu
district, Maragogipe city that
is 140 km from Salvador city.
During ceremony the president
broke a sake barrel – Japanese
ritual which means “activities
beginning “ – in deference to
Kawasaki, the newest partner of
the group that will build it.
Having this shipyard, Bahia
will be a one of the largest
shipbuilders in Brazil, together
with Rio Grande do Sul, Rio de
Janeiro and Pernambuco. Then,
the president was in a ceremony
to launch Petrobras’s P-59 platform in the region.
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
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infraestrutura infrastructure
população de maragojipe vê no estaleiro a oportunidade de achar emprego perto de casa
Maragojipe people see shipyard as opportunity to have jobs near home
O Enseada do Paraguaçu está previsto iniciar a
produção em 2014, tornando­‑se o segundo maior do
Brasil, podendo processar 36 mil toneladas/ano de
aço, contra as 160 mil toneladas/ano do Estaleiro
Atlântico Sul, em Suape (PE).
Tocado pelo consórcio formado pelas empresas
baianas Odebrecht e OAS, pela carioca UTC e pela
japonesa Kawasaki, o estaleiro estará apto a fabricar
navios­‑sonda, sondas semissubmersíveis, platafor‑
mas de produção de petróleo, embarcações milita‑
res, navios graneleiros e navios porta­‑contêineres até
3.500 TEUs (o equivalente a um contêiner de 20 pés).
Com investimentos de R$ 2 bilhões, o empreendi‑
mento ocupará uma área de cerca de 1,6 milhão de
metros quadrados, dos quais 400 mil serão destina‑
dos à preservação ambiental, e já inclui em sua cartei‑
ra de contratos clientes como Petrobras e Sete Brasil.
A estimativa é de que a implantação do estaleiro
gere cerca de 3 mil empregos diretos na região duran‑
te a construção e 5 mil permanentes quando a obra
estiver pronta. “O estaleiro e a plataforma da Petrobras
são exemplos do que o Brasil é capaz no setor naval.
Podemos construir equipamentos de ponta, com qua‑
lidade internacional”, disse a presidente. Ela lembrou
que até a década de 1980 o País chegou a ser a segun‑
da indústria naval do mundo, mas que, depois, o setor
entrou em decadência. “Estamos retomando isso. O
espírito empreendedor do seu povo vai torná­‑lo uma
das maiores nações do século XXI, afirmou Dilma.
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Bahia oportunidades - terra de bons negócios
Enseada do Paraguaçu is to start producing in
2014 and will be the second largest in Brazil with ca‑
pacity to process 36 thousand tons per year of steel,
whereas Atlântico Sul shipyard in Suape city (Pernam‑
buco state) processes 160 thousand a year.
The shipyard controlled by Odebrecht, OAS (both
from Bahia), UTC (from Rio de Janeiro) and Kawasaki
(from Japan) companies will be able to make drillship,
semi-submersible drill, oil production platform, mili‑
tary vessels, bulk carriers and 20 foot container ships.
The project spends R$2 billion in a 1,6 million m²
area, where 400 thousand will be to environmental
preservation and already has Petrobras and Sete Bra‑
sil companies as clients.
The shipyard construction site will have 3 thousand
jobs during construction and 5 thousand jobs when it
is ready. “The shipyard and Petrobras’ platform are to
prove that Brazil is efficient in the naval sector. We
can make modern and international quality equip‑
ment”, the president said. She recalled that until the
80’s Brazil was the world’s second marine industry,
but, then, the sector declined. “We are retaking it.
The will power of the people will make the country
one of the most important nations in the twenty-first
century”, Dilma affirms.
The Bahia’s governor, Jaques Wagner, was very
proud and said that the shipyard is a big step to de‑
velop Bahia, and it means the marine industry is back.
“It is the greatest project in this sector from private
© manu dias/secom
Orgulhoso, o governador Jaques Wagner afir‑
mou que a chegada do estaleiro é um grande pas‑
so para o desenvolvimento da Bahia, marcando a
retomada da indústria naval. “Este é o maior inves‑
timento da iniciativa privada no segmento em nos‑
so Estado. O estaleiro do Paraguaçu será um dos
maiores e mais qualificados do País”, festejou o
governador.
Para o secretário da Indústria, Comércio e Minera‑
ção, James Correia, a Bahia dá mais um grande passo
para o desenvolvimento da sua indústria naval. “O
canteiro da Petrobras, em São Roque do Paraguaçu,
foi muito importante nos anos de 1970. Agora, com o
estaleiro, novas oportunidades serão criadas para a
população do Recôncavo. Ou seja, mais empregos,
mais saúde, saneamento, novas estradas, educação
básica e profissionalizante”, enumera.
Para o diretor da Odebrecht Engenharia Indus‑
trial, Fernando Barbosa, o investimento desse porte
no setor é um caminho natural na medida em que o
País cresce. Segundo ele, a Bahia está numa posição
privilegiada para atender as novas demandas. “O Es‑
tado tem mão de obra qualificada, resultado da im‑
plantação do Polo Petroquímico e outros segmentos
industriais. Além disso, tem uma rica história naval,
tendo sido o berço do processo de construção de
plataformas no País”.
Governador wagner e presidente Dilma na
solenidade de lançamento do estaleiro
Governor Wagner and president Dilma at the
ceremony to launch the shipyard
companies in Bahia. Paraguaçu shipyard will be one
of the best in Brazil”, the governor said.
James Correia, (Mining, Commerce and Industry’s
secretary) thinks Bahia is developing marine industry.
“Petrobras site in São Roque do Paraguaçu district
was very important in 70’s. The shipyard now brings
new opportunities to people in the region. It means
more job, healthcare, roads, sanitation, basic educa‑
tion and college”, he says.
obra está em fase inicial, com serviços de supressão da vegetação, resgate da fauna
e flora, além dos trabalhos de terraplEnagem
Construction is finishing, with suppression of vegetation, fauna and flora rescue and earthworks
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
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infraestrutura infrastructure
Maior aporte privado realizado na Bahia nos últimos
dez anos, o EEP terá capacidade para fabricação de
diferentes tipos de embarcaçÃO, como plataformas, navios
especializados e unidades de perfuração
EEP has been the greatest private project in Bahia in the last ten years, will make many
types of ships, like platforms, specialized vessels and oil drilling units
“O empreendimento vai prover soluções na edifi‑
cação e integração de unidades offshore, construin‑
do sondas de perfuração e embarcações militares,
plataformas fixas e flutuantes, além de navios espe‑
cializados”, explica o secretário da Indústria, Naval e
Portuária, Carlos Costa.
Com a implantação do estaleiro, a Bahia se trans‑
formará no maior parque de construção naval do
Nordeste, formado também pelo canteiro da Petro‑
bras, que já existe em São Roque, onde foi construída
a plataforma P­‑59 e está em construção ­‑ com previ‑
são de entrega para agosto deste ano ­‑ a P­‑60, e pelo
futuro canteiro de módulos de Aratu, destinado à
montagem de equipamentos para as plataformas,
em uma área de 100 mil metros quadrados.
COMUNIDADE GANHA
Lá se vão dois anos desde que o lixador Fábio Antô‑
nio, 29 anos, foi obrigado a sair de Maragojipe para pro‑
curar trabalho em outra cidade. Para trás, deixou a
mulher, a cozinheira Geslane Alves dos Santos, 29, e um
filho de pouco menos de 1 ano. Trabalhando como pe‑
dreiro em Salvador, ele ganha cerca de R$ 900 por mês.
Com este dinheiro, paga aluguel, comida e despesas
com transporte e manda para casa o pouco que sobra.
“É muito difícil viver longe de casa e ver que o pouco
que estou ganhando mal dá para pagar minhas despe‑
sas. Mas, enquanto não encontro uma oportunidade de
emprego por aqui, vamos aguentando”, afirma, en‑
quanto circula pela cidade, aos finais de semana, com o
currículo embaixo do braço em busca de outro trabalho.
Apesar de ainda não ter encontrado oficialmente
o tão sonhado emprego perto de casa, o lixador está
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Bahia oportunidades - terra de bons negócios
cada vez mais confiante. “Com a chegada desse esta‑
leiro e das empresas que funcionarão em volta dele,
tenho certeza de que vou conseguir uma vaga aqui em
Maragojipe. Já deixei meu currículo em várias delas e
estou apenas esperando ser chamado para voltar”, re‑
sume o trabalhador, que, assim como boa parte dos 43
mil moradores da pequena cidade do Recôncavo baia‑
no vê no projeto de construção do Estaleiro Enseada
do Paraguaçu uma oportunidade de conseguir um
bom emprego perto de casa. Além de Maragojipe, as
cidades de Salinas da Margarida e Saubara também
sofrerão influência direta do empreendimento.
Cento e setenta operários já trabalham na constru‑
ção do EEP, que começa a trazer reflexos para a eco‑
nomia local. A região já tem tradição de construção
naval há mais de 30 anos, quando a Petrobras instalou
o primeiro canteiro para a construção de plataformas
de petróleo. Desde então, muitas famílias passaram a
usufruir dos benefícios de ter uma indústria perto de
casa. Alguns, como o agora lixador Fábio Antônio, ti‑
veram ali a oportunidade de se qualificar: “Eu comecei
como ajudante e lá mesmo eles ofereceram os cursos.
Entrei ajudante com salário mínimo e saí como lixador,
ganhando mais de R$ 1 mil”. Outros, como o jovem
Felipe Moraes de Jesus, 20 anos, tiveram a chance de
conquistar o primeiro emprego.
O estaleiro representa, para a Bahia, o ressurgimen‑
to da indústria naval/offshore, o incremento e fertiliza‑
ção de indústrias locais de serviços, bens de capital e
de consumo, atração de novas tecnologias e compe‑
a lavanderia industrial local poderá ser
ampliada para atender A toda a demanda
The local industrial laundry may increase to meet demand
o comerciante jailson bonfim já se
prepara para o incremento no seu negócio
The shopkeeper Jailson Bonfim is ready
to improve his business
According to Fernando Barbosa, (Odebrecht in‑
dustrial Engineering’s director) a project this big is a
natural direction as the country grows. He thinks Ba‑
hia is an ideal place to meet new demands. “Bahia
has skilled labor, due the petrochemical complex. Be‑
sides, it has a background in this sector, as it was the
first to make platforms in Brazil”.
“The project will solve problems to integrate and
build offshore units, by making rigs and military ves‑
sels, fixed and floating platforms, and also specialized
vessels”, Carlos Costa explains (Port and Marine In‑
dustry’s secretary).
With the shipyard, Bahia will be the largest place in
shipbuilding in Northeast as it has also Petrobras’ site
in São Roque city, where there is the P-59 platform
and the P-60 to be ready in August, 2012, and there
will be a site in Aratu district to make equipment for
platforms, in a 100 thousand m² area.
The community gains
The sander Fábio Antonio, 29 years old, was forced
to leave Maragojipe city two years ago to seek job in
another city. He left his wife, the cook Geslane Alves dos
Santos, 29 years old, and a one-year-old son. His salary
is R$900 a month as a builder in Salvador city. He pays
his personal expenses like rent, food and bus ticket and
he sends home the little money left. “Living away from
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
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infraestrutura infrastructure
tências especiais e a caracterização da Bahia como um
novo polo de construção naval e offshore. No acordo
assinado com o consórcio, o governo do Estado apoia
o empreendimento com obras de infraestrutura rodo‑
viária, além de auxílio na obtenção do financiamento.
“O EEP tem protocolo com o governo do Estado
da Bahia, por meio do qual este último oferece apoio
institucional ao estaleiro, como a sua inclusão no Pro‑
grama Estadual de Incentivos à Indústria da Constru‑
ção Naval (Pronaval)”, detalha o presidente do EEP,
Fernando Barbosa. Segundo ele, é importante ressal‑
tar que, ainda como parte dos esforços para resgatar
a indústria naval no País, o governo federal criou, em
2009, a Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e
Portuária (Seinp), que centraliza as ações do Estado
voltadas à viabilização de empreendimentos na área.
Um processo que, segundo o secretário da Indús‑
tria Naval, Carlos Costa, resulta na realização de um
projeto sólido e benéfico para todas as partes. “An‑
tes de começar a operar, o estaleiro já recebeu a en‑
comenda de seis sondas de exploração de petróleo.
As unidades fazem parte de um contrato com a Sete
Brasil, empresa fornecedora da Petrobras, com esti‑
mativa de faturamento anual de R$ 600 milhões”.
Para atender a esse tipo de demanda, o novo esta‑
leiro baiano terá tecnologia de ponta desenvolvida
dentro de sua unidade e capacidade de competição
junto aos mercados nacional e internacional, segundo
informações do presidente do consórcio, Fernando
home is very hard and I haven’t enough money to even
pay my expenses. However, we have to endure it until I
find a better opportunity here”, he says. He keeps pur‑
suing another job in the city during the weekends.
Despite he hasn’t found the ideal job near his house
yet, the sander is increasingly confident it will happen.
“The shipyard and its companies are in Maragopipe
city now, so surely I will find a job here. I have already
given my resumés to many of them and I am waiting for
my chance”, he says. He is like most 43,000 city resi‑
dents, that is less than 300 km from Salvador city, they
believe the Enseada do Paraguaçu shipyard project
(EEP) is an opportunity to get a good job near home.
The shipyard is in Enseada São Roque, a commu‑
nity 20 km from Maragojipe city, that has spent R$2
billion from Odebrecht, OAS, UTC and Kawasaki
companies, and it is a dream come true of many fam‑
ilies. EEP is the greatest investment from private com‑
panies in Bahia and of Brazilian marine industries, and
it must be ready in 2014, so Bahia will be one of the
most important Brazilian states in producing ships
and oil drilling platforms, making the economy grow
and bringing Bahia back to the Brazilian marine in‑
dustries. Salinas das Margaridas and Saubara cities
will also be benefited by the project.
One hundred and seventy workers have already
worked to build EEP that has started bringing success
to local economy. The region has been a traditional
place for marine industries for 30 years, as Petrobras
“essa é uma graça
de Deus que vai
beneficiar muitos
pais e mães de família
desta cidade”
geslane alves dos santos, cozinheira,
ao lado do marido fábio antônio
/ cook, with her husband fábio antonio
“It is a gift from God to
benefit many families in
the city”
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Bahia oportunidades - terra de bons negócios
“Mesmo antes de ser implantado, o
estaleiro já está transformando a cidade”
“Desde que chegamos, em 2005, este é o
melhor momento para a região”
silvio (ataliba) santos, prefeito de maragogipe / maragojipe mayor
raimunda santos, gerente da lavanderia / laundry management
“Even before working, the shipyardis already
changing the city”
“Since we arrived here in 2005, it is the best moment
for the region”
Barbosa. “A parceria com a KHI prevê a transferência
tecnológica para o desenvolvimento da indústria naval
brasileira e a capacitação de mão­de­obra local com o
mais alto nível de excelência. Assim, o empreendimento
terá condição de oferecer em tempo hábil equipa‑
mentos de ponta para todos os mercados”.
had its first construction site for oil platforms. Since
then, many families started to have jobs near home.
Some of them, like the sander Fábio Antonio, had the
chance of qualification. “I started as an assistant, but
the company offered some courses and so my first
salary was minimum wage, and I left as R$1 thousand
salary sander”. Others, like Felipe Moraes de Jesus,
20 years old, had the chance of his first job.
The shipyard means in Bahia the marine industries/
offshore back, the success for local industries and ser‑
vices, capital and consumer goods, new technology and
special competence and Bahia as a new place of marine
construction and offshore. The Bahia government has
signed a contract that supports the project by making
road infrastructure and assistance to have bank loan.
“Bahia government has agreed with EEP on institu‑
tional support, like including in the Bahia Program to
Motivate Marine Industry (Pronaval)”, says the EEP’s
president, Fernando Barbosa. According to him, it is
important to say that the Brazilian government, aiming
to renew the marine industry in the country, created in
2009 the Port and Marine Industry Department (Seinp)
that makes viable all projects in the area.
According to Marine Industry Secretary, Carlos
Costa, this is a process that makes the project true
Incentivo à indústria e ao trabalho
A foz do Rio Paraguaçu, na Baía de Todos­‑os­‑Santos,
é considerada um dos melhores lugares do País para a
implantação de estaleiros. Com águas profundas e abri‑
gadas, foi lá que se iniciou a fabricação de navios no
Brasil. Os mais antigos da região afirmam que, por mui‑
tos anos, o local prosperou na área, principalmente na
década de 1970, quando a Petrobras levou o primeiro
canteiro para o município de Maragojipe.
Os tempos áureos passaram e, com ele, muitos tra‑
balhadores ficaram desempregados. O início da reto‑
mada aconteceu em 2010, com a reabertura do Estaleiro
São Roque do Paraguaçu, que já finaliza a construção de
duas plataformas para a Petrobras. Na região, é possível
encontrar águas profundas muito perto da costa.
Mesmo com dimensões e capacidade menores
que as do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, o São
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
13
infraestrutura infrastructure
“estamos confiantes em que este é um momento de ressurgimento para todos nós”
joão cerqueira da costa, soldador / welder
“We believe now is the moment for everyone”
Roque já mexe com a vida dos moradores e com o
comércio de cidades como Maragojipe e Nazaré das
Farinhas. São cerca de três mil pessoas trabalhando,
e o efeito disso é percebido pelo comércio local.
Em Maragojipe, de onde partem alguns ônibus
com operários todos os dias para o estaleiro, já é
possível encontrar comerciantes que confirmam a
melhoria das vendas. “Já temos mais pessoas do
município empregadas, e isso reflete diretamente
aqui no restaurante, onde já começamos a notar um
crescimento no movimento”, afirma a cozinheira
Geslane Alves dos Santos, citada no início desta re‑
portagem e que vê no estaleiro a possibilidade de
estabilização econômica da família. “Essa é uma
graça de Deus que vai beneficiar muitos pais e mães
de família desta cidade”,.
No distrito de São Roque, o progresso levado pela
indústria naval há cerca de três décadas também
toma um novo fôlego. É o caso da gerente da lavan‑
deria industrial local, que já pensa em ampliação para
atender a toda a demanda. “Já estamos pensando
em adquirir novas máquinas e também contratar tra‑
balhadores para fazer o trabalho. Desde que chega‑
mos por aqui, no ano de 2005, este parece ser o
14
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
and profitable for everyone. “Before working, the ship‑
yard has already six rings for oil exploration to make. The
units are from a contract with Sete Brasil, a Petrobras sup‑
plier, which has estimated annual sales of R$600 million”.
The new shipyard in Bahia to meet the demand
will have the latest technology developed in the units
and the capacity to compete with local and interna‑
tional markets, according to information from the
Group’s president, Fernando Barbosa.“ The partner‑
ship with KHI believes there will be technological
transfer to develop the Brazilian marine industry and
the most excellent local labor training. Thus, the proj‑
ect can offer on time latest equipment for all markets.
Incentive for industry and work
Paraguaçu river outfall in Todos os Santos bay is
considered one of the best places in Brazil to have ship‑
yards. It has deep and sheltered water and started ves‑
sel production in Brazil. The local old people say that for
many years the area was successful, mostly in the 70’s,
when Petrobras brought the first site to Maragojipe city.
However, this time is gone, and so many workers
were unemployed. Everything started again in 2010
by opening São Roque do Paraguaçu shipyard that
melhor momento para a região”, acredita a gerente
Raimunda Santos, 37 anos, que se mudou de Santo
Antônio de Jesus para trabalhar no local.
Tendo como base da economia a pecuária, agri‑
cultura, pesca e indústria naval, Maragojipe ainda
não possui uma renda per capita que reflita tantos
investimentos (cerca de R$ 82 por habitante). Por
isso mesmo, o município de 162 anos já discute as
questões que envolvem a chegada do estaleiro com
a comunidade desde 2008. Audiências públicas reuni‑
ram prefeitos e representantes da comunidade local e
regional para garantir que todos estariam juntos
nesse processo. O que, para a grande maioria, ge‑
rou boas expectativas.
“Claro que surgiram pessoas mais resistentes ao
progresso, como alguns poucos ambientalistas e
pessoas menos esclarecidas. Mas, para este segundo
público, existiram as audiências públicas, que ajuda‑
ram a esclarecer os pontos mais duvidosos”, afirma o
prefeito maragojipano, Silvio (Ataliba) Santos.
has already finished two platforms for Petrobras. “This
region has deep water near coast.
Despite having dimensions and capacity smaller
than Enseada do Paraguaçu shipyard, São Roque
shipyard has moved the residents’ lives and the mar‑
ket of Maragojipe and Nazaré das Farinhas cities.
Around three thousand people work there and it af‑
fects local businesses.
Some workers from Maragojipe city commute by
bus every day to the shipyard, so some shopkeepers
have already found improvement in sales. “Every‑
thing is getting better. There are more employed
people and so more clients in my restaurant”, says
the cook Geslane Alves dos Santos, mentioned at the
beginning, and who sees the shipyard as a possibility
of economic stability for her family. “It is a God gift
that will benefit all families in the city”, she says.
The marine industry brought progress to São
Roque community thirty years ago and now it is also
increasing. The manager of the local industrial laun‑
dry is an example as she wants to increase her busi‑
ness to meet the demand. “We think of purchasing
new machines and hiring some staff. Now seems to
“Chegávamos a passar necessidade, mas
vejo as coisas melhorando, porque esse
trabalho não vai depender do mar”
“já reformamos a casa e também
compramos eletrodomésticos mais novos
para minha mãe”
romana cerqueira costa, pescadora / fisher
felipe moraes de jesus, lixador / sander
“We had a hard time, but I see things getting better
because it doesn’t depend on the sea”
“We have rebuild the house and also bought
new furniture to my mother”
Debates com a comunidade
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
15
infraestrutura infrastructure
Segundo ele, a economia local já sente os primei‑
ros reflexos da chegada do grande projeto à região.
“Aquecida e em ampla expansão, com novas possibi‑
lidades de geração de trabalho, emprego e renda.
Mesmo antes de ser implantado, o estaleiro já está
transformando a cidade”. A geração de postos de
trabalho na construção do estaleiro, segundo Ataliba,
já está empregando vários maragojipanos.
Agora, eles estão focados nas questões estruturais
que envolvem o projeto: reforma da estrada Marago‑
jipe-São Félix, construção da estrada Maragojipe-Cruz
das Almas, oferta de capacitação específica aos mara‑
gojipanos (cursos de caldeireiro, soldador, serralheiro,
pintor e cozinha industrial, operador de máquinas).
“Com a execução do projeto físico-territorial-ambien‑
tal do município de Maragojipe (por meio da PUC­‑RJ
e Ufba), somos o único projeto do gênero na Bahia, e
isso nos enche de orgulho”, diz o prefeito.
Para quem já trabalha no Estaleiro São Roque do
Paraguaçu, o emprego e o crescimento econômico
proporcionados pela indústria naval na região trouxe‑
ram um novo fôlego. É o caso da família do lixador
Felipe Moraes de Jesus, de 20 anos, que tem dois dos
cinco irmãos trabalhando no canteiro de obras do es‑
taleiro. Filho de empregada doméstica, sem pai, Feli‑
pe afirma que o emprego de parte dos membros da
família já levou melhorias para todos. “Já reformamos
be the best time since we arrived here in 2005”, the
manager Raimunda Santos, 37 years old, who comes
from Santo Antonio de Jesus city, believes it.
Discussion with the community
Maragojipe city has agriculture, livestock, fishery and
marine industry as basis of the economy and has no per
capita income that reflects many investments (about
R$82 per person). Wherefore, the 162-years-old city has
been taking into account issues on the shipyard since
2008. Mayors and local and regional community spokes‑
men has talked to make sure everyone is together in this
process. And it has high expectations for most people.
“There have been some people against the prog‑
ress of course, like a few environmentalists and un‑
aware people. But they had meetings to understand
the unclear points”, says the Maragojipe mayor Silvio
(Ataliba) Santos.
According to him the local economy is already in‑
creasing due the project. “The local economy is stron‑
ger and increasing, by creating new jobs and incomes.
The shipyard is already changing the city even it isn’t
working yet”. The new jobs to construct the shipyard,
according to Ataliba, are chances to many people
from Maragojipe city.
They are now focused on structural project issues:
reform the Maragojipe — São Félix cities Road, con‑
a pesca é uma das bases da atividade econômica no município de maragojipe
Fishery is one of the main economic activities in Maragojipe
16
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
Os cuidados com
o meio ambiente
e a preservação
da histórica
região também
demonstram a
grandiosidade
do projeto
Caring for
environment and
the region historic
shows how great
the project is
a casa e também compramos eletrodomésticos mais
novos para minha mãe. Agora, estou esperando ser
chamado para poder engordar ainda mais a poupança
de casa”, afirma o jovem trabalhador, que teve no can‑
teiro da Petrobras o primeiro contato com a indústria
naval. “Comecei como ajudante e logo me oferece‑
ram os cursos. Saí com uma profissão que, com a che‑
gada do estaleiro, me dá como certa a conquista de
uma vaga de trabalho aqui perto de casa”, conclui.
É fácil encontrar histórias de gente beneficiada
com a indústria naval. Que o diga a pescadora Roma‑
na Cerqueira Costa, de 70 anos, que viu a vida de sua
família ser transformada com a chegada do primeiro
canteiro à região, na década de 1970. “Sempre vive‑
mos da pesca e, como é a vida de quem depende do
mar, tem os tempos de rede cheia e os de fome tam‑
bém. Eu vivi muito sofrimento com o período em que
o marisco estava amargo e ninguém queria comprar.
Chegávamos a passar necessidade, mas hoje vejo as
coisas melhorando, porque esse trabalho não vai de‑
pender do mar”, ressalta a trabalhadora.
Mãe do agente comunitário e soldador João Cer‑
queira da Costa, de 40 anos, dona Romana represen‑
ta muito bem os sonhos e tristezas de quem depende
do mar para se alimentar. “Minha mãe viveu esse de‑
clínio da pesca, a chegada do primeiro canteiro da
Petrobras e agora o Estaleiro do Paraguaçu. Nós, as‑
sim como as demais famílias da região, estamos
struct Maragojipe — Cruz das Almas cities Road, spe‑
cific training of workers (braziers, welders, locksmiths,
painters and industrial cook, machine operators).
“The physical environmental project in Maragojipe
city (by PUC –RJ and UFBA) is the only one in Bahia,
and we are very proud of it”, says the mayor.
The economic growth provided by marine industry in
the region is hope for those who work in São Roque do
Paraguaçu shipyard. The sander Felipe Moraes de Je‑
sus, 20 years old, and his family are an example, he has
five brothers and two of them are working in the ship‑
yard construction site. His mother is a housekeeper, and
he has no father. Felipe says their jobs have already
brought good things for the family. “We have rebuilt the
house and bought new furniture for my mother. Now I
am waiting for another job and saving some money”,
says the young worker who had his first contact with ma‑
rine industry in Petrobras construction site. “I started as
a labor and soon they offered me the courses. I left there
as a professional, and with the shipyard here I will surely
get a new job near home”, he says.
Many families have been benefited by the marine
industry in the region. The fisher Romana Cerqueira
Costa, 70 years old, saw her family succeed because of
the first region site in 1970. “We always fished here and,
as people who depend on fishing, sometimes there is
fish, sometimes not. I suffered when the shellfishes
were bitter and no one wanted to buy them. We had a
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
17
infraestrutura infrastructure
ações sociais do EEP contemplam manutenção de flora e fauna regionais, criação de
viveiros com mais de 40 mil mudas e educação ambiental para as comunidades do entorno
EEP’ social actions are maintenance of flora and fauna, yards with over 40,000 trees and environmental
education for the surrounding communities
confiantes em que este é um momento de ressurgi‑
mento para todos nós e vamos saber aproveitá­‑lo,
com certeza”, resume João.
Mais cinco cidades beneficiadas
No EEP, além do salário dos trabalhadores, a contra‑
tação de serviços locais de transporte, alimentação e
fornecimento de equipamentos deve beneficiar pelo
menos cinco cidades da região, mas a área de influência
pode ser considerada muito maior, com até 15 municí‑
pios, segundo informações do governo do Estado. Um
bom exemplo disso está na expectativa de que o cresci‑
mento econômico e social, associado à atividade de fa‑
bricação de navios, sondas e plataformas de exploração
de petróleo, dobre na região com a chegada do EEP.
De acordo com o presidente do EEP, Fernando Bar‑
bosa, para evitar o crescimento desordenado e também
possíveis impactos negativos nas áreas ambiental e so‑
cial, uma série de cuidados está sendo tomada em con‑
junto, tanto pelos empresários quanto pelos poderes
federal, estadual e municipal. O consórcio responsável
pelo empreendimento realizou estudos e licenciamen‑
tos, e, desde 2008, vêm sendo realizados encontros
com as comunidades locais para definir ações que per‑
mitam sua inclusão no processo.
Os cuidados com o meio ambiente e a preservação
da histórica região também demonstram a grandiosi‑
dade do projeto. “Desde a fase de licenciamento am‑
biental, o EEP tem tomado todos os cuidados para
mitigar impactos ambientais. Em 2010, foi concluído o
licenciamento ambiental do estaleiro, fruto de quase
dois anos de trabalho”, resume Fernando Barbosa.
Esta etapa, segundo ele, incluiu estudos ambientais, ar‑
queológicos e culturais no Recôncavo.
18
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
hard time, but nowadays things are getting better since
the work doesn’t depend on the sea”, she says.
João Cerqueira da Costa, 40 years old, a welder
and a community agent and his mother, Mrs Romana,
represent the dreams and sorrow of those who de‑
pend on the sea to eat. “My mother saw the fishing
collapse, the arrival of the first Petrobras site and now
Paraguaçu shipyard. We, as everyone else here, now
are confident there will be chances and we will make
progress, João says.
Five more cities are benefited
Salary for workers, hiring local transportation,
feeding and equipment supplying must benefit at
least five cities through EEP, although the improved
area may be much bigger, with up to 15 cities, accord‑
ing to Bahia’s government. EEP is to double the eco‑
nomic and social growth due manufacture of vessels,
rings and platforms for oil exploration.
According to EEP’s president Fernando Barbosa,
the uncontrolled growth and negative impacts on en‑
vironmental and social areas must be avoided, so the
businessmen, Brazil, Bahia and Cities governments
are taking care of it. The group responsible for the
project has analyzed it, and since 2008 there have
been meetings with the local communities to decide
its inclusion in the process.
Taking care of environment and preserving the his‑
toric region show the project is perfect. “EEP has
been careful to mitigate environmental impacts since
the process of environmental licensing. The shipyard
environmental licensing was ready in 2010 after two
years working”, Fernando Barbosa says. According to
him, that phase has environmental, cultural and ar‑
chaeological studies in the area.
pingue-pongue fernando barbosa
“Devem ser gerados 5 mil empregos
diretos após início da operação”
“There must be 5,000 jobs
after opening”
Enseada do Paraguaçu shipyard’s president, Fernando Barbosa, explained
about the project that will be launched
soon in Bahia. See the main interview
parts in BAHIA OPORTUNIDADES
Como esse consórcio foi formado?
O EEP foi constituído em 2010
pelas empresas Odebrecht, OAS e
UTC Engenharia. Em maio de 2012,
foi oficializada a parceria com a ja‑
ponesa Kawasaki Heavy Industries
(KHI), que se tornou­ sócia efetiva
do empreendimento, com 30% de
participação. O EEP é voltado para
a construção e integração de uni‑
dades offshore, como plataformas,
navios especializados e unidades
de perfuração.
Quantos trabalhadores serão con‑
tratados em cada uma das etapas
do projeto?
A previsão é gerar três mil em‑
pregos diretos durante a construção
e cinco mil após o início da opera‑
ção do estaleiro, além de 10 mil in‑
diretos. No pico da obra, cerca de
55% dos profissionais contratados
serão prioritariamente da região.
Em que etapa a construção se en‑
contra e qual a previsão de início
de funcionamento?
As obras encontram­‑se atual‑
mente na fase de terraplenagem. O
estaleiro estará em pleno funciona‑
mento em 2014, mas parte de suas
atividades será iniciada já em 2013.
A disponibilidade de mão­ de­ obra
qualificada é um problema nacional.
Como vocês esperam resolvê­‑lo?
O EEP irá priorizar a capacitação
e contratação de mão­de­obra local.
Para isso, estão sendo firmadas par‑
cerias com programas de qualifica‑
ção profissional de suas acionistas,
como o Acreditar, da Organização
Odebrecht, que já qualificou mais
de 50 mil profissionais no País. A
expertise do Prominp (Programa de
Mobilização da Indústria Nacional
© divulgação
O presidente do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, Fernando Barbosa,
detalhou o projeto que será lançado em breve na Bahia. Confira os
principais trechos da entrevista à Bahia Oportunidades.
de Petróleo e Gás), da Petrobras,
também será aplicada na capacita‑
ção da mão­de­obra. Estes e outros
projetos possibilitarão formação
básica no campo da construção civil
até capacitação técnica no âmbito
de engenharia naval.
Quanto aos insumos necessários
para a construção dos navios pro‑
duzidos, de onde eles virão?
Entre os insumos mais significati‑
vos estão aço, tubulações, material
elétrico e cabos, que virão de diver‑
sos fornecedores, sempre lembran‑
do de atender às demandas de con‑
teúdo local.
Qual a capacidade inicial de produ‑
ção e qual a expectativa para daqui
a cinco ou 10 anos?
Em sua primeira fase, o estaleiro
poderá processar 36 mil toneladas
de aço por ano, para fabricação de
diferentes tipos de embarcação,
como sondas de perfuração offsho‑
re e FPSOs. O crescimento do mer‑
cado de construção naval após 2020
ainda precisa ser determinado, mas
há uma perspectiva muito positiva,
uma vez que 72% da área do pré­‑sal
ainda está inexplorada. A expecta‑
tiva dos analistas é que o mercado
de construção naval local no perí‑
odo 2020­‑30 será maior do que o
2010­‑20.
How has this group been created?
EEP was created in 2010 by Odebrecht, OAS and UTC Engineering. In May,
2012 the partnership with Japanese
company Kawasaki Heavy Industry (KHI)
was made official, and it became a project partner, with 30% of participation.
EEP is to construct and integrate offshore units, like platforms, specialized
vessels and drilling units.
How many workers will be hired in
each phase of the project?
3,000 jobs are expected during construction and 5,000 after shipyard opening,
and more 10,000 indirect jobs. As a priority, when construction is busy, round 55%
of staff will be from the region.
How is the construction now and
when will it start working?
The work is at the stage of excavation.
The shipyard will start working in 2014,
but a part of it will start in 2013.
Skilled labor is a problem in Brazil.
How do you expect to solve it?
Training and hiring local labor will be priority for EEP. That is why there are some
partners for training people like Acreditar,
a company of Odebrecht group, which
has already trained over 50,000 workers
in Brazil. A expertise from Prominp ( Oil
and Gas Brazilian Industry Program), of
Petrobras, will train labor. Those and other projects will give primary instructions
on construction up technical training in
marine engineering.
Where the needed supplies come from?
The more important ones like steel, tubing, electrical equipment and cables will
come from many suppliers, always to
meet the local demand.
What is the initial production capacity and what is expected for 5 or 10
years from now?
In the beginning, the shipyard can process 36 thousand tons of steel per year,
to make many ships, like offshore drilling rings and FPSOs. Market growth in
shipbuilding after 2020 is not clear, however, there is hope since 72% of pre-salt
is yet untapped. The analysts expect the
local shipbuilding market to be higher in
2020 — 30 than in 2010 — 20.
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
19
Indústria ­Industry
G­‑Light: iluminação
nascida e criada na Bahia
Única fábrica do gênero do Nordeste, a empresa pretende produzir, este
ano, cerca de 3,8 milhões de artigos
This kind of factory is the only one in Brazil Northeast and it intends to produce this year around 3,8 million goods
por/by Nelson Rios
Q
uando começou a frequentar as feiras de
produtos de iluminação, o empresário
austríaco Gerhard Marschallinger, dono
da G­‑Light, costumava ouvir a frase: “A
fábrica é na Bahia, mas onde fica a matriz?”. Pacien‑
te, com um riso no canto da boca e sem nenhum so‑
taque alemão, Gerhard explicava que a fábrica era
baiana da gema. E confirmava o endereço da matriz:
BR­‑324, Feira de Santana.
Hoje, passados alguns anos, o tom de dúvida da
pergunta dos clientes quase que não é mais ouvido
nas feiras, dando lugar ao reconhecimento da marca
e da empresa G­‑Light como uma das mais ativas no
mercado nacional de produtos de iluminação, com
escritório até na China.
20
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
G-Light: illumination created in Bahia
he Austrian businessman Gerhard Marschal‑
linger, the G´Light owner, used to go to lighting
products fairs and hear: “The factory is in Ba‑
hia and where is the head office?”. Gerard answered
very calm and with no German accent that the fac‑
tory head office is in Bahia. And he also confirmed the
head office address: 324 Road, Feira de Santana city.
Time passed and there is no longer such question,
for now G-Light is recognized as one of the most ac‑
tive lighting company in Brazilian market with office
in China.
G-Light is in 324 Road, Feira de Santana city and it
is one of the largest lighting companies in Brazil and
its products are everywhere from North to South Brazil.
T
Localizada nas margens da rodovia BR­‑324, em
Feira de Santana, a G­‑Light é uma das maiores em‑
presas de iluminação do País e seus produtos estão
presentes nas prateleiras e gôndolas das melhores
casas do ramo, de Norte a Sul do Brasil.
Única fábrica do gênero no Nordeste, a empresa
pretende produzir, este ano, cerca de 3,8 milhões de
artigos, entre lâmpadas fluorescentes compactas, re‑
atores eletrônicos, luminárias de alto rendimento e
luminárias decorativas. O crescimento médio é de
35% em relação ao ano passado. No caso das lumi‑
nárias de alto rendimento, este salto será de mais de
100%, passando das 112 mil fabricadas no ano passa‑
do para 240 mil previstas para este ano.
“Nossa produção, este ano, só não será maior
por falta de espaço. Mercado temos, e muito”, diz
Gerhard, comemorando o significativo crescimento
nos últimos anos. Tudo isso em um mercado altamen‑
te qualificado e competitivo, onde trafegam gigantes
do setor, como a holandesa Philips, a americana GE
e a Osram — braço de iluminação do grupo alemão
Siemens —, que também fabrica a marca Sylvania.
De acordo com José Mercês Neto, diretor­‑geral do
Centro Industrial do Subaé (CIS), a G­‑Light é uma das
empresas que mais crescem no local. “Eles iniciaram
a produção, em 2006, com uma pequena fábrica de
luminárias aletadas (no bairro de Conceição) e hoje
“Nossa produção, este ano, só não será
maior por falta de espaço. Mercado
temos, e muito”
gerhard marschallinger, dono da g‑light / g-light owner
“Production this year is not increased because
of lack of space, as we have many clients”
a G­‑Light é uma das maiores empresas
de iluminação do País e seus
produtos estão presentes de norte
a sul do brasil
G-Light is one of the greatest lighting companies in
Brazil and its products are all over the country
This kind of factory is the only one in Northeast
Brazil, and it intends to produce around 3,8 million
goods like compact fluorescent lamp, electronic bal‑
lasts, high performance lamp and decorative lamp.
The average growth is 35% compared to last year,
and about the high performance lamps it will be over
100% , with more than 112,000 produced last year as
it is expected to produce 240,000 this year.
“Our production isn’t increased this year because
of lack of space. As we have many clients”, says Ger‑
hard, successful in the last years. The market is com‑
petitive as there are the Dutch Philips, the American
GE and Osram – part of German group Siemens –
that also produce Sylvania.
According to José Mercês Neto, (CIS) Subaé In‑
dustrial Center’s director, G-Light is one of the most
successful companies in the city. “They start produc‑
ing in 2006 as a small factory of fin lamps (in Conceição
district) and now they produce over a dozen itens in
an area of 22 thousand square meters”, he explains.
To meet the demand in Brazil, mostly in North‑
east Brazil, the company has imported from Germa‑
ny a punching (drilling and cutting machine) and a
machine for bending steel sheets from Austria. The
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
21
Indústria Industry
fabricam mais de uma dezena de itens em uma área
que já chega a 22 mil metros quadrados”, explica.
Para atender ao crescente consumo do mercado
brasileiro, em especial a região Nordeste, a empresa
importou uma puncionadeira (máquina para furar e
cortar) da Alemanha e outro equipamento para dobrar
chapas de aço, da Áustria. As novas máquinas vão cor‑
tar, furar, dobrar e estampar chapas de aço, azeitando
ainda mais o parque industrial da G­‑Light. “Foi um in‑
vestimento importante, e elas vão aumentar e qualifi‑
car ainda mais a nossa produção”, garante Gerhard.
Além disso, a aquisição de dois equipamentos
para a inserção automática de componentes (impor‑
tados da China) vai dar uma força a mais na produção
de reatores e lâmpadas. Atenta à qualidade dos seus
produtos, a G­‑Light importa da Alemanha alumínio
especial, utilizado na confecção das luminárias de
alto rendimento. Segundo Gerhard, existem apenas
duas fábricas desse tipo de alumínio no mundo: uma
na Alemanha e outra na Itália.
Produtos de ponta
Com metade da sua produção absorvida pelo mer‑
cado nordestino, a G­‑Light tem desenvolvido produtos
new machines will cut, drill, bend and stamping steel
sheets, improving the G-Light Industry. “It has been
a very important investment to increase and qualify
even more the production”, says Gerhard.
Moreover, it has purchased two machines to automat‑
ically insert components (from China) that will improve
ballasts and lamps production. G-Light is concerned
about quality, so it has imported from Germany special
aluminum used to make high performance lamps. Ac‑
cording to Gerhard there are only two factories of this
kind of aluminum: one in Germany and one in Italy.
Advanced products
G-Light sells half of its goods in Northeast Brazil so
it has developed products for such clients. It started
producing 12 and 24 volts lamps in 2010 that are used
by consumers of solar energy. The lamps are supplied
by battery similar to those used in cars. “Solar energy
is ideal for far places that has no electric energy, as
some places in Northeast Brazil”, Gerhard says.
Data from Electric Energy National Agency (Aneel)
shows that the highest levels of solar radiation in Bra‑
zil, to produce photovoltaics, are in the region, mostly
in São Francisco Valley. It means an interesting thing
G-Light has been considering for a long time.
Centros de distribuição Distribution center
D
evido ao crescimento dos
últimos anos, a empresa
abriu dois centros de
distribuição nas regiões Sul e
Sudeste: um em Blumenau
(Santa Catarina) e outro em
Carapicuíba (São Paulo). “Esses
dois centros juntam­‑se ao de
Feira de Santana para melhor
desenvolver a nossa logística de
distribuição”, explica Gerhard
Marschallinger, dono da G­‑Light.
Por conta do crescimento, ele já
iniciou sondagens junto ao
Centro Industrial do Subaé, em
Feira de Santana, para
conseguir uma área onde possa
expandir os limites da fábrica.
Enquanto aguarda resposta do
CIS, Gerhard vai tocando a
empresa. “Se der certo, vai ser
22
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
bom. Teremos condições de
aumentar a nossa produção,
gerando mais empregos, mais
negócios e mais luz”, finaliza.
he company has grown in recent
years and has opened two distribution centers in South and Southeast Brazil: in Blumenau city (Santa
Catarina state) and in Capicuíba city
(São Paulo state). “These two centers and the one in feira de Santana
city are to have a better logistic distribution”, Gerhard Marschallinger
explains, the G-Light owner. He has
already started looking for an area
in Subae Industrial Center in Feira
de Santana city to expand the factory. He is waiting for reply from
CIS. “If it works it will be good. We
will have conditions to increase production, having more jobs, business
and light”, he says.
T
“Esses dois centros juntam­‑se ao de
Feira de Santana para melhor desenvolver
a nossa logística de distribuição”
gerhard marschallinger, dono da g‑light / g-light owner
“Those two centers and the one in Feira de Santana city
are to have a better logistic distribution”
O
A G­‑Light dispõe de equipe técnica
treinada e capacitada para atender a um
mercado exigente como é o da iluminação
G-Light has skilled staff to meet the demanding
lighting market
voltados para os consumidores da região. Em 2010, co‑
meçou a fabricar lâmpadas especiais de 12 e 24 volts,
muito utilizadas por consumidores de energia solar. As
lâmpadas funcionam alimentadas por uma bateria, se‑
melhante às utilizadas nos automóveis. “A energia so‑
lar é a solução ideal para áreas afastadas e ainda não
eletrificadas, como é o caso do Nordeste”, diz Gerhard.
Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) mostram que os maiores índices de radiação
solar no Brasil, matéria­‑prima para geração da energia
fotováltica, acontecem na região, com destaque para
o Vale do São Francisco. Ou seja, um filão interessante
que a G­‑Light já observa com carinho há tempos.
Contando com 560 funcionários (90% deles na fá‑
brica de Feira), a empresa possui um catálogo com
mais de uma dezena de produtos, todos eles certifi‑
cados pelo Inmetro e pelo Procel (Programa Nacional
de Conservação de Energia Elétrica), que concede
selo de qualidade aos equipamentos que apresen‑
tam os melhores índices de eficiência energética.
Na fabricação de suas lâmpadas, a G­‑Light traba‑
lha com indústrias parceiras internacionalmente re‑
conhecidas e possuidoras de certificados ISO 9000,
ISO 9001 e ISO 14001, garantindo produtos efi‑
cientes, seguros e ecologicamente corretos. Além
s primeiros passos do austríaco Gerhard
Marschallinger no Brasil foram dados no fi‑
nal da década de 1980, quando trabalhou três
anos como consultor de um programa da Unesco de
redução da pobreza no Nordeste.
Nascido em Linz, terceira maior cidade da Áus‑
tria, Gerhard conheceu a fundo a realidade da re‑
gião. “Virei um autêntico nordestino. Comia carne
de bode e farinha seca nas feiras. Ouvia Beethoven
e Luiz Gonzaga”, relata, bem­‑humorado. Nesse pe‑
ríodo, conheceu também a mulher, Fátima Christi‑
na, baiana de Feira de Santana.
Retornou à Áustria após o trabalho na Unesco,
mas demorou pouco tempo. Em 96, decidiu transfe‑
rir-se para o Brasil, desembarcando em São Paulo
carregado de malas e ideias. Ficou menos de um
ano por lá e mudou definitivamente o endereço
para Feira de Santana, onde abriu uma importadora
de distribuição de material de iluminação.
O trabalho de consultor rendeu-lhe régua e com‑
passo, e Gerhard virou um expert em Nordeste. “É a
região do País que tem o maior potencial de cresci‑
mento. Quem investir não vai se arrepender”, aposta.
T
he first steps from the Austrian Gerhard
Marschallinger in Brazil were in 80’s when he worked
three years as a consultant in a program of UNESCO to
reduce poverty in Northeast Brazil.
He was born in Linz, the third biggest city in Austria,
and he has known very well the region situation. ”I have
become a person truly from Northeast. I used to eat goat
meat and cassava flour in the markets. I heard Beethoven
and Luiz Gonzaga”, he tells cheerfully. Then, he met his
wife, Fátima Christina, from Feira de Santana city.
He returned to Austria after working for Unesco, and
he wasn’t there long. In 1996 he decided to come back to
Brazil and went to São Paulo with luggage and ideas. He
didn’t stay there longer than one year and went to Feira
de Santana to open an importing company for distribution
of lighting equipment.
He learnt to work when he was consultant and he has
become expert in Northeast. “That place has the greatest
potential for growth in Brazil. Those who invest there
don’t repent”, he affirms.
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
23
Indústria Industry
“trabalhei muito
tempo de minha
vida no mercado
informal. Há
quase três anos
estou aqui,
aprendi um ofício
e me sinto útil”
lindaura almeida, funcionária
/ an employee
“I worked in informal
market for a long time.
I have been here for
almost three years and
I learned to work
and I feel useful”
disso, a unidade chinesa da empresa controla a
qualidade dos componentes e produtos acabados
adquiridos por lá.
Segundo Gerhard, a qualidade é uma das prio‑
ridades da empresa. Para tanto, ela está sempre in‑
vestindo em maquinário e tecnologia. O orgulho da
vez é o laboratório de fotometria, considerado o mais
moderno do Norte e Nordeste e um dos mais com‑
pletos do Brasil.
O laboratório conta com uma série de equipamen‑
tos para medição de eficiência luminosa (quantidade
de luz, corrente, potência, índice de reprodução de
cor e temperatura de cor). “O objetivo é assegurar a
qualidade dos nossos produtos”, afirma Washington
Luiz Silva, gerente­-técnico da G­‑Light.
Segundo ele, todo o investimento feito em tecno‑
logia de ponta permite à empresa efetuar pesquisas
e controle de qualidade com precisão e confiabili‑
dade. “A G­‑Light dispõe de equipe técnica treinada
e capacitada para atender a um mercado exigente
como é o da iluminação”, diz.
Funcionária da empresa há quase três anos, Lin‑
daura Almeida, 40 anos, fala com orgulho da sua
rotina. “Trabalhei muito tempo de minha vida no
mercado informal. Há quase três anos estou aqui,
aprendi um ofício e me sinto útil”, conta. Baiana de
24
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
The company has 560 workers (90% in the factory
in Feira de Santana city), and over a dozen itens, all of
them certified by Inmetro and Procel (Electric Energy
Conservation National Program), that provides qual‑
ity approval to those machines with the best rates of
energy efficiency.
G-Light produces lamps in partnership with other
industries internationally recognized and with ISO cer‑
tificate 9000, 9001 and 14001, so the product is efficient,
safe and environmentally friendly. Besides, the Chinese
unit controls its components and products quality.
According to Gerjard, quality is priority. That is why
he is always interested in new machines and technol‑
ogy. They are now proud because of the photometry
laboratory, the most modern in North and Northeast
and one of the most complete in Brazil.
It has equipment to measure luminous efficiency
(light, electricity, potency, color reproduction and
color temperature). “We aim to guarantee very good
product”, affirms Washington Luiz Silva, G-Light’s
technical manager.
According to him, advanced technology allows
the company to research and accurately and reliably
monitor quality. “G-Light has competent staff to serve
such demanding customer as the ones for lighting
market”, he says.
A aventura do ‘Sputnik’ Sputnik adventure
U
m dos maiores orgulhos da G­‑Light é o laborató‑
rio de fotometria, considerado o mais moderno
do Norte e Nordeste e um dos mais completos
do Brasil. O local possui equipamentos como esferas
integradoras com lâmpadas­‑padrão, medidor de ilumi‑
nância digital, analisadores de potência, analisadores
de cores, torquímetros e medidor de distribuição de in‑
tensidade luminosa para LED.
Lá se destaca o ‘Sputnik’, apelido dado por Gerhard
Marschallinger devido ao formato redondo, parecido
com o do satélite artificial enviado ao espaço pela União
Soviética em 1957. Considerado estrela do laboratório,
o Sputnik serve para medição de eficiência luminosa
(quantidade de luz, corrente, potência, índice de repro‑
dução de cor e temperatura de cor).
Segundo o gerente­‑técnico da empresa, Washington
Luiz, o investimento é feito para assegurar a qualidade
dos produtos e o acompanhamento dos processos de
certificação: selos Ence (Etiqueta Nacional de Conser‑
vação de Energia) e Procel, do Inmetro. “Esses ensaios
são necessários para o desenvolvimento do setor de
iluminação e atendimento dos nossos clientes”, diz.
Em seu laboratório, a G­‑Light testa novos produtos,
estuda tecnologias, realiza pesquisas de especificações
técnicas e avalia o sistema de qualidade dos fornecedo‑
res. Funcionária lotada no laboratório, a técnica Celene
Correia, 32 anos, orgulha-se do setor onde trabalha — em
especial, do contato com o Sputnik. “É gratificante traba‑
lhar em um local que garante ao consumidor que ele está
adquirindo um produto qualificado e certificado”, afirma.
T
he photometry laboratory is very important to G-Light,
as it is the most modern in North and Northeast and one
of the most completes in Brazil. The place has integrating
spheres with standard lamps, lighting digital meter, power
and color analyzers, torque wrenches and meter of light
distribution to LED.
“Sputnik” is a nickname created by Gerhard Marschallinger for it is round like the artificial satellite sent to
space by Soviet Union in 1957. It is considered the
laboratory’s star and measures luminous efficiency (light,
energy, potency, color temperature and reproduction).
According to Washington Luiz, company’s technical manager, it is to ensure the product’s quality and to monitor
certification process: Ence (Energy Conservation National
Stamp) and Procel, from Inmetro. “Those are needed to develop the lighting department and serve our clients”, he says.
G-Light tests new products, study technology, research
technical specification and evaluates the quality system of suppliers. Celene Correia, 32 years old, works in the laboratory
and she is very proud of it – specially the sputnik. “It is fulfilling
to work in a place that sells reliable products”, she affirms.
“É gratificante
trabalhar em um
local que garante
ao consumidor um
produto qualificado”
celene correia, técnica do
laboratório / laboratory worker
“It is fulfilling to work
here, a place that has
reliable products”
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
25
Indústria Industry
Feira de Santana, Lindaura mora no bairro Parque de
Exposições, vizinho à fábrica. “É aqui, no meu traba‑
lho, onde construo a minha vida. É como se fosse a
extensão da minha casa”, diz, enquanto coloca a eti‑
queta e embala mais um reator.
Na área de iluminação decorativa, a G­‑Light tam‑
bém bota as mangas de fora. Ela iniciou a produção
em 2006, e a experiência em projetos do gênero já
é reconhecida nos quatro cantos do País. Em seu
book, constam trabalhos específicos em parceria
com entidades governamentais e privadas, além de
produtos diversificados que disponibilizam mais luz
e beleza no período do Natal. Suas microlâmpadas,
minilâmpadas e LEDs iluminam cordões e figuras
decorativas em residências, fachadas, monumentos
e praças de diversas cidades. É da G­‑Light o projeto
de iluminação da Ponte Espraiada e da Árvore de
Natal do Ibirapuera, ambos em São Paulo, e da de‑
coração natalina de Belo Horizonte.
Lindaura Almeida, 40 years old, has been working
there for almost three years, and she talks proudly
about it. “I worked for a long time in the informal
market. I have been here for almost three years and
I have learnt to work and I am useful”, she tells. She
is from Feira de Santana city and lives in Parque de
Exposições district near the factory. “I make my life
here in my work. It is kind of a part of my home”, she
says while working.
G-Light is emerging in decorative lighting. It has
started producing in 2006 and its project is already
recognized throughout the country. It has specific
works together with government and private insti‑
tutes, and several products for Christmas decoration.
Micro-lights, mini-lights and LEDs decorate houses,
monument and squares in many cities. G-Light has
a project to decorate both Espraiada Bridge and
Ibirapuera Christmas tree in São Paulo city and also
decorate Belo Horizonte city.
Baiano comanda linha de produção A person from Bahia controls production
T
oda a rotina da linha de produção da
G­‑Light é acompanhada de perto
por um baiano, que quase virou
paulista. Tudo o que sai de lá passa pela
aprovação do gerente­‑técnico e engen‑
heiro de produto Washington Luiz Silva.
Ele deu os primeiros passos na área de
iluminação na Peterco, empresa estabe‑
lecida em Feira de Santana, comprada
pela Philips no início da década de 1980.
Logo após, a Philips fechou a fábrica e ele
foi convidado a transferir-se para São
Paulo. Ficou até 2004 na Philips.
Depois trabalhou como consultor da
TUV Reinlhand, empresa alemã que atua
no setor de inspeção e certificação, tendo
o Inmetro entre os seus parceiros. Du‑
rante seis anos, Washington atuou na TUV
certificando produtos e sistemas de
gestão de qualidade (ISO 9000 e ISO
14000). “Esta é a área que trabalho, con‑
heço e gosto. Nunca saí dela”, afirma.
Em 2011, soube por um amigo que a
G­‑Light estava procurando um novo
gerente­‑técnico e viu aí oportunidade de
matar dois coelhos com uma só cajadada:
voltaria à Bahia e com emprego na área
de iluminação. Para Gerhard Marschal‑
linger, seria também um grande negócio.
26
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
-Light’s production is monitored by a
G
man from Bahia who almost went to São
Paulo city. Everything from there has to be
Precisava de uma pessoa com bastante
experiência na área e que quisesse morar
em Feira de Santana.
Conversaram e chegaram a um acor‑
do. “Ele mostrou o desafio que tinha pela
frente e me fez a proposta”, afirma. Resul‑
tado: há mais de um ano Washington co‑
manda a área técnica da empresa, voltan‑
do a trabalhar e morar na cidade onde
nasceu. “Se não fosse a G­‑Light ainda es‑
taria em São Paulo, como meus filhos, que
nasceram lá e estão tocando a vida por
lá”, diz, orgulhoso com as carreiras de Fe‑
lipe, 24 anos, engenheiro eletrônico, e
Anielly, 22, fonoaudióloga.
approved by the technical manager and
product engineer Washington Luiz Silva. He
started in lighting area of Peterco, a company in Feira de Santana city, bought by Philips in the beginning of 80’s. later on Philips
closed the factory and he was asked to go to
São Paulo. He stayed there until 2004.
After working as a consultant in TUV
Reinlhand, a German company for monitoring and certification that has Inmetro as one
of its partners. Washington worked in TUV
during six years providing certificate to products and quality management systems (ISO
9000 and 14000). “That is where I work, I know
and like it. I have never left it”, he affirms.
A friend told him in 2011 G-Light was
seeking a technical manager and he saw a
chance to: get back to Bahia and work with
lighting. Gerhard Marschallinger had an opportunity too, since he needed a person experienced in the area and wanted to live in
Feira de Santana city.
They talked and agreed. “He challenged
me by offering a job”, he affirms. Washington has been in charge of the company technical area for over 1 year, and he is back
home. “I would be in São Paulo city without
G-Light, like my son and daughter who were
born and live there”, he says proudly with his
son Felipe, 24 years old, electronic engineer, and his daughter Anielly, 22 years old,
speech therapist.
Mineração Mining
Granito Azul,
uma raridade baiana
Produção do mineral reorganiza-se em função dos desacertos
econômicos dos Estados Unidos e Europa, principais mercados mundiais
Mineral production is reorganized according to the economic blunders of Europe and USA, manor world markets
por/by luiz souza
T
endo o céu do sul baiano como
testemunha, máquinas e pessoas trabalham
na retirada dos blocos de granito azul-bahia
do subsolo do pequeno município de Itaju
do Colônia, na microrregião de Ilhéus e Itabuna. O
termo granito, aqui, não significa necessariamente a
formação rochosa assim denominada, mas engloba
também uma série de outros minerais alçados à
condição nobre do minério — como é o caso do
azul-bahia, que, de fato, é uma formação classificada
como sodalita sictino.
Blue granite,
rarity from Bahia state
eople and machines, having the
sky in South Bahia as witness,
remove granite in Itaju da
Colonia city, near Ilhéus and Itabuna
cities. The word granite here doesn’t
mean rock formation, but it means
several minerals elevated to the noble
condition — like Azul Bahia that is in
fact sodalite sictino.
P
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
27
Mining
Mineração Mining
Mármore Bege Bahia, produzido no norte do Estado, tem posição de destaque no mercado nacional
Bege Marble Bahia is produced in North and is successful in national market
O mineral, aplicado em revestimentos e detalhes
decorativos das obras, é uma ocorrência rara no mun‑
do. No Brasil, é encontrado apenas na Bahia, distribu‑
ído entre os municípios de Itaju do Colônia, Itapetinga,
Santa Cruz da Vitória e Itarantina. O diretor da Socie‑
dade Marmífera Brasileira Ltda., Cláudio Veneziani,
observa que, na África, houve notícias de ocorrência
do sodalita sictino, mas, hoje, não há informações
acerca da exploração comercial do insumo no conti‑
nente negro. A empresa de origem carioca extrai o
mineral em Itaju do Colônia, em uma operação que
emprega diretamente dez trabalhadores.
Atualmente, a produção do mineral reorganiza-se
em função dos desacertos econômicos dos EUA e Euro‑
pa, principais clientes internacionais do produto, desti‑
no de aproximadamente 70% do total da produção
apurada no Estado. A época áurea da extração deu-se
entre meados da década de 1990 e os anos de 2005 e
2006, período no qual as commodities minerais tiveram
as cotações turbinadas em função do assombroso cres‑
cimento da indústria imobiliária nos países emergentes.
No período, a Sociedade Marmífera chegava a ex‑
trair cerca de 500 toneladas mensais do azul-bahia,
contra a média atual de 200 toneladas mensais. “Os
mercados ainda estão operando de maneira muito
28
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
The mineral is for decoration and is rare in the
world. It is found in Brazil just in Bahia, in Itaju da Co‑
lonia, Itapetinga, Santa Cruz da Vitoria and Itarantina
cities. Marble Brazilian Society’s director Cláudio
Veneziani says that in Africa there may be sodalite sic‑
tino, but has no information about the commercial
exploitation of it. The company from Rio de Janeiro
city has ten workers to remove the mineral in Itaju da
Colonia city.
Currently, the mineral production is reorganized
according to the economic blunders of Europe and
USA, the main clients that have nearly 70% of the pro‑
duction. The heyday of mining was in 90’s and in
2005/2006, when mineral commodities had beefed
up its prices due to higher real state in emerging
countries.
Then, the Marble Society removed Azul Bahia up
to 500 tons per month, and it used to be just 200 tons
per month. “The market is working slowly yet, with no
hope of growing demand soon. We are concern
about the world economy for the next years”, Vene‑
ziani says.
Ana Cristina Franco Magalhães, Industry, Com‑
merce and Mining Bahia Department’s director, says
that Azul Bahia resists crisis by adjusting production
lenta, sem perspectiva de incremento da demanda
no curto prazo. Ainda estamos observando como a
economia mundial irá se comportar nos próximos
anos”, observa Veneziani.
A diretora de mineração da Secretaria Estadual da
Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Ana Cristina
Franco Magalhães, observa, porém, que o azul-bahia
tem forte resistência a períodos de crise, enfrentados
mediante ajustes na produção para que a demanda
possa ser atendida de forma a manter a viabilidade
econômica do processo extrativista. A demanda do
mercado pelo azul-bahia é sujeita a ciclos que se re‑
petem desde a década de 1970. Portanto, a indústria
do ramo é calejada o suficiente para lidar com perío‑
dos de vacas magras.
Atualmente, o mercado trabalha com preços míni‑
mos na casa de US$ 1,5 mil por tonelada do material.
Ainda assim, os valores variam em função das enco‑
mendas, algo determinado pelo prazo e quantidade
de material solicitada pela clientela.
Tendências arquitetônicas
Além das oscilações do mercado, os granitos es‑
tão sujeitos às convenções do estilo arquitetônico,
que costumam ditar as tonalidades das rochas usadas
nas construções. Veneziani, da Marmífera, observa
que a indústria imobiliária brasileira tem preferido,
a Sociedade Marmífera
chegava a extrair cerca de
500 toneladas mensais do
Azul-Bahia, contra a média
atual de 200 toneladas
Marble Society used to extract about 500
tons of Azul Bahia per month, and extracts
now 200 tons per month
to meet demand and so keep economic viability of
extraction process. Azul Bahia demand has had differ‑
ent moments since 70’s. Therefore, it has enough
knowledge to deal with bad times.
Nowadays, the mineral is US$1,5 thousand per ton
as minimum price. Nevertheless, prices chance in re‑
sponse to orders, it is determined by time and amount
requested by clients.
Tendency of architecture
Apart from market unsteadiness, the granite de‑
pends on architecture usage, which says the rocks
hues to be used in construction. Veneziani, from Mar‑
mífera company, says that in Brazil the light hues
granites are favorite lately, so this restricts the market
Granito azul é uma ocorrência rara no mundo. No Brasil, só existe na Bahia
Blue granite is rare in world. There is just in Bahia
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
29
Mining
Mineração Mining
nos últimos anos, os granitos em tonalidade clara, o
que restringe o mercado para outras vertentes do
material, como o azul-bahia. Porém, o mercado euro‑
peu, em especial o italiano, além de novas fronteiras
comerciais, como o Oriente Médio, tem mantido a
preferência pelo raro azul-bahia.
De acordo com informações do artigo “Rochas or‑
namentais do Brasil — seu modo de ocorrência geo‑
lógica, variedade tipológica, explotação comercial e
utilidades como materiais nobres de construção”,
publicado pela Revista Geociências, da Universidade
Federal Fluminense (UFF), as reservas provadas do
azul-bahia chegariam a um volume superior a 15 mi‑
lhões de metros cúbicos.
O ex­‑presidente do Sindicato das Indústrias de
Mármores, Granitos e Similares da Bahia (Simagran­
‑BA) Reinaldo Sampaio observa que o Estado tem
tradição no que se refere a rochas ornamentais, po‑
rém há dificuldade em relação ao beneficiamento
dos insumos. Geralmente, as rochas produzidas na
Bahia passam pelos processos de tratamento indus‑
trial para chegarem ao mercado dos estados de Mi‑
nas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Quando Sampaio falou com a reportagem da Bahia
Oportunidades, ele estava terminando o mandato à
frente do Simagran­‑BA, mas destacou que a entidade
deverá tomar uma série de iniciativas no sentido de di‑
namizar a produção local. Dentre as principais medidas,
está a elaboração da quarta versão do Catálogo de Ro‑
chas Ornamentais do Estado. “A Bahia é bastante rica
neste aspecto, considerando tanto a qualidade das ro‑
chas quanto a sua diversidade”, pondera Sampaio.
30
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
to others like Azul Bahia. However, the European mar‑
ket, especially in Italy, and Middle East have kept the
preference for the rare Azul Bahia.
The article “Ornamental stones in Brazil — their
mode of geological occurrence, typological variety,
commercial exploitation and usefulness as noble ma‑
terial in construction”, in Geociencias magazine, from
Fluminense Federal University (UFF), says Azul Bahia
reservation is over 15 million cubic meters.
Reinaldo Sampaio, Marble, Granite and Similar In‑
dustry Syndicate in Bahia’s former president, says Ba‑
hia has always had ornamental rocks, but it is hard to
benefit the supplies. Usually the rocks in Bahia are
treated by industrial process before going to Minas
Gerais, Espirito Santo and Rio de Janeiro states.
When he was interviewed by Bahia Oportuni‑
dades magazine, he was about to leave SimagranBahia, but he said the Syndicate was going to
improve local production by doing for example the
fourth issue of Bahia Ornamental Rocks Catalogue.
“Bahia is very rich in minerals, as there are many
good rocks”, Sampaio said.
Você sabia? Did you know?
A especialidade mais popular,
o azul­‑bahia, é encontrada
principalmente no município
de Itaju do Colônia. Há ainda
outras variedades de granitos azuis:
o azul­‑macaúbas, explorado no
município de mesmo nome,o azul­
‑boquira, em Boquira, e azul­‑imperial,
encontrado em Oliveira dos Brejinhos.
Estes, porém, não são sodalita sietino,
mas quartzitos.
The most common type of Azul Bahia is
found mainly in Itaju da Colonia city. There
are other types of blue granites: Azul
Macaúbas, found in Macaúbas city, the
Azul Boquira and Azul Imperial found in
Oliveira dos Brejinho city. Those aren’t
sodalite syenite, they are quartzite.
Rochas ornamentais,
a riqueza que vem da terra
A
Bahia é o terceiro maior produtor em blo‑
cos brutos de rochas ornamentais no Brasil,
registrando a maior diversidade de padrões
cromáticos do País. Uma das áreas estraté‑
gicas da produção baiana é a região norte, onde está
localizado o maior polo produtor de mármore do Esta‑
do. Lá, destaca-se o mármore bege-bahia ou traverti‑
no-da-bahia, que ocupa posição de destaque no
mercado nacional. A Bahia é, porém, o sétimo coloca‑
do no quesito comercialização de rochas desdobradas
(que passaram por processos industriais para elevar a
qualidade), tendo em vista o protagonismo do Espírito
Santo, que concentra pelo menos 60% do mercado
brasileiro de beneficiamento das rochas ornamentais.
Ornamental rocks
are a treasure from earth ahia is the third greatest place in pro‑
ducing block of raw stone in Brazil,
with the greatest diversity of color pat‑
terns of the country. One of the production
areas is the North Bahia, where the greatest
marble producer is. There is Bege Bahia mar‑
ble or Travertino of Bahia, which are success‑
ful in national market. Bahia is the seventh in
trading rocks split (those have industrial pro‑
cess to better quality), and Espírito Santo
state handles 60% of Brazilian market of pro‑
cessing of stone.
B
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
31
Mining
Mineração Mining
A diretora de mineração da Secretaria Estadual
da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Ana Cris‑
tina Magalhães, observa que, na Bahia, são produzi‑
dos desde os materiais considerados “comuns”
(cinza e vermelhos), passando pelos “materiais de
batalha” (movimentados, rosa, vinho e marrons),
“clássicos” (brancos, pretos, verdes e amarelos) e
“exóticos” (conglomerados, quartzitos multicolori‑
dos e pegmatitos amarelados), chegando­‑se aos
“excepcionais” (azuis). “O Estado da Bahia é o único
a produzir o mármore bege no mercado brasileiro.
Este mármore apresenta grande similaridade com o
travertino-romano, sendo uma das rochas mais con‑
sumidas e mais populares do mercado nacional”,
afirma Ana Magalhães.
Apenas para se ter uma ideia do dinamismo do
setor, no segmento extrativo, a Bahia possui 34 em‑
presas em efetiva e contínua atividade, que lavram
rochas em 58 pedreiras. Outras 28 empresas têm
Produção comercializada de
Rochas Ornamentais na Bahia (em R$)
Ornamental rocks production in Bahia (in R$)
47,689
mi
31,860
mi
25,428
mi
24,426
mi
2008
2009
2010
2011
Fontes: Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)/
Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia (SICM­‑BA).
Source: Mining Production National Department (DNPM) / Bahia
Mining, Commerce and Industry Department (SICM-BA).
32
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
Ana Cristina Magalhães, Mining, Commerce and
Industry Bahia Department’s director, says that in Bahia
there are “common” materials (grey and red), “battle
materials” (moved, pink, dark red and brown), “clas‑
sics” (white, black, green and yellow) and exotic (con‑
glomerate, multicolor quartzite and yellow pegmatites)
and the “exceptional ones” (blue). The beige marble is
produced just in Bahia. This marble is similar to the Ro‑
man Travertino and it is one of the most used and the
most popular in Brazil”, Ana Magalhães says.
Bahia has 34 companies in this sector that plow
rock in 58 quarries which shows how dynamic the sec‑
tor is in Bahia. Other 28 companies have seasonal
production in 76 quarries. The ornamental and coat‑
ing rocks are almost exclusive examples of natural
product clearly seen as special trade. “They have
functional properties, but what makes them special is
the beauty with different structure (design, move‑
ment), texture (size and crystals shape or fossil) and
produção sazonal em 76 pedreiras. As rochas orna‑
mentais e de revestimento representam um exemplo
quase exclusivo de produto natural claramente en‑
quadrado como especialidade comercial. “Mais do
que pelas suas propriedades funcionais, o que as ca‑
racteriza são os atributos estéticos, extremamente
diferenciados pela combinação de estruturas (dese‑
nhos, movimentos), texturas (dimensão e forma dos
cristais ou conteúdo fóssil) e cores. Por essa razão,
cada granito ou mármore tem preço e nome pró‑
prios”, prossegue Ana.
Em 2011, a produção comercializada de rochas
ornamentais chegou a 187 mil toneladas de blocos
em bruto, dos quais os mármores contribuem com
cerca de 16% e as rochas silicáticas (granitos,
quartzitos, conglomerados, sodalita­‑sienito, gabro
ganisse) com 84%, conforme declaração das mine‑
radoras ao Departamento Nacional de Pesquisa
Mineral (DNPM).
O Estado da Bahia é o único a
produzir o mármore bege no
mercado brasileiro. ele tem
grande similaridade com o
travertino-romano
Bahia is the only one producing beige
marble in Brazil that is very similar to the
Roman travertine marble
color. That is why each granite or marble has its price
and own name”, Ana says.
In 2011 the ornamental rock production was 187 thou‑
sand tons of raw blocks, about 16% were marble and 84%
were silicate rocks (granite, quartzite, conglomerate, sodalite
syenite, grabo ganisse), this information is from mining com‑
panies to Mining Research National Department (DNPM).
Bahia — exportação de Rochas
Ornamentais (em US$)
Bahia – ornamental rocks export (in US$)
16,391
mi
14,260
11,204
12,681
mi
mi
mi
2008
2009
2010
2011
Fontes: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC)/ SICM­‑BA.
Source: Exterior Commerce, Industry and Development Ministry
(MDIC) / SICM-BA.
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
33
Indústria Industry
Um novo
tempo no
CIA
Primeiro complexo industrial planejado do País ganha fôlego e
investimentos: são 144 empresas que geram mais de 14 mil empregos
The first planned industrial complex has 144 companies with over 14 thousand jobs
por/by Pedro Carvalho
O
cenário era de abandono. Há menos de
uma década, o Centro Industrial de Ara‑
tu (CIA), na Região Metropolitana de
Salvador, ainda agonizava com sérios
problemas de infraestrutura, falta de segurança e de
um planejamento estratégico para atração de novos
investimentos. Os reflexos não eram sentidos apenas
no complexo multissetorial, mas em toda a economia
baiana. Na região, entre Simões Filho e Candeias, em
meio às empresas que mantinham a rotina de produ‑
ção, eram muitos os galpões que abrigavam lixo e
muita sucata, sobretudo de máquinas paradas.
34
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
A new time in Cia District
t was abandoned. Aratu Industrial Center (CIA),
that is in Metropolitan Salvador, less than ten years
ago used to have serious infrastructure problems,
no security and strategy to attract new investors. It
wasn’t a just CIA’s problem but also Bahia’s. There
were a lot of buildings in Simões Filho and Candeias
cities that had rubbish, scrap iron and old machines
among some companies normally working.
The first planned industrial complex in the
country was created in 60’s and 30 years later it
had its hardest crisis, maybe the most serious one.
I
Criado no final da década de 1960, o primeiro
complexo industrial planejado do País passava, 30
anos depois, por uma das maiores crises, possivel‑
mente a mais grave. Um levantamento realizado pela
Superintendência de Desenvolvimento Industrial e
Comercial (Sudic), em 2001, apontou que 43 empre‑
sas que haviam se instalado no CIA estavam fecha‑
das. O sinal vermelho já havia sido dado, em meio às
várias crises econômicas em todo o mundo.
A necessidade de reação era pulsante. O novo
momento econômico do País e da Bahia, a partir da
segunda metade da década passada, era o ingre‑
diente que faltava para a receita dar certo. Nela, tam‑
bém constaram programas de incentivo fiscal e de
desenvolvimento da infraestrutura. Desta forma, o
governo baiano liderou o processo para tornar o CIA,
novamente, um complexo atrativo para novos investi‑
dores e também para as 144 empresas que hoje lá
estão instaladas e geram mais de 14 mil empregos.
Para o superintendente de Desenvolvimento Econô‑
mico da Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e
Mineração (SICM), Paulo Guimarães, vários são os fato‑
res que contribuem para o novo momento do Centro
Industrial de Aratu. Além do plano de atração de em‑
preendimentos, executado pelo Estado, ele lembra
que o Nordeste tem apresentado taxas elevadas de
crescimento econômico nos últimos anos, estimulado,
sobretudo, pela ascensão social e elevação do poder
de compra das classes C, D e E. “As empresas precisam
atender a esta demanda crescente dos consumidores
nordestinos, e a melhor opção, sem dúvida, é abrir no‑
vas unidades industriais na região”, explica o superin‑
tendente. Neste quadro, segundo ele, a Bahia tem uma
localização estratégica entre o Nordeste e o Sudeste.
“Temos vários complexos industriais com infraestrutu‑
ra já definida, e o Centro Industrial de Aratu é um deles,
com diversas vantagens competitivas”, afirmou Guima‑
rães. Ele lembrou, ainda, que o CIA está próximo do Porto
de Aratu, que deverá receber grandes investimentos do
setor privado nos próximos anos, o que elevará ainda mais
o potencial do centro. “Criamos condições para atrair no‑
vas empresas e melhorar a produtividade das que já estão
instaladas”, declarou. O CIA e o Polo Industrial de Cama‑
çari, de acordo com Paulo Guimarães, já estão pratica‑
mente integrados num grande complexo. “Juntos, estes
dois importantes centros são bastante atrativos e devem
ficar com uma boa fatia dos mais de R$ 76 bilhões que
serão investidos na Bahia até o ano de 2015”.
“Temos vários complexos industriais
com infraestrutura já definida, e o
Centro Industrial de Aratu é um deles”
paulo guimarães, superintendente de desenvolvimento
econômico da sicm / sicm’ director
“We have many industrial complexes with determined
infrastructure, and CIA is one of them”
Industrial and Commercial Development Depart‑
ment (Sudic) affirmed in 2001 that 43 companies in
CIA were closed. It was crisis like the economic cri‑
sis worldwide.
Something needed to be done. The new eco‑
nomic moment from 2005 in Brazil and Bahia was
decisive. So there were tax incentive and infrastruc‑
ture development to attract investors to CIA and
also 144 new companies that are there now with 14
thousand jobs.
Paulo Guimarães, SICM’s director says many fac‑
tors help the new moment in CIA. The government
has plans to attract new companies, and also North‑
east has increased economically in the last years,
stimulated by social mobility and purchasing power
of working classes. “The companies need to meet
this growing demand in Northeast, and opening in‑
dustrial units is the best option”, he explains. Bahia
has good position between Northeast and Southeast.
“We have several industrial centers with fixed infra‑
structure, and CIA é one of them with many competitive
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
35
Indústria Industry
“a sudic tem realizado obras de infraestrutura, como terraplenagem, para melhor
instalação dos empreendimentos” emerson leal, diretor presidente da sudic / sudic’s director
“Sudic has made infrastructure, like earthwork, to help install companies”
Novos Investimentos à vista
Fazem parte do centro industrial gigantes como a
Coca­‑Cola, Tramontina, Dow, Gerdau, J. Macedo e
Xerox. Além de indústrias, são muitos os centros de
distribuição, a exemplo do implantado pela empresa
de venda direta de cosméticos Avon.
Dos empreendimentos que fecharam as portas
nos últimos anos, 28 foram reativados. Um deles foi a
fábrica de água sanitária e alvejantes Q’Boa, reaberta
no início de 2011, com a contratação de 100 colabo‑
radores. Na época, Samuel Noronha, diretor­‑geral
das Indústrias Anhembi, controladora da empresa,
anunciou novos investimentos, de cerca de R$ 2 mi‑
lhões, para ampliar a produção no CIA, com o objeti‑
vo de atender à demanda crescente que surgiu com
a mudança no perfil de consumo das classes C, D e E.
Atualmente, 13 novas empresas estão em proces‑
so de instalação. Os investimentos na implantação
das unidades, segundo a Sudic, ultrapassam os R$ 2
bilhões. A previsão é que sejam criados pelo menos
3,2 mil novos postos de trabalho, somente em em‑
pregos diretos nos empreendimentos.
De acordo com o diretor-presidente da Sudic,
Emerson Leal, o órgão tem realizado obras de infraes‑
36
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
advantages”, Guimarães affirms. He reminds CIA is
close to Aratu Port that must have investors from pri‑
vate sector in the next years, and it will increase the
center potency. “We have made conditions to attract
new companies and improve production of those al‑
ready here”, he said. CIA and Camaçari Industrial
Pole, according to Guimarães, are in a big complex.
“These two important centers are very attractive and
must have part of R$76 billion to invest in Bahia until
2015”.
New investment is coming
Coca-Cola, Tramontina, Dow, Gerdau. J. Macedo
and Xerox are in the industrial center. There are also
the distribution centers like Avon.
Many companies have closed down in the last
years, but 28 of them reopened. One of them is
Q’Boa, bleach factory that reopened in early 2011
and hired 100 employees. Back then, Samuel No‑
ronha, director of Anhembi Industry that controls the
company, announced investment around R$2 million
to expand production in CIA to meet the growing de‑
mand because of changing in consumption profile in
working classes.
trutura, como terraplenagem, para melhor instalação
dos empreendimentos. Além disso, emitiu sete ter‑
mos de reserva para o complexo.
Uma das empresas em implantação é a fábrica de
vidros laminados Incovidros. “Estávamos procurando
uma área na região que atendesse a nossas necessida‑
des de carga e descarga, além de ter facilidade para o
escoamento das mercadorias”, afirma Orlando de
Araújo, sócio da empresa. Ele viu no CIA a localização
ideal para o negócio devido às vias de acesso. A ex‑
pectativa é que a unidade entre em operação até o
próximo mês de setembro, com a geração de mais de
100 postos de trabalho.
Maior produtora de vidros planos e espelhos da
América do Sul, a Cebrace também apostou no CIA.
No final de 2011, inaugurou o Centro de Distribuição
Bahia. Foi o primeiro passo para novos empreendi‑
mentos no Estado, já que a companhia ­— joint­‑venture
entre o grupo japonês NSG/Pilkington e o grupo fran‑
cês Saint­‑Gobain ­— pretende construir uma planta in‑
dustrial, que deve resultar em investimentos da ordem
de 145 milhões de euros, ou R$ 360 milhões, em Ca‑
maçari. A expectativa é que a fábrica inicie as opera‑
ções nos próximos anos, gerando mais de 300
empregos diretos e indiretos. Já o projeto do CD da
Cebrace é de um estoque de aproximadamente três
mil toneladas de vidro, abastecidos regularmente.
Nowadays, 13 new companies are to open. Invest‑
ment to open the units, according to Sudic, is over
R$2 billion. At least 3,2 thousand jobs are expected in
the companies.
Emerson Leal, Sudic’s director affirms that they
have improved infrastructure, by doing earthwork to
help the companies’ construction. And also, seven
terms reservation have been made.
One of those companies is Incovidros, a glass fac‑
tory. “We were looking for an area in that region big
enough for loading and unloading, and easy to trans‑
port goods”, Orlando de Morais says, a company
partner. He thought CIA as a good place to trade due
to accessibility.
Cebrace is the greatest glass factory in South America
and is in CIA. The Distribution Center Bahia was opened in
2011. It was the first step to new investment in Bahia, since
the company – joint-venture between Japanese group
NSG/Pilkington and the French group Saint-Gobain intends
to have a 145 million euros plant, or R$360 million, in Ca‑
maçari city. The factory is expected to start working in the
next years with 300 jobs. As CD
and Cebrace project is
around three tons
of glass to have
in stock, regu‑
larly supplied.
Algumas empresas do CIA Some CIA’s companies
CIA NORTE
Candeias
CIA SUL
simÕes FiLho
Xerox (Cia Sul)
produtos químicos
Gerdau (Cia Sul)
laminados de aço
Coca­‑Cola (Cia Sul)
bebidas
Dow (Cia norte)
produtos químicos
Indústrias Anhembi (Cia Sul)
produtos de limpeza
Tramontina (Cia Sul)
utensílios domésticos
T&A Construção (Cia Sul)
artefatos de concreto
Atol (Cia Sul)
produtos de limpeza
Avon (Cia Sul)
CD cosméticos
Bosch (Cia Sul)
Engepack (Cia Sul)
Durit (Cia Sul)
embalagens
peças e ferramentas
Cromex (Cia Sul)
Papaiz (Cia Sul)
resinas termoplásticas
cadeados
Proquigel (Cia Norte)
Vicunha (Cia Sul)
química
têxtil
Plumatex (Cia Norte)
Comanche (Cia Sul)
colchões
biocombustíveis
Betumat (Cia Norte)
Latapack (Cia Sul)
impermeabilizantes
indústria de latas
Moliza (Cia Norte)
revestimentos cerâmicos
Italsofa (Cia Sul)
móveis
Bombril (Cia Sul)
produtos de limpeza
peças para veículos
Cebrace (Cia Sul)
CD vidros
J. Macedo (Cia Sul)
biscoitos
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
37
Indústria Industry
Columbia and Fixar
aim to expand
IA renewal is more than
new companies. Some
companies are expanding
their units, increasing production
and creating jobs. All of them be‑
lieve the state is growing, so is the
demand, mainly, the clients from
North and Northeast.
Columbia group, one of the
greatest logistic groups in Brazil,
has already started constructing to
expand units in Bahia, it is called
EADI Salvador. The unit in CIA also
has a new distribution center. In the
project the bonded warehouse will
have more 6.000 m² and the yard
more 43.000 m².
Murillo Mello Oliveira, EADI Sal‑
vador’s Business and Operation di‑
rector, explained that improvement
will make the covered storage
three times bigger, and double the
storage containers. “After finishing
construction, at the end of this year
the unit will be 143.000 m², with
25.000 m² in covered area and
118.000 m² in yard and others”, he
informs. CD will have 7.500 m² and
over 10 thousand pallet position.
Columbia has invested R$16
million in construction and R$2,1
million in machines and equip‑
ment, including a Meclift for 16
tons and four Reach Stacker for 45
tons, five small trucks (2,5 tons) for
the new storehouses.
Oliveira thinks CIA is the main
economic center in Bahia. “We are
close to Salvador Port and Airport
that are the main load entrance to
Porto Seco in Bahia, and we are
close to 90% of our clients. It ensures
agility and lower cost”, he says.
Appropriate logistic infrastruc‑
ture is one of the main supports to
increase any economy. According
C
Columbia e Fixar
apostam em ampliação
A
revitalização do CIA vai
além da implantação de
novos empreendimentos.
Algumas empresas estão amplian‑
do as unidades, com aumento da
produção e do número de postos
de trabalho. Todas também apos‑
tam no crescimento do Estado e
do aumento da demanda provo‑
cado, sobretudo, pelos consumi‑
dores do Norte e Nordeste.
O Grupo Columbia, um dos
maiores do setor de logística do
Brasil, já iniciou as obras de amplia‑
ção das instalações da subsidiária
na Bahia, a EADI Salvador. A unida‑
de, localizada no CIA, também está
ganhando um novo centro de dis‑
tribuição. O projeto inclui as áreas
do armazém alfandegado, que
deve ganhar mais seis mil metros
quadrados, e a área de pátio, que
crescerá 43 mil metros quadrados.
O diretor de operações e negó‑
cios da Columbia EADI Salvador,
Murillo Mello Oliveira, explicou que
as melhorias vão triplicar a capacida‑
38
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
de de armazenagem coberta do ter‑
minal, além de praticamente dobrar
a capacidade atual de armazenagem
de contêineres. “Após a conclusão
das obras, no segundo semestre
deste ano, a unidade ficará com 143
mil metros quadrados de área total,
sendo 25 mil metros quadrados de
área coberta e 118 mil metros qua‑
drados de pátio e áreas comuns”,
informa. Somente o CD terá 7.500
metros quadrados de área total e
mais de 10 mil posições­‑palete.
A Columbia está investido
R$ 16 milhões nas obras e outros
R$ 2,1 milhões em máquinas e
equipamentos, incluindo uma Me‑
clift com capacidade para 16 tone‑
ladas e quatro Reach Stacker, capaz
de suportar até 45 toneladas, além
de mais cinco empilhadeiras de
pequeno porte (2,5 toneladas) para
os novos armazéns.
Para Oliveira, o CIA é o princi‑
pal eixo econômico do Estado.
“Além de estarmos próximos do
Porto de Salvador e do aeroporto,
que são os principais canais de
entrada de cargas para o portoseco no Estado, estamos ao lado
de 90% dos nossos clientes. Isso
garante uma operação mais ágil e
com um menor custo”, cita.
Uma infraestrutura logística
adequada é um dos principais
alicerces para o crescimento de
qualquer economia. De acordo
com Oliveira, as ações da Colum‑
bia buscam acompanhar os in‑
vestimentos que estão sendo
realizados no Estado, as amplia‑
ções de plantas produtivas que já
atuam na Bahia, além de acompa‑
nhar as demandas das novas em‑
presas que estão iniciando as
atividades no Nordeste.
O diretor destacou que, com a
ampliação, a empresa proporcio‑
nará aos clientes a oferta de dife‑
rentes serviços logísticos com
sinergia, integrando armazena‑
gem alfandegada na importação e
exportação, transporte, CD e dis‑
ponibilidade dos órgãos anuentes
dentro do terminal. “A expectati‑
va é nos tornarmos o maior opera‑
dor logístico do Nordeste, dentro
do conceito de diferentes opera‑
ções no mesmo complexo”, afir‑
mou. Com o crescimento, o
número de empregos gerados —
atualmente 214 diretos e 100 indi‑
retos — deve crescer 30%.
Os investimentos fazem parte
do planejamento estratégico da
empresa, que busca a consolida‑
ção da Columbia como principal
provedor logístico da Bahia e um
dos principais do Nordeste. “O
crescimento registrado nos últimos
anos já apontava uma real necessi‑
dade de ampliação das nossas es‑
truturas e, principalmente, uma
preparação do terminal logístico
para a garantia de um atendimen‑
to pleno aos nossos clientes nos
próximos anos”, informa Murillo
Mello Oliveira.
Região de fácil acesso
Líder nacional na fabricação de
produtos de segurança utilizados
em sistemas antifurto de energia,
telecomunicações e saneamento,
a Fixar Industrial instalou­‑se no
Centro Industrial de Aratu, após
a Fixar instalou­‑se no Cia após investimentos de
R$ 18,5 milhões e já projeta a ampliação
Fixar has invested R$18,5 million to be in CIA and intends to expand
to Oliveira, Columbia aims to fol‑
low investment in Bahia, the pro‑
ductive plant expanding in Bahia,
and demands for new companies
which are starting its activities in
Northeast.
The director affirms that by ex‑
panding, the company will provide
several logistic services with syn‑
ergy, by having bonded ware‑
house in importing and exporting,
transportation, CD and consent‑
ing departments in the terminal.
“We expect to be the greatest lo‑
gistic operator in Northeast,
within the concept of different op‑
erations in the same complex”, he
affirms. As it increases there are
more jobs, now there are 214 for‑
mal and 100 informal, and it will be
30% higher.
Investment is part of the com‑
pany’s strategy, which aims to con‑
solidate Columbia as the main
logistic provider in Bahia and one
of the most important in Northeast.
“Our structure needs to be bigger
due to growth in the last years, and
mostly an appropriate logistic ter‑
minal to have good service to our
customers for next years”, Murillo
Mello Oliveira informs.
Area of easy access
Fixar Industrial is Brazilian lead‑
er in making security products used
in antitheft system for energy, tele‑
communication and sanitation, is in
CIA after spending around R$18,5
million, and is willing to expand the
unit within one year.
“The growing demand and new
markets, like oil and gas, require
more space, what made us have a
unit in CIA. The region has infra‑
structure and is easy to access”,
Amaury Rocha, commercial and in‑
dustrial director affirms.
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
39
Indústria Industry
investimentos da ordem de R$ 18,5
milhões, e já projeta ampliar a uni‑
dade dentro de um ano.
“O crescimento da demanda e a
inclusão de novos mercados, como
petróleo e gás, gerou a necessidade
de mais espaço, o que nos levou a
implantar a unidade no CIA. Além
de oferecer infraestrutura, é uma re‑
gião de acesso fácil à nossa cliente‑
la”, afirmou o diretor industrial e
comercial Amaury Rocha.
O número de funcionários da
empresa, que antes estava instala‑
da na Estrada do Coco, passou de
60 para 100. “Estamos crescendo e
conquistando mercado. Além de
clientes no País, já estamos expor‑
tando”, diz otimista o empresário. E
não poderia ser diferente. A Fixar,
que em 2010 faturou R$ 8,5 milhões,
atingiu o volume de R$ 14,5 milhões
no ano passado e espera triplicar o
primeiro resultado já em 2013.
The company used to be in
Estrada do Coco District and had
60 employees, now has 100 em‑
ployees. “We are growing and
getting space in market. We have
clients in Brazil and are exporting
too”, the businessman says
hopefully. And it couldn1t be dif‑
ferent. Fixar sold in 2010 R$8,5
million, R$14,5 million last year
and expect to sell three times
more in 2013.
Melhoria na infraestrutura
garante eficiência
V
árias ações para melhoria da
infraestrutura do Centro In‑
dustrial de Aratu e do Polo
Industrial de Camaçari estão sendo
executadas para garantir mais efici‑
ência e competitividade às empre‑
sas instaladas na região. A principal
delas é a reestruturação do sistema
BA­‑093, por cujas rodovias circulam
mais de 45% do PIB da Bahia. No
momento, estão sendo realizadas
as obras de restauração das vias,
nas quais estão incluídas a duplica‑
ção de 53 km de estradas e a recu‑
peração definitiva do pavimento.
40
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
A duplicação da CIA-Aeroporto
encontra­‑se em estágio avançado,
em fase de conclusão. A previsão
de entrega inicial era fevereiro de
2013, mas a expectativa da Conces‑
sionária Bahia Norte é que em
agosto deste ano esta etapa já es‑
teja concluída. “Esta obra, que in‑
clui um sistema viário sobre a rótula
da Ceasa, na CIA/Aeroporto, deve
solucionar o problema dos engarra‑
famentos, que tem reflexos na Via
Parafuso, e será uma via expressa
para o Centro Industrial de Aratu e
o Polo de Camaçari”, informou Ri‑
Improvement in
infrastructure ensures
efficiency
nfrastructure in CIA and Cama‑
çari Industrial Pole is getting
better to ensure efficiency and
competitiveness for the compa‑
nies there. Rebuilding BA 093
Road is the main action, where
over 45% of Bahia GDP is. The
road is being rebuilt now, and 53
km road will double and the pave‑
ment is being repaired.
CIA / Airport Road construc‑
tion is about to be finished. It is to
I
cardo Ribeiro, diretor administrativo­
‑financeiro da Bahia Norte.
Já foram investidos cerca de
R$ 300 milhões em obras de
restauração, ampliação e na opera‑
ção das rodovias, desde agosto de
2010. As rodovias do sistema tota‑
lizam 121 km de estradas, que re‑
ceberão investimentos totais da
ordem de R$ 1,7 bilhão na sua recu‑
peração, melhoria de acessos, con‑
servação, manutenção e duplicação
de trechos e oferta de serviço de
atendimento aos usuários. Além das
obras, a Bahia Norte iniciou a im‑
plantação de 28 câmeras de moni‑
toramento, 13 painéis de mensagens
variáveis, sistema de informações
georreferenciadas, dentre outros
itens que deverão facilitar o geren‑
ciamento do tráfego e agilizar o
monitoramento e atendimento das
ocorrências na rodovia.
be ready in 2013, February, but Ba‑
hia Norte expects to finish it in Au‑
gust, this year. “It has a bridge
over the Ceasa bearing in CIA/Air‑
port road to easy traffic, that is
bad in Parafuso highway and there
will be a road to CIA and Camaçari
Industrial Pole”, Ricardo Ribeiro,
Bahia Norte’s financial and man‑
aging director.
Around R$300 million have been
spent to rebuild and expand the high‑
ways since August, 2010. The high‑
ways is 121 km road that will spend
R$1,7 billion to rebuild it, improve the
access, conservation, maintenance,
double it and service for users. Bahia
Norte has also installed 28 monitoring
cameras, 13 information panel, geo‑
referenced information system, and
others that will ease traffic managing,
monitoring and deal with any occur‑
rence in the road.
CIA NORTE
Candeias
O
Centro Industrial de Aratu é o primeiro comple‑
xo industrial planejado do País. Foi criado em 11
de novembro de 1967 como meio de fomentar a
industrialização do Estado. Está localizado na Região
Metropolitana de Salvador, nos municípios de Simões
Filho (CIA Sul) e Candeias (CIA Norte). Atualmente,
conta com 144 empresas de diversos segmentos pro‑
dutivos, que geram mais de 14 mil empregos.
O CIA está em uma área estratégica, a cerca de 18
km da capital, 14 km do Aeroporto Luís Eduardo Maga‑
lhães e a 30 km do Porto de Salvador, compreendendo
uma área total de 199 km2. Possui infraestrutura para
a instalação de indústrias e centros de distribuição, in‑
cluindo um sistema viário interno com 150 km de vias
pavimentadas, água, gás natural, rede elétrica (altatensão) e rede de telecomunicações. No complexo in‑
dustrial também estão inseridos o Porto de Aratu,
especializado em cargas líquidas, gasosas e sólidos a
granel; o Porto Automotivo de Ponta da Laje; e o porto
particular da Dow Química.
AEROPORTO
CIA SUL
simÕes FiLho
FAROL DA BARRA
C
IA is the first planned industrial complex in Brazil.
It was created in 11 November, 1967 to promote
industrialization in Bahia. It is in Metropolitan Salvador
in Simões Filho (CIA South) and Candeias (CIA North)
cities. Now it has 144 different companies with over 14
thousand jobs. CIA is 199 km2, 18 km from Salvador
city, 14 km from Luis Eduardo Magalhães Airport and
30 km from Salvador Port, it has infrastructure to have
industries and distribution centers, 150 km road, water, natural gas, electricity (high-voltage) and telecommunication. There are Aratu Port for liquid, gaseous
and solid substance for bulk sale; Ponta da Laje automotive and Dow Química private port.
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
41
Indústria Industry
Indústria Industry
42
Bahia oportunidades —
- terra
terrade
debons
bonsnegócios
negócios
Gigante
pernambucana
chega à Bahia
Moura Dubeux investe R$ 1,3 bilhão para implantar a primeira
plataforma de infraestrutura modal no Estado
Moura Dubeux has invested R$1,3 billion to have the first modal infrastructure platform in Bahia
por/by Fabiane Pita
A
construtora pernambucana Moura Du‑
beux, por meio da Cone S/A — Condo‑
mínio de Negócios, vai investir R$ 1,3 bi‑
lhão na construção de um Condomínio
Logístico e Industrial em Simões Filho,
na Bahia. O Cone Aratu será implantado em uma área
de aproximadamente quatro milhões de metros qua‑
drados, numa plataforma de multiempreendimentos,
logística industrial com soluções multimodais e infra‑
estrutura eficiente, posicionada estrategicamente no
entorno do Complexo Industrial Portuário de Aratu.
“O Cone Aratu fortalece o plano logístico da
Bahia e contribui para a retenção dos investimentos
no Estado e no Nordeste, seguindo o modelo de‑
senvolvido com as melhores práticas das plataformas
multimodais do mundo, como a Centerpoint, em Chi‑
cago, nos EUA, e a Zal, na Espanha”, afirma Marcos
Roberto Dubeux, CEO da Cone S/A.
A giant company from
Pernambuco state is in Bahia
he construction company from Pernam‑
buco Moura Dubeux, through Cone S/A –
Business Group, will invest R$1,3 billion to
build a Logistic and Industrial Group in Simões
Filho city in Bahia. Aratu Cone will be in a 4mil‑
lion m² area, a platform of many companies,
industrial logistic with multimodal solutions
and efficient infrastructure, around Aratu Port
Industrial Complex.
“Aratu Cone helps logistic in Bahia and
helps keep investment in Bahia and North‑
east, by following model developed by the
best multimodal platforms in the world, like
Centerpoint in Chicago, USA, and Zal in
Spain”, Marcos Roberto Dubeux says, Cone
S/A CEO.
T
Bahia
Bahiaoportunidades
oportunidades—- terra de bons negócios
43
Indústria Industry
Lançamento do Cone Aratu contou com dirigentes da Moura Dubeux e autoridades baianas
Moura Dubeux’s directors and Bahia’s authorities were in Cone Aratu opening
Durante a construção, que começa no último tri‑
mestre de 2012, serão gerados quatro mil empregos
diretos e 16 mil indiretos. Após o pleno funcionamen‑
to, serão 15 mil empregos permanentes. A previsão é
que o empreendimento, com capacidade para abrigar
60 empresas, fique pronto em 2017. Os galpões para
armazenamento e logística avançada serão construí‑
dos nos moldes dos existentes na região do Porto de
Suape, em Pernambuco, o Cone Suape, primeira ini‑
ciativa da empresa.
“A implantação do projeto Cone Aratu vem se in‑
tegrar ao Cone Suape como forma de dotar o Nor‑
deste de uma completa infraestrutura de negócios
para as áreas de logística, industrial e de serviços. Os
dois empreendimentos se unem para criar, nos princi‑
pais estados da região, uma plataforma integrada,
gerando um ambiente de negócios favorável para a
atração de novas empresas, fortalecendo o Nordeste
do Brasil”, diz Dubeux.
A Cone Aratu S/A já assinou protocolos de inten‑
ções com a Rapidão Cometa, que irá ocupar cerca de
20 mil metros quadrados de galpões, com o Banco
do Nordeste do Brasil (BNB), que financiará parte do
investimento, e com a ferrovia FCA, que estuda a ins‑
talação de um terminal ferroviário na área.
O secretário da Indústria, Comércio e Mineração da
Bahia, , James Correia, destacou que o projeto é pionei‑
ro no Estado e tem localização estratégica. “Vai trazer
uma condição de desenvolvimento da questão logística,
da implantação de empreendimentos, de forma muito
44
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
Construction will start in early 2012 and will have
four thousand direct employments and 16 thousand
indirect employments. When working there will be 15
thousand permanent employments. The project, that
will have 60 companies, is expected to be ready in
2017. Space for storage and advanced logistic will be
similar to the others in Suape Port in Pernambuco, the
Cone Suape, the company’s first project.
“Cone Aratu with Cone Suape will make in
Northeast Brazil complete infrastructure for busi‑
ness in logistic, industry and service. The two proj‑
ects are together to have, in the main states,
business environment suitable to attract new com‑
panies and so make Northeast Brazil powerful”,
Dubeux says.
Aratu Cone S/A has already signed a protocol of
intent with Rapidão Cometa company,that will have
around 20 thousand m² of space, with Nordeste do
Brasil bank (BNB), that will support part of it and FCA
railway that may have a railway terminal there. James
Correia, Bahia Mining, Commerce and Industry secre‑
tary, said the project is pioneer in Bahia and has excel‑
lent position. “It will develop logistic and will be
easier to install the companies than before. It is prog‑
ress, as Bahia has been growing and is a well situated
state”, he affirms.
Otto Alencar, the vice governor, says the company
area is near Aratu, Dias Branco and Salvador Ports,
Centroatlântica railway, 324 Road, and international
airport, so it solves a problem of the region.
© sérgio guerra
mais estruturada do que acontecia até então. É resulta‑
do do desenvolvimento baiano. A Bahia tem crescido
muito e está em uma posição privilegiada”, afirma.
O vice­‑governador Otto Alencar enfatizou que a
área da empresa fica próxima aos portos de Aratu,
Dias Branco e de Salvador, da Ferrovia Centro-atlânti‑
ca, sobre a BR­‑324, e perto do aeroporto internacio‑
nal, suprindo uma carência que a região possui.
Concepção do projeto
A concepção e o desenvolvimento do Cone Aratu
começaram a ser desenvolvidos no início de 2011, com
o planejamento das ações estratégicas. Mais de 50
profissionais trabalharam diretamente no desenvolvi‑
mento do plano diretor e estruturação do projeto.
Segundo Dubeux, o projeto contou com pesqui‑
sas e estudos de mercado para entender toda a dinâ‑
mica da região, desde o inventário e qualificação dos
espaços logísticos e industriais até o fluxo detalhado
de cargas dos diversos segmentos de mercado.
“O Cone Aratu vai fortalecer o complexo portuá‑
rio criado no final da década de 1960 e contribuir de
forma relevante para o desenvolvimento da região
com total respeito à legislação ambiental e a respon‑
sabilidade social”, diz Dubeux.
A área do Cone Aratu está perto dos grandes cen‑
tros urbanos do Estado, a aproximadamente 32 km
da capital, 22 km do Aeroporto Internacional Luís
Eduardo Magalhães, 15 km de Camaçari e vizinho ao
Porto de Aratu. Os modais ferroviário (ferrovia FCA),
rodoviário (BR­‑324), aquaviário (Portos de Aratu e Sal‑
vador) e aeroviário (aeroporto) fazem com que sua
localização seja considerada estratégica.
“O Cone Aratu vai fortalecer o complexo
portuário e contribuir para o
desenvolvimento”
marcos roberto dubeux, ceo da cone s/a / cone s/a ceo
“Cone Aratu will enhance the port complex
and help development”
Project design
Cone Aratu’s design and development starts in ear‑
ly 2011, with strategy. Over 50 professionals work to
develop the master plan and the project’s structure.
According to Dubeux, they researched and stud‑
ied the market to understand the region, from the in‑
ventory, logistic and industrial spaces to cargo flow of
market segments.
“Cone Aratu will enhance the port created at the
end of 60’s and help develop the region, and will fol‑
low environmental legislation and social responsibili‑
ty”, Dubeux says.
Cone Aratu area is near large urban centers in Ba‑
hia, nearly 32 km from Salvador, 22 km from Luis Edu‑
ardo Magalhães airport, 15 km from Camaçari city and
next to Aratu port. The railway (FCA railway), highway
(324 Road), waterway (Aratu and Salvador Port) and air‑
way (airport) make its position advantageous.
Soluções completas
O
Condomínio de Negócios é um provedor de
infraestrutura voltado para o desenvolvi‑
mento e competências logísticas integradas
para regiões portuárias e próximas a polos de
investimentos. A empresa surgiu da sociedade
composta dos acionistas da Moura Dubeux
Engenharia, através da Conepar. A Cone S/A se
diferencia por oferecer soluções completas aos
seus clientes. Entendendo seus negócios e
demonstrando vantagens competitivas para o
mesmo se instalar em cada uma das áreas.
SOLUTION Condomínio de Negócios company provides infrastructure to develop logistic for ports and investment poles.
Some partners from Moura Dubeux Engineering with Conepar
company started it. Cone S/A solves its clients’ problems. It understands the business and shows competitive advantages to
be in the area.
Gestão integrada
A
Moura Dubeux é uma das maiores incor‑
poradoras da região Nordeste, onde atua
há 27 anos no mercado imobiliário. A empre‑
sa possui um sistema de gestão integrada
com os certificados internacionais de qualida‑
de, saúde e segurança e meio ambiente da ISO
9000. Atualmente a companhia possui dois mil
colaboradores nas 60 obras em construção, que,
somadas aos 90 empreendimentos entregues, re‑
presentam mais de quatro milhões de metros
quadrados de desenvolvimento imobiliário.
MANAGING Moura Dubeux is one of the greatest companies of Northeast, and it has been operating for 27 years in real estate. The company
has managing system together with international certificates of quality,
health, security and environment from ISO 9000. Nowadays the company has two thousands workers in the 60 construction sites that with
the 90 ready projects, are over 4 million
m2 of real estate development.
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
45
Indústria Industry
PepsiCo inaugura
primeira fábrica baiana
Unidade instalada em Feira de Santana produz versão em pó de
achocolatados e, em breve, o Toddynho líquido vai entrar em cena
Unit in Feira de Santana city produces chocolate powder and soon there will be chocolate drink named Toddynho
por/by Perla Ribeiro
S
egunda maior empresa de alimentos e bebi‑
das do mundo, a PepsiCo acaba de inaugu‑
rar a sua primeira fábrica na Bahia. Montada
em Feira de Santana, a 110 km de Salvador, a
unidade já produz a versão em pó dos achocolatados
Toddy e Mágico, mas o grupo está com as obras em
andamento para a ampliação do parque. Está previs‑
to para começar, ainda neste semestre, a produção
do Toddynho líquido.
46
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
Pepsico has opened the
first factory in Bahia
epsico is the second largest food and drink
company of the world and has just opened its
first factory in Bahia. It is in Feira de Santana
city, 110 km from Salvador, the unit is already produc‑
ing chocolate powder named Toddy and Mágico, but
the group is expanding space. Chocolate drink Tod‑
dynho is expected to be produced this year.
P
“A pepsico está investindo neste setor para aumentar sua presença no mercado”
alexandre wolff, diretor de negócios para o norte e nordeste / north and northeast business director
Pepsico has invested in this sector to increase its work in the market
Instalada em um terreno de 70 mil metros quadra‑
dos e com 15.500 metros quadrados de área constru‑
ída, a planta contou com um investimento inicial de
R$ 30 milhões e tem capacidade produtiva de 32 mil
toneladas. A estimativa é que a empresa aumente em
40% a produção de achocolatados com o início das
operações da nova unidade instalada na Bahia.
A fábrica de Feira de Santana é a quarta planta da
PepsiCo no Nordeste e vai produzir achocolatados
até então fabricados apenas na unidade de Guaru‑
lhos, em São Paulo. São gerados cerca de 400 empre‑
gos diretos e indiretos na região, que foi escolhida
por sua infra­estrutura, mão­ de­ obra qualificada e lo‑
calização estratégica para a distribuição de produtos.
Dados da Associação Brasileira da Indústria de
Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados
(Abicab) mostram que o segmento de achocolatados
tem crescido anualmente, e a expectativa é que o
mercado dobre nos próximos dois anos. “Atenta a
isso e à busca dos consumidores de todas as faixas
sociais por produtos saborosos e convenientes, a
PepsiCo está investindo neste setor, não apenas com
uma nova fábrica, mas também com investimentos
The company is an area of 70,000 m² and has
15,000 m² of built area, initially investing R$30 million
and can produce 32 thousand tons. The company is
expected to increase 40% of chocolate production
with the new unit in Bahia.
Feira de Santana’s factory is the fourth one in
Northeast and will produce chocolate that has
been produced so far just in the factory in Guarul‑
hos city, São Paulo state. There are about 400 jobs
in the region that was chosen due to its infrastruc‑
ture, skilled labor and good position for distribu‑
tion of products;
Data from Sweets, Peanuts, Cocoa, Chocolates
and others Brazilian Industry Association (Abicab)
show that chocolate market has been increasing ev‑
ery year and it is expected to double in the next two
years. “Pepsico is aware of it and seeks clients from
every social class who want tasty and convenient
products, so it invests in the sector not only in a new
factory but also in marketing and innovation, in order
to be present in the market”, Alexandre Wolff says,
the North and Northeast business director.
Pepsico strengthens its brand in Brazil by having
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
47
Indústria Industry
históricos em marketing e inovações, a fim de aumen‑
tar sua presença no mercado”, diz o diretor da unida‑
de de negócios do grupo para o Norte e Nordeste,
Alexandre Wolff.
Ao criar a primeira unidade na Bahia, a PepsiCo dá
mais um passo para o fortalecimento da marca no
País. De acordo com o presidente da divisão de alimen‑
tos da PepsiCo Américas, John Compton, o objetivo é
dobrar o faturamento da operação brasileira de ali‑
mentos até 2015, reforçando a estratégia de negócios
da PepsiCo chamada Performance com Propósito, o
compromisso de crescer de forma sustentável.
Aspectos estratégicos do Nordeste
Neste sentido, o Nordeste tem uma posição estra‑
tégica. Por isso a PepsiCo escolheu a Bahia para am‑
pliar a atuação na região, que atualmente já conta
the first unit in Bahia, according to American Pepsico
food division’s president, John Compton, the goal is
to double the food sales in Brazil by 2015 reinforcing
the company’s business strategy named Performance
with Purpose, the commitment to sustainably grow.
Northeast strategic aspects
Northeast has advantageous position. That is why
Pepsico has chosen Bahia to expand in the region
that has now a coconut water factory in Petrolina
city, Pernambuco and Elma Chips snacks in Suape
city, (PE). “The region has fundamental role, since
the market has increased above national average.
The new factory will ease the products supply for
Northeast, along with promote its development”,
Campton says.
North and Northeast are responsible for 20% of
company revenues in Brazil. “Pepsico sees in North‑
Doação a instituições filantrópicas Donation to charity
C
umprindo um acordo
fechado com o governo
baiano, a PepsiCo fez uma
doação de 41 toneladas dos
achocolatados Toddy e Mágico, em
cerimônia realizada no Instituto
Anísio Teixeira (IAT), em Salvador.
A doação corresponde a um dia de
operação da planta da empresa em
Feira de Santana e beneficiou 53
entidades. Entre elas, as Obras
Sociais Irmã Dulce (Osid), a
Pastoral da Criança, a Associação
de Pais e Amigos dos Excepcionais
(Apae) e o Núcleo de Apoio ao
combate ao Câncer Infantil (Nacci).
A Pastoral da Criança recebeu
dez toneladas para serem
distribuídas na Região Metropolitana
de Salvador e em 187 municípios
baianos que possuem crianças com
até 6 anos em situação de pobreza.
Também foram destinados 25.894
quilos à Secretaria de
Desenvolvimento Social e Combate à
Pobreza (Sedes) para ser
48
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
foram doadas 41 toneladas de achocolatados
They donated 41 tons of chocolates
distribuídos nos 214 municípios
baianos em situação de emergência
devido à seca, por meio da Defesa
Civil (Cordec), em parceria com a
Empresa Baiana de Alimentos (Ebal).
P
epsico has an agreement with
Bahia government and has
donated 41 tons of Toddy and Mágico
products, in a meeting in Anisio
Teixeira Institute (IAT), in Salvador.
The amount of donation is equal to a
working day in the unit in Feira de
Santana city. It benefited 53 charities,
like Irmã Dulce Organization (Osid),
Ministry for Children, Syndrome de
Down children’s friends and parents
Association (Apae) and Fight Against
Cancer Association (NACCI).
Ministry for Children has received
ten tons to be sent to Metropolitan
Salvador and 187 cities in Bahia
with children up to six years old in
poverty. Social Development and
Fight Poverty Department (Sedes)
has received 25.894 kg to be sent to
214 cities in Bahia in emergency
due to drought. It was done with
Civil Defense Force (Cordec) and
Bahia Food Company (Ebal).
A planta da PepsiCo contou
com investimento inicial
de R$ 30 milhões e tem
capacidade de produção de
32 mil toneladas
Pepsico factory had initial investment of
R$30 million and can produce 32 tons
com a planta de água de coco em Petrolina (PE) e de
snacks Elma Chips em Suape (PE). “A região tem pa‑
pel fundamental dentro dessa meta, uma vez que seu
mercado cresce acima da média nacional. A nova fá‑
brica irá facilitar o abastecimento de produtos para o
Nordeste, ao mesmo tempo em que promove seu
desenvolvimento”, conclui Compton.
Vale destacar que as regiões Norte e Nordeste são
responsáveis por 20% do faturamento da empresa no
País. “Para a PepsiCo, a região Nordeste é foco de
crescimento. Hoje, representa 20% dos negócios da
companhia no Brasil e cresce acima da média do
mercado nacional”, diz o diretor da unidade de ne‑
gócios do grupo para o Norte e Nordeste.
Nos últimos cinco anos, a PepsiCo dobrou seu
tamanho na região e visa duplicar os negócios no
Nordeste novamente nos próximos três anos. O
segmento de achocolatados representa parte im‑
portante desse crescimento, especialmente na
Bahia, que é um dos mercados mais importantes na
região para o grupo.
Esse crescimento é sustentado pelo aumento na
capacidade produtiva, com a construção da nova fá‑
brica, eficiência em distribuição, com reforço na equi‑
pe de vendas para a região e investimentos em
marketing, que em 2011 já foram quatro vezes maio‑
res do que em 2010.
Para sustentar o crescimento da PepsiCo na re‑
gião, especificamente no segmento de achocolata‑
dos, era fundamental ter uma fábrica para abastecer
os estados nordestinos, ganhando, assim, eficiência e
melhora na distribuição dos produtos.
“Dentro desse cenário, a Bahia e, mais especifica‑
mente, a cidade de Feira de Santana, tornou-se uma
alternativa muito interessante, devido à sua localiza‑
ção estratégica, infraestrutura e disponibilidade de
mão de obra”, explica Alexandre Wolff.
east a source of growth. Today it represents 20% of
the company’s businesses in Brazil and increases
above national average”, North and Northeast busi‑
ness director says.
In the last five years Pepsico has double its size in
the region and aims to double business in Northeast
in the next three years. Chocolate segment repre‑
sents important part of this growth, mainly in Bahia
that is one of the most important markets for the
group in the region.
Such growth is supported by increasing produc‑
tion capacity, the new factory, efficient distribution,
strong sales team in the region and investment in
marketing that was in 2011 four times higher than
in 2010.
To keep Pepsico growth in the region, especially in
chocolate, it was essential to have a factory to supply
Northeast states, be efficient and improve products
distribution.
“Feira de Santana city in Bahia has become very
interesting because of its position, strategy, infra‑
structure and available labor”, Alexandre Wolff says.
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
49
Indústria Industry
Cooperativas
vão faturar mais
Quanto maior for a demanda
por nosso leite, maior a
possibilidade de incluirmos
novos produtores nas
cooperativas e de obtermos
melhores preços na ponta
The greater the demand, the greater the
possibility of having new producers and so
having better price
A
Cooperativa Central de Laticínios da Bahia
(CCLB) está na maior expectativa para o início
da produção do achocolatado líquido Toddy‑
nho na unidade baiana da PepsiCo. É que, com o iní‑
cio das operações, a empresa vai passar a adquirir o
leite das cooperativas da região. A CCLB atua em
parceria com a Cooperativa Central da Agricultura
Familiar (Cocaf), que reúne dez associações e produz
uma média diária de 60 mil litros de leite.
“Um representante da fábrica já nos procurou e
demonstrou o interesse de adquirir o nosso leite. Isso
para nós será muito importante. Vai permitir que a
gente trabalhe em cima do comércio justo e vai agre‑
gar mais valor ao nosso produto”, destaca o presi‑
dente da CCLB, Gianpiero Libório di Credico.
Atualmente, todo o leite produzido pelas cooperati‑
vas é distribuído em pontos de venda da região de
Feira de Santana.
Mas, se depender dos cooperados, muito em bre‑
ve o leite comercializado por eles terá outro destino.
“Estamos arrumando a fábrica para entregar o produ‑
to industrializado e com a marca Catuí. Quanto maior
for a demanda por nosso leite, maior a possibilidade
de incluirmos novos produtores nas cooperativas e
de obtermos melhores preços na ponta. Isso só vem
somar para a pecuária de leite baiana”, avalia o presi‑
dente da CCLB.
50
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
Cooperatives will earn more
B
ahia Dairy Central Cooperative (CC LB) is wait‑
ing for drink chocolate Toddynho begins to be
produced in the unit of Pepsico in Bahia, so
that, the company will buy milk in the cooperative.
CCLB has Family Agriculture Cental Cooperative (Co‑
caf) as partner and ten associations are together pro‑
ducing about 60 thousand liters of milk per day.
“Someone from the factory has talked to us and
they are interested in buying our milk. It is very impor‑
tant to us. We will have fair dealing and valued prod‑
uct”, Gianpiero Libório di Credico, CCLB’s president
says. Nowadays, all milk produced by the coopera‑
tives is sold in Feira de Santana city.
But, the cooperatives’ workers are willing to sell
the milk to other clients as soon as possible. “We are
getting ready to send the product market by the
A Bahia possui hoje o terceiro maior rebanho de
vacas leiteiras do Brasil. Perde apenas para Minas
Gerais e Goiás. Apesar dos números, o leite produ‑
zido no Estado ainda não é suficiente para atender à
demanda. Ano passado, por exemplo, foi produzido
na Bahia 1,2 bilhão de litros de leite, contra um con‑
sumo anual de 1,6 bilhão de litros. “Infelizmente,
ainda somos um Estado importador de leite”, diz
Gianpiero di Credico.
De acordo com o diretor Alexandre Wolff, a parce‑
ria com a comunidade local é uma das prioridades da
PepsiCo para cada nova unidade inaugurada. “Seja
através da contratação de mão­ de­ obra local ou da
parceria com fornecedores regionais, o compromisso
da PepsiCo é de criar novas oportunidades nas loca‑
lidades em que atua”, explica.
brand Catuí. The greater the demand for milk, the
greater the possibility of having new products in the
cooperatives and so better price.it is very important
to milk market in Bahia”, CCLB’’s president says.
Bahia has today the third largest herd of dairy
cows. Minas Gerais and Goiás states are first ones.
Nevertheless, the milk from Bahia isn’t enough yet to
meet demand. Last year, for example, there were 1,2
billion liters of milk and 1,6 billion liters were needed.
“Unfortunately, Bahia still imports milk”, Gianpiero
Credito says.
Alexandre Wolff told the association with the local
community is Pepsico’s priority in each new unit. “It
may be by hiring local labor or buying from local sup‑
pliers, Pepsico wants to create opportunities for peo‑
ple where it is”, he explains.
Saiba mais sobre a empresa Learn more about the company
A
PepsiCo oferece o maior
portfólio mundial de
marcas de alimentos e
bebidas, que inclui 19 diferentes
linhas de produtos que geram
anualmente mais de US$ 1 bilhão
de vendas no varejo cada. No
Brasil desde1953, a empresa é
uma das principais companhias
de alimentos e bebidas do País e
atua no mercado por meio de
marcas líderes como Quaker
(cereais), Toddy e Toddynho
(achocolatados), Elma Chips,
Lucky e Eqlibri (snacks), Mabel
(biscoitos),Gatorade (bebidas
esportivas), Lipton (chá pronto,
em parceria com a Unilever),
Kero Coco e Trip Coco (água de
coco), H2OH! e Pepsi­‑Cola
(bebidas carbonatadas).
No total, a companhia conta
com 19 plantas e cerca de 100
filiais de venda localizadas em
todo o território brasileiro e com
mais de 12 mil funcionários.
Desde1997, o grupo mantém
estreita parceria com a AmBev
(Companhia de Bebidas das
Américas) para a produção,
comercialização e distribuição de
Pepsi, H2OH!,Gatorade e Lipton
para mais de um milhão de
pontos de venda pelo País.
P
epsico has the broadest
portfolio of food and drink
brands in the world, with 19
different products and each one
sells over US$ 1 billion in retail
per year. The company in Brazil
has been one of the most
important drink and food
companies since 1953, and works
through leader brands like
Quaker (cereals), Toddy and
Toddynho (chocolate), Elmachips,
Lucky and Elibri (snacks), Mabel
(biscuits), Gatorade (energy
drink), lipton (ready tea, together
with unilever), kero coco and Trip
Coco (coconut water), H20H! and
Pepsi cola (soft drinks). The
company has 19 factories and
about 100 sales center
throughout Brazil and over 12
thousand employees. The group
has had Ambev (American drinks
Company) as partner since 1997
to produce, trade and distribute
Pepsi, H2OH!, Gatorade and
Lipton to over one million sales
points in Brazil.
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
51
indústria industry
JAC Motors
engata a primeira
Montadora inicia operações na Bahia com o
primeiro desembarque de um lote de mil veículos
The company starts working in Bahia with one thousand cars
por /by Fabiane Pita
O
primeiro semestre foi supermovimen‑
tado para a JAC Motors. Além de
reunir fornecedores de autopeças no
1º JAC Motors Suppliers Workshop,
a montadora deu início às operações
na Bahia com o primeiro desembarque de um lote
de mil automóveis, modelo J5, vindos da China. O
porto baiano receberá mensalmente lotes de dois
mil carros da montadora chinesa, que serão distribu‑
ídos para todo o País. “Chegarão em média 1.500
J3, nosso carro-chefe, e o restante dos outros mode‑
los. O centro de peças e reposições que está em São
Paulo também vai mudar para o Estado. Vamos virar
uma empresa completamente baiana”, afirma Sérgio
Habib, presidente da JAC no Brasil.
52
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
JAC Motors has
taken the first step
he first semester was very busy for JAC Motors. It
met automotive parts suppliers in the First JAC
Motors Suppliers Workshop and started working in
Bahia with one thousand J5 model cars came from
China. Every month 2 thousand cars will come from
China to be distributed in Brazil. “There will be about
1.500 J3, our flagship, and other models. The auto‑
motive parts center is in São Paulo city and it will be in
Bahia. We will be completely from Bahia”, Sérgio
Habib affirms, JAC Brasil’s president.
The cars used to be unloaded in Espírito Santo
state and now they are unloaded in Bahia, which is a
step to reorganize the distribution of the company.
T
Fornecedores de autopeças participaram de workshop especial na JAC Motors
Automotive parts’ suppliers were in special workshop in JAC Motors
O desembarque dos carros pela Bahia, que antes
era feito pelo Espírito Santo, marca mais uma etapa
na montagem da rede de distribuição da chinesa. Se‑
gundo Habib, todas as montadoras implantadas no
Brasil começaram importando carros, testando o
mercado e verificando o tipo de veículo que o brasi‑
leiro prefere comprar. “Uma fábrica leva cerca de um
ano e meio para ficar pronta, já uma rede de distribui‑
ção nacional pode demorar até quatro anos”.
Com investimento de R$ 900 milhões, a fábrica, que
deve começar a produzir em 2014, é a primeira do País
com 80% de capital nacional, representado pelo Grupo
SHC, e apenas 20% de capital estrangeiro, da JAC Mo‑
tors da China. As obras devem ser iniciadas ainda este
ano, assim que as licenças ambientais forem liberadas. A
planta, que será construída no Polo de Camaçari, vai ge‑
rar 3.500 empregos diretos e cerca de 10 mil indiretos. A
capacidade de produção será de 100 mil unidades anu‑
ais. Já a central de distribuição, que também será insta‑
lada em Camaçari, terá um investimento aproximado de
R$ 20 milhões e deve ficar pronta dentro de um ano.
Os fornecedores da montadora serão anunciados
até o final do ano. Inicialmente a fabricante trabalha
com o número de 400 colaboradores. No primeiro
evento realizado pela JAC para conhecer as empre‑
sas brasileiras de autopeças, foram reunidas cerca de
120 companhias, que tiveram a oportunidade de ava‑
liar todas as peculiaridades do projeto da montadora.
According to Habib, the company in Brazil started
with imported cars to know the type of car Brazilian
people prefer. “A factory takes about one year and
half to be ready, whereas a national distribution
center may take up to four years”.
The factory has spent R$900 million and may start
producing in 2014, it is the first in Brazil with 80% Bra‑
zilian money, represented by SHC group, and just
20% from another country, JAC Motors in China. The
construction may start this year, as the environmental
permit is ready. The factory will be in Camaçari pole
with 3.500 direct jobs and about 10 thousand indirect
jobs. Production capacity will be 10 thousand units
per year. The distribution center, also in Camaçari, will
spend around R$20 million and should be ready with‑
in one year.
The company’s suppliers will be known by De‑
cember. In the beginning the factory works with 400
employees. In the first meeting to know the Brazil‑
ian automotive parts companies there were about
120 companies to learn JAC’s project.
There will be more two suppliers’ workshops, one
for service area and one for machines and equipment
area. There isn’t much time. Stamping molds are to
be here in October. In December the suppliers will be
chosen and they should sign the contract by June,
2013. The first automotive parts will be here in March,
2014 so that production can start in October.
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
53
Indústria Industry
Ainda serão realizados mais dois workshops de
fornecedores, sem datas definidas, um na área de
serviços e outro na de máquinas e equipamentos. O
cronograma é apertado. A previsão de recebimento
dos moldes de estamparia é outubro próximo. Em
dezembro, ocorre a escolha dos fornecedores, que
devem assinar contrato até junho de 2013. O recebi‑
mento das primeiras peças será em março de 2014
para que a produção em série comece em outubro.
A seleção dos fornecedores
Competitividade e qualidade são características
fundamentais exigidas pela JAC para os fornecedo‑
res. “É preciso ter uma boa engenharia para adaptar
os custos e os produtos à nossa necessidade. Temos
uma alta exigência com qualidade”, afirma Tarcísio
Telles, vice­‑presidente da JAC no Brasil. Dos 400 for‑
necedores que a empresa prevê contratar, os de au‑
topeças devem girar em torno de 100 empresas.
Mauro Yamashita, do grupo Bosch, foi um dos parti‑
cipantes do evento. O executivo aposta na experiência
que a marca alemã tem na tropicalização dos seus pro‑
dutos. “Nós fornecemos para todas as montadoras do
Brasil e já temos know­‑how em adaptação de produtos
para os carros brasileiros”, afirma. Segundo ele, a Bosch
é fornecedora da JAC na China. “Podemos tanto forne‑
cer o produto que já fabricamos para a unidade chinesa
quanto desenvolver um novo para o modelo brasileiro”.
O Grupo Bosch é líder mundial no fornecimento de
tecnologia e serviços. A tecnologia automotiva é a maior
divisão de negócio da marca. No Brasil desde 1954, o
grupo mantém uma unidade no Centro Industrial de
Aratu, que emprega cerca de 600 colaboradores.
Segundo Telles, fora o motor e a caixa de câmbio,
que serão trazidos da China, todo o restante do car‑
ro, algo que fica em torno de 75%, será adquirido no
Brasil, sendo que os fornecedores com fábricas insta‑
ladas na Bahia terão prioridade. “Em termos de im‑
pacto logístico nos nossos custos, a proximidade é
muito importante”, completa.
O diretor do Grupo de Negócios da América do Sul
da Visteon, Andreas Jancso, enxerga a JAC no Brasil
como um volume potencial novo e mostra-se muito
otimista quando o assunto é uma possível parceria.
“Já somos fornecedores da marca na China; além dis‑
so, temos uma fábrica instalada em Camaçari e já co‑
nhecemos bem o mercado baiano”, afirma Jancso.
54
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
The suppliers’ selection
JAC requires competitiveness and quality for the
suppliers. “Good engineering is needed to have price
and product suitable for us. We are exigent with qual‑
ity”, Tarcisio Telles affirms, JAC’s president in Brazil.
The company will have 400 suppliers and about 100
companies for automotive parts.
Mauro Yamashita, Bosch group, was one of the
people in the meeting. The businessman believes the
German brand has enough experience with products
in Brazil. “We supply all car factories in Brazil and we
know how to adapt products for Brazilian cars”, he
affirms. He tells Bosch is JAC’s supplier in China. “We
can either provide product made for the Chinese unit
or develop a new one for the Brazilian model”.
Bosch group is world leader in service and tech‑
nology. Automotive technology is its largest sector.
The group has been in Brazil since 1954, and has kept
one unit in CIA with around 600 employees.
According to Telles, a part from the car engine and
gearbox that will come from china, everything else
will be from Brazil, it means 75%. They will prefer sup‑
pliers with factory in Bahia. “Being in Bahia is impor‑
tant to have logistic with lower cost”, he says.
Andreas Jancso, Visteon business director in South
America, sees JAC in Brazil as potency and believes in
having partnership. “We are their suppliers in China, and
also we have a factory in Camaçari city, so we already
know very well the market in Bahia”, Jancso affirms.
Secretário da Indústria, James Correia,
ao lado de Tarcísio Telles, vice­
‑presidente da JAC no Brasil, Reinaldo
Sampaio, vice­‑presidente da Fieb, e Sérgio
Habib, presidente da JAC no Brasil
James Correia, Industry secretary, along with
Tarcicio telles, JAC’s vice president in Brazil,
Reinaldo Sampaio, Fieb’s vice president and Sérgio
Habib, JAC ‘s president in Brazil
Estado acelera
na produção e
exportação
Em 2011, a Bahia foi o primeiro
destino de investimento
chinês do Brasil e
concentra hoje o maior polo
produtor de pneus
The Chinese businessmen chose Bahia in 2011
as the first place to work in Brazil and now
it is the largest tyre producer
O
Estado tem hoje uma das economias mais
atrativas do Brasil, é o quinto maior produtor
de veículos do País e o sexto maior exporta‑
dor do produto. Líder do crescimento no mercado au‑
tomobilístico no Nordeste, a Bahia cresceu 83,09%. Já
São Paulo teve um desempenho bem menor: 46,69%.
“Em 2011, a Bahia foi o primeiro destino de inves‑
timento chinês do Brasil e concentra hoje o maior
polo produtor de pneus. O Estado produz 42% do
que é consumido no País”, diz o secretário da Indús‑
tria, Comércio e Mineração, James Correia. Ele acre‑
dita que o setor automotivo passe a ser responsável
por 12% do PIB baiano quando a fábrica da JAC en‑
trar em funcionamento.
Salvador é o quarto maior consumidor da marca,
que já ocupa mais de 2% do mercado da capital baia‑
na. Por mês, são vendidos 150 carros em um universo
de sete mil veículos comercializados. “Salvador é um
dos nossos melhores market share (participação de
mercado). A capital já é um dos maiores mercados do
Brasil em automóveis e vai aumentar muito”, diz o
presidente da JAC no Brasil, Sérgio Habib.
O início da operação no Estado será marcado pelo
lançamento de um carro diferente dos vendidos hoje
pela montadora chinesa, e a realidade do trânsito bra‑
sileiro será levada em consideração. Para isso, a fábrica
Bahia speeds up production and export
ahia is one of the most attractive economies in
Brazil, as it is the fifth largest car producer and
the sixth largest exporter in Brazil. It is the
leader in the automotive market growth in Northeast
and has grown 83,09%, and São Paulo just 46,69%.
“In Brazil Chinese investors started working in Ba‑
hia in 2011 and it is now the largest tyre producer. Ba‑
hia produces 42% of all tyres in Brazil”, James Correia,
Mining, Commerce and Industry secretary says. He
believes the automotive sector is to be responsible
for 12% of GDP in Bahia when JAC starts.
Salvador is the fourth largest consumer of the
brand that already has 2% of the market in Bahia. 7
thousand cars are sold per month and 150 are JAC’s.
“Salvador is one of the best Market Share. The city is
already one of the largest markets in Brazil for cars
and it will get even larger”, Sérgio Habib, JAC’s pres‑
ident in Brazil, says.
The company will begin to work by launching a dif‑
ferent car from those sold by the Chinese company
today and the Brazilian car traffic will be considered.
B
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
55
Indústria Industry
baiana contará com um centro de tecnologia e estilo,
pista de testes e toda a infraestrutura para desenvolver
os carros que serão produzidos e vendidos no Brasil.
“Já temos engenheiros trabalhando conosco e no final
de 2013 vamos começar a formar e contratar mão­ de
obra local”, afirma. A mão­de­obra completa e qualifi‑
cada, para Habib, é um dos grandes diferenciais baia‑
nos que tem no Centro Integrado de Manufatura e
Tecnologia um grande aliado. “O Cimatec é o melhor
centro de formação que eu conheço no Brasil”, afirma.
Incentivos diversos
A JAC Motors recebeu os mesmos incentivos que
a Ford, na época da sua implantação. O Programa
Especial de Incentivo ao Setor Automotivo da Bahia
(Proauto) beneficia as montadoras que queiram se
instalar no Estado. De acordo com o secretário James
Correia, outro benefício deve favorecer a JAC.
O governo tem um projeto de ampliação do Ter‑
minal Portuário Miguel de Oliveira, usado pela Ford,
que passaria dos 200 mil metros quadrados atuais
para 1,5 milhão de metros quadrados, tornando o lo‑
cal o maior porto automotivo do País. O terminal con‑
templaria a Ford, a JAC Motors e mais duas grandes
montadoras que queiram se instalar na Bahia.
A troca do Porto de Salvador pelo terminal de Ara‑
tu é muito bem aceita pela JAC. “Com os carros de‑
sembarcando pelo Porto de Salvador, é preciso
passar pelo centro da cidade, que já tem um trânsito
suficientemente pesado”, afirma Habib. Além do
porto, Correia destacou que o governo possui um
terreno de 140 milhões de metros quadrados em Ca‑
maçari, onde será instalada a JAC.
The factory in Bahia will have a Style and Technology
Center, car testing area and infrastructure to develop
cars that will be produced and sold in Brazil. “We al‑
ready have engineers working and in later 2013 we
will hire local labor”, he affirms. For Habib, one of the
good things in Bahia is the skilled labor in the Tech‑
nology and Manufacture Center. “Cimatec is the best
training center I know in Brazil”, he affirms.
Many incentives
JAC Motors has received the same incentives as
Ford. Incentive Special program to Bahia Automo‑
tive Sector (Proauto) benefits the companies willing
to be in Bahia. James Correia told JAC must have
another benefit.
The government has a project to expand the port
terminal Miguel de Oliveira, used by Ford that is now
200 thousand m², it would be 1,5 million m², what
makes it the biggest automotive port in Brazil. The
terminal would serve Ford, JAC Motors and more two
big factories that want to be in Bahia.
JAC agrees to change the port of Salvador by Ara‑
tu. “The cars coming from Salvador port have to pass
through the town that already has a heavy traffic”,
Habib affirms. Correia said the government has the
port and also a 140 million m² land in Camaçari, where
JAC will be.
Do anúncio à inauguração From announcement to the opening
16 de novembro 2011
Anúncio oficial da
instalação da fábrica
da JAC Motors na
Bahia, em Salvador.
Official announcement of JAC Motors
factory in Bahia, in Salvador
14 de dezembro 2011
Governador Jaques
Wagner visita a fábrica
da JAC Motors no
município de Hefei, na
China. The governor
Jaques Wagner visited JAC Motors
factory in Hefei, China
56
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
19 de março 2012
Lançamento
nacional do novo
modelo sedã médio
J5, na Praia do
Forte. National launch of new model
sedan J5 in Forte Beach
14 e 15 de
maio 2012
1º JAC Motors
Suppliers
Workshop para fornecedores de
autopeças. JAC Motors Suppliers
Workshop for automotive parts
suppliers
21 de maio 2012
Desembarque do
primeiro lote de
mil carros no Porto de Salvador.
The first one thousand cars arrive
in Salvador Port
Outubro 2012
Previsão de recebimento
dos moldes de estamparia. Stamping
molds have date to be here
Dezembro 2012
Anúncio dos fornecedores escolhidos.
The chosen suppliers are known
Março 2014
Recebimento das
primeiras peças
definitivas. The first automotive
parts arrive
Junho 2013
Prazo máximo da
assinatura do contrato
com os fornecedores. Last month to
sign the contract with the suppliers
Outubro 2014
Inauguração da fábrica baiana. The factory
in Bahia opening
energia energy
Bons ventos à vista
Maior complexo eólico da América Latina é inaugurado na Bahia,
com investimentos de R$ 1,2 bilhão da Renova Energia
Latin America’s largest wind energy complex has been opened in Bahia
and has spent R$1,2 billion from Renova Energia company
por /by Fabiane Pita
O
s bons ventos soprados no sudoeste
baiano presentearam a região com o
maior complexo eólico da América
Latina. A Bahia se consolidou entre os
maiores fornecedores de energia
renovável do País, com a inauguração do Alto Sertão I,
que abrange os municípios de Caetité, Igaporã e
Guanambi. A Renova Energia, primeira empresa dedicada
à energia movida pelos ventos, investiu R$ 1,2 bilhão no
empreendimento, que vai gerar 294MW de capacidade
instalada, um incremento de cerca de 25% na matriz
eólica do País, atualmente da ordem de 1,1GW.
Good news ahead
outheast Bahia has the largest wind
complex in Latin America. Bahia is
now one of the most important
suppliers of renewable energy in Brazil
with Alto Sertão I plant in Caetité,
Igaporã and Guanambi cities. Renova
Energia, the first company to work with
wind energy, has spent R$1,2 billion in
the project that will produce 293MW,
increasing around 25% in matrix wind in
Brazil, which is now 1,1 GW.
S
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
57
© renova energia/divulgação
energia energy
a renova, primeira empresa dedicada a energia eólica, investiu R$ 1,2 bilhão
Renova, the first company to work with wind energy, has spent R$1,2 billion
O complexo, inaugurado dia 9 de julho, em Caetité,
tem capacidade para abastecer uma cidade com apro‑
ximadamente dois milhões de habitantes e é compos‑
to por 14 parques, que tiveram sua energia comerciali‑
zada pela Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE), em 2009. Na época, a Renova foi a
maior vencedora do primeiro Leilão de Energia Eólica
(LER) do Brasil. O complexo Alto Sertão I é formado
por 184 aerogeradores que medem 126 metros cada
um – a altura é a medida de cada torre mais o compri‑
mento da pá, o equivalente a um prédio de 32 andares.
“A Bahia tem um dos melhores potenciais eólicos
do mundo. A Renova sonhou em transformar esse
vento em riqueza e hoje o complexo eólico represen‑
ta a concretização deste sonho”, afirma Mathias Be‑
cker, diretor­‑presidente da Renova Energia. Segundo
ele, a velocidade dos ventos no parque é maior à noi‑
te, quando chega a 15m/s. Durante o dia a média é
de aproximadamente 8m/s.
A construção do empreendimento criou 1.300 em‑
pregos, recuperou estradas e abriu acessos. Além
disso, 68 km de vias foram pavimentadas. Também
possibilitou crescimento, emprego, renda, educação
e cultura para população. “O parque está instalado
em terras arrendadas e este negócio só deu certo de‑
58
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
The complex, which was opened in July 9th in
Caetité city, can supply a city with nearly two million
people and it has 14 farms where energy as trade by
Electric Energy Commerce Chamber (CCEE) in 2009.
By then, Renova company was the winner in the first
Wind Power Auction (LER) in Brazil. Alto Sertão I com‑
plex has 184 wind turbines that are 126 meters each
– height is measured from each tower plus length of
the blade that is equivalent to a 32 floors building.
“Bahia is one of the best places for wind energy in
the world. Renova company dreamed of turning wind
into wealth and now the wind complex is a dream
come true”, Mathias Becker affirms, Renova Energia’s
director. According to him the wind speed is greater
overnight, reaching 15m per second, and is approxi‑
mately 8m per second during the day.
The project has created 1.300 jobs, has rebuilt
roads and new access. Moreover, 68 km of roads were
paved. It also has brought growth, jobs, income, edu‑
cation and culture for people. “The wind is in rented
land and it is a reliable and respectful business for
people in the city”, Becker reminds that. The rented
land is a good business for 300 families.
The director also emphasizes the importance of the Ba‑
hia’s government. “The partnership between government
Contribuição baiana
A energia eólica se tornou um dos segmentos de
maior desenvolvimento do Estado nos últimos anos.
Além de incentivar a implantação dos parques eóli‑
cos, o governo baiano tem estimulado a criação do
polo industrial de fabricação de equipamentos.
Segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mi‑
neração, James Correia, o aumento de indústrias do
setor é resultado do esforço do governador Jaques
Wagner em atrair novas empresas e consolidar a ca‑
deia da energia eólica na Bahia. “Estamos tomando
medidas para fomentar a compra, pelas usinas que
© renova energia/divulgação
vido à confiança e o respeito estabelecidos com a co‑
munidade”, lembra Becker. O arrendamento de ter‑
ras está beneficiando 300 famílias.
Outro ponto importante que o diretor­‑presidente
fez questão de frisar foi o papel fundamental do go‑
verno baiano. “A parceria entre Estado e Renova tem
sido excelente. A infraestrutura é uma das etapas
mais complicadas em um processo como esse e a
agilidade do governo foi fundamental”, diz.
A partir de agora, a Renova parte para uma nova eta‑
pa de obras e investimentos que estão previstos para
começar em setembro deste ano. A estimativa é que, em
pouco mais de dois anos, 15 parques, que foram contra‑
tados nos leilões de 2010 e 2011, sejam inaugurados; seis
parques em 2013, com capacidade de 163MW de potên‑
cia instalada; e nove em 2014, para gerar até 212MW.
“a bahia tem um dos melhores potenciais
eólicos do mundo”
mathias becker, diretor-presidente da renova energia /
renova energia’s director
“Bahia is the world’s one of the best
places for wind energy”
and Renova has been excellent. Infrastructure is one
of the most complicated phases in such process and
the government was very fast”, he says.
From now on, Renova will have another investment
in September, 2012. There may be other 15 farms in
about two years that were purchased in the 2010 and
2011 sales; six farms in 2013, with 163MW capacity;
and nine in 2014 to produce up to 212MW.
Contribution from Bahia
Wind energy has become one of the fastest
growing segments in Bahia in the last years. Bahia’s
Conheça o Catavento
A
lém de consolidar a Bahia entre os maiores fornecedores de energia
renovável do País, a Renova criou o programa Catavento, que
inicialmente reúne 20 projetos sociais e tem um investimento de R$ 9,4
milhões. A iniciativa faz parte da política de responsabilidade social e
ambiental da empresa. Além de criar novas propostas para as comunidades
que estão recebendo os parques eólicos, o Catavento também dará
continuidade a ações já existentes nesta área, em processo de planejamento
ou de execução. A intenção é somar esforços e viabilizar o que já foi
diagnosticado e organizado pela própria comunidade, para materializar as
ações com mais celeridade.
Lern about Catavento Program Renova not only has made Bahia one of the largest
suppliers of renewable energy in Brazil, but also has created the Catavento program that has 20
social projects and has spent R$9,4 million. It is an attitude toward social and environmental
responsibility. Catavento has new ideas to help community and is willing to continue the
existing programs, those either in planning or implementation. The company intends to sorted
out quickly what has already been detected and organized by the community.
Eólicas na Bahia Wind farm in Bahia
Empresa
Usinas
Local
Company
Cons Pedra do Reino
Desenvix SA
Renova Energia
Enel Green Power
Brennand
Chesf
Iberdrola
Brazil Wind
Atlantic
farm
2
3
29
5
3
1
2
7
5
place
Sobradinho
Brotas de Macaúbas
Caetité/Guanambi/Igaporã/Pindaí
Bonito/ Morro do Chapéu/ Caetité
Sento Sé
Casa Nova
Caetité
Pindaí
Campo Formoso
Fonte: Leilões de 2009, 2010 e 2011 Source: 2009, 2010 and 2011 auctions
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
59
© renova energia/divulgação
energia energy
a indústria movida pelos ventos vai gerar cerca de 1.900 vagas de trabalho no semi-árido
the industry moved by wind will have around 1.900 jobs in the region
aqui estão se implantando, de equipamentos da ca‑
deia eólica fabricados na Bahia”, afirma.
Entre as cinco indústrias de equipamentos que fo‑
ram atraídas pelo Governo da Bahia, duas delas já
estão em pleno funcionamento no Polo Industrial de
Camaçari: a espanhola Gamesa e a francesa Alstom,
ambas fabricantes de aerogeradores, representando
investimentos de R$ 50 milhões, cada uma, na im‑
plantação das unidades baianas.
Mais duas fábricas estão em processo de implantação
em Camaçari. Com investimentos de R$ 45 milhões, a
General Eletric (GE) vai produzir nacelles (motor), en‑
quanto a Torrebras, do grupo espanhol Windar, vai inves‑
tir R$ 25 milhões na fabricação de torres. Já a Aeris Ener‑
gy, fabricante nacional de pás, vai aplicar R$ 117 milhões
na implantação de sua fábrica em Feira de Santana.
“O Estado tem hoje uma carteira de inversões de
R$ 6,5 bilhões, representados por 57 projetos de usi‑
nas elétricas movidas pela força dos ventos e cinco
fábricas de componentes para os geradores eólicos”,
afirma Correia. Previstas para se instalar em 11 muni‑
cípios, até 2015, as usinas irão acrescentar cerca de
1,57 GW à rede elétrica.
Somente com os empreendimentos já definidos, a in‑
dústria movida pelos ventos vai gerar em torno de 1.900
vagas de trabalho. “Além de ser uma fonte limpa e de
baixo impacto ambiental, a energia eólica está benefician‑
do principalmente a população da região do semi­‑árido
com a geração de emprego e renda”, explica Correia.
60
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
government helps have wind farms and also supports
an industrial pole to make equipment.
According to James Correia (Mining, Commerce
and Industry secretary) having more industries is a re‑
sult of Jaques Wagner’s effort to attract new compa‑
nies and consolidate the group of wind energy in
Bahia. “We are supporting the farms to buy equip‑
ment made in Bahia”, he affirms.
Two out of the five companies attracted by Bahia’s
government are already working in Camaçari Indus‑
trial Pole: Spanish Gamesa and French Alstom, both
of them make wind turbines and each has spent R$50
million to have a unit in Bahia.
More two factories are being built in Camaçari city.
General Electric (GE) has spent R$45 million and will
produce nacelles, and Torrebras, a Spanish group of
Windar company, will spend R$25 million to make tow‑
ers. Aeris Energy, blades factory in Brazil, will spend
R$117 million to have a factory in Feira de Santana city.
“Bahia has a portfolio of investments of R$6,5 bil‑
lion, from 57 projects of power plant moved by wind
strength and five components for wind turbines facto‑
ries”, Correia affirms. The plants are to be in 11 cities
by 2015 and will send 1,57 GW to electricity.
The wind industry will have around 1.900 jobs only
with those projects. “Besides being a clean and of
low environmental impact source, wind energy is im‑
proving the region by offering jobs and incomes”,
Correia explains.
Turismo de negócios Business tourism
Rede Slaviero vem aí
De olho no crescimento do Nordeste, empresa paranaense,
presente em dez cidades de cinco estados, anuncia construção
de novo hotel em Salvador
A company from Paraná state is aware of the growth in Northeast, so as it is in ten
cities of ten states, it will have a new hotel in Salvador
por/by Da Redação
E
le não figura na listagem oficial dos 14
empreendimentos hoteleiros previstos para
Salvador até 2016, mas já dá para confirmar.
A capital baiana está mesmo na rota de
investimentos da Slaviero Hotéis, rede paranaense
presente em 10 cidades de cinco estados brasileiros,
que prospecta novos negócios no mercado local. A
Bahia abrigará um dos hotéis incluídos no plano de
expansão da empresa, que prevê um investimento de
R$ 800 milhões em implantação de novas unidades
em todo o Brasil nos próximos 10 anos.
Slaviero is coming
t isn’t in the official list with 14 hotel
projects to be in Salvador by 2016, but
is confirmed. Salvador will have
Slaviero Hotel, a group from Paraná that is
in 10 cities of five Brazilian states and sees
new business in the local market. Bahia
will have one of the hotels that is part of
the company’s plan to expand by
spending R$800 million in new units all
over Brazil in the next 10 years.
I
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
61
Turismo de negócios Business tourism
A holding não divulga o montante destinado à
Bahia nem o tamanho do empreendimento, mas as‑
segura que a implantação pode ocorrer em três anos.
O processo ainda está em fase inicial, contudo, o di‑
retor de expansão da rede, Eraldo Santana, confirma:
“Já estamos conversando com algumas construtoras
locais”. De olho no turismo de negócios, a Slavie‑
ro aposta em duas demandas: o crescimento do mer‑
cado corporativo em Salvador e a necessidade de
modernização do parque hoteleiro soteropolitano.
Pela movimentação de eventos identificada pela
empresa, a intenção é atender um público diferencia‑
do, que nem sempre encontra nos estabelecimentos
já existentes o conforto e o tipo de serviço oferecido
no eixo Sul/Sudeste. Hoje, a média de idade dos es‑
tabelecimentos no parque hoteleiro local é de 25
anos. A marca opera as bandeiras Slaviero Slim (cate‑
goria econômica), Slaviero Executive e Slaviero Suí‑
tes (superior), além da Slaviero Conceptual (luxo).
O trade turístico vê com bons olhos a chegada do
novo empreendimento. Para o presidente do Conven‑
tion Bureau, Pedro Costa, a notícia do perfil do negócio
da Slaviero irá preencher uma lacuna no mercado de
turismo de Salvador, que carece de equipamentos com
melhor infra­estrutura para eventos. “O ideal é ter um
hotel com centro de convenções para duas mil pessoas
e salas para 200 pessoas”, indica. Hoje, Salvador dis‑
põe de cinco espaços para eventos — os centros de
convenções do Fiesta, do Bahia Othon, do Pestana, do
Grand Hotel Stella Maris e o Centro de Convenções.
The holding doesn’t say the amount to be spent in
Bahia neither the hotel size, but it assures it will happen
within 3 years. The process has just started, however,
director of expansion, Eraldo Santana confirms: “we
have already gotten in touch with some local construc‑
tion companies”. Slaviero believes in business tourism:
growth of enterprise market in Salvador and the need
to modernize the hotel system in Salvador.
After recognizing some events, the company in‑
tends to serve different clients, who don’t find in Sal‑
vador comfort and service which are in South and
Southeast Brazil. The hotels have been here for about
25 years. The brand is Slaviero Slim (economic stan‑
dard), Slaviero Executive and Slaviero Suite (superior),
and also Slaviero Conceptual (luxury).
The tourism trade looks forward to have it. Pedro
Costa, Convention Bureau’s president thinks it will
help the tourism market in Salvador that needs better
equipment for events. “The ideal hotel must have
convention center for 2 thousand people and rooms
for 200 people”, he says. Salvador now has five spac‑
es for events – Fiesta, Bahia Othon, pestana, Grand
hotel Stella Maris and the Convention Center.
According to Costa, air network and position in Ba‑
hia – “in the middle” – make trip cheaper. It means that
being closer to Rio-São Paulo than other cities in North‑
east makes Salvador the ideal place for tourism events.
This type of business is hotel revenue in low seasons.
On the other hand, Silvio Pessoa, Hotel, Bars and
Others Syndicate (Sindihoteis) warns about the excess
A Slaviero opera as bandeiras Slim, Executive, Suites e Conceptual
Slaviero has Slim, Executive, Suites and Conceptual rooms
62
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
Na Copa do Mundo, a hotelaria de Salvador receberá o reforço de cerca de 20 mil leitos
The hotel in Salvador city will have more 20 thousand vacancies for the world cup
Segundo Costa, a malha aérea e a localização da
Bahia — “no meio do caminho” — barateiam o custo
da viagem. Em outras palavras, estar mais perto do
eixo Rio­‑São Paulo, se comparada a outras capitais
do Nordeste, faz de Salvador o destino ideal para tu‑
rismo de eventos. Tanto que na baixa estação é este
tipo de negócio que preserva o faturamento do par‑
que hoteleiro local.
Por outro lado, o diretor do Sindicato dos Hotéis,
Bares e Similares (Sindhotéis), Sílvio Pessoa, alerta
para o excesso de equipamentos na cidade. “Hoje,
há 32% de ociosidade da rede hoteleira local, é preci‑
so um estudo bem delimitado que deve apontar para
as demandas locais”, orienta. O alerta do Sindhotéis
está relacionado também a outro gargalo das gran‑
des cidades brasileiras: a falta de mobilidade urbana.
Outra característica do mercado local reforça a tese
de Pessoa de que é preciso adotar políticas para
manter os hotéis ocupados — apenas 8% dos turistas
que visitam a Bahia se hospedam em hotéis no Car‑
naval, informa a Setur. O restante fica em pousadas,
imóveis alugados e casas de parentes e amigos.
A preocupação do Sindhotéis com a sazonalida‑
de é partilhada pela Associação Brasileira da Indús‑
tria de Hoteis da Bahia (ABIH­‑BA), que tem chamado
a atenção para a necessidade de manter o nível de
ocupação no pós­‑Copa. Não sem razão, o diretor
of equipment in the city. “There is 32% of idle time in
the local hotels, so local demand must be analyzed”,
he advises. Sindihoteis takes into account another ur‑
ban problem: the difficult to get around. Another char‑
acteristic of local market ensures Pessoa’s opinion,
something must be done to keep the hotel busy – just
8% of tourists in Bahia stay in hotels in carnival, Setur
informs. The other ones stay in Bed and Breakfast,
rented flats and with friends and relatives.
Hotels Industry Brazilian Association in Bahia
(ABIH-BA) is concerned about season too, and it has
warned about keeping the hotels busy after world
cup. Slaviero said they are waiting for completion of
studies on economic viability to define the hotel’s
type, size and position.
Tourism business is booming
Anyway the tourism business today has been strong
for local economy. Northeast in 2011 had growth rates
similar to Chinese ones, 6% per year, the advanced
business and the growing economy are reproduced in
tourism. This is the secret to attract investors like Sla‑
viero, who are interested in tourism events in Salvador.
Brazilian Association of Business Travel Managers
(Abgev) has researched and showed that in 2011 the
business travel traded R$25 billion in Brazil, which is a
growth of 18,6% compared to 2010. According to this
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
63
Turismo de negócios Business tourism
Investimentos Previstos Planned investment
Empreendimento Project
Investimento Estimado
Estimated investment (us$)
Empregos Diretos
Direct jobs
3.888.750.000
19.352
Localização Position
Previsão de Abertura Possible opening date
Complexo Sol Meliá – 1ª etapa (The Reserve Paradisus Hotel — Guarajuba) — Guarajuba Empreendimentos S.A.
Complexo Sol Meliá – 2ª etapa (The Guarajuba Beach)
costa de imbassay resort e residence (Orissio Norte)
orissio sul
grand palladium imbassaí resort & spa – 2ª etapa (Reserva Imbassaí)
orissio sul
grand palladium imbassaí resort & spa – 2ª etapa (Reserva Imbassaí)
double tree / les terrasses
bahia dos coqueiros - 1ª etapa
iberostar - 3ª etapa
Complexo turístico em praia do forte – Norte
complexo turístico em praia do forte - sul
plano baixio – 1ª etapa
busca vida bangalô resort
fazenda onça
naurigas
costa azul bahia golf resort & condomínio
aero espaço empresarial & hotel
quintas de arembepe
Guarajuba/Camaçari
Guarajuba/Camaçari
imbassaí/m. de s. joão
imbassaí/m. de s. joão
imbassaí/m. de s. joão
imbassaí/m. de s. joão
imbassaí/m. de s. joão
itacimirim/camaçari
jacuípe/camaçari
p. forte/m. de s. joão
imbassaí/m. de s. joão
imbassaí/m. de s. joão
baixio/esplanada
busca vida/camaçari
c. de itanhí/jandaíra
massarandupió
costa azul/jandaíra
lauro de freitas
arembepe/camaçari
dez./2013
dez./2020
1ª fase – dez./2013
*
junho/2014
*
junho/2014
Hotel - Abril/2013 – Cond. - Set./2012
*
dez./2014
*
*
junho/2014
*
até dez./2014
dez./2015
fev./2014
1ª fase em dez./2015
60.000.000
700.000.000
450.000.000
14.500.000
90.000.000
14.500.000
90.000.000
30.000.000
220.000.000
*
500.000.000
700.000.000
398.000.000
40.000.000
18.750.000
175.000.000
312.500.000
30.000.000
150.000.000
grande hotel de itaparica
catussaba inn
catussaba suítes
hotel hilton/hotel do comércio
porto bello armação
txai hotel salvador
ilha de cajaíba - 1ª etapa
ilha de cajaíba - 2ª etapa
hotel fasano (antigo edifício a atarde)
hotel da bahia
hangar salvador
hotel horto bela vista
hostel f design
mercure boulevard salvador
itaparica
salvador
salvador
salvador
salvador
salvador
são francisco do conde
lauro de freitas
salvador
salvador
salvador
salvador
salvador
salvador
set./2012
dez./2013
mai./2012
dez./2013
dez./2015
*
jan./2014
jan./2016
dez./2013
dez./2012
dez./2013
mar./2014
mai./2012
mai./2012
10.000.000
25.000.000
9.000.000
37.500.000
50.000.000
3.500.000
195.000.000
130.000.000
6.522.000
20.000.000
55.000.000
25.000.000
5.000.000
40.000.000
projeto maraú
projeto tamaca
espaço xxi
pratigi resort-fazenda barra dos carvalhos
vila alambique
maraú
morro de são paulo/cairu
algodões/maraú
praia pratigi/nilo peçanha
morro de são paulo/gamboa
dez./2013
*
dez./2020
jan./2015
mai./2014
17.500.000
100.000.000
500.000.000
110.000.000
5.000.000
fazenda itacarezinho
fazenda miramar
fazenda patizeiro
ilha de canavieiras resort (Marina resort)
hote & residence (nossa senhora da vitória)
miramoro eco-boutique resort
reserva itacaré-conchas do mar emp. - 1ª etapa
resende beach
itacaré
itacaré
itacaré
canavieiras
ilhéus
itacaré
itacaré
itacaré
dez./2013
*
*
*
*
dez./2012
concluída em Jul./2015
fev./2014
belmonte
trancoso/porto seguro
p. itapororoca/trancoso.porto seguro
trancoso/porto seguro
belmonte
A. d’ajuda/porto seguro
dez./2015
dez./2013
dez./2013
dez./2015
dez./2014
dez./2013
reserva lençóis
lençóis
dez./2013
ibis vitória da conquista
recreio residence hotel
total
v. da conquista
v. da Conquista
fev./2013
dez./2015
costa dos coqueiros
3 anos após aprovação
baía de todos os santos
costa do dendê
costa do cacau
costa do descobrimento
projeto portal do descobrimento (faz. ondina)
golf boutique resort (terravista Boutique)
fasano trancoso
singlehome trancoso hotel
projeto turtle bay
el secreto da bahia
chapada diamantina
caminhos do sudoeste
611.522.000
732.500.000
286.000.000
1.430
63.500.000
20.000.000
50.000.000
100.000.000
42.500.000
10.000.000
23.500.000
23.500.000
14.500.000
6.000.000
8.500.000
5.756.022.000
Quantity of accommodation, housing units and vacancies, according to the main counties of Salvador – 2011
Estabelecimentos de Hospedagem
são paulo
rio de janeiro
Salvador
belo horizonte
fortaleza
florianópolis
curitiba
brasília
natal
porto alegre
outros
total
Unidades Habitacionais
Accommodation places
Total
972
429
358
291
280
254
242
222
212
190
1.586
5.036
Participação Participation (%)
19,3
8,5
7,1
5,8
5,6
5,0
4,8
4,4
4,2
3,8
31,5
100,0
Total
54.065
31.594
15.666
13.353
12.188
10.098
12.780
11.980
11.455
10.284
66.821
250.284
Housing units
Participação Participation (%)
21,6
12,6
6,3
5,3
4,9
4,0
5,1
4,8
4,6
4,1
26,7
100,0
Leitos Disponíveis
Vacancies
Total
73.488
45.416
22.366
19.031
19.745
20.060
19.083
19.216
19.532
14.625
101.111
373.673
Participação Participation (%)
19,7
12,2
6,0
5,1
5,3
5,4
5,1
5,1
5,2
3,9
27,0
100,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio, Pesquisa de Serviços de Hospedagens 2011. Source: IBGE, Research director, Service and Commerce Coordination, 2011 Services and Housing Research.
64
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
1.910
60
300
1.300
200
50
1.254
12.500.000
23.000.000
21.000.000
15.000.000
26.500.000
1.250.000
70.000.000
30.000.000
Número de estabelecimentos de hospedagem, de unidades habitacionais e de leitos disponíveis, segundo os principais municípios das capitais – 2011
The main districts of the capital
3.621
120
300
86
250
200
120
800
800
70
200
200
250
25
200
199.250.000
* Números e datas não informados pelos investidores. Investors haven’t informed about quantity and date.
Principais municípios das capitais
225
500
2.714
533
400
533
400
180
1.200
400
2.000
5.000
1.450
50
300
1.500
1.500
1.000
400
*
*
*
269
125
20
800
40
600
200
250
180
100
100
458
458
85
35
50
28.110
de expansão da Rede Slaviero diz aguardar a con‑
clusão dos estudos de viabilidade econômica para
definir a bandeira, o tamanho e a localização do
empreendimento.
Turismo de negócios em alta
De todo modo, atualmente, o turismo de negó‑
cios tem se mostrado o forte da economia local.
No Nordeste, que registrou, em 2011, taxas de
crescimento semelhantes às da China, de 6% ao
ano, o avanço do mundo corporativo, puxado pelo
crescimento da economia, acaba se refletindo no
perfil do visitante. É justamente aí que está o se‑
gredo da atração de investidores do porte da Rede
Slaviero, interessados no potencial de turismo de
eventos de Salvador.
Levantamento realizado pela Associação Brasileira
de Gestores de Viagens Corporativas (Abgev) mostra
que, em 2011, as viagens corporativas movimentaram
R$ 25 bilhões no Brasil, o que representa um cresci‑
mento de 18,6% se comparado a 2010. Conforme o
mesmo estudo, elas representaram 58% das receitas
de turismo (gastos com hotéis, locação de veículos e
transporte aéreo) do País.
A Bahia não fica para trás. Em visita a Salvador,
em maio, o ministro do Turismo, Gastão Vieira, apre‑
sentou os números que devem ter atraído a rede pa‑
ranaense para a capital baiana. No ano passado, a
Quadro atual Current situation
research, they represent 58% of tourism revenue (ho‑
tels, cars and airplane expenses) in Brazil.
Bahia has no less. Gastão Vieira, ministry of tourism,
was in Salvador in May and showed what must have
brought the company from Paraná to Salvador. Last
year Salvador had 17 events, raising the ranking in In‑
ternational Association of Conference and Conven‑
tions (ICCA). It was the ninth one and now is the third
one. Data confirm the opinion of Pedro Costa, Con‑
vention Bureau’s president, about Slaviero in Salvador:
“Salvador is growing and has many tourism events”.
“I believe the new projects in hotels will not harm
the hotels here. The investors have thought of all risks
and wouldn’t spend money in constructing if it weren’t
possible. Besides, those big hotels have partners that
help to attract clients. And also, they are supported
by Bahia’s government that is the one to have more
events in Brazil and worldwide”, Domingos Leonelli,
the tourism secretary says.
Assistance for 2014 world cup
The hotels in Salvador will have more 20 thousands
vacancies in hotels in Litoral Norte district for world
cup. It means, there are enough vacancies even with‑
out the new project. Even thus, there may be 10% of
more vacancies for the world cup.
Brazilian Institute of Geography and Statistics
(IBGE) had researched and last April showed that Sal‑
vador is one of the three Brazilian cities with the larg‑
Projeção para a Copa Expectation for the world cup
H
oje, segundo dados da última pesquisa da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o Estado
registra um fluxo turístico anual de nove milhões de pessoas.
Destes, dois terços circulam pela Bahia durante a alta estação,
que compreende os meses de dezembro, janeiro, fevereiro,
março e julho. Os destinos mais procurados são Salvador,
Porto Seguro, Litoral Norte, Morro de São Paulo e Ilhéus.
C
A
E
ccording to data from a research of Economic Researches
Institute (Fipe), Bahia has 9 million tourists per year. Two
thirds of them are there in high season that is in December,
January, February, March and July. They usually go to Salvador,
Porto Seguro,North Coast, Morro de São Paulo and Ilhéus.
onforme projeções da Embratur, o Brasil deve receber 600
mil estrangeiros durante a Copa do Mundo 2014. Por
Salvador, conforme estatísticas da Setur, devem passar cerca
de 300 mil visitantes a mais que o fluxo atual para os meses de
junho e julho, divididos entre estrangeiros, brasileiros de
outros estados e baianos de outras cidades. Sinal de que o
turismo não deve parar de crescer.
mbratur thinks that Brazil will have around 600 thousand tourists
during world cup in 2014. Setur says Salvador should have more
300 thousand tourists than it normally is in June and July, and they
will be people from other cities in Bahia, from other states in Brazil
and from other countries. It means the tourism is increasing.
copa do mundo world cup
fluxo turístico de 9 milhões de pessoas / ano
9 million tourists per year
300 mil visitantes a mais que o fluxo atual
para os meses de junho e julho
300 thousand tourists than it normally is in June and July
Turismo de negócios Business tourism
cidade captou 17 eventos, elevando a posição no
ranking da Associação Internacional de Congressos
e Convenções (Icca). Pulou da nona para a terceira
colocação. O dado confirma o que o presidente do
Convention Bureau, Pedro Costa, pensa a respeito
da chegada do Slaviero: “Salvador é uma cidade em
franco crescimento e tem um potencial turístico de
eventos muito grande”.
“Eu creio que os novos investimentos na área
hoteleira não prejudicarão os estabelecimentos
que já estão aí implantados. Os investidores estu‑
dam todos os riscos possíveis e não investiriam na
construção de um empreendimento se não houves‑
se viabilidade. Além disso, essas grandes cadeias
de hotéis têm parcerias com grandes operadoras, o
que proporciona mais facilidade na atração de flu‑
xo. Essas ações também podem ser combinadas
com o governo estadual, que é o ente que mais re‑
aliza promoção do destino em grandes feiras e
eventos no Brasil e no exterior”, avalia o secretário
de Turismo, Domingos Leonelli.
“Os novos investimentos na área hoteleira
não prejudicarão os estabelecimentos
que já estão implantados”
domingos leonelli, secretário de turismo / tourism secretary
“The new projects for hotel sector will be good for
the hotels that are already in the city”
Reforço para a Copa 2014
Na Copa do Mundo, a hotelaria de Salvador rece‑
berá o reforço de cerca de 20 mil leitos dos comple‑
xos hoteleiros do Litoral Norte. Ou seja: sem os novos
empreendimentos, já dispõe de leitos suficientes
para abrigar visitantes. Mesmo assim, o número de
estabelecimentos deve crescer 10% até o campeona‑
to mundial de futebol.
Estudo divulgado em abril deste ano pelo Institu‑
to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra
que Salvador está entre as três capitais brasileiras
com o maior parque hoteleiro. Hoje, são 358 estabe‑
lecimentos com 22,3 mil leitos disponíveis. A cidade
perde apenas para São Paulo, com 972, e Rio de Ja‑
neiro, com 429 (ver infográfico). A questão apontada
pelos empresários é a necessidade de modernização
dos hotéis, que, no Brasil, têm, em média, idade aci‑
ma de 25 anos, segundo o presidente do Convention
Bureau, Pedro Costa.
Até 2014, está prevista, segundo a Secretaria do
Turismo do Estado (Setur), a implantação de pelo
menos três empreendimentos de grande porte em
Salvador. Em todo o Estado, serão pelo menos seis.
Mas o diretor de expansão do Slaviero, Eraldo San‑
tana, garante que não é a Copa do Mundo o princi‑
66
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
est number of hotels. Today there are 358 hotels with
22,3 thousand vacancies. The first two cities are São
Paulo and Rio de Janeiro with 429 (see graphic). The
businessmen say the hotels need to be more modern,
as the hotels are 25 years old, according to Pedro
Costa, Convention Buerau second president.
Tourism Secretary in Bahia (Setur) affirms there will
be at least three big projects in Salvador within two
years. In Bahia there will be at least six. But Eraldo San‑
tana assures that world cup isn’t the main reason for
Slaviero being in Northeast. “The world cup isn’t the
main reason, despite all visibility the event has in a
country. The market is already growing”, he explains.
The project to have new hotels spends over US$3
billion. Apart from Slaviero group, there are also the
Fasano hotel close to historic center, the reopening of
Bahia hotel, the expansion of Iberostar and Grand
Palladium and the opening of Sol Meliá, and others.
The group is an example in the market
Slaviero Palace Hotel was founded in Curitiba city in
1981 and is an example in tourism market. It is one of
the largest groups in Brazil, and the group will have at
least one unit in each Brazilian state within ten years.
pal vetor que motiva a expansão da rede rumo ao
Nordeste. “A Copa não é fator preponderante, ape‑
sar da visibilidade que o evento traz ao País. Há um
crescimento já identificado do mercado corporati‑
vo”, explica.
O volume de investimentos para a implantação
de novos hotéis supera a marca de US$ 3 bilhões.
Para além da unidade do grupo Slaviero, é possível
destacar o Fasano, próximo ao Centro Histórico, a
reabertura do Hotel da Bahia, a ampliação do Iberos‑
tar e do Grand Palladium e a implantação do Sol Me‑
liá, dentre outros.
Rede é referência no mercado
Fundada em Curitiba, em 1981, com a inaugura‑
ção do Slaviero Palace Hotel, a empresa paranaen‑
se é referência no mercado de turismo. Uma das
dez maiores cadeias do Brasil, a empresa investe na
ampliação da rede, que prevê a implantação, em
uma década, de ao menos uma unidade em cada
estado brasileiro.
A construção de pelo menos três novas unidades,
além de Salvador, foi anunciada pela rede — em
Mato Grosso, Santa Catarina e Foz do Iguaçu. Cuiabá
terá uma unidade com a bandeira slim, 132 aparta‑
mentos e salas de eventos para até 200 pessoas. No
balneário Camboriú, em Santa Catarina, serão 120
apartamentos, com inauguração prevista para de‑
zembro de 2013. Já o novo empreendimento em Foz
do Iguaçu, com 189 apartamentos e salas de eventos
com capacidade total para 600 pessoas, foi inaugura‑
do no ano passado.
They will have one unit in Salvador and more
three – in Mato Grosso, Santa Catarina and Foz do
Iguaçu cities. Cuiabá city will have a Slim type, 132
bedrooms and event room for 200 people. In Cam‑
boriú city, in Santa Catarina, there will be 120 bed‑
rooms and it is likely to open in 2013. The one in Foz
do Iguaçu with 189 rooms and event room for 600
people was opened last year.
Confira as bandeiras Learn the types of hotels
Slaviero
Conceptual
Arquitetura
focada em contexto
cultural ou étnico,
com ambientes
e serviços
diferenciados.
Focus on cultural
and ethnic context,
with special rooms
and services.
Slaviero
Suites
Amplas e confortáveis suítes,
completa infra­estrutura,
exclusivo serviço de
mordomias que disponibilizam
ao hóspede auxílio em suas
tarefas diárias.
Big and comfortable rooms,
infrastructure, exclusive
service to help the guests
do their daily tasks.
Slaviero
Executive
Serviços
voltados ao
executivo, com
funcionalidade
e estrutura
moderna.
Service for
businessmen,
modern structure
and functions.
Slaviero
Slim
Hotelaria
econômica com
auto-atendimento,
que reduz custos e
garante agilidade
dos serviços.
Economic hotel
with self­‑service to
reduce expenses and a
fast service.
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
67
Bons Negócios Good Business
Ceasinha chic
e completa infraestrutura. O projeto de requalificação
do novo mercado prevê investimentos de R$ 24 milhões,
que, com a ampliação, passará a ter 125 boxes, 45 lojas e
12 restaurantes. Enquanto a nova Ceasinha não chega,
comerciantes e clientes vão tocando o mercado instalado
provisoriamente na área da antiga Cesta do Povo.
Fashionable Ceasinha market
E
stá prevista para setembro de 2013 a entrega da nova Ceasinha
do Rio Vermelho. Com projeto dos arquitetos baianos André
Sá e Francisco Mota, o equipamento marca uma nova fase na
construção dos mercados populares em Salvador: conforto, higiene
It is supposed to be ready in 2013, September in Rio Vermelho
District. Projected by the architects André Sá and Francisco
Mota, it is the first of many new popular markets in Salvador:
comfortable, clean and with infrastructure. The project to renew
the market will spend R$24 million, and it will be bigger with 125
booths, 45 shops and 12 restaurants. Meanwhile, shopkeepers and
clients are in the previous Cesta do Povo supermarket area.
Salon du Chocolat
A
Pás de vento
A
Aeris Energy será a primeira fabricante de pás eólicas a se
instalar na Bahia. Com investimento de R$ 117 milhões,
a fábrica vai gerar 800 empregos e, na sua capacidade máxima,
produzirá duas mil pás por ano. A unidade será instalada em
Feira de Santana em um terreno de 400 mil metros quadrados.
Wind blade Aeris Energy will be the first wind blade factory in
Bahia. It has spent R$117 million and will have 800 jobs and produce
two thousand blades a year. The unit will be in Feira de Santana in a
400 thousand m² area.
A
Paquetá Esportes inicia pela Bahia a sua expansão na região Nordeste,
com a abertura de uma loja no Shopping Bela Vista. A proposta é implantar até 15 lojas em todo o Nordeste e duas a três unidades no Estado
baiano. O grupo gaúcho já está presente no estado, onde mantém uma fábrica de tênis Ortopé – linha infantil –, Adidas e Oakley. Reconhecida como
The first store in Bahia — Paquetá Esportes company has started its expansion in Bahia
by opening a store in Bela Vista shopping center and will be in other states in Northeast. The
company intends to have up to 15 stores in Northeast and two or three branches in Bahia. The
group from Rio Grande do Sul state is already in Bahia with Ortopé shoes factory – for children -, Adidas and Oakley. Paquetá Corporation is known as the largest sporting goods company in Brazil and will open more than 50 stores throughout Brazil by 2014, before world cup.
Cara
nova
C
nquanto levanta a fábrica em Camaçari, o grupo
Boticário dá início à construção do seu centro de
distribuição. Por razões logísticas, a empresa decidiu
instalar o centro em Feira de Santana, na área de influência do Centro Industrial do Subaé.
om novo layout, o SAC Empresarial da Boca
do Rio será referência no modelo de gestão,
formato e operacionalização em 20 municípios
baianos. Em uma área de 300 metros, o empreendedor tem à disposição todos os serviços necessários à abertura e legalização da empresa. Apenas nos
três primeiros meses do ano, foram abertas 383 empresas por lá.
Boticário group The factory is being built in Camaçari city, and so the distribution center. Because of logistic, the company has decided the center should be in Feira de
Santana, in Subaé Industrial Center.
New layout — SAC in Boca do Rio district has new layout and will be an
ideal model in management, shape and operation for 20 cities in Bahia. The area
is 300 meters where the businessmen can organize their companies’ documents.
383 companies were organized there in the first three months of the year.
E
68
Salon du Chocolat Bahia has been chosen to hold the “Salon du
Chocolat” and it is the first time in Latin America. The world’s largest
chocolate event started in France 17 years ago and happened here in July
with all chocolates known in Brazil and abroad and also it was a chance
to show and sell new chocolates. Brazil is the fourth largest consumer of
chocolates and the fifth largest producer of cocoa.
a maior rede de varejo de artigos esportivos do Sul do país, a Paquetá Esportes faz parte da Corporação Paquetá e tem a meta de inaugurar mais 50 lojas
em diversas regiões do Brasil até 2014, antes da Copa do Mundo.
Primeira
loja na Bahia
Grupo
Boticário
Bahia foi o local escolhido para receber o Salon du Chocolat, que aconteceu pela primeira vez na América Latina. O
maior evento mundial dedicado ao segmento teve origem na França há 17 anos. Além das marcas conhecidas no Brasil e no exterior,
o Salon du Chocolat, que aconteceu no mês de julho, foi um espaço
para divulgar e comercializar marcas em fase de expansão. O Brasil
é 4º país consumidor de chocolate e 5º país produtor de cacau.
Bahia oportunidades — terra de bons negócios
de Alagoinhas. A cervejaria baiana terá capacidade de produzir
600 milhões de litros por ano e será responsável pela distribuição
dos produtos do grupo para todo Nordeste. Quando a unidade de
produção e o centro de distribuição estiverem operando em plena
capacidade, a estimativa de faturamento anual da cervejaria é da
ordem de R$ 3,7 bilhões.
Itaipava investe na Bahia
R
esponsável pela produção das cervejas Itaipava e Crystal, o
grupo Petrópolis vai investir R$ 1 bilhão na implantação de
uma fábrica na Bahia. A empresa, que só atuava na região Sudeste, começa a operar no Estado em maio de 2013, no município
Itaipava company invests in Bahia
Petropolis group, responsible for producing Itaipava and Crystal beers,
will spend R$1 billion to have a factory in Bahia. The company that
used to be in Southeast Brazil only will start working in Bahia in May,
2013 in Alagoinhas city. The factory in Bahia will be able to produce
600 million liters a year and will distribute the products throughout the
Northeast Brazil. The factory and the distribution center are expected to
sell around R$3,7 billion.
Fábrica
de torres
na Bahia
A
Torrebras – do grupo espanhol Windar – será mais uma
empresa europeia a se instalar na Bahia. Pegando o caminho do crescente mercado eólico, a empresa pretende instalar
uma fábrica de torres para a produção da energia dos ventos.
A fábrica terá endereço em Camaçari e deve começar a produzir ainda no final deste ano. Serão investidos R$ 25 milhões na
construção da unidade, que terá capacidade para produzir 220
torres/ano.
Towers factory in Bahia Torrebras – Windar Spanish
group – will be another European company in Bahia. Following the
wind market, the company intends to have a towers factory to produce wind energy. The factory will be in Camaçari and may start
producing later this year. The unit will spend R$25 million to be constructed and will produce 220 towers per year.
Nova
logomarca
O
Centro Gemológico da Bahia está com nova logomarca.
O conceito foi construído em cima da ideia de
lapidar uma imagem que transmitisse a essência do bom
aproveitamento das gemas.
New logo
The gemological center in Bahia has a new logo. It was made to
show how important the proper use of gems is.
Salvador ganha seu
oitavo grande shopping
C
Made
in Bahia
om investimento inicial de R$ 175 milhões, 50 mil metros
quadrados e 196 lojas, o shopping Bela Vista abriu suas portas ao público. Com a geração de quase cinco mil empregos, entre
diretos e indiretos, nas fases de construção, operação e futura ampliação, o empreendimento surgiu com a proposta de ser o primeiro grande centro de compras integrado ao maior complexo imobiliário da capital baiana. Duas novas etapas de ampliação estão
previstas e irão totalizar 74 mil metros quadrados.
om design desenvolvido em Camaçari, na
Bahia, a Ford lançou o novo EcoSport, carro
mundial da marca. O utilitário esportivo brasileiro
será vendido em mais de 100 países e chegará ao
mercado nos próximos meses. Com sotaque baiano,
o EcoSport também será fabricado na Tailândia,
Índia e China.
Salvador city has its eighth large shopping center — With an ini-
Made in Bahia — Ford has launched the new EcoSport
tial investment of R$ 175 million, Bela Vista shopping center is 50,000
m², and has 196 stores. There have been almost five thousand jobs to
build, work and expand it. The project appears to be the first big shopping
center in a realty building complex in Bahia, and it will be 74,000 m².
model designed in Camaçari, the worldwide car. The
Brazilian car will be sold in over 100 countries and will go
on sale in the coming months. The EcoSport from Bahia will
be produced also in Thailand, India and China.
C
Bahia oportunidades — terra de bons negócios
69
investir na bahia investing in bahia
Schin aposta na capacitação e
no potencial da Bahia para crescer
70
Bahia oportunidades - terra de bons negócios
© divulgação
A
Schincariol começou em
1939 como uma empresa
familiar com um único pro‑
duto, consolidou­‑se no
mercado e transformou­‑se em uma
grande empresa com amplo portfólio
de bebidas. Hoje, subsidiária da Kirin
Holdings, é a segunda maior cervejaria
do Brasil, está entre as 15 maiores do
mundo e possui um dos maiores par‑
ques de produção da América do Sul.
Possui 13 unidades fabris e 11 cen‑
tros de distribuição em 11 estados
brasileiros, com capacidade produtiva
em torno de cinco bilhões de litros
por ano, entre cervejas, chopes, refri‑
gerantes, sucos e águas, atendendo a
variados perfis de consumo.
O mercado de trabalho brasileiro
vive um momento especial pela riqueza
de oportunidades e pela escassez de
mão de obra qualificada, influenciada
pelos altos investimentos, em especial
na região Nordeste. Assim, o desenvol‑
vimento e aprimoramento dos funcio‑
nários sempre foi um direcionamento
estratégico da Schincariol: a empresa
investe em práticas pioneiras e inovado‑
ras para proporcionar conhecimento.
São diversas metodologias, como
e­‑learning, games e exercícios viven‑
ciais. Todas as ações são realizadas
pela Academia Schin, com atuação
em todo o Brasil e o objetivo de pro‑
mover o desenvolvimento de funcio‑
nários e parceiros Schincariol.
O Portal da Academia Schin, Siste‑
ma de Gestão de Aprendizagem (LMS),
foi implementado para proporcionar
um ambiente de aprendizado diferen‑
ciado com diversas soluções instrucio‑
nais e informacionais para o desenvolvi‑
mento de competências. Outra iniciativa
é a Oficina Escola, incentivada pela Me‑
todologia TPM (Total Performance Ma‑
nagement), que foca na capacitação
dos funcionários da área fabril, transpor‑
tando a sala de aula para um ambiente
no qual o conhecimento é praticado
com ferramentas e equipamentos.
Américo Garbuio Junior *
A unidade fabril de Alagoinhas,
detentora da maior capacidade de
produção da Schincariol, é um grande
exemplo para reforçar o quanto é im‑
portante investir na capacitação de
pessoas. Inaugurada em 1997, a uni‑
dade tem atendido com sucesso às
demandas do mercado, subsidiada
pela evolução de seus volumes de
produção e pelo desenvolvimento
dos mais de 850 funcionários.
Outro destaque na Bahia são os
dois centros de distribuição em Salva‑
dor, inaugurados em 2002, responsá‑
veis pela venda e entrega dos produ‑
tos Schincariol em toda a região
metropolitana, contando com mais
de 700 funcionários.
A unidade fabril de Alagoinhas e os
dois centros de distribuição de Salvador
contabilizaram, em 2011, mais de 110
mil horas de treinamento e capacitação.
O ano de 2012 promete resultados ain‑
da maiores do que o ano passado.
A Schincariol sempre acreditou
no potencial desta região e espera
continuar contribuindo para o cresci‑
mento e desenvolvimento das áreas
de sua atuação.
Schin believes Bahia has the
capacity and potential to make
the company be successful
S
chincariol started in 1939 as fam‑
ily business with a single owner
and is strong in the market and now
is a great company in beverages busi‑
ness. It is Kirin Holdings’ subsidiary and
the second largest beer company in
Brazil, among the largest 15 in the world
and has one of the biggest production
places in South America.
It has 13 plants and 11 distribution
centers in 11 Brazilian states to produce
around 5 billion liters per year of beer,
soft drink, juice and water for serving
many types of costumers.
Brazil has many jobs and has not
enough skilled labor because of all proj‑
ects mainly in Northeast. Thus, Schincari‑
ol has always made the workers skilled:
the company has spent in e-learning,
games and experiential exercise. Schin
academy does it in Brazil to promote
and develop employees and partners.
Schin academy portal, Learning
Managing System (LMS) was created
for teaching and has institutional and
informational solutions to develop com‑
petency. There is also the School Work‑
shop helped by TPM (Total Performance
Management) which focus on teaching
the employees in the plants, so the class‑
room is in a place to practice with tools
and equipment.
The plant in Alagoinhas city, the larg‑
est one, is an example to show how im‑
portant is to teach people. It was opened
in 1997 and has successfully met the
market demand, assisted by great pro‑
duction and its 850 skilled employees.
The distribution centers in Salvador
are also very important, opened in 2002
they are responsible for selling and deliv‑
ering Schincariol products in Metropoli‑
tan area and has over 700 employees.
The unit plant in Alagoinhas city and
the two distribution centers in Salvador
spent over 110 thousand hours in train‑
ing and teaching in 2011. This year will
be even more successful than last year.
Schincariol has always believed that
is a great area and helps to develop it.
*Américo Garbuio Junior é diretor de desenvolvimento
humano e organizacional da Schincariol.
Americo Garbuio Junior is the director of Human
and Organizational Development in Schincariol.