Presidente Dilma Rousseff lança pedra fundamental de um dos
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Presidente Dilma Rousseff lança pedra fundamental de um dos
agosto / setembro 2012 june/july 2012 informativo da secretaria da indústria, comércio e mineração do governo da bahia De vento em popa Bahia ganha maior complexo eólico da América Latina, com investimentos de R$ 1,2 bilhão. By leaps and bounds Bahia has Latin America’s largest wind farm, it spends R$1,2 billion Presidente Dilma Rousseff lança pedra fundamental de um dos maiores investimentos estruturantes do Estado nos últimos 30 anos, orçado em R$ 2 bilhões Bahia takes off due to the shipyard President Dilma Rousseff has opened one of the largest projects in Bahia in the last 30 years, it is R$2 billion apresentacão PRESENTATION apresentação Bahia no mapa da indústria naval O Estaleiro Enseada do Paraguaçu já está mu‑ dando a vida da população do Recôncavo dois anos antes de ter a construção finali‑ zada. Maior investimento da iniciativa priva‑ da na Bahia, com aporte de R$ 2 bilhões das empresas Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki, o EEP reposiciona o Estado no mapa da indústria naval brasileira. Conheça a história de gente que já se beneficia, com trabalho e ren‑ da, da construção da megaestrutura que fará a economia da região dar um salto gigantesco rumo ao futuro. O Centro Industrial de Aratu também respira novos ares. O governo baiano liderou o processo de revitali‑ zação do CIA, mais antigo complexo do gênero no País, que hoje conta com 144 empresas e gera mais de 14 mil empregos. O novo CIA atrai gigantes, como a construtora pernambucana Moura Dubeux, que está investindo R$ 1,3 bilhão na implantação de um condo‑ mínio logístico e industrial na região. Investimentos com retorno garantido não faltam por aqui. Que o diga o empresário austríaco Gerhard Marschallinger, dono da G‑Light, baianíssima fábrica de produtos de iluminação, única do gênero no Nordeste. A empresa vai produzir este ano 3,8 milhões de artigos, incremento de 35% em relação a 2011. Conheça ainda outra raridade da boa terra — o granito azul, a “menina dos olhos” do sofisticado mercado italiano. E por falar em luxo, Salvador está na rota de investi‑ mentos da Slaviero Hotéis, rede paranaense presente em dez cidades de cinco estados brasileiros, de olho no turismo de negócios, cada vez mais aquecido por aqui. Com a Bahia navegando com firmeza, o futuro de desenvolvimento e geração de renda é logo ali. Aproveite a leitura! governador do estado state governor Informativo da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Governo da Bahia Newsletter by the Secretariat of Industry, Commerce and Mining of the Government of Bahia Centro Administrativo da Bahia — CAB IV Avenida, 415 — Salvador — Bahia — Brasil CEP: 41.745‑002 — Tels.: (71) 3115‑7816/3115‑7836 E‑mail: [email protected] Agosto/Setembro 2012 www.sicm.ba.gov.br Jaques Wagner vice‑governador vice‑governor Otto Alencar secretário da indústria, comércio e mineração secretary of industry, commerce and mining James Correia secretário da indústria naval e portuária secretary, naval and port industry Carlos Costa Bahia has shipyard or Bahia be a part of marine industry E nseada do Paraguaçu shipyard has already been a change for people in the area two years before open‑ ing. The greatest private project in Bahia, with R$2 billion from Odebrecht, OAS, UTC and Kawasaki companies, EEP places Bahia in Brazilian marine industry. Learn about peo‑ ple with job and income, the mega structure construction which will increase local economy. CIA is renewing too. Bahia’s government has revitalized CIA, the oldest complex in Brazil that now has 144 compa‑ nies and over 14 thousand jobs. The new CIA attracts giants like Moura Dubeux with R$1,3 billion to have Industrial and Logistic Group in the region. There is investment with guaranteed profit. The busi‑ nessman Gerhard Marschallinger knows that, the G-Light owner, a lighting products factory in Bahia, the only one in Northeast. The company will produce this year 3,8 million in goods, 35% higher than in 2011. Also learn about another rarity in Bahia — Blue Granite, the favorite in Italy. And speaking of luxury, Salvador is a project for Slaviero Hotels, a company from Parana state that is in ten cities in five Brazilian states, and its focus is business tourism, in‑ creasingly high here. Bahia is looking forward to develop‑ ing and having income. Enjoy reading! superintendente de desenvolvimento econômico superintendent of economic development Paulo Guimarães secretário de comunicação social secretary of social communication Robinson Almeida coordenação‑geral general coordination Nestor Mendes Jr. coordenação editorial superintendente de indústria e mineração editorial coordination Albert Hartmann 1576 DRT‑BA superintendent, industry and mining Ana Paula Ramos superintendente de comércio e serviços projeto gráfico Adhvan Furtado Alan Maia superintendent, commerce and services graphic design diagramação design Kauan Sales redação reporters Fabiane Pita Luiz Souza Nelson Rios Paloma Jacobina Pedro Carvalho Perla Ribeiro fotografia photography Adenilson Nunes Alberto Coutinho Carol Garcia Elói Correa Manu Dias Mateus Pereira Rafael Martins Valter Pontes/Coperphoto Secom ilustração illustration Henrique Athayde revisão proofreading Cristiane Sampaio tradução translation Alanete Oliveira Fioravante pré‑impressão e impressão pre‑printing and printing Gráfica Grasb tiragem print run 10.000 exemplares / 10,000 copies CONTENTS sumário 42 Cone Aratu na área Construtora pernambucana investe R$ 1,3 bilhão na primeira plataforma de infraestrutura modal do Estado. Cone Aratu Construction company from Pernambuco state spends R$1,3 billion in the first modal infrastructure platform in Bahia 46 a todo gás Mal inaugurou a primeira fábrica na Bahia, em Feira de San‑ tana, a PepsiCo já planeja a ampliação. Full speed Pepsico has just opened its first factory in Feira de Santana city and is already thinking of expanding 52 jac acelera Desembarque de lote de mil veículos marca início das op‑ erações da montadora no Estado. JAC one thousand cars was unshipped to start the company operations in Bahia 6 20 Recôncavo renovado 57 Construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu muda realidade da população local. Renewed region Enseada do Paraguaçu shipyard changes the local people’s lives Bons ventos à vista Good news ahead Luz baiana G‑Light, única empresa do gênero no Nordeste, amplia produção para 3,8 milhões de artigos. Light in Bahia G-Light is the only one in Northeast and increased production for 3,8 million goods 27 a joia da bahia 61 Estado é o único do Brasil a produzir granito azul, uma raridade no mundo inteiro. Bahia’s treasure Bahia is the only place to have Blue Granite, a rarity in the whole world 34 cia de cara nova Centro Industrial de Aratu ganha fôlego e consolida investimentos e empregos. CIA is new and consolidates projects and jobs um luxo só Rede Slaviero anuncia construção de novo hotel em Salvador, de olho no turismo de negócios. Luxury Slaviero hotels will have a new hotel in Salvador for business tourism 68 bons negócios 70 investir na bahia Good Business Investing in Bahia Bahia oportunidades - terra de bons negócios 5 infraestrutura infrastructure Navegando para o futuro Chegada do Estaleiro Enseada do Paraguaçu traz novo fôlego para o Recôncavo, que já tem tradição na indústria naval há mais de 30 anos Enseada do Paraguaçu Shipyard has been a success for a part of the state that already has been a traditional place of marine industries for over thirty years por/by Paloma Jacobina e Nelson Rios Fotos/Photos Valter Pontes 6 Bahia oportunidades - terra de bons negócios A presidente Dilma Rousseff lançou na manhã do dia 13 de julho a pedra fun‑ damental do Estaleiro En‑ seada do Paraguaçu, localizado na Baía do Iguape, distrito de São Ro‑ que do Paraguaçu, em Maragogipe, a 140 km de Salvador. Durante a ce‑ rimônia, a presidente quebrou um barril de saquê – ritual japonês que significa o “início das atividades” – em deferência à Kawasaki, a mais nova participante do consórcio que construirá a obra. Com o estaleiro, a Bahia passa a fazer parte do seleto grupo dos maio‑ res construtores navais do País, junta‑ mente com o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco. Em segui‑ da, a presidente participou da cerimô‑ nia de lançamento da plataforma P‑59, da Petrobras, na mesma região. Toward the future Brazilian president Dilma Rousseff opened on the morning of July,13 the Enseada do Paraguaçu shipyard, in Iguape bay, São Roque do Paraguaçu district, Maragogipe city that is 140 km from Salvador city. During ceremony the president broke a sake barrel – Japanese ritual which means “activities beginning “ – in deference to Kawasaki, the newest partner of the group that will build it. Having this shipyard, Bahia will be a one of the largest shipbuilders in Brazil, together with Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro and Pernambuco. Then, the president was in a ceremony to launch Petrobras’s P-59 platform in the region. Bahia oportunidades - terra de bons negócios 7 infraestrutura infrastructure população de maragojipe vê no estaleiro a oportunidade de achar emprego perto de casa Maragojipe people see shipyard as opportunity to have jobs near home O Enseada do Paraguaçu está previsto iniciar a produção em 2014, tornando‑se o segundo maior do Brasil, podendo processar 36 mil toneladas/ano de aço, contra as 160 mil toneladas/ano do Estaleiro Atlântico Sul, em Suape (PE). Tocado pelo consórcio formado pelas empresas baianas Odebrecht e OAS, pela carioca UTC e pela japonesa Kawasaki, o estaleiro estará apto a fabricar navios‑sonda, sondas semissubmersíveis, platafor‑ mas de produção de petróleo, embarcações milita‑ res, navios graneleiros e navios porta‑contêineres até 3.500 TEUs (o equivalente a um contêiner de 20 pés). Com investimentos de R$ 2 bilhões, o empreendi‑ mento ocupará uma área de cerca de 1,6 milhão de metros quadrados, dos quais 400 mil serão destina‑ dos à preservação ambiental, e já inclui em sua cartei‑ ra de contratos clientes como Petrobras e Sete Brasil. A estimativa é de que a implantação do estaleiro gere cerca de 3 mil empregos diretos na região duran‑ te a construção e 5 mil permanentes quando a obra estiver pronta. “O estaleiro e a plataforma da Petrobras são exemplos do que o Brasil é capaz no setor naval. Podemos construir equipamentos de ponta, com qua‑ lidade internacional”, disse a presidente. Ela lembrou que até a década de 1980 o País chegou a ser a segun‑ da indústria naval do mundo, mas que, depois, o setor entrou em decadência. “Estamos retomando isso. O espírito empreendedor do seu povo vai torná‑lo uma das maiores nações do século XXI, afirmou Dilma. 8 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Enseada do Paraguaçu is to start producing in 2014 and will be the second largest in Brazil with ca‑ pacity to process 36 thousand tons per year of steel, whereas Atlântico Sul shipyard in Suape city (Pernam‑ buco state) processes 160 thousand a year. The shipyard controlled by Odebrecht, OAS (both from Bahia), UTC (from Rio de Janeiro) and Kawasaki (from Japan) companies will be able to make drillship, semi-submersible drill, oil production platform, mili‑ tary vessels, bulk carriers and 20 foot container ships. The project spends R$2 billion in a 1,6 million m² area, where 400 thousand will be to environmental preservation and already has Petrobras and Sete Bra‑ sil companies as clients. The shipyard construction site will have 3 thousand jobs during construction and 5 thousand jobs when it is ready. “The shipyard and Petrobras’ platform are to prove that Brazil is efficient in the naval sector. We can make modern and international quality equip‑ ment”, the president said. She recalled that until the 80’s Brazil was the world’s second marine industry, but, then, the sector declined. “We are retaking it. The will power of the people will make the country one of the most important nations in the twenty-first century”, Dilma affirms. The Bahia’s governor, Jaques Wagner, was very proud and said that the shipyard is a big step to de‑ velop Bahia, and it means the marine industry is back. “It is the greatest project in this sector from private © manu dias/secom Orgulhoso, o governador Jaques Wagner afir‑ mou que a chegada do estaleiro é um grande pas‑ so para o desenvolvimento da Bahia, marcando a retomada da indústria naval. “Este é o maior inves‑ timento da iniciativa privada no segmento em nos‑ so Estado. O estaleiro do Paraguaçu será um dos maiores e mais qualificados do País”, festejou o governador. Para o secretário da Indústria, Comércio e Minera‑ ção, James Correia, a Bahia dá mais um grande passo para o desenvolvimento da sua indústria naval. “O canteiro da Petrobras, em São Roque do Paraguaçu, foi muito importante nos anos de 1970. Agora, com o estaleiro, novas oportunidades serão criadas para a população do Recôncavo. Ou seja, mais empregos, mais saúde, saneamento, novas estradas, educação básica e profissionalizante”, enumera. Para o diretor da Odebrecht Engenharia Indus‑ trial, Fernando Barbosa, o investimento desse porte no setor é um caminho natural na medida em que o País cresce. Segundo ele, a Bahia está numa posição privilegiada para atender as novas demandas. “O Es‑ tado tem mão de obra qualificada, resultado da im‑ plantação do Polo Petroquímico e outros segmentos industriais. Além disso, tem uma rica história naval, tendo sido o berço do processo de construção de plataformas no País”. Governador wagner e presidente Dilma na solenidade de lançamento do estaleiro Governor Wagner and president Dilma at the ceremony to launch the shipyard companies in Bahia. Paraguaçu shipyard will be one of the best in Brazil”, the governor said. James Correia, (Mining, Commerce and Industry’s secretary) thinks Bahia is developing marine industry. “Petrobras site in São Roque do Paraguaçu district was very important in 70’s. The shipyard now brings new opportunities to people in the region. It means more job, healthcare, roads, sanitation, basic educa‑ tion and college”, he says. obra está em fase inicial, com serviços de supressão da vegetação, resgate da fauna e flora, além dos trabalhos de terraplEnagem Construction is finishing, with suppression of vegetation, fauna and flora rescue and earthworks Bahia oportunidades - terra de bons negócios 9 infraestrutura infrastructure Maior aporte privado realizado na Bahia nos últimos dez anos, o EEP terá capacidade para fabricação de diferentes tipos de embarcaçÃO, como plataformas, navios especializados e unidades de perfuração EEP has been the greatest private project in Bahia in the last ten years, will make many types of ships, like platforms, specialized vessels and oil drilling units “O empreendimento vai prover soluções na edifi‑ cação e integração de unidades offshore, construin‑ do sondas de perfuração e embarcações militares, plataformas fixas e flutuantes, além de navios espe‑ cializados”, explica o secretário da Indústria, Naval e Portuária, Carlos Costa. Com a implantação do estaleiro, a Bahia se trans‑ formará no maior parque de construção naval do Nordeste, formado também pelo canteiro da Petro‑ bras, que já existe em São Roque, onde foi construída a plataforma P‑59 e está em construção ‑ com previ‑ são de entrega para agosto deste ano ‑ a P‑60, e pelo futuro canteiro de módulos de Aratu, destinado à montagem de equipamentos para as plataformas, em uma área de 100 mil metros quadrados. COMUNIDADE GANHA Lá se vão dois anos desde que o lixador Fábio Antô‑ nio, 29 anos, foi obrigado a sair de Maragojipe para pro‑ curar trabalho em outra cidade. Para trás, deixou a mulher, a cozinheira Geslane Alves dos Santos, 29, e um filho de pouco menos de 1 ano. Trabalhando como pe‑ dreiro em Salvador, ele ganha cerca de R$ 900 por mês. Com este dinheiro, paga aluguel, comida e despesas com transporte e manda para casa o pouco que sobra. “É muito difícil viver longe de casa e ver que o pouco que estou ganhando mal dá para pagar minhas despe‑ sas. Mas, enquanto não encontro uma oportunidade de emprego por aqui, vamos aguentando”, afirma, en‑ quanto circula pela cidade, aos finais de semana, com o currículo embaixo do braço em busca de outro trabalho. Apesar de ainda não ter encontrado oficialmente o tão sonhado emprego perto de casa, o lixador está 10 Bahia oportunidades - terra de bons negócios cada vez mais confiante. “Com a chegada desse esta‑ leiro e das empresas que funcionarão em volta dele, tenho certeza de que vou conseguir uma vaga aqui em Maragojipe. Já deixei meu currículo em várias delas e estou apenas esperando ser chamado para voltar”, re‑ sume o trabalhador, que, assim como boa parte dos 43 mil moradores da pequena cidade do Recôncavo baia‑ no vê no projeto de construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu uma oportunidade de conseguir um bom emprego perto de casa. Além de Maragojipe, as cidades de Salinas da Margarida e Saubara também sofrerão influência direta do empreendimento. Cento e setenta operários já trabalham na constru‑ ção do EEP, que começa a trazer reflexos para a eco‑ nomia local. A região já tem tradição de construção naval há mais de 30 anos, quando a Petrobras instalou o primeiro canteiro para a construção de plataformas de petróleo. Desde então, muitas famílias passaram a usufruir dos benefícios de ter uma indústria perto de casa. Alguns, como o agora lixador Fábio Antônio, ti‑ veram ali a oportunidade de se qualificar: “Eu comecei como ajudante e lá mesmo eles ofereceram os cursos. Entrei ajudante com salário mínimo e saí como lixador, ganhando mais de R$ 1 mil”. Outros, como o jovem Felipe Moraes de Jesus, 20 anos, tiveram a chance de conquistar o primeiro emprego. O estaleiro representa, para a Bahia, o ressurgimen‑ to da indústria naval/offshore, o incremento e fertiliza‑ ção de indústrias locais de serviços, bens de capital e de consumo, atração de novas tecnologias e compe‑ a lavanderia industrial local poderá ser ampliada para atender A toda a demanda The local industrial laundry may increase to meet demand o comerciante jailson bonfim já se prepara para o incremento no seu negócio The shopkeeper Jailson Bonfim is ready to improve his business According to Fernando Barbosa, (Odebrecht in‑ dustrial Engineering’s director) a project this big is a natural direction as the country grows. He thinks Ba‑ hia is an ideal place to meet new demands. “Bahia has skilled labor, due the petrochemical complex. Be‑ sides, it has a background in this sector, as it was the first to make platforms in Brazil”. “The project will solve problems to integrate and build offshore units, by making rigs and military ves‑ sels, fixed and floating platforms, and also specialized vessels”, Carlos Costa explains (Port and Marine In‑ dustry’s secretary). With the shipyard, Bahia will be the largest place in shipbuilding in Northeast as it has also Petrobras’ site in São Roque city, where there is the P-59 platform and the P-60 to be ready in August, 2012, and there will be a site in Aratu district to make equipment for platforms, in a 100 thousand m² area. The community gains The sander Fábio Antonio, 29 years old, was forced to leave Maragojipe city two years ago to seek job in another city. He left his wife, the cook Geslane Alves dos Santos, 29 years old, and a one-year-old son. His salary is R$900 a month as a builder in Salvador city. He pays his personal expenses like rent, food and bus ticket and he sends home the little money left. “Living away from Bahia oportunidades - terra de bons negócios 11 infraestrutura infrastructure tências especiais e a caracterização da Bahia como um novo polo de construção naval e offshore. No acordo assinado com o consórcio, o governo do Estado apoia o empreendimento com obras de infraestrutura rodo‑ viária, além de auxílio na obtenção do financiamento. “O EEP tem protocolo com o governo do Estado da Bahia, por meio do qual este último oferece apoio institucional ao estaleiro, como a sua inclusão no Pro‑ grama Estadual de Incentivos à Indústria da Constru‑ ção Naval (Pronaval)”, detalha o presidente do EEP, Fernando Barbosa. Segundo ele, é importante ressal‑ tar que, ainda como parte dos esforços para resgatar a indústria naval no País, o governo federal criou, em 2009, a Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Portuária (Seinp), que centraliza as ações do Estado voltadas à viabilização de empreendimentos na área. Um processo que, segundo o secretário da Indús‑ tria Naval, Carlos Costa, resulta na realização de um projeto sólido e benéfico para todas as partes. “An‑ tes de começar a operar, o estaleiro já recebeu a en‑ comenda de seis sondas de exploração de petróleo. As unidades fazem parte de um contrato com a Sete Brasil, empresa fornecedora da Petrobras, com esti‑ mativa de faturamento anual de R$ 600 milhões”. Para atender a esse tipo de demanda, o novo esta‑ leiro baiano terá tecnologia de ponta desenvolvida dentro de sua unidade e capacidade de competição junto aos mercados nacional e internacional, segundo informações do presidente do consórcio, Fernando home is very hard and I haven’t enough money to even pay my expenses. However, we have to endure it until I find a better opportunity here”, he says. He keeps pur‑ suing another job in the city during the weekends. Despite he hasn’t found the ideal job near his house yet, the sander is increasingly confident it will happen. “The shipyard and its companies are in Maragopipe city now, so surely I will find a job here. I have already given my resumés to many of them and I am waiting for my chance”, he says. He is like most 43,000 city resi‑ dents, that is less than 300 km from Salvador city, they believe the Enseada do Paraguaçu shipyard project (EEP) is an opportunity to get a good job near home. The shipyard is in Enseada São Roque, a commu‑ nity 20 km from Maragojipe city, that has spent R$2 billion from Odebrecht, OAS, UTC and Kawasaki companies, and it is a dream come true of many fam‑ ilies. EEP is the greatest investment from private com‑ panies in Bahia and of Brazilian marine industries, and it must be ready in 2014, so Bahia will be one of the most important Brazilian states in producing ships and oil drilling platforms, making the economy grow and bringing Bahia back to the Brazilian marine in‑ dustries. Salinas das Margaridas and Saubara cities will also be benefited by the project. One hundred and seventy workers have already worked to build EEP that has started bringing success to local economy. The region has been a traditional place for marine industries for 30 years, as Petrobras “essa é uma graça de Deus que vai beneficiar muitos pais e mães de família desta cidade” geslane alves dos santos, cozinheira, ao lado do marido fábio antônio / cook, with her husband fábio antonio “It is a gift from God to benefit many families in the city” 12 Bahia oportunidades - terra de bons negócios “Mesmo antes de ser implantado, o estaleiro já está transformando a cidade” “Desde que chegamos, em 2005, este é o melhor momento para a região” silvio (ataliba) santos, prefeito de maragogipe / maragojipe mayor raimunda santos, gerente da lavanderia / laundry management “Even before working, the shipyardis already changing the city” “Since we arrived here in 2005, it is the best moment for the region” Barbosa. “A parceria com a KHI prevê a transferência tecnológica para o desenvolvimento da indústria naval brasileira e a capacitação de mãodeobra local com o mais alto nível de excelência. Assim, o empreendimento terá condição de oferecer em tempo hábil equipa‑ mentos de ponta para todos os mercados”. had its first construction site for oil platforms. Since then, many families started to have jobs near home. Some of them, like the sander Fábio Antonio, had the chance of qualification. “I started as an assistant, but the company offered some courses and so my first salary was minimum wage, and I left as R$1 thousand salary sander”. Others, like Felipe Moraes de Jesus, 20 years old, had the chance of his first job. The shipyard means in Bahia the marine industries/ offshore back, the success for local industries and ser‑ vices, capital and consumer goods, new technology and special competence and Bahia as a new place of marine construction and offshore. The Bahia government has signed a contract that supports the project by making road infrastructure and assistance to have bank loan. “Bahia government has agreed with EEP on institu‑ tional support, like including in the Bahia Program to Motivate Marine Industry (Pronaval)”, says the EEP’s president, Fernando Barbosa. According to him, it is important to say that the Brazilian government, aiming to renew the marine industry in the country, created in 2009 the Port and Marine Industry Department (Seinp) that makes viable all projects in the area. According to Marine Industry Secretary, Carlos Costa, this is a process that makes the project true Incentivo à indústria e ao trabalho A foz do Rio Paraguaçu, na Baía de Todos‑os‑Santos, é considerada um dos melhores lugares do País para a implantação de estaleiros. Com águas profundas e abri‑ gadas, foi lá que se iniciou a fabricação de navios no Brasil. Os mais antigos da região afirmam que, por mui‑ tos anos, o local prosperou na área, principalmente na década de 1970, quando a Petrobras levou o primeiro canteiro para o município de Maragojipe. Os tempos áureos passaram e, com ele, muitos tra‑ balhadores ficaram desempregados. O início da reto‑ mada aconteceu em 2010, com a reabertura do Estaleiro São Roque do Paraguaçu, que já finaliza a construção de duas plataformas para a Petrobras. Na região, é possível encontrar águas profundas muito perto da costa. Mesmo com dimensões e capacidade menores que as do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, o São Bahia oportunidades - terra de bons negócios 13 infraestrutura infrastructure “estamos confiantes em que este é um momento de ressurgimento para todos nós” joão cerqueira da costa, soldador / welder “We believe now is the moment for everyone” Roque já mexe com a vida dos moradores e com o comércio de cidades como Maragojipe e Nazaré das Farinhas. São cerca de três mil pessoas trabalhando, e o efeito disso é percebido pelo comércio local. Em Maragojipe, de onde partem alguns ônibus com operários todos os dias para o estaleiro, já é possível encontrar comerciantes que confirmam a melhoria das vendas. “Já temos mais pessoas do município empregadas, e isso reflete diretamente aqui no restaurante, onde já começamos a notar um crescimento no movimento”, afirma a cozinheira Geslane Alves dos Santos, citada no início desta re‑ portagem e que vê no estaleiro a possibilidade de estabilização econômica da família. “Essa é uma graça de Deus que vai beneficiar muitos pais e mães de família desta cidade”,. No distrito de São Roque, o progresso levado pela indústria naval há cerca de três décadas também toma um novo fôlego. É o caso da gerente da lavan‑ deria industrial local, que já pensa em ampliação para atender a toda a demanda. “Já estamos pensando em adquirir novas máquinas e também contratar tra‑ balhadores para fazer o trabalho. Desde que chega‑ mos por aqui, no ano de 2005, este parece ser o 14 Bahia oportunidades - terra de bons negócios and profitable for everyone. “Before working, the ship‑ yard has already six rings for oil exploration to make. The units are from a contract with Sete Brasil, a Petrobras sup‑ plier, which has estimated annual sales of R$600 million”. The new shipyard in Bahia to meet the demand will have the latest technology developed in the units and the capacity to compete with local and interna‑ tional markets, according to information from the Group’s president, Fernando Barbosa.“ The partner‑ ship with KHI believes there will be technological transfer to develop the Brazilian marine industry and the most excellent local labor training. Thus, the proj‑ ect can offer on time latest equipment for all markets. Incentive for industry and work Paraguaçu river outfall in Todos os Santos bay is considered one of the best places in Brazil to have ship‑ yards. It has deep and sheltered water and started ves‑ sel production in Brazil. The local old people say that for many years the area was successful, mostly in the 70’s, when Petrobras brought the first site to Maragojipe city. However, this time is gone, and so many workers were unemployed. Everything started again in 2010 by opening São Roque do Paraguaçu shipyard that melhor momento para a região”, acredita a gerente Raimunda Santos, 37 anos, que se mudou de Santo Antônio de Jesus para trabalhar no local. Tendo como base da economia a pecuária, agri‑ cultura, pesca e indústria naval, Maragojipe ainda não possui uma renda per capita que reflita tantos investimentos (cerca de R$ 82 por habitante). Por isso mesmo, o município de 162 anos já discute as questões que envolvem a chegada do estaleiro com a comunidade desde 2008. Audiências públicas reuni‑ ram prefeitos e representantes da comunidade local e regional para garantir que todos estariam juntos nesse processo. O que, para a grande maioria, ge‑ rou boas expectativas. “Claro que surgiram pessoas mais resistentes ao progresso, como alguns poucos ambientalistas e pessoas menos esclarecidas. Mas, para este segundo público, existiram as audiências públicas, que ajuda‑ ram a esclarecer os pontos mais duvidosos”, afirma o prefeito maragojipano, Silvio (Ataliba) Santos. has already finished two platforms for Petrobras. “This region has deep water near coast. Despite having dimensions and capacity smaller than Enseada do Paraguaçu shipyard, São Roque shipyard has moved the residents’ lives and the mar‑ ket of Maragojipe and Nazaré das Farinhas cities. Around three thousand people work there and it af‑ fects local businesses. Some workers from Maragojipe city commute by bus every day to the shipyard, so some shopkeepers have already found improvement in sales. “Every‑ thing is getting better. There are more employed people and so more clients in my restaurant”, says the cook Geslane Alves dos Santos, mentioned at the beginning, and who sees the shipyard as a possibility of economic stability for her family. “It is a God gift that will benefit all families in the city”, she says. The marine industry brought progress to São Roque community thirty years ago and now it is also increasing. The manager of the local industrial laun‑ dry is an example as she wants to increase her busi‑ ness to meet the demand. “We think of purchasing new machines and hiring some staff. Now seems to “Chegávamos a passar necessidade, mas vejo as coisas melhorando, porque esse trabalho não vai depender do mar” “já reformamos a casa e também compramos eletrodomésticos mais novos para minha mãe” romana cerqueira costa, pescadora / fisher felipe moraes de jesus, lixador / sander “We had a hard time, but I see things getting better because it doesn’t depend on the sea” “We have rebuild the house and also bought new furniture to my mother” Debates com a comunidade Bahia oportunidades - terra de bons negócios 15 infraestrutura infrastructure Segundo ele, a economia local já sente os primei‑ ros reflexos da chegada do grande projeto à região. “Aquecida e em ampla expansão, com novas possibi‑ lidades de geração de trabalho, emprego e renda. Mesmo antes de ser implantado, o estaleiro já está transformando a cidade”. A geração de postos de trabalho na construção do estaleiro, segundo Ataliba, já está empregando vários maragojipanos. Agora, eles estão focados nas questões estruturais que envolvem o projeto: reforma da estrada Marago‑ jipe-São Félix, construção da estrada Maragojipe-Cruz das Almas, oferta de capacitação específica aos mara‑ gojipanos (cursos de caldeireiro, soldador, serralheiro, pintor e cozinha industrial, operador de máquinas). “Com a execução do projeto físico-territorial-ambien‑ tal do município de Maragojipe (por meio da PUC‑RJ e Ufba), somos o único projeto do gênero na Bahia, e isso nos enche de orgulho”, diz o prefeito. Para quem já trabalha no Estaleiro São Roque do Paraguaçu, o emprego e o crescimento econômico proporcionados pela indústria naval na região trouxe‑ ram um novo fôlego. É o caso da família do lixador Felipe Moraes de Jesus, de 20 anos, que tem dois dos cinco irmãos trabalhando no canteiro de obras do es‑ taleiro. Filho de empregada doméstica, sem pai, Feli‑ pe afirma que o emprego de parte dos membros da família já levou melhorias para todos. “Já reformamos be the best time since we arrived here in 2005”, the manager Raimunda Santos, 37 years old, who comes from Santo Antonio de Jesus city, believes it. Discussion with the community Maragojipe city has agriculture, livestock, fishery and marine industry as basis of the economy and has no per capita income that reflects many investments (about R$82 per person). Wherefore, the 162-years-old city has been taking into account issues on the shipyard since 2008. Mayors and local and regional community spokes‑ men has talked to make sure everyone is together in this process. And it has high expectations for most people. “There have been some people against the prog‑ ress of course, like a few environmentalists and un‑ aware people. But they had meetings to understand the unclear points”, says the Maragojipe mayor Silvio (Ataliba) Santos. According to him the local economy is already in‑ creasing due the project. “The local economy is stron‑ ger and increasing, by creating new jobs and incomes. The shipyard is already changing the city even it isn’t working yet”. The new jobs to construct the shipyard, according to Ataliba, are chances to many people from Maragojipe city. They are now focused on structural project issues: reform the Maragojipe — São Félix cities Road, con‑ a pesca é uma das bases da atividade econômica no município de maragojipe Fishery is one of the main economic activities in Maragojipe 16 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Os cuidados com o meio ambiente e a preservação da histórica região também demonstram a grandiosidade do projeto Caring for environment and the region historic shows how great the project is a casa e também compramos eletrodomésticos mais novos para minha mãe. Agora, estou esperando ser chamado para poder engordar ainda mais a poupança de casa”, afirma o jovem trabalhador, que teve no can‑ teiro da Petrobras o primeiro contato com a indústria naval. “Comecei como ajudante e logo me oferece‑ ram os cursos. Saí com uma profissão que, com a che‑ gada do estaleiro, me dá como certa a conquista de uma vaga de trabalho aqui perto de casa”, conclui. É fácil encontrar histórias de gente beneficiada com a indústria naval. Que o diga a pescadora Roma‑ na Cerqueira Costa, de 70 anos, que viu a vida de sua família ser transformada com a chegada do primeiro canteiro à região, na década de 1970. “Sempre vive‑ mos da pesca e, como é a vida de quem depende do mar, tem os tempos de rede cheia e os de fome tam‑ bém. Eu vivi muito sofrimento com o período em que o marisco estava amargo e ninguém queria comprar. Chegávamos a passar necessidade, mas hoje vejo as coisas melhorando, porque esse trabalho não vai de‑ pender do mar”, ressalta a trabalhadora. Mãe do agente comunitário e soldador João Cer‑ queira da Costa, de 40 anos, dona Romana represen‑ ta muito bem os sonhos e tristezas de quem depende do mar para se alimentar. “Minha mãe viveu esse de‑ clínio da pesca, a chegada do primeiro canteiro da Petrobras e agora o Estaleiro do Paraguaçu. Nós, as‑ sim como as demais famílias da região, estamos struct Maragojipe — Cruz das Almas cities Road, spe‑ cific training of workers (braziers, welders, locksmiths, painters and industrial cook, machine operators). “The physical environmental project in Maragojipe city (by PUC –RJ and UFBA) is the only one in Bahia, and we are very proud of it”, says the mayor. The economic growth provided by marine industry in the region is hope for those who work in São Roque do Paraguaçu shipyard. The sander Felipe Moraes de Je‑ sus, 20 years old, and his family are an example, he has five brothers and two of them are working in the ship‑ yard construction site. His mother is a housekeeper, and he has no father. Felipe says their jobs have already brought good things for the family. “We have rebuilt the house and bought new furniture for my mother. Now I am waiting for another job and saving some money”, says the young worker who had his first contact with ma‑ rine industry in Petrobras construction site. “I started as a labor and soon they offered me the courses. I left there as a professional, and with the shipyard here I will surely get a new job near home”, he says. Many families have been benefited by the marine industry in the region. The fisher Romana Cerqueira Costa, 70 years old, saw her family succeed because of the first region site in 1970. “We always fished here and, as people who depend on fishing, sometimes there is fish, sometimes not. I suffered when the shellfishes were bitter and no one wanted to buy them. We had a Bahia oportunidades - terra de bons negócios 17 infraestrutura infrastructure ações sociais do EEP contemplam manutenção de flora e fauna regionais, criação de viveiros com mais de 40 mil mudas e educação ambiental para as comunidades do entorno EEP’ social actions are maintenance of flora and fauna, yards with over 40,000 trees and environmental education for the surrounding communities confiantes em que este é um momento de ressurgi‑ mento para todos nós e vamos saber aproveitá‑lo, com certeza”, resume João. Mais cinco cidades beneficiadas No EEP, além do salário dos trabalhadores, a contra‑ tação de serviços locais de transporte, alimentação e fornecimento de equipamentos deve beneficiar pelo menos cinco cidades da região, mas a área de influência pode ser considerada muito maior, com até 15 municí‑ pios, segundo informações do governo do Estado. Um bom exemplo disso está na expectativa de que o cresci‑ mento econômico e social, associado à atividade de fa‑ bricação de navios, sondas e plataformas de exploração de petróleo, dobre na região com a chegada do EEP. De acordo com o presidente do EEP, Fernando Bar‑ bosa, para evitar o crescimento desordenado e também possíveis impactos negativos nas áreas ambiental e so‑ cial, uma série de cuidados está sendo tomada em con‑ junto, tanto pelos empresários quanto pelos poderes federal, estadual e municipal. O consórcio responsável pelo empreendimento realizou estudos e licenciamen‑ tos, e, desde 2008, vêm sendo realizados encontros com as comunidades locais para definir ações que per‑ mitam sua inclusão no processo. Os cuidados com o meio ambiente e a preservação da histórica região também demonstram a grandiosi‑ dade do projeto. “Desde a fase de licenciamento am‑ biental, o EEP tem tomado todos os cuidados para mitigar impactos ambientais. Em 2010, foi concluído o licenciamento ambiental do estaleiro, fruto de quase dois anos de trabalho”, resume Fernando Barbosa. Esta etapa, segundo ele, incluiu estudos ambientais, ar‑ queológicos e culturais no Recôncavo. 18 Bahia oportunidades - terra de bons negócios hard time, but nowadays things are getting better since the work doesn’t depend on the sea”, she says. João Cerqueira da Costa, 40 years old, a welder and a community agent and his mother, Mrs Romana, represent the dreams and sorrow of those who de‑ pend on the sea to eat. “My mother saw the fishing collapse, the arrival of the first Petrobras site and now Paraguaçu shipyard. We, as everyone else here, now are confident there will be chances and we will make progress, João says. Five more cities are benefited Salary for workers, hiring local transportation, feeding and equipment supplying must benefit at least five cities through EEP, although the improved area may be much bigger, with up to 15 cities, accord‑ ing to Bahia’s government. EEP is to double the eco‑ nomic and social growth due manufacture of vessels, rings and platforms for oil exploration. According to EEP’s president Fernando Barbosa, the uncontrolled growth and negative impacts on en‑ vironmental and social areas must be avoided, so the businessmen, Brazil, Bahia and Cities governments are taking care of it. The group responsible for the project has analyzed it, and since 2008 there have been meetings with the local communities to decide its inclusion in the process. Taking care of environment and preserving the his‑ toric region show the project is perfect. “EEP has been careful to mitigate environmental impacts since the process of environmental licensing. The shipyard environmental licensing was ready in 2010 after two years working”, Fernando Barbosa says. According to him, that phase has environmental, cultural and ar‑ chaeological studies in the area. pingue-pongue fernando barbosa “Devem ser gerados 5 mil empregos diretos após início da operação” “There must be 5,000 jobs after opening” Enseada do Paraguaçu shipyard’s president, Fernando Barbosa, explained about the project that will be launched soon in Bahia. See the main interview parts in BAHIA OPORTUNIDADES Como esse consórcio foi formado? O EEP foi constituído em 2010 pelas empresas Odebrecht, OAS e UTC Engenharia. Em maio de 2012, foi oficializada a parceria com a ja‑ ponesa Kawasaki Heavy Industries (KHI), que se tornou sócia efetiva do empreendimento, com 30% de participação. O EEP é voltado para a construção e integração de uni‑ dades offshore, como plataformas, navios especializados e unidades de perfuração. Quantos trabalhadores serão con‑ tratados em cada uma das etapas do projeto? A previsão é gerar três mil em‑ pregos diretos durante a construção e cinco mil após o início da opera‑ ção do estaleiro, além de 10 mil in‑ diretos. No pico da obra, cerca de 55% dos profissionais contratados serão prioritariamente da região. Em que etapa a construção se en‑ contra e qual a previsão de início de funcionamento? As obras encontram‑se atual‑ mente na fase de terraplenagem. O estaleiro estará em pleno funciona‑ mento em 2014, mas parte de suas atividades será iniciada já em 2013. A disponibilidade de mão de obra qualificada é um problema nacional. Como vocês esperam resolvê‑lo? O EEP irá priorizar a capacitação e contratação de mãodeobra local. Para isso, estão sendo firmadas par‑ cerias com programas de qualifica‑ ção profissional de suas acionistas, como o Acreditar, da Organização Odebrecht, que já qualificou mais de 50 mil profissionais no País. A expertise do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional © divulgação O presidente do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, Fernando Barbosa, detalhou o projeto que será lançado em breve na Bahia. Confira os principais trechos da entrevista à Bahia Oportunidades. de Petróleo e Gás), da Petrobras, também será aplicada na capacita‑ ção da mãodeobra. Estes e outros projetos possibilitarão formação básica no campo da construção civil até capacitação técnica no âmbito de engenharia naval. Quanto aos insumos necessários para a construção dos navios pro‑ duzidos, de onde eles virão? Entre os insumos mais significati‑ vos estão aço, tubulações, material elétrico e cabos, que virão de diver‑ sos fornecedores, sempre lembran‑ do de atender às demandas de con‑ teúdo local. Qual a capacidade inicial de produ‑ ção e qual a expectativa para daqui a cinco ou 10 anos? Em sua primeira fase, o estaleiro poderá processar 36 mil toneladas de aço por ano, para fabricação de diferentes tipos de embarcação, como sondas de perfuração offsho‑ re e FPSOs. O crescimento do mer‑ cado de construção naval após 2020 ainda precisa ser determinado, mas há uma perspectiva muito positiva, uma vez que 72% da área do pré‑sal ainda está inexplorada. A expecta‑ tiva dos analistas é que o mercado de construção naval local no perí‑ odo 2020‑30 será maior do que o 2010‑20. How has this group been created? EEP was created in 2010 by Odebrecht, OAS and UTC Engineering. In May, 2012 the partnership with Japanese company Kawasaki Heavy Industry (KHI) was made official, and it became a project partner, with 30% of participation. EEP is to construct and integrate offshore units, like platforms, specialized vessels and drilling units. How many workers will be hired in each phase of the project? 3,000 jobs are expected during construction and 5,000 after shipyard opening, and more 10,000 indirect jobs. As a priority, when construction is busy, round 55% of staff will be from the region. How is the construction now and when will it start working? The work is at the stage of excavation. The shipyard will start working in 2014, but a part of it will start in 2013. Skilled labor is a problem in Brazil. How do you expect to solve it? Training and hiring local labor will be priority for EEP. That is why there are some partners for training people like Acreditar, a company of Odebrecht group, which has already trained over 50,000 workers in Brazil. A expertise from Prominp ( Oil and Gas Brazilian Industry Program), of Petrobras, will train labor. Those and other projects will give primary instructions on construction up technical training in marine engineering. Where the needed supplies come from? The more important ones like steel, tubing, electrical equipment and cables will come from many suppliers, always to meet the local demand. What is the initial production capacity and what is expected for 5 or 10 years from now? In the beginning, the shipyard can process 36 thousand tons of steel per year, to make many ships, like offshore drilling rings and FPSOs. Market growth in shipbuilding after 2020 is not clear, however, there is hope since 72% of pre-salt is yet untapped. The analysts expect the local shipbuilding market to be higher in 2020 — 30 than in 2010 — 20. Bahia oportunidades - terra de bons negócios 19 Indústria Industry G‑Light: iluminação nascida e criada na Bahia Única fábrica do gênero do Nordeste, a empresa pretende produzir, este ano, cerca de 3,8 milhões de artigos This kind of factory is the only one in Brazil Northeast and it intends to produce this year around 3,8 million goods por/by Nelson Rios Q uando começou a frequentar as feiras de produtos de iluminação, o empresário austríaco Gerhard Marschallinger, dono da G‑Light, costumava ouvir a frase: “A fábrica é na Bahia, mas onde fica a matriz?”. Pacien‑ te, com um riso no canto da boca e sem nenhum so‑ taque alemão, Gerhard explicava que a fábrica era baiana da gema. E confirmava o endereço da matriz: BR‑324, Feira de Santana. Hoje, passados alguns anos, o tom de dúvida da pergunta dos clientes quase que não é mais ouvido nas feiras, dando lugar ao reconhecimento da marca e da empresa G‑Light como uma das mais ativas no mercado nacional de produtos de iluminação, com escritório até na China. 20 Bahia oportunidades - terra de bons negócios G-Light: illumination created in Bahia he Austrian businessman Gerhard Marschal‑ linger, the G´Light owner, used to go to lighting products fairs and hear: “The factory is in Ba‑ hia and where is the head office?”. Gerard answered very calm and with no German accent that the fac‑ tory head office is in Bahia. And he also confirmed the head office address: 324 Road, Feira de Santana city. Time passed and there is no longer such question, for now G-Light is recognized as one of the most ac‑ tive lighting company in Brazilian market with office in China. G-Light is in 324 Road, Feira de Santana city and it is one of the largest lighting companies in Brazil and its products are everywhere from North to South Brazil. T Localizada nas margens da rodovia BR‑324, em Feira de Santana, a G‑Light é uma das maiores em‑ presas de iluminação do País e seus produtos estão presentes nas prateleiras e gôndolas das melhores casas do ramo, de Norte a Sul do Brasil. Única fábrica do gênero no Nordeste, a empresa pretende produzir, este ano, cerca de 3,8 milhões de artigos, entre lâmpadas fluorescentes compactas, re‑ atores eletrônicos, luminárias de alto rendimento e luminárias decorativas. O crescimento médio é de 35% em relação ao ano passado. No caso das lumi‑ nárias de alto rendimento, este salto será de mais de 100%, passando das 112 mil fabricadas no ano passa‑ do para 240 mil previstas para este ano. “Nossa produção, este ano, só não será maior por falta de espaço. Mercado temos, e muito”, diz Gerhard, comemorando o significativo crescimento nos últimos anos. Tudo isso em um mercado altamen‑ te qualificado e competitivo, onde trafegam gigantes do setor, como a holandesa Philips, a americana GE e a Osram — braço de iluminação do grupo alemão Siemens —, que também fabrica a marca Sylvania. De acordo com José Mercês Neto, diretor‑geral do Centro Industrial do Subaé (CIS), a G‑Light é uma das empresas que mais crescem no local. “Eles iniciaram a produção, em 2006, com uma pequena fábrica de luminárias aletadas (no bairro de Conceição) e hoje “Nossa produção, este ano, só não será maior por falta de espaço. Mercado temos, e muito” gerhard marschallinger, dono da g‑light / g-light owner “Production this year is not increased because of lack of space, as we have many clients” a G‑Light é uma das maiores empresas de iluminação do País e seus produtos estão presentes de norte a sul do brasil G-Light is one of the greatest lighting companies in Brazil and its products are all over the country This kind of factory is the only one in Northeast Brazil, and it intends to produce around 3,8 million goods like compact fluorescent lamp, electronic bal‑ lasts, high performance lamp and decorative lamp. The average growth is 35% compared to last year, and about the high performance lamps it will be over 100% , with more than 112,000 produced last year as it is expected to produce 240,000 this year. “Our production isn’t increased this year because of lack of space. As we have many clients”, says Ger‑ hard, successful in the last years. The market is com‑ petitive as there are the Dutch Philips, the American GE and Osram – part of German group Siemens – that also produce Sylvania. According to José Mercês Neto, (CIS) Subaé In‑ dustrial Center’s director, G-Light is one of the most successful companies in the city. “They start produc‑ ing in 2006 as a small factory of fin lamps (in Conceição district) and now they produce over a dozen itens in an area of 22 thousand square meters”, he explains. To meet the demand in Brazil, mostly in North‑ east Brazil, the company has imported from Germa‑ ny a punching (drilling and cutting machine) and a machine for bending steel sheets from Austria. The Bahia oportunidades - terra de bons negócios 21 Indústria Industry fabricam mais de uma dezena de itens em uma área que já chega a 22 mil metros quadrados”, explica. Para atender ao crescente consumo do mercado brasileiro, em especial a região Nordeste, a empresa importou uma puncionadeira (máquina para furar e cortar) da Alemanha e outro equipamento para dobrar chapas de aço, da Áustria. As novas máquinas vão cor‑ tar, furar, dobrar e estampar chapas de aço, azeitando ainda mais o parque industrial da G‑Light. “Foi um in‑ vestimento importante, e elas vão aumentar e qualifi‑ car ainda mais a nossa produção”, garante Gerhard. Além disso, a aquisição de dois equipamentos para a inserção automática de componentes (impor‑ tados da China) vai dar uma força a mais na produção de reatores e lâmpadas. Atenta à qualidade dos seus produtos, a G‑Light importa da Alemanha alumínio especial, utilizado na confecção das luminárias de alto rendimento. Segundo Gerhard, existem apenas duas fábricas desse tipo de alumínio no mundo: uma na Alemanha e outra na Itália. Produtos de ponta Com metade da sua produção absorvida pelo mer‑ cado nordestino, a G‑Light tem desenvolvido produtos new machines will cut, drill, bend and stamping steel sheets, improving the G-Light Industry. “It has been a very important investment to increase and qualify even more the production”, says Gerhard. Moreover, it has purchased two machines to automat‑ ically insert components (from China) that will improve ballasts and lamps production. G-Light is concerned about quality, so it has imported from Germany special aluminum used to make high performance lamps. Ac‑ cording to Gerhard there are only two factories of this kind of aluminum: one in Germany and one in Italy. Advanced products G-Light sells half of its goods in Northeast Brazil so it has developed products for such clients. It started producing 12 and 24 volts lamps in 2010 that are used by consumers of solar energy. The lamps are supplied by battery similar to those used in cars. “Solar energy is ideal for far places that has no electric energy, as some places in Northeast Brazil”, Gerhard says. Data from Electric Energy National Agency (Aneel) shows that the highest levels of solar radiation in Bra‑ zil, to produce photovoltaics, are in the region, mostly in São Francisco Valley. It means an interesting thing G-Light has been considering for a long time. Centros de distribuição Distribution center D evido ao crescimento dos últimos anos, a empresa abriu dois centros de distribuição nas regiões Sul e Sudeste: um em Blumenau (Santa Catarina) e outro em Carapicuíba (São Paulo). “Esses dois centros juntam‑se ao de Feira de Santana para melhor desenvolver a nossa logística de distribuição”, explica Gerhard Marschallinger, dono da G‑Light. Por conta do crescimento, ele já iniciou sondagens junto ao Centro Industrial do Subaé, em Feira de Santana, para conseguir uma área onde possa expandir os limites da fábrica. Enquanto aguarda resposta do CIS, Gerhard vai tocando a empresa. “Se der certo, vai ser 22 Bahia oportunidades - terra de bons negócios bom. Teremos condições de aumentar a nossa produção, gerando mais empregos, mais negócios e mais luz”, finaliza. he company has grown in recent years and has opened two distribution centers in South and Southeast Brazil: in Blumenau city (Santa Catarina state) and in Capicuíba city (São Paulo state). “These two centers and the one in feira de Santana city are to have a better logistic distribution”, Gerhard Marschallinger explains, the G-Light owner. He has already started looking for an area in Subae Industrial Center in Feira de Santana city to expand the factory. He is waiting for reply from CIS. “If it works it will be good. We will have conditions to increase production, having more jobs, business and light”, he says. T “Esses dois centros juntam‑se ao de Feira de Santana para melhor desenvolver a nossa logística de distribuição” gerhard marschallinger, dono da g‑light / g-light owner “Those two centers and the one in Feira de Santana city are to have a better logistic distribution” O A G‑Light dispõe de equipe técnica treinada e capacitada para atender a um mercado exigente como é o da iluminação G-Light has skilled staff to meet the demanding lighting market voltados para os consumidores da região. Em 2010, co‑ meçou a fabricar lâmpadas especiais de 12 e 24 volts, muito utilizadas por consumidores de energia solar. As lâmpadas funcionam alimentadas por uma bateria, se‑ melhante às utilizadas nos automóveis. “A energia so‑ lar é a solução ideal para áreas afastadas e ainda não eletrificadas, como é o caso do Nordeste”, diz Gerhard. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que os maiores índices de radiação solar no Brasil, matéria‑prima para geração da energia fotováltica, acontecem na região, com destaque para o Vale do São Francisco. Ou seja, um filão interessante que a G‑Light já observa com carinho há tempos. Contando com 560 funcionários (90% deles na fá‑ brica de Feira), a empresa possui um catálogo com mais de uma dezena de produtos, todos eles certifi‑ cados pelo Inmetro e pelo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), que concede selo de qualidade aos equipamentos que apresen‑ tam os melhores índices de eficiência energética. Na fabricação de suas lâmpadas, a G‑Light traba‑ lha com indústrias parceiras internacionalmente re‑ conhecidas e possuidoras de certificados ISO 9000, ISO 9001 e ISO 14001, garantindo produtos efi‑ cientes, seguros e ecologicamente corretos. Além s primeiros passos do austríaco Gerhard Marschallinger no Brasil foram dados no fi‑ nal da década de 1980, quando trabalhou três anos como consultor de um programa da Unesco de redução da pobreza no Nordeste. Nascido em Linz, terceira maior cidade da Áus‑ tria, Gerhard conheceu a fundo a realidade da re‑ gião. “Virei um autêntico nordestino. Comia carne de bode e farinha seca nas feiras. Ouvia Beethoven e Luiz Gonzaga”, relata, bem‑humorado. Nesse pe‑ ríodo, conheceu também a mulher, Fátima Christi‑ na, baiana de Feira de Santana. Retornou à Áustria após o trabalho na Unesco, mas demorou pouco tempo. Em 96, decidiu transfe‑ rir-se para o Brasil, desembarcando em São Paulo carregado de malas e ideias. Ficou menos de um ano por lá e mudou definitivamente o endereço para Feira de Santana, onde abriu uma importadora de distribuição de material de iluminação. O trabalho de consultor rendeu-lhe régua e com‑ passo, e Gerhard virou um expert em Nordeste. “É a região do País que tem o maior potencial de cresci‑ mento. Quem investir não vai se arrepender”, aposta. T he first steps from the Austrian Gerhard Marschallinger in Brazil were in 80’s when he worked three years as a consultant in a program of UNESCO to reduce poverty in Northeast Brazil. He was born in Linz, the third biggest city in Austria, and he has known very well the region situation. ”I have become a person truly from Northeast. I used to eat goat meat and cassava flour in the markets. I heard Beethoven and Luiz Gonzaga”, he tells cheerfully. Then, he met his wife, Fátima Christina, from Feira de Santana city. He returned to Austria after working for Unesco, and he wasn’t there long. In 1996 he decided to come back to Brazil and went to São Paulo with luggage and ideas. He didn’t stay there longer than one year and went to Feira de Santana to open an importing company for distribution of lighting equipment. He learnt to work when he was consultant and he has become expert in Northeast. “That place has the greatest potential for growth in Brazil. Those who invest there don’t repent”, he affirms. Bahia oportunidades - terra de bons negócios 23 Indústria Industry “trabalhei muito tempo de minha vida no mercado informal. Há quase três anos estou aqui, aprendi um ofício e me sinto útil” lindaura almeida, funcionária / an employee “I worked in informal market for a long time. I have been here for almost three years and I learned to work and I feel useful” disso, a unidade chinesa da empresa controla a qualidade dos componentes e produtos acabados adquiridos por lá. Segundo Gerhard, a qualidade é uma das prio‑ ridades da empresa. Para tanto, ela está sempre in‑ vestindo em maquinário e tecnologia. O orgulho da vez é o laboratório de fotometria, considerado o mais moderno do Norte e Nordeste e um dos mais com‑ pletos do Brasil. O laboratório conta com uma série de equipamen‑ tos para medição de eficiência luminosa (quantidade de luz, corrente, potência, índice de reprodução de cor e temperatura de cor). “O objetivo é assegurar a qualidade dos nossos produtos”, afirma Washington Luiz Silva, gerente-técnico da G‑Light. Segundo ele, todo o investimento feito em tecno‑ logia de ponta permite à empresa efetuar pesquisas e controle de qualidade com precisão e confiabili‑ dade. “A G‑Light dispõe de equipe técnica treinada e capacitada para atender a um mercado exigente como é o da iluminação”, diz. Funcionária da empresa há quase três anos, Lin‑ daura Almeida, 40 anos, fala com orgulho da sua rotina. “Trabalhei muito tempo de minha vida no mercado informal. Há quase três anos estou aqui, aprendi um ofício e me sinto útil”, conta. Baiana de 24 Bahia oportunidades - terra de bons negócios The company has 560 workers (90% in the factory in Feira de Santana city), and over a dozen itens, all of them certified by Inmetro and Procel (Electric Energy Conservation National Program), that provides qual‑ ity approval to those machines with the best rates of energy efficiency. G-Light produces lamps in partnership with other industries internationally recognized and with ISO cer‑ tificate 9000, 9001 and 14001, so the product is efficient, safe and environmentally friendly. Besides, the Chinese unit controls its components and products quality. According to Gerjard, quality is priority. That is why he is always interested in new machines and technol‑ ogy. They are now proud because of the photometry laboratory, the most modern in North and Northeast and one of the most complete in Brazil. It has equipment to measure luminous efficiency (light, electricity, potency, color reproduction and color temperature). “We aim to guarantee very good product”, affirms Washington Luiz Silva, G-Light’s technical manager. According to him, advanced technology allows the company to research and accurately and reliably monitor quality. “G-Light has competent staff to serve such demanding customer as the ones for lighting market”, he says. A aventura do ‘Sputnik’ Sputnik adventure U m dos maiores orgulhos da G‑Light é o laborató‑ rio de fotometria, considerado o mais moderno do Norte e Nordeste e um dos mais completos do Brasil. O local possui equipamentos como esferas integradoras com lâmpadas‑padrão, medidor de ilumi‑ nância digital, analisadores de potência, analisadores de cores, torquímetros e medidor de distribuição de in‑ tensidade luminosa para LED. Lá se destaca o ‘Sputnik’, apelido dado por Gerhard Marschallinger devido ao formato redondo, parecido com o do satélite artificial enviado ao espaço pela União Soviética em 1957. Considerado estrela do laboratório, o Sputnik serve para medição de eficiência luminosa (quantidade de luz, corrente, potência, índice de repro‑ dução de cor e temperatura de cor). Segundo o gerente‑técnico da empresa, Washington Luiz, o investimento é feito para assegurar a qualidade dos produtos e o acompanhamento dos processos de certificação: selos Ence (Etiqueta Nacional de Conser‑ vação de Energia) e Procel, do Inmetro. “Esses ensaios são necessários para o desenvolvimento do setor de iluminação e atendimento dos nossos clientes”, diz. Em seu laboratório, a G‑Light testa novos produtos, estuda tecnologias, realiza pesquisas de especificações técnicas e avalia o sistema de qualidade dos fornecedo‑ res. Funcionária lotada no laboratório, a técnica Celene Correia, 32 anos, orgulha-se do setor onde trabalha — em especial, do contato com o Sputnik. “É gratificante traba‑ lhar em um local que garante ao consumidor que ele está adquirindo um produto qualificado e certificado”, afirma. T he photometry laboratory is very important to G-Light, as it is the most modern in North and Northeast and one of the most completes in Brazil. The place has integrating spheres with standard lamps, lighting digital meter, power and color analyzers, torque wrenches and meter of light distribution to LED. “Sputnik” is a nickname created by Gerhard Marschallinger for it is round like the artificial satellite sent to space by Soviet Union in 1957. It is considered the laboratory’s star and measures luminous efficiency (light, energy, potency, color temperature and reproduction). According to Washington Luiz, company’s technical manager, it is to ensure the product’s quality and to monitor certification process: Ence (Energy Conservation National Stamp) and Procel, from Inmetro. “Those are needed to develop the lighting department and serve our clients”, he says. G-Light tests new products, study technology, research technical specification and evaluates the quality system of suppliers. Celene Correia, 32 years old, works in the laboratory and she is very proud of it – specially the sputnik. “It is fulfilling to work in a place that sells reliable products”, she affirms. “É gratificante trabalhar em um local que garante ao consumidor um produto qualificado” celene correia, técnica do laboratório / laboratory worker “It is fulfilling to work here, a place that has reliable products” Bahia oportunidades - terra de bons negócios 25 Indústria Industry Feira de Santana, Lindaura mora no bairro Parque de Exposições, vizinho à fábrica. “É aqui, no meu traba‑ lho, onde construo a minha vida. É como se fosse a extensão da minha casa”, diz, enquanto coloca a eti‑ queta e embala mais um reator. Na área de iluminação decorativa, a G‑Light tam‑ bém bota as mangas de fora. Ela iniciou a produção em 2006, e a experiência em projetos do gênero já é reconhecida nos quatro cantos do País. Em seu book, constam trabalhos específicos em parceria com entidades governamentais e privadas, além de produtos diversificados que disponibilizam mais luz e beleza no período do Natal. Suas microlâmpadas, minilâmpadas e LEDs iluminam cordões e figuras decorativas em residências, fachadas, monumentos e praças de diversas cidades. É da G‑Light o projeto de iluminação da Ponte Espraiada e da Árvore de Natal do Ibirapuera, ambos em São Paulo, e da de‑ coração natalina de Belo Horizonte. Lindaura Almeida, 40 years old, has been working there for almost three years, and she talks proudly about it. “I worked for a long time in the informal market. I have been here for almost three years and I have learnt to work and I am useful”, she tells. She is from Feira de Santana city and lives in Parque de Exposições district near the factory. “I make my life here in my work. It is kind of a part of my home”, she says while working. G-Light is emerging in decorative lighting. It has started producing in 2006 and its project is already recognized throughout the country. It has specific works together with government and private insti‑ tutes, and several products for Christmas decoration. Micro-lights, mini-lights and LEDs decorate houses, monument and squares in many cities. G-Light has a project to decorate both Espraiada Bridge and Ibirapuera Christmas tree in São Paulo city and also decorate Belo Horizonte city. Baiano comanda linha de produção A person from Bahia controls production T oda a rotina da linha de produção da G‑Light é acompanhada de perto por um baiano, que quase virou paulista. Tudo o que sai de lá passa pela aprovação do gerente‑técnico e engen‑ heiro de produto Washington Luiz Silva. Ele deu os primeiros passos na área de iluminação na Peterco, empresa estabe‑ lecida em Feira de Santana, comprada pela Philips no início da década de 1980. Logo após, a Philips fechou a fábrica e ele foi convidado a transferir-se para São Paulo. Ficou até 2004 na Philips. Depois trabalhou como consultor da TUV Reinlhand, empresa alemã que atua no setor de inspeção e certificação, tendo o Inmetro entre os seus parceiros. Du‑ rante seis anos, Washington atuou na TUV certificando produtos e sistemas de gestão de qualidade (ISO 9000 e ISO 14000). “Esta é a área que trabalho, con‑ heço e gosto. Nunca saí dela”, afirma. Em 2011, soube por um amigo que a G‑Light estava procurando um novo gerente‑técnico e viu aí oportunidade de matar dois coelhos com uma só cajadada: voltaria à Bahia e com emprego na área de iluminação. Para Gerhard Marschal‑ linger, seria também um grande negócio. 26 Bahia oportunidades - terra de bons negócios -Light’s production is monitored by a G man from Bahia who almost went to São Paulo city. Everything from there has to be Precisava de uma pessoa com bastante experiência na área e que quisesse morar em Feira de Santana. Conversaram e chegaram a um acor‑ do. “Ele mostrou o desafio que tinha pela frente e me fez a proposta”, afirma. Resul‑ tado: há mais de um ano Washington co‑ manda a área técnica da empresa, voltan‑ do a trabalhar e morar na cidade onde nasceu. “Se não fosse a G‑Light ainda es‑ taria em São Paulo, como meus filhos, que nasceram lá e estão tocando a vida por lá”, diz, orgulhoso com as carreiras de Fe‑ lipe, 24 anos, engenheiro eletrônico, e Anielly, 22, fonoaudióloga. approved by the technical manager and product engineer Washington Luiz Silva. He started in lighting area of Peterco, a company in Feira de Santana city, bought by Philips in the beginning of 80’s. later on Philips closed the factory and he was asked to go to São Paulo. He stayed there until 2004. After working as a consultant in TUV Reinlhand, a German company for monitoring and certification that has Inmetro as one of its partners. Washington worked in TUV during six years providing certificate to products and quality management systems (ISO 9000 and 14000). “That is where I work, I know and like it. I have never left it”, he affirms. A friend told him in 2011 G-Light was seeking a technical manager and he saw a chance to: get back to Bahia and work with lighting. Gerhard Marschallinger had an opportunity too, since he needed a person experienced in the area and wanted to live in Feira de Santana city. They talked and agreed. “He challenged me by offering a job”, he affirms. Washington has been in charge of the company technical area for over 1 year, and he is back home. “I would be in São Paulo city without G-Light, like my son and daughter who were born and live there”, he says proudly with his son Felipe, 24 years old, electronic engineer, and his daughter Anielly, 22 years old, speech therapist. Mineração Mining Granito Azul, uma raridade baiana Produção do mineral reorganiza-se em função dos desacertos econômicos dos Estados Unidos e Europa, principais mercados mundiais Mineral production is reorganized according to the economic blunders of Europe and USA, manor world markets por/by luiz souza T endo o céu do sul baiano como testemunha, máquinas e pessoas trabalham na retirada dos blocos de granito azul-bahia do subsolo do pequeno município de Itaju do Colônia, na microrregião de Ilhéus e Itabuna. O termo granito, aqui, não significa necessariamente a formação rochosa assim denominada, mas engloba também uma série de outros minerais alçados à condição nobre do minério — como é o caso do azul-bahia, que, de fato, é uma formação classificada como sodalita sictino. Blue granite, rarity from Bahia state eople and machines, having the sky in South Bahia as witness, remove granite in Itaju da Colonia city, near Ilhéus and Itabuna cities. The word granite here doesn’t mean rock formation, but it means several minerals elevated to the noble condition — like Azul Bahia that is in fact sodalite sictino. P Bahia oportunidades - terra de bons negócios 27 Mining Mineração Mining Mármore Bege Bahia, produzido no norte do Estado, tem posição de destaque no mercado nacional Bege Marble Bahia is produced in North and is successful in national market O mineral, aplicado em revestimentos e detalhes decorativos das obras, é uma ocorrência rara no mun‑ do. No Brasil, é encontrado apenas na Bahia, distribu‑ ído entre os municípios de Itaju do Colônia, Itapetinga, Santa Cruz da Vitória e Itarantina. O diretor da Socie‑ dade Marmífera Brasileira Ltda., Cláudio Veneziani, observa que, na África, houve notícias de ocorrência do sodalita sictino, mas, hoje, não há informações acerca da exploração comercial do insumo no conti‑ nente negro. A empresa de origem carioca extrai o mineral em Itaju do Colônia, em uma operação que emprega diretamente dez trabalhadores. Atualmente, a produção do mineral reorganiza-se em função dos desacertos econômicos dos EUA e Euro‑ pa, principais clientes internacionais do produto, desti‑ no de aproximadamente 70% do total da produção apurada no Estado. A época áurea da extração deu-se entre meados da década de 1990 e os anos de 2005 e 2006, período no qual as commodities minerais tiveram as cotações turbinadas em função do assombroso cres‑ cimento da indústria imobiliária nos países emergentes. No período, a Sociedade Marmífera chegava a ex‑ trair cerca de 500 toneladas mensais do azul-bahia, contra a média atual de 200 toneladas mensais. “Os mercados ainda estão operando de maneira muito 28 Bahia oportunidades - terra de bons negócios The mineral is for decoration and is rare in the world. It is found in Brazil just in Bahia, in Itaju da Co‑ lonia, Itapetinga, Santa Cruz da Vitoria and Itarantina cities. Marble Brazilian Society’s director Cláudio Veneziani says that in Africa there may be sodalite sic‑ tino, but has no information about the commercial exploitation of it. The company from Rio de Janeiro city has ten workers to remove the mineral in Itaju da Colonia city. Currently, the mineral production is reorganized according to the economic blunders of Europe and USA, the main clients that have nearly 70% of the pro‑ duction. The heyday of mining was in 90’s and in 2005/2006, when mineral commodities had beefed up its prices due to higher real state in emerging countries. Then, the Marble Society removed Azul Bahia up to 500 tons per month, and it used to be just 200 tons per month. “The market is working slowly yet, with no hope of growing demand soon. We are concern about the world economy for the next years”, Vene‑ ziani says. Ana Cristina Franco Magalhães, Industry, Com‑ merce and Mining Bahia Department’s director, says that Azul Bahia resists crisis by adjusting production lenta, sem perspectiva de incremento da demanda no curto prazo. Ainda estamos observando como a economia mundial irá se comportar nos próximos anos”, observa Veneziani. A diretora de mineração da Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Ana Cristina Franco Magalhães, observa, porém, que o azul-bahia tem forte resistência a períodos de crise, enfrentados mediante ajustes na produção para que a demanda possa ser atendida de forma a manter a viabilidade econômica do processo extrativista. A demanda do mercado pelo azul-bahia é sujeita a ciclos que se re‑ petem desde a década de 1970. Portanto, a indústria do ramo é calejada o suficiente para lidar com perío‑ dos de vacas magras. Atualmente, o mercado trabalha com preços míni‑ mos na casa de US$ 1,5 mil por tonelada do material. Ainda assim, os valores variam em função das enco‑ mendas, algo determinado pelo prazo e quantidade de material solicitada pela clientela. Tendências arquitetônicas Além das oscilações do mercado, os granitos es‑ tão sujeitos às convenções do estilo arquitetônico, que costumam ditar as tonalidades das rochas usadas nas construções. Veneziani, da Marmífera, observa que a indústria imobiliária brasileira tem preferido, a Sociedade Marmífera chegava a extrair cerca de 500 toneladas mensais do Azul-Bahia, contra a média atual de 200 toneladas Marble Society used to extract about 500 tons of Azul Bahia per month, and extracts now 200 tons per month to meet demand and so keep economic viability of extraction process. Azul Bahia demand has had differ‑ ent moments since 70’s. Therefore, it has enough knowledge to deal with bad times. Nowadays, the mineral is US$1,5 thousand per ton as minimum price. Nevertheless, prices chance in re‑ sponse to orders, it is determined by time and amount requested by clients. Tendency of architecture Apart from market unsteadiness, the granite de‑ pends on architecture usage, which says the rocks hues to be used in construction. Veneziani, from Mar‑ mífera company, says that in Brazil the light hues granites are favorite lately, so this restricts the market Granito azul é uma ocorrência rara no mundo. No Brasil, só existe na Bahia Blue granite is rare in world. There is just in Bahia Bahia oportunidades - terra de bons negócios 29 Mining Mineração Mining nos últimos anos, os granitos em tonalidade clara, o que restringe o mercado para outras vertentes do material, como o azul-bahia. Porém, o mercado euro‑ peu, em especial o italiano, além de novas fronteiras comerciais, como o Oriente Médio, tem mantido a preferência pelo raro azul-bahia. De acordo com informações do artigo “Rochas or‑ namentais do Brasil — seu modo de ocorrência geo‑ lógica, variedade tipológica, explotação comercial e utilidades como materiais nobres de construção”, publicado pela Revista Geociências, da Universidade Federal Fluminense (UFF), as reservas provadas do azul-bahia chegariam a um volume superior a 15 mi‑ lhões de metros cúbicos. O ex‑presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores, Granitos e Similares da Bahia (Simagran ‑BA) Reinaldo Sampaio observa que o Estado tem tradição no que se refere a rochas ornamentais, po‑ rém há dificuldade em relação ao beneficiamento dos insumos. Geralmente, as rochas produzidas na Bahia passam pelos processos de tratamento indus‑ trial para chegarem ao mercado dos estados de Mi‑ nas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Quando Sampaio falou com a reportagem da Bahia Oportunidades, ele estava terminando o mandato à frente do Simagran‑BA, mas destacou que a entidade deverá tomar uma série de iniciativas no sentido de di‑ namizar a produção local. Dentre as principais medidas, está a elaboração da quarta versão do Catálogo de Ro‑ chas Ornamentais do Estado. “A Bahia é bastante rica neste aspecto, considerando tanto a qualidade das ro‑ chas quanto a sua diversidade”, pondera Sampaio. 30 Bahia oportunidades - terra de bons negócios to others like Azul Bahia. However, the European mar‑ ket, especially in Italy, and Middle East have kept the preference for the rare Azul Bahia. The article “Ornamental stones in Brazil — their mode of geological occurrence, typological variety, commercial exploitation and usefulness as noble ma‑ terial in construction”, in Geociencias magazine, from Fluminense Federal University (UFF), says Azul Bahia reservation is over 15 million cubic meters. Reinaldo Sampaio, Marble, Granite and Similar In‑ dustry Syndicate in Bahia’s former president, says Ba‑ hia has always had ornamental rocks, but it is hard to benefit the supplies. Usually the rocks in Bahia are treated by industrial process before going to Minas Gerais, Espirito Santo and Rio de Janeiro states. When he was interviewed by Bahia Oportuni‑ dades magazine, he was about to leave SimagranBahia, but he said the Syndicate was going to improve local production by doing for example the fourth issue of Bahia Ornamental Rocks Catalogue. “Bahia is very rich in minerals, as there are many good rocks”, Sampaio said. Você sabia? Did you know? A especialidade mais popular, o azul‑bahia, é encontrada principalmente no município de Itaju do Colônia. Há ainda outras variedades de granitos azuis: o azul‑macaúbas, explorado no município de mesmo nome,o azul ‑boquira, em Boquira, e azul‑imperial, encontrado em Oliveira dos Brejinhos. Estes, porém, não são sodalita sietino, mas quartzitos. The most common type of Azul Bahia is found mainly in Itaju da Colonia city. There are other types of blue granites: Azul Macaúbas, found in Macaúbas city, the Azul Boquira and Azul Imperial found in Oliveira dos Brejinho city. Those aren’t sodalite syenite, they are quartzite. Rochas ornamentais, a riqueza que vem da terra A Bahia é o terceiro maior produtor em blo‑ cos brutos de rochas ornamentais no Brasil, registrando a maior diversidade de padrões cromáticos do País. Uma das áreas estraté‑ gicas da produção baiana é a região norte, onde está localizado o maior polo produtor de mármore do Esta‑ do. Lá, destaca-se o mármore bege-bahia ou traverti‑ no-da-bahia, que ocupa posição de destaque no mercado nacional. A Bahia é, porém, o sétimo coloca‑ do no quesito comercialização de rochas desdobradas (que passaram por processos industriais para elevar a qualidade), tendo em vista o protagonismo do Espírito Santo, que concentra pelo menos 60% do mercado brasileiro de beneficiamento das rochas ornamentais. Ornamental rocks are a treasure from earth ahia is the third greatest place in pro‑ ducing block of raw stone in Brazil, with the greatest diversity of color pat‑ terns of the country. One of the production areas is the North Bahia, where the greatest marble producer is. There is Bege Bahia mar‑ ble or Travertino of Bahia, which are success‑ ful in national market. Bahia is the seventh in trading rocks split (those have industrial pro‑ cess to better quality), and Espírito Santo state handles 60% of Brazilian market of pro‑ cessing of stone. B Bahia oportunidades - terra de bons negócios 31 Mining Mineração Mining A diretora de mineração da Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Ana Cris‑ tina Magalhães, observa que, na Bahia, são produzi‑ dos desde os materiais considerados “comuns” (cinza e vermelhos), passando pelos “materiais de batalha” (movimentados, rosa, vinho e marrons), “clássicos” (brancos, pretos, verdes e amarelos) e “exóticos” (conglomerados, quartzitos multicolori‑ dos e pegmatitos amarelados), chegando‑se aos “excepcionais” (azuis). “O Estado da Bahia é o único a produzir o mármore bege no mercado brasileiro. Este mármore apresenta grande similaridade com o travertino-romano, sendo uma das rochas mais con‑ sumidas e mais populares do mercado nacional”, afirma Ana Magalhães. Apenas para se ter uma ideia do dinamismo do setor, no segmento extrativo, a Bahia possui 34 em‑ presas em efetiva e contínua atividade, que lavram rochas em 58 pedreiras. Outras 28 empresas têm Produção comercializada de Rochas Ornamentais na Bahia (em R$) Ornamental rocks production in Bahia (in R$) 47,689 mi 31,860 mi 25,428 mi 24,426 mi 2008 2009 2010 2011 Fontes: Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)/ Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia (SICM‑BA). Source: Mining Production National Department (DNPM) / Bahia Mining, Commerce and Industry Department (SICM-BA). 32 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Ana Cristina Magalhães, Mining, Commerce and Industry Bahia Department’s director, says that in Bahia there are “common” materials (grey and red), “battle materials” (moved, pink, dark red and brown), “clas‑ sics” (white, black, green and yellow) and exotic (con‑ glomerate, multicolor quartzite and yellow pegmatites) and the “exceptional ones” (blue). The beige marble is produced just in Bahia. This marble is similar to the Ro‑ man Travertino and it is one of the most used and the most popular in Brazil”, Ana Magalhães says. Bahia has 34 companies in this sector that plow rock in 58 quarries which shows how dynamic the sec‑ tor is in Bahia. Other 28 companies have seasonal production in 76 quarries. The ornamental and coat‑ ing rocks are almost exclusive examples of natural product clearly seen as special trade. “They have functional properties, but what makes them special is the beauty with different structure (design, move‑ ment), texture (size and crystals shape or fossil) and produção sazonal em 76 pedreiras. As rochas orna‑ mentais e de revestimento representam um exemplo quase exclusivo de produto natural claramente en‑ quadrado como especialidade comercial. “Mais do que pelas suas propriedades funcionais, o que as ca‑ racteriza são os atributos estéticos, extremamente diferenciados pela combinação de estruturas (dese‑ nhos, movimentos), texturas (dimensão e forma dos cristais ou conteúdo fóssil) e cores. Por essa razão, cada granito ou mármore tem preço e nome pró‑ prios”, prossegue Ana. Em 2011, a produção comercializada de rochas ornamentais chegou a 187 mil toneladas de blocos em bruto, dos quais os mármores contribuem com cerca de 16% e as rochas silicáticas (granitos, quartzitos, conglomerados, sodalita‑sienito, gabro ganisse) com 84%, conforme declaração das mine‑ radoras ao Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM). O Estado da Bahia é o único a produzir o mármore bege no mercado brasileiro. ele tem grande similaridade com o travertino-romano Bahia is the only one producing beige marble in Brazil that is very similar to the Roman travertine marble color. That is why each granite or marble has its price and own name”, Ana says. In 2011 the ornamental rock production was 187 thou‑ sand tons of raw blocks, about 16% were marble and 84% were silicate rocks (granite, quartzite, conglomerate, sodalite syenite, grabo ganisse), this information is from mining com‑ panies to Mining Research National Department (DNPM). Bahia — exportação de Rochas Ornamentais (em US$) Bahia – ornamental rocks export (in US$) 16,391 mi 14,260 11,204 12,681 mi mi mi 2008 2009 2010 2011 Fontes: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)/ SICM‑BA. Source: Exterior Commerce, Industry and Development Ministry (MDIC) / SICM-BA. Bahia oportunidades - terra de bons negócios 33 Indústria Industry Um novo tempo no CIA Primeiro complexo industrial planejado do País ganha fôlego e investimentos: são 144 empresas que geram mais de 14 mil empregos The first planned industrial complex has 144 companies with over 14 thousand jobs por/by Pedro Carvalho O cenário era de abandono. Há menos de uma década, o Centro Industrial de Ara‑ tu (CIA), na Região Metropolitana de Salvador, ainda agonizava com sérios problemas de infraestrutura, falta de segurança e de um planejamento estratégico para atração de novos investimentos. Os reflexos não eram sentidos apenas no complexo multissetorial, mas em toda a economia baiana. Na região, entre Simões Filho e Candeias, em meio às empresas que mantinham a rotina de produ‑ ção, eram muitos os galpões que abrigavam lixo e muita sucata, sobretudo de máquinas paradas. 34 Bahia oportunidades - terra de bons negócios A new time in Cia District t was abandoned. Aratu Industrial Center (CIA), that is in Metropolitan Salvador, less than ten years ago used to have serious infrastructure problems, no security and strategy to attract new investors. It wasn’t a just CIA’s problem but also Bahia’s. There were a lot of buildings in Simões Filho and Candeias cities that had rubbish, scrap iron and old machines among some companies normally working. The first planned industrial complex in the country was created in 60’s and 30 years later it had its hardest crisis, maybe the most serious one. I Criado no final da década de 1960, o primeiro complexo industrial planejado do País passava, 30 anos depois, por uma das maiores crises, possivel‑ mente a mais grave. Um levantamento realizado pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), em 2001, apontou que 43 empre‑ sas que haviam se instalado no CIA estavam fecha‑ das. O sinal vermelho já havia sido dado, em meio às várias crises econômicas em todo o mundo. A necessidade de reação era pulsante. O novo momento econômico do País e da Bahia, a partir da segunda metade da década passada, era o ingre‑ diente que faltava para a receita dar certo. Nela, tam‑ bém constaram programas de incentivo fiscal e de desenvolvimento da infraestrutura. Desta forma, o governo baiano liderou o processo para tornar o CIA, novamente, um complexo atrativo para novos investi‑ dores e também para as 144 empresas que hoje lá estão instaladas e geram mais de 14 mil empregos. Para o superintendente de Desenvolvimento Econô‑ mico da Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Paulo Guimarães, vários são os fato‑ res que contribuem para o novo momento do Centro Industrial de Aratu. Além do plano de atração de em‑ preendimentos, executado pelo Estado, ele lembra que o Nordeste tem apresentado taxas elevadas de crescimento econômico nos últimos anos, estimulado, sobretudo, pela ascensão social e elevação do poder de compra das classes C, D e E. “As empresas precisam atender a esta demanda crescente dos consumidores nordestinos, e a melhor opção, sem dúvida, é abrir no‑ vas unidades industriais na região”, explica o superin‑ tendente. Neste quadro, segundo ele, a Bahia tem uma localização estratégica entre o Nordeste e o Sudeste. “Temos vários complexos industriais com infraestrutu‑ ra já definida, e o Centro Industrial de Aratu é um deles, com diversas vantagens competitivas”, afirmou Guima‑ rães. Ele lembrou, ainda, que o CIA está próximo do Porto de Aratu, que deverá receber grandes investimentos do setor privado nos próximos anos, o que elevará ainda mais o potencial do centro. “Criamos condições para atrair no‑ vas empresas e melhorar a produtividade das que já estão instaladas”, declarou. O CIA e o Polo Industrial de Cama‑ çari, de acordo com Paulo Guimarães, já estão pratica‑ mente integrados num grande complexo. “Juntos, estes dois importantes centros são bastante atrativos e devem ficar com uma boa fatia dos mais de R$ 76 bilhões que serão investidos na Bahia até o ano de 2015”. “Temos vários complexos industriais com infraestrutura já definida, e o Centro Industrial de Aratu é um deles” paulo guimarães, superintendente de desenvolvimento econômico da sicm / sicm’ director “We have many industrial complexes with determined infrastructure, and CIA is one of them” Industrial and Commercial Development Depart‑ ment (Sudic) affirmed in 2001 that 43 companies in CIA were closed. It was crisis like the economic cri‑ sis worldwide. Something needed to be done. The new eco‑ nomic moment from 2005 in Brazil and Bahia was decisive. So there were tax incentive and infrastruc‑ ture development to attract investors to CIA and also 144 new companies that are there now with 14 thousand jobs. Paulo Guimarães, SICM’s director says many fac‑ tors help the new moment in CIA. The government has plans to attract new companies, and also North‑ east has increased economically in the last years, stimulated by social mobility and purchasing power of working classes. “The companies need to meet this growing demand in Northeast, and opening in‑ dustrial units is the best option”, he explains. Bahia has good position between Northeast and Southeast. “We have several industrial centers with fixed infra‑ structure, and CIA é one of them with many competitive Bahia oportunidades - terra de bons negócios 35 Indústria Industry “a sudic tem realizado obras de infraestrutura, como terraplenagem, para melhor instalação dos empreendimentos” emerson leal, diretor presidente da sudic / sudic’s director “Sudic has made infrastructure, like earthwork, to help install companies” Novos Investimentos à vista Fazem parte do centro industrial gigantes como a Coca‑Cola, Tramontina, Dow, Gerdau, J. Macedo e Xerox. Além de indústrias, são muitos os centros de distribuição, a exemplo do implantado pela empresa de venda direta de cosméticos Avon. Dos empreendimentos que fecharam as portas nos últimos anos, 28 foram reativados. Um deles foi a fábrica de água sanitária e alvejantes Q’Boa, reaberta no início de 2011, com a contratação de 100 colabo‑ radores. Na época, Samuel Noronha, diretor‑geral das Indústrias Anhembi, controladora da empresa, anunciou novos investimentos, de cerca de R$ 2 mi‑ lhões, para ampliar a produção no CIA, com o objeti‑ vo de atender à demanda crescente que surgiu com a mudança no perfil de consumo das classes C, D e E. Atualmente, 13 novas empresas estão em proces‑ so de instalação. Os investimentos na implantação das unidades, segundo a Sudic, ultrapassam os R$ 2 bilhões. A previsão é que sejam criados pelo menos 3,2 mil novos postos de trabalho, somente em em‑ pregos diretos nos empreendimentos. De acordo com o diretor-presidente da Sudic, Emerson Leal, o órgão tem realizado obras de infraes‑ 36 Bahia oportunidades - terra de bons negócios advantages”, Guimarães affirms. He reminds CIA is close to Aratu Port that must have investors from pri‑ vate sector in the next years, and it will increase the center potency. “We have made conditions to attract new companies and improve production of those al‑ ready here”, he said. CIA and Camaçari Industrial Pole, according to Guimarães, are in a big complex. “These two important centers are very attractive and must have part of R$76 billion to invest in Bahia until 2015”. New investment is coming Coca-Cola, Tramontina, Dow, Gerdau. J. Macedo and Xerox are in the industrial center. There are also the distribution centers like Avon. Many companies have closed down in the last years, but 28 of them reopened. One of them is Q’Boa, bleach factory that reopened in early 2011 and hired 100 employees. Back then, Samuel No‑ ronha, director of Anhembi Industry that controls the company, announced investment around R$2 million to expand production in CIA to meet the growing de‑ mand because of changing in consumption profile in working classes. trutura, como terraplenagem, para melhor instalação dos empreendimentos. Além disso, emitiu sete ter‑ mos de reserva para o complexo. Uma das empresas em implantação é a fábrica de vidros laminados Incovidros. “Estávamos procurando uma área na região que atendesse a nossas necessida‑ des de carga e descarga, além de ter facilidade para o escoamento das mercadorias”, afirma Orlando de Araújo, sócio da empresa. Ele viu no CIA a localização ideal para o negócio devido às vias de acesso. A ex‑ pectativa é que a unidade entre em operação até o próximo mês de setembro, com a geração de mais de 100 postos de trabalho. Maior produtora de vidros planos e espelhos da América do Sul, a Cebrace também apostou no CIA. No final de 2011, inaugurou o Centro de Distribuição Bahia. Foi o primeiro passo para novos empreendi‑ mentos no Estado, já que a companhia — joint‑venture entre o grupo japonês NSG/Pilkington e o grupo fran‑ cês Saint‑Gobain — pretende construir uma planta in‑ dustrial, que deve resultar em investimentos da ordem de 145 milhões de euros, ou R$ 360 milhões, em Ca‑ maçari. A expectativa é que a fábrica inicie as opera‑ ções nos próximos anos, gerando mais de 300 empregos diretos e indiretos. Já o projeto do CD da Cebrace é de um estoque de aproximadamente três mil toneladas de vidro, abastecidos regularmente. Nowadays, 13 new companies are to open. Invest‑ ment to open the units, according to Sudic, is over R$2 billion. At least 3,2 thousand jobs are expected in the companies. Emerson Leal, Sudic’s director affirms that they have improved infrastructure, by doing earthwork to help the companies’ construction. And also, seven terms reservation have been made. One of those companies is Incovidros, a glass fac‑ tory. “We were looking for an area in that region big enough for loading and unloading, and easy to trans‑ port goods”, Orlando de Morais says, a company partner. He thought CIA as a good place to trade due to accessibility. Cebrace is the greatest glass factory in South America and is in CIA. The Distribution Center Bahia was opened in 2011. It was the first step to new investment in Bahia, since the company – joint-venture between Japanese group NSG/Pilkington and the French group Saint-Gobain intends to have a 145 million euros plant, or R$360 million, in Ca‑ maçari city. The factory is expected to start working in the next years with 300 jobs. As CD and Cebrace project is around three tons of glass to have in stock, regu‑ larly supplied. Algumas empresas do CIA Some CIA’s companies CIA NORTE Candeias CIA SUL simÕes FiLho Xerox (Cia Sul) produtos químicos Gerdau (Cia Sul) laminados de aço Coca‑Cola (Cia Sul) bebidas Dow (Cia norte) produtos químicos Indústrias Anhembi (Cia Sul) produtos de limpeza Tramontina (Cia Sul) utensílios domésticos T&A Construção (Cia Sul) artefatos de concreto Atol (Cia Sul) produtos de limpeza Avon (Cia Sul) CD cosméticos Bosch (Cia Sul) Engepack (Cia Sul) Durit (Cia Sul) embalagens peças e ferramentas Cromex (Cia Sul) Papaiz (Cia Sul) resinas termoplásticas cadeados Proquigel (Cia Norte) Vicunha (Cia Sul) química têxtil Plumatex (Cia Norte) Comanche (Cia Sul) colchões biocombustíveis Betumat (Cia Norte) Latapack (Cia Sul) impermeabilizantes indústria de latas Moliza (Cia Norte) revestimentos cerâmicos Italsofa (Cia Sul) móveis Bombril (Cia Sul) produtos de limpeza peças para veículos Cebrace (Cia Sul) CD vidros J. Macedo (Cia Sul) biscoitos Bahia oportunidades - terra de bons negócios 37 Indústria Industry Columbia and Fixar aim to expand IA renewal is more than new companies. Some companies are expanding their units, increasing production and creating jobs. All of them be‑ lieve the state is growing, so is the demand, mainly, the clients from North and Northeast. Columbia group, one of the greatest logistic groups in Brazil, has already started constructing to expand units in Bahia, it is called EADI Salvador. The unit in CIA also has a new distribution center. In the project the bonded warehouse will have more 6.000 m² and the yard more 43.000 m². Murillo Mello Oliveira, EADI Sal‑ vador’s Business and Operation di‑ rector, explained that improvement will make the covered storage three times bigger, and double the storage containers. “After finishing construction, at the end of this year the unit will be 143.000 m², with 25.000 m² in covered area and 118.000 m² in yard and others”, he informs. CD will have 7.500 m² and over 10 thousand pallet position. Columbia has invested R$16 million in construction and R$2,1 million in machines and equip‑ ment, including a Meclift for 16 tons and four Reach Stacker for 45 tons, five small trucks (2,5 tons) for the new storehouses. Oliveira thinks CIA is the main economic center in Bahia. “We are close to Salvador Port and Airport that are the main load entrance to Porto Seco in Bahia, and we are close to 90% of our clients. It ensures agility and lower cost”, he says. Appropriate logistic infrastruc‑ ture is one of the main supports to increase any economy. According C Columbia e Fixar apostam em ampliação A revitalização do CIA vai além da implantação de novos empreendimentos. Algumas empresas estão amplian‑ do as unidades, com aumento da produção e do número de postos de trabalho. Todas também apos‑ tam no crescimento do Estado e do aumento da demanda provo‑ cado, sobretudo, pelos consumi‑ dores do Norte e Nordeste. O Grupo Columbia, um dos maiores do setor de logística do Brasil, já iniciou as obras de amplia‑ ção das instalações da subsidiária na Bahia, a EADI Salvador. A unida‑ de, localizada no CIA, também está ganhando um novo centro de dis‑ tribuição. O projeto inclui as áreas do armazém alfandegado, que deve ganhar mais seis mil metros quadrados, e a área de pátio, que crescerá 43 mil metros quadrados. O diretor de operações e negó‑ cios da Columbia EADI Salvador, Murillo Mello Oliveira, explicou que as melhorias vão triplicar a capacida‑ 38 Bahia oportunidades - terra de bons negócios de de armazenagem coberta do ter‑ minal, além de praticamente dobrar a capacidade atual de armazenagem de contêineres. “Após a conclusão das obras, no segundo semestre deste ano, a unidade ficará com 143 mil metros quadrados de área total, sendo 25 mil metros quadrados de área coberta e 118 mil metros qua‑ drados de pátio e áreas comuns”, informa. Somente o CD terá 7.500 metros quadrados de área total e mais de 10 mil posições‑palete. A Columbia está investido R$ 16 milhões nas obras e outros R$ 2,1 milhões em máquinas e equipamentos, incluindo uma Me‑ clift com capacidade para 16 tone‑ ladas e quatro Reach Stacker, capaz de suportar até 45 toneladas, além de mais cinco empilhadeiras de pequeno porte (2,5 toneladas) para os novos armazéns. Para Oliveira, o CIA é o princi‑ pal eixo econômico do Estado. “Além de estarmos próximos do Porto de Salvador e do aeroporto, que são os principais canais de entrada de cargas para o portoseco no Estado, estamos ao lado de 90% dos nossos clientes. Isso garante uma operação mais ágil e com um menor custo”, cita. Uma infraestrutura logística adequada é um dos principais alicerces para o crescimento de qualquer economia. De acordo com Oliveira, as ações da Colum‑ bia buscam acompanhar os in‑ vestimentos que estão sendo realizados no Estado, as amplia‑ ções de plantas produtivas que já atuam na Bahia, além de acompa‑ nhar as demandas das novas em‑ presas que estão iniciando as atividades no Nordeste. O diretor destacou que, com a ampliação, a empresa proporcio‑ nará aos clientes a oferta de dife‑ rentes serviços logísticos com sinergia, integrando armazena‑ gem alfandegada na importação e exportação, transporte, CD e dis‑ ponibilidade dos órgãos anuentes dentro do terminal. “A expectati‑ va é nos tornarmos o maior opera‑ dor logístico do Nordeste, dentro do conceito de diferentes opera‑ ções no mesmo complexo”, afir‑ mou. Com o crescimento, o número de empregos gerados — atualmente 214 diretos e 100 indi‑ retos — deve crescer 30%. Os investimentos fazem parte do planejamento estratégico da empresa, que busca a consolida‑ ção da Columbia como principal provedor logístico da Bahia e um dos principais do Nordeste. “O crescimento registrado nos últimos anos já apontava uma real necessi‑ dade de ampliação das nossas es‑ truturas e, principalmente, uma preparação do terminal logístico para a garantia de um atendimen‑ to pleno aos nossos clientes nos próximos anos”, informa Murillo Mello Oliveira. Região de fácil acesso Líder nacional na fabricação de produtos de segurança utilizados em sistemas antifurto de energia, telecomunicações e saneamento, a Fixar Industrial instalou‑se no Centro Industrial de Aratu, após a Fixar instalou‑se no Cia após investimentos de R$ 18,5 milhões e já projeta a ampliação Fixar has invested R$18,5 million to be in CIA and intends to expand to Oliveira, Columbia aims to fol‑ low investment in Bahia, the pro‑ ductive plant expanding in Bahia, and demands for new companies which are starting its activities in Northeast. The director affirms that by ex‑ panding, the company will provide several logistic services with syn‑ ergy, by having bonded ware‑ house in importing and exporting, transportation, CD and consent‑ ing departments in the terminal. “We expect to be the greatest lo‑ gistic operator in Northeast, within the concept of different op‑ erations in the same complex”, he affirms. As it increases there are more jobs, now there are 214 for‑ mal and 100 informal, and it will be 30% higher. Investment is part of the com‑ pany’s strategy, which aims to con‑ solidate Columbia as the main logistic provider in Bahia and one of the most important in Northeast. “Our structure needs to be bigger due to growth in the last years, and mostly an appropriate logistic ter‑ minal to have good service to our customers for next years”, Murillo Mello Oliveira informs. Area of easy access Fixar Industrial is Brazilian lead‑ er in making security products used in antitheft system for energy, tele‑ communication and sanitation, is in CIA after spending around R$18,5 million, and is willing to expand the unit within one year. “The growing demand and new markets, like oil and gas, require more space, what made us have a unit in CIA. The region has infra‑ structure and is easy to access”, Amaury Rocha, commercial and in‑ dustrial director affirms. Bahia oportunidades - terra de bons negócios 39 Indústria Industry investimentos da ordem de R$ 18,5 milhões, e já projeta ampliar a uni‑ dade dentro de um ano. “O crescimento da demanda e a inclusão de novos mercados, como petróleo e gás, gerou a necessidade de mais espaço, o que nos levou a implantar a unidade no CIA. Além de oferecer infraestrutura, é uma re‑ gião de acesso fácil à nossa cliente‑ la”, afirmou o diretor industrial e comercial Amaury Rocha. O número de funcionários da empresa, que antes estava instala‑ da na Estrada do Coco, passou de 60 para 100. “Estamos crescendo e conquistando mercado. Além de clientes no País, já estamos expor‑ tando”, diz otimista o empresário. E não poderia ser diferente. A Fixar, que em 2010 faturou R$ 8,5 milhões, atingiu o volume de R$ 14,5 milhões no ano passado e espera triplicar o primeiro resultado já em 2013. The company used to be in Estrada do Coco District and had 60 employees, now has 100 em‑ ployees. “We are growing and getting space in market. We have clients in Brazil and are exporting too”, the businessman says hopefully. And it couldn1t be dif‑ ferent. Fixar sold in 2010 R$8,5 million, R$14,5 million last year and expect to sell three times more in 2013. Melhoria na infraestrutura garante eficiência V árias ações para melhoria da infraestrutura do Centro In‑ dustrial de Aratu e do Polo Industrial de Camaçari estão sendo executadas para garantir mais efici‑ ência e competitividade às empre‑ sas instaladas na região. A principal delas é a reestruturação do sistema BA‑093, por cujas rodovias circulam mais de 45% do PIB da Bahia. No momento, estão sendo realizadas as obras de restauração das vias, nas quais estão incluídas a duplica‑ ção de 53 km de estradas e a recu‑ peração definitiva do pavimento. 40 Bahia oportunidades - terra de bons negócios A duplicação da CIA-Aeroporto encontra‑se em estágio avançado, em fase de conclusão. A previsão de entrega inicial era fevereiro de 2013, mas a expectativa da Conces‑ sionária Bahia Norte é que em agosto deste ano esta etapa já es‑ teja concluída. “Esta obra, que in‑ clui um sistema viário sobre a rótula da Ceasa, na CIA/Aeroporto, deve solucionar o problema dos engarra‑ famentos, que tem reflexos na Via Parafuso, e será uma via expressa para o Centro Industrial de Aratu e o Polo de Camaçari”, informou Ri‑ Improvement in infrastructure ensures efficiency nfrastructure in CIA and Cama‑ çari Industrial Pole is getting better to ensure efficiency and competitiveness for the compa‑ nies there. Rebuilding BA 093 Road is the main action, where over 45% of Bahia GDP is. The road is being rebuilt now, and 53 km road will double and the pave‑ ment is being repaired. CIA / Airport Road construc‑ tion is about to be finished. It is to I cardo Ribeiro, diretor administrativo ‑financeiro da Bahia Norte. Já foram investidos cerca de R$ 300 milhões em obras de restauração, ampliação e na opera‑ ção das rodovias, desde agosto de 2010. As rodovias do sistema tota‑ lizam 121 km de estradas, que re‑ ceberão investimentos totais da ordem de R$ 1,7 bilhão na sua recu‑ peração, melhoria de acessos, con‑ servação, manutenção e duplicação de trechos e oferta de serviço de atendimento aos usuários. Além das obras, a Bahia Norte iniciou a im‑ plantação de 28 câmeras de moni‑ toramento, 13 painéis de mensagens variáveis, sistema de informações georreferenciadas, dentre outros itens que deverão facilitar o geren‑ ciamento do tráfego e agilizar o monitoramento e atendimento das ocorrências na rodovia. be ready in 2013, February, but Ba‑ hia Norte expects to finish it in Au‑ gust, this year. “It has a bridge over the Ceasa bearing in CIA/Air‑ port road to easy traffic, that is bad in Parafuso highway and there will be a road to CIA and Camaçari Industrial Pole”, Ricardo Ribeiro, Bahia Norte’s financial and man‑ aging director. Around R$300 million have been spent to rebuild and expand the high‑ ways since August, 2010. The high‑ ways is 121 km road that will spend R$1,7 billion to rebuild it, improve the access, conservation, maintenance, double it and service for users. Bahia Norte has also installed 28 monitoring cameras, 13 information panel, geo‑ referenced information system, and others that will ease traffic managing, monitoring and deal with any occur‑ rence in the road. CIA NORTE Candeias O Centro Industrial de Aratu é o primeiro comple‑ xo industrial planejado do País. Foi criado em 11 de novembro de 1967 como meio de fomentar a industrialização do Estado. Está localizado na Região Metropolitana de Salvador, nos municípios de Simões Filho (CIA Sul) e Candeias (CIA Norte). Atualmente, conta com 144 empresas de diversos segmentos pro‑ dutivos, que geram mais de 14 mil empregos. O CIA está em uma área estratégica, a cerca de 18 km da capital, 14 km do Aeroporto Luís Eduardo Maga‑ lhães e a 30 km do Porto de Salvador, compreendendo uma área total de 199 km2. Possui infraestrutura para a instalação de indústrias e centros de distribuição, in‑ cluindo um sistema viário interno com 150 km de vias pavimentadas, água, gás natural, rede elétrica (altatensão) e rede de telecomunicações. No complexo in‑ dustrial também estão inseridos o Porto de Aratu, especializado em cargas líquidas, gasosas e sólidos a granel; o Porto Automotivo de Ponta da Laje; e o porto particular da Dow Química. AEROPORTO CIA SUL simÕes FiLho FAROL DA BARRA C IA is the first planned industrial complex in Brazil. It was created in 11 November, 1967 to promote industrialization in Bahia. It is in Metropolitan Salvador in Simões Filho (CIA South) and Candeias (CIA North) cities. Now it has 144 different companies with over 14 thousand jobs. CIA is 199 km2, 18 km from Salvador city, 14 km from Luis Eduardo Magalhães Airport and 30 km from Salvador Port, it has infrastructure to have industries and distribution centers, 150 km road, water, natural gas, electricity (high-voltage) and telecommunication. There are Aratu Port for liquid, gaseous and solid substance for bulk sale; Ponta da Laje automotive and Dow Química private port. Bahia oportunidades - terra de bons negócios 41 Indústria Industry Indústria Industry 42 Bahia oportunidades — - terra terrade debons bonsnegócios negócios Gigante pernambucana chega à Bahia Moura Dubeux investe R$ 1,3 bilhão para implantar a primeira plataforma de infraestrutura modal no Estado Moura Dubeux has invested R$1,3 billion to have the first modal infrastructure platform in Bahia por/by Fabiane Pita A construtora pernambucana Moura Du‑ beux, por meio da Cone S/A — Condo‑ mínio de Negócios, vai investir R$ 1,3 bi‑ lhão na construção de um Condomínio Logístico e Industrial em Simões Filho, na Bahia. O Cone Aratu será implantado em uma área de aproximadamente quatro milhões de metros qua‑ drados, numa plataforma de multiempreendimentos, logística industrial com soluções multimodais e infra‑ estrutura eficiente, posicionada estrategicamente no entorno do Complexo Industrial Portuário de Aratu. “O Cone Aratu fortalece o plano logístico da Bahia e contribui para a retenção dos investimentos no Estado e no Nordeste, seguindo o modelo de‑ senvolvido com as melhores práticas das plataformas multimodais do mundo, como a Centerpoint, em Chi‑ cago, nos EUA, e a Zal, na Espanha”, afirma Marcos Roberto Dubeux, CEO da Cone S/A. A giant company from Pernambuco state is in Bahia he construction company from Pernam‑ buco Moura Dubeux, through Cone S/A – Business Group, will invest R$1,3 billion to build a Logistic and Industrial Group in Simões Filho city in Bahia. Aratu Cone will be in a 4mil‑ lion m² area, a platform of many companies, industrial logistic with multimodal solutions and efficient infrastructure, around Aratu Port Industrial Complex. “Aratu Cone helps logistic in Bahia and helps keep investment in Bahia and North‑ east, by following model developed by the best multimodal platforms in the world, like Centerpoint in Chicago, USA, and Zal in Spain”, Marcos Roberto Dubeux says, Cone S/A CEO. T Bahia Bahiaoportunidades oportunidades—- terra de bons negócios 43 Indústria Industry Lançamento do Cone Aratu contou com dirigentes da Moura Dubeux e autoridades baianas Moura Dubeux’s directors and Bahia’s authorities were in Cone Aratu opening Durante a construção, que começa no último tri‑ mestre de 2012, serão gerados quatro mil empregos diretos e 16 mil indiretos. Após o pleno funcionamen‑ to, serão 15 mil empregos permanentes. A previsão é que o empreendimento, com capacidade para abrigar 60 empresas, fique pronto em 2017. Os galpões para armazenamento e logística avançada serão construí‑ dos nos moldes dos existentes na região do Porto de Suape, em Pernambuco, o Cone Suape, primeira ini‑ ciativa da empresa. “A implantação do projeto Cone Aratu vem se in‑ tegrar ao Cone Suape como forma de dotar o Nor‑ deste de uma completa infraestrutura de negócios para as áreas de logística, industrial e de serviços. Os dois empreendimentos se unem para criar, nos princi‑ pais estados da região, uma plataforma integrada, gerando um ambiente de negócios favorável para a atração de novas empresas, fortalecendo o Nordeste do Brasil”, diz Dubeux. A Cone Aratu S/A já assinou protocolos de inten‑ ções com a Rapidão Cometa, que irá ocupar cerca de 20 mil metros quadrados de galpões, com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que financiará parte do investimento, e com a ferrovia FCA, que estuda a ins‑ talação de um terminal ferroviário na área. O secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, , James Correia, destacou que o projeto é pionei‑ ro no Estado e tem localização estratégica. “Vai trazer uma condição de desenvolvimento da questão logística, da implantação de empreendimentos, de forma muito 44 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Construction will start in early 2012 and will have four thousand direct employments and 16 thousand indirect employments. When working there will be 15 thousand permanent employments. The project, that will have 60 companies, is expected to be ready in 2017. Space for storage and advanced logistic will be similar to the others in Suape Port in Pernambuco, the Cone Suape, the company’s first project. “Cone Aratu with Cone Suape will make in Northeast Brazil complete infrastructure for busi‑ ness in logistic, industry and service. The two proj‑ ects are together to have, in the main states, business environment suitable to attract new com‑ panies and so make Northeast Brazil powerful”, Dubeux says. Aratu Cone S/A has already signed a protocol of intent with Rapidão Cometa company,that will have around 20 thousand m² of space, with Nordeste do Brasil bank (BNB), that will support part of it and FCA railway that may have a railway terminal there. James Correia, Bahia Mining, Commerce and Industry secre‑ tary, said the project is pioneer in Bahia and has excel‑ lent position. “It will develop logistic and will be easier to install the companies than before. It is prog‑ ress, as Bahia has been growing and is a well situated state”, he affirms. Otto Alencar, the vice governor, says the company area is near Aratu, Dias Branco and Salvador Ports, Centroatlântica railway, 324 Road, and international airport, so it solves a problem of the region. © sérgio guerra mais estruturada do que acontecia até então. É resulta‑ do do desenvolvimento baiano. A Bahia tem crescido muito e está em uma posição privilegiada”, afirma. O vice‑governador Otto Alencar enfatizou que a área da empresa fica próxima aos portos de Aratu, Dias Branco e de Salvador, da Ferrovia Centro-atlânti‑ ca, sobre a BR‑324, e perto do aeroporto internacio‑ nal, suprindo uma carência que a região possui. Concepção do projeto A concepção e o desenvolvimento do Cone Aratu começaram a ser desenvolvidos no início de 2011, com o planejamento das ações estratégicas. Mais de 50 profissionais trabalharam diretamente no desenvolvi‑ mento do plano diretor e estruturação do projeto. Segundo Dubeux, o projeto contou com pesqui‑ sas e estudos de mercado para entender toda a dinâ‑ mica da região, desde o inventário e qualificação dos espaços logísticos e industriais até o fluxo detalhado de cargas dos diversos segmentos de mercado. “O Cone Aratu vai fortalecer o complexo portuá‑ rio criado no final da década de 1960 e contribuir de forma relevante para o desenvolvimento da região com total respeito à legislação ambiental e a respon‑ sabilidade social”, diz Dubeux. A área do Cone Aratu está perto dos grandes cen‑ tros urbanos do Estado, a aproximadamente 32 km da capital, 22 km do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, 15 km de Camaçari e vizinho ao Porto de Aratu. Os modais ferroviário (ferrovia FCA), rodoviário (BR‑324), aquaviário (Portos de Aratu e Sal‑ vador) e aeroviário (aeroporto) fazem com que sua localização seja considerada estratégica. “O Cone Aratu vai fortalecer o complexo portuário e contribuir para o desenvolvimento” marcos roberto dubeux, ceo da cone s/a / cone s/a ceo “Cone Aratu will enhance the port complex and help development” Project design Cone Aratu’s design and development starts in ear‑ ly 2011, with strategy. Over 50 professionals work to develop the master plan and the project’s structure. According to Dubeux, they researched and stud‑ ied the market to understand the region, from the in‑ ventory, logistic and industrial spaces to cargo flow of market segments. “Cone Aratu will enhance the port created at the end of 60’s and help develop the region, and will fol‑ low environmental legislation and social responsibili‑ ty”, Dubeux says. Cone Aratu area is near large urban centers in Ba‑ hia, nearly 32 km from Salvador, 22 km from Luis Edu‑ ardo Magalhães airport, 15 km from Camaçari city and next to Aratu port. The railway (FCA railway), highway (324 Road), waterway (Aratu and Salvador Port) and air‑ way (airport) make its position advantageous. Soluções completas O Condomínio de Negócios é um provedor de infraestrutura voltado para o desenvolvi‑ mento e competências logísticas integradas para regiões portuárias e próximas a polos de investimentos. A empresa surgiu da sociedade composta dos acionistas da Moura Dubeux Engenharia, através da Conepar. A Cone S/A se diferencia por oferecer soluções completas aos seus clientes. Entendendo seus negócios e demonstrando vantagens competitivas para o mesmo se instalar em cada uma das áreas. SOLUTION Condomínio de Negócios company provides infrastructure to develop logistic for ports and investment poles. Some partners from Moura Dubeux Engineering with Conepar company started it. Cone S/A solves its clients’ problems. It understands the business and shows competitive advantages to be in the area. Gestão integrada A Moura Dubeux é uma das maiores incor‑ poradoras da região Nordeste, onde atua há 27 anos no mercado imobiliário. A empre‑ sa possui um sistema de gestão integrada com os certificados internacionais de qualida‑ de, saúde e segurança e meio ambiente da ISO 9000. Atualmente a companhia possui dois mil colaboradores nas 60 obras em construção, que, somadas aos 90 empreendimentos entregues, re‑ presentam mais de quatro milhões de metros quadrados de desenvolvimento imobiliário. MANAGING Moura Dubeux is one of the greatest companies of Northeast, and it has been operating for 27 years in real estate. The company has managing system together with international certificates of quality, health, security and environment from ISO 9000. Nowadays the company has two thousands workers in the 60 construction sites that with the 90 ready projects, are over 4 million m2 of real estate development. Bahia oportunidades - terra de bons negócios 45 Indústria Industry PepsiCo inaugura primeira fábrica baiana Unidade instalada em Feira de Santana produz versão em pó de achocolatados e, em breve, o Toddynho líquido vai entrar em cena Unit in Feira de Santana city produces chocolate powder and soon there will be chocolate drink named Toddynho por/by Perla Ribeiro S egunda maior empresa de alimentos e bebi‑ das do mundo, a PepsiCo acaba de inaugu‑ rar a sua primeira fábrica na Bahia. Montada em Feira de Santana, a 110 km de Salvador, a unidade já produz a versão em pó dos achocolatados Toddy e Mágico, mas o grupo está com as obras em andamento para a ampliação do parque. Está previs‑ to para começar, ainda neste semestre, a produção do Toddynho líquido. 46 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Pepsico has opened the first factory in Bahia epsico is the second largest food and drink company of the world and has just opened its first factory in Bahia. It is in Feira de Santana city, 110 km from Salvador, the unit is already produc‑ ing chocolate powder named Toddy and Mágico, but the group is expanding space. Chocolate drink Tod‑ dynho is expected to be produced this year. P “A pepsico está investindo neste setor para aumentar sua presença no mercado” alexandre wolff, diretor de negócios para o norte e nordeste / north and northeast business director Pepsico has invested in this sector to increase its work in the market Instalada em um terreno de 70 mil metros quadra‑ dos e com 15.500 metros quadrados de área constru‑ ída, a planta contou com um investimento inicial de R$ 30 milhões e tem capacidade produtiva de 32 mil toneladas. A estimativa é que a empresa aumente em 40% a produção de achocolatados com o início das operações da nova unidade instalada na Bahia. A fábrica de Feira de Santana é a quarta planta da PepsiCo no Nordeste e vai produzir achocolatados até então fabricados apenas na unidade de Guaru‑ lhos, em São Paulo. São gerados cerca de 400 empre‑ gos diretos e indiretos na região, que foi escolhida por sua infraestrutura, mão de obra qualificada e lo‑ calização estratégica para a distribuição de produtos. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) mostram que o segmento de achocolatados tem crescido anualmente, e a expectativa é que o mercado dobre nos próximos dois anos. “Atenta a isso e à busca dos consumidores de todas as faixas sociais por produtos saborosos e convenientes, a PepsiCo está investindo neste setor, não apenas com uma nova fábrica, mas também com investimentos The company is an area of 70,000 m² and has 15,000 m² of built area, initially investing R$30 million and can produce 32 thousand tons. The company is expected to increase 40% of chocolate production with the new unit in Bahia. Feira de Santana’s factory is the fourth one in Northeast and will produce chocolate that has been produced so far just in the factory in Guarul‑ hos city, São Paulo state. There are about 400 jobs in the region that was chosen due to its infrastruc‑ ture, skilled labor and good position for distribu‑ tion of products; Data from Sweets, Peanuts, Cocoa, Chocolates and others Brazilian Industry Association (Abicab) show that chocolate market has been increasing ev‑ ery year and it is expected to double in the next two years. “Pepsico is aware of it and seeks clients from every social class who want tasty and convenient products, so it invests in the sector not only in a new factory but also in marketing and innovation, in order to be present in the market”, Alexandre Wolff says, the North and Northeast business director. Pepsico strengthens its brand in Brazil by having Bahia oportunidades - terra de bons negócios 47 Indústria Industry históricos em marketing e inovações, a fim de aumen‑ tar sua presença no mercado”, diz o diretor da unida‑ de de negócios do grupo para o Norte e Nordeste, Alexandre Wolff. Ao criar a primeira unidade na Bahia, a PepsiCo dá mais um passo para o fortalecimento da marca no País. De acordo com o presidente da divisão de alimen‑ tos da PepsiCo Américas, John Compton, o objetivo é dobrar o faturamento da operação brasileira de ali‑ mentos até 2015, reforçando a estratégia de negócios da PepsiCo chamada Performance com Propósito, o compromisso de crescer de forma sustentável. Aspectos estratégicos do Nordeste Neste sentido, o Nordeste tem uma posição estra‑ tégica. Por isso a PepsiCo escolheu a Bahia para am‑ pliar a atuação na região, que atualmente já conta the first unit in Bahia, according to American Pepsico food division’s president, John Compton, the goal is to double the food sales in Brazil by 2015 reinforcing the company’s business strategy named Performance with Purpose, the commitment to sustainably grow. Northeast strategic aspects Northeast has advantageous position. That is why Pepsico has chosen Bahia to expand in the region that has now a coconut water factory in Petrolina city, Pernambuco and Elma Chips snacks in Suape city, (PE). “The region has fundamental role, since the market has increased above national average. The new factory will ease the products supply for Northeast, along with promote its development”, Campton says. North and Northeast are responsible for 20% of company revenues in Brazil. “Pepsico sees in North‑ Doação a instituições filantrópicas Donation to charity C umprindo um acordo fechado com o governo baiano, a PepsiCo fez uma doação de 41 toneladas dos achocolatados Toddy e Mágico, em cerimônia realizada no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador. A doação corresponde a um dia de operação da planta da empresa em Feira de Santana e beneficiou 53 entidades. Entre elas, as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), a Pastoral da Criança, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e o Núcleo de Apoio ao combate ao Câncer Infantil (Nacci). A Pastoral da Criança recebeu dez toneladas para serem distribuídas na Região Metropolitana de Salvador e em 187 municípios baianos que possuem crianças com até 6 anos em situação de pobreza. Também foram destinados 25.894 quilos à Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) para ser 48 Bahia oportunidades - terra de bons negócios foram doadas 41 toneladas de achocolatados They donated 41 tons of chocolates distribuídos nos 214 municípios baianos em situação de emergência devido à seca, por meio da Defesa Civil (Cordec), em parceria com a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal). P epsico has an agreement with Bahia government and has donated 41 tons of Toddy and Mágico products, in a meeting in Anisio Teixeira Institute (IAT), in Salvador. The amount of donation is equal to a working day in the unit in Feira de Santana city. It benefited 53 charities, like Irmã Dulce Organization (Osid), Ministry for Children, Syndrome de Down children’s friends and parents Association (Apae) and Fight Against Cancer Association (NACCI). Ministry for Children has received ten tons to be sent to Metropolitan Salvador and 187 cities in Bahia with children up to six years old in poverty. Social Development and Fight Poverty Department (Sedes) has received 25.894 kg to be sent to 214 cities in Bahia in emergency due to drought. It was done with Civil Defense Force (Cordec) and Bahia Food Company (Ebal). A planta da PepsiCo contou com investimento inicial de R$ 30 milhões e tem capacidade de produção de 32 mil toneladas Pepsico factory had initial investment of R$30 million and can produce 32 tons com a planta de água de coco em Petrolina (PE) e de snacks Elma Chips em Suape (PE). “A região tem pa‑ pel fundamental dentro dessa meta, uma vez que seu mercado cresce acima da média nacional. A nova fá‑ brica irá facilitar o abastecimento de produtos para o Nordeste, ao mesmo tempo em que promove seu desenvolvimento”, conclui Compton. Vale destacar que as regiões Norte e Nordeste são responsáveis por 20% do faturamento da empresa no País. “Para a PepsiCo, a região Nordeste é foco de crescimento. Hoje, representa 20% dos negócios da companhia no Brasil e cresce acima da média do mercado nacional”, diz o diretor da unidade de ne‑ gócios do grupo para o Norte e Nordeste. Nos últimos cinco anos, a PepsiCo dobrou seu tamanho na região e visa duplicar os negócios no Nordeste novamente nos próximos três anos. O segmento de achocolatados representa parte im‑ portante desse crescimento, especialmente na Bahia, que é um dos mercados mais importantes na região para o grupo. Esse crescimento é sustentado pelo aumento na capacidade produtiva, com a construção da nova fá‑ brica, eficiência em distribuição, com reforço na equi‑ pe de vendas para a região e investimentos em marketing, que em 2011 já foram quatro vezes maio‑ res do que em 2010. Para sustentar o crescimento da PepsiCo na re‑ gião, especificamente no segmento de achocolata‑ dos, era fundamental ter uma fábrica para abastecer os estados nordestinos, ganhando, assim, eficiência e melhora na distribuição dos produtos. “Dentro desse cenário, a Bahia e, mais especifica‑ mente, a cidade de Feira de Santana, tornou-se uma alternativa muito interessante, devido à sua localiza‑ ção estratégica, infraestrutura e disponibilidade de mão de obra”, explica Alexandre Wolff. east a source of growth. Today it represents 20% of the company’s businesses in Brazil and increases above national average”, North and Northeast busi‑ ness director says. In the last five years Pepsico has double its size in the region and aims to double business in Northeast in the next three years. Chocolate segment repre‑ sents important part of this growth, mainly in Bahia that is one of the most important markets for the group in the region. Such growth is supported by increasing produc‑ tion capacity, the new factory, efficient distribution, strong sales team in the region and investment in marketing that was in 2011 four times higher than in 2010. To keep Pepsico growth in the region, especially in chocolate, it was essential to have a factory to supply Northeast states, be efficient and improve products distribution. “Feira de Santana city in Bahia has become very interesting because of its position, strategy, infra‑ structure and available labor”, Alexandre Wolff says. Bahia oportunidades - terra de bons negócios 49 Indústria Industry Cooperativas vão faturar mais Quanto maior for a demanda por nosso leite, maior a possibilidade de incluirmos novos produtores nas cooperativas e de obtermos melhores preços na ponta The greater the demand, the greater the possibility of having new producers and so having better price A Cooperativa Central de Laticínios da Bahia (CCLB) está na maior expectativa para o início da produção do achocolatado líquido Toddy‑ nho na unidade baiana da PepsiCo. É que, com o iní‑ cio das operações, a empresa vai passar a adquirir o leite das cooperativas da região. A CCLB atua em parceria com a Cooperativa Central da Agricultura Familiar (Cocaf), que reúne dez associações e produz uma média diária de 60 mil litros de leite. “Um representante da fábrica já nos procurou e demonstrou o interesse de adquirir o nosso leite. Isso para nós será muito importante. Vai permitir que a gente trabalhe em cima do comércio justo e vai agre‑ gar mais valor ao nosso produto”, destaca o presi‑ dente da CCLB, Gianpiero Libório di Credico. Atualmente, todo o leite produzido pelas cooperati‑ vas é distribuído em pontos de venda da região de Feira de Santana. Mas, se depender dos cooperados, muito em bre‑ ve o leite comercializado por eles terá outro destino. “Estamos arrumando a fábrica para entregar o produ‑ to industrializado e com a marca Catuí. Quanto maior for a demanda por nosso leite, maior a possibilidade de incluirmos novos produtores nas cooperativas e de obtermos melhores preços na ponta. Isso só vem somar para a pecuária de leite baiana”, avalia o presi‑ dente da CCLB. 50 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Cooperatives will earn more B ahia Dairy Central Cooperative (CC LB) is wait‑ ing for drink chocolate Toddynho begins to be produced in the unit of Pepsico in Bahia, so that, the company will buy milk in the cooperative. CCLB has Family Agriculture Cental Cooperative (Co‑ caf) as partner and ten associations are together pro‑ ducing about 60 thousand liters of milk per day. “Someone from the factory has talked to us and they are interested in buying our milk. It is very impor‑ tant to us. We will have fair dealing and valued prod‑ uct”, Gianpiero Libório di Credico, CCLB’s president says. Nowadays, all milk produced by the coopera‑ tives is sold in Feira de Santana city. But, the cooperatives’ workers are willing to sell the milk to other clients as soon as possible. “We are getting ready to send the product market by the A Bahia possui hoje o terceiro maior rebanho de vacas leiteiras do Brasil. Perde apenas para Minas Gerais e Goiás. Apesar dos números, o leite produ‑ zido no Estado ainda não é suficiente para atender à demanda. Ano passado, por exemplo, foi produzido na Bahia 1,2 bilhão de litros de leite, contra um con‑ sumo anual de 1,6 bilhão de litros. “Infelizmente, ainda somos um Estado importador de leite”, diz Gianpiero di Credico. De acordo com o diretor Alexandre Wolff, a parce‑ ria com a comunidade local é uma das prioridades da PepsiCo para cada nova unidade inaugurada. “Seja através da contratação de mão de obra local ou da parceria com fornecedores regionais, o compromisso da PepsiCo é de criar novas oportunidades nas loca‑ lidades em que atua”, explica. brand Catuí. The greater the demand for milk, the greater the possibility of having new products in the cooperatives and so better price.it is very important to milk market in Bahia”, CCLB’’s president says. Bahia has today the third largest herd of dairy cows. Minas Gerais and Goiás states are first ones. Nevertheless, the milk from Bahia isn’t enough yet to meet demand. Last year, for example, there were 1,2 billion liters of milk and 1,6 billion liters were needed. “Unfortunately, Bahia still imports milk”, Gianpiero Credito says. Alexandre Wolff told the association with the local community is Pepsico’s priority in each new unit. “It may be by hiring local labor or buying from local sup‑ pliers, Pepsico wants to create opportunities for peo‑ ple where it is”, he explains. Saiba mais sobre a empresa Learn more about the company A PepsiCo oferece o maior portfólio mundial de marcas de alimentos e bebidas, que inclui 19 diferentes linhas de produtos que geram anualmente mais de US$ 1 bilhão de vendas no varejo cada. No Brasil desde1953, a empresa é uma das principais companhias de alimentos e bebidas do País e atua no mercado por meio de marcas líderes como Quaker (cereais), Toddy e Toddynho (achocolatados), Elma Chips, Lucky e Eqlibri (snacks), Mabel (biscoitos),Gatorade (bebidas esportivas), Lipton (chá pronto, em parceria com a Unilever), Kero Coco e Trip Coco (água de coco), H2OH! e Pepsi‑Cola (bebidas carbonatadas). No total, a companhia conta com 19 plantas e cerca de 100 filiais de venda localizadas em todo o território brasileiro e com mais de 12 mil funcionários. Desde1997, o grupo mantém estreita parceria com a AmBev (Companhia de Bebidas das Américas) para a produção, comercialização e distribuição de Pepsi, H2OH!,Gatorade e Lipton para mais de um milhão de pontos de venda pelo País. P epsico has the broadest portfolio of food and drink brands in the world, with 19 different products and each one sells over US$ 1 billion in retail per year. The company in Brazil has been one of the most important drink and food companies since 1953, and works through leader brands like Quaker (cereals), Toddy and Toddynho (chocolate), Elmachips, Lucky and Elibri (snacks), Mabel (biscuits), Gatorade (energy drink), lipton (ready tea, together with unilever), kero coco and Trip Coco (coconut water), H20H! and Pepsi cola (soft drinks). The company has 19 factories and about 100 sales center throughout Brazil and over 12 thousand employees. The group has had Ambev (American drinks Company) as partner since 1997 to produce, trade and distribute Pepsi, H2OH!, Gatorade and Lipton to over one million sales points in Brazil. Bahia oportunidades - terra de bons negócios 51 indústria industry JAC Motors engata a primeira Montadora inicia operações na Bahia com o primeiro desembarque de um lote de mil veículos The company starts working in Bahia with one thousand cars por /by Fabiane Pita O primeiro semestre foi supermovimen‑ tado para a JAC Motors. Além de reunir fornecedores de autopeças no 1º JAC Motors Suppliers Workshop, a montadora deu início às operações na Bahia com o primeiro desembarque de um lote de mil automóveis, modelo J5, vindos da China. O porto baiano receberá mensalmente lotes de dois mil carros da montadora chinesa, que serão distribu‑ ídos para todo o País. “Chegarão em média 1.500 J3, nosso carro-chefe, e o restante dos outros mode‑ los. O centro de peças e reposições que está em São Paulo também vai mudar para o Estado. Vamos virar uma empresa completamente baiana”, afirma Sérgio Habib, presidente da JAC no Brasil. 52 Bahia oportunidades - terra de bons negócios JAC Motors has taken the first step he first semester was very busy for JAC Motors. It met automotive parts suppliers in the First JAC Motors Suppliers Workshop and started working in Bahia with one thousand J5 model cars came from China. Every month 2 thousand cars will come from China to be distributed in Brazil. “There will be about 1.500 J3, our flagship, and other models. The auto‑ motive parts center is in São Paulo city and it will be in Bahia. We will be completely from Bahia”, Sérgio Habib affirms, JAC Brasil’s president. The cars used to be unloaded in Espírito Santo state and now they are unloaded in Bahia, which is a step to reorganize the distribution of the company. T Fornecedores de autopeças participaram de workshop especial na JAC Motors Automotive parts’ suppliers were in special workshop in JAC Motors O desembarque dos carros pela Bahia, que antes era feito pelo Espírito Santo, marca mais uma etapa na montagem da rede de distribuição da chinesa. Se‑ gundo Habib, todas as montadoras implantadas no Brasil começaram importando carros, testando o mercado e verificando o tipo de veículo que o brasi‑ leiro prefere comprar. “Uma fábrica leva cerca de um ano e meio para ficar pronta, já uma rede de distribui‑ ção nacional pode demorar até quatro anos”. Com investimento de R$ 900 milhões, a fábrica, que deve começar a produzir em 2014, é a primeira do País com 80% de capital nacional, representado pelo Grupo SHC, e apenas 20% de capital estrangeiro, da JAC Mo‑ tors da China. As obras devem ser iniciadas ainda este ano, assim que as licenças ambientais forem liberadas. A planta, que será construída no Polo de Camaçari, vai ge‑ rar 3.500 empregos diretos e cerca de 10 mil indiretos. A capacidade de produção será de 100 mil unidades anu‑ ais. Já a central de distribuição, que também será insta‑ lada em Camaçari, terá um investimento aproximado de R$ 20 milhões e deve ficar pronta dentro de um ano. Os fornecedores da montadora serão anunciados até o final do ano. Inicialmente a fabricante trabalha com o número de 400 colaboradores. No primeiro evento realizado pela JAC para conhecer as empre‑ sas brasileiras de autopeças, foram reunidas cerca de 120 companhias, que tiveram a oportunidade de ava‑ liar todas as peculiaridades do projeto da montadora. According to Habib, the company in Brazil started with imported cars to know the type of car Brazilian people prefer. “A factory takes about one year and half to be ready, whereas a national distribution center may take up to four years”. The factory has spent R$900 million and may start producing in 2014, it is the first in Brazil with 80% Bra‑ zilian money, represented by SHC group, and just 20% from another country, JAC Motors in China. The construction may start this year, as the environmental permit is ready. The factory will be in Camaçari pole with 3.500 direct jobs and about 10 thousand indirect jobs. Production capacity will be 10 thousand units per year. The distribution center, also in Camaçari, will spend around R$20 million and should be ready with‑ in one year. The company’s suppliers will be known by De‑ cember. In the beginning the factory works with 400 employees. In the first meeting to know the Brazil‑ ian automotive parts companies there were about 120 companies to learn JAC’s project. There will be more two suppliers’ workshops, one for service area and one for machines and equipment area. There isn’t much time. Stamping molds are to be here in October. In December the suppliers will be chosen and they should sign the contract by June, 2013. The first automotive parts will be here in March, 2014 so that production can start in October. Bahia oportunidades - terra de bons negócios 53 Indústria Industry Ainda serão realizados mais dois workshops de fornecedores, sem datas definidas, um na área de serviços e outro na de máquinas e equipamentos. O cronograma é apertado. A previsão de recebimento dos moldes de estamparia é outubro próximo. Em dezembro, ocorre a escolha dos fornecedores, que devem assinar contrato até junho de 2013. O recebi‑ mento das primeiras peças será em março de 2014 para que a produção em série comece em outubro. A seleção dos fornecedores Competitividade e qualidade são características fundamentais exigidas pela JAC para os fornecedo‑ res. “É preciso ter uma boa engenharia para adaptar os custos e os produtos à nossa necessidade. Temos uma alta exigência com qualidade”, afirma Tarcísio Telles, vice‑presidente da JAC no Brasil. Dos 400 for‑ necedores que a empresa prevê contratar, os de au‑ topeças devem girar em torno de 100 empresas. Mauro Yamashita, do grupo Bosch, foi um dos parti‑ cipantes do evento. O executivo aposta na experiência que a marca alemã tem na tropicalização dos seus pro‑ dutos. “Nós fornecemos para todas as montadoras do Brasil e já temos know‑how em adaptação de produtos para os carros brasileiros”, afirma. Segundo ele, a Bosch é fornecedora da JAC na China. “Podemos tanto forne‑ cer o produto que já fabricamos para a unidade chinesa quanto desenvolver um novo para o modelo brasileiro”. O Grupo Bosch é líder mundial no fornecimento de tecnologia e serviços. A tecnologia automotiva é a maior divisão de negócio da marca. No Brasil desde 1954, o grupo mantém uma unidade no Centro Industrial de Aratu, que emprega cerca de 600 colaboradores. Segundo Telles, fora o motor e a caixa de câmbio, que serão trazidos da China, todo o restante do car‑ ro, algo que fica em torno de 75%, será adquirido no Brasil, sendo que os fornecedores com fábricas insta‑ ladas na Bahia terão prioridade. “Em termos de im‑ pacto logístico nos nossos custos, a proximidade é muito importante”, completa. O diretor do Grupo de Negócios da América do Sul da Visteon, Andreas Jancso, enxerga a JAC no Brasil como um volume potencial novo e mostra-se muito otimista quando o assunto é uma possível parceria. “Já somos fornecedores da marca na China; além dis‑ so, temos uma fábrica instalada em Camaçari e já co‑ nhecemos bem o mercado baiano”, afirma Jancso. 54 Bahia oportunidades - terra de bons negócios The suppliers’ selection JAC requires competitiveness and quality for the suppliers. “Good engineering is needed to have price and product suitable for us. We are exigent with qual‑ ity”, Tarcisio Telles affirms, JAC’s president in Brazil. The company will have 400 suppliers and about 100 companies for automotive parts. Mauro Yamashita, Bosch group, was one of the people in the meeting. The businessman believes the German brand has enough experience with products in Brazil. “We supply all car factories in Brazil and we know how to adapt products for Brazilian cars”, he affirms. He tells Bosch is JAC’s supplier in China. “We can either provide product made for the Chinese unit or develop a new one for the Brazilian model”. Bosch group is world leader in service and tech‑ nology. Automotive technology is its largest sector. The group has been in Brazil since 1954, and has kept one unit in CIA with around 600 employees. According to Telles, a part from the car engine and gearbox that will come from china, everything else will be from Brazil, it means 75%. They will prefer sup‑ pliers with factory in Bahia. “Being in Bahia is impor‑ tant to have logistic with lower cost”, he says. Andreas Jancso, Visteon business director in South America, sees JAC in Brazil as potency and believes in having partnership. “We are their suppliers in China, and also we have a factory in Camaçari city, so we already know very well the market in Bahia”, Jancso affirms. Secretário da Indústria, James Correia, ao lado de Tarcísio Telles, vice ‑presidente da JAC no Brasil, Reinaldo Sampaio, vice‑presidente da Fieb, e Sérgio Habib, presidente da JAC no Brasil James Correia, Industry secretary, along with Tarcicio telles, JAC’s vice president in Brazil, Reinaldo Sampaio, Fieb’s vice president and Sérgio Habib, JAC ‘s president in Brazil Estado acelera na produção e exportação Em 2011, a Bahia foi o primeiro destino de investimento chinês do Brasil e concentra hoje o maior polo produtor de pneus The Chinese businessmen chose Bahia in 2011 as the first place to work in Brazil and now it is the largest tyre producer O Estado tem hoje uma das economias mais atrativas do Brasil, é o quinto maior produtor de veículos do País e o sexto maior exporta‑ dor do produto. Líder do crescimento no mercado au‑ tomobilístico no Nordeste, a Bahia cresceu 83,09%. Já São Paulo teve um desempenho bem menor: 46,69%. “Em 2011, a Bahia foi o primeiro destino de inves‑ timento chinês do Brasil e concentra hoje o maior polo produtor de pneus. O Estado produz 42% do que é consumido no País”, diz o secretário da Indús‑ tria, Comércio e Mineração, James Correia. Ele acre‑ dita que o setor automotivo passe a ser responsável por 12% do PIB baiano quando a fábrica da JAC en‑ trar em funcionamento. Salvador é o quarto maior consumidor da marca, que já ocupa mais de 2% do mercado da capital baia‑ na. Por mês, são vendidos 150 carros em um universo de sete mil veículos comercializados. “Salvador é um dos nossos melhores market share (participação de mercado). A capital já é um dos maiores mercados do Brasil em automóveis e vai aumentar muito”, diz o presidente da JAC no Brasil, Sérgio Habib. O início da operação no Estado será marcado pelo lançamento de um carro diferente dos vendidos hoje pela montadora chinesa, e a realidade do trânsito bra‑ sileiro será levada em consideração. Para isso, a fábrica Bahia speeds up production and export ahia is one of the most attractive economies in Brazil, as it is the fifth largest car producer and the sixth largest exporter in Brazil. It is the leader in the automotive market growth in Northeast and has grown 83,09%, and São Paulo just 46,69%. “In Brazil Chinese investors started working in Ba‑ hia in 2011 and it is now the largest tyre producer. Ba‑ hia produces 42% of all tyres in Brazil”, James Correia, Mining, Commerce and Industry secretary says. He believes the automotive sector is to be responsible for 12% of GDP in Bahia when JAC starts. Salvador is the fourth largest consumer of the brand that already has 2% of the market in Bahia. 7 thousand cars are sold per month and 150 are JAC’s. “Salvador is one of the best Market Share. The city is already one of the largest markets in Brazil for cars and it will get even larger”, Sérgio Habib, JAC’s pres‑ ident in Brazil, says. The company will begin to work by launching a dif‑ ferent car from those sold by the Chinese company today and the Brazilian car traffic will be considered. B Bahia oportunidades - terra de bons negócios 55 Indústria Industry baiana contará com um centro de tecnologia e estilo, pista de testes e toda a infraestrutura para desenvolver os carros que serão produzidos e vendidos no Brasil. “Já temos engenheiros trabalhando conosco e no final de 2013 vamos começar a formar e contratar mão de obra local”, afirma. A mãodeobra completa e qualifi‑ cada, para Habib, é um dos grandes diferenciais baia‑ nos que tem no Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia um grande aliado. “O Cimatec é o melhor centro de formação que eu conheço no Brasil”, afirma. Incentivos diversos A JAC Motors recebeu os mesmos incentivos que a Ford, na época da sua implantação. O Programa Especial de Incentivo ao Setor Automotivo da Bahia (Proauto) beneficia as montadoras que queiram se instalar no Estado. De acordo com o secretário James Correia, outro benefício deve favorecer a JAC. O governo tem um projeto de ampliação do Ter‑ minal Portuário Miguel de Oliveira, usado pela Ford, que passaria dos 200 mil metros quadrados atuais para 1,5 milhão de metros quadrados, tornando o lo‑ cal o maior porto automotivo do País. O terminal con‑ templaria a Ford, a JAC Motors e mais duas grandes montadoras que queiram se instalar na Bahia. A troca do Porto de Salvador pelo terminal de Ara‑ tu é muito bem aceita pela JAC. “Com os carros de‑ sembarcando pelo Porto de Salvador, é preciso passar pelo centro da cidade, que já tem um trânsito suficientemente pesado”, afirma Habib. Além do porto, Correia destacou que o governo possui um terreno de 140 milhões de metros quadrados em Ca‑ maçari, onde será instalada a JAC. The factory in Bahia will have a Style and Technology Center, car testing area and infrastructure to develop cars that will be produced and sold in Brazil. “We al‑ ready have engineers working and in later 2013 we will hire local labor”, he affirms. For Habib, one of the good things in Bahia is the skilled labor in the Tech‑ nology and Manufacture Center. “Cimatec is the best training center I know in Brazil”, he affirms. Many incentives JAC Motors has received the same incentives as Ford. Incentive Special program to Bahia Automo‑ tive Sector (Proauto) benefits the companies willing to be in Bahia. James Correia told JAC must have another benefit. The government has a project to expand the port terminal Miguel de Oliveira, used by Ford that is now 200 thousand m², it would be 1,5 million m², what makes it the biggest automotive port in Brazil. The terminal would serve Ford, JAC Motors and more two big factories that want to be in Bahia. JAC agrees to change the port of Salvador by Ara‑ tu. “The cars coming from Salvador port have to pass through the town that already has a heavy traffic”, Habib affirms. Correia said the government has the port and also a 140 million m² land in Camaçari, where JAC will be. Do anúncio à inauguração From announcement to the opening 16 de novembro 2011 Anúncio oficial da instalação da fábrica da JAC Motors na Bahia, em Salvador. Official announcement of JAC Motors factory in Bahia, in Salvador 14 de dezembro 2011 Governador Jaques Wagner visita a fábrica da JAC Motors no município de Hefei, na China. The governor Jaques Wagner visited JAC Motors factory in Hefei, China 56 Bahia oportunidades - terra de bons negócios 19 de março 2012 Lançamento nacional do novo modelo sedã médio J5, na Praia do Forte. National launch of new model sedan J5 in Forte Beach 14 e 15 de maio 2012 1º JAC Motors Suppliers Workshop para fornecedores de autopeças. JAC Motors Suppliers Workshop for automotive parts suppliers 21 de maio 2012 Desembarque do primeiro lote de mil carros no Porto de Salvador. The first one thousand cars arrive in Salvador Port Outubro 2012 Previsão de recebimento dos moldes de estamparia. Stamping molds have date to be here Dezembro 2012 Anúncio dos fornecedores escolhidos. The chosen suppliers are known Março 2014 Recebimento das primeiras peças definitivas. The first automotive parts arrive Junho 2013 Prazo máximo da assinatura do contrato com os fornecedores. Last month to sign the contract with the suppliers Outubro 2014 Inauguração da fábrica baiana. The factory in Bahia opening energia energy Bons ventos à vista Maior complexo eólico da América Latina é inaugurado na Bahia, com investimentos de R$ 1,2 bilhão da Renova Energia Latin America’s largest wind energy complex has been opened in Bahia and has spent R$1,2 billion from Renova Energia company por /by Fabiane Pita O s bons ventos soprados no sudoeste baiano presentearam a região com o maior complexo eólico da América Latina. A Bahia se consolidou entre os maiores fornecedores de energia renovável do País, com a inauguração do Alto Sertão I, que abrange os municípios de Caetité, Igaporã e Guanambi. A Renova Energia, primeira empresa dedicada à energia movida pelos ventos, investiu R$ 1,2 bilhão no empreendimento, que vai gerar 294MW de capacidade instalada, um incremento de cerca de 25% na matriz eólica do País, atualmente da ordem de 1,1GW. Good news ahead outheast Bahia has the largest wind complex in Latin America. Bahia is now one of the most important suppliers of renewable energy in Brazil with Alto Sertão I plant in Caetité, Igaporã and Guanambi cities. Renova Energia, the first company to work with wind energy, has spent R$1,2 billion in the project that will produce 293MW, increasing around 25% in matrix wind in Brazil, which is now 1,1 GW. S Bahia oportunidades - terra de bons negócios 57 © renova energia/divulgação energia energy a renova, primeira empresa dedicada a energia eólica, investiu R$ 1,2 bilhão Renova, the first company to work with wind energy, has spent R$1,2 billion O complexo, inaugurado dia 9 de julho, em Caetité, tem capacidade para abastecer uma cidade com apro‑ ximadamente dois milhões de habitantes e é compos‑ to por 14 parques, que tiveram sua energia comerciali‑ zada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em 2009. Na época, a Renova foi a maior vencedora do primeiro Leilão de Energia Eólica (LER) do Brasil. O complexo Alto Sertão I é formado por 184 aerogeradores que medem 126 metros cada um – a altura é a medida de cada torre mais o compri‑ mento da pá, o equivalente a um prédio de 32 andares. “A Bahia tem um dos melhores potenciais eólicos do mundo. A Renova sonhou em transformar esse vento em riqueza e hoje o complexo eólico represen‑ ta a concretização deste sonho”, afirma Mathias Be‑ cker, diretor‑presidente da Renova Energia. Segundo ele, a velocidade dos ventos no parque é maior à noi‑ te, quando chega a 15m/s. Durante o dia a média é de aproximadamente 8m/s. A construção do empreendimento criou 1.300 em‑ pregos, recuperou estradas e abriu acessos. Além disso, 68 km de vias foram pavimentadas. Também possibilitou crescimento, emprego, renda, educação e cultura para população. “O parque está instalado em terras arrendadas e este negócio só deu certo de‑ 58 Bahia oportunidades - terra de bons negócios The complex, which was opened in July 9th in Caetité city, can supply a city with nearly two million people and it has 14 farms where energy as trade by Electric Energy Commerce Chamber (CCEE) in 2009. By then, Renova company was the winner in the first Wind Power Auction (LER) in Brazil. Alto Sertão I com‑ plex has 184 wind turbines that are 126 meters each – height is measured from each tower plus length of the blade that is equivalent to a 32 floors building. “Bahia is one of the best places for wind energy in the world. Renova company dreamed of turning wind into wealth and now the wind complex is a dream come true”, Mathias Becker affirms, Renova Energia’s director. According to him the wind speed is greater overnight, reaching 15m per second, and is approxi‑ mately 8m per second during the day. The project has created 1.300 jobs, has rebuilt roads and new access. Moreover, 68 km of roads were paved. It also has brought growth, jobs, income, edu‑ cation and culture for people. “The wind is in rented land and it is a reliable and respectful business for people in the city”, Becker reminds that. The rented land is a good business for 300 families. The director also emphasizes the importance of the Ba‑ hia’s government. “The partnership between government Contribuição baiana A energia eólica se tornou um dos segmentos de maior desenvolvimento do Estado nos últimos anos. Além de incentivar a implantação dos parques eóli‑ cos, o governo baiano tem estimulado a criação do polo industrial de fabricação de equipamentos. Segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mi‑ neração, James Correia, o aumento de indústrias do setor é resultado do esforço do governador Jaques Wagner em atrair novas empresas e consolidar a ca‑ deia da energia eólica na Bahia. “Estamos tomando medidas para fomentar a compra, pelas usinas que © renova energia/divulgação vido à confiança e o respeito estabelecidos com a co‑ munidade”, lembra Becker. O arrendamento de ter‑ ras está beneficiando 300 famílias. Outro ponto importante que o diretor‑presidente fez questão de frisar foi o papel fundamental do go‑ verno baiano. “A parceria entre Estado e Renova tem sido excelente. A infraestrutura é uma das etapas mais complicadas em um processo como esse e a agilidade do governo foi fundamental”, diz. A partir de agora, a Renova parte para uma nova eta‑ pa de obras e investimentos que estão previstos para começar em setembro deste ano. A estimativa é que, em pouco mais de dois anos, 15 parques, que foram contra‑ tados nos leilões de 2010 e 2011, sejam inaugurados; seis parques em 2013, com capacidade de 163MW de potên‑ cia instalada; e nove em 2014, para gerar até 212MW. “a bahia tem um dos melhores potenciais eólicos do mundo” mathias becker, diretor-presidente da renova energia / renova energia’s director “Bahia is the world’s one of the best places for wind energy” and Renova has been excellent. Infrastructure is one of the most complicated phases in such process and the government was very fast”, he says. From now on, Renova will have another investment in September, 2012. There may be other 15 farms in about two years that were purchased in the 2010 and 2011 sales; six farms in 2013, with 163MW capacity; and nine in 2014 to produce up to 212MW. Contribution from Bahia Wind energy has become one of the fastest growing segments in Bahia in the last years. Bahia’s Conheça o Catavento A lém de consolidar a Bahia entre os maiores fornecedores de energia renovável do País, a Renova criou o programa Catavento, que inicialmente reúne 20 projetos sociais e tem um investimento de R$ 9,4 milhões. A iniciativa faz parte da política de responsabilidade social e ambiental da empresa. Além de criar novas propostas para as comunidades que estão recebendo os parques eólicos, o Catavento também dará continuidade a ações já existentes nesta área, em processo de planejamento ou de execução. A intenção é somar esforços e viabilizar o que já foi diagnosticado e organizado pela própria comunidade, para materializar as ações com mais celeridade. Lern about Catavento Program Renova not only has made Bahia one of the largest suppliers of renewable energy in Brazil, but also has created the Catavento program that has 20 social projects and has spent R$9,4 million. It is an attitude toward social and environmental responsibility. Catavento has new ideas to help community and is willing to continue the existing programs, those either in planning or implementation. The company intends to sorted out quickly what has already been detected and organized by the community. Eólicas na Bahia Wind farm in Bahia Empresa Usinas Local Company Cons Pedra do Reino Desenvix SA Renova Energia Enel Green Power Brennand Chesf Iberdrola Brazil Wind Atlantic farm 2 3 29 5 3 1 2 7 5 place Sobradinho Brotas de Macaúbas Caetité/Guanambi/Igaporã/Pindaí Bonito/ Morro do Chapéu/ Caetité Sento Sé Casa Nova Caetité Pindaí Campo Formoso Fonte: Leilões de 2009, 2010 e 2011 Source: 2009, 2010 and 2011 auctions Bahia oportunidades - terra de bons negócios 59 © renova energia/divulgação energia energy a indústria movida pelos ventos vai gerar cerca de 1.900 vagas de trabalho no semi-árido the industry moved by wind will have around 1.900 jobs in the region aqui estão se implantando, de equipamentos da ca‑ deia eólica fabricados na Bahia”, afirma. Entre as cinco indústrias de equipamentos que fo‑ ram atraídas pelo Governo da Bahia, duas delas já estão em pleno funcionamento no Polo Industrial de Camaçari: a espanhola Gamesa e a francesa Alstom, ambas fabricantes de aerogeradores, representando investimentos de R$ 50 milhões, cada uma, na im‑ plantação das unidades baianas. Mais duas fábricas estão em processo de implantação em Camaçari. Com investimentos de R$ 45 milhões, a General Eletric (GE) vai produzir nacelles (motor), en‑ quanto a Torrebras, do grupo espanhol Windar, vai inves‑ tir R$ 25 milhões na fabricação de torres. Já a Aeris Ener‑ gy, fabricante nacional de pás, vai aplicar R$ 117 milhões na implantação de sua fábrica em Feira de Santana. “O Estado tem hoje uma carteira de inversões de R$ 6,5 bilhões, representados por 57 projetos de usi‑ nas elétricas movidas pela força dos ventos e cinco fábricas de componentes para os geradores eólicos”, afirma Correia. Previstas para se instalar em 11 muni‑ cípios, até 2015, as usinas irão acrescentar cerca de 1,57 GW à rede elétrica. Somente com os empreendimentos já definidos, a in‑ dústria movida pelos ventos vai gerar em torno de 1.900 vagas de trabalho. “Além de ser uma fonte limpa e de baixo impacto ambiental, a energia eólica está benefician‑ do principalmente a população da região do semi‑árido com a geração de emprego e renda”, explica Correia. 60 Bahia oportunidades - terra de bons negócios government helps have wind farms and also supports an industrial pole to make equipment. According to James Correia (Mining, Commerce and Industry secretary) having more industries is a re‑ sult of Jaques Wagner’s effort to attract new compa‑ nies and consolidate the group of wind energy in Bahia. “We are supporting the farms to buy equip‑ ment made in Bahia”, he affirms. Two out of the five companies attracted by Bahia’s government are already working in Camaçari Indus‑ trial Pole: Spanish Gamesa and French Alstom, both of them make wind turbines and each has spent R$50 million to have a unit in Bahia. More two factories are being built in Camaçari city. General Electric (GE) has spent R$45 million and will produce nacelles, and Torrebras, a Spanish group of Windar company, will spend R$25 million to make tow‑ ers. Aeris Energy, blades factory in Brazil, will spend R$117 million to have a factory in Feira de Santana city. “Bahia has a portfolio of investments of R$6,5 bil‑ lion, from 57 projects of power plant moved by wind strength and five components for wind turbines facto‑ ries”, Correia affirms. The plants are to be in 11 cities by 2015 and will send 1,57 GW to electricity. The wind industry will have around 1.900 jobs only with those projects. “Besides being a clean and of low environmental impact source, wind energy is im‑ proving the region by offering jobs and incomes”, Correia explains. Turismo de negócios Business tourism Rede Slaviero vem aí De olho no crescimento do Nordeste, empresa paranaense, presente em dez cidades de cinco estados, anuncia construção de novo hotel em Salvador A company from Paraná state is aware of the growth in Northeast, so as it is in ten cities of ten states, it will have a new hotel in Salvador por/by Da Redação E le não figura na listagem oficial dos 14 empreendimentos hoteleiros previstos para Salvador até 2016, mas já dá para confirmar. A capital baiana está mesmo na rota de investimentos da Slaviero Hotéis, rede paranaense presente em 10 cidades de cinco estados brasileiros, que prospecta novos negócios no mercado local. A Bahia abrigará um dos hotéis incluídos no plano de expansão da empresa, que prevê um investimento de R$ 800 milhões em implantação de novas unidades em todo o Brasil nos próximos 10 anos. Slaviero is coming t isn’t in the official list with 14 hotel projects to be in Salvador by 2016, but is confirmed. Salvador will have Slaviero Hotel, a group from Paraná that is in 10 cities of five Brazilian states and sees new business in the local market. Bahia will have one of the hotels that is part of the company’s plan to expand by spending R$800 million in new units all over Brazil in the next 10 years. I Bahia oportunidades - terra de bons negócios 61 Turismo de negócios Business tourism A holding não divulga o montante destinado à Bahia nem o tamanho do empreendimento, mas as‑ segura que a implantação pode ocorrer em três anos. O processo ainda está em fase inicial, contudo, o di‑ retor de expansão da rede, Eraldo Santana, confirma: “Já estamos conversando com algumas construtoras locais”. De olho no turismo de negócios, a Slavie‑ ro aposta em duas demandas: o crescimento do mer‑ cado corporativo em Salvador e a necessidade de modernização do parque hoteleiro soteropolitano. Pela movimentação de eventos identificada pela empresa, a intenção é atender um público diferencia‑ do, que nem sempre encontra nos estabelecimentos já existentes o conforto e o tipo de serviço oferecido no eixo Sul/Sudeste. Hoje, a média de idade dos es‑ tabelecimentos no parque hoteleiro local é de 25 anos. A marca opera as bandeiras Slaviero Slim (cate‑ goria econômica), Slaviero Executive e Slaviero Suí‑ tes (superior), além da Slaviero Conceptual (luxo). O trade turístico vê com bons olhos a chegada do novo empreendimento. Para o presidente do Conven‑ tion Bureau, Pedro Costa, a notícia do perfil do negócio da Slaviero irá preencher uma lacuna no mercado de turismo de Salvador, que carece de equipamentos com melhor infraestrutura para eventos. “O ideal é ter um hotel com centro de convenções para duas mil pessoas e salas para 200 pessoas”, indica. Hoje, Salvador dis‑ põe de cinco espaços para eventos — os centros de convenções do Fiesta, do Bahia Othon, do Pestana, do Grand Hotel Stella Maris e o Centro de Convenções. The holding doesn’t say the amount to be spent in Bahia neither the hotel size, but it assures it will happen within 3 years. The process has just started, however, director of expansion, Eraldo Santana confirms: “we have already gotten in touch with some local construc‑ tion companies”. Slaviero believes in business tourism: growth of enterprise market in Salvador and the need to modernize the hotel system in Salvador. After recognizing some events, the company in‑ tends to serve different clients, who don’t find in Sal‑ vador comfort and service which are in South and Southeast Brazil. The hotels have been here for about 25 years. The brand is Slaviero Slim (economic stan‑ dard), Slaviero Executive and Slaviero Suite (superior), and also Slaviero Conceptual (luxury). The tourism trade looks forward to have it. Pedro Costa, Convention Bureau’s president thinks it will help the tourism market in Salvador that needs better equipment for events. “The ideal hotel must have convention center for 2 thousand people and rooms for 200 people”, he says. Salvador now has five spac‑ es for events – Fiesta, Bahia Othon, pestana, Grand hotel Stella Maris and the Convention Center. According to Costa, air network and position in Ba‑ hia – “in the middle” – make trip cheaper. It means that being closer to Rio-São Paulo than other cities in North‑ east makes Salvador the ideal place for tourism events. This type of business is hotel revenue in low seasons. On the other hand, Silvio Pessoa, Hotel, Bars and Others Syndicate (Sindihoteis) warns about the excess A Slaviero opera as bandeiras Slim, Executive, Suites e Conceptual Slaviero has Slim, Executive, Suites and Conceptual rooms 62 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Na Copa do Mundo, a hotelaria de Salvador receberá o reforço de cerca de 20 mil leitos The hotel in Salvador city will have more 20 thousand vacancies for the world cup Segundo Costa, a malha aérea e a localização da Bahia — “no meio do caminho” — barateiam o custo da viagem. Em outras palavras, estar mais perto do eixo Rio‑São Paulo, se comparada a outras capitais do Nordeste, faz de Salvador o destino ideal para tu‑ rismo de eventos. Tanto que na baixa estação é este tipo de negócio que preserva o faturamento do par‑ que hoteleiro local. Por outro lado, o diretor do Sindicato dos Hotéis, Bares e Similares (Sindhotéis), Sílvio Pessoa, alerta para o excesso de equipamentos na cidade. “Hoje, há 32% de ociosidade da rede hoteleira local, é preci‑ so um estudo bem delimitado que deve apontar para as demandas locais”, orienta. O alerta do Sindhotéis está relacionado também a outro gargalo das gran‑ des cidades brasileiras: a falta de mobilidade urbana. Outra característica do mercado local reforça a tese de Pessoa de que é preciso adotar políticas para manter os hotéis ocupados — apenas 8% dos turistas que visitam a Bahia se hospedam em hotéis no Car‑ naval, informa a Setur. O restante fica em pousadas, imóveis alugados e casas de parentes e amigos. A preocupação do Sindhotéis com a sazonalida‑ de é partilhada pela Associação Brasileira da Indús‑ tria de Hoteis da Bahia (ABIH‑BA), que tem chamado a atenção para a necessidade de manter o nível de ocupação no pós‑Copa. Não sem razão, o diretor of equipment in the city. “There is 32% of idle time in the local hotels, so local demand must be analyzed”, he advises. Sindihoteis takes into account another ur‑ ban problem: the difficult to get around. Another char‑ acteristic of local market ensures Pessoa’s opinion, something must be done to keep the hotel busy – just 8% of tourists in Bahia stay in hotels in carnival, Setur informs. The other ones stay in Bed and Breakfast, rented flats and with friends and relatives. Hotels Industry Brazilian Association in Bahia (ABIH-BA) is concerned about season too, and it has warned about keeping the hotels busy after world cup. Slaviero said they are waiting for completion of studies on economic viability to define the hotel’s type, size and position. Tourism business is booming Anyway the tourism business today has been strong for local economy. Northeast in 2011 had growth rates similar to Chinese ones, 6% per year, the advanced business and the growing economy are reproduced in tourism. This is the secret to attract investors like Sla‑ viero, who are interested in tourism events in Salvador. Brazilian Association of Business Travel Managers (Abgev) has researched and showed that in 2011 the business travel traded R$25 billion in Brazil, which is a growth of 18,6% compared to 2010. According to this Bahia oportunidades - terra de bons negócios 63 Turismo de negócios Business tourism Investimentos Previstos Planned investment Empreendimento Project Investimento Estimado Estimated investment (us$) Empregos Diretos Direct jobs 3.888.750.000 19.352 Localização Position Previsão de Abertura Possible opening date Complexo Sol Meliá – 1ª etapa (The Reserve Paradisus Hotel — Guarajuba) — Guarajuba Empreendimentos S.A. Complexo Sol Meliá – 2ª etapa (The Guarajuba Beach) costa de imbassay resort e residence (Orissio Norte) orissio sul grand palladium imbassaí resort & spa – 2ª etapa (Reserva Imbassaí) orissio sul grand palladium imbassaí resort & spa – 2ª etapa (Reserva Imbassaí) double tree / les terrasses bahia dos coqueiros - 1ª etapa iberostar - 3ª etapa Complexo turístico em praia do forte – Norte complexo turístico em praia do forte - sul plano baixio – 1ª etapa busca vida bangalô resort fazenda onça naurigas costa azul bahia golf resort & condomínio aero espaço empresarial & hotel quintas de arembepe Guarajuba/Camaçari Guarajuba/Camaçari imbassaí/m. de s. joão imbassaí/m. de s. joão imbassaí/m. de s. joão imbassaí/m. de s. joão imbassaí/m. de s. joão itacimirim/camaçari jacuípe/camaçari p. forte/m. de s. joão imbassaí/m. de s. joão imbassaí/m. de s. joão baixio/esplanada busca vida/camaçari c. de itanhí/jandaíra massarandupió costa azul/jandaíra lauro de freitas arembepe/camaçari dez./2013 dez./2020 1ª fase – dez./2013 * junho/2014 * junho/2014 Hotel - Abril/2013 – Cond. - Set./2012 * dez./2014 * * junho/2014 * até dez./2014 dez./2015 fev./2014 1ª fase em dez./2015 60.000.000 700.000.000 450.000.000 14.500.000 90.000.000 14.500.000 90.000.000 30.000.000 220.000.000 * 500.000.000 700.000.000 398.000.000 40.000.000 18.750.000 175.000.000 312.500.000 30.000.000 150.000.000 grande hotel de itaparica catussaba inn catussaba suítes hotel hilton/hotel do comércio porto bello armação txai hotel salvador ilha de cajaíba - 1ª etapa ilha de cajaíba - 2ª etapa hotel fasano (antigo edifício a atarde) hotel da bahia hangar salvador hotel horto bela vista hostel f design mercure boulevard salvador itaparica salvador salvador salvador salvador salvador são francisco do conde lauro de freitas salvador salvador salvador salvador salvador salvador set./2012 dez./2013 mai./2012 dez./2013 dez./2015 * jan./2014 jan./2016 dez./2013 dez./2012 dez./2013 mar./2014 mai./2012 mai./2012 10.000.000 25.000.000 9.000.000 37.500.000 50.000.000 3.500.000 195.000.000 130.000.000 6.522.000 20.000.000 55.000.000 25.000.000 5.000.000 40.000.000 projeto maraú projeto tamaca espaço xxi pratigi resort-fazenda barra dos carvalhos vila alambique maraú morro de são paulo/cairu algodões/maraú praia pratigi/nilo peçanha morro de são paulo/gamboa dez./2013 * dez./2020 jan./2015 mai./2014 17.500.000 100.000.000 500.000.000 110.000.000 5.000.000 fazenda itacarezinho fazenda miramar fazenda patizeiro ilha de canavieiras resort (Marina resort) hote & residence (nossa senhora da vitória) miramoro eco-boutique resort reserva itacaré-conchas do mar emp. - 1ª etapa resende beach itacaré itacaré itacaré canavieiras ilhéus itacaré itacaré itacaré dez./2013 * * * * dez./2012 concluída em Jul./2015 fev./2014 belmonte trancoso/porto seguro p. itapororoca/trancoso.porto seguro trancoso/porto seguro belmonte A. d’ajuda/porto seguro dez./2015 dez./2013 dez./2013 dez./2015 dez./2014 dez./2013 reserva lençóis lençóis dez./2013 ibis vitória da conquista recreio residence hotel total v. da conquista v. da Conquista fev./2013 dez./2015 costa dos coqueiros 3 anos após aprovação baía de todos os santos costa do dendê costa do cacau costa do descobrimento projeto portal do descobrimento (faz. ondina) golf boutique resort (terravista Boutique) fasano trancoso singlehome trancoso hotel projeto turtle bay el secreto da bahia chapada diamantina caminhos do sudoeste 611.522.000 732.500.000 286.000.000 1.430 63.500.000 20.000.000 50.000.000 100.000.000 42.500.000 10.000.000 23.500.000 23.500.000 14.500.000 6.000.000 8.500.000 5.756.022.000 Quantity of accommodation, housing units and vacancies, according to the main counties of Salvador – 2011 Estabelecimentos de Hospedagem são paulo rio de janeiro Salvador belo horizonte fortaleza florianópolis curitiba brasília natal porto alegre outros total Unidades Habitacionais Accommodation places Total 972 429 358 291 280 254 242 222 212 190 1.586 5.036 Participação Participation (%) 19,3 8,5 7,1 5,8 5,6 5,0 4,8 4,4 4,2 3,8 31,5 100,0 Total 54.065 31.594 15.666 13.353 12.188 10.098 12.780 11.980 11.455 10.284 66.821 250.284 Housing units Participação Participation (%) 21,6 12,6 6,3 5,3 4,9 4,0 5,1 4,8 4,6 4,1 26,7 100,0 Leitos Disponíveis Vacancies Total 73.488 45.416 22.366 19.031 19.745 20.060 19.083 19.216 19.532 14.625 101.111 373.673 Participação Participation (%) 19,7 12,2 6,0 5,1 5,3 5,4 5,1 5,1 5,2 3,9 27,0 100,0 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio, Pesquisa de Serviços de Hospedagens 2011. Source: IBGE, Research director, Service and Commerce Coordination, 2011 Services and Housing Research. 64 Bahia oportunidades - terra de bons negócios 1.910 60 300 1.300 200 50 1.254 12.500.000 23.000.000 21.000.000 15.000.000 26.500.000 1.250.000 70.000.000 30.000.000 Número de estabelecimentos de hospedagem, de unidades habitacionais e de leitos disponíveis, segundo os principais municípios das capitais – 2011 The main districts of the capital 3.621 120 300 86 250 200 120 800 800 70 200 200 250 25 200 199.250.000 * Números e datas não informados pelos investidores. Investors haven’t informed about quantity and date. Principais municípios das capitais 225 500 2.714 533 400 533 400 180 1.200 400 2.000 5.000 1.450 50 300 1.500 1.500 1.000 400 * * * 269 125 20 800 40 600 200 250 180 100 100 458 458 85 35 50 28.110 de expansão da Rede Slaviero diz aguardar a con‑ clusão dos estudos de viabilidade econômica para definir a bandeira, o tamanho e a localização do empreendimento. Turismo de negócios em alta De todo modo, atualmente, o turismo de negó‑ cios tem se mostrado o forte da economia local. No Nordeste, que registrou, em 2011, taxas de crescimento semelhantes às da China, de 6% ao ano, o avanço do mundo corporativo, puxado pelo crescimento da economia, acaba se refletindo no perfil do visitante. É justamente aí que está o se‑ gredo da atração de investidores do porte da Rede Slaviero, interessados no potencial de turismo de eventos de Salvador. Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Gestores de Viagens Corporativas (Abgev) mostra que, em 2011, as viagens corporativas movimentaram R$ 25 bilhões no Brasil, o que representa um cresci‑ mento de 18,6% se comparado a 2010. Conforme o mesmo estudo, elas representaram 58% das receitas de turismo (gastos com hotéis, locação de veículos e transporte aéreo) do País. A Bahia não fica para trás. Em visita a Salvador, em maio, o ministro do Turismo, Gastão Vieira, apre‑ sentou os números que devem ter atraído a rede pa‑ ranaense para a capital baiana. No ano passado, a Quadro atual Current situation research, they represent 58% of tourism revenue (ho‑ tels, cars and airplane expenses) in Brazil. Bahia has no less. Gastão Vieira, ministry of tourism, was in Salvador in May and showed what must have brought the company from Paraná to Salvador. Last year Salvador had 17 events, raising the ranking in In‑ ternational Association of Conference and Conven‑ tions (ICCA). It was the ninth one and now is the third one. Data confirm the opinion of Pedro Costa, Con‑ vention Bureau’s president, about Slaviero in Salvador: “Salvador is growing and has many tourism events”. “I believe the new projects in hotels will not harm the hotels here. The investors have thought of all risks and wouldn’t spend money in constructing if it weren’t possible. Besides, those big hotels have partners that help to attract clients. And also, they are supported by Bahia’s government that is the one to have more events in Brazil and worldwide”, Domingos Leonelli, the tourism secretary says. Assistance for 2014 world cup The hotels in Salvador will have more 20 thousands vacancies in hotels in Litoral Norte district for world cup. It means, there are enough vacancies even with‑ out the new project. Even thus, there may be 10% of more vacancies for the world cup. Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) had researched and last April showed that Sal‑ vador is one of the three Brazilian cities with the larg‑ Projeção para a Copa Expectation for the world cup H oje, segundo dados da última pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o Estado registra um fluxo turístico anual de nove milhões de pessoas. Destes, dois terços circulam pela Bahia durante a alta estação, que compreende os meses de dezembro, janeiro, fevereiro, março e julho. Os destinos mais procurados são Salvador, Porto Seguro, Litoral Norte, Morro de São Paulo e Ilhéus. C A E ccording to data from a research of Economic Researches Institute (Fipe), Bahia has 9 million tourists per year. Two thirds of them are there in high season that is in December, January, February, March and July. They usually go to Salvador, Porto Seguro,North Coast, Morro de São Paulo and Ilhéus. onforme projeções da Embratur, o Brasil deve receber 600 mil estrangeiros durante a Copa do Mundo 2014. Por Salvador, conforme estatísticas da Setur, devem passar cerca de 300 mil visitantes a mais que o fluxo atual para os meses de junho e julho, divididos entre estrangeiros, brasileiros de outros estados e baianos de outras cidades. Sinal de que o turismo não deve parar de crescer. mbratur thinks that Brazil will have around 600 thousand tourists during world cup in 2014. Setur says Salvador should have more 300 thousand tourists than it normally is in June and July, and they will be people from other cities in Bahia, from other states in Brazil and from other countries. It means the tourism is increasing. copa do mundo world cup fluxo turístico de 9 milhões de pessoas / ano 9 million tourists per year 300 mil visitantes a mais que o fluxo atual para os meses de junho e julho 300 thousand tourists than it normally is in June and July Turismo de negócios Business tourism cidade captou 17 eventos, elevando a posição no ranking da Associação Internacional de Congressos e Convenções (Icca). Pulou da nona para a terceira colocação. O dado confirma o que o presidente do Convention Bureau, Pedro Costa, pensa a respeito da chegada do Slaviero: “Salvador é uma cidade em franco crescimento e tem um potencial turístico de eventos muito grande”. “Eu creio que os novos investimentos na área hoteleira não prejudicarão os estabelecimentos que já estão aí implantados. Os investidores estu‑ dam todos os riscos possíveis e não investiriam na construção de um empreendimento se não houves‑ se viabilidade. Além disso, essas grandes cadeias de hotéis têm parcerias com grandes operadoras, o que proporciona mais facilidade na atração de flu‑ xo. Essas ações também podem ser combinadas com o governo estadual, que é o ente que mais re‑ aliza promoção do destino em grandes feiras e eventos no Brasil e no exterior”, avalia o secretário de Turismo, Domingos Leonelli. “Os novos investimentos na área hoteleira não prejudicarão os estabelecimentos que já estão implantados” domingos leonelli, secretário de turismo / tourism secretary “The new projects for hotel sector will be good for the hotels that are already in the city” Reforço para a Copa 2014 Na Copa do Mundo, a hotelaria de Salvador rece‑ berá o reforço de cerca de 20 mil leitos dos comple‑ xos hoteleiros do Litoral Norte. Ou seja: sem os novos empreendimentos, já dispõe de leitos suficientes para abrigar visitantes. Mesmo assim, o número de estabelecimentos deve crescer 10% até o campeona‑ to mundial de futebol. Estudo divulgado em abril deste ano pelo Institu‑ to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que Salvador está entre as três capitais brasileiras com o maior parque hoteleiro. Hoje, são 358 estabe‑ lecimentos com 22,3 mil leitos disponíveis. A cidade perde apenas para São Paulo, com 972, e Rio de Ja‑ neiro, com 429 (ver infográfico). A questão apontada pelos empresários é a necessidade de modernização dos hotéis, que, no Brasil, têm, em média, idade aci‑ ma de 25 anos, segundo o presidente do Convention Bureau, Pedro Costa. Até 2014, está prevista, segundo a Secretaria do Turismo do Estado (Setur), a implantação de pelo menos três empreendimentos de grande porte em Salvador. Em todo o Estado, serão pelo menos seis. Mas o diretor de expansão do Slaviero, Eraldo San‑ tana, garante que não é a Copa do Mundo o princi‑ 66 Bahia oportunidades - terra de bons negócios est number of hotels. Today there are 358 hotels with 22,3 thousand vacancies. The first two cities are São Paulo and Rio de Janeiro with 429 (see graphic). The businessmen say the hotels need to be more modern, as the hotels are 25 years old, according to Pedro Costa, Convention Buerau second president. Tourism Secretary in Bahia (Setur) affirms there will be at least three big projects in Salvador within two years. In Bahia there will be at least six. But Eraldo San‑ tana assures that world cup isn’t the main reason for Slaviero being in Northeast. “The world cup isn’t the main reason, despite all visibility the event has in a country. The market is already growing”, he explains. The project to have new hotels spends over US$3 billion. Apart from Slaviero group, there are also the Fasano hotel close to historic center, the reopening of Bahia hotel, the expansion of Iberostar and Grand Palladium and the opening of Sol Meliá, and others. The group is an example in the market Slaviero Palace Hotel was founded in Curitiba city in 1981 and is an example in tourism market. It is one of the largest groups in Brazil, and the group will have at least one unit in each Brazilian state within ten years. pal vetor que motiva a expansão da rede rumo ao Nordeste. “A Copa não é fator preponderante, ape‑ sar da visibilidade que o evento traz ao País. Há um crescimento já identificado do mercado corporati‑ vo”, explica. O volume de investimentos para a implantação de novos hotéis supera a marca de US$ 3 bilhões. Para além da unidade do grupo Slaviero, é possível destacar o Fasano, próximo ao Centro Histórico, a reabertura do Hotel da Bahia, a ampliação do Iberos‑ tar e do Grand Palladium e a implantação do Sol Me‑ liá, dentre outros. Rede é referência no mercado Fundada em Curitiba, em 1981, com a inaugura‑ ção do Slaviero Palace Hotel, a empresa paranaen‑ se é referência no mercado de turismo. Uma das dez maiores cadeias do Brasil, a empresa investe na ampliação da rede, que prevê a implantação, em uma década, de ao menos uma unidade em cada estado brasileiro. A construção de pelo menos três novas unidades, além de Salvador, foi anunciada pela rede — em Mato Grosso, Santa Catarina e Foz do Iguaçu. Cuiabá terá uma unidade com a bandeira slim, 132 aparta‑ mentos e salas de eventos para até 200 pessoas. No balneário Camboriú, em Santa Catarina, serão 120 apartamentos, com inauguração prevista para de‑ zembro de 2013. Já o novo empreendimento em Foz do Iguaçu, com 189 apartamentos e salas de eventos com capacidade total para 600 pessoas, foi inaugura‑ do no ano passado. They will have one unit in Salvador and more three – in Mato Grosso, Santa Catarina and Foz do Iguaçu cities. Cuiabá city will have a Slim type, 132 bedrooms and event room for 200 people. In Cam‑ boriú city, in Santa Catarina, there will be 120 bed‑ rooms and it is likely to open in 2013. The one in Foz do Iguaçu with 189 rooms and event room for 600 people was opened last year. Confira as bandeiras Learn the types of hotels Slaviero Conceptual Arquitetura focada em contexto cultural ou étnico, com ambientes e serviços diferenciados. Focus on cultural and ethnic context, with special rooms and services. Slaviero Suites Amplas e confortáveis suítes, completa infraestrutura, exclusivo serviço de mordomias que disponibilizam ao hóspede auxílio em suas tarefas diárias. Big and comfortable rooms, infrastructure, exclusive service to help the guests do their daily tasks. Slaviero Executive Serviços voltados ao executivo, com funcionalidade e estrutura moderna. Service for businessmen, modern structure and functions. Slaviero Slim Hotelaria econômica com auto-atendimento, que reduz custos e garante agilidade dos serviços. Economic hotel with self‑service to reduce expenses and a fast service. Bahia oportunidades - terra de bons negócios 67 Bons Negócios Good Business Ceasinha chic e completa infraestrutura. O projeto de requalificação do novo mercado prevê investimentos de R$ 24 milhões, que, com a ampliação, passará a ter 125 boxes, 45 lojas e 12 restaurantes. Enquanto a nova Ceasinha não chega, comerciantes e clientes vão tocando o mercado instalado provisoriamente na área da antiga Cesta do Povo. Fashionable Ceasinha market E stá prevista para setembro de 2013 a entrega da nova Ceasinha do Rio Vermelho. Com projeto dos arquitetos baianos André Sá e Francisco Mota, o equipamento marca uma nova fase na construção dos mercados populares em Salvador: conforto, higiene It is supposed to be ready in 2013, September in Rio Vermelho District. Projected by the architects André Sá and Francisco Mota, it is the first of many new popular markets in Salvador: comfortable, clean and with infrastructure. The project to renew the market will spend R$24 million, and it will be bigger with 125 booths, 45 shops and 12 restaurants. Meanwhile, shopkeepers and clients are in the previous Cesta do Povo supermarket area. Salon du Chocolat A Pás de vento A Aeris Energy será a primeira fabricante de pás eólicas a se instalar na Bahia. Com investimento de R$ 117 milhões, a fábrica vai gerar 800 empregos e, na sua capacidade máxima, produzirá duas mil pás por ano. A unidade será instalada em Feira de Santana em um terreno de 400 mil metros quadrados. Wind blade Aeris Energy will be the first wind blade factory in Bahia. It has spent R$117 million and will have 800 jobs and produce two thousand blades a year. The unit will be in Feira de Santana in a 400 thousand m² area. A Paquetá Esportes inicia pela Bahia a sua expansão na região Nordeste, com a abertura de uma loja no Shopping Bela Vista. A proposta é implantar até 15 lojas em todo o Nordeste e duas a três unidades no Estado baiano. O grupo gaúcho já está presente no estado, onde mantém uma fábrica de tênis Ortopé – linha infantil –, Adidas e Oakley. Reconhecida como The first store in Bahia — Paquetá Esportes company has started its expansion in Bahia by opening a store in Bela Vista shopping center and will be in other states in Northeast. The company intends to have up to 15 stores in Northeast and two or three branches in Bahia. The group from Rio Grande do Sul state is already in Bahia with Ortopé shoes factory – for children -, Adidas and Oakley. Paquetá Corporation is known as the largest sporting goods company in Brazil and will open more than 50 stores throughout Brazil by 2014, before world cup. Cara nova C nquanto levanta a fábrica em Camaçari, o grupo Boticário dá início à construção do seu centro de distribuição. Por razões logísticas, a empresa decidiu instalar o centro em Feira de Santana, na área de influência do Centro Industrial do Subaé. om novo layout, o SAC Empresarial da Boca do Rio será referência no modelo de gestão, formato e operacionalização em 20 municípios baianos. Em uma área de 300 metros, o empreendedor tem à disposição todos os serviços necessários à abertura e legalização da empresa. Apenas nos três primeiros meses do ano, foram abertas 383 empresas por lá. Boticário group The factory is being built in Camaçari city, and so the distribution center. Because of logistic, the company has decided the center should be in Feira de Santana, in Subaé Industrial Center. New layout — SAC in Boca do Rio district has new layout and will be an ideal model in management, shape and operation for 20 cities in Bahia. The area is 300 meters where the businessmen can organize their companies’ documents. 383 companies were organized there in the first three months of the year. E 68 Salon du Chocolat Bahia has been chosen to hold the “Salon du Chocolat” and it is the first time in Latin America. The world’s largest chocolate event started in France 17 years ago and happened here in July with all chocolates known in Brazil and abroad and also it was a chance to show and sell new chocolates. Brazil is the fourth largest consumer of chocolates and the fifth largest producer of cocoa. a maior rede de varejo de artigos esportivos do Sul do país, a Paquetá Esportes faz parte da Corporação Paquetá e tem a meta de inaugurar mais 50 lojas em diversas regiões do Brasil até 2014, antes da Copa do Mundo. Primeira loja na Bahia Grupo Boticário Bahia foi o local escolhido para receber o Salon du Chocolat, que aconteceu pela primeira vez na América Latina. O maior evento mundial dedicado ao segmento teve origem na França há 17 anos. Além das marcas conhecidas no Brasil e no exterior, o Salon du Chocolat, que aconteceu no mês de julho, foi um espaço para divulgar e comercializar marcas em fase de expansão. O Brasil é 4º país consumidor de chocolate e 5º país produtor de cacau. Bahia oportunidades — terra de bons negócios de Alagoinhas. A cervejaria baiana terá capacidade de produzir 600 milhões de litros por ano e será responsável pela distribuição dos produtos do grupo para todo Nordeste. Quando a unidade de produção e o centro de distribuição estiverem operando em plena capacidade, a estimativa de faturamento anual da cervejaria é da ordem de R$ 3,7 bilhões. Itaipava investe na Bahia R esponsável pela produção das cervejas Itaipava e Crystal, o grupo Petrópolis vai investir R$ 1 bilhão na implantação de uma fábrica na Bahia. A empresa, que só atuava na região Sudeste, começa a operar no Estado em maio de 2013, no município Itaipava company invests in Bahia Petropolis group, responsible for producing Itaipava and Crystal beers, will spend R$1 billion to have a factory in Bahia. The company that used to be in Southeast Brazil only will start working in Bahia in May, 2013 in Alagoinhas city. The factory in Bahia will be able to produce 600 million liters a year and will distribute the products throughout the Northeast Brazil. The factory and the distribution center are expected to sell around R$3,7 billion. Fábrica de torres na Bahia A Torrebras – do grupo espanhol Windar – será mais uma empresa europeia a se instalar na Bahia. Pegando o caminho do crescente mercado eólico, a empresa pretende instalar uma fábrica de torres para a produção da energia dos ventos. A fábrica terá endereço em Camaçari e deve começar a produzir ainda no final deste ano. Serão investidos R$ 25 milhões na construção da unidade, que terá capacidade para produzir 220 torres/ano. Towers factory in Bahia Torrebras – Windar Spanish group – will be another European company in Bahia. Following the wind market, the company intends to have a towers factory to produce wind energy. The factory will be in Camaçari and may start producing later this year. The unit will spend R$25 million to be constructed and will produce 220 towers per year. Nova logomarca O Centro Gemológico da Bahia está com nova logomarca. O conceito foi construído em cima da ideia de lapidar uma imagem que transmitisse a essência do bom aproveitamento das gemas. New logo The gemological center in Bahia has a new logo. It was made to show how important the proper use of gems is. Salvador ganha seu oitavo grande shopping C Made in Bahia om investimento inicial de R$ 175 milhões, 50 mil metros quadrados e 196 lojas, o shopping Bela Vista abriu suas portas ao público. Com a geração de quase cinco mil empregos, entre diretos e indiretos, nas fases de construção, operação e futura ampliação, o empreendimento surgiu com a proposta de ser o primeiro grande centro de compras integrado ao maior complexo imobiliário da capital baiana. Duas novas etapas de ampliação estão previstas e irão totalizar 74 mil metros quadrados. om design desenvolvido em Camaçari, na Bahia, a Ford lançou o novo EcoSport, carro mundial da marca. O utilitário esportivo brasileiro será vendido em mais de 100 países e chegará ao mercado nos próximos meses. Com sotaque baiano, o EcoSport também será fabricado na Tailândia, Índia e China. Salvador city has its eighth large shopping center — With an ini- Made in Bahia — Ford has launched the new EcoSport tial investment of R$ 175 million, Bela Vista shopping center is 50,000 m², and has 196 stores. There have been almost five thousand jobs to build, work and expand it. The project appears to be the first big shopping center in a realty building complex in Bahia, and it will be 74,000 m². model designed in Camaçari, the worldwide car. The Brazilian car will be sold in over 100 countries and will go on sale in the coming months. The EcoSport from Bahia will be produced also in Thailand, India and China. C Bahia oportunidades — terra de bons negócios 69 investir na bahia investing in bahia Schin aposta na capacitação e no potencial da Bahia para crescer 70 Bahia oportunidades - terra de bons negócios © divulgação A Schincariol começou em 1939 como uma empresa familiar com um único pro‑ duto, consolidou‑se no mercado e transformou‑se em uma grande empresa com amplo portfólio de bebidas. Hoje, subsidiária da Kirin Holdings, é a segunda maior cervejaria do Brasil, está entre as 15 maiores do mundo e possui um dos maiores par‑ ques de produção da América do Sul. Possui 13 unidades fabris e 11 cen‑ tros de distribuição em 11 estados brasileiros, com capacidade produtiva em torno de cinco bilhões de litros por ano, entre cervejas, chopes, refri‑ gerantes, sucos e águas, atendendo a variados perfis de consumo. O mercado de trabalho brasileiro vive um momento especial pela riqueza de oportunidades e pela escassez de mão de obra qualificada, influenciada pelos altos investimentos, em especial na região Nordeste. Assim, o desenvol‑ vimento e aprimoramento dos funcio‑ nários sempre foi um direcionamento estratégico da Schincariol: a empresa investe em práticas pioneiras e inovado‑ ras para proporcionar conhecimento. São diversas metodologias, como e‑learning, games e exercícios viven‑ ciais. Todas as ações são realizadas pela Academia Schin, com atuação em todo o Brasil e o objetivo de pro‑ mover o desenvolvimento de funcio‑ nários e parceiros Schincariol. O Portal da Academia Schin, Siste‑ ma de Gestão de Aprendizagem (LMS), foi implementado para proporcionar um ambiente de aprendizado diferen‑ ciado com diversas soluções instrucio‑ nais e informacionais para o desenvolvi‑ mento de competências. Outra iniciativa é a Oficina Escola, incentivada pela Me‑ todologia TPM (Total Performance Ma‑ nagement), que foca na capacitação dos funcionários da área fabril, transpor‑ tando a sala de aula para um ambiente no qual o conhecimento é praticado com ferramentas e equipamentos. Américo Garbuio Junior * A unidade fabril de Alagoinhas, detentora da maior capacidade de produção da Schincariol, é um grande exemplo para reforçar o quanto é im‑ portante investir na capacitação de pessoas. Inaugurada em 1997, a uni‑ dade tem atendido com sucesso às demandas do mercado, subsidiada pela evolução de seus volumes de produção e pelo desenvolvimento dos mais de 850 funcionários. Outro destaque na Bahia são os dois centros de distribuição em Salva‑ dor, inaugurados em 2002, responsá‑ veis pela venda e entrega dos produ‑ tos Schincariol em toda a região metropolitana, contando com mais de 700 funcionários. A unidade fabril de Alagoinhas e os dois centros de distribuição de Salvador contabilizaram, em 2011, mais de 110 mil horas de treinamento e capacitação. O ano de 2012 promete resultados ain‑ da maiores do que o ano passado. A Schincariol sempre acreditou no potencial desta região e espera continuar contribuindo para o cresci‑ mento e desenvolvimento das áreas de sua atuação. Schin believes Bahia has the capacity and potential to make the company be successful S chincariol started in 1939 as fam‑ ily business with a single owner and is strong in the market and now is a great company in beverages busi‑ ness. It is Kirin Holdings’ subsidiary and the second largest beer company in Brazil, among the largest 15 in the world and has one of the biggest production places in South America. It has 13 plants and 11 distribution centers in 11 Brazilian states to produce around 5 billion liters per year of beer, soft drink, juice and water for serving many types of costumers. Brazil has many jobs and has not enough skilled labor because of all proj‑ ects mainly in Northeast. Thus, Schincari‑ ol has always made the workers skilled: the company has spent in e-learning, games and experiential exercise. Schin academy does it in Brazil to promote and develop employees and partners. Schin academy portal, Learning Managing System (LMS) was created for teaching and has institutional and informational solutions to develop com‑ petency. There is also the School Work‑ shop helped by TPM (Total Performance Management) which focus on teaching the employees in the plants, so the class‑ room is in a place to practice with tools and equipment. The plant in Alagoinhas city, the larg‑ est one, is an example to show how im‑ portant is to teach people. It was opened in 1997 and has successfully met the market demand, assisted by great pro‑ duction and its 850 skilled employees. The distribution centers in Salvador are also very important, opened in 2002 they are responsible for selling and deliv‑ ering Schincariol products in Metropoli‑ tan area and has over 700 employees. The unit plant in Alagoinhas city and the two distribution centers in Salvador spent over 110 thousand hours in train‑ ing and teaching in 2011. This year will be even more successful than last year. Schincariol has always believed that is a great area and helps to develop it. *Américo Garbuio Junior é diretor de desenvolvimento humano e organizacional da Schincariol. Americo Garbuio Junior is the director of Human and Organizational Development in Schincariol.