Energia paraense - CREA-PA
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Energia paraense - CREA-PA
ELEIÇÃO Sistema Confea/ Crea/Mútua promove eleições gerais Pag. 22 Revista REAPA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará Outubro 2014 - Ano III - Nº 11 Por que o estado do Pará foi contemplado com um aumento de mais de 30% na conta de energia se somos um dos maiores produtores do País? Como é feita essa matemática que onera os bolsos de consumidores residenciais, comércios e indústrias, refletindo no aumento de alimentos, produtos e serviços em geral? Pag. 10 Aeroclube pode se tornar parque ambiental Pag 14 Foto Fabian Gomes ÁREA VERDE CURSO ACERVO TÉCNICO Engenharia FerroDocumento comprova atividades desenvolvidas viária e Logística é inédito no país e registradas no CREA Pag. 08 Pag. 20 Foto Shutterstock Imagens Energia paraense ARTIGO TÉCNICO SANIDADE DE SEMENTES FLORESTAIS NATIVAS: FATOR PREPONDERANTE NO SUCESSO DO REFLORESTAMENTO E NO ENRIQUECIMENTO DA VEGETAÇÃO EM ÁREAS ANTROPIZADAS Ruth Linda Benchimol Engenheira Agrônoma e pesquisadora do Laboratório de Fitopatologia, da Embrapa Amazônia Oriental Noemi Vianna Martins Leão Engenheira Florestal e pesquisadora do Laboratório de Sementes Florestais, da Embrapa Amazônia Oriental A região amazônica é destaque mundial por sua biodiversidade e por proporcionar a oferta de seus produtos para o planeta. No entanto, as taxas de desflorestamento na região evidenciam a transformação de áreas de florestas naturais em áreas de produção de alimentos e/ ou exploração madeireira, contribuindo significativamente para a perda de valioso material genético da fauna e flora. Estes dados apontam para a necessidade de obtenção de mudas de espécies florestais em grande quantidade e qualidade, para fins de reflorestamento, recuperação de áreas degradadas e para o enriquecimento de áreas antropizadas. Grande parte das espécies florestais nativas é propagada via sementes, sendo fundamental a disponibilidade de material propagativo de origem conhecida e de boa qualidade fitossanitária e genética. A Patologia de Sementes estuda as implicações relativas à associação de fitopatógenos com sementes, em todas as etapas do seu sistema de produção e uso, tendo por objetivo principal o controle das doenças propagadas por sementes, as quais podem abrigar e transportar micro-organismos. Indica, portanto, a ausência ou presença de patógenos e o seu nível de inóculo pode evitar a entrada de patógenos em áreas onde ele ainda não existe, evita a disseminação de patógenos para áreas adjacentes e auxilia na aplicação de tratamento apropriado para diferentes lotes de sementes. Sementes provenientes de frutos coletados no solo, no geral, apresentam maior incidência de fungos e baixa germinação, tendo qualidade inferior às provenientes de frutos colhidos na árvore, as quais são menos contaminadas por agentes patogênicos e apresentam maiores taxas de germinação, vigor e sanidade. Os sistemas agroflorestais podem, portanto, sofrer 2 Revista PA Sementes de acapu sadias (esquerda) e contaminadas por fungos (direita) perdas econômicas consideráveis com a ocorrência de fitopatógenos. A importância da patologia de sementes relaciona-se com a disseminação de doenças pelo fruto, quando este é levado para o beneficiamento, evitando o apodrecimento das sementes, o que pode ocasionar perdas pela presença de fitopatógenos. Essa importância também reside no embasamento para estudos de modelos epidemiológicos, para o armazenamento de sementes e para a produção de mudas. No estado do Pará, os estudos sobre a patologia de sementes florestais foram iniciados em 1997, na Embrapa Amazônia Oriental, tendo sido detectada a ocorrência de gêneros de fungos potencialmente patogênicos em espécies como acapu, anani, amapá, cedro, cupiúba, jarina, mogno brasileiro, oiti e sumaúma, dentre outras. O laboratório de Sementes Florestais (LSF) da Embrapa Amazônia Oriental vem realizando testes de sanidade em sementes de espécies florestais nativas da Amazônia coletadas com o objetivo de se estudar a produção de sementes e mudas dessas espécies, envolvendo aspectos morfológicos de sementes e plântulas e desenvolver parâmetros tecnológicos visando à elaboração das Regras para Análise de Sementes, bem como fomentar o uso de espécies florestais nativas nos projetos de reflorestamento na Amazônia Oriental. São também detectados fungos em sementes de espécies florestais submetidas a testes de germinação no LSF, objetivando, além da identificação genérica, subsidiar medidas de assepsia para evitar contaminações em futuros testes de germinação. A importância da patologia de sementes está relacionada às sementes de árvores nativas pela exposição dos frutos à ação das chuvas, ventos, insetos e, consequentemente, aos patógenos; pela queda dos frutos no solo pela dificuldade de coleta, expondo as sementes à ação de fungos saprófitas, como Fusarium, Cylindrocladium, Verticilium, Alternaria, Rhizoctonia, Phytium e outros; pelas contaminações fúngicas disseminadas para outras sementes quando frutos atacados são levados para o beneficiamento, as quais poderão ocasionar a perda das sementes por apodrecimento, quando associadas a outros fatores como umidade, temperatura e época de colheita das sementes. Como medidas preventivas e de controle para evitar a contaminação e perda de sementes florestais, os frutos devem ser coletados antes do período de maturação e, após a coleta, deve ser feita a desinfestação superficial das sementes com água oxigenada ou hipoclorito de sódio. Desinfestações periódicas das câmaras de armazenamento de sementes e o expurgo dos lotes de sementes, assim como a aplicação de produtos químicos registrados para o controle de fitopatógenos são medidas auxiliares na redução dessas perdas. 10 Energia do Pará 14 Parque Ambiental 18 NOSSAS SEÇÕES Agenda Expressas Por dentro do Crea Eleição Livros Entrevista 4 5 8 22 23 20 Ferrovias Revista PA 3 CREA-PA ESPAÇO DO LEITOR Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará Câmara Especializada de Engenharia Civil e Geologia e Minas Coordenador: Eng. Civil Carlos Eduardo Domingues e Silva Adjunto: Eng. Civil/Mecânico José da Silva Neves Câmara Especializada de Engenharia Elétrica Coordenador: Eng. Eletricista Adalziro Antônio de Souza Duarte Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, Metalurgia e Química Coordenador: Eng. Mecânico Eduardo Barros Virgolino Adjunto: Eng. Naval Juarez Botelho da Costa Jr. Membro Eng. Civil Alexandre de Moraes Ferreira Suplentes Eng. Agrônoma Layse Goretti Bastos Barbosa Eng. Agrônomo Raimundo Cosme de Oliveira Jr. Coordenador do Núcleo de Relações Institucionais - NRI Relações Públicas Marcelo Rodrigo da Silva Pantoja Ascom CREA-PA: Ercília Wanzeler Esta é uma publicação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) executada pela Holy Comunicação e Editora (Rua Manoel Barata, 1569. Reduto. CEP 66053-320. Fone 91 3218-4698) Diretores: Alexandre e Olinda Mendes Edição: Mara Góes DRT/PA 1.430 Reportagens e textos: Luciana Cavalcante, Marta Cardoso e Orlando Cardoso Fotos: Fabian Gomes (DRT/PA 1.307), Hilário Jr., Agência Pará, Agência Belém, banco de imagens e arquivo dos entrevistados Diagramação e arte: Holy Comunicação Tratamento de imagens: Elias Portilho Comercialização: Olinda Rodrigues e Rodrigo Pinho Impressão: Gráfica Halley *Sua opinião é muito importante. Mande seus comentários e sugestões para [email protected]. 4 Revista CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia PA Produção regional ALIMENTOS “A segurança alimentar e sanitária dos produtos típicos regionais é mais um ponto positivo para ampliar a produção e fazer crescer a paixão pelos sabores daqui mundo afora”. Bernardo Antônio Costa, por email MINERAL “Esclarecedora a matéria sobre o Plano Mineral paraense. Ações nesse sentido só vão valorizar o que é nosso”. Joaquim Rolim, por email ARTIGO “Muito interessante o artigo publicado na edição 10. A pesquisa nunca deve ser deixada de lado.” Laíde Braga, Belém-PA Revista Coordenadora Adjunta Eng. Agrônoma Ana Maria Pereira de Faria Engenharia e Agronomia do Pará Agosto 2014 – Ano III – Nº 10 Pag. 08 REAPA COMISSÃO EDITORIAL Coordenador Geólogo José Waterloo Lopes Leal Justiniano Netto e o Programa Municípios Verdes Revista Conselho Regional de Os produtos mais famosos da culinária paraense – açaí, queijo do derivados da mandioca Marajó, (maniva, tucupi, farinha e goma) e a massa de carangue jo – agora devem seguir protocolos sanitários rigorosos a fim de garantir espaços comerciais legalizados e dar fim à clandestinidade dos produtos artesanai s comestíveis de origem animal e vegetal em todo o Estado do Pará. Com o registro de origem, esses itens podem ganhar o mundo e conquista r ainda nossos sabores exóticos. mais fãs aos Pag. 10 minérios Conheça o Plano Mineral do Estado Pag. 14 Foto Jeremy Bigwood DIRETORIA 2014 Presidente Eng. Agrônomo Antonio Carlos Albério 1º Vice-Presidente Eng. Eletricista Beatriz Ivone Costa Vasconcelos 2º Vice-Presidente Eng. Civil/Arquiteto Alexandre de Moraes Ferreira 1º Secretário Eng. Eletricista Ricardo Guedes Accyoli Ramos 2º Secretário Eng. Mecânico Fábio Luiz Castro Marinho 1º Tesoureiro Eng. Agrônomo Benedito Elias de Souza Filho 2º Tesoureiro Eng. Produção Leony Luiz Lopes Negrão CÂMARAS ESPECIALIZADAS Câmara Especializada de Agronomia e Florestal Coordenador: Eng. Agrônomo Rui de Souza Chaves Adjunto: Eng. Agrônomo Raimundo Cosme de Oliveira Jr. entrevista REAPA Foto Arquivo Holy Editora Sede: Tv. Doutor Moraes, 194 • Nazaré • Belém-PA • CEP 66.035-080 Fone/Fax: (91) 3219-3402 / 3219-3403 / 3219-3404 / 3219-3408 Funcionamento: 2ª feira a 6ª feira das 8h às 16h E-mail: [email protected] Ouvidoria: (91) 3219-1132 / 3219-1136 ou [email protected] / www.creapa.com.br sitac livros Novo sistema de Leituras informações técnicas horizontepara ampliar s profissioe administrativas nais Pag. 18 Pag. 23 Mande seu recado Se você quer fazer comentários, sugestões, críticas ou tirar dúvidas sobre os temas publicados na Revista Crea-PA, entre em contato pelo e-mail [email protected]. agenda EXPOSIBRAM AMAZÔNIA 4º Congresso de Mineração da Amazônia e Exposição Internacional de Mineração da Amazônia Data: 18 a 20 de novembro Local: Hangar (Belém-PA) Inf.: www.exposibramamazonia.org.br Inf.: www.connectoncursos.com.br/ fiscaisegestores/ Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia Data: 11 a 13 de novembro Local: São Paulo-SP Inf.: www.feiplar.com.br Curso Obras Públicas: 100 Erros. Inédito no Brasil, este treinamento apresenta um dos grandes desafios encntrados na condução das obras públicas: a conclusão dos empreendimentos ns parâmetros previstos em custo, prazo e qualidade. O que deve ser feito para que esses erros sejam evitados? Quais as medidas estruturantes a serem implantadas para que a organização consiga resolver definitivamente erros desse tipo? Data: 11 e 12 de dezembro Local: Brasília-DF Inf.: http://aprimora.com/ CONNECTON - 1º Encontro Nacional de Fiscais e Gestores de Contratos de Obras e Serviços de Engenharia na Administração Pública Data: 11 a 13 de novembro Local: Foz do Iguaçu-PR AVESFEST 2014 – Festival da Avicultura Paraense Data: 7 de novembro Local: Santa Izabel-PA Expressas UFPA terá Mestrado em Engenharia Naval Em parceria com a University of Southampton, da Inglaterra, a Universidade Federal do Pará (UFPA) dará início em março de 2015 o seu Mestrado em Engenharia Naval. O curso pretende desenvolver pesquisas aplicadas à Região Amazônica e possibilitar aos engenheiros do Norte e Nordeste que se especializem na área, sem a necessidade de se deslocarem para outras regiões do Brasil. O Mestrado terá as seguintes linhas de pesquisa: tecnologia naval, que envolverá a área de hidrodinâmica, projeto e construção naval; e a área de transportes aquaviários, que envolverá a área de transportes, hidrovias e portos. Serão disponibilizadas 14 vagas por meio de um processo de seleção a ser iniciado em janeiro de 2015. Três novas reservas extrativistas no Pará O Ministério do Meio Ambiente (MMA) instituiu três novas Reservas Extrativistas (Resex) no Pará. São elas: a Resex Mocapajuba, com 21.029 hectares em São Caetano de Odivelas, a Resex Cuinarana, com 11.037 hectares no município de Magalhães Barata, e a Resex Mestre Lucindo, com 26.465 hectates em Marapanim. Além disso, o MMA também anunciou a ampliação da Resex Marinha Araí-Peroba, no município de Augusto Corrêa, que passará a ter 50.555 hectares. A iniciativa atende às demandas apresentadas em encontros como o II Chamado dos Povos das Florestas, no Marajó, em novembro de 2013. GT Mútua é instalado no Confea e analisa temas como descentralização financeira e planos de saúde O Grupo de Trabalho Mútua promoveu sua reunião de instalação no dias 30 e 31 de outubro, no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Coordenado pelo presidente em exercício do Confea, engenheiro civil, mecânico e de segurança do trabalho, Júlio Fialkoski, o GT tem ainda como integrantes os conselheiros federais Mário Amorim e Paulo Roberto Viana, o primeiro representando o plenário e o segundo a Comissão de Ética e Exercício Profissional (Ceep); o presidente em exercício do Crea-MT, engenheiro eletricista Marcos Vinícius Santiago da Silva, pelo Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea, e o diretor de Benefícios da Mútua, engenheiro agrônomo Ricardo Veiga. Descentralização financeira, a constituição de planos de saúde e de previdência próprios e ainda a possibilidade de complementação de salário para o associado afastado do trabalho por motivo de doença estão entre os itens a serem analisados num plano de trabalho elaborado pelos integrantes do GT, que tem 150 dias para apresentar suas conclusões ao plenário do Confea. “Vamos esclarecer o papel da Caixa, o que oferece hoje e os planos a serem oferecidos aos associados, além de avaliar o que podemos fazer para melhorar”, comentou o presidente em exercício do Confea. “O trabalho será de imensa valia para a Mútua”, ratificou o diretor de Benefícios da entidade. Revista REAPA 5 Foto Reprodução Fapespa Fapespa lança edital para bolsas de Pós-Doutorado Para fortalecer os programas de pós-graduação stricto sensu do Estado, a Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa (Fapespa) lançou o Edital nº 014/2014, de Bolsas de Pós-Doutorado no País e Taxa de Bancada, em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). São seis bolsas ofertadas pela Capes, com a distribuição de taxa de bancada pela Fapespa, destinadas aos programas de pós-graduação stricto sensu recomendados pela Capes e vinculados às Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e Instituições de Pesquisas localizadas no Pará. As inscrições seguem até às 17h do dia 2 de fevereiro de 2015, no site da Fapespa. O valor mensal da bolsa é de R$ 4,1 mil, a ser pago pela Capes. Já a taxa de bancada será de R$ 33, 6 mil para cada bolsista financiado, provin- dos da Fapespa. As propostas passarão por três etapas de análise e seleção. A primeira é a de Enquadramento, em que as propostas serão analisadas pela Diretoria Científica (Dicet) da Fapespa para verificar se a documentação está correta e se atende aos pré-requisitos do Edital. A outra fase de avaliação é a Análise de Mérito e Relevância das propostas, realizada por um comitê avaliador formado por consultores ad hoc. Por fim, haverá a homologação do resultado pelo Diretor Científico da Fapespa e pela Diretoria de Programas e Bolsas da Capes. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (91) 3323-2564. Estudantes paraenses conquistam medalhas na Olimpíada Nacional de Astronomia e Astronáutica Concorrendo com alunos de diversas escolas de todo o país, seis alunos paraenses conquistaram medalhas de ouro, prata e bronze na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), cujas provas foram aplicadas em maio deste ano. Alunos de cursos técnicos do Instituto Federal do Pará (IFPA), a maioria dos estudantes vencedores já representa o Estado em olimpíadas educativas há algum tempo. Realizada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a ENDICOM 6 Revista PA olimpíada é composta por uma prova de questões subjetivas que são aplicadas aos alunos inscritos nos próprios institutos em que estudam. Ao todo, 519 escolas do Pará participaram da OBA e os alunos do IFPA foram o grande destaque. Após cinco anos de adequação, o Pará já conta com uma empresa registrada como o primeiro estabelecimento de Processamento Artesanal do Caranguejo. Trata-se da microempresa paraense Filé do Mangue, de Bragança, que no início do mês de outubro recebeu seu registro da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). Esta é a primeira unidade agroindustrial privada de produção de carne de caranguejo do Estado e, do Brasil, a receber a autorização para comercialização. A liberação para extração e venda deu-se mediante o cumprimento de normas e procedimentos técnicos que garantem padrão sanitário e um produto isento de contaminação. Para o empreendimento, que vai gerar emprego a 136 trabalhadores da Foto Agência Pará Empresa paraense recebe autorização para comercialização da carne de caranguejo Empresa segue todas as orientações para a segurança sanitária, como bancadas de inox e utensílios esterilizáveis comunidade do Treme, foi necessário um investimento na ordem de R$ 250 mil. A estrutura permitirá uma produção de 150 quilos de carne de caranguejo por dia, uma extração que envolve a captura de cerca de 3 mil caranguejos diariamente. A comercialização da carne de caranguejo estava suspensa no Pará desde 2009, a fim de garantir a segurança sanitária e alimentar do consumidor. Com a autorização para comercialização, a primeira unidade de beneficiamento da carne de caranguejo já entra em funcionamento com a capacidade de produção direcionada para clientes no mercado paraense e com vistas a crescimento imediato. E outras três empresas também estão em processo de regularização e adequação no Estado pela Adepará. Exame de proficiência para a Engenharia é tema de debate no XIV Conemi O XIV Congresso Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial – XIV Conemi realizado em setembro, em Salvador/BA, pela Federação Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial (Fenemi), debateu a implantação do exame de ordem para os profissionais da Engenharia e da Agronomia. De acordo com o subprocurador consultivo do Confea, João Augusto Lima, implantar o exame de proficiência seria muito bem-vindo. “A nossa experiência nos leva a crer que o sistema educacional do país não é capaz de assegurar que os egressos terão necessariamente os conhecimentos adequados para o exercício profissional”. No entanto, Lima indicou três problemas operacionais que inviabilizam a realização do exame: a dificuldade de unificação das provas em todo o território nacional; a necessidade de criação de uma estrutura dentro do Sistema Confea/Crea exclusivamente voltada para a realização do exame; e a dificuldade de formulação de exame que contemple os mais de 300 títulos profissionais, com atuações e práticas diversas, abrangidos pelo Sistema. Durante a apresentação, o consultor jurídico do Confea também ressal- tou que, no 8º Congresso Nacional de Profissionais (CNP), os profissionais rejeitaram a proposta de criação de um exame de ordem. “As propostas do CNP não são determinativas, mas isso ilustra que parte significativa dos profissionais ainda não aprova a ideia, o que pode ser relacionado aos obstáculos colocados anteriormente”. João Lima ponderou que medidas como educação continuada e certificação profissional servem de alternativas para assegurar que os profissionais formados tenham os conhecimentos necessários para atuação. Revista PA 7 POR DENTRO DO CREA Acervo Técnico Documento comprova a qualificação do profissional e atesta a competência da empresa onde ele trabalha P ara o profissional de Engenharia, o acervo técnico é a comprovação do conjunto das atividades desenvolvidas e registradas no CREA por meio da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ao longo da sua vida profissional, estando as mesmas compatíveis com suas atribuições. A manutenção do acervo técnico é feita pelo profissional, que deve registrar no CREA cada atividade desenvolvida, por meio da ART. O registro das atividades é feito da seguinte forma. Ao final de cada obra ou serviço é fornecido ao profissional o Atestado Técnico, que é uma declaração do contratante da obra ou serviço, pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, que atesta a execução da obra ou a prestação de serviço e identifica seus elementos qualitativos e quantitativos, bem como o local e o período da execução, os responsáveis técnicos envolvidos e às atividades técnicas executadas. De posse do Atestado Técnico, o profissional solicita ao CREA a emissão de sua Certidão de Acervo Técnico (CAT), que é o instrumento que certifica, para os efeitos legais, as obras ou serviços técnicos registrados no CREA e que constituem o acervo técnico do profissional. Possuir um Acervo Técnico atualizado é uma obrigatoriedade legal. A Lei 8666/93, que rege as licitações públicas e 8 Revista PA instituiu as normas para licitações e contratos da Administração Pública, traz no Inciso II do Artigo 27 a exigência de que, para habilitação nas licitações, os interessados devem fornecer a “qualificação técnica” devidamente comprovada através de documentação, conforme estabelecido na alínea “a” do parágrafo 1° do Art. 30 da referida lei. A lei diz que a comprovação de aptidão referida no inciso II do “caput” do Art. 30, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registradas nas entidades profissionais competentes. Mais especificamente, o licitante comprova sua capacitação técnico-profissional ao apresentar, em seu quadro permanente, na data prevista para a entrega da proposta, um profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas às parte mais relevantes e de valor mais significativo do objeto da licitação. A lei veda as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos. Portanto, só a apresentação da Certidão de Acervo Técnico é capaz de satisfazer essa exigência legal. Dessa forma, o profissional que mantém seu acerto técnico atualizado está preparado para participar de certames licitatórios que tenham por objeto atividades já desenvolvidas por ele, e ser contratado por empresas devido à composição de seu acervo. O CREA-PA lembra que o acervo técnico, pela sua natureza, não possui prazo de validade. Assim, as certidões emitidas aos arquitetos pelos CREAs continuam em vigor, mesmo já fazendo parte de um conselho profissional próprio. Após a saída desses profissionais do sistema, cabe ao novo Conselho a emissão das certidões a estes profissionais. A Certidão de Acervo Técnico é o instrumento que certifica, para efeitos legais, as atividades registradas no CREA, que constituem o acervo técnico do profissional. Para que serve o CAT? Quem emite a CAT? Para provar a capacidade técnica do profissional, com base nas atividades desenvolvidas e registradas na Anotação de Responsabilidade Técnica – ART. A CAT é emitida pelo CREA e certifica, para os efeitos legais, as atividades registradas pelo profissional contidas do seu Acervo Técnico. Qual a utilidade do CAT para a pessoa jurídica? Comprovar pelo conjunto dos acervos técnicos dos profissionais do seu quadro técnico a aptidão da empresa, que recebe, quanto qualidade, a Certidão de Capacidade Técnica. Onde requerer a CAT? A CAT será requerida pelo profissional no CREA em cuja jurisdição está sendo ou foi realizado e registrado o serviço, munido do requerimento e da documentação exigida em resolução específica, com indicação do período ou especificação do número das ARTs que constarão da certidão. O que é a baixa de ART? A Baixa da ART certifica, para os efeitos legais, a conclusão da participação do profissional em determinada atividade técnica, sem o eximir ou a pessoa jurídica contratada das responsabilidades administrativa, civil ou penal, se for o caso. FONTE: Resolução nº 1025, de 30 de outubro de 2009, do Confea. Revista PA 9 CAPA energia paraense é tão cara? O s paraenses têm respirado fundo antes de abrir a conta de luz. É assim desde agosto quando entrou em vigor o reajuste de 34,96% na tarifa de energia, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Eu fiquei apavorada”, desabafa a proprietária de salão de beleza Ecirene Baars. Acostumada a pagar fatura de R$ 600/mês ela viu a conta dobrar e desde então tem buscado alternativas para diminuir o consumo de energia. Já desativou uma das áreas do salão, não deixa todas as lâmpadas acesas, além de ter abandonado alguns modelos de chapinha que consomem muita energia. Não tem sido fácil para ela nem para os demais consumidores do Pará, forçados a economizar. Da mesma forma, também é difícil entender como a tarifa ficou tão alta. No centro da questão está uma vilã: a falta de chuvas no Brasil. No primeiro momento os paraenses apenas acompanhavam as notícias sobre escassez de chuvas nas outras regiões do Brasil sem imaginar que o problema também iria afetar o nosso bolso. Mas o que temos a ver com a chuva do vizinho? Tudo, considerando que nosso sistema energético é interligado e funciona como uma espécie de condomínio. Com o volume baixo de chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, onde fica a maior parte das hidrelétricas, o custo de geração de energia deu um salto. Isso porque o Operador Nacional do Sistema Elétrico Revista 10 PA (ONS) recorreu a usinas térmicas para garantir energia em todo o país. A questão é que as termoelétricas, que produzem energia a partir da queima de combustíveis fósseis, têm custo bem mais elevado. Nesse contexto a Celpa solicitou o reajuste à Aneel, justificando a necessidade na escassez de chuvas, que afetou todas as distribuidoras do país. Daniele Teixeira de Araújo, líder de tarifa e comercialização da Celpa, explica que a energia que consumimos é adquirida de todas as usinas do país através de leilão. O setor elétrico utiliza o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) onde só se compra de quem está ofertando energia, independentemente da origem (térmica, hidráulica, biomassa, etc). Segundo a Celpa não é possível prever se haverá necessidade de novo reajuste já que as atualizações tarifárias da concessionária acontecem somente no mês de agosto. Assim, o possível reajuste em 2015 só poderá ser feito levando em conta o contexto de chuvas do período. Se houver reajuste, para mais ou para menos, o pedido deve ser feito a Aneel no prazo de 60 dias antes da homologação. Para encontrar o valor que cada um vai pagar mensalmente a Celpa realiza um cálculo baseado nos valores homologados pela Aneel, com taxas variáveis de acordo com o perfil do consumidor: residencial, rural, baixa renda, industrial, etc. Aquilo que cada um consome é multiplicado pela tarifa para Foto Shutterstock Imagens Por que a se achar a despesa. Sobre isso incide todos os impostos, inclusive de taxa de iluminação, para se achar o total da fatura. Do total do reajuste de 34,96% a Celpa diz que apenas 1,61% fica com a empresa, sendo 3,99% de reajuste dos encargos setoriais e pagamento das transmissoras. A maior parte 29,36% seria de aumento de despesas com compra de energia. Sendo assim, em uma fatura de R$100,00 a empresa ficaria com R$21,20. SEIS POR MEIA DÚZIA Fora o reajuste anual feito em agosto, só é possível reduzir tarifa através de medidas extraordinárias, como aconteceu em janeiro de 2013. Naquele mês a Aneel aprovou novas tarifas com efeito médio de redução de 20,2%. Para os consumidores residenciais no Pará o desconto foi de 18,83%. Alegria que durou pouco com o anúncio do reajuste de agosto de 2014. Por isso, manter novos hábitos de consumo tem sido um desafio. Na rotina do salão de beleza a empresária Ecirene Baars diz que não é fácil economizar e ao mesmo tempo agradar os clientes. O ar-condicionado fica parado “mas quando a cliente diz que está muito calor eu vou lá e ligo de novo”, diz. Para não continuar aumentando o preço dos serviços do salão a empresária pensa em criar promoções para aumentar a quantidade de clientes e driblar a “mordida” da conta de luz. MPF questiona aumento da tarifa e monitora falhas no fornecimento Entenda o cálculo da tarifa que você paga A fatura dos mais de 2 milhões de clientes paraenses é composta pelas parcelas A e B. Encargos de transmissão Geração de energia Encargos gerenciais Responsável pelo aumento das faturas, pois segundo a Celpa é a parte não-gerenciável pela empresa e que foi afetada pela falta de chuvas Custos operacionais Remuneração e investimentos Atualização monetária. Parte gerenciável pela Celpa Depreciação Custo de Energia- geração gerenciáveis e, da Parcela B, onde estão os custos 40,90 Tributos gerenciáveis, em que se Cada Custo de inclui a remuneração do 31,60 Distribuição R$ 100 da capital, que são atualiza(Celpa) dos pelo Índice Geral de tarifa é 21,20 Preços do Mercado, da composto Encargos Custo de Fundação Getúlio Vargas por: Setoriais Transmissão (IGP-M/FGV). e Transporte 3,80 Sendo assim o re2,50 passe ao consumidor dos custos não-gerenciáveis pela Celpa (parcela A) estão regulares diante COMPOSIÇÃO DOS da legislação. Já nos cus34,96% DE REAJUSTE NA TARIFA DE ENERGIA tos gerenciáveis (parcela B) só seria permitido o 1,61% Reajuste da parcela que fica com a Celpa repasse para as tarifas Reajuste dos encargos setoriais e 3,99% atendendo ao critério de pagamento das transmissoras eficiência. Ou seja, des29,36% Aumento das despesas com compras de energia de que a distribuidora opere em conformidade com a otimização do uso dos recursos. xado a nenhum índice de inflação. A Reajuste - Pelas regras, ao final da nota explica que os critérios de reajuste vigência do reajuste se for observado estão definidos no Contrato de Concesgasto com energia diferente do que hasão, assinado entre as distribuidoras de via sido estimado, a Aneel determinará energia elétrica do país e a União. Nele, o ajuste (positivo ou negativo) através as tarifas de energia sofrem o impacto de Conta de Compensação de Variação da variação dos componentes da Parcede Valores de Itens da parcela A. la A, em que se incluem os custos não Aumento da tarifa 34,96% A questão do aumento da tarifa, que também reflete no preço dos alimentos e serviços, tem sido acompanhada de perto pelo Ministério Público Federal. Logo que o aumento foi autorizado o MPF instaurou procedimento para apurar o reajuste e cobrar informações tanto da Celpa quanto da Aneel. Segundo o MPF o procedimento ainda está em andamento. Quem está a frente é o procurador da República, Bruno Valente, que solicitou a elaboração de nota técnica pela equipe pericial da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF. Pela nota, publicada em setembro, foi concluído que o reajuste está em conformidade com a legislação em vigor. Independentemente disso o MPF no Pará tem monitorado as falhas na qualidade de serviço da Celpa, com ações que estão tramitando na Justiça. No parecer o MPF considera que, embora o reajuste esteja muito acima do razoável, a origem do problema é mais profunda e difusa, decorrendo da forma como tem se estruturado o sistema energético em todo o país. Em resposta ao pedido da equipe pericial, a Aneel reforçou que o reajuste de 2014 teve forte influência da oscilação na compra de energia de usinas termelétricas por conta da falta de chuvas e da maior necessidade de energia de usinas térmicas. A justificativa foi detalhada em resolução homologatória e nota técnica. Na análise do MPF foi observado que nos últimos sete anos, o reajuste da tarifa média do grupo residencial ficou invariavelmente acima da inflação. Nesse período, a tarifa média só ficou abaixo dos índices de inflação em 2013, após Medida Provisória nº 579/2012, sobre a antecipação da renovação das concessões. No entanto, o cálculo do reajuste tarifário anual não está inde- Revista PA 11 Perdas de energia também elevam custo Além da chuva, a equipe pericial do MPF aponta que a situação é agravada pelo alto índice de perdas de energia, associadas a deficiências físicas das instalações, da manutenção e da distribuidora, e que não devem ser repassadas para o reajuste da tarifa. Para reduzir as perdas a Aneel definiu em resolução de 2006 metas regulatórias, levando em consideração a realidade socioeconômica da área e o histórico de perdas da concessionária. Assim, a agência definiu que a meta da Celpa em 2014 é de 34%. A meta, segundo o parecer do MPF é muito alta considerando que 37,78% da energia comprada abastece um mercado irregular que não arca com o custo do benefício - os famosos “gatos” e “gambiarras”. A equipe pericial informa que a nota técnica da Aneel referente ao reajuste da Celpa não Revista 12 PA faz qualquer avaliação das razões que prejudicaram o alcance da meta pela concessionária nem menciona se a meta foi ou não alcançada. Também é apontado como fator agravante ao reajuste o processo de antecipação da renovação das concessões promovido pelo governo federal por meio da Medida Provisória nº 579/2012, transformada na lei nº 12.783/2013, que deixou as distribuidoras de energia expostas ao mercado de curto Prazo, chamado “spot”. Ela ocorre porque algumas empresas geradoras de energia optaram por não antecipar a renovação das concessões nos termos definidos pelo Governo Federal, em setembro de 2012. No parecer é destacado que, apesar do custo elevado de produção, o contexto não é de racionamento de energia e incentiva as famílias e empresas a usarem a energia de forma mais eficiente, evitando os gastos desnecessários. MELHORIAS Sobre as melhorias a Celpa informa que a concessionária, ainda em recuperação judicial, já comemora alguns avanços em todos os setores da empresa. Uma das ações foi a retomada do Pro g r am a de Eletrificação Rural, e através dele a Celpa deverá ligar, somente este ano, em torno de 344 mil unidades consumidoras. Deste total, 338 mil já foram ligadas em todo o Estado do Pará. A Celpa destaca que vem intensificando o combate ao furto de energia e a regularização de redes clandestinas. Segundo a empresa este ano, o investimento só nestas ações será na ordem de R$ 150 milhões. Entre os resultados estão, segundo os relatórios, a regularização de 27.038 clientes em área de gambiarra, sendo necessária a realização de extensão de redes de média e baixa tensão; a inspeção e fiscalização de 4.425 clientes com fornecimento de energia na média e alta tensão; recadastramento da iluminação pública de 144 municípios; inspeção e fiscalização de 115.902 clientes com fornecimento de energia na baixa tensão; e regularização de 12.861 clientes clandestinos em área onde existia rede de energia, mas não havia cadastro. O problema chamado medidor Além da tarifa alta, outra novidade da Celpa que causa polêmica é o medidor de consumo. Em substituição aos antigos “olhões”, aqueles instalados no poste mais próximo à residência, a empresa tem instalado novos modelos de medidores diretamente nas residências. Porém, a forma de instalar e a estética do aparelho não agradaram aos consumidores. A questão mais preocupante foi no bairro da Cidade Velha, onde foi organizado protesto em defesa do patrimônio histórico. O Ministério Público do Estado do Pará, através da 3ª Promotoria de Justiça de Direitos do Consumidor, tem acompanhado a situação e exigido que a Celpa adote critérios, inclusive para que as unidades consumidoras não fiquem vulneráveis e tragam prejuízos ao morador. A promotora Joana Coutinho explica que foi acordado com a Celpa de que os aparelhos já instalados na Cidade Velha serão retirados para fazer uma espécie de central para aquelas unidades. Somente os novos imóveis estão recebendo o novo aparelho, ou aqueles que pediram religamento. Se alguém se sentir prejudicado nessa instalação a promotora recomenda “procurar o Ministério Público ou o Procon. Inclusive ficou acordado que lá terá um representante da Celpa”, explica a promotora dos Direitos do Consumidor. Sobre o assunto a Celpa informa que não vai mais instalar o novo padrão de medidor de energia em áreas tombadas Aos poucos, os novos medidores estão ocupando a fachada de casas e comércios. A reclamação maior é o custo do aparelho e o fator estético. pelo patrimônio histórico de Belém. A decisão já foi informada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult) e Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel). A concessionária disse ainda que está na perspectiva de implantar um novo modelo de medição eletrônica que não comprometa a estrutura – física ou estética - do centro histórico. Holy Revista PA 13 ESPECIAL Mais verde Projeto quer transformar área do Aeroclube em novo parque ambiental para a capital paraense B elém deverá ganhar até o seu aniversário de 400 anos, em 2016, um presente verdadeiramente digno desta efeméride: um novo parque ambiental para suprir boa parte da carência de espaços de lazer da qual padece a população da capital, e ainda, uma obra de ajudará a desafogar o trânsito da capital, com a abertura de uma ou mais vias alternativas de circulação em uma de suas áreas mais movimentadas. A área em questão é a do atual Aeroporto Brigadeiro Protásio, onde também está instalado o Aeroclube de Belém, entre as avenidas Doutor Freitas e Júlio Cézar, Revista 14 PA no bairro da Pedreira, em um total de 52ha, que a Prefeitura de Belém pretende transformar em Parque Ambiental, com a recuperação do verde, a instalação de equipamentos de lazer, restaurantes, lanchonetes, prédios públicos e ainda, vias ligando as duas avenidas, para ajudar a desafogar o trânsito na Almirante Barroso. Serão várias soluções para Belém em uma só obra para mudar a cara da cidade. A possibilidade de abertura da chamada área do Aeroclube já foi considerada várias vezes, mas a iniciativa atual partiu de uma ideia do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Nelson Chaves, que foi encampada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-PA), através da sua Comissão de Meio Ambiente. Nelson Chaves revela que a concepção surgiu há cerca de 20 anos, quando era vereador em Belém. “Naquela altura, fiz a sugestão de que a cidade pudesse fazer o aproveitamento daquela área para um grande parque ambiental, e pudesse levar o aeroclube para uma outra área, considerando a importância para a cidade de Belém da existência de um parque ambiental desse tamanho, e como influenciaria na condição da vida”, lembra o conselheiro. A ideia foi amplamente divulgada pela imprensa na época, mas não andou, apesar do impacto que teria sobre a população da capital. Nelson Chaves recorda que o Bosque Rodrigues Alves tem apenas 15ha, enquanto que o futuro parque ambiental terá quase 60ha, área quatro vezes maior. “A proposta é dar a Belém uma área de lazer e de serviço semelhante a do Parque do Ibirapuera, em São Paulo”, diz o atual conselheiro do TCE. Segundo Chaves, não haveria problema em deslocar as atividades do Aeroclube para outra área mais distante na Região Metropolitana, em troca de dar a Belém um novo parque. Tudo depende de uma negociação com o Ministério da Defesa, já que o terreno pertence à Aeronáutica. “A grande conquista será fazer com que a área seja incorporada ao patrimônio da cidade”, diz Nelson Chaves, que conta com o apoio de entidades como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PA) e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-PA), além da opinião pública e imprensa, para que seja viabilizado um acordo político, envolvendo a Prefeitura de Belém, o Governo do Estado e a Presidência da República, visando o melhor para Belém e sua população. Para Chaves, a liberação da área só Foto Fabian Gomes para Belém depende de uma decisão política, a seu ver, bastante simples, por parte do governo federal, para viabilizar uma permuta com o Governo do Estado ou a Prefeitura de Belém, em troca de outro terreno para o Aeroporto Brigadeiro Protásio, ou mesmo uma doação da área do futuro parque para o município de Belém. “Temos que respeitar o interesse da Aeronáutica e a responsabilidade de quem tem o dever de zelar pelo patrimônio público, o respeito à propriedade, mas nada é impossível em uma negociação de alto nível entre Prefeitura, Governo, Ministério da Defesa e Presidência”, defende Nelson Chaves. Revista PA 15 Reprodução Google Maps A área projetada para se transformar no novo parque ambiental tem 52 hectares, espaço quase quatro vezes maior que o Bosque Rodrigues Alves (área marcada no mapa) Preocupação também é com a permeabilidade do solo O advogado Afonso Arinos de Almeida Lins Filho, da Comissão de Meio Ambiente da OAB-PA, é outro entusiasta pela criação do parque, que, segundo ele, ainda serviria para manter a área longe da especulação imobiliária de Belém e preservada da construção de prédios muito altos, que são proibidos ali, por causa da proximidade com o Aeroporto Internacional de Belém Júlio Cézar Ribeiro. A ideia foi discutida em audiência pública da OAB. “Nós fizemos a proposição para a Prefeitura e o prefeito acolheu com boa vontade esse projeto”, diz Afonso Lins, que também reconhece a importância estratégica do Aeroporto Brigadeiro Protásio para o transporte de valores, remoção de pacientes do interior e outras funções, mas que podem ser transferidas para o Aeroporto Internacional. “Estamos tratando disso com a Infraero [Empresa de Infraestrutura Aeroportuária] e com o I Comar [1º Comando Aéreo Regional]. “O que depender da OAB, vamos tomar todas as iniciativas e contribuir no Revista 16 PA que for possível, contamos com o CREA, o CRECI [Conselho Regional de Corretores de Imóveis] e outras entidades, para que possamos dar esse presente para a sociedade”, diz Afonso Lins. Outra instituição que está sendo contatada é a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), além de lideranças políticas, para que ajudem nas negociações. De acordo com Lins, faltam áreas verdes em Belém, o que causa preocupação quanto à questão da permeabilidade do solo. “Belém está cada vez mais asfaltada, há uma urbanização desordenada, sem preocupação ambiental, que está na contramão de todas as políticas urbanas de todos os centros”, considera o advogado sobre a falta de drenagem para águas pluviais, que poderá no futuro provocar enchentes. Nesse ponto, o futuro parque seria uma válvula de escape e um verdadeiro oásis em meio ao calor da cidade. Afonso Lins destaca ainda que está sendo discutindo qual a figura jurídica que teria o parque, que poderia ser, por exemplo, uma Área de Proteção Ambiental (APA), a ser criada por lei estadual. As mesmas dúvidas também têm a Prefeitura de Belém, através da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana (CODEM), que trata do assunto por meio da diretora de Desenvolvimento Urbano, Helena Tourinho. Ela revela que ainda não há um projeto pronto para a área, nem está definido se haverá concurso para o desenho arquitetônico do parque. Mas o objetivo é que a área seja arborizada e que lá sejam instalados equipamentos de lazer e também serviços públicos municipais, para atender a toda a população da Região Metropolitana de Belém (RMB). “Será um complexo com parque urbano, equipamentos de lazer, equipamentos públicos, tanto para a população que mora no entorno, como para toda a população de Belém e da Região Metropolitana”, diz Helena Tourinho. Lá, a Prefeitura pretende instalar um centro administrativo municipal, para o atendimento da população, principalmente aquela que Foto Agência Belém Prefeitura de Belém e Comando da Aeronáutica têm realizado reuniões para tratar da transformação do Aeroclube em parque ambiental lação na instalação de um parque público, área de lazer, aproximação dos órgãos públicos, da população em geral. Há uma boa vontade”, diz a diretora da Coden. Atualmente, na área em questão, funcionam a escola de aviação e o serviço ENC ER ADAS ÃO ENG EN TR UÇ Famaz Belém www.famaz.edu.br DE P RO D FamazPraVoce IA AR H E E NT S faculdadefamaz M IA O (91) 3222-7560 3222-7559 de táxi aéreo. Por isso, ao mesmo tempo em que as negociações são feitas, a Prefeitura está consultando órgãos como a Anac e Infraero para identificar opções de espaços para realocar as atividades do aeroclube e do táxi aéreo. G mora longe do centro e hoje tem que se deslocar para vários locais diferentes para resolver seus problemas. Além disso, o local poderá receber lanchonetes, restaurantes, bibliotecas e lojas. “Não temos um projeto ainda, mas algumas diretrizes de natureza ambiental que achamos interessante que sejam implantadas”, cita Helena Tourinho. Entre elas, formas de aproveitamento de águas pluviais e de energia solar para o abastecimento do próprio parque. De acordo com ela, a prefeitura só aguarda a conclusão das negociações com a Aeronáutica e o Aeroclube para iniciar a elaboração dos projetos básico e executivo. De acordo com o levantamento feito pela Aeronáutica, o valor estimado da área é de R$ 276 milhões, sem considerar as benfeitorias. “Esperamos que tudo caminhe de forma rápida. Há um interesse grande por parte do prefeito, por causa da importância estratégica para a cidade, pela melhoria das condições de vida da popu- CO EN G HARIA C EN I L VI STRUÇ ÃO N B RA S GÍSTIC T O Revista PA N E O LVIM A O ADMI EC IA EN TR N OL INDÚS RGIA E L ÃO IA OG AC S TR NI 17 ENTREVISTA Dionísio de Souza Sampaio Engenheiro de Pesca, professor do Instituto de Estudos Costeiros da UFPA M ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO aior produtor de pescados no Brasil, o Pará ainda enfrenta muitas dificuldades no setor de pesca e aquicultura, principalmente no que diz respeito à infraestrutura. Vale lembrar que a pesca não é mais aquela atividade de décadas atrás, quase que de subsistência. Hoje ela requer conhecimento, técnica, logística e inovação, pois é uma atividade econômica das mais importantes. Aí entra o profissional da engenharia de pesca, que atua no desenvolvimento e aplicação de métodos e técnicas de localização, captura, beneficiamento, conservação, produção, sanidade e reprodução de organismos aquáticos. O engenheiro Dionísio de Souza Sampaio, doutorando em Biologia Ambiental, com vasta experiência na aqüicultura e pesca, atualmente professor do Instituto de Estudos Costeiros (IECOS) da Universidade Federal do Pará (campus de Bragança), tem forte atuação para desenvolver o setor em todo o Pará. Nessa entrevista exclusiva, ele traça o cenário econômico da cadeia produtiva do pescado que ainda tem muito a melhorar para verticalizar a produção. O Pará responde hoje por quanto da produção de pescado nacional? Quais os carros-chefe da produção local? Em 2013 o Pará produziu 728.393,80 toneladas de pescado, sendo 670.961 da pesca artesanal (92,1%); 41.250 da pesca industrial (5,7%) e 16.182 da piscicultura (2,2%). Os dados são da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Pará (Sepaq) em parceria com a Superintendência Federal da Pesca no Pará. Com esses números o estado ultrapassou Santa Catarina, que até 2012 estava no primeiro lugar do ranking da produção de pescado no país. O carro-chefe Revista 18 PA da produção proveniente do extrativismo é a pescada amarela e o tambaqui é a mais comercializada proveniente da aquicultura. O que caracteriza a Engenharia de Pesca e Aquicultura e como ela pode desenvolver o setor? A Engenharia de Pesca, incluída no campo das Ciências Agrárias, dedica-se ao cultivo, à captura e à industrialização de pescado marinho e de água doce. Os cursos de graduação em Engenharia de Pesca têm por objetivo promover formação técnicocientífica para desenvolvimento e aplicação de métodos e técnicas de localização, captura, beneficiamento, conservação, produção, sanidade e reprodução de organismos aquáticos. Já a aquicultura é uma área de atuação dessa engenharia, com a criação de animais e plantas aquáticas. Quais os grandes entraves para o desenvolvimento do setor no Estado? A ausência de infraestrutura e a diversidade de problemas tornam bem mais complexo o desafio de estruturar a pesca e a aquicultura no Pará. Os principais entraves do setor hoje são o elevado custo e morosidade do Licenciamento Ambiental; deficiência na estrutura e funcionamento de associações, cooperativas e sindicatos; comercialização de produtos com valor agregado, etc. Temos uma das maiores bacias hidrográficas do país, mas ainda produzimos pouco pescado de água doce se compararmos com o de água salgada, que em sua maioria vai pro beneficiamento e venda externa? O que falta para verticalizar essa produção de pescado típico paraense? Indústrias vinculadas ao SINPESCA (Sindicato da Pesca) já fazem o beneficiamento e comercialização de seus produtos para os mercados interno e externo no Brasil. Mas o Governo do Estado Em 2013 o Pará produziu 728.393,80 toneladas de pescado: 92,1% na pesca artesanal; 5,7% na pesca industrial; e 2,2% na piscicultura. precisa incentivar estrategicamente a área de beneficiamento de pescado com incentivos fiscais e a contratação, com o apoio do governo através de editais de fomento/ pesquisa, de pesquisadores nas empresas. Porque a produção de pescado em cativeiro ainda é muito pequena no estado? Falta incentivo? A produção é pequena, pois o aquicultor está cansado da demora e morosidade do Licenciamento Ambiental nos últimos anos. Alguns insumos utilizados na aquicultura são produzidos fora do estado. Precisamos avançar na qualidade/quantidade de alevinos fornecidos no Pará. Os dados estatísticos da aquicultura aqui não são confiáveis. A Sepaq incentiva os produtores, mas esbarra na deficiência de comunicação entre as entidades e a completa falta de representatividade no setor. Quais peixes o senhor enxerga com maior potencial para a produção em cativeiro? Tambaqui e pirarucu, pelo manejo e alto valor econômico agregado. Apesar das leis instituindo períodos de defeso para várias espécies, muitas vezes esses períodos não são respeitados. Isso se dá por falta de um código que regule a fiscalização local? O principal problema é a falta de concursos públicos para agentes de fiscalização na área ambiental. O arcabouço legal é interessante, mas o que está faltando é a aplicabilidade dessa legislação devido à ausência de fiscais e o respeito dos habitantes com o período de reprodução das espécies. Qual a preocupação hoje do setor com registro e manutenção de marcas e patentes? O depósito de patente é de fundamental importância para o desenvolvimento de uma região, podendo assim aumentar a sua competitividade. De que maneira a engenharia de pesca pode ajudar no desenvolvimento de comunidades ribeirinhas? Em sua maioria, os pescadores vivem apenas da pesca extrativista. Existe algum projeto para a formação de cooperativas e associações que possam mudar a vida dessas pessoas? Existem alguns projetos pontuais em comunidades ribeirinhas conduzidos pelas Instituições de Ensino Superior (IES´s). As entidades que desenvolvem ações com o intuito de promover o crescimento/ desenvolvimento de comunidades ribeirinhas são a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Micro Empresa (Sebrae-PA). No momento, o senhor está desenvolvendo alguma pesquisa na área? Atualmente estou com minha pesquisa de Doutorado, projeto intitulado “Ostreicultura no Estado do Pará: Estado da arte e indicadores de sustentabilidade”. O objetivo é caracterizar o estado atual da ostreicultura no nordeste paraense e a ecologia dos bancos naturais, relacionando a produtividade dos cultivos com o meio ambiente e a socioeconomia das comunidades. Assim, espero que os dados permita subsidiar as ações de manejo com vistas a propor indicadores de sustentabilidade na cadeia da ostreicultura. Resistência e beleza a toda prova. Telhas de concreto. Conforto térmico. Alta impermeabilidade. Fones: (91) 3724-2962 / 8883-2722 / 8883-4052 Estrada de Neópolis, Quadra 08, Lote 19Revista - Benevides PA 19 Email: [email protected] Mercado de trabalho Engenharia Ferroviária e Logística Curso da UFPA é pioneiro no país unindo as duas áreas de conhecimento para formar profissionais aptos a atuar em projeto, operação, construção, manutenção e gestão de ferrovias H á pelo menos 10 anos os governantes brasileiros vêm se dando conta da importância de resgatar o transporte ferroviário para minimizar os custos e interligar as regiões do País. No Pará, o prolongamento de ferrovias, como a Norte-Sul (Barcarena/PA - Rio Grande/RS), nos trechos até Curuçá e entre Açailândia e Vila do Conde, em Barcarena, projeto já aprovado pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), aquece ainda mais esse mercado. Mas o problema ainda é a escassez de mão de obra habilitada para o projeto, construção e gerência. Para suprir essa demanda reprimida, a Universidade Federal do Pará criou este ano o curso de bacharelado em Engenharia Ferroviária e Logística. A primeira turma já está em andamento. Quem está pensando em investir nessa carreira, além de já ter emprego quase garantido, tem um salário inicial de aproximadamente R$ 5 mil, mas que pode chegar a mais de R$ 80 mil, dependendo do grau de hierarquia na empresa. O coordenador do curso, engenheiro Roberto Pacha, explica que o Pará tem 500 Revista 20 PA quilômetros de linhas ferroviárias em plena operação, sendo as ferrovias de Trombetas, Jari, Juruti e Carajás, além da Estrada de Ferro do Amapá, que é administrada por paraenses e, que empresas como a Vale, acabam recrutando mão de obra externa para atuar em ferrovias, como a de Carajás, por falta de profissionais locais. “Por isso a Universidade pensou em criar esse curso, que além de transporte ferroviário, também engloba a logística. É o único que abrange as duas áreas no País. O outro, de Santa Catarina, é de transporte ferroviário e metroviário, que também faz parte do nosso curso aqui”, destaca Pacha. Só para se ter ideia da vantagem do transporte ferroviário, ele representa uma grande economia frente aos demais. “O transporte aeroviário, por exemplo, tem um custo trinta e duas vezes mais alto por tonelada ferroviária transportada. Se a comparação for com o rodoviário, é dezesseis vezes mais alto. Por isso todos os governantes são unânimes em dizer que um país com dimensões continentais não pode desprezar as ferrovias”, enfatiza o coordenador. Diante desse quadro o profissional que cursar Engenharia Ferroviária e Logística estará apto a aproveitar o bom momento do setor e conseguir uma colocação rápida. O curso prepara o aluno nas duas frentes, deixando-o preparado para atuar na elaboração de projetos, operação, manutenção de ferrovias e metrovias, assim como na logística de supermercados, lojas, shoppings centers, aeroportos, fábricas, na área hospitalar, entre outros. Para isso o aluno tem uma carga horária de 3.990 horas, divididas em 10 semestres, onde as disciplinas fazem parte de um projeto pedagógico que envolve quatro núcleos. O egresso começa com a formação básica de engenharia, com matérias de Ciências Exatas e Naturais. Depois é a vez das profissionalizantes: Ferrovia, Logística e Humanidades. Já o terceiro bloco é dedicado às atividades complementares da formação acadêmica ONDE ESTUDAR Universidade Federal do Pará – UFPA (Belém), Instituto de Tecnologia GRADUAÇÃO Tempo: 5 anos Acesso: via processo seletivo (base do ENEM) Número de vagas ofertadas por ano: 30 vagas Carga horária: 3.990 horas Informações sobre o curso: (91) 3201-8749 ÁREAS DE ATUAÇÃO Projeto, construção e manutenção da via permanente (estrada de ferro propriamente dita) e de obras de arte especiais (pontes, viadutos e túneis); materiais para sistemas de transporte veiculares ferroviários; manutenção de material rodante (locomotivas, vagões e máquinas de via); sistemas de comunicação, sinalização e operação ferroviária, legislação e gestão de empreendimentos ferroviários; podendo, ainda, desenvolver atividades de pesquisa e de difusão de conhecimentos. desenvolvendo habilidades não comuns nesses cursos, mas relevantes para o conteúdo. Também incluem atividades de participação em congressos e visitas técnicas. No último núcleo acontecem os estágios supervisionados, assim como o Trabalho de Conclusão de Curso. Protec Do camPo à construção, mais economia e ProDutiviDaDe como você Precisa. e como só uma case PoDe oferecer. PROTEC Protec. concessionÁrio case. tel.: (91) 4008-9700 – (91) 3739-1041 – (98) 3258-2007 www.proteconline.com.br sisplo Revista PA 21 ELEIÇÕES Profissionais vão escolher seus representantes dia 19/11 N Revista 22 PA Belém. A coordenadora ainda destaca que, mesmo não sendo uma votação obrigatória, é fundamental a adesão dos profissionais, pois o número de abstenções no processo anterior foi alto. Dos 20 mil que estavam aptos nas eleições de 2011 apenas 1.300 foram às urnas. “Estamos escolhendo aqueles que vão nos representar e é importante que a votação expresse a vontade da maioria”, avalia. Lembrando que quanto mais eleitores forem às urnas, mais eles responsabilizam aqueles que foram eleitos. Fique de olho • Para votar é preciso apresentar documento de identificação. • Seis urnas estarão disponíveis na sede em Belém. Uma em cada inspetoria. • A expectativa é de que o resultado saia até o dia 22 de novembro. • A posse será dia 1 de janeiro de 2015. • Dúvidas sobre o processo podem ser tiradas com a comissão eleitoral através do fone (91) 3223-6104 ou email cer@ crea.pa.gov.br. Conheça os candidatos PRESIDENTE DO CONFEA José Tadeu da Silva José Eduardo de Paula Alonso PRESIDENTE DO CREA-PA Elias da Silva Lima Marcelo Brito Cardoso Rosa CONSELHEIRO FEDERAL – MODALIDADE AGRONOMIA Antônio Carlos Alberio (titular) / Moisés Moreira dos Santos (suplente) • Pelo email [email protected] é possível fazer alguma denúncia eleitoral. DIRETOR GERAL - MÚTUA Ana Maria Pereira de Faria Dinaldo Rodrigues Trindade • No site do Crea-PA estão todos os editais e deliberações do processo eleitoral, que iniciou em agosto. Acesse www. creapa.com.br/site2/site/interna.aspx? modo=texto&tabela=menu&id=390&n ome=Elei%E7%F5es%202014 DIRETOR ADMINISTRATIVOMÚTUA Gilmário da Silva Drago Maria Olivia Barbosa de Lima • Ou no site do Confea, através do link www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/ start.htm?sid=1625 DIRETOR FINANCEIRO – MÚTUA Carlos Eduardo Domingues e Silva Gilberto Olival Von Grap de Souza (Eleição definida em plenária pelo voto dos conselheiros regionais) * Candidaturas homologadas até o fechamento dessa edição, 05/11/2014 às 12h. ovembro é mês de Eleições Gerais do Sistema Confea/Crea/ Mútua. Profissionais da engenharia e agronomia irão às urnas para escolher aqueles que estarão à frente das entidades nacionais e regionais no próximo triênio. São mais de 18 mil aptos para o voto no Pará. As urnas estarão disponíveis no dia 19 de novembro, de 9h às 19h (horário local), na sede do CREA-PA em Belém e nas inspetorias no interior. Neste pleito os profissionais votarão para eleger o presidente do Confea, o presidente do CREA-PA, conselheiro federal na modalidade agronomia e o diretor geral da Caixa de Assistência dos Profissionais – Mútua. Também será escolhido o novo diretor administrativo da Mútua. Já para a diretoria financeira da Caixa haverá votação na plenária do CREA-PA no mês de dezembro, pelo voto dos conselheiros regionais. Da votação para presidentes, conselheiro e diretor geral/Mútua estão aptos para votar aqueles registrados no sistema e que estão em situação regular (adimplentes) no Confea e CREA-PA. Já para o cargo de diretor administrativo da Caixa de Assistência votam aqueles registrados na Mútua (os mutualistas) e adimplentes. A coordenadora da comissão eleitoral regional do CREA-PA, Maria do Carmo Pereira Melo alerta que alguns eleitores que quitaram suas pendências perto do fim do prazo podem não encontrar seus nomes na listagem geral. Para estes será feita uma votação separada. Encerrado o processo, às 19h, a contagem será iniciada em seguida em cada inspetoria, sendo que os votos da votação avulsa só serão contabilizados quando chegarem à sede em LIVROS E m SOLDAGEM – PROCESSOS E METALURGIA, de Emílio Wainer e colegas, o objetivo principal é dar uma visão prática e teórica dos processos de soldagem, tanto dos processos por fusão como no estado sólido. Assim é mais fácil o entendimento dos fenômenos, como a transferência metálica, a transferência de calor durante a soldagem, a solidificação da poça de fusão, a origem de trincas etc. E STRADAS - PROJETO GEOMÉTRICO E DE TERRAPLENAGEM oferece conhecimento essencial para a disciplina de estradas e um ponto de partida para o trabalho profissional futuro. O livro procura seguir a sequência normal de realização de um projeto de estradas, tanto para rodovia quanto para ferrovia, assistido ou não por softwares modernos. O autor é Paulo Mendes Antas. P aiol, galinheiro, chiqueiro, gaiolas para coelhos, apiários, piscina, casa de caseiro e outras construções podem ser feitas com poucas ferramentas pelo próprio proprietário de uma chácara ou de um sítio, mesmo que nunca tenha exercido esse ofício. Para isso, basta ter boa vontade e habilidade manual. O livro PEQUENAS CONSTRUÇÕES RURAIS é um excelente guia prático que ensina como melhor planejar a construção de telhados, banheiros, fossa, ou preparar o terreno, buscar água potável e até mesmo instalar eletricidade, indicando o material a ser utilizado. A finalidade de O EDIFÍCIO ATÉ SUA COBERTURA, de Hélio Alves Azeredo, é orientar aos alunos de cursos de Engenharia Civil na tecnologia da construção de edifícios. O engenheiro deverá estar na obra em contato permanente com os operários, mestre e encarregado e, para poder mandar, é preciso saber, não há necessidade de executar, mas de conhecer a perfeita tecnologia da execução nos seus mínimos detalhes e não no âmbito geral. P ERÍCIAS DE ENGENHARIA - A APURAÇÃO DOS FATOS - 2ª ED. 2013 destaca os pontos cruciais da engenharia legal, que está relacionada tanto com a engenharia civil quanto arquitetura. Os conhecimentos específicos para atuar nessa especialidade estão intrinsecamente ligados ao Direito. Por isso, o profissional que milita na engenharia legal deverá estar capacitado para realizar perícias técnicas, que são consideradas como prova técnica dentro dos Autos. L EGISLAÇÃO ital o dig APLICADA Livr À CONSTRUÇÃO CIVIL, de Marcos Pinheiro Crivelaro e Antonio Carlos da Fonseca Bragança, aborda o Estatuto da Cidade como lei federal para políticas urbanas e a importância da inspeção predial e da acessibilidade nas edificações. Apresenta o Código de Ética Profissional do Sistema Confea/Crea, além das regras para empresas construtoras como mecanismo de relacionamento duradouro com o mercado da construção civil. Mostra a relevância da conduta ética nos contratos, que são balizados pelos Códigos Civil e de Defesa do Consumidor. Ainda traz as leis de uso e ocupação do solo, o licenciamento e a aprovação de projetos de edificações, bem como as normas regulamentadoras e de segurança do trabalho da ABNT, a legislação ambiental e a importância social e comercial da certificação para edificações sustentáveis. Revista PA 23 O IESAM faz parte do grupo Estácio A Estácio tEm orgulho dE crEscEr Em bElém. A experiência de mais de 40 anos em soluções para a educação da Estácio se une à infraestrutura completa e localização excelente do IESAM. O resultado: mais oportunidades para você. conheça as vantagens que a Estácio traz: estácio. SOMAR É investir no seu futuro junto com você. Qualidade no Ensino Modelo de ensino inovador, em harmonia com as expectativas e necessidades do mercado de trabalho. 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