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ISBN 85-904363-6-5 OCEANOGRAFIA: RESUMOS DE TESES E DISSERTAÇÕES JOSÉ ZANON DE OLIVEIRA PASSAVANTE ORGANIZADOR RECIFE Julho/2005 2 Oceanografia: resumos de teses e dissertações / organização José Zanon de Oliveira Passavante. - Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2005. 248 p.: il., gráf. ISBN 85-904363-4-9 Inclui bibliografia. 1. Oceanografia – Teses - Resumos. 2. Oceanografia biológica – Teses – Resumos. 3. Oceanografia abiótica – Teses - Resumos. 551.46:574 CDU (2.ed.) UFPE 5512.46 CDD (21.ed.) BC2004-320 © 2006 Zanon Passavante All Rights Reserved Todos os direitos reservado 3 Homem não herda a Terra de seus pais. Apenas a toma 4 5 Agradecimentos A todos aqueles que muito se empenharam para concluír o curso de Pòs-Graduação; a Myrna Medeiros Lins, Secretária do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia da UFPE, pessoa muitíssima competente, que sempre me atendeu nas minhas solicitações e assim tornou possível a publicação deste livro. 6 COORDENAÇÃO (1982 - 2005) COORDENAÇÃO ATUAL: • COORDENADORA: Dra. Maria Elisabeth de Araújo (2003–) • VICE-COORDENADOR: Dr. Fernando Antônio do Nascimento Feitosa (2003–) COORDENAÇÕES ANTERIORES: • COORDENADORES: Dr. Petrônio Alves Coelho (1982–1993) Dr. José Zanon de Oliveira Passavante (1993–1999) Dra. Sigrid Neumann Leitão (1999–2001) Dra. Lília de Sousa Santos (2001–2003) • VICE-COORDENADORES: Dra. Enide Eskinazi Leça (1982–1992) Dr. José Zanon de Oliveira Passavante (1986–1993) Dr. Sílvio José de Macêdo (1993–1996) Dra. Sigrid Neumann Leitão (1996–1999) Dra. Kátia Muniz Pereira da Costa (1999–2001) Dra. Cátia Fernandes Barbosa (2001–2003) 7 CORPO DOCENTE ATUAL 9 Profa. Drª. Beatrice Padovani Ferreira 9 Profa. Drª. Carmen Medeiros de Queiroz 9 Profa. Drª. Deusinete de Oliveira Tenório 9 Profa. Drª. Enide Eskinazi Leça 9 Prof. Dr. Fábio Hissa Hazin 9 Prof. Dr. Fernando Antônio do Nascimento Feitosa 9 Prof. Dr. George Nilson Mendes 9 Prof. Dr. José Zanon de Oliveira Passavante 9 Profa. Drª. Kátia Muniz Pereira da Costa 9 Profa Drª. Lília Pereira de Sousa Santos 9 Profa. Drª. Lúcia Maria de Oliveira Gusmão 9 Prof. Dr. Manuel de Jesus Flores Montes 9 Profa. Drª. Maria Da Glória Gonçalves da Silva Cunha 9 Profa. Drª. Maria Elisabeth de Araújo 9 Profa. Drª. Maria Luise Koening 9 Profa. Drª. Maryse Nogueira Paranaguá 9 Prof. Dr. Mário Barleta 9 Prof. Dr. Mauro Maida 9 Prof. Dr. Moacy Cunha de Araújo Filho 9 Profa Drª. Mônica Ferreira da Costa 9 Prof. Dr. Paulo Eurico Pires Ferreira Travassos 9 Prof. Dr. Paulo Jorge Parreira dos Santos 9 Prof. Dr. Petrônio Alves Coelho 9 Prof. Dr. Ralf Schwamborn 9 Profa. Drª. Rosa de Lima Silva Mello 9 Profa. Drª. Sigrid Neumann Leitão 9 Prof. Dr. Sílvio José de Macêdo 9 Profa. Drª. Tereza Cristina Medeiros de Araújo 9 Profa. Drª. Verônica Gomes da Fonseca Genevois 8 CORPO DOCENTE (1982 -2005) • Prof. Antônio de Lemos Vasconcelos Filho • Prof. Athiê Jorge Gherra dos Santos • Profa. Beatrice Padovani Ferreira • Profa. Carmen Medeiros de Queiroz • Profa. Catia Fernandes Barbosa • Profa. Cileide Maria Acioli Soares • Prof. Clóvis Abranhão Hazin • Profa. Deusinete de Oliveira Tenório • Profa. Dilma Aguiar do Nascimento Vieira • Profa. Dinalva de Souza Guedes • Profa. Enide Eskinazi Leça • Prof. Fábio Hissa Hazin • Prof. Fernando Antônio do N. Feitosa • Prof. Fernando José Costa Aguiar • Prof. George Nilson Mendes • Profa. Helen Janil Khoury • Profa. Hermínia de Holanda Lima • Prof. José Arlindo Pereira • Prof. José Bento Pereira Barros • Prof. José Espinhara da Silva • Prof. José Oribe Rocha de Aragão • Prof. José Zanon de Oliveira Passavante • Profa. Kátia Muniz Pereira da Costa • Profa. Kênia Valença Correia • Profa Lília Pereira de Sousa Santos • Prof. Lourinaldo Barreto Cavalcanti • Profa. Lúcia Maria de Oliveira Gusmão • Prof. Manuel de Jesus Flores Montes • Profa. Maria Adélia Monteiro da Cruz • Profa. Maria da Glória G. da Silva Cunha • Profa. Maria Elisabeth de Araújo • Profa. Maria Luise Koening 9 CORPO DOCENTE (1982 -2005) Continuação... a • Prof . Marilena Ramos Porto • Profa. Maryse Nogueira Paranaguá • Prof. Merval de Souza Rosa • Prof. Mário Barleta • Prof. Mauro Maida • Prof. Moacyr Cunha de Araújo Filho • Profa Mônica Ferreira da Costa • Profa. Nádja Maria Lins e Silva • Prof. Paulo de Nóbrega Coutinho • Prof. Paulo Eurico Pires Ferreira Travassos • Prof. Paulo Jorge Parreira dos Santos • Prof. Paulo Parreira dos Santos • Prof. Petrônio Alves Coelho • Prof. Ralf Schwamborn • Prof. Roberto Sassi • Profa. Rosa de Lima Silva Mello • Profa. Sigrid Neumann Leitão • Prof. Sílvio José de Macêdo • Profa. Sônia Maria Barreto Pereira • Profa. Suzana Schmidt • Prof. Tacísio Ferreira Silva • Profa. Tereza Cristina Medeiros de Araújo • Prof. Valdir do Amaral Vaz Manso • Profa. Vera Lúcia Almeida Vieira • Profa. Verônica Gomes da Fonseca Genevois 10 SUMÁRIO COORDENAÇÃO........................................................................................................ 6 CORPO DOCENTE ATUAL...................................................................................... 7 CORPO DOCENTE..................................................................................................... 8 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 11 HISTÓRICO E ATIVIDADES................................................................................... 11 RELAÇÃO DAS TESES E DISSERTAÇÕES.......................................................... 15 RESUMOS DAS TESES.............................................................................................. 39 RESUMOS DAS DISSERTAÇÕES........................................................................... 81 RELAÇÃO DAS FIGURAS FIGURA 1 – TESES E DISSERTAÇÕES DEFENDIDAS DE 1985 A 2005...... 13 FIGURA 2 – ÁREAS DAS TESES E DISSERTAÇÕES DEFENDIDAS.......... 14 11 INTRODUÇÃO s resumos de teses de dissertações do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia vem sendo publicados semestralmente pela Revista Tropical Oceanography, contudo sentiu-se a necessidade de reunir em um livro e CD todos estes resumos, pois hoje são 35 (trinta e cinco) resumos de teses e 162 (cento e sessenta e duas) de dissertações defendidas nas mais diferentes áreas da oceanografia, como se pode-se ver nos gráficos abaixo. Hoje o então Mestrado em Oceanografia Biológica, surgido em 1981, transformou-se em Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, com os níveis de Mestrado e Doutorado. O seu Corpo Docente conta atualmente com 30 (trinta) doutores, das mais diversas áreas da Oceanografia. A Liber estar hospedando as últimas teses e dissertações no seu site e os interessados pode consultá-las através da Internet. Já são 38 (trinta e oito) trabalhos completos. Espero que esta publicação facilite a consulta dos interessados na área da oceanografia pois num clique estamos diretamente no sumário que desejamos consultar ou mesmo com outro clique poderemos visualizar o trabalho completo, através da internet. O HISTÓRICO E ATIVIDADES Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), originou-se do Instituto de Biologia Marinha e Oceanografia, um instituto de pesquisa fundado em 1952. Este foi o segundo centro oceanográfico criado no país e o primeiro da região nordeste. Iniciou seus trabalhos em 1958, e em 1973, como fruto da reforma administrativa foi transformado em Departamento de Oceanografia do então Centro de Tecnologia da UFPE. Em 1995, com a mudança do nome do Centro para Centro de Tecnologia e Geociências, o Departamento assumiu a denominação atual. O Tem como prioridade as áreas de ensino e pesquisa no campo da Oceanografia, além de transmitir conhecimentos oceanográficos à comunidade. As linhas de pesquisa abrangem as quatro grandes áreas nas quais a Oceanografia está fundamentada, havendo também pesquisas referentes ao monitoramento da qualidade da água, impactos em áreas costeiras, aqüicultura, avaliação do potencial para exploração econômica, interação oceano-atmosfera, assim como a compreensão dos processos que regem as funções de sistemas praiais, estuarinos, lagunares e recifais, da plataforma continental e águas marinhas adjacentes. O Departamento de Oceanografia da UFPE tem sido um centro de referência para instituições brasileiras e do exterior, sendo suas coleções de organismos bentônicos, nectônicos e planctônicos alvos de consulta por vários pesquisadores. Tal acervo foi formado a partir da participação de seus pesquisadores em inúmeras expedições oceanográficas nacionais e estrangeiras, realizadas ao longo da costa brasileira. Estas expedições foram realizadas graças às cooperações técnico-científicas com instituições da França, Estados Unidos, Japão e Alemanha, além de convênios com a Marinha do Brasil, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), SUDEPE (atual IBAMA), FINEP, CPRH, SUDENE e OEA. Embora não tenha curso de graduação, o Departamento de Oceanografia oferece 11 (onze) disciplinas eletivas para os Cursos de Ciências Biológicas, Química, Física e Engenharia. Química da UFPE, e uma obrigatória para o curso de Ciências Biológicas modalidade Ciências Ambientais, dando também assistência a estudantes de graduação e pós-graduação de outros cursos desta e de outras universidades na elaboração de dissertações, monografias, estágios curriculares e bolsas de treinamento. O Departamento de Oceanografia também promove regularmente atividades de extensão e especialização: anualmente, são oferecidos os Cursos de Especialização em Oceanografia e de 12 Gestão de Ambientes Costeiros Tropicais. Além disso, presta assistência técnica na aqüicultura, bem como para instituições governamentais responsáveis pelo manejo e monitoramento de recursos aquáticos. Quando foi criado o Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica a seleção inicial era bianual e recentemente anual. Em 1996 o Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica foi transformado em Programa de Pós-Graduação em Oceanografia oferecendo os níveis Mestrado e Doutorado, perante a CAPES recebeu conceito 5, sendo assim considerado um curso consolidado, com bolsas para os dois níveis. O corpo discente possui alunos engajados em diversas áreas, a maioria de Instituições de Ensino Superior da região nordeste, havendo, entretanto, estudantes oriundos do sul e sudeste do país, e até de outros países. Figura 1 – Teses e dissertações defendidas de 1985 a 2005. 2 00 3 2 00 2 2 00 0 2 00 1 1 99 9 1 99 7 1 99 8 1 99 6 1 99 4 1 99 5 1 99 2 1 99 3 1 99 1 1 98 9 1 99 0 1 98 8 1 98 6 1 98 7 1 98 5 Nº de Teses Defendidas 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Teses Dissertações Meteorologia 0,8% Geologia 4,9% Física 5,3% Poluição 6,1% Outros 3,3% Plâncton 18,7% Química 11,0% Aquicultura 3,3% Necton 19,1% Bentos 27,6% Figura 2 – Áreas das teses defendidas. 15 RELAÇÃO DAS TESES E DISSERTAÇÕES TESES E DISSERTAÇÕES ALBUQUERQUE, Paulo Guilherme de Alencar. Recursos potenciais de peixes da fauna acompanhante a pesca de camarões da foz do rio São Francisco - Litoral Norte, Piaçabuçu - AL. Recife, 1994. 65f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 126 ALMEIDA, Lisandro Bastos de. Caracterização morfométrica de três espécies de Squalus presentes na costa nordeste do Brasil e aspectos da biologia reprodutiva da espécie mais abundante. Recife, 1999. 61f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 169 ALMEIDA, Vitor Alexandre Kessler de. Espécies de Cirolanídeos (Isopoda, Crustacea) Coletadas na Plataforma Continental e Bancos Oceânicos do Norte e Nordeste do Brasil. Recife, 2004. 118f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br p. 229 ALMEIDA, Zafira da Silva de. Alimentação de Achirus lineatus (Teleostei, Pleuronectiforme: Achiridae) em Itapissuma - PE. Recife, 1996. 123f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 139 ALVES, Jeannine Maria. Distribuição dos Crustacea Amphipoda Gammaridea na plataforma continental do nordeste do Brasil. Recife, 1996. 79f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 134 ALVES, Marcos Souto. Macrofauna do fital Halodule wrightii Aschers, (Angiospermae – Potamogetonacea) da praia de Jaguaribe, ilha de Itamaracá - PE. (Brasil). Recife, 1992. 315f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 106 ANDRADE, Carlos Eduardo Rangel de. Distribuição e Abundância Relativa de Peixes Pelágicos Capturados com Espinhel, na Costa Nordeste do Brasil. Recife, 2001. 52f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 205 16 ARAÚJO, Janaína Pauline de. Estudo dos Padrões Comportamentais de Botos-Cinza Sotalia fluviatilis na Baía dos Golfinhos – Rio Grande do Norte. Recife, 2001. 52f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 193 ARAÚJO, Maria Christina Barbosa de. Resíduos Sólidos em Praias do Litoral Sul de Pernambuco: Origens e Conseqüências. Recife, 2003. 104f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br p. 221 ARAÚJO, Patrícia Guimarães. Ecologia Populacional de Gracilaria birdiae (Gracilariales, Rhodophyta) na Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape, Paraíba – Brasil. Recife, 2005. 95f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. p. 243 AZEVEDO JÚNIOR, Severino Mendes de. Biologia e anilhamento das aves do Canal de Santa Cruz Pernambuco. Recife, 1993. 147f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 110 BARRETO, Aline do Vale. Distribuição dos Brachyura (Crustácea, Decapoda) na plataforma continental do norte e nordeste do Brasil (50ºW – 38º). Recife, 1991. 125f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 104 BARROS, José Carlos Nascimento de. A Família Aclididae G. O. Sars, 1878 (Mollusca, Gastropoda) na plataforma continental e em águas profundas do nordeste do Brasil. Revisão das espécies viventes do Atlântico. Recife, 1996. 197f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 135 BARROS, José Carlos Nascimento de. A Família Pyramidellidae Gray, 1840 (Gastropoda, Heterobranchia), na Plataforma e Talude Continental do Nordeste do Brasil: Sistemática, Morfometria Multivariada e Filogenia. Recife, 2003. 256f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. p. 62 BELTRÃO, Antônio Carlos Mariz. Pisces Gerreidae, Gunther (1862) de alguns estuários do Estado de Pernambuco, Brasil. Recife, 1988. 120f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 94 17 BEZERRA JÚNIOR, José Lúcio. Comunidade planctônica do nêuston: malaco e ictiofauna na Zona Econômica Exclusiva (Zee) do nordeste do Brasil (Revizee). Recife, 1999. 109f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 167 BEZERRA, Tânia Nara Campinas. Distribuição espaço - temporária da meiofauna do istmo de Olinda - PE, com especial referência aos nematodas. Recife, 1994. 106f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 124 BEZERRA, Tânia Nara Campinas. Nematofauna de uma Praia Arenosa Tropical (Istmo de Olinda – Pernambuco – Brasil). Recife, 2001. 114f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. p. 42 BRANCO, Elisângela de Sousa. Aspectos Ecológicos da Comunidade Fitoplanctônica no Sistema Estuarino de Barra das Jangadas (Jaboatão Dos Guararapes – Pernambuco – Brasil). Recife, 2001. 125f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. p. 198 CAHETÉ, Frederico Luis Silva. Osmorregulação em Eugerres brasilianus (Cuvier, 1830). Efeitos da variação da salinidade sobre a concentração osmótica e iônica plasmática e histologia de rins e brânquias. Recife, 1989. 107f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 95 CALADO, Silvana Carvalho de Souza. Níveis de Concentração de Metais Pesados em Macroalgas e em Sedimentos Marinhos e Pernambuco – Brasil. Recife, 2004. 141f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br p. 63 CALADO, Tereza Cristina dos Santos. Taxonomia, biogeografia e ecologia da Superfamília Hippoidea na costa brasileira (Crustácea, Decapoda). Recife, 1988. 238f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 89 CAMARGO, João Marcello Ribeiro de. Mapeamaneto Sonográfico da Plataforma Continental Adjacente ao Município de Tamandaré, Pernambuco, Brasil. Recife, 2005. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 245 CAMPION, Gabriel Louis le. Níveis de concentração de cobre, chumbo, zinco, mercúrio em “Unha de Velho” (Tagelus plebeius) do Canal do “Calunga”, Alagoas, Brasil. Recife, 1992. 239f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 109 18 CANTARELLI, Jerrana Ray Rocha. Esponjas (Porífera: Demospongiae) da Expedição Geomar I (Plataforma Norte e Nordeste do Brasil – 1969). Recife, 2003. 95f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 226 CASTRO, Cristiane Maria Varela Araújo de. Comparação do Desenvolvimento e Fecundidade de Tisbe biminiensis (Copepoda: Harpacticoida) Cultivado em Duas Diatomáceas Thalassiosira fluviatilis e Navicula sp. Recife, 2002. 44f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 208 CASTRO, Francisco José Victor de. Impacto dos processos morfodinâmicos sobre a meiofauna da restinga do Paiva - PE, Brasil. Recife, 1998. 70f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 157 CASTRO, Francisco José Victor de. Variação Temporal da Meiofauna e da Nematofauna em uma Área Mediolitorânea da Bacia do Pina (Pernambuco: Brasil). Recife, 2003. 70f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br p. 51 CAVALCANTI, Lourinaldo Barreto. Condições Hidrológicas e Biológicas Associadas ao Cultivo do Camarão Marinho Litopenaeus vannamei (Boone, 1931), na Região Estuarina do Rio Paraíba do Norte (Paraíba – Brasil). Recife, 2003. 115f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br p. 55 CAVALCANTI, Marinaldo de Oliveira. Fitoplâncton do Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú/Manguaba – Alagoas. Recife, 2001.108f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 189 CÉSAR, Fabiana Bicudo. Idade, crescimento e distribuição da espécie Stegastes rocasensis (Emery, 1972), no Atol das Rocas e Stegastes sanctipauli (Lubbock e Edwards, 1981) no Arquipélago de São Pedro e Pão Paulo. Recife, 2004. 84f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 239 CHAGAS, Alessandra Carla Oliveira. Variação Espacial dos Níveis de Metais Pesados e Hidrocarbonetos no Sedimento do Complexo Industrial Portuário de Suape – PE – Brasil. Recife, 2003. 80f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br p. 223 19 COELHO FILHO, Petrônio Alves. Taxonomia, biogeografia e ecologia do gênero Chasmocarcinus, Rathbun, 1898, no litoral brasileiro (Crustacea, Decapoda, Goneplacidae). Recife, 1997. 131f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 144 COELHO DOS SANTOS, Mônica Alves. Crustáceos Decápodos de Substratos Móveis do Mediolitoral do Estuário do Rio Paripe – Itamaracá, PE – Brasil. Recife, 2001. 134f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. p. 41 COELHO DOS SANTOS, Mônica Alves. Crustáceos Decapodos do litoral de Jaboatão dos Guararapes (Pernambuco - Brasil). Recife, 1993. 153f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 112 COSTA, José de Araújo. Sedimentologia, Hidrodinâmica e Vulnerabilidade das Praias no Trecho Entre a Foz do Rio Mamucaba (Tamandaré – PE) e a Foz do Rio Persinunga (São José da Coroa Grande – PE). Recife, 2002. 79f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 209 COSTA, Kátia Muniz Pereira da. Hidrologia e biomassa primária da região nordeste do Brasil entre as latitudes de 08º 00’ 00” e 02º 44’ 30” S e as Longitudes de 35º 56’ 39” e 31º 48’ 00” W. Recife, 1991, 217f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 100 COSTA, Rauquírio André Albuquerque Marinho da. Utilização de água residuária como meio alternativo para o cultivo de microalgas. Recife, 1997. 107f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 150 COUTO, Libânia Maria Maia Rodrigues. Ciclo reprodutivo e influência da salinidade sobre a gametogênese de Iphigenia brasiliana (Lamarck, 1818) (Molusca: Bivalvia Donacidae), no estuário da Barra das Jangadas, Jaboatão, Pernambuco. Recife, 1988. 198f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 93 D’AMICO, Marcelo Dalalana. Biofacies de Foraminíferos em Cold/Gás Seeps do Talude Continental da Bacia de Santos. Recife, 2004.f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 234 20 DAMIANO, Cristina. Padrões sazonais de assentamento e recrutamento de corais em substratos artificiais nos recifes de Tamandaré. Recife, 2000. 118f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 178 DANTAS, Norma Pinheiro. Estudos taxonômicos dos representantes da Ordem Caulerpales (Chlorophyta) da praia de Guajiru (Estado do Ceará - Brasil). Recife, 1994. 128f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 125 DELGADO NORIEGA, Carlos Esteban. Influência hidrológica e grau de poluição dos rios pirapama e Jaboatão no estuário da Barra das Jangadas (PE – Brasil): ciclo nictemeral. Recife, 2004. 163f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 237 DIEDHIOU, Moustapha. Aspectos biológicos da Guaiuba Lutjanus chrysurus Bloch, 1791 (Perciformes: Lutjanidae) na costa nordeste do Brasil: Idade, crescimento, morfometria e pesca. Recife, 2000. 85f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. p. 175 EL-DEIR, Ana Carla Asfora. 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Bioecologia de Mugil curema Valenciennes, 1836 e Mugil liza Valenciennes, 1836 (Pisces – Mugilidae), cultivadas em viveiro estuarino da área de Itamaracá (Pernambuco – Brasil). Recife, 1985. 151f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. p. 83 VASCONCELOS FILHO, Antônio de Lemos. Interações Tróficas Entre Peixes do Canal de Santa Cruz – PE. Recife, 2001. 234f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. p. 47 VIANA, Girlene Fábia Segundo. População de Peneaidae (Crustacea, Decapoda) do fital Halodule wrightii Archers (Angiospemae) da Coroa do Ramalho, Nova Cruz, Igarassu– PE, Brasil. Recife, 1998. 99f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. p. 167 VIANA, Girlene Fábia Segundo. Assentamento, estrutura da comunidade e alimentação de camarões Penaeidea e Caridea no prado de capim marinho (Halodule wrightii Aschers) na praia de Forno da Cal, Itamaracá, Pernambuco, Brasil. Recife, 2005. f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 77 VIEIRA, Fabiana Silva. Padrões de Distribuição de Foraminíferos Bentônicos na Plataforma Externa e Talude Superior da Bacia de Campos, Rio de Janeiro. Recife, 2004. 63f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. p. 235 39 RESUMOS DAS TESES (2000-2005) 01 593.146 CDU (2ª ed.); 592.1176 CDD (21. ed.); UFPE/BC2000-198 TÍTULO: MACROZOOPLÂNCTON RECIFAL PERNAMBUCO – BRASIL. DA BAÍA DE TAMANDARÉ, DOUTORANDA: Dilma Aguiar do Nascimento Vieira. ORIENTADORA: Dra. Sigrid Neumann Leitão. DATA DA DEFESA: 15 de dezembro de 2000. NASCIMENTO-VIEIRA, Dilma Aguiar do Nascimento. Macrozooplâncton Recifal da Baía de Tamandaré, Pernambuco – Brasil. Recife, 2000. 107f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos sobre o zooplâncton da área recifal de Tamandaré, Pernambuco (Brasil) foram realizados em duas etapas (1989-1990 e 1998), visando conhecer a biodiversidade, abundância e avaliar a influência ambiental na estrutura da comunidade. Na primeira etapa foram delimitadas três estações na baía de Tamandaré, onde foram realizadas coletas de plâncton e hidrologia, no período de junho/89 a maio/90, nas preamares e baixa-mares diurnas. Na segunda etapa as coletas foram feitas em uma estação fixa, correspondente à estação 2 da primeira etapa, em uma maré de sizígia em janeiro/1998 (período seco) e em julho/1998 (período chuvoso), em um ciclo de 24 horas, com amostragens de 3 em 3 horas. Os dados de pluviometria foram obtidos na Estação de Climatologia da Usina Salgado e análises hidrológicas feitas pelo Laboratório de Química do Departamento de Oceanografia da UFPE. As amostras de plâncton foram obtidas através de arrastos horizontais à superfície, com rede de plâncton com malha com abertura de 300µm. Após cada coleta o material era fixado com formol neutro a 4%. A precipitação pluviométrica tendeu a diminuir de 1989 a 1998, apresentando médias anuais inferiores às médias históricas. A temperatura da água apresentou pequenas variações nas duas etapas, com médias menores no período chuvoso. Na primeira etapa a amplitude máxima de salinidade foi de 14,87, considerada relativamente alta para uma área recifal. Na segunda etapa, esta amplitude máxima foi de 4,8, bem inferior à etapa anterior, em decorrência da baixa pluviometria. A biomassa planctônica aumentou, em torno de nove vezes, de 1989 a 1998. Na composição zooplanctônica foram identificados 46 taxa considerando a menor unidade taxonômica possível para cada Filo. O holoplâncton predominou com 61 e 62% nas etapas 1 e 2, respectivamente. Copepoda foi o grupo mais representativo, destacando-se, na primeira etapa, Acartia lilljeborgi e Parvocalanus crassirostris. Na Etapa 2, destacou-se Acartia lilljeborgi. Em termos quantitativos, na primeira etapa foi observado um ciclo sazonal com maiores densidades nos meses de verão, nas três estações. Na Etapa 2, o zooplâncton também apresentou ciclos definidos variando em função das marés, com maiores quantidades nas preamares e no período seco. A diversidade de espécies foi média nas duas etapas, consideradas baixas em se tratando de área recifal. Os valores de eqüitabilidade foram sempre maiores que 0,5, indicando comunidade relativamente bem distribuída e em equilíbrio. A associação das amostras evidenciou diferenças entre marés e entre períodos sazonais. Pela Análise dos Componentes Principais, na primeira etapa o maior papel é desempenhado pela comunidade associada à área recifal; na segunda etapa, o grupo de maior influência no ecossistema recifal de Tamandaré esteve constituído por uma mistura de taxa do holo e meroplâncton, característicos da pluma estuarina, sendo secundária a importância da comunidade recifal propriamente dita. Este fato está associado aos impactos na área com o crescimento do turismo, desmatamentos de manguezais e maior aporte de poluição orgânica. A implantação da APA vem minimizando estes impactos, entretanto há muito a ser feito em termos de gerenciamento participativo. 40 02 595.186 CDU (2ª ed.) 595.135 (182/814) CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-043 TÍTULO: COMUNIDADE ZOOPLANCTÔNICA DE PROVÍNCIAS NERÍTICA E OCEÂNICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO – BRASIL (LATITUDE 7º 32’ 98” A 8º 41’ 51” S - LONGITUDE 34º 04’ 47” A 350 01’ 51” W). DOUTORANDA: Lúcia Maria de Oliveira Gusmão. ORIENTADORA: Dra. Sigrid Neumann Leitão. DATA DA DEFESA: 22 de dezembro de 2000. GUSMÃO, Lúcia Maria de Oliveira. Comunidade Zooplanctônica de Províncias Nerítica e Oceânica do Estado de Pernambuco – Brasil (Latitude 7º 32’ 98” a 8º 41’ 51” S - Longitude 34º 04’ 47” a 35º 01’ 51” W). Recife, 2000. 109f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos sobre a comunidade zooplanctônica em águas neríticas e oceânicas no Estado de Pernambuco foram realizados com o objetivo de conhecer a biodiversidade e identificar espécies indicadoras, avaliar o gradiente de distribuição, correlacionar os parâmetros ambientais mais significativos com o zooplâncton e identificar os processos que mais condicionam a estrutura desta comunidade. As amostras foram obtidas em 34 estações, durante o projeto bilateral (Brasil-Alemanha) JOPS- II, pernada 5, realizado a bordo do navio ‘‘Victor Hensen”, de 25/02 a 04/03/95, no período seco. As estações corresponderam a 7 perfis perpendiculares à costa do Estado de Pernambuco, entre as coordenadas geográficas 7º 32’ 98” a 8º 41’ 51” S e 34º 04’ 47” a 35º 01” 51” W. As coletas foram realizadas com rede Bongo, com malha filtrante de 300 micrômetros, e diâmetro de boca de rede de 60cm, através de arrastos oblíquos. Um fluxômetro foi adaptado à boca da rede. As amostras foram fixadas com formol neutro a 4%. Para cada amostra foi feita análise qualiquantitativa com base em subamostras de 4ml, vertidas em placa de contagem e levada ao estereomicroscópio binocular. Foram identificados 156 taxa, contados a partir dos infragenéricos para cada filo. Destacou-se Copepoda com 88 espécies sendo as mais freqüentes Undinula vulgaris, Nannocalanus minor, Euchaeta marina, Temora stylifera, Oithona atlantica, Oithona plumifera, Clausocalanus furcatus, Farranulla gracilis, Calocalanus pavo e Oncaea venusta. Destas destacaram-se quantitativamente Undinula vulgaris, Clausocalanus furcatus e Nannocalanus minor. Na área presentemente estudada, os organismos zooplanctônicos muito freqüentes estiveram presentes com 13%, os freqüentes com 16%, os pouco freqüentes com 44% e os esporádicos constituíram 27% da comunidade. Além dos Copepoda, destacaram-se larvas de Crustacea, principalmente de Brachyura nas primeiras estações dos perfis que recebem maior influência das plumas estuarinas. Considerando a quantidade total de indivíduos, 61% pertencem à Copepoda e 39% ao restante do zooplâncton. Copepoda apresentou tendência de aumentar da costa até a borda da plataforma - talude, quando alcançou maiores quantidades, decrescendo em direção às estações mais oceânicas; o restante da comunidade zooplanctônica tendeu a decrescer da estação mais costeira a mais oceânica. No total, a maioria das estações apresentou valores quantitativos inferiores a 150org.m-3, considerados extremamente baixos, caracterizando a área como oligotrófica. Este fato foi comprovado pela biomassa planctônica. As estações mais oceânicas apresentaram baixos valores (< 50mg.m-3), enquanto estações costeiras apresentaram valores pouco maiores, com média de 63mg.m-3, porém, também, considerados baixos. A diversidade de espécies de Copepoda foi alta (> 3 bits. Ind-1), exceto nas primeiras estações de cada perfil, sendo os valores inferiores a 2,5bits. Ind-1, com mínimo de 0,68bits.ind-1 no perfil Orange, devido ao predomínio de Undinula vulgaris. A eqüitabilidade foi alta demonstrando comunidade complexa e bem estruturada. A influência continental nas regiões neríticas e oceânicas de Pernambuco foi pouco pronunciada durante o período estudado. As interações plataforma-talude parecem ser de grande importância no aumento da produtividade zooplanctônica. Entretanto, estudos hidrográficos mais detalhados são necessários para evidenciar este padrão encontrado para o zooplâncton. 41 03 551.46 S237c TÍTULO: CRUSTÁCEOS DECÁPODOS DE SUBSTRATOS MÓVEIS DO MEDIOLITORAL DO ESTUÁRIO DO RIO PARIPE – ITAMARACÁ, PE – BRASIL. DOUTORANDA: Mônica Alves Coelho dos Santos ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 21 de fevereiro de 2001 COELHO DOS SANTOS, Mônica Alves. Crustáceos Decápodos de Substratos Móveis do Mediolitoral do Estuário do Rio Paripe – Itamaracá, PE – Brasil. Recife, 2001. 127f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos ecológicos dos crustáceos decápodos de substratos móveis foram realizados no mediolitoral do estuário do rio Paripe – Itamaracá – PE. As coletas foram realizadas trimestralmente durante o período de fevereiro de 1994 a fevereiro de 1996, em três áreas distintas: Área 1 (próxima à foz, com cinco estações de coleta), Área 2 (parte mediana do estuário, com três estações de coleta) e Área 3 (mais próxima da cabeceira do estuário, também com três estações de coleta). Os animais foram coletados manualmente no interior de um espaço delimitado por um cubo de metal de 0,5 X 0,5m, com área de 0,25m2. A fauna esteve representada por 20 espécies, distribuídas em 12 gêneros e 9 famílias. Destas, Ocypodidae foi a mais representativa. Foi analisado um total de 1650 exemplares coletados nas 11 estações de estudo. O maior número de espécies foi observado na área 1, estação 3, com substrato arenolamoso e o maior número de exemplares na área 3, estação 1, com substrato arenoso. Não foram observadas mudanças na composição da fauna relacionadas com a temperatura da água intersticial e sim com a salinidade da água intersticial, tendo sido observadas variações na composição faunística, correlacionadas com as variações da salinidade entre valores da água eualina e oligoalina. Com relação à abundância a maioria das espécies foi classificada como rara. A baixa abundância das espécies pode ser explicada pelo fato delas pertencerem a outros ambientes (infra ou supralitoral). A maior diversidade específica correspondeu ao verão, possivelmente causado pela salinidade mais elevada, e não pelo substrato e pela temperatura. A distribuição espacial das espécies foi influenciada pelo tipo de substrato e não pela temperatura ou salinidade da água intersticial. Os resultados obtidos confirmam o que se conhece sobre a ecologia da maior parte das espécies estudadas, ampliando o conhecimento das demais. 42 04 595.132 CDU (2ª ed.); 592.57 CDD (21ª ed); UFPE/BC2001-205 TÍTULO: NEMATOFAUNA DE UMA PRAIA ARENOSA TROPICAL (ISTMO DE OLINDA – PERNAMBUCO – BRASIL). DOUTORANDA: Tânia Nara Campinas Bezerra ORIENTADORA: Drª. Verônica Gomes da Fonseca Genevois CO-ORIENTADORA: Drª. Magda Vinex DATA DA DEFESA: 22 de fevereiro de 2001 BEZERRA, Tânia Nara Campinas. Nematofauna de uma Praia Arenosa Tropical (Istmo de Olinda – Pernambuco – Brasil). Recife, 2001. 114f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO A nematofauna da Praia dos Milagres, no Istmo de Olinda, Pernambuco, Brasil, foi prospectada mensalmente, entre novembro de 1988 e outubro de 1989. A área situa-se entre o Porto do Recife, situado ao sul, e a favela Ilha do Maruim, ao norte. Sete pontos de coleta distando cerca de 300 metros entre si formaram uma transecção médio-litorânea paralela à linha d’água, nas quais foram analisados extratos sedimentológicos mensais de 0-2cm, 2-5cm e 510cm de profundidade. Nos mesmos pontos as águas intersticiais foram filtradas para caracterização da nematofauna, propiciando o alargamento da lista taxonômica. Leituras de temperatura, e análise granulométrica, foram estimadas para cada estação de coleta esta última a partir de 100 gramas de sedimentos. O material coletado foi fixado com formol salino 4%. Os Nematoda foram separados para amostragem das lâminas de Cobb, integralizados em lista taxonômica e analisados aos níveis de estrutura populacional e estrutura trófica. A hipótese inicial baseou-se no princípio que praias arenosas tropicais apresentam um número maior de espécies, com densidades mais elevadas que regiões temperadas. Foram registrados três ordens, dezenove famílias e 38 gêneros, compreendendo quatro espécies novas: Perepsilonema sp.n., Paracanthoncus sp.n., Echinodesmodora sp.n. e Rhynchonema sp.n. As sete espécies mais abundantes definiram os padrões espaço-temporal. O padrão espacial separa os pontos próximos da favela daqueles sob a influência do Porto do Recife. Quanto à distribuição vertical a espécie mais abundante, Perepsilonema sp.n. distribuiu-se em todos os estratos, concentrando-se nos mais profundos, enquanto Perepsilonema kellyae, a Segunda mais representativa, demonstrou uma distribuição inversa, quando a fase seca e chuvosa são consideradas. O padrão temporal apontou a estação chuvosa com maiores valores de diversidade que a estação seca, embora ambas tenha exibido valores muito baixos. A dominância das espécies ao longo do ano é responsável pelo padrão espaço-temporal da estrutura trófica, composta, sobretudo, pelos comedores seletivos de depósitos no verão pelos comedores de depósitos não seletivos, pelos comedores de epistrato e pelos carnívoro/onívoros durante a estação chuvosa. A estrutura da população apresentou-se composta por fêmeas em maior proporção do que machos e juvenis, indicando a manutenção do estoque e boa repartição dos recursos. Em abril ocorreu a maior incidência de fêmeas grávidas. Os valores baixos de diversidade e de equitabilidade indicam a possibilidade da Praia dos Milagres ser afetada pelo Porto e pela favela, mantendo-se sob constante estresse. A composição qualitativa da nematofauna norteia a conclusão de que praia arenosa de região tropical é menos rica do que as de regiões temperadas, refutando-se, assim, a hipótese inicial do trabalho. 43 05 597.554.4 CDU (2ª ed.); 592.57 CDD (21ª ed); UFPE/BC2001-164 TÍTULO: TAXONOMIA E ECOLOGIA DOS BAGRE (TELEOSTEI: ARIIDAE) DO LITORAL DE PERNAMBUCO, BRASIL. DOUTORANDA: Dinalva de Souza Guedes. ORIENTADORA: Drª. Rosa de Lima Silva Mello DATA DA DEFESA: 31 de maio de 2001 GUEDES, Dinalva de Souza. Taxonomia e Ecologia dos Bagre (Teleostei Ariidae) do Litoral de Pernambuco, Brasil. Recife, 2001. 143f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos sobre a composição, distribuição, ecologia e conteúdo estomacal de bagres marinhos da família Ariidae foram realizados em duas etapas. A primeira etapa constou de exames de espécimes das coleções do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco e do Departamento de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco; e a Segunda em três áreas do litoral de Pernambuco (Porto de Galinhas, Piedade e Itamaracá) no período de agosto/1998 a julho/1999, através de pescarias artesanais. Foram aplicados questionários junto aos pescadores abordando aspectos sócio-econômicos. Foram identificadas os gêneros: Arius (oito espécies), Bagre e Cathorops (duas espécies, cada), Sciadeichthys, (uma espécie). Pela análise da forma dos otólitos foram registrados 4 grupos. Do total de 2.226 exemplares amostrados ao longo do período estudado, 668 provieram de Porto de Galinhas (30,0%), 835 procederam de Piedade (37,5%), e 723 foram procedentes de Itamaracá (32,5%). Verificou-se que Arius proops foi à espécie mais freqüente, com 720 indivíduos (32,3%). A maior parte das espécies esteve constituída por fêmeas maduras. As profundidades dessas pescarias variaram entre 8 e 24 m. Nos conteúdos estomacais de sete espécies pesquisadas predominaram moluscos (Cathorops spixii), crustáceos (Arius grandicassis, A. proops, A. herzbergii) e peixes (Bagre bagre, B. marinus). A captura mixta esteve constituída por 65 espécies, destacando-se em freqüência de ocorrência e abundância numérica a família Scianidae. Os 100% dos pescadores de Porto de Galinhas, 80,8% de Piedade e 80,6% de Itamaracá informaram que preferem capturar outras espécies. O local onde geralmente é pescado o bagre consiste em áreas com fundo de lama, no mar de fora e no mar de dentro. Em Porto de Galinhas, os bagres são pescados no fim do inverno por 39,9% e no verão por 42,9% dos entrevistados. Em Piedade, 80,8% e em Itamaracá 83,8% dos entrevistados pescam os bagres no inverno. Quanto à abundância na área 58,1% dos pescadores de Itamaracá e 46,1% dos de Piedade disseram que aumentou, enquanto que 71,4% dos entrevistados de Porto de Galinhas disseram que não houve variações. Existe entre os pescadores um forte senso de comunidade, mais de 90% dos entrevistados pescam, geralmente em grupo. A associação das espécies de bagres marinhos com base na abundância numérica nas três subáreas amostradas evidenciou dois grupos, sendo o primeiro caracterizado por associar espécies de ambientes marinhos estuarinos e o segundo ambientes marinhos. Quanto à abundância de bagres na área a maioria dos pescadores de Itamaracá e de Piedade, disseram que aumentou, enquanto que os entrevistados de Porto de Galinhas disseram que não houve variações. 44 06 551.46 CDD (21ª ed); UFPE /CTG2001 TÍTULO: ESTRUTURA E DINÂMICA DA FLORA PLANCTÔNICA NO CANAL DE SANTA CRUZ – ITAMARACÁ – PERNAMBUCO – NORDESTE DO BRASIL. DOUTORANDA: Maria da Glória Gonçalves da Silva Cunha. ORIENTADORA: Drª. Enide Eskinazi Leça CO-ORIENTADORA: Drª. Sigrid Neumann Leitão DATA DA DEFESA: 13 de junho de 2001 SILVA-CUNHA, Maria da Glória Gonçalves da. Estrutura e Dinâmica da Flora Planctônica no Canal de Santa Cruz – Itamaracá – Pernambuco – Nordeste do Brasil. Recife, 2001. 236f. Tese (Doutorado). Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO O Canal de Santa Cruz é considerado um dos ecossistemas mais produtivos do litoral de Pernambuco, onde se desenvolve uma intensa atividade pesqueira. O Canal funciona como elo entre o continente e as regiões marinhas adjacentes, onde ocorrem fortes interações entre os processos físicos, químicos e biológicos. Um projeto de grande abrangência foi desenvolvido dentro do acordo de Cooperação Bilateral em Ciência e Tecnologia entre o Brasil (Ministério do Meio Ambiente) e o Zentrum fur Marine Tropenokologie – ZMT (Bremen, Alemanha), cujo objetivo foi realizar um trabalho conjunto para tratar de questões fundamentais da ecologia dos trópicos, especificamente sobre as áreas de manguezais. O presente trabalho está inserido em uma das linhas de pesquisa do citado Projeto, o qual se objetivou analisar a composição específica, estrutura e dinâmica das algas planctônicas pertencentes à fração do microfitoplâncton. O estudo esteve baseado em amostras de plâncton coletadas em seis estações localizadas em Barra Orange e Barra de Catuama, tendo sido utilizada rede de arrasto com malha de 50µm. As coletas foram realizadas em intervalos aproximados de três horas, obedecendo aos períodos de marés, no período chuvoso (23-24.05.1994) e seco (19-20.12.1994). Em cada amostra foi inventariada a composição florística, a riqueza de espécies, quantificando o número de cél.l-1 e calculada a diversidade específica e a equitabilidade, tendo sido, também, calculada a freqüência de ocorrência e a abundância relativa dos táxons infragenéricos inventariados, assim como a simiralidade entre as amostras. Foi registrado um total de 209 táxons infragenéricos, distribuídos entre 205 espécies, duas variedades e duas formas, destacando-se a divisão Bacillariophyta (diatomácea), cujos representantes constituíram mais de 80% em todas as amostras. Com menor representação, ocorreram também Cyanophyta, Euglenophyta, Pyrrophyta e Chlorophyta. Em relação ao número de táxons, as famílias mais representativas foram: Chaetocerotaceae e Triceratiaceae com 20 táxons cada uma. A diversidade específica foi comparativamente alta em todas as estações, e a similaridade entre as espécies sugeriu uma só associação, denotando uma coexistência de espécies em toda a área, enquanto a simiralidade entre as estações mostrou variações relacionadas aos dois períodos anuais. Assim, não foram detectadas variações florísticas significativas entre os seis locais amostrados, devido principalmente à proximidade existente entre as estações de coletas, as quais estão sujeitas às mesmas condições ambientais. Variações significativas foram observadas em relação ao número de células por litro (densidade), cujos valores foram sempre mais elevados durante o período chuvoso, atingindo um máximo de 505,0cél.l-1 em Barra de Catuama e um mínimo de 28,5cél.l-1, em Barra Orange. De uma forma geral, nenhum dos locais amostrados apresentou uma variação nictemeral marcada, estando às variações relacionadas ao florescimento de algumas espécies, que caracterizaram determinados períodos de marés, destacando-se Asterionellopsis glacialis, Bellerochea malleus, Bacillaria paxillifera, Chaetoceros affinis, Chaetoceros curvisetus, Chaetoceros lorenzianus, Coscinodiscus centralis, Nitzschia sigma, Surirella febigerii e Thalassiosira subtilis como as mais freqüentes e abundantes. A área em estudo apresentou uma composição florística dominada por espécies marinhas costeiras, embora tenha sido detectada a presença de algumas espécies de água doce, devido à influência de pequenos rios que deságuam no Canal, confirmando-se, assim, que as duas barras (Orange e Catuama) estão sob influência direta das águas marinhas costeiras. 45 07 551.46 M929i TÍTULO: A INFLUÊNCIA DOS VENTOS E DA TEMPERATURA DOS OCEANOS ATLÂNTICO E PACÍFICO NA VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO NO LESTE DO NORDESTE DO BRASIL: OBSERVAÇÕES E MODELOS ESTATÍSTICOS DE PREVISÃO. DOUTORANDO: Geber Barbosa de Albuquerque Moura. ORIENTADOR: Dr. José Oribe Rocha do Aragão CO-ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante DATA DA DEFESA: 15 de agosto de 2001 MOURA, Geber Barbosa de Albuquerque. A Influência dos Ventos e da Temperatura dos Oceanos Atlântico e Pacífico na Variabilidade da Precipitação no Leste do Nordeste do Brasil: Observações e Modelos Estatísticos de Previsão. Recife, 2001. 88f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO O objetivo geral deste trabalho foi correlacionar à precipitação pluviométrica de quatro grupos homogêneos de postos pluviométricos no setor leste do Nordeste do Brasil (NEB) com anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM), e ventos à superfície oceânica. O objetivo geral foi o de desenvolver fórmulas estatísticas de regressão múltipla com a finalidade de elaborar prognósticos quantitativos de desvios pluviométricos sobre o leste do NEB durante a estação chuvosa (março e julho) a partir dos dados de TSM e ventos com lag –10 (média de maio a setembro do ano anterior). O período de estudo foi de 1945 a 1985 e a análise mostra que há influência do Oceano Atlântico e do Pacífico sobre as chuvas do setor leste, com maior correlação para o Atlântico, principalmente na área do Dipolo (com correlação maior que 0,6, e significativa a p < 0,05). Na análise dos vários lags, detectou-se os modos meridional (Dipolo do Atlântico) e equatorial, este último evidenciado por Servain e Arnault (1995). Os modelos de previsão que foram desenvolvidos para os quatros grupos tiveram “boas respostas”, ou sejam “altas” correlações e nível de explicação elevado, principalmente no período intramodelo. Mesmo assim, ainda se obteve erros de ajustes. Os modelos podem ser melhorados ao se aproximar os lags para próximo do período chuvoso. Dois dos grupos (1 e 4) tiveram melhores ajustes tanto intramodelo (r = 84% e r = 77%, respectivamente), quanto extramodelo. As estações do Grupo 1 estão localizadas no Agreste, e a maioria das estações do Grupo 4 está situada na faixa litorânea do NEB. 46 08 543.393 CDU (2ª ed.); 639.969 CDD (21. ed.); UFPE BC2001-210 TÍTULO: INSETICIDAS ORGANOCLORADOS E BIFENILOS POLICLORADOS (PCBS) NA REGIÃO ESTUARINA DE ITAMARACÁ/PE: ASPECTOS ANALÍTICOS E AMBIENTAIS. DOUTORANDA: Danuza Leal Telles. ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macedo CO-ORIENTADORA: Drª. Kátia Muniz Pereira da Costa DATA DA DEFESA: 23 de agosto de 2001 TELLES, Danuza Leal. Inseticidas Organoclorados e Bifenilos Policlorados (PCbs) na Região Estuarina de Itamaracá/PE: Aspectos Analíticos e Ambientais. Recife, 2001. 167f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Os pesticidas organoclorados, Ocs, e bifenilos policlorados, PCBs, possuem alta capacidade cumulativa e sua distribuição no ambiente marinho depende dos mecanismos de troca entre as interfaces água-atmosfera e água-sedimento, assim como dos processos de bioacumulação nos organismos marinhos. Esses organismos estão localizados principalmente em áreas úmidas litorâneas, os manguezais, os quais, por possuírem alta produtividade biológica são responsáveis por parte considerável da produção de recursos marinhos. A ostra de mangue, Crassostrea rhizopharae foi selecionada para este estudo pela sua abundância e valor comercial, e a área de estudo selecionada foi o complexo estuarino de Itamaracá pela sua elevada produtividade e diversidade biológica, além do importante papel sócio-econômico. Foram realizadas de 4 coletas trimestrais em 1999, nos períodos de chuva (março e junho) e de estiagem (setembro e dezembro) ao longo dos rios Botafogo e Igarassu e do Canal de Santa Cruz. Esses dois rios além do Carrapicho, Catuama, Congo e Paripe são os rios que mais contribuem com carga de poluição para a região que, juntamente com o Canal de Santa Cruz, compõem o complexo estuarino de Itamaracá. Neste estudo, foram validadas as metodologias analíticas para a determinação de pesticidas Ocs e PCBs em água, ostra e sedimento, de acordo com o que estabelece a ISO 17025. A cromatografia a gás de alta resolução com detetor de captura de elétrons e injeção splitless foi à técnica utilizada para quantificação das amostras sendo que, na confirmação, a injeção foi realizada simultaneamente em duas colunas de polaridades diferentes. Análises hidrológicas e granulométricas foram realizadas como forma de melhor avaliar o grau de impactação da área e suas influências nas concetrações de pesticidas encontradas. Os dados analíticos indicaram que o poluente persistente, PCBs, não estava presente nas amostras estudadas nos limites de detecção de 0,05µg/L para água, 0,2µg/Kg para ostra e 0,1µg/Kg de sedimento. Entre os 16 organoclorados estudados foi possível quantificar heptacloro, heptacloro epóxido, e DDT e isômeros em 46% das amostras de sedimento. Nas amostras de água e ostra as concentrações obtidas estavam abaixo do limite de detecção dos métodos, 0,005 µg/L e 0,1µg/Kg, respectivamente. Os resultados e a análise multivariada por agrupamentos indicaram uma contaminação residual sem influência sazonal. Os compartimentos ambientais bióticos e abióticos não foram influenciados pelas concentrações de OCs e este fato foi correlacionado com os dados de salinidade, oxigênio dissolvido e pH do estuário. Por outro lado, as concetrações de OCs foram influenciadas pela presença de matéria orgânica do sedimento. Esta contaminação persistente, especialmente no rio Botafogo, confirmou a influência da matéria orgânica e/ou granulometria nos processos de sorção/desorção dos poluentes orgânicos que ocorrem na interface sólidolíquido. Os PBCs, estão associados à contaminação industrial e portuária e, devido a sua ausência no ecossistema estudado, ficou evidente que este tipo de poluição não é significativa. Por outro lado, o estudo indicou que a principal via de introdução dos OCs é através do aporte de águas dos rios que deságuam na região, principalmente, o rio Botafogo e Igarassu. Com relação à ostra de mangue, os resultados indicaram que a população amostrada está isenta de contaminação por pesticida OCs e PCBs. 47 09 551.46 V331i TÍTULO: INTERAÇÕES TRÓFICAS ENTRE PEIXES DO CANAL DE SANTA CRUZ – PE. DOUTORANDO: Antônio de Lemos Vasconcelos Filho ORIENTADORA: Drª. Enide Eskinazi Leça CO-ORIENTADORA: Drª. Sigrid Neumann Leitão DATA DA DEFESA: 27 de setembro 2001 VASCONCELOS FILHO, Antônio de Lemos. Interações Tróficas Entre Peixes do Canal de Santa Cruz – PE. Recife, 2001. 184f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Os peixes representam o único grupo de vertebrados cujos componentes são inteiramente dependentes da água, como meio em que vivem. São organismos de suma importância nos ecossistemas estuarinos, pois representam uma força de regulação energética, além de constituírem a maior biomassa entre os níveis tróficos superiores que se encontram nesses ecossistemas. Visando a identificação do papel ecológico e da importância dos peixes no balanço energético do Canal de Santa Cruz, foi realizado o presente trabalho, levando-se em consideração os seguintes aspectos: a) inventário da ictiofauna; b) classificação das espécies quanto às afinidades ecológicas; c) análise do conteúdo estomacal das espécies mais representativas; d) enquadramento das espécies nas respectivas categorias tróficas. Na análise taxonômica, ficou comprovada a ocorrência de 145 espécies de peixes, distribuídas em duas classes, 57 famílias e 98 gêneros. As famílias mais representativas em número de espécies foram: Carnagidae (9 spp.), Gerreidae (9 spp.), Sciaenidae (8 spp.), Gobiidae (7 spp.), Haemulidae (7 spp.), Engraulidae (6 spp.) e Lutjanidae (6 spp), Ariidae (5 spp), Paralichthyidae (5 spp), Syngnathidae (5 spp.), Eleotridae (4 spp.) e Achiridae (4 spp). As características hidrológicas do Canal de Santa Cruz se refletem na composição ictiofaunística, sendo 53,1% dos peixes enquadrados no componente marinho visitante, 30,3% como marinho dependentes e 16,6% como residentes, revelando a importância ecológica do Canal como exportador de energia para a área costeira adjacente, comprovada pela maciça presença de espécies marinhas, que procuram o Canal para crescer ou se alimentar, retornando posteriormente aos seus habitats naturais. A diversidade dos itens alimentares, constituídos por vegetais (microalgas, macroalgas, detritos de folhas de mangue e fanerógamas marinhas), zooplanctontes (copépodos), moluscos (gastrópodos e bivalvios), crustáceos (isópodos, anfípodos, camarões, restos digeridos) e peixes, demostra uma grande disponibilidade de alimento e possibilita o estabelecimento de três categorias ictiotróficas: Consumidores Primários: neste grupo, estão incluídos os peixes planctófagos, herbívoros, detritívoros e omníveros; Consumidores Secundários: neste grupo, estão incluídos os peixes predominantemente carnívoros, que consomem organismos do primeiro grupo, incorporando, também, em sua direta, pequenas quantidades de materiais vegetais e detritos; Consumidores Terciários: neste grupo, estão incluídos os peixes exclusivamente carnívoros, como aqueles que se alimentam dos dois grupos anteriores, sendo os materiais vegetais e detritos alimentos ocasionais. Os resultados obtidos revelam que o Canal de santa Cruz é um ecossistema onde ocorre um armazenamento de energia capaz de suportar populações de peixes de diversas categorias tróficas, representando uma unidade ecológica de grande importância para o desenvolvimento da ictiofauna de todo o litoral norte de Pernambuco. 48 10 593.4 CDU (2ª. ed.); 593.4 CDD (21ª. ed.); UFPE BC2002-008 TÍTULO: PORIFERA DEMOSPONGIAE DA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA DO NORDESTE DO BRASIL (REVIZEE NE I E II). DOUTORANDA: Josivete Pinheiro dos Santos ORIENTADORA: Drª. Beatriz Mothes CO-ORIENTADORA: Drª. Deusinete de Oliveira Tenório DATA DA DEFESA: 26 de outubro de 2001 SANTOS, Josivete Pinheiro dos. Porifera Demospongiae da Zona Econômica Exclusiva do Nordeste do Brasil (Revizee NE I E II). Recife, 2001. 88f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Os poríferos desempenham um papel muito importante nos ecossistemas aquáticos, pois além de serem capazes de filtrar grandes quantidades de água, absorvem matéria orgânica dissolvida, removem 99% das bactérias circundantes, interagem com outras espécies na competição por espaço, servem de substrato para várias espécies associadas, contribuem para a produção primária através de simbiose com cianobactérias e são potencias biomonitoras da qualidade ambiental. Em algumas têm sido encontradas numerosas substâncias farmacologicamente ativas, antibióticas, antitumorais e antivirais (Debitus, 1998). Dados sobre diversidade de Porifera da costa brasileira ainda são insuficientes, tanto em relação à extensa faixa costeira quanto a ocorrência de espécies endêmicas, e/ou com afinidades caribenhas ou magalânicas. Dentro deste contexto ainda destacaram-se os espécimes de profundidade, cujas amostras necessitam ser coletadas através de extensas campanhas oceanográficas. Neste sentido o presente trabalho vem contribuir para o conhecimento de poríferos ocorrentes em profundidades superiores a 40 m, coletados pelo programa “Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva – REVIZEE”, que tem como um dos objetivos a identificação de espécies que habitam a plataforma continental, o fundo marinho do talude superior e bancos oceânicos. Estudos sobre os Porifera do nordeste do Brasil foram realizados dentro do Programa REVIZEE NE I e II, em expedição feita pelo Navio Oceanográfico Antares, em 14 estações oceanográficas entre as coordenadas geográficas de 2º 16’ 74” S e 41º 34’ 59” W – 10º 00’ 38” S e 35º 47’ 34” W, no período de 05 de setembro de 1995 à 24 de outubro de 1995 e uma única estação em 31 de janeiro de 1997. As amostras foram adquiridas através de dragas retangular, com um tempo de arrasto que variou de 2 a 5 minutos e velocidade de 2 nós, em profundidade entre 33 e 166 metros; fixadas no local com formol neutro a 4% e em laboratório conservadas em álcool a 98%. Dados hidrológicos foram obtidos simultaneamente. O estudo taxonômico foi baseado na observação das escleras e/ou fibras através da microscopia eletrônica de varredura, com as técnicas de dissociação espicular, elaboração de lâminas histológicas e de cortes diafanizados. Os espécimes encontram-se depositados na Coleção de Bentos do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco, catalogados com a sigla DO.UFPE.LAB.POR, e duplicados na Coleção de Poríferos marinhos do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, com a sigla MCN. Foram identificados: HOMOSCLEROPHORIDA (Plakinidae) Plakinastrella onkodes Uliczka, 1929 e Plakortis halichondroides (Wilson, 1902); SPIROPHORIDA (Tetillidae) Cinachyrella alloclada (Uliczka, 1929); ASTROPHORIDA (Geodiidae, Ancorinidae) Erylus formosus Sollas, 1886, Geodia neptuni (Sollas, 1886) e Stelletta anancora (Sollas, 1886); HADROMERIDA (Spirastrellidae) Spirastrella coccinea (Duchassaing & Michelotti, 1864); AGELASIDA (Agelasidae) Agelas dispar Duchassaing & Michelotti, 1864); HALICHONDRIDA (Halichondria sp.; HAPLOSCLERIDA (Niphatidae, Chalinidae) Niphates alba e Niphates erecta e Haliclona sp.; DICTYOCERATIDA (Spongiidae, Ircinidae) Hyattella cavernosa (Pallas, 1766) e Ircinia sp.; VERONGIDAE (Aplysinidae) Aplysina fistularis fulva (Pallas, 1766). 49 11 595.384.1 CDU (2ª ed.); 595.384 CDD (21ª ed); UFPE/BC2002-020 TÍTULO: SISTEMÁTICA E ECOLOGIA DOS CAMARÕES MARINHOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL (CRUSTACEA: DECAPODA: DENDROBRANCHIATA E PLEOCYEMATA). DOUTORANDA: Marilena Ramos Porto ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 29 de novembro de 2001 RAMOS-PORTO, Marilena. Sistemática e Ecologia dos Camarões Marinhos do Estado de Pernambuco, Brasil (Crustacea: Decapoda: Dendrobranchiata e Pleocyemata). Recife, 2001. 282f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Os camarões são animais pertencentes ao Phylum _rustácea, estando classificados nas subordens Dendrobranchiata Bate, 1888 e Pleocyemata Burkenroad, 1963, constituindo um dos grupos de crustáceos mais bem estudados em todo o mundo, tanto nos aspectos da sistemática, quanto da biologia, ecologia e distribuição. Visando contribuir para o conhecimento da fauna de camarões ocorrentes ao longo do estado de Pernambuco, esta tese como principais objetivos inventariar as espécies, registrar problemas de ordem taxonômica e elaborar chaves de identificação para as famílias, gêneros e espécies. Estas espécies foram estudadas sob os seguintes pontos de vista: sistemática; distribuição geográfica; associação por áreas de distribuição geográfica e associação por tipo de fundo e zona de ocorrência. As coletas foram realizadas desde o limite de penetração da isoalina de 0,5 nos estuários até águas oceânicas. Os espécimes foram coligidos durante as campanhas realizadas pelo Noc. “Almirante Saldanha”, pelo barco de pesca “Canopus” ou durante as expedições “Recife”, “Pernambuco”, “Paraíba/Pernambuco”, “Itamaracá”, “Furene” e “Condepe/Suape”. Foram também estudadas amostras coletadas manualmente, ao longo de praias e estuários; estas foram obtidas com o auxílio de puçás, peneiras ou de pequenas redes de arrasto. O material está depositado nas coleções dos Departamentos de Oceanografia e de Pesca das Universidades Federal e Federal Rural de Pernambuco, respectivamente. A área estudada foi dividida, em sentido perpendicular à costa, nas seguintes zonas: a) pré-litoral; b) recifal; c) pós-recifal; d) fronto-litoral; e) Canal de Santa Cruz, estuários e rios. Como resultados destes estudos foi constatada a ocorrência de 96 espécies de camarões. Destas, 20 pertencem à subordem Dendrobranchiata, distribuídas em cinco famílias e doze gêneros e 76 pertencem aos Pleocyemata, classificadas em treze famílias e quatorze gêneros. O estudo da distribuição geográfica mostrou a ocorrência de doze pradões: seis latitudinais e seis longitudinais. A análise da associação entre as espécies apresentou os seguintes resultados: por área de distribuição geográfica, r = 0,8; entre as áreas de distribuição geográfica, r = 0,95; por tipo de fundo, r = 0,91; entre os tipos de fundo, r = 0,89. Todas estas associações podem ser consideradas bem ajustadas. A similaridade das espécies por tipo de fundo e zona de ocorrência mostrou que os povoamentos da plataforma continental foram mais ricos, em número de espécies, do que o povoamento profundo. O povoamento dos fundos de algas calcárias apresentou o maior número de espécies exclusivas, seguido pelos povoamentos das zonas recifal e do Canal, estuários e rios. A partir destes resultados pôde-se concluir que o conhecimento da fauna que compõem um determinado ecossistema é de fundamental importância à preservação da mesma e que a distribuição das espécies está associada a um complexo de variáveis e que não é fácil descrever o papel de cada cosntante. Além disso, é de vital importância a realização de inventários faunísticos, para que, em um futuro próximo, estes, além de servir de testemunho sobre a riqueza e distribuição das espécies, também possibilitem avaliar o impacto ambiental causado pelas transformções impostas pelo homem. 50 12 595.394 CDU (2ª ed.); 595.388 CDD (21ª ed); UFPE/BC2001-091 TÍTULO: BIOLOGIA POPULACIONAL E MANEJO DA PESCA DO CAMARÃO BRANCO Litopenaeus schmitti (BURKENROAD, 1936) (CRUSTACEA: DECAPODA: PENAEIDAE) NO NORDESTE ORIENTAL DO BRASIL. DOUTORANDA: Maria do Carmo Ferrão Santos. ORIENTADOR: Dr. José Arlindo Pereira CO-ORIENTADOR: Carlos Tassito Correia Ivo DATA DA DEFESA: 27 de fevereiro de 2002 SANTOS, Maria do Carmo Ferrão. Biologia Populacional e Manejo da Pesca do Camarão Branco Litopenaeus schmitti (Burkenroad, 1936) (Crustacea: Decapoda: Penaeidae) no Nordeste Oriental do Brasil. Recife, 2002. 123f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO A costa marítima do Brasil possui uma extensão de cerca de 8.400 Km, onde existem centenas de áreas exploradas pela pesca camaroneira artesanal. Na região Nordeste, a captura motorizada de camarão teve início em 1969 e, atualmente possui uma frota de 1.560 embarcações camaroneiras, numa extensão de 3.413Km de costa. Tal frota explora, exclusivamente, populações de espécies da família Penaeidae, dentre estas, o camarão branco, Litopenaeus schmitti (Burkenroad, 1936), que destaca-se como principal espécie de valor econômico. Na região Nordeste são raras as informações acerca desta espécie, fazendo-se, pois, necessário o desenvolvimento de estudos que visem o conhecimento do seu ciclo de vida e, também de sua pesca, tendo em vista subsidiar o ordenamento desta atividade pesqueira. Este trabalho foi executado, mensalmente, entre mio de 1998 e abril de 2000, como parte do projeto Biologia e Potencial de Camarão Marinho, pertencente ao CEPENE/IBAMA. As localidades escolhidas foram: Baía Formosa (Rio Grande do Norte), Lucena (Paraíba), Sirinhaém (Pernambuco) e em área de influência do rio São Francisco (Alagoas – Sergipe). As maiores capturas concentraram-se entre 21 e 32mm de cefalotórax para os machos e, de 21 e 36mm de cefalotórax para as fêmeas. As fêmeas são maiores e mais pesadas do que os machos. A participação média dos machos foi inferior às fêmeas. Determinou-se os parâmetros da curva de crescimento (L∞ e K), além, dos períodos de menor crescimento (WP). As desovas são do tipo bimodal, sendo, normalmente, em fevereiro a de setembro a novembro. O comprimento de primeira maturação sexual das fêmeas, variou entre 17,3 e 17,7mm de cefalotórax. O recrutamento ocorre após três a seis meses dos picos de desovas. Estimativas de mortalidades foram determinadas, além, de serem oferecidas informações a cerca da captura, esforço de pesca e CPUE. Os resultados oriundos da VPA não estimulam o aumento do esforço de pesca, além, do coeficiente de mortalidade por pesca ser bastante elevado, portanto, qualquer decisão quanto ao indicativo do aumento do esforço de pesca deve ser proibido. 51 13 574.587 CDU (2ª ed.) 577.77 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-383 TÍTULO: VARIAÇÃO TEMPORAL DA MEIOFAUNA E DA NEMATOFAUNA EM UMA ÁREA MEDIOLITORÂNEA DA BACIA DO PINA (PERNAMBUCO: BRASIL). DOUTORANDO: Francisco José Victor de Castro ORIENTADORA: Dra. Verônica Gomes Da Fonseca Genevois DATA DA DEFESA: 19/02/2003 CASTRO, Francisco José Victor de. Variação Temporal da Meiofauna e da Nematofauna em uma Área Mediolitorânea da Bacia do Pina (Pernambuco, Brasil). Recife, 2003. 70f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO Sob vários aspectos químicos e biológicos a bacia do Pina vem sendo prospectada ao longo dos anos, incluindo a aferição dos poluentes orgânicos. Diversos rios desembocam neste local com grande carga poluidora, comprometendo a qualidade do pescado, tão explorado pela população de baixa renda e comercializados nos mercados públicos da cidade do Recife. Até o momento, um único estudo sobre a distribuição espacial da meiofauna foi realizado neste ambiente, embora desempenhem estes organismos um importante papel na teia trófica bentônica. Para a extração da meiofauna 5 réplicas aleatórias de sedimento foram coletadas através de um corer de 5cm de comprimento por 2,5cm de diâmetro em um ponto fixo no médio litoral inferior. O esforço amostral refletiu-se para cada semana, durante 3 meses na estação de menor pluviosidade (janeiro, fevereiro e março) e 3 meses na estação de maior pluviosidade (junho, julho e agosto) do ano de 1999 sempre na baixa-mar, perfazendo um total de 120amostras/semestre. Leituras de temperatura foram efetuadas concomitantes às coletas para a meiofauna, assim como foram amostrados sedimentos, para análise granulométrica e para caracterizar o teor de matéria orgânica. Mensalmente, no dia de menor amplitude de maré, coletou-se água com garrafa de Nansen para verificação do teor de oxigênio dissolvido, DBO e salinidade. Cerca de 50 Nematoda foram separados para amostragem de lâminas permanentes, integralizados em lista taxonômica e analisados aos níveis de estruturas populacional e trófica. Objetivou-se, assim, correlacionar os parâmetros abióticos com a meiofauna, com a nematofauna, em particular, buscando determinar as espécies bioindicadoras. Dez táxons compuseram a meiofauna durante todo o período estudado, sendo estes: Turbellaria, Gastrotricha, Nematoda, Rotifera, Tardigrada, Polychaeta, Oligochaeta, Acari, Ostracoda e Copepoda Harpacticoida. A densidade média mensal mais expressiva ocorreu em março (3126,5ind. 10 cm-2) com um índice de dominância dos Nematoda de 90%. A mínimafoi determinada em agosto (1291,15ind. 10cm-2) aumentando esta dominância para 97%. Valores pontuais referentes às amostragens semanais mostraram densidades de 4785,2ind. 10cm-2 (última semana de junho) e de 453, 25 ind. 10 cm-2 (primeira semana de janeiro) quando, nesta última foram determinados o maior percentual de sedimentos grosseiros, menor percentual de matéria orgânica, e menor dominância dos nematoda sobre os demais grupos (67%). A nematofauna esteve composta por três ordens: Enoplida, com três famílias e quatro gêneros, Chromadorida, com cinco famílias e treze gêneros e Monhysterida, também com cinco famílias e dez gêneros. O padrão temporal demonstrou que as maiores densidades estão positivamente correlacionadas com o teor de matéria orgânica e o selecionamento dos grãos, determinadas nos meses chuvosos. O Gênero Spirinia, dominou o tipo trófico !A, sendo o mais abundante no ambiente em todo o período estudado. Halalaimus, gênero monoespecífico, foi considerado o bio-indicador das condições ambientais. A dinâmica dos parâmetros abióticos em um estuário, aliada as adaptações morfofisiológicas dos Nematoda para sobreviver em ambientes extremos corroboram a importância de monitoramento sob esforço amostral semanal. 52 14 595.132CDU (2ª ed.) 592.57 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-189 TÍTULO: EFEITO DO SUBSTRATO FITAL NA COMUNIDADE MEIOFAUNÍSTICA ASSOCIADA, COM ÊNFASE AOS MENATODA LIVRES. DOUTORANDA: Clélia Márcia Cavalcanti da Rocha ORIENTADORA: Dra. Verônica Gomes da Fonseca Genevoi CO-ORIENTADOR: Dr. Ricardo Coutinho DATA DA DEFESA: 20/02/2003 ROCHA, Clélia Márcia Cavalcanti da. Efeito do Substrato Fital na Comunidade Meiofaunística Associada, com Ênfase aos Menatoda Livres. Recife, 2003. 117f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO As assembléias fitais são conhecidas por abrigar uma meiofauna abundante e diversificada. Apesar disso, o estudo da meiofauna associada a vegetais ainda é escasso mesmo a nível mundial, principalmente se comparado ao montante daquelas pesquisas dedicadas à macrofauna fital ou mesmo à meiofauna de ambientes sedimentares. Ainda assim, as relações da meiofauna com fanerógamas marinhas são melhor conhecidas do que com as algas. No Brasil, há estudos sobre meiofauna associada a Sargassum polyceratium, a Hypnea sp, Padina sp. ou a prados de fanerógamas marinhas. A diversidade e abundância das comunidades fitais variam com a planta hospedeira e sua complexidade estrutural, existindo uma forte correlação entre o formato e tamanho da planta e sua meiofauna associada. A grande originalidade da meiofauna no plano da biodiversidade não cessa de crescer à medida que novos ambientes vem sendo explorados por especialistas de algum dos seus trinta grupos de metazoários aquáticos. Neste trabalho, além de outros grupos da meiofauna, são intriduzidos dados qualiquantitativos referentes aos nematódeos livres de ambiente fital, considerado a dominância e a diversidade ao abordar a sua taxonomia, na tentativa de esboçar um mapeamento bio-ecológico dos gêneros determinados. O objetivo geral deste trabalho consistiu em estudar as correlações da meiofauna com o substrato (com ênfase aos nematoda livres) sendo estes as macroalgas Sargassum sp., Hypnea sp., Padina sp. e a fanerógama marinha Halodule wrightii, sob a hipótese de que a estruturação das comunidades meiofaunísticas depende da arquitetura da planta e/ou do extrato ambiental em que esta se desenvolve. Para tanto, foram coletados durante os períodos seco e chuvoso do ano de 2001, exemplares das referidas plantas nas praias de Pedra do Xareú, Candeias e Coroa do Avião, em Pernambuco, e praia do Farol, no Rio de Janeiro em campo, em todas as ocasiões de coleta, foi aferida a temperatura da água e coletadas amostras hidrológicas para aferição dos teores de salinidade. Medidas de complexidade estrutural do substrato algal foram feitas em laboratório, após o que a meiofauna foi extraída através de técnicas de rotina. A triagem foi feita com auxílio de lupa binocular, placa de Dollfus e estilete de aço inox, para a retirada manual dos nematódeos, para posterior identificação. Lâminas permanentes foram confeccionadas para o seu estudo taxonômico, o de sua ecologia trófica e de seus estágios de desenvolvimento. Foi feita a estimativa total dos gêneros identificados. Foram realizadas análises de similaridade (ANOSIM) para comparação da estrutura das associações de meiofauna e gêneros de Nematoda entre as amostragens utilizando-se o índice de similaridade de Bray-Curtis. Para identificar a correlação entre as variáveis ambientais e a estrutura das comunidades da meiofauna e da nematofauna aplicou-se a análise BIO-ENV. Os parâmetros ambientais considerados determinantes na estruturação das comunidades meiofaunísticas foram a precipitação pluviométrica e a salinidade. A menor diversidade e também a menor densidade meiofaunística foram encontradas em Halodule wrightii, que se distinguiu das outras plantas tanto estruturalmente como em relação às comunidades associadas. Padina sp., que apresentou as maiores densidades meiofaunísticas, e 53 Hypnea sp. foram consideradas semelhantes estatisticamente no que diz respeito à sua meiofauna associada, apesar de diferirem quanto às suas características estruturais. Sargassum sp se distinguiu das outras plantas, tanto estruturalmente como em relação à meiofauna. Os grupos que mais se destacaram foram os Amphipoda e Copepoda Harpacticoida. Foram determinados 88 gêneros de Nematoda, sendo a maior diversidade encontrada em Sargassum sp.. A nematofauna variou em abundância e em dominância nas 4 plantas. Estatisticamente, todos os substratos fitais abordados diferiram significativamente entre si ao se enfocar os gêneros de Nematoda mais abundantes. Estes resultados foram considerados, conjuntamente com aqueles obtidos para a meiofauna total, decorrentes tanto da arquitetura como do extrato ambiental em que a planta substrato se desenvolve, o que vem a confirmar a premissa inicial do trabalho. Quanto à arquitetura, a planta pode oferecer múltiplas possibilidades de micro-habitats para a colonização seja por inserção de área (epífitas ou pelo acúmulo de sedimento) ou seja por proteção química contra possíveis predadores. Quanto ao extrato ambiental, determinado pela eco-biologia algal, os efeitos hidrodinâmicos são interferentes na colonização da meiofauna associada. 54 15 551.46 M779f TÍTULO: FATORES QUE INFLUENCIAM NA PRODUTIVIDADE DOS OCEANOS: A INFLUÊNCIA DO FLUXO DE DIFUSÃO DOS NUTRIENTES SOBRE A BIOMASSA DO FITOPLÂNCTON NA REGIÃO OCEÂNICA DO NORDESTE BRASILEIRO. DOUTORANDO: Manuel de Jesus Flores Montes ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo DATA DA DEFESA: 21/02/2003 FLORES MONTES, Manuel de Jesus. Fatores que Influenciam na Produtividade dos Oceanos: A Influência do Fluxo de Difusão dos Nutrientes Sobre a Biomassa do Fitoplâncton na Região Oceânica do Nordeste Brasileiro. Recife, 2003. 179f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO A produção primária fitoplanctônica oceânica está fundamentalmente controlada pela disponibilidade dos nutrientes e da luz, além de outros fatores físicos como a turbulência e sedimentação. As propriedades da água da zona eufótica estão sujeitas a um grande número de forças com diferentes intensidades ao contrário das águas mais profundas, que variam regularmente. Em regiões tropicais, o início da termoclima está situado aproximadamente no limite inferior da zona fótica, restringindo o fluxo de nutrientes das camadas enriquecidas abaixo da termoclima, para a camada superior, formando um gradiente na concentração dos mesmos, em sentido oposto àquele da luz. O transporte físico de nitrato através da nitraclina, é a principal fonte de nitrogênio para a produção nova do fitoplâncton na camada superficial oceânica. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a região oceânica correspondente à Zona Econômica Exclusiva do Nordeste do Brasil, entre o litoral norte do estado do Rio Grande do Norte e Salvador – BA (entre as latitudes de 4,95º e 13,895º S e entre as longitudes de 30,883º e 37,396º W) do ponto de vista da Oceanografia Química, apresentando as distribuições verticais e horizontais dos diversos parâmetros hidrológicos, procurando determinar qual a influência que exercem sobre a distribuição dos produtos primários em termos de clorofila a e a indicação sobre o grau trófico da região, através de indicadores químicos e biológicos, tendo também como meta principal da segunda parte deste trabalho, o estudo da produção nova pela difusão de nutrientes das camadas inferiores mais ricas e estudando a interação dessas variáveis através da análise dos Componentes Principais (PCA). Na primeira etapa, usando-se todos os níveis de coleta na PCA, esta pode ser interpretada como um contraste entre, de um lado, temperatura, salinidade, pH, e oxigênio dissolvido, com pesos positivos, e de outro lado fosfato, nitrato e nitrito, que têm pesos negativos. Em uma segunda etapa, foi analisada a camada disfótica em separado. O padrão de distribuição mostrou a mesma tendência para as duas camadas juntas. Esta análise indicou principalmente o aumento da mineralização dos nutrientes nesta camada. Desta maneira pôde-se definir como se agrupam e interagem entre si espacialemte, esses parâmetros dentro da área estudada. Os valores de clorofila a determinados nesta região, estiveram em sua maioria mais elevados no nível de 1% de penetração da luz em todos os períodos, e inferiores a 3,0µg.L-1, caracterizando esta área como oligotrófica. Foi estabelecido que a taxa de regeneração líquida do constituinte C (nitrato-N ou fosfato-P) é resultado do balanço entre o aporte oriundo da degradação do material orgânico, do fluxo difusivo e a remoção decorrente dos processos de absorção fitoplanctônica, sedimentação de material particulado total (adsorção de nutrientes). Como mecanismos preponderantes no balanço vertical de nutrientes este sugere que o fluxo difusivo ascendente é contrabalançado pela sedimentação e pelo consumo fitoplanctônico. Foi utilizada para o cálculo da difusividade turbulenta (vt), a proposta de Kitaigorodskii (1960), que melhor representou os perfis de difusividade obtidos em campo através da sonda SCAMP. A intensidade do vento apresentou uma variação sazonal durante o período do estudo, apresentando o valor médio elevado, durante o REVIZEE-NE1, realizado no período de inverno, enquanto que os menores valores foram registrados durante REVIZEE-NE2, no período de verão. As distribuições verticais das concentrações de nitrato-N e fosfato-P foram normalizadas em relação à concentração e profundidade verificadas no final da termoclima, o que resultou numa representação adimensional. Tal metodologia permite a representação analítica das curvas a partir do modelo logístico de Verhulst-Pearl (Jorgensen, 1986). 55 16 639.512:543-33 CDU (2ª ed.) 577.77 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-046 TÍTULO: CONDIÇÕES HIDROLÓGICAS E BIOLÓGICAS ASSOCIADAS AO CULTIVO DO CAMARÃO MARINHO Litopenaeus vannamei (BOONE, 1931), NA REGIÃO ESTUARINA DO RIO PARAÍBA DO NORTE (PARAÍBA – BRASIL). DOUTORANDO: Lourinaldo Barreto Cavalcanti ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo DATA DA DEFESA: 25/02/2003 CAVALCANTI, Lourinaldo Barreto. Condições Hidrológicas e Biológicas Associadas ao Cultivo do Camarão Marinho Litopenaeus vannamei (Boone, 1931), na Região Estuarina do Rio Paraíba do Norte (Paraíba – Brasil). Recife, 2003. 115f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO A carcinicultura marinha começou a ser praticada no Brasil no início da década de 70, mas somente com a introdução da espécie Litopenaeus vannamei, oriunda do Oceano Pacífico, é que seu desenvolvimento tornou-se realidade. O crescimento da atividade, no entanto, leva à necessidade de se abordar alguns aspectos ligados à sua sustentabilidade, em particular, ao ambiente aquático no qual ela é praticada. Com efeito, existe um intercâmbio permanente de água entre os ambientes de cultivo e o meio externo adjacente, gerando a necessidade de se conhecer as características físicas, químicas e biológicas dessa água, para que se possa identificar possíveis influências positivas ou negativas mútuas. Partindo desse enfoque, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de analisar, quanto aos aspectos físico, químico e biológico, a água de viveiros de cultivo de camarão e rios adjacentes que funcionam como fonte de abastecimento e drenagem de efluentes. A pesquisa desenvolveu-se na Fazenda AQUAMARIS (Paraíba), circundada pelo Rio Paraíba do Norte, atuando como abastecedor de água para os viveiros, e pelos rios Mandacaru e Tambiá, que funcionam como receptores de efluentes. Para a efetivação do estudo, foram usados os viveiros denominados B2 e 15, com áreas de 2,4 e 9,2 hectares, respectivamente. Em cada um deles foram realizados três ciclos de cultivo, ao longo do ano de 2000, obedecendo a seguinte sequência: 26 de fevereiro a 23 de maio (92 dias); 21 de junho a 23 de setembro (97 dias) e 13 de outubro a 29 de dezembro (78 dias). O povoamento dos viveiros efetuou-se com pós-larvas PL20,,em densidades variando entre 15,8 e 31,0PL’s/m2. A alimentação dos camarões deu-se à base de ração comercial peletizada com 35% de proteína e o acompanhamento do crescimento foi feito através de biometrias mensais, com amostras correspondentes a 1% da população de cada viveiro. Para o viveiro B2 obteve-se um crescimento de 0,84g/semana, produtividade de 1.890Kg/ha e sobrevivência de 61,9% e para o viveiro 15, 1,08 g/semana, 962 Kg/ha e 47,9%, respectivamente, considerando-se a média dos três ciclos de cultivo. Para o estudo físico, químico e biológico dos viveiros foram tomadas amostras de água subsuperficiais, na entrada e saída de cada ambiente, em meses correspondentes às fases inicial e final de cada ciclo de cultivo, efetuando-se também uma análise nictemeral no mês de setembro de 2000. Nos rios, as amostras foram coletadas em um ponto do Rio Paraíba (estação 1), dois pontos no Rio mandacaru (estações 2 e 3) e dois no Rio Tambiá (estações 4 e 5). Foram realizadas medidas de transparência, pH, temperatura e análises de salinidade, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, amônia, nitrito, nitrato, fosfato e silicato e clorofila a. Pela análise multivariada dos dados, foi possível identificar ambientes com perfis bem distintos, considerando-se os parâmetros analisados. Na estação 1, por ocasião das baixa-mares e preamares e nas estações 2, 3 e 5, durante as preamares, a variação dos diversos parâmetros evidenciou uma maior influência do fluxo marinho. Por outro lado, as variações observadas nas baixa-mares das estações 2, 3 e 5 permitiram assinalar a influência de um fluxo intermediário de águas marinhas e limnéticas. Na estação 4, foram observados níveis críticos de oxigênio dissolvido e bastante elevados de DBO e amônia, em função da grande quantidade de esgotos domésticos oriundos da cidade de João Pessoa. Para os viveiros B2 e 15, a influência da água de abastecimentos, as técnicas de manejo utilizadas e os próprios processos biológicos internos, permitiram evidenciar condições ambientais bem diferenciadas em relação ao meio externo e bastante adequadas ao cultivo dos camarões. 56 17 574.587(813.4) CDU (2ª ed.) 577.71808134 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-207 TÍTULO: ESTUDO DA SUCESSÃO ECOLÓGICA, RECRUTAMENTO E DO TRATAMENTO “ANTI-FOULING” CONVENCIONAL EM ORGANISMOS INCRUSTANTES, NA REGIÃO PORTUÁRIA DE SUAPE – PERNAMBUCO, BRASIL. DOUTORANDA: Andréa Karla Pereira da Silva ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Mello DATA DA DEFESA: 26/02/2003 SILVA, Andréa Karla Pereira da. Estudo da Sucessão Ecológica, Recrutamento e do Tratamento “Anti-Fouling” Convencional em Organismos Incrustantes, na Região Portuária de Suape – Pernambuco, Brasil. Recife, 2003. 103f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO O “Fouling”, processos de adesão, colonização e desenvolvimento de seres vivos ou materiais não vivos sobre um substrato submerso, pode ser danoso quando se estabelece sobre estruturas construídas pelo homem. A tecnologia de tratamento anti-incrustante convencional utiliza biocidas à base de TBT (tri-butil estanho), que são até agora, os mais eficientes produtos produzidos em escala comercial. No entanto, constitui num dos maiores agentes poluidores do ambiente marinho. Através do Comitê de Proteção ao Ambiente Marinho da Organização Marítima Mundial (MEPC-IMO), foi estabelecido que o TBT estaria banido de todos os produtos anti-incrustantes fabricados no mundo, sendo a sua utilização proibida a partir de 01 de janeiro de 2003. Vários pesquisadores têm somado esforços no sentido de desenvolver em tempo hábil, uma alternativa ao TBT que seja eficiente e ecologicamente recomendável. Para isso, muitos ensaios de campo e em laboratório vêm sendo desenvolvidos, envolvendo extratos naturais de organismos marinhos, com base no conhecimento dos processos biológicos e ecológicos na comunidade incrustante, que apresenta elementos particulares de acordo com a situação geográfica e a dinâmica do ecossistema na qual a comunidade incrustante está inserida. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo estudar a comunidade incrustante sobre substrato artificial submerso na região de Suape, litoral sul do estado de Pernambuco, Brasil. Foram analisados os processos de sucessão ecológica, recrutamento, bem como a resposta ao tratamento com tinta "“nti-fouling” convencional. O estudo foi realizado durante o período de outubro de 2001 a outubro de 2002, utilizando placas metálicas de controle (sem tintas), tratadas com zarcão comum e com tinta anti-incrustante. As placas foram dispostas em fileiras contendo cada uma delas treze placas sendo doze delas acumulativas, destinadas ao estudo da sucessão e uma placa substituída mensalmente para acompanhamento do processo de recrutamento. Os resultados obtidos mostraram que a comunidade incrustante da Região de Suape possui mecanismos de sucessão típicos, compostos inicialmente por colonizadores unicelulares eucariontes que foram representados por uma densa cobertura de diatomáceas coloniais, seguidos do “fouling” propriamente dito, representado por cnidários, briozoários, poliquetas, moluscos, crustáceos e tunicados. Briozoários incrustantes e cirripédios foram os organismos mais freqüentes e abundantes. Ascídias coloniais recobrem superfícies logo no início do processo de colonização, dominando o espaço, mas devido ao curto ciclo de vida logo disponibilizam o substrato para outros colonizadores. Grupos de organismos menos expressivos foram relações de epibioses, porém, mecanismos de defesa ou inibitórios impediram o desenvolvimento das epibioses sobre ascídias coloniais e briozoários incrustantes. Os parâmetros abióticos de salinidade e temperatura da água mostraram poucas variações. Foram definidos dois períodos sazonais, com base na precipitação média mensal que foi acompanhado pelo recrutamento de larvas que mostrou ser mais intenso no período de estiagem (verão). Esta sazonalidade do recrutamento parece estar mais relacionada com a transparência da água que mostrou ser o fator abiótico mais importante, pois a elevada turbidez da água nos meses de chuva que foi potencializado pelas atividades de dragagem do porto interno no mesmo período, elevando a quantidade de material em suspensão, o que impediu o recrutamento das larvas. Com relação aos tipos de tratamento empregados nas placas, a tinta “anti-fouling” mostrou-se eficiente e de ação duradoura sobre os organismos incrustantes locais. O zarcão comum não ofereceu nenhuma proteção contra o desenvolvimento do “fouling”. 57 18 TÍTULO: EFEITO ANTRÓPICO SOBRE A MEIOFAUNA E A NEMATOFAUNA DO ECOSSISTEMA RECIFAL DE PORTO DE GALINHAS, PERNAMBUCO, BRASIL. DOUTORANDA: Grácia Maria Bártholo Maranhão ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante CO-ORIENTADORA: Dra. Verônica Gomes da Fonseca Genevois DATA DA DEFESA: 27/02/2003 MARANHÃO, Grácia Maria Bártholo. Efeito Antrópico Sobre a Meiofauna e a Nematofauna do Ecossistema Recifal de Porto de Galinhas, Pernambuco, Brasil. Recife, 2003. f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO A praia de Porto de Galinhas recebe o maior fluxo turístico do litoral de Pernambuco. Este estudo objetivou avaliar o efeito antrópico sobre a meiofauna e a nematofauna de poças de maré e da parte interna do ecossistema recifal. Para tal, amostragens sedimentológicas foram realizadas em seis meses do período chuvoso e seis meses do período seco. A camada sedimentar de 2cm de espessura foi retirada em quadrados de 25 x 25cm2. Foi ainda coletada água em cada ponto amostral através de peneiramento, com abertura de malha de 0,65 mm, para estimar a dispersão da nematofauna. Os parâmetros de salinidade, temperatura e teor de clorofila dos sedimentos, assim como a granulometria, foram correlacionados com a estrutura da comunidade. A meiofauna foi composta por 16 grupos, dominados por Copepoda harpacticoidea e Nematoda em ambos os ambientes, havendo uma repartição espacial quanto à abundância e densidade. A nematofauna foi composta por 76 gêneros mono-específicos, distribuídos em 26 famílias. Destes Theristhus, apresentou uma espécie nova. Foram registrados 26 novas ocorrências genéricas para Pernambuco e 10 para o Brasil. A estrutura da comunidade definiu-se sobre critérios: alta diversidade, alta equitabilidade, baixa dominância e baixa densidade, refletindo associações de sedimentos grosseiros sub-litorâneos. As associações foram correlacionadas com o padrão temporal demonstrou a existência de diferenças estatisticamente significativas entre as associações genéricas das poças de maré e da parte interna do recife, em função de suas relações com as variáveis ambientais. Na primeira, o grau de selecionamento, o tamanho médio do grão e o índice pluviométrico definiu as associações. Na Segunda, a temperatura, a salinidade e o teor de clorofila interferem na composição das associações. Os grupos tróficos apresentaram uma repartição espacial bem marcada com os raspadores dominando nas poças de maré e os comedores de depósitos não seletivos, na parte interna do recife. As baixas densidades da comunidade e a dispersão dos gêneros na coluna líquida em mais de 50% nos meses de estiagem, assomado à ocorrência de gêneros só destacados no plâncton indicaram haver um efeito antrópico. Este efeito é, porém positivo para manter uma alta diversidade e uma forte possibilidade de colonização no habitat sedimentar dos ambientes do ecossistema recifal de Porto de Galinhas. 58 19 595.34(813.4) CDU (2ª ed.) 595.3408134 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-219 TÍTULO: COPÉPODOS PARASITAS DE PEIXES MUGILIDAE, GERREIDAE E CENTROPONIDAE DO CANAL DE SANTA CRUZ E ÁREA DE SUAPE (PERNAMBUCO: BRASIL). DOUTORANDA: Francinete Torres Barreiro da Fonseca ORIENTADORA: Dra. Maryse Nogueira Paranaguá DATA DA DEFESA: 27/02/2003 FONSECA, Francinete Torres Barreiro da. Copépodos Parasitas de Peixes Mugilidae, Gerreidae e Centroponidae do Canal de Santa Cruz e Área de Suape (Pernambuco: Brasil). Recife, 2003. 135f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO Determinados grupos de Copepoda parasitam peixes em todo mundo, podendo causar lesões que repercutem negativamente na economia pesqueira e na aqüicultura. O presente trabalho teve como objetivo estudar esta modalidade de parasitismo em peixes das famílias Mugilidae, Centropomidae e Gerreidae que ocorrem no Canal de Santa Cruz (7º 34’ 00”, 7º 55’ 16” S e 34º 48’ 48”, 34º 52’ 48” W) e Área de Suape (8º 15’ 00”, 8º 15’ 00” S e 34º 55’ 00”, 35º 05’ 00” W). As áreas de estudo, localizadas respectivamente ao norte e ao sul do litoral de pernambucano, se destacaram na Região Nordeste pelas atividades de pesca artesanal e piscicultura estuarina. Nestas áreas, três famílias de peixes se sobressaem: Mugilidae com as espécies Mugil curema, M. liza e M. trichodon; Centropomidae com as espécies Centropomus undecimalis, C. parallelus e Centropomus sp.; Gerreidae com as espécies Eugerres brasilianus, Diapterus auratus e Eucinostomus gula. A amostragem ictiológica constou de 1080 peixes, coletados bimensalmente no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2001. A partir desta amostragem foram identificadas nove espécies de copépodos parasitas pertencentes a cinco famílias: Bomolochidae (Bomolochus nitidus); Ergasilidae (Ergasilus lizae, E. ata fonensis, E. banhiensis, E. caraguatatubensis); Caligidae (Caligus minimus, C. praetextus), Lernanthropidae (Lernanthropus gisleri) e Pennellidae (Lernaeenicus longiventris). A família Mugilidae representou 65% das amostras infestadas, destacando Mugil curema parasitada por oito espécies de copépodos sendo: quatro espécies de Ergasilidae, duas espécies de Caligidae, uma de Bomolochidae e uma de Pennellidae. A família Centropomidae representou 30% das amostras infestadas com Centropomus undecimalis e C. parallelus parasitadas por duas espécies de copépodos, um específico (L. gisleri) e outro pouco específico (C. praetextus). Apenas dez espécimes de Eugerres brasilianus encontravam-se parasitados por dois copépodos pouco específicos (B. nitidus e C. praetextus), não foram detectados copépodos parasitas em Centropomus sp e nas outras espécies de gerreídeos. De um modo geral a ocorrência e distribuição dos copépodos foram semelhantes para ambas as áreas, exceto pela ausência de Ergasilus lizae na Área de Suape. Quanto aos índices parasitários ficou evidente maior prevalência e intensidade de infestação por E. atafonensis seguida por E. lizae; Caligus minimus, mesmo sendo pouco prevalente, demonstrou maior intensidade de infestação em algumas amostras. A distribuição das amostras em Mugil curema revelou maior número de copépodos parasitas nos meses chuvosos e em peixes com maior comprimento padrão, no entanto não houve diferença com relação ao sexo. São apresentadas descrições histopatológicas de lesões decorrentes do parasitismo. Os resultados citológicos sugerem que a espécie B. nitidus exerce comensalismo ao invés de parasitismo nos hospedeiros. As espécies Caligus praetextus e Lernathropus gisleri estão sendo citadas pela primeira vez para o Brasil. 59 20 TÍTULO: 593.14 CDU (2ª ed.) 592.1776 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-260 ZOOPLÂNCTON DEMERSAL NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE TAMANDARÉ (APA DOS CORAIS) PERNAMBUCO (BRASIL) DOUTORANDA: Tâmara de Almeida e Silva ORIENTADORA: Dra. Sigrid Neumann Leitão DATA DA DEFESA: 29/04/2003 SILVA, Tâmara de Almeida e. Zooplâncton Demersal na Área de Proteção Ambiental de Tamandaré (APA dos Corais) Pernambuco (Brasil). Recife, 2003. 89f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO Estudos na Área de Proteção Ambiental (APA) de Tamandaré foram realizados com o objetivo de testar o uso de armadilhas na coleta do zooplâncton demersal, sendo também verificado o efeito da luz na migração dos organismos, a influência de diferentes tamanhos de malhas nas armadilhas, as diferenças sazonais, o efeito do tipo de substrato, a biodiversidade e o papel dessa comunidade na área recifal. As amostras foram obtidas em duas estações fixas (recife e cascalho), nos períodos chuvoso (julho/2000) e seco (janeiro/2001), sendo as amostragens em cada período feitas durante três dias consecutivos, em maré de quadratura. As 46 amostras do zooplâncton demersal foram obtidas através de oito armadilhas, em cada substrato, quatro das quais possuiam malhas de 125µm (duas com luz e duas sem luz) e as outras quatro com malhas de 300µm (duas com luz e duas sem luz). Essas armadilhas foram colocadas no local de coleta às 18h00 e retiradas às 06h00. Após as coleta as amostras foram fixadas com formol a 4%, neutralizado com bórax. Em laboratório, a biomassa foi obtida através da determinação do peso úmido. As análises qualitativas e quantitativas foram feitas sob microscópio composto. A temperatura variou de 24.0 a 25,25ºC no período chuvoso e de 27,00 e 28,80ºC no período seco. A salinidade variou de 31.60 a 33.70 no período chuvoso e de 30,69 a 32,0 no período seco. As armadilhas utilizadas em Tamandaré foram eficientes na coleta do zooplâncton demersal. A comunidade foi composta por organismos holoplanctônicos (56%), meroplanctônicos (15%) e ticoplanctônicos (29%) de origem oceânica e estuarina. A biodiversidade foi alta com 118 taxa, em decorrência da inclusão na comunidade zooplanctônica de grupos demersais. A composição do zooplâncton apresentou diferenças mínimas entre as amostras. Os copépodas destacaram-se nas armadilhas de 125µm de abertura de malha e as larvas de crustáceos nas de 300µm. A diversidade específica foi, geralmente, alta com valores maiores que 3bits.ind-1. A biomassa variou de 0,09g.m-2 (período seco, armadilha 125µm) a 75,09.m-2 (período chuvoso, armadilha 125µm). A densidade zooplanctônica das armadilhas com malhas de 125µm (~659.153,8org.m-2) foram bem maiores que as de 300 µm (~186.483,6org.m-2), embora não apresentando diferenças estatísticas significativas (p>0,005). As armadilhas sem luz apresentaram maior densidade, porém estatisticamente sem diferenças significativas (p>0,05). As maiores diferenças entre amostras coletadas em substratos recifal e de cascalho foi na densidade, com maior quantidade nos recifes, porém essas diferenças não foram significativas (p>0,05). Contudo, diferenças entre períodos seco e chuvoso foram significativas (p<0,05), sendo a biomassa maior no período chuvoso e a densidade no período seco, neste último grande quantidade de organismos de tamanho menor. As migrações tróficas noturnas por grande parte do zooplâncton demersal evidencia seu importante papel estruturador da comunidade recifal. 60 21 551.46 (CDD 21ª. ed.) 004/UFPE – CTG – BT-2003 TÍTULO: BIVALVES ENDOFAUNAIS DO MANGUEZAL DO RIO FORMOSO, PERNAMBUCO (BRASIL): COMPOSIÇÃO, RELAÇÕES COM FATORES ABIÓTICOS E SEU PAPEL COMO RECURSO PESQUEIRO PARA COMUNIDADE DE PESCADORES. DOUTORANDA: Goretti Sônia da Silva ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Mello DATA DA DEFESA: 14/08/2003 SÔNIA DA SILVA, Goretti. Bivalves Endofaunais do Manguezal do Rio Formoso, Pernambuco (Brasil): Composição, Relações Com Fatores Abióticos e seu Papel Como Recurso Pesqueiro para Comunidade de Pescadores. Recife, 2003. 107f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO No estuário do Rio Formoso que está localizado no Estado de Pernambuco (8º 39’ 45” latitude sul e 35 09’ 15” longitude oeste), foram feitas coletas no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2000, em quatro estações fixas durante as baixa-mares ao longo do manguezal, visando avaliar a distribuição dos bivalves endofaunais e correlacionar com alguns parâmetros abióticos (temperatura ambiental, salinidade da água intersticial e granulometria de sedimento). Os dados cilmatológicos foram cedidos pelo Instituto de Meteorologia (INMET). Amostras de água intersticial do manguezal e sedimento foram coletadas em cada estação e levadas ao Laboratório de Química da Empresa Pernambucana Agropecuária, para a análise. Paralelamente, em cada estação foram coletadas amostras de sedimento, utilizando-se um delimitador de alumínio com 50cm de lado, lavadas em água no próprio local de coleta e passadas por peneiras de 2,0 a 1,0mm de abertura de malha com intuito de separar representantes de moluscos da endofauna. Posteriormente os moluscos foram triados e levados ao laboratório da Universidade Católica de Pernambuco para identificação taxonômica. Foram levantados dados sócio-econômicos aplicando-se questionários de entrevista com a comunidade pesqueira para traçar perfil dos pescadores da região. A temperatura ambiental mensal variou entre 25,7ºC, no mês de fevereiro e 23ºC, nomês de agosto/1999. No ano 2000 a temperatura variou de 24ºC nos meses de julho e agosto a 26,5ºC em janeiro, fevereiro e dezembro. A precipitação pluviométrica no ano de 1999 variou de 5,0mm, nos meses de fevereiro e novembro a 310mm, no mês de maio. No ano de 2000 a precipitação variou de 640mm, no mês de julho a 9mm, no mês de novembro. Os valores de salinidade da água intersticial, no ano de 1999, variaram de 2,0‰, no mês de janeiro a 30,0‰, no mês de outubro; no ano de 2000, variou de 2,3‰, no mês de julho a 27,5‰, no mês de novembro. Os valores de temperatura da água intersticial, no ano de 1999, variaram de 240C, no mês de maio a 35 ºC, no mês de novembro; no ano de 2000, variou de 22ºC, no mês de maio a 29ºC, no mês de dezembro. Através das análises de variações granulométricas do sedimento, constatou-se que houve predominância da fração areia grossa em todas as estações estudadas, embora em algumas estações, tenha havido um aumento nos teores de silte, indicando uma oscilação na classe textual de arenoso para siltoso. As espécies da endomalacofauna bivalvia que apresentaram maior abundância foram Tagelus plebeius, que no ano 2000 sobressaiu nesse sentido, a espécie Lucina pectinata. Espécie de maior frequência no ano de 1999 foi Tagelus plebeius e no ano de 2000, a Lucina pectinata. As densidades (ind./10m2) dos moluscos bivalvia da endofauna no manguezal do rio Formoso, variaram de 3.420ind./10m2, no mês de maio a 9.500ind./10m2, no mês de novembro para o ano de 1999 e, no ano de 2000, variaram de 4.370ind./10m2, no mês de julho a 10.350ind./10m2, no mês de novembro. A comunidade pesqueira vive da pesca artesanal rudimentar, em função de suas condições sócio-econômicas, cuja renda familiar é menor que um salário mínimo. O manguezal de rio Formoso vem passando por intensa ação antrópica, devido a uma sucessão de fatores impactantes (desmatamento, aterros, lixo, esgoto doméstico, indistrial e hospitalar), o que poderá ser causa de redução, no futuro, de moluscos da endofauna. º 61 22 551.46 (CDD 21ª. ed.) 004/UFPE – CTG – BT-2003 TÍTULO: RISCOS E GESTÃO AMBIENTAL MALCOZINHADO, CASCAVEL – CE NO ESTUÁRIO DO RIO DOUTORANDA: Lidriana de Souza Pinheiro ORIENTADORA: Dra. Carmen Medeiros de Queiroz CO-ORIENTADOR: Dr. Jader Onofre de Moraes DATA DA DEFESA: 18/08/2003 PINHEIRO Lidriana de Souza. Riscos e Gestão Ambiental no Estuário no Rio Malcozinhado, Cascavel – CE. Recife, 2003. 232f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO O sistema estuarino-lagunar do Rio Malcozinhado está localizado no município de Cascavel, 75km a sudeste de Fortaleza, Estado do Ceará, Nordeste do Brasil. A bacia hidrográfica com uma área total de 380km2 está situada em terrenos do embasamento cristalino, sedimentos da Formação Barreiras e depósitos Quaternários. A expansão urbana nas últimas duas décadas foi responsável por uma série de impactos na dinâmica estuarina e nas praias adjacentes. Esses processos tendem a se incrementar com o funcionamento de um reservatório com capacidade de 3,8 milhões de m3, localizado a 7,5km do sistema estuarino. A par destes problemas e considerando a hipótese de minimizá-los e/ou eliminá-los, este trabalho considerou os elementos estruturais, dinâmicos e controladores da evolução da área de influência direta do estuário, visando a delimitação dos riscos e impactos para seu uso adequado e respectiva gestão ambiental. A morfodinâmica atual está subordinada, sobretudo, ao regime sazonal das precipitações onde se somam os processos de remobilização pela deriva litorânea, deflação eólica e oscilações das marés. O acúmulo de sedimentos verificados na margem direita do rio proporcionou uma migração do canal no período de 09 anos de aproximadamente 111m, causando erosão em Águas Belas. O sistema estuarino é raso com profundidade média de 1,50m, e substrato formado predominantemente por lamas arenosas e argilo-arenosas. A taxa de transporte de sedimentos para a deriva litorânea foi calculada em 1,14 e 3,34g/s nos períodos de estiagem e chuvoso, respectivamente. No período de estiagem, o estuário apresentou regime eualino enquanto que no período chuvoso foi polialino com salinidade variando de 0 a 23,9ups. A alta evaporação no mês de setembro ocasionou a inversão da distribuição longitudinal da salinidade. No que concerne a circulação, a velocidade da corrente variou sazonalmente de 0 a 0,89m/s, com maiores valores médios no período chuvoso. O eixo principal das correntes foi de E-W conforme a geomorfologia do estuário. Segundo a classificação de Hansen & Rattray (1966) o sistema é do sub-tipo 1a. Em alguns pontos foi observada circulação do tipo gravitacional. Pelos resultados apresentados a principal fonte para misturar o sistema e transportar sal estuário acima e abaixo é o processo de difusão turbulenta. O volume de sal exportado nos períodos de estiagem e chuvoso foi de 1,12 e 0,42 toneladas, indicando a importância da ação fluvial na minimização do processo de hipersalinização. A faixa de praia sob influência direta do Rio Malcozinhado é um ambiente fortemente instável com a zona de pós-praia totalmente ocupada e com estruturas de proteção. A retomada da erosão é independentemente da diminuição ou aumento do aporte de sedimentos do Rio Malcozinhado e outros processos associados. Quanto às implicações para o manejo e proteção de ambientes estuarinos foi montada uma matriz onde foram avaliadas as respostas das relações sustentabilidade e uso potencial da área em médio prazo. 62 23 TÍTULO: 594.3 CDU (2ª ed.) 594.34 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-455 A FAMÍLIA PYRAMIDELLIDAE GRAY, 1840 (GASTROPODA, HETEROBRANCHIA), NA PLATAFORMA E TALUDE CONTINENTAL DO NORDESTE DO BRASIL: SISTEMÁTICA, MORFOMETRIA MULTIVARIADA E FILOGENIA. DOUTORANDO: José Carlos Nascimento de Barros ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Mell DATA DA DEFESA: 28/11/2003 BARROS, José Carlos Nascimento de. A Família Pyramidellidae Gray, 1840 (Gastropoda, Heterobranchia), na Plataforma e Talude Continental do Nordeste do Brasil: Sistemática, Morfometria Multivariada e Filogenia. Recife, 2003. 197f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO A família Pyramidellidae Gray, 1840 está composta por gastrópodos marinhos normalmente encontrados em sedimentos do médio litoral ou dragados durante expedições oceanográficas em profundidades variadas, sendo os seus representantes muito pequenos, alguns apresentando dimensões microscópi-cas. A principal característica conquiológica diagnóstica da família é a presença de uma protoconha heterostrófica sinistra e teleoconcha dextrógira. A protoconcha é posicionada de modo a formar com o eixo da teleconcha um ângulo que varia de 90 a 180º. O material utilizado nesse estudo teve as seguintes origens: 1. Material obtido por meio de coletas manuais realizadas ao longo do médio litoral do estado de Pernambuco; 2. Dragagens realizadas durante a expedição oceanográfica “Canopus”, efetuada na plataforma continental do nordeste de Brasil, entre os estados do Ceará e Sergipe; 3. Dragagens em mar profundo durante os cruzeiros realizados pelo navio Almirante Câmara, realizadas ao largo da plataforma continental da margem leste do Brasil (platô marginal de Pernambuco); 4. Dragagens realizadas pelo barco pesqueiro “Natureza” (CEPENE/IBAMA), de acordo com o Programa REVIZEE-Prospecção, entre os estados de Pernambuco e Sergipe. A triagem do material conquiológico foi feita sob microscópio estereoscópio, sendo as conchas analisadas em microscópio eletrônico de varredura. O estudo da morfometria multivariada e da filogenia, levou em consideração a análise de 21 variáveis lineares, cinco variáveis angulares, além das relações morfométricas, índices conquiológicos, dados merísticos e descritivos, os quais foram analisados por métodos estatísticos descritivos e multivariados. As análises das dispersões morfológicas serviram para testar a hipótese sistemática da afinidade conquiológi-ca dentro de táxons correlacionados. O estudo sistemático possibilitou a identificação de 22 gêneros e 51 espécies de Pyramidellidae. Dentre os táxons estudados, 28 espécies e oito gêneros, não estavam registrados para a costa do Brasil. Uma análise filogenética parcimoniosa não pode ser definida inteiramente para todos os táxons estudados, porém uma grande parcela dos caracteres estudados explicou a forte relação conquiológica existente entre eles. A observação dos agrupamentos propiciou a formação de padrões filogenéticos mono e polifiléticos, assim sendo recomenda-se o uso da análise multivariada para o reconhecimento e agrupamento da morfologia das subfamílias Pyramidellinae e Odostominae. 63 24 TÍTULO: NÍVEIS DE CONCENTRAÇÃO DE METAIS PESADOS EM MACROALGAS E EM SEDIMENTOS MARINHOS DE PERNAMBUCO – BRASIL. DOUTORANDA: Silvana Carvalho de Souza Calado ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo CO-ORIENTADORAS: Dra. Maria Luise Koening Dra. Valdinete Lins da Silva DATA DA DEFESA: 12/02/2004 CALADO, Silvana Carvalho de Souza. Níveis de Concentração de Metais Pesados em Macroalgas e em Sedimentos Marinhos e Pernambuco – Brasil. Recife, 2004. 141f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO A poluição devida ao teor de metais pesados nas regiões costeiras cresce a cada dia dada ao aumento da introdução desses elementos ao meio ambiente, oriundo de atividades antropogênicas. Uma vez que a bibliografia do assunto é muito vasta, pretendeu-se neste trabalho trazer informações específicas sobre o teor de alguns metais em macroalgas e sedimentos marinhos e suas interações com as características da água do mar, visando diagnosticar a situação atual e sugerir um eficiente monitoramento costeiro para o estado de Pernambuco. Foram selecionadas duas regiões para este estudo, uma na área Norte (praia de Itamaracá – 7o. 45’ S e 34o. 50’ W) e outro na área Sul (praia de Piedade – 08o. 09’ 17” S e 34o. 55’ W), por possuírem bancos de algas e apresentarem áreas impactadas por efluentes industriais e domésticos. As macroalgas selecionadas foram Gracilariopsis lemaneiformis e Hypnea musciformis e os elementos químicos foram cobre, chumbo, zinco e ferro. As coletas foram realizadas mensalmente em cada região durante o ano de 2000 e 2001, por 12 meses durante as baixa-mares. As áreas apresentam clima quente e úmido, As’ na classificação de Koppen, com temperatura média anual de 26oC. A climatologia revelou um período seco, de setembro a fevereiro com precipitação em torno de 120mm e um período chuvoso, de março a agosto, com precipitação média em torno de 440mm. As análises hidrológicas mostraram que a temperatura da água variou entre 28 a 31oC, a salinidade de 26,38 a 36,88ups e o oxigênio dissolvido de 2,43 a 6,37mL.L-1. As concentrações dos metais nas algas foram determinadas por espectrofotometria de absorção atômica e nos sedimentos por fluorescência de Raio-X. Os teores de metais na área sul e norte foram diferenciados. Nas algas as mais elevadas concentrações foram registradas no litoral sul, sendo a Hypnea musciformis que apresentou a maior capacidade de retenção. Nos sedimentos os maiores teores encontrados foram também no litoral sul na grande maioria dos casos. Observou-se ainda que, o sedimento retém maior teor de metais em relação às algas estudadas, sendo, portanto o compartimento mais indicado para o monitoramento costeiro destes metais no estado de Pernambuco. Uma análise exploratória global (áreas Norte e Sul do estado Pernambuco) dos dados de teores de metais (chumbo, cobre, ferro e zinco) nos sedimentos e algas marinhas (Gracilariopsis lemaneiformis e Hypneamusciformis), das características físicas e químicas da água e da pluviometria foi realizada utilizando-se a técnica da análise multivariada de projeções em componentes principais. O gráfico dos escores das duas primeiras componentes principais (que representam 36,8% da variabilidade total dos dados), mostrou que as amostras da área Sul são mais dispersas e apresentaram valores mais elevados dos metais nos sedimentos e nas algas. Observou – se ainda que na área Norte ocorreu uma descarga de efluentes carreados pelas chuvas, apresentando uma anomalia no mês de julho com os mais altos teores de metais nos sedimentos. Nesta área as correlações positivas existiram nos sedimentos entre todos os 64 metais, enquanto que para as algas estudadas, observou-se estas correlações entre chumbo e cobre. Nas amostras de sedimentos da área Sul existiram correlações positivas entre os teores de cobre com chumbo e zinco e entre os teores de chumbo com zinco. Os resultados medianos das concentrações de metais nos sedimentos foram na área Norte: ferro (0,078%), chumbo (6,923mg.kg-1), cobre (38,178mg.kg-1) e zinco (5,610mg.kg-1); e na área Sul: ferro (0,339%), chumbo (5,942mg.kg-1), cobre (48,799mg.kg-1) e zinco (8,388mg.kg-1). Nos tecidos algais, a Gracilariopsis lemaneiformis, apresentou na área Norte, teor de ferro de 141µg.g-1, chumbo de 3,50µg.g-1, cobre de 0,95µg.g-1 e zinco de 33,14µg.g-1 e na área Sul, ferro de 347µg.g-1, chumbo de 2,99µg.g-1, cobre de 1,57µg.g-1 e zinco de 28,57µg.g-1, para a Hypnea musciformis da área Norte foram de ferro 675µg.g-1, chumbo de 8,90µg.g-1, cobre de 1,85µg.g-1 e zinco de 49,93µg.g1 e na área Sul ferro de 806µg.g-1, chumbo de 5,49µg.g-1, cobre de 2,35µg.g-1 e zinco de 44,57µg.g-1. Entre as algas testadas, a Hypnea musciformis apresentou mais alto teor de metais. Os sedimentos foram considerados como bom indicador para o monitoramento ambiental, por apresentar valores mais elevados de metais do que na algas. Não foi possível estabelecer um ritmo cíclico para as concentrações dos metais analisados nas algas e nos sedimentos. 65 25 TÍTULO: BIODIVERSIDADE E BIOMASSA DO MACROZOOPLÂNCTON NA PLATAFORMA CONTINENTAL NORTE BRASILEIRA (PNB). DOUTORANDO: Nuno Filipe Alves Correia de Melo ORIENTADORA: Dra. Sigrid Neumann Leitão CO-ORIENTADORA: Dra. Lúcia Maria de Oliveira Gusmão DATA DA DEFESA: 17/02/2004 MELO, Nuno Filipe Alves Correia de. Biodiversidade e Biomassa do Macrozooplâncton na Plataforma Continental Norte Brasileira (PNB). Recife, 2004. 125f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos sobre a influência da pluma estuarina do rio Amazonas na comunidade macrozooplanctônica. Entretanto, muito pouco é conhecido no que se refere à comunidade zooplanctônica bem como o efeito dessa pluma sobre as diferentes populações. Desta forma, diante da escassez de estudos sobre o zooplâncton da Plataforma Continental Norte Brasileira (PCNB), foi desenvolvido o presente trabalho, que teve como objetivo geral estudar a comunidade zooplanctônica, com ênfase nos Copepodas e o gradiente de densidade na plataforma continental norte brasileira. A área objeto de estudo está inserida na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) brasileira e mais especificamente na PCNB (Plataforma Continental Norte Brasileira), a qual foi subdividida em três setores: Litoral Guianense, Golfão Marajoara e Litoral Amazônico Oriental. O material estudado foi coletado em 27 estações oceanográficas durante a Operação Norte IV, realizada pelo Navio Oceanográfico “Antares”, durante o período de 28 de julho a 14 de agosto de 2001; em sete perfis perpendiculares à costa do Estado do Pará/Amapá, delimitado pelas coordenadas geográficas 0o 02 2’ e 4o 28 53’ latitude N e 46o 05 02’ e 48o 52 95’ longitude W, abrangendo as estações oceanográficas sobre a plataforma continental e águas oceânicas adjacentes. Além disso foram analisadas 25 estações oceanográficas, realizadas durante as operações Prospec XIX e Prospec XX, dentro do Programa REVIZEE a bordo do NPq “Almirante Paulo Moreira”, cujas estações foram perfiladas ao longo da quebra da PCN e talude oceânico. A campanha Prospec XIX foi realizada de 26 de fevereiro a 12 de março de 2001, ao largo da costa do Pará/Amapá e a Prospec XX foi realizada de 27 de março a 04 de abril de 2001, ao largo da costa do Maranhão. As coletas de plâncton foram realizadas com rede do tipo Bongo, com 2 m de comprimento, 60 cm de boca, com malha filtrante de 300 µm de abertura. Os arrastos foram duplos oblíquos, através da coluna de água, com espessura variável, de acordo com a batimetria e topografia local. Um fluxômetro General Oceanic foi adaptado à boca da rede para auxiliar no volume filtrado. Após as coletas as amostras foram fixadas com formol neutro a 4%. Em laboratório, procedeu-se a análise em estereomicroscópio, sendo detalhes observados em microscópio composto. O zooplâncton esteve representado pelos Filos Sarcomastigophora, Cnidária, Mollusca, Annelida, Crustácea, Bryozoa, Chaetognata, Echinodermata, Hemichordata e Chordata, nas formas adultas, juvenis, larvas e ovos. Foram totalizados 156 (cento e cinqüenta e seis) taxa contados a partir dos infragenéricos. Destacaram-se os Copépodos com 109 espécies. As espécies mais freqüentes e abundantes foram Undinula vulgaris, Nannocalanus minor, Euchaeta marina, Temora stylifera, Oithona atlântica, Oithona plumifera, Clausocalanus furcatus, Farranulla gracilis, Calocalanus pavo e Oncaea venusta. A média geral de biomassa foi maior que 900 mg.m-3 e de densidade foi maior que 1200org.m-3, evidenciando a grande influência da pluma estuarina do Amazonas na alta produtividade da área. Observou-se duas comunidades zooplanctônicas, uma característica da costa norte do Maranhão, bastante semelhante à que ocorre no restante no nordeste brasileiro e uma comunidade mais ao norte, com algumas espécies indicadoras da corrente das guianas. 66 26 TÍTULO: MOLUCOS DOS SUBSTRATOS INCOSOLIDADOS DO MEDIOLITORAL DO ESTUÁRIO DO RIO JABOATÃO, PERNAMBUCO. DOUTORANDO: Wladimir Siqueira dos Santos ORIENTADORA: Dra. Deusinete de Oliveira Tenório DATA DA DEFESA: 27/02/2004 SANTOS, Wladimir Siqueira dos. Molucos dos Substratos Incosolidados do Mediolitoral do Estuário do Rio Jaboatão, Pernambuco. Recife, 2004. 88f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Os estuários são considerados ecossistema com produtividade orgânica elevada, de grande importância para organismos consumidores de diversos níveis tróficos. De um modo geral, os estuários estão sofrendo influência das ações antrópicas, afetando as suas espécies residentes. O rio Jaboatão é importante não somente para a cidade de Jaboatão, como para outras cidades, inclusive o Recife, pois inúmeras famílias vivem da pesca e captura de peixes, crustáceos e moluscos bivalves. Foi criado em março de 2001, pelo Governo do Estado de Pernambuco, o comitê de bacia hidrográfica do Rio Jaboatão, organização que defino o uso das águas superficiais, assim espera-se que, este rio seja usado racionalmente pelos municípios abrangidos (Vitória de Santo Antão, Moreno, Cabo de Santo Agostinho, Recife, São Lourenço da Mata e Jaboatão dos Guararapes). Devido a estes fatos e da escassez de referências sobre os moluscos habitantes da área, realizou-se o presente trabalho que tem como principal objetivo à caracterização dos povoamentos de moluscos infaunais do meridional do estuário deste rio, com ênfase nas espécies de importância econômica. Foram demarcadas 6 áreas de estudo com auxílio de GPS, e traçado em perfil perpendicular às dias margens (esquerda e direita) onde numa área de 10m2. No mediolitoral, foi demarcada uma estação de coleta com três réplicas, totalizando quarenta e oito estações. Em cada estação foi utilizado um quadro com 0,25m2 de área, onde o sedimento foi recolhido até a profundidade de 0,25m. O material obtido foi colocado em sacos plásticos e fixados ainda no campo, com solução de formol a 4% sendo levados para a seção de Bentos do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco para posterior triagem e identificação das espécies. As amostras recolhidas foram lavadas em peneiras de 0,5 e 1,0mm de abertura original de malha. Em laboratório os animais foram contados, medidos e identificados. Em cada estação foram recolhidas amostras do sedimento para análises granulométricas. Para cada área de estudo, foram feitas medições da salinidade e temperatura superficiais e oxigênio dissolvido. Foram registradas no estuário do rio Jaboatão 28 espécies pertencentes a 20 famílias. As famílias mais representativs foram Tellinidae, Veneridae e Lucinidae. As espécies que apresentaram o maior número de indivíduos dentre os Bivalves faram Tagelus plebetus, Anomalocardia brasiliana e Macoma constricta, dentre os Gastrópodes destacaram-se: Neritina virginea, Salariorbis shumoi e Rissoina bryerea, foi constatado que a margem direita do estuário aprewentou uma maior quantidade de indivíduo devido à composição do sedimento, areia fina, e com isto, favorecendo a presença de bancos de bivalves. A área I foi a que apresentou maior número de espécies, devido a grande influência marinha. Dentre os parâmetros ambientais, a salinidade teve grande influência na distribuição das espécies, assim sendo observou-se que Tagelus plebeius foi mais abundante quando a salinidade atingiu valores entre 9,35 e 28,07: Anomalocardia brasiliana quando a salinidade foi entre 24,76 e 31,82: Iphigenia brasiliana mais abundante na faixa de salinidade entre 25,67 a 33,15 e Macoma constricta mais abundante entre as salinidades de 2,40 e 14,97. Estes dados puderam separar as espécies em 3 grupos: tipicamente estuarinas, marinhas e as que ocorrem nos dois ambientes. 67 27 TÍTULO: IMPACTOS DA PESCA SOBRE OS ECOSSISTEMAS DE RECIFE DE CORAL: ESTUDO DE CASO DO NORDESTE DO BRASIL. DOUTORANDO: Thierry Frédou ORIENTADORA: Dra. Beatrice Padovani Ferreira. DATA DA DEFESA: 26/03/2004 FRÉDOU, Thierry. Impactos da Pesca Sobre os Ecossistemas de Recife de Coral: Estudo de Caso do Nordeste do Brasil. Recife, 2004. f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Recifes de coral da costa do Nordeste do Brasil ocupam aproximadamente 3000km. Muitas espécies de alto valor comercial habitam temporariamente ou permanente-mente nos recifes e fornecem sustento e emprego para milhares de pessoas. Porém, a falta de conhecimento básico como, por exemplo, a estrutura das populações dos estoques de comercialmente explorados, o nível das capturas, a avaliação dos estoques, os efeitos da pesca sobre a biota, etc, demonstram a necessidade de mais esforço no que diz respeito ao conhecimento destes ecossistemas. Sabe-se que a pressão pesqueira sobre esse tipo de ambiente não para de crescer devido, em parte, ao desenvolvimento tecnológico e demográfico destas regiões. Vários estudos mostraram qua a pressão da pesca vem aumentando e os estoques de peixes estão colapsados ou sobre-explorados. Esse trabalho, inserido dentro do Programa financiado pelo Governo Brasileiro chamado REVIZEE (Avaliação do Potencial dos Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva do Brasil) que coletou informações sobre a composição da captura e biologia das principais espécies da Zona Econômica Exclusiva, teve como objetivo identificar e avaliar os fatores que determinam a dinâmica das pescarias nos recifes de coral, utilizando-se de ferramentas estatísitcas e de modelagem numérica. O objetivo final deste estudo consiste em uma contribuição para a elaboração de um plano de manejo visando a exploração sustentável da pesca no ambiente de recifes de coral do nordeste do Brasil. Dentro da pesca recifal da costa nordeste do Brasil, os lutjanideos foram parte importante na captura da pesca artesanal e contribuíram decisivamente para explicar a similaridade entre os grupos, destacando-se o Lutjanus chrysurus, L. synagris, L. analis, L. jocu e em uma menor proporção, L. vivanus. Dentre outros fatores considerados, o efeito espacial (estado como fator) foi o mais forte atributo responsável pelo isolamento de grupos no nordeste do Brasil. Considerando os fatores tecnológicos, “duração da viagem” melhor discriminou a composição da captura quando comparado com “categoria da frota”. Entretanto, dadas algumas exceções (principalmente relacionadas com fortes ventos favoráveis), as categorias “duração da viagem” são normalmente relacionadas com a propulsão da frota, uma vez que barcos motorizados geralmente realizam viagens mais longas. Para os cinco lutjanideos analisados, os menores peixes foram geralmente encontrados perto da costa em águas rasas e os maiores exemplares foram encontrados mais afastados da costa em águas mais profundas. Em termos de abundância, a abundância relativa máxima média variou, uma vez que L. synagris foi mais abundante em águas rasas perto da costa enquanto que L. vivanus ocorreu principalmente em águas mais profundas na plataforma continental e talude. As artes de pesca capturam indivíduos com tamanho similar para todas as espécies e afetam quase toda a faixa do ciclo de vida das mesmas, entretanto, frotas com distintas operações de pesca afetaram os estoques de maneira diferenciada. Modelos de avaliação dos estoques tradicionais descreveram a situação atual do L. analis, L. chrysurus, L. synagris e L. vivanus da costa nordeste do Brasil. Modelos baseados em freqüência de comprimento não se mostraram adequados para as espécies sob estudo e podem não ser adequados para muitas outras espécies recifais. Embora isto possa ser considerado limitante, 68 devido a curta série histórica, VPA (Análise de População Virtual) baseado em idade e cortes verdadeiras mostrou-se ser o método mais apropriado, considerando as metodologias tradicionais aplicadas para a avaliação dos estoques dos peixes recifais. De uma maneira geral, os níveis de exploração devem ser avaliados com cautela. As cinco espécies foram classificadas como no limite máximo ou sobre-exploradas e essa conclusão dói ainda mais reforçada quando pontos de referência mais conservativos como o F0.1 foi considerado. Modelos que incorporam intera-ções técnicas também foram aplicados. Ficou evidente que diferentes frotas atuam distintivamente na história de vida dos lutjanideos do nordeste do Brasil. Informações independentes da pesca foram utilizadas visando a obtenção de uma imagem da ictiofauna, onde medidas de manejo são implementadas e, para avaliar a relação entre a captura-por-unidade-deesforço (CPUE), através de comparações com as estimativas de abundância obtidas através do censo visual (UVC), com a pesca experimental costeira. A ictiofauna variou de acordo com a complexidade do ambiente. As estimativas de CPUE variaram dos índices de UVC de uma maneira geral. Entretanto, para os lutjanideos, amostragens efetuadas em cabeços foram similar. Isto pode ser explicada pelo fato que a comunidade de peixes é restrita a área confinada onde ambos métodos experimentais apresentam uma faixa de operação similar. Finalmente, considerando os resultados obtidos através deste estudo, um plano de manejo para a região nordeste do Brasil deve considerar duas ações. Atuação sob o poder de pesca, i.e. na categoria de frota que mais influencia a captura (barcos motorizados) e na implementação de áreas com restrições a atividade pesqueira. 69 28 TÍTULO: SÉRIE TEMPORAL DO FITOPLÂNCTON NO ESTUÁRIO DE BARRA DAS JANGADAS (JABOATÃO DOS GUARARAPES – PERNAMBUCOBRASIL). DOUTORANDA: Sirleis Rodrigues Lacerda ORIENTADORA: Dra. Maria Luise Koening. CO-ORIENTADORA: Sigrid Nuemann Leitão DATA DA DEFESA: 18/06/2004 LARCEDA, Sirleis Rodrigues. Série Temporal do Fitoplâncton no Estuário de Barra das Jangadas (Jaboatão dos Guararapes – Pernambuco - Brasil). Recife, 2004. f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO O estuário de Barra das Jangadas (PE – Brasil), ao sul da cidade do Recife, vem sofrendo grandes impactos antrópicos nos últimos anos, e foi investigado, com o objetivo de avaliar a dinâmica temporal do fitoplâncton e detectar as principais forçantes ambientais. Coletas foram realizadas em uma estação fixa, numa série temporal seqüenciada (sete dias consecutivos) desde uma maré de sizígia e uma de quadratura, correspondendo a dois ciclos diurnos, em intervalos de 3 em 3 horas, num período de 24 horas. Estas amostras foram coletadas no período seco (09 a 16 de janeiro de 2001) e chuvoso (04 a 11 de julho de 2001), através de garrafas de Van Dorn e rede de plâncton (45µm de abertura de malha) sendo as amostras fixadas com lugol e formol neutro a 4%, repectivamente. Paralelamente foram coletadas amostras para o estudo da clorofila a e parâmetros hidrológicos. A salinidade foi mais elevada no período seco e preamares; o oxigênio dissolvido nas preamares e marés enchentes do mesmo período e os elementos nutrientes, no período chuvoso e baixa-mares. Foram identificados 266 táxons, destacando-se como espécies dominantes e que caracterizam o ambiente, as diatomáceas: Cyclotella meneghiniana e Coscinodiscus centralis, as cianofíceas: Microcystis flos-aque, Microcystis aeruginosa e Oscillatoria sp1 e a clorofícea: Sphaerocystis sp., constatando o predomínio de espécies de água doce e marinhas (49 e 48%). Quarenta e oito espécies foram registradas como novas ocorrências para Pernambuco. A biomassa fitoplanctônica apresentou valores variando de 5,91mg.m-3 a 158mg.m3, sendo mais elevada no período seco, coincidindo com a densidade fitoplanc-tônica que variou de 95 X 103Cel.L-1 a 7.830 X 103Cel.L-1. O período seco esteve caracterizado por florescimentos constantes do grupo das diatomáceas e fitoflagelados, enquanto que, o período chuvoso foi caracterizado por florescimentos das clorofíceas, cianofíceas e diatomáceas, demonstrando haver uma variação na série temporal neste período. Os resultados obtidos indicam que o estuário de Barra das Jangadas é um ambiente eutrófico, sujeito a impactos antrópicos, com grande carga poluidora, conduzindo a mudanças na estrutura da comunidade fitoplanctônica e parâmetros ambientais. A precipitação pluviométrica, o ciclo das marés e a salinidade parecem ser os principais fatores condicionantes tanto dos parâmetros hidrológicos como da densidade e biomassa fitoplanctônica e a luz, fator limitante 70 29 TÍTULO: ANÁLISE DAS INCERTEZAS DAS ESTIMATIVAS DOS PARÂMETROS DE CRESCIMENTO E MORTALIDADE UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES DE PEIXES RECIFAIS NO NORDESTE DO BRASIL. DOUTORANDA: Simone Ferreira Teixeira. ORIENTADORA: Dra. Beatrice Padovani Ferreira. CO-ORIENTADOR: Dr Adauto José Ferreira de Souza. DATA DA DEFESA: 29/07/2004. TEIXEIRA, Simone Ferreira. Análise das incertezas das estimativas dos parâmetros de crescimento e mortalidade utilizados na avaliação de estoques de peixes recifais no nordeste do Brasil. Recife, 2004. f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO O manejo pesqueiro, tradicionalmente, baseia-se em modelos de avaliação de estoque objetivando indicar recomendações para a explotação ótima da de uma determinada espécie, sem que ocorra o colapso desta. Os modelos de avaliação de estoque requerem em seus cálculos dados biológicos da população provenientes dos parâmetros de crescimento e das taxas de mortalidade. As expressões matemáticas desses cálculos apresentam como premissas básicas suposições que metodologicamente ou biologicamente nem sempre são todas cumpridas, gerando vícios/erros nos resultados obtidos. Essas incertezas que envolvem a avaliação dos estoques pesqueiros podem dificultar a tomada de decisão acerca das capturas futuras. O manejo dos recursos pesqueiros, utilizando os métodos tradicionais, tem se mostrado ineficiente, acarretando no colapso de muitas pescarias. A partir da década de 70 e devido ao colapso das pescarias, a aplicação de outras estatísticas, como o método de bootstrap, tem possibilitado a investigação das incertezas das estimativas provenientes das estatísticas clássicas e rotineiramente utilizadas. Com o objetivo de investigar a acurácia das estimativas dos parâmetros biológicos de crescimento e taxas de mortalidade, da influência da freqüência reduzida de peixes jovens na amostra e da influência do acréscimo amostral de adultos e velhos no estoque explotado, foram realizadas reamostras, pelo método de bootstrap, para se estimar as incertezas destas estimativas e simular suas conseqüências nos modelos de avaliação de estoques. Para a aplicação deste metodologia foi tomado como estudo de caso a guaiúba Lutjanus chrysurus, capturada ao longo da costa nordestina, entre as profundidades de 47 a 400m e amostrada pelo Programa Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva (REVIZEE – Score/NE), entre os anos de 1996 e 2000. Os dados de idade, obtidos por meio da leitura de 660 otólitos de L. chrysurus, foram utilizados para elaboração de um conjunto de dados de idade e comprimento furcal. O método de Bootstrap foi utilizado para gerar novos conjuntos de dados de idade e comprimento furcal, a partir da amostra original, sendo desenvolvido dois programas em linguagem C para realizar estas reamostras. O modelo utilizado para estimar os parâmetros de crescimento em comprimento foi a equação de von Bertalanffy; as taxas de mortalidade foram estimadas pelos métodos de Pauly, Ralston e Jensen; os modelos preditivos utilizados foram o Modelo de Rendimento por Recruta de Beverton & Holt e o Modelo de Biomassa por Recruta de Beverton & Holt. e, as incertezas das estimativas dos parâmetros de crescimento e das taxas de mortalidade foram analisadas por meio do intervalo de confiança do Bootstrap padrão e do vício relativo. Os resultados do presente estudo indicaram que, dentre os parâmetros de crescimento, crescimento assintótico em comprimento (L∞), taxa de crescimento (k) e idade teórica da espécie com comprimento zero (t0), o k é o parâmetro estimado com maior variabilidade e que mais influencia a estimação da taxa de mortalidade natural (M); que os maiores vícios nas estimativas dos parâmetros de crescimento e mortalidade foram quando se 71 simulou a redução dos jovens da amostra e o acréscimo dos adultos e velhos, sugerindo que a ausência de jovens nas amostras acarreta em sérios erros nas estimativas dos parâmetros de crescimento e das taxas de mortalidade; que a avaliação de estoques não deve ser somente baseada em modelos de biomassa por recruta, visto que os vícios relativos sempre foram maiores na biomassa do que no rendimento relativo por recruta; e, que a técnica de reamostragem deve ser considerada como uma ferramenta rotineira e essencial nas estimativas dos parâmetros de crescimento, taxas de mortalidade e na avaliação de estoques, já que o melhor rendimento relativo por recruta e biomassa relativa por recruta foi proveniente da análise das incertezas. Baseado nos dados obtidos sugere-se que a taxa de mortalidade por pesca de L. chrysurus seja reduzida em torno de 10% a fim de evitar o colapso desta espécie. 72 30 TÍTULO: DINÂMICA DOS NUTRIENTES (FÓSFORO E PLATAFORMA CONTINENTAL DO AMAZONAS. NITROGÊNIO) NA DOUTORANDA: Maria de Lourdes Souza Santos. ORIENTADORA: Dra. Kátia Muniz Pereira da Costa. CO-ORIENTADOR: Dr. Moacyr Cunha de Araújo Filho. DATA DA DEFESA: 20/10/2004. SANTOS, Maria de Souza. Dinâmica dos Nutrientes (Fósforo e Nitrogênio) na Plataforma Continental do Amazonas. Recife, 2004. f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO No âmbito do Programa “Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva”, foram realizadas 41 estações oceanográficas na Plataforma Continental do Amazonas, a bordo do Navio Oceanográfico “ANTARES” no período de transição das águas do rio Amazonas entre a descarga máxima e mínima. Foram coletadas amostras hidrológicas para determinações de material particulado orgânico (MPO) e inorgânico (MPI), fósforo orgânico dissolvido (POD) e inorgânico dissolvido (PID), fósforo total particulado (PTP), nitrogênio orgânico dissolvido (NOD) e inorgânico dissolvido (NID), nitrogênio total particulado (NTP), clorofila a (Chl a). Esses dados foram utilizados no presente trabalho, bem como, os valores obtidos em campo de: temperatura, salinidade, pH, transparência da água, oxigênio dissolvido (OD) e sua taxa de saturação. Primeiramente, foram estudadas as distribuições de salinidade, da temperatura, do pH, do OD e sua taxa de saturação, a transparência da água, o MPO, o MPI, o nitrato, o nitrito, a amônia, o PID e a Chl a. Os valores de mediana, na camada eufótica foram mais elevados para a temperatura (28,08oC), OD (5,10ml.L-1) e sua taxa de saturação (112,03%). Na camada afótica, foram encontrados os maiores valores de mediana para nitrato (3,32µM), nitrito (0,18µM), PID (0,30µM), MPI (26,60µM) e MPO (46,80µM). A distribuição da salinidade demonstrou a presença de águas fluviais (mínimo de 0,00) e marinhas (mediana na camada eufótica de 36,01 e na afótica de 36,18). O valor da mediana da Chl a foi de 1,67mg.m-3, mostrando uma área de alta fertilidade. Diagramas de misturas com os dados superficiais de nitrato e PID apresentaram um comportamento não conservativo. As relações N:P nas camadas eufótica (13,09) e afótica (13,61) indicaram que o sistema não é limitado pelo PID. Foi também avaliada a influência da sazonalidade da descarga do Amazonas na distribuição dos parâmetros abióticos e da Chl a, utilizando-se os dados dos períodos de transição e de descarga máxima, estes últimos retirados de Santos (2000). A análise de componentes principais com os dados abióticos de ambos os períodos permitiu observar uma separação entre eles e uma divisão mais nítida entre as camadas eufótica e afótica no período de descarga máxima, devido a maior influência das águas fluviais que abrangem toda a plataforma continental. A análise de agrupamento realizada com os dados abióticos e Chl a superficiais mostrou que as estações com influência fluvial e, conseqüentemente, alta produtividade, mudam de localização conforme a sazonalidade da descarga do rio. Em uma segunda etapa foram estudadas no período de transição as seguintes fases do fósforo: POD, PID e PTP, essas relacionadas com os parâmetros abióticos e Chl a, foi também elaborado o diagrama de mistura e analisada cada forma de fósforo nas camadas eufótica e afótica. Os valores das medianas do POD nas camadas eufótica (0,07µM) e afótica (0,09µM) foram menores que os verificados para o PID (camada eufótica 0,20µM, e a camada afótica 0,31µM). O POD representou uma pequena fração da forma total dissolvida e o PTP, uma fração importante do fósforo, devido principalmente à liberação para a forma de PID. Os valores de pH alcalino, não apresentaram uma influência nos processos de adsorção e dessorção 73 do fósforo. Por outro lado, a variação de salinidade existente parece exercer forte influência no mecanismo tamponante. Na camada eufótica, a descarga fluvial provenien-te do Amazonas favoreceu a distribuição do PID (40%), PTP (44%) e POD (16%). Na camada afótica, o percentual do PID (44%) aumentou, devido à liberação a partir do POD (19%) e do PTP (37%) e da ausência do processo fotossintético. O diagrama de mistura permitiu avaliar um comportamento não conservativo para o PID, PTP e POD. Similarmente ao fósforo foram estudadas nesse período as seguintes fases do nitrogênio: NOD, NTP, anômia, nitrito, nitrato. O resultado percentual dos compostos nitrogenados nas camadas eufóticas e afótica indicou como a maior fração o NOD (68,88%), seguido do NTP (28,75%) e NID (2,37%), este último tendo o nitrato (2,21%) como forma dominante. Com base nos dados de nitrato e amônia (valores de amônia na camada eufótica: mínimo de 0,02µM e máximo de 0,29µM, e na camada afótica: mínimo de 0,02µM e máximo de 0,30µM) a área pode ser considerada como não impactada por essas formas nitrogenadas. Na camada eufótica, a concentração de Chl a foi favorecida pela disponibilidade do nitrato, aumentando conseqüentemente o pH e OD. Nessa camada, o NOD e o nitrato foram relacionados negativamente com a salinidade, indicando que a influência fluvial foi importante na distribuição desses compostos. Na camada afótica, novamente a maior fração foi de NOD (64,78%), seguido do NTP (31,71%) e NID (3,51%). As fases nitrogenadas estudadas apresentaram um comportamento não conservativo, observado através do diagrama de mistura. Para representar a distribuição superficial do PID e nitrato durante a descarga máxima e de transição, foi desenvolvido e aplicado o Modelo Analítico Bidimensional (2D) para análise de Águas Costeiras (MAAC-2D). Os resultados das simulações reproduziram corretamente as principais características da distribuição desses nutrientes conforme a sazonalidade da descarga do Amazonas. As diferenças mínimas foram observadas no período de transição e as mais acentuadas na descarga máxima. Não foi possível reproduzir as variações que ocorrem na Corrente Norte do Brasil, o que demonstra a interligação e complexidade da dinâmica dos processos oceanográficos na Plataforma Continental do Amazonas. 74 31 TÍTULO: ECOLOGIA COMPORTAMENTAL DO GOLFINHO-ROTADOR (Stenella longirostris) EM FERNANDO DE NORONHA. DOUTORANDO: José Martins da Silva Júnior. ORIENTADOR: Dr. José Arlindo Pereira. DATA DA DEFESA: 02 de fevereiro de 2005. SILVA JÚNIOR, José Martins da. Ecologia Comportamental do Golfinho-Rotador (Stenella longirostris) Em Fernando de Noronha. Recife, 2005. f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO Golfinhos-rotadores (Stenella longirostris – Delphinidae) congregam-se regularmente em grandes grupos ao redor do Arquipélago de Fernando de Noronha, principalmente na Baía dos Golfinhos, enseada com elevada transparência da água. É apresentada aqui uma visão ordenada sobre a atividade subaquática diurna dos golfinhos-rotadores. Em mergulho livre na Baía dos Golfinhos, o comportamento dos golfinhos foi observado, fotografado, filmado em vídeo e registrado qualitativa e quantitativamente com uso dos métodos de amostragens “animal focal” e “todas as ocorrências”. A foto-identificação dos golfinhos foi usada para algumas das análises em que foi necessário individualizar os animais. A coleta de dados foi feita de maio de 1994 a maio de 1995 e de junho de 1998 a junho de 2004, totalizando 243 dias de mergulhos e 204 horas/homem de observações. Além de comportamentos descritos em outros estudos para outras populações, como descanso, acasalamento e jogo, são aqui descritos comportamentos pouco conhecidos, como amamentação, defecação e regurgitação. Também, é descrito e ilustrado o comportamento de regurgitação dos golfinhos-rotadores, detalhando as fases do processo, o conteúdo dos regurgito e uma hipótese causal. Todos os regurgitos eram compostos por pedaços do corpo e bicos de lulas, estes últimos presumivelmente irritantes ao tubo digestório. São também relatadas interações e associações heteroespecíficas dos golfinhos-rotadores. São registrados aqui dois tipos de interações agonísticas, com golfinhos-pintados (Stenella attenuata – Delphinidae) e com tubarões-de-recifes (Carcharhinus perezi – Cascharhinidae). Ainda, foram registrados dois tipos de associações entre peixes e golfinhos-rotadores, aproveitamento alimentar de dejetos dos golfinhos por peixes planctófagos e acompanhamento dos golfinhos por rêmoras. Doze espécies de peixes de sete famílias foram observadas alimentando-se de fezes e vômitos dos golfinhos. Como todas as espécies observadas se alimentando de dejetos dos golfinhos alimentam-se de plâncton ou algas à deriva na coluna d´água, alimentar-se dos restos de cetáceos pode ser considerado como uma mudança oportunista no comportamento de forrageio. Esta relação entre peixe e golfinhos é aqui considerada com uma nova função ecológica para cetáceos, a de provedor de alimento para peixes recifais. Outra associação registrada foi a fixação de rêmoras (rêmora australis – Echeneidae) ao corpo dos golfinhos. Foram feitos registros múltiplos de duas rêmoras (uma delas com marcas naturais) agarradas a um golfinho durante 47 dias e de outro par de rêmoras (ambas com marcas naturais) agarrado ao mesmo golfinho durante 87 dias. Provavelmente, a fidelidade de associação ao mesmo golfinho hospedeiro aumente a possibilidade da rêmora se reproduzir, assim como a natureza altamente social dos golfinhos-rotadores propicie o encontro entre parceiros de rêmoras para reprodução. O comportamento do golfinho-rotador de Fernando de Noronha é similar, em diversos aspectos, ao descrito para outras populações, especialmente no que se refere às categorias de descanso, cópula e jogo. Entretanto, em Fernando de Noronha foram registradas categorias de comportamento até então inéditas, confirmando a elevada diversidade do repertório comportamental do golfinho-rotador. É provável que o registro, em Fernando de Noronha, de comportamentos pouco conhecidos para golfinhos esteja relacionado às condições oceanográficas e comportamentais excepcional-mente favoráveis para observações subaquáticas dos golfinhos-rotadores na Baía dos Golfinhos. 75 32 TÍTULO: A PESCA DO CAMARÃO MARINHO (DECAPODA : PENAEIDAE) E SEUS ASPECTOS SÓCIO-ECOLÓGICOS NO LITORAL DE PITIMBU, PARAÍBA, BRASIL. DOUTORANDO: Gilson Ferreira de Moura. ORIENTADOR: Dr. George Nilson Mendes. DATA DA DEFESA: 26 de fevereiro de 2005. MOURA, Gilson. A Pesca do Camarão Marinho (Decapoda: Penaeidae) e seus aspectos sócio-ecológicos no Litoral de Pitimbu, Paraíba, Brasil.. Recife, 2005. f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO O município de Pitimbu, situado no litoral sul da Paraíba, tem na pesca artesanal marinha uma das principais ocupações econômicas, com destaque para a do camarão, responsável pelo envolvimento, direto e indireto, de uma boa parcela da população local. Em função disso, procurouse, com a execução deste trabalho, fornecer subsídios que permitam contribuir para um futuro ordenamento desta atividade no litoral de Pitimbu, mediante o conhecimento da bioecologia das espécies de camarão de importância econômica, estratégias de capturas, áreas de pesca, produção, situação ambiental da área costeira, importância sócio-econômica local, grau de organização dos pescadores etc. Para isso, foram realizados estudos biométricos e de determinação dos estágios gonadais com camarões peneídeos obtidos diretamente com os pescadores de arrastão de beira de praia, entre janeiro e dezembro de 2002. Além disso, foram efetuadas entrevistas formais e informais, com pescadores das diferentes modalidades de pesca de camarão em Pitimbu e com dirigentes de suas entidades representativas. Os resultados mostraram que em Pitimbu existem três modalidades de pesca camaroneira: a de arrastão de beira de praia, o arrasto motorizado e a com rede de espera, cada uma atuando em um local específico. Três espécies de importância econômica foram encontradas: Litopenaeus schmitti (Burkenroad, 1936), Farfantepenaeus subtilis (Pérez-Farfante, 1967) e Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862), dentre as quais L. schmitti apresentou as maiores medidas biométricas e X. kroyeri, as menores. As populações das três espécies foram constituídas, em sua maioria, por fêmeas, sendo compostas, predominantemente, por indivíduos jovens, não havendo deslocamento de classes de tamanho e peso. A maioria das gônadas das fêmeas de L. schmitti encontrava-se nos estágios I e II. Em Pitimbu, só a pesca de camarão através de arrastão de beira de praia, ocorre o ano todo, sendo a que mais contribui com a produção total deste crustáceo na região. A produção estimada para o município em 2002 foi de 74,5ton, com 41,4ton provenientes dos arrastos de beira de praia. A comercialização deste crustáceo é feita, principalmente, com atravessadores e a sobra dos arrastões de beira de praia, sem nenhum valor econômico, é distribuída às pessoas carentes do local e de regiões próximas. É comum, nos arrastões de beira de praia, a presença de adolescentes atuando nesta atividade, para ajudar no sustento de suas famílias, os quais contam com o apoio dos pescadores profissionais. Situações de conflito ocorrem, eventualmente, quando pescadores de rede de espera e de arrastos motorizados atuam na mesma área. A atividade camaroneira parece ser suficiente para sustentar as famílias dos pescadores, principalmente as dos arrastões de beira de praia. Os camarões miúdos, oriundos dos arrastões de beira de praia, são comercializados, preferencialmente, com os pescadores de peixe de linha de mão, para serem usados como iscas vivas. Vários impactos ambientais, notadamente supressão de vegetação de mangue, vêm ocorrendo no litoral de Pitimbu, que, de forma direta ou indireta, terminam afetando a atividade pesqueira. Além disso, a desorganização dos pescadores e de suas entidades de classe, e a falta de um envolvimento maior dos órgãos públicos governamentais, constituem problemas que precisam ser urgentemente sanados. 76 33 TÍTULO: POSICIONAMENTO DE ALTA RESOLUÇÃO-ADEQUAÇÃO APLICAÇÃO A MORFOLOGIA COSTEIRA E DOUTORANDO: Francisco Jaime Bezerra Mendonça. ORIENTADORA: Dra. Carmen Medeiros. DATA DA DEFESA: 28 de fevereiro de 2005. MENDONÇA, Francisco Jaime Bezerra. Posicionamento de alta resolução – adequação e aplicação à morfologia costeira 2005. f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós Graduação em Oceanografia. RESUMO A região costeira concentra grande potencial econômico e por sua importância para o desenvolvimento sustentável foi pauta da Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a Rio 92. A Agenda 21, documento básico deste encontro tem um Capítulo específico (Cap. 17) que trata da proteção dos oceanos e das zonas costeiras. Nele, propõe-se que todos os países realizem observações sistemáticas, façam estudos costeiros que identifiquem as áreas críticas, procurem se antecipar às intervenções antrópicas e acompanhem os projetos nela desenvolvidos. O presente trabalho enfoca o desenvolvimento e teste de metodologia empregando posicionamento espacial de alta resolução para a determinação e o monitoramento da posição da linha de costa, definida como a feição no plano horizontal de interface entre a área seca do continente, ou de uma ilha, com a área sob efetiva ação das águas. Utilizaram-se simultaneamente, pares de receptores GPS tipo geodésico, permanecendo um fixo em um local conhecido enquanto a antena do outro era deslocada sobre as feições que delimitam a linha de costa. As medições realizadas foram processadas de forma a gerar um banco de dados bidimensional da posição da linha da costa à data da medição. Dois ambientes foram monitorados: o trecho de costa entre a foz do rio Timbó e a entrada sul do canal de Santa Cruz e a ilha da Coroa do Avião. No primeiro, foram quantificadas as alterações ocorridas entre 1969 e 2004 (últimos 35 anos). Verificou-se que nos primeiros 19 anos (19691988) o aterro de uma área de 66,50ha no continente e o recuo da linha de costa na frente do forte Orange e posteriormente (1988-04) o avanço da erosão e desgaste das paredes da fortificação paralelamente ao aparecimento de um pontal arenoso imediatamente a norte do forte e ao recuo da linha de costa na parte continental. A ilha da Coroa do Avião, situada na frente da desembocadura sul do canal de Santa Cruz, foi monitorada por 42 meses (nov/00-maio/04) com dezenove medições de sua área emersa. A análise dos dados considerou duas fases distintas, antes e após a instalação de um píer na ilha em set/02, que desequilibrou a dinâmica local. A ilha, como um todo, vem migrando e girando, tendo a posição de seu centróide deslocando-se 11,62m para norte e 7,75m para oeste. Esse deslocamento resulta do efeito combinado de erosão de sua face sul e acreação de área emersa em sua face norte. A área erodida foi de 2 2. -1 2 5741,89m , a uma razão 136,71m mês e a área acrescida chegou a 6890,46m , a uma razão de 2. -1 164,04m mês . Embora ao final do intervalo monitorado a variação total da área emersa tenha sido inferior a 5%, os deslocamentos ocorridos da linha de costa forçaram inicialmente, a relocação e, posteriormente, a retirada das instalações do museu e da base de pesquisa em aves migratórias da UFRPE. Verificou-se também que a instalação de um píer em set/02 provocou um recuo de 28,3m da extremidade oeste da ilha e continua desequilibrando o local. Apresenta-se uma previsão para a ilha da Coroa do Avião considerando além das medições das linhas de costa, um levantamento tridimensional, a análise granulométrica dos sedimentos e os dados de direção e velocidade dos ventos. A precisão e acuracidade da metodologia proposta para levantamento da linha de costa com uso de receptores GPS foi igualmente avaliada, considerando-se a facilidade de identificação e o grau de acesso ao local a ser medido. A precisão média do método foi de 1,7cm, variando pontualmente de 0,4 a 3,6cm entre os vários observadores, enquanto a acuracidade média foi estimada em 0,5cm (min.=0; max.=24cm). Considerando o desvio total, discrepâncias no posicionamento da linha de costa variaram de menos de 10cm quando a linha era facilmente identificada e o acesso à área livre, a até 1m quando as condições de identificação e/ou acesso não eram ideais. 77 34 TÍTULO: ASSENTAMENTO, ESTRUTURA DA COMUNIDADE E ALIMENTAÇÃO DE CAMARÕES PENAEIDEA E CARIDEA NO PRADO DE CAPIM MARINHO (Halodule wrightii ASCHERS) NA PRAIA DE FORNO DA CAL, ITAMARACÁ, PERNAMBUCO, BRASIL. DOUTORANDA: Girlene Fábia Segundo Viana. ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho. CO-ORIENTADOR: Ralf Schwamborn DATA DA DEFESA: 20 de junho de 2005 VIANA, Girlene Fábia Segundo. Assentamento, estrutura da comunidade e alimentação de camarões Penaeidea e Caridea no prado de capim marinho (Halodule wrightii Aschers) na praia de Forno da Cal, Itamaracá, Pernambuco, Brasil. Recife, 2005. f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Os prados de capim marinho estão entre os ecossistemas costeiros tropicais mais produtivos de todo o mundo. Este ambiente é favorável à vida animal, que o utiliza como local para alimentação e reprodução, sendo ainda reconhecido como áreas berçários de muitas espécies de crustáceos, peixes e moluscos. O trabalho teve como objetivo conhecer aspectos ligados ao assentamento, estrutura da comunidade e alimentação dos camarões Penaeidea e Caridea no prado de Halodule wrightii Aschers da Praia de Forno da Cal, Itamaracá. As coletas foram realizadas de setembro de 2000 a dezembro de 2001, no período de lua nova, seguindo dois tipos de amostragens: o primeiro foi efetuado através do uso de coletores passivos, suspensos na camada subsuperficial, postos de um dia para o outro, em cinco pontos fixos em frente ao prado (totalizando quinze coletores por mês). O segundo, através de arrastos com uma draga leve em três estações no prado. Esta draga retangular possui uma abertura de 1 X 2 metros, equipada com duas redes: uma interna, com abertura de malha de 5mm e outra externa, com malha de 2mm. Os arrastos foram efetuados com um barco a motor a uma velocidade média de cinco Km/h e duração média de cinco minutos. Coletas adicionais, num período de 24 horas, foram realizadas nos meses de janeiro, fevereiro, maio, julho, setembro e dezembro de 2001 e, arrastos na planície de areia adjacente ao prado ocorreram em março, junho, agosto e dezembro de 2001. Realizou-se, também, um experimento “in situ” para determinar a taxa de evacuação gástrica em camarões Caridea. Nos coletores passivos foram capturados, identificados e medidos 1.962 camarões pertencentes a 18 táxons, entre pós-larvas e juvenis, destacando-se como os mais abundantes e freqüentes, Hippolytidae (n.i.), Atyidae (n.i.), Palaemonidae (n.i.) e Latreutes parvalus. Os meses com maior quantidade de indivíduos foram àqueles correspondentes ao período chuvoso (abril a agosto). Nas coletas com a draga leve, os camarões foram freqüentes durante todo o período estudado. Ao todo foram identificados 60.748 camarões (12.626 coletados pela malha de 5mm e 48.122 pela malha de 2 mm). Os Caridea, com 79,2% foram os mais abundantes. Foram registrados 15 táxons da Infraordem Penaeidea e 19 da Caridea. Destes, Periclimenes longicaudatus foi a mais numerosa (acima de 50% nas duas malhas) e mais freqüente (entre 90 e 100%). Outras espécies também se destacaram. Leander paulensis, Hippolyte obliquimanus, Latreutes parvulus e Farfantepenaeus subtilis. As maiores densidades médias, para a malha de 5mm, foram encontradas em setembro, outubro e novembro de 2000 (0,19indivíduos/m2, 0,16ind./m2 e 0,18ind./m2, respectivamente), em maio, julho e setembro de 2001 (0,23ind./m2, 021ind./m2 e 0,17ind/m2, respectivamente). Para a malha de 2mm, março, maio, junho, julho (período chuvoso) e setembro apresentaram densidades acima de 0,50 ind./m2. Foram observadas maiores diversidades, densidades e biomassas nas estações 78 do prado em relação às da planície de areia adjacente. Os resultados das análises de conteúdo estomacal para Farfantepenaeus subtilis mostraram uma dieta diversificada, com alimentos preferencialmente de origem animal, tendo os Crustácea uma importância primária, seguido pelos Mollusca e Polychaeta. Para Periclimenes longicaudatus também foi observado um hábito carnívoro, tendo Crustácea, Hydrozoa, Polychaeta e Pantopoda como itens principais. Os dados de repleção estomacal demonstraram uma atividade de alimentação noturna para as duas espécies. A ração diária ingerida por F. subtilis foi 11% do peso do corpo. A taxa de evacuação linear obtida através do experimento com Caridea foi E= 48,4% VE h-1 e a ração diária calculada para P. longicaudatus foi de 46% a 64% do peso do corpo. Diante do exposto, pode-se considerar que o prado de capim marinho, ora estudado, representa área de berçário, de alimentação ou ainda de reprodução para várias espécies de camarões que procuram este ambiente em alguma fase da vida, ou que passam todo o seu ciclo de vida neste. 79 35 TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA RELATIVA DE PEIXES E CRUSTÁCEOS CAPTURADOS NO PROGRAMA REVIZEE/SCORE - NE NA PLATAFORMA EXTERNA E TALUDE DA COSTA DO NORDESTE DO BRASIL. DOUTORANDO: Vanildo Souza de Oliveira Orientador: Fábio Hissa Vieira Hazin DATA DA DEFESA: 05 de agosto de 2005. OLIVEIRA, Vanildo Souza de. Distribuição e abundância relativa de peixes e crustáceos capturados no Programa REVIZEE/SCORE - NE na plataforma externa e talude da costa do nordeste do Brasil Recife, 2005. f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia RESUMO Durante o período entre 27/10/1997 e 19/11/2000, foram realizados 27 cruzeiros de prospecções com espinhel-de-fundo e armadilhas de profundidade na plataforma externa e talude da costa nordestina, como parte das atividades do programa REVIZEE. A abundância relativa das espécies foi analisada a partir da captura por unidade de esforço (CPUE), em termos do número de indivíduos capturados por 100 anzóis no espinhel horizontal e número de indivíduos por covo por lance, no caso das armadilhas. Os perfis verticais de temperatura e salinidade indicaram presença de uma camada de mistura com cerca de 80m nos dois primeiros cruzeiros, enquanto que no terceiro e quarto a termoclina encontrou-se bastante próxima da superfície, a aproximadamente 20m de profundidade. Na prospecção com espinhel foram analisadas a distribuição e abundância relativa de oito espécies de teleósteos e duas de elasmobrânquios. A diversidade das espécies apresentou uma tendência de declínio em função do aumento da profundidade. Foi observada uma segregação batimétrica entre as espécies, tendo sido as mesmas classificadas como: águas rasas (Lutjanus purpureus, Ocyurus crhysurus e Lutjanus vivanus), águas intermediárias (Lopholatilus villarii, Epinephelus niveatus e Etelis oculatus) e águas profundas (Squalus spp., Mustelus canis e Epinephelus morio). A distribuição vertical dos peixes foi influenciada pela presença da termoclina com a ocorrência de algumas espécies só se verificando abaixo da mesma. Já as quatro espécies de crustáceos estudadas (Chaceon fenneri, Rochinia crassa, Heterocarpus ensifer e Plesionika edwardsii) capturadas com covos, apresentaram uma distribuição vertical entre 100 e 600m, com características de espécies euribáticas e euritérmicas. Tanto os peixes quanto os crustáceos apresentaram uma clara segregação batimétrica, com maior abundância a partir dos 100m. Os gêneros Squalus e Mustelus, juntamente com Chaceon e Rochinia, Plesionika e Heterocarpus, parecem mais adaptados a grandes profundidades, diferentemente da maioria dos teleósteos. A ocorrência de crustáceos e peixes de profundidades abaixo de 100m no nordeste, indica que eles dividem o mesmo ambiente e são influenciados por fatores comuns como temperatura e profundidade. 80 81 RESUMOS DAS DISSERTAÇÕES (1985-2005) 01 639.512 (043) C.D.U. TÍTULO: FONTE E NÍVEIS DE PROTEÍNAS EM RAÇÕES PARA CAMARÃO Penaeus paulensis PEREZ-FARFANTE,1967 E SUA VIABILIZAÇÃO NO CULTIVO EM VIVEIRO. MESTRANDO: João Bosco Rozas Rodrigues ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo DATA DA DEFESA: 18 de junho de 1985 RODRIGUES, João Bosco Rozas. Fonte e níveis de proteínas em rações para camarão Penaeus paulensis Perez-Farfante, 1967 e sua viabilização no cultivo em viveiro. Recife, 1985. 80f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Com a finalidade de incrementar a produtividade do cultivo do camarão marinho Penaeus paulensis, em viveiro, realizaram-se três experimentos utilizando-se alimentos regionais e de baixo custo. As pesquisas foram desenvolvidas junto à Estação Experimental de Aqüicultura da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, localizada em Florianópolis – SC - Brasil, durante o período de 10 de janeiro de 1983 a 30 de abril de 1983. No primeiro experimento, com duração de 40 dias, testou-se três rações com diferentes fontes protéicas: sardinha Sardinella sp., palombeta Chloroscombrus sp., e farinha de peixe, tendo cada tratamento três repetições, totalizando nove tanques. Em cada um colocou-se 30 indivíduos, com peso médio de 1,5g. A temperatura da água variou entre 20,50 e 27,10o e a salinidade entre 10.00 e 22,00‰. O melhor peso médio final foi obtido com os camarões alimentados com ração à base de palombeta (2,8g), seguida da ração à base de sardinha (2,92g) e por última a ração à base de farinha de peixe (2,27g). Ao nível de 1% de probabilidade, pelo teste de “Tukey”, os tratamentos utilizados palombeta e sardinha não diferiram estatisticamente, entretanto, estes diferenciaram do terceiro tratamento, farinha de peixe, o qual apresentou resultado inferior. No segundo experimento, com duração de 60 dias, testou-se cinco níveis protéicos: 29,70; 37,62; 45,54; 53,46 e 61,38%; tendo cada tratamento 4 repetições, totalizando 20 tanques. Em cada colocou-se 40 indivíduos, com peso médio de 1,5g. A temperatura da água variou entre 21,00 e 28,00ºC e a salinidade entre 9,00 e 19,50‰. O melhor obtido foi com o tratamento “C”, com ração à base de 45,54% de proteína sobre matéria seca (p<0,01). Finalmente no terceiro experimento, com duração de 60 dias, testou-se uma ração com base nos melhores resultados obtidos os dois experimentos anteriores. A sardinha foi usada como fonte protéica e mesclada com farelo de arroz. O nível de proteína da mistura foi de 45,5%. Utilizou-se 6 viveiros de solo natural, com área individual de 330m2. A temperatura variou entre 21,00 e 30,00ºC e a salinidade entre 4,00‰ e 7,55‰. Em três viveiros os camarões receberam ração e nos outros permaneceram em condições naturais. A densidade foi de 3 camarões/m2 com peso médio inicial de 2g. Os camarões alimentados com ração apresentaram, significativamente, maiores médias de peso final do que os sem ração (p<0,05). 82 02 577.475(282.281) (813.2) (043) C.D.U. TÍTULO: PRODUÇÃO PRIMÁRIA DO FITOPLÂNCTON DO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI (NATAL - RN). MESTRANDA: Dilma Bezerra Fernandes de Oliveira ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante DATA DA DEFESA: 30 de agosto de 1985. OLIVEIRA, Dilma Bezerra Fernandes de. Produção primária do fitoplâncton do estuário do Rio Potengi (Natal - RN). Recife, 1985. 168f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Visando à avaliação da potencialidade pesqueira e à importância de fornecer subsídios para projetos de aqüicultura, foi realizado um estudo pioneiro sobre produção primária do fitoplâncton do Estuário do Rio Potengi (Natal - RN), considerando a biomassa do fitoplâncton, através do conteúdo de clorofila a, e a variação sazonal da produção primária, através da quantidade de carbono radioativo (C14) absorvido pelo fitoplâncton, utilizando a incubação in situ. O conteúdo clorofila a foi elevado, variando entre 3,53 e 28,90mg/m3, e a quantidade de carbono radioativo (C14) variou de 4,44 a 331,29mg/m3/h. As coletas foram realizadas em três estações fixas, durante o período de setembro de 1983 a setembro de 1984, em três profundidades (superfície, profundidade coincidente com o coeficiente de absorção da luz e profundidade máxima de cada estação), nas baixa-mares. Paralelamente foram analisados estudos sobre os aspectos hidrológicos, tais como temperatura, transparência da água, salinidade, oxigênio dissolvido, pH, teores de nitrito, nitrato e fosfato, e como dado climatológico foi utilizado a precipitação pluviométrica, a fim de que pudessem fornecer dados sobre a influência desses parâmetros na flora planctônica. O microfitoplâncton do estuário de Rio Potengi esteve representado, taxonomicamente, por 4 (quatro) classes: Cyanophyceae, Dinophyceae, Bacillariophyceae (diatomáceas) e Chlorophyceae, tendo sido identificados 47 (quarenta e sete) gêneros, dentre os quais 40 (quarenta) pertencem à classe Bacillariophyceae, sendo portanto a classe mais importante, pois ocorreu durante todo o ano e normalmente com 1 (uma) ou 4 (quatro) espécies dominando durante o mês. Destacaram-se porém, as espécies pertencentes à Subclasse Centricae: Chaetoceros gracilis (Schütt), Coscinodiscus centralis (Ehrenberg), Rhizosolenia crassispina (Schultze), Skeletonema costatum (Greville) Cleve, Streptotheca thamensis (Shrubsole) e a espécie pertencentes à Subclasse Pennatae: Thalassionema nitzschioides (Grunow). As outras Classes, como cianofíceas, dinoflagelados e clorofíceas foram consideradas componentes secundários. De acordo com os resultados obtidos, o Estuário de Rio Potengi é um ecossistema eutrófico, havendo uma grande disponibilidade de alimento para os níveis tróficos seguintes, constituindo uma forma de armazenamento de energia dentro do ecossistema. 83 03 597.5:577.4(813.42ITAMARACÁ) (043) C.D.U. TÍTULO: BIOECOLOGIA DE Mugil curema VALENCIENNES, 1836 E Mugil liza VALENCIENNES 1836 (PISCES - MUGILIDAE), CULTIVADAS EM VIVEIRO ESTUARINO DA ÁREA DE ITAMARACÁ (PERNAMBUCO BRASIL). MESTRANDO: Antônio de Lemos Vasconcelos Filho ORIENTADOR: José Espinhara da Silva DATA DA DEFESA: 13 de dezembro de 1985. VASCONCELOS FILHO, Antônio de Lemos. Bioecologia de Mugil curema Valenciennes, 1836 e Mugil liza Valenciennes, 1836 (Pisces – Mugilidae), cultivadas em viveiro estuarino da área de Itamaracá (Pernambuco – Brasil). Recife, 1985. 151f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Estudos bioecológicos foram realizados em um viveiro experimental de cultivo de peixes na área de Itamaracá, Pernambuco (Brasil), durante o período de março de 1978 a maio de 1980. Estes estudos, abrangeram pesquisas sobre o grau de repleção e os hábitos alimentares de peixes da família Mugilidae (Mugil curema Valenciennes, 1836 e Mugil liza Valenciennes, 1836), relacionando-se com a climatologia, hidrologia, planctonologia, perifiton e microfitobentos, visando o conhecimento dos alimentos disponíveis no ambiente para esses peixes. A área de Itamaracá-PE, pode ser considerada como homogênea-térmica, visto que a temperatura do ar apresenta pequena variação durante todo o ano. Distinguem-se na área dois períodos anuais (seco e chuvoso), de acordo com o regime pluviométrico. A magnitude das variações sazonais dos parâmetros físico-químicos estudados no viveiro experimental, esteve sempre associada aos fatores climatológicos, sobressaindo-se os índices de insolação e de precipitação pluviométrica, sendo que a temperatura da água e a salinidade apresentaram a mesma variação cíclica, e, o oxigênio dissolvido e os sais nutrientes apresentaram-se irregulares, porém não afetando aparentemente as espécies cultivadas. A maioria dos estômagos encontravam-se “cheios”ou “parcialmente cheios”, durante todo o período, o que demonstrou a existência de uma disponibilidade de alimento no viveiro, tendo os Mugilideos apresentado em sua dieta alimentar, como alimentos essenciais, as microalgas (Bacillariophyceae e Cyanophyceae) encontradas principalmente no microfitobentos. De outra forma, as algas perifíticas também desempenharam papel importante na alimentação desses peixes, uma vez que, diversas espécies de algas fixas em estacas, foram encontradas também no bolo alimentar. Além das microalgas bênticas e perifíticas, ocorreram também no conteúdo estomacal dos peixes, alguns organismos planctônicos, os quais foram encontrados esporadicamente. As espécies de peixes Mugil curema (Tainha) e Mugil liza (Curimã), mostraram um tipo de alimentação iliófaga bastante semelhante, competindo assim do alimento, porém, as concentrações de sais nutrientes e a flora fitoplanctônica, a perifítica e a bêntica, indicam que o viveiro experimental pode ser considerado como um ecossistema eutrófico, capaz de suportar cultivos naturais, não somente de peixes da família Mugilidae, como ainda de outros organismos filtradores aquáticos. 84 04 595.18(813.4) C.D.U. (2a ed.) - 595.181 C.D.D. TÍTULO: SISTEMÁTICA E ECOLOGIA DOS ROTÍFEROS (ROTATORIA) PLANCTÔNICOS DA ÁREA ESTUARINA LAGUNAR DE SUAPE PERNAMBUCO (BRASIL). MESTRANDA: Sigrid Neumann Leitão. ORIENTADORA: Dra. Maryse Nogueira Paranaguá. DATA DE DEFESA: 10 de abril de 1986. NEUMANN-LEITÃO, Sigrid. Sistemática e ecologia dos rotíferos (Rotatoria) planctônicos da área estuarina lagunar de Suape – Pernambuco (Brasil). Recife, 1986. 259f. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Estudos sobre a sistemática e ecologia dos rotíferos planctônicos foram realizados na área estuarina lagunar de Suape (Pernambuco - Brasil), tendo sido considerados o levantamento qualitativo das espécies, a distribuição espacial e temporal, abundância, diversidade específica, equitabilidade e associações de amostras e de espécies. Estes estudos estiveram baseados em amostras de plâncton, coletadas com o auxílio de uma rede de 65µm de abertura de malha, durante os períodos seco (fevereiro/78) e chuvoso (julho/78), obedecendo ao regime de marés. As coletas foram feitas em 11 estações fixas situadas na baía de Suape e estuários dos Massangana, Tatuoca e Ipojuca. Paralelamente foram também efetuadas coletas para estudos hidrológicos e climatológicos para fins comparativos. Os rotíferos estiveram representados por 70 taxa, distribuídos em 2 Superordens, 16 famílias e 23 gêneros. A Superordem Monogononta foi mais representativa que a Digononta. Entre os Monogononta as famílias mais abundantes foram Brachionidae (15 espécies), Lecanidae (8 espécies) e Asplanchnidae (5 espécies). Os seguintes taxa foram registrados pela primeira vez para o Brasil: Brachionus bidentata bidentata, Brachionus calyciforus f., anuraeiformis, Proales fallaciosa, Asplanchna priodonta e Asplanchna herricki. A espécie que apresentou maior distribuição horizontal e abundância foi Brachionus plicatilis. De uma forma geral, os rotíferos dominaram no estuário do rio Ipojuca e estações que recebiam sua influência. As maiores similaridades foram observadas entre estações situadas próximas entre si, durante o mesmo ciclo de marés e período anual. Os fatores hidrológicos influenciaram na ocorrência de algumas espécies, entretanto o fator trófico foi o mais importante, observando-se uma estreita relação fitoplâncton/rotíferos. A poluição do rio Ipojuca contribuiu para uma maior diversidade, sendo registradas algumas espécies sapróbias. A associação das espécies permitiu estabelecer 7 grupos, cada um com características ecológicas particulares. De uma forma geral, os rotíferos em Suape estiveram sujeitos a amplas variações ambientais, apresentando grande capacidade de adaptação às condições da área durante a maré baixa do período seco e desaparecendo durante a preamar e período chuvoso, sendo capazes de habitar novamente o meio, tão logo retornem às condições favoráveis. 85 05 582.26 (813.1) (043) C.D.U. TÍTULO: COMPOSIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS MACROALGAS BENTÔNICAS NO MANGUEZAL DO RIO CEARÁ (ESTADO DO CEARÁ – BRASIL). MESTRANDO: Paulo de Tarso de Castro Miranda ORIENTADORA: Dra. Sônia Maria Barreto Pereira DATA DA DEFESA: 16 de maio de 1986. MIRANDA, Paulo de Tarso de Castro. Composição e distribuição das macroalgas bentônicas no manguezal do Rio Ceará (Estado do Ceará - Brasil). Recife, 1986. 96f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O presente trabalho refere-se a estudos sobre a composição e distribuição das macroalgas bentônicas no manguezal do rio Ceará (Ceará - Brasil), realizados no período de janeiro a dezembro de 1983. As pesquisas foram baseadas em coletas mensais efetuadas em 4 estações, durante as marés baixas diurnas. Paralelamente foram também realizados estudos hidrológicos do rio (temperatura, salinidade, turbidez e pH), bem como sobre a sedimentologia e climatologia ambiental, com a finalidade de se verificar a influência desses parâmetros na flora ficológica local. As macroalgas estiveram representadas por clorifíceas (28,57%), feofíceas (9,52%) e rodofíceas (61,91%), destacando-se como mais freqüentes Caulerpa fastigiata, Caulerpa prolifera, Enteromorpha lingulata, Rhizoclonium riparium Ulvaria oxysperma var. oxysperma, Bostrychia radicans f. radicans, Bostrychia scorpioides var. montagnei, Bostrychia tenella, Caloglossa leprieurii, Catenella repens, Cryptonemia luxurians, Gelidium floridanum, Gracilaria sp., Gracilaria verrucosa, Hypnea musciformis e Polysiphonia subtilissima. São referidas pela primeira vez para o Estado do Ceará, Bostrychia calliptera, Bostrychia radicansf. moniliforme, Bostrychia scorpioides var. montagnei Bostrychia tenella e Erythrotrichia carnea. As comunidades algológicas não apresentaram uma variação estacional definida, tendo-se observado uma diminuição no número de espécies da desembocadura para a montante do rio. A composição e distribuição das macroalgas estiveram ligadas principalmente às variações de salinidade e à variabilidade de substrato. No tocante às fases de reprodução, ficou evidenciado o ciclo de vida trifásico em algumas florideofíceas. Quanto às relações de epifitismo, observou-se que algumas espécies ocorreram exclusivamente em determinados hospedeiros, embora a maioria não tenha demonstrado afinidades específicas. Alguns hospedeiros apresentaram mais de uma espécie mais de uma espécie de epífita. 86 06 595.384.1 (26) (81) (043) C.D.U. TÍTULO: CRUSTÁCEOS DECAPODOS PALEMONIDAE. MARINHOS DO BRASIL: FAMÍLIA MESTRANDA: Marilena Ramos Porto ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 23 de junho de 1986. RAMOS-PORTO, Marilena. Crustáceos Decapodos marinhos do Brasil: Família Palemonidae. Recife, 1986. 347f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Este trabalho apresenta uma revisão dos Palemonídeos marinhos que ocorrem em águas brasileiras, sendo referidas vinte espécies. O material estudado proveio de coletas realizadas com o auxílio de dragas pelo Navio Oceanográfico “Almirante Saldanha”, pelos barcos de pesca “Akaroa”, “Canopus” e “Pesquisador IV”, além de coletas efetuadas durante as expedições “Itamaracá” e “Paraíba/Pernambuco”. Foram também realizadas coletas manuais costeiras em vários pontos do litoral brasileiro. Das espécies identificadas, Periclimenes yucatanicus (Ives, 1891) e Typton tortugae McClendon, 1910, foram citadas pela primeira vez para o Brasil. Foi feita revalidação de Leander paulensis Ortmann, 1897, considerada até o momento como sinônima de Leander tenuicornis (Say, 1818). O estudo das espécies enfocou os pontos de vista geográfico, batimétrico, ecológico e os tipos de fundo. Do ponto de vista da distribuição geográfica, foi possível agrupá-las nos conjuntos faunísticos tropical contínuo, tropical disjunto, tropical brasileiro e subtropical. Observou-se que a área de ocorrência de cada conjunto, no Brasil, está limitada pelas isotermas e isoalinas, tanto à superfície quanto junto ao fundo. De acordo com as áreas de distribuição destes conjuntos, estes foram colocados nas Províncias Zoogeográficas Guianense, Brasileira e Paulista. Com relação à batimetria, determinaram-se dois grupos de espécies: costeiras e euribatas. Sob o ponto de vista ecológico, as espécies foram classificadas como cascalhícolas, vasícolas ou indiferentes. No que se refere à natureza do substrato, distribuíram-se estes camarões em dois tipos principais de povoamentos: dos substratos móveis e dos substratos duros. Constatou-se que certas espécies são características de determinados tipos de fundo e/ou profundidade. Os resultados deste trabalho, concordam, em parte, com aqueles obtidos para a fauna de marinhos brasileiros. 87 07 595.371 (81) (043) C.D.U. TÍTULO: CRUSTÁCEOS ANFÍPODOS DO BRASIL: FAMÍLIA GAMMARIDAE MESTRANDA: Cileide Maria Acioli Soares ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 26 de junho de 1986. SOARES, Cileide Maria Acioli. Crustáceos Anfípodos do Brasil: Família Gammaridae. Recife, 1986. 197f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O presente trabalho é uma revisão da família Gammaridae, sob os pontos de vista sistemático, ecológico e biogeográfico. O material estudado procede de amostras recolhidas por expedições científicas e coletas costeiras, realizadas ao longo da costa brasileira. foram analisados 916 espécimes, provenientes de 80 amostras, além dos dados extraídos da literatura. O resultado da revisão sistemática demonstrou a ocorrência de 9 gêneros com 21 espécies e 1 variedade. Desses gêneros, apenas Mallacoota é referido pela primeira vez para a costa do Brasil, com a espécie Mallacoota subcarinata. A análise das espécies, em função da batimetria, permitiu reconhecer 3 grupos: espécies costeiras infralitorais, costeiras circalitorais e euribatas. O estudo das relações com os tipos de fundo demonstrou que Maera hidrondellei é característica e dominante de fundos de lama e areia e Elasmopus pectenicrus de fundo de areia e algas calcárias. A distribuição latitudinal dessas espécies mostrou que todas são tropicais, embora algumas ocorram em águas não tropicais. 88 08 595.135 (812/814) (043) C.D.U. TÍTULO: CHAETOGNATHA PLANCTÔNICOS DE PROVÍNCIAS NERÍTICA E OCEÂNICA DO NORDESTE DO BRASIL (04O 00’ 00” - 08O 00’ 00” LATITUDE SUL). MESTRANDA: Lúcia Maria de Oliveira Gusmão ORIENTADORA: Dra. Maryse Nogueira Paranaguá DATA DA DEFESA: 04 de julho de 1986. GUSMÃO, Lúcia Maria de Oliveira. Chaetognatha planctônicos de províncias nerítica e oceânica do nordeste do Brasil (04 º 00’ 00” - 08º 00’ 00” Latitude Sul). Recife, 1986. 192f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Estudos sobre Chaetognatha planctônicos foram realizados no material coletado nas províncias nerítica e oceânica do Nordeste do Brasil, localizadas entre as latitudes de 04o 00’ 00” e 08o 00’ 00” S, durante os meses de novembro e dezembro de 1983. Foram feitas a identificação das espécies, a abundância real do Phylum e de cada espécie com seus diferentes graus de ocorrência e maturação; a distribuição espacial e exigências ecológicas e as variações quantoqualitativas das unidades de povoamento em função dos parâmetros abióticos. As coletas foram realizadas com uma rede de plâncton com 250µm de abertura de malha, através de arrastos superficiais com duração média de 10 minutos, nos horários diurno e noturno. Paralelamente foram efetuadas coletas de dados hidrológicos para fins comparativos. Foram identificados dois gêneros e seis espécies: Pterosagitta draco (krohn, 1853); Sagitta hexaptera d’orbigny, 1843; Sagitta enflata GRASSI, 1881; Sagitta serratodentata KROHN, 1853; Sagitta friderici ritterzahony, 1911 e Sagitta hispida conant, 1895. Todas estas espécies são epiplanctônicas; com exceção de Sagitta hexaptera que é mesoplanctônica. De todas as espécies, Sagitta serratodentata foi a mais abundante e amplamente distribuída. Sagitta hexaptera apresentou a menor densidade populacional na área estudada. Pterosagitta draco ocorreu exclusivamente nas amostras da província oceânica. Sagitta friderici e Sagitta hispida ocorreram predominantemente na província nerítica, enquanto que Sagitta enflata predominou na província oceânica. Dos estádios de desenvolvimento, foi observado em todas as amostras o predomínio de organismos jovens sobre aqueles em estádios intermediário e adulto. A temperatura e a salinidade foram os fatores que mais influenciaram na distribuição das espécies. De uma maneira geral, a baixa densidade populacional esteve possivelmente relacionada com a baixa produtividade da área. Os resultados obtidos permitiram uma melhor caracterização da dinâmica populacional dos Chaetognatha neste setor tropical do Atlântico brasileiro. 89 09 595.384.8 (81) C.D.U. - 595.384.4 C.D.D. TÍTULO: TAXONOMIA, BIOGEOGRAFIA E ECOLOGIA DA SUPERFAMÍLIA HIPPOIDEA NA COSTA BRASILEIRA (CRUSTÁCEA, DECAPODA). MESTRANDA: Tereza Cristina dos Santos Calado ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho CO-ORIENTADORA: M.Sc. Marilena Ramos Porto DATA DA DEFESA: 17 de julho de 1987. CALADO, Tereza Cristina dos Santos. Taxonomia, biogeografia e ecologia da Superfamília Hippoidea na costa brasileira (Crustácea, Decapoda). Recife, 1988. 238f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Este trabalho apresenta uma revisão da Superfamília Hippoidea que ocorre na costa brasileira. O material estudado foi proveniente de coletas realizadas com o auxílio de dragas, pelos Navios Oceanográficos “Almirante Tamandaré” e “Prof. W. Besnard”, pelos barcos de pesca “Akaroa”, “Canopus” e “Pesquisador IV”, além de coletas, efetuadas durante as expedições Recife, Pernambuco e Itamaracá. Foram também realizadas coletas manuais, pesca e mergulhos em vários pontos do litoral brasileiro. O estudo das espécies englobou os aspectos taxonômico, biogeográfico e ecológico. Sob o aspecto taxonômico, foram identificadas nove espécies. Em relação a distribuição geográfica, foi possível reuni-las em três conjuntos faunísticos: tropical contínuo, tropical disjunto e temperado. Notou-se que a área de ocorrência de cada conjunto, no Brasil é limitada pelo tipo de substrato, isoalinas e isotermas, tanto na superfície quanto junto ao fundo. De acordo com as áreas de distribuição das espécies, estas foram colocadas em Províncias Zoogeográficas: Guianense, Brasileira, Paulista e Argentina. Em relação aos aspectos ecológicos foram reconhecidos para a batimetria dois grupos de espécies: costeiras e euribata. No tocante a temperatura as espécies distribuíram-se de águas tropicais a temperatura quente. Quanto a salinidade, as espécies ocorreram em águas eualinas, podendo algumas, em certos períodos do ano, serem encontradas em águas polialinas. No que se refere à natureza do tipo substrato, a maioria das espécies são arenícolas estritas, sendo algumas arenícolas tolerantes. Os resultados obtidos diferem, em alguns aspectos, com os encontrados na carcinofauna marinha brasileira. 90 10 594.9: 595.384.2 (8) (043) C.D.U. TÍTULO: BIOGEOGRAFIA DA FAMÍLIA MAJIDAE NA COSTA ATLÂNTICA DA AMÉRICA DO SUL (CRUSTÁCEA, DECAPODA). MESTRANDA: Maria Fernanda Abrantes Torres ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho CO-ORIENTADORA: M.Sc. Deusinete de Oliveira Tenório DATA DA DEFESA: 27 de julho de 1988. TORRES, Maria Fernanda Abrantes. Biogeografia da Família Majidae na costa Atlântica da América do Sul (Crustácea, Decapoda). Recife, 1988. 363f. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Pernambuco – Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO A família Majidae (Crustácea, Decapoda), está representada na costa atlântica da América do Sul, por 6 Subfamílias, 46 gêneros e 104 espécies. Dados sobre a área de ocorrência das espécies foram obtidos na bibliografia especializada e nos fichários de coleções carcinológicas pertencentes à instituições de pesquisa oceanográfica ou zoológica. Desta forma, foram reunidas informações referentes à estações realizadas por expedições oceanográficas, bem como de coletas esporádicas efetuadas ao longo do litoral. As espécies foram classificadas em função de suas distribuições batimétricas, longitudinal e latitudinal. Com relação à batimetria, foram reconhecidas espécies costeiras, batiais e euribatas. Baseado nas distribuições longitudinal e latitudinal, as espécies com áreas de ocorrência semelhantes foram reunidas em 08 conjuntos faunísticos atlântico ocidental equatorial (1 espécie), atlântico ocidental tropical do norte (27 espécies), atlântico ocidental tropical contínuo (6 espécies), atlântico ocidental tropical disjunto (36 espécies), atlântico ocidental tropical do sul (11 espécies), anfi-atlântico (1 espécie), atlântico ocidental temperado (5 espécies) e anfi-americano (3 espécies). De acordo com a área de ocorrência dos conjuntos foram definidas 6 províncias biogeográficas: Caraíba, Guianense, Brasileira, Paulista, Argentina e Patagônica. Os resultados obtidos mostram que os limites biogeográficos propostos coincidem com fronteiras entre massas d’água. 91 11 591.1:591.524.1:597:639.32 C.D.U. TÍTULO: INFLUÊNCIA DA SALINIDADE NO COMPORTAMENTO DO PAMPO SARGENTO (Trachinotus goodei) JORDAN & EVERMANN, 1896. MESTRANDO: George Nilson Mendes ORIENTADOR: Dr. José Espinhara da Silva DATA DA DEFESA: 29 de julho de 1988. MENDES, George Nilson. Influência da salinidade no comportamento do Pampo Sargento (Trachinotus goodei Jordan & Evermann, 1896). Recife, 1988. 169f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Este trabalho foi realizado no Laboratório de Larvicultura do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco no ano de 1987 e teve como objetivo estudar a influência da salinidade no comportamento do pampo (Trachinotus goodei) capturado na praia de Piedade, situada em Jaboatão, Pernambuco - Brasil, afim de verificar a possibilidade de se cultivar esta espécie em ambientes estuarInos. Para isso foram realizados vários experimentos visando: observar as variações de peso e a sobrevivência às diminuições gradativas e choque nas salinidades ambiente (30,0‰), 25,0, 20,0, 15,0, 5,0, e 0,2‰; estudar histologicamente e histoquimicamente as brânquias e rins, relacionando-os com os aspectos osmorregulatórios, além de cultivar os exemplares em condições de laboratório nas salinidades 30,0, 15,0, 10,0 e 5,0‰, Foram também realizadas revisão da literatura, descrição da área de captura e alguns aspectos biológicos da espécie. O trabalho que o T. goodei pode ser cultivado em todas as salinidades estudadas até 5,0‰ e ele é uma espécie marinha eurihalina. O estudo das brânquias e rins mostram que eles contribuem para o processo osmorregulatório. 92 12 577.475 (813.41) (043) C.D.U. TÍTULO: PRODUÇÃO PRIMÁRIA DO FITOPLÂNCTON CORRELACIONA DA COM PARÂMETROS BIÓTICOS E ABIÓTICOS NA BACIA DO PINA (RECIFE, PERNAMBUCO, BRASIL). MESTRANDO: Fernando Antônio do Nascimento Feitosa ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante CO-ORIENTADORA: M.Sc. Dilma Aguiar do Nascimento Vieira DATA DA DEFESA: 30 de agosto de 1988. FEITOSA, Fernando Antônio do Nascimento. Produção primária do fitoplâncton correlacionada com parâmetros bióticos e abióticos na Bacia do Pina (Recife, Pernambuco, Brasil). Recife, 1988. 279f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO A bacia do Pina está situada na parte interna do Porto do Recife, em plena zona urbana (entre os paralelos 08º 05’ 06” Lat. S; e os meridianos 34o 52’ 16” e 34o 53’ 58” Long. W), formada pela confluência dos rios Capibaribe (através do braço sul), Tejipió, Jiquiá, Jordão e Pina. É um ambiente dinâmico do ponto de vista hidrográfico com características estuarinas sujeita a ação das marés e as alterações ambientais devido a despejo de efluentes domésticos e industriais. A área possui um enorme potencial biológico exercendo um papel de muita importância sócio-econômica, principalmente para a população ribeirinha, de baixa renda de onde tiram o seu sustento e de sua família coletando moluscos, peixes e crustáceos, servindo como forma de subsistência para uma população carente de proteínas de alto teor nutritivo. O presente trabalho é pioneiro no campo de medição da produção primária do fitoplâncton, tendo como principais objetivos determinar a capacidade fotossintética do ambiente, seu comportamento ao longo do ano, a transferência desta matéria orgânica produzida pelos organismos fitoplanctônicos aos diferentes níveis tróficos, conhecimento da composição do fitoplâncton e do zooplâncton. Correlacionado a produção primária do fitoplâncton com parâmetros bióticos (composição florística do plâncton, composição faunística do plâncton, o “grazing” e abióticos (climatológicos, hidrológicos, sedimentológicos). As amostras foram coletadas no período de novembro/85 a dezembro/86 em três profundidades distintas, ou seja, na superfície e na profundidade de desaparecimento do disco de Secchi e na profundidade máxima local, durante a preamar e baixa-mar de um mesmo dia. O método utilizado para medir a produção foi a do carbono marcado (C14) e a incubação foi feita “in situ”. Foram feitas algumas considerações gerais sobre a necessidade de preservação e melhor utilização da área. Os valores da produção primária do fitoplâncton variaram de 0,00 a 765,21mgC/h/m3 enquanto na coluna d’água foram obtidos índices de 0,05 a 279,42mgC/h/m2. A biomassa primária do fitoplâncton (clorofila a) esteve entre 2,43 e 260,45mg/m3 e na coluna d’água esta biomassa variou de 0,98 a 196,88mg/m2. O grupo dominante no fitoplâncton foi o das diatomáceas destacando-se as espécies Skeletonema costatum pela sua ampla distribuição e Polymyxus coronalis por tratar-se de sua primeira citação de ocorrência na região nordeste. O zooplâncton esteve bem representado principalmente pelos cirripedes e pelos copepoda. 93 13 594.1:591.16 (813.42 BARRA DE JANGADAS). (043) C.D.U. TÍTULO: CICLO REPRODUTIVO E INFLUÊNCIA DA SALINIDADE SOBRE A GAMETOGÊNESE DE Iphigenia brasiliana (LAMARCK, 1818) (MOLUSCA: BIVALVIA DONACIDAE), NO ESTUÁRIO DA BARRA DAS JANGADAS, JABOATÃO, PERNAMBUCO. MESTRANDA: Libânia Maria Maia Rodrigues Couto ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Melo DATA DA DEFESA: 16 de setembro de 1988. COUTO, Libânia Maria Maia Rodrigues. Ciclo reprodutivo e influência da salinidade sobre a gametogênese de Iphigenia brasiliana (Lamarck, 1818) (Molusca: Bivalvia Donacidae), no estuário da Barra das Jangadas, Jaboatão, Pernambuco. Recife, 1988. 198f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO São apresentadas as características do ciclo reprodutivo assim como a influência da salinidade sobre a gametogênese do bivalve Iphigenia brasiliana (Lamarck, 1818) (Família Donacidae), coletado no estuário da Barra de Jangadas, Jaboatão, Pernambuco, durante o período de novembro de 1985 a outubro de 1986. Este estudo reveste-se de importância pelo fato de tratar-se de uma espécie de valor comercial que é um importante recurso pesqueiro e às vezes única fonte protéica para as populações de baixo nível sócio-econômico dessa área. Os resultados obtidos incluem a adaptação de uma escala de maturação para ambos os sexos, fundamentada nos aspectos microscópios das gônadas e composta dos subestádios III A (repleção); III AB (maturação e eliminação; III BC (eliminação e recuperação); III B só para fêmeas (eliminação); III C (recuperação) e III D (final da gametogênese) e o estádio indiferenciado. Baseado na distribuição mensal desses subestádios, observou-se que I. brasiliana apresenta um tipo de eliminação contínua. A freqüência mensal dos estádios de maturação, a proporção entre os sexos (“sex-ratio”) e o grau de repleção do conteúdo gástrico, classificado arbitrariamente nas categorias “cheio”, “quase cheio” e “quase vazio” associados à distribuição mensal da temperatura e dos valores salinos da água, evidenciaram a influência da salinidade sobre os fenômenos gametogenéticos dessa espécie. Na área estudada, os parâmetros hidrológicos temperatura e salinidade, estiveram associados aos índices pluviométricos, variando as condições ambientais do estuário da Barra de Jangadas durante o período chuvoso de coleta, entre um regime polihalino a um regime limnético. 94 14 597.5 (813.4): 577.4 C.D.U. TÍTULO: PISCES GERREIDAE GUNTHER (1862) DE ALGUNS ESTUÁRIOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL. MESTRANDO: Antônio Carlos Mariz Beltrão ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante CO-ORIENTADORA: M.Sc. Dinalva de Souza Guedes DATA DA DEFESA: 29 de setembro de 1988. BELTRÃO, Antônio Carlos Mariz. Pisces Gerreidae, Gunther (1862) de alguns estuários do Estado de Pernambuco, Brasil. Recife, 1988. 120f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO A pesquisa objetiva esclarecer a questão dos estudos relativos a família Gerreidae no Estado de Pernambuco, Brasil, tendo em vista contribuir para a formação de um “banco de dados”, sobre as espécies da região do Nordeste Brasileiro, assessorar os cultivos estuarinos e dar continuidade aos estudos sobre a biologia dos Gerreidae na região estudada. São citados 4 gêneros, com oito espécies: Eugerres brasilianus (Cuvier, 1829), Diapterus rhombeus (Cuvier, 829), Diapterus olisthostomus (Goode & Bean, 1882), Eucinostomus gula (Cuvier, 1830), Eucinostomus pseudogula, Poey, 1875, Eucinostomus melanopterus (Bleekerm, 1863), Eucinostomus argenteus Baird & Girard, 1854, Gerres cinereus (Walbaum, 1792), coletados nos estuários dos rios Goiana, Botafogo, Igarassu, Timbó, Paratibe, Capibaribe, Arrumador, Serinhaém e Perssununga, e o Canal de Santa Cruz e Baía de Tamandaré. Menciona a biologia geral, distribuição geográfica, descrição geral das espécies, chave para determinação de gêneros e espécies, fundamentadas na literatura pertinente. Encontra-se baseada na coleção preparada pelo autor e depositada na coleção do Laboratório de Vertebrados, do Departamento de Zoologia, do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco. O período abrangido na análise da literatura corresponde a: 1500 - 1988. Os resultados são preliminares e os estudos continuam em desenvolvimento. 95 15 612: 597 C.D.U. TÍTULO: OSMORREGULAÇÃO EM Eugerres brasilianus (CUVIER, 1830). EFEITOS DA VARIAÇÃO DA SALINIDADE SOBRE A CONCENTRAÇÃO OSMÓTICA E IÔNICA PLASMÁTICA E HISTOLOGIA DE RINS E BRÂNQUIAS. MESTRANDO: Frederico Luis Silva Caheté ORIENTADORA: Dra. Vera Lúcia de Almeida Vieira CO-ORIENTADOR: M.Sc. Antônio de Lemos Vasconcelos Filho DATA DA DEFESA: 01 de março de 1989. CAHETÉ, Frederico Luis Silva. Osmorregulação em Eugerres brasilianus (Cuvier, 1830). Efeitos da variação da salinidade sobre a concentração osmótica e iônica plasmática e histologia de rins e brânquias. Recife, 1989. 107f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO No presente trabalho estudou-se a influência das variações da salinidade ambiente sobre a osmorregulação em Eugerres brasilianus proveniente do Canal de Santa Cruz, Itamaracá - PE, utilizando-se 200 peixes, de ambos os sexos e de comprimentos variados. A parte laboratorial constou da determinação das concentrações osmóticas e iônicas plasmáticas de Na+, Cl- e K+, em dois grupos experimentais peixes submetidos a choque salínico e aqueles submetidos à adaptação gradativa, ambos em salinidades 35,0; 25,0; 18,5; 12,5; 6,5 e 0,3‰. A concentração osmótica foi determi-nada utilizando-se um Avanced Wide Range Osmometer 3W2. Os íons Na+ e K+ foram analisados através de um Fotômetro de Chama, os íons Cl- por titulometria, segundo Schales & Schales (1941). Uma análise histológica foi efetuada, comparando-se rins e brânquias entre os peixes submetidos a salinidades extremas e o grupo controle. Técnicas histoquímicas foram empregadas na análise morfológica das brânquias. Os rins do E. brasilianus são do tipo glomerular, apresentando segmento proximal e túbulo coletor, não tendo sido visualizado túbulo contornado distal. A comparação entre os grupos submetidos a salinidades extremas e o controle não demonstrou diferenças morfológicas significativas. Pela análise histológica das brânquias foi possível detectar a presença de inúmeras células de sal (Keys-Wilmer), positivas à Hematoxilina e Eosina, com distribuição semelhante em todas as lâminas. As células mucosas, entretanto, identificadas através de técnicas histoquímicas, aumentaram em número e área ocupada à medida que o peixe era transferido para salinidades mais baixas. O tratamento estatístico dos dados indicou que as concentrações osmóticas e iônicas do Na+ e Cl- foram influenciados pela variação da concentração do meio apenas no experimento de choque salínico, enquanto a do K+ não parece ter sido influenciada por esta em qualquer dos experimentos. As evidências experimentais demonstraram ser E. brasilianus capaz de suportar amplo intervalo de variação da salinidade (0,3 a 35‰), comportando-se como Teleósteo eurialino, dotado de grande habilidade para regulação de seus fluidos corpóreos em resposta às variações ambientais. 96 16 595.35.001.33 (043) C.D.U. 595.35 C.D.D. (9A ED) TÍTULO: TAXONOMIA E CONSIDERAÇÕES ECOLÓGICAS DOS Cirripedia balanomorpha DO ESTUÁRIO PARIPE (ILHA DE ITAMARACÁ - PE BRASIL). MESTRANDA: Cristiane Maria Farrapeira Assunção ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho CO-ORIENTADORA: M.Sc. Marilena Ramos Porto DATA DA DEFESA: 14 de setembro de 1990. FARRAPEIRA-ASSUNÇÃO, Cristiane Maria. Taxonomia e considerações ecológicas dos Cirripedia balanomorpha do estuário do rio Paripe (Ilha de Itamaracá - PE – Brasil). Recife, 1990. 379f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O presente trabalho apresenta uma revisão dos Cirripedia balanomorpha encontrados no estuário do Rio Paripe (Ilha de Itamaracá - PE). O material foi pesquisado em oito estações, fisionomicamente demarcadas, abrangendo as regiões eualina a limnética do estuário. O estudo das espécies englobou os aspectos taxonômicos e ecológicos. Sob o ponto de vista taxonômico, foram identificadas onze espécies, distribuídas em seis gêneros e quatro famílias. Sob o aspecto ecológico, foi enfocada a zonação dos cirrípedes e organismos associados, baseando-se nos níveis de marés, e procurou-se identificar os fatores abióticos e biológicos que atuaram nas espécies, determinando sua posição no domínio bêntico, nas diversas regiões do estuário. Com relação à salinidade, um dos fatores mais destacados, pode-se classificar as espécies como marinhas: estenoalinas (presentes apenas na foz do rio) e eurialinas (aquelas que ocorreram desde a foz até as regiões oligoalina e limnética). Foi constatada uma zonação horizontal, no sentido jusante-montante do rio, com decréscimo gradual do número de espécies: onze, nas estações eualina e polialina; cinco, na região mesoalina; e apenas uma (Euraphia rhizophorae, presente em toda a extensão do estuário), na limnética. A zonação vertical nos substratos observados (mangues, rochas, estaca e pilar de madeira) obedeceu ao padrão: supralitoral, com gastrópodos litorinídeos; mediolitoral superior, com otamalídeos; mediolitoral inferior com uma comunidade mista de balanídeos e ostras (zona de competição) e o infralitoral, quando apresentava substratos disponíveis, com representantes das famílias Archaeobalanidade, Balanidae (com suas espécies demostrando uma elevada taxa de epibiose entre si) e Coronulidae, além de diversas espécies de esponjas, tunicados e algas. As espécies Balanus trigonus e Fistulobalanus citerosum, ambas com poucos exemplares distribuídos no estuário, foram consideradas como “invasoras”, as quais são, juntamente com Chirona (Striatobalanus) amarylis, B. venustus e B. reticulatus, ocorrências novas para o Estado de Pernambuco; está última inclusive, para o litoral brasileiro. 97 17 577.475(26):593.17(813.41) (043) C.D.U. 593.178134 TÍTULO: TAXONOMIA E ECOLOGIA DOS TINTINNINA EM UM TRECHO DA PLATAFORMA DE PERNAMBUCO (BRASIL). MESTRANDA: Janete Diane Nogueira Paranhos ORIENTADORA: Dra. Maryse Nogueira Paranaguá CO-ORIENTADORA: M. Sc. Dilma Aguiar do Nascimento Vieira DATA DA DEFESA: 23 de novembro de 1990. NOGUEIRA-PARANHOS, Janete Diane. Taxonomia e ecologia dos Tintinnina em um trecho da plataforma de Pernambuco (Brasil). Recife, 1990. 147f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Este trabalho apresenta os resultados concernentes às pesquisas sobre os Tintinnina em um trecho da plataforma continental do Estado de Pernambuco. Os estudos estiveram baseados em amostras de plâncton coletadas mensalmente em quatro estações fixas localizadas em um perfil perpendicular à costa. As coletas foram realizadas entre março/1985 e fevereiro/1986, com o auxílio de uma rede cônica de náilon com malha de 65µm em arrastos horizontais subsuperficiais durante dez minutos. Feita a análise qualitativa e quantitativa dos Tintinnina, calculou-se a abundância relativa, freqüência de ocorrência, distribuição espaço/temporal, diversidade específica e equitabilidade. Foram identificados 37 táxons distribuídos em oito Famílias, doze Gêneros e dezessete Espécies, sendo seis com lóricas aglutinadas e onze com lóricas hialinas. A maioria das espécies rara e pouco abundante. Apenas Leprotintinnus nordvisti e Favella ehrenbergii foram consideradas muito freqüentes. Dos táxons identificados, Eutintinnus similis destacou-se como nova ocorrência para o Brasil. Codonellopsis marchella, Epiplocylis undella e Eutintinnus tenuis, foram pela primeira vez para o Nordeste brasileiro. A população de Tintinnina, em termos de indivíduos/m3, apresentou oscilações constantes durante o ano, ocorrendo picos, com domínio de poucas espécies, sem a caracterização de um ciclo anual definido. À medida que se afasta da costa a variação qualitativa é maior que a quantitativa. De modo geral, a diversidade específica foi baixa. A equitabilidade foi maior nas estações mais afastadas da costa, o que reforça a hipótese de uma maior estabilidade ambiental. 98 18 594.3 (043) C.D.U. 494.3 C.D.D. (19a ed.) TÍTULO: MOLUSCOS GASTROPODA DO COMPLEXO ESTUARINO LAGUNAR DE SUAPE, PE (SISTEMÁTICA E ECOLOGIA). MESTRANDO: Múcio Luiz Banja Fernandes ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Mello CO-ORIENTADORA: M. Sc. Deusinete de Oliveira Tenório DATA DA DEFESA: 23 de novembro de 1990. FERNANDES, Múcio Luiz Banja. Moluscos Gastropoda do complexo estuarino lagunar de Suape, PE (Sistemática e ecologia). Recife, 1990. 182f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO A Baía de Suape está localizada cerca de 40km ao sul da cidade do Recife e recebe águas dos rios Massangana, Tatuoca e Ipojuca. Com a construção do Complexo Industrial Portuário, o governo do Estado de Pernambuco, visa o desenvolvimento do Estado de maneira progressiva, sem contudo prejudicar a fauna e a flora da região. Para isso foi criado pela Companhia de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (CONDEPE), o Programa Ecológico e Cultural do Complexo Industrial Portuário de Suape (PECCIPS) com a participação do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco, que no ano 1978 efetuou diversas coletas na área, tanto de componentes da biomassa, como da água e do substrato para estudos concernentes, posteriores. Dentre os animais coletados destacaram-se os moluscos devido a sua diversidade, abundância e importância econômica. As coletas foram feitas por dragagens, coletas costeiras e pesca experimental. Para cada espécie foram levantados dados acerca da distribuição geográfica, sistemática e condições ecológicas preliminares de seus habitats para num futuro próximo, acompanhar as conseqüências ecológicas por elas sofridas quando da construção do Complexo Portuário de Suape. Estuda-se 7 ordens da Classe Gastropoda, 33 Famílias e 74 Espécies. A ordem Neogastropoda foi a mais freqüente nas estações estudadas, enquanto que, Thecosomata com 01 espécie e Pyramidellacea com 02, apresentaram menores freqüências. As espécies mais abundantes foram Neritina virginea, Bittium varium, Tricolia affinis e Littorina ziczac, com 2.680, 1.938 e 292 exemplares, respectivamente. Das estações estudadas, houve maior ocorrência de espécies naquelas localizadas na bacia de Suape, onde existia maior influência de águas eurihalinas. De um modo geral, as espécies que habitam o Complexo de Suape, estão bastante relacionadas com o substrato de areia com cascalho e blocos de algas calcárias, sendo este o sedimento mais comum nas estações de maiores freqüências de espécies. Os moluscos marinhos imprimiram grande limite de tolerância à baixa salinidade, fato demonstrado pela ampla distribuição desses animais em todo o Complexo da região de Suape, fortemente atingido no seu regime salino pelo aporte de águas fluviais dos rios Massangana, Tatuoca e Ipojuca. 99 19 577.475 C.D.U. TÍTULO: VARIAÇÃO ANUAL DA BIOMASSA FITOPLANCTÔNICA DA PLATAFORMA CONTINENTAL DE PERNAMBUCO: PERFIL EM FRENTE AO PORTO DA CIDADE DO RECIFE (08º 03’ 38” LAT. S; 34º 42’ 28” A 34º 52’ 00” LONG. W). MESTRANDO: Maurício Gaspari Resurreição ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante DATA DA DEFESA: 27 de dezembro de 1990. RESURREIÇÃO, Maurício Gaspari. Variação anual da biomassa fitoplanctônica da plataforma continental de Pernambuco: Perfil em frente ao Porto da Cidade do Recife (08º 03’ 38” Lat. S; 34º 42’ 28” a 34º 52’ 00” Long. W). Recife, 1990. 306f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Durante um ciclo climatológico anual (fases chuvosa e de estiagem) foram coletadas mensalmente amostras de água do mar para medição do teor de pigmentos clorofilianos com o objetivo de se estimar a biomassa primária e a densidade do fitoplâncton da região em diferentes épocas do ano e verificar a sua variação ao longo deste período. As coletas foram realizadas em diferentes profundidades na coluna d’água de acordo com o percentual de extinção de luz (superfície e profundidade de desaparecimento do disco de Secchi ou 50, 25 e 10% de penetração luminica) em quatro estações ao longo de um perfil perpendicular à costa, localizado em frente ao Porto da cidade do Recife (Pernambuco - Brasil) e distanciadas entre si de acordo com as isóbatas de 5, 10, 20 e 30 metros (Fig. 2). Alguns aspectos de natureza hidrológica e climatológica locais foram considerados dentro da metodologia mensal de trabalho da mesma forma que se analisou amostras do microfitoplâncton a partir de arrastos superficiais realizados em cada uma das estações. Os resultados indicam uma considerável influência das descargas fluviais no ambiente costeiro recifense, sobretudo na área mais próxima do continente, marcadamente no período chuvoso quando o aporte dos rios se faz mais intenso. Neste período ocorre não somente uma elevação nos teores de sais nutrientes na água do mar como também uma diminuição da camada fótica na coluna d’água, devido sobretudo aos materiais em suspensão aportados pelos rios, que chega a inibir, na área mais próxima ao Porto, o florescimento fitoplanctônico durante os meses de maior precipitação pluviométrica. O teor máximo de clorofila “a” total foi de 32.29mg/m3 registrado na estação mais próxima do continente enquanto o menor registro foi de 0,05mg/m3 na estação mais afastada da costa. Observou-se a ocorrência de um “bloom primaveril” de proporções significativas nas estações mais “costeiras” do perfil relacionado com o aumento de transparência da água do mar no início do período de estiagem. Na área mais afastada da costa os maiores índices de biomassa primária ocorreram durante o período chuvoso com “picos de inverno” no mês de maior precipitação pluviométrica (julho). A concentração de pigmento clorofiliano registrada no perfil como um todo foi acentuadamente mais elevada no período de estiagem (setembromarço) do que no período de chuvas (abril-agosto). Do ponto de vista dos produtos de degradação da clorofila considerou-se significativamente alta a concentração de feofitina na massa d’água local, cuja origem aparentemente está associada mais ao “grazing” fitoplanctônico do que à drenagem terrestre dos mesmos. A avaliação desta clorofila inativa na região presentemente estudada deve ser incluída em toda a metodologia que verse sobre estudos de biomassa primária do fitoplâncton. Com relação à flora local foram identificadas 64 espécies de diatomáceas, 3 variedades e 3 formas, 20 espécies de dinoflagelados, 2 espécies de cianofíceas, 1 espécie de silicoflagelado, 4 espécies de clorofíceas e alguns representantes de euglenofíceas (Gênero Euglena). Salientou-se a importância quantitativa dos fitoflagelados e registrou-se pela primeira vez em águas pernambucanas a ocorrência de cocolitoforídeos. 100 20 551.46 C.D.U. TÍTULO: HIDROLOGIA E BIOMASSA PRIMÁRIA DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL ENTRE AS LATITUDES DE 08º 00’ 00” E 02º 44’ 30” S E AS LONGITUDES DE 35º 56’ 39” E 31º 48’ 00” W. MESTRANDA: Kátia Muniz Pereira da Costa ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo CO-ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante DATA DA DEFESA: 24 de setembro de 1991. COSTA, Kátia Muniz Pereira da. Hidrologia e biomassa primária da região nordeste do Brasil entre as latitudes de 08º 00’ 00” e 02º 44’ 30” S e as Longitudes de 35º 56’ 39” e 31º 48’ 00” W. Recife, 1991, 217f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Estudos sobre as características hidrológicas da área Nordeste do Brasil, foram realizados durante a Comissão Oceanográfica Nordeste III, pelo Navio Oceanográfico Almirante Saldanha. Os parâmetros enfocados foram: temperatura, oxigênio dissolvido, salinidade, pH, nitrito-N, nitrato-N, fosfato-P, silicato-Si, clorofila “a” e produtividade primária em 71 estações oceanográficas plotadas em 9 perfis, no período de 20 de maio a 14 de junho, abrangendo a plataforma externa e a área oceânica entre Recife (Pernambuco) e Macau (Rio Grande do Norte). Os objetivos principais da pesquisa foram estudar a variação espacial das estruturas de temperatura e de salinidade, das massas d’água e definir o grau de eutrofização, relacionando os níveis de produção com os fatores abióticos. As massas d’água registradas na coluna d’água foram: Água Tropical (AT - com valores de salinidade abaixo de 36,00 na superfície da plataforma externa); Água Central do Atlântico Sul (ACAS); Água Intermediária Antártica (AIA); Água Profunda do Atlântico Norte (APAN - com limite superior de temperatura de 4,50ºC). As variações de temperatura e salinidade seguiram o modelo de uma região tropical, com a termoclina e a picnoclina apresentando uma zona transicional entre as profundidades de 100 a 150m. Deste modo, duas camadas estatisticamente diferentes foram determinadas: acima e abaixo da termoclina. Foram registradas elevadas concentrações de oxigênio dissolvido em toda a área, principalmente nas camadas superficial e subsuperficial: os valores médios acima e abaixo da termoclina foram de 4,96 e 4,06ml/l, respectivamente. O nitrato-N (média de 2,91µmol/l - acima de termoclina e 27,27µmol/l - abaixo da termoclina) e o silicato-Si (média de 3,00µmol/l - acima da termoclina e 18,90µmol/l - abaixo da termoclina, com concentrações relativamente elevadas, provavelmente não foram limitantes na área estudada. Por outro lado, o fosfato-P apresentando valores baixos (média de 0,29µmol/l - acima da termoclina e 2,08µmol/l - abaixo da termoclina), demonstrou uma diminuição na camada de assimilação. A biomassa primária em termos de clorofila a apresentou-se pobre com um valor médio de 0,31mg/m3. Levando-se em consideração só a camada superficial, e de acordo com os dados da produtividade primária obtidos, a região foi classificada como oligotrófica e mesotrófica. Agrupamentos estatisticamente diferentes foram delimitados acima e abaixo da termoclina, de acordo com a variabilidade e similaridade dos parâmetros hidrológicos. 101 21 551.46 C.D.U. (2a. ed.) 551.468.6 C.D.D. (19a. ed.) TÍTULO: HIDROLOGIA E BIOMASSA PRIMÁRIA DO FITOPLÂNCTON NO ESTUÁRIO DO RIO CAPIBARIBE, RECIFE - PERNAMBUCO. MESTRANDO: Paulo Eurico Pires Ferreira Travassos ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo CO-ORIENTADORA: M. Sc. Maria Luise Koening DATA DA DEFESA: 15 de outubro de 1991. TRAVASSOS, Paulo Eurico Pires Ferreira. Hidrologia e biomassa primária do fitoplâncton no estuário do Rio Capibaribe, Recife - Pernambuco. Recife, 1991. 287f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O estuário do Rio Capibaribe está situado em plena zona urbana da cidade do Recife sendo considerado um ambiente bastante dinâmico do ponto de vista hidrográfico, principalmente em decorrência da ação das marés e dos constantes lançamentos de efluentes industriais e domésticos na região. Durante o período de junho/87 a julho/88, abrangendo um ciclo climatológico completo (fases seca e chuvosa). Foram coletadas amostras mensais de água para determinação do teor de clorofila “a” e do número de células.l-1 do fitoplâncton com o objetivo de se estimar a biomassa primária e a densidade fitoplanctônica na região. Verificou-se não só a variação sazonal destes parâmetros, como também as influências causadas pelas variações dos fatores climatológicos e hidrológicos e destes entre si. As coletas foram realizadas em três profundidades distintas da coluna d’água: na superfície, na profundidade de desaparecimento do disco de Secchi (clorofila “a”) e na profundidade máxima local, tomando-se como base quatro estações distribuídas ao longo do estuário e observando-se um ciclo completo de maré (baixa-mar e preamar) em um mesmo dia. Foram realizados também arrastos superficiais em cada estação para análise da composição florística do microfitoplâncton. Os resultados obtidos indicam uma variação sazonal bem definida da biomassa primária influenciada pelo efeito sinergético dos parâmetros climatológicos e hidrológicos, notadamente com relação ao teor de sais nutrientes e ao aporte de luz solar no ambiente. No período chuvoso, a biomassa primária apresentou seus menores valores em conseqüência da diminuição da camada fótica na coluna d’água provocada pelo grande aporte de material em suspensão carreados para o estuário pela intensa drenagem terrestre nesta época, inibindo o florescimento fitoplanctônico. Já no período de estiagem, as altas concentrações de biomassa primária parecem estar relacionadas não só com os índices de transparência mais elevados observados neste período, como também pelas altas concentrações de sais nutrientes. A concentração mínima de clorofila “a” total foi de 0,65mg.m-3 registrada na estação 2 no mês de julho/87 durante a baixa-mar, enquanto a concentração máxima foi de 297,02mg.m-3 registrada na estação 3 no mês de dezembro/87 durante a preamar, tendo esta maré apresentado as concentrações mais elevadas durante o período estudado. com relação a flora fitoplanctônica, o grupo das diatomáceas foi dominante tanto qualitativa como quantitativamente, tendo sido identificadas 62 espécies, o variedades e 1 forma com as espécies marinhas eurialinas predominando sobre as demais. É importante salientar que o grande aporte de poluição de origem orgânica proveniente de efluentes industriais e domésticos, em diversas épocas e locais, na depleção do oxigênio dissolvido e em valores de DBO bastante elevados. Adicionando-se a estes os valores extremamente altos do número mais provável (NMP) de coliformes fecais observados durante o período estudado, conclui-se que toda a região estuarina do Rio Capibaribe encontra-se seriamente comprometida no que diz respeito à qualidade de suas águas. 102 22 TÍTULO: CULTIVO SEMI-INTENSIVO DE Penaeus vannamei BOONE (CRUSTÁCEA : PENAEIDAE) NA FAZENDA MARICULTURA DA BAHIA - BRASIL. MESTRANDO: Jorkean Torres de Lima ORIENTADOR: Dr. José Espinhara da Silva CO-ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante DATA DA DEFESA: 28 de novembro de 1991. LIMA, Jorkean Torres de. Cultivo semi-intensivo de Penaeus vannamei Boone (Crustácea: Penaeidae) na fazenda maricultura da Bahia - Brasil. Recife, 1991.f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO De junho de 1989 a janeiro de 1990, foram realizadas na MARICULTURA DA BAHIA, empresa produtora de camarão, 04 cultivos Semi-intensivos, envolvendo povoamentos diretos (com Post-Larvas) e indiretos (com juvenis) de Penaeus vannamei Boone (Crustácea, Penaeidae). Durante os cultivos, parâmetros hidrológicos como: oxigênio dissolvido, temperatura; salinidade; pH, transparência, amônia (NH3); nitrito (NO2); nitrato (NO3); fosfato (PO4) e ácido sulfídrico (H2S), foram analisadas e verificadas as suas relações interespecíficas, relacionadas ao comportamento dos camarões e dinâmica dos viveiros cultivados e observou-se também a viabilidade dos cultivos diretos e indiretos de acordo com suas curvas de crescimento e sobrevivência. Segundo as observações realizadas, concluiu-se que: os cultivos que envolveram povoamentos indiretos foram mais eficientes do que envolveram povoamentos diretos; a curva de sobrevivência utilizada foi excelente para os cultivos diretos, mas não se mostrou ideal para os indiretos; oxigênio dissolvido, salinidade e pH, não apresentaram influências significativas sobre os cultivos; entre os parâmetros hidrológicos analisados, a transparência foi fundamental para se ter uma idéia do desenvolvimento da comunidade planctônica e, relacionada com pH, NH 3, NO2 e NO3 tornou possível observar-se a dinâmica dos viveiros e a interferência ocasionada pela concentração do H2S na morfologia do camarão. 103 23 591.9 (26) C.D.U. (2a. ed.) 574.98134 C.D.D. (19a. ed.) TÍTULO: FAUNA DOS RECIFES DE BOA VIAGEM (PE) COM ÊNFASE AOS MOLLUSCA. MESTRANDA: Betty Rose de Araújo Luz. ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Mello. DATA DE DEFESA: 17 de dezembro de 1991. LUZ, Betty Rose de Araújo. Fauna dos recifes de Boa Viagem (PE) com ênfase aos Mollusca. Recife, 1991. 148f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Pesquisou-se a fauna de recifes areníticos com especial atenção ao Filo Mollusca. A área estudada está localizada ao longo da Praia de Boa Viagem, litoral sul do Estado de Pernambuco (BR), entre os paralelos 8º 06’ 02” latitude sul e os meridianos 34º 52’ 48” e 34º 53’ 47” longitude oeste. Nas estações demarcadas ao longo dos recifes, foram selecionados quatro ambientes para coleta de organismos de acordo com suas características físicas que possibilitam a existência de condições ecológicas diversas aos povoamentos ali localizados: sobre rocha, lateral de rocha, submerso sob rocha. Simultaneamente às coletas de organismos foram tomadas amostras de água para análise de salinidade e temperatura. Para o grupo Mollusca, definiu-se a estrutura da comunidade em termos de classificação de espécies, delimitação das biocenoses e descrição de suas características internas: diversidade, freqüência, abundância e fidelidade, assim como a interrelação das comunidades com o substrato. Os demais grupos foram listados taxonomicamente e esquematizada a zonação para a área. Dos Mollusca ocorreram três classes Polyplacophora, Pelecypoda e Gastropoda. São consideradas espécies características: Leucozonia nassa, Anachis lyrata, Ischnochiton striolatus, Engina turbinella, Parvanachis obesa, Tricolia affinis, Tegula viridula, Thais haemastoma floridiana e espécies freqüentes: Arca imbricata, Columbella mercatoria, Pisania auritula e Fissurella clenchi. A maior abundância em espécies esteve associada ao ambiente submerso e a menor ao ambiente sobre rocha. Foram delimitados dois grupos afins de Mollusca com duas áreas de transição onde é possível observar a presença de espécies que podem existir também em áreas adjacentes. Cinco perfis representando áreas do recife foram demarcados e descrito o esquema de zonação em cada um deles, com relação aos grupos taxonômicos identificados. É discutida a distribuição ao longo dos quatro ambientes, a zonação e o hábito das espécies de Mollusca consideradas características e freqüentes; a zonação da área estudada em relação à densidade de espécies, em comparação com áreas semelhantes no Brasil e província caribeana. Os recifes areníticos de Boa Viagem apresentam boa diversidade biológica, em condições ambientais favoráveis, com a ocorrência de numerosas espécies, representadas por um número reduzido de indivíduos. Foram identificados 186 espécies, dezenove Gêneros e nove Famílias pertencentes aos grupos zoológicos Porifera, Cnidaria, Mollusca, Annelida, Crustácea, Echinoderma e Chordata. º 104 24 595.384.2 (043) C.D.U. (2a. ed.) 595.3842 C.D.D. (19a. ed.) TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO DOS BRACHYURA (CRUSTÁCEA, DECAPODA) NA PLATAFORMA CONTINENTAL DO NORTE E NORDESTE DO BRASIL (50º W – 38º) MESTRANDA: Aline do Vale Barreto ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho CO-ORIENTADORA: M.Sc. Marilena Ramos Porto DATA DA DEFESA: 19 de dezembro de 1991. BARRETO, Aline do Vale. Distribuição dos Brachyura (Crustácea, Decapoda) na plataforma continental do norte e nordeste do Brasil (50ºW - 38º). Recife, 1991. 125f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Os Brachyura coletados na plataforma continental da região compreen-dida entre o Cabo Norte e proximidades de Fortaleza (50º W-38º W) estão representados por 133 Espécies, 79 Gêneros e 14 Famílias. O material estudado pertence à coleção carcinológica do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco. As informações da área total de ocorrência das espécies foram obtidas dos dados do acervo carcinológico acima citado e de referências bibliográficas publicadas até 1990. Em virtude do posicionamento e da extensão da região estudada e, visando a uma uniformização dos dados, a plataforma foi dividida em faixas de 30’ de longitude e todas as coletas realizadas em cada faixa (F) foram consideradas como pertencentes a uma mesma localidade, sendo respeitada, no entanto, a ocorrência das espécies nas diversas profundidades e tipos de sedimentos. Os limites e características das Províncias Guianense e Brasileira foram estabelecidos através da área de ocorrência das espécies e levandose em consideração alguns fatores abióticos. A distribuição dos braquiúros foi observada sob os aspectos batimetria, longitude e latitude. Com relação à batimetria foram consideradas profundas (4), euribatas (28) e costeiras (73); as restantes (28), com registro único, não foram agrupadas. Quanto à longitude, a maior parte das espécies (125), é encontrada exclusivamente no Atlântico Ocidental, excetuando-se 3 Anfi-Atlânticas, 2 Anfi-Americanas, 1 Indo-Pacífica e 2 Circuntropicais. Quanto à latitude foram reunidas espécies com limite sul na área estudada (15), espécies com fronteira norte na área estudada (19), espécies com limite norte e sul fora da área estudada (94) e espécies restritas à área de estudo (5). As fronteiras das Províncias Guianense e Brasileira foram estabelecidas nas proximidades dos meridianos de 47º 30’W e 47º W respectivamente, tais limites coincidiram ou aproximaram-se das mudanças nos tipos de sedimento da plataforma. A Província Guianense está caracterizada principalmente por fundos lamosos e por salinidade menor que 36‰ durante todo ano, na zona compreendida até a isóbata de 40m e a Brasileira por sedimentos arenosos, areno-cascalhosos, cascalho-arenosos e cascalhosos e por salinidade igual ou maior que 36‰ durante parte do ano. 105 25 591.9 (026):595.1 (813.41) (043) C.D.U. - 591.9 (26) C.D.D. (9a. ed.) TÍTULO: MEIOFAUNA DA MARGEM SUL DA ILHA DE ITAMARACÁ (PE), COM ESPECIAL REFERÊNCIA AOS TARDIGRADA. MESTRANDA: Clélia Márcia Cavalcanti da Rocha ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho CO-ORIENTADOR: Dra. Verônica da Fonseca Genevois DATA DA DEFESA: 20 de dezembro de 1991. ROCHA, Clélia Márcia Cavalcanti da. Meiofauna da margem sul da ilha de Itamaracá (PE), com especial referência aos Tardigrada. Recife, 1991. 264f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Na margem sul da Ilha de Itamaracá, voltada para o Canal de Santa Cruz, foi prospectada a meiofauna ocorrente no supra, médio e infralitoral do trecho de praia existente entre as localidades de Orange e Vila Velha, delimitado pelos meridianos 34° 50’ e 34° 52’ Oeste, à altura do paralelo 7° 49’ Sul. Para tanto, foram delimitados três transects perpendiculares à linha d’água, dos quais foram recolhidas trimestralmente, durante um ano, amostras biosedimentológicas de cada andar do Sistema Bêntico, nas duas fases do ciclo de marés. Coletou-se também amostras sedimentológicas e das águas intersticiais, para análises físico-químicas. A meiofauna local revelou-se composta por 14 táxons, a saber: Turbellaria, Nemertini, Nematoda, Tardigrada, Gastrotricha, Kinorhyncha, Polychaeta, Oligochaeta, Bivalvia, Nauplii, Harpacticoida, Cyclopoida, Ostracoda e Acari. Os Nematoda dominaram numericamente as assembléias meiofaunísticas em quase todas as situações ambientais abordadas no decorrer do estudo, à exceção de casos em que foram sobrepujados pelos Copepoda Harpacticoida ou pelos Tardigrada, devido à ocorrência de fatores físico-químicos e/ou ecológicos a eles desfavoráveis, tais como sedimentos de feição granulométrica mais grosseira ou hidrodinamismo mais intenso. Os Tardigrada encontrados na região estudada pertenceram, na sua totalidade, à espécie Batillipes pennaki Marcus, 1946, tendo apresentado uma grande incidência de indivíduos jovens em duas épocas distintas do ano, sugerindo a coexistência de dois estoques populacionais de faixas etárias diferentes, com períodos reprodutivos não coincidentes. Análises estatísticas atestaram a existência de flutuações significativas na composição qualitativa e quantitativa das comunidades meiofaunísticas estudadas, em função das fases do ciclo de marés, do perfil topográfico local e da sazonalidade, assim como a existência de correlações significativas entre físico-químicas dos sedimentos, das águas intersticiais e alguns táxons em particular. Assim, os Nematoda mostraram-se efeitos aos sedimentos finos, enquanto os Copepoda Harpacticoida e os Tardigrada apresentaram claras preferências por aqueles mais grosseiros. Apenas os Anellida Polychaeta e os Copepoda Harpacticoida apresentaram correlações significativas com os teores de sais nutrientes das águas intersticiais. As correlações interespecíficas foram interpretadas como sendo relativas aos respectivos padrões de distribuição sazonal dos táxons encontrados: Nematoda, Turbellaria, Tardigrada e Copepoda Harpacticoida apresentado um mesmo padrão de ocorrência temporal: Gastrotricha demonstrando ter um padrão inverso ao desses grupos: Kinorhyncha e Ostracoda com padrões semelhantes entre si, porém contrários ao dos Anellida Oligochaeta. Na distribuição horizontal dos diversos grupos foi detectado o confinamento de alguns táxons em relação a trechos do perfil topográfico da praia estudada, sendo assim os Tardigrada e Nematoda mais numerosos no supralitoral; ainda bastante expressivos no médio-litoral, assim como os Copepoda Harpacticoida: tendo estes últimos maior expressividade numérica no andar infralitoral. 106 26 574.5(26) (043) C.D.U. (2a. ed.) 574.921 C.D.D. (19a. ed.) TÍTULO: MACROFAUNA DO FITAL Halodule wrightii ASCHERS, (ANGIOSPERMAE-POTAMOGETONACEA) DA PRAIA DE JAGUARIBE, ILHA DE ITAMARACÁ - PE. (BRASIL). MESTRANDO: Marcos Souto Alves ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Mello CO-ORIENTADORA: M.Sc. Marilena Ramos Porto DATA DA DEFESA: 23 de abril de 1992. ALVES, Marcos Souto. Macrofauna do fital Halodule wrightii Aschers, (Angiospermae – Potamogetonacea) da praia de Jaguaribe, ilha de Itamaracá - PE. (Brasil). Recife, 1992. 315f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Estudou-se a macrofauna do fital Halodule wrightii da praia de Jaguaribe - Ilha de Itamaracá, Pernambuco (Brasil), considerando-se sua composição qualitativa, sua distribuição diurna-noturna e sazonal, abundância, dominância, diversidade específica, equitabilidade, e associação de amostras e de táxons. Coletou-se amostras mensais, de maio de 1989 a maio de 1990, nas baixa-mares diurna e noturna, numa estação fixa localizada no infralitoral superior. Utilizou-se uma rede com 285µm de abertura de malha e 30cm de diâmetro de boca, com a qual se envolvia a vegetação a ser amostrada. As macroalgas associadas foram identificadas. Amostras de água foram obtidas para estudos hidrológicos. As macroalgas estiveram representadas pelas Divisões Chlorophyta (04 espécies), Phaeophyta (03 espécies) e Rhodophyta (12 espécies), dentre as quais Spyridia filamentosa e Hypnea musciformis foram as mais freqüentes. De todas as amostras foram contados e identificados 52.557 animais, sendo 20.090 procedente de amostras diurnas e 32.467 de coletas noturnas. Foram registrados 115 táxons, distribuídos, em ordem decrescente de abundância, entre os filos Mollusca (92,59%), Arthropoda (7,05%), Echinodermata (0,18%), Annelida (0,13%) e Chordata (0,05%). A diversidade específica foi muito baixa, em decorrência da predominância do Gastrópoda Tricolia affinis, durante todo o período estudado, ratificando a baixa equitabilidade verificada. O grau de similaridade e a análise cofenética das amostras não indicaram variações sazonais ou nictinerais significativas da comunidade. A influência dos parâmetros hidrológicos não se fizeram sentir de forma acentuada na composição faunística, indicando que os fatores biológicos, presumivelmente, ciclos reprodutivos e relações tróficas, foram os fatores determinantes das oscilações quali-quantitativas. A associação dos táxons permitiu evidenciar 25 grupos, relacionados entre si ecologicamente. A partir da teia trófica hipotética baseada no agrupamento mais representativo, observou-se que não existem consumidores diretos de Halodule wrightii, além da pouca influência no ecossistema, de predadores de níveis tróficos mais elevados. Destaca-se, entretanto, a importância do plâncton, dos detritos e das algas epífitas naquela comunidade. A dominância de Tricolia affinis é atribuída além de grande disponibilidade de seu item alimentar (diatomáceas), a ausência de competidores e predadores naturais. 107 27 551 (26) (043) C.D.U. (2a. ed.) 551.460813 C.D.D. (19a. ed.) TÍTULO: BIOMASSA, PRODUÇÃO PRIMÁRIA DO FITOPLÂNCTON E ALGUNS FATORES AMBIENTAIS NA BAÍA DE TAMANDARÉ, RIO FORMOSO, PERNAMBUCO, BRASIL. MESTRANDO: Renaldo Tenório de Moura. ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante. CO-ORIENTADORA: M. Sc. Maria da Glória Gonçalves da Silva Cunha. DATA DA DEFESA: 15 de maio de 1992. MOURA, Renaldo Tenório de. Biomassa, produção primária do fitoplâncton e alguns fatores ambientais na Baía de Tamandaré, Rio Formoso, Pernambuco, Brasil. Recife, 1992. 290f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Durante um período de 15 (quinze) meses, a partir de junho/89 a agosto/90, realizaram-se coletas de água na Baía de Tamandaré, localizada geograficamente sob as coordenadas de 08° 45’ 36” e 08° 47’ 20” Lat. S; 35° 05’ 45” e 35° 06’ 45” Long. W - Rio Formoso - PE, com o objetivo de analisar-se a produção primária e biomassa fitoplanctônica, correlacionando-as com parâmetros físico-químicos e meteorológicos da área. As coletas deram-se em três estações distintas, sendo aquelas destinadas às análises hidrológicas, com auxílio da garrafa oceanográfica tipo Nansen acoplada com termômetro de inversão para medição da temperatura efetuadas na superfície da água na profundidade de desaparecimento do disco de Secchi e na profundidade máxima local, enquanto que as destinadas às análises biológicas foram coletadas com a garrafa de van Dorn, não sendo essas realizadas na camada mais profunda. As análises hidrológicas realizaram-se de maneira convencional. Para os nutrientes, usaram-se métodos colorimétricos e espectrofotométrico. Para o oxigênio, o método de Winkler e para a salinidade o método de Knudsen. Para a análise da biomassa (Cla), utilizou-se o método espectrofotométrico e para a produção primária, o do 14C, sendo usado na incubação “in situ” a “Incubadora Versátil Moura-Passavante”. Realizaram-se para o tratamento estatístico dos dados, análise de correlação linear e de regressão de multivariáveis, bem como o teste de hipótese “t” de Student. O modelo estabelecido para a produção primária do fitoplâncton é igual a: PP = -0,55 Tr - 0,37 S%0 + 1,05 Cla + 17,74 r = 0,54, e para a biomassa igual a: Cla = -1,80x10-1 Tr + 1,30x10-3Pl - 1,50x10-1T0C + 5,90 r = 0,55. A produção primária do fitoplâncton em sinergismo com todos os parâmetros estudados são condicionados pela pluviometria da região, havendo uma variação sazonal nítida entre esses com aumento da produção primária e biomassa, no período chuvoso (abril-agosto), sendo limitados pela baixa concentração dos nutrientes. A Baía de Tamandaré é caracterizada como um ambiente oligotrófico, com forte mistura de águas mais enriquecidas, demonstrando uma produção primária média de 5,73mg C.m-3.h e uma biomassa de 1,40mg Clor.a.m-3. O microfito-plâncton da Baía apresenta-se como característico de águas neríticas, sendo as classes Bacillariophyceae e Dinophyceae as mais representativas em número de espécies. Através da taxa de saturação do Oxigênio, bem como da demanda Bioquímica do Oxigênio, verificou-se ser Baía de Tamandaré desprovida da poluição orgânica. 108 28 581.1 (043) C.D.U. (2a. ed.) 581.1 C.D.D. (19a. ed.) TÍTULO: COMPORTAMENTO DIURNO E SAZONAL DE PARÂMETROS FITOPLÂNCTONICOS E HIDROLÓGICOS NO ESTUÁRIO DO RIO PARAÍBA DO NORTE, ESTADO DA PARAÍBA, BRASIL. MESTRANDO: Gilson Ferreira de Moura ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante DATA DA DEFESA: 29 de maio de 1992. MOURA, Gilson Ferreira de. Comportamento diurno e sazonal de parâmetros fitoplanctônicos e hidrológicos no estuário do rio Paraíba do Norte, Estado da Paraíba, Brasil. Recife, 1992. 206f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O comportamento diurno e sazonal de parâmetros fitoplanctônicos foi caracte-rizado para o período de outubro de 1989 a setembro de 1990, na porção mediana do estuário do Rio Paraíba do Norte (Latitude 7°01’40” S, Longitude 34°51’38” W), Estado da Paraíba, Brasil, mediante coletas efetuadas das 5:30 às 17:30 horas, com intervalo de duas horas entre uma amostragem e outra. A região apresentou-se verticalmente homogênea e fortemente influenciada por características marinhas. O fitoplâncton mostrou-se predominantemente constituído pelas diatomáceas. Algumas clorofíceas e cianofíceas tipicamente de água doce ocorreram apenas em meses chuvosos. Os fitoflagelados semelhantes às criptofíceas, as mônadas e as diatomáceas Thalassiosira sp, pertencentes às frações >5<10µm e <5 µm, foram os organismos dominantes. Constantes substituições das espécies dominantes foram observadas em cada fração analisada e nenhuma delas apresentou um padrão sazonal definido. Amplas variações diurnas foram observadas com a maioria dos parâmetros analisados, exceto temperatura da água e oxigênio dissolvido. As diferenças máximas diurnas entre os valores máximos e mínimos, observadas para produção primária, clorofila a ativa e número de células chegaram, respectivamente, a 972,64%, 1039,55% e 213,31%. Para os parâmetros hidrológicos essas diferenças foram mais acentuadas com transparência da água, nitrito, e salinidade chegando a 900,00%, 821,74% e 757,14%, respectivamente. Os parâmetros biológicos mostraram relação direta com os nutrientes e inversa com a maré. Sazonalmente, apenas a transparência da água, a salinidade e a clorofila a mostraram evidências de uma relação direta com o regime de chuvas. Do ponto de vista nutricional o ambiente estudado apresentou fases oligotróficas alternando-se continuamente com fases eutróficas; os valores mais baixos de nitrato, nitrito e fosfato ocorrem sempre por ocasião da penetração da onda de maré no interior do estuário. Os valores de produção primária mostraram uma relação direta expressiva com a radiação solar (R = 0,50), com o número de células do fitoplâncton (R = 0,43) e com os valores de clorofila a (R = 0,41), embora à luz da Análise de Componentes Principais essa relação foi mais evidente com o segundo parâmetro. Diferenças marcantes foram observadas entre os valores de produção primária real (computado a partir do estudo diurno) e produção primária estimada a partir dos dados obtidos apenas nos horários correspondentes às marés altas (de 9,7 a 460,29%) e baixas (de 5,05 a 131,90%). Os valores das taxas de assimilação chegaram a variar, em um mesmo dia, de 0,66 a 10,89, representando uma diferença percentual de 1.550,00%, sugerindo que nem toda clorofila a encontrada poderia ser fotossinteticamente ativa. 109 29 TÍTULO: 574.6 (813.5:26.06 CALUNGA) NÍVEIS DE CONCENTRAÇÃO DE COBRE, CHUMBO, ZINCO, MERCÚRIO EM “UNHA DE VELHO” (Tagelus plebeius) DO CANAL DO “CALUNGA”, ALAGOAS, BRASIL. MESTRANDO: Gabriel Louis le Campion ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo DATA DA DEFESA: 01 de outubro de 1992. CAMPION, Gabriel Louis le. Níveis de concentração de cobre, chumbo, zinco, mercúrio em “Unha de Velho” (Tagelus plebeius) do Canal do “Calunga”, Alagoas, Brasil. Recife, 1992. 239f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O complexo estuarino Mundaú-Manguaba (CELMM) sofre constantemente efeitos dos mais diversos tipos de poluentes dada a localização de sua bacia hidrográfica de diversos tipos de indústrias e de diversas cidades, incluindo a capital do Estado de Alagoas. A região dos canais, pertencente ao CELMM, apresenta uma rica vegetação de Mangue, mas vem sofrendo desmatamentos, devido ao processo de urbanização. Nela o canal do Calunga. É o principal comunicante das águas da lagoa Mundaú com o Atlântico, a espécie bentônica de importância sócio-econômica que aí ocorre é o molusco bivalve Tagelus plebeius (unha de velho), consumido unicamente pela população local, constituída em sua maioria por pescadores. Realizou-se estudos nos níveis de concentração de metais pesados - chumbo, cobre, zinco e mercúrio em Tagelus plebeius. Os níveis de concentração destes metais pesados foram determinados em cinco classes de comprimento, previamente estabelecidas. As coletas de amostras foram realizadas no verão (novembro de 1990 a fevereiro de 1991) e nos meses de inverno (março, abril, maio e junho de 1991) para determinar possíveis influências sazonais. A temperatura da água e do substrato a 10 cm de profundidade foi determinada, salinidade, oxigênio dissolvido e pH também foram determinados para verificar possíveis influên-cias destes fatores ambientais na concentração destes metais pesados. Utilizou-se teste bioestatístico método de “Student” para amostras independentes, na análise da variância. Os resultados obtidos demonstram uma contaminação de origem antropogênica na região. Níveis de concentração acima dos limites estabelecidas pelo WHD e FAO foram determinados para o chumbo e o zinco. Níveis de concentração de cobre permaneceram abaixo dos limites estabelecido. Análises da amostras de T. plebeius indicam que estes organismos estão livre da contaminação por mercúrio no período pesquisado e nas estações de coleta. 110 30 598.33 C.D.U. (2 a ed.) - 598.33 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: BIOLOGIA E ANILHAMENTO DAS AVES DO CANAL DE SANTA CRUZ PERNAMBUCO. MESTRANDO: Severino Mendes de Azevedo Júnior ORIENTADOR: Dr. José Espinhara da Silva CO-ORIENTADOR: Dr. José Arlindo Pereira DATA DA DEFESA: 10 de setembro de 1993. AZEVEDO JÚNIOR, Severino Mendes de. Biologia e anilhamento das aves do Canal de Santa Cruz Pernambuco. Recife, 1993. 147f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O Canal de Santa Cruz com suas praias, manguezais e estuários é um local tradicional de pouso e alimentação de espécies de aves migratórias neárticas. O objetivo deste trabalho foi levantar informações sobre a biologia daquelas espécies. Na barra sul do Canal de Santa Cruz, nas coordenadas geográficas de 7o 40’S e 34 o 50’W encontra-se a ilha da Coroa do Avião. Este ambiente insular é uma neoformação arenosa onde os maçaricos foram capturados e anilhados, no período de janeiro de l987 a novembro de l989. Através de redes de náilon, com malhas de 36 mm e 61mm, armadas na ponta leste da ilha, durante a preamar, foram realizados: as capturas e o anilhamento. Os indivíduos foram marcados com um anel de metal, anilhas coloridas e bandeirolas, de acordo com o período, nos dois anos estudados. Avaliou-se as plumagens e mudas, fazendo-se a biometria de Calidris pusila. Através de excursões de barcos aos manguezais, praias e estuários, fez-se observações de binóculo para listagem das espécies. O Canal de Santa Cruz apresenta cerca de 47 espécies de aves. A Coroa do Avião destacou-se como o melhor local para as capturas dos maçaricos neoárticos e dos trinta-réis. Ao todo, são cerca de 16 espécies de maçaricos e 2 de trinta-réis que pousam na área estudada. Os resultados de plumagens e mudas indicaram que em janeiro os indivíduos adultos estão Completando o ciclo de mudas de regimes primárias. Quanto às retrizes, o ciclo inicia-se em outubro e concluise após as mudas primárias. As recuperações sugerem que as aves marcadas na ilha são originárias da costa leste do Canadá. Os pesos médios baixos para Calidris pusila nos meses de estudo, com um aumento somente a partir de março, demostram que a espécie Completa parte do seu ciclo biológico na Coroa do Avião. 111 31 594(81) C.D.U. (2 a ed.) - 594.19 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: POLYPLACOPHORA INTERTIDAIS E DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO NORTE, NORDESTE E SUDESTE DO BRASIL, REVISÃO TAXONÔMICA E CONSIDERAÇÕES ECOLÓGICAS E BIOGEOGRÁFICAS. MESTRANDA: Stefane de Lyra Pinto ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Mello DATA DE DEFESA: 17 de setembro de 1993. PINTO, Stefane de Lyra. Polyplacophora intertidais e da plataforma continental do norte, nordeste e sudeste do Brasil. Revisão taxonômica e considerações ecológicas e biogeográficas. Recife, 1993. 143f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Esta pesquisa é uma revisão dos Polyplacophora, sob os pontos de vista sistemático, ecológico e biogeográfico. O material estudado procedeu de amostras coletadas em expedições oceanográficas realizadas pelo Navio Oceanográfico Almirante Saldanha, pelo barco Pesquisador IV da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e por pequenos barcos pesqueiros. Foram também realizadas coletas manuais na zona intertidal em várias praias do litoral brasileiro: Praia do Farol da Baía de São Marcos no Maranhão, Praias de Jaguaribe, Bairro Novo, Forte Orange na ilha de Itamaracá, Praias de Pau Amarelo - Olinda, Praia do Pina, Boa Viagem, Piedade, Candeias, Itapuama, Gaibu, Suape, Porto de Galinhas, Sirinhaém em Pernambuco, Arquipélago de Fernando de Noronha, Praia de Bitingui, Praia do Francês em Alagoas, Ilha de Itaparica, Praia de Itapuã na Bahia, Ilha de Alcatrazes em São Paulo. Foram analisados 1.437 espécimes incluídos em duas famílias, 27 espécies e seis gêneros. Das espécies estudadas Stenoplax (S.) floridana, Stenoplax cf. alata, Ischnoplax incurvata, Ischnochiton kaasi e Acanthochitona fascicularis são referidas pela primeira vez para a costa do Brasil. A análise filogenética revelou que a subordem Lepidopleurina é a mais primitiva e Acanthochitonina a mais evoluída. Em relação aos padrões de distribuição biogeográficos, foi possível reuni-las em cinco padrões: Endêmico, Antilhano Contínuo, Antilhano Disjunto, AnfiAtlântico e Indo-Pacífico. Do total de exemplares estudados, identificaram-se as seguintes espécies novas: Chaetopleura sp. n.1, Chaetopleura sp.n.2, Stenoplax sp n., Ischnoplax sp.n.1, Ischnoplax sp.n.2, Ischnochiton sp. n., Callistochiton sp.n.1, Callistochiton sp.n.2, Acanthochitona sp.n.1 e Acanthochitona sp.n.2. 112 32 595.384(813.4) (043) C.D.U. (2 a ed.) - 595.3848134 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: CRUSTÁCEOS DECAPODOS DO LITORAL GUARARAPES (PERNAMBUCO - BRASIL). DE JABOATÃO DOS MESTRANDA: Mônica Alves Coelho dos Santos ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 14 de outubro de 1993. COELHO-SANTOS, Mônica Alves. Crustáceos Decapodos do litoral de Jaboatão dos Guararapes (Pernambuco - Brasil). Recife, 1993. 153f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO As praias de Piedade e Candeias (Município de Jaboatão dos Guararapes - PE) sofreram profundas modificações nas últimas décadas, passando de simples povoado de pescadores para populosos bairros residen-ciais, além disso, recebem dejetos oriundos dos rios Pirapama e Jaboatão, altamente poluídos. Por este motivo, foi realizada esta pesquisa, objetivando verificar se houve alguma alteração na fauna de decápodos deste local em decorrência desses fatores. Para isto, foi revisado todo o material depositado na Coleção Carcinológica do Departamento de Oceanografia da UFPE, que foi coligido nesta localidade, além disso, foram realizadas 96 novas coletas durante o período de 1988 a 1990. Foram inventariadas 100 espécies para a área estudada em 72 gêneros e 28 famílias. Foi possível o estudo da variação da fauna à longo prazo e da variação sazonal, o primeiro mostrando a ocorrência das espécies ao longo dos anos e o segundo tentando relacionar a presença destas em relação a época do ano. Com relação a variação da fauna à longo prazo, foi constatado que das 71 espécies coletadas no período 1960 a 1969, 19, não foram no período 1981 a 1990, ao contrário, 27 espécies encontradas neste último, não tinham sido obtidas anteriormente. Este aumento foi oriundo, principalmente, do emprego de novos métodos de coleta. Com relação a variação sazonal, foi constatado que a fauna é mais rica no terceiro trimestre e mais pobre no primeiro. É atribuída a variação à longo prazo ao crescimento urbanístico e industrial, trazendo como conseqüência depredação e aumento da poluição. Com relação a variação sazonal a sua existência é atribuída as variações ambientais e seus reflexos sobre a atividade humana na orla marítima. 113 33 595.384(813.4) C.D.U. (2 a ed.) - 595.384 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: CRUSTÁCEOS ESTOMATÓPODOS E DECÁPODOS DO INFRALITORAL DO CANAL DE SANTA CRUZ - ITAMARACÁ - PE: ECOLOGIA. MESTRANDA: Sueli Tavares de Souza ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho CO-ORIENTADORA: M. Sc.. Marilena Ramos Porto DATA DA DEFESA: 15 de outubro de 1993 SOUZA, Sueli Tavares de. Crustáceos Estomatópodos e Decápodos do infralitoral do Canal de Santa Cruz - Itamaracá - PE: Ecologia. Recife, 1993. 164f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Estudos sistemáticos e ecológicos sobre os crustáceos estomatópodos e decápodos foram realizados no infralitoral do Canal de Santa Cruz - PE (Brasil), no período de maio/88 a junho/90. Coletas manuais e dados hidrológicos (temperatura e salinidade) foram obtidos em 4 estações fixas. Dados climatológicos foram fornecidos pela Estação de Metereologia do Curado, em Recife - PE. Foram identificadas 76 espécies, pertencendo 2 aos estomatópodos e 74 aos decápodos. As estações 01 e 04 apresentaram maior diversidade de espécies. A maioria dos organismos foram indiferentes aos tipos de substratos, ocorrendo preferencialmente entre 30,00 e 35,00‰ de salinidade. A temperatura não interferiu na ocorrência das espécies. O maior número de espécie foi registrado no terceiro trimestre e o menor no quarto. Quanto à reprodução, o primeiro e o segundo trimestres apresentaram o maior e o menor de fêmeas ovadas, respectivamente. Observou-se que os impactos ambientais provenientes das especulações imobiliárias não interferiram nas condições do biótopo, quando comparadas com outras áreas costeiras semelhantes. 114 34 594 C.D.U. (2 a ed.) - 594.05 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: TEREDINIDAE (MOLLUSCA-BIVALVIA) DO LITORAL NORTE DE ALAGOAS, BRASIL. TAXONOMIA, ASPECTOS ECOLÓGICOS E BIOGEOGRÁFICOS. MESTRANDA: Liriane Monte Freitas ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Melo DATA DA DEFESA: 27 de outubro de 1993. FREITAS, Liriane Monte. Teredinidae (Mollusca-Bivalvia) do litoral norte de Alagoas, Brasil. taxonomia, aspectos ecológicos e biogeográficos. Recife, 1993. 213f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Foram estudados pela primeira vez para o Estado de Alagoas, moluscos perfuradores da família Teredinidae, Rafinesque, 1815, a partir das espécies ocorrentes no Estuário do Rio Manguaba e Ambiente Marinho da Praia de Barreiras do Boqueirão (Japaratinga, Porto de Pedras - AL). Foi efetuado o inventário das espécies coletadas, sua relação com os fatores ecológicos e padrões gerais de distribuição. O material pesquisado foi coletado em troncos naturais do bosque de mangue e em coletores laminados de pinho (Araucaria angustifolia (Bert) O.Ktze.), o que permitiu identificar oito espécies distribuídas em duas subfamílias e sete gêneros representados por Neoteredo reynei (Bartsch, 1920); Psiloteredo healdi (Bartsch, 1921); Teredo bartschi Clapp, 1923; Teredo clappi Bartsch, 1923, Lyrodus floridanus (Bartsch, 1922); Nototeredo sp.; Nausitura fusticula (Jeffreys, 1860); Bankia fimbriatula Moll e Roch, 1931. Dentre essas espécies, Teredo clappi consta como primeiro registro para o litoral brasileiro, enquanto Neoteredo reynei, Psiloteredo healdi, Teredo bartschi e Lyrodus floridanus são registradas pela primeira vez para o litoral de Alagoas. Nototeredo sp. se confirmada, poderá ser nova espécie para o gênero Nototeredo Bartsch, 1923. No estudo dos aspectos ecológicos, de maior influência para a presença de Teredinidae, as espécies foram caracterizadas em função de sua ocorrência no gradiente salino estuarino, tendo sido discutida também a caracterização biogeográfica com base em registros de literatura. 115 35 597.593 C.D.U. (2 a ed.) - 597.58 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: HELMINTOS PARASITOS INTESTINAIS DE MUGILÍDEOS (PISCES, MUGILIDAE) DE VIVEIRO DE CULTIVO DE PEIXES (ITAMARACÁ, PERNAMBUCO - BRASIL). MESTRANDO: Carlos Eduardo Freitas Lemos ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo CO-ORIENTADORA: M.Sc. Libânia Maria Maia Rodrigues Couto DATA DA DEFESA: 02 de dezembro de 1993. LEMOS, Carlos Eduardo Freitas. Helmintos parasitos intestinais de Mugilídeos (Pisces, Mugilidae) de viveiro de cultivo de peixes (Itamaracá, Pernambuco - Brasil). Recife, 1993. 172f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Para a identificação dos helmintos e estudo de sua distribuição no intestino de peixes mugilídeos foi realizado um cultivo extensivo de peixes, em viveiro da Base de Piscicultura de Itamaracá, Município de Itamaracá, Pernambuco - Brasil. Os dados quantitativos verificados, foram comparados com dados obtidos de peixes mugilídeos coletados no Canal de Santa Cruz. Durante o cultivo dos peixes foram realizadas análises hidrológicas da transparência, temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, percentual de saturação de oxigênio dissolvido, pH e demanda bioquímica de oxigênio. O crescimento em comprimento e peso dos peixes foi acompanhado a partir de biometrias, sendo também determinadas as condições de cultivo tais como percentual de sobrevivência, produção líquida anual e aumento individual diário de peso. Para a identificação dos parasitas, os espécimens foram comprimidos entre lâmina e lamínula, fixados com solução AFA, corados com carmin clorídrico alcoólico de langeron, desenhados com auxílio de câmara clara acoplada ao microscópio e medidos com ocular micrométrica. Para o estudo da distribuição dos parasitas no intestino, este órgão foi seccionado em terço anterior, terço médio e terço posterior. Dos 68 peixes examinados, 92,6% estavam parasitados por trematódeos digenéticos adultos e 2,9%, por acantocéfalos. Este último grupo de parasitas, foi registrado apenas em peixes do Canal de Santa Cruz. Foram identificados os trematódeos digenéticos Saccocoelioides beauforti, Iasiotocus glebulentus, Neidhartia sp. e Nematobothriinae e o Acantocéfalo Floridosentis mugilis. Este é o primeiro registro de ocorrência de lasiotocus glebulentus e Neidhartia sp. em mugilídeos do Brasil. Nos peixes cultivados, a intensidade média de infecção por digenéticos adultos foi de 130,4 parasitas, com a intensidade de infecção variando de 2 a 1 878 parasitas. Nos peixes do Canal de Santa Cruz, a intensidade média de infecção foi de 28,5 parasitas e a intensidade de infecção variou de 1 a 76 parasitas. A localização preferencial dos parasitas no intestino dos peixes, foi no terço médio. 116 36 56,545 C.D.U. (2 a ed.) - 551.4609 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE CARBONO ORGÂNICO SOB FORMA PARTICULADA ATRAVÉS DA BARRA SUL DO CANAL DE SANTA CRUZ, ITAMARACÁ - PE, BRASIL. MESTRANDO: Darío Armando Sandoval Broce ORIENTADORA: Dra. Carmem Medeiros de Queiroz DATA DA DEFESA: 05 de janeiro de 1994. SANDOVAL BROCE, Darío Armando Sandoval. Importação e exportação de carbono orgânico sob forma particulada através da barra sul do Canal de Santa Cruz, Itamaracá PE, Brasil. Recife, 1994. 83f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Os estuários são ambientes de grande valor biológico, pois servem como sítios de intercâmbios, misturas e reciclagem de materiais orgânicos entre o continente e o oceano. Em muitos casos, os estuários atuam como fertilizadores das águas costeiras, exportando para elas grande quantidade de nutrientes e matéria orgânica. Em outros casos, eles atuam como filtros ou sumidouros de material. Dependendo de como atuem, os estuários podem assumir papel de maior ou menor importância para a produção pesqueira. O objetivo deste trabalho foi o de estudar as condições dinâmicas da desembocadura sul do Canal de Santa Cruz em termos das trocas de material total em suspensão(MTS) e do carbono orgânico a ele associado (COP), entre esse sistema e as águas costeiras adjacentes, em função de sua variabilidade espacial e temporal (ao longo de um ciclo de maré e sazonal). Os trabalhos de campo foram realizadas em 1991 nos períodos de estiagem (janeiro) e chuvoso (agosto). Amostras de água para a determinação do MTS e do COP e medições in situ da intensidade e direção das correntes foram efetuadas em 5 estações e a 5 profundidades em uma secção transversal à desembocadura sul do Canal de Santa Cruz. As amostragens e medições foram realizadas a intervalo horário, ao longo de um ciclo de maré (13 h). O MTS foi determinado filtrando-se um volume conhecido de amostra através de filtro de fibra de vidro e determi-nando-se o peso seco do material retido no filtro. Valores medianos encontrados foram de 22 a 38 g MTS m-3 durante o período de estiagem e de 23 à 36g MTS m-3 durante o período de estiagem. Os teores de COP no material filtrado foram determinado pelo método da digestão úmida e titulação do CO2 evoluído. No período de estiagem encontrou-se teores medianos de 1,4 a 2,3g cm-3. Já no período de chuvoso, essas concentrações oscilaram entre 1,3 e 2,1g cm-3. Os fluxos de MTS e COP foram computados considerando-se que cada um dos 25 pontos da malha é representativo de 1/25 da área média total da secção e que cada um dos 12 pontos da série temporal representa um intervalo de tempo de 1/12 do ciclo de maré. Para o período de estiagem o sistema importou através da Barra Orange 35,12ton. de MTS, e 2,34 ton. de COP por ciclo de maré (12,42 h) das águas costeiras. Para o período chuvoso, o sistema exportou para as águas costeiras 260ton. de MTS e 6,9ton. de COP por ciclo de maré. Esses resultados sugerem que o balanço anual de MTS e COP para o sistema é positivo, ou seja que ao longo do ano há uma exportação líquida de MTS e de COP pelo sistema Itamaracá, e assim, que este contribui para a fertilidade das águas costeiras. Os dados obtidos sugerem ainda que as trocas líquidas no período de estiagem, são menos intensas que no período chuvoso. 117 37 595.371(813.4) C.D.U. (2 a ed.) - 595.371 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: CRUSTÁCEA AMPHIPODA GAMMARIDEA DO LITORAL JABOATÃO DOS GUARARAPES (PERNAMBUCO - BRASIL) DE MESTRANDA: Josivete Pinheiro dos Santos ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho CO-ORIENTADOR: M.Sc. Cileide Maria Acioli Soares DATA DA DEFESA: 08 de setembro de 1994. SANTOS, Josivete Pinheiro dos. Crustácea Amphipoda Gammaridea do litoral de Jaboatão dos Guararapes (Pernambuco – Brasil). Recife, 1994. 88f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Os estudos ecológicos com Amphipoda são de grandes importância para uma melhor compreensão de sua distribuição, seus limites geográficos, e interrelações dentro de suas comunidades. Em Pernambuco, poucos autores estudaram estes crustáceos. Sendo assim, foi realizada esta pesquisa no litoral de Jaboatão dos Guararapes, ao sul da cidade do Recife, durante julho/88 a junho/90, com a finalidade de se inventariar a fauna local e estudar a variação sazonal das espécies. Os exemplares foram coletados mensalmente, durante a baixa-mar em quatro áreas previamente estabelecidas. Simultânea-mente, foram verificadas a temperatura da água, e retiradas amostras da mesma para a determinação do teor de sais dissolvidos. Temperatura Média do Ar, Umidade Relativa do Ar, Precipitação Pluviométrica e Velocidade Média do Vento, foram fornecidos pela Estação Meteorológica do Curado. Os espécimes foram identificados foram identificados com o auxílio de bibliografias pertinentes. Paralelamente à identificação, foram realizadas a contagem, medição dos espécimes e separação de machos e fêmeas (inclusive ovígeras). Para facilitar o estudo da variação sazonal, as espécies foram agrupadas em trimestres: primeiro (janeiro - março), segundo (abril - junho), terceiro (julho setembro) e quarto (outubro - dezembro). A fauna local esteve representada por oito famílias e quatorze espécies. A área II apresentou 92,85% da fauna. O maior número de espécies foi registrado no terceiro e quarto trimestres, ficando este último caracterizado pelo maior número de fêmeas ovígeras. Algumas espécies foram exclusivas para determinadas áreas, enquanto outras, ocorreram em todas as áreas de coleta. As espécies Amphilochus sp, Parhyalella sp e Melita orgasmo, estão sendo referidas pela primeira vez para Pernambuco. Atylus taupo provavelmente seja uma nova ocorrência para o Atlântico Ocidental. 118 38 556.545:574.583 C.D.U. (2 a ed.) - 551.4609 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: PRODUÇÃO DO FITOPLÂNCTON EM UM ECOSSISTEMA ESTUARINO TROPICAL ESTUÁRIO DO RIO COCÓ, FORTALEZA - CEARÁ). MESTRANDA: Maria Odete Parente Moreira ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante CO-ORIENTADORA: Dra. Enide Eskinazi Leça DATA DA DEFESA: 23 de junho de 1994. MOREIRA, Maria Odete Parente. Produção do fitoplâncton em um ecossistema estuarino tropical estuário do rio Cocó, Fortaleza - Ceará). Recife, 1994. 338f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O presente trabalho teve por objetivo caracterizar a produção do fitoplâncton no Estuário do Rio Cocó (3o 45’ e 3o 47’ Lat. S; 38o 26’ e 38o 30’ Long. W), Fortaleza - Ceará, Nordeste Setentrional do Brasil. Uma série de coletas bimestrais foi realizada entre fevereiro de 1991 e março de 1992, em três estações fixas, situadas nas porções inferior, intermediária e superior do estuário. As amostras foram coletadas na superfície, nos dois níveis da maré semidiurna, de um mesmo dia, sempre nas baixa-mares matutinas e nas preamares vespertinas, com exceção daquelas destinadas às medidas de produtividade, efetuadas apenas nas baixa-mares. A partir destas amostras foram quantificadas a densidade, a biomassa e a produtividade do fitoplâncton total, e a abundância relativa dos principais grupos fitoplanctônicos. Foram medidos os teores da clorofila a, e da ativa, e dos feopigmentos e observadas as diferenças entre os dois tipos de clorofila a. Parâmetros abióticos da água, tais como temperatura, salinidade, transparência, pH, O2 e nutrientes inorgânicos foram medidos. Também foram analisados os dados climatológicos referentes à microrregião em que está situado o estuário. Os dados obtidos nas amostragens foram agrupados por estação de coleta e nível de maré e submetidos a testes estatísticos, tendo sido realizadas análises de regressão múltipla entre cada um dos parâmetros do fitoplâncton (variável dependente) e os vários fatores físicos e químicos da água (variáveis independentes). As diatomáceas constituíram o grupo predominante na maioria das amostras, alternando ou dividindo esta posição com as cianofíceas e/ou clorofíceas em algumas amostragens do período chuvoso. Os grupos menos representativos foram o das euglenofíceas e o dos dinoflagelados. A densidade do fitoplâncton total variou de 57,8 • 103 a 72.050 • 103cel • 1-1; a clorofila a de 0,64 a 234,69mg cl.a • m-3; a clorofila a ativa de 0,76 a 255,27mg cl.a • m-3; os feopigmentos de 0,00 a 78,05mg Feo. • m-3; e a produtividade de 12,07 a 726,65 mg C • h-1, com taxas de assimilação de 1,22 a 6,06mg C • mg Cl.a-1. De todos os parâmetros estudados, a produtividade foi a que apresentou um modelo de variação sazonal mais definido, sendo semelhante nas três porções do estuário. Os menores valores foram registrados durante o período chuvoso, apesar das concentrações elevadas dos nutrientes, sugerindo ser a luz o fator limitante da produção neste período, no regime de baixa-mar, nas porções superior, intermediária e inferior do estuário, e no regime de preamar na porção superior, quando dos maiores coeficientes de absorção da luz. Nas preamares, os parâmetros biótipos variaram de forma crescente da foz para a porção mais interna do estuário. Nas baixa-mares os valores da porção intermediária superaram os da porção superior, revelando alternância no padrão de variação espacial em função do nível de maré. Os valores de baixa-mar foram em geral superiores aos de preamar nas proximidades da foz e na parte mediana do estuário, ocorrendo fenômeno inverso na parte mais interna, onde a penetração de água salgada é extremamente reduzida. Os elevados valores de densidade, clorofila e produtividade, e as altas concentrações dos sais nutrientes confirmaram ser as águas do Estuário do Rio Cocó bastante eutrofizadas, tendo sido registradas, em várias ocasiões, condições de subsaturação do oxigênio dissolvido. As análises de regressão múltipla mostraram que a densidade, a biomassa e a produtividade do fitoplâncton total estiveram diversamente correlacionadas a alguns dos parâmetros abióticos da água, apresentando relações direta e inversamente proporcionais, diferentes em cada porção do estuário, e para cada nível de maré. Resultados tão distintos refletem de alguma forma as constantes variações das condições que normalmente ocorrem nos estuários, principalmente naqueles sob ação de impactos ambientais intensos e difusos. 119 39 639.32 C.D.U. (2 a ed.) - 639.32 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: CRESCIMENTO DE CAMURINS JOVENS, Centropomus undecimalis (BLOCH, 1792) EM VIVEIROS - REDE FIXOS. MESTRANDA: Gilvânia Alcântara Correia Santos ORIENTADOR: Dr. José Arlindo Pereira CO-ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo DATA DA DEFESA: 26 de agosto de 1994. SANTOS, Gilvânia Alcântara Correia. Crescimento de camurins jovens, Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) em viveiros - rede fixos. Recife, 1994. 133f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O presente trabalho teve como objetivos analisar o crescimento em comprimento e peso totais do camurim, Centropomus undecimalis, quando cultivados em viveiros-rede, testar a densidade de cultivo que mostre melhor crescimento, assim como, monitorar os parâmetros físicos e químicos sazonalmente e diurno. O experimento foi desenvolvido na Base de Piscicultura de Itamaracá - PE, de julho/92 a janeiro/94, englobando duas fases com 251 dias cada. Camurins com comprimento médio inicial de 10,75 a 14,05cm foram cultivados nas densidades de 3,6 e 9peixes/m2 em viveiros-rede de 9m2, os quais foram instalados num viveiro de 2.142m2. O alimento fornecido foi guaru vivo (Poecilia vivipara) na base de 7% da biomassa nos 3 primeiros meses, 6% nos 2 meses seguintes e 5% a partir do sexto mês. Semanalmente, eram determinados tempera-tura, salinidade, oxigênio dissolvido, pH, transparência e mensalmente, nutrientes da água do viveiro suporte. Em janeiro e fevereiro/93 (período seco) e junho e julho/93 (período chuvoso) foram realizadas análises hidrológicas de variação nictemeral, a cada 2 horas. Aproximadamente, a cada 30 dias, era efetuada biometria dos camurins a fim de determinar as curvas da relação peso/comprimento, crescimento em peso, em comprimento e em biomassa, sendo constatado no final das duas fases experimentais sobrevivências variando de 96,3 a 100%; taxa de crescimento específico (G) de 0,85 a 1,05%; produção líquida/ha de 4.560,75 a 10.924,00kg; e uma conversão alimentar de 5,5: 1 a 7,4: 1.Com relação aos parâmetros hidrológicos, seus valores estiveram dentro dos padrões normais para o cultivo do camurim, exceto a salinidade (máximo de 40,37%o) e o fosfato-P (máximo de 17,370µmol/l), que ocorreram no final da 1a fase do cultivo. Os resultados obtidos indicaram que altos valores da salinidade e fosfato-P com conseqüente diminuição do oxigênio dissolvido, influenciaram na mortalidade dos peixes cultivados. O modelo exponencial foi o mais adequado à análise dos dados biométricos, permitindo a obtenção das expressões matemáticas das diversas curvas. O crescimento mais acentuado ocorreu nos viveiros-rede com menor densidade de cultivo, porém a maior produtividade foi constatada na maior densidade. Nas condições estudadas, o seu desenvolvimento se compor-tou similar ao observado em ambientes naturais. 120 40 574.587 C.D.U. (2 a ed.) - 574.92 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DO MEIOBENTOS E DO MIXOBENTOS DAS PLATAFORMAS CONTINENTAIS DO NORTE E DO NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDA: Andréa Cristina Lucena de Oliveira ORIENTADORA: Dra. Verônica Gomes da Fonseca Genevois DATA DA DEFESA: 09 de setembro de 1994. OLIVEIRA, Andréa Cristina Lucena de. Caracterização do meiobentos e do mixobentos das plataformas continentais do norte e do nordeste do Brasil. Recife, 1994. 120f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO A presente dissertação retrata a composição meio e mixofaunística da plataforma continental do Ceará ao Amapá, ressaltando os índices demográficos de densidade e de biomassa destas categorias bênticas, assim como suas composições qualitativas. A meiofauna é dominada pelos Nematoda seguidos dos Copepoda Harpacticoida e dos Annelida Polychaeta que juntamente com os Acari, Annelida Oligochaeta e Nauplii integram o fator constância da meiofauna infralitorânea. Dos grupos de distribuição ocasional, os Turbellaria, Tardigrada e Copepoda Cyclopoida se destacam em densidade sobre os Kinorhyncha, Gastrotricha, Nemertini, Ostracoda, Cumacea e Isopoda. Aqueles da mixofauna ou pequena macrofauna estão compostos em ordem hierárquica de dominância, pelos Annelida Polychaeta, Nematoda, Copepoda Harpacticoida, Amphipoda, Tanaidacea, Acari, Ostracoda, Annelida Oligochaeta, Nemertini, Nauplii, Cumacea e Archiannelida. Em função da densidade e biomassa da meiofauna, a plataforma do Ceará detém os valores mais elevados, enquanto que a do Maranhão e Pará apresentam os valores máximos de densidade e biomassa e a plataforma do Amapá os mínimos. Em função dos parâmetros ambientais, as correlações obtidas através do coeficiente de ordem de Spearman evidenciam aquelas relativas às areias finas e médias da família granulométrica, ficando aqui definido que os parâmetros físicos dos sedimentos primam sobre os físicos e químicos das águas de profundidade na distribuição dos grupos meio e mixofaunísticos. Em função da metodologia de rotina empregada na separação, por peneiramento úmido, das duas categorias bênticas, observa-se que o método é insuficiente para uma classificação exata, visto que, tanto o diâmetro como o comprimento corpóreo dos organismos só podem ser definidos por medições diretas no conjunto classe/comprimento. 121 41 556.545:574.583 C.D.U. (2 a ed.) - 551.4609 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: VARIAÇÃO DIURNA E SAZONAL DO FITOPLÂNCTON NO ESTUÁRIO DO RIO PARIPE (ITAMARACÁ - PERNAMBUCO - BRASIL). MESTRANDA: Sirleis Rodrigues Lacerda ORIENTADORA: Dra. Enide Eskinazi Leça CO-ORIENTADORA: M.Sc. Maria Luise Koening DATA DA DEFESA: 27 de setembro de 1994. LACERDA, Sírleis Rodrigues. Variação diurna e sazonal do fitoplâncton no estuário do rio Paripe (Itamaracá – Pernambuco – Brasil). Recife, 1994. 146f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O estuário do Rio Paripe, localizado no litoral norte do Estado de Pernambuco (7º48’38” lat. S e 34º51’27” long. W), foi estudado com o objetivo de caracterizar a variação diurna e sazonal da população fitoplanctônica quali e quantitativamente e sua relação com as condições hidrológicas. Foram coletadas amostras em uma estação fixa, durante o período de estiagem (29/03/1990) e chuvoso (18/07/1990), em doze horas consecutivas, das 6:00 às 18:00 horas. Para o estudo qualitativo, foram filtrados 50 l de água em tela de náilon com malha de 45µm de abertura e as amostras preservadas com formol neutralizado a 4%. Para estudo quantitativo, as amostras foram coletadas diretamente à superfície com frascos de vidro de 250 ml e preservadas com lugol. Paralelamente, também foram coletadas amostras para o estudo hidrológico(salinidade, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica do oxigênio, pH e sais nutrientes). foram identificados 140 táxons específicos e infraespecíficos, sendo as diatomáceas consideradas as algas mais representativas, destacando-se Coscinodiscus centralis e Chaetoceros curvisetus com espécies dominantes e muito freqüentes. Entre as diatomáceas, foram registradas dez novas ocorrências de espécies para o Estado de Pernambuco: Eunotia arcus, Eunotia glacialis, Eunotia pectinalis, Diploneis vacillans, Navicula radiosa, Pinnularia maior, Rhizosolenia fragilissima, Stictodiscus parallelus e Terpsinoe americana. A pequena extensão e pouca profundidade do estuário, favorece a contínua penetração das águas costeiras do Canal de Santa Cruz, condicionando o aparecimento de um maior número de espécies marinhas, as quais representam 78,7% da flora planctônica, seguidas das de água doce (16,7%) e em menor representação as espécies estuarinas (4,6%). A densidade fitoplanctônica variou de 100.000 a 3.040.000cel/l, com valores mais elevados no período de estiagem. Os índices de diversidade específica e equitabilidade usados demonstraram que no local amostrado a diversidade foi elevada, principalmente, durante o período de estiagem, demonstrando que os indivíduos estão bem distribuídos entre as espécies, ao longo do período diurno, sugerindo que a área apresenta uma grande estabilidade ambiental. Os dados qualiquantitativos do fitoplâncton quando relacionados, revelaram que no local de estudo as variações diurna e sazonal poderiam estar mais relacionadas à luminosidade, que aos parâmetros ambientais analisados (temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica do oxigênio, pH, sais nutrientes e marés), sugerindo-se que pesquisas sobre a variação diurna do fitoplâncton nas áreas estuarinas do Estado, sejam acompanhadas por medição de radiação solar. 122 42 556.545:574.583 C.D.U. (2 a ed.) - 551.4609 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: VARIAÇÃO NICTEMERAL E SAZONAL DO ZOOPLÂNCTON NO ESTUÁRIO DO RIO CAPIBARIBE - RECIFE - PERNAMBUCO - BRASIL. MESTRANDA: Tâmara de Almeida e Silva ORIENTADORA: Dra. Maryse Nogueira Paranaguá CO-ORIENTADORAS: Dra. Sigrid Neumann Leitão M.Sc. Janete Diane Nogueira Paranhos DATA DA DEFESA: 27 de outubro de 1994. SILVA, Tâmara de Almeida e. Variação nictemeral e sazonal do zooplâncton no estuário do rio Capibaribe - Recife – Pernambuco - Brasil. Recife, 1994. 135f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Estudos sobre a variação nictemeral e sazonal do zooplâncton foram realizados no estuário do rio Capibaribe - Recife - Pernambuco - Brasil, visando obter informações sobre a situação de um dos principais rios da cidade, o qual recebe forte carga de poluição. As amostras de plâncton e de hidrologia foram provenientes de uma estação fixa sendo as coletas realizadas em duas horas, em um período de 24 horas, nos 22 e 23 de janeiro/92 na maré de sizígia e nos dias 29 e 30 de janeiro/92 na maré de quadratura (período seco) e nos dias 14 e 15 de julho/92, na maré de sizígia e nos dias 22 e 23 de julho/92, na maré de quadratura (período chuvoso). Dados climatológicos foram obtidos para fins comparativos. Utilizou-se nas coletas, uma rede de plâncton com 65µm de abertura de malha arrastada horizontalmente à superfície durante 3 minutos. O zooplâncton esteve representado por 135 táxons, com 8 Filos, 3 Subfilos, 10 Classes, 7 Subclasses, 2 Superordens, 9 Ordens, 6 Subordens, 1 Infraordem, 2 Superfamílias, 30 Famílias, 36 Gêneros, 48 Espécies, 5 Subespécies, 1 variedade e 3 formas. Dentre os táxons destacaram-se os Rotifera com 25 espécies, 5 subespécies, 1 variedade e 3 formas, das quais 12 pertencem à família Brachionidae e 10 a Lecanidae. A família Brachionidae teve como espécie mais significativa Brachionus plicatilis seguida de B. angularis. Dos Lecanidae destacou-se Lecane bulla. Além dos Rotifera foram representativos na área os Tintinnina, com a espécie Favella ehrenbergii, Copepoda com a espécie Pseudodiaptomus marshi, os náuplius de Copepoda, as larvas de Polychaeta e as larvas de Gastropoda. A diversidade específica foi alta com maioria dos valores >3,0bits/.ind., a equitabilidade foi também alta, com valores geralmente superiores a 0,5. Contribuíram para esta alta diversidade e equitabillidade determinadas espécies de Rotifera, que se adaptam bem a estuários com baixa salinidade e poluição orgânica. O valor mínimo de densidade foi de 2.863ind./m3, registrada durante o período seco, às 08:00h na maré de sizígia e o máximo 233.012ind./m3. A salinidade e o oxigênio foram os fatores ambientais que mais influenciaram na ocorrência dos táxons; a salinidade foi influenciada pela precipitação pluviométrica e marés. A associação de amostras evidenciou 3 agrupamentos significativos, enquanto a associação de espécies evidenciou 10 agrupamentos, sendo o grupo A o mais representativo da área, caracterizado por táxons eurialinos de origem limnética, com espécies indicadoras de poluição orgânica. Foram observadas diferenças significativas entre os períodos seco e chuvoso, sendo o primeiro mais rico quantitativamente e menos diversificado, enquanto o inverso, ocorreu no período chuvoso. Diferenças entre as marés foram registradas apenas no período seco. Para os diferentes horários de coleta não se observou um ciclo nictemeral definido, registrando-se grandes variações. Este estuário apresenta estuários predomínio do fluxo limnético e a presença de algumas espécies indicadoras de poluição. 123 595.384.2:574.2 C.D.U. (2 a ed.) 43 TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO DOS BRACHYURA (CRUSTÁCEA - DECAPODA) DA PLATAFORMA RIO-GRANDINA (RIO GRANDE DO SUL, BRASIL). MESTRANDO: José Afonso Feijó de Souza ORIENTADOR: Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 05 de dezembro de 1994. SOUZA, José Afonso Feijó de. Distribuição dos Brachyura (Crustácea – Decapoda) da plataforma rio-grandina (Rio Grande do Sul, Brasil). Recife, 1994. 131f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Estuda-se a composição e distribui-ção dos Brachyura da região sul do Rio Grande do Sul, entre as isóbatas de 8 e 200m. O material provém de 9 cruzeiros do Projeto Crustáceos Decápodes da Costa Rio-Grandina, realizados de março/82 à dezembro/84, à bordo do NOC. ”Atlântico Sul”, totalizando 298 estações. Utilizou-se rede camaroneira de portas e draga biológica tipo Picard. Em cada estação foram tomados os dados ambientais. Apresenta-se um mapa textural dos sedimentos de fundo da área, montado através do Programa MaxiCAD. Apresenta-se a lista faunística, composta de 44 espécies distribuídas em 39 gêneros e 11 famílias. Para cada espécie faz-se referência à descrição original, descrição utilizada, distribuição e ecologia conhecidas, exemplares coletados, características e comentários. Na análise de grupamentos utiliza-se o Índice de Similaridade de Jaccard, aplicado a matrizes de presença/ausência, através do programa NTSYS-pc. Relaciona-se as espécies com salinidade e temperatura de fundo, período dia/noite, sazonalidade, profundidade e sedimentos. Sete espécies tem seus primeiros registros para o Estado do Rio Grande do Sul, sendo que 5 ampliam seus limites meridionais. Confirma-se o litoral gaúcho como barreira para as espécies termófilas pela ação das águas frias oriundas da Argentina. Um conjunto de espécies tende a dominar a área ocupando-se por todo o ciclo anual (espécies permanentes), e outro ocorre apenas no período de primavera e/ou verão (espécies cíclicas). Os braquiúros desta área tendem a distribuir-se em 4 faixas de profundidade. Somente Myropsis quinquespinosa ocorreu apenas em águas sem influência continental. Todas as espécies conviveram em valores iguais ou superiores a 30% e apenas 11 ocorreram em salinidade inferiores. A granulometria areia foi a mais rica em espécies (29), seguida de areia lamosa (21), lama (14) e lama arenosa (8). Libinia spinosa e Portunus spinicarpus dominaram a área em número de indivíduos e de estações, destacando-se por participar dos grupos com características generalistas em relação às variáveis estudadas. De forma semelhante, porém em menor número, destacaram-se também Arenaeus cribarius, Callinectes sapidus, Hepatus pudibundus, Leurocyclus tuberculosus e Ovalipes trimaculatus. 124 44 595.132(26) (813.4) C.D.U. (2 a ed.) - 595.18209163081 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO - TEMPORÁRIA DA MEIOFAUNA DO ISTMO DE OLINDA - PE, COM ESPECIAL REFERÊNCIA AOS NEMATODAS. MESTRANDA: Tânia Nara Campinas Bezerra ORIENTADORA: Dra. Verônica Gomes da Fonseca Genevois DATA DA DEFESA: 15 de dezembro de 1994. BEZERRA, Tânia Nara Campinas. Distribuição espaço - temporária da meiofauna do istmo de Olinda - PE, com especial referência aos nematodas. Recife, 1994. 106f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO A meiofauna do Istmo de Olinda foi prospectada mensalmente, entre novembro de 1988 e outubro de 1989, em sete transecções, cada uma com três estações (supra, médio e infra-litorais). Nas estações, um perfil sedimentológico foi coletado e dividido em camadas de 0 a 2cm, 2 a 5 cm e de 5 a 10cm de profundidade. As águas intersticiais foram coletadas mensalmente, para estudos químicos e faunísticos do médio-litoral. Leituras de temperatura e amostras sedimentológicas, para análise granulométrica, foram realizadas mensalmente, esta última, a partir de 100 gramas de sedimentos de cada estação. Em laboratório, a meiofauna foi separada em intervalos de peneiras com malhas de 0,044 a 1,0mm. Observou-se que 21 táxons compunham a assembléia meiofaunística dos sedimentos e 18 das águas de embebição. Os táxons, quanto às densidades, foram dominados pelos Nematoda nos sedimentos e em águas. Duas espécies de gênero Perepsilonema foram determinadas, sendo P. kelyae registrada como primeira ocorrência para o Brasil e Perepsilonema sp., uma espécie nova, ainda em fase de descrição. A densidade máxima da meiofauna foi de 100.133,0ind. 10cm-2, no mês de novembro de 1988, sendo o Istmo considerado rico em quantidade e qualidade de indivíduos, quando comparado às outras zonas do litoral pernambucano. A região apresenta caracterís-ticas de praias com sedimentos selecionados dominados pela fração areia média. Considerando três intervalos desta fração, os Nematoda não demonstraram qualquer preferência, enquanto Copepoda Harpacticoida e Ostracoda demonstraram afinidade com as elevadas. Em termos estatísticos as densidades apresentaram flutuações, sendo homogêneas para os fatores: mês, transecção e profundidade, porém heterogêneas para os andares bênticos. As densidades máximas foram computadas na estação seca, entre 5 a 10 cm de profundidade, no supra-litoral e em três transecções apontadas como as mais estáveis, através do emprego do índice Nematoda/Copepoda. 125 45 582.263 (813.1) C.D.U. (2a. ed.) 589.4708131 C.D.D. (19a. ed.) TÍTULO: ESTUDOS TAXONÔMICOS DOS REPRESENTANTES DA ORDEM CAULERPALES (CHLOROPHYTA) DA PRAIA DE GUAJIRU (ESTADO DO CEARÁ - BRASIL). MESTRANDA: Norma Pinheiro Dantas ORIENTADORA: Dra. Sônia Maria Barreto Pereira CO-ORIENTADORA: M.Sc. Francisca Pinheiro Joventino DATA DA DEFESA: 27 de dezembro de 1994. DANTAS, Norma Pinheiro. Estudos taxonômicos dos representantes da Ordem Caulerpales (Chlorophyta) da praia de Guajiru (Estado do Ceará - Brasil). Recife, 1994. 128f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Neste trabalho são apresentados os estudos taxonômicos dos representantes da ordem Caulerpales (Chlorophyta), na Praia de Guajiru, litoral oeste do Estado do Ceará - Brasil. Neste local, foram eleitos três pontos de coleta de acordo com a diversidade local. O material foi coletado trimestralmente no período de setembro de 1991 a setembro de 1992, considerando os andares do mesolitoral e, quando possível, do infralitoral. As coletas foram realizadas manualmente e todo o material foi acondicionado em sacos plásticos com água do mar e fixado com formol a 4%, neutralizado com bórax a 1%. Foram identificados 17 espécies, 8 variedades e 2 formas, distribuídas em 4 famílias e 5 gêneros. Foram elaboradas chaves dicotômicas de identificação a nível de gênero e espécie, descrições, distribuição para o Brasil e comentários fenológicos e ecológicos. São apresentados mapas de localização da área, dos pontos de coleta e de distribuição das espécies no litoral brasileiro. São apresentados também tabelas de distribuição das espécies ao longo do litoral brasileiro, distribuição das espécies por ponto de coleta, freqüência de ocorrência e relação entre espécies hospedeiras e epífitas. A ordem Caulerpales está bem representada na flora local, destacando-se as famílias Caulerpaceae e Udoteaceae com o maior número de representantes, 6 espécies cada. São referidas pela primeira vez para o litoral do Estado do Ceará as espécies Codium taylorii, Halimeda tuna e Udotea occidentalis. Foram considerados como muito freqüentes na flora estudada as espécies Codium isthmocladum, Caulerpa cupressoides var. lycopodiumf. Lycopodium, Caulerpa prolifera, Caulerpa racemosa, Caulerpa racemosa var. occidentalis, Caulerpa sertularioides e Caulerpa mexicana, e como raras as espécies Codium decorticatum, Codium taylorii, Caulerpa cupressoides var. lycopodiumf. lycopodium, Caulerpa fastigiata, Halimeda discoidea, Halimeda incrassata, Halimeda opuntia, Halimeda tuna, Udotea occidentalis, Caulerpa cupressoides var. mamillosa, Caulerpa cupressoides var. serrata e Caulerpa racemosa var. peltata. 126 46 597:639.2 (813.5) C.D.U. (2 a ed.) - 597.092108135 C.D.D. (19 a ed.) TÍTULO: RECURSOS POTENCIAIS DE PEIXES DA FAUNA ACOMPANHANTE A PESCA DE CAMARÕES DA FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO - LITORAL NORTE, PIAÇABUÇU - AL. MESTRANDO: Paulo Guilherme de Alencar Albuquerque ORIENTADOR: Dr. José Arlindo Pereira CO-ORIENTADORA: M.Sc. Dinalva de Souza Guedes DATA DA DEFESA: 28 de dezembro de 1994. ALBUQUERQUE, Paulo Guilherme de Alencar. Recursos potenciais de peixes da fauna acompanhante a pesca de camarões da foz do rio São Francisco - Litoral Norte, Piaçabuçu - AL. Recife, 1994. 65f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Durante os meses de janeiro a setembro de 1993, realizaram-se coletas biológicas (peixes e outros) e hidrologia da pesca de arrastos de camarões da foz do Rio São Francisco - Litoral Norte, Piaçabuçu - AL, na área compreendida entre as latitudes de 10o 22” e 10o 22” e 10o 33S’ e longitudes de 36o 13’ 23 W, com o objetivo de analisar o recurso potencial ictiofaunístico desta pesca, dos pontos de vista qualitativo e quantitativo; abundância e freqüências relativas mensal e durante todo o período; estabelecer a porção de peixes ainda controlada no desembarque não rejeitado; estabelecer relações entre a produção total do arrasto e as diversas porções das categorias componentes do arrasto; registro dos comprimentos máximos das espécies de peixes identificados, bem como a identificação das famílias e espécies mais importantes do ponto de vista de suas ocorrências em peso, quantidade e valor comercial. As coletas foram realizadas em uma embarcação com 8,0 metros de comprimento, 2,5metros de boca com um motor de 30 HP. Foram realizados arrastos com duplas redes n0 3, tipo “Trawl”, com malhas no saco de 25 mm, dotada de portas retangulares (60,0 x 120,0 cm), com velocidade de arrasto entre 1,5 e 2,0 nós, sendo realizado no máximo 3 arrastos de 3,5 horas em cada coleta mensal de um dia de arrasto que se iniciava às 06:00 h e terminava por volta das 16:00h. Num total de 3.717 exemplares, foram identificadas 49 espécies, inseridas em 22 famílias onde Lycengraulis grossidens ocorreu em todas as amostras, tendo valores significativos em peso e quantidade e Cynoscion virescens ocorreu apenas em uma amostra, com apenas um representante. Scianidae apresentou maior abundância relativa, com 32,0% em número de espécies, 38,46% em peso e 29,8% em número de exemplares com relação total. As famílias que se apresentaram com uma única espécie correspondeu a 63,6% do total. As espécies de maior valor comercial apresentaram 32,4% do peso total das amostras. Lycengraulis grossidens apareceu como espécie de valor comercial que apresentou maior abundância relativa em peso (11,34%). Harengula clupeola, Odontognathus mucronatus, Stellifer rastrifer, Trichiurus lepturus, Chroroscombrus chrysurus, Polydactylus virginicus, Larimus breviceps e Cynoscion microlepdotus, apresentaram uma distribuição qualitativamente uniforme em todo o período de estudo. Lycengraulis grossidens, Odontognathus mucronatus e Stellifer rastrifer, apresentaram boa distribuição qualitativa e quantitativa. Observou-se que essa ictiofauna, em sua maioria, constituiu-se de exemplares jovens. Mesmo sendo a fauna acompanhante aproveitada em média 95,0%, com a desembarque, comercialização e aproveitamento, para a população local de baixa renda, a pesca de arrasto de camarões não deixa de ter o caráter devastador para a ictiofauna e ecossistema local. Nos meses em que o vento soprou Nordeste a produção de peixes e de camarões aumentou, consideravelmente, principalmente, entre os meses de abril e junho. O número de espécies abundantemente dominantes permanecem as mesmas, se comparadas com as existentes no ano de 1967, havendo apenas pequenas alterações na ordenação das espécies. O esforço que em 1967 alcançou a cifra de 69,83 kg/h diminuiu para 1,96 kg/h em 1993. 127 47 582.26 C.D.U. (2 a ed.) - 589.4 C.D.D. (20 a ed.) TÍTULO: COMPOSIÇÃO E DENSIDADE FITOPLANCTÔNICA NA BACIA DO PINA, RECIFE – PE. MESTRANDA: Pompéia Ramona Maia. ORIENTADORA: Dra. Enide Eskinazi Leça. CO-ORIENTADORA: M.Sc. Maria Luise Koening. DATA DA DEFESA: 30 de agosto de 1995. MAIA, Pompéia Ramona. Composição e densidade fitoplanctônica na bacia do Pina, Recife - PE. Recife, 1995. 135f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Foram realizados estudos para a determinação da composição e densidade fitoplanctônica na Bacia do Pina, Recife - PE, baseados em coletas mensais realizadas com auxílio de rede de plâncton com malha de 65µm de altura e garrafa tipo van Dorn. As coletas foram realizadas durante o período de abril/89 a março/91, segundo os regimes de baixa-mar e preamar, tendo sido coletados também dados hidrológicos em três níveis de profundidade (superfície, meio e fundo) e climatológicos, fornecidos pelo INEMET. O fitoplâncton apresentou-se constituído por 171 táxons, distribuídos entre diatomáceas (71,60%), clorofíceas (8,60%), dinoflagelados (8,60%) e euglenofíceas (1,70%), destacando-se Ceratium furca, Chaetoceros lorenzianus, Coscinodiscus excentricus v. fasciculata, Melosira granulata, Nistzshia sigma, Oscillatoria princeps, Pediastrum biwae, Surirella febigerii, Skeletonema costatum, como as espécies características do fitoplâncton local. Do ponto de vista ecológico dominaram as espécies marinhas eurialinas (78,5%), sobre as dulciaquícolas (18,3%) e estuarinos (3,2%). As condições hidrológicas apresentaram variações significativas durante os dois períodos anuais: durante o período chuvoso ocorreu uma redução dos teores de salinidade, oxigênio dissolvido, transparência da água e aumento nos teores de sais nutrientes; no período seco as condições foram mais estáveis, com melhores condições de luminosidade, aumento da salinidade e também disponibilidade de nutrientes. As características hidrológicas influíram para o estabelecimento de um ciclo anual marcado do fitoplâncton, ou seja, maiores índices quantitativos no período seco, com máximo de 23.180.000cel/l, e uma redução significativa no período chuvoso, com mínimo de 140.000 cel/l, condicionado pelas precipitações pluviométricas que acarretaram uma forte diminuição de camada fótica durante o período das chuvas. A diversidade específica variou entre 0,41 e 4,26bits/ind, com índices mais baixos durante os meses do período seco, decorrente da seletividade de espécies durante os meses deste período, o mesmo ocorrendo com a equitabilidade cujos índices variaram entre 0,21 e 0,88. Pela análise dos resultados, o fitoplâncton da Bacia do Pina apresenta características de ambientes eutróficos, confirmado pela número elevado de células e selecionamento de espécies durante os meses de maiores índices quantitativos. 128 48 639.2.09 CDU(2.ed.) UFPE 597.58 CDD (20.ed.) BC-95-84 TÍTULO: PARASITOS DIGENÉTICOS DO CAMURIM Centropomus undecimalis (BLOCH, 1792), CULTIVADO EM ITAMARACÁ, PE, BRASIL. MESTRANDO: Ricardo Berteaux Robaldo ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo DATA DE DEFESA: 03 de outubro de 1995 ROBALDO, Ricardo Berteaux. Parasitos digenéticos do camurim Centropomus undecimalis (Bloch, 1792), cultivado em Itamaracá, PE, Brasil. Recife, 1995. 178f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O camurim, Centropomus undecimalis, é uma espécie de significante valor comercial no Nordeste do Brasil, sendo um peixe promissor na aqüicultura. Objetivando conhecer a fauna de digenéticos deste peixe, foi desenvolvido um cultivo experimental em viveiro na Base de Piscicultura da Universidade Federal de Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. O cultivo deu-se sob sistema extensivo, com o consórcio de camurins e tainhas (Mugil spp.), sob densidades de 0,1 peixe/m2 e 0,5 peixe/m2 respectivamente. Durante o cultivo, foram acompanhados mensalmente os parâmetros climatológicos e hidrológicos. Um total de 107 camurins foram examinados (cerca de dez peixes/mês, durante doze meses). Os hospedeiros foram divididos em cinco classes de comprimento padrão, com amplitude de seis centímetros. Os helmintos coletados foram estudados através da microscopia óptica e eletrônica de varredura. Coletas complementares foram feitas no ambiente adjacente e em outros viveiros da mesma Base para comparações. Nos hospedeiros cultivados, foram encontrados os digenéticos: Acantho-collaritrema umbilicatum, Bucephalus sp., Paracryptogonimus sp., Lecithochirium musculus, Parahemiurus anchoviae e Brachadena pyriformis, com intensidade média de infecção entre 83,04 a 1,00 helmintos/hospedeiro infectado, densidade relativa entre 63,63 e 0,02 helmintos/hospedeiros examinado e prevalên-cia entre 0,93 e 76,63%. Para as duas espécies melhor representadas A. umbilicatum e Paracryptogonimus sp., foram observadas correlações significativas entre os índices parasitários e: comprimento dos hospedeiros, pH, salinidade, concentração de nitrato, precipitação pluviométrica, volume d’água renovado e o número de renovações/mês. Foram determinadas diferenças nos índices em função do ambiente do hospedeiro, tendo sido também, sugerida uma possível relação de exclusão por competição entre A. umbilicatum e Paracryptogonimus sp., no tubo digestivo do hospedeiro. Os digenéticos estudados aparentemente não representaram problema ao cultivo, e nenhuma espécie de importância zoonótica foi encontrada parasitando o camurim. 129 49 597.583.1 CDU (2.ed.) UFPE 597.58 CDU (20.ed.) BC/96/03 TÍTULO: EFEITOS DA VARIAÇÃO DA SALINIDADE AMBIENTAL SOBRE A CONCENTRAÇÃO OSMÓTICA E IÔNICA DO PLASMA EM Centropomus undecimalis (BLOCH, 1792) - HISTOLOGIA DE BRÂNQUIAS E RINS. MESTRANDA: Sandra Maria de Castro Lins ORIENTADORA: Dra. Vera Lúcia de Almeida Vieira DATA DA DEFESA: 17 de novembro de 1995. LINS, Sandra Maria de Castro. Efeitos da variação da salinidade ambiental sobre a concentração osmótica e iônica do plasma em Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) Histologia de brânquias e rins. Recife, 1995. 87f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O presente trabalho teve como objetivo estudar a osmorregulação em Centropomus undecimalis e os efeitos da variação da salinidade sobre a concentração osmótica e iônica do plasma, bem como a histofisiologia de rins e brânquias. A pesquisa foi realizada na Base de Piscicultura de Itamaracá - PE, tendo sido utilizado um total de 33 exemplares com peso médio de 88,70g e comprimento total médio de 20,84cm. Sendo 23 provenientes de viveiros de cultivo estuarino e 10 obtidos após processo de aclimatação para água doce. Determinou-se a concentração osmótica e iônica do Na+, Cr e K+, no plasma sangüíneo, bem como foram feitas análises histológicas e histoquímicas dos rins e brânquias dos peixes oriundos de ambos os ambientes. A concentração osmótica foi determinada utilizando-se um Advanced wide Range Osmometer 3W2. Os íons Na+, K+ e Cr foram analisados através de um fotômetro AVL983-S Eletrolyte Analyzer. Os indivíduos provenientes do ambiente estuarino apresentaram um valor médio de 358,0 + 50,37mOSm/KgH2O para a concentração osmótica e de 213,08 + 42,13mEq/l.6,92 +2,07mEq/l e 145,53 +23,69mEq/l para as concentrações dos íons Na+, K+ e Cr respectivamente. Tais valores se situaram acima daqueles verificados para os peixes provenientes de água doce, que exibiram a concentração osmótica de 231,50+36,53mOSm/KgH2O e concentrações iônicas de 158,67+28,02mEq/l-Na+, 132,18+23,70mEq/l-Cr. Análises histológicas e histoquímicas rotineiras, dos rins e das brânquias possibilitaram a observação de inúmeras células de cloreto, especialmente na água salgada e células mucosas na água doce. Quanto aos rins, foram visualizados os túbulos proximal, distal e coletor. Não sendo demonstrada nenhuma diferença significativa no tecido renal dos exemplares submetidos à salinidades extremas. As evidências experimentais mostraram que a C. undecimalis comporta-se como teleósteo eurialino, com grande habilidade osmorregulatória, confirmando a sua capaci-dade para adaptar-se a ambientes de salinidade variada. 130 50 639.2.09 C.D.U. (2a.ed.) 597.58 C.D.D. (20a.ed.) TÍTULO: COPEPODA (CRUSTÁCEA) PARASITAS DE MUGILIDAE (PISCES) CULTIVADOS EM ITAMARACÁ - PERNAMBUCO - BRASIL. MESTRANDA: Francinete Torres Barreiro da Fonsêca ORIENTADORA: Dra. Maryse Nogueira Paranaguá CO-ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo DATA DA DEFESA: 27 de novembro de 1995 FONSÊCA, Francinete Torres Barreiro da. Copepoda (Crustácea) parasitas de Mugilidae (Pisces) cultivados em Itamaracá - Pernambuco – Brasil. Recife, 1995. 218f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO Este trabalho se constitui na primeira contribuição para o Brasil no que se refere ao estudo dos Copepoda parasitas de mugilídeos cultivados em viveiros estuarinos. A pesquisa foi desenvolvida na Base de Piscicultura da Universidade Federal de Pernambuco, localizada na Ilha de Itamaracá, Pernambuco, tendo como objetivo, fazer uma análise qualitativa e quantitativa do parasitismo causado por copépodos em peixes cultivados. Para isto foram cultivados, em sistema extensivo, 350 mugilídeos das espécies Mugil curema Valenciennes, 1836, Mugil liza Valenciennes, 1836 e Mugil trichodon Poey, 1876, durante o período de fevereiro de 1993 a janeiro de 1994. As condições do viveiro foram avaliadas mensalmente, a partir de coletas de dados climatológicos, amostras de água para hidrologia e amostras zooplanctônicas. A cada mês, dez peixes foram necropsiados, os copépodos coletados e preparados para a identificação e contagem. Durante o experimento foi observado que os fatores bióticos e abióticos mantiveram-se dentro de padrões considerados satisfatórios para a região. No tocante aos peixes, Mugil curema representou 81,6% das amostras ictiológicas, M. liza 14,2% e M. trichodon 4,2%. Do total de amostras analisadas, 63,3% dos peixes estavam parasitados por copépodos, sendo que 80,2% foram representados por M. curema, 15,7% por M. liza e 3,9% por M. trichodon. Nas subamostras, a taxa de infestação foi de 62,2% para M. curema, 70,5% para M. liza e 60,0% para M. trichodon. Em M. curema os parasitas ocorreram mais na faixa de 15,1 a 16,0cm, em M. liza entre 19,1 e 20,0 cm e em M. trichodon entre 18,1 e 19,0. Em relação ao número de parasitas houve variação entre 0 a 111/peixe em M. curema, 0 a 141/peixe em M. liza e 0 a 2/peixe em M. trichodon. Foram identificadas oito espécies de copépodos parasitas; Bomolochus sp na cavidade opercular de M. curema e M. liza; Bomolochus sp 2 na cavidade opercular de M. curema; Ergasilus atafonensis Amado & Rocha (no prelo) parasitando brânquias das três espécies de Mugil; Ergasilus lizae Kroyer, 1863 e Ergasilus caraguatatubensis Amado & Rocha (no prelo) nas brânquias, de M. curema e M. liza; Caligus minimus Otto, 1821 e C. elongatus von Nordman, 1832 na superfície corporal de M. curema e M. liza; Learnaeenicus sp na nadadeira caudal de M. trichodon. Destas espécies, C. minimus e C. elongatus são registradas pela primeira vez em águas do Atlântico Sul; E. lizae é citada pela primeira vez para o Brasil; Learnaeenicus sp, além de ser citada pela primeira vez para a Região Nordeste é registrada pela segunda vez para o Brasil; E. atafonensis e E. caraguatatubensis são citadas pela primeira vez na costa pernambucana; o gênero Bomolochus é citado pela segunda vez para Pernambuco e para o Brasil. Quanto aos índices parasitários, estes se só puderam ser regularmente observados em M. curema, com predomínio da intensidade média de infestação por E. atafonensis sobre os outros índices indicando que poucos indivíduos nas amostras apresentavam infestação considerável. Ocorreu um único pico de infestação por E. atafonensis, E. lizae e C. minimus em M. liza, em apenas um exemplar da amostra, mostrando sinais de debilitação física. Em M. trichodon os índices parasitários foram irrelevantes. Com base nestes parâmetros e pela ausência de sinais ou sintomas de morbi-mortalidade significativos, pode-se afirmar que houve equilíbrio satisfatório na relação hospedeiro-parasita, durante o período do experimento. 131 51 551.46/G633M C.D.U. C.D.D. TÍTULO: METABOLISMO RESPIRATÓRIO E OSMORREGULAÇÃO DE CAMURINS Centropomus undecimalis (BLOCH, 1792) E Centropomus parallelus POYE, 1860 (PISCIS CENTROPOMIDAE) DA ILHA DE ITAMARACÁ - PERNAMBUCO - BRASIL. MESTRANDA: Ediene Ferreira Cavalcanti Gomes ORIENTADORA: Dra. Vera Lúcia Almeida Vieira DATA DA DEFESA: 27 de dezembro de 1995. GOMES, Ediene Ferreira Cavalcanti, Metabolismo respiratório e osmorregulação de camurins Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) e Centropomus parallelus Poye, 1860 (Piscis Centropomidae) da ilha de Itamaracá - Pernambuco - Brasil. Recife, 1995. 140f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Curso de Mestrado em Oceanografia Biológica. RESUMO O presente trabalho teve como objetivos, investigar os aspectos fisiológicos da adaptação às variações de salinidade dos camurins Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) e Centropomus parallelus Poey, 1860, avaliando a taxa metabólica durante a osmorregulação e relacionar os parâmetros peso e comprimento com o Consumo de Oxigênio e Taxa Metabólica. Pretendeu-se ainda, a ampliação dos conhecimentos das referidas espécies, bem como, fornecimento de subsídios para explorar melhor o seu potencial comercial, confirmando a possi-bilidade do cultivo alternativo também em água doce. A pesquisa foi realizada na Base de Piscicultura de Itamaracá - PE, tendo sido utilizado um total de 81 exemplares com peso médio de 74,3g e comprimento total médio de 20,1cm para o C. undecimalis, e C. parallelus, 52,3g e 17,2cm, respectivamente. Sendo 71 provenientes de viveiro de cultivo estuarino e 10 obtidos após processo de aclimatação para água doce. Determinou-se Consumo Horário de Oxigênio e taxa de metabolismo (VO2) nos cinco grupos estudados. A comparação dos grupos revelou um maior consumo de oxigênio C. undecimalis adaptado ao respirômetro em ambiente dulciaqüícola (7,3762 ± 0,8410 mgO2/h), e o menor valor foi encontrado para C. undecimalis adaptado ao respirômetro em ambiente estuarino (3,2807 ± 1,1517mgO2/h). No tocante ao valor máximo da taxa metabólica, obtivemos para C. parallelus não adaptado ao respirômetro em ambiente estuarino (0,2773 ± 0,1558 mgO2/g/h) e o menor valor para C. undecimalis adaptado ao respirômetro em ambiente estuarino (0,0606 ± 0,0596mgO2/g/h). 132 52 551.46/M528a633M C.D.U. 551.55/L732pC.D.D TÍTULO: ANÁLISE HIDROLÓGICA E BACTERIOLÓGICA DOS RESÍDUOS LANÇADOS PELO SISTEMA DE DISPOSIÇÃO OCEÂNICA DOS ESGOTOS DE FORTALEZA. MESTRANDA: Maria Thereza Damasceno Melo ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo CO-ORIENTADORA: Dra. Regine Helena Silva dos Fernandes Vieira DATA DA DEFESA: 16 de maio de 1996 MELO, Maria Thereza Damasceno. Análise hidrológica e bacteriológica dos resíduos lançados pelo sistema de disposição oceânica dos esgotos de Fortaleza. Recife, 1996. 144f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O tratamento de esgotos através do uso de emissários submarinos têm sido amplamente utilizado em cidades litorâneas, em função da eficiência alcançada com o poder de diluição do corpo receptor e redução da concentração de poluentes, no meio ambiente. Durante os meses de junho, setembro, dezembro de 1993 e março de 1994, foram realizados estudos sobre as condições hidrológicas e bacteriológicas da região metropolitana de Fortaleza compreendendo a faixa litorânea entre os rios Ceará e Cocó. Enfocando parâmetros hidrológicos (salinida-de, oxigênio dissolvido, pH e DBO) e bacteriológicos. A região foi dividida em duas áreas: 1) Área de Influência Direta (AID) com 20 pontos de amostragem localizados próximo ao deságüe do emissário submarino, sendo coletadas amostras em profundidade de superfície, meio água e fundo; 2) Área de Influência Indireta (AII) localizada em zona costeira, onde foram coletadas amostras somente na superfície, compreendendo as praias: Barra do Ceará, Kartódromo, Volta da Jurema, Mucuripe, Farol e Caça e Pesca, somando um total de 26 pontos. Os principais objetivos da pesquisa foram determinar o Número Mais Provável (NMP) de coliformes totais e fecais/100ml de água com a identificação bioquímica dos coliformes e do gênero Salmonella e avaliar qualitativamente o nível de poluição bacteriológica da área, seus efeitos e o raio de atuação sobre o ambiente marinho. Dos parâmetros físico-químicos estudados a salinidade na AID variou de 32 a 36‰ durante o mês de junho, 34 a 36‰ em setembro, 35 a 37‰ em dezembro e de 32 a 36‰ no mês de março. Na AII a salinidade apresentou uma queda acentuada nos valores durante o mês de março, ficando com o valor mínimo de 4‰ na praia da Barra do Ceará. Em relação ao oxigênio dissolvido na AID apresentou uma acentuada queda nos valores durante os meses de dezembro e março. Na AII este parâmetro se mostrou com teores baixos durante o mês de setembro, apresentando o valor mínimo de 3mg/L na praia da Barra do Ceará. Quanto ao pH a água da AID se mostrou com o valor de pH elevado (8,57) durante o mês de junho na estação de coleta de número 7, ultrapassando o teor permitido pela Resolução CONAMA (1988) para as águas pertencentes à classe 6, ocorrendo posteriormente nos meses de dezembro e março uma queda nos valores. Na AII os meses de junho e setembro apresentaram os valores para o pH, no entanto não ultrapassaram o valor permitido pela Resolução CONAMA (1988) a qual estabelece que as áreas enquadradas na classe 5 devem ter valores de pH entre 6,5 e 8,5. De uma maneira geral os resultados de DBO5 relativos aos meses de junho, setembro, dezembro de 1993 e março de 1994 das amostras de água do mar da AID ficaram todas enquadradas na classe 6 da Resolução CONAMA (1988), a qual estabelece que a DBO5 deve comportar-se com valores de até 10mg/l, todos os valores obtidos foram portanto aquém de 10mg/l. Na AII a DBO5 ficou elevada durante o mês de março na estação do Caça e Pesca, chegando a ultrapassar a concentração permitida pela Resolução CONAMA (1988) a qual classifica as águas dessa região na classe 5, onde o teor de DBO5 não deve ser superior a 5mg/l. Nas análises bacteriológicas podemos observar que o NMP de coliformes totais e fecais na AID 133 se mostrou positivo apenas na estação de número 6, sendo identificadas as bactérias Citrobacter, Enterobacter aerogenes e Escherichia coli. Na AII a praia do Kartódromo se apresentou contaminada durante o período de coleta sendo classificada como imprópria para balneabilidade, não acontecendo o mesmo no ponto localizado na praia do Caça e Pesca, em que se mostrou com um NMP sempre inferior a 300 coliformes/100ml tendo sido classificada como muito boa. Durante o período de estudo na AID o mês de dezembro apresentou a maior quantidade de pontos positivos para a identificação de Salmonella, o mesmo ocorrendo na AII. Podemos observar na AID que a distribuição espacial dos resultados obtidos de Salmonella sugere uma influência das correntes do local, visto que as deslocam-se no sentido de leste para oeste ficando posteriormente paralelas à costa. Na AII em todos os meses de coleta identificou-se Salmonella nas estações localizadas nas praias do Kartódromo e Farol. 134 53 555.46 (812/814) (2.ed CDU) UFPE 551.460813 (20.ed. CDD) BC-96/76 TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO DOS CRUSTÁCEA AMPHIPODA GAMMARIDEA NA PLATAFORMA CONTINENTAL DO NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDA: Jeannine Maria Alves ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho CO-ORIENTADORA: Dra. Cileide Maria Acioli Soares DATA DA DEFESA: 24 de maio de 1996. ALVES, Jeannine Maria. Distribuição dos Crustácea Amphipoda Gammaridea na plataforma continental do nordeste do Brasil. Recife, 1996. 79f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Os Crustácea Amphipoda Gammaridea coletados na plataforma continental do Nordeste do Brasil, estão representados por 54 espécies, 31 gêneros e 14 famílias. O material estudado pertence ao acervo da coleção carcinológica do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco. As informações da área total de ocorrência das espécies foram obtidas dos dados do acervo acima mencionado e de referências bibliográficas publicadas até 1994. A distribuição dos anfípodos foi baseada principalmente na longitude e latitude. Com relação a distribuição longitudinal, a maioria das espécies (22), é encontrada exclusivamente no Atlântico Ocidental, excetuando-se 4 Anfi-Atlânticas, 1 Indo-Pacífica, 1 Anfi-Americanas e 2 Cosmopolitas. Quanto à distribuição latitudinal foram reunidas espécies restritas a área estudada (20), espécies com limite sul na área em estudo (4), espécies com limite norte na área estudada (16) e espécies com limite norte e sul fora da área em estudo (14). 135 54 594.32 CDU(2.ed.) UFPE 594.32 CDD(20.ed.) BC-96-015 TÍTULO: A FAMÍLIA ACLIDIDAE G. O. SARS, 1878 (MOLLUSCA, GASTROPODA) NA PLATAFORMA CONTINENTAL E EM ÁGUAS PROFUNDAS DO NORDESTE DO BRASIL. REVISÃO DAS ESPÉCIES VIVENTES DO ATLÂNTICO. MESTRANDO: José Carlos Nascimento de Barros ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Mello DATA DA DEFESA: 27 de junho de 1996 BARROS, José Carlos Nascimento de. A Família Aclididae G. O. Sars, 1878 (Mollusca, Gastropoda) na plataforma continental e em águas profundas do nordeste do Brasil. Revisão das espécies viventes do Atlântico. Recife, 1996. 197f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Os Aclididae G. O. Sars, 1878 são gastrópodes marinhos normalmente dragados em expedições oceanográficas de grandes profundidades, sendo seus representantes muito pequenos, alguns apresentando dimensões microscópicas; são normalmente frágeis e translúcidas de formato oval-alonga-do ou turriforme. Informa-se o resultado do estudo sistemático realizado sobre os moluscos pertencentes a essa família na Plataforma Continental e em águas profundas do Nordeste do Brasil. O material utilizado nesse estudo teve as seguintes origens: 1 - coletas manuais em recifes costeiros e em sedimentos móveis intertidais de Pernambuco, realizadas nas praias de Jaguaribe, Pilar, Piedade, Suape e Tamandaré, entre setembro de 1984 e julho de 1990; 2 - dragagens efetuadas durante a Expedição Oceanográfica “Canopus”, realizada ao largo dos Estados do Ceará (02º20’ S, 41º20’ W) até Sergipe (11º02’ S, 36º48’ W), entre junho de 1965 e fevereiro de 1966; 3 - dragagens realizadas pelo N. Oc. Almirante Câmara na região do Platô Marginal de Pernambuco entre as coordenadas 07º47’ 07” S, 34º09’ 05” W e 08º50’ 05” S, 33º39’05” W, durante julho a agosto de 1976. O material coletado ao largo da Plataforma Continental brasileira foi obtido de diferentes tipos de substratos móveis, com o apoio da Marinha do Brasil e do Laboratório de Geologia Marinha (LAGEMAR) da Universidade Fluminense. A triagem do material conquiológico foi feita sob microscópio estereoscópico, sendo as conchas analisadas em microscópio eletrônico de varredura no Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os espécimes examinados, incluindo os tipos, estão deposi-tados na coleção do Museu de Malacologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O estudo sistemático possibilitou a identificação de sete gêneros e dez espécies de Aclididae. Dentre os Taxa estudados a espécie Bermudaclis tampaensis Bartsch, 1947 e os gêneros Henrya Bartsch, 1947 e Costaclis Bartsch, 1947 não estavam registrados para o Atlântico Sul, dessa forma ampliando o número de espécies viventes conhecidas para essa região. Dois gêneros e seis espécies novas foram identificados: Gen.n.1,, sp.n.1; Graphis sp.n.2; Gen.n.2, sp.n.3 e sp.n.4; Henrya sp.n.5 e Costaclis sp.n.6, tendo-se ainda confirmado os gêneros Hemiaclis G. O. Sars, 1878; Bermudaclis Bartsch, 1947 e Graphis Jeffreys, 1867 como ocorrentes na costa brasileira. Fica reconhecido o “status” de família para esse grupo, sendo fortemente caracterizado e diagnosticado pela presença de um ápex inflado e arredondado, a concha normalmente é lisa ou esculturada por uma ou várias quilhas espirais fortes, a abertura apresenta um perístoma refletido e o lábio externo é opistóclino. 136 55 574.583 CDU (2.ed.) UFPE 574.92 CDD (20.ed.) BC/96/026 TÍTULO: ROTATORIA DO SISTEMA PERNAMBUCO - BRASIL. ESTUARINO DO RIO GOIANA, MESTRANDA: Flávia Betânia Vitorino Alves de Souza ORIENTADORA: Dra. Sigrid Neumann Leitão CO-ORIENTADORA: Dra. Maryse Nogueira Paranaguá DATA DA DEFESA: 28 de junho de 1996. SOUZA, Flávia Betânia Vitorino Alves de. Rotatoria do sistema estuarino do rio Goiana, Pernambuco - Brasil. Recife, 1996. 104f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos sobre a classe Rotatoria foram realizados no estuarino do rio Goiana, Estado de Pernambuco, com a finalidade de conhecer a composição taxonômica, distribui-ção quantitativa espaço-temporal e papel ecológico destes organismos. Foram realiza-das coletas mensais, no período de março/92 a fevereiro/93, em 4 estações fixas, nas baixa-mares e preamares diurnas. Foram efetuadas, também, coletas de 2 em 2 horas, em um ciclo de 12 horas, nos períodos chuvoso (julho/92) e seco (fevereiro/93), na estação 2. Utilizou-se nas coletas, uma rede de plâncton com 65 µm de abertura de malha, arrastada horizontalmente à superfície por 3 minutos. Dados climatológicos e hidrológicos foram obtidos para fins comparativos. A classe Rotatoria esteve representada por 2 Superordens, 12 famílias e 48 táxons a nível específico e infraespecífico, destes 47 ocorreram no ciclo diurno. As famílias Brachionidae e Lecanidae foram as mais significativas com 17 e 10 táxons, respectivamente. Dentre os Brachionidae, Brachionus foi o gênero que apresentou maior número de táxons, com 4 espécies, 6 subespécies, 2 formas e 1 variedade. Desta família Kellicotia longispina longispina é citada pela primeira vez para o Brasil. Quanto a família Lecanidae, foram registradas 2 espécies e 8 subespécies. Em termos de freqüência de ocorrência destacaram-se no ciclo anual Rotaria sp, Lecane bulla bulla, Lecane leontina, Brachionus plicatilis plicatilis, Filinia longiseta longiseta e Rotaria rotatoria; e no ciclo diurno Epiphanes clavatula e Rotaria sp. Em relação a quantidade total, no ciclo anual registrou-se valores mais elevados nos meses de maior pluviometria, na estação mais a montante do rio Goiana e nas baixa-mares (mínimo de 7org.m-3 e máximo de 2.722org.m-3); no ciclo diurno o período chuvoso e maré secante foram os mais significativos (mínimo de 14org.m-3 e máximo de 5.042org.m-3). A diversidade específica foi baixa, apresentando, geralmente, valores < 2,0bits.ind-1. Estes valores decorreram do baixo número de espécies registradas por amostra. A equitabilidade foi alta, indicando que os indivíduos estavam bem distribuídos nos táxons. A associação de amostras evidenciou a existência de um único grupo, revelando não haver diferença significativa entre os locais amostrados. A associação de espécies e parâmetros ambientais também apresentou um único grupo bem adaptado a área estuarina poluída. Rotatoria teve um importante papel como indicadores de poluição e salinidade. A Análise dos Componentes Principais eviden-ciou mais significativamente esta mistura dos fluxos marinhos e limnético, com predomínio do marinho, fato que limita um maior desenvolvimento dos Rotatoria, mas que atenua a poluição do sistema estuarino do rio Goiana. 137 56 BCZM 577.4 (813.6) (043.5) TÍTULO: ASPECTOS BIOLÓGICOS DO CARANGUEJO TERRESTRE Gecarcinus lagostoma (H. M. EDWARDS, 1837) NO ATOL DAS ROCAS - BRASIL. MESTRANDA: Adriana Lima Teixeira ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho CO-ORIENTADOR: Dr. Hélio de Castro Bezerra Gurgel DATA DA DEFESA: 29 de julho de 1996. TEIXEIRA, Adriana Lima. Aspectos biológicos do caranguejo terrestre Gecarcinus lagostoma (H. M. Edwards, 1837) no Atol das Rocas – Brasil. Recife, 1996. 155f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Este trabalho teve como objetivo principal o aprofundamento dos conhecimen-tos da ecologia assim como os aspectos biológicos, no que diz respeito ao crescimento, a reprodução e a alimentação do caranguejo terrestre Gecacinus lagostoma (H. M. Edwards, 1837). Os indivíduos utilizados neste estudo foram coletados no Atol das Rocas (Ilha do Farol e Ilha do Cemitério) durante o período de junho de 1992 a abril de 1995. Os dados nos permitem pensar que o período da reprodução (cópula e desova) ocorre com maior intensidade entre dezembro e maio. Na análise do conteúdo estomacal, utilizou-se o método de freqüência e volume. A espécie em estudo é onívora, apresenta hábito noturno, adaptado a ambientes seco e úmido. Os indivíduos de cor roxa da carapaça foram os predominantes, porém os de cor amarela foram os mais pesados. A proporção sexual variou para cada ilha, de 1:1 na Ilha do Farol, e dois machos para uma fêmea na Ilha do Cemitério. A função entre as variáveis peso, ilha e cor, para ambos os sexos, mostrou diferença significativa para a Ilha do Farol, não ocorrendo o mesmo para a Ilha do Cemitério. De uma maneira geral os espécimens coletados na Ilha do Cemitério apresentaram-se maiores e mais pesados do que os da Ilha do Farol. 138 57 595.384.1 (26) (81) (043) CDU TÍTULO: TAXONOMIA E DISTRIBUIÇÃO DE LARVAS DE PALINUROIDEA QUE OCORREM NO BRASIL. MESTRANDA: Ann Mary Pinheiro Aby Faraj ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 22 de novembro de 1996 FARAJ, Ann Mary Pinheiro Aby. Taxonomia e distribuição de larvas de Palinuroidea que ocorrem no Brasil. Recife, 1996. 218f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O objetivo deste trabalho é de apresentar uma revisão bibliográfica das larvas de lagosta da Superfamília Palinuroidea e ao mesmo tempo, realizar estudos sistemáticos sobre a coleção de filossomas capturados em águas brasileiras. O material procedente do plâncton foi coletado através de redes do tipo Bongo, pelo navio oceanográfico “Victor Hense”, entre as latitudes 5º45’S e 8º13’S e longitudes 34º58’ W e 34º31’ W. Foram reconhecidas e definidas as características genéricas e específicas das larvas das famílias Palinuridae, Synaxidae e Scyllaridae. Das dezenove larvas identificadas isolada-mente do plâncton, pela primeira vez são descritas no Brasil, as larvas de Panulirus argus (Latreille, 1804), Justitia longimana (H. Milne-Edwards, 1837), Palinurellus gundlachi Von Martens, 1878, Scyllarides brasiliensis Rathbun, 1906, Scyllarus americanus (Smith, 1869) e Scyllarus chacei Holthuis, 1960. Além das espécies de ocorrência confirmada, é incluído um gênero cuja espécie não se encontra definida morfologicamente. Uma revisão na literatura permitiu estudar a distribuição geográfica dos adultos e das larvas, como também o reconhecimento e definição tanto das características genéricas quanto específicas das larvas. É realizada uma descrição dos estágios de desenvolvimento larval das espécies que ocorrem no Brasil. 139 58 597 CDU (2.ed.) UFPE 597.58 CDD (20.ed.) BC/96/089 TÍTULO: ALIMENTAÇÃO DE Achirus lineatus (TELEOSTEI, PLEURONECTIFORME: ACHIRIDAE) EM ITAPISSUMA - PE. MESTRANDA: Zafira da Silva de Almeida ORIENTADORA: Dra. Verônica Gomes da Fonseca Genevois CO-ORIENTADOR: M.Sc. Antônio de Lemos Vasconcelos Filho DATA DA DEFESA: 17 de dezembro de 1996. ALMEIDA, Zafira da Silva de. Alimentação de Achirus lineatus (Teleostei, Pleuronectiforme: Achiridae) em Itapissuma - PE. Recife, 1996. 123f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O presente estudo versa sobre o hábito alimentar do peixe Pleuronectiforme Achirus lineatus (Linnaeus, 1958) sendo necessário à melhor compreensão da teia trófica estuarina da região de Itapissuma - PE, uma vez, que até então nada foi registrada em literatura sobre a Ecologia dessa espécie no Brasil. As coletas dos exemplares de peixes foram realizadas nos períodos chuvoso (abril, maio, junho) e de estiagem (outubro, novembro, dezembro) de 1995, com o auxílio de rede de arrasto de 21 braças de comprimento 1,6 a 3,5 de altura e malha de 8 a 15mm. Paralelamente às capturas dos 130 espécimes, foram coletadas amostras biosedimentológicas com tubo PVC de 2,5cm de diâmetro e 5cm de profundidade, sofrendo posterior peneiramento úmido em aberturas de malhas de 0,044 a 1,00mm. O estudo meiofaunístico teve como finalidade comparar a alimentação do peixe com o estoque local, sendo este composto por 13 táxons: Turbellaria, Rotifera, Nematoda, Tardigrada, Gastropoda, Bivalvia, A. Polychaeta, A. Oligochaeta, Ostracoda, C. Harpacticoida, C. Cyclopoida, Amphipoda e Acarina. Os Nematoda dominaram numericamente a assembléia meiofaunística em todas as estações e períodos estudados. os Polychaetas meiofaunísticos identificados pertencem aos gêneros Minuspio (dominante) e Streblospio, enquanto que os Copepoda Harpacticoida aos gêneros Stenhelia (dominante), Longipedia e Ectinosoma. Com relação aos parâmetros climatológicos, fornecidos pela Estação Meteorológica de Itapirema, obteve-se baixas amplitudes quanto à temperatura, velocidade do vento e umidade do ar, e altas amplitudes quanto à pluviometria e insolação caracterizando região tropical com dois períodos distintos, chuvoso e de estiagem. Os parâmetros hidrológicos, obtidos nas duas estações juntamente com as demais amostras e fauna acompanhante, estiveram associados aos climatológicos, sobressaindo-se pluviometria e insolação, enquanto que temperatura e salinidade apresentam um mesmo padrão de variação. A maioria dos tubos digestivos encontravam-se “quase vazio”, nos meses de abril e maio e “cheio” em novembro e dezembro, com um valor considerável de tubos digestivos “parcialmente cheio” ao longo de todo o período estudado. os Achirus lineatus apresentam hábito alimentar carnívoro, alimentando-se principalmente da fauna planctônica e bentônica, ocorrendo uma maior freqüência dos Copepoda Calanoida Acartia e Paracalanus e dos Polychaeta Minuspio e Glycera, na cavidade gastrointestinal, além de outros itens menos freqüentes como: Nematoda, Mollusca, Acarina, Crustacea, Priapulida e Fragmentos vegetais. 140 59 599.53 CDU (2.ed.) UFPE 599.53 CDU (20.ed.) BC-97-230. TÍTULO: ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DOS GOLFINHOS ROTADORES, Stenella longirostris, NO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA. MESTRANDO: José Martins da Silva Júnior ORIENTADOR: Dr. José Arlindo Pereira DATA DA DEFESA: 20 de dezembro de 1996 SILVA JÚNIOR, José Martins da. Aspectos comportamentais dos golfinhos rotadores, Stenella longirostris, no Arquipélago de Fernando de Noronha. Recife, 1996. 138f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudou-se os golfinhos rotadores de Fernando de Noronha com o objetivo de preservar e conhecer o seu comportamento natural. As observações foram realizadas de binóculos, lunetas e em mergulho livre na Baía dos Golfinhos, em saídas de barco e com entrevistas. Os golfinhos rotadores de Fernando de Noronha possuem o corpo fusiforme, alongado e com um padrão tricolor: cinza escuro no dorso, cinza claro nos flancos e branco no ventre. Em 90,91% dos dias, grupos de 11 a 700 rotadores (X=257,43;DP=169,57) entraram na Baía dos Golfinhos, a enseada de águas mais calmas, transparentes e profundas do Arquipélago. A ocupação da Baía pelos golfinhos apresentou flutuações diárias, mensais e sazonais. A freqüência de ocorrência, o número e o tempo de permanência dos rotadores na Baía dos Golfinhos foram maiores na estação seca e nos dias em que não choveram na véspera. O número de golfinhos na Baía foi maior nos dias de vento sul e o tempo de permanência na Baía foi diretamente proporcional a velocidade do vento. Os rotadores utilizam a Baía dos Golfinhos como área de descanso, reprodução e cuidado dos filhotes. As atividades aéreas compõem um sistema complexo de comunicação entre os rotadores. Os golfinhos que acompanham as embarcações de turismo estão em comporta-mento de guarda. Com o incremento do turismo e da pesca oceânica na região, aumenta a necessidade de estudar, monitorar e criar normas de proteção aos golfinhos rotadores cada vez mais rígidas. 141 60 574.5 CDU (2.ED.) UFPE 589.4 CDD (20.ed.) 96-58 BC. TÍTULO: VARIAÇÃO NICTEMERAL DO FITOPLÂNCTON E PARÂMETROS HIDROLÓGICOS NO CANAL DE SANTA CRUZ, ITAMARACÁ, PE. MESTRANDO: Manuel de Jesús Flores Montes ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo CO-ORIENTADOR: M.Sc. Maria Luise Koening DATA DA DEFESA: 10 de janeiro de 1997. FLORES MONTES, Manuel de Jesús. Variação nictemeral do fitoplâncton e parâmetros hidrológicos no Canal de Santa Cruz, Itamaracá, PE. Recife, 1997. 197f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos sobre a variação nictemeral dos parâmetros físicos, químicos e fitoplanctônicos, foram realizados nas Barras Norte e Sul do Canal de Santa Cruz, Itamaracá - PE, objetivando identificar a influência do hidrodinamismo sobre a variação e distribuição dos organismos fitoplanctônicos, durante ciclos periódicos de marés, em diferentes estações do ano, em duas secções transversais. O objetivo básico do estudo, foi a determinação espacial e temporal da temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, transparência, pH, elementos nutrientes, composição e densidade fitoplanctônica. Hidrologicamente, o Canal de Santa Cruz está caracterizado por um regime de salinidade eualino/polialino, apresentando um pequeno índice de variação térmica. Os valores de oxigênio dissolvido foram elevados, não se caracterizando indícios de instabilidade na coluna de água. Associados a estes valores, o pH manteve-se alcalino durante todo o período considerado. Os valores de nitrito-N e nitrato-N, foram mais elevados durante o período chuvoso, enquanto que os valores de amônia-N, fosfato-P e silicato-Si, foram mais elevados no período seco. As densidades máximas fitoplanctônicas foram registradas na Barra Orange no período chuvoso, com 4.460.000cel.L-1, com destaque para as diatomáceas, entre as quais a mais abundante foi Thalassiosira sp com densidade máxima de 3.900.000cel.L-1; o segundo grupo importante foi dos fitoflagelados para as duas Barras, principalmente no período seco, quando apresentou densidade máxima de 2.130.000cel.L-1 na Barra Catuama. As espécies dominantes e muito freqüentes foram Thalassiosira sp, Coscinodiscus centralis, Coscinodiscus sp, Guinardia stolferfothii e Amphora arenaria na Barra Orange e Fitoflagelados, Diatomácea Pennatae: Chaetoceros lorenzianus e Asterionellopsis glacialis, na Barra Catuama. Com exceção das clorofíceas, euglenofíceas e cianofíceas originárias da água doce, todos os demais componentes são de origem marinha, o que indica um transporte significativo de espécies para ambientes de condições mais favoráveis. O índice de diversidade foi influenciado pelos blooms registrados, ficando entre baixo a médio, porém, devido ao número elevado de espécies nesta área, a população foi eqüitativa. A relação Si:P, foi sempre muito elevada, mostrando que o silicato-Si não foi em momento algum, fator limitante, ao contrário do nitrogênio, quando a relação N:P foi baixa no período chuvoso e muito baixa no período seco, comprovando que nesta área, este elemento é o fator limitante para o desenvolvimento quantitativo e qualitativo do fitoplâncton. A variação nictemeral de alguns componentes hidrológicos e fitoplanctônicos, indicam que, além da dinâmica decorrente dos movimentos de marés, existem outros parâmetros abióticos como bióticos capazes de alterar sensivelmente as condições ambientais num curto período de tempo, aspectos geralmente pouco considerados e capazes de provocar modificações na composição florística e densidade do fitoplâncton. 142 61 597.5 CDU (2.ed.) UFPE 597.5 CDD (20.ed.) BC-97-189 TÍTULO: BIOLOGIA POPULACIONAL DE Stegastes fuscus 1830 (TELEOSTEI, POMACENTRIDAE) DOS RECIFES DE TAMANDARÉ, PERNAMBUCO, BRASIL. MESTRANDA: Sílvia Helena de Andrade Lima ORIENTADORA: Dra. Beatrice Padovani Ferreira DATA DA DEFESA: 26 de março de 1997. LIMA, Sílvia Helena de Andrade. Biologia populacional de Stegastes fuscus 1830 (Teleostei, Pomacentridae) dos Recifes de Tamandaré, Pernambuco, Brasil. Recife, 1997. 146f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos foram realizados com o intuito de determinar a idade, o crescimento e aspectos da reprodução de Stegastes fuscus (Pisces: Pomacentridae). Exemplares foram coletados com redes e arpão mensalmente, através de mergulho livre nos recifes de Tamandaré, Pernambuco, Brasil. Dados de freqüência de comprimento e idade foram utilizados para a obtenção dos parâmetros da curva de crescimento. A idade individual foi determinada a partir de otólitos seccionados transversalmente. Seções de otólitos mostraram um claro padrão de bandas opacas e translúcidas. Bandas opacas foram contadas e inicialmente atribuídas à idade do peixe. A validação de leituras foi realizada através de experimentos com exemplares injetados com tetraciclina (50mg de tetraciclina/Kg de peixe) e mantidos em aquários por períodos entre três meses e um ano. A época de desova foi determinada através de dados de histologia de gônadas e através de análise da variação de índice gonadossomático. Resultados mostraram que bandas opacas em seções de otólitos de S. fuscus são depositadas em uma base anual. As idades obtidas através de leituras em otólitos variaram entre 0 a 15 anos. Análises do tipo de margem em otólitos de indivíduos coletados mensalmente, sugeriram que bandas opacas são depositadas entre setembro e março, durante a estação seca. Leituras de otólitos de indivíduos marcados com tetraciclina corroboraram estes resultados. Distribuição de freqüência de comprimento não mostraram clara progressão de modas. A constante de crescimento (K) obtida a partir destes dados variou entre 0,5 a 0,6. Estes valores foram substanciadas corrigidos através de curva de crescimento determinada com dados de comprimento por idade. A curva de comprimento por idade mostrou um K de 0,19. A alta variabilidade do comprimento por idade mostrou que S. fuscus apresenta variabilidade do crescimento individual. Análises histológicas mostraram que esta espécie apresenta desenvolvimento gonadal assincrônico. As maiores ocorrências de indivíduos maduros e desovados para a amostrada, evidência de uma maior atividade reprodutiva, foram verificadas no período de setembro a março. Os maiores valores de IGS (%), também ocorreram neste período e coincidiram com a estação seca para a região. Em contraste, fêmeas e machos em repouso predominaram nos meses de abril a agosto (estação chuvosa), onde foram observados os menores valores de IGS (%). O desenvolvimento assincrônico observado nos ovários indica que S. fuscus é um desovado parcial. Fatores como turbidez e turbulência da água, além de temperatura, podem estar influenciando a sazonalidade na desova de S. fuscus. Apesar da sincronicidade entre as épocas de desova e o período de deposição de banda opaca, concluiu-se que a atividade reprodutiva não foi o fator que estimulou a deposição de anéis em otólitos, uma vez que anéis anuais foram observados em juvenis e adultos. O presente estudo mostrou que otólitos foram estruturas confiáveis para a determinação de idade de S. fuscus, a qual é uma espécie de média longevidade e crescimento lento. 143 62 574.587 CDU (2.ed.) UFPE 574.52636 CDD (20.ed.) BC/97-199 TÍTULO: PROSPEÇÃO DO MEIOBENTOS MEDIOLITORÂNEO DA BAÍA DE TAMANDARÉ, LITORAL SUL DE PERNAMBUCO COM ESPECIAL ÊNFASE AOS ACARI. MESTRANDA: Goretti Sônia da Silva ORIENTADORA: Dra. Verônica Gomes da Fonseca Genevois CO-ORIENTADORA: Dra. Ângela Isidro de Farias DATA DA DEFESA: 25 de abril de 1997. SÔNIA DA SILVA, Goretti. Prospeção do meiobentos mediolitorâneo da baía de Tamandaré, litoral sul de Pernambuco com especial ênfase aos Acari. Recife, 1997. 106f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Os meiobentos da Planície Costeira da Baía de Tamandaré, litoral sul de Pernambuco, foi prospectado de maio a setembro em período de maior pluviosidade, nos anos de 1994 e 1995. Objetivou-se a caracterização quanto-qualitativa dos grandes grupos componentes da comunidade mediolitorânea e a avaliação da eficiência do método de extração de Acari, pela técnica de dessecação de amostras, através do Funil de Berlese como comparação à técnica de extração por peneiramento úmido. Amostras biosedimentológicas foram coletadas com tubo PVC de 10cm de comprimento de 5cm de área interna, em um metro quadrado imaginário, totalizando 24 sub-amostras, sendo 12 para técnica de Funil de Berlese e 12 para o peneiramento úmido. O meiobentos apresentou-se composta por Foraminíferida, Turbellaria, Gastrotricha, Nematoda, Gastropoda, Polychaeta, Oligochaeta, Copepoda, larvas de Crustacea e Acari. A densidade máxima de 1.234ind. 10cm-2 foi determinada no extrato superficial (0 10cm de profundidade). Em termos de freqüência de ocorrência não houve qualquer grupo que se destacasse como dominante. Considerando a distribuição espaço-temporária qualitativa do meiobentos, grupos de Foraminiferida, Nematoda e Acari, foram de distribuição contínua nos meses dos dois anos amostrados. As técnicas aplicadas na extração do taxo Acari foram eficientes e, pelo Funil de Berlese, observou-se densidade máxima de Acari meiobentônicos para um menor tempo de exposição de amostras à luz. Através da análise de Wilcoxon/Manwitney, verificou-se que as amostras não pertencem a mesma população e, portanto, o número de indivíduos coletados depende do procedimento empregado. 144 63 595.384.2 CDU (2.ed.) UFPE 595.3842 CDU (20.ed.) BC-97-147. TÍTULO: TAXONOMIA, BIOGEOGRAFIA E ECOLOGIA DO GÊNERO Chasmocarcinus, RATHBUN, 1898, NO LITORAL BRASILEIRO CRUSTACEA, DECAPODA, GONEPLACIDAE). MESTRANDO: Petrônio Alves Coelho Filho ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 29 de abril de 1997. COELHO FILHO, Petrônio Alves. Taxonomia, biogeografia e ecologia do gênero Chasmocarcinus, Rathbun, 1898, no litoral brasileiro (Crustacea, Decapoda, Goneplacidae). Recife, 1997. 131f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O gênero Chasmocarcinus Rathbun, 1898, é freqüentemente encontrado na Plataforma Continental brasileira em fundos lamosos e areno-lamosos. Apesar de descritas. Existem cerca de 26 trabalhos mencionando esses caranguejos no litoral do Brasil, dos quais 15 foram realizados por pesquisadores brasileiros. Esses trabalhos contudo, constituem registros de ocorrências e descrições de espécies, não tendo sido feita nenhuma revisão dos aspectos sistemáticos e distribucionais. Levando em conta estes fatos, foi programada uma revisão deste grupo, onde para tal, foram analisados cerca de 664 exemplares provenientes das coleções carcinológicas do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco e do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, recolhidas em 104 estações oceanográficas ao longo da costa brasileira. São fornecidas para o gênero estudado: sinonímia, descrição, distribuição geográfica, espécie tipo, gênero gramatical, número de espécies no Brasil, afinidades filogenéticas e chave para identificação das espécies que ocorrem no Brasil. As espécies foram estudadas sob 3 aspectos: sistemática, distribuição geográfica e distribuição ecológica (batimetria, temperatura e salinidade do fundo e, os tipos de substrato). Observou-se ainda as associações entre as espécies levando em conta os parâmetros abióticos, através da análise de grupamentos, pelo índice de Jaccard e ligações por UPGMA, e pela análise dos componentes principais, baseado no coeficiente Momento-produto de Pearson; todas as análises foram feitas através do programa NTSYS-pc versão 1.3. Com isso, o gênero Chasmocarcinus está representado no Brasil por C. peresi Rodrigues da Costa, C. rathbuni Bouvier, C. typicus Rathbun, e por 3 espécies novas para a ciência (C. arcuatus, C. hirsutipes e C. meloi); fica descartada até o momento a presença de C. cylindricus Rathbun no litoral brasileiro. C. arcuatus, C. peresi e C. typicus possuem uma variação na forma da quela maior do macho, relacionada com a maturidade sexual. Com relação a distribuição geográfica, C. arcuatus, C. meloi e C. peresi possuem padrão de distribuição neotropical, C. hirsutipes é classificada como neotemperada. Quanto a ocorrência nas províncias zoogeográficas, apenas não são encontradas na Guianense C. meloi e C. rathbuni, na Brasileira C. hirsutipes e C. rathbuni, e na Paulista ocorrem apenas C. rathbuni e C. typicus. C. arcuatus, C. hirsutipes e C. peresi são consideradas espécies costeiras, enquanto que C. rathbuni é considerada profunda e, C. meloi e C. typicus como euribatas. No que diz respeito a temperatura da água do fundo, C. rathbuni e C. typicus são encontradas em águas temperadas-quente, C. meloi é estritamente tropical, C. hirsutipes equatorial e, C. arcuatus e C. peresi são trópico-equatoriais. Quanto a salinidade do fundo, todas as espécies estudadas são eurialinas. C. rathbuni e C. meloi são classificadas como vasícolas, podendo a última ocorrer em fundos organogênicos; C. arcuatus, C. hirsutipes e C. typicus são vasícolas tolerantes; C. peresi é uma espécie arenícola tolerante. A análise da similaridade ecológica das espécies estudadas com relação aos fatores abióticos, evidenciou três sub-grupos. 145 64 595.384.1 CDU (2.ed.) UFPE 595.388 CDD (21.ed.) BC-97-243. TÍTULO: O CAMARÃO SETE-BARBAS, Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) (CRUSTACEA, DECAPODA, PENAEIDAE) NO NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDA: Maria do Carmo Ferrão Santos ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho CO-ORIENTADORA: M.Sc. Marilena Ramos Porto DATA DA DEFESA: 22 de agosto de 1997. SANTOS, Maria do Carmo Ferrão. O camarão Sete-Barbas, Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Crustacea, Decapoda, Penaeidae) no nordeste do Brasil. Recife, 1997. 249f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Em 1986, o IBAMA-CEPENE iniciou o projeto “Biologia e Potencial de Camarão Marinho”, o qual subsidiou o presente trabalho, direcionado ao estudo do camarão sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) no Nordeste do Brasil. Consistiu em realizar um levantamento bibliográfico sobre a espécie, registrar informações sobre produção e esforço de pesca dos barcos camaroneiros que atuavam ao largo de Tamandaré (Pernambuco) e da foz do rio São Francisco (Alagoas/Sergipe), e da amostragem biológica mensal, dos camarões desembarcados nas localidades supracitadas, além de Luís Correia (PI) e Ilhéus (Bahia), totalizando em 61.273 espécimens. Dados fluviométricos e pluviométricos foram adquiridos para verificar sua influência sobre a espécie. A média de machos desembarcados nas localidades estudadas foi de 47,2%. Ocorreu maior participação de fêmeas em maturação, no Piauí e Alagoas/Sergipe e maturas, em Pernambuco e Bahia. Os dados indicaram um pico de postura em cada semestre do ano, em março e novembro (Piauí), fevereiro e outubro (Pernambuco), fevereiro e setembro (Alagoas/Sergipe) e março e setembro (Bahia). Para o nordeste como um todo, a primeira maturação das fêmeas ocorre quando estas atingem 12,5mm de carapaça (entre 4 e 5 meses de vida), e todas Completam sua maturidade sexual, quando alcançam 19,00mm (7 a 8 meses de vida). As fêmeas apresentam tamanho superior aos machos (L00 = 16,5mm de carapaça), com crescimento mais lento (K = 1,14). Foi traçada a curva de crescimento, para cada localidade e sexo. Alguns aspectos sobre o comportamento da espécie, também foram observados. Obteve-se a expressão que correlaciona o comprimento total e da carapaça, para machos e fêmeas. O pico de recrutamento foi identificado pelo método de menor comprimento médio mensal, pela probabilidade de captura (L50) e pela presença de fêmeas imaturas, os quais geraram um período mais importante, entre julho e agosto, na área compreendida entre o Piauí e Pernambuco e abril a maio, de Alagoas a Bahia. Foi evidenciado a existência de dois picos de recrutamento durante um ano, entretanto, em alguns casos, o pico menor demonstrou ser uma recuperação para o grande recrutamento. Os parâmetros da população foram Z = 7,78; M = 3,70 e E = 0,49 para os machos e Z = 3,74; M = 3,29 e E = 0,42 para as fêmeas. As probabilidades de capturas (L25, L50, e L 75) foram mencionadas para cada localidade e sexo. Informações sobre a frota camaroneira, produção, esforço de pesca, captura por unidade de esforço e avaliação de estoque foram também apresentadas 146 65 639..44 CDU (2.ed.) UFPE 639.4 CCD (20.ed.) BC-97-215. TÍTULO: MOLLUSCA BIVALVIA: AQUICULTURA. RECURSO NA PESCA ARTESANAL E MESTRANDO: Hênio do Nascimento Melo Júnior ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Mello DATA DA DEFESA: 12 de setembro de 1997. MELO JÚNIOR, Hênio do Nascimento. Mollusca Bivalvia: Recurso na pesca artesanal e aquicultura. Recife, 1997. 138f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O Brasil é possuidor de extenso litoral, com excelente potencial de bancos naturais de moluscos bivalves e todas as condições ambientais para o cultivo destes animais; no entanto, o aproveitamento deste recurso é inadequado, exceto algumas tentativas desenvolvidas por Institutos de pesquisa e Universidades. Este estudo tem como objetivo reunir informações pertinentes ao consumo de bivalves no Brasil, para tanto foram utilizadas publicações brasileiras, bem como entrevistas realizadas com comerciantes e marisqueiros. Dessa forma, intencionou-se aglutinar dados que informem a atual realidade do consumo de bivalves e que possam servir de meio de orientação para quem pretenda atuar nesta área. A prática do extrativismo de bivalves tem perpetuado suas características culturais, sociais e econômicas, o que demonstra que o nível de vida do marisqueiro não tem mudado, ainda sim, a mariscagem tem servido, nesta atual realidade, como opção econômica para uma legião de desempregados; os principais problemas da mariscagem estão relacionados com a figura do atravessador, com a falta de conhecimento, por parte do extrativista, do ciclo vital da espécie explorada e com a falta de controle do extrativismo. O comércio de bivalves baseia-se, principalmente, na figura do atravessador, que realiza o fluxo do produto entre o marisqueiro, principal fornecedor no Brasil, e o comerciante; entretanto, observa-se que esta atividade é exercida sem cumprimento da legislação vigente e que, em maioria, não é fiscalizada, o que pode comprometer a saúde dos consumidores. O cultivo de bivalves tem seu desenvolvimento entravado por falta de política de apoio e incentivo, como também, pela falta de legislação definitiva e coerente que regre e proteja as tentativas de cultivo em escala comercial e industrial. Atualmente já se dispõe de tecnologia de cultivo, desenvolvida e adaptada para nossas espécies, porém considera-se que esta atividade está na sua fase primária. Os aspectos institucionais, especificamente a legislação referente ao tema, necessitam de revisão e atualização, contemplando o controle, concessão, fiscalização de áreas de extrativismo e cultivo, da mariscagem, do cultivo, do manejo, do processamento e do comércio. Quanto à implementação, observa-se que, além dos aspectos institucionais, devem-se considerar os resultados de pesquisas e estudos produzidos no Brasil afim de evitar que os investimentos sejam direcionados de forma equivocada, como realizou o Governo em relação ao setor pesqueiro; outro fator importante é o aproveitamento da mão-deobra qualificada existente e a formação de mais profissionais, sejam técnicos de nível médio e/ou superior, como também, investir em geração de tecnologia. Pode-se, portanto, concluir que o Brasil está perdendo grande potencial econômico, quando dever-se-ia ter uma produção, extrativista e cultivada, que abastecesse os mercados interno e externo, gerando circulação de renda, arrecadação de impostos e empregos. 147 66 551.46/F363p C.D.U. C.D.D TÍTULO: PRODUTIVIDADE FITOPLANCTÔNICA RELACIONADA COM ALGUNS ASPECTOS ECOLÓGICOS NO ESTUÁRIO DO RIO CONGO (ITAPISSUMA - PERNAMBUCO). MESTRANDA: Maria Aparecida de Araújo Fernandes ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante CO-ORIENTADORES: Dr. Fernando Antônio do Nascimento Feitosa M.Sc. Maria da Glória Gonçalves da Silva Cunha DATA DA DEFESA: 29 de setembro de 1997. FERNANDES, Maria Aparecida de Araújo. Produtividade fitoplanctônica relacionada com alguns aspectos ecológicos no estuário do rio Congo (Itapissuma – Pernambuco). Recife, 1997. 180f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Essa pesquisa foi desenvolvida no estuário do rio Congo 07º46’ 26” S; 34º53’ 27” W), situado a 50km ao norte da cidade do Recife (PE). Trata-se de um rio litorâneo que apresenta cerca de 2,4km de extensão, nascendo no Município de Itapissuma e desaguando no Canal de Santa Cruz. Apresenta em suas margens uma densa vegetação de mangue do tipo ribeirinho. Com o intuito de ampliar o conhecimento sobre a distribuição espacial e temporal da microflora (biomassa, composição e produção) além do padrão hidrológico associados com os fatores climatológicos é que foi desenvolvido o presente trabalho. As coletas foram realizadas no período de abril/95 a abril/96, em três estações fixas, durante a baixa-mar e preamar de um mesmo dia. As amostras de fitoplâncton foram coletadas através de arrastos superficiais de três minutos, por intermédio de uma rede cônica com abertura de malha de 65µm. Para a determinação da biomassa e produção utilizou-se garrafa de van Dorn, enquanto alíquotas de água para a determinação dos parâmetros hidrológicos foram obtidas com garrafa de Nansen. A determinação da biomassa fitoplanctônica foi realizada por medidas da concentração da clorofila a, através de espectrofotometria, e a produção através do C14, utilizando-se a incubação in situ, durante três horas. De acordo com os resultados climatológicos percebe-se a existência de dois períodos distintos: período chuvoso (março a agosto) e período de estiagem (setembro a fevereiro). Já os parâmetros hidrológicos mostraram tratar-se de um estuário homogêneo com regime salino-mesoalino a eualino, isento de poluição orgânica a industrial. A microflora esteve constituída por 134 espécies, destacando-se o grupo das diatomáceas, dentre elas: Nitzschia Iorenziana (95,89%), Surirella febigerii (94,52%), Amphiprora alata (94,52%), Cylindroteca closterium (90,41%), e ainda a cianofícea Oscillatoria spp (71,23%) como organismos mais freqüentes. A associação de espécies e parâmetros ambientais evidenciou um único grupo predominando as espécies caracteristicamente eurialinas. A biomassa fitoplanctônica total não demonstrou variação sazonal, cujos valores oscilaram entre 3,0 e 26,58mg.m-3, sendo a fração entre 0,45 e 20µm a que mais contribuiu na área estudada. A produção fitoplanctônica esteve mais elevada no período chuvoso com teores variando entre 5,16 e 78,17mgC.h-1.m-3. A taxa de assimilação do fitoplâncton demonstrou indícios de esgotamento nutricional. 148 67 551.46/L363p C.D.U. C.D.D TÍTULO: PEIXE-BOI MARINHO (Trichechus manatus): DISTRIBUIÇÃO, STATUS DE CONSERVAÇÃO E ASPECTOS TRADICIONAIS AO LONGO DO LITORAL NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDO: Régis Pinto de Lima ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante DATA DA DEFESA: 29 de setembro de 1997 LIMA, Régis Pinto de. Peixe-boi marinho (Trichechus manatus): Distribuição, status de conservação e aspectos tradicionais ao longo do litoral nordeste do Brasil. Recife, 1997. 81f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O Brasil tem o privilégio de possuir em suas águas jurisdicionais duas das quatro espécies da Ordem Sirenia, o peixe - boi marinho (Trichechus manatus) e o peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis). Ambas espécies estão sob ameaça de extinção e até o início da década de oitenta não havia esforços institucionais para à pesquisa e à conservação dos sirênios no Brasil. O Projeto Peixe-Boi Marinho, vinculado inicialmente ao IBDF (Governo Federal) começa suas primeiras atividades pelo Estado da Paraíba, onde fica evidente a necessidade do conhecimento da distribuição da espécie ao longo do litoral brasileiro. A presente dissertação trata de um extenso levantamento realizado no período entre 1990/1991, englobando 7 Estados nordestinos, 182 localidades e 538 entrevistas direcionadas à pessoas ligadas ao ambiente do peixe-boi marinho. Observou-se uma distribuição descontínua da espécie ao longo de aproximadamente 2.000km. A espécie parece ter diminuído na sua área de distribuição, pois o litoral de Sergipe não tem registros ou avistagens há pelo menos 12 anos. O litoral sul de Alagoas parece ser o ponto mais meridional da distribuição de Trichechus manatus, registrando-se ocorrências nos demais Estados nordestinos. As maiores médias de ocorrência por Estado e localidade ocorreram no litoral paraibano, no estuário do rio Mamanguape. Duas descontinuidades marcam a ausência da espécie nessa região costeira, a primeira de aproximadamente 200km entre a Barra de Camaragibe (AL) e Recife (PE), com provável desaparecimento da espécie num período superior há 50 anos. A outra descontinuidade tem aproximadamente 300 km e estende-se pelo litoral do Ceará, entre Iguape à Jericoacoara, com ausência total de informações sobre a espécie. A abundância estimada para a zona costeira nordestina é aproximadamente de 278 peixes-bois. Parece haver diferenças significativas entre as médias do número de peixes-bois quando relacionados à disponibilidade de alimento e ocupação humana da costa, não sendo significativa quando relacionados ao tipo de ambiente e variação temporal da abundância pelo menos nos últimos 50 anos. A maior causa de mortalidade de peixe-boi indicada pelos entrevistados foi o arpão, que parece ter caído em desuso. Atualmente o encalhe de filhotes em praias do Rio Grande do Norte e Ceará parece ser uma das principais causas de captura, seguida de morte intencional. Este estudo permitiu o resgate do saber empírico das comunidades tradicionais ao longo de uma extensa área e através de metodologia apropriada analisou e demonstrou o atual status de Trichechus manatus na costa nordeste do Brasil, tarefa muito difícil ou impraticável por outros métodos. Pelo caráter conservacionista, realizou a mais extensa campanha para a participação popular na proteção do peixe-boi marinho. Também sugere ações imediatas e elaboração de uma estratégia de pesquisa e conservação do peixe-boi marinho no Brasil. 149 589.4 C.D.D. (20a Ed.) 68 TÍTULO: FITOPLÂNCTON DO ESTUÁRIO DO RIO JAGUARIBE, (ITAMARACÁ, PERNAMBUCO, BRASIL): ECOLOGIA, DENSIDADE, BIOMASSA E PRODUÇÃO. MESTRANDA: Terezinha Lúcia dos Santos Fernandes ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante CO-ORIENTADORES: Dr. Sílvio José de Macêdo Dra. Maria Luise Koening DATA DA DEFESA: 30 de setembro de 1997. SANTOS-FERNANDES, Terezinha Lúcia dos. Fitoplâncton do estuário do rio Jaguaribe, (Itamaracá, Pernambuco, Brasil): Ecologia, densidade, biomassa e produção. Recife, 1997. 175f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O rio Jaguaribe está situado na Ilha de Itamaracá entre os paralelos geográficos 07º43’ 32” a 07º45’ 32” de latitude sul e 34º50’ 14” a 34º51’ 05” de longitude oeste. Visando conhecer a ecologia, biomassa, densidade e a produção fitoplanctônica, foram feitas coletas mensais, no período de maio/95 a julho/96, em três (3) estações fixas durante as baixa-mares e preamares, na camada superficial e profundidade máxima local. Os parâmetros climatológicos foram originados da Estação Meteorológica de Itapirema, (Goiana, Pernambuco). Foram registrados in situ dados sobre transparência da água, profundidade local, temperatura, e concomitantemente foram coletadas amostras d’água com auxílio de garrafas coletoras tipo Nansen e van Dorn para análises dos parâmetros hidrológicos (oxigênio dissolvido, demanda bioquímica do oxigênio, salinidade, pH, nitrito, fosfato e silicato) e fitoplanctônicos (densidade, biomassa e produção). As amostras para estudo do microfitoplâncton foram obtidas através de arrastos horizontais superficiais com rede de 65µm de abertura de malha, durante três (3) minutos. A biomassa fitoplanctônica medida através das concentrações de clorofila a, e os feopigmentos foram analisados utilizando-se o método espectrofotométrico, descrito por Strickland & Parsons (1968) e Lorenzen (1967). A densidade e identificação do microfitoplân-cton foi determinada através da contagem direta em lâminas do material fixado, com alíquotas de 0,5mL A produção primária foi medida através da quantidade do carbono radioativo (14C) absorvido pelo fitoplâncton, utilizando a incubação in situ e a leitura através da cintilação líquida. Dentre os parâmetros ambientais, a precipitação pluvial foi o de maior influência, e na sua ausência, ou mesmo nas preamares a influência marinha foi bastante significativa, determinando a maior ou menor produção fitoplanctônica. Quanto ao microfitoplâncton foram identificados cento e dezoito (118) taxa, destacando-se as Bacillariophyceae com oitenta e nove (89) espécies, dominando Asterionellopsis glacialis com grande florescimento no período chuvoso, Bellerochea malleus, Cyclotella sp. Chaetoceros compressus, Chaetoceros sp.1, Leptocylindrus sp. e Thalassiosira sp.; as Cyanophyceae com vinte e duas (22) espécies, destacando-se Phormidium molle; Dinophyceae, com cinco (5) espécies; Chlorophyceae, com uma espécie e Euglenophyceae com o gênero Euglena destacando-se no início do período chuvoso. A biomassa fitoplanctônica, clorofila a, apresentou índices bastante elevados variando entre 1,35 a 38,47mg.m-3, sendo a fração menor que 20µm a mais importante com valores entre 57,78 a 90,59% da biomassa primária total. A produtividade oscilou entre 1,32 a 57,84mg C.m-3.h-1 e de acordo com os dados obtidos o estuário pode ser classificado como um ambiente eutrófico e isento de poluição orgânica. 150 69 582.26 CDU (2.ed.) UFPE 589.4 CCD (20.ed.) BC-97-212 TÍTULO: UTILIZAÇÃO DE ÁGUA RESIDUÁRIA COMO MEIO ALTERNATIVO PARA O CULTIVO DE MICROALGAS. MESTRANDO: Rauquírio André Albuquerque Marinho da Costa ORIENTADORA: Dra. Maria Luise Koening DATA DA DEFESA: 30 de setembro de 1997 COSTA, Rauquírio André Albuquerque Marinho da. Utilização de água residuária como meio alternativo para o cultivo de microalgas. Recife, 1997. 107f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Bioensaios foram realizados a fim de testar a eficiência de diferentes adições de água residuária secundariamente tratada como meio de cultura alternativo para o cultivo de Chaetoceros gracilis e Thalassiosira sp (Chrysophyceae), Dunaliella viridis e Tetraselmis chuii (Chlorophyceae) em laboratório. Estas algas foram cultivadas em água do mar pura e concentrações de 10, 20, 30 e 40% de água residuária utilizando-se água do mar como diluente, sendo os resultados comparados com os obtidos pelo meio nutritivo f2 de Guillard (1975). Todas unidades testadas foram mantidas a uma temperatura de 22 ± 1ºC e sob iluminação constante por um período de 21 dias na primeira fase experimental e 22 dias para a segunda fase experimental. A água do mar e a água residuária utilizadas foram previamente filtradas em filtros Wattman e autoclaves por um período de 45 minutos a uma atmosfera (1 ATM) a fim de evitar contaminantes biológicos iniciais. As análises de nutrientes foram realizadas no primeiro, sétimo e vigésimo primeiro dias. As densidade celulares foram registradas diariamente e a biomassa, em termos de concentração de clorofila-a, foi determinada periodicamente a cada quatro dias. Os resultados obtidos demonstraram que a concentração dos nutrientes foi elevada em todas as unidades experimentais, exceto para água pura. Os melhores resultados observados, em termos de densidade celular, foram registrados nas adições de 40%, exceto para Tetraselmis chuii, cujos valores mais elevados, foram registrados para a adição de 30%. Foram observadas diferenças significativas (nível de significância de 5%) entre o meio nutritivo f2 e a adição de 40% para todas as espécies utilizadas. As densidades celulares máximas observadas para todas as adições testadas foram de 4.125,00 x 103 células/ml para Chaetoceros gracilis no nono dia, 834,00 x 103 células/ml para Thalassiosira sp no quinto dia, 1.536,25 x 103 células/ml para Dunaliella viridis no sétimo dia na adição de 40% e 1.298,75 x 103 células/ml para Tetraselmis chuii no décimo terceiro dia na adição de 30%. Para as taxas de crescimento durante a fase exponencial foram registrados os valores máximos de 5,287 divisões/dia para Chaetoceros gracilis na adição de 20%, 2,947 divisões/dia para Thalassiosira sp na adição de 40%, 2,114 para Dunaliella viridis na adição de 30% e 2,278 divisões/dia para Tetraselmis chuii na adição de 40%. Com relação a biomassa entretanto, esta foi mais elevada no meio nutritivo f2 que os outros tratamentos, atingindo valores médios de 1,440µg/ml para Dunalliella viridis. Em todas as unidades experimentais, os melhores resultados foram registrados na adição de 40%, onde foram observados valores de 0,768µg/ml no quinto dia para Chaetoceros gracilis, 0,883µg/ml no décimo terceiro dia para Thalassiosira sp, 0,559µg/ml e 0,251µg/ml no nono dia para Dunaliella viridis e Tetraselmis chuii, respectivamente. Para todas as espécies, a análise estatística dos dados de biomassa demonstraram haver diferenças entre os tratamentos f2 e a adição de 40%. Desta maneira pode-se considerar que a água de esgoto secundariamente tratada pode ser usada como meio para o cultivo das quatro espécies testadas, embora tenha sido mais eficiente para a produção das Chrysophyceae Chaetoceros gracilis e Thalassiosira sp. Devido aos elevados custos da produção em larga escala de microalgas como fonte de alimentos para os organismos comercialmente importantes empregados na aquicultura, sugere-se este meio alternativo devido ao baixo custo e facilidade de aquisição. Por outro lado, deve-se ressaltar que estas microalgas são capazes de reduzir a concentração de nutrientes à níveis de 70%90% de sua concentração inicial, constituindo-se uma alternativa importante para o tratamento terciário de esgotos em estações de tratamento. 151 70 582.26 CDU (2.ed.) UFPE 589.4 CCD (20.ed.) BC-97-212 TÍTULO: ESTUDO ECOLÓGICO DOS BIVALVES ENDOPSÂMICOS MÉDIO LITORÂNEOS DO ESTUÁRIO DO RIO PARIPE (ITAMARACÁ PERNAMBUCO). MESTRANDO: Assis Lins de Lacerda Filho ORIENTADORA: Dra. Deusinete de Oliveira Tenório CO-ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 26 de setembro de 1997. LACERDA FILHO, Assis Lins de. Estudo ecológico dos Bivalves endopsâmicos médio litorâneos do estuário do rio Paripe (Itamaracá - Pernambuco). Recife, 1997. 57f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos sistemáticos e ecológicos dos bivalves endopsâmicos foram realizados no médiolitoral de substrato inconsolidadodo estuário do rio Paripe - Itamaracá - PE (Brasil), no período de fevereiro/1994 a fevereiro/1996. Coletados manualmente dados hidrológicos (temperatura e salinidade) foram obtidos em 11 estações em três áreas distintas em diferentes partes do estuário. Dados climatológicos foram fornecidos pelo INMET, estação Curado, em Recife - PE; e da estação de Igarassu pertencente ao IPA do Governo do Estado de Pernambuco. As estações foram definidas, dentro de cada área, de acordo com as características dos diferentes tipos de substrato, exposição ao sol, unectação e proximidade ao leito do respectivo rio. Amostragens quantitativas, para o estudo do bentos, foram realizadas com cubo de metal de 50 x 50 x 50cm que abrange uma área de 0,25m2. Esse cubo foi enterrado no solo e todo sedimento em seu interior removido até a profundidade de 25cm, e acondicionado em baldes de 10 litros. Foram identificadas 5 espécies de bivalves endopsâmicos: Lucina pectinata (Gmelin, 1791), Tellina lineata Turton, 1819, Tagelus plebeius (Lightfoot, 1786), Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791) e Corbula caribaea Orbigny, 1842. A distribuição destas espécies esteve intimamente relacionada aos parâmetros sedimentológicos, sendo T. lineata e A. brasiliana mais freqüentes na fração areia e as espécies C. caribaea e T. plebeius na fração mais lamosa. As espécies A. brasiliana, T. lineata e T. plebeius tiveram correlação positiva com as frações cascalho e areia muito grossa, enquanto que a espécie C. caribaea correlacionou-se positivamente com areia muito fina e lama. Embora a temperatura da água intersticial não tenha exercido influência sobre a distribuição espacial e temporal das espécies estudadas, o mesmo não foi observado para a salinidade da coluna d’água, visto que seus valores influenciaram a distribuição espacial deste povoamento. 152 71 51.46/M444a C.D.U. C.D.D TÍTULO: ASPECTOS SOBRE A BIOLOGIA E DINÂMICA POPULACIONAL DE Rhizoprionodon porosus (POEY, 1861) (PISCES - ELASMOBRANCHII CARCHARHINIDAE) NA PLATAFORMA CONTINENTAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO. MESTRANDO: Sérgio Macêdo Gomes de Mattos ORIENTADOR: Dr. José Arlindo Pereira CO-ORIENTADORA: Dra. Beatrice Padovani Ferreira DATA DA DEFESA: 27 de março de 1998. MATTOS, Sérgio Macêdo Gomes de. Aspectos sobre a biologia e dinâmica populacional de Rhizoprionodon porosus (Poey, 1861) (Pisces - Elasmobranchii - Carcharhinidae) na plataforma continental do Estado de Pernambuco. Recife, 1998. 99f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO A importância dos estudos sobre a biologia e a dinâmica populacional de estoques de tubarões sob intensa exploração pesqueira, traduz-se no estabelecimento de parâmetros que auxiliem no adequado ordenamento da pesca, para garantir a perfeita administração do recurso, uma vez que esses animais possuem maturação tardia, baixa fecundidade e alta longevidade, tornando-os mais susceptíveis à pesca do que os peixes ósseos. A população de Rhizoprionodon porosus (Poey, 1861) analisada no presente trabalho habita regiões com pouca variação dos parâmetros físico-químicos da água, onde as necessidades reprodutivas e alimentar são individualizadas, com cada espécime exercendo sua função trófica de forma oportunista, de acordo com a disponibilidade de alimento em seu habitat, e sua função reprodutora em virtude de sua condição nutricional. O elevado esforço observado captura, cada vez mais, indivíduos de crescimento rápido nos estágios iniciais de vida, e indivíduos adulto de pequeno porte e crescimento lento, os quais conseguem transmitir sua informação genética para gerações futuras, podendo alterar os parâmetros relacionados à fecundidade, maturação e recrutamento. A maior participação relativa de fêmeas adultas e machos juvenis na amostra, sugere que a população segrega-se por tamanho, sexo e estágio de maturação e que a atividade da pesca restringe-se à zonas costeiras, sem atingir o talude continental. As informações obtidas na presente pesquisa indicam uma baixa abundância de espécies, a qual impede, a curto prazo, qualquer incentivo de aumento do esforço. As relações morfométricas e merísticas obtidas na análise da população demonstraram que as diferenças encontradas podem indicar a existência uma subespécie, em virtude das condições ambientais registradas e grande distribuição de ocorrência dessa espécie, devendo-se atentar para a possibilidade de existência de populações geneticamente distintas. As curvas de crescimento, tanto em comprimento quanto em peso, demonstram que as fêmeas atingem maiores dimensões que os machos, mas esses crescem mais rápido, identificando-se que os valores de K, t0 e L00 encontrados são compatíveis se comparados com outras espécies do gênero e com outros grupos de tubarões de pequeno e médio portes. O presente trabalho objetiva, mediante o acompanhamento da pesca artesanal no litoral do Estado de Pernambuco: (a) estudar alguns aspectos da biologia e da dinâmica populacional do tubarão rabo-seco Rhizoprionodon porosus (Poey, 1861); (b) avaliar sua importância para a pesca artesanal do Estado. Procurou-se observar as diversas características da biologia reprodutiva de R. porosus, possibilitando estudos comparativos com a idade e o crescimento dessa espécie, aliado àqueles sobre as condições ambientais e de pesca, para concluir sobre a necessidade de adequadamente gerenciar esse importante recurso pesqueiro. 153 72 551.46/P436h C.D.U. C.D.D TÍTULO: HIDRODINÂMICA E SEDIMENTOLOGIA DA PRAIA DE CASA CAIADA - PE, BRASIL. (ABIÓTICA) MESTRANDA: Luci Cajueiro Carneiro Pereira ORIENTADORA: Dra. Carmen Medeiros de Queiroz DATA DA DEFESA: 26 de junho de 1998. PEREIRA, Luci Cajueiro Carneiro. Hidrodinâmica e sedimentologia da praia de Casa Caiada - PE, Brasil. (Abiótica). Recife, 1998. 96f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO A praia de Casa Caiada, situada a norte de Olinda (7º58’ 45” e 7º59’ 40” Lat. S, 34º50’ e 34º50’ 20” Long. W) está semi-encerrada por três quebra-mares e um espigão, construídos para conter o processo erosivo na área. Apesar dessas obras, a erosão persiste e muros de concreto e enrocamentos continuam sendo construídos. Este estudo visou a caracterização morfodinâmica e a compreen-são dos processos responsáveis pelo transporte de sedimentos na área. Informações desta natureza, deveriam anteceder a execução de obras, permitindo maximizar sua efetividade e minimizar seus custos e resultados indesejáveis. Infelizmente, esta não tem sido a seqüência de eventos na região. Os trabalhos foram realizados de dez/95 a nov./96 e incluíram o monitoramento de perfis de praia, amostragem de sedimentos, caracterização de ventos, correntes e marés. Os nivelamentos topográficos foram realizados mensalmente a partir de 6 pontos de cota e posição conhecidas, utilizando-se nível Zeiss. A partir destes também foi possível a determinação da declividade e do volume praial. Amostras de sedimentos foram coletadas ao longo de cada perfil e posteriormente peneiradas para separação das frações cascalho (>2,000µm), areia (>0.062 e <2,000µm) e lama (<0.062µm). O material foi analisado morfoscopicamente com lupa binocular Coleman com base em Powers apud Scholle (1979), Leeder (1982), Suguio (1973) e Mabessoone (1983). A circulação na área foi inferida a partir das medições da intensidade e direção das correntes, em 9 pontos, 2 profundidades, obtidas durante marés de sizígia, com correntômetro Sensordata SD3 nos meses de Dez/95, Mar/96, Jun./96 e Set./96. A intensidade e direção dos ventos foram determinadas simultaneamente às medições das correntes, em 2 pontos da praia e à diferentes alturas (0,25; 0,50; 1,00; 2,00 e 3,00m) acima da superfície da água, com uso de um anemômetro Casella ou Testo-term e uma alidade manual. As marés foram caracterizadas a partir de séries temporais de 15 dias, obtidas com marégrafo SBE-26, Sea-Bird electronics. O trecho mediano da praia (principalmente próximo ao P3) está sendo erodido, enquanto os trechos extremos (Principalmente nas proximidades do P6) está sendo acrescido. Na praia, predomina a fração areia (>80%) com grãos de quartzo de baixa e alta esfericidade, subangular a arredondados, rugosos e com textura superficial não desgastada a picotada. Os sedimentos adjacentes aos quebra-mares são biogênicos formados por tubos de poliquetas, foraminíferos, briozoários, fragmentos de conchas de moluscos, de corais, carapaças de crustáceos etc., enquanto a fração fina predomina nos sedimentos submersos entre a praia e o quebra-mar. O padrão de circulação é complexo, formando uma célula em resposta à interação dos quebra-mares e as correntes de mares. Em setembro, a intensidade das correntes foram maiores, variando de 5-45cm.s-1, enquanto em março registrou-se as menores valores (3-40cm.s-1). Na área predominam os ventos de SE, com intensidades maiores em setembro (3-6m.s-1) e NE, com intensidades mais amenas (1-4m.s-1) em março. As marés são semidiurnas com altura média de 1.8m. Conclui-se que as obras de contenção efetuadas ao longo da praia de Casa Caiada não resolveram Completamente os problemas erosivos na área, e geraram várias modificações locais, como: o acúmulo de sedimento biogênico adjacente aos quebra-mares; o acúmulo de sedimento fino entre os quebra-mares e a linha de praia. O semi encerramento da área provocou ainda, modificação no transporte sazonal, intensificando o processo erosivo em alguns trechos e acresção em outros. No trecho sul, nos perfis P5 e P6 as pequenas percentagens de lama é decorrente do ambiente ser de pouca profundidade e de baixa energia (transporte S com T). No P3 e P4, a erosão é intensa e a presença de sedimentos mais grosseiros indica que a zona e de alta energia (transporte S com R). O transporte transversal dos sedimentos ocorreu do perfil P5, em direção ao perfil P1 (Dez/95 e Mar/96 - ventos NE) e do perfil P1 para o perfil P6 (Mar/96 e Set./96 - ventos SE). 154 73 551.46/E37h C.D.U. C.D.D TÍTULO: O HOMEM PESCADOR: UM ESTUDO DE ETENOBIOLOGIA DA COMUNIDADE DE VILA VELHA, ITAMARACÁ-PE (BRASIL). MESTRANDO: Soraya Giovanetti El-Deir ORIENTADOR: Dr. José Arlindo Pereira DATA DA DEFESA: 26 de junho de 1998. EL-DEIR, Soraya Giovanetti. O homem pescador: Um estudo de etenobiologia da comunidade de Vila Velha, Itamaracá-PE (Brasil). Recife, 1998. 142f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O manejo dos recursos marinhos é tarefa complexa, sendo que o entendimento da relação etenobiológica nas comunidades tradicionais, com os seus paradigmas comportamentais seculares, poderá servir de base para um modelo de uso menos impactante desses recursos. Este trabalho pretende ser uma contribuição na compreensão da correlação homem x natureza, tendo como objeto de estudo os pescadores de Vila Velha, Itamaracá – PE (7º 48’ - 7º 49’ S e 34º 50’ 34º 51’ W). A comunidade é composta principalmente de jovens (de 0 a 18 anos), considerados como dependentes (2 ã 3 famílias). A incidência do analfabetismo nos mais velho é marcante. As condições de morada são precárias. A medicina popular, homeopática, e bastante difundida. A pesca artesanal é a principal atividade para 42,25 da população, sendo que há desenvolvimento de outras ocupações, com caracter de complementa-ção de renda, como serviços domésticos e agricultura. A questão de gênero está presente na divisão do trabalho. A maioria dos pescadores não está vinculada a Colônia, alegando rendimentos insuficientes para o pagamento da anuidade. Os apetrechos mais usados são a tarrafa, a faca ou foice, o mangote e o jereré, além da linha e anzol. A pescaria mais freqüente é a coleta de Crassostrea rhizophorea (ostra do mangue), Mytella falcata (sururu de pasta) e Anomalocardia brasiliana (marisco pedra). A captura de Ucides cordadus cordadus (caranguejo) e a pesca de Anchoveilla lepdentostole (manjuba) e Opisthonema oglinum (sardinha) são expressivas. A embarcação usada é a canoa ou traineira desprovida de vela. Os processos de conservação e estocagem refletem uma carência tecnológica e administrativa por parte dos pescadores. A maioria dos pescadores afirma que o bioma do Canal de Santa Cruz encontram-se mais degradado do que em décadas anteriores, sendo o desmatamento, o derrame de resíduos domésticos e industriais os fatores impactantes e o uso de jet ski e embarcações a motor. Acreditamos que medidas de educação ambiental, como também um trabalho de fortalecimento institucional, e o desenvolvimento de pesquisas que orientem, melhor a pesca e a delimitação de unidades de conservação poderiam Ter efeito positivo e duradouro para esta comunidade e o meio ambiente do Canal de Santa Cruz. 155 74 551.46/E37r C.D.U. C.D.D TÍTULO: DINÂMICA DA REPRODUÇÃO E CARCTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA E MERÍSTICA DO PEIXE-VOADOR Hirundichthys affinis (GÜNTHER, 1866) EM CAIÇARA - RN. MESTRANDA: Ana Carla Asfora El-Deir ORIENTADORA: Dra. Vera Lúcia Almeida Vieira CO-ORIENTADORA: Dra. Rosângela Paula Teixeira Lessa DATA DA DEFESA: 29 de junho de 1998. EL-DEIR, Ana Carla Asfora. Dinâmica da reprodução e caracterização morfométrica e merística do Peixe-Voador Hirundichthys affinis (Günther, 1866) em Caiçara – RN. Recife, 1998. 152f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Hirundichthys affinis é uma espécie de peixe-voador (Família Exocoetidae) amplamente distribuída em águas tropicais e subtropicais. No Brasil é capturada comercialmente principalmente pela frota artesanal sediada em Caiçara e adjacências, no Estado do Rio Grande do Norte. A pesca é realizada durante o ano todo, com maiores índices de abril a agosto. Estudos de reprodução são importantes para conhecer o ciclo de vida da espécie e as possíveis conseqüências da pesca sobre o estoque, visando uma administração pesqueira adequa-da. No período de abril/96 a agosto/97 foram coletados 866 indivíduos em Caiçara. Os exemplares foram pesados, medidos, eviscerados, suas gônadas foram pesadas, identificados os seus estádios maturacionais e fixadas em formol 10%. Foi calculado o IGS (Índice Gonadossomático), estimada a fecundidade, calculando o fator de condição e medidos ovócitos em 3 porções da gônada (anterior, média e posterior) nos diferentes estádios maturacionais. Foram realizadas medidas morfométricas e contados caracteres merísticos. O comprimento zoológico variou de 18,5 a 26,3 cm e a proporção sexual macho-fêmea foi de 1:2. Quase todos os indivíduos analisados eram adultos. O IGS variou de 0,64 a 15,65 para machos e 0,40 a 20,74 para fêmea, não tendo sido observada uma época definida de desova. A fecundidade média de 51 gônadas analisadas foi de 7187 ovócitos. Foram medidos o diâmetro de 200 ovócitos de cada porção, em 68 exemplares e observou-se uma variação de 100 a 2000 µm, com várias modas o que demonstra uma desova parcelada. Ao longo do ano não observou-se um período definido de desova. 156 75 551.46/H221c C.D.U. C.D.D TÍTULO: CULTIVO EXPERIMENTAL DE TILÁPIA VERMELHA (HÍBRIDO DE Oreochromis spp.) EM VIVEIRO ESTUARINO - ITAMARACÁ - PE. MESTRANDO: Santiago Hamilton ORIENTADOR: Dr. José Arlindo Pereira DATA DA DEFESA: 29 de junho de 1998. HAMILTON, Santiago. Cultivo experimental de Tilápia Vermelha (Híbrido de Oreochromis spp.) em viveiro estuarino – Itamaracá - PE. Recife, 1998. 82f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Neste trabalho realizou-se a comparação do crescimento em tratamento com e sem arraçoamento (tratamento A e tratamento B, respectivamente), da tilápia vermelha (híbrido de Oreochromis niloticus X Oreochromis aureus) através da análise quantitativa dos dados de cultivo experimental em viveiro estuarino. Foram obtidas, para cada tratamento, a relação peso/comprimento, curva de crescimento em peso, e a taxa de crescimento específico (SGR). Foram analisados, concomitantemente, o comporta-mento alimentar e reprodutivo de espécie. O experimento foi realizado de 19 de junho a 17 de setembro de 1997 (90 dias), na Base de Piscicultura de Itamaracá - PE, do Departamento de Oceanografia da Universida-de Federal de Pernambuco. Foi utilizado um viveiro de 450m2 dividido em 6 tanques de 30m2, onde foram estocados alevinos, adaptados previamente à salinidade de 20‰, na densidade de 1/m2 (comprimento total médio de 7,0 a 10,7cm e peso total médio de 6,98 a 22,50g). A salinidade oscilou entre 17,26 a 29,48‰, enquanto a temperatura situou-se entre 26 e 34ºC. O hábito alimentar omnívoro foi similar ao de tilápias quando em água doce, destacando-se principalmente, os gêneros: Achnanthes sp., Amphora sp., Navicula sp., Nitzschia sp. e Pleurosigma sp. entre as diatomáceas (60% de abundância relativa); e Chroococcus sp. e Oscillatoria sp. entre as cianofíceas (15,55%). Os estádios maturacionais das fêmeas indicam a maturação da espécie em água salgada. Presenciou-se a desova nos tanques de cultivo porém com baixa sobrevivência dos alevinos ao final do cultivo. A taxa de sobrevivência situou-se entre 23,3 e 96,7%. A taxa instantânea de crescimento específico entre 1,11 e 2,69. Os valores dos parâmetros analisados as curvas de crescimento em peso indicam que a tilápia vermelha teve melhor crescimento no tratamento com arraçoamento (tratamento A). 157 76 551.46/C355i C.D.U. C.D.D TÍTULO: IMPACTO DOS PROCESSOS MORFODINÂMICOS MEIOFAUNA DA RESTINGA DO PAIVA - PE, BRASIL. SOBRE A MESTRANDO: Francisco José Victor de Castro ORIENTADORA: Dra. Verônica Gomes da Fonseca Genevois CO-ORIENTADOR: M.Sc. Luis Lira DATA DA DEFESA: 30 de junho de 1998. CASTRO, Francisco José Victor de. Impacto dos processos morfodinâmicos sobre a meiofauna da restinga do Paiva - PE, Brasil. Recife, 1998. 70f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO A restinga do Paiva localizada no estuário dos rios Jaboatão/Pirapama vem sofrendo nos últimos anos alterações na sua morfologia por processos sedimentares devido a sua própria dinâmica e edificações na margem esquerda do estuário para conter processos erosivos. Com o objetivo de estudar os impactos dos processos morfodinâmicos sobre a meiofauna no período de maior e menor pluviosidade, foram realizadas coletas quinzenalmente durante 6 meses (junho a novembro/1995) em quatro estações ao longo da foz do estuário do rio Jaboatão/Pirapama. A meiofauna foi coletada no mediolitoral, com auxílio de tubo de PVC de 5cm de área interna, perfazendo 240 amostras. As análises sedimentológicas foram realizadas através de levantamentos topográficos e coleta superficial de sedimentos. Em laboratório as amostras de meiofauna foram separadas em intervalos de peneiras com malhas de 0,44 a 1,0mm e posteriormente identificadas a nível de grandes grupos zoológicos. Os sedimentos da restinga revelaram uma alternância de areias quartzosas de média a fina e de processos da erosão e deposição. A meiofauna esteve composta por Turbellaria, Rotifera, Gastrotricha, Nematoda, tardigrada, Polychaeta, Oligochaeta, Copepoda, Ostracoda, Larvas de Crustacea, Acari e Collembola. A estação 1, de maior influência continental, submeteu-se a processos deposicionais freqüentes, exibindo dominância de areias finas o que veio a favorecer a incidência de Nematoda. A estação 2, ainda sob grande influência fluvial, ocorreu processos deposicionais no inverno tendo os Tardigrada dominando e erosão no verão com domínio das Oligochaeta. A estação 3, de regime talássico, no qual foram evidenciados processos erosivos sobre os deposicionais, foi dominada pelos Tardigrada, atingindo a densidade máxima da restinga (11.179.2ind. 10cm2) e a estação 4 de maior influência marinha, ouve uma grande alternância sedimentar, justificando a não dominância de um grupo sobe outro. Qualitativamente a meiofauna da restinga permaneceu estável e quantitativamente aumentou via estuário/mar, ocorrendo uma inversão do padrão que é esperado para os recursos vivos de gradiente salino positivo em regiões tropicais. 158 77 582.26 CDU (2.ed.) UFPE 589.4 CCD (20.ed.) BC-97-212 TÍTULO: A SUBFAMÍLIA DRILLINAE (GASTROPODA TURRIDAE) NA COSTA NORTE E NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDO: Wladimir Siqueira dos Santos ORIENTADORA: Dra. Deusinete de Oliveira Tenório DATA DA DEFESA: 30 de junho de 1998. SANTOS, Wladimir Siqueira dos. A Subfamília Drillinae (Gastropoda Turridae) na costa norte e nordeste do Brasil. Recife, 1998. 88f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Foram estudados com objetivos de identificação taxonômica e do substrato abrigador preferencial gastrópodes da família Turridae, Drillinae Morrison, 1966 coligidos da costa norte e nordeste do Brasil entre as coordenadas de 05º 28’ 00” e 08º 21’ 04” S, através de dragagens realizadas pelas expedições Oceanográficas Geomar I, Norte e Nordeste I, E Nordeste II, Norte e Nordeste IV (PAVASAS), Pesquisador IV, Pesca Norte I, Pernambuco, Itamaracá e Recife. Esses gastrópodes em geral apresentam a concha de pequenas dimensões, fusiformes e com ornamentação variada, o canal sifonal é incompleto, o sinus tem forma de U sobre a região do umbro e a fórmula radular e 1.1.1.1.1.1. A identificação taxonômica levou e, consideração os caracteres conquiológicos observados sob microscópio estereoscópio e sistemática adotada foi baseada em Powell (1941), Abbott (1074) e Rios (1994). Foram, identificados nove gêneros, 18 espécies, destacando-se como gênero mais representativos: Clathrodrilla, Splendrillia, Leptadrillia e Cerodrillia. A relação entre número de espécimes, sedimento abrigador, revelou que os Drillinae têm preferência pelo substrato arenoso. 159 78 582.26 CDU (2.ed.) UFPE 589.4 CCD (20.ed.) BC-97-212 TÍTULO: DETERMINAÇÃO DE TESTOTERONA PRESENTE NAS FEZES DO PEIXEI-BOI DO AMAZONAS Trichechus iningui (SIRENEA: TRICHECHIDAE) UTILIZANDO A TÉCNICA DE RADIOIMUNOENSAIO. MESTRANDO: Germana Polimeni Pimentel ORIENTADORA: Vera Lúcia Almeida Vieira DATA DA DEFESA: 28 de setembro de 1998 PIMENTEL, Germana Polimeni. Determinação de testoterona presente nas fezes do PeixeBoi do Amazonas Trichechus iningui (Sirenea: Trichechidae) utilizando a técnica de radioimunoensaio. Recife, 1998. 93f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Trichechus inunguis é o único representante da família Trichechidae endêmico do Brasil. É encontrado ao longo da Bacia Amazônica, estando em provável simpatria com T. manatus na Ilha de Marajó, desembocadura do Rio Amazonas, sendo esta área a única do mundo onde duas espécies de sirênios ocorrem juntas. Caçado desde o século XVI, devido a sua carne e ao seu couro, T. inunguis é considerada, pela IUCN, espécie que enfrenta alto risco de extinção a médio prazo. Poucas são as informações referente a fisiologia de reprodução dos sirênios, sendo inexistentes quaisquer informação desse tipo para esta espécie. Neste trabalho tentou-se testar uma técnica não invasiva (indicada para espécies em extinção), que permitisse aumentar o conhecimento sobre o ciclo reprodutivo da espécie e, também, aplicasse-a para outras sirenídeos. Foram mensuradas as concentrações de testosterona em três machos adultos, mantidos em cativeiros, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPE), em Manaus – AM, no período sem chuvas (agosto e setembro), com chuvas (outubro a dezembro) e no final da temporada das chuvas (abril e maio). A testosterona foi extraído das fazes e mensurada através da técnica de radioimuniensaio (RIE), com procedimento similar ao adotado para amostras de sangue. Devido ao marcante ciclo de cheias e vazantes no Rio Amazonas, foi investigada a existência de sazonalidade, analisado-se a influência da temperatura e da precipitação pluviométrica sobre os padrões reprodutivos. As concen-trações de testosterona apresentaram um comportamento inverso à temperatura e direto com a precipitação pluviométrica ou seja, no período com chuvas, as concentrações de testosterona foram as maiores (Arandu, média (M)=17,3ng/ml e desvio padrão (dp)=8,0ng/ml; Tupi: M=21,8 e dp=13,0; Yanomami: M=36,5 e dp=14,4) verificadas ao longo do período estudado. Tal fato é corroborado por vários autores, que relatam que a época de reprodução de T. inunguis corresponde ao período das cheias do Rio Amazonas, demostrando ainda que, a mensuração da testosterona fecal através do método de RIE é confiável não só para essa espécie, mas provavelmente, para outros sirênios. 160 79 582.26 CDU (2.ed.) UFPE 589.4 CCD (20.ed.) BC-97-212 TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO, ABUNDÂNCIA E REPRODUÇÃO DO DOURADO Coryphaena hippurus (LINNEUS, 1758) NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDO: Rosana Coimbra de Souza ORIENTADORA: Dra. Vera Lúcia Almeida Vieira DATA DA DEFESA: 29 de setembro de 1998. SOUZA, Rosana Coimbra de. Distribuição, abundância e reprodução do Dourado Coryphaena hippurus (Linneus, 1758) na região nordeste do Brasil. Recife, 1998. 73f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O dourado C. hippurus, é um peixe teleósteo epipelágico, amplamente distribuído em águas tropicais e subtropicais, não sendo capturados abaixo dos 30 metros de profundidades. É uma espécie circuntropical oceânica, ocorrendo ocasionalmente em estuários. No Brasil é encontrado regularmen-te nas pescarias oceânicas e da plataforma. No Nordeste, sua captura é freqüente na pesca artesanal com linha de corso e nas pesca industrial com espinhel pelágico. No período de novembro de 1992 a setembro a novembro de 1997, abordo do Npq Riobaldo (IBAMA) nos projetos ECOTUNA (Ecologia dos Tunideos e Afins) e REVIZEE (recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva), e através de amostras mensais junto a frota artesanal dado litoral de Pernambuco e Caiçara do Norte – RN, foram capturados 775 indivíduos, onde 489 da pesca de linha e 286 da pesca com espinhal. Imediatamente após recolhimento do espinhal, Imediatamente após recolhimento do espinhel, os indivíduos foram marcados, pesados, identificados quanto ao sexo e foi realizado a biometria (comprimento total – CT-, comprimento zoológico – CZ, comprimento da cabeça –CC- e altura da cabeça-) no desembarque. Nas amostras da frota artesanal de Pernambuco e Caiçara do Norte – RN, foram também sido tomadas as medidas supracitadas. Para fins de validação da curva de crescimento de von Bertalanffy, obtida com base nas distribuições de freqüências dos comprimentos furcais através de diferentes rotinas do FISAT. A rotina ELEFAN I não se mostrou sensível o suficiente para a obtenção dos parâmetros de crescimento. Porém, utilizando-se a rotina Shepherd, obteve-se resultados compatíveis com os encontrados na literatura, com Lx variando de 200cm a 21 cm e K variando de 1,02 a 1,14, sendo que o maior escore absoluto foi relativo a Lx = 210cm e K= 1,14. Ainda que os parâmetros obtidos através da análise de distribuições de freqüências tenha diversas limitações, os resultados alcançados para C. hippurus, na presente análise, estão dentro da amplitude de valores obtidos para a mesma espécies em outras áreas, através da análise de estruturas duras (escamas e otólitos). 161 80 582.26 CDU (2.ed.) UFPE 589.4 CCD (20.ed.) BC-97-212 TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA MEIOFAUNA DA LAGUNA DE ARARUAMA, RIO DE JANEIRO, BRASIL. MESTRANDO: Oldair Manoel Lima Pena ORIENTADORA: Dra. Verônica Gomes da Fonsêca Genevois DATA DA DEFESA: 29 de setembro de 1998. PENA, Oldair Manoel Lima. Distribuição espaço-temporal da meiofauna da laguna de Araruama, Rio de Janeiro, Brasil. Recife, 1998. 66f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Este trabalho foi realizado na laguna hipersalina de Araruama, pertencente aos municípios de Araruama e Arraial do Cabo, tendo como objetivo descrever a cartografia meiofaunística infralitorânea de inverno e de verão. Foram realizadas duas campanhas em julho/agosto de 1994 e em fevereiro de 1995. Foram prospectadas 15 estações. A meiofauna se compões de 14 táxons: Cnidaria, Turbellaria, Rotifera, Gastrotricha, Nematoda, Tardigrada, Polychaeta, Ostracoda, Copepoda Harpactcoidae, Cumacea, Amphipoda, Isopoda e Acari. No sentido temporal as densidades da meiofauna de inverno e verão apresentaram diferença significativas, sendo a primeira aproximadamente 3 vezes mais expressiva que a Segunda. No sentido espacial a laguna é dividida em três setores segundo o gradiente de salinidade. As densidades no primeiro setor, polihalino, variam de 1.812 ind/10cm-2 a 3..502,6ind./10cm-2, no inverso é de 310ind./10cm-2 a 1.760 ind./10cm-2, no verão. No segundo setor, dito hipersalino, os valores de densidades atingiram 149,9ind./10cm-2 a 9.494ind./10cm-2, no inverno e 198ind./10cm-2 a 1.260ind./10cm-2 no verão. No terceiro setor, também polihalino as densidades incluíram-se entre 556,4ind./10cm-2 e 1.852ind./10cm-2 no inverno, e de 494ind./10cm-2 a 1.326 ind./10cm-2 no verão. A composição quantitati-va da meiofauna refletiu o padrão numérico dos 5 grupos mais abundantes. Os Nematoda apresentam densidades máximas em 2/3 das estações no inverno e em ¾ das estações no verão com valor máximo de 8.417ind. 10 cm-2 mês em julho, na estação 9. Os Copepoda Harpaticoidea demostraram-se no segundo lugar da hierarquia numérica, com pico de 997,3ind./10cm-2 em julho e de 926ind./10cm-2, em fevereiro.Os náuplius demostraram altas densidades, seguindo os picos de Copepoda Harpacticoidea no inverno. Os Polychaeta constituíram o terceiro grupo mais expressivo, com valor máximo de 1.120ind./ 10cm-2 em julho e de 132 ind./10cm-2em fevereiro.Os Gastrotricha, o quarto grupo, chegaram a atingir valores de 473ind./10cm-2 em julho e de 94 ind./10cm-2 em fevereiro.Os turbelaria demons-traram 1.250,3ind./10cm-2 em julho e 162ind./10cm-2, em fevereiro.O índice Nematoda/Copepoda não respondeu como um bom aferidor do teor de poluição orgânica. A meiofauna da laguna responde como outros ambientes costeiros de regiões tropicais e de transição, não sendo a salinidade um fator limitante. Neste ambiente os Nematoda dominam, apesar da granulometria. A densidade meiofaunística é superior àquelas determinadas para ambientes costeiros brasileiros e mundialmente é inferior a três dos 17 estudados. A meiofauna não seguem um gradiente de salinidade, sendo mais expressiva na porção hipersalina e próxima ao mar. Existe diferença significativa entre as densidades de inverno e o verão. A densidade total geralmente reflete as dos Nematoda, cujos picos máximos coincidem com os valores máximos da produção primária bêntica. A riqueza meiofaunísticas é possivelmente devido à estabilidade dos fatores físico-químicos e sedimentológicos, sobretudo a temperatura, o aporte de matéria orgânica e a produtividade primária bêntica. 162 81 582.26 CDU (2.ed.) UFPE 589.4 CCD (20.ed.) BC-97-212 TÍTULO: VARIAÇÃO NICTEMERAL E SAZONAL DO ZOOPLÂNCTON NO CANAL DE SANTA CRUZ, ITAMARACÁ– PE. MESTRANDO: Fernando de Figueirêdo Porto Neto ORIENTADORA: Dra. Sigridd Neumann Leitão DATA DA DEFESA: 27 de outubro de 1998. PORTO NETO, Fernando de Figueirêdo. Variação nictemeral e sazonal do zooplâncton no Canal de Santa Cruz, Itamaracá– PE. Recife, 1998. 146f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudo sobre a variação nictemeral e sazonal do zooplâncton no canal de Santa Cruz, Itamaracá – Pernambuco – Brasil, foram feitos nos períodos chuvosos (02/03 de julho de 1996) e seco 10/11 de dezembro de 1996). Dados de zooplâncton e hidrologia foram tomados em três estações fixas, uma no estuário do rio Botafogo (norte), outra na área sob a Ponte (região central e outra na desembocadura do rio Igarassu (sul). As amostras foram obtidas a cada 3 horas, num intervalo de 24 horas, em marés de sizigia. Os dados climatológicos foram obtidos na Estação Meteorológica do Curado, Recife e na Estação Meteorológica da Usina São José – Itapissuma. As amostras foram coletadas com redes com diâmetro de malha de 65um, em arrastos superficiais ä superfície. O zooplâncton esteve representados por 52 taxas, divididos em 9 Filos, 2 Subfilos, 1 Superclasse, 12 Classes, e Subclasses, 9 ordens, 27 Gêneros e 26 Espécies. O Grupo mais significante foi Copepoda, principalmen-te as espécies Oithona hebes, Oithona nana, Oithona oswaldocruzi, Paracalanus crassirostris e NI. Foram também significati-vos Tintinnina (Favella ehrenbergii), Foraminiferidae (Cymbaloporetta atlanticus), Cirripedia (náuplios de Balanus sp), Epicaridae (larvas) e Polychaeta, além de Larvacea (Oikopleura dioica). A densidade zooplanctônica variou entre 847,62org.m-3.A diversidade média para os dois períodos foi de 2.7bits. Ind.-1. O período chuvoso foi quantitativamente mais significante. Não observou ciclo nictemeral para o zooplâncton, obtendo-se uma ampla variedade entre amostras. Os fatores abióticos não influenciam sensivelmente a comunidade zooplanctônica. Os fatores bióticos, como predação e competição, são mais influentes nesta comunidade. 163 82 582.26 CDU (2.ed.) UFPE 589.4 CCD (20.ed.) BC-97-212 TÍTULO: ASPECTOS REPRODUTIVOS DO SIRIGADO Mycteroperca bonaci (POE, 1860) (SERRANIDAE – EPINEPHELINAE) DO NORDESTE DO BRASIL MESTRANDO: Simone Ferreira Teixeira ORIENTADORA: Dra. Beatrice Padovani Ferreira CO-ORIENTADORA: Dra. Isaíra Pereira Padovan DATA DA DEFESA: 29 de outubro de 1998. TEIXEIRA, Simone Ferreira. Aspectos reprodutivos do Sirigado Mycteroperca bonaci (Poe, 1860) (Serranidae – Epinephelinae) do nordeste do Brasil. Recife, 1998. 119f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Visando contribuir para o conhecimento da biologia reprodutiva do Sirigado Mycteroperca bonaci, estudos sobre os seus aspectos reprodutivos foram realizados baseados na análise histológica das gônadas. As amostras foram provenientes de peixes capturados com linha de mão, arpão e espinhel, entre os |Estados do Ceará e Alagoas, de agosto de 1996 à março de 1998, dentro do Programa REVIZEE – NE (Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva). A descrição anatômica das gônadas e relações morfométricas destas foram efetuadas para caracterizá-las macros-copicamente. Caracterizações microscópicas das gônadas foram feitas para descrever os aspectos histológicos dos ovários e testículos. Os estágios de desenvolvimento ovocitário foram descritos e foi estabelecida uma escala de maturidade, em função das características histológicas. O modo de reprodução apresentado por M. bonaci foi tipo hermafrodita protogínico. A transformação sexual de fêmea para macho ocorre com a reabsorção do tecido ovariano concomitante-mente com a proliferação do tecido testicular dentro da gônada. As análises da freqüência dos estágios gonadais por bimestre e dos índices gonadais sugerem que a desova ocorre entre abril e setembro. A desova observada foi do tipo múltipla ou parcelada. Considerações sobre a pesca, quanto à estrutura de tamanho dos peixes capturados, foram feitas à partir das distribuições de freqüência do comprimento e o fenômeno da correção, foi descrito com base nas análises feitas a partir de entrevistas realizadas com pescadores e informações provenientes do Programa Estatpesca do IBAMA. 164 83 582.26 CDU (2.ed.) UFPE 589.4 CCD (20.ed.) BC-97-212 TÍTULO: POPULAÇÃO DE PENAEIDAE (CRUSTACEA, DECAPODA) DO FITAL Halodule wrightii ARCHERS (ANGIOSPEMAE) DA COROA DO RAMALHO, NOVA CRUZ, IGARASSU – PE, BRASIL. MESTRANDO: Girlene Fábia Segundo Viana ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho CO-ORIENTADOR: M.Sc. Marilena Ramos Porto DATA DA DEFESA: 09 de novembro de 1998. VIANA, Girlene Fábia Segundo. População de Peneaidae (Crustacea, Decapoda) do fital Halodule wrightii Archers (Angiospemae) da Coroa do Ramalho, Nova Cruz, Igarassu–PE, Brasil. Recife, 1998. 99f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. RESUMO Os camarões Peneideos costeiros possuem um ciclo de vida anfibiótico, com os adultos no mar e os juvenis nos estuários, neste último caso, eles podem habitar prados de fanerógamas marinhas. Nestes sentido, o presente trabalho teve como objetivo verificar a importância do fital Halodule wrightii da Coroa do Ramalho, Igarassu – PE., para estes camarões, abordando os aspectos: abundância, biomassa, proporção sexual, distribuição em comprimento e peso, influência dos fatores abióticos, além de descrever a composição qualitativa e a distribuição quantitativa da macrofauna. As coletas foram realizadas mensalmente durante o período de março de 1994 a fevereiro de 1996, através de arrastos, com dez minutos de duração, por ocasião das marés de quadratura. Paralelamente foi medida a temperatura da água e retiradas amostras da mesma para posterior determinação do teor salino. Foram obtidos também, dados de pluviosidade da Estação Meteorológica da Usina São José. Em seguida, realizou-se a triagem do material, fixação em formol (peixes) e álcool (restante da fauna) e o transporte para o Laboratório de Carcinologia do Departamento de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Foram coletados 1049 camarões pertencentes a quatro espécies: Penaeus brasilienseis (n=296): P. subtilis (n=55: P. schmitti (n=8 e Penaeus spp. (n=690. Estas se apresentaram distribuídas em classes entre 3,5mm e 21,5mm de comprimento da carapaça (CC), sendo a maioria representada por indivíduos muito jovens (abaixo de mm CC). A proporção sexual foi de 1,04 machos para 1,0 fêmea. Observou-se um maior número de indivíduos e maior biomassa nos terceiro e sétimo trimestres. Estes valores foram relacionados com os dados abióticos e constatou-se relações significativas com a pluviosidade, de maneira direta, e de forma inversa com a temperatura da água e com a salinidade. A macrofauna associada esteve representada por Porifera, Moluscos, Polychaeta, Crustáceos, Ascidiacea e Pisces que formam dois grupos; um maior, relacionado com a temperatura e com a salinidade, e o outro com a pluviosidade. Foi observado um índice de diversidade específica de médio a alto, com valores de equitabilidade acima da média em todo o período. Foi verificado que o fital Halodule wrightii representa uma área de berçário, principalmente para P. brasiliensis e P. subtilis. 165 84 551.46 R667i TÍTULO: IDADE E CRESCIMENTO DO DENTÃO Lutjanus jocus BLOCH & SCHNEIDER, 1801 (PISCIS TELEOSTEI LUTJANIDAE) NA COSTA NORDESTE DO BRASIL MESTRANDO: Sérgio de Magalhães Rezende ORIENTADOR: Dra. Beatrice Padovani Ferreira DATA DA DEFESA: 05 de março de 1999. REZENDE, Sérgio de Magalhães. Idade e crescimento do Dentão Lutjanus jocus Bloch & Schneider, 1801 (Piscis Teleostei Lutjanidae) na costa nordeste do Brasil. Recife, 1999. 104f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Lutjanus jocus o “Dentão”, é uma das espécies do gênero Lutjanus (Lutijanedae)que se distribui amplamente por regiões insulares e continentais desde as Bahamas até as regiões do sudeste do Brasil, sendo considerado um importante recurso pesqueiro em toda sua área de ocorrência. No Brasil, esta espécie constitui um importante recurso pesqueiro demersal compondo aproximadamente 15.7% da captura do Rio Grande do Norte e 7.8% da captura de Pernambuco, no ano de 1997, segundo estatísticas do IBAMA. Apesar disto, o crescimento desta espécie ainda é desconhecido para a região nordeste do Brasil. Durante o período de agosto de 1996 a outubro de 1998, amostragens de comprimentos furcais (n= 463) e de exemplares com otólitos sagittae extraídos (n=141) foram realizadas no banco oceânico Sirius, e ao longo da plataforma continental nordestina entre os estados de Rio Grande do Norte e Pernambuco, para verificar a ocorrência de marcas de crescimento, e determinar a idade e crescimento destas espécies, onde indivíduos com otólitos extraídos forram obtidos seletivamente da pesca. Exemplares jovens, menores que 30 cm, foram capturados em recifes costeiros, e indivíduos maiores que 75 cm foram obtidos dos desembarques de pescado em Tamandaré –PE. Bandas opacas presumidas serem anuais, nos otólitos inteiros (n= 98) e seccionados (n=115), foram constatadas e contadas apresentando de 0 a 20 anos e de 0 a 25 anos respectivamente. O crescimento dos otólitos sagittae de L. jocu, segue a direção do centro para a margem proximal e acompanha a idade e não o tamanho corpóreo. Os dados de freqüência de comprimentos foram utilizados para o ajuste dos parâmetros de crescimento através do ELEFAN II que se apresentou L=83.0cm de crescimento furcal e K= 0.80 (Rn= 0.127). Os dados de comprimento na idade foram utilizados no ajuste não linear da curva de crescimento pelo modelo de Von Bertalanffy com L=68.74, K= 0,14 e to= - 3.5. Medidas incrementadas da 1a a 20a banda opaca nos otólitos seccionados (n=39), foram utilizadas no retrocálculo linear dos comprimentos as idades (L=71.18, K=0.111 e to=- 4.33). Foram detectadas diferenças significativas entre as curvas de crescimento ajustadas com idades determinadas através de otólitos inteiros e seccionados. O valor estimado de Z se estabeleceu em 0.138 (n=83) com 87.10% de sobrevivência, utilizando na análise da curva de captura, dados de freqüência a partir da idade 5+, na qual a espécie é intensamente recrutada pela pesca. 166 85 551.46 CDD (21ª ED.) TÍTULO: IDADE E CRESCIMENTO DE Haemulon squamipinna ROCHA E ROSA, 1999 (TELEOSTEI, HAMULIDAE) NOS NAUFRÁGIO E RECIFES COSTEIROS DA PARAÍBA, BRASIL. MESTRANDA: Cláudia Regina Rodrigues Nunes ORIENTADORA: Dra. Beatrice Padovani Ferreira DATA DA DEFESA: 02 de setembro de 1999. NUNES, Cláudia Regina Rodrigues. Idade e crescimento de Haemulon squamipinna Rocha e Rosa, 1999 (Teleostei, Hamulidae) nos naufrágioe recifes costeiros da Paraíba, Brasil. Recife, 1999. 51f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Os roncadores, nome vulgar dos peixes da família Haemullidae, são predadores noturnos. Grandes cardumes destes peixes são freqüentemente vistos durante o dia. À noite se dispersam e migram para áreas adjacentes para se alimentarem, principalmente de invertebrados bentônicos. O gênero Haemulon tem 19 espécies, 14 ocorrendo no Atlântico Ocidental Tropical, 4 no Pacífico Oriental Tropical, e um em ambos os lados de Central e América do Sul. Haemulon squamipinna uma nova espécie do gênero que é endêmico a costa nordeste, acontece em recifes rasos de Fortaleza, Estado do Ceará, em Maceió, Estado de Alagoas, onde é a espécie mais abundante do gênero. Ele se distingue dos seus congêneres principalmente pelo seu padrão único de coloração. O principal objetivo deste trabalho é estabelecer as curvas de idade e crescimento para H. squamipinna usando leituras de anéis etários em otólitos. Foram coletadas mensalmente em três naufrágios (Alice, Alvarenga e Erie) e outros rasos na costa de João Pessoa, PB, de maio/1997 a junho/1998 com puçás durante mergulhos de SCUBA ou com linha-e-anzol. Todas as idades determinadas foram baseadas em contagens de anéis em otólitos selecionados e inteiros. Uma Sagittae de cada par foi fixada e polida para produzir uma seção transversal fina o mais próximo do núcleo, e os anéis foram contados ao longo do eixo do sulco acústico. Em otólitos inteiros os anéis foram contados contra fundo escuro para dar contraste com a fonte de luz. A mais popular curva de crescimento teórica, o von Bertalanffy (Lt=L∞(1 – e –k (t-t0)), foi calculada com os dados de comprimento e idade. Os parâmetros da equação de crescimento de von Bertalanffy foram calculados com os programas FISAT e Kalidagraf. As relações entre comprimento total, padrão furcal, e entre peso e comprimento total foram calculados para todos os peixes examinados. Duzentos e sessenta e um indivíduos foram coletados com comprimento total variando de 75,7 a 194,0mm. A relação peso-comprimento é descrita pela equação: PT=1,0737 e 0.0252CT. Os otólitos inteiros e secionados apresentaram marcas de crescimento (zonas opacas e translúcidas) quando observados com luz transmitida. Estas marcas foram atribuídas a idade do peixe. Validação das leituras foram realizadas através de incrementos marginais e anéis diários e os resultados mostraram que as zonas opacas são depositadas em uma base anual. Análise de incrementos marginais dos indivíduos sugere que a deposição das zonas opacas ocorre entre dezembro e março. Distribuições de freqüência e comprimento não mostraram nenhuma progressão modal nítida. As equações de von Bertalanffy que descreve o crescimento teórico em comprimento foram: LT = 247 (1 – e –0,09 (t-5,48)) e Lt = 185(1 – e – 0,20(t3,70) ). Diferenças entre as duas equações foram comentadas. A taxa total de mortalidade (Z) calculada foi 0,65. 167 86 594.5:597.5 CDU (2ª ed.); 592.176 CCD (2ª ed.) UFPE/BC2000-049 TÍTULO: COMUNIDADE PLANCTÔNICA DO NÊUSTON: MALACO E ICTIOFAUNA NA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA (ZEE) DO NORDESTE DO BRASIL (REVIZEE) MESTRANDO: José Lúcio Bezerra Júnior ORIENTADORA: Dra. Rosa de Lima Silva Melo CO-ORIENTADORES: Dra. Rosângela Lessa Dr. Paulo Mafalda Dr Manoel Haimovici. DATA DA DEFESA: 16 de novembro de 1999. BEZERRA JÚNIOR, José Lúcio. Comunidade planctônica do nêuston: malaco e ictiofauna na Zona Econômica Exclusiva (Zee) do nordeste do Brasil (Revizee). Recife, 1999.f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Os estudos do Nêuston são de fundamental importância nas investigações pesqueiras, no que concerne à reprodução, ontogenia, distribuição e densidade das espécies. Nessa camada, encontram-se larvas e paralarvas de espécies de peixes e cefalópodes, respectivamente, de importância comercial e ecológica. No nordeste do Brasil, esses estudos começaram a se realizar a partir do "JOP's II", da cooperação Brasil-Alemanha, tendo sua continuidade com o Programa REVIZEE, que divide a Zona Econômica do Brasil em quatro setores: norte, nordeste, central e sul. No setor nordeste foram realizadas duas Expedições Oceanográficas: REVIZEE NE I, entre 02 de agosto e 26 de outubro de 1995, e REVIZEE NE II, de 21 de janeiro a 13 de abril de 1997, a bordo do NOc. "Antares" (Marinha do Brasil), entre a foz do rio Parnaíba (PI) e a Baía de Todos os Santos (BA). Foram abrangidas as regiões do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (00º56'N/029º22'W), Cadeia de Fernando de Noronha (03ºa 04º30'S; 032ºa 037ºW), Cadeia Norte do Brasil (1º30' a 3º30'S; 037ºa 039ºW), além das regiões de quebra da plataforma e talude continentais e do domínio oceânico. Definiram-se, para o estudo, dois períodos: Período 1, referente à NE II (primeiro semestre do ano) e Período 2, referente à NE I (segundo semestre). No Período 1, realizaram-se 142 estações oceanográficas, sendo coletadas 1175 larvas de peixes, com densidade média por estação, de 6,75 indivíduosX1000m-2, das quais foram identificadas 2 ordens e 22 famílias; e 48 paralarvas e cefalópodes, média de 0,56 indivíduosX1000m-2, das quais foram identificadas 1 Ordem e 9 Famílias. Dentre os peixes, a família Myctophidae foi a de maior ocorrência em São Pedro e São Paulo (43,5 no nêuston superior e 55,9% no inferior); Pleuronectiformes (29,24%), no superior, e Trachipteridae (22,54%), no inferior, tiveram as maiores ocorrências na Cadeia de Fernando de Noronha; Gobiidae, com 4,35 e 42,11%, no superior e inferior, respectivamente, na Cadeia Norte do Brasil); Myctophidae, com 23,04 e 21,08% no superior e inferior, respectivamente, no domínio oceânico; e Scaridae (32,26%), no superior, e Myctophidae (20,57%), no inferior, foram as mais abundantes na quebra da plataforma e talude continental. Dentre os cefalópodes, a maior ocorrência, para toda a região, foi da família Ommastrephidae (52,63%) e 37,93%, no superior e inferior, respectivamente), que esteve presente em todas as áreas prospectadas. No Período 2, de um total de 165 estações, foram coletadas 2053 larvas e 35 paralarvas, das quais foram identificadas 2 ordens e 20 famílias para os peixes, e 1 ordem e 5 famílias para os cefalópodes. A densidade média foi de 21,12 e 3,48 indivíduosX1000m-2, para peixes e cafalópodes, respectivamente. As famílias de peixes de maior ocorrência foram Myctophidae (43,5 e 55,9%, no nêuston superior e inferior, respectivamente) em São Pedro e São Paulo e na Cadeia de Fernando de Noronha (41,18 e 24,32%, respectivamente); Gobiidae (75,75% no superior e 90,43% no inferior) na Cadeia Norte e na região oceânica (41,18 e 24,18%); e Scaridae (23,97 e 18,18%) na zona de quebra da 168 plataforma e talude. Dentre os cefalópodes, a família de maior ocorrência foi Enoploteuthidae, com 53,33 e 75% no nêuston superior e inferior, respectivamente. A região que apresentou maior densidade de larvas foi a Cadeia Norte do Brasil, com 101 indivíduosX1000m-2 no nêuston superior e 50,6 indivíduosX1000m-2 no inferior, e de paralarvas foi o Arquipélago de São Pedro e São Paulo, com 10,81 e 17,34 indivíduosX1000m-2 no nêuston superior e inferior, respectivamente. A análise cofenética, realizada para comparar os dados bióticos e abióticos, processados pelo método de BRAYCURT dentro do Programa NTSYS (DOS), apresentou r = 0,51 para a correlação entre taxa e parâmetros abióticos, demonstrando não haver diferença significativa entre os mesmos. Entre as áreas, o r foi de "0,71", sugerindo haver diferença significativa entre elas, com destaque para as áreas III (Cadeia Norte do Brasil) e V (quebra de plataforma e talude). Nos dois períodos, o nêuston superior apresentou densidade mais elevada que o inferior na maioria das estações, o que sugere uma distribuição vertical bastante superficial. Foi observado, ainda, que a densidade se apresentou maior no período noturno, com seus menores valores sendo observados por volta das 12 horas. 169 87 551.46 A447c TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA DE TRÊS ESPÉCIES DE Squalus PRESENTES NA COSTA NORDESTE DO BRASIL E ASPECTOS DA BIOLOGIA REPRODUTIVA DA ESPÉCIE MAIS ABUNDANTE. MESTRANDO: Lisandro Bastos de Almeida ORIENTADOR: Dr. Fábio Hissa Vieira Jazin DATA DA DEFESA: 24 de novembro de 1999. ALMEIDA, Lisandro Bastos de. Caracterização morfométrica de três espécies de Squalus presentes na costa nordeste do Brasil e aspectos da biologia reprodutiva da espécie mais abundante. Recife, 1999. 61f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. RESUMO Dentre os objetivos do Programa REVIZEE, inclui-se a prospecção dos recursos do talude, praticamente inexplorados na costa nordestina, dentre os quais os tubarões do gênero Squalus, mostraram-se como um dos recursos mais abundantes durante as prospecções realizadas em três cruzeiros nos meses de março e abril de 1997 e novembro de 1998 em profundidades de 100 a 300 m, podendo ser verificada a ocorrência de três espécies do gênero Squalus, sendo estas Squalus asper, S. mitsukurii e Squalus sp. (no presente trabalho tratada como Squalus tipo 1). A necessidade de se aprofundar os conhecimentos atuais sobre estas espécies, as quais compõem estoques ainda intocados, torna-se particularmente premente, quando se considera a atual falência das pescarias tradicionais desenvolvidas sobre as espécies costeiras da plataforma continental. No presente trabalho, as três espécies do gênero foram caracterizadas morfometricamente e comparadas entre os sexos. S. asper indicou a ocorrência de diferenças significativas em nove variáveis, (teste-t;P<0,05), enquanto em S. mitsukurii, forma obtidas diferenças significativas em cinco variáveis (teste-t;P<0,05). Squalus tipo 1, em especial, foi comparada morfologicamente com S. megalops, tendo sido encontrado nas análises estatísticas 25 de 47 variáveis morfométricas com diferenças significativas (teste - t; P<0,05), reforçado ainda mais pelas análises de cluster que evidenciaram uma nítida separação entre as mesmas. Dados sobre a biologia reprodutiva de Squalus tipo 1, espécie mais abundantemente capturada durante os cruzeiros de prospecção, foram também analisados. Dos exemplares analisados 26,6% eram juvenis, 16% em maturação, 49,3% prenhes e 8% pós-ovulatórias. Até 59,5cm CT, comprimento registrado para a primeira fêmea prenhe, todas as fêmeas foram consideradas juvenis e a partir de 72,0cm CT todas as fêmeas observadas encontravam-se adultas. A fecundidade ovariana variou entre 1 e 5, com médias de 3,1 para o ovário esquerdo e 3,4 para o direito. A fecundidade uterina por sua vez, variou entre 1 e 4, com médias de 2,3 para o útero esquerdo e 2,2 para o direito. Os embriões com 18,5 a 22,1cm CT, já apresentam o vitelo totalmente consumido, o que indica que os mesmos já encontram-se a termo. Os oito machos analisados apresentavam o clásper calcificado, com líquido seminal em abundância, nas ampolas do ducto diferente, sendo portanto considerados adultos. 170 88 551.46 K48e TÍTULO: EFEITO DA POPULAÇÃO DO OURIÇO Echinometra lucunter SOBRE A COMUNIDADE BENTÔNICA EM UM RECIFE DE TAMANDARÉ – PE. MESTRANDA: Andréa Menozzo Kilpp ORIENTADOR: Dr. Mauro Maida DATA DA DEFESA: 29 de novembro de 1999 KILPP, Andréa Menozzo. Efeito da população do ouriço Echinometra lucunter sobre a comunidade bentônica em um recife de Tamandaré – PE. Recife, 1999. 81f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Os equinóides desempenham um importante papel nos processos geológicos e ecológicos nos recifes de coral através de um grande potencial de herbivoria. O ouriço, Echinometra lucunter, um herbívoro pastador, encontra-se amplamente distribuído nos recifes do Complexo Tamandaré (PE), alcançando densidades de até 116ind/m². Este estudo, tem como objetivo principal avaliar a interferência da população de ouriços Echinometra lucunter sobre a comunidade de organismos bentônicos em um topo recifal em Tamandaré. Para tal foi realizado um experimento de exclusão total dos ouriços, onde demarcou-se quatro quadrados com área de 100m². Duas áreas foram escolhidas aleatoriamente para a exclusão (tratamento) e duas foram mantidas com as densidades normais de ouriços existentes sobre o topo (controle). Por um ano, mensalmente, acompanhou-se o efeito da exclusão dos ouriços na comunidade viva de corais, hidrocorais, algas, esponjas e zoantídeos. Após doze meses de experimento os resultados sugerem que os ouriços são herbívoros importantes no recife estudado em Tamandaré - PE. A elevada herbivoria causada por altas densidades de Echinometra lucunter na área estudada, afeta drasticamente a distribuição, abundância e diversidade das algas, que por sua vez podem afetar através da monopolização do espaço outros organismos sedentários. Em relação a cobertura viva de corais escleractíneos, os resultados mostraram que um efeito sinergético entre a média da superfície da água do mar durante 1998, foi um fator determinante na mortalidade de corais observada. O efeito de certas densidades de ouriços ainda é discutido em relação à complexidade topográfica do recife estudado. 171 89 551.46 (BC TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA RELATIVA DE PEIXES DEMERSAIS CAPTURADOS COM ESPINHEL DE FUNDO NO TALUDE CONTINENTAL NA COSTA NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDO: Vanildo Souza de Oliveira ORIENTADOR: Dr. Fábio Hissa Vieira Hazin DATA DA DEFESA: 22 de fevereiro de 2000. OLIVEIRA, Vanildo Souza de. Distribuição e abundância relativa de peixes demersais capturados com espinhel de fundo no talude continental na costa nordeste do Brasil. Recife, 2000. 86f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Durante o período entre 28/03/97 a 03/12/98, foram realizados seis cruzeiros de prospecção, em profundidades entre 50 a 450m. Devido à extensão da área e às características da costa nordestina, a região investigada foi subdividida em: Setor 1 - Foz do rio Parnaíba (PI) ao Cabo Calcanhar (PB) e Setor 2, do Cabo Calcanhar à Salvador (BA). Utilizou-se o barco de pesquisa "Martins Filho" pertencente ao Laboratório de Ciências do Mar - LABOMAR, o qual operou com espinhel horizontal de fundo constituído por 1000 anzóis, empregando como iscas (Sardinella sp) e cavalinha (Scomber sp). No início e no final de cada lançamento, foram medidas a temperatura e salinidade ao longo da coluna d'água, por meio de um CTD. O esforço de pesca totalizou 27.716 anzóis. Foram realizados quatro cruzeiros no setor 2, com uma média 4.638 anzóis, contra apenas dois no setor 1, com uma média de 5.673 anzóis, não ocorrendo diferenças significativas entre eles (p= 0,270). A distribuição do esforço de pesca por faixa de profundidade, foi muito heterogênea, com maior número de anzóis atuando em áreas com profundidade entre 50 - 100m, representando 33,5% do esforço total, apresentando uma diferença estaticamente significante (p=0,006). Durante os seis cruzeiros realizados, foram capturados um total de 1.687 exemplares, representados por 59 espécies, sendo 34 de teleósteos e 25 de elasmobrânquios. Os teleósteos participaram com (39,3%), do total, sendo a cioba (Lutjanus analis) a mais representativa, com (24,4%). Entre os elasmobrânquios, três espécies apresentaram uma de freqüência acumulada de (84,2%), cuja o maior representante foi os Squalus sp, com 69,5%. A distribuição vertical exibiu uma provável segregação das espécies pelas faixas de profundidade. A distribuição horizontal mostrou que a maioria das espécies está distribuída ao longo de toda a área pesquisada. A tendência geral observada ao longo do gradiente batimétrico, foi de uma diminuição gradual de CPUE dos teleósteos, com o incremento da profundidade. Já os elasmobrânquios, apresentaram uma tendência contrária. Os índices de diversidade apresentaram-se altos até 150m, a partir desta, ficou evidenciado um forte declínio, atingindo um valor mínimo entre 350 e 400m. Existem espécies de ampla distribuição batimétrica, que podem ser influenciadas pelos fatores: alimentação e reprodução. A quebra da plataforma continental, parece exercer grande influência na divisão de ambientes, e uma possível ressurgência, pode corroborar para riqueza desta zona. A segregação por profundidade possivelmente está influenciada pela temperatura, sendo provável que a termoclima também atue como fronteira entre as espécies. 172 90 551.46 M528b TÍTULO: BIOLOGIA DO Caranx crysos MITCHILL, 1815 (PISCIS, CARANGIDAE), E SUA IMPORTÂNCIA ECONÔMICA PARA O LITORAL SUL DA PARAÍBA - PB, BRASIL. MESTRANDA: Aradi Rodrigues de Melo ORIENTADOR: Dr. Athiê Jorge Guerra Santos DATA DA DEFESA: 28 de fevereiro de 2000. MELO, Aradi Rodrigues de. Biologia do Caranx crysos Mitchill, 1815 (Piscis, Carangidae), e sua importância econômica para o litoral sul da Paraíba - PB, Brasil. Recife, 2000. 98f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudar a biologia do Caranx crysos e da realidade sócio-econômica do ambiente onde se pratica a sua captura, o litoral sul do Estado da Paraíba, é o objetivo geral deste trabalho. No período de janeiro de 1997 a abril de 1999, foram realizadas coletas no distrito de Jacumã, Município do Conde, objetivando conhecer os seguintes aspectos: a produção total de peixes por família/ano; a espécie C. crysos quanto a sua morfologia externa, características merísticas e morfométricas, caracteres reprodutivo e hábito alimentar; a situação social, econômica e pesqueira, com particular interesse na identificação da importância da espécie para a comunidade. Durante o ano de 1997, foram capturados no total 9. 293,7kg de peixes pertencentes a dezoito famílias. Os 98 exemplares de C. crysos coletados entre abril de 1998 a abril de 1999, foram obtidos por meio de barcos motorizados, redes de espera e linha de mão e à distância entre 1.852 a 18.520 metros da costa. Os resultados morfológicos, merísticos e morfométricos conduziram à confirmação da espécie. Os coeficientes de correlação linear Pearson (r) superiores a 0,86 indicaram dependência linear entre as medidas aferidas. Na proporção sexual, as fêmeas predominaram (2,7 por cada macho) 72 fêmeas para 26 machos. Notou-se que as gônadas em ambos os sexos formam um ducto comum que se estende para o centro da cavidade abdominal com o oviducto e abre-se para o exterior. O maior percentual de fêmeas em maturação ocorreu em junho de 1998 e no estágio maduro em abril, agosto e setembro, novembro, dezembro de 1998 e janeiro, fevereiro e março de 1999. Todos os machos estavam maduros no decorrer do ano exceto, em novembro, dezembro de 1998 e abril de 1999 quando apresentaram-se no estágio em maturação. O índice Gonado-Somático (IGS) variou de 2,3 a 6,2 para as fêmeas e de 1,4 a 5,6 para machos. A reprodução sincrônica e a desova durante todo o ano. A dieta alimentar é composta basicamente de peixes e camarões. Para o índice de repleção cheio foram registrados os percentuais de 100% em todos os meses do ano exceto em outubro quando só ocorreram estômagos semi-cheios e vazios. O grau de digestão completo ocorreu em todo o período do ano. De janeiro a novembro de 1999, foram aplicados questionários entre pescadores proprietários de barcos motorizados da comunidade de Jacumã. Os resultados indicam que 50% possui o 1o. grau menor, dos 91,7% entrevistados moram em casa própria e de alvenaria. A falta de recursos financeiros para conserto de barcos e compra de aparelho de pesca são os principais problemas que afetam a colônia. A maioria dos pescadores usam rede de espera, linha de mão. Todos entrevistados reconheceram o C. crysos como xixarro. O peixe tem safra o ano todo na opinião dos 58,4%, e foram unânimes em afirmar que formam cardumes com outras espécies. A desova ocorre o ano inteiro, para os 58,4% dos pescadores. Nos últimos dez anos a produção do xixarro aumentou informam os 66% dos pescadores entrevistados. 173 91 551.146 CDD (21ª ed) TÍTULO: ZOOPLÂNCTON DO SISTEMA ESTUARINO DO RIO GOIANA – PE (BRASIL). MESTRANDO: Mauro César de Oliveira Moura ORIENTADORA: Dra. Sigrid Neumann Leitão DATA DA DEFESA: 01 de março de 2000. MOURA, Mauro César de Oliveira. Zooplâncton do sistema estuarino do rio Goiana – PE (Brasil). Recife, 2000. 72f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. RESUMO Estudos sobre a população zooplanctônica foram realizados no sistema estuarino do rio Goiana, litoral norte de Pernambuco, Brasil, em duas etapas. Na etapa 1, as amostragens foram realizadas quadrimestralmente no período de maio/1997 a janeiro/1999, em quatro estações fixas, nas baixa-mares e preamares diurnas. Na etapa 2, as coletas foram realizadas em uma estação fixa localizada próxima à foz do estuário do rio Goiana, num ciclo de 24 horas, de 3 em 3 horas, nos períodos chuvoso (julho/1999) e seco (dezembro/1999). Nas duas etapas, as amostras foram obtidas com o auxílio de uma rede de plâncton com 65 micrômetros de abertura de malha, arrastada horizontalmente à superfície por três (3) minutos. Após as coletas cada amostra foi preservada com formol neutro a 4%. Em laboratório, foram realizadas análises qualitativa e quantitativa do zooplâncton (1ml) em microscópio composto. Dados climatológicos foram fornecidos pelo INMET e parâmetros hidrológicos foram coletados simultaneamente para fins comparativos. O sistema estuarino do rio Goiana apresenta características de mistura intensa dos fluxos marinho e limnético, com predomínio do marinho, podendo ser classificado como homogêneo no período seco e moderadamente estratificado no período chuvoso, tendo um regime predominantemente polialino. O oxigênio dissolvido foi um dos fatores de maior variação neste sistema estuarino, sendo que as áreas mais à montante e nas baixa-mares, o oxigênio apresentou baixos teores de saturação, sendo classificado como zona semi-poluída a poluída. Na desembocadura, devido a influência marinha não foram observadas áreas com poluição. Predominou na área um conjunto de espécies zooplanctônicas marinhas eurialinas. A contribuição do fluxo limnético foi pouco significativa e limitada às áreas internas do estuário. O zooplâncton esteve representado por 53 taxa, destacando-se Copepoda (14 espécies), seguido de Rotatoria (9 espécies) e Protozoa (9 espécies). Dentre as espécies mais significativas de Copepoda destacaram-se Oithona hebes, Parvocalanus crassirostris, Acartia lilljeborgi e Euterpina acutifrons. A ocorrência de Rotatoria, associado à presença de larvas de Polychaeta e Copepoda parasita mostram que existem na área certo grau de poluição orgânica. O meroplâncton esteve constituído na sua maioria por velígeres de Gastropoda e Bivalvia, náuplios de Cirripedia e zoea de Brachyura com ampla distribuição na área, chegando a dominar em determinadas épocas. A presença de Foraminiferida bentônico, indica forte turbulência local associado à pouca profundidade. A variação quantitativa total na etapa 1 apresentou valores mais elevados nas preamares, mostrando que a maior riqueza no fluxo marinho. O mínimo total para todas as amostras e estações, desta etapa, foi de 2.233org.m-3 e o máximo de 129.291org.m-3. Na etapa 2, os valores mínimo (20.995org.m-3) e máximo (123.343org.m-3) ocorreram no período chuvoso. Apesar de apresentar oscilações na abundância numérica, o zooplâncton aumentou significativamente de 1997 a 1999, indicativo de área em processo de eutrofização. A diversidade específica média no sistema estuarino do rio Goiana foi relativamente baixa. Na etapa 1, o mínimo foi de 1,36bits.ind-1 e o máximo de 3,77 bits.ind.-1.A eqüitabilidade variou de 0,36 a 0,89. Na etapa 2, o mínimo de diversidade foi de 1,67bits.ind-1 e o máximo de 3,05bits.ind-1 ambos no período chuvoso; e a eqüitabilidade variou de 0,48 a 0,77. A área recebe forte influência marinha, o que minimiza a grande carga de poluição orgânica vinda do rio Goiana. A análise de agrupamentos não revelou grupos definidos, sendo observada uma única comunidade eurialina, por etapa, bem adaptada às condições ambientais variáveis. Contudo, evidenciou-se subgrupos sendo a maior separação sazonal resultante da influência da pluviometria, havendo diferenças entre os períodos seco e chuvoso. 174 92 551.46 CDD (21ª ed) TÍTULO: INFLUÊNCIA DO RIO AMAZONAS NA DISTRIBUIÇÃO DOS NUTRIENTES INORGÂNCIOS DISSOLVIDOS (NO3, NO2, NH4, PO4, SiO2) NA PLATAFORMA CONTINENTAL NORTE E ÁREA OCEÂNICA (BRASIL), E SUA RELAÇÃO COM A BIOMASSA PRIMÁRIA. MESTRANDA: Maria de Lourdes Souza Santos ORIENTADOR: Dr. Kátia Muniz Pereira da Costa DATA DA DEFESA: 09 de março de 2000. SANTOS, Maria de Lourdes. Souza. Influência do rio Amazonas na distribuição dos nutrientes inorgâncios dissolvidos (NO3, NO2, NH4, PO4, SiO2) na plataforma continental norte e área oceânica (Brasil), e sua relação com a biomassa primária. Recife, 2000. 106f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O Programa "Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva" - REVIZEE, tem como objetivo proceder ao levantamento dos potenciais sustentáveis de captura dos recursos vivos na Zona Econômica Exclusiva, bem como, a partir do conhecimento das variáveis ambientais, estabelecer correlações e interferências, que garantam uma visão abrangente de sua dinâmica e sazonalidade. Na Zona Econômica Exclusiva Norte Brasileira, compreendida entre o Cabo Orange/AP e foz do rio Parnaíba/PI, foi realizada a Operação Norte III, no período de abril a junho de 1999, com coletas de dados abióticos e bióticos à bordo do NOc. "Antares", pertencente à Marinha do Brasil. A área do presente trabalho é compreendida entre as coordenadas geográficas: 04º22,88' N-51º 02' W/06º 46,2' N49º20,7' W e 00º 07,4' S - 47º49,2' W/02 16,3' N - 46º09,3' W, com oitenta e sete (87) estações oceanográficas, localizadas em onze perfis perpendiculares à costa. O objetivo deste trabalho avaliar a influência das águas dos rios Amazonas e Pará, no mecanismo de fertilização da zona costeira e plataforma continental adjacente. Desta maneira, foi determinada a variação das estruturas de temperatura, salinidade, massas d'água, a distribuição superficial e vertical dos nutrientes inorgânicos dissolvidos (nitrato, nitrito, amônia, fosfato, silicato), correlacionados com a biomassa fitoplanctôni-ca superficial. As variações superficiais e verticais da temperatura, apresentaram o modelo de uma região equatorial, com pequenas oscilações à superfície (quartil inferior = 27,73ºC e quartil superior = 28,30ºC) e a presença da termoclina. As massas de água registradas foram: Água Costeira (AC- com valores de salinidade entre 2,49 e 33ups); Água de Mistura (AM- com salinidade entre 33ups e 35,99ups); Água Tropical (AT - salinidade maiores que 36 ups e temperaturas maiores que 18ºC); Água Central do Atlântico Sul (A.C.A.S. - com salinidade entre 34,52 e 36,09ups e temperatura entre 5,95 e 18,35ºC); Água Intermediária Antártica (A. I. A. - com salinidade entre 34,48 ups e 34,78 ups e temperaturas entre 4,92 e 5,90ºC). O oxigênio dissolvido apresentou na área costeira valores entre 2,23 ml/L (47,65% de saturação de oxigênio dissolvido) e 6,54ml/L (132,66% de saturação de oxigênio dissolvido), mostrando nesta área a importância da dinâmica dos processos da fotossíntese e da degradação da matéria orgânica. Em relação à área oceânica, os valores encontrados foram de 4,02 ml/L (87,75% de saturação de oxigênio dissolvido)e 5,70ml/L (114,69% de saturação de oxigênio dissolvido). o pH teve valores alcalinos em toda a área em estudo. As distribuições superficiais dos nutrientes inorgânicos dissolvidos (nitrato, nitrito, amônia, fosfato, silicato), mostraram elevadas concentrações na área costeira, principalmente para o nitrato (quartil inferior = 2,14µml/L, quartil superior = 5,70µml/L), e silicato (quartil inferior = 5,59µml/L, quartil superior 45,19µml/L), e uma diminuição destas concentrações em direção à área oceânica. A distribuição superficial da biomassa fitoplanctônica apresentou o modelo de distribuição dos nutrientes inorgânicos dissolvidos com concentrações variando entre 0,68mg/m3 (quartil inferior) e 3,41mg/m3 (quartil superior) na área costeira, e valores entre 0,08mg/m3 (quartil inferior) e 0,15mg/m3 (quartil superior) na área oceânica, caracterizando a área costeira como um ambiente eutrófico e a oceânica como um ambiente oligotrófico. A análise de agrupamento, realizada com todos os parâmetros abióticos e bióticos, mostrou duas áreas, uma sob e outra fora da influência do rio Amazonas. A influência da pluma do rio Amazonas alcançou uma distância de 147km a partir da linha da costa, detectada a partir da distribuição horizontal da salinidade e do silicato. Enquanto, a biomassa fitoplanctônica foi detectável até 120km antes do final da plataforma. 175 93 551.46 D559a TÍTULO: ASPECTOS BIOLÓGICOS DA GUAIUBA Lutjanus chrysurus BLOCH, 1791 (PERCIFORMES: LUTJANIDAE) NA COSTA NORDESTE DO BRASIL: IDADE, CRESCIMENTO, MORFOMETRIA E PESCA. MESTRANDO: Moustapha Diedhiou ORIENTADORA: Dra. Beatrice Padovani Ferreira DATA DA DEFESA: 31 de maio de 2000. DIEDHIOU, Moustapha. Aspectos biológicos da Guaiuba Lutjanus chrysurus Bloch, 1791 (Perciformes: Lutjanidae) na costa nordeste do Brasil: Idade, crescimento, morfometria e pesca. Recife, 2000. 85f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. RESUMO A Guaiúba, Lutjanus chrysurus, é uma espécie de peixe recifal costeira amplamente distribuída do sul de Massachussets (USA) até a sudeste do Brasil e muito abundante nas Bahamas, no sul da Flórida, no Caribe. Ocorre na zona costeira e geralmente associado a zona de recifes. Nos estados do nordeste do Brasil, é capturado com muita freqüência nas pescarias de linha na plataforma e no talude. Dentro do projeto "Biologia e Dinâmica Populacional de Peixes Recifais", como parte do projeto REVIZEE-NE (Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva - Região Nordeste), foram coletadas amostras de gônadas (N = 205) e otólitos (N = 256) e dados de biometria (N = 8067) de exemplares provenientes dos desembarques da pesca no Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Bahia. A análise dos dados dos boletins de EstatpescaIBAMA e mostra uma forte tendência de queda da produção de Guaiúba nos estados do Ceará até a Bahia nos últimos anos. As distribuições de freqüência de comprimentos furcais entre os estados permitiram de determinar a composição da captura. O tamanho dos peixes capturados foram significativamente diferentes entre os estados com exceção a Pernambuco e Ceará. Estudos morfométricos foram feitas a partir da análise biométrica para caracterização da população. A partir da análise das proporções corporais verificou-se que não houveram diferenças morfológicas entre machos e fêmeas, portanto não foi evidenciado dimorfismo sexual. O estudo da biologia reprodutiva foi baseado na análise histológica das gônadas. Os estágios de maturação gonadal foram descritos e estabelecida uma escala de maturação. L. chrysurus apresentou um modo de reprodução gonocorística. A análise dos cortes histológicos mostraram que a desova é múltipla e parcelada. A distribuição mensal dos estágios de maturação mostram a presença de indivíduos maduros durante todos os meses. A idade e crescimento foram determinados a partir da observação de marcas de crescimento (bandas opacas e translúcidas) em otólitos (sagita) inteiros e secionados. As marcas foram atribuídas a idade do peixe e variaram de 0 a 17 anos. Entre os otólitos inteiros e os secionados, as leituras coincidiram em 25,24% das observações; em 43,81% contou-se mais anéis nos secionados e em 30,95% nos inteiros. Nos peixes de idade mais avançada (maiores de 10 anos), observou-se mais anéis nos secionados, nos intermediários (entre 5 e 10 anos), o número é equivalente e nos mais jovens (menores de 5 anos) mais anéis nos otólitos inteiros. A equação de von Bertalanffy que descreve o crescimento teórico em comprimento ajustada para otólitos secionados foi: CF(cm) = 60,574 [1 - e-0,054 (t - 7.884)]. Foi observada uma grande variabilidade de tamanhos por classe etária, o que seriamente compromete estimativas de idade e partir de comprimentos. 176 94 551.464.3 CDU (2ª ed.) 551.4601 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2000-114 TÍTULO: REVIZEE/NE - II, 1997: DINÂMICA DE ELEMENTOS MICRONUTRIENTES NO MAR ADJACENTE AO NORDESTE DO BRASIL ENTRE AS CIDADES DE RECIFE (PERNAMBUCO) E SALVADOR (BAHIA). MESTRANDO: Romero Advíncula da Rocha ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo DATA DA DEFESA: 12 de junho de 2000. ROCHA, Romero Advíncula da. Revizee/NE- II, 1997: Dinâmica de elementos micronutrientes no mar adjacente ao nordeste do Brasil, entre as cidades de Recife (Pernambuco) e Salvador (Bahia). Recife, 2000. 92f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. RESUMO Em consonância com as metas do Programa REVIZEE, estudos sobre a dinâmica de elementos micronutrientes foram realizados com base nos dados obtidos pelo navio oceanográfico Antares, medidos em 43 estações oceanográficas, distribuídas nas regiões oceânicas entre Recife (Pernambuco) e Salvador (Bahia), durante o período de 21.01 a 13.04 de 1997. Os parâmetros enfocados foram: temperatura, salinidade, nitrito-N, nitrato-N, fosfato-P, silicato-Si, intensidade e direção do vento e características interfaciais (período e amplitude das ondas). A pesquisa teve como principais objetivos a caracterização e determinação do padrão de distribuição das variáveis consideradas, a identificação dos possíveis mecanismos contribuintes à um enriquecimento das águas superficiais e a elaboração de um modelo matemático simplificado relacionado a profundidade da camada de mistura com a energia produzida na interface oceano-atmosfera. As temperatura e salinidade seguiram um padrão de distribuição tropical, variando com as latitudes e longitude, apresentando uma camada superficial misturada seguida de uma termoclina de caráter permanente que, por sua vez, esteve correlacionada a isoterma de 28ºC. Para a salinidade observou-se uma camada de máxima salinidade localizada no topo da termoclina cuja salinidade foi maior que 37,0. A parte superior da termoclina esteve inserida na camada referente a 1% de penetração le luz que, de modo geral, apresentou as maiores profundidades, o que indica que a picnoclina tem a sua importância diminuída como fator inibidor do processo fotossíntesse na camada eufótica. Nenhum padrão de distribuição foi observado para os nutrientes, que apresentam as menores concentrações à superfície cujos valores aumentaram em direção à camada NFT. As massas d'água registradas foram: Água Tropical (AT), que engloba a Água Tropical Superficial (ATS) e a Água de Máxima Salinidade (AMS) e Água Central do Atlântico Sul (ACAS). O padrão de circulação observado para a área A7 (abril) sugere a existência de um transporte líquido das águas superficiais para fora da costa, o que pode provocar, teoricamente, o transporte de águas mais profundas e ricas em nutrientes. Foi possível, descrever um modelo simplificado que relacionou a energia cinética turbulenta interfacial e a profundidade da camada de mistura, através da amplitude da onda. 177 95 593.14 CDU (2ª ed.); 578.62 CCD (2ª ed.) UFPE/BC2000-104. TÍTULO: O NANOPLÂNCTON E O MICROPLÂNCTON DA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA DO NORDESTE DO BRASIL (REVIZEE/NE II). MESTRANDO: Isabella Beserra Galvão ORIENTADOR: Dra. Nádja Maria Lins da Silva DATA DA DEFESA: 27 de junho de 2000 GALVÃO, Isabella Beserra. O nanoplâncton e o microplâncton da zona econômica exclusiva do nordeste do Brasil (Revizee/NE II). Recife, 2000. 160f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. RESUMO Os oceanos tropicais são conhecidos como desertos, sendo considerados áreas olligotróficas. Objetivando-se conhecer os fatores que regem a produção pesqueira da Zona Econômica Exclusiva do Nordeste do Brasil pesquisas vêm sendo realizadas, de âmbito nacional, com a finalidade de permitir um futuro uso sustentável do oceano Atlântico Sul que banha a costa brasileira. As coletas dos dados biológicos e abióticos utilizados foram realizadas a bordo do NOc. Antares da DHN (Diretoria de Hidrologia e Navegação), da Marinha do Brasil, pelo Programa REVIZEE-NEII, entre o período de 20 de janeiro a 15 de abril de 1997. A região estudada localiza-se na área compreendida entre Salvador, limite sul, e a foz do rio Parnaíba, limite norte (14º S a 2º 7 N, e 28º W a 42º W), sendo as estações de coletas distribuídas de acordo com cinco áreas com características diferentes: quebra de plataforma e talude continental; Domínio Oceânico livre de influências de ilhas e bancos submersos, Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Cadeia de Fernando de Noronha e Cadeia Norte do Brasil. Os dados obtidos correspondem às profundidades de 100, 50 e 1% de penetração de luz. As amostras de plâncton foram coletadas com garrafa de Niskin, sendo fixadas à bordo com lugol e analisadas, em laboratório, pelo método de sedimentação. Foram analisados os seguintes parâmetros: identificação dos indivíduos; freqüência de ocorrência e densidade dos organismos. Aplicou-se os seguintes testes estatísticos: diversidade específica e eqüitabilidade (índice de Shannon) e similaridade qualitativa e quantitativa através de análise multivariada e componentes principais. A distribuição horizontal e vertical dos parâmetros ambientais apresentaram um comportamento típico de uma região oceânica tropical, onde, as variações ocorridas são regidas por processos de interações entre correntes, e, entre correntes e topografia, implicando em possíveis ressurgências, principalmente nas áreas sob a influência de bancos e ilhas oceânicas. Os teores de Clorofila a variaram de 0,0 a 3,91µg.1-1, sendo os mais altos teores encontrados a 1% de penetração de luz, decorrente do aumento de nutrientes nesta profundidade. As densidades nanoplanctônicas variaram de 200 a 159.000 células.1-1. O microplâncton apresentou densidades variando de 0, nas três profundidades amostradas, a 14.020células.1-1, a 1% de penetração de luz, igualmente o microfitoplâncton, e a do microzooplâncton de 0 a 620 células.1-1. O microfitoplâncton da região estudada esteve constituído, principalmente, por dinoflagelados, com 66% das espécies, sendo as diatomáceas o segundo grupo mais representativo com 31%, já o microzooplâncton esteve composto principalmente pelos ciliados Tintinnina, com 48% dos taxa identificados, seguido pelos radiolários, 20%, foraminíferos, 17%, e pelos ciliados não loricados, 15%. A região demonstrou ser uma área de alta diversidade específica alcançando um índice em torno de 4,0bits.ind-1, eqüitativamente distribuídas, com índice de eqüitabilidade maior do que 0,5. Os testes estatísticos não demonstraram variação entre as profundidades em termos de densidade e composição taxonômica, constituindo uma área oligotrófica regida por parâmetros ambientais, possibilitando o enriquecimento da camada eutrófica, entretanto não influenciando a superfície. 178 96 593.6 CDU (2ª ed.); 593.6 CCD (2ª ed.) UFPE/BC200-059 TÍTULO: PADRÕES SAZONAIS DE ASSENTAMENTO E RECRUTAMENTO DE CORAIS EM SUBSTRATOS ARTIFICIAIS NOS RECIFES DE TAMANDARÉ. MESTRANDO: Cristina Damiano ORIENTADOR: Dr. Mauro Maida DATA DA DEFESA: 30 de junho de 2000. DAMIANO, Cristina. Padrões sazonais de assentamento e recrutamento de corais em substratos artificiais nos recifes de Tamandaré. Recife, 2000. 118f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos relacionados ao assentamento e recrutamento de corais tem sido de grande importância para compreensão e elucidação dos diversos fatores atuantes na estruturação inicial de uma comunidade recifal. O presente estudo objetiva, através da utilização de substratos artificiais confeccionadas com azulejos de cerâmica, determinar a sazonalidade e a influência da orientação do substrato artificial no assentamento e recrutamento de corais em três formações recifais na região de Tamandaré, PE. Durante o período de Dezembro de 1997 a julho de 1999, um total de 2592 placas de assentamento foram colocadas no declive frontal das formações recifais, orientadas nas posições horizontal e vertical, proporcionando substrato de assentamento em posições superior, inferior e vertical. A cada dois meses as placas de assentamento eram removidas e substituídas pôr novas, onde a presença de recrutas de corais hermatípicos e ahermatípicos, vermetídeos, cirripédios, serpulídeos e alga calcária incrustante foi investigada. Apesar do elevado número de réplicas utilizadas no experimento, a taxa de recrutamento de corais observadas foi muito baixa quando comparada a trabalhos anteriores realizados na região, mas os resultados sugerem a existência de um efeito sazonal no recrutamento de corais, com o período de verão apresentando a maior taxa de recrutamento. Não foram observadas diferenças significativas entre a orientação do assentamento de corais hermatípicos, mas um "efeito de borda" foi observado sendo que estes assentaram em maior número próximos à borda do azulejo. Para corais ahermatípicos este efeito não foi observado, mas a orientação do substrato afetou os padrões de recrutamento. Para os outros organismos, foram observadas diferenças sazonais, entre os recifes e de posicionamento nas placas de assentamento. O baixo número de recrutas de coral obtido ao longo do experimento sugere uma forte influência do fenômeno do El Niño, ocorrido em 1998 e 1999, no assentamento dos corais da região de Tamandaré. 179 97 594.5(813.5) CDU (2ª ed.); 594.0815 CCD (2ª ed.) UFPE/BC2000-190 TÍTULO: MOLUSCOS MARINHOS DE INTERESSE MÉDICO E A ETNOMEDICINA ALAGOANA MESTRANDA: Maria Luzenita Wagner Mallmann ORIENTADOR: Dra. Deusinete de Oliveira Tenório DATA DA DEFESA: 07 de julho de 2000. MALLMANN, Maria Luzenita Wagner Moluscos Marinhos de Interesse Médico e a Etnomedicina Alagoana Recife, 2000. 65f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O estudo dos moluscos marinhos utilizados na etnomedicina alagoana, foi feito com o intuito de atualizar e rever os dados existentes. A pesquisa realizou-se através de 224 entrevistas com babalorixá, ialorixá, "curandeiros" e "rezadeiras", pescadores e farmacêuticos populares que comercializam animais medicinais nos Mercados Públicos, das cidades de Maceió, Japaratinga, Feliz Deserto, São Miguel dos Milagres, Coruripe, Paripueira, Barra de São Miguel no período de 07/97 a 07/98 e pela revisão bibliográfica. Destes entevistados, 63% relataram conhecer o uso de moluscos como medicamento. Foram feitas, ainda, entrevistas com 126 pacientes internados na Clínica Médica ou mães de pacientes internados na Clínica Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Os moluscos relatados pelos informantes foram: o gastropoda Cassis tuberosa, utilizado para Asma e Metrorragia, e os bivalves Mytella charruana, utilizado para conjuntivite, Crassostrea rhizophorae e Lucina pectinata, utilizados para a cura de impotência, Anomalocardia brasiliana e Tivela Mactroides utilizados para o tratamento de conjuntivite, osteoporose, otite, asma e metrorragia. A análise dos dados permitiu concluir que o uso de Mollusca, como medicamento em Alagoas, é uma realidade relevante e que a fé no curador é muitas vezes o melhor remédio para a cura. Este uso popular tem grande importância econômica pois atinge a população de baixa renda, que muitas vezes não tem acesso à medicina oficial e nem a médicos. 180 98 582.26 CDU (2ª ed.); 579.8 CCD (2ª ed.) UFPE/BC2000-121 TÍTULO: ECOLOGIA DO FITOPLÂNCTON DO COMPLEXO LAGUNAR MUNDAÚ/MANGUABA, ALAGOAS - BRASIL. ESTUARINO- MESTRANDA: Enaide Marinho de Melo Magalhães. ORIENTADORA: Dra. Maria Luise Koening. CO-ORIENTADORA: Dra. Célia Leite Sant’Anna. DATA DA DEFESA: 15 de agosto de 2000. MAGALHÃES, Enaide Marinho de Melo. Ecologia do Fitoplâncton do Complexo EstuarinoLagunar Mundaú/Manguaba, Alagoas - Brasil. Recife, 2000. 92f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O litoral de Alagoas é caracterizado pela abundância de ecossistemas aquáticos costeiros, destacando-se entre eles o Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú/Manguaba, tanto em termos ecológicos, quanto sócio econômicos. Em virtude do estado de degradação em que se encontra o referido ecossistema, foram realizados estudos visando conhecer a dinâmica da comunidade fitoplanctônica neste ecossistema. As coletas foram realizadas em 3 estações, durante o ciclo diurno de marés, em período seco (dezembro/1997) e chuvoso (julho/1998), utilizando-se rede de arrasto com abertura de malha de 45µm, arrastada horizontalmente na superfície da água, durante 3 minutos. Realizaram-se simultaneamente às coletas, medidas dos parâmetros abióticos e coletas de amostras para análises hidroquímicas, objetivando possíveis correlações. Foram identificados 114 táxons, distribuídos entre as divisões Cyanophyta (12 sp), Euglenophyta (3 sp), Purrophyta (5sp + 1 spp), Chrysophyta (82 sp + 1 var.) e Chlorophyta (10 sp). A divisão Chrysophyta foi a mais representativa com 73% das espécies identificadas. As espécies mais abundantes e freqüentes foram as diatomáceas Coscinodiscus centralis, Skeletonema costatum e Thalassiosira eccentrica, os dinoflagelados Protoperidinum spp e as cianofíceas, Oscillatoria sancta e Microcystis aeruginosa. Dentre as espécies identificadas, predominaram as marinhas neríticas sobre as marinhas oceânicas e estas últimas, sobre as dulciaqüícolas. Em termos de densidade, os valores variaram entre 95.000 a 3.315.000cel.l-1, sendo os valores mais elevados registrados no período chuvoso e na estação 3. A clorofila-a variou entre 1,07 e 13,10mg/m3, com valores também mais elevados no período chuvoso e na estação 3. A diversidade específica e a eqüitabilidade foram consideradas altas no período seco. A associação das amostras demonstrou haver grande mistura entre os fluxos marinhos e limnéticos. 181 99 594.5(813.5) CDU (2ª ed.); 594.0815 CCD (2ª ed.) UFPE/BC2000-190 TÍTULO: VARIAÇÃO ESPACIAL E SAZONAL DOS NÍVEIS DE METAIS NOS SEDIMENTOS E OSTRA DE MANGUE (Crassostrea rhizophorae) GUILDING, 1828 DO COMPLEXO ESTUARINO DE ITAMARACÁ (PE). MESTRANDA: Márcia de França Rocha. ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo. DATA DA DEFESA: 23 de agosto de 2000. ROCHA, Márcia de França. Variação Espacial e Sazonal dos Níveis de Metais nos Sedimentos e Ostra de Mangue (Crassostrea rhizophorae) Guilding, 1828 do Complexo Estuarino de Itamaracá (PE). Recife, 2000. 75f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O complexo estuarino de Itamaracá é formado pelo Canal de Santa Cruz, um braço de mar que divide a ilha de Itamaracá do continente, e por seis rios que nele deságuam. A área possui elevada produtividade e diversidade biológica, além de desempenhar importante papel sócio-econômico como provedora de alimentos e renda para a comunidade local. Entretanto, os impactos produzidos pelo despejo de esgotos urbanos e efluentes industriais, além do carreamento de agrotóxicos da lavoura canavieira, podem estar contribuindo para a contaminação por metais e a degradação dos recursos vivos. Portanto, informações acerca das concentrações dos metais podem constituir uma importante ferramenta no diagnóstico e gerenciamento da qualidade ambiental nessa região. Os objetivos desse estudo foram determinar os níveis de metais traços (Pb, Cd, Co, Cu, Ni, Zn e Mn), macroelementos (Al, Fe, Ca e Mg) e teores de matéria orgânica nos sedimentos, a biodisponibilidade de Pb, Cd, Co, Cu, Ni e Zn para a ostra de mangue, Crassostrea rhizophorae, bem como os padrões de distribuição espacial e sazonal desses elementos e suas correlações, além de fornecer subsídios básicos para futuros de monitoramento de metais na área. Para isso, foram coletadas amostras de sedimentos superficiais e ostra de mangue (n=30 indivíduos) em sete estações, localizadas nos estuários dos rios Botafogo e Igarassu e no Canal de Santa Cruz, durante o período chuvoso (março e junho) e o seco (setembro e dezembro), em 1999. Os teores de matéria orgânica total nos sedimentos (<0,062mm) foram obtidos como percentual do peso perdido na calcinação a 450ºC. As concentrações dos metais totais nos sedimentos (<0,062mm) e nas amostras compostas de ostra foram determinadas por digestão ácida em duplicata, e analisadas por espectrometria de emissão atômica com plasma acoplado indutivamente (ICP - AES). Os teores de matéria orgânica oscilaram entre 7,5 e 22,9%, com um valor mediano de 17,6%. Os resultados das concentrações medianas de metais nos sedimentos foram os seguintes: Pb (34,4µg.g-1), Co (11,1µg.g-1), Cu (16,8µg.g-1), Ni (16,5µg.g-1), Zn (73,2µg.g-1), Mn (158,7µg.g-1), Al (74.255µg.g-1), Fe (28.268µg.g-1), Ca (48.727µg.g1) e Mg (11.867µg.g-1). Nos tecidos de ostra do mangue, apenas os níveis de Cu e Zn foram quantificados, os de Pb, Cd, Co e Ni estiveram abaixo do limite de detecção do método. Nos sedimentos com exceção do Mn, Ca e Mg as maiores concentrações medianas foram registradas no estuário do rio Botafogo. Diferenças significativas nas concentrações de metais, entre os meses estudados, só foram evidentes para zinco nos sedimentos e cobre nas ostras. Correlações positivas existiram entre as concentrações de Pb, Cd, Co, Cu, Ni e Zn com as concentrações de Al e Fe e teores de matéria orgânica, nos sedimentos superficiais. Com base nesses resultados, constatou-se que dos compartimentos ambientais estudados, os sedimentos apresentaram os maiores níveis medianos de metais traços, com exceção do cobre e zinco. Esses metais foram os únicos biodisponíveis para a ostra do mangue. As concentrações medianas de metais traços nos sedimentos e ostras do mangue encontram-se dentro da faixa para áreas consideradas não contaminadas por metal. As diferenças espaciais dos níveis de metais nos sedimentos observados entre as estações foram influenciadas diretamente pelos teores de matéria orgânica. Porém, as concentrações de metais nos sedimentos não influenciaram diretamente os níveis de cobre e zinco medidos nos tecidos de ostras. Variações sazonais nos níveis de metais nos sedimentos e ostras foram pequenas, não apresentando nenhum padrão consistente. A principal fonte de metais para a área é o continente, através da drenagem dos rios. 182 100 581.526.325 CDU(2.ed.); 551.46 CDD (21.ed.) UFPE/BC2000-245 TÍTULO: BIOMASSA FITOPLANCTÔNICA CORRELACIONADA COM PARÂMETROS ABIÓTICOS, NOS ESTUÁRIOS DOS RIOS ILHETAS E MAMUCABA, E NA BAÍA DE TAMANDARÉ (PERNAMBUCO – BRASIL). MESTRANDA: Ana Paula de Miranda Losada. ORIENTADOR: Fernando Antônio do Nascimento Feitosa. DATA DA DEFESA: 10 de novembro de 2000. LOSADA, Ana Paula de Miranda. Biomassa Fitoplanctônica Correlacionada com Parâmetros Abióticos, nos Estuários dos Rios Ilhetas e Mamucaba, e na Baía de Tamandaré (Pernambuco – Brasil). Recife, 2000. 89f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO A zona estuarina dos rios Ilhetas e Mamucaba encontra-se situada nas coordenadas de 08º 47' 13" S e 35º 06' 30" W, no município de Tamandaré distante 110km do Recife. Ambos os rios deságuam juntos na costa. São pequenos rios litorâneos com estuários pouco profundos, e juntamente com a vegetação de mangue, presente em suas margens, formam um belo ecossistema costeiro. A Baía de Tamandaré tem uma forma semi-circular, com um concavidade perfeita que demonstra a ação do mar na sua morfologia, possui uma profundidade média de 7,00m e apresenta recifes em toda sua extensão. A área estudada encontra-se inserida na Área de Proteção Ambiental (APA - Costa dos Corais), criada pelo Governo Federal em 1997, através do Decreto de 23 de outubro, sendo considerada a maior Unidade Federal de Conservação Marinha do País. Com o propósito de determinar a biomassa fitoplanctônica, em termos de clorofila a, e correlacioná-la com parâmetros abióticos, levando em consideração as variações sazonal e espacial, foi desenvolvida essa pesquisa. Durante o período de fevereiro de 1998 a janeiro de 1999, foram feitas coletas mensais, na maré de sizígia, em 4 estações fixas, na preamar e baixamar de um mesmo dia, na superfície. As amostras para a biomassa fitoplanctônica foram coletadas com garrafas plásticas de 1 litro, também usou-se garrafas plásticas para parâmetros abióticos, com exceção das amostras para oxigênio dissolvido e demanda bioquímica do oxigênio que foram coletadas com garrafa de Nansen. Foram considerados os seguintes parâmetros: biomassa fitoplanctônica (clorofila a), pluviometria, transparência da água e coeficiente de extinção da luz, temperatura, salinidade, pH, oxigênio dissolvido e taxa de saturação, DBO, nitrito, nitrato, fosfato, silicato e material em suspensão. Para a análise da biomassa do fitoplâncton usou-se o método espectrofotométrico. A biomassa fitoplanctônica variou entre valor indetectável e 22,2mg.m-3, apresentando variação sazonal apenas nas estações 3 e 4, durante a baixa-mar, com valores mais elevados no período seco, as maiores concentrações foram encontradas nessa maré. Espacialmente não foi observado um padrão definido. Os valores de biomassa fitoplanctônica obtidos, no ambiente estudado, demonstram tratar-se de uma área naturalmente eutrofizada. 183 101 551.46 J58t TÍTULO: TAXONOMIA E ECOLOGIA DA FAMÍLIA FISSURELLIDAE (MOLLUSCA – GASTROPODA) NO RECIFE PONTA VERDE, MACEIÓ, ALAGOAS – BRASIL. MESTRANDA: Ivone Maria Lima de Jesus. ORIENTADORA: Dra. Deusinete de Oliveira Tenório. CO-ORIENTADORA: Dra. Sigrid Neumann Leitão. DATA DA DEFESA: 14 de dezembro de 2000. JESUS, Ivone Maria Lima de. Taxonomia e Ecologia da Família Fissurellidae (Mollusca – Gastropoda) no Recife Ponta Verde, Maceió, Alagoas – Brasil. Recife, 2000. 67f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O recife Ponta Verde, situa-se em uma área tropical de praia urbana, de fácil acesso, no Município de Maceió (AL) entre os paralelos 9º 40' 30" – 9º 40' 32" Latitude Sul e os meridianos 35º 41' 6" – 35º 42' 4" Longitude Oeste. Estudos foram realizados visando determinar a taxonomia e distribuição ecológica da Família Fissurelidae no período de outubro/98 a setembro/99. As coletas foram realizadas mensalmente durante a baixa-mar utilizando-se um delimitador quadrado (0,25m2) em 20 estações plotadas em cinco perfís, localizados no recife Ponta Verde. Coletou-se simultaneamente amostras de água para análise hidroquímica visando possíveis correlações da salinidade e pH com os espécimens. Para identificação dos espécimens analisou-se a morfologia da face externa e interna da concha bem como sua rádula com auxílio de bibliografia especializada. Identificou-se cinco espécies da Família Fissurelidae pertencentes aos gêneros Diodora: Diodora dysoni (Reeve, 1850); Diodora jaumei Aguayo & Redhder, 1936 e Diodora sayi (Dall, 1899) e ao gênero Fissurella: Fissurella nimbosa (Linnaeus, 1758) e Fissurella clenchi Farfante, 1943. As espécies foram analisadas com base na abundância, freqüência e densidade, assim como procedeu-se a análise de agrupamento dos meses de coleta, baseando-se no coeficiente de correlação momento-produto de Pearson, utilizando-se o método de ligação WPGMA. Fissurella nimbosa (Linnaeus, 1758) é espécie dominante e constante por apresentar valores acima de 50% de abundância e freqüência e as demais espécies são raras no ambiente pesquisado. Na densidade, Fissurella nimbosa (Linnaeus, 1758) também sobressaiu-se às demais com o valor máximo de 10,40 ind/m2. Na associação dos meses de coleta, correlacionou-se dois grupos, os meses do período seco e os do período chuvoso. Quanto à análise dos componentes principais correlacionou a Fissurella nimbosa (Linnaeus, 1758) positivamente com temperatura do ar, da água e a salinidade e Fissurella clenchi Farfante, 1943 com pH. Analisando-se os dados de biometria do gênero Fissurella ficou evidente, principalmente nos dados de comprimento e altura, a tendência a cada três meses de ocorrer uma renovação de espécies jovens, ou seja, há um recrutamento das espécies. A espécie Diodora dysoni (Reeve, 1850) é citada pela primeira vez para a costa alagoana. A diversidade da Família Fissurellidae, no recife, não é significativa, pois há o predomínio de uma única espécie, a Fissurella nimbosa (Linnaeus, 1758). 184 102 594.3 CDU (2ª ed.); 594.3 CDD (21ª ed); UFPE/BC2001-109 TÍTULO: FAUNA DE MOLUSCOS GASTRÓPODES ASSOCIADOS À Ulva lactuta L. (CHLOROPHYTA) NO RECIFE PONTA DO PERCEVEJO, MACEIÓ, ALAGOAS, BRASIL. MESTRANDA: Christianne Sâmya Lins Rodrigues ORIENTADOR: Dra. Deusinete de Oliveira Tenório DATA DA DEFESA: 18 de janeiro de 2001 RODRIGUES, Christianne Sâmya Lins. Fauna de Moluscos Gastrópodes Associados à Ulva lactuta L. (Chlorophyta) no Recife Ponta do Percevejo, Maceió, Alagoas, Brasil. Recife, 2001. 80f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO A fauna de gastrópodes do fital Ulva lactuta L. do recife Ponta do Percevejo, Praia de Ponta Verde – Maceió, Alagoas (Brasil), foi estudada visando conhecer sua biodiversidade, abundância relativa, frequência de ocorrência, densidade, diversidade, equitabilidade, associação das amostras e das espécies. As amostras foram coletadas, a cada dois meses, no período de maio de 1998 a maio de 1999, durante as baixa-mares, em três estações localizadas no mediolitoral e infralitoral superior. As macroalgas foram coletadas manualmente e acondicionadas em sacos plásticos contendo água do mar. A temperatura da água foi registrada “in situ”, enquanto amostras da água do mar foram coletadas para obtenção da salinidade. As amostras foram mantidas em baixas temperaturas para anestesiar os animais e posteriormente lavadas em água corrente sobre peneiras geológicas com 1 mm, 0,59 e 0,29mm de abertura de malha, sendo em seguida medido o volume das algas. Os animais foram fixados em álcool a 70% glicerinado, e em seguida submetidos a triagem. Os gastrópodes foram identificados em nível específico, enquanto os demais componentes da fauna associada em nível de grande grupo taxonômico. Constatou-se que a classe Gastropoda foi o segundo grupo taxonômico mais abundante, sendo obtidos 5.838 representantes, dos quais 1.002 compreenderam indivíduos com partes moles e 4.836 corresponderam a conchas vazias. Foram registrados 33 espécies de gastrópodes, pertencentes a três Subclasses (Prosobranchia, Heterobranchia e Opistobranchia), sete ordens e 17 famílias com partes moles. A Família Tricolliidae foi a mais abundante e a mais frequente; a espécie Tricolia affinis ocorreu em 100% das amostras. As espécies Columbella mercatoria, Chrysallida jadisi e Rissoina bryerea apresentaram-se muito frequentes. A densidade de gastrópodes foi mais alta na estação 03, sendo T. affinis, o representante com maior número de indivíduos por litro de Ulva lactuta. A diversidade específica oscilou de muito baixa a média nas três estações de coleta. A equitabilidade foi mais alta na estação 01. O grau de associação e a análise cofenética das amostras indicaram que não houve diferenças significativas entre as estações e meses de coleta. Já a análise cofenética das espécies de gastrópodes apresentou-se significativa, evidenciando dois grupos, relacionados ecologicamente. 185 103 595.384 CDU (2ª ed.); 595.38 CDD (21ª ed); UFPE/BC2001-105 TÍTULO: CRUSTACEA DECAPODA DOS CANAIS DA LAGOA MANGUABA NO COMPLEXO ESTUARINO-LAGUNAR MUNDAÚ/MANGUABA, ALAGOAS. MESTRANDA: Elizabeth Cristina de Sousa ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 23 de jneiro de 2001 SOUSA, Elizabeth Cristina de. Crustacea Decapoda dos Canais da Lagoa Manguaba no Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú/Manguaba, Alagoas. Recife, 2001. 147f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos sobre os crustáceos decápodos foram realizados nos canais do Complexo Estuarino-lagunar Mundaú/Manguaba, estado de Alagoas, visando um maior conhecimento deste grupo. As coletas foram realizadas mensalmente na baixa-mar, durante o período de maio/98 a abril/99, em quatro estações ao longo dos canais da Maguaba. Utilizou-se os apetrechos reducho, tetéia e puçá, além de coletas manuais para obtenção dos espécimes. Foram medidas as temperaturas da água e do ar in loco e coletadas amostras de água para análise da salinidade. Dados referentes à precipitação pluviométrica do período correspondente foram obtidas na estação meteorológica da CINAL, Marechal Deodoro. O estudo resultou na determinação de 2 subordens, 12 famílias, 23 gêneros e 44 espécies. As famílias Ocypodidae e Xanthidae se destacaram quantitativamente, com 9 e 8 taxa, respectivamente. A estação III apresentou a maior riqueza faunística. O grau de semelhança entre as espécies por estação foi maior entre as estações II e III. A distribuição das espécies esteve associada às variações ambientais das estações. O maior número de espécies foi registrado no terceiro trimestre, ocasião em que o aumento de matéria orgânica é mais intenso. O terceiro trimestre apresentou o maior número de espécies em reprodução, sendo a temperatura e disponibilidade de alimento fatores condicionantes. Os maiores índices de diversidade de espécies foram obtidas pelo método manual, explicados pela grande representatividade dos caranguejos nestes ambientes. A equitabilidade foi alta indicando boa distribuição destas espécies. O reducho pode ser considerado o método mais adequado para amostragem dos crustáceos pela capacidade de captura de diversos grupos como siris, camarões e caranguejos; entretanto, a diversidade e equitabilidade foram baixas. A associação de amostras indicou não haver diferenças significativas entre as estações II, III e IV; no entanto, a estação I apresentou-se distinta das demais, caracterizada pela grande influência do ambiente marinho. A associação de taxa revelou que a fauna dos canais da Manguaba esteve representada basicamente por dois grandes grupos. O primeiro caracterizado em sua grande maioria por espécies marinhas e o segundo, pelas espécies típicas de mangue. 186 104 597.554.4 CDU (2ª ed.); 592.57 CDD (21ª ed); UFPE/BC2001-164 TÍTULO: CARANGUEJOS ERMITÕES (CRUSTACEA, DECAPODA: DIOGENIDAE E PAGURIDAE) DO PARQUE MUNICIPAL MARINHO DE PARIPUEIRA – ALAGOAS. MESTRANDA: Luciana de Matos Andrade Batista Leite. ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho. CO-ORIENTADORA: Tereza Cristina dos Santos Calado. DATA DA DEFESA: 19 de fevereiro de 2001. LEITE, Luciana de Matos Andrade Batista. Caranguejos Ermitões (Crustacea, Decapoda: Diogenidae e Paguridae) do Parque Municipal Marinho de Paripueira – Alagoas. Recife, 2001. 89f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O recife coralino é um ecossistema que se caracteriza geralmente pela diversidade de espécies, constituindo um ambiente dinâmico, habitado por muitas espécies de fauna e flora marinha. Entre os crutáceos presentes neste ecossistema destacam-se os caranguejos ermitões, que são observados tanto sobre os recifes como nas poças arenosas. Uma das características dos caranguejos ermitões é se abrigar em conchas de Gastropoda, por isso são alvos de depredações pelo homem que os utiliza como isca ou procura a beleza das conchas para utilizá-las no artesanato. O presente trabalho objetivou estudar a estrutura populacional e a utilização de conchas pelos caranguejos ermitões (Crustacea, Decapoda: Diogenidae e Paguridae) do Parque Municipal Marinho de Paripueira, localizado no Município de Paripueira, costa norte do estado de Alagoas entre as coordenadas 09º 22’ 50” – 09º 30’ 00” S e 35º 36’ 14” – 35º 30’ 00” W, abrangendo uma área de 3,2 mil hectares. Os espécimes foram coletados mensalmente de junho de 1998 a maio de 1999, durante a baixa-mar. No laboratório, as conchas foram identificadas e mensuradas quanto ao seu comprimento (CC), largura da abertura (LA) e diamêtro (DC) com paquímetro. Logo em seguida, foram quebradas com auxílio de um torno de bancada. Os caranguejos ermitões foram retirados de suas respectivas conchas, identificados e mensurados os comprimentos dos escudos cefalotorácicos (CEC), sendo o sexo e a presença de ovos aderidos aos pleópodos das fêmeas avaliados. Foram obtidas 1.042 conchas de gastropoda, entre estas 67 estavam vazias; 9 com Mollusca e 966 com caranguejos ermitões. Registrou-se a ocorrência de duas famílias, distribuídas em cinco gêneros e sete espécies de caranguejos ermitões: Diogenidae – Clibanarius antillensis (Stimpson, 1859), Clibanarius vittatus (Bosc, 1802), Clibanarius sclopetarius (Herbst, 1796), Calcinus tibicen (Herbst, 1791), Petrochirus diogenes (Linné, 1758) e Dardanus venosus (H. Milne Edwards, 1848); Paguridae – Pagurus criniticornis (Dana, 1852). Constatou-se o substrato arenoso como habitat preferido por P. criniticornis e substrato rochoso por C. tibicen, que esporadicamente também ocorre em substrato arenoso, enquanto C. antillensis foi encontrado em ambos substratos. Observou-se um dimorfismo sexual com machos maiores do que as fêmeas. A razão sexual mostrou a predominância dos machos. A quantidade de fêmeas ovadas obtidas durante o estudo foram insuficientes para determinar um padrão reprodutivo, porém sugere-se padrão sazonal em C. tibicen e contínuo para C. antillensis e P. criniticornis, entrentanto há necessidade de estudos mais amplos. A utilização de conchas de Gastropoda (tipo e dimensão) esteve relacionada principalmente a diferenças no comprimento do escudo cefalotorácico. 187 105 597.55 CDU (2ª ed.); 599.55 CDD (21ª ed); UFPE/BC2001-025 TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO, STATUS DE CONSERVAÇÃO E ASPECTOS TRADICIONAIS DO PEIXE-BOI MARINHO (Trichechus manatus manatus) NO LITORAL NORTE DO BRASIL. MESTRANDA: Fábia de Oliveira Luna. ORIENTADOR: Dr.José Zanon de Oliveira Passavante. CO-ORIENTADOR: Dr. Cassiano Monteiro Neto. DATA DA DEFESA: 22 de fevereiro de 2001. LUNA, Fábia de Oliveira. Distribuição, Status de Conservação e Aspectos Tradicionais do Peixe-Boi Marinho (Trichechus manatus manatus) no Litoral Norte do Brasil. Recife, 2001. 93f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O peixe-boi marinho (Trichechus manatus manatus) é o mamífero aquático mais ameaçado de extinção do Brasil. A caça predatória desde os tempos da colonização, sua reprodução lenta, e a destruição de seu habitat, tornam sua conservação mais difícil. Em 1992 e 1993, foram realizados um levantamento nos litorais dos Estados do Maranhão (MA), Pará (PA) e Amapá (AP), com o objetivo de identificar a distribuição, a ocorrência, e a pressão de caça do peixe-boi marinho, determinando o status de conservação da espécie no litoral norte do Brasil. Foram percorridos 3 000Km visitadas 145 localidades, e realizadas 262 entrevistas. Os entrevistados foram pessoas envolvidas em atividades de pesca, preferencialmente que já caçaram o animal. Por critérios ambientais o litoral do MA foi considerado norte, junto com PA e AP, sendo estes, divididos em cinco regiões ecológicas: RI – Delta do Parnaíba e Lençois Maranhenses; RII – Golfão Maranhense; RIII – Reentrâncias do MA e do PA; RIV – Golfão Amazônico; RV – Litoral do Amapá. A espécie não ocorre na RI. A RII apresentou a maior ocorrência, com número médio de 30 peixes-bois em Porto Grande/MA e 14 em Axuí/MA. Na RIII a espécie ocorre em muitas localidades, com maiores médias em: Marapanim/PA 6,6 e Alcântara/MA 4,5, porém, foram encontradas descontinuidades nesta região, descontinuida-des, estas, não esperadas, devido às características das reentrâncias. Localizada na foz dos rios Amazonas e Pará, a RIV recebe um volume imenso de água doce, oferecendo condições mais favoráveis ao peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis), e a ocorrência do peixe-boi marinho foi em poucas localidades, nas margens do rio Pará, onde a água do mar penetra. Estas localidades são as únicas do mundo que propiciam a ocorrência de duas espécies de sirênios. Na RV, a espécie ocorre em várias localidades, com médias menores: 4,0 em Goiabal/AP e 3,6 no Oiapoque/AP. Moradores antigos informaram que o animal já ocorreu em localidades que não ocorrem mais, havendo indícios que a pressão de caça nestas provocou a extinção local da espécie. A abundância estimada foi de apenas 207 peixes-bois marinhos. Foram estabelecidas correlações do número de peixes-bois com quatro variáveis independentes: regiões; ambientes de rio, mar e estuário; disponibilidade de alimento; e nível de degradação ambiental. RI e RIV, são significativamente diferentes, entre si, (p<0,05) e entre as RII, RIII e RV, que são significativamente iguais (p>0,05). Há diferença significativa (p<0,05) entre o ambiente de estuário com os de rio e mar, que são iguais (p>0,05), com maior ocorrência nos estuários. Locais com e sem alimento são significativamente difrentes (p<0,05), sendo 2.200 vezes maior, a ocorrência, aonde há alimento. Não há diferença significativa entre ambientes com degradação baixa, média ou alta, devido à preservação deste litoral. A captura seguida de morte intencional foi responsável por 94,07% da mortalidade, e o encalhe por 5,93%. O encalhe de filhotes representou 0,91% dos animais avistados pelos entrevistados. A captura intencional é um fator ainda muito forte na mortalidade do peixe-boi, tendo a caça com arpão ocorrido em 86,38% das capturas (técnica difícil, que requer paciência, habilidade, e é passada de geração em geração). O 188 maior número de capturas ocorreu na RV, seguida pela RIII e RII. A captura foi em 63,83% para alimentação, e em 30,64% para alimentação e comércio, registrando-se a utilização de partes do animal para fins diversos (remédio, fetiches, simpatias). Devido a: distribuição descontínua, abundância pequena, e grande pressão de caça, confirma-se o status, do peixe-boi marinho, de criticamente ameaçado à extinção neste litoral. A compreensão dos costumes das comunidades no que tange ao animal, foi importante para proposição de estratégias de conservação da espécie, e sugestões de alternativas de subsistência para a população. A descontinuidade de ocorrência reforça a hipótese de que peixes-bois não realizam grandes migrações no litoral brasileiro, e sugere isolamento de grupos remanescentes. A ocorrência de duas espécies na RIV, sugere simpatria e existência de híbridos. Há necessidade de estudos biológicos e genéticos para confirmar ou negar tais hipóteses. 189 106 581.526.325 CDU (2ª ed.); 579.8176 CDD (21ª ed); UFPE/BC2001-190 TÍTULO: FITOPLÂNCTON DO COMPLEXO MUNDAÚ/MANGUABA – ALAGOAS. ESTUARINO-LAGUNAR MESTRANDO: Marinaldo de Oliveira Cavalcanti. ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante. DATA DA DEFESA: 02 de março de 2001. CAVALCANTI, Marinaldo de Oliveira. Fitoplâncton do Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú/Manguaba – Alagoas. Recife, 2001. 108f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O Complexo Estuarino-lagunar Mundaú/Manguaba está localizado no Estado de Alagoas sob as coordenadas geográficas (9º 35’ 00” a 9º 45’ 00” Latitude Sul e 35º 42’ 30” a 35º 57’ 30” Longitude Oeste). Visando conhecer a ecologia da comunidade fitoplanctônica, biomassa, variação sazonal, temporal e caracterizar os parâmetros abióticos, foram feitas coletas no período de novembro/1999 a julho/2000, em quatro (4) estações fixas durante as baixa-mares, na camada superficial e profundidade máxima local. Os dados climatológicos são procedentes da Estação Meteorológica da CINAL (Companhia Industrial Alagoas), localizado na cidade de Marechal Deodoro, AL. Foram registrados in situ dados sobre transparência da água, profundidade local, temperatura e paralelamente foram coletadas amostras de água com auxílio de garrafas do tipo Van Dorn para análises dos parâmetros hidrológicos (oxigênio dissolvido, demanda bioquímica do oxigênio, pH, nitrito, nitrato, fosfato, silicato) e fitoplanctônicos (biomassa, abundância relativa e frequência de ocorrência). As amostras para o estudo do fitoplâncton foram obtidas através de arrastos horizontais superficiais com rede de 45µm de abertura de malha, durante cinco (5) minutos. A biomassa fitoplanctônica foi medida através das concentrações de clorofila a. A identificação do fitoplâncton foi determinada através da contagem direta em lâminas do material fixado, com alíquotas de 0,5ml. Dos parâmetros ambientais, a precipitação pluviométrica foi o parâmetro de maior influência. Com relação ao fitoplâncton, foram identificadas trinta e oito (38) taxa. Destacando-se a classe Bacillariophycea com dezenove (19) espécies, dominando Coscinodiscus oculusiridis, com grande florescimento durante o período de estudo, Nitzschia sp e Chaetoceros sp; a classe Cyanophycea com dez (10) espécies, destacando-se Anabaena spiroides e Microcystis aeruginosa; a classe Chlorophycea com seis (6), destacando-se Pediastrum sp e Scenedesmus quadricauda; a classe Euglenophycea com dois (2) gêneros Euglena e Phacus e a classe Dinophycea com uma (1) espécie com o gênero Peridinium. A biomassa fitoplanctônica, clorofila a apresentou índices variando entre 0,01 a 18,91mg/m-3. 190 107 599.365 CDU (2ª ed.); 593.95 CCD (21ª ed.) UFPE/BC2001-069 TÍTULO: VARIAÇÃO ESPACIAL DO OURIÇO-DO-MAR Echinometra lucunter (LINNAEUS, 1758) AO LONGO DO COMPLEXO RECIFAL DE TAMANDARÉ – PE. MESTRANDA: Sonali de Campos Pereira ORIENTADOR: Dr. Mauro Maida DATA DA DEFESA: 29 de março de 2001. PEREIRA, Sonali de Campos. Variação Espacial do Ouriço-do-Mar Echinometra lucunter (Linnaeus, 1758) ao Longo do Complexo Recifal de Tamandaré – PE. Recife, 2001. 60f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O ouriço-do-mar Echinometra lucunter, desempenha um papel muito importante nos processos bioerosivos e como regulador fitobentônico em ambientes recifais. Estudos sobre as densidades populacionais do ouriço E. lucunter, foram realizados no período de fevereiro à agosto de 2000, com os seguintes objetivos: avaliar a distribuição espacial do ouriço E. lucunter em 8 áreas, ao longo do Complexo Recifal de Tamandaré –PE, avaliar a distribuição de corais e hidrocorais; e determinar as taxas de bioerosão causadas pelas populações de ouriços nos recifes estudados em Tamandaré – PE. As coletas de dados sobre as densidades populacionais dos ouriços, bem como dos corais e hidrocorais, foi realizada através das técnicas de line transect e quadrat, que consiste, no posicionamento sistemático de quadrats, com área amostral de 0,25m2, a cada metro, ao longo de uma linha de transect de 10m. A cada quadrat, todos os ouriços, corais (Favia gravida, Siderastrea stellata, Porites, Agaricites) e hidrocorais (Millepora), eram contados, e a média final multiplicada por 4 para obtenção do resultado de 1m2. Estudos sobre batimento local, foram realizados através da dissolução de blocos de gesso. Avaliações sobre as taxas de bioerosão foram realizadas, através da multiplicação da capacidade bioerosiva dos ouriços (calculada a partir da equação resultante da regressão linear, entre o tamanho dos ouriços e quantidade de CaCO3 ingerida), pela densidade média registrada, em cada área recifal estudada. Com os resultados obtidos, observou-se uma variação, em termos de densidade para espécie E. lucunter, ao longo do Complexo Recifal estudado, com um máximo de 74,90ind/m2 para o recife do Cordão do Mero, e um mínimo de 38,108ind/m2 para a área recifal do Pirambú. As variáveis, densidade de ouriço e grau de batimento das áreas não apresentaram correlação. Variações intra e interrcifais no padrão de cobertura (algas, corais e Palythoa), na complexidade topográfica, no número de áreas incosolidadas (piscinas arenosas e áreas de acúmulo de cascalho), e na abundância de predadores e competidores, foram possivelmente os fatores que influenciaram na densidade do ouriço E. lucunter para os recifes de Tamandaré-PE. Em relação às taxas de bioerosão registradas, foram observadas que as mesmas estiveram relacionadas ao tamanho médio e a densidade de ouriços, e variaram ao longo do Complexo Recifal estudado, de um mínimo de 9,05gr/m2/dia para o recife do Vau das Campas a um máximo de 23,31gr/m2/dia para a área recifal da Caieira. 191 108 TÍTULO: USO DOS AMBIENTES RECIFAIS NA REGIÃO LITORÂNEA DE TAMANDARÉ, PERNAMBUCO, BRASIL. MESTRANDA: Iara Braga Sommer ORIENTADOR: Dr. Mauro Maida DATA DA DEFESA: 29 de março de 2001. SOMMER, Iara Braga. Uso dos Ambientes Recifais na Região Litorânea de Tamandaré, Pernambuco, Brasil. Recife, 2001. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO No mundo inteiro, extensas áreas recifais estão sendo degradadas por processos naturais e/ou antropogênicos, ocasionando grandes perdas na qualidade ambiental. O aumento da exploração dos recursos dos ambientes recifais vem aumentando progressivamente com o crescimento da população próximo as regiões costeiras. A exploração destes ambientes deve ser revisada e analisada, para que os planos de manejo sustentáveis possam ser desenvolvidos e aperfeiçoados de acordo com as necessidades de cada local. O presente estudo é resultado de um monitoramento dos ambientes recifais na região litorânea de Tamandaré, com base na utilização deste ambiente visando os possíveis danos causados pelos impactos antropogênicos nesta região. O monitoramento dos tipos de uso dos recifes foi realizado através de saídas periódicas de lancha, percorrendo todos os recifes da 1ª e 2ª linha recifal entre a praia dos Carneiros (norte) e Mamucaba (sul) na área costeira de Tamandaré. O número de lanchas e embarcações foram quantificadas, assim como o número de pessoas segundo as categorias de utilização dos recifes, para cada local frenquentado durante os meses amostrados. Os resultados demonstram que os recifes localizados na praia dos Carneiros (Batêncio, Manguinho e Pedra Preta; 1ª linha recifal) e na praia das Campas (Pirambu do Norte e Vau das Campas; 2ª linha recifal) são os mais utilizados como área recreacional. O recife Vau das Campas vem sofrendo os principais impactos causados pelas atividades e turismo e recreação, feitas de forma intensiva e descontrolada. Uma vez que os ambientes recifais de Tamandaré encontram-se inseridos em uma Área de Proteção Ambiental (APA Costa dos Corais), planos de manejo para recifes com grande potencial turístico são discutidos como ferramentas, para assegurar a conservação e a manutenção da biodiver-sidade. 192 109 591.5 CDU (2ª ed.) 577.7 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2001-137 TÍTULO: ESPECIAÇÃO DO MERCÚRIO EM COMPARTIMENTOS AMBIENTAIS DO COMPLEXO ESTUARINO DO CANAL DE SANTA CRUZ. MESTRANDO: Nilson Sant’Anna Júnior ORIENTADORA: Dra. Mônica Ferreira Costa CO-ORIENTADORA: Kátia Muniz Pereira da Costa DATA DA DEFESA: 20 de abril de 2001 SANT’ANNA JÚNIOR, Nilson. Especiação do Mercúrio em Compartimentos Ambientais do Complexo Estuarino do Canal de Santa Cruz. Recife, 2001. 61f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O Rio Botafogo, em Pernambuco, recebeu durante os últimos 35 anos uma descarga estimada em aproximadamente 22 a 35 toneladas de mercúrio na sua forma metálica provenientes de uma planta industrial de cloro e soda. Estudos anteriores demonstraram que os manguezais e sedimentos ao longo do rio e adjacentes a sua foz, no Canal de Santa Cruz, não serviram como depósito final para este metal. Esse mercúrio pode então ter sido exportado para o mar, para a atmosfera, ou parcialmente acumulado em outros compartimentos ambientias, inclusive o biológico. Através da análise do material particulado em suspensão, amostras de músculo de peixes (Mugil spp) e moluscos (Crassostrea rhizophorae) foi possível determinar o nível de contaminação atual por cada uma das duas principais frações do mercúrio (mercúrio total – Hg – T e metil mercúrio – Me-Hg). As ostras foram submetidas a um experimento de transplante entre dois ambientes com diferentes níveis de contaminação para verificação de uma possível eliminação/contaminação do metal biodisponível. Os níveis de Hg-T e Me-Hg na população de baixa renda que habita as proximidades e as quais depende em parte desse ambiente para suprir sua demanda protéica, foi realizada através de análises em amostras de cabelo. Os altos níveis de Hg-T encontrados no material particulado em suspensão, durante a maré vazante, mostram uma grande influência continental no ambiente. O aumento das concentrações (de 21,7 para 234,1ng.g-1) de Hg-T nas ostras transplantadas do rio Igarassu para o rio Botafogo demonstraram uma biodisponibili-dade do metal no estuário. As altas concentrações (130,7 ng.g-1) de Me-Hg encontrados nas ostras indicam que o ambiente apresenta boas condições para a metilação do mercúrio. Os níveis de Hg-T e Me-Hg que foram determinados no músculo de peixes (26,9 + 26,1ng.g-1 Hg-T e 19,6 e 16,0ng.g-1 Me-Hg respectivamente) e no cabelo dos habitantes do Município de Itapissuma – PE (1,9 + 1,6 ng. Mg1 Hg-T e 1,2 + 1,0ng.mg-1 Me-Hg respectivamente) mostram que tanto o músculo de peixe quanto o cabelo apresentaram valores relativamente baixos de concentração de Hg-T e Me-Hg e podem ser considerados dentro da média se comparados a outras populações brasileiras. 193 110 599.53 CDU (2ª ed.); 599.53 CDD (21ª ed); UFPE/BC2001-084 TÍTULO: ESTUDO DOS PADRÕES COMPORTAMENTAIS DE BOTOS-CINZA Sotalia fluviatilis NA BAÍA DOS GOLFINHOS – RIO GRANDE DO NORTE. MESTRANDA: Janaína Pauline de Araújo ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante DATA DA DEFESA: 20 de abril de 2001 ARAÚJO, Janaína Pauline de. Estudo dos Padrões Comportamentais de Botos-Cinza Sotalia fluviatilis na Baía dos Golfinhos – Rio Grande do Norte. Recife, 2001. 52f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Tem sido elevado o número de pesquisas que tratam do comportamento do Sotalia fluviatilis, contudo poucos descrevem quantitativamente as estratégias usadas por estes animais. Por este motivo, o presente trabalho teve como objetivo principal estudar algumas estratégias de conduta do boto-cinza (Sotalia fluviatilis), indicando as mais frequentes e comparando-as entre si. Procurou-se observar a presença de filhotes e os comportamentos realizados por estes, bem como, verificar a influência das embarcações no aparecimento dos golfinhos. O trabalho foi desenvolvido na Baía dos Golfinhos, Praia do Pipa, no Município de Tibau do Sul, Estado do Rio Grande do Norte. Os animais foram observados por 360 horas, no período de 1995, 1996 e 2000, o que possibilitou a elaboração do etograma. Os comportamentos observados foram: deslocamentos, pesca (perseguição, manipulação do alimento, pesca aleatória, pesca cooperativa), saltos (total, parcial e cambalhota), caudal, periscópio, surfing e brincadeiras. O tamanho do grupo de botos-cinza variou de um a oito animais. Foi notado que o maior número de botos-cinza ocorreu pela manhã. De acordo com o ciclo da maré, os animais frequentes na maré vazante. Os filhotes apresentaram-se com o número máximo de três indivíduos, sendo apenas um, na maioria das ocasiões. Há diferença significativa na realização da conduta perseguição (p<0,001) em relação a quantidade de animais, sendo essa estratégia de pesca mais frequente quando existe menos de três botos-cinza na baía. Ao contrário do que acontece no comportamento perseguição, o salto total é realizado com mais freqüência quando observa-se mais de três golfinhos na baía (p<0,001). Os resultados mostram que, as estratégias comportamentais cambalhota, caudal, manipulação do alimento, periscópio e salto total, apresentam um maior índice com a participação dos filhotes (p<0,001). 194 111 551.46 R586c TÍTULO: CULTIVO DA CIOBA Lutjanus analis EM TANQUES-REDE, UTILIZANDO DIFERENTES TIPOS DE ALIMENTOS. MESTRANDO: José Edson Rios Filho ORIENTADOR: Dr. José Arlindo Pereira DATA DA DEFESA: 30 de maio de 2001 RIOS FILHO, José Edson. Cultivo da Cioba Lutjanus analis em Tanques-Rede, Utilizando Diferentes Tipos de Alimentos. Recife, 2001. 47f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O presente trabalho teve como objetivo analisar o crescimento em peso da cioba, Lutjanus analis, quando cultivada em tanques-rede e sob três tipos distintos de tratamento alimentar. O experimento foi realizado na base de piscicultura marinha da Universidade Federal do Ceará, localizada no Município de Chaval – CE. O experimento foi realizado do dia 15/01/2000 a 15/04/2000, totalizando 90 dias de cultivo. Ciobas com peso médio inicial de 0.052 a 0.132kg foram estocadas em tanques-rede a uma densidade de 16,67peixes/m3. Em cada tratamento foram utilizados 3 tanques-rede totalizando 300 animais para cada experimento. No tratamento 1 os peixes foram alimentados somente com ração para peixes carnívoros com 42% de proteína. No tratamento 2 foi utilizada uma dieta com 90% de ração e 10% de peixe fresco, e no tratamento 3 foi utilizado um tratamento com 80% de ração e 20% de peixe. A quantidade de alimento era de 5% da biomassa encontrada nas amostras. As biometrias foram realizadas mensalmente a fim de aferir o crescimento em peso e eram realizadas pesando 20% do total de peixes de cada tanque-rede. A cada biometria era realizada a aferição da salinidade e pH da água do estuário onde estavam as estruturas. A queda gradual da salinidade foi ocasionada pelo início da quadra invernosa na região. Foi constatada uma sobrevivência entre 97% a 100% dos peixes cultivados. A conversão alimentar observada variou de 5,09:1 a 26,90:1. O maior ganho de biomassa foi de 7,922kg no tanque-rede 9 que utilizava o tratamento 3 e o menor foi de 1,951kg no tanque-rede 1 que utilizava o tratamento 1. O modelo exponencial foi o mais adequado à análise de dados, permitindo a obtenção de expressões matemáticas das diversas curvas. O crescimento em peso mais acentuado ocorreu nos tanques-rede que utilizavam o tratamento 3. Os resultados demonstram a possibilidade de se realizar a engorda da cioba, Lutjanus analis em cativeiro. 195 112 597.3 CDD (21ª ed); UFPE/CTG2001 TÍTULO: TAXAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL INTRÍNSECO DE TUBARÕES: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE MANEJO DE ELASMOBRÂNQUIOS NO BRASIL. MESTRANDA: Francisco Marcante Santana da Silva ORIENTADOR: Dr. Fábio Hissa Vieira Hazin. CO-ORIENTADORA: Dra. Rosângela Paula Teixeira Lessa. DATA DA DEFESA: 28 de junho de 2001 SILVA, Francisco Marcante Santana da. Taxas de Crescimento Populacional Intrínseco de Tubarões: Uma Contribuição Para o Plano de Manejo de Elasmobrânquios no Brasil. Recife, 2001. 77f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Os tubarões habitam os oceanos e mares do planeta há mais de 400 milhões de anos e, atualmente vêm sofrendo uma alta pressão antrópica sobre suas populações em todo o mundo, causando a depleção de algumas destas. Embora possuam características biológicas semelhantes às de alguns animais protegidos por lei, os tubarões não apresentam nenhum tipo de restrição com relação à pesca, principalmente por que na sua grande maioria, são capturados acidentalmente, pois não possuem uma pesca a eles dirigidas devido ao baixo valor de sua carne. No entanto, alguns dos seus subprodutos, como as barbatanas (nadadeiras) apresentam uma alta importância comercial, o que provoca práticas danosas, como o “finning”, que consiste na retirada de suas barbatanas e descarte do restante do corpo. Problemas como estes tornam de extrema urgência a necessidade de se obter dados sobre como estas populações estão sendo afetadas pelo homem. Uma das maneiras de se estimar estas informações é através do cálculo da taxa de crescimento populacional intrínseco ou potencial de crescimento compensatório (rz), que revela o grau de fragilidade de uma espécie, permitindo avaliar o quanto deve existir de pesca para que a população se mantenha em equilíbrio. O rz é estimado a partir de informações de idades, biologia reprodutiva e mortalidades, e quando calculado para 53 populações de tubarões de diversos locais do mundo, pode-se constatar que a idade de maturação sexual (α) é fundamental no potencial de crescimento compensatório, onde quanto mais cedo acontece a maturação dos indivíduos, maior serão as chances da população de recuperar. No Brasil, das doze espécies analisadas (Squatina guggenheim, S. occulta, Galeorhinus galeus, Mustelus schmitti, Carcharhinus acronotus, C. porosus, C. maou, C. signatus, Isogomphodon oxyrhynchus, Prionace glauca, Rhizoprionodon porosus e Sphyrna tiburo), a que apresentou o maior potencial compensatório foi R.porosus da costa de Pernambuco (rz = 0,141; α = 2 anos) e o menor, G. galeus do litoral e do talude do Rio Grande do Sul (rz = 0,028; α = 14,3 anos). A captura de indivíduos juvenis e os altos esforços de pesca exercidos sobre as populações são apontados como as principais causas da diminuição dos estoques de tubarões no Brasil, porém, a degradação de ambientes costeiros também é um fator preponderante, pois várias espécies costeiras utilizam estas regiões como berçarios. 196 113 551.46 F383e TÍTULO: ESTRUTURA TERMOHALINA E CIRCULAÇÃO NO ATLÂNTICO TROPICAL: CARACTERIZAÇÃO EXPERIMENTAL E SIMULAÇÃO NUMÉRICA. MESTRANDA: Flaviano Fernandes Ferreira ORIENTADOR: Dra. Moacyr Cunha de Araújo Filho DATA DA DEFESA: 14 de agosto de 2001 FERREIRA, Flaviano Fernandes. Estrutura Termohalina e Circulação no Atlântico Tropical: Caracterização Experimental e Simulação Numérica. Recife, 2001. 66f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Este trabalho objetiva a análise da estrutura termohalina e da circulação na região do Oceano Atlântico Tropical situado entre as latitudes 20º N e 30º S. Na primeira parte do estudo, foram utilizados dados do cruzeiro oceanográfico R/V Knorr 161-6 (abril/maio 2000), para caracterizar o comportamento de massas d’águas e estimar a espessura das camadas de barreira na sub-região Atlântica limitada pelas coordenadas 18º-28º S e 28º-10º W. Os resultados confirmam a presença das seguintes massas d’água: AT (ATS e MAS) (0-200 m), ACAS (200800m), AAI (800-1400m), APAN (1400-4000m) e AAF (abaixo de 4000m). A estimativa da espessura das camadas de barreira (ECB) nesta sub-região indica valores compreendidos entre 020m, condizentes com a ordem de grandeza fornecida pela literatura. Na Segunda parte do estudo, o modelo de circulação oceânica em coordenadas isopicnais MICOM é aplicado ao Atlântico Tropical. A comparação entre os resultados numéricos e as informações do cruzeiro R/V Knorr 161-6 e de literatura, sugere que o modelo é capaz de descrever as principais características da estrutura termohalina e da circulação superficial típicas da região em estudo. Uma maior precisão, entretanto, é verificada para estrutura oceânica situada nos primeiros 700 m da coluna d’água. Abaixo dessa profundidade, as águas numéricas apresentam-se mais quentes do que a realidade (1º-3ºC), quando se observa também a incapacidade do modelo em reproduzir os extremos de salinidade observados in situ (MAS e AAI). Estas diferenças são em parte expliacadas pela abordagem numérica utilizada, quando se considerou uma bacia oceânica fechada (sem trocas intra e inter-oceânicas), e forçada por contornos climatológicos médios mensais (45 anos), que não refletem necessariamente a cronologia real que resultou na dinâmica oceânica observada no período de coleta. 197 114 551.46 M929a TÍTULO: ASPECTOS REPRODUTIVOS DE Goniopsis cruentata (LATREILLE, 1803) (CRUSTACEA, BRACHYURA, GRAPSIDAE) NO MANGUEZAL DO RIO PARIPE – PERNAMBUCO – BRASIL. MESTRANDA: Noely Fabiana Oliveira de Moura. ORIENTADOR: Dra. Petrônio Alves Cooelho DATA DA DEFESA: 24/08/2001 MOURA, Noely Fabiana Oliveira de. Aspectos Reprodutivos de Goniopsis cruentata (Latreille, 1803) (Crustacea, Brachyura, Grapsidae) no Manguezal do Rio Paripe – Pernambuco – Brasil. Recife, 762001. 76f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O caranguejo grapsídeo Goniopsis cruentata (Latreille, 1803) é comum e abundante na zona intertidal dos manguezais de Pernambuco, onde a espécie é economicamente importante. O presente estudo objetiva contribuir ao conhecimento da biologia reprodutiva do G. cruentata no manguezal do rio Paripe – Pernambuco – Brasil, através da determinação do período reprodutivo, da maturidade sexual fisiológica e da fecundidade. As amostragens foram realizadas mensalmente ao longo do estuário do rio Paripe – Pernambuco no período de agosto/1999 a julho/2000 durante o período de lua cheia. G. cruentata foi coletado com auxílio de uma vara a qual prendia-se uma linha de nylon cuja extremidade estava presa uma isca. Como padrão foi utililzado um pescador por uma hora em cada amostragem. Foram coligidos parâmetros abióticos como pluviosidade, temperatura do ar provenientes do 3º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia, além da temperatura da água e salinidade. Dados da altura máxima da preamar durante o período de amostragem também foram verificados. Após a coleta, os animais foram contados, sexados e levados ao Laboratório de Carcinologia da Universidade Federal de Pernambuco. Todos os indivíduos foram medidos quanto a largura da carapaça (LC), largura do abdome (LA), dissecados para observação macroscópica das gônadas e nas fêmeas ovígeras foram retiradas as massas de ovos no estágio inicial para contagem através do método de subamostragem. Foram analisados 664 exemplares de G. cruentata, sendo 324 machos, 228 fêmeas não ovígeras e 112 fêmeas ovígeras. Houve um predomínio de indivíduos sexualmente maturos para ambos os sexos durante todo o período de amostragem, o que mostra nenhuma evidência de um ciclo de maturidade anual. A maturidade sexual fisiológica ocorreu em 28mm e 31,64mm LC para machos e fêmeas, respectivamente. As fêmeas ovígeras foram capturadas em todos os meses de estudo, com intensa atividade reprodutiva em março, abril e maio, evidenciando uma reprodução contínua. Dentre os fatores abióticos avaliados, a temperatura do ar apresentou uma correlação significativa (r=0,55, p<0,05) com o período reprodutivo, como também o nível máximo da preamar (r=0,63, p<0,05). Assim, não só nos meses mais quentes houve uma maior incidência de fêmeas ovígeras mas também no período de ocorrência das altas marés. A fecundidade para G. cruentata variou de 47.000 ovos em fêmea ovígera com 30,5mm LC a 171.000 ovos em fêmeas de 45,4mm LC. A fecundidade média foi de 87.000 + 25 ovos, apresentando-se elevada quando comparada aos demais grapsídeos. Quanto a relação do número de ovos com a largura da carapaça e do abdome verificou-se que as fêmeas de maior tamanho produzem número maior de ovos por desova e que o tamanho do corpo da fêmea é o principal elemento determinante do potencial reprodutivo. 198 115 599 CDD (21ª ed); UFPE/CTG/2001 TÍTULO: ASPECTOS ECOLÓGICOS DA COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA NO SISTEMA ESTUARINO DE BARRA DAS JANGADAS (JABOATÃO DOS GUARARAPES – PERNAMBUCO – BRASIL). MESTRANDA: Elisângela de Sousa Branco. ORIENTADOR: Dr. Fernando Antônio do Nascimento Feitosa CO-ORIENTADORA: Drª Maria da Glória Gonçalves da Silva Cunha DATA DA DEFESA: 30 de agosto de 2001 BRANCO, Elisângela de Sousa. Aspectos Ecológicos da Comunidade Fitoplanctônica no Sistema Estuarino de Barra das Jangadas (Jaboatão Dos Guararapes – Pernambuco – Brasil). Recife, 2001. 125f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. RESUMO O sistema estuarino de Barra das Jangadas (8º 14’ 2” S e 34º 55’ 10” W) está situado no Município de Jaboatão dos Guararapes, cerca de 20 Km ao sul da cidade do Recife, sendo formado pelos rios Pirapama e Jaboatão. Trata-se de um importante ecossistema costeiro do litoral pernambucano que vem contribuindo com a produção pesqueira e sofrendo uma forte ação antrópica através de efluentes domésticos, industriais e agro-industriais. Com o intuito de conhecer a ecologia da comunidade florística planctônica e sua biomassa, suas distribuições sazonal e espacial nos dois regimes de maré, relacionando-as com os parâmetros hidrológicos é que se desenvolveu esta pesquisa. Foram analisados parâmetros climatológicos (precipitação pluviométrica), hidrológicos (profundidade local, transparência da água, coeficiente de extinção da luz, temperatura, salinidade, potencial hidrogeniônico, oxigênio dissolvido, porcenta-gem de saturação do oxigênio dissolvido, demanda bioquímica do oxigênio, sais nutrientes inorgânicos e material em suspensão) e biológicos como a composição florística e a biomassa algal. As amostras foram coletadas em 4 estações fixas, no período de março/99 a fevereiro/00 sendo as de hidrologia através de garrafa de Nansen e os biológicos: composição, através de arrastos horizontais na superfície, com rede de plâncton de malha 65µm, durante três minutos e a biomassa pelo método espectrofotomé-trico. De acordo com os resultados, observou-se que a profundidade local variou entre 1,20 e 6,00 m, sendo mais profunda na foz do estuário; a temperatura variou sazonalmente com menores valores no período chuvoso (25ºC); a transparência da água variou de 0,30 a 2,40 m também com menores valores no período chuvoso; a salinidade variou desde ambiente limnético até eualino (0 a 38%) mostrando um gradiente decrescente da porção mais costeira para a mais interna do estuário; o teor de oxigênio dissolvido, em geral, diminuiu da parte mais costeira para o interior do estuário com mínimo de 0,67 ml.l-1 e máxima de 5,63 ml.l-1; o pH manteve-se sempre alcalino, elevando-se um pouco mais na preamar com mínima de 7,20 e máxima de 8,78. O fosfato e silicato apresentaram variações sazonais com teores mais elevados no período seco, nitrato no período chuvoso e o nitrito sem demonstrar um padrão sazonal definido. De uma forma geral, todos eles estiveram mais concentrados na baixa-mar e na porção mais interna do estuário. O silicato apresentou-se mais concentrado seguido pelo nitrato, fosfato e nitrito. A biomassa algal variou de 0,57 a 49,84 mg.m-3, apresentando uma sazonalidade, com maiores valores no período chuvoso, correlacionando-se direta-mente com o material em suspensão e inversamente com a temperatura, sendo estes valores característicos de ambiente sob forte ação antrópica. Em relação à composição florística foram identificados 96 táxons, representados pelas divisões: Bacillariophyta, Cyanophyta, Pyrrophyta, Euglenophyta e Chlorophyta, destacando-se como dominantes as diatomáceas Bellerochea malleus, Thalassiosira sp, Coscinodiscus centralis, seguida pelas cianofíceas Microcystis aeruginosa e Oscillatoria sp. As espécies muito frequentes foram Bellerochea malleus, Coscinodiscus centalis, Oscillatoria sp, Pleurosigma sp, Cerataulus turgidus, Euglena sp, Thalassiosira sp, Nitzschia sigma, Entomoneis alata e Surirella fastuosa. A presença representativa da Microcystis aeruginosa, Oscillatoria sp e da Euglena sp sugerem tratar-se de um ambiente impactado 199 116 579.817 CDU (2ª ed.) TÍTULO: ASPECTOS ECOLÓGICOS DA COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA DA BACIA DO PINA ASSOCIADOS COM ALGUNS PARÂMETROS ABIÓTICOS (CLIMATOLÓGICOS E HIDROLÓGICOS). MESTRANDA: Flávia Cristina Rocha do Nascimento. ORIENTADOR: Dr Fernando Antônio do Nascimento Vieira CO-ORIENTADORA: Drª. Kátia Muniz Pereira da Costoa DATA DA DEFESA: 31 de agosto de 2001 NASCIMENTO, Flávia Cristina Rocha do. Aspectos Ecológicos da Comunidade Fitoplanctônica da Bacia do Pina Associados com Alguns Parâmetros Abióticos (Climatológicos e Hidrológicos). Recife, 2001. 141f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO A Bacia do Pina está situada na parte interna do Porto do Recife, em plena zona urbana (8º 04’ 03” e 08º 05’ 06” S e 34º 52’ 16” e 34º 53’ 58” W), sendo formada pela confluência dos rios Capibaribe (braço sul), Tejipió, Jordão e Pina. É um ambiente dinâmico do ponto de vista hidrográfico, com características estuarina e, portanto, sujeito à ação das marés e as alterações ambientais devido ao despejo de efluentes domésticos e industriais. Embora esteja sofrendo forte ação antrópica este ecossistema tem grande importância sócio-econômica, principalmente para a população que pescam peixes, moluscos e crustáceos. A fim de se obter conhecimento maior sobre a ecologia do fitoplâncton desse ecossistema, esse trabalho foi realizado enfatizando a variação espacial e temporal da biomassa relacionando aos parâmetros hidrológicos, como também obter a fração do fitoplâncton que contribui para a produtividade local. As amostras de água foram coletadas mensalmente, no período de maio/97 a abril/98, em três estações fixas, utilizando-se garrafas de Van Dorn e Nansen, na superfície e Secchi para a biomassa e produtividade, e apenas superfície para densidade e para a hidrologia fez-se mais uma próxima ao fundo. O teor de clorofila α foi medido através da análise espectrofotométrica, a densidade fitoplanctônica pelo método de Utermohl, a produtividade fitoplanctônica pelas atividades radioativas do C14 assimilado pelo fitoplâncton, sendo ainda determinados; transparência da água, coeficiente de extinção da luz, temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, saturação do O2, DBO, pH e sais nutrientes. A variação espacial e sazonal dos parâmetros biológicos e hidrológicos tenderam a acompanhar o regime pluviométrico. De uma maneira geral, observou-se que os teores de clorofila α variaram entre 2,70 e 256,10mg.m-3 demonstrando tratar-se de um ambiente supereutrofizado em consequência da ação antrópica. Houve um gradiente crescente da biomassa da porção mais costeira para a mais interna do estuário em ambos os regimes de marés, sendo que, na baixa-mar, as concentrações de clorofila α estiveram bem mais elevadas coincidindo com o maior aporte dos sais nutrientes, menor transparência e salinidade da água. A fração que mais contribui para o ecossistema foi a <20µm que corresponde ao nano/picofitoplâncton. Ao analisar-se a densidade fitoplanctônica, observou-se que o grupo dominante foi o das diatomáceas, variando de 90.000 a 34.400.000cél.l-1 seguidos pelos fitoflagelados que variaram entre 25.000 a 13.200.000cél.l1 . As maiores concentrações celulares foram obtidas no período de estiagem e na baixa-mar. A produtividade fitoplanctônica apresentou-se elevada com valores entre 1,85 e 299,28mgC.h-1.m-3, ocorrendo a maior produção na superfície, com baixos níveis no período chuvoso. De acordo com os resultados verifica-se que a Bacia do Pina continua apresentando o mesmo comportamento de anos anteriores caracterizando-se como ambiente supereutro-fizado. 200 117 551.46 S237l TÍTULO: LEVANTAMENTO DA ICTIOFAUNA DO ESTUÁRIO DO RIO FORMOSO ATRAVÉS DA PESCA DE CAMBOA – PERNAMBUCO – BRASIL. MESTRANDA: Fátima Lúcia de Brito dos Santos ORIENTADORA: Dra. Beatrice Padovani Ferreira DATA DA DEFESA: 31 de agosto de 2001 SANTOS, Fátima Lúcia de Brito dos. Levantamento da Ictiofauna do Estuário do Rio Formoso Através da Pesca de Camboa – Pernambuco – Brasil. Recife, 2001. 76f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O estuário do Rio Formoso com uma área de 12km de extensão, localiza-se no Município de Rio Formoso (8º 39’ 45” S e 35º 06’ 15” W) a 76km da cidade do Recife – PE. O manguezal às suas margens representa um complexo ecossistema que abriga uma fauna diversificada com intensa atividade pesqueira. A pesca artesanal local é de grande importância, pois representa a principal atividade para as comunidades ribeirinhas. Sendo de cunho puramente extrativo, esta pesca é praticada para o sustento de suas famílias como também destinada ao mercado interno (feiras livres ou em suas próprias casas), de forma resfriada ou in natura. Os apetrechos mais utilizados neste estuário são tarrafa, linha de mão, caceia (rede de espera), tresmalho e camboa. A pesca de camboa foi escolhida para as amostragens por ser um apetrecho que não apresenta uma grande seletividade e por ter a característica de capturar indivíduos de vários tamanhos. As amostragens foram realizadas de acordo com a maré e a fase da lua e os locais de captura são escolhidos pelos pescadores. As camboas são montadas nas margens ou mesmo cruzando os rios. A montagem desse petrecho inicia-se na condição de baixa-mar. Na preamar, a rede é suspensa ococrrendo a retenção dos peixes. Só então na baixa-mar seguinte é realizada a despesca. Segundo levantamento realizado, poucos trabalhos foram deenvolvidos até o presente neste estuário, principalmente no tocante a ictiofauna. Devido a carência de estudos no local, o presente trabalho tem como objetivos levantar a ictiofauna do Rio Formoso e seus afluentes, determinar a frequência relativa das espécies capturadas, relacionar a ocorrência sazonal das espécies segundo parâmetros bióticos a abióticos; caracterizar as espécies principais quanto a distribuição de frequência de comprimento e montar um catálogo das espécies encontradas. As amostragens para a realização deste estudo foram iniciadas em janeiro até dezembro de 2000, com uma frequência média de quatro coletas mensais. Foram realizadas 87 amostragens num período de 65 dias nos rios Ariquindá, do Rosa, do Frade, Fradinho, Formoso e dos Passos. Foram coletadas 72 espécies distrbuídas em 37 famílias. Mugilidae foi a família com maior frequência de indivíduos nas capturas, seguido por Gerreidae. Já com relação ao número de espécies, Carangidae apresentou um maior número (7), seguida por Lutjanidae (5) e Gerreidae (5). O número total de indivíduos amostrados foi de 35.495, tendo uma média de 479 indivíduos amostrados por captura (variando entre 20 e 1172 indivíduos). A captura média total por amostragem foi de 55,32kg (variando entre 3 e 160kg). A média de espécies por amostragem foi de 16, variando entre 7 e 29. Houve uma relação significativa entre a captura total e o comprimento total das redes com r2 = 0,148 e b = 0,024, mostrando-se que quanto maior a rede, maior a captura. O teste de Kruskall Wallis indicou que não houve diferença significativa entre os meses, logo a captura média não variou entre os meses. As espécies mais representativas foram definidas como aquelas que apresentaram número de indivíduos superior a 400, acima de 1% do número total de indivíduos por espécie. Foram elas Mugil sp. (15.682), Diapterus olisthostomus (8.366), Eugerres brasilianus (1536); Eucinostomus melanopterus (1385); Diapterus rhombeus (1091); Caranx latus (975); Sphoeroides testudineus (635); Centropomus undecimalis (575); C. parellelus (559); Lutjanus griseus (531) e L. analis (483). As demais constaram numa categoria chamada de “outras” com 3.618 indivíduos. 201 118 597.554.4 CDU (2ª ed.); 592.57 CDD (21ª ed); UFPE/BC2001-164 TÍTULO: LEVANTAMENTO DA FAUNA DE ELASMOBRÂNQUIOS E ESTUDO DA BIOLOGIA COMPORTAMENTAL DO TUBARÃO LIMÃO, Negapriodon brevirostris (POEY, 1868) E TUBARÃO LIXA, Ginglymostoma cirratum (BONNATERRE, 1788), NA RESERVA BIOLÓGICA DO ATOL DAS ROCAS – RN – BRASIL. MESTRANDO: Paulo Guilherme Vasconcelos de Oliveira ORIENTADOR: Dr. Fábio Hissa Harzin DATA DA DEFESA: 06 de setembro de 2001 OLIVEIRA, Paulo Guilherme Vasconcelos de. Levantamento da Fauna de Elasmobrânquios e Estudo da Biologia Comportamental do Tubarão Limão, Negapriodon brevirostris (Poey, 1868) e Tubarão Lixa, Ginglymostoma cirratum (Bonnaterre, 1788), na Reserva Biológica do Atol das Rocas – RN – Brasil. Recife, 2001. 114f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O Atol das Rocas está localizado a aproximadamente 267km, da costa de Natal, no Rio Grande do Norte, 417km de Recife – PE, e 148km, do Arquipélago de Fernando de Noronha – PE. Durante o período de março de 1997 a novembro de 2000, foram realizadas 19 expedições à Reserva Biológica do Atol das Rocas, com o intuito de estudar a ecologia comportamental dos elasmobrânquios da Reserva. Foram realiza-das observações diretas subaquáticas (mergulhos livres), diurnas, em locais escolhidos conforme horário da maré e condições do tempo. Foram selecionados como locais de mergulhos as piscinas internas e fechadas e abertas, as Barretas, a Laguna Central e adjacências (Naufrágio), durante a baixa-mar e preamar. Foram realizados 204 mergulhos, sendo 163 durante a baixa-mar e 41 na preamar, em 13 locais distintos: Piscina do Cemitério. Piscina das Âncoras, Piscina das Tartarugas, Piscina do Farol, Piscina dos Nove, Piscina das Rocas, Falsa Barreta, Podes Crer, Salão dos Tubarões, Barreta de NW, Barreta de NE, Laguna Central e Naufrágio. Durante as incursões subaquáticas, todas as espécies de elasmobrânquios avistadas foram identificadas, até o menor taxon possível, estimando-se, ainda, o comprimento total (CT), para os tubarões, e a largura do disco (LD), para as raias. Sempre que possível, os espécimens observados foram sexados e tiveram os aspectos do seu comportamento anotados. Os espécimens observados também foram fotografados com máquina Nikonus V, com flash SB 103, e filmados. Foram efetuadas 166 capturas, sem mortalidade, de indivíduos jovens de tubarão limão, Negaprion brevirostris. Os mesmos tiveram o seu CT, CF e ID medidos, foram sexados e receberam um “tag” de identificação. As capturas foram feitas utilizando-se rede de emalhar fina (15mm), com distância entre nós de 100mm. A marcação dos indivíduos foi efetuada de forma a submetê-los ao mínimo estresse possível, utilizando-se para tal, marcas plásticas coloridas com uma numeração impressa. Para determinação do tamanho estimado da população dos jovens de tubarão limão, utilizou-se o método de Schnabel segundo Sutherland (1996). Durante todo o período de amostragem na Reserva Biológica do Atol das Rocas, foram realizadas 204 observações de elasmobrânquios, pertencentes a 7 diferentes espécies, sendo 82 nas piscinas fechadas, 46 nas abertas, 45 nas duas Barretas, 21 na Laguna Central e 10 no Naufrágio. O tubarão limão, Negaprion brevirostris, foi a espécie mais avistada na Reserva Biológica do Atol das Rocas. Os indivíduos observados, durante os mergulhos, possuíam um comprimento total (CT) estimado entre 50,0 e 350,0cm, com CT médio total de 92,23 + 35,40cm. A piscina do Farol, Falsa Barreta e Piscina do Nove foram os locais onde houve uma maior ocorrência de tubarões limão, principalmente indivíduos juvenis, com média de CT estimado sempre menor que 84,0cm. Os maiores valores de CT foram verificados no Salão dos Tubarões, onde apenas 1 exemplar foi observado (300,0cm de CT), Podes Crer e Barreta de NE. 202 A proporção sexual total foi de 1♀:0,8♂, com as fêmeas tendo visto mais freqüentes nos meses de fevereiro, março e abril. Entre as classes de 50,0├ 80,0 e 80,0 ├ 120,0 estão registrados um maior número de indivíduos não identificados. Com relação ao tipo de atividade, a maioria dos indivíduos, tanto jovens quanto adultos, apresentavam-se ativos, sempre nadando por toda a extensão do local em que foram observados. A população estimada de jovens de tubarão limão, para o período estudado, foi de 147 indivíduos com limites inferior a superior de 101 e 272 indivíduos, respectivamente. O tubarão lixa, Giglymostoma cirratum, foi a Segunda espécie mais frequente entre os tubarões, representando 37,7%, e a terceira, com 26,7%, de todos os elasmobrânquios observados na Reserva Biológica do Atol das Rocas. O esforço total empregado durante os mergulhos nos quais foram observados os tubarões lixa foi de 85, denso observados 162 tubarões durante um total de 84h e 18min, resultando em uma média de 0,52 tubarões lixa observados por hora de observação. Durante as avistagens, principalmente na Laguna Central, no período de preamar, os tubarões nadavam em grupos, enquanto nas piscinas fechadas e abertas, durante a baixa-mar, os mesmos permaneciam imóveis no fundo, movimentando-se apenas se incomodados com a aproximação ou quando os mesmos eram tocados para a verificação do sexo. A Laguna Central foi o local onde foram avistados mais tubarões lixa, com 51 exemplares, seguido pela Barreta de NE, com 27, pela Piscina Fechada Âncoras com 18, e pela Piscina Aberta Podes-Crer, com 17 tubarões. A maioria dos indivíduos avistados, (57,5%) durante as duas marés, encontravam-se em repouso. A grande maioria das observações foram realizadas durante a baixa-mar, devido aos locais de mergulho ficarem mais acessíveis e com menor correnteza. Os machos representaram 11,1%, e as fêmeas 39,5%, dos indivíduos observados, situando-se a percentagem dos indivíduos nos quais não foi possível a identificação do sexo em 49,4%, valor bastante elevado. A predominância de fêmeas no Atol das Rocas parece estar relacionada com o comportamento reprodutivo. Estes dados são corroborados pela presença de cápsulas embrionárias achadas na praia, algumas ainda bastante flexíveis, indicando que as mesmas foram liberadas pelas mães há pouco tempo. O comprimento médio total estimado dos tubarões lixa variou de 90,0 a 300,0cm, com uma média de 174,74 + 51,25 cm, estando os machos entre 100,0 e 300,0cm de CT e as fêmeas entre 90,0 e 300,0cm. Foram observados 2 exemplares de Carcharhinus sp., um medindo cerca de 350,0cm e outro com aproximadamente 150,0cm de comprimento total (CT). Ambos nadavam ativamente por toda a extensão do local onde foram avistados. Espécimes de Carcharhinus perezi, vulgarmente conhecido como tubarão bico-fino ou galha-preta, foram avistados apenas na porção externa do Atol das Rocas, no local conhecido como “Naufrágio”, na preamar. Os exemplares mediam 120,0 e 80,0cm de CT, respectivamente. Um único exemplar de Manta birostris foi avistado, nadando nas proximidades do “Naufrágio”, verificando-se a presença de peixes simbiontes, Rêmora sp. O espécime era uma fêmea com 250,0cm aproximadamente de largura de disco (LD). Foram avistados ainda 4 espécimes de raia pintada, Aetobatus narinari, com LD aproximado de 200,0 cm, 130,0, 150,0 140,0cm, respectivamente. 203 119 551.46 M357C TÍTULO: COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA POPULACIONAL DO ESPADARTE (Xiphias gladius, LINNAEUS, 1758) NO ATLÂNTICO SUDOESTE EQUATORIAL. MESTRANDA: Carla Carneiro Marques ORIENTADOR: Dra. Fábio Hissa Vieira Hazin CO-ORIENTADOR: Dr. Jaime Alvarado Bremer DATA DA DEFESA: 06 de seytembro de 2001 MARQUES, Carla Carneiro. Composição e Estrutura Populacional do Espadarte (Xiphias gladius, Linnaeus, 1758) no Atlântico Sudoeste Equatorial. Recife, 2001. 59f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O Xiphias gladius é uma espécie de grande valor comercial, largamente distribuída em águas pelágicas e temperadas dos três oceanos, incluíndo o Mar Mediterrâneo (ICCAT, 1999). Estudos genéticos recentes têm auxiliado a elucidar a estrutura populacional desta espécie (alvarado Bremer, et al., 1995; 1997; Chow et al., 1997; Rosel & Block, 1996). Contudo, no oceano Atlântico, a estrutura populacional dessa espécie permanece ainda bastante discutível (Chow et al., 1997). Para efeito de ordenamento da pesca, a International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas (ICCAT) propôs a existência de dois estoques no Oceano Atlântico, um ao norte e outro ao sul, além de um terceiro, no Mar Mediterrâneo. Com o intuito de auxiliar na elucidação de tal questão, o presente estudo objetiva analisar a distribuição da frequência de comprimento dos exemplares capturados pela frota comercial sediada em Natal – RN e caracterizar polimorfismos genéticos empregando Polymerase Chain Reaction nas amostras provenientes desta área de pesca. Os dados de frequência de comprimento e genética serão utilizados para estabelecer o grau de relação entre os espadartes do Atlântico Sudoeste Equatorial com outras possíveis populações do Atlântico e de outros oceanos e mares. Foram analisados dados de frequência de comprimento de 21.377 espécimens. Os indivíduos amostrados foram obtidos a partir das planilhas de exportação e amostragens diretas dos exemplares capturados pela frota comercial, entre janeiro de 1997 e maio de 2000, na área compreendida entre 4º 0’ N e 10º 0’ S e 22º 00’ W e 40º 00’ W. A análise de variância (ANOVA), com base nos valores de CMIF, apresentou diferenças significativas entre os anos e frotas. Os valores de CMIF dos 11.930 espadartes capturados pela frota arrendada variaram entre 78,4 e 304,8cm, com 78% situando-se entre as classes de 150 a 210cm. Já o CMIF dos 9.447 exemplares capturados pela frota nacional variaram entre 69,9 e 302,9cm, estando 81,2% entre as classes de 160 a 220cm. No ano de 1999, observou-se um aumento nos valores de CMIF em ambas as frotas, o qual, no entanto, parece refletir muito mais uma mudança na estratégia comercial do que na estrutura da população. Os indivíduos mensurados nas amostragens durante os desembarques apresentaram comprimento significantemente menor que os exportados. Mais de noventa e sete por cento (97,6%) dos exemplares analisados, encontravam-se em classes acima do tamanho mínimo de captura de 125cm CMIF, estabelecido pela ICCAT. Com relação às análises genéticas, 160 espadartes compuseram o universo amostral do presente estudo, tendo sido os mesmos provenientes de 3 sub-áreas (0º 49’ S e 1º 06’ N e 27º 48’ W e 26º 00’ W; 0º 0’ e 2º 0’ N e 35º 00’ W e 36º 00’ W e 8º 35’ S e 14º 09’ S e 31º 16’ W e 31º 24’ W). Destes, 150 foram sequenciados para análise do DNA mitocondrial (mtDNA) e 140 do DNA genômico (nDNA). Um segmento de 307 pares de bases (bp), correspondente à região do D-loop do mtDNA, foi sequenciada e apresentou 76 posições variáveis que definiram 114 halotipos diferentes. A presença de membros da clade I (Alvarado-Bremer, 1994) foi dominante (95,3%), sendo os 4,7% restante pertencente a clade II. A frequencia da clade II é consideravelmente 204 mais alta no Atlântico Norte (16 – 24%) e no Mar Mediterrâneo (24 – 35%), além desta não estar presente no Indo-Pacífico. Todas as três sub-amostras caracterizaram-se por apresentar alta diversidade haplotípica (>0,990) e valores de diversidade nucleotídica (Pi) variando de 0,034041 a 0,043469, com base no mtDNA. Os índices de fixação (Fst) entre os grupos variaram entre – 0,00288 e 0,00696. A AMOVA aplicada aos dados de mtDNA, revelou que a variação molecular foi distribuída entre os indivíduos das 3 sub-amostras, não sendo observados índices significativos de variância molecular, quando comparadas as sub-amostras entre si. Para o nDNA uma porção de 206bp foi sequênciada, utilizando-se o primer para o intron 6 da idhA e tendo sido identificados 9 sites polimórficos, dos quais, porém, apenas 4 foram utilizados para efeito de análise. As sequências analisadas mostraram a ocorrência maciça dos alelos 1 (48,93%) e 3 (46,79%) e com menor frequência dos alelos 2 (2,50%) e 4 (1,79%). Os valores de diversidade de genes e de nucleotídeos foi inferior aos observados para o mtDNA. Outra região do nDNA foi amplificada (o gene da Aldolase B) por PCR, tendo sido realizada a fragmentação eletroforética em gel de acrilamida a 6% ao invés do sequenciamento automático. Esta técnica, porém, não permitiu a realização de um score para as amostras, tendo sido este locus descartado para efeito de análise. A frequência de alelos do idhA entre as três amostras foi bastante heterogênea, parecendo suportar a hipótese da existência de pelo menos duas populações distintas no Oceano Atlântico. A elucidação de tal questão, no entanto, só será possível com a realização de outros estudos genéticos que abranjam o Oceano Atlântico de forma homogênea e nos quais sejam utilizados métodos similares. 205 120 551.46 A553d TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA RELATIVA DE PEIXES PELÁGICOS CAPTURADOS COM ESPINHEL, NA COSTA NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDO: Carlos Eduardo Rangel de Andrade ORIENTADOR: Dr. Fábio Hissa Hazin DATA DA DEFESA: 28 de setembro de 2001 ANDRADE, Carlos Eduardo Rangel de. Distribuição e Abundância Relativa de Peixes Pelágicos Capturados com Espinhel, na Costa Nordeste do Brasil. Recife, 2001. 52f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO No período de 1992 a 2000, o N. Pq. Riobaldo, pertencente ao CEPENE-IBAMA, realizou 25 cruzeiros de prospecção, efetuando 197 lances de pesca, nos quais foram empregados um total de 105.791 anzóis, na sua área compreendida entre 1º N a 12º S de latitude e 30º W a 40º W de longitude. Neste período foram capturados 1.554 exemplares, pertencentes a mais de 20 espécies de peixes com CPUE média total igual a 1,47 ind./100 anzóis. Dentre as espécies capturadas pelo N.Pq. Riobaldo, os atuns representaram 16,3% da captura total, os agulhões 25,0%, os tubarões 34,5%, e outros peixes 24,3%. Foram utilizadas e variáveis nas análises: área, trimestre e a integração área-trimestre, aplicada ao tubarão azul, albacora laje, agulhão branco e dourado. Infelizmente, a distribuição desigual do esforço de pesca por trimestre do ano e área, com uma forte concentração no 4º trimestre (48%) para as operações do N.Pq. Riobaldo e quase nenhum esforço no 1º (4%), assim como a ausência de esforço para o 3º trimestre na área I, impediu uma avaliação mais aprofundada da variação sazonal da abundância relativa das espécies capturadas. Em relação a distribuição vertical, os dados acerca de profundidade de atuação dos anzóis foram estimados através da equação de Yoshira, correspondendo aos seguintes valores: anzóis 1 e 12 = 76,2m; 2 e 11 = 112,3m; 3 e 10 = 146,1m; 4 e 9 = 177,0m; 5 e 8 = 202,8m; 6 e 7 = 219,3m. Nenhum anzol operou, em circunstâncias normais, abaixo da termoclina. Além dos dados no N.Pq. Riobaldo, foram analisados os dados de captura procedentes dos diários de bordo de três embarcações da frota comercial nacional baseada em Natal – RN, que realizaram 137 cruzeiros de pesca, na mesma área que o navio de pesquisa, tendo utilizado 1.159.477 anzóis, nos quais foram capturados 39.986 espécimens, apresentando uma CPUE total de 3,45ind./anzóis, entre 1990 e 1997, significativamente maior do que a observada para o N.Pq. Riobaldo. 206 121 551.46 L961d TÍTULO: DISSIPAÇÃO INTERNA E VISCOSIDADE TURBULENTA DA REGIÃO COSTEIRA DO PORTO DE SUAPE, PERNAMBUCO, BRASIL. MESTRANDO: Marco César Monteiro de Morais Luna. ORIENTADOR: Dr. Moacyr Cunha de Araújo Filho DATA DA DEFESA: 14 de dezembro de 2001 LUNA, Marco César Monteiro de Morais. Dissipação Interna e Viscosidade Turbulenta da Região Costeira do Porto de Suape, Pernambuco, Brasil. Recife, 2001. 92f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Este estudo objetiva a caracterização da estrutura turbulenta vertical existente na área costeira adjacente ao Complexo Industrial Portuário de Suape, Pernambuco, Brasil. Inicialmente, dados obtidos em campo com a utilização de uma sonda perfiladora de microestrutura turbulenta permitiram estimar os níveis de dissipação de energia cinética ao longo da coluna d’água. Estas informações, aliadas às medidas simultâneas do correntometria, foram utilizadas para alimentar um código numérico que integra as equações adimensionais de transporte das grandezas turbulentas (K-є) na vertical. Diferentes situações/forçantes reais são produzidas numericamente. As distribuições de viscosidade turbulenta, resultantes das simulações, são utilizadas para se obter uma formulação analítica bi-linear capaz de representar a difusividade vertical na região em estudo. Na formulação proposta, a distribuição vertical de viscosidade turbulenta é determinada diretamente, a partir de parâmetros externos característicos da estrutura cinemática medida in situ. 207 122 551.46 M623m TÍTULO: MAPEAMENTO SONOGRÁFICO DE PARTE DA CONTINENTAL SUL DO ESTADO DE PERNAMBUCO. PLATAFORMA MESTRANDO: Maximiliano Michelli. ORIENTADORA: Dra. Tereza Cristina Medeiros de Araújo. DATA DA DEFESA: 21 de fevereiro de 2002. MICHELLI, Maximiliano. Mapeamento Sonográfico de Parte da Plataforma Continental Sul do Estado de Pernambuco. Recife, 2002. 77f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO A plataforma continental é definida como a área da margem continental que apresenta declínio suave, iniciando-se na linha de praia e indo até o topo do talude. A plataforma continental de Pernambuco é caracterizada por apresentar pouca largura, com a quebra acontecendo em torno de 34km a partir da costa, entre as profundidades de 50 e 60m. Sedimentologicamente, esta plataforma é semelhante à constituição de toda a plataforma continental da costa oriental do nordeste brasileiro. Apresenta predominância de material terrígeno, da linha de costa até a isóbata de 20m, devido ao aporte sedimentar oriundo dos rios da região. No restante, a plataforma apresenta predominância de cascalho carbonático biogênico, constituído de Halimeda e algas calcárias. Em alguns pontos da plataforma é comum a presença de indícios da variação do nível do mar, como a presença de arenitos de praia submersos e paleocanais. É nos estudos destes indicadores de níveis de estabilização do mar que está o interesse deste trabalho, com o objetivo de localizá-los e caracterizá-los em toda a extensão da plataforma continental sul de Pernambuco. Para a realização deste trabalho, foi empregada a técnica de sonografia, que produziu um mapeamento da área de estudo, utilizando um sonar de varredura lateral. O trabalho abrangeu uma área de 572km2, com a realização de 12 perfis, que se iniciaram na costa indo até a quebra da plataforma continental. Foram realizadas 22 amostragens de sedimento de fundo. A plataforma continental sul de Pernambuco apresentou declividade, em torno de 1:810 (1,2m/km), com longas superfícies bem aplainadas. Foi observada uma sedimentação predominantemente terrígena até a isóbata de 20m, e posteriormente, até a isóbata de 30m apresentou uma mistura equilibrada de sedimentos terrígenos e sedimentos carbonático. No restante da plataforma a sedimentação predominante foi a carbonática constituída de Halimada e algas calcárias, sendo isto descrito pela identificação das amostras e pelos altos teores de CaCO3. Com relação à localização de pontos de estabilidade do mar, foram identificados dois locais. A primeira ocorrência foi na profundidade de 20m, indicada pela presença de 4 locais que mostraram feições correlatas a arenitos de praia, com forma triangular e ápice arredondado. O segundo ponto de estabilidade foi caracterizado por 2 linhas de arenito de praias submersas encontradas entre as profundidades de 40 a 50m. Geomorfologicamente, esta Segunda indicação apresentou o topo mais aplainado, sendo de dimensões maiores. Uma outra estrutura indicadora da variação do nível do mar encontrada na plataforma, foi à presença de um paleocanal, sendo esta estrutura resultante da ocorrência de um antigo leito de rio, produzido pela regressão do mar, e posteriormente submerso por eventos transgressivos do nível do mar. O canal inicia-se em torno da isóbata de 30m, e desenvolve-se no sentido noroeste – sudeste da plataforma continental. Pode-se concluir que a porção da plataforma continental sul de Pernambuco se assemelha às descrições realizadas por estudos prévios para a plataforma no nordeste. Este estudo é uma contribuição importante para o conhecimento, em escala mais detalhada, das feições dessa plataforma, evidenciando ao mesmo tempo a necessidade de se retomar levantamentos geofísicos da plataforma como subsídio imprescindível a atividades de explotação de recursos e conservação marinha. 208 123 551.46 C355c TÍTULO: COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO E FECUNDIDADE DE Tisbe biminiensis (COPEPODA: HARPACTICOIDA) CULTIVADO EM DUAS DIATOMÁCEAS Thalassiosira fluviatilis E Navicula sp. MESTRANDA: Cristiane Maria Varela Araújo de Castro. ORIENTADORA: Dra. Lília Pereira de Souza Santos. DATA DA DEFESA: 22 de fevereiro de 2002. CASTRO, Cristiane Maria Varela Araújo de. Comparação do Desenvolvimento e Fecundidade de Tisbe biminiensis (Copepoda: Harpacticoida) Cultivado em Duas Diatomáceas Thalassiosira fluviatilis e Navicula sp. Recife, 2002. 44f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O presente estudo tem como objetivo comparar a influência de duas diatomáceas, Navicula sp. (bentônica) e Thalassiosira fluviatilis (planctônica), no desenvolvimento, reprodução e sobrevivência do copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis. Para determinar a concentração ótima de alimento, 35 fêmeas ovígeras foram submetidas em 6 concentrações algais e 1 controle (sem alimento). Após 24 horas, o conteúdo dos recipientes foi fixado com formol a 4%, para realização da contagem e medição dos peletes fecais produzidos por cada fêmea. Para o estudo do desenvolvimento larval, 50 náuplios de cada dieta foram separados e acompanhados individualmente até adultos, em intervalos de 6 horas. As mudas eram retiradas para a realização da contagem dos segmentos e medição, obtendo-se dados do tamanho de cada estágio e o tempo de desenvolvimento. A fecundidade foi obtida através da contagem dos náuplios produzidos a cada 48 horas por grupo, cada grupo contendo 10 fêmeas, nas diferentes concentrações algais (0,4; 0,2; 0,1 e 0,05µg Chl-a/ml) em ambas as dietas. Após Ter determinada a concentração ideal (0,1µg Chl-a/ml) para ambas as dietas, 40 fêmeas ovadas, distribuídas em 4 grupos foram submetidas às dietas de Navicula e T. fluviatilis, para determinar a influência da dieta na fecundidade. Os resultados obtidos demonst-raram que o tempo de desenvolvimento larval e o sucesso reprodutivo foram significativa-mente afetados pela dieta. Copépodos alimentados com a diatomácea bentônica Navicula sp. Apresentaram menor tempo de desenvolvimento e maior número de náuplios produzidos por fêmea em 48 horas, do que a diatomácea planctônica T. fluviatilis. O tamanho final e a sobrevivência não variaram significativamente entre dietas. O sexo influencia o tempo de desenvolvimento total (fêmeas demoram mais para chegar até a fase adulta) e o tamanho (machos apresentam menor tamanho) dos copépodos. A concentração algal interfere significativamen-te no sucesso reprodutivo das fêmeas, onde, ao contrário do que se pensava, altas concentrações algais resultam em baixo sucesso reprodutivo. A dieta com a diatomácea Navicula sp. Foi mais favorável ao copépodo Tisbe biminiensis do que a T. fluviatilis nas condições experimentais testadas. 209 124 551.46 C837s TÍTULO: SEDIMENTOLOGIA, HIDRODINÂMICA E VULNERABILIDADE DAS PRAIAS NO TRECHO ENTRE A FOZ DO RIO MAMUCABA (TAMANDARÉ – PE) E A FOZ DO RIO PERSINUNGA (SÃO JOSÉ DA COROA GRANDE – PE). MESTRANDO: José de Araújo Costa. ORIENTADORA: Dra. Tereza Cristina Medeiros de Araújo. DATA DA DEFESA: 28 de fevereiro de 2002. COSTA, José de Araújo. Sedimentologia, Hidrodinâmica e Vulnerabilidade das Praias no Trecho Entre a Foz do Rio Mamucaba (Tamandaré – PE) e a Foz do Rio Persinunga (São José da Coroa Grande – PE). Recife, 2002. 79f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO A faixa costeira do estado de Pernambuco apresenta vários problemas relacionados ao uso desordenado do ambiente litorâneo. Estes problemas sofreram acréscimo nas últimas décadas em função do grande apelo turístico dessas áreas e da ocupação desordenada da linha de costa, inclusive com a construção de residências dentro da face praial. A área de estudo compreende um trecho com aproximadamente 18km no litoral sul pernambucano, indo da foz do rio Mamucaba, em Tamandaré, até a cidade de São João da Coroa Grande, no limite com Alagoas. A referida área foi pesquisada objetivando detectar, analisar e compreender os principais usos e restrições encontradas no ambiente. Tal estudo teve como parâmetros a composição granulométrica dos sedimentos e sua distribuição na praia e antepraia e sua participação na composição e característica do trecho. Além disso, foram analisados parâmetros visuais de ondas, correntes e elaborados perfis topográficos, procurando identificar as características hidrodinâmicas, bem como avaliar a variação da linha de costa nos últimos 27 anos e identificar a vulnerabili-dade da área. Para tanto, foram feitos caminhamentos na baixa mar nas datas 27, 28/12/00, 05, 04, 12, 13/04/01 e 17, 18/09/01; nestas oportunidades foram coletados sedimentos na praia e antepraia, marcados pontos com GPS e tiradas fotos, além de medir altura e período das ondas, velocidade das correntes e elaborados perfis topográficos. Os sedimentos da praia são majoritariamente compostos por areia média, com selecionamento moderado e transporte por saltação. Na antepraia ocorre o mesmo, embora exista uma maior heterogeneidade no tocante ao selecionamento. As praias apresentam um caráter intermediário, provavelmente estando em processo de equilíbrio, com exceção da praia do rio Una, cuja classificação mostrou caráter refletivo, isto é, perfil mais inclinado e maior incidência das ondas. As ondas apresentaram altitude moderada e período curto. No tocante à vulnerabilidade, longo trecho da área foi classificado como baixa, sendo que a cidade de São José da Coroa Grande apresentou vulnerabilidade alta, exceto em dois pequenos trechos de média vulnerabilidade. 210 125 574.46 (CDD 21ª. ed.) 004/UFPE – CTG – BT-2002 TÍTULO: A SUBFAMÍLIA TURBONILLINAE BROWN, 1849 (GASTROPODA, HETEROBRANCHIA, HETEROSTROPHA) NA MARGEM CONTINENTAL DO NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDO: Franklin Noel dos Santos. ORIENTADORA: Dra. Deusinete de Oliveira Tenório DATA DA DEFESA: 22 de março de 2002. SANTOS, Franklin Noel dos. A Subfamília Turbonillinae Brown, 1849 (Gastropoda, Heterobranchia, Heterostropha) na Margem Continental do Nordeste do Brasil. Recife, 2002. 117f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO Informa-se o resultado do estudo sistemático, ecológico e biogeográfico dos Mollusca, Gastropoda, Turbonillinae, presentes na margem continental do nordeste do Brasil. Os espécimens analisados foram adquiridos através das coleções do Museu de Malacologia Rosa de Lima Silva Mello/Departamento de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco e do Laboratório de Bentos/Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco. Esse material é proveniente de coletas manuais, mergulho autônomo e dragagens realizadas por Navios Oceanográficos e Barcos Pesqueiros. No Laboratório, os exemplares foram triados sob microscópio estereoscópico, fotografados em microscópio eletrônico de varredura e estereomicroscópio com câmera fotográfica acoplada e identificados através de literatura, comparações com as séries-tipo e fotointerpretação. Foram analisados 1087 espécimens em 133 amostras o que resultou na identificação de 49 espécies, sendo 14 reconhecidas: T. abrupta Bush, 1899, T. anira P. barstch in Dall, 1927, T. arnoldoi Jong e Coomans, 1988, T. atypha Bush, 1899, T. brasiliensis Clessin, 1900, T. coomansi Aartsen, 1994, T. fasciata (Orbigny, 1840), T. krebsii Jong & Coomans, 1988, T. multicostata (C. B. Adams, 1850), T. penistoni Bush, 1899, T. protracta Dall, 1892, Turbonilla puncta (C. B. Adams, 1850), T. pupoides Orbigny, 1842, T.rhabdota Watson, 1886; nove espécies são consideradas com afinidade: T. aff. atypha, T. aff. compsa, T. aff. myia, T. aff. obsoleta 1, T. aff. obsoleta 2, T. aff. rhabdota, T. aff. riisei 1, T. aff. riisei 2, T. aff. rushii; e 26 não reconhecidas, T. sp. A, T. sp. B, T. sp. C, T. sp. D, T. sp. E, T. sp. F, T. sp. G, T. sp. H, T. sp. I, T. sp. J, T. sp. K, T. sp. L, T. sp. M, T. sp. N, T. sp. O, T. sp. P, T. sp. Q, T. sp. R, T. sp. S, T. sp., T. sp. U, T. sp. V, T. sp. X, T. sp. Z, e T. sp. Y, que confirmam a grande a abundância específica presente na margem continental. T. anira, T. krebsii, T. penistoni, T. protracta, T. puncta, e T. rhabdota são reportadas pela primeira vez para a região nordeste. O estudo ainda mostrou que o estado de Pernambuco foi o que apresentou maior número de espécies, com o total de 39. Foram encontradas 26 espécies na plataforma e 28 no talude continental. As espécies com maior distribuição geográfica foram Turbonilla coomansi e Turbonilla puncta. Ficou destacado que a maior parte das espécies encontradas na plataforma já eram conhecidas em outras regiões não acontecendo o mesmo com as espécies do talude. O fundo de sedimento lamoso do talude continental, mostra ser bastante rico em número de espécies, porém sua abundância é relativamente pequena, apesar da boa quantidade de sedimento triado. De acordo com o número de espécimens e sua distribuição, considera-se T. coomansi como habitante da plataforma quanto em talude continental. 211 126 551.46 F178m TÍTULO: MODELAGEM MATEMÁTICA DA HIDRODINÂMICA E DA QUALIDADE DA ÁGUA DO TRECHO A JUSANTE DA BARRAGEM DO RIO PIRAPAMA – PE, BRASIL. MESTRANDO: Josafat Marinho Falcão Neto ORIENTADOR: Dr. Moacyr Cunha de Araújo Filho. DATA DA DEFESA: 25 de março de 2002. FALCÃO NETO, Josafat Marinho. Modelagem Matemática da Hidrodinâmica e da Qualidade da Água do Trecho a Jusante da Barragem do Rio Pirapama – PE, Brasil. Recife, 2002. 174f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO Períodos sazonais de estiagem, associados aos elevados níveis de comprometimento da qualidade da água de seus recursos hídricos, têm gerado períodos de redução e até mesmo de desabastecimento de água na Região Metropolitana do Recife (RMR). A recente construção da Barragem do Rio Pirapama vem tentar solucionar parte dos problemas atuais de escassez de oferta d’água para a RMR. Este estudo utiliza uma aproximação unidimensional longitudinal para examinar as alterações na hidrodinâmica e na qualidade da água, após a formação do reservatório, do trecho do rio Pirapama situado a jusante do barramento até a região estuarina. Dados físicos e biogeoquímicos obtidos in situ foram utilizados para calibrar e validar, respectivamente, os modelos numéricos DYNHYD5 e EUTRO5. Uma vez aferidos, os modelos foram utilizados para examinar diversos cenários, considerando-se variáveis hidrológicas (período seco e chuvoso), oceânicas (marés de sizígia e quadratura) e da qualidade da água liberada através das estruturas do barramento (através de vertedouros ou descarregadores de fundo). Os resultados hidrodinâmicos constataram diversos pontos onde a lâmina d’água é bastante rasa – o que compromete o fluxo natural do rio e concentra cargas poluentes -, além de regiões no estuário onde há um aumento considerável de intrusão oceânica, o que pode afetar drasticamente o equilíbrio deste ecossistema. Além disso, foi verificado que as condições hidrodinâmicas e de qualidade da água são sistematicamente piores no período seco do que no período chuvoso. No que se refere à qualidade da água liberada através das estruturas do barramento, foi constatado que a utilização de descarregadores de fundo é a condição mais crítica para as regiões mais a montante do sistema, deteriorando significativamente a qualidade da água no trecho entre o barramento e a cidade do Cabo de Santo Agostinho. Também foi observado que os principais pontos de lançamento de efluentes tendem a comprometer seriamente a qualidade das águas a jusante dos lançamentos, além da região estuarina adjacente. 212 127 551.46 M527p TÍTULO: PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO E DENSIDADE DE Microspathodon chrysurus (CUVIER & VALENCIENNES, 1830) NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL “COSTA DOS CORAIS” – REGIÃO DE TAMANDARÉ – PE. MESTRANDO: Tâmara Regina Ricardo Mello. ORIENTADORA: Dra. Beatrice Padovani Ferreira. DATA DA DEFESA: 07 de maio de 2002 MELLO, Tâmara Regina Ricardo. Padrões de Distribuição e Densidade de Microspathodon chrysurus (Cuvier & Valenciennes, 1830) na Área de Proteção Ambiental “Costa dos Corais” – Região de Tamandaré – PE. Recife, 2002. 60f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Membro da família Pomacentridae, o Microspathodon chrysurus tem distribuição restrita ao oeste do oceano Atlântico, desde a Flórida ao sudeste do Brasil. Os adultos são herbívoros pastadores e os juvenis são principalmente carnívoros. São altamente associados às colônias de Millepora spp, principalmente indivíduos menores, onde se alimentam e se refugiam. A área estudada no presente trabalho compreende os recifes costeiros do limite norte da APA “Costa dos Corais”, no município de Tamandaré. Este possui uma área de 4km2 que foi designada para exclusão total de todos os tipos de pesca e exploração, visitação, atividades náuticas e turísticas, por um período de 03 anos (área fechada). Os levantamentos foram realizados através de mergulhos livres e autônomos para observação dos peixes em seu ambiente natural. A metodologia empregada é a do transect de faixa de 20m de comprimento por 2m de largura. Como resultados das observações verificou-se que o M. chrysurus distribui-se em áreas de topo, cristas e cavernas recifais, sendo a crista a zona que apresentou maior ocorrência, com cerca de quase 1 indivíduo a cada 40m2. Quanto a profundidade podem ocorrer até 14m de profundidade, principalmente os adultos de tamanho médio 20 cm, onde mantém pequenos territórios. Dentre as poucas espécies de peixes ornamentais marinhos encontrados em Tamandaré, o M. chrysurus pode ser considerado uma das mais comuns, porém com densidade muito baixa. Diferenças significativas foram encontradas entre as áreas abertas e fechadas sendo o número médio de indivíduos/transect encontrados na área fechada quase 4 vezes maior do que na área aberta, o que indica a recuperação desta espécie na área fechada. Áreas de exclusão pesqueira e turística são excelentes formas de manejo para a recuperação de áreas recifais e dos organismos que nelas habitam e deveriam ser mais valorizadas e mais empregadas em toda costa brasileira. 213 128 TÍTULO: LARVAS DE PEIXES E INVERTEBRADOS DA BAÍA DE TAMANDARÉ – PE COLETADOS COM UMA NOVA ARMADILHA DE LUZ. MESTRANDO: Gustavo Monteiro Teixeira. ORIENTADOR: Dr. Mauro Maida. DATA DA DEFESA: 23 de maio de 2002. TEIXEIRA, Gustavo Monteiro. Larvas de Peixes e Invertebrados da Baía de Tamandaré – PE Coletados com uma Nova Armadilha de Luz. Recife, 2002. 82f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Larvas de peixes e uma grande quantidade de outros organismos planctôni-cos, apresentam características de comporta-mento fotopositivo, o que possibilita a utilização de luzes artificiais para atraí-los e capturá-los. O conceito de armadilhas de luz não é um conceito novo e tem sido utilizado a muito tempo por entomologistas e limnologistas, e foi introduzido para estudos em ambientes recifais por Doherty em 1987. O equipamento aqui apresentado, constitui um novo modelo de armadilha de luz e apresenta características interessantes como o baixo custo de produção, simplicidade de uso e manutenção, utilização de materiais recicláveis em sua montagem e eficiência satisfatória. Nossas coletas foram realizadas durante o verão de 2001, na Baía de Tamandaré – PE. Em vinte e nove noites de amostragens, durante os meses de janeiro a abril, foram coletadas 217 amostras, contendo 3165 larvas e juvenis de peixes, 686 clupeideos e engraulideos predadores e 2650 larvas philossomas de lagostas, além de uma grande quantidade de outros animais planctônicos. Quinze famílias de larvas de peixe e quatro tipos de larvas de labroidei não identificados foram encontrados nas amostras. Este estudo sugere que a variabilidade de capturas com armadilhas de luz na Baía de Tamandaré, está intimamente relacionada à periodicidade das fases lunares e que associado a isso, as variações sazonais e temporais das distribuições dos organismos são relativamente mais consistentes que as variações espaciais, ao menos nas escalas aqui utilizadas. Nenhuma relação entre a “Área Fechada” (exclusão de pesca e turismo) e a variação espacial na abundância das larvas de peixes foi observada. Este equipamento, constitui uma técnica viável dos pontos de vista ecológico e econômico, para a análise da distribuição e abundância de larvas de peixes, lagostas e outros invertebrados, e pode ser útil para a aquisição de informações aplicáveis ao suporte de ações de manejo. 214 129 551.46 S586d TÍTULO: DINÂMICA TEMPORAL DAS LARVAS DE BRACHYURA NO CANAL DE SANTA CRUZ, PERNAMBUCO (BRASIL), AO LONGO DE UM CICLO LUNAR. MESTRANDA: Andréa Pinto Silva ORIENTADOR: Dr. Ralf Schwamborn DATA DA DEFESA: 16 de agosto de 2002. SILVA, Andreá Pinto. Dinâmica Temporal das Larvas de Brachyura no Canal de Santa Cruz, Pernambuco (Brasil), ao Longo de um Ciclo Lunar. Recife, 2002. 97f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Este estudo foi realizado visando obter informações sobre a dinâmica temporal das larvas de Brachyura e a influência do ciclo de marés e do ciclo lunar sobre sua distribuição, produtividade e dinâmica. As coletas foram realizadas em 2 estações fixas na desembocadura Sul do Canal de Santa Cruz, com coletas intensivas durante as primeiras 48 horas, sendo estas realizadas na baixa-mar, preamar e vazante, durante a maré de sizígia nos dias 10 e 11 do mês de março de 2001. A coleta teve sua continuidade realizada com coletas 2 vezes por semana durante a baixa-mar e preamar noturna até o dia 07 de abril, Completando assim todo ciclo lunar. Utilizou-se uma rede de plâncton com malha de 300 micrômetros de abertura, arrastada à superfície por 3 minutos. Dados hidrológicos foram coletados paralelamente às coletas de plâncton. Foram identificados 6 taxa, destacando-se Uca spp.; sendo também encontrado Ucides cordatus, Menippe nodifrons, Panopeus sp.; Pinnotheridae morfotipo A e Pinnotheridae morfotipo B. Dentre os taxa encontrados, os que mais se destacaram foram Uca spp. e Ucides cordatus. Foram detectados padrões específicos de distribuição temporal para cada táxon, provavelmente relacionados aos padrões de produção larval e dispersão. Destacou-se em abundância numérica o estágio zoea I, embora tenha sido registrado até o estágio IV, porém com número pouco significativo. Este baixa abundância dos estágios mais desenvolvidos possivelmente pode ser causada por mortalidade por predação e migração para a região costeira adjacente. Nesta região, as larvas provavelmente passam parte do seu ciclo de vida, para voltar como megalopas para os manguezais onde vivem os adultos. Quanto ao padrão de distribuição temporal das zoeas de Brachyura, foi observado que geralmente os lançamentos de larvas ocorreram logo após a noite de lua cheia e lua nova durante a maré vazante. 215 130 551.465.52 CDU (2ª ed.) 551.36 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2002-300 TÍTULO: HIDROLOGIA, CLIMA DE ONDA E TRANSPORTE ADVECTIVO NA ZONA COSTEIRA DE BOA VIAGEM, PIEDADE E CANDEIAS – PE. MESTRANDO: Marcelo Rollinic ORIENTADOR: Dra. Carmen Medeiros de Queiroz DATA DA DEFESA: 22 de agosto de 2002. ROLLINIC, Marcelo. Hidrologia, Clima de Onda e Transporte Advectivo na Zona Costeira de Boa Viagem, Piedade e Candeias – PE. Recife, 2002. 111f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Este trabalho foi realizado nas praias de Boa Viagem, Piedade e Candeias – PE, uma área de grande valor imobiliário, com grande concentração de atividades econômicas, industriais, de lazer e de turismo, possuindo trechos em processo de erosão. O trabalho visou caracterizar o clima de onda e o padrão de circulação ao longo dessas praias e sua variabilidade espacial e sazonal, bem como suas implicações para o transporte de material na área. Os trabalhos foram conduzidos de julho/2000 a março/2001 de modo a representarem os períodos de verão, inverno, e equinócios de primavera e outono, ao longo de três perfis: perfil 1 em Boa Viagem, perfil 2 em Piedade e perfil 3 à foz do rio Jaboatão, totalizando sete estações de coleta. Cada estação foi amostrada durante um ciclo de maré de sizígia, considerando-se os quatro estágios de maré vazante, baixa-mar, enchente e preamar. Levantamentos meteorológicos, batimétricos, hidrológicos, hidrodinâmicos e de clima de ondas foram realizados. Durante o período de estudo, ocorreu a maior taxa de precipitação dos últimos 35 anos. Os ventos predominantes foram de S-SE, com intensidades médias mensais entre 3,12 e 5,46m.s-1 e a temperatura média do ar variou de 25,5 à 30,0ºC. Comparação dos perfis batimétricos obtidos com os perfis teóricos de equilíbrio, indicam um déficit de sedimentos no perfil 1, próximo à costa, uma condição de equilíbrio no perfil 2, e um déficit no perfil 3, na isóbata de 10 m. Nos meses de julho e setembro a temperatura e a salinidade das águas apresentaram os menores valores, mas a maior variabilidade vertical e horizontal. Janeiro e março apresentaram valores mais elevados de temperatura e salinidade, com pouca variação vertical e horizontal. A capacidade de retroespalhamento ótico, OBS, aumentou com a profundidade, com os maiores valores no inverno e no equinócio de primavera. O transporte líquido durante o inverno à superfície é para sul, nos perfis 1 e 2 e costa-afora no perfil 3. Na camada intermediária, predomina um transporte costa-afora em todos os perfis. Próximo ao fundo o transporte se dá para a costa, exceto próximo à foz do Jaboatão, onde o fluxo é em direção ao mar. No equinócio de primavera, na camada superficial, o transporte líquido se dá da costa para o mar em toda a área. Na camada intermediária o padrão foi similar ao da superfície, exceto próximo à foz do Jaboatão, onde o transporte é em direção ao continente. Próximo ao fundo, o transporte líquido é costa-afora. No verão, o transporte na camada superficial tem sentido N-S para toda a área com padrão similar para a camada intermediária, enquanto que próximo ao fundo predomina um transporte para o mar. No equinócio de outono, na camada superficial, o transporte ocorreu do N para o S nos perfis 1 e 2, e em direção à costa no perfil 3. Na camada intermediária, o padrão é similar, exceto pelo transporte costa-afora no perfil 3. Próximo ao fundo, o transporte é dirigido para o sul. As maiores correntes foram medidas próximas à superfície, durante os períodos de inverno e equinócio de primavera, quando atingiram 0,68m.s-1. No verão e equinócio de outono as correntes medidas foram sempre inferiores a 0,27m.s-1. Os parâmetros hidrológicos e hidrodinâmicos obedeceram ao ciclo climático de períodos seco e chuvoso, condizentes com o esperado para uma região costeira de clima tropical. As ondas de gravidade apresentam alturas médias de 0,7 a 1,2m, períodos médios entre 5 e 7 segundos e alturas e períodos significativos entre 0,9 e 1,4m entre 6 e 8 segundos, respectivamente. As maiores ondulações foram registradas nos meses de setembro e janeiro, ao longo do perfil 1 e as menores durante os meses de março e julho, principalmente no perfil 2. 216 131 551.46 CDU (2ª ed.) 551.46 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-375 TÍTULO: HIDROLOGIA E HIDRODINÂMICA DO BAIXO ESTUÁRIO DO RIO IPOJUCA – PE. MESTRANDO: Pedro Augusto Macêdo Lins ORIENTADORA: Dra. Carmen Medeiros de Queiroz DATA DA DEFESA: 23 de agosto de 2002 LINS, Pedro Augusto Macêdo. Hidrologia e Hidrodinâmica do Baixo Estuário do Rio Ipojuca – PE. Recife, 2002. 74f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO O baixo estuário do rio Ipojuca está localizado entre os paralelos 8º 15' 00" S e 8º 30' 00" S e meridianos 34º 55' 00" W e 35º 05' 00", cerca de 40km ao sul da cidade do Recife. O clima na região é tropical quente-úmido, classificado como As' na escala de Köppen. Com a construção do Porto de Suape, a partir da década de 70, o sistema estuarino do rio Ipojuca, sofreu várias modificações, sendo a maior delas, o fechamento da comunicação com a Baía de Suape e, quase total, com o Atlântico, o que ocasionou modificações das características físico-químicas e batimétricas na área. O presente estudo visou conhecer o padrão atual da distribuição das características físico-químicas das águas do baixo Ipojuca e sua variabillidade espaço-temporal, bem como os processos hidrodinâmicos que regem o funcionamento do sistema e a distribuição de materiais e organismos no sistema. Levantamento de campo foram realizados nos meses de junho e julho/2000 (período chuvoso), e janeiro e fevereiro/2001 (período seco) e incluíram a realização de perfis batimétricos, medidas sistemáticas de parâmetros oceanográficos como salinidade, temperatura, retroespelhamento ótico e correntes, em seis pontos do baixo estuário. Registros de marés para dois pontos do sistema e dados climatológicos (temperatura do ar, precipitação pluviométrica e direção e intensidade dos ventos) foram também obtidos. A temperatura média anual do ar na região é de 27,7ºC, com máxima de 30,0ºC e mínima de 25,5ºC, correspondendo a uma variação de 4,6ºC. Prevalecem na área, ventos alísios de SE com velocidade média de 3,8m.s-1. Ventos mais fortes ocorrem durante o período chuvoso com intensidade média de 4,3m.s-1. A precipitação média anual é de 168,2mm, com os maiores índices acontecendo em junho e julho com médias de 324,9 e 343,6mm respectivamente, e os menores índices pluviométricos ocorrendo nos meses de outubro e novembro, com médias de 61,3 e 42,5mm, respectivamente. De acordo com o critério de classificação de Hansen e Rattray (1966), o baixo estuário do rio Ipojuca é um estuário tipo bem misturado. O sistema é bastante raso, com profundidade média de 1m, apresentando um extenso banco arenoso em sua região central que fica emerso nas baixa-mares. A distribuição horizontal da salinidade variou do regime limnético (0,5) e euhalino (36), com flutuações predominantemente semi-diurnas, sendo a advecção da maré, o principal mecanismo de transporte longitudinal de sal. Temperaturas no baixo estuário do rio Ipojuca, mostraram-se altas e relativamente homogêneas ao longo do sistema e estável ao longo do ciclo de maré com as menores temperaturas sendo registradas no inverno, em resposta às condições climáticas naturais, com valores oscilando entre 24 e 30ºC, com média de 28ºC. Durante o verão, temperaturas são mais elevadas (média = 30ºC), em resposta a combinação da redução da lâmina d'água e ao aumento da incidência da radiação solar. A capacidade de retroespelhamento ótico (OBS) é relativamente baixa, com valores geralmente inferiores a 100 unidades. Os valores médios de OBS foram mais elevados durante o período chuvoso, quando o carreamento de material para o sistema pelos rios Ipojuca e Merepe aumenta em respostas aos maiores volumes de precipitação. No baixo Ipojuca, as correntes mais intensas foram observadas durante estágios de baixa-mar e enchente, próximo à Barra Nova e na confluência dos rios Ipojuca e Merepe, atingindo velocidades de 66cm.s-1. A direção preferencial das correntes é Oeste-Leste, seguindo o eixo principal do estuário. O transporte líquido apresentou balanço positivo, com o estuário atuando como exportador, durante todos os períodos e estágios analisados. As marés no estuário são semi-diurnas, mas apresentam-se bastante modificadas relativas ao sinal do Porto de Suape, com um atraso em fase 158-175 minutos nas baixa-mares e uma redução de amplitude média de 60-80cm. 217 132 551.46 P149m TÍTULO: MACROFAUNA DE SUBSTRATOS INCONSOLIDADOS DA ZONA ENTRE-MARÉS EM DUAS LOCALIDADES DO CANAL DE SANTA CRUZ (FORTE ORANGE E ITAPISSUMA) PERNAMBUCO, BRASIL. MESTRANDO: Andréa Carla Guimarães de Paiva ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 28 de agosto de 2002. PAIVA, Andréa Carla Guimarães de. Macrofauna de Substratos Inconsolidados da Zona Entre-Marés em Duas Localidades do Canal de Santa Cruz (Forte Orange e Itapissuma) Pernambuco, Brasil. Recife, 2002. 92f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO No mês de maio de 2001 (referente ao período chuvoso) foram coletadas 60 amostras de sedimento em duas áreas de 100m2, localizadas na zona entre-marés do Canal de Santa Cruz (Forte Orange e Itapissuma), Pernambuco, Brasil. Um tubo em PVC com 10cm de diâmetro e 25 cm de comprimento foi enterrado no sedimento para a coleta da macrofauna e das amostras para análises sedimentológicas (granulometria e matéria orgânica). Paralelamente foram tomados valores de temperatura e salinidade da água intersticial. Este estudo teve por objetivo principal caracterizar a macrofauna com ênfase nos mollusca, polychaeta e crustacea, relacionando sua ocorrência com alguns parâmetros abióticos como salinidade e temperatura da água intersticial, e granulometria e teor de matéria orgânica do sedimento. As diferenças de temperatura da água intersticial entre as duas estações não foram fatores relevantes para o condicionamento das comunidades, ao contrário da granulometria do sedimento e salinidade da água intersticial. Na estação Forte Orange ocorreu o predomínio dos Mollusca: Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791), Neritina virginea (Linnaeus, 1758) e Odostomia laevigata (Orbigny, 1842), todos em estágio juvenil, sobre os Polychaeta e os Crustacea. Estes moluscos apresentaram freqüência de 100% e densidade de 7,432, 3,857 e 3,164org.m-2, respectivamente. Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791) (juvenil) foi considerada abundante, com índice total de 47,53%; a diversidade por amostra variou entre baixa a média. A análise dos componentes principais associou diretamente entre si Spio sp., Nereis oligohalina (Rioja, 1946), areia muito grossa e areia grossa, e estes inversamente a areia fina; evidenciou que Odostomia laevigata (Orbigny, 1842) (juvenil) e Sigambra sp. estão diretamente correlacionados; e Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791) apresentou-se inversamente proporcional a Diopatra cuprea (Bosc, 1802). Na estação Itapissuma ocorreu o predomínio dos Polychaeta sobre os Mollusca, porém com densidades inferiores às encontradas na estação Forte Orange. Os Polychaeta Glycinde sp. e Haploscoloplos sp. foram considerados pouco abundantes, com índices totais de 23,08%; freqüência de ocorrência de 50 e 40%, respectivamente, e densidade de 91org.m-2 para ambos. A diversidade variou entre muito baixa e baixa. Na análise dos componentes principais foi evidenciado que o sedimento condicionou o ambiente, Sigambra sp. esteve correlacionado com a salinidade e areia muito fina, e Haploscoloplos sp., Magelona sp., Nereis oligohalina (Rioja, 1946) e Marphysa sebastiane (Steiner & Amaral, 2000) foram as primeiras citações de ocorrência para o estado de Pernambuco. 218 133 551.46 S233c TÍTULO: CULTIVO DO CAMARÃO MARINHO Litopenaeus vannamei BOONE, 1931) EM VIVEIROS ESTUARINOS DE ITAMARACÁ – PE. MESTRANDO: Márcio Francisco Alves de Santana ORIENTADOR: Dr. José Arlindo Pereira DATA DA DEFESA: 30 de agosto de 2002. SANTANA, Márcio Francisco Alves de. Cultivo do Camarão Marinho Litopenaeus vannamei Boone, 1931) em Viveiros Estuarinos de Itamaracá – PE. Recife, 2002. 63f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O camarão marinho Litopenaeus vannamei (Boone, 1931), é uma espécie originária do Oceano Pacífico, que foi introduzida no Brasil em meados da década de 80, sendo atualmente, encontrada na quase totalidade dos cultivos em nosso país. Com o objetivo de descrever o seu crescimento, estudar a produção dos viveiros e averiguar uma possível influência do arraçoamento nos mesmos, foram desenvolvidas cinco etapas de cultivo em dois viveiros da Base de Piscicultura de Itamaracá - PE, no período de 25 de agosto de 1998 a 17 de maio de 2000, nas densidades de 2,85; 3,57 e 5,95PL's/m2, com duração variando de 61 a 118 dias de cultivo. Foi realizado arraçoamento em apenas um viveiro, na quarta e quinta etapa. Foram acompanhados, periodicamente, os seguintes parâmetros hidrológicos: oxigênio dissolvido, salinidade, temperatura, pH e transparência. Os nutrientes (nitrito, nitrato, fosfato e silicato) foram aferidos, apenas uma única vez, em meados de cada cultivo. Foram realizadas, também, biometrias periódicas, para acompanhamento do crescimento e do peso dos camarões. As condições hidrológicas estiveram sempre compatíveis com as exigências da espécie em cultivo, exceto a salinidade, que atingiu valores elevados em algumas ocasiões (40,64; 42,78 e 45,99%), e a transparência, na quinta etapa (0,90 e 0,80m), que aparentemente afetou o desenvolvimento dos indivíduos, no viveiro não arraçoado. A sobrevivência situou-se, na maioria dos casos, abaixo da média verificada nos cultivos comerciais. O peso médio apresentou valores sempre superiores aos exigidos comercialmente. Os viveiros arraçoados e não arraçoados, na quarta etapa, apresentaram crescimento em peso iguais (F=3,283; P=0,1129), enquanto na quinta etapa, o arraçoado foi significativamente maior (F=14,804; P=0,0085). Com relação à produção final obtida, não houve diferença significativa entre os viveiros arraçoados e não arraçoados (F=0,068; P=0,080), o que nos leva a acreditar que nos cultivos com baixas densidades, quando existir disponibilidade de alimento natural, o pequeno carcinicultor não deverá, necessariamente, arraçoar seus cultivos. 219 134 551.46 O48v TÍTULO: VARIAÇÃO DA LINHA DE COSTA A LONGO PRAZO, CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA E VULNERABILIDADE DO LITORAL NORTE DE ALAGOAS, TRECHO ENTRE AS PRAIAS DE PEROBA E MARAGOGI MESTRANDO: João Barbosa de Oliveira Júnior ORIENTADORA: Dra. Lúcia Maria Mafra Valença DATA DA DEFESA: 30 de agosto de 2002. OLIVEIRA JÚNIOR, João Barbosa de. Variação da Linha de Costa a Longo Prazo, Caracterização Sedimentológica e Vulnerabilidade do Litoral Norte de Alagoas, Trecho Entre as Praias de Peroba e Maragogi. Recife, 2002. 94f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Esta dissertação apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida no litoral norte do Estado de Alagoas, no trecho compreendido entre o Rio Persinunga (limite com o Estado de Pernambuco) e o Rio Maragogi. Os objetivos principais foram o estudo da variação da linha de costa a longo prazo no período de 1974 a 2001, a caracterização sedimentológica dos depósitos praiais e o diagnóstico de tendências de vulnerabilidade à erosão no trecho estudado. Para tal realizaou-se duas etapas de campo, uma em fevereiro, e outra em junho de 2001. Foram então demarcadas 32 estações, com espaçamento de 500m uma da outra, e em cada estação, foi feito posicionamento com receptores GPS, coleta de sedimentos para análise e anotações sobre algumas características da praia, como presenças de pós-praia, da berma, existência de obras de contenção, etc. Utilizou-se também, no estudo da variação da linha de costa, informações obtidas em fotos aéreas, cartas topográficas e medições de campo. A partir dos resultados obtidos observa-se ter havido uma variação da linha de costa com um significativo recuo em direção ao continente. O estudo sedimentológico indica uma predominância das areias finas e médias, no estirâncio, tanto no mês de fevereiro como junho, com seleção pobre a moderada e assimetria dominantemente negativa. Estas areias estão compostas por grãos de quartzo e bioclastos (foraminíferos, fragmentos de conchas e moluscos, tubos de poliquetas, espículas de esponjas, espinhos de equinodermas, etc) subangulosos a subarredondados e brilhantes. Com base no grau de vulnerabilidade dividiu-se a área em 8 setores. A vulnerabilidade à erosão está relacionada a própria variação da linha de costa, à elevação média do nível do mar e aos efeitos antrópicos. Essa vulnerabilidade mostra-se evidenciada devido à erosão marinha, presente principalmente onde existem aberturas nos recifes ou onde os mesmo estão submersos próximos à praia, permitindo a penetração das ondas e conseqüentemente o aumento dos efeitos erosionais. 220 135 597.5 CDU (2ª ed.) 597.4 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-045 TÍTULO: ICTIONÊUSTON DA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA REFERENTE AO ESTADO DO MARANHÃO (REGIÃO NORTE DO BRASIL). MESTRANDA: Paula Cilene Alves da Silveira ORIENTADORA: Dra. Sigrid Neumann Leitão DATA DA DEFESA: 8/02/2003 SILVEIRA, Paula Cilene Alves da. Ictionêuston da Zona Econômica Exclusiva Referente ao Estado do Maranhão (Região Norte do Brasil). Recife, 2003. 56f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO Com a finalidade de contribuir para a Avaliação do Potencial Sustentável dos Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva Norte, estudos sobre o ictionêuston foram desenvolvidos visando identificar as larvas, quantificar os indivíduos de cada família, verificar os padrões de distribuição espacial e identificar áreas berçario. A área estudada está situada no estado do Maranhão, cuja Zona Econômica Exclusiva se estende desde as Reentrâncias Maranhenses/MA (00º 59’ S – 45º 23’ 43” W) até a foz do rio Parnaíba (02º 26’ 19” S – 41º 36’ 03” W). As amostras foram coletadas em arrastos diurnos e noturnos com o auxílio de duas redes cônicas, superpostas, com abertura de malha de 500µm: uma superior, destinada a coleta do nêuston superior (epinêuston), e outra inferior para coletar o nêuston inferior (hiponêuston). Na boca da rede inferior foi fixado um fluxômetro (Hydrobios), para auxiliar nos cálculos do volume de água filtrada pelas redes. Dados de salinidade e de temperatura foram obtidos para fins comparativos com o auxílio de CTD (Conductivity, Tempareture and Depth) da marca Sea-Bird. Foi realizada a triagem de todas as amostras com auxílio de estereomicroscópio (lupa binocular), separando-se todas as larvas de peixes (ictionêuston) dos demais grupos zooplanctônicos. Foram obtidas 456 larvas. Destas, 52% corresponderam ao nêuston superior e 48% ao nêuston inferior. Foram identificados em nível de família 97% do total das larvas. Destas 1% foi identificado apenas em nível de ordem (Beloniforme e Anguiliformes). As larvas de peixes identificadas pertencem a 12 ordens (Clupeiformes, Myctophiformes, Perciformes, Pleuronectiformes, Tetrraodontiformes, Gasterosteiformes, Beloniformes, Stomiformes, Aulopiformes, Gadiformes, Lophiiformes e Anguiliformes) e a 23 famílias (Bothidae, Gobiidae, Scaridae, Carangidae, Myctophidae, Bregmacerothidae, Paralichthyidae, Gonostomathidae, Paralepididae, Bramidae, Pomacentridae, Exocoetidae, Monacanthidae, Pleuronectidae, Scombridae, Clupeidae, Englaulidae, Gempylidae, Priacanthidae, Syngnathidae, Apogonidae, Ceratiidae e Serranidae). A Zona Econômica Exclusiva Norte esteve representada por famílias que ocorrem na região costeira, em recifes e na zona pelágica, as quais pela variação com relação ao ciclo diário indicaram ocorrência de migração vertical. O nêuston superior apresentou uma maior riqueza e densidade de larvas de peixes do que o nêuston inferior. A família Carangidae, típica de ambiente pelágico com forte associação recifal, foi a que melhor representou a área estudada, sendo responsável pela maior abundância, tendo-se distribuído nas províncias nerítica e oceânica, com maior concentração na província nerítica, na qual as maiores densidades estiveram presente, fato que evidencia a presença de áreas de berçarios e/ou desova nesta província. 221 136 551.46 (CDD 21ª. ed.) 004/2003 UFPE – CTG - BT TÍTULO: RESÍDUOS SÓLIDOS EM PRAIAS DO LITORAL PERNAMBUCO: ORIGENS E CONSEQUÊNCIAS. SUL DE MESTRANDA: Maria Christina Barbosa de Araújo ORIENTADORA: Dra. Monica Ferreira da Costa DATA DA DEFESA: 21/02/2003 ARAÚJO, Maria Christina Barbosa de. Resíduos Sólidos em Praias do Litoral Sul de Pernambuco: Origens e Consequências. Recife, 2003. 104f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO Os ambientes costeiros são regiões suscetíveis ao acúmulo de resíduos sólidos principalmente derivados do petróleo que se originam de inúmeras fontes. O presente estudo analisa a questão do lixo, no período de fevereiro de 2001 a setembro de 2002 em duas praias do litoral sul de Pernambuco – Brasil, Tamandaré e Várzea do Una. Tamandaré é uma praia de fácil acesso, bastante frequentada durante o verão e que dispõe de limpeza urbana na orla, o contrário do que ocorre no Várzea do Una. Ambas estão inseridas nas bacias de drenagem de vários rios. O estudo abordou os seguintes aspectos: análise quali-quantitativa do lixo total, associação dos plásticos às prováveis fontes, setorização das áreas em graus de contaminação por plásticos, análise da metodologia aplicada e da relação custo e benefício da limpeza urbana da orla. Os perfis amostrais foram em número de quatro para Tamandaré e um para o Várzea do Una com área de 2.500m2 abrangendo desde a duna frontal (incluindo a vegetação) até próximo a linha d’água na maré baixa. Os resultados demonstraram que os itens plásticos foram maioria (>80%) para as duas áreas, semelhante ao que ocorre em outros locais do mundo. Desses itens os mais frequentes estavam relacionados à alimentação, pesca, limpeza doméstica e esgoto/higiene pessoal. Com relação a setorização, o litoral de Tamandaré apresentou os menores índices de contaminação na sua porção mediana, área mais vulnerável com muitas construções e obras de contenção, provavelmente devido a menor largura da praia e ausência de vegetação. Várzea do Una obteve o grau máximo de contaminação devido a proximidade com a foz do rio Una. A análise da eficiência da limpeza urbana no litoral de Tamandaré, demonstrou que houve redução significativa do lixo principalmente na parte sul da orla, mas que a limpeza é apenas um paliativo que não se mostrou eficaz para resolver definitivamente o problema. 222 137 592.(26) CDU (2ª ed.) 592.182 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-048 TÍTULO: COLONIZAÇÃO DA MEIOFAUNA EM AMBIENTES ALGAL E MIMÉTICO DO INFRALITORAL DA ILHA DE CABO FRIO, ARRAIAL DO CABO – RJ, BRASIL. MESTRANDO: Jorge Luis Silva Nunes ORIENTADORA: Dra. Verônica Gomes da Fonseca Genevois DATA DA DEFESA: 25/02/2003 NUNES, Jorge Luis Silva. Colonização da Meiofauna em Ambientes Algal e Mimético do Infralitoral da Ilha de Cabo Frio, Arraial do Cabo – RJ, Brasil. Recife, 2003. 88f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos experimentais sobre a meiofauna associada a plantas são escassos e, mais ainda, quando se trata de substratos artificiais submersos. Os substratos miméticos, plantas plásticas usadas em aquário, permitem melhor compreensão de processos ecológicos por oferecerem vantagens de manipulação, possibilitando estabelecer a sua colonização da fauna associada em diferentes situações. No intuito de compreender a colonização dos grupos componentes da meiofauna em substratos artificiais depositados em uma área de ressurgência, quatro experimentos de campo foram montados no infralitoral da ilha de Cabo Frio, Arraial do Cabo – RJ, Brasil, para definir: 1) se a colonização era diferente em 3 alturas de mímicas (5,0, 15,0 e 30,0cm); 2) se a densidade das mímicas (5 a 20unidades/m2) influenciaram na colonização; 3) se haveria influência dos sedimentos sobre a colonização de Sargassum furcatum Küetzing (Phaeoohyta: Fucales) e 4) se haveria diferença de grupos colonizadores em mímicas de cores diversas. O tempo empregado nos experimentos variou de 4 dias a um mês, ocasionando, também, na colonização de epífitas como Dictyota sp., que certamente ofereceu maior superfície colonizável nos tratamentos. As coletas foram efetuadas por meio de mergulhos autônomos, com auxílio de tubos PVC com 10cm2 de área amostral para coleta da fauna de sedimento e sacos plásticos reforçados para coletar Sargassum furcatum e sua mímica. Em laboratório, a meiofauna foi extraída através de lavagens em água corrente e retida em peneiras geológicas com aberturas de malhas de 0,045 e 0,5mm. Os volumes das algas e das mímicas foram determinados pelo deslocamento líquido em provetas graduadas. Em todos os experimentos realizados, a composição da meiofauna variou de 6 a 14 taxa nas mímicas, enquanto 12 taxa foram registrados nas algas e 12 nos sedimentos. A densidade dos grupos colonizadores não foi influenciada pela altura das mímicas, pela densidade das mímicas e pelo seu posicionamento no espaço físico. Constatou-se, porém uma diferença importante na composição e abundância dos grupos. Para compreender melhor a colonização entre diferentes cores de mímicas, os Nematoda foram identificados em nível de gênero, sendo que estes demonstraram colonização diferenciada, em nível quali-quantitativo, e quanto à proporção de adultos e juvenis. A composição da fauna, os estágios do ciclo de vida e o sexo apresentaram-se diferentes entre as cores. O gênero Karkinochromadora é referido pela primeira vez para o Rio de Janeiro e para o Brasil. 223 138 551.46 (CDD 21ª. ed.) 004/UFPE – CTG – BT/2003 TÍTULO: VARIAÇÃO ESPACIAL DOS NÍVEIS DE METAIS PESADOS E HIDROCARBONETOS NO SEDIMENTO DO COMPLEXO INDUSTRIAL PORTUÁRIO DE SUAPE – PE – BRASIL. MESTRANDA: Alessandra Carla Oliveira Chagas ORIENTADORA: Dra. Monica Ferreira da Costa CO-ORIENTADOR: Dr. Edmilson Santos de Lima DATA DA DEFESA: 27/03/2003 CHAGAS, Alessandra Carla Oliveira. Variação Espacial dos Níveis de Metais Pesados e Hidrocarbonetos no Sedimento do Complexo Industrial Portuário de Suape – PE – Brasil. Recife, 2003.f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO O Complexo Industrial Portuário de Suape ou CIPS, em funcionamento desde 1986 no estado de Pernambuco – Brasil, caracteriza-se por ser um hub port. As ações inerentes à construção e operacionalização de um complexo industrial portuário como este são geradoras de diversos impactos físicos, biológicos e químicos no ambiente. Estudos prévios indicaram a necessidade de maiores estudos sobre o impacto de contaminantes provenientes principalmente da operação portuária e de despejos industriais. O presente trabalho, portanto, teve como objetivo quantificar o nível atual de hidrocarbonetos (PAHs e TPH) e metais pesados (Zn, Mn, Cr, Co, Pb, Cd, Ni e Cu) dos sedimentos superficiais marinhos, estuarinos e fluviais na área de intervenção do CIPS, para identificação de sua presença e caracterização de sua variação espacial. As coletas ocorreram no período seco, nos meses de março e abril de 2002, em 22 estações distribuídas na Baía de Suape, Porto Interno, Zona Industrial Portuária (ZIP) e área controle. A fração aromática de hidrocarbonetos de petróleo (PAHs) nos sedimentos superficiais apresentou variação de 0,028 a 3,124µg.g-1 (d.w.) e valor médio de 0,885+1,067µg.g-1, destacando-se como porto moderadamente contaminado. Já a concentração total de hidrocarbonetos de petróleo (TPH) variou de 0,0934 a 2,379µg.g-1 (d.w.), com valor médio de 1,344+0,317µg.g-1 e verificou-se uma condição abaixo da considerada como poluída. Para os hidrocarbonetos, apenas o PAHs apresentou diferença significativa quanto a proximidade da fonte. As concentrações para os metais pesados quantificados apresentaram variações entre as estações nos diferentes grupos (Baía de Suape ao Controle) e suas concentrações foram inferiores aos limites indicados pela Cetesb como solos contaminados. 224 139 551.46 G293d TÍTULO: DINÂMICA DE SISTEMAS DE BANCOS OCEÂNICOS DA CADEIA NORTE DO BRASIL: CARACTERIZAÇÃO EXPERIMENTAL E SIMULAÇÃO NUMÉRICA. MESTRANDO: Fábio de Oliveira Geber ORIENTADOR: Dr. Moacyr Cunha de Araújo Filho DATA DA DEFESA: 03/06/2003 GEBER, Fábio de Oliveira. Dinâmica de Sistemas de Bancos Oceânicos da Cadeia Norte do Brasil: Caracterização Experimental e Simulação Numérica. Recife, 2003. 100f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO Neste trabalho utilizou-se os dados físicos oceanográficos e meteorológicos, obtidos durante o Programa REVIZEE – Nordeste, para analisar a dinâmica de sistemas bancos oceânicos da cadeia Norte do Brasil. Num primeiro momento, foram identificadas as massas d’água, a espessura da camada de barreira, a energia cinética turbulenta, os perfis de temperatura e de salinidade na área do Banco Aracati. Numa Segunda etapa, estas informações foram utilizadas em um modelo matemático tri-dimensional, visando identificar situações potenciais de ressurgência orográfica nesta sub-região. Foram identificadas duas massas d’água na região do Banco de Aracati, sendo essas: a Água Tropical, cujo limite inferior está à cerca de 150m, aproximadamente, e a Água Central do Atlântico Sul, situada entre a Água Tropical e a profundidade de cerca de 670m. A camada de barreira variou sazonalmente de uma situação menos espessa na primavera a mais espessa no outono, com mínimo de 2m (outubro a dezembro) e máximo de 20m (abril a junho). Já as camadas de mistura e isotérmica alcançaram maiores profundidades médias (84 e 96m, respectivamente) no inverno correspondendo ao trimestre de julho a setembro. Na primavera, estas camadas ficaram restringidas nas primeiras profundidades médias de 6 a 8m, correspondentemente. A energia média produzida pelo cisalhamento eólico foi de 9,8 x10-4 m2 S-2, e a produzida por quebra de ondas superficiais foi de cerca de 10,8 x 10-2m2 S-2. Os perfis verticais de temperatura indicaram a presença de uma termoclima ao longo de todo o ano, com seu início variando entre as profundidades de 70 a 150 m, aproximadamente. No tocante à salinidade, as isoalinas mostraram uma variação similar à das isotermas com destaque a formação de células de baixa salinidade na parte rasa do banco. O modelo matemático reproduziu satisfatoriamente os perfis de temperatura e salinidade observados. A estrutura cinemática gerada nas simulações indicou o desenvolvimento de velocidades verticais da ordem de 10-3m/s na região situada à montante do banco, tanto no inverno quanto no verão. Nesta última estação, entrentanto, as velocidades verticais mais importantes ficaram localizadas abaixo do limite inferior da zona eufótica enquanto que, no inverno, foram constatadas velocidades significativas dentro desta zona de penetração de luz. 225 140 593.14 CDU (2ª ed.) 579.81776 CDD (21ª ed.) UFPE BC 2003-270 TÍTULO: FITOPLÂNCTON DO ESTUÁRIO DO RIO FORMOSO (RIO FORMOSO, PERNAMBUCO, BRASIL): BIOMASSA, TAXONOMIA E ECOLOGIA MESTRANDO: Marcos Honorato da Silva ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante CO-ORIENTADORA: Maria da Glória da Silva Cunha Dilma Aguiar do Nascimento Vieira DATA DA DEFESA: 22/08/2003 HONORATO DA SILVA, Marcos. Fitoplâncton do Estuário do Rio Formoso (Rio Formoso, Pernambuco, Brasil): Biomassa, Taxonomia e Ecologia. Recife, 2003. 130f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO O estuário do rio Formoso está inserido na Área de Proteção Ambiental de Guadalupe, no município de Rio Formoso, Pernambuco, localizado a cerca de 92km da cidade do Recife (80 37’ – 8º 41’ S e 35º 08’ W). É importante ecossistema costeiro do litoral sul do Estado de Pernambuco, principalmente, por possuir uma grande biodiversidade com enorme potencial biológico, exercendo um papel de grande importância sócio-econômica para a população local. Com o intuito de conhecer a biomassa, a ecologia e a composição da flora planctônica, as variações sazonal e espacial, a influência da pluviometria e dos parâmetros hidrológicos, desenvolveu-se esta pesquisa pioneira na área. As coletas foram realizadas em 2002 em três estações fixas durante o período chuvoso (maio, junho e julho/02) e de estiagem (outubro, novembro e dezembro/02). Os dados de pluviometria se originaram da Estação Meteorológica de Porto de Galinhas (Ipojuca, Pernambuco). Foram registrados in situ dados sobre a profundidade local, a temperatura, a transparência da água e, concomitantemente, coletadas amostras d’água com auxílio da garrafa tipo Nansen para a análise dos parâmetros hidrológicos e biológicos. As amostras do microfitoplâncton foram obtidas através de arrastos horizontais superficiais, com rede de comprimento de 1m e 65µm de abertura de malha, durante 3 minutos. Mediu-se a biomassa fitoplanctônica através das concentrações de clorofila a. Foram identificados 204 táxons infragenéricos sobressaindo às diatomáceas com 75% do total da comunidade. Destacaram-se tanto em abundância relativa como em frequência de ocorrência: Odontella mobiliensis, Chaetoceros costatus, Chaetoceros curvisetus, Chaetoceros sp, Coscinodiscus centralis, Bacillaria paxillifera, Lithodesmium undulatum, Paralia sulcata, Nitzschia sigma, Chaetoceros lorenzianus, Gyrosigma balticum, Surirella febigerii e Entomoneis alata. Destacaram-se ainda Trachelomonas sp e Phacus acuminatus com percentuais elevados de abundância relativa no período de estiagem nas baixamares. Os dinoflagelados constituíram o segundo grupo da flora, seguido das cianofíceas, euglenofíceas e dos silicoflagelados. Os índices de diversidade caracterizaram o ambiente como de média a baixa diversidade específica. A profundidade nas estações de coleta variou de 1,8 a 9,7m; a temperatura (24,5 a 29,5ºC), variou sazonalmente com maiores valores no período de estiagem, não foi observada estratificação térmica na coluna d’água; transparência da água de 0,25 a 3,67m, com menores valores no período chuvoso; salinidade (1,33 a 36,30), variou desde ambiente oligoalino a eualino, mostrando um gradiente decrescente da estação 3 para 1, a distribuição vertical da salinidade permitiu classificá-lo como sendo do tipo bem misturado; o oxigênio dissolvido (2,92 a 6,25ml.1-1), em geral diminuiu da estação 3 para 1; as taxas de saturação do oxigênio permitiram identificá-lo como de baixa saturação na baixa-mar e, na preamar, como zona saturada; pH manteve-se sempre alcalino, variando de 7,05 a 8,88, com maiores valores nas preamares; nitrito, nitrato e fosfato de valores indetectáveis a 0,48; 6,30 e 0,77µmol.1-1, respectivamente e silicato de 7,14 a 75,63µmol.1-1, maiores concentrações de nutrientes ocorreram durante o período chuvoso e nas baixa-mares, à exceção de silicato; biomassa algal de 2,45 a 70,22mg.m-3, apresentando uma sazonalidade com maiores concentrações no período chuvoso e, em sua maioria, índices elevados, caracterizando o ambiente como eutrófico. 226 141 551.46 (CDD 21ª. ed.) UFPE – CTG – BT/2003 TÍTULO: ESPONJAS (PORÍFERA: DEMOSPONGIAE) DA EXPEDIÇÃO GEOMAR I (PLATAFORMA NORTE E NORDESTE DO BRASIL – 1969). MESTRANDA: Jerrana Ray Rocha Cantarelli ORIENTADORA: Dra. Deusinete de Oliveira Tenório CO-ORIENTADORA: Josivete Pinheiro dos Santos DATA DA DEFESA: 28/08/2003 CANTARELLI, Jerrana Ray Rocha. Esponjas (Porífera: Demospongiae) da Expedição Geomar I (Plataforma Norte e Nordeste do Brasil – 1969). Recife, 2003. 95f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO A Expedição Oceanográfica GEOMAR I foi realizada no ano de 1969, com o objetivo de iniciar os estudos geológicos da plataforma continental do Brasil. A área de estudo compreendeu a plataforma continental brasileira que se estende desde a foz do rio Parnaíba, na divisa dos estados do Piauí e Maranhão até a Ilha de Maracá, no litoral do Amapá. O material do presente estudo foi coletado durante a citada expedição em 16 estações pelo NOc. Almirante Saldanha através de dragagens, fixadas no local com formol a 4% e, em laboratório, conservadas em álcool a 98%. A taxonomia baseou-se no estudo das escleras e/ou fibras através da dissociação espicular e de preparação de cortes para observação da arquitetura esqueletal. Os 54 espécimes analisados encontram-se depositados na Coleção de Bentos da Universidade Federal de Pernambuco e duplicatas de alguns deles na Coleção Poríferos Marinhos do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Os táxons de Demospongiae são: HOMOSCLEROPHORIDA (Plakinidae) Plakinastrella onkodes Ulickza, 1929; SPIROPPHORIDA (Tetilidae) Cinachyrella Exemplares 1 e 2; Tetilla sp.; ASTROPHORIDA (Ancorinidae) Holoxea sp.; Tribrachium schmidtii Weltner, 1882; (Geodiidae) Erylus formosus Sollas, 1888; Erylus sp.; HADROMERIDA (Chondrillidae) Chondrilla nucula Schmidt, 1862; (Suberitidae) Suberites sp.; (Tethyidae) Tethya sp.; POECILOSCLERIDA (Raspailiidae) Thrinachophora funiformis Ridley e Dendy, 1886; (Desmacellidae) Neofibularia sp.; (Mycalidae) Mycale (Mycale) quadripartita (Boury-Esnault, 1973); (Coelosphaeridae) Coelosphaera sp.; (Crambiidae) Monanchora sp.; (Myxillidae) Exemplar 1; HALICHONDRIDA (Axinellidae) Phakellia sp.; (Halichondriidae) Halichondria Exemplares 1, 2, 3, 4, 5 e 6; HAPLOSCLERIDA Exemplares 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7; (Chalinidae) Toxadocia sp.; (Phloeodictyidae) Oceanapia bartschi (De Laubenfels, 1934); Oceanapia Exemplares 1, 2, 3 e 4; (Niphatidae) Exemplares 1 e 2; DICTYOCERATIDA Exemplar 1; (Spongiidae) Exemplar 1; Hyatella cavernosa (Pallas, 1766); Aplysira fistularis fulva (Pallas, 1766); Aplysina Exemplares 1 e 2. São fornecidos dados sobre tipo de substrato e profundidade. 227 142 551.46 (CDD 21ª. ed.) 004/UFPE – CTG – BT-2003 TÍTULO: ESTRUTURA TERMOHALINA E MASSAS D’ÁGUA NA ZEE DO NE – BRASILEIRO. MESTRANDO: Isaac Cristiano de Freitas ORIENTADORA: Dra. Carmen Medeiros fe Queiroz DATA DA DEFESA: 29/08/2003 FREITAS, Isaac Cristiano de. Estrutura Termohalina e Massas D’água na Zee do NE – Brasileiro. Recife, 2003. 146f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO No ambiente marinho, a produtividade depende do suprimento de sais nutrientes em áreas com quantidade de luz suficiente, além das relações térmicas e salinas serem responsáveis pela distribuição da vida neste habitat. Este trabalho teve o objetivo de ampliar os conhecimentos sobre o ambiente da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Nordeste Brasileiro, com a caracterização da estrutura termohalina e a compreensão dos processos físico-oceanográficos atuantes na região, com ênfase aos fenômenos de ressurgência de quebra de plataforma. Foi conduzido a partir dos dados coletados dentro do Programa REVIZEE-SCORE NE, buscando identificar variações sazonais e interanuais através de extensa malha de estações, coletadas nos períodos de agosto-outubro/1995 (primavera), janeiro-abril/1997 (verão) e abril-julho/1998 (outono). Para um maior detalhamento das informações sobre o talude do trecho sul da ZEE-NE (Recife a Salvador), foram coletados dados com a sonda SCAMP em dezembro/2000, no intuito de identificar o comportamento da microestrutura da temperatura e seu fluxo vertical, sendo assim, utilizada para inferir os níveis de dissipação da energia cinética turbulenta ao longo da coluna d’água, que está diretamente relacionada à mistura da matéria orgânica. A distribuição horizontal da temperatura do mar à superfície apresentou-se bastante homogênea, com uma elevação global da temperatura de cerca de 1.5 graus entre os períodos de primavera e verão/outono. Não foram registrados valores de temperatura anômalos que indicassem ocorrência de ressurgência permanente até a camada superficial ou que atingisse os primeiros 50m. A camada ao nível dos 100m de profundidade foi aquela que apresentou maior variabilidade de temperatura (amplitude total de cerca de 12ºC) devido a diferenças, ao longo da área, na profundidade de início da termoclima. Aos 200m de profundidade, a amplitude de variação de temperatura cai para cerca de 9º C, sendo inferior a 5ºC aos 300m de priofundidade. Ao nível limite da ZEE (500m) a amplitude de variação em temperatura é de cerca de 3ºC. A profundidade de 900m, a amplitude total de variação em temperatura é comparável a encontrada à superfície. Diferenças na temperatura das águas da ZEE-NE entre as estações sazonais de primavera e verão se fazem notar desde a superfície até a maior profundidade amostrada (900m), com os valores mínimos e máximos durante o verão sendo 1-1,50 C maiores que seus correspondentes durante a primavera. A salinidade aumenta em direção à costa brasileira, com as isohalinas seguindo o contorno geral da costa para o trecho entre o Recife e a foz do rio Parnaíba. Ao longo do trecho entre Recife e Salvador a distribuição das isolinhas tem um caráter mais zonal, com a salinidade aumentando com a latitude. A camada mais superficial (primeiros 50m) do trecho sul da ZEE-NE, apresentou um forte gradiente da salinidade, com os maiores valores sendo encontrados mais próximos à costa. Este padrão, no entanto, não foi verificado para as camadas mais profundas ou para o período de verão. Um máximo de salinidade subsuperficial cerca de 1 a 1,5 unidades superior aos valores da superfície esteve presente entre os 50 e 100m de profundidade, correspondendo aproximada-mente a profundidade de início da termoclima. O máximo de salinidade tende a ser mais acentuado para a área sul da ZEE-NE 228 (LAT > 5º). Na camada mais superficial, os diagramas T-S indicaram a presença da Água Tropical Superficial (ATS), com salinidade superior a 36 usp e temperatura acima de 20ºC. Esta massa ocupa os primeiros 150-200m de profundidade. O primeiro ponto de inflexão do diagrama corresponde a região do máximo de salinidade subsuperficial. Abaixo da ATS, encontramos a Água Central do Atlântico Sul (ACAS) correspondendo ao trecho linear do diagrama T-S. Apresenta salinidade entre 34,5 e 36,0ups e temperatura entre 5 e 20ºC, ocupando a camada até os 800m de profundidade. Abaixo dela, encontramos a Água Antártica Intermediária (AAI), caracterizada por uma salinidade mínima. Em toda a área a presença de uma termoclina permanente e bem definida é uma constante. Verifica-se um aprofundamento da termoclina com o aumento de latitude e contra a costa ao longo do trecho sul da ZEE-NE. Uma malha de estações adequada para estudos mais detalhados poderia elucidar casos de soerguimento de isotermas encontrados no talude de Alagoas e Bahia como relevantes em termos de aportes de nutrientes. 229 143 551.46 A447e TÍTULO: ESPÉCIES DE CIROLANÍDEOS (ISOPODA, CRUSTACEA) COLETADAS NA PLATAFORMA CONTINENTAL E BANCOS OCEÂNICOS DO NORTE E NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDO: Vitor Alexandre Kessler de Almeida ORIENTADOR: Dr. Petrônio Alves Coelho DATA DA DEFESA: 29/08/2003 ALMEIDA, Vitor Alexandre Kessler de. Espécies de Cirolanídeos (Isopoda, Crustacea) Coletadas na Plataforma Continental e Bancos Oceânicos do Norte e Nordeste do Brasil. Recife, 2004. 118f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Completa – Full text – Acesse: www.liber.ufpe.br RESUMO Os cirolanídeos são isópodos da subordem Flabellifera que se encontram amplamente distribuídos nas regiões tropicais e subtropicais do globo. O estudo desta família no Brasil encontra-se num estágio embrionário, existindo lacunas no conhecimento da taxonomia, biogeografia e ecologia do grupo. De posse de boa quantidade de exemplares da família coletados recentemente durante o projeto REVIZEE, comissões N-NE, e de material proveniente de expedições oceanográficas dos anos 60-70, realizou-se um estudo das espécies de cirolanídeos distribuídas na plataforma continental Norte e Nordeste do Brasil e bancos oceânicos da Cadeia Norte do Brasil e da Cadeia de Fernando de Noronha. Além da taxonomia, foram estudadas também a ecologia e distribuição geográfica das espécies. Foram registradas 11 espécies de cirolanídeos na área estudada. Cirolana parva e Natatolana gracilis são as espécies mais comuns; a primeira é encontrada, principalmente, em fundos de areia e algas calcárias até 88m de profundidade, enquanto que a Segunda, especialmente em fundos de transição entre algas calcárias e sedimentos organogênicos, perto da quebra da plataforma (até 98m de profundidade). As espécies de Bathynomus (B. giganteus e B. miyarei) são mais comuns na região do talude continental, mas já foram coletadas na plataforma continental (em armadilhas de lagostas). Metacirolana agaricicola tem sua distribuição geográfica restringida ao Caribe e aos bancos da Cadeia Norte, bem como Eurydice convexa, que foi registrada também para Pernambuco. Metacirolana riobaldoi foi encontrada unicamente na plataforma continental entre o Espírito Santo e Sergipe (88m de profundidade). Metacirolana sp. A encontra-se distribuída pela plataforma em fundos de cascalho, entre 39-64m de profundidade. As demais espécies (Cirolana minuta, Cirolana palifrons e Natatolana sp. A) foram registradas uma única vez na área estudada. A maioria das espécies é exclusiva do Atlântico ocidental, com B. giganteus e C. palifrons ocorrendo também no Oceano Índico. Natatolana sp. A, B. miyarei, M. riobaldoi e Metacirolana sp. A, são até o momento endêmicas para o Brasil. C. minuta e M. agaricicola são referidas pela primeira vez para o litoral brasileiro, enquanto Natatolana sp. A e Metacirolana sp. A são espécies nova para a ciência. 230 144 TÍTULO: SEDIMENTOLOGIA E MORFOLOGIA DAS PRAIAS DO PINA E DA BOA VIAGEM, RECIFE (PE) – BRASIL. MESTRANDA: Maria das Neves Gregório ORIENTADORA: Dra. Tereza Cristina Medeiros de Araújo DATA DA DEFESA: 12/02/2004 GREGÓRIO, Maria das Neves. Sedimentologia e Morfologia das Praias do Pina e da Boa Viagem, Recife (PE) – Brasil. Recife, 2004. 92f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O crescimento populacional das cidades litorâneas aumenta a pressão sobre os ambientes costeiros, gerando uma crescente degradação dos mesmos. As praias são ambientes litorâneos importantes para o laser, turismo e fonte de renda, mas sua principal função é a proteção da costa. Vários pontos da costa pernambucana apresentam problemas de erosão marinha, que varia de moderada a severa, porém não há, ainda, um diagnóstico preciso para a compreensão das causas locais e regionais. As praias do Pina e da Boa Viagem são praias urbanas, apresentando em alguns pontos obras de contenção de reosão marinha. A Prefeitura da Cidade do Recife prevê a construção de um quebra mar submerso, em 2 mil metros de extensão da orla, no trecho compreendido entre o Hotel Boa Viagem e a praia de Piedade. Com o objetivo de caracterizar a variação sedimentológica e morfológica no trecho localizado entre a praia do Pina e o limite da cidade do Recife (Piedade – Jaboatão), verificar o estado erosivo do citado ambiente, bem como observar possíveis mudanças sazonais, foram coletadas 13 amostras de sedimentos superficiais ao longo do arco praial, nos meses de junho de 2002 e dezembro de 2002, e moitorados 05 perfis topográficos, no período agosto de 2002 a setembro de 2003, durante a maré de sizígia. Os perfis encontram-se numerados de 1 a 5, no sentido de norte para sul. A definição de cada ponto a ser monitorado levou em consideração se a praia é aberta, protegida por recife, ou se contém obras de contenção marinha. Os sedimentos coletados ao longo do arco praial foram classificados de areia muito fina à média durante o inverno, e de areia fina à média no verão. Apresentaram uma maior ocorrência de distribuições moderadamente selecionados nas duas estações, sendo de menor representatividade no verão, com menor energia. Quanto à assimetria, foi observada uma maior ocorrência de curvas aproximadamente simétrica nas duas estações, com maior representatividade no inverno, indicando um ambiente de maior energia nesta estação. Apresentam distribuições mesocúrtica em ambas estações, sugerindo-se uma mistura no selecionamento de grãos. Os sedimentos são constituídos por grãos de quartzo e material bioclástico. Os grãos de quartzo variaram de subarredondado, com alta esfericidade, e textura superficial brilhante, indicando um transporte aquático. Quanto ao volume sedimentar em cada perfil monitorado, foi observado a seguinte variação para o período monitorado: O perfil 01 apresentou um balanço sedimentar negativo, na ordem de 29,35m3/m; um balanço positivo para o perfil 02 (+ 9,98m3/m), caracterizando um certo equilíbrio entre a perda e o ganho de sedimentos; o perfil 03 também apresenta um equilíbrio entre a perda e ganho de sedimentos, com um balanço positivo (+ 13,49m3/m); no perfil 04 foi observada uma grande variação em seu volume sedimentar, tendo no final apresentado um balanço negativo (- 15,71m3/m); e o perfil 05 apresentou um certo equilíbrio entre a perda e o ganho de sedimentos, entranto com volume negativo (- 6,3m3/m). Em relação à disposição dos perfis no sentido Norte-Sul, a variação no volume sedimentar apresenta um certo equilíbrio na parte central da área estudada, constatando-se uma maior variação no volume sedimentar em relação aos extremos Norte e Sul da área. O perfil que apresentou a maior variação em seu volume foi o perfil 04, valendo salientar que houve, durante o período monitorado, intervenção da Prefeitura do recife entre os meses de janeiro a março/03 para conter a ação erosiva do mar. 231 145 TÍTULO: A SAÚDE DAS PRAIAS DA BOA VIAGEM E DO PINA, RECIFE (PE), BRASIL. MESTRANDA: Stella Teles de Souza ORIENTADORA: Dra. Monica Ferreira da Costa DATA DA DEFESA: 12/02/2004 SOUZA, Stella Teles de. A Saúde das Praias da Boa Viagem e do Pina, Recife (PE), Brasil. Recife, 2004. 99f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO A zona costeira é um dos ambientes mais complexos da natureza e onde grande parte da população mundial vive, sendo por isso uma região de grande importância econômica. As praias dão feições típicas das zonas costeiras. A saúde de uma praia significa o conjunto das condições ambientais e sócio-econômicas que possui, e que são refletidas nos pelos usuários. Assim, este trabalho tem como objetivo identificar e avaliar parâmetros ambientais e sócio-econômicos que sirvam como indicadores da qualidade das praias e, a partir deles, realizar um diagnóstico que servirá de subsídio a uma gestão das praias da Boa Viagem e do Pina, Recife (PE), Brasil. Realizou-se caminhamen-tos em 2002 e 2003 onde variáveis naturais e antrópicas foram georreferenciadas, qualificadas e quantificadas. Foram obtidas também informações através dos meios de comunicação, uma vez que existe pouca literatura científica sobre a área. As praias de urbanas Recife destacam-se por sua beleza natural e importância econômica e são caracterizadas pela presença de recifes de arenito, que durante a maré baixa formam piscinas naturais que atraem grande quantidade de freqüentadores, tanto moradores quanto turistas. Esta beleza cênica promove a exploração comercial da praia, tanto por barraqueiros (60 quiosques) quanto pela economia informal e pela especulação imobiliária, que é bastante intensa. Boa Viagem e Pina oferecem boa infra-estrutura ao lazer da população oferecendo, entre outras coisas, parques recreativos e equipamentos esportivos aos freqüentadores das praias. As dunas remanescentes estão presentes nos trechos norte e sul da área e estão recobertas por vegetação, principalmente gramíneas e vegetação rasteira. A praia da Boa Viagem é uma Unidade de Conservação Municipal, classificada como Zona de Proteção Ambiental (ZEPA). Ao longo dos 8km de extensão das praias são monitorados, pela Agência Estadual de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (CPRH), 8 pontos no que diz respeito a balneabilidade, sendo que 2 pontos são vulneráveis a poluição fecal. De acordo com as observações, existem trechos distintos com relação a saúde ambiental da área: o trecho norte (até as imediações do posto salva-vidas 8) pode ser considerado saudável, o trecho central (a partir do posto salva-vidas 8 até o 15) é o pior setor, e a partir do posto salva-vidas 15 a praia está num estágio intermediário. 232 146 551.46 (CDD 21ª. ed.) 004/UFPE – CTG – BT-2003 TÍTULO: BIOLOGIA REPRODUTIVA DO PEIXE - REI, Elagatis bipinnulata (QUOY & GAIMARD, 1825), CAPTURADOS NA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA (ZEE) DO NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDA: Patrícia Barros Pinheiro ORIENTADOR: Dr. Fábio Hissa Vieira Hazin DATA DA DEFESA: 19/02/2004 PINHEIRO, Patrícia Barros. Biologia Reprodutiva do Peixe - Rei, Elagatis bipinnulata (Quoy & Gaimard, 1825), Capturados na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Nordeste do Brasil. Recife, 2004. 58f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de PósGraduação em Oceanografia. RESUMO O peixe-rei (Elagatis bipinnulata), pertencente à família Carangidae, uma da mais importantes famílias de peixes tropicais marinhos, possui um elevado valor comercial e esportivo. Apresenta distribuição circumtro-pical em águas marinhas, sendo encontrado, no Oceano Atlântico Oeste, desde o norte de Massachusetts – EUA, até o limite sul da costa nordeste do Brasil. O estudo das características reprodutivas dessa espécie, incluindo a época de reprodução, o tipo de desova, tamanho e idade de primeira maturação sexual, entre outras, é de fundamental impotância para garantir a sustentabilidade de sua explotação. O presente trabalho visa a aportar informações sobre a biologia reprodutiva do peixe-rei capturado nos Arquipélagos de Fernando de Noronha (AFN) e São Pedro e São Paulo (ASPSP). No AFN foram analisados 95 gônadas (62 fêmeas e 33 machos), durante o período de abril a novembro de 2001, enquanto qu no ASPSP foram analisados 352 indivíduos (201 fêmeas e 151 machos) amostrados entre, julho de 1999 e novembro de 2003. Os exemplares amostrados tiveram o seu comprimento zoológico mensurado, sendo, em seguida, eviscerados para a coleta das gônadas. Em laboratório, as mesmas foram medidas, quanto ao seu comprimento, largura e peso, identificando-se macroscopicamente o sexo. Histologicamente foram identificados cinco estádios de maturação sexual distintos para as fêmeas: imaturo, em maturação, maduro, esvaziado e em repouso. No ASPSP, observou-se uma maior freqüência de fêmeas em maturação e madura nos meses de janeiro a maio. No mesmo período foram observados os maiores valores do Índice Gonadal (IG), que variou de 7,65 a 55,00. No AFN, as fêmeas em maturação e maduras ocorreram com maior freqüência nos meses de abril e maio. Os maiores valores de IG também foram observados nesses meses, variando de 5,98 a 30,16. O tamanho de primeira maturação sexual (L50) para as fêmeas no ASPSP, foi estimado em 55,7 cm de CZ. Os poucos dados de fêmeas adultas amostradas em Fernando de Noronha impossibilitaram a análise do L50. Para as duas áreas de estudo, identificou-se um tipo de desova total, sincrônica em dois grupos. Nas análises histológicas dos machos amostrados foram observadas as mesmas características, impossibilitando a diferenciação dos estádios de maturação sexual. Observou-se uma grande dispersão no peso das gônadas dos indivíduos que se encontravam no mesmo intervalo de comprimento zoológico, tornando impossível avaliar o tamanho com o qual os mesmos iniciam suas atividades reprodutivas. Da mesma forma que para as fêmeas, o IG dos machos apresentou os maiores valores no período de janeiro a maio, no ASPSP, e nos meses de abril e maio, no AFN. Os resultados obtidos sugerem que o período de desova da espécie ocorre no primeiro semestre do ano. 233 147 TÍTULO: MODELAGEM MATEMÁTICA DO TRANSPORTE E DISPERSÃO DE UMA PLUMA DE HIDROCARBONETOS NA REGIÃO COSTEIRA DE SUAPE – PE, BRASIL. MESTRANDO: Marcus André Silva ORIENTADOR: Dr. Moacyr Cunha de Araújo Filho DATA DA DEFESA: 27/02/2004 SILVA, Marcus André. Modelagem Matemática do Transporte e Dispersão de Uma Pluma de Hidrocarbonetos na Região CosteiRa de Suape – PE, Brasil. Recife, 2004. 106f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Fugindo dos grandes centros urbanos, cada vez mais portos e refinarias estão sendo construídos em áreas pouco urbanizadas ou em áreas de preservação ambiental, procurando sempre se afastar das grandes cidades. Por outro lado o Poder Público exige uma atenção cada vez maior da população e das empresas na proteção do meio-ambiente. O presente trabalho foi realizado sob apoio do projeto “Modelagem matemática do transporte e dispersão de hidrocarbonetos e de uma pluma térmica em regiões costeiras tropicais do Brasil – uma ferramenta de gerenciamento emergencial e de contingência” (CNPq/CTPetro 461160/00-5). Este estudo foi proposto com o objetivo de desenvolver uma metodologia capaz de analisar quantitativa-mente os efeitos potenciais de derramamento acidental de plumas de poluentes (hidrocarbonetos e seus derivados) em regiões costeiras do Brasil. Para tal utilizou-se como área-piloto a região costeira adjacente da CIPS – Complexo Industrial Portuário de Suape, Pernambuco, Brasil. O modelo matemático de circulação oceânica POM (Princeton Ocean Model) foi utilizado para analisar o fenômeno de dispersão de uma pluma hidrodinamicamente passiva na região costeira do Complexo Industrial Portuário de Suape, Pernambuco, Brasil. Diferentes hipóteses de simulação foram definidas com base na combinação de variantes hidrológicas (estações secas e chuvosa) e astronômicas (marés de sizígia e quadratura). Os resultados numéricos apresentaram-se em concordância com resultados experimentais obtidos in situ. Variáveis termodinâmicas, cinemáticas e medidas de difusividade foram satisfatoriamente reproduzidos numericamen-te. Mapas de Hierarquização de Impactos foram elaborados, a partir da simulação de lançamentos de plumas acidentais em diferentes coordenadas da região costeira adjacente ao CIPS. Estes mapas foram elaborados a partir do Índice de Hierarquização de Impactos – IHI (0 ≤ IHI ≤ 100) que combina a sensibilidade da costa ao contato com o óleo, o tempo de trajeto da pluma entre as coordenadas do lançamento até a sua chegada, e a concentração da pluma quando esta afeta a linha de costa. Os resultados possibilitam identificar sub-regiões da área de estudo potencialmente mais críticas à ocorrência de derrames acidentais. Estas sub-regiões estão situadas ao Sul do píer externo principal do Porto de Suape, para onde foram observados valores IHI superiores a 60, sobretudo para os cenários de verão e sizígia. 234 148 TÍTULO: BIOFACIES DE FORAMINÍFEROS EM COLD/GAS SEEPS DO TALUDE CONTINENTAL DA BACIA DE SANTOS. MESTRANDO: Marcelo Dalalana D’Amico ORIENTADORA: Dra. Cátia Fernandes Barbosa DATA DA DEFESA: 23/03/2004 D’AMICO, Marcelo Dalalana. Biofacies de Foraminíferos em Cold/Gas Seeps do Talude Continental da Bacia de Santos. Recife, 2004. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O presente trabalho descreveu, identificou e quantificou a fauna de foraminíferos de uma depressão geológica do assoalho oceânico que faz parte de um conjunto de depressões, conhecidas mundialmente como cold gas/seeps no talude da margem continental brasileira da Bacia de Santos. Foraminíferos são bons bioindicadores de condições paleoecológicas, dentre outras aplicações, e em cold/gas seeps tais estudos podem ser utilizados na exploração de óleo e gás. O objetivo deste estudo foi a caracterização biofaciológica da fauna de foraminíferos bentônicos e alguns foraminíferos planctônicos de um seep. Durante o cruzeiro do noc. METEOR 46/2, foram recuperados de um seep 2,49m de sedimento através de um testemunhador a gravidade, a uma profundidade de 475 metros da lâmina d’água. O testemunho coletado (GEOB 6201-5), foi secionado transversalmente a cada 5cm. De cada camada, foram retirados 10ml de sedimento para peneiramento, lavagem, secagem, triagem e identificação dos foraminíferos bentônicos. Os resultados mostraram similaridades biofaciológicas com fauna de foraminíferos bentônicos de áreas de seeps no Golfo do México, principalmente relacionadas às espécies de Bulimina mexicana, Bulimina marginata, Trifarina bradyi, Planulina ariminensis. A análise de agrupamento bem como as análises de freqüência de ocorrência mostraram: 1) mudanças na densidade de determinadas espécies ao longo do testemunho, bem como espécies indicadoras evidenciaram mudanças paleoecológicas e paleoclimáticas entre estratos; 2) estabilidade do ambiente bentônico para o seep, revelada pela pequena variação dos dados de quantidade total de foraminíferos bentônicos, bem como a baixa diversidade de espécies ao longo do tempo. 235 149 TÍTULO: PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO DE FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS NA PLATAFORMA EXTERNA E TALUDE SUPERIOR DA BACIA DE CAMPOS, RIO DE JANEIRO. MESTRANDA: Fabiana Silva Vieira ORIENTADORA: Dra. Cátia Fernandes Barbosa DATA DA DEFESA: 24/03/2004 VIEIRA, Fabiana Silva. Padrões de Distribuição de Foraminíferos Bentônicos na Plataforma Externa e Talude Superior da Bacia de Campos, Rio De Janeiro. Recife, 2004.f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO A distribuição das assembléias e abundância de espécies de foraminíferos está condicionada a diversos fatores ecológicos, intimamente relacionados a aspectos físicos, químicos e biológicos. A distribuição dos foraminíferos bentônicos foi analisada para a margem continental brasileira, compreenden-do a plataforma externa e talude superior da Bacia de Campos, Rio de Janeiro. Foram coletadas 48 amostras de sedimento para análise quantitativa de foraminíferos bentônicos, distribuição do tamanho dos grãos sedimentares e conteúdo de carbono de cálcio. Os dados consistem de 17 amostras da superfície de fundo, coletadas com amostrador do tipo Van Veen e 6 sucessões sedimentares coletadas a partir de box cores com 31 amostras no total. No Brasil, estudos de foraminíferos apresentaram caráter mais local do que regional havendo necessidade de estudos sobre distribuição desses organismos, de modo a contribuir para o entendimento de eventos bioestratigráficos, paleoceanográficos e oceanográficos. O objetivo principal deste trabalho consistiu em: 1) determinar e comparar a distribuição horizontal e vertical dos foraminíferos bentônicos da porção analisada da plataforma e talude da Bacia de Campos; e 2) avaliar a possível relação entre as assembléias de foraminíferos, profundidade e variáveis sedimentares. Cerca de 28 espécies foram consideradas na análise. As espécies Bolivina ordinaria, Ehrenbergina spinea, Pullenia quinqueloba, Brizalina subspathulata, Cassidulina narcrossi, Bolivina striatula foram as únicas espécies que apresentaram algum padrão de distribuição horizontal, estando concentradas abaixo de 200m de profundidade. Os padrões de distribuição vertical foram variáveis em todas as amostras, com exceção para a espécie Bulimina marginata (infaunal profundo) nenhuma espécie apresentou preferência por um micro-habitat, sendo predominantemente infaunais. Os padrões de distribuição dos foraminíferos na superfície de fundo e na sucessão sedimentar apresentaram-se bastante variáveis em conseqüência da habilidade de adaptação dos organismos em resposta às condições locais e/ou ausência de gradientes ambientais no segmento. Portanto, as características sedimentares indicaram uma significativa influência sobre a distribuição dos foraminíferos na área de estudo. 236 150 TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E SAZONAL DA COMPOSIÇÃO E BIOMASSA FITOPLANCTÔNICA CORRELACIONADAS COM A HIDROLOGIA DO ESTUÁRIO DO RIO TIMBÓ (PAULISTA – PE). MESTRANDA: Christiana Kelly da Silva Grego ORIENTADOR: Dr. Fernando Antônio do Nascimento Feitosa DATA DA DEFESA: 15/04/2004 GREGO, Christiana Kelly da Silva. Distribuição Espacial e Sazonal da Composição e Biomassa Fitoplanctônica Correlacionadas com a Hidrologia do Estuário do Rio Timbó (Paulista – PE). Recife, 2004. 117f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O presente trabalho foi realizado no estuário do rio timbó cuja bacia hidrográfica banha os municípios de Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, (7o 30’ e 8o 05’ s lat. – 34o 45’ 35o 10’ w long.), no litoral norte do Estado de Pernambuco. Trata-se de uma área onde há uma intensa atividade pesqueira e que vem sofrendo uma forte pressão antrópica por intermédio de lançamentos de efluentes domésticos e industriais e inclusive pela atividade turística. Com o intuito de caracterizar o ambiente em função da comunidade fitoplanctônica e da hidrologia é que se desenvolveu este trabalho, tendose o cuidado de comparar os dados atuais com os pretéritos. As coletas foram realizadas em três estações fixas, durante o período de estiagem (out, nov, dez/02) e chuvoso (maio, jun, jul/03). Dentre os parâmetros hidrológicos foram coletados in situ profundidade local, transparência e temperatura da água, juntamente com amostras d’água, coletadas com garrafas de Nansen para análise dos parâmetros hidrológicos (salinidade, pH, oxigênio dissolvido, material em suspensão e sais nutrientes) e biológicos (biomassa algal). O fitoplâncton de rede foi obtido através de arrastos superficiais horizontais com rede de plâncton de 64µm por 3 minutos. De acordo com os resultados verificou-se que a maioria dos parâmetros mostrou variação sazonal. A transparência d’água registrou maiores camadas fóticas no período de estiagem, variando de 0,30 a 2,60m; o oxigênio apresentou valores variando de zona semi-poluída a supersaturada (26,26 a 152,68%); o pH manteve-se sempre alcalino; o regime salino variou de mesoalino a eualino e juntamente com a temperatura permitiu classificar o estuário como bem misturado. As concentrações dos nutrientes apresentaram-se mais elevadas no período chuvoso e durante a baixa-mar, destacando-se o fosfato cujos teores variaram entre 0,23 e 10,99µmol.l-1; o material em suspensão não apresentou um padrão sazonal definido e a biomassa algal caracterizou a área como eutrófica alcançando um valor máximo de 160,39mg.m-3. Na comunidade fitoplanctônica foram identificados 146 táxons genéricos e infragenéricos, destacando-se o grupo das diatomáceas com 68,71% da composição e as espécies Coscinodiscus centralis, Gyrosigma balticum, Chaetoceros teres, Surirella febigerii e Ihalassiosira sp2, em freqüência e/ou abundância, destacando-se ainda o grupo de algas de água doce (Cianofíceas, Euglenofíceas e Clorofíceas) contribuindo na riqueza taxonômica. Evidenciou-se ainda a ocorrência das espécies Pleurosigma exsul, Oscillatoria sancta, Euglena deses, Protoperidinium divaricatum, Gymnodinium caudatum e Hyalotheca mucosa até então não registradas para o Estado de Pernambuco. Os índices de diversidade específica variaram de muito baixa a alta, em função a dominância de Thalassiosira sp2 e abundância de Protoperidinium divaricatum. Em análise comparativa com os dados pretéritos observou-se mudanças significativas em certos parâmetros ambientais, tais como, saturação do oxigênio, sais nutrientes, teor de clorofila a e a presença de espécies bioindicadoras de área poluída, ficando visualizada a forte ação antrópica que o ambiente vem sofrendo. 237 151 TÍTULO: INFLUÊNCIA HIDROLÓGICA E GRAU DE POLUIÇÃO DOS RIOS PIRAPAMA E JABOATÃO NO ESTUÁRIO DA BARRA DAS JANGADAS (PE – BRASIL): CICLO NICTEMERAL. MESTRANDO: Carlos Esteban Delgado Noriega ORIENTADORA: Dra. Kátia Muniz Pereira da Costa CO-ORIENTADOR: Dr. Moacyr Cunha de Araújo Filho DATA DA DEFESA: 13/08/2004 DELGADO NORIEGA, Carlos Esteban. Influência hidrológica e grau de poluição dos rios Pirapama e Jaboatão no estuário da Barra das Jangadas (PE – Brasil): ciclo nictemeral. Recife, 2004. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O sistema tropical estuarino de Barra das Jangadas (8o 14’ S e 34o 55’ W) representa um importante corpo d’água da Região Metropolitana do Recife que vem sofrendo um forte pressão do desenvolvimen-to urbano e industrial. O objetivo do presente trabalho foi determinar a influência dos rios Jaboatão e Pirapama no estuário de Barra das Jangadas em relação aos parâmetros físicos e químicos, importação e exportação de nutrientes e grau de poluição, detectados em ciclos nictemerais nas duas estações do ano, desde uma maré de sizígia a uma de quadratura. Foram analisados parâmetros climatológicos (pluviometria, evaporação, intensidade e direção dos ventos), hidrológicos (transparência da água, coeficiente de extinção da luz, temperatura, salinidade, pH, oxigênio dissolvido e sua taxa de saturação, demanda bioquímica de oxigênio, sais nutrientes (NH4+, NO2-, NO3-, PO4-3, SiO2)) e físicos (batimetria, intensidade e direção das correntes). Para a análise hidrológica, amostras foram coletadas em uma estação fixa (confluência dos dois rios) durante sete dias (de 3 em 3 horas) no período de janeiro/2001 e julho/2001. Para determinação do fluxo dos nutrientes foram coletadas amostras (de 3 em 3 horas) em uma seção transversal (3 estações) na confluência dos rios durante 24 horas (julho/2003). Foi realizada uma Análise dos Componentes Principais (ACP), que explicou aproximada-mente 70% da variança total quando foram utilizados todos os parâmetros abióticos (nas duas estações do ano e com os estágios de baixa e preamar), mostrando um contraste entre o oxigênio dissolvido e sua taxa de saturação, salinidade, pH e temperatura, com os sais nutrientes. Esta análise indicou principalmente a correlação entre o estágio de baixa-mar e nutrientes, indicativo de poluição de origem doméstica e industrial. De acordo com os resultados hidrológicos a temperatura da água variou pouco sazonalmente (28,18 – verão a 26,36 – inverno), com maiores concentrações de sal no verão e sem apresentar estratificação vertical. Valores de oxigênio dissolvido indicam teores acima mais elevados durante o verão, e menores durante o inverno, sendo classificado tanto como zona supersaturada quanto poluída, respectivamente. A demanda bioquímica de oxigênio apresentou teores baixos durante os dois períodos; o pH manteve-se sempre alcalino, excetuando uma leve diminuição durante o estágio de baixa-mar durante o inverno; os nutrientes inorgânicos dissolvidos apresentaram uma marcada sazonalidade principalmente, NH4, NO2, PO4 e SiO2, com maiores teores durante o inverno no estágio baixa-mar relacionado à maior influência limnética do período. A relação N:P média variou de 25:1 durante o verão a 8,5:1 durante o inverno. O ACQUA M, calculado evidenciou uma qualidade da água não aceitável para os estágios de baixa-mar no inverno. As concentrações dos nutrientes para o ano de 2003 mostraram um incremento principal-mente da amônia, evidenciando um aumento de concentração de 100% em comparação a estudos realizados a dois anos atrás. Esta diferença pode ser atribuída ao aumento da densidade populacional e industrial na zona ribeirinha dos rios, bem como ao crescimento da vazão continental entre os dois períodos. O estuário caracterizou-se como um exportador de nutrientes e importador de sal durante o período estudado (24 horas), com velocidade absolutas médias de 0,38m.s-1 e fluxos altos principalmente de silicato (1653,11kg.d-1), e sal (3198,13kg.S-1). O sistema se comportou como um estuário bem misturado do tipo 1, de acordo com a classificação de Hansen & Rattray (1966). 238 152 TÍTULO: ECOLOGIA DO FITOPLÂNCTON DE UM AMBIENTE TROPICAL SUPERSALINO (RIO PISA SAL, GALINHOS, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL). MESTRANDA: Marilene Felipe Santiago ORIENTADOR: Dr. José Zanon de Oliveira Passavante CO-ORIENTADORA: Dra. Maria da Glória Gonçalves da Silva Cunha DATA DA DEFESA: 27/08/2004 SANTIAGO, Marilene Felipe. Ecologia do fitoplâncton de um ambiente tropical supersalino (Rio Pisa Sal, Galinhos, Rio Grande do Norte, Brasil). Recife, 2004. 136f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Os ambientes localizados ao norte do Estado do Rio Grande do Norte vêm sendo alvos da intervenção antrópica (explorações petrolíferas, salineiras, expansão da carcinicultura etc). Dentre estes ambientes se destaca o estuário do rio Pisa Sal, localizado no ecocomplexo de Galinhos-Guamaré, que é fonte de abastecimento e drenagem da fazenda de carcinicultura Camarus. Para identificar melhor a influência de tais atividades, foi executada a presente pesquisa, usando a da composição e biomassa fitoplanctônica relacionada com parâmetros abióticos como indicador da qualidade ambiental. As amostragens foram feitas em três estações fixas do referido estuário, nos períodos de estiagem (set., nov.02, jan., maio e jul.03) e chuvoso (mar./03), durante as baixa-mares e preamares diurnas de um mesmo dia, na maré de sizígia. Para isto, foram analisados parâmetros hidrológicos (altura da maré, profundidade local, transparência da água, salinidade, pH e oxigênio dissolvido) e parâmetros biológicos (clorofila α e microfitoplâncton). O microfitoplâncton coletado com rede de plâncton com abertura de malha de 38 micrometros. O fitoplâncton esteve constituído 210 táxons, tendo predomínio das Diatomáceas, seguida dos Dinoflagelados, Cianofíceas, Clorofíceas e Euglenofícias. A composição florística foi composta por espécies dulciaqüicolas devido à influência de outros rios do ecocomplexo. As espécies Thalassiosira subtilis, Thalassionema nitzschioides, Asterionellopsis glacialis e Chaetoceros danicus foram dominantes e abundantes. A diversidade específica e eqüitabilidade foram comparativamente altas entre as estações, revelando que os táxons estão bem distribuídos, e está relacionada aos parâmetros climatológicos. O plano fatorial da ACP associou entre si a clorofila α, o oxigênio dissolvido na água, a taxa de saturação do oxigênio, a temperatura da água e do ar, o número total dos táxons, Asterionellopsis glacialis, Chaetoceros danicus, Pleuro-Gyrosigma sp., Rhizosolenia setigera, Thalassionema frauenfeldii e Thalassionema nitzschioides. Os resultados analisados refletem, deste modo, que o estuário do rio Pisa Sal é hipersalino, comprovando o domínio marinho, e apesar dos altos valores saturados de oxigênio dissolvido, é um ambiente eutrófico, sofrendo uma hipereutrofização durante o período chuvoso, demonstrando que está altamente comprometido. Palavras Chave: Estuário do Rio Pisa Sal, hipersalino, fitoplâncton, taxonomia, biomassa, eutrófico. 239 153 TÍTULO: IDADE, CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DA ESPÉCIE Stegastes rocasensis (EMERY, 1972), NO ATOL DAS ROCAS E Stegastes sanctipauli (LUBBOCK E EDWARDS, 1981) NO ARQUIPÉLAGO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO. MESTRANDA: Fabiana Bicudo Cesar ORIENTADORA: Dra. Beatrice Padovani Ferreira DATA DA DEFESA: 30/08/2004 CÉSAR, Fabiana Bicudo. Idade, crescimento e distribuição da espécie Stegastes rocasensis (Emery, 1972), no Atol das Rocas e Stegastes sanctipauli (Lubbock e Edwards, 1981) no Arquipélago de São Pedro e Pão Paulo. Recife, 2004. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Apesar da reconhecida importância do ambiente recifal é consenso entre os cientistas de todo o mundo que estes ecossistemas estão em declínio. Uma parte vital do ecossistema recifal é constituída pela ictiofauna. Estima-se que de 30 a 40% dos peixes marinhos podem ser encontrados nos ambientes recifais. Os pomacentrídeos ocu-pam lugar importante devido a grande abundância apresentada em número e espécies e por possuírem hábitos altamente especializa-dos. Neste trabalho foram analisadas as espécies Stegastes rocasensis, que possui maior área de distribuição, ocorrendo no Atol das Rocas e no Arquipélago de Fernando de Noronha e Stegastes sanctipauli, que só ocorre na Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Os objetivos específicos consistiram na construção da curva de idade e crescimento, determinação da longevidade das espécies, caracterização do tamanho da população através de medidas de densidade e freqüência de tamanho, além da relação entre as espécies estudadas com o substrato local. Quando comparamos os dados de densidade com a caracterização do substrato deste estudo concluímos que a estrutura populacional destas espécies é fortemente influenciada tanto pela composição estrutural do ambiente como pela diversidade de cobertura. Estas duas variáveis combinadas poderiam ter capacidade de limitar o tamanho da população para estas espécies que possuem hábitos diretamente associados ao substrato. Para S. rocasensis a idade mínima observada variou entre 0 – 1 ano e a máxima variou entre 8 – 13 anos. Para S. sanctipauli a idade mínima observada variou entre 0 – 2 anos e a máxima variou entre 9 – 15 anos. Apesar das espécies estudadas não ocorrerem em ambientes impactado com depleção de predadores, estas demonstraram alta longevidade, o que pode influenciar positivamente sua estabilidade e perpetuação mesmo sendo populações de áreas restritas. Assim poderíamos explicar a capacidade de peixes recifais endêmicos que mantêm suas populações com espécies muito abundantes e dominantes mesmo quando ocorrem em áreas restritas, como e ilhas oceânicas, ambientes fragmentados e áreas de proteção de pequeno tamanho. 240 154 TÍTULO: CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NOS SEDIMENTOS DO ESTUÁRIO DO RIO CAPIBARIBE, REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE, PERNAMBUCO – BRASIL. MESTRANDA: Hélida Karla Philippini da Silva ORIENTADOR: Dr. Sílvio José de Macêdo CO-ORIENTADORA: Dra. Fátima Maria Miranda Brayner DATA DA DEFESA: 31/08/2004 SILVA, Hélida Karla Philippini da. Concentrações de metais pesados nos sedimentos do estuário do rio Capibaribe, região metropolitana do Recife, Pernambuco – Brasil. Recife, 2004. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Como todas as cidades localizadas ao longo das costa brasileira, a cidade do Recife tem seu processo de urbanização determinado pela presença dos rios, em particular o Capibaribe, com uma área estuarina de aproximadamente 15km e está totalmente inserido na área urbana na cidade do Recife – Pernambuco, Brasil. A ocupação e a expansão urbanas da planície do Recife vêm ocorrendo através de aterros, principalmente das áreas alagadas, que eram os espaços naturais das águas. Este trabalho teve como objetivo determinar as concentrações totais de metais pesados no sedimento e no material sedimentável em um período de 24 horas ao longo do estuário, nas estações chuvosas e seca; avaliar a existência de correlação entre os metais no sedimento depositado e no material sedimentado nas 24 horas; determinar as principais áreas impactadas do estuário, em função de indicadores químicos, fornecendo subsídios para criação de um banco de dados, a fim de prover informações técnicas, para futuros estudos e intervenções a serem realizadas na área. As estações de coleta foram posicionadas com o uso de um GPS (Global Position System) e distribuídas em 06 pontos fixos nas margens direita e esquerda da área estuarina, enumerados de 01-07, durante os períodos chuvoso/2002 e seco/2003. As amostras superficiais de sedimentos foram coletadas, em uma prifundidade compreendida entre 0-10cm, sempre na baixa-mar. Para a coleta do material sedimentável em 24 horas foram utillizadas 14 armadilhas (duas em cada estação), cheias com água deonizada, onde a extremidade inferior foi mantida fechada e colocadas na posição vertical por 24 horas. Quando transcorridas 24 horas, as amostras foram recolhidas (na baixa-mar) e com auxílio de funil, o material sedimentado foi transferido para recipientes de 02 litros de polietileno e levadas para posterior filtração em laboratório. Os parâmetros oxigênio dissolvido, pH, salinidade, temperatura, transparência da água e taxa de saturação de oxigênio foram determinados segundo métodos reconhecidos internacionalmente. A abertura dos metais dói determinada por fusão alcalina com metaborato de lítio, utilizando-se cadinho de platina. Todas as amostras foram secas em estufa a 105oC por 24 horas, pesadas até peso constante e calcinadas a 550oC. Foi tomado 0,2500g da amostra e 1,2500g de metaborato de lítio, realizando-se a fusão em mufla a 950oC por 30 minutos. Após resfriamento até temperatura ambiente, o material vitrificado foi dissolvido com 50ml de ácido clorídrico (1 + 5), transferido para balão volumétrico de 250ml e o volume completado com água extra-pura. Para determinação dos metais Cádmio (Cd), Cobalto (CO), Cobre (Cu), Chumbo (Pb), Cromo (Cr), Ferro (Fe), Níquel (Ni), Manganês (Mn) e Zinco (Zn) foi utillizado o Espectrômetro de Emissão Atômica com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-AES). Os resultados obtidos indicaram que a água da região estuarina do rio Capibaribe está com a qualidade comprometida, quanto aos valores encontrados de oxigênio dissolvido. Os teores de cádmio, cobre, cromo, ferro, zinco e manganês nos sedimentos e armadilhas apresentaram níveis de concentração muito acima dos valores obtidos de “background”, indicando uma elevada contaminação da área de estudo, onde a estação 06, próxima à foz do estuário, foi a mais impactada durante todo o período estudado. O chumbo, cobalto e níquel não foram detectados durante o presente estudo, visto que as concentrações estiveram abaixo do limite de detecção e quantificação do método. 241 155 TÍTULO: VARIAÇÃO SAZONAL DA DENSIDADEE BIOMASSA DAS ESPÉCIES PERTENCENTES À FAMÍLIA ARIIDAE NO EIXO LESTE-OESTE DO COMPLEXO ESTUARINO DA BAÍA DE PARANAGUÁ (PARANÁ, BRASIL). MESTRANDA: Camila de Santana Melo ORIENTADOR: Dr. Mário Barletta DATA DA DEFESA: 20 de janeiro de 2005. MELO, Camila de Santana. Variação Sazonal da Densidadee Biomassa das Espécies Pertencentes à Família Ariidae no Eixo Leste-Oeste do Complexo Estuarino da Baía de Paranaguá (Paraná, Brasil). Recife, 2005. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos realizados em estuários de regiões tropicais e subtropicais têm mostrado a importância desses ecossistemas para os peixes pertencentes à Família Ariidae. No estuário de Paranaguá, esta família é uma das mais abundantes, tanto em número de indivíduos quanto em peso. O presente estudo teve como objetivo principal estudar a variação espacial e temporal da densidade e biomassa dos peixes pertencentes à Família Ariidae no Estuário de Paranaguá. As amostragens foram realizadas mensalmente, entre junho/2000 e julho/2001, em três regiões do estuário (superior, intermediária e inferior). Os arrastos foram realizados com rede de arrasto com portas. Em cada área amostral foram realizadas seis réplicas. A análise de agrupamento dos dados abióticos (temperatura e salinidade) definiu dois grupos principais. O primeiro grupo compreendeu as amostras coletadas no estuário superior, e o segundo grupo foi formado pelas amostras dos estuários intermmediário e inferior. As espécies da Família Ariidae contribuíram com uma densidade total de 766ind.ha-1 (51%) e uma biomassa total de 26kg.ha-1 (76%). Essa família foi representada pelas espécies Cathorops spixii, Genidens genidens, Aspistor luniscutis, G. barbus e Arius parkeri. C. spixii foi a espécie mais freqüente nesse ecossistema, com 49% de freqüência de ocorrência dentre todas as espécies encontradas, contribuindo com uma densidade total de 686 ind.ha-1 (45%) e uma biomassa total de 20kg.ha-1 (60%). A biomassa de C.spixii variou significativamente, tanto entre regiões do estuário (p<0,01) quanto entre estações do ano (p<0,05), com os maiores valores no estuário médio, no início da estação chuvosa. A densidade de C. spixii apresentou diferenças significativas entre regiões do estuário (p<0,05), com maiores valores no estuário médio. A densidade de G. genidens (p<0,05) e a biomassa de A. luniscutis (p<0,01) também apresentaram diferenças significativas em relação às grandes regiões do estuário, com maiores valores no estuário superior. A área do estuário foi o fator mais importante para a distribuição das espécies C. spixii, G. genidens e A. luniscutis no Estuário de Paranaguá. A grande abundância dos peixes da Família Ariidae vem demonstrar a importância desse ecossistema no ciclo de vida desses peixes, utilizando-o como área de reprodução, desova, desenvolvendo e recrutamento. 242 156 TÍTULO: INFLUÊNCIA DO TURISMO SOBRE A ICTIOFAUNA RECIFAL DAS GALÉS DE MARAGOGI (AL) E PARRACHOS DE MARACAJAÚ (RN). MESTRANDA: Caroline Vieira Feitosa ORIENTADORA: Dra. Maria Elisabeth de Araújo CO-ORIENTADORA: Dra. Beatrice Padovani Ferreira DATA DA DEFESA: 01 de fevereiro de 2005. FEITOSA, Caroline Vieira. Influência do Turismo Sobre a Ictiofauna Recifal das Galés se Maragogi (AL) e Parrachos de Maracajaú (RN). Recife, 2005. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O turismo pode ser considerado como fenômeno sócio-econômico mais marcante do século 21. Enquanto essa atividade fornece consideráveis benefícios econômicos para vários países, regiões e comunidades, sua rápida expansão muitas vezes pode ser responsável por impactos ambientais adversos. O intuito desta pesquisa foi analisar a influência do turismo sobre a comunidade de peixes dos Parrachos de Maracajaú e Galés de Maragogi. A metodologia empregada foi a de censo visual por transecto de faixa e estacionário. Foram delimitadas áreas controle (ausência de turistas) e áreas tratamento (presença de turistas) dentro dos locais de estudo. O censo estacionário foi realizado em Maracajaú nos períodos antes, durante e depois da alimentação ofertada pelos turistas. Esta metodologia foi empregada apenas nesta localidade, pois, esta atividade ocorre em local restrito (flutuantes) e em um horário determinado, sendo de fácil amostragem. Foram registradas para os Parrachos de Maracajaú 67 espécies, pertencentes a 40 gêneros e 20 famílias e, em Maragogi, foram listadas 51 espécies, pertencentes a 36 gêneros e 22 famílias. Para Maracajaú, não foi observada diferença significativa na abundância e diversidade entre as áreas controle e tratamento. Em Maragogi, a abundância das espécies entre as áreas controle e tratamento foi significativamente alterada. Nesta localidade, a ictiofauna na área tratamento é influenciada por cardumes de Abudefduf saxatilis, que são atraídos pela ração ofertada aleatoriamente pelos turistas. Na análise da influência da alimentação em Maracajaú, foram observadas diferenças significativas na abundância e diversidade nos diferentes períodos (antes, durante e depois da alimentação). Nesta área, peixes, lula e camarões são ofertados pelos turistas. Muitos estudos têm demonstrado que a abundância e a diversidade dos peixes são maiores em áreas não impactadas, pois estes fatores estão diretamente associados à melhor qualidade e maior variabillidade de habitats. Os resultados sugerem a abundância das espécies em Maragogi e a diversidade e abundância em Maracajaú são alteradas pelo modo de intervenção do turismo, o tipo de alimento e a forma na qual este é ofertado. 243 157 TÍTULO: ECOLOGIA POPULACIONAL DE Gracilaria birdiae (GRACILARIALES, RHODOPHYTA) NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BARRA DO RIO MAMANGUAPE, PARAÍBA – BRASIL. MESTRANDA: Patrícia Guimarães Araújo ORIENTADORA: Dra. Mutue Toyota Fujii DATA DA DEFESA: 01 de fevereiro de 2005. ARAÚJO, Patrícia Guimarães. Ecologia Populacional de Gracilaria birdiae (Gracilariales, Rhodophyta) na Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape, Paraíba – Brasil. Recife, 2005. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O projeto “Ecologia populacional de Gracilaria birdiae (Gracilariales, Rhodophyta) da Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape, Paraíba – Brasil” trata de estudos que permitem um melhor conhecimento da estrutura e dinâmica da população de Gracilaria birdiae Plastino & Oliveira, que cresce nos recifes costeiros do litoral norte da Paraíba, a fim de subsidiar projetos de manejo e conservação do ambiente recifal e a manutenção da população de algas. A Barra do Rio Mamanguape é uma das regiões naturais mais importantes do nordeste brasileiro e uma das áreas de maior concentração de peixe-boi marinho (Trichechus manatus Linnaeus 1758) da costa brasileira, sirênio ameaçado de extinção, que se alimenta de algas marinhas, dentre outros vegetais. O Projeto Peixe-Boi Marinho, com sede na Área de Proteção Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape, desenvolve atividades para proteger estes sirênios. Para atender à alimentação dos animais em cativeiro, coleta-se 70kg de algas a cada dois dias, sendo 50% deste total de G. birdiae. Os objetivos deste trabalho foram descrever a flutuação espaço-temporal da biomassa e cobertura, caracterizar o padrão reprodutivo, fazer um levantamento qualitativo das epífitas e avaliar a capacidade regenerativa da população de Gracilaria birdiae que crescem nos recifes costeiros APA da Barra do Rio Mamanguape, contribuindo para a conservação da comunidade de algas e do ambiente do ecossisitema costeiro, ajudando na proteção dos animais que dependem das algas para a sua alimentação. O trabalho está sendo apresentado em dois capítulos: Capítulo 1 – avaliação da flutuação especotemporal da biomassa, cobertura, padrão reprodutivo e conhecimento das epífitas da população de G. birdiae e Capítulo 2 – avaliação da capacidade regenerativa da população de G. birdiae e, ao final, algumas recomendações de manejo. 244 158 TÍTULO: VARIAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DA COMUNIDADE MICROFITOPLANCTÔNICA EM ECOSSISTEMAS COSTEIROS LOCALIZADOS NO LITORAL SUL DE PERNAMBUCO, NORDESTE DO BRASIL. MESTRANDA: Michelle Rosevel da Silva ORIENTADORA: Dra. Maria da Glória Gonçalves da Silva Cunha CO-ORIENTADOR: Dr. Fernando Antônio do Nascimento Feitosa DATA DA DEFESA: 18 de fevereiro de 2005. SILVA, Michelle Rosevel da, Variação Espacial e Temporal da Comunidade Microfitoplanctônica em Ecossistemas Costeiros Localizados no Litoral Sul de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Recife, 2005. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O ambiente marinho costeiro apresenta uma forte interação entre oceano-continente-atmosfera e por isso é considerado extremamente complexo do ponto de vista biológico, devido às influências de diversos sistemas, permintindo caracterizá-lo como tendo um dos mais férteis e dinâmicos da hidrosfera. O complexo estuarino (rios Ilhetas e Mamucaba) e a Baía de Tamandaré estão localizados no município de Tamandaré a 110km ao sul de Recife (Pernambuco – Nordeste do Brasil), encontrando-se inseridos na APA do Corais. Esses ecossistemas foram investigados com o objetivo de inventariar a comunidade microfitoplanctônica, avaliando a dinâmica espaço-temporal e as principais variáveis ambientais que interferem na sua composição. Coletas do fitoplâncton e parâmetros hidrológicos foram realizadas de fevereiro/98 a janeiro/99 em 4 estações fixas, abrangendo dois ciclos de marés (baixa-mar e preamar) em diferentes períodos sazonais (estiagem e chuvoso). Foram aferidos in situ dados sobre as variáveis abióticas: profundidade local, temperatura e transparência da água e, concomitantemente, coletadas amostras de água com garrafa do tipo Nansen para análise dos demais descritores. As amostras do fitoplâncton foram coletadas através de um arrasto superficial horizontal com duração de 3 minutos, utilizando uma rede de plâncton (64µm de abertura de malha) e, posteriormente, fixadas com formol neutralizado a 4%. A temperatura, salinidadeda água, fosfato e silicato tiveram seus maiores valores no período de estiagem. O pH, oxigênio dissolvido, saturação e DBO não mostraram grandes variações sazonais. Enquanto os teores mais elevados de nitrito, nitrato e material em suspensão foram registrados no período chuvoso. Em relação às marés, os valores mais elevados nas baixa-mares foram de temperatura da água, DBO, silicato e material em suspensão. Nas preamares, salinidade da água, oxigênio dissolvido e nitrato. Foram inventariados 203 táxons, distribuídos entre as diatomáceas, dinoflagelados, cianofíceas, clorofíceas eeuglenofíceas, seqüenciados em ordem de riqueza taxonômica e abundância, destacando-se como dominante e/ou muito freqüente as espécies Aulacodiscus kittoni Arnott, Cerataulus turgidus Ehrenberg, Chaetoceros lorenzianus Grunow, Coscinodiscus centralis Ehrenberg sp. e Synechococcus elongatus (Nägeli) Nägeli. A riqueza e densidade microfitoplanctônica foram mais elevadas no período de estiagem quando ocorreu maior incidência de radiação solar e transparência da coluna de água. A diversidade específica foi considerada alta o que demonstra uma distribuição homogênea das populações e uma heterogeneidade fortemente influenciada pelos gradientes físicos e químicos decorrentes dos fluxos limnético e marinho. A presença de espécies marinhas eurialinas (83%) foi bastante significativa, atingindo percentuais muito acima daquelas consideradas verdadeiramente estuarinas (7%) e oligoalinas (10%). Na análise dos componentes principais (ACP) foi possível constatar que alguns fatores como precipitação pluviométrica, o ciclo das marés e a salinidade contribuíram para a complexidade ambiental da área em questão, sendo os principais condicionantes tanto dos parâmetros hidrológicos como da distribuição da composição microfitoplanctônica. Os dados obtidos das variáveis ambientais indicadoras da qualidade ambiental (oxigênio dissolvido e DBO) e da flora planctônica permitiram classificar os ecossistemas costeiros estudados como isentos de estresse ambiental, demonstrando que os mesmos encontram-se bastante conservados, com um alto grau de complexidade. 245 159 TÍTULO: MAPEAMANETO SONOGRÁFICO DA PLATAFORMA CONTINENTAL ADJACENTE AO MUNICÍPIO DE TAMANDARÉ, PERNAMBUCO, BRASIL. MESTRANDO: João Marcello Ribeiro de Camargo. ORIENTADORA: Tereza Cristina Medeiros de Araújo. CO-ORIENTADOR: Mauro Maida. DATA DA DEFESA: 24 de fevereiro de 2005. CAMARGO, João Marcello Ribeiro de. Mapeamaneto Sonográfico da Plataforma Continental Adjacente ao Município de Tamandaré, Pernambuco, Brasil. Recife, 2005. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O objetivo deste estudo foi reconhecer as atuais características fisiográficas e sedimentológicas da plataforma continental adjacente ao município de Tamandaré-PE, localizado na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, através de um mapeamento sonográfico. Foram realizados 20 perfis batimétricos e sonográficos, utilizando-se um sonar de varredura lateral Sea Scan® PC e uma ecossonda Garmin GPSmap 185 Sounder. Estes perfis estavam situados a cada 500m e se estenderam entre as profundidades de 15 a 25m. 26 amostras de sedimento foram coletadas e submetidas a análises de granulometria e teores de carbonato de cálcio. As imagens acústicas digitais geradas pelo sonar de varredura lateral foram georreferenciadas através de reamostragem e os padrões de eco e textura, bem como os resultados das análises sedimentológicas permitiram identificar e localizar três fundos distintos. A fisiografia submarina da área foi caracterizada por relevos positivos (recifes submersos) e negativos (paleocanal), intercalados por superfícies com declive mais suave. Substratos consolidados indicam que, durante flutuações do nível do mar, provavelmente a linha da costa já esteve a aproximadamente 16, 20 e 22m abaixo do nível atual. Os fundos (habitats bentônicos) foram classificados como: rochosos, lamosos e arenosos. Este último habitat foi predominante na área amostrada, sendo composto preferencialmente por areias carbonáticas grossas a muito grossas. Os fundos lamosos apresentaram uma distribuição mais restrita, localizados entre as linhas de arenitos de praia observados a 16 e 20m de profundidade e principalmente junto a uma suave depressão a leste da Baía de Tamandaré. Os ambientes rochosos, representados por tacis e cabeços, ocorreram nas faixas de profundidade de 16, 20 e 22m. A localização destes habitats é uma contribuição para os programas nacional e global de monitoramento de recifes de coral. Além disso, no caso de fundos lamosos explorados pela pesca do camarão, sua localização é relevante para o levantamento de estoque pesqueiro. 246 160 TÍTULO: HIDROMEDUSAS (CNIDARIA, HYDROZOA) DAS PROVÍNCIAS NERÍTICA E OCEÂNICA DA PARAÍBA, RIO GRANDE DO NORTE E CEARÁ, BRASIL. MESTRANDA: Elaine de Melo Silva ORIENTADORA: Dra. Sigrid Neumann Leitão CO-ORIENTADORA: Dra. Lúcia Maria de Oliveira Gusmão DATA DA DEFESA: 24 de fevereiro de 2005. SILVA, Elaine de Melo. Hidromedusas (Cnidaria, Hydrozoa) das Províncias Nerítica e Oceânica da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, Brasil. Recife, 2005. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O presente estudo teve por objetivo a identificação das espécies de hidromedusas, como estão distribuídas espacialmente e sob quais condições ambientais ocorrem nas províncias nerítica e oceânica da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, Brasil. Foram analisadas 32 amostras coletadas em estações demarcadas em perfis perpendiculares à costa. As amostras foram obtidas através do navio de pesquisa “Victor Hensen”, como parte do projeto bilateral (Brasil-Alemanha) JOPS-II no período de 04/03/1995 a 11/03/1995. Para as coletas do zooplâncton foi utilizada rede do tipo Bongo, com malha filtrante de abertura de 300 µm e diâmetro de boca de rede de 60cm. Os arrastos foram duplos oblíquos e o volume de água filtrado foi determinado através de fluxômetro. As amostras foram fixadas com formol a 4%. Foi feita triagem total das hidromedusas para posterior contagem e identificação, com auxílio de estereomicroscópio. Foram identificadas 20 espécies de hidromedusas, dentre as quais destacaram-se Liriope tetraphylla e Aglaura hemistoma, duas das mais freqüentes e abundantes medusas. A maioria das espécies identificadas é indicadora de águas de plataforma ou tropical. A distribuição de algumas espécies sugere a influência da água de plataforma na província oceânica e vice-versa. O maior valor médio de densidade foi registrado na província nerítica, enquanto a maior diversidade correspondeu à província oceânica. A biomassa zooplanctônica ocorreu, em geral, de acordo com o padrão, diminuindo da costa em direção ao oceano. A análise de agrupamento evidenciou uma separação das estações de acordo com a província oceânica (profundidade). A densidade média de hidromedusas foi maior na Paraíba e decresceu em direção ao Ceará, onde foi registrado maior número de espécies. 247 161 TÍTULO: PADRÕES DINÂMICOS DE TRANSPORTE E MIGRAÇÃO DO ZOOPLÂNCTON, COM ÊNFASE NOS DECAPODA PLANCTÔNICOS, DA BARRA DE CATUAMA, PERNAMBUCO – BRASIL. MESTRANDO: Mauro de Melo Júnior ORIENTADORA: Dra. Maryse Nogueira Paranaguá CO-ORIENTADOR: Dr. Ralf Schwamborn DATA DE DEFESA: 25 de fevereiro de 2005. MELO JÚNIOR, Mauro de. Padrões Dinâmicos de Transporte e Migração Do Zooplâncton, com Ênfase nos Decapoda Planctônicos, da Barra de Catuama, Pernambuco – Brasil. Recife, 2005. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO Estudos sobre o fluxo do zooplâncton entre o Canal de Santa Cruz (CSC) – a partir da Barra de Catuama – e a plataforma costeira adjacente (PCA) foram feitos com o objetivo de quantificar essa troca e definir os mecanismos de transporte e migração dos Decapoda planctônicos. As coletas foram realizadas durante as marés de sizígia (05 e 06/08/2001) e de quadratura (11 e 12/08/2001), em intervalos de 3 horas, num período de 15 horas para a maré de sigízia (n = 32 amostras) e de 24 horas para a maré de quadratura (n = 56 amostras). As amostras foram coletadas em três estações fixas (Estação Meio ou Convergência, Continente e Ilha) e em três níveis de profundidades (superfície, meio e fundo). Com o auxílio de uma bomba de sucção, a água foi filtrada com rede de plâncton (300µm), durante 3 a 5 minutos. Logo após a filtragem, o material foi fixado com formol a 4%, neutralizado com bórax. Simultaneamente às coletas biológicas, foram feitas medições de velocidadee direção de corrente, através de um perfilador acústico de corrente (ADCP), além de temperatura, salinidade e oxigênio dissolvido. Em laboratório, as amostras foram pesadas, em balança de precisão, para determinação da biomassa sestônica através de peso úmido. Para a análise dos organismos, cada amostra foi totalmente analisada em estereomicroscópio. A Barra de Catuama apresentou uma grande variabilidade nos dados de biomassa sestônica e zooplâncton, com valores relativamente elevados, sobretudo durante a sizígia. O transporte instatâneo médio da biomassa foi de 98.10±75.92mg*m-2 *s-1, durante a sizígia, e de 31.46±26.52mg*m-2*s-1, durante a quadratura. Os maiores picos de transporte de biomassa estiveram associados a grandes densidades de Brachyura, Calanoida e Sergestoida. Quanto ao transporte médio de organismos, os valores foram de 831.47±1192.53org*m-2*s-1, durante a sizígia, e de 342.33±445.80org*m-2*s-1, durante a quadratura. Os maiores valores de transporte de biomassa e organismos foram observados durante o período noturno (enchente e vazante). Os fluxos de importação e exportação não apresentaram diferenças significativas, sugerindo que em determinados períodos os valores possuir uma mesma ordem de magnitude. Provavelmente, estes dados podem ser em decorrência da forte influência marinha existente na área estudada, ocorrência de frentes estuarinas dentro do CSC, época de baixa liberação de larvas e forte impacto de peixes planctívoros sobre o meroplâncton. A análise estatística mostrou acúmulos significativos de zooplâncton nas zonas de convergência apenas durante o período diurno, considerando as três estações, refletindo que durante a noite, além das zonas de convergência, alguns taxa utilizam outros mecanismos de transporte. Foram identificados 29 taxa de Decapoda planctônicos, destacando-se os estágios iniciais de Lúcifer faxoni, Acetes americanus, Pinnixa spp., Ocypodidae Morfotipo A, Uca spp., Petrolisthes armatus, Upogebia spp.e Alpheidae. A maior parte dos taxa registrados possui migração vertical em sincronia com as fases de maré e o fotoperíodo. O CSC atua, provavelmente, como área de reprodução para os Sergestoida, já que foi detectado um importante fluxo (tanto de importação quanto de exportação), de todos os estágios de desenvolvimento desta espécie. A função dos estuários tropicais como fonte de larvas de Decapoda do CSC para áreas costeiras foi confirmada no presente estudo. Os dados apresentados mostraram que larvas de Decapoda são exportadas do CSC para a PCA, mas o elevado número de estágios larvais em grande parte dos taxas identificados sugere que o desenvolvimento destas espécies ocorre na região próxima à Barra de Catuama. 248 162 TÍTULO: INFLUÊNCIA HIDROLÓGICA E BIOMASSA FITOPLANCTÔNICA NAS BARRAS ORANGE E CATUAMA (CANAL DE SANTA CRUZ) – ITAMARACÁ – PE: VARIAÇÃO NICTEMERAL. MESTRANDA: Juciene Andrade de Figueiredo ORIENTADORA: Dra. Kátia Muniz Pereira da Costa DATA DA DEFESA: 28 de fevereiro de 2005. FIGUEIREDO, Juciene Andrade de. Influência Hidrológica e Biomassa Fitoplanctônica nas Barras Orange e Catuama (Canal de Santa Cruz) – Itamaracá – PE: Variação Nictemeral. Recife, 2005. f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Tecnologia e Geociências. Departamento de Oceanografia. Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. RESUMO O Canal de Santa Cruz se comunica com o mar através das desembocaduras, Barra Orange ao sul (34° 55’ W), e Barra de Catuama, ao norte (7° 40’ S), onde estas duas extremidades representam dois sistemas hidrodinâmicos de intenso intercâmbio de água fluvial com água marinha. Os estudos nestas áreas são importantes na compreensão do mecanismo de fertilização e processos de mistura e circulação no ambiente. O objetivo do presente trabalho foi estudar a hidrologia, relacionando com a biomassa fitoplanctônica, e quantificar o fluxo de nutrientes nas duas Barras (Orange e Catuama), inclusive em zonas de Convergência, a fim de diagnosticar a relação entre esses fatores sobre o meio e a área costeira adjacente. Foram analisados parâmetros climatológicos (pluviometria, intensidade e direção dos ventos), hidrológicos (transparência da água, temperatura, salinidade, pH, oxigênio dissolvido e sua taxa de saturação, e sais nutrientes: (amônia, nitrito, nitrato, fosfato e silicato) e físicos (batimetria, intensidade e direção das correntes). Para a análise hidrológica e determinação do fluxo, amostras foram coletadas nas Barras Orange e Catuama, em agosto de 2001, em marés de sizígia e quadratura, de 3 em 3 horas, correspondendo a um ciclo nictemeral, e cujas estações, foram plotadas numa seção transversal e eqüidistantes entre si: Continente, Meio-Convergência, e Ilha. Foram realizadas análises de Componentes Principais (ACP), com todos os dados hidrológicos e a clorofila a na camada superficial, para determinara correlação entre eles. Através da ACP, observou-se diferenças significativas entre os estágios de maré, principalmente a preamar e baixa-mar. De uma forma geral, os nutrientes amônia, nitrito e nitrato relacionaram-se positivamente com a salinidade e o oxigênio dissolvido, e inversamente com o silicato. O resultado da ACP com os dados da clorofila a revelou que a biomassa fitoplanctônica está relacionada positivamente com o fosfato, indicando que este nutriente pode ser o limitante da produtividade primária neste local. De acordo com os resultados hidrológicos, foi observado maior concentração de salinidade na camada de fundo, durante a maré de sizígia, nas duas barras, porém foi detectado uma maior estratificação na maré de quadratura, principalmente em Catuama. Os valores de oxigênio dissolvido foram maiores em Orange, porém Catuama apresentou menores coeficientes de variação, podendo ser classificados como zonas saturadas de oxigênio. O pH apresentou-se sempre alcalino em ambas as barras. Os teores de amônia, nitrito e nitrato foram mais elevados na preamar, principalmente na maré de sizígia. O fosfato apresentou grande número de concentrações abaixo do limite de detecção, chegando a limitar a biomassa fitoplanctônica em alguns momentos. Os valores da relação N:P entre 1,93:1 a 200,85:1 na Barra Orange, enquanto que na Barra de Catuama foi de 1,84:1 a 67,85:1. Os teores de silicato foram mais acentuados em Catuama, durante o estágio da baixa-mar. A biomassa fitoplanctônica apresentou valores característicos de áreas costeiras, sendo caracterizado como ambiente eutrófico, com uma variação de 10 a 42mg.m-3 (Catuama). Em relação ao fluxo de nutrientes, foram registrados maiores velocidades de corrente durante o estágio da vazante com valores compreendidos entre 0,3 a 1,0m.s-1. As Barras mostraram-se como bons exportadores de nutrientes, principalmente de silicato, durante o período estudado (24 horas), com um valor máximo de fluxo de -7168258,8µmoles.s-1. 249 O AUTOR [email protected] [email protected] JOSÉ ZANON DE OLIVEIRA PASSAVANTE, nascido em Timbaúba, Pernambuco, formado em História Natural pela Universidade Católica de Pernambuco em 1971; em 1975 fez curso de Aperfeiçoamento em Oceanografia no Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco; em 1980 fez Doutorado em Oceanografia; no Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. ExCoordenador do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (1993-1999). Atualmente exerce a função de Professor Adjunto IV no Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco; professor do Curso de Graduação em Ciências Biológicas (Disciplinas: Oceanografia Geral; Ecologia de Sistemas Marinhos); orienta e ministra várias disciplinas nos cursos de: Especialização em Oceanografia; Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado), nos Programas de Pós-Graduação em Oceanografia e em Biologia Vegetal e no Mestrado em Gestões em Políticas Ambientais da Universidade Federal de Pernambuco; Líder do Grupo de Pesquisa Plâncton Marinho do CNPq/UFPE. É consultor da: Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES; Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP; das revistas Biologia Aquática Tropical, e Boletim Técnico Científico do CEPENE/IBAMA exeditor (2000-2005) da Revista Tropical Oceanography (on-line e impressa) do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco. Supervisor da Seção de Plâncton do Departamento de Oceanografia da UFPE. Sua produção bibliográfica consta de 48 trabalhos publicados na íntegra, 139 apresentados em eventos, 7 livros e 7 capítulos de livros. Participou de 143 bancas examinadoras de conclusões de cursos; Orientou 15 monografias de conclusão de cursos de graduação e especialização; 41 dissertações de mestrado 3 teses de doutorados. Atualmente orienta 1 graduando, 3 mestrandos e 3 doutorandos. Tem várias pesquisas em andamento. Sua área de atuação é a determinação da produção e biomassa primária e ecologia de ambientes aquáticos. Julho/2005