Ultrassonografia Morfológica Normal
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Ultrassonografia Morfológica Normal
Ultrassonografia na Gestação Gemelar Conrado Milani Coutinho Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo 1 OÓCITO 1 ESPERMATOZÓIDE MONOZIGÓTICOS IDÊNTICOS 2 OÓCITOS 2 ESPERMATOZÓIDES DIZIGÓTICOS FRATERNOS Monozigóticos ~30% Dizigóticos ~70% Gestações dizigóticas Gestações monozigóticas DIA 0 BLASTÔMERO DIA 3 MÓRULA DIA 6-8 BLASTOCISTO DIA 12 IMPLANTADO Repercussões da gemelidade “Gestações múltiplas estão associadas com altas taxas de quase toda potencial complicação gestacional, exceto partos póstermo e macrossomia” Spellacy WN et al. Obstet Gynecol, 1990 Partos pré-termos espontâneos Restrição de crescimento intrauterino (RCIU) Anomalias congênitas ↑ Morbimortalidade Repercussões da gemelidade monocoriônica Incidência RCIU: 10% Síndrome da transfusão feto-fetal (STFF): 10 a 15% Monocorionia (MC) x Dicorionia (DC) ↑ óbito fetal < 24 semanas: 14,2% x 2,6% > 24 semanas: 4,9% x 2,8% ↓ idade gestacional e peso ao nascimento ↑ 7x risco de morte perinatal ↑ 2x anomalias congênitas Sperling L. Ultrasound Obstet Gynecol, 2007 Moise KJ, Johnson A. Am J Obstet Gynecol, 2010 Padronização da propedêutica ecográfica Número GEMELIDADE Idade Gestacional MONO/DIcoriônicos MONO/DIamnióticos Crescimento Aneuploidias Malformações Procedimentos invasivos Repercussões Colo uterino Comunicações vasculares Vitalidade Número de fetos Datar a gestação 1º trimestre: ideal Evidência II-2A Comprimento céfalonádega (CCN) Tabelas para gestação única: performance semelhante Robinson Rossavik Von Kaisenberg Utilizar a média dos CCN Dias T et al. BJOG, 2010 Datar a gestação 2º trimestre: Circunferência craniana (CC) Tabelas para gestação única: performance semelhante Combinação de medidas CC, CA, CF Utilizar biometria do maior feto Evidência III-C Evidência II-2C Dias T et al. Ultrasound Obstet Gynecol, 2010 SOGC Clinical Practice Guideline. J Obstet Gynaecol Can, 2011 Cório e âmnio Suspeita ou alto risco de gemelidade: Sempre solicitar USG de 1º trimestre Evidência II-2A Sempre descrever nº de cório e amnio: Gestação < 10 semanas nº de sacos gestacionais (1 cório e 1 âmnio) nº de sacos amnióticos na cavidade coriônica Número de vesículas vitelínicas Cório e âmnio Gestação > 10 semanas Número de trofoblastos Características da membrana interamniótica Inserção na placenta Espessura Genitálias fetais Evidência II-2A Cório e âmnio Dicorionia: Trofoblastos distintos ou Massa trofoblástica aparentemente única: sinal do “Lambda” ou “twin peak” Período ideal: 11 a 13 semanas e 6 dias Sensibilidade (S): 97,4%. Especificidade (E): 100% Sepulveda W, Sebile NJ, Nicolaides KH. Ultrasound Obstet Gynecol, 1996 Dicorionia PLACENTA DICORIÔNICA λ ESPESSURA > 2 mm VPP = 95% Winn HN et al. Am J Obstet Gynecol, 1989 Sinal do Lambda 1º trimestre Sinal do Lambda 2º trimestre Membrana interamniótica 2º trimestre Cório e âmnio Monocorionia: Uma cavidade amniótica ou Massa trofoblástica aparentemente única e membrana interamniótica com inserção placentária em “T” ≤ 14 semanas: S: 89,8%. E: 99,5% > 14 semanas: S: 88,0%. E: 94,7% Lee YM et al. Am J Obstet Gynecol, 2006 Monocorionia PLACENTA MONOCORIÔNICA T ESPESSURA ≤ 2 mm VPP = 90% Winn HN et al. Am J Obstet Gynecol, 1989 Membrana interamniótica 1º trimestre Sinal do “T” 2º trimestre Cório e âmnio MONOCORIÔNICA DICORIÔNICA Genitálias fetais 2º trimestre Gestações monoamnióticas 1% das gemelares MZ Risco: enovelamento dos cordões o Sobrevivência dupla até 3032 semanas: 46 a 65% o Propedêutica terciária: 92% Diagnóstico diferencial com feto enclausurado Evidência II-2 SOGC Clinical Practice Guideline. J Obstet Gynaecol Can, 2011 Gestações monoamnióticas Discordância biométrica Utilizar tabelas biométricas de gestações únicas Evidência III Discordância biométrica Diferença de CCN > 10% em gestações MC ↑ Síndrome de transfusão feto-fetal ↑ Discordância dos pesos ao nascimento (20%) ↑ morbimortalidade perinatal Diferença de PFE > 20% Evidência II-2 Diferença de CA > 20 mm PFE de um dos fetos < P10 Discordância de volume amniótico associada Taj J, Grobman WA. Am J Obstet Gynecol, 2007 Lewi L et al. Am J Obstet Gynecol, 2008 SOGC Clinical Practice Guideline. J Obstet Gynaecol Can, 2011 Complicações das gestações monocoriônicas PLACA CORIAL ~100% DAS MONOCORIÔNICAS TEM ANASTOMOSES (NÚMERO, TAMANHO E DIREÇÃO VARIÁVEIS) 75% ARTÉRIO-ARTERIAIS 50% ARTÉRIO-VENOSAS 50% VENO-VENOSAS 1 VASO MUITAS CONEXÕES Placenta única COMUNICAÇÕES VASCULARES HEMODINAMICAMENTE ESTÁVEIS Síndrome de transfusão feto-fetal 10 a 15% dos gemelares MC 70 a 100% de mortalidade Placenta única POLICITÊMICO ANEMIA GIG RCIU/PIG POLIHIDRAMNIO OLIGOAMNIO HIPOVOLEMIA HEMOCONCENTRAÇÃO BEXIGA VAZIA DESBALANÇO HEMODINÂMICO ENTRE OS FETOS HIPERVOLEMIA HEMODILUIÇÃO BEXIGA CHEIA HIDROPISIA Diagnóstico da síndrome de transfusão feto-fetal Massa placentária única Fetos do mesmo sexo Sequência oligodrâmnio / polidrâmnio ≤2 cm / ≥8 cm Critérios de gravidade: Discordâncias entre as imagens vesicais e pesos fetais Comprometimento hemodinâmico ou cardíaco Gêmeo “ENCLAUSURADO” (Stuck twin) Síndrome de transfusão feto-fetal Classificação Estágio I: sequência oligo-polidrâmnio Estágio II: bexiga do doador invisível e doppler normal Estágio III: anormalidades ao doppler Estágio IV: hidropisia fetal de um feto Estágio V: morte de 1 feto G R A V I D A D E Quintero et al. J Perinatol, 1999 Predição da STFF no 1º trimestre Em gestações monocoriônicas, discordância de: CCN > 10% Volume amniótico associadamente TN > 20% 17% com STFF 6% sem STFF Recomendação C Alteração do ducto venoso Sebile NJ et al. Hum Reprod, 2000 Matias A et al. J Matern Fetal Neonatal Med, 2005 Sequência TRAP (Feto acárdico) Incidência: 1/35.000 gestações Anastomose artério-arterial Gêmeos conjugados 1. Toracópagos 2. Onfalópagos 3. Piópagos 4. Isquiópagos 5. Craniópagos 6. Parápagos 7. Cefalópagos 8. Raquípagos Prevalência: 1/50.000 a 100.000 nascidos vivos Diagnóstico: USG de 1º trimestre e morfológico Gêmeos conjugados 25 anos HC-FMRP-USP 1982 a 2007 14 pares: 1/22.284 nascidos vivos 1/90 pares de gêmeos nascidos vivos 10: Óbito no mesmo dia do nascimento 3: Óbito após alguns meses do nascimento 1: Sobreviveram à separação Berezowski AT et al. Rev Bras Ginecol Obstet, 2010 2007 a 2011 1: Interrupção da gestação (judicial) 1: Óbito após alguns meses do nascimento 1: Sobreviveram à separação Rastreamento para anomalias cromossômicas Risco geral de aneuploidias em gestações gemelares: 0,6% Cálculo de risco Monocoriônica: gestação específico Dicoriônica: feto específico Metodologia habitual USG morfológico de 1º trimestre β-HCG e PAPP-A: MoM ajustados Avaliação de anomalias congênitas maiores Incidência na gemelidade: ↑ 1,2 a 2x Principalmente monocoriônicas: ↑ 2 a 3x Principais: cardíacas - 68% Malformações específicas MF de linha média: conjugados 2árias às comunicações vasculares Deformidades por compressão USG morfológico de 1º trimestre TN anormal Ducto venoso alterado Avaliação de anomalias congênitas maiores 2º trimestre Ecografia morfológica com avaliação cardíaca Repetição desnecessária Considerar ecocardiografia fetal Clínica especializada em gemelares Taxa de detecção de 88% Edwards MS et al. Ultrasound Obstet Ginecol, 1995 Evidência II-2B Considerar procedimentos invasivos Indicação: Rastreamento positivo para cromossomopatias Anomalias estruturais maiores Biopsia de vilosidades coriônicas (BVC) Risco de abortamento em gemelares Após BVC: 2 a 11% Espontâneo: 6% Mosaicismo por amostragem de 2 trofoblastos Considerar procedimentos invasivos Amniocentese Avaliação individual das cavidades Melhor método Cordocentese Comprimento cervical Comprimento cervical 100 15% de todos os partos pré-termos ↓ comprimento (25 mm) ↑ risco Evidência II-2A % 90 <34 wks n=1.163 80 <30 wks 70 60 50 40 30 20 Recomendações: Via transvaginal Dados insuficientes Sem intervenção útil 10 0 < 5 6-10 11-15 16-20 21-25 26-30 31-35 36-40 >40 Colo uterino entre 22-24 semanas (mm) To MS et al. Am J Obstet Gynecol, 2006 Avaliação da vitalidade fetal Avaliação volumétrica do líquido amniótico Maior bolsa vertical Perfil Biofísico Fetal (PBF) Perfil hemodinâmico fetal: Indicação semelhante às gestações únicas Artéria umbilical Artéria cerebral média Ducto venoso Veia umbilical Avaliação da vitalidade fetal Nomura et al. Rev Bras Ginecol Obstet, 2009 Seguimento pré-natal Seguimento ultrassonográfico Ecografia 1º trimestre 11 a 13 sem 6 dias Morfológico estrutural 20 a 22 sem Dicoriônica mensal após a 24ª sem Monocoriônica quinzenal após a 16ª sem 2/2 sem: líquido amniótico 4/4 sem: biometria >28 sem: vitalidade Monoamniótica >28 sem: vitalidade próxima Considerar internação Considerações finais “There is NO diagnosis of twins. There are only MONOCHORIONIC twins or DICHORIONIC twins. This diagnosis should be written in capital red letters across the top of the patient’s chart.” Kypros Nicolaides “The diagnosis of “twins” is no longer acceptable.” Moise KJ, Johnson A. Am J Obstet Gynecol, 2010 Muito Obrigado!
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