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AIGLP Notícias NEWSLETTER > Nº 1 > aiglp.org MAIO 2013 ASOCIACIÓN IBEROAMERICANA DE GAS LICUADO DE PETRÓLEO ASSOCIAÇÃO IBERO-AMERICANA DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO A parceria com a WLPGA tem duas vertentes, uma em eventos e outra na área técnica, com publicações que agregam conhecimento para todos os agentes econômicos no mercado e ajudam a formação de boas práticas Jonathan Benchimol, presidente da AIGLP INTRODUÇÃO UMA INSTITUIÇÃO CRIADA PARA PROMOVER MELHORIAS A Associação Iberoamericana de Gás Liquefeito de Petróleo (AIGLP) é uma instituição privada, criada em 1986, com o propósito de promover a competição ética, o fornecimento de serviços por meio de soluções modernas e seguras e o desenvolvimento técnico-científico do setor. Hoje, a AIGLP conta com 55 membros, entre envasadores, distribuidores, associações nacionais e provedores de serviços e equipamentos. Tem atuado junto a diversos órgãos reguladores do continente, em particular, ANP (Brasil), Secretaria de Energia (Argentina), OSINERGMIN (Peru), CREG (Colômbia), SENER (México) e URSEA (Uruguai), na disseminação das melhores práticas na região e no desenvolvimento de regulações cada vez mais modernas e voltadas para o consumidor. Uma das formas de reunir e trocar informações com todo o seu público é a promoção de encontros; entre eles, o mais importante é o congresso anual da AIGLP. Para estreitar ainda mais seus laços com toda a comunidade interessada no setor de Gás LP, a instituição lançou esta news, que trará entrevistas, artigos e notícias para que as informações relevantes possam chegar com mais velocidade a todos os públicos. ENTREVISTA TOMÁS M. SÁNCHEZ ROBLES Diretor-geral de Verificação de Combustíveis, da Procuradoria Federal do Consumidor (PROFECO – México) Qual a importância para o México de receber o maior evento do setor de Gás LP na América Latina? É muito importante a participação do México em eventos como o Congresso da Associação Ibero-Americana de Gás LP, pois é uma oportunidade para termos um panorama da sua distribuição e seus usos em outros países. Assim, podemos adaptar novos procedimentos e métodos aos que atualmente já existem no país, estimulando o intercâmbio saudável de experiências com outros mercados. Recentemente, o México alcançou o segundo lugar do mundo no consumo per capita de Gás LP, com a marca de 74 Kg por habitante. Hoje, 80% do mercado mexicano são compostos por consumidores do setor residencial, que compram o Gás LP em embalagens transportáveis ou tanques estacionários, de acordo com dados da Secretaria de Energia do México. Como o senhor vê a situação atual do mercado mexicano de Gás LP? O Gás LP é considerado, no México, um produto de primeira necessidade, mas, ao mesmo tempo, também é um produto vulnerável, já que sua regulação é precária. Por aqui, optamos por adaptar nossos processos de avaliação à regulamentação estrangeira. No entanto, nossa tecnologia não é a mesma de outros países, assim como nossos procedimentos jurídicos também são diferentes. Dessa forma, o setor mexicano de Gás LP precisa de incentivos para gerar uma nova reforma que apoie o desenvolvimento de sua regulamentação, além de investimentos em tecnologia que permitam fortalecer as relações entre as empresas distribuidoras e os consumidores, proporcionando maior segurança jurídica para o setor. ENTREVISTA (Continuação) Existe muita informalidade no setor? Qual a experiência que vocês possuem no combate à informalidade no comércio de Gás LP? A informalidade faz parte do mercado mexicano de Gás LP, mas podemos considerar que os números ainda são muito pequenos, pois representam apenas cerca de 3% a 4% do total comercializado, de acordo com estatísticas da Petróleos Mexicanos (Pemex). A Secretaria Federal de Energia (Sener) e a Pemex consideram que o mercado informal é composto por empresas que não possuem a devida permissão para que atuem no setor. A comercialização ilegal pode acontecer basicamente de duas formas: por empresas que compram Gás LP formalmente, mas fazem a distribuição do energético de forma irregular; ou por empresas que comercializam Gás LP roubado diretamente de dutos ou terminais da Pemex. Para combater essas práticas, as empresas e o governo, por meio da Sener, lançaram a NOM007-SESH-2010 (Veículos para Transporte e Distribuição de Gás LP – Condições de segurança, operação e manutenção), uma iniciativa que visa à regulamentação dos veículos que fazem a distribuição. Agora todos os veículos registrados pela Sener possuem um dispositivo eletrônico (chip) que os torna aptos a fazer a distribuição do Gás LP. Com isso, a Secretaria realiza operações de fiscalização para reduzir os índices de distribuição irregular do Gás LP. Como a PROFECO atua na defesa dos direitos do consumidor? A Procuradoria Federal do Consumidor é uma autoridade que tem o objetivo de promover e proteger os direitos do consumidor, fomentar o consumo inteligente e assegurar a igualdade e segurança jurídica nas relações entre as empresas produtoras e os consumidores. Em relação ao Gás LP, contamos com um programa contínuo de visitas às instalações de distribuição, assim como também fazemos auditorias nos veículos que fazem o transporte e entrega dos cilindros de Gás LP e dos veículos autotanques. Nessas visitas, verificamos o comportamento do mercado, que nos dá uma avaliação das transações de compra e venda, e também nos permite verificar se os preços vigentes e autorizados estão sendo cumpridos, se os cilindros comercializados atendem às determinações vigentes e condições de segurança, assim como também analisamos se os medidores instalados nos veículos autotanques estão realizando o fornecimento correto e regular. Há alguma política de incentivo governamental para expandir o uso do Gás LP no país? O Gás LP é um elemento muito importante para o desenvolvimento da indústria de qualquer país. No caso do México, buscamos atrelá-lo a uma das frentes fundamentais do atual governo, de aproveitar os recursos naturais de forma sustentável, agregando novos valores aos produtos, para que eles cheguem aos consumidores com qualidade, de forma a contribuir para o crescimento econômico do setor e do país. ARTIGO – EVAS SISTEMA DE REQUALIFICAÇÃO NA EUROPA - DE 10 A 15 ANOS Em muitos países em todo o mundo não há limites em relação à idade dos cilindros. Desde que atenda aos requisitos da inspeção periódica, o cilindro pode ser utilizado por outro período de inspeção. É difícil chamá-los de “imortais”, mas na verdade não existe um tempo de vida útil calculado para cilindros. Por outro lado, o tratamento a que o cilindro foi sujeitado é o elemento que efetivamente define o período de vida útil em vez do padrão de projeto do mesmo cilindro. Um exemplo típico dessa hipótese são os cilindros europeus e do Oriente Médio. Na Europa Ocidental, a espessura mínima de um cilindro de Propano de 12 kg com Ø300 mm de diâmetro é 1,92 mm. Nos países do Oriente Médio, para o mesmo tipo de cilindro, o requisito geral é um mínimo de 3 mm no corpo do cilindro. Apesar da enorme diferença na espessura do aço, o tempo de vida útil médio dos cilindros no Oriente Médio é de apenas 12 anos, enquanto na Europa Ocidental ele chega a 41! Outras estatísticas incríveis vêm das fábricas de recondicionamento da Turquia e de Luxemburgo, a saber, EVAS e PRESTAGAZ. A EVAS atende principalmente a Turquia e Leste Europeu, em que os cilindros têm condições de manuseio deficientes, e a Prestagaz atende a Europa Ocidental, em que os cilindros são bem tratados. Ambas as empresas classificam os cilindros como: Ü Apenas para teste – significa a repintura dos cilindros após serem testados hidrostaticamente. Isso inclui a substituição ou reverificação da válvula. Ü Reparo – significa desamassar e/ou trocar o anel de suporte, endireitar o protetor da válvula etc., além dos testes e da nova pintura. Ü Sucata – significa cilindros fora de conformidade que não podem ser consertados. TURQUIA 10 anos Período de retestagem: EUROPA OCIDENTAL 10 ou 15 anos 10%10% 9% 9% 25%25% Distribuição do processo: 59%59% Sucata Avaliação antes do período de retestagem: Vida útil média: Número médio de retestes durante a vida útil: 16%16% Só testanto Consertado 81%81% Sucata Consertado 66% 11% 32 anos 41 anos 6 vezes 4 vezes Só testanto ARTIGO – EVAS (Continuação) Não há uma diferença significativa nas especificações de cilindro entre os cilindros da Europa Oriental e Ocidental, embora as estatísticas acima claramente mostrem o efeito do usuário no ciclo de vida do cilindro de GLP. Alguns cilindros precisam ser retestados muito antes do período de inspeção periódica, enquanto outros estão em boas condições e não precisam ser retestados no intervalo de inspeção periódica. Isso e esse tipo de análise forçaram os estabelecedores do padrão europeu a trazer um novo aspecto à inspeção de cilindros; os cilindros devem ser inspecionados durante o enchimento. Em toda a Europa, o período de inspeção dos cilindros é de 10 anos, mas pode ser estendido para 15 anos, se: Ü o cilindro for de propriedade e estiver sob a responsabilidade de uma organização de gás competente que vai verificar, encher e manter o cilindro (é importante para a rastreabilidade) Ü houver uma proteção externa contra corrosão (como revestimento de zinco) Ü os cilindros são enchidos em centros de enchimento aplicando um sistema de qualidade documentado para assegurar que todos os cilindros sejam enchidos em conformidade com o regulamento e que os requisitos e responsabilidades do EN 1439 sejam cumpridos e corretamente aplicados. Aqui é necessário abrir uma frase especial para o EN 1439, que é o cerne da nova abordagem. O EN 1439 abrange as operações de controle aplicadas nos cilindros GLP antes, durante e depois do enchimento. Segregação dos cilindros antes do enchimento Condições de enchimento Verificações pós-enchimento Ao chegar, os cilindros são classificados em 3 grupos: Grupo 1: Cilindros adequados para enchimento Ü código de design/especificação está identificável; Ü indicação de tara e capacidade d’água estão marcados; Ü quantidade permitida e identificação do produto estão indicadas; Ü o cilindro está dentro da data de teste conforme determinado pela data de manufatura marcada ou data de inspeção periódica; Ü o cilindro não possui defeitos. Grupo 2: Cilindros para inspeção periódica Ü o cilindro está fora da data de teste; Ü não pode ser confirmado que o cilindro está dentro da data de teste. ARTIGO – EVAS (Continuação) Grupo 3: Cilindros exigindo maior avaliação Ü a indicação de peso tara de um cilindro ou marcações permanentes exigidas, preenchido por massa, estão ausentes ou ilegíveis; Ü o cilindro está com falhas ou defeitos, p. ex., amassados, danos por fogo ou danos ao tampão, alças para transporte, anel de suporte; Ü o cilindro tem corrosão visível ou, com cilindros com um anel de suporte soldado, possuem corrosão na solda; Ü a válvula ou disco de ruptura (se instalado) está danificado ou foi identificado um vazamento. Os critérios de rejeição durante a segmentação estão listados a seguir. Como verá, a maioria está relacionada com erros do usuário e não possuem qualquer relação direta com o padrão de produção ou a inspeção periódica. Além disso, todos são defeitos que podem ser distinguidos facilmente durante a inspeção visual. ALGUNS DEFEITOS FÍSICOS NA PAREDE DO CILINDRO: Defeito Protuberância Descrição Limite de rejeição Inchamento visível do cilindro Todos Uma depressão no cilindro que não foi penetrado nem removeu Quando a profundidade do amasAmassado metal, quando sua largura em sado excede 25% de sua largura qualquer ponto é maior que 2% em qualquer ponto ª. do diâmetro do cilindro externo. Uma fenda ou fissura na parede Rachadura Todos do cilindro Sobreposição do material dentro da parede do cilindro aparecendo Laminação com uma descontinuidade, ra- Todos chadura, dobra ou protuberância na superfície. ª Aparência (p. ex., amassado pronunciado) e localização (p. ex., no ombro do cilindro) também desempenham um papel na avaliação da gravidade do amassado. ARTIGO – EVAS (Continuação) CORROSÃO NA PAREDE DO CILINDRO Tipo de corrosão Descrição Buracos de corrosão isolados Buracos no metal ocorrendo em áreas isoladas em uma concentração não maior que um buraco por 500 mm² ou área de superfície. Corrosão da área Redução na espessura da parede sobre uma área não excedendo 20% da superfície do cilindro. Limite de rejeição Quando a profundidade dos buracos discretos excede 0,6 mm (uma profundidade de corrosão maior pode ser aceita desde que a profundidade da corrosão não reduza a espessura da parede abaixo da espessura da parede calculada mínima). Quando a profundidade de penetração de qualquer buraco excede 0,4 mm (uma profundidade maior pode ser aceita desde que a profundidade da corrosão não reduza a espessura da parede abaixo da espessura da parede calculada mínima). ARTIGO – EVAS (Continuação) ALGUNS DEFEITOS FÍSICOS NA PAREDE DO CILINDRO: Defeito Descrição Limite de rejeição Um nível limitado de achatamenDano ao plugue que alterou o to/desvio de alinhamento, conforPlugue achatado perfil do cilindro. me acordado pelo órgão competente. Do contrário, todos. Queimadura do metal de base do cilindro, uma zona endurecida Queimaduras de arco elétrico ou afetada pelo calor, o acréscimo Todos maçarico de metal de solda extrínseca, ou a remoção do metal por chanfradura ou criação de crateras. Excessivo em geral ou aquecimento localizado de um cilindro geralmente indicado por: - carbonização ou queimadura da tinta/ danos por fogo ao Danos causados pelo fogo ª Todos metal/ distorção do cilindro/ derretimento das peças da válvula metálicas/ derretimento de qualquer componente plástico, p. ex., anel de data, plugue ou tampão. Anel de suporte não firmemente Todos conectado Anel de suporte danificado Cilindro instável ou Anel de suporte muito deformado desequilibrado Impedindo a operação correta ou Tampão danificado Tampão solto ou muito deformado a proteção da válvula ª Se a tinta só estiver queimada superficialmente, um cilindro pode ser aceito por uma pessoa competente. ARTIGO – EVAS (Continuação) Além das responsabilidades das estações de enchimento, o comitê de padrões europeu também trouxe uma nova responsabilidade para órgãos de inspeção que realizam as vistorias periódicas de 15 em 15 anos. De acordo com isso, se esse tipo de cilindro (com intervalo de testes de 15 anos) falha no teste de pressão hidráulica durante uma inspeção periódica, p. ex., por rompimento ou vazamento, o órgão responsável pela vistoria deve se reportar ao proprietário do vasilhame, e este tem de investigar (se for necessário, até o produtor do recipiente) e produzir um relatório sobre a causa da falha e verificar se outros cilindros (p. ex., do mesmo tipo ou grupo) foram afetados. No último caso, o proprietário deve informar à autoridade competente quais serão então as medidas apropriadas. Órgão de Inspeção PROPRIETÁRIO Autoridade Local Produtor Além disso, os cilindros que receberam um intervalo de 15 anos precisam ser equipados com válvulas projetadas e fabricadas para um mínimo de 15 anos. Após uma inspeção periódica, uma nova válvula será instalada no cilindro, com a exceção de válvulas operadas manualmente, que podem ser reinstaladas desde que as válvulas tenham sido recondicionadas ou inspecionadas em conformidade com padrões relacionados e pode ser demonstrado que elas são adequadas para outro período de uso de 15 anos. Em conclusão, o cilindro é um produto “comercialmente disponível” dependendo de como é tratado. Estudos recentes na Europa mostram que o período de inspeção periódica pode ser estendido para 15 anos por meio da inspeção visual adequada durante o enchimento e oferecendo comunicações bem estabelecidas entre as partes (proprietário-órgão de inspeção-produtor-autoridade). Manter essa estrutura contribui para cilindros mais seguros e bem controlados e economiza tempo e dinheiro ao testar cilindros que verdadeiramente precisam ser testados. PRÓXIMA EDIÇÃO PRÓXIMO CONGRESSO DA AIGLP SERÁ REALIZADO EM MIAMI O próximo congresso da Associação Ibero-Americana de Gás Liquefeito de Petróleo (AIGLP), em outubro de 2014, acontecerá em Miami. E terá uma novidade: será realizado em conjunto com o 27º Fórum Mundial de Gás LP, promovido pela World LP Gas Association (WLPGA), Associação Mundial de Gás Liquefeito de Petróleo, em uma tradução livre. Os dois eventos trazem oportunidades de intercâmbio de informações e disseminação de boas práticas na indústria, a possibilidade de interação com fornecedores, revendedores, distribuidores e fabricantes de equipamento para gerar inovação e melhorias contí- JONATHAN BENCHIMOL E KIMBALL CHEN ASSINAM PARCERIA PARA O PRÓXIMO EVENTO nuas para o setor. Com a junção dos eventos, o presidente da AIGLP, Jonathan Benchimol, espera aumentar consideravelmente o número de participantes. Neste ano, o congresso da AIGLP, no México, reuniu mais de 400 pessoas de 16 países. “A parceria com a WLPGA tem duas vertentes, uma em eventos e outra na área técnica, com publicações que agregam conhecimento para todos os agentes econômicos no mercado e ajudam a formação de boas práticas.” Para o presidente da WLPGA, Kimball Chen, a ocasião servirá como “uma demonstração inigualável de como a indústria de Gás LP está mundialmente unida no seu contínuo trabalho de melhorar a capacidade de atender às necessidades de provedores, governos e clientes”. Para Chen, a forte cooperação entre a AIGLP e a WLPGA é imprescindível para o sucesso da indústria de Gás LP nas Américas. “E Miami, com sua herança cultural latina, é o lugar ideal para mostrar a força dessa cooperação”, acrescentou o executivo. A forte cooperação entre a AIGLP e a WLPGA é fator crítico de contribuição para o sucesso da indústria do Gás LP nas Américas. Miami, com sua herança cultural latina, é o lugar ideal para sediar o XXIX Congresso da AIGLP e realçar a força dessa cooperação Kimball Chen, presidente da WLPGA aiglp.org