baali - Bolacha RPG
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baali - Bolacha RPG
Underground Haven - www.underhaven.hpg.com.br BAALI Já faz muitos e muitos milênios, e tudo começou com um poço, em busca de água, nas redondezas da recém-criada cidade de Ashur. Eram simples camponeses, pertencentes à cidade. Eles são hoje chamados de “a primeira tribo,” mas o nome verdadeiro desta tribo está perdido nas areias do tempo. Trabalhadores cavavam em busca de água para matar sua sede, sem imaginar que o que descobririam iria mudar para sempre o mundo como o conhecemos. A escavação continuou, até que Aquilo foi descoberto. Os raios do Sol, trazendo a fúria divina, tocaram a pele daquele ser, e começaram a queima-lo. A criatura despertou, em fúria de desespero, e começou a amaldiçoar Deus, gritando os nomes de seus irmãos. Nomes de poder, que ao ser proferidos tocavam profundamente as almas dos camponeses da primeira tribo. A última palavra dita pela Cria das Trevas foi seu próprio Nome Verdadeiro, que ao ser ouvido a Terra tremeu. Em seguida, consumida pelo Sol, a criatura tombara morta, sendo aos poucos dissolvida pela Luz que o tocava. Mas aquilo alteraria para sempre a primeira tribo, pois eles haviam ouvido os Nomes. Nomes Verdadeiros de criaturas de imenso poder. E aquilo que se iniciou como uma sede por água, se tornou uma sede por poder. Eles descobriram que, clamando por estes nomes, a realidade tremia aos seus pés. A primeira tribo prosperou e cresceu, usando o poder das Crias das Trevas para erguer sua grande cidade. Mas a tribo descobriu que seus encantamentos eram perigosos. Cada vez que um nome de uma das Crias era proferido, a criatura ficava cada vez mais desperta, e cada vez mais próxima de ser trazida a este mundo. A primeira tribo procurou então uma maneira de usar seu poder sem que as Crias fossem despertadas. Eles diluíram os nomes das Crias em milhares de nomes, que embora não tivessem tanto poder, não trariam o risco de despertar as criaturas. Os Nomes Verdadeiros delas se tornaram encantamentos proibidos, pois usa-los trazia risco à própria realidade. Para manter as Crias sempre dormentes, a primeira tribo também passou a realizar sacrifícios, de forma que as criaturas tivessem seus desejos por sangue e destruição saciados. Desta forma, agradando as Crias, estas não iriam jamais despertar. O POÇO DE SACRIFÍCIOS E A VINDA DO ESTRANHO A cidade da tribo prosperou. Um enorme poço se formou no centro daquela cidade decadente de Ashur. Um Poço de Órgãos, onde os restos de vítimas de sacrifícios eram jogados para saciar a sede de sangue das Crias. O cheiro ao seu redor era insuportável, dado a quantidade de sangue e vísceras que preenchiam as profundezas do imenso poço. Este ritual de assassinato e desmembramento, porém, não ficaria despercebido por muito tempo. Foi uma noite, logo após o entardecer, quando a escuridão tomou os céus, que Ele veio, vindo do oriente. Ele era um ser de imenso poder e majestade, que adentrou pelos portões da cidade, trazendo punição aos membros da primeira tribo. Com suas palavras, ele era capaz de paralisar e ordenar o suicídio aos que eram fortes de mente, e com suas mãos nuas ele desmembrava aqueles que eram fortes de corpo. Centenas tentaram impedi-lo. Centenas morreram. Os sacerdotes vieram, e usaram até mesmo os encantamentos proibidos contra Ele, mas em vão. O massacre que se seguiu foi terrível, e ao fim dele, os mortos e feridos foram jogados no Poço pelo estranho. Antes de partir, Ele rasgou seu próprio pulso e deixou que parte de seu próprio sangue fosse derramado no Poço. E então partiu. No anoitecer seguinte, três criaturas, nem mortas nem vivas, escalaram as paredes do poço. Enlouquecidos, uivando e cobertos de sangue e vísceras. Três pessoas, das milhares que habitaram a cidade, sobreviveram tempo o suficiente para se alimentar do sangue do estranho. Eles alcançaram a superfície, e se ergueram, cheios de ódio e desejos de morte. Os Baali haviam nascido. OS TRÊS O primeiro dos três era Nergal, o mais agressivo e visionário dos três. Ele freqüentemente se envolvia com Cainitas de outros clãs, e defendia que mesmo aqueles de fora da primeira tribo deveriam ser Abraçados pelos Baali. O segundo foi Moloch, o mais quieto e reservado, e que defendia que apenas aqueles da primeira tribo deveriam ser Abraçados pelos Baali. O terceiro? Eu não sei. Nergal e Moloch já desapareceram há muitos séculos, e jamais falaram de seu “irmão” ou “irmã.” Sejas como for, muitos e muitos já clamaram ser o terceiro, mas no fim suas farsas foram descobertas e eles receberam a Morte Final como punição por seu atrevimento. AS MAQUINAÇÕES DE NERGAL Nergal era um louco, ou visionário, e sua megalomania o fazia se imaginar um verdadeiro deus. Ele fundou a cidade de Mashkan-shapir, uma grande cidade construída sobre o local onde estava adormecido Namtaru, o demônio das pragas. Para alimentar e despertar esta criatura de imenso poder, Nergal planejou sacrificar toda a população mortal de Mashkanshapir, utilizando pragas terríveis em seu domínio. Moloch descobriu os planos de Nergal, e avisou aos Clãs de Cainitas. Abominados com a tentativa de Nergal, a fortaleza dele em Mashkan-shapir foi atacada por hordas de Cainitas de todos os clãs. O lar de Nergal estava protegido por rituais de grande poder, porém, e os esforços dos Cainitas não foram suficientes para invadi-lo. O fim de Nergal veio nas mãos de sacerdotes Lasombra adoradores da deusa Ereshkigal. Sob o comando desses Cainitas, o lar de Nergal foi invadido por trevas líquidas, que varreram como uma maré sombria todos os que estavam nos domínios do ancião Baali. Nergal desapareceu naquele dia. Os Baali que o seguiam se dividiram, passaram a formar cultos independentes e rivais, despedaçando a unidade dos Baali e espalhando-os pelo mundo. Moloch e seus seguidores, porém, continuaram unidos, e continuaram a expandir o poder da linhagem. A VINDA DE SHAITAN Dois milênios antes de Cristo, um Cainita de imenso poder apareceu em Ashur. Ele era majestoso e poderoso além do pensamento de qualquer um, e mais perverso e diabólico do que qualquer outro Baali que veio antes dele. Ele se apresentou como Shaitan, e revelou ser o Progenitor da Linhagem, aquele que tinha abraçado os três originais. Os mais jovens da linhagem e muitas das ordens que antes haviam se dividido uniram-se a Shaitan, que prometendolhes um Reino de Trevas, construiu Chorazin, a Cidade Infernal, ao Norte da Galiléia. Mas, como os Anciões Baali suspeitavam, esse Shaitan era um farsante. Ele era, na verdade, Nergal. Nergal havia forjado sua “morte” em Mashkan-shapir, e havia desaparecido por séculos, porque descobriu que Namtaru não vivia sob Mashkan-shapir. Chorazin, sim, foi construída sobre as câmaras onde o poderoso demônio estava adormecido. Com a ajuda dos Baali fiéis, “Shaitan” conseguiu encontrar o corpo de Namtaru. A câmara onde o ser estava adormecido continha um poder imenso e sem igual na Terra. Sob o comando de Shaitan, os Baali foram para Creta, e levaram consigo o corpo do dormente Namtaru. Para realizar seu poderoso ritual e despertar Namtaru, Shaitan colocou Namtaru no centro de um labirinto imenso sob Creta. Alimentado com sacrifícios e música, Namtaru se fortaleceu, ao ponto de quase atingir consciência. As águas ao redor de Creta tornaram-se sangue, e os vampiros podiam se alimentar delas. O céu de Creta escureceu, o Sol foi engolido por trevas. Namtaru estava prestes a ser despertado, quando os clãs vampíricos mais uma vez interferiram. Como era impossível invadir Creta, os Cainitas dos outros clãs realizaram magias de poder imenso para criar um grande terremoto. Sob o ataque de ondas titânicas e de terremotos incessantes, o labirinto ruiu. Shaitan foi soterrado pelas ruínas, junto a Namtaru, e a Cria das Trevas voltou a dormir, embora agora sua consciência não estivesse mais presa a sonhos, e Namtaru agora estava ciente do mundo ao seu redor... O que aconteceu a Shaitan? Não sei. Dizem que ele está morto. Espero que sim... o bastardo quase destruiu o mundo com seus sonhos de poder... Após o fim de Nergal/Shaitan, os Baali mais uma vez se dividiram e se espalharam. CARTAGO Após a queda de Shaitan, Moloch e seus seguidores foram para Cartago. Lá encontraram os Brujah, em sua “utopia” de convivência entre Cainitas e mortais. Os Baali fizeram paz com os Brujah e se espalharam por Cartago como uma praga. Poços de sacrifício proliferaram pela cidade, e a população e os Cainitas locais foram sendo lentamente corrompidos. A própria Troile, a mesma que havia destruído o progenitor Brujah e tomado seu poder, não escapou de nós... Ela e Moloch eram amantes, e possuíam inclusive um Laço de Sangue mútuo. Troile se tornou tão corrupta que até mesmo participava dos rituais nos Poços de Órgãos ao lado de Moloch. Quando vieram as Guerras Púnicas, e os Ventrue de Roma finalmente destruíram Cartago, Os Baali e os Brujah se dividiram. Troile entrou pessoalmente em batalha, mas foi derrotada. Moloch, devido ao seu Laço de Sangue com ela, a acompanhou na batalha e também foi derrotado pelo poder romano e seus mestre Cainitas. Ambos os poderosos anciões afundaram no solo, e os Romanos conduziram um ritual de salgar o solo para que nenhum dos dois voltassem a emergir novamente Os Baali viram aquilo, e poderiam facilmente desfazer o ritual e salvar seu Mestre. Eles não o fizeram, porém. Moloch provou ser um fraco ao permitir que outra pessoa tivesse poder sobre ele, e sua punição foi justa. Quanto aos Brujah... aqueles antigos o suficiente se lembram de nós... e nos odeiam desde o fim de Cartago... na visão deles, nós fomos os culpados pela queda de seu glorioso império... OS BAALI SE ESPALHAM Então aqui estamos nós, minha cria... Sem nossos líderes, os Baali se dividiram mais ainda... Formamos milhares de ordens pequenas e separadas, e muitas vezes rivais. Como se não bastasse, mais de uma vez fomos caçados e dizimados pelos demais clãs... Muitos de nossos anciões se foram. Mas isso não será problema... estamos divididos, sim, mas cada um de nós busca poder... algum dia, um de nós terá poder o suficiente para nos unir novamente, e mais uma vez, nós seremos superiores aos nossos inimigos. Aprenda, criança. Nós somos os destruidores, os corruptores, aqueles que possuem PODER! Nós somos os Baali. A Linhagem A Linhagem Baali só costuma ser mencionada por Anciões paranóicos. De fato, a existência desta Linhagem raramente é conhecida entre os vampiros mais jovens, mas aqueles que conhecem algo sobre estes vampiros os chamam de satanistas, Infernalistas ou coisas piores. Isso não está longe da realidade. Dizem que os Baali adoram demônios, mas nem sempre isso é verdade. A verdade é que os Baali se envolvem com demônios, espíritos e outras criaturas do mundo espiritual, mas nem sempre há uma adoração. Tudo o que os Baali querem é poder, vindo de fontes sombrias que conhecem os segredos do Mundo das Trevas. Para isso, alguns adoram esses seres, mas muitos Baali procuram controla-los ou apenas se envolvem com eles através de pactos e acordos. No passado, os Baali foram odiados e caçados por praticamente todos os Clãs. O “mal” que eles adoravam era um risco à segurança dos Cainitas. Os Baali aprenderam com isso, e mantém uma máscara por trás da Máscara, para se ocultarem dos demais Clãs. A maioria dos Baali se diz ser Caitiff, embora haja vampiros desta Linhagem infiltradas em muitos outros Clãs. A Linhagem Baali é extremamente fragmentada. Dividida em ordens, grupos e cultos, esses vampiros raramente podem contar uns com os outros a não ser com membros de seus próprios Círculos. Muitos Baali são solitários, mas a maioria anda em Círculos de um a cinco vampiros, que mantém práticas, rituais e crenças iguais. Esses vampiros costumam se apoiar muito em grupos de mortais “satanistas” e não é incomum haver Baali infiltrados em Seitas Infernalistas. Há uma grande divisão entre as gerações de Baali. Os Anciões da Linhagem consideram os mais jovens simples “crianças brincando de ser más.” De fato, entre os mais jovens, é comum a prática de adoração de demônios e Infernalismo. Os Baali mais jovens costumam ser exatamente aquilo que os outros Clãs pensam que os Baali são. Os Anciões sabem a verdade, porém: os Baali deveriam buscar controlar as trevas, não ser controlados por elas. Mais ainda, os Anciões não vêem as criaturas que eles controlam como “demônios,” mas sim como espíritos ou deuses. É muito interessante, porém, notar que mesmo entre os mais velhos há uma certa religiosidade e adoração a estes seres misteriosos de outros mundos. DEMÔNIOS? Embora seja comum dizer que os Baali adoram a demônios, nem sempre os Baali se envolvem com seres do Inferno, por assim dizer. De fato, muitos Baali se envolvem com criaturas da Wyrm, com espíritos corruptos ou mesmo Fantasmas antigos e corrompidos do Mundo dos Mortos. Alcunha: Infernalistas Seita: A Linhagem Baali não pertence a Seita alguma, principalmente porque nenhuma Seita iria aceita-los. O Sabá caçaria os Infernalistas, enquanto a Camarilla os considera uma ameaça à Máscara. Apesar disso, há Baali infiltrados em ambas as Seitas. Há também muitos Baali que posam como Caitiff. Aparência: Raramente um Baali pode ser reconhecido como tal. O Baali perfeito consegue se passar por uma pessoa respeitável e elegante, e jamais atrairá atenção para si mesmo. Há, é claro, frutas podres entre os Baali, vampiros que gostam de mostrar em sua aparência todo o “mal” que eles servem, mas estes tolos raramente permanecem vivos (ou mortos-vivos) por muito tempo. Quase sempre, um Baali possuirá símbolos e marcas em seu corpo, normalmente bem ocultas. Esses símbolos marcam o Baali como membro de alguma ordem ou culto, embora às vezes sejam só as marcas deixadas pelos Investimentos Infernais que ele recebeu de seu Mestre. Refúgio: Baali preferem refúgios distantes de áreas movimentadas. Subúrbios ou áreas rurais são preferidos, embora alguns prefiram um local mais luxuoso e discreto para viver. Na maioria das vezes, o círculo inteiro vive em um mesmo refúgio, mas cada indivíduo costuma manter diversos refúgios pessoais para casos de emergência ou para quando precisa de privacidade. Background: Os Baali preferem Abraçar pessoas que sejam discretas, possuidoras de conhecimentos arcanos e que possuam alguma ligação com o oculto. Às vezes, a Linhagem educa crianças nas artes ocultas, para que na idade adulta sejam Abraçadas. Os Baali também aceitam membros de outros Clãs em seu meio, desde que esses “adotados” sejam tidos como merecedores. Criação de Personagem: Baali costumam ter Atributos Mentais e Conhecimentos primários. A maioria possui uma alta Inteligência e pelo menos um ponto em Ocultismo. Baali mais jovens costumam ter Humanidade, embora a níveis bem baixos. É praticamente inevitável, porém, que um Baali passe a seguir alguma Trilha de Sabedoria após algumas décadas de não-vida. A maioria prefere a Trilha das Revelações Malignas ou a Trilha do Diabo (veja Vampiro: Era das Trevas e o Guia do Sabá para detalhes sobre estas Trilhas, ou então use a versão delas presente na página 188 de Demônio: O Preço do Poder). Disciplinas da Linhagem: Daimoinon, Ofuscação, Presença Fraqueza: Os Baali são expulsos pela visão de símbolos religiosos. Eles precisam testar Força de Vontade (dificuldade 6) para se aproximar de alguém empunhando esses símbolos. Tocar um símbolo religioso aumenta essa dificuldade para 10. Além disso, eles tomam o dobro de dano causado por ataques de Fé Verdadeira. Organização: Baali se reúnem em Círculos que praticam rituais e possuem crenças comuns. A Linhagem em si é extremamente fragmentada e não possui qualquer organização. Muitos círculos se opõem, e não são incomuns disputas entre grupos de Baali. Muitos Círculos ou indivíduos da Linhagem formam ou se unem a cultos satanistas ou Infernalistas. Linhagens: Os Baali possuem diversas Ordens, que funcionam como ordens ideológicas ou mesmo religiosas. Os Avatares do Enxame são uma ordem arcana que adora pragas de insetos e distribui doenças. Os Azaneali são um grupo sombrio remanescente da Idade Média, e muitos deles não possuem mente, sendo simples bonecos de seres de outros mundos. Azaneali possuem a Disciplina Tenebrosidade no lugar de Presença, mas possuem a Fraqueza de que suas Crias são sempre estéreis. Alguns Baali são “adotados” de outros Clãs. Esses Baali possuem um estigma entre a Linhagem por serem “forasteiros” (+2 dificuldade em testes Sociais com outros Baali), mas podem substituir Presença ou Ofuscação por uma Disciplina de seu Clã antigo. Citação: “A voz que você é ouve é um e todos os Baali, é terceira e primeira pessoa, neutra e pessoal. Por quê? Porque nenhuma voz única pode dizer toda a Verdade.” Daimoinon Daimoinon é uma antiga Disciplina arcana desenvolvida pelos Baali com a ajuda de demônios. Daimoinon é um poder sombrio que se baseia em maldições, em terror e em chamas, que são os elementos essenciais do Inferno. Raríssimos Cainitas fora dos Baali conhecem esta Disciplina, e aqueles que a conhecem com certeza estão em contato com demônios ou outros seres de outros mundos. Nível • Sentir o Pecado: Este poder permite ao Baali penetrar na alma de uma vítima para descobrir suas fraquezas, seus sentimentos de culpa e os atos vis que esta pessoa praticou no passado. Desta forma, a Linhagem é capaz de descobrir possíveis “candidatos” a Baali ou pode descobrir informações para chantagear uma pessoa. Sistema: Testa-se Percepção + Empatia (dificuldade é o Autocontrole/Instinto da vítima +4). Quantos mais sucessos, mais informações são descobertas. Além disso, o Baali é capaz de sentir o nível de Humanidade da vítima, ou pode descobrir se a vítima possui uma Virtude em nível particularmente baixo. Nível •• Medo do Vazio Adiante: Falando a um alvo sobre as fraquezas e pecados do mesmo e sobre sua inevitável decadência e seu destino após a morte, o Baali é capaz de provocar pânico e desespero naquele que o ouve. Sistema: O Baali precisa primeiro usar Sentir o Pecado(acima) e então deve falar à vítima sobre os pecados que ela cometeu, e sobre seu inevitável destino após a morte. O Baali testa Raciocínio + Intimidação (dificuldade é a Coragem do alvo +4). Em caso de sucesso, a vítima entra em Rötschreck. Se o Baali conseguir três ou mais sucessos, a vítima irá entrar em um pânico inútil, incapaz de qualquer reação a não ser se curvar ajoelhado, gritando e chorando de medo, implorando por perdão. Nível ••• Fogos do Mundo Esquecido: Pelo uso deste poder, o Baali é capaz de disparar raios de chamas. As chamas disparadas são obviamente sobrenaturais, e muitas vezes brilham em cores incomuns. Este fogo, chamado Fogo Infernal, pode ferir até mesmo aqueles que são imunes a chamas normais. Sistema: O Baali gasta um ponto de Sangue por ponto de dano a ser causado. Ele então testa Destreza + Ocultismo (dificuldade 4 para alvos próximos, 6 para alvos distantes, 8 para alvos muito distantes). O Dano causado é Agravado, dificuldade 7 para absorver (somente Fortitude e poderes naturais para resistir a Dano Agravado podem ser usados para absorver este dano. Proteção por armaduras não conta). Além do dano normal causado, esses disparos de chamas podem incendiar objetos, propagando as chamas e iniciando incêndios. Nível •••• Psicomaquia: Novamente falando à um alvo sobre as fraquezas e pecados do mesmo, o Baali é capaz de invocar a Besta do alvo para a superfície. A vítima deste poder entra em Frenesi, e atacará os inimigos do Baali. Sistema: O Baali deve usar Sentir o Pecado (acima) antes de usar este poder. O Baali não precisa testar nada, mas a vítima deve testar sua maior fraqueza (ou seja, sua MENOR Virtude) contra dificuldade 8. Se falhar, a vítima será tomada pelo Frenesi e atacará os inimigos do Baali (embora o Baali não detenha controle sobre o personagem em Frenesi). Quais Perturbações Mentais da vítima se manifestarão violentamente durante esse Frenesi. Nível ••••• Maldição: O Baali é capaz de invocar esta Maldição sobre seus inimigos chamando por ajuda demoníaca. As vítimas deste poder quase sempre se vêem incapazes de realizar com perícia tarefas que antes pareciam naturais, ou podem se ver terrivelmente desfiguradas, odiadas ou simplesmente paralisadas sem força. O Baali pode remover a Maldição a qualquer momento que desejar. Sistema: Testa-se Inteligência + Ocultismo (dificuldade é a Força de Vontade da vítima). Se for bem-sucedido, o Baali escolhe uma das Características da vítima a ser afetada. A Característica afetada cairá imediatamente ao nível zero. A duração da Maldição depende do número de sucessos: 1 Sucesso Uma noite 2 Sucessos Uma semana 3 Sucessos Um mês 4 Sucessos Um ano 5 Sucessos Permanente Sob critério do Narrador (dependendo da necessidade da história), a vítima pode resistir com uma jogada de Força de Vontade (dificuldade 8), e cada sucesso permite a ela manter um nível da característica afetada (dois sucessos permitiriam a ela ter a Característica abaixada pra nível 2 ao invés de nível zero). Nível 6 Ignorar Chamas: A este nível de Daimoinon, o vampiro não precisa mais temer o fogo. Chamas e calor não incomodam mais o vampiro, e ele não os teme mais. Sistema: Este poder está sempre ativo. Uma vez aprendido, o vampiro não recebe mais danos por fogo, nem sequer entre em Rötschreck devido à presença de chamas. Sedução Diabólica: Os Baali podem influenciar almas diretamente, conhecendo os pecados que elas cometeram. A Sedução Diabólica permite aos Infernalistas acelerar a queda de uma alma rumo à Danação eterna. As vítimas deste poder se vêem cada vez mais diabólicas e menos morais. Sistema: O Baali deve primeiro utilizar Sentir o Pecado para descobrir a Natureza da vítima, e então gasta um número de Pontos de Sangue igual ao número de pontos que ele deseja que o alvo perca em Humanidade ou Trilha da Sabedoria. O Baali então testa Manipulação + Ocultismo, e a dificuldade é a Consciência/Convicção do alvo +4. Se tiver sucesso, o alvo perde um número de pontos em Humanidade/Trilha igual ao número de Pontos de Sangue gastos pelo Baali. O alvo pode resistir com um teste de Consciência (dificuldade 8), e cada sucesso permite a ele reduzir o número de pontos perdidos em um. Nível 7 Invocar o Arauto do Inferno: Sacrificando um mortal para os Lordes infernais, o Baali é capaz de invocar ajuda de um soldado do Inferno. Dependendo da natureza da criatura, ela pode surgir possuindo o corpo do mortal ou em sua forma verdadeira. O Arauto do Inferno invocado obedece às ordens do Baali e uma vez que tenha cumprido sua missão, ele é banido novamente para o Inferno. Sistema: O Baali precisa sacrificar um mortal, gasta três Pontos de Sangue e então testa Manipulação + Ocultismo (dificuldade 8). O número de sucessos indica o poder da criatura invocada. Nem só demônios podem ser invocados desta maneira. É possível invocar espíritos ou fantasmas corruptos, ou outros seres sombrios do mundo espiritual. De qualquer forma, a criatura deve obedecer às ordens do Baali, embora eles mantenham vontade livre e possam “interpretar” essas ordens para seu maior proveito. Uma vez que a criatura cumpre sua missão, ela é banida para o mundo de onde veio. O uso deste poder enfurece os infernais, que acham uma ofensa um “ser inferior” tentar controla-los. Um Baali que não seja cauteloso para aplacar ou compensar os demônios que ele invoca pode esperar retribuição futura... Nível 8 Liberar a Fúria Infernal: Esta poderosa maldição permite ao Baali tentar destruir seus inimigos Cainitas. Aqueles afetados sofrerão o efeito da maldição durante o dia, no exato instante em que o Sol estiver acima da vítima. Nesse exato instante, o Sol queimará a vítima, não importando onde ela esteja e quais proteções ela tenha usado para se proteger da luz solar. Aqueles a vêem a vítima nesse instante simplesmente a verão entrar em combustão instantânea. Sistema: O Baali deve tocar ou manter contato visual para ativar a maldição. Ele gasta então um número de Pontos de Sangue igual ao número de turnos que ele deseja que a vítima seja consumida pelas chamas. Testa-se então Inteligência + Ocultismo (dificuldade é a Força de Vontade do alvo). A maldição ocorrerá no dia seguinte, mas para cada sucesso obtido o Baali pode desejar atrasar o acontecimento em um dia, desta forma retirando quaisquer suspeitas de quem seria o causador da maldição. Quando a maldição toma efeito, a vítima passa a ser considerada como se estivesse diretamente exposta ao Sol, e toma Dano Agravado. Este dano só pode ser absorvido com Fortitude ou através de outros poderes que sirvam para se defender da luz solar. A vítima continua a queimar por um número de turnos igual ao número de Pontos de Sangue gastos pelo Baali. Maldição Terrível: O Baali é capaz de invocar uma potente maldição sobre uma cidade ou região inteira. A região afetada passa a ser um dos piores locais possíveis para se viver. A criminalidade explode, epidemias se espalham, a saúde das pessoas fica abalada, as pessoas tornam-se mais corruptas e eventos estranhos costumam acontecer com freqüência. Mais ainda, em casos muito graves, podem começar a aparecer animais e plantas deformados, com características infernais. A área toda se torna uma região maligna na Terra. Sistema: O Baali testa Inteligência + Ocultismo (dificuldade 9). Quantos mais sucessos, mais poderoso é o efeito. A área amaldiçoada passa a ser um centro de energias malignas, que atrai espíritos sombrios e demônios, e pode ser sentida por lobisomens e outros seres sensíveis a tais energias como sendo uma área corrupta. Aqueles com Auspícios 9 ou mais também podem perceber uma aura enegrecida tomando toda a área. Este poder pode ser cancelado, embora os rituais místicos capazes de fazê-lo sejam extremamente poderosos, e funcionarão apenas se o Narrador permitir. Nível 9 Invocar a Grande Besta: Este poder jamais foi usado com sucesso, embora digam que três Baali já o tentaram (um deles sendo o próprio Shaitan em sua tentativa de despertar Namtaru). Este poder requer o sacrifício de 100 vítimas mortais, todas de coração puro (Consciência 4 ou mais). O Baali então abre sua alma para que um dos Grandes Lordes infernais venha à Terra. O que ocorreria com a Terra se este poder fosse usado com sucesso ninguém é capaz de dizer. Sistema: Além do sacrifício em si, que é um ato demorado e pode levar dias para se concluir, o Baali gasta 9 pontos PERMANENTES de Força de Vontade e em seguida testa Força de Vontade (dificuldade 10). Se conseguir, o Baali trará para a Terra um dos grandes seres do Outro Mundo. Entre as criaturas que poderiam ser trazidas estão deuses sombrios (Incarnas da Wyrm), Malfeanos ou Grandes Lordes infernais. A criatura escolhida se apossará do corpo do Baali, e precisará de um período Uma coisa é certa: esse tipo de criatura é muito mais poderosa que qualquer vampiro existente, e um mundo com certeza estaria em perigo... Outros Poderes dos Baali Os Baali não contam apenas com suas Disciplinas e seus talentos naturais, eles possuem uma vantagem que outros vampiros não têm: ajuda de outros mundos. Conforme traficam com seres dos mundos espirituais, os Baali conseguem adquirir novos poderes e têm acesso a novas Disciplinas. INVESTIMENTOS INFERNAIS Investimentos Infernais são poderes menores dados por demônios. Apenas demônios verdadeiros podem dar Investimentos, embora outros tipos de espíritos possam dar poderes semelhantes (um vampiro que trafique com espíritos da Wyrm ganharia “Investimentos” também, mas na verdade tais poderes viriam de um efeito de possessão: o vampiro se torna uma espécie de Fomori, embora retenha sua consciência). Poucos Baali costumam ter Investimentos infernais, por um motivo simples: traficar com demônios é arriscado, e a maioria dos Baali prefere comandar os infernais ao invés de ser comandados por eles. Somente Baali mais agressivos e jovens costumam vender suas almas em troca de tal tipo de poder. Os mais velhos sabem que perder a alma por tão pouco é tolice. Para detalhes a respeito de Investimentos, veja Demônio: O Preço do Poder (no Capítulo de Infernalistas), ou os livros Storyteller’s Handbook to the Sabbat, Freak Legion (para ter uma idéia dos “Investimentos” da Wyrm), The Book of Madness (para Mago), Book of the Wyrm 2nd Edition e Dark Ages Companion. TAUMATURGIA NEGRA A versão corrupta da Taumaturgia, Taumaturgia Negra é um poder sombrio, que envolve rituais de magia negra e Caminhos destrutivos e perigosos. Os Baali, principalmente os mais antigos, valorizam muito a Taumaturgia Negra, e a usam com freqüência. Taumaturgia Negra pode ser aprendida sem a ajuda de demônios, e isso se mostra uma vantagem. Para detalhes sobre Taumaturgia Negra, veja Storyteller’s Handbook to the Sabbat , Guia do Sabá e Dark Ages Companion. Futuramente, em Underground Haven, faremos uma matéria completa sobre Taumaturgia Negra, com regras revisadas. DISCIPLINAS INFERNAIS Às vezes, é possível aprender Disciplinas únicas com a ajuda de demônios. Essas Disciplinas corruptas são marcas exclusivas do Inferno, e não podem ser aprendida sem a ajuda infernal. Duas Disciplinas infernais são conhecidas: Striga e Maleficia. Veja Dark Ages Companion para detalhes a respeito de ambas. O Autor Tiago José “Deicide” Galvão Moreira OBSERVAÇÃO: A maioria das informações contidas aqui são oficiais, embora tenham sido reescritas para que as obras de onde foram retiradas se mantenham interessantes. A história dos Baali foi resumida a partir daquela contida em Clanbook Baali, mas ela não tem todas as informações, apenas o mínimo que vocês devem saber. Leiam o livro. Vale a pena. É claro, esta não é a única história dos Baali, apenas aquela que a Linhagem considera como a verdadeira... há muitas dúvidas a respeito desse grupo sombrio. Os poderes de Daimoinon foram retirados de Vampiro: Era das Trevas, Clanbook Baali e Dark Ages Companion, embora alguns de nível alto tenham sido levemente alterados pelo autor para que ficassem mais equilibrados. Recomendo as leituras: Clanbook Baali e Dark Ages Companion, para aqueles que desejam saber mais a fundo sobre estes vampiros Infernalistas. Se você quiser saber mais sobre Infernalismo, procure Storyteller’s Handbook to the Sabbat, da Segunda Edição de Vampiro, e Book of Madness, para Mago.
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