Centro Português de Le Raincy ajuda a manter
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Centro Português de Le Raincy ajuda a manter
PUB Edição 1841 1,20 Euro 8 de janeiro 2016 a 14 de janeiro de 2016 www.mundoportugues.pt Diretor: Maria da Conceição Granado de Almeida [email protected] informação Escola foi fundada nos anos 70 a pedido dos pais Há novas regras para os depósitos bancários. Fique a saber quais... Centro Português de Le Raincy ajuda a manter a Língua Portuguesa em França NOVA TAXA 1 euro por cada noite na capital portuguesa NOVAS REGRAS P. 8 liderança decidida em alvalade P. 10 FRANÇA - PARIS O “Saudade” é um dos melhores restaurantes portugueses em França P. 12 e 13 P. 9 Agricultores só podem aplicar pesticidas se fizerem curso de formação até Maio O ensino da língua portuguesa em França começou por ser assegurado pelas associações da comunidade portuguesa. Foi o caso do Centre Portugais de Formation Culturelle em Le Raincy, que abriu as portas da sua escola no início da década de 70 do século XX. O padre Martim da Silva foi o fundador desta associação com o objetivo de ensinar língua portuguesa aos filhos dos portugueses residentes em França. Hoje continua ativamente o seu trabalho na promoção da língua portuguesa pelas mãos de uma ex-aluna, Christine Rodrigues, a atual presidente desta associação portuguesa em França... PELO MUNDO P. 7 A taxa será cobrada nas dormidas de turistas nacionais e estrangeiros e aplica-se a todas as unidades hoteleiras P. 2 e 3 inaugurado nos anos 7o em Versailles P. 6 Ensino: Governo prolonga compensação P. 27 a professores no estrangeiro afetados pela desvalorização cambial SLIMANI! Herói do jogo, marca dois golos ao FC Porto e reconquista a liderança do campeonato para Venezuela: Politólogo luso-venezuelano os verde e brancos Vasco da Costa está preso desde 2014 Restaurante “Pedra Alta”abre nova unidade nos Champs-Élysées O conhecido empresário de restauração, conquista a zona nobre de Paris ALQUEVA P. 22 A barragem que transfigurou a paisagem e criou no Alentejo um dos maiores lagos da Europa caderno especial nesta edição LISBOA DE 29 DE FEVEREIRO A 2 DE MARÇO SISAB PORTUGAL | A grande feira mundial de exportação de produtos portugueses VINIVERDE JOSÉ ANTAS OLIVEIRA MANUEL SERRA FERNANDO DIAS FERREIRA “Objetivo é faturar 50 por cento no mercado nacional e 50 por cento na exportação ” “Na minha família já A estratégia de mercado passa represento a terceira geração pela exportação dos vinhos da nesta empresa e neste negócio” Herdade da Comporta Visitámos a holding, sediada em Ponte da Barca cujos acionistas são várias empresas da Região dos Vinhos Verdes, entre as quais se destaca a Adega Cooperativa de Ponte da Barca pela sua dimensão, pelo seu já longo historial de quase 50 anos e notoriedade, local onde se situa não só a sede administrativa da Viniverde como a de produção. Desde 1928 se escreve a história desta empresa e da sua marca mais antiga, o azeite Serrata. Este percurso alcança o presente, incluindo nele um importante nome para o seu universo, o reconhecido e prestigiado azeite VilaFlor. Dois nomes que atravessaram o século com o maior número de avanços científicos e tecnológicos, – o século XX e afirma-se no século XXI percorrendo o caminho da inovação e persistência nos elevados padrões de qualidade e genuinidade. HERDADE DA COMPORTA MANUEL PALMA Os vinhos Herdade da Comporta são o fruto do empenho num projeto vitivinícola moderno e ousado, onde as tecnologias de ponta projetam o tradicionalismo do processo de vinificação em lagares mecanizados. De reconhecida qualidade, têm sido premiados em vários certames internacionais. PARRA VINHOS LUIS VIEIRA Tentamos manter o perfil a que o nosso consumidor está habituado A Parras Vinhos é especializada na produção e seleção de vinhos de qualidade em diversas regiões de Portugal. A seleção dos melhores lotes de vinhos nas regiões e o excelente trabalho de uma vasta equipa de enologia permite à Parras a produção de vinhos de qualidade superior. A empresa apoia ainda os seus clientes na criação de marcas próprias nomeadamente para mercados de exportação em que requer algumas normas mais específicas. SISAB PORTUGAL 21ª edição da maior feira mundial para exportação de produtos portugueses P. 15 a 26 PUB p.2 FRANÇA - LE RAINCY 8 DE JANEIRO DE 2016 PADRE MARTIM DA SILVA, FUNDADOR DO CENTRE PORTUGAIS DE FORMATION CULTURELLE DE LE RAINCY “A Sacrossanta Ignorância era terrível e foi contra ela que decidi lutar no plano religioso e cultural...” O ensino da língua portuguesa em França começou por ser assegurado pelas associações da comunidade portuguesa. Foi neste âmbito que as primeiras aulas de português foram criadas, como foi o caso do Centre Portugais de Formation Culturelle em Le Raincy, no início da década de 70. O padre Martim da Silva foi o fundador desta associação com o objetivo de ensinar língua portuguesa aos filhos dos portugueses residentes em França. Hoje esta associação continua ativamente o seu trabalho na promoção da língua portuguesa pelas mãos de uma ex-aluna, Christine Rodrigues, a atual presidente do Centro Portugais de Formation Culturelle. O “Mundo Português” foi conhecer este projeto que ajuda a promover e elevar a língua portuguesa no Mundo. Conte-nos a sua história, como é que veio para França? Eu vim para França por sugestão do Bispo da Diocese de Vila Real para fazer um curso de pedagogia catequética, mas este curso não me interessou muito e passado um ano ingressei no curso de licenciatura em Sociologia, no Instituto Católico de Paris. Na altura, talvez tenha sido um pouco influenciado nesta decisão pelo Maio de 68, para além dos problemas sociais com os quais já na altura me preocupava em Portugal. Tive uma bolsa de estudo do governo francês e quando me preparava para regressar a Portugal vieram-me pedir para ensinar língua portuguesa aos filhos dos portugueses residentes em França. Nunca vou esquecer uma frase que me disseram na altura e que repito muitas vezes: -ensine o português aos nossos filhos senão quando eles chegarem a Portugal serão estrangeiros como nós fomos aqui, sem saber falar a língua. Isto motivou-me. Gostava do ensino, já tinha ensinado durante 5 anos em Portugal e com a experiência de vida que já tinha adquirido, política também, entendia que a Sacrossanta Ignorância era terrível e foi contra ela que decidi lutar quer no plano religioso, quer no plano cultural. poucos alunos, mas muito rapidamente aumentou o número de alunos. Sem qualquer publicidade, só de boca em boca, foi isso que deu a conhecer os nossos cursos. Em 1980 tínhamos quase 200 alunos. No início, alguns dos meus alunos eram jovens que pretendiam entrar na universidade e não conseguiam, porque não tinham os estudos franceses. Então, precisavam tirar algumas disciplinas para depois pedirem equivalência, em áreas como Filosofia, História, Latim, Português ou Introdução à Política. Durante mais de dois anos lecionei estas disciplinas o que permitiu a alguns alunos entrar na universidade. Em 2009 parou de ensinar, mas acabou sempre por voltar, como é que isto aconteceu? Em 2009 decidi parar de ensinar, porque os anos avançaram e eu tinha realmente muito trabalho, era muito cansativo, andava sempre de um lado para o outro. Dava aulas em Meaux, Le Raincy, em Montfermeil, contratado pela mairie para dar cursos de português, em Bondy e em Paris, na École Médicis, para dar cursos de preparação para licenciaturas. Foi uma experiência muito boa, mas em 2009 decidi parar e dar a vez a outros. (...) Decidi então ficar em França. Rasguei mesmo o bilhete do comboio e ainda hoje tenho pena de não o ter guardado, mas foi para não ter a tentação de querer regressar (...) Acabei por não parar muito tempo, porque em Meaux havia uma as- (...) Nunca vou esquecer uma frase que me disseram na altura e que repito muitas vezes: -ensine o português aos nossos filhos senão quando eles chegarem a Portugal serão estrangeiros como nós fomos aqui, sem saber falar a língua. Isto motivou-me, gostava do ensino (...) Decidi então ficar em França. Rasguei mesmo o bilhete do comboio e ainda hoje tenho pena de não o ter guardado, mas foi para não ter a tentação de querer regressar. Foi então em 72/73 que fundei o ensino em Le Raincy. Começámos com Padre Martim da Silva, fundador do Centre Portugais de Formation Culturelle sociação que eu tinha criado com apenas 12 alunos, que tinha na altura mais de 50 alunos e ia fechar, por falta de professores, então eu decidi retomar o ensino para que não acabasse. Dei aulas mais 2 anos, até 2012 praticamente. Recentemente a diretora responsável pelo ensino confessou-me que tinham aumentado os alunos, mas que tinha falta de professores e decidi retomar outra vez. É um curso para adultos, são franceses e francesas que frequentam as aulas de português porque estão ligados a Portugal por laços matrimoniais, ou simplesmente relacionais. Alguns compraram casa em Portugal para onde querem ir e saber falar português. Graças à língua portuguesa tive também muitos alunos que conseguiram obter lugares em trabalhos importantes em bancos franceses ou fábricas de montagem de automóveis onde é necessário saber falar português para negociar com o Brasil, por exemplo. (...) um padre, já falecido, padre Vaz Pinto, passava aqui, em Le Raincy, de 15 em 15 dias para celebrar missa e uma vez convidou-me para ficar nesta igreja e celebrar eu as missas e atender os portugueses. Eu aceitei. Isto foi em 1970 e assim começou a formar-se um núcleo que foi aumentando cada vez. No início eram 60, 70 pessoas, hoje são mais de 400 (...) Não era fácil encontrar quem ensinasse língua portuguesa em França? Com o tempo fui criando os pró- FRANÇA - LE RAINCY 8 DE JANEIRO DE 2016 prios professores. Os primeiros professores que tivemos foram os melhores alunos que sobressaíram pela sua dedicação e inteligência e comecei a introduzi-los no próprio ensino. Houve até uma vaga de jovens que enveredaram pela área do ensino em Portugal, mas também aqui em França, impulsionados pelo que aprenderam aqui. Com os meus primeiros alunos conservamos uma boa relação e fazemos ainda encontros onde recordamos o passado. p.3 CHRISTINE RODRIGUES, EX-ALUNA E ATUAL PRESIDENTE DO CPFC DE LE RAINCY (FRANÇA, 93) “Entrei na associação como aluna e nunca mais saí...” (...) Com o tempo fui criando os próprios professores. Os primeiros professores que tivemos foram os melhores alunos que sobressaíram pela sua dedicação e inteligência comecei a introduzi-los no próprio ensino (...) E como veio para esta Igreja em Le Raincy? O que me motivou a fixar aqui foi o ensino, mas juntamente com o ensino veio a igreja, eu sou sacerdote embora nunca tenha tido paróquia em Portugal. Eu ia celebrar missa à Missão Portuguesa e um padre, já falecido, padre Vaz Pinto, passava aqui, em Le Raincy, de 15 em 15 dias para celebrar missa e uma vez convidou-me para ficar nesta igreja e celebrar eu as missas e atender os portugueses. Eu aceitei. Isto foi em 1970 e assim começou a formar-se um núcleo que foi aumentando cada vez. No início eram 60, 70 pessoas, hoje são mais de 400. A nossa atividade centra-se na celebração eucarística aos domingos e aos sábados e na catequese. As aulas de catequese são muito frequentadas, temos mais de 50 crianças para a primeira comunhão e 50 para a comunhão solene e todos os anos se renova. Também fazemos aqui a preparação para casamentos. Os casamentos acontecem mais em Portugal do que aqui. No ano passado preparei 18 casais e só um casou em França. Temos aqui muita vida. Temos dois grupos de coro extraordinários que atraem muita gente e dão um brilho único às nossas celebrações. (...) Graças à língua portuguesa tive também muitos alunos que conseguiram obter lugares em trabalhos importantes em bancos franceses ou fábricas de montagem de automóveis onde é necessário saber falar português para negociar com o Brasil, por exemplo (...) Fale-nos do Centre Portugais de Formation Culturelle? O Centre Portugais de Formation Culturelle é na sua origem, uma escola fundada pelo padre Martim da Silva. Ele fundou uma pequena escola de Português nos anos 70 a pedido de pais que residiam em França e queriam que os filhos aprendessem língua portuguesa. O padre Martim fundou então uma primeira aula, depois uma segunda aula, o grupo foi aumentando e em 1984 formalizou-se oficialmente a associação, na Sous-Préfecture du Raincy. Hoje podemos dizer que ensinamos língua portuguesa há mais de 42 anos. Inicialmente eram poucos alunos, mas hoje temos 270 alunos. (...) Hoje podemos dizer que ensinamos língua portuguesa há mais de 42 anos. Inicialmente eram poucos alunos, hoje temos 270 alunos (...) O que leva os alunos a querer aprender português aqui? Muitas vezes a motivação vem dos pais que se preocupam para que os filhos saibam falar português em Portugal, quer para férias, quer para eventualmente trabalhar lá ou cá, em empresas portuguesas. Só mais tarde é que vem uma motiva- ção interna ao próprio aluno, mas isso é a partir da adolescência, muitos acabam os estudos na nossa associação e só depois é que realizam quanto lhes valeu a passagem pela nossa escola. Outra razão, muito motivada por nós professores, é que saber falar português é uma mais-valia importante, estudar uma língua que está enraizada na família, que está sempre presente, mas “morta” para aqueles que já nasceram em França e muitas vezes não falam português em casa, é uma experiência que acabamos por permitir a essas famílias, “acordar” para esta língua que está há bastantes gerações na família. Os nossos alunos reconhecem esta mais-valia e usam-na nos estudos, no trabalho e isto é realmente um plus que eles têm na vida deles, para além do Inglês e do Francês vão também saber falar Português. Existem muitos professores disponíveis para ensinar língua portuguesa em França? Neste momento, temos sete professores, entre os quais três que vieram de Portugal, mas que foram contratados localmente. São professores que não encontraram colocação em Portugal, chegaram aqui há alguns anos e encontra- ram-nos. Entraram na associação, estão a dar aulas connosco e entretanto também conseguiram colocação no sistema de ensino francês, a lecionar Português. (...) Em França existe um pouco a supremacia do Inglês e do Espanhol nas nossas escolas e também um pouco do Alemão que faz com que seja muito difícil, ou levará muitos anos até que o Português entre em força nas escolas francesas (...) Existe um fenómeno recente no Turismo, obviamente ligado ao investimento em Portugal, designadamente a procura por parte de franceses de casa em Portugal para viver a reforma abrindo aqui uma alternativa para a língua portuguesa e para Portugal como um país alternativo para negócios, por exemplo…. Em França existe um pouco a supremacia do Inglês e do Espanhol nas nossas escolas e também um pouco do Alemão que faz com que seja muito difícil, ou levará muitos anos até que o Português entre em força nas escolas francesas. Temos muitos professores habilitados a ensinar espanhol, por isso é que o sistema vai demorar muitos anos a mudar. Quando um sistema está enraizado socialmente é preciso levá-lo até ao fim e isso demora muitos anos. Acho que por razões económicas e estruturais não haverá muita diligência em instalar em força o português nas escolas francesas. Há muitos franceses a querer aprender português? Já temos alunos franceses há muitos anos. Temos 25 adultos a aprenderem português como língua estrangeira. Alguns porque estão casados com portugueses ou portuguesas e vão passar férias a Portugal, têm uma parte da família que é portuguesa e gostam da língua, da cultura e da gastronomia de Portugal. Esta é a maior parte. Mas também temos uma pequena percentagem que gosta da língua, conheceu Portugal em turismo, por exemplo e que vem então aprender o português como qualquer outra língua estrangeira. Já há uma procura de não-lusófonos na aprendizagem do português. (...) Já temos alunos franceses há muitos anos. Temos 25 adultos a aprenderem português como língua estrangeira. Já há uma procura de não-lusófonos na aprendizagem do português (...) p.4 PELO PAÍS 8 DE JANEIRO DE 2016 Norte Centro Sul PONTE LIMA CALDAS DA RAINHA MÉRTOLA Vitima de acidente em Espanha era do concelho Mulher morre atropelada pelo seu próprio carro Habitantes saem da pequena aldeia para viagem de sonho Um dos dois homens que morreu num acidente de viação em Burgos, Espanha, tinha 38 anos e era natural de Vitorino de Piães, Ponte de Lima, disse à Lusa o presidente da junta de freguesia. Segundo Francisco Cunha, a vítima mortal vivia há vários anos no Algarve. Dois homens portugueses morreram esta madrugada num acidente de viação na autoestrada espanhola AP-1, depois de o camião onde viajavam ter saído da estrada no quilómetro 41 da AP-1, em Briviesca, Burgos, cerca das 05:00 (04:00 em Lisboa). Fonte dos Bombeiros de Burgos confirmou que os dois mortos são de nacionalidade portuguesa e que seguiam num camião procedente de Portugal que transportava laranjas e que caiu de uma ponte e ficou em chamas, acabando por arder. Uma mulher, com perto de 60 anos, morreu, ao final da tarde, na Foz do Arelho, atropelada por um veículo sem condutor que se terá destravado e a atingiu, disse à Lusa fonte dos bombeiros. O acidente ocorreu às 17:41, quando a vítima e o marido entraram na sua propriedade, naquela localidade do concelho de Caldas da Rainha, distrito de Leiria, e saíram do veículo “para tratar dos animais”, informou o segundo comandante dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha, José António Silva. O veículo ter-se-á “destravado por qualquer motivo” e, estando num local com “declive muito acentuado”, ganhou velocidade e acabou “por colher” a vítima, contou. O óbito foi confirmado no local, tendo sido necessária uma ambulância “para prestar assistência ao marido”, que não sofreu quaisquer ferimentos, mas que se apresentava “abalado com a situação”, referiu. Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria, no local estiveram três veículos e seis operacionais dos bombeiros, da GNR das Caldas da Rainha e do Instituto Nacional de Emergência Médica. A pequena aldeia alentejana de São Miguel do Pinheiro tem pessoas que nunca gozaram férias “fora de portas” ou viajaram por mais de um dia, mas que, em breve, vão realizar o “sonho” de visitar Porto e Minho. Com “as mãos na massa”, enquanto prepara uma fornada de pão, a padeira da aldeia, Iria Reis, de 63 anos, conta que trabalha “todos os dias” e a viagem será “uma oportunidade única de fechar a padaria”, mas irá compensar, porque servirá para “cumprir um sonho”. O “sonho” dos habitantes de São Miguel do Pinheiro, no concelho de Mértola, no distrito de Beja, de conhecer a cidade do Porto e a região do Minho será concretizado no início da primavera deste ano, através do projeto “Aldeia dos Sonhos”, da Fundação INATEL. No âmbito de uma candidatura apresentada pela Câmara de Mértola, São Miguel do Pinheiro venceu a segunda edição do projeto, que realiza sonhos de natureza turística, cultural e desportiva de aldeias com menos de 100 habitantes. “Nunca tive férias, trabalho todos os dias e, desde que tenho a padaria nova, é impossível, não há um fim de semana, não há nada”, desabafa Iria Reis, referindo que “nunca” passou de Lisboa e está “muito ansiosa” para fazer a viagem, porque “é um desejo muito grande” e “há muito tempo que gostava de ir ao norte para ver um sítio diferente”. A viagem vai durar dois dias e decorrer num fim de semana, já que algumas pessoas não podem ausentar-se por mais tempo, e inclui uma noite numa unidade hoteleira da Fundação INATEL, explica o diretor do Departamento de Inovação Social da instituição, Rui Calarrão. Durante a viagem, a fundação irá concretizar os “pequenos sonhos” de cada uma das pessoas, diz Rui Calarrão, indicando, a título de exemplo, que, no Porto, uns vão querer visitar a Torre dos Clérigos e outros a Casa da Música, e, no Minho, uns gostarão de ir ao Santuário do Bom Jesus de Braga e outros a Viana do Castelo. ALFANDEGA DA FÉ Hotel e SPA concessionados A Câmara de Alfândega da Fé anunciou a concessão, pelo prazo de um ano, do Hotel & SPA à empresa Piter, de Mirandela, num contrato lhe confere, ainda, o direito de compra. A presidente da Câmara Alfândega da Fé, Berta Nunes, disse que ficou tudo “preto no branco” e que a empresa se comprometeu a fazer um investimento de mais de um milhão de euros para melhorar as condições físicas do Hotel & SPA e avançar para um novo projeto de eficiência energética daquela unidade. “Outros do propósitos da empresa é criar uma escola de hotelaria nas instalações da unidade turística, destinada a formandos provenientes de países de língua oficial portuguesa”, disse a autarca socialista. A empresa concessionária fica ainda responsável pelos encargos com os trabalhadores e com o pagamento das despesas mensais que rondam mais de 20 mil euros. No que respeita à compra da unidade hoteleira por parte da Piter - Sociedade Comercial de Produtos de Identidade Local, sediada em Mirandela, no distrito de Bragança, a empresa concessionária terá de desembolsar cerca de 1,7 milhões de euros, o que corresponde ao atual passivo do Hotel & SPA Alfândega da Fé. “No acordo de concessão, há uma cláusula que permite à empresa Piter adquirir o Hotel & SPA até ao final de 2016, o que poderá, até, ser antecipado”, indicou Berta Nunes. A autarquia decidiu vender o empreendimento municipal para reequilibrar as contas daquela que era uma das câmaras mais endividadas do país e têm sido as dificuldades financeiras do município a condicionar o avanço da transação O hotel é gerido pela Alfandegatur, empresa municipal de Desenvolvimento Turístico de Alfândega da Fé, e, embora seja um dos locais turísticos mais procurados do distrito de Bragança, com o único SPA ao ar livre de Portugal, tem somado prejuízos e contribuído com mais de dois milhões de euros para o passivo da autarquia. REDACÇÃO Email: [email protected] tel. (00351) 21 795 76 70 AMIGO N.º1 DO CONSELHO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS EM 1994 MEDALHA DE MÉRITO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS EM 2000 FUNDADORES COLABORADORES E CORRESPONDENTES PORTUGAL Chefe de Redacção ESTRANGEIRO [email protected] Redactores Principais Ana Grácio Pinto (CP 2857) [email protected] António Freitas (CP 1920) Carlos Morais [email protected] DIRECTOR Ana Rita Almeida (CP 6092) (TE 402) A empresa responsável pela reabilitação de um ‘travessão’ de pedra no rio Tejo, na zona de Abrantes, que impedia a circulação de peixes, deu por terminados os trabalhos “ainda sem uma solução definitiva”, tendo deixado aberto um canal de passagem. “Vamos continuar a trabalhar na procura de uma solução técnica que sirva os interesses de todas as partes, mas, para já, o ‘travessão’ vai ficar tal como está, com um canal aberto ao centro, até se encontrar outra solução”, disse onte oficial da empresa Pegop, instalada em Pego, no concelho de Abrantes. Em causa está a reparação do denominado ‘travessão’ (barreira que atravessa o rio Tejo), junto à Central Termoelétrica do Pego, estrutura licenciada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e edificada há 25 anos, com o objetivo de aumentar o nível da água no local e permitir a sua captação para arrefecer o vapor proveniente das turbinas. “Os nossos trabalhos estão terminados e foram feitos pequenos acertos a pedido da APA, nomeadamente com a abertura de um canal que repôs a circulação montante/jusante no rio Tejo, quer de peixe, quer de água”, indicou a fonte da Pegop, sublinhando, no entanto, que a solução “é provisória” e que “não serve as necessidades” da central. No dia 12 de dezembro, a Associação de Defesa do Ambiente - SOS Tejo disse ter detetado que o rio Tejo havia sido “bloqueado em toda a sua largura” com um novo dique junto da Central Termoelétrica do Pego, unindo esta localidade com a freguesia de Mouriscas. José Manuel Duarte (CP 3414) ADMINISTRAÇÃO Maria da Conceição Granado de Almeida Barreira artificial no Rio Tejo sem solução à vista Manuela Aguiar, Carlos Luís, Eduardo Moreira, Vasco Callixto, Manuel Pinto Coelho, Nélson Simas, Paulo Geraldo, Joaquim Vitorino, José António Barreiros Valentim Morais e Padre Vítor Melícias Lopes [email protected] ABRANTES [email protected] África do Sul: Carlos Silva Alemanha: João Marques, Manuel Campos Argentina: Martin Fabian d’Oliveira Bélgica: António Fernandes Brasil: Ramos André, António Gomes da Costa, José António Marcelino, Linda Gonçalves, Dagmar Lourenço Canadá: Carlos Morgadinho Espanha: Luís Longueira Estados Unidos: Adalino Cabral, Edmundo Macedo, Glória de Melo, José Martins, Nelson Tereso França: Duarte Silva, António Cravo Holanda: José Camacho Suíça: Manuel Beja, António Santos Venezuela: Rui Carloto Inglaterra: Rogério Fragoso Dinamarca: Susana Louro REDONDO Pratos típicos do Alentejo Pratos tradicionais da cozinha alentejana vão “reinar” em 19 restaurantes do concelho de Redondo, no distrito de Évora, durante os primeiros três meses deste ano, num evento gastronómico promovido pela câmara. A iniciativa, denominada “Redondo ‘Há’ Mesa”, decorre ao longo deste primeiro trimestre, sempre aos fins de semana, e é organizada em parceria com os estabelecimentos de restauração do concelho. “É a primeira vez que realizamos esta iniciativa e estão reunidos todos os ingredientes para que tenha êxito”, afirmou à agência Lusa o presidente da câmara, António Recto, sublinhando: “Sempre se comeu bem em Redondo e, agora, ainda se vai comer melhor”. Morada: Av. Elias Garcia, 57 - 7.º • 1049-017 Lisboa - Portugal Fax: (00351) 21 795 76 65 Publicidade Assinaturas [email protected] Alípio Pereira (Coordenador) [email protected] [email protected] tlm. (00351) 91 983 77 76 Paulo Ferreira (Coordenador) tel. (00351) 21 795 76 71 tel. (00351) 21 795 76 68 Departamento de Eventos [email protected] Tânia Diniz [email protected] tel. (00351) 21 795 76 69 Capital Social: 200.000 Euros SÓCIOS COM MAIS DE 5% DO CAPITAL NA EMPRESA: Carlos Manuel Cordeiro Baião Morais EDITOR e PROPRIETÁRIO [email protected] MUNDO PORTUGUÊS Sociedade Jornalística S.A. Depósito Legal: 1971/83 Registo: Ministério da Justiça/107468 O Emigrante/Mundo Português: 107468 tel. (00351) 21 795 76 73 Estatuto Editorial: Ler em www.mundoportugues.pt [email protected] Ana Lourenço (Coordenadora) tlm. (00351) 91 983 77 75 Nádia Duarte [email protected] tel. (00351) 21 795 76 74 Serviços Administrativos Graça Vieira [email protected] tel. (00351) 21 795 76 66 /7 PORTE PAGO No mês de TIRAGEM DEZEMBRO 28.000 ex. p.6 NACIONAL 8 DE JANEIRO DE 2016 NOVAS REGRAS DE RESGATE DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS Garantia dos depósitos bancários e as novas regras para os depositantes A partir de 1 de Janeiro, os depositantes acima de 100 mil euros podem ser chamados a assumir perdas quando um banco for resgatado.Os depósitos abrangidos pelo sistema de garantia de depósitos estão cobertos até 100 mil euros por cada depositante e por cada banco, sejam os depositantes residentes ou não em Portugal. A partir de 1 de Janeiro, os depositantes acima de 100 mil euros podem ser chamados a assumir perdas quando um banco for resgatado. O novo ano vai trazer ao sector bancário na Europa mudanças na forma como os governos e as autoridades de supervisão terão de lidar com a resposta às situações de risco de colapso dos bancos. Entraram em pleno funcionamento as regras do Mecanismo Único de Resolução (MUR). Quando uma instituição à beira da insolvência não conseguir recapitalizar-se no mercado pelos seus próprios meios e estiver à beira de um resgate, o apoio público tem de ser acompanhado por um resgate interno, ou seja, um processo de recapitalização interna. Uma mudança relevante é que os depositantes acima dos 100 mil euros ficam su- jeitos a assumir perdas. O Mecanismo Único de Resolução, é um dos três pilares da União Bancária Europeia, a par do Mecanismo Único de Supervisão e do Sistema Europeu de Garantia de Depósitos (SEGD), que vão estar de pé progressivamente actuando em articulação. Ao conselho cabe accionar a resolução dos grandes bancos directamente supervisionados pelo BCE (130 dos cerca de 6000 cobertos pela união bancária). Já as autoridades nacionais de resolução – no caso português, o Banco de Portugal – são responsáveis por todas as outras entidades. O Fundo Único de Resolução é o instrumento de financiamento das medidas de resolução, quando estiverem esgotadas outras formas se absorverem as perdas de um banco em insolvência. O fundo, financiado pelos bancos da união bancária, vai ser constituído gradualmente ao longo de oito anos, a contar a partir de 1 de Janeiro de 2016, até atingir uma dotação de 55 mil milhões de euros em 2024. O objectivo é perfazer, pelo menos, 1% do valor dos depósitos cobertos (até 100 mil euros) de todos os bancos da união bancária. Nesta fase transitória de oito anos, o fundo está dividido em compartimentos nacionais, que vão sendo progressivamente fundidos. No primeiro ano, há uma mutualização de 40% dos fundos; este tecto sobe para 60% no segundo, aumentando 6,67 pontos percentuais por ano nos períodos seguintes. Para mobilizar fundos do FUR é preciso, primeiro, que os accionistas e os credores assumam perdas num valor equivalente a, pelo me- nos, 8% do total dos passivos e capitais próprios do banco. Ao mesmo tempo, o financiamento não pode ser superior a 5% do total dos passivos e capitais próprios, só podendo ser ultrapassado em determinadas circunstâncias – como a conversão de todos os passivos, exceptuando os depósitos cobertos pelo sistema de garantia de depósitos (até 100 mil euros). Os primeiros a absorver as perdas, são, em primeiro lugar, pelos fundos próprios do banco e pelos accionistas, “através da extinção, da transferência ou de uma diluição substancial do valor das acções”. Se aquelas perdas não forem suficientes, “a dívida subordinada será convertida ou reduzida”. As obrigações seniores deverão ser convertidas ou reduzidas “se as categorias de créditos subordinados já o tive- rem sido na totalidade”. Os depósitos abrangidos pelo sistema de garantia de depósitos estão cobertos até 100 mil euros por cada depositante e por cada banco, sejam os depositantes residentes ou não em Portugal. Além dos depósitos até aos 100 mil euros, há um conjunto de passivos que também não são chamados a assumir perdas no processo de recapitalização interna. Salvaguardados ficam ainda os outros passivos garantidos (incluído as obrigações cobertas), as remunerações e as pensões asseguradas pelo banco, os créditos comerciais relacionados com bens e serviços críticos para o funcionamento corrente do banco ou, por exemplo, passivos interbancários com um prazo de vencimento inicial inferior a sete dias. 8 DE JANEIRO DE 2016 PELO PAÍS p.7 TAXA TURÍSTICA COMEÇA A SER APLICADA EM LISBOA Um euro de taxa por cada noite dormida na capital! Os turistas que visitam Lisboa pagam, a partir de janeiro de 2016, um euro por cada noite na capital portuguesa, até um máximo de sete euros, no âmbito da taxa turística aplicada pela Câmara Municipal. A taxa será cobrada nas dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros e aplica-se a “todas as unidades da hotelaria ou do alojamento local”, explicou a autarquia. Os turistas que visitam Lisboa pagam, a partir de janeiro de 2016, um euro por cada noite na capital portuguesa, até um máximo de sete euros, no âmbito da taxa turística aplicada pela Câmara Municipal. A taxa será cobrada nas dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros e aplica-se a “todas as unidades da hotelaria ou do alojamento local”, explicou a autarquia. A cobrança será feita pelos hoteleiros, sendo o montante depois entregue à Câmara. Estão isentos de pagamento crianças até 13 anos, quem pernoite na cidade para obter tratamento médico e os “hóspedes que têm a estadia oferecida” por “entidades responsáveis”. Por cobrar fica, para já, a taxa turística nas chegadas a Lisboa, por a autarquia ainda não saber como vai cobrá-la no aeroporto, estimando o vereador das Finanças que a medida arranque em abril. “Sobre a taxa turística de chegadas, que estava prevista entrar em funcionamento no dia 01 de janeiro, por questões operacionais não vai ser possível iniciar a sua execução nesse dia. Estamos ainda em negociações com a ANA [Aeroportos de Portugal] e a iniciar conversações com o Governo sobre esta matéria”, afirmou em dezembro João Paulo Saraiva. O problema não se coloca a quem chega por via marítima devido à legislação existente, estando a Câmara Municipal a ponderar aplicá-la “diretamente aos operadores dos cruzeiros”, que, por sua vez, a farão refletir “nos preços e na faturação aos seus clientes”, adiantou o vereador. A criação da Taxa Municipal Turística foi aprovada em dezembro de 2014 pelo executivo municipal mas, em 2015, a ANA - Aeroportos de Portugal assumiu a responsabilidade pelo seu pagamento, o que lhe custou 3,8 milhões de euros. A autarquia, de maioria PS, espera arrecadar uma receita de 15,7 milhões com a taxa turística este ano, valor que reverte para um fundo turístico criado para financiar investimentos na cidade. EM S. MIGUEL- AÇORES Ananás vai ter centro interpretativo O centro interpretativo do ananás, na ilha de São Miguel, nos Açores, vai ser inaugurado este ano, após vários contratempos, para dar a conhecer a história desta cultura tradicional iniciada no século XIX, foi anunciado. “Tudo indica que lá para junho teremos a obra, com tudo operacional para se poder trabalhar”, afirmou o presidente da Casa do Povo da Fajã de Baixo, José Dinis Carvalho, em declarações à agência Lusa. O centro interpretativo do ananás, um projeto conjunto da Casa do Povo da Fajã de Baixo e da Part´Ilha - Associação de Cultura e Desenvolvimento Local, está há vários anos para ser concluí- do, mas a obra de remodelação de uma antiga escola primária no centro da freguesia urbana do concelho de Ponta Delgada tem passado por vários constrangimentos, como a falência do primeiro construtor a quem foi adjudicada a obra. Em novembro de 2015, o secretário regional da Agricultura e Ambiente, Luís Neto Viveiros, garantiu na Assembleia Legislativa Regional dos Açores que durante 2016 seriam concluídas e inauguradas as obras do centro interpretativo do ananás, em São Miguel, e a casa dos fósseis, em Santa Maria, “cessado que foi o contrato com o anterior empreiteiro por manifesta incapacidade de acabar a obra”. PUB p.8 FRANÇA 8 DE JANEIRO DE 2016 RESTAURANTE “SAUDADE” EM VERSAILLES Um dos melhores restaurantes portugueses em França Ao passar por Versailles obrigatório se torna visitar o velho restaurante “Saudade” que inaugurado nos anos 70 por Agostinho Ferraria e encerrado no ano 2000 hoje, entregue ao profissionalismo de João Alexandre Ferraria, sobrinho do fundador, tornou-se num dos melhores restaurantes portugueses de França. ANTÓNIO FREITAS (TEXTO E FOTOS) Este jovem luso-descendente, com larga experiência na restauração, aproveitou a casa com nome já reconhecido, mas deu-lhe a mais valia, que passou logo pela decoração. Logo à entrada salta à vista que entramos num espaço requintado, para uma classe média e alta e onde se passam horas agradáveis, com excelente comida, excelente atendimento e ambiente cinco estrelas e claro pelo conforto. A cozinha é tradicional portuguesa no gosto, mas evoluiu muito para o estilo que João Alexandre Ferraria lhe incutiu, ou seja aberta a uma cozinha internacional “sempre guardando um paladar e um sabor que qualquer português gosta de identificar, como sendo um prato cozinhado por um português, num restaurante portu- guês” regista-nos na nossa passagem e jantar com seu tio Agostinho Ferraria, que não esconde o orgulho de seu sobrinho ter pegado nesta casa e a ter transformado para muito melhor. Neste projeto João Alexandre recorreu aos serviços de cozinha de seu primo Luís Rocha, um jovem chef de 17 anos que veio de Lisboa, há apenas sete anos e que começou a trabalhar em restaurantes franceses, até ao prazer de poder trabalhar com o primo. Já a sonhar com um restaurante em Paris, dado o sucesso desta aposta em Versailles. A aposta na qualidade dos produtos ditou o sucesso do “Restaurante Saudade” e o cliente tanto pode se deliciar com umas ameijoas à Bolhão Pato, servidas numa cataplana feita em Portugal, como um bacalhau João Alexandre Ferraria gerente do restaurante Saudade PUB SOLUÇÕES DE LOGÍSTICA & DISTRIBUIÇÃO POSTAL No envio de encomendas, documentos e publicações a nível nacional e internacional… Agostinho Gabriel (fundador do restaurante) e o seu filho … Temos a solução ideal para si e para o seu negócio! A Iberomail dispõe de um variado leque de opções de envio a nível nacional e internacional que passam por: CORREIO Serviços de distribuição postal ENCOMENDAS Serviço de encomendas Nacionais e Internacionais EXPRESSO Serviço urgente para documentos e encomendas Nacionais e Internacionais CONTACTE-NOS! Iberomail Correio Internacional SA R. Prof. Henrique de Barros, 5 / 2685-339 Prior-Velho Tel.: 218 621 570 [email protected] Fax: 218 621 580 www.iberomail.com O requinte na apresentação e o chefe de cozinha com os clientes confitado e sem esquecer as sobremesas tradicionais portuguesas como o Pão de Ló, Torta de Azeitão, os pastéis de Portugal entre outras iguarias. Conquistaram os paladares dos clientes franceses e 90% da clientela é francesa e que arrastam até ao “Saudade” clientes e empresários portugueses e João Alexandre explica, com um sorriso que os lugares comuns e clichés que passam na cabeça dos franceses, em que, na cozinha portuguesa é só o bacalhau, aqui se prova, que no saudade não há só bacalhau, há a boa charcutaria portuguesa, os enchidos, o fumeiro, os mariscos. João mostra-nos os itens que decoram o restaurante e os azulejos portugueses, a viola exclusiva (na foto), dão outro sinal. É que o Saudade, faz juz ao fado e todos os 15 dias a canção que é Património Imaterial da Humanidade, ecoa num restaurante tão próximo de um Palácio dos mais belos de França. Agostinho Ferraria, tio de Alexandre foi um dos portugueses pioneiros na ajuda na internacionalização dos produtos alimentares portugueses em França e importa do que melhor se produz em Portugal. Abriu o “Saudade” que foi um expoente da portugalidade e essa mesma portugalidade, e com mais requinte, bom gosto, está hoje patente, pela mão do seu sobrinho que nascendo no mundo da restauração e já em França, é um “embaixador dos sabores e requinte da cozinha com sabor português” e ganhou a aposta pois é certamente um dos “melhores restaurante portugueses em França” REGIONAL 8 DE JANEIRO DE 2016 p.9 SEGUNDO MINISTRO AGRICULTURA - CAPOULAS DOS SANTOS Agricultores podem aplicar pesticidas desde que façam formação até Maio O ministro da Agricultura anunciou que os 260 mil agricultores que estavam impossibilitados de utilizar pesticidas nas suas explorações por falta de certificação vão poder continuar a fazê-lo desde que façam formação até 31 de maio. Desde 26 de novembro - dia em que o atual Governo tomou posse -, os agricultores e cidadãos estão impedidos de aplicar ou adquirir pesticidas se não tiverem certificação. Em causa está uma diretiva comunitária que foi transposta em 2013 para a legislação portuguesa e que determinou que, a partir de 26 de novembro de 2015, qualquer agricultor ou cidadão que não tivesse um curso de formação sobre aplicação de pesticidas ficasse impedido de o fazer. “A situação com a qual fui confrontado foi a de que, em cerca de 300 mil agricultores que existem em Portugal, apenas 40 mil tinham feito este curso”, disse Capoulas Santos. Isto quer dizer que os restantes 240 mil e mais os “muitos milhares de cidadãos que aplicam fitofarmacêuticos nos seus jardins ou noutras circunstâncias ficam impossibilitados de o fazer ou até de adquirir estes produtos nas lojas de especialidades”, por razões de segurança, adiantou. Nesse sentido, foi publicado um decreto-lei no dia 30 de dezembro, que entrou em vigor no dia seguinte, que permite que os agricultores possam continuar a adquirir e a aplicar produtos fitofarmacêuticos até maio, desde que estejam inscritos numa ação de formação no Ministério da Agricultura, nas organizações de agricultores ou em entidades privadas que organizem esta formação. “Pretende-se desta forma que este enorme universo de 240 mil pessoas para as quais não foi possível encontrar solução nos últimos dois anos possam agora continuar a exercer a sua atividade e possam ser organizadas as ações que permitam que ao longo deste tempo seja possível” conferir-lhes formação, sublinhou Capoulas Santos. Esta solução continua a exigir que a formação seja ministrada, mas “permite que os agricultores continuem a sua atividade e não sejam punidos”, disse Capoulas Santos, explicando que outra consequência da falta de formação era uma eventual perda de ajudas comunitárias, quando os agricultores fossem controlados Porém não está em causa a formação que é sempre bemvinda e importante! O que está em causa são os preços exigidos pelas empresas privadas para darem os cursos! Variam entre 80,00 e 200,00! Temos que ter em conta que há mais de 150 mil emigrantes e proprietários de terras residentes no estrangeiro e nas grandes cidades que não irão frequentar cursos e que impossibilitados de comprar herbicidas por exemplo se vai traduzir em mais terrenos ficarem a criar silvas, ou então aparecer empresas certificadas a aplicar, que vão cobrar bom dinheiro pela sua aplicação. Não é com cinco ou seis meses de adiantamento do problema que o mesmo se resolve. O mesmo carece de medidas de fundo! PUB p.10 FRANÇA - PARIS 8 DE JANEIRO DE 2016 PEDRA ALTA NOS CHAMPS-ÉLYSÉES Pedra Alta abre nova unidade nos Champs-Élysées Esta nova unidade vem acrescentar a já ampla oferta de restaurantes de Joaquim Batista, o empresário português de sucesso em França, que agora marca também presença numa das zonas de maior prestígio em Paris. “Pedra Alta” é nome de uma rede de restaurantes de inspiração portuguesa em França, propriedade do empresário português de sucesso na área da restauração, Joaquim Batista sobejamente conhecidos pela qualidade e crescimento rápido com que se implantaram num mercado competitivo como o mercado francês. O primeiro restaurante Pedra Alta surgiu em Viana do Castelo, no norte de Portugal, há perto de 30 anos. É hoje uma incontornável referência na gastronomia portuguesa. Servia os homens que trabalhavam na região, que viviam da pesca artesanal, uma profissão muito rude e que dava um apetite voraz. Aos poucos a sua cozinha começou a ser apreciada por muitas pessoas que acorriam ao restaurante pela sua reputação de bem servir e uma cozinha abundante e repleta de sabores. Este foi o início de uma grandiosa jornada que de Viana do Castelo partiu para França quando em 1998, Joaquim Batista abriu o seu primeiro restaurante nos arredores de Paris. Os restaurantes Pedra Alta estão hoje disponíveis em mais de 13 localizações diferentes na região de Paris e em Orleães. E 4 localilizações no norte de Portugal. A maioria da clientela destas unidades são turistas que visitam Paris e, motivados pelos diferentes guias turísticos que recomendam amplamente estes restaurantes, encontram aqui uma agradável forma de conhecer a bela gastronomia que tem á disposição bem como os agradáveis momentos que se vivem enquanto disfrutam da refeição. Para além dos turistas, muitos japoneses e chineses, na clientela também há muitas famílias de portugueses que encontram aqui uma forma de partilharem uma refeição à boa maneira portuguesa, atenuando assim a saudade do país natal, convivendo um pouco em português em plena região parisiense. Os franceses também são clientela habitual atraídos pelos amplamente conhecidos pratos de marisco pelos quais estas casas ganharam reconhecimento e colocam à disposição de quem as visita. À medida que disfrutamos da nossa refeição os empregados de mesa desfilam pratos e composições de enorme explendor com apetecíveis e abundantes mariscos, carnes e sobremesas no mínimo irresistíveis. Os pratos fortes dos restaurantes Pedra Alta são os mariscos, mas as carnes grelhadas estão também em destaque onde não podemos esquecer o apetitoso e afamado filet mignon servido com muita elegância e abundância característica destes restaurantes desde o início. Os funcionários são maioritariamente portugueses o que, para nós portugueses também, ajuda muito na hora de escolher o que pedir, são simpáticos, muito competentes e descontraídos contribuindo amplamente para a criação de uma atmosfera muito acolhedora e familiar. As festas de aniversário são mais um dos pontos fortes nesta cadeia de restaurantes. Não passa despercebido a nenhum dos presentes o momento em que as luzes se apagam e toda a equipa do restaurante atravessa as salas cantando e aplaudindo efusivamente a música de parabéns ao aniversariante enquanto trazem o bolo de aniversário e o champanhe para a mesa. É um momento em que normalmente todos os presentes no restaurante participam e em que os flashes das máquinas fotográficas não param de disparar para mais tarde recordar este momento de singular simpatia e cordialidade. Esta nova unidade, numa das zonas mais prestigiadas de Paris, os Champs-Élisées é magnífica (como se pode constatar nas fotos) e a decoração interior, no registo das restantes unidades do grupo, bem merece uma visita, para não falar da riqueza de sabores com que esta cadeia sempre soube brindar os seus inúmeros clientes de todo o mundo onde não faltam os habituais vinhos portugueses a acompanhar as iguarias de marisco sempre confecionadas com a melhor qualidade e atenção. Perante a adesão dos clientes manifestada pelas primeira noites de abertura adivinha-se mais um grande sucesso com esta nova aposta de Joaquim Batista numa zona em que não há nada sequer parecido. A unidade dos Champs-Élisées vem ampliar a já relevante oferta do grupo Pedra Alta presente em Pontault Combault, Athis Mons, Valenton, Moissy Cramayel, Orléans, Boulogne, Thiais, Orgeval, Hadricourt, Aubervilliers, Bercy e Ivry. Em Portugal podemos apreciar as iguarias desta cadeia de restaurantes em Viana do Castelo, Lavra, na Apúlia e em Ofir. Aqui fica um bom conselho: não deixe visitar esta nova unidade do grupo Pedra Alta nos Champs-Élysées, no número 25 da Rue Marbeuf em Paris. A elegante fachada do restaurante PEDRA ALTA nos Champs-Élysées, no número 25 da Rue Marbeuf em Paris Pormenor da iluminação do segundo piso onde fica evidenciado o bom gosto na decoração deste espaço Joaquim Batista, proprietário dos restaurantes PEDRA ALTA com Carlos Morais, Administrador do Mundo Português p.12 PELO MUNDO 8 DE JANEIRO DE 2016 PROLONGAMENTO MANTÉM-SE ATÉ JUNHO MAS GOBERNO QUER CRIAR UM MECANISMO DE CORREÇÃO CAMBIAL DEFINITIVO Governo prolonga compensação a professores no estrangeiro afetados pela desvalorização cambial A compensação financeira aos professores de português no estrangeiro que são afectados pela desvalorização cambial em vários países sendo a Suíça o mais mediatizado - será prolongado até junho deste ano. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado das Comunidades Portugueses, que avaliou em 3,5 milhões de euros o encargo adicional representado por esta medida. O líder da FENPROF (Federação Nacional de Professores), elogiou a decisão do Governo, mas a secretária-geral do SPCL (Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas) considerou a medida “positiva mas insuficiente” no caso da Suíça. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado das Comunidades e referiu-se ao mecanismo de compensação para os professores de português no estrangeiro afetados pela desvalorização cambial em alguns países. José Luís Carneiro reelou que a medida será prorrogada até junho de 2016, e representará um encargo de 3,5 milhões de euros. “A partir de 1 de janeiro” os professores poderão “ter equidade nas condições remuneratórias, uma vez que foi feito um esforço orçamental para prorrogar o mecanismo extraordinário para corrigir as variações cambiais que tiveram impactos muito negativos em 2015”, disse José Luís Carneiro no final de um encontro com a FENPROF (Federação Nacional de Professores), realizado em Lisboa a 30 de dezembro. Em declarações à Lusa, o governante explicou que o prolongamento deste mecanismo criado para compensar os professores pela desvalorização cambial do ano passado, nomeadamente na Suíça, acima de 5%, representará um encargo adicional de 3,5 milhões de euros. “Foi reiterada a vontade de, nos próximos seis meses, num trabalho conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros com o Ministério das Finanças, se encontrar um mecanismo definitivo de correção cambial que dê outras garantias de estabilidade e equidade à remuneração dos nossos professores”, disse o governante, afirmando a “vontade de cumprir com aqueles que representam o Estado português na função tão primordial e estratégica de ensinar a língua portuguesa no estrangeiro e de promover a cultura portuguesa no mundo”. FENPROF QUER NOVA GRELHA SALARIAL No final do encontro, o líder da FENPROF, elogiou a decisão do Governo de prolongar a correção cambial, salientando que, “não sendo uma valorização salarial, é uma recuperação da perda que ocorreu em 2015 por causa da desvalorização”. Mário Nogueira sublinhou que o novo diploma “mantém o valor do ano passado de acréscimo remuneratório criado num conjunto de países, cujo mais mediatizado foi a Suíça” e referiu que essa reposição “vem tentar colocar nível do que era o salário antes das desvalorizações e permitir alguma compensação pela desvalorização” cambial que ocorreu em vários países. A FENPROF propôs também ao Governo que esse mecanismo se aplique sempre que a desvalorização cambial ultrapassar os 5% ao ano, mas também em casos em que, não superando esse valor, seja prolongada no tempo, “o que ao fim de vários anos pode ser mais grave que num sítio onde desvalorizou 5% e nunca mais houve”. A Federação reivindicou ainda uma nova grelha salarial, um regime fiscal adequado aos professores a trabalhar fora do país, que tenha a ver com a situação dos países em que cada um está, e o estabelecimento de um mecanismo de avaliação plurianual sobre as alterações cambiais. PARA O SPCL O AUMENTO É “INSUFICIENTE” Do lado do Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas (SPCL), a medida foi considerada “positiva, mas insuficiente”. “A nossa posição é que, embo- ra o prolongamento seja positivo, não é suficiente no caso da Suíça”, declarou Teresa Soares à agência Lusa, comentando o anúncio, feito pelo secretário de Estado das Comunidades, de que que o mecanismo de compensação para os professores de Português no estrangeiro afetados pela desvalorização cambial será prorrogado até junho próximo. A secretária-geral do SPCL, afirmou que “desde 2006/2007 que os professores estavam a perder muito dinheiro por causa das oscilações cambiais na Suíça”, tendo “salários pouco compatíveis com o nível de vida” suíço, e a situação continuará a ser precária. “Os professores estavam abaixo do salário mínimo na Suíça e, com esta compensação, continuam praticamente na mesma”, reforçou, acrescentando que “boa parte” do ordenado dos docentes “vai para os impostos, para o IRS, ainda se perdendo mais uma parte com o câmbio desfavorável”, pelo que o aumento será “muito pequeno, não possibilitando uma vida digna aos professores” a lecionar no país. Teresa Soares afirmou ainda à Lusa que, “na África do Sul também há problemas”, pois “os professores que vivem sozinhos têm dificuldade em conseguir cobrir as suas despesas com os vencimentos que recebem”. Na África do Sul como na Suíça, “se um professor estiver a viver sozinho, sem um cônjuge que o possa apoiar economicamente, a sua situação é muito, mas mesmo muito, difícil”, adiantou. Ainda segundo a secretária-geral do SPCL, “a assistência médica na Suíça é muito deficiente, a caixa não cobre, por exemplo, custos com dentistas, havendo também vários exames médicos que os professores têm de pagar”. Em declarações à Lusa, a líder sindical disse ainda ser “lamentável” que apenas a Fenprof tenha sido consultada neste processo. “Não percebo porque não contataram a Federação Nacional da Educação (FNE) nem o Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas”, disse, acrescentando que o SPCL “teve, juntamente com os professores na Suíça, um papel importantíssimo na questão da compensação devido ao câmbio desfavorável”. BRASIL Consulado de Portugal em São Paulo reforça Permanência Consular em Campinas O Consulado Geral de Portugal em São Paulo decidiu reforçar, a partir deste mês de janeiro, o seu atendimento e presença consular na região metropolitana de “Campinas, garantindo uma rotação mensal da sua Permanência Consular nessa cidade”, informa uma nota divulgada por aquela representação diplomática portuguesa. “Uma vez ao mês, o Consulado Geral garante a realização de uma Permanência Consular”, atravé da qual realiza vários os serviços consulares, como Cartão do Cidadão, Passaporte, Recenseamento Eleitoral e Registro Civil, entre outros As Permanências Consulares visam atender portugueses e descendentes que vivem e trabalham nas regiões mais distantes das cidades onde estão sedeados os consulados, diminuindo distâncias e os custos de viagem, mas está disponível para esclarecer dúvidas de qualquer interessado. “A elevada demanda e o apoio local da Casa de Portugal de Campinas tornou esta uma decisão fácil, fortalecendo a expectativa de atendimento de um maior número de pessoas na região que concentra a terceira maior comunidade luso-brasileira do Estado, depois de São Pau- lo e Santos”, explica o Cônsul Geral, Paulo Lourenço, na mesma nota. Dentro da jurisdição do Consulado Geral de Portugal em São Paulo, que inclui o estado de Mato Grosso do Sul, as Permanências Consulares passam ou passaram já por cidades como Sorocaba, Presidente Prudente, Marília, Bauru, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Araraquara, Taubaté, Campinas e Campo Grande. Ao todo, já foram realizadas, desde a sua criação em setembro de 2012, 77 Permanências Consulares, atendendo a cerca de 2.600 pessoas, com a execução de mais de 15.200 atos consulares. Para ter acesso aos serviços das Permanências Consulares, o utente deverá fazer o agendamento prévio no site do Consulado (http://consuladoportugalsp.org.br/). PELO MUNDO 8 DE JANEIRO DE 2016 p.13 Filho de emigrantes madeirenses e de um antigo vice-cônsul de Portugal, o politólogo Vasco da Costa foi detido a 24 de julho de 2014. É acusado de vários delitos relacionados com terrorismo e tido como preso político por várias organizações não-governamentais da Venezuela. No final de dezembro a família revelava a sua preocupação por desconhecer o paradeiro do luso-venezuelano e por não terem podido contactá-lo, depois de ter ficado ferido no motim ocorrido no dia 29 daquele mês, numa cadeia da Venezuela. “Estamos preocupados porque não sabemos onde está, nem em que estado está. A última vez que falei com ele foi na segunda-feira (dia 29). Ele estava ferido e disse-me que estavam à espera de um ‘assalto’ da Guarda Nacional (polícia militar)”, disse na alturta a irmã do luso-venezuelano à Agência Lusa. Contatado telefonicamente pela Agência Lusa, o advogado Guillermo Heredia, responsável pela defesa do luso-venezuelano, manifestava a sua indignação com a situação de Vasco da Costa e denuncava que “os argumentos da defesa são silenciados”. No último dia do ano, a família soube que o politólogo tinha sido transferido do isolamento para uma cela partilhada, após ter recebido, cuidados médicos na cadeia onde se encontra preso. “Falei com Vasco há quase uma hora. Ele está mal porque só hoje (dia 30 de dezembro) é que foi atendido. Só lhe suturaram as feridas, porque estavam a abrir. Não lhe deram anestesia, nem antitetânico, nem antibiótico. Levou seis pontos no glúteo e três no braço”, detalhou a irmã de Vasco da Costa. Ana Maria da Costa revelou que o irmão “deixou de estar em isolamento e passou a estar numa cela maior, com outras 20 pessoas” na mesma condição, ou seja, com ferimentos. A luso-descendente mostrava-se preocupada porque, durante o contacto telefónico, o irmão queixou-se que lhe doíam as feridas, receando uma eventual infeção, e denunciou que o irmão foi atendido por “por pessoal da cadeia (guardas), porque a médica tem medo de ser sequestrada” pelos reclusos. Detido em julho de 2014, sob a acusação de estar relacionado com terrorismo, o preso político luso-venezuelano foi ferido com tiros de borracha, no braço direito e no glúteo, no motim ocorrido no Centro de Reclusão para Processados Judiciais 26 de Julho, durante o qual pelo menos três pessoas morreram e 43 ficaram feridas. Vasco da Costa, 56 anos, é acusado de estar relacionado com uma farmacêutica que alegadamente estaria envolvida em planos para desenvolver engenhos explosivos caseiros, durante os violentos protestos que ocorreram no primeiro semestre de 2014, contra o Governo do presidente Nicolás Maduro. Foi acusado dos delitos de terrorismo, associação para cometer delito com fins de terrorismo, fabrico ilegal de explosivos para fins terroristas e de ocultação de munições. Vasco da Costa participou como candidato, nas eleições parlamentares de 06 de dezembro, sem no entanto obter votos suficientes para ser eleito deputado. A sua candidatura teve o apoio do partido Nova Ordem Social, presidido pela luso-venezuelana e ex-candidata presidencial Venezuela Portuguesa da Silva. Foto: Facebook de Vasco da Costa Politólogo luso-venezuelano Vasco da Costa está preso desde 2014 PUB p.14 CULTURA 8 DE JANEIRO DE 2016 ABERTO EM COIMBRA PORTUGAL Neste museu os objetos expostos são propostos pelos cidadãos Festival Curtas Vila do Conde 2016 abriu inscrições Uma obra de arte de Francisco Tropa, que é também um museu, foi apresentada em Coimbra e vai começar a receber, a partir deste mês, propostas de objetos para serem expostos no espaço. Intitulada ‘Museu’, a obra de arte, que conta com um diretor, um curador e um conservador, foi desenhada por Francisco Tropa em 2001 e construída propositadamente para a primeira edição da bienal de arte contemporânea de Coimbra, que decorreu entre outubro e novembro. O espaço, com dimensões de seis por três metros, situado na Praça das Cortes, na margem esquerda do rio Mondego, vai passar a ter expostos objetos propostos pelos cidadãos, residentes ou não em Coimbra. Este mês, anúncios nos jornais locais convidam os cidadãos a pro- por objetos para serem futuramente expostos no museu, que são depois selecionados pelo diretor do museu e objeto de intervenção por parte do curador. O diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) e agora também diretor do museu, Carlos Antunes, sublinha que se está perante uma obra de arte que vai acolher no futuro objetos, sejam ou não arte, propostos pelas pessoas. A forma de funcionamento do ‘Museu’ não foi agora definida, explanou, aclarando que esta segue o programa artístico pensado por Francisco Tropa para a obra. O espaço poderá ser renovado algumas vezes por ano, esperando-se que, depois do anúncio nos jornais locais, seja possível haver objetos expostos no espaço já em março. Sem limite de número de peças (apenas com a condição de que estas têm de passar pelas claraboias do museu que têm um metro quadrado) nem limite de temas, a curadoria e o programa desenhado para o museu será sempre feito em torno daquilo que as pessoas propõem e sobre “aquilo de que querem falar”. No fundo, quer-se “tornar público os problemas que estão menos visíveis e retirá-los do silêncio”, sublinhou Nuno Porto, curador do espaço. PUB Estão abertas as inscrições de filmes na 24ª edição do Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema, que decorre os dias 9 e 17 de julho de 2016. Em 2016, o festival divide-se em Competição Nacional, Internacional, Experimental, Vídeos Musicais, Curtinhas e Take One! “O Curtas Vila do Conde admite, para as diversas competições, animações, documentários, ficções, filmes experimentais e vídeos musicais, em película (16mm e 35mm) ou digitais (DCP ou ficheiros vídeo), produzidos em 2015 ou em 2016, de duração inferior a 60 minutos (salvo exceções assinaladas)”, informa a organização. As inscrições de filmes nas competições Internacional, Experimental e Curtinhas decorrem até 8 de abril de 2016 enquanto para a competição Nacional, Vídeos Musicais e Take One!, o prazo estende-se até 23 de maio de 2016. A Competição Nacional apresenta-se como uma montra da mais recente produção portuguesa, enquanto a Competição Internacional apresenta um conjunto de filmes de assinalável diversidade temática e geográfica. Por sua vez, a Competição Experimental integra curtas que evidenciam novas abordagens à imagem em movimento. Na Competição de Vídeos Musicais, que desde 2014 passou a aceitar exclusivamente trabalhos nacionais, poderão ser inscritos vídeoclipes de bandas ou artistas de origem portuguesa ou produzidos por autores portugueses. Reservada a filmes de escola, a Competição Take One! aceita filmes realizados por alunos de nacionalidade portuguesa ou inscritos em estabelecimentos de ensino superior nacionais ou cursos de cinema no estrangeiro. A Competição Curtinhas, também dedicada à formação de públicos, integra filmes para crianças e jovens. O custo de inscrição é de 7 euros até 15 de janeiro, aumentando para 9 euros entre 16 de janeiro e 15 de março. Depois dessa data, o custo é de 12 euros. No caso da competição Take One! a inscrição é gratuita. Informações sobre as inscrições e o regulamento estão disponíveis em: http://festival.curtas.pt/inscricoes Na edição de 2015, foram inscritos no festival 2034 filmes. FRANÇA Leonor Antunes expõe em Bordéus Até 17 de abril, o Museu de Arte Contemporânea de Bordéus (CAPC) acolhe a exposição ‘O Plano Flexível’, da artista plástica Leonor Antunes. A mostra ocupa a nave central do através da instalação de uma série de dispositivos de grande formato especialmente concebidos para apele espaço museológico. Depois desta exposição no CAPC (7, rue Ferrère), o trabalho da artista plástica portuguesa será exposto ainda este ano na Konsthall Tensta de Estocolmo, Suécia, o Museu«de Arte Moderna de São Francisco, Estados Unidos da América. Em 2017, a mostra será acolhida pelo Museo Tamayo, na capital do México. A exposição no CAPC realiza-se em parceria com a Embaixada de Portugal em França - Centro Cultural de Camões em Paris IP. AUSTRÁLIA Balbina Mendes expõe em Sidney O Consulado- Geral de Portugal em Sidney apresenta até julho de 2016, durante o horário de expediente, uma exposição da artista portuguesa Balbina Mendes. A pintora nasceu na singular aldeia de Malhadas, no concelho de Miranda do Douro. É autora de vários trabalhos em que a paisagem, a etnografia e a cultura peculiar da região do vale do Douro têm uma acentuação profunda. Da parte mais oriental do país, onde o rio Douro entra em Portugal, até Vila Nova de Gaia, onde a pintora se radicou há cerca de 30 anos, o curso de água ibérico corre-lhe nas suas recordações, tornando-se numa fonte de inspiração. A prová-lo, está o trabalho «Margens Douro, Nascente Foz», obra que retrata o Douro desde a sua nascente, nos Picos de Urbion (Espanha), até à foz, no Porto, através de 50 quadros em óleo sobre tela. LISBOA DE 29 DE FEVEREIRO A 2 DE MARÇO SISAB PORTUGAL | A grande feira mundial de exportação de produtos portugueses VINIVERDE JOSÉ ANTAS OLIVEIRA MANUEL SERRA FERNANDO DIAS FERREIRA HERDADE DA COMPORTA MANUEL PALMA “Objetivo é faturar 50 por cento no mercado nacional e 50 por cento na exportação ” “Na minha família já A estratégia de mercado passa represento a terceira geração pela exportação dos vinhos da nesta empresa e neste negócio” Herdade da Comporta Tentamos manter o perfil a que o nosso consumidor está habituado Visitámos a holding, sediada em Ponte da Barca cujos acionistas são várias empresas da Região dos Vinhos Verdes, entre as quais se destaca a Adega Cooperativa de Ponte da Barca pela sua dimensão, pelo seu já longo historial de quase 50 anos e notoriedade, local onde se situa não só a sede administrativa da Viniverde como a de produção. Desde 1928 se escreve a história desta empresa e da sua marca mais antiga, o azeite Serrata. Este percurso alcança o presente, incluindo nele um importante nome para o seu universo, o reconhecido e prestigiado azeite VilaFlor. Dois nomes que atravessaram o século com o maior número de avanços científicos e tecnológicos, – o século XX e afirma-se no século XXI percorrendo o caminho da inovação e persistência nos elevados padrões de qualidade e genuinidade. A Parras Vinhos é especializada na produção e seleção de vinhos de qualidade em diversas regiões de Portugal. A seleção dos melhores lotes de vinhos nas regiões e o excelente trabalho de uma vasta equipa de enologia permite à Parras a produção de vinhos de qualidade superior. A empresa apoia ainda os seus clientes na criação de marcas próprias nomeadamente para mercados de exportação em que requer algumas normas mais específicas. Os vinhos Herdade da Comporta são o fruto do empenho num projeto vitivinícola moderno e ousado, onde as tecnologias de ponta projetam o tradicionalismo do processo de vinificação em lagares mecanizados. De reconhecida qualidade, têm sido premiados em vários certames internacionais. PARRA VINHOS LUIS VIEIRA p.16 EMPRESAS & MERCADOS 8 DE JANEIRO DE 2016 JOSÉ ANTAS OLIVEIRA |VINIVERDE “No prazo de um ou dois anos, pens nas vendas no mercado nacional e 5 Visitámos a holding, sediada em Ponte da Barca cujos acionistas são várias empresas da Região dos Vinhos Verdes, entre as quais se destaca a Adega Cooperativa de Ponte da Barca pela sua dimensão, pelo seu já longo historial de quase 50 anos e notoriedade, local onde se situa não só a sede administrativa da Viniverde como a de produção. A Viniverde foi constituída com o objetivo de produzir, promover e comercializar os vinhos e seus derivados mais conhecidos das suas acionistas e também os das suas próprias marcas. Tendo em consideração as características e dimensão das empresas do universo Viniverde, foi-nos dito pelo seu director geral, e enólogo, que entrevistámos, JOSE ANTAS OLIVEIRA, que a Viniverde está esta em posição de fornecer uma gama alargada de produtos, todos eles de acordo com as novas tendências de mercado, assegurando simultaneamente quantidades, com uma excelente relação qualidade / preço. tivo foi criar uma empresa com uma estrutura profissional que fosse independentemente da gestão das adegas cooperativas, criou-se uma estrutura profissional, diminuíram-se custos de estrutura por economia de escala e aumentou-se a capacidade produtiva, controle da matéria- prima mais abrangente e apostou-se na internacionalização, havendo maiores quantidades e condições de estar e apostar nos mercados internacionais. A Viniverde S.A. potenciou a promoção e comercialização dos vinhos das adegas que tinham notoriedade no mercado, como é o caso da marca Adega Ponte da Barca, e fomos criando marcas próprias. MP- A VINIVERDE foi um projecto empresarial de juntar várias adegas da região. Que Adegas fazem parte da VINIVERDE? José Antas Oliveira – Na altura que a Viniverde foi criada, foi criada por um grupo de sete adegas – Adega Cooperativa de Ponta da Barca, Adega Cooperativa de Barcelos, Adega Cooperativa de Lousada, Adega Cooperativa de Penafiel, Adega Cooperativa de Vila Nova de Famalicão, Cooperbasto e Adega Cooperativa de Castelo de Paiva, ou seja sete adegas, todas cooperativas que se juntaram para ganhar maior dimensão. Esta união entre adegas resultou de um projecto apoiado pelo União Europeia e pelo governo português para ultrapassar os problemas que as adegas cooperativas da região dos Vinhos Verdes se vinham deparando. O objec- MP- E que marcas agora se apresentam ao consumidor? JAO- As marcas com maior expressão no mercado interno são Adega Ponte da Barca, Estreia e Terras da Nóbrega. Para além destas marcas tivemos necessidade de criar marcas para o mercado internacional. Umas com visão global, outras direccionadas a determinados mercados. MP- No global vinificam quanto milhões de litros? É tudo vinificado aqui em Ponte da Barca? JAO- Cada adega cooperativa é um polo de recepção e recebe as uvas dos seus associados e a relação que existia entre a adega e os seus associados mantem-se. As adegas são polos de recepção das uvas e depois aqui fazem-se os lotes e engarrafamentos. Aqui é o centro de produção/engarrafamento e sede social. No global, em anos de boa produção, vinificamos 5 milhões de litros. A última campanha foi de excelente produção. MP- No mercado nacional os vossos vinhos estão à disposição em qualquer ponto de venda e no internacional? JAO- A exportação representa entre 30% a 40% e está a crescer. No mercado nacional as vendas estão estáveis, estando o grande crescimento da Viniverde S.A. directamente ligado às vendas no mercado externo. No prazo de um ou dois anos, acreditamos ter um equilíbrio entre as vendas para o mercado interno e externo, 50% nas vendas no mercado nacional e 50% na exportação. MP- E já abrangem um leque vasto de países? JAO- Mesmo antes do surgimento da Viniverde S.A., as adegas cooperativas integrantes já exportavam as suas marcas, sobretudo para países onde o mercado da saudade/tradicional tem grande expressividade. Com a Viniverde S.A. mantivemos esses países e começamos a trabalhar com importadores cujo foco de mercado não era o das comunidades portuguesa, mas também apostamos em novos mercados, como é o caso dos EUA, Japão, Colômbia, Suécia, Noruega, Alemanha, entre outros. As vendas não param de crescer e o Vinho Verde a seguir ao vinho do Por- Director geral, e enólogo, JOSE ANTAS OLIVEIRA, da VIN (...) A exportação representa entre 30% mercado nacional as vendas estão está da Viniverde S.A. directamente ligado prazo de um ou dois anos, acreditamo para o mercado interno e externo, 50% 50% na exportação.(...) EMPRESAS & MERCADOS samos estar nos 50% 50% na exportação” VINIVERDE COM CRESCIMENTO DE 36% NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 NIVERDE % a 40% e está a crescer. No áveis, estando o grande crescimento às vendas no mercado externo. No os ter um equilíbrio entre as vendas % nas vendas no mercado nacional e to é o vinho que mais se exporta, tendo um grande potencial de crescimento. MP- A terminar além de ser o enólogo administra a empresa? JAO- Para além de enólogo, sou um dos membros do Conselho de administração executivo da Viniverde S.A.. Tenho o pelouro co- No primeiro semestre de 2015, não tendo o mesmo terminado, nos valores de exportação até à data, a Viniverde apresenta um crescimento de 36%, superando os valores globais de exportação do ano 2014. Assente numa estratégia de divulgação dos vinhos verdes no mercado externo, a Viniverde tem beneficiado do crescente consumo de Vinhos Verdes em mercados com Polónia, Alemanha, Estados Unidos da América e Brasil. Aproveitando a mudança de imagem de uma das suas principais marcas – Estreia – e as inúmeras distinções dos seus Vinhos Verdes, a Viniverde garantiu uma maior aceitação e consequente dinâmica nas vendas tanto a nível do mercado interno como externo. mercial, produção e enologia. Antes de ser criada a VINIVERDE já estava na Adega Ponte da Barca desde 1996. Formei-me em engenharia biológica na Universidade do Minho e a paixão pelo vinho veio a seguir. Vim para a Adega Cooperativa de Ponte da Barca estagiar e fiquei, tenho 45 anos de idade e 20 da empresa. PUB 8 DE JANEIRO DE 2016 p.17 p.18 EMPRESAS & MERCADOS 8 DE JANEIRO DE 2015 FERNANDO DIAS FERREIRA| ADMINISTRADOR E SÓCIO DA «MANUEL SERRA» “Na minha família já represento a terceira geração neste negócio” Desde 1928 se escreve a história desta empresa e da sua marca mais antiga, o azeite Serrata. Este percurso alcança o presente, incluindo nele um importante nome para o seu universo, o reconhecido e prestigiado azeite VilaFlor. Dois nomes que atravessaram o século com o maior número de avanços científicos e tecnológicos, – o século XX e afirma-se no século XXI percorrendo o caminho da inovação e persistência nos elevados padrões de qualidade e genuinidade, que lhes são naturalmente reconhecidos. Sempre esteve ligado à área dos azeites? Na minha família represento a terceira geração no negócio, hoje os meus três filhos estão integrados na gestão das empresas do grupo, muito em particular nas da industria do azeite. Posso portanto afirmar que nasci com o azeite, cresci com esta industria e é nela que melhor realizo a minha vocação empresarial. Os meus avos, paternos e maternos, estavam neste negócio, uns instalados a sul outros mais a norte do país. De modo que é desta “raça” que eu venho. Recordo ainda o tempo em que vendia o azeite, de porta em porta, transportando-o numa carroça puxada por uma burra. Em 1966, o regime da altura, decretou o fim da venda a granel, para o consumidor final, e a obrigatoriedade de vender o azeite embalado, garantindo dessa forma mais qualidade no produto final. Essa foi uma das grandes transformações. Nesse período algumas firmas mais débeis foram ficando pelo caminho. Porque apostamos na inovação, connosco sucedeu exatamente o contrário e o nosso negócio ganhou outra dinâmica. É nessa altura também que as mercearias, que até então compravam o azeite aos lagares e vendiam aos seus clientes, passam a comprar aos embaladores. Eu nasci com o azeite e continuo com o azeite. O meu pai já estava dentro desta área assim como os meus avós. Uns em Lisboa outros no Porto. De modo que é desta “raça” que eu venho. Saí da escola com nove anos e fui trabalhar com o meu pai neste sector de atividade, na altura com meios bastante diferentes dos de hoje em dia. Cheguei a vender azeite com burra e carroça de porta em porta em 1966. Isso acabou por terminar devido ao regime da altura obrigou que o azeite tivesse que ser engarrafada para haver um melhor controlo de qualidade. Essa foi uma das grandes transformações de tratar o azeite: foi o de mudar de granel para tudo embalado. Foi durante este período de transformação que algumas firmas mais débeis foram ficando pelo caminho. Até porque permitiram que os armazéns de mercearias na altura se metessem no negócio porque até esta altura não queriam. O azeite em granel, era um produto sujo e a partir do momento em que avançamos para o azeite obrigatoriamente embalado, as mercearias começaram também a ser clientes dos embaladores. Esta firma nasce, creio em 1928… Sim, nasceu em 1928. Quando adquiri a empresa, em 1990, a empresa tinha instalações em Rio Tinto por uma razão: a família Serra era oriunda de Macedo de cavaleiros, quatro irmãos, uns que estavam em Macedo compravam azeite e enviavam por comboio, em cascos de madeira, para a região do Porto e daí a localização da empresa. Vantagem logística Sim, nasce em 1928. E instala-se na altura frente à estação de Rio Tinto por uma razão: a família era oriunda de Macedo de Cavaleiros e então os quatro irmãos que uns estavam em Macedo e compravam azeite de Trás-os-Montes e naquele tempo o transporte era feito ainda em cascos de azeite por caminho de ferro. Disse que tiveram de ir para a exportação porque o mercado nacional está a comprar menos? Quando, em 1995, decidi avançar para a exportação não o fiz pelo facto de sentir que o mercado nacional era pequeno, a nossa presença nacional foi sempre muito forte, mas sim por querer conquistar novos mercados, e assim dinamizar a empresa. Que passou de uma dimensão nacional para se tornar num dos mais respeitados membros desta industria, reconhecida internacionalmente. Pela mesma razão que os nossos descobridores foram á procura de novas terras, e nós fizemos a mesma coisa. O mercado Português tem registado um aumento do consumo per capita, no entanto a dimensão da população faz com que seja sempre um mercado “pequeno”, mas conhecedor do produto. Não é bem assim, houve um aumento do consumo per capita, a questão é que somos poucos e é sempre um mercado pequeno. Pela mesma razão que os nossos descobridores foram á procura de novas terras, e nós fizemos a mesma coisa. Em 1995 decidimos avançar para a exportação, e não devido ao facto de sentirmos que o mercado nacional era pequeno, até porque o consumo interno do azeite tem aumentado por via de estudos médicos, pelo reconhecimento da qualidade do nosso azeite, porque é a melhor gordura alimentar e também porque os países que não têm grande cultura do azeite, começam a consumir o nosso produto porque sabem que pode ajudar a prevenir certas doenças. E essa é uma questão interessante que se coloca nos dias de hoje, porque faz a própria expansão do produto. Até porque aqui á uns anos, não havia muito mercado para o nosso azeite, que hoje já há, podia então dar alguns exemplos de países onde se consome o nosso azeite? Atualmente estamos presentes em 30 países. Nos PALOP, estamos em Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. O Brasil é o nosso principal, também pela tradição e pelos hábitos seme- lhantes aos nossos. Os brasileiros consomem bastante azeite e só não consomem mais devido ao seu ainda fraco poder de compra. Na Europa, temos países como França, Espanha, Luxemburgo, e Suíça. Fora da Europa, estamos nos Estados Unidos, Canadá e México. Não nos podemos esquecer também da nossa presença muito forte nos países do golfo pérsico, na Ásia estamos no Japão, China e India. E já estiveram no SISAB PORTUGAL? E qual é a impressão que tiveram? Penso que é uma feira onde realmente vale a pena estar presente. O SISAB PORTUGAL consegue ser diferente, das outras feiras, porque só está presente a industria Portuguesa, logo quem se desloca a este evento vai à procura dos nossos produtos. Os grupos de compradores de todo o mundo que a organização do SISAB consegue mobilizar é de facto muito relevante e constitui um dos atrativos de participação. Penso que é uma feira onde realmente vale a pena estar presente. O SISAB PORTUGAL consegue ser diferente das outras feiras porque é uma feira onde se faz negócio. Nas outras feiras estamos num stand à espera que o cliente venha falar connosco, já no SISAB PORTUGAL aparece gente de todo o mundo e se desloca à feira para comprar produtos portugueses. Onde é que a SERRATA vai buscar a azeitona com que faz o azeite que produz nas suas garrafas? A SERRATA compra, há muitas décadas aos mesmos parceiros, o azeite que necessita uma vez que ainda não produzimos o nosso próprio azeite. Vamos buscar a Trás-os-Montes, Beira Alta e Beira Baixa e naturalmente que a Espanha também, como todos os nossos colegas com dimensão, uma vez que Portugal não é auto suficiente para produzir a quantidade que consome internamente mais a que exporta. A SERRATA vai buscar o azeite, uma vez que ainda não produzimos o nosso próprio azeite a partir de azeiton. Vamos buscar a Trás-os-Montes, Beira Alta e Beira Baixa e naturalmente que a Espanha também, como muitos nossos colegas na mesma área, uma vez que Portugal não é auto-suficiente para produzir em grandes quantidades. E como conseguem ter um gosto, um paladar constante que o publico tão bem reconhece? Esse é um dos grandes segredos deste negócio. Por exemplo, um azeite de Trás-os-Montes por si EMPRESAS & MERCADOS 8 DE JANEIRO DE 2015 Naturalmente o negócio com as grandes superfícies vai ter sempre as suas dificuldades. É quase como se fosse a história do David e de Golias – a grande distribuição tem de facto uma grande potencialidade económica onde a maior parte dos fornecedores que as multinacionais não têm, portanto logo ai a regra é desigual. As grandes superfícies podem ser de facto perigosas na medida em que sobrecarregam demasiado os médios e pequenos fornecedores. E no estrangeiro têm representantes próprios ou vendem apenas aos pontos de venda? Como funciona a logística no estrangeiro? Depende de mercado para mercado, no Brasil contamos com a colaboração direta de dois profissionais, um sediado no estado de São Paulo e o segundo no nordeste. Neste momento acabámos de fina- só é considerado pelo consumidor geral como muito “forte”, adstringente, mas se houver uma mistura com o azeite da Beira Alta ou da Beira Baixa, já resulta num azeite magnífico. Eu acho que melhoram os dois, juntos originam um sabor muito bom que o publico, em geral, muito aprecia. Esse é um dos grandes segredos deste negócio. Por exemplo, um azeite de Trás-os-Montes por si só é demasiado gordo mas se houver uma mistura com o azeite da Beira Alta ou da Beira Baixa, já resulta num azeite magnífico. Eu acho que melhoram os dois, um é menos ácido e mais insipido e os dois juntos originam um sabor muito bom. Portanto, podemos dizer que é quase como funcionar ao gosto do cliente? Ou seja, não impor um produto que é aquilo mas que funciona de acordo com os mercados. Sim, por exemplo no Brasil é diferente porque têm um gosto diferente do nosso. Os brasileiros preferem azeites mais encorpados, com uma cor e um gosto mais intenso. Sempre focados no que o mercado procura, não perdendo a identidade nacional do produto, claro está. Qual é a faturação da empresa e quantos empregados têm nes- te momento? No conjunto as duas empresas têm entre 60 a 70 funcionários. E pensamos este ano, que está a acabar, fazer uma faturação entre os 65 e os 70 milhões de euros. E quem é que compra o azeite da SERRATA em Portugal? Estamos presentes em todas, na grande distribuição, operadores regionais muitos dos quais com quem mantenho uma relação de grande proximidade, mesmo de amizade, e também no setor da restauração. E não tem razão de queixa da grande distribuição? Naturalmente o negócio com as grandes superfícies vai ter sempre as suas dificuldades. É quase como se fosse a história do David e de Golias – a grande distribuição tem de facto um grande poder negocial. Onde a maior parte dos fornecedores, exceto as multinacionais, tem muita dificuldade em conseguir equilibrar a negociação. As grandes superfícies podem ser de facto perigosas, na medida em que sobrecarregam demasiado os fornecedores de dimensão mais pequena, nós estamos sempre muito atentos para que o equilíbrio das nossas vendas possam compensar esta vertente necessária do negócio. p.19 lizar um acordo, para um mercado de grandes dimensões, onde a partir de Janeiro vamos ter dois colaboradores dedicados à promoção e vendas dos nossos produtos. Em outro mercados vendemos diretamente a cadeias de supermercados e centrais de compras, em outros mercados trabalhamos com os importadores / distribuidores no modelo clássico. No estrangeiro a empresa faz a distribuição através do grupo Cafés Delta. numa grande superfície … seria um verdadeiro drama. Portanto voltar atrás era muito complicado. Não, não era possível. Existe a dificuldade de fazer marca e era preciso muito dinheiro para saber se ia resultar ou não ou quanto tempo é que iria precisar para resultar. Pode haver, digamos, uns palpites aproximados. Depois conseguir colocar a marca numa grande superfície que seria um verdadeiro drama. Portanto voltar atrás era muito complicado. E hoje em dia, acha que seria fácil voltar a atrás no percurso tão grande que a empresa já percorreu acha que nos tempos que correm isso seria possível? Não, não era possível. Existe a dificuldade de fazer marca e era preciso muito dinheiro para tentar, sem saber se ia resultar ou não ou durante quanto tempo é que iria resultar. Conseguir lançar uma marca nova E que outros mercados gostariam de chegar ao estrangeiro? Gostaríamos de chegar a todos os mercados, mas também temos noção que não temos capacidades de produção ou de estruturas para chegar a todos mas como de “grão a grão enche a galinha o papo”. Portanto, um a um com um parceiro mais iremos sempre tentar a nossa sorte. p.20 EMPRESAS & MERCADOS 8 DE JANEIRO DE 2016 MIGUEL PALMA |HERDADE DA COMPORTA-COMPORTA WINES “Parte da nossa estratégia de mercado passa pela ex vinhos Herdade da Comporta” Os vinhos Herdade da Comporta são o fruto do empenho num projeto vitivinícola moderno e ousado, onde as tecnologias de ponta projetam o tradicionalismo do processo de vinificação em lagares mecanizados. De reconhecida qualidade, têm sido premiados em vários certames internacionais. A escassas horas dos países da Europa Central e na margem da costa ocidental europeia, está Portugal, uma das nações mais globalizadas e pacíficas do mundo. É neste país, tradicionalmente encantador e repleto de paisagens idílicas, que se situa a Herdade da Comporta. Entre os concelhos de Alcácer do Sal e Grândola, a 1 hora da capital – Lisboa – o esplendor da natureza toma formas e desvenda uma paisagem arrebatadora. São 12km de praias de areia branca e águas cristalinas, inseridos numa costa de 60km rodeados por dunas e pinhal, e regados pelos imensos arrozais, que pintam a paisagem de verde. É nesta terra de uma beleza selvagem e calma, onde a natureza e a tranquilidade se fundem, que se produzem os vinhos Herdade da Comporta. O solo arenoso e o clima único da região, temperado pela proximidade do oceano, são condições inigualáveis para o cultivo desta uva vinícola. Bons vinhos, proteção da paisagem e respeito pelo ambiente, são apenas algumas das dimensões de uma atividade que é, cada vez mais, um fator de atração turística e uma prática cultural. TRANQUILIDADE NA PAISAGEM PROTEGIDA Do mesmo solo de onde nasce o arroz, cresce mais adiante a vinha, de ramos verdes perentoriamente alinhados que sugerem uma espécie de labirinto. A terra arenosa e o clima especial, salgados por uns salpicos de mar, são a receita ideal para uma plantação de cerca de 35 hectares (30 ha - Tinto e 5 ha - Branco). Num declive basicamente horizontal, a vinha encontra-se ligeiramente acima do nível do mar em plena reserva ecológica, e influenciada por um micro clima particular. As temperaturas, moderadas pela proximidade ao Oceano, permitem obter ótimas condições de maturação, resultando em uvas com excelente concentração e equilíbrio. Os trabalhos cuidados ao longo do ano, e os tratamentos efetuados em regime de proteção integrada, garantem uvas totalmente sãs. Por outro lado, as baixas produções controladas através de podas e mondas de cachos, efetuadas com grande rigor, garantem uma matéria-prima com maior qualidade. A vinha foi plantada em “Bacelo bravo” em 2001 e enxertada no ano seguinte, sendo 2003 o seu primeiro ano de produção. Destacam-se as castas tintas Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet e Touriga Franca, e as castas brancas Arinto e Antão Vaz. MODERNIDADE AO SERVIÇO DA TRADIÇÃO Tecnologias de ponta e vindimas manuais trabalham em conjunto para um equilíbrio perfeito de sabores e experiências vinícolas. Depois de vindimada manualmente, a uva chega à adega em caixas de 20 kg, onde é cuidadosamente escolhida, esmagada e desengaçada. Fermenta em lagares de inox com capacidade para 8 toneladas, equipados com sistema de refrigeração para fermentações a temperaturas controladas. A fermentação decorre aproximadamente durante 8 dias, com o auxílio de um moderno “robot” de pisa mecânica. Depois de terminada esta fase, o vinho desce para a sala de depósitos, por gravidade e sem recurso a qualquer bombagem. Esta sala está equipada com cubas em inox, com capacidade para 15.000 litros cada. Do vinho obtido, são selecionados os melhores lotes, que estagiam por 12 meses, em pipas (500 litros) de carvalho Francês (Allier) e Americano. A sala de estágio, onde o vinho descansa calmamente, está equipada com um moderno sistema de refrigeração/humidificação, garantindo as condições ideais para a melhor evolução dos vinhos. Miguel Palma responsável pelos vinhos da Herdade da Comporta responde às nossas questões! MP- A Herdade da Comporta é sobejamente conhecida pela qualidade dos seus vinhos. O que distingue os vinhos por vós produzidos? Miguel Palma - A curta distância do Oceano Atlântico, a nossa vinha, de 35 hectares é beneficiada pela amenidade do clima litoral, permitindo maturações equilibradas. Está inserida num vale, orientado nascente-poente, com boa exposição solar e ladeada de pinheiros mansos que a protegem dos ventos fortes do verão. As condições do solo e clima são excelentes no que respeita à fitossanidade da vinha, permitindo a colheita de uvas sãs e de grande qualidade produzidas em modo de produção integrada..Os nossos vinhos são naturalmente equilibrados em termos de grau e de acidez. Os vinhos brancos resultam aromáticos, com uma acidez equilibrada e um frescura natural. Os vinhos tintos resultam muito frutados, suaves com uma grande longevidade. MP- Estão implementados numa região única no país em que o Atlântico praticamente banha as vossas vinhas e em que o enoturismo e as visitas são uma mais valia para se visitar a zona da península de Tróia e zona da Comporta. Pode-nos focar essa mais valia? Miguel Palma - Com o desenvolvimento de várias infra estruturas, nomeadamente urbanas, Tróia e Comporta passaram a ter uma maior capacidade para albergar os visitantes vindos de todo o país e mundo. A diversidade da fauna e flora, bem como as belas paisagens que se podem observar levam as pessoas a conhecer melhor a região e o que nela se faz. Durante todo o ano as visitas à Adega da Comporta são uma constante. A evolução que os vinhos da Herdade têm tido ao longo dos anos, são um chamariz à curiosidade de leigos e entendidos na matéria vitivinícola, (...) A exportação é uma área que se e integrados nos mercados de Alemanha Brasil, Canadá, Estados Unidos da Am Luxemburgo, Macau, Moçambique, Su internacionais merecem a nossa melh conseguirmos integrar. (...) contribuindo assim, para uma maior visibilidade da marca Herdade da Comporta. Isto é uma questão comercial! MP- Os vinhos por vós produzidos além dos mercados nacionais também são exportados. Para que países exportam e que mercados gostariam de exportar? Miguel Palma - A exportação é uma área que se encontra em expansão. Já estamos integrados nos mercados de Alemanha, Angola, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, Espanha, França, Ho- EMPRESAS & MERCADOS PUB 8 DE JANEIRO DE 2016 xportação dos e promoção dos vossos vinhos? Miguel Palma - Sem dúvida! A presença no SISAB PORTUGAL traz-nos a oportunidade para novos contactos através da divulgação e promoção dos vinhos Herdade da Comporta. É uma presença que pretendemos continuar a ter. encontra em expansão. Já estamos a, Angola, Áustria, Bélgica, mérica, Espanha, França, Holanda, uécia e Suíça. Todos os mercados hor atenção e avaliação para neles se landa, Luxemburgo, Macau, Moçambique, Suécia e Suíça. Todos os mercados internacionais merecem a nossa melhor atenção e avaliação para neles se conseguirmos integrar. O trabalho ao nível da exportação leva o seu tempo e tem a sua própria complexidade. MP- A aposta da expansão da venda dos vossos vinhos passa pela exportação? Estão abertos a parcerias de clientes internacionais que queiram ter o portfólio dos vinhos nas suas garrafeiras? Miguel Palma - Parte da nossa estratégia de mercado passa pela exportação dos vinhos Herdade da Comporta. As parcerias com clientes internacionais são sempre tidas em conta e avaliadas de uma forma multifactorial, com o objectivo de conseguir dar a melhor resposta possível ao mercado internacional em questão e de modo a que as parcerias se mantenham a longo prazo. MP- Através da CVR da Península de Setúbal tem estado no SISAB PORTUGAL. O evento tem trazido mais valia para a divulgação A HERDADE DA COMPORTA 1836- Surge a cultura do arroz e a Herdade da Comporta é incorporada na nova Companhia das Lezírias do Tejo e do Sado, propriedade pertencente à Coroa Portuguesa. 1925 - A Companhia das Lezírias vende a Herdade da Comporta à empresa britânica The Atlantic Company, Ltd. 1955- Dá-se o incremento das terras produtivas e aumenta-se a área de pinhal. Inicia-se a requalificação das aldeias com a construção de redes de infraestruturas, bairros sociais e escolas. 1975- A Herdade é nacionalizada, sendo devolvida à The Atlantic Company, Ltd. entre 1989 e 1991. 1991 - Dá-se início à implementação do Projeto Global de Desenvolvimento integrado da Herdade da Comporta, que contempla a valorização e requalificação do património natural, urbanístico e agrícola da propriedade. 2004 até Hoje - A designação social passa a Herdade da Comporta - Actividades Agro Silvícolas e Turísticas, S.A., tendo por missão promover o desenvolvimento de um destino turístico de alta qualidade, sustentável, integrado numa propriedade agrícola que preserva o património ambiental e cultural, constituindo-se um modelo de referência na Europa. p.21 p.22 ALQUEVA - O GRANDE LAGO 8 DE JANEIRO DE 2016 O GRANDE PROJETO A barragem que transfigurou o Alentejo Para passar uns dias descontraídos e em boa companhia a Albufeira do Alqueva com 250 km2 é uma das melhores sugestões que lhe podemos dar pelos imensos pontos de interesse que por ali pode encontrar. Na margem direita, recebem-nos os castelos de Juromenha, Alandroal, Terena, Monsaraz e Portel e, na margem esquerda,Mourão e Moura são miradouros privilegiados sobre este espelho de água, que é hoje um dos maiores da Europa O lago veio dar uma atmosfera surpreendente a esta região. Onde antes havia campo, com oliveiras, sobreiros e azinheiras, e tudio debaixo de um sol abrasador hoje vemos água e todo um ecosistema renovado, com ótimas condições para atividades ao ar livre e para a prática de desportos náuticos como a vela, o ski e wakeboard ou para passeios em canoa e kayak. Para os amantes das caminhadas e da bicicleta, há percursos cursos sinalizados que se podem fazer. São uma boa forma de descobrir costumes e tradições e nos integrarmos com as populações locais. Naturalmente, no Alqueva, a rica gastronomia alentejana está sempre presente, não é possível resistirmos aos sabores da comida regional. Neste caso, destacam-se as açordas, as migas, os pratos de carne de porco, os enchidos e os extraordinários vinhos da região É um bom sítio para fazer uma surpresa à família, para a levar num passeio pelas estradas panorâmicas em redor do Alqueva ou, melhor ainda, alugar um barco-casa e dormir debaixo de estrelas mesmo dentro do grande lago. Não podemos esquecer que estamos numa região onde o céu foi considerado pela UNESCO uma reserva para observação de estrelas. À noite, as luzes públicas são reduzidas ao mínimo, para possibilitar as condições perfeitas para ver o céu, mesmo para os mais astrónomos mais principiantes. MUITOS LOCAIS A VISITAR Não se pense que ir ao Alqueva é apeas para ir ver uma barragem. Há imensos lugares para visitar e coisas para ver. Não podemos deixar de ir à nova Aldeia da Luz, a única povoação submersa pelas águas da barragem que teve de ser literalmente mudada de sítio. A propósito, foi criado um Museu, em que grande parte do espólio é constituída por objetos dos habitantes e onde todas as memórias da antiga aldeia ficaram registadas. Também a localidade de Monsaraz (na foto principal) é incontornável. Uma vila-museu medieval preservada, com muralhas e ruas de xisto que encanta e surpreende. Muito próximo, na área do Convento da Orada, o Cromeleque do Xerez, é também uma visita obrigatória. Naturalmente, no Alqueva, a rica gastronomia alentejana está sempre presente, não é possível resistirmos aos sabores da comida regional. Neste caso, destacam-se as açordas, as migas, os pratos de carne de porco, os enchidos e os extraordinários vinhos da região. morar-se nas aldeias brancas ribeirinhas como Alqueva, Amieira e Estrela, de soleiras lavadas e ruas varridas. Deixar seduzir-se pela prática de actividades náuticas várias e pelo deslumbramento de uma viagem planada em amplos horizontes é “mergulhar” nas águas mansas da Barragem de Alqueva, rendilhadas por inúmeras ilhas e longos braços. Usifruir do património arqueológico e arquitectónico é visitar Alandroal, Portel, Monsaraz, Juromenha e Terena. REGIÃO DAS MIL ALDEIAS As terras do Grande Lago oferecem ao visitante sensações únicas. Na calma serena de uma nova paisagem alagada de vida, as memórias fundem-se em novos caminhos.. Encontrar o elixir da tranquilidade é de- UMA HISTÓRIA COM MAIS DE 40 ANOS A construção da barragem foi uma história com muitos avanços e recuos ao longo de mais de 40 anos. O projeto em si nasceu em 1960 com o convénio assinado entre portugueses e espanhóis para utilização da água do Rio Guadiana. Depois foram muitos anos de avanços e recuos até 2010, ano em que a barragem encheu por completo. 1968 | 1975 | 1976 | 1978 | 1980 | 1993 | 1993 | 1995 | 1996 | 1996 | 1998 | 2000 | 2002 | 2002 | 2004 | 2010 | Celebração do Convénio Luso Espanhol Aprovação pelo Conselho de Ministros da realização do Projecto Início das obras preliminares Interrupção das obras Conselho de Ministros determina a retoma dos trabalhos Decisão do Conselho de Ministros para retoma do Empreendimento Criação da Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva (CIEA) Reinicio dos trabalhos em Alqueva Governo assume “avançar inequivocamente com o projecto do Alqueva” Adjudicação da empreitada principal de construção civil da barragem Inicio das betonagens na Barragem de Alqueva. Adjudicação da empreitada para a execução do primeiro bloco de rega Ínício do enchimento da Albufeira Abertura ao trânsito da estrada Portel/Moura sobre a Barragem do Alqueva Inauguração da Central hidroeléctrica . Albufeira do Alqueva atingiu cota máxima PATRIMÓNIO 8 DE JANEIRO DE 2016 p.23 CABO CARVOEIRO O farol que o Marquês de Pombal mandou construir Situado no extremo da Península de Peniche, o Cabo Carvoeiro é um local de grande valor patrimonial, quer a nível geológico, quer paisagístico, com grande variedade de falésias calcárias. Neste local foi erguido o Farol do Cabo Carvoeiro, com 25 metros de altura, devido aos inúmeros naufrágios ocorridos nesse trecho do litoral. A pequena Capela de Nossa Senhora dos Remédios, perto do cabo, é o destino de uma colorida romaria. Tem o interior revestido por valiosos azulejos do século XVIII, da oficina do mestre António de Oliveira Bernardes. O Farol do Cabo Carvoeiro faz parte do grupo de seis faróis mandados edificar pelo alvará pombalino de 1 de Fevereiro de 1758 que criou o Serviço de Faróis em Portugal, tendo entrado em funcionamento em 1790, ficando a ser um dos mais antigos da costa portuguesa. UM NOVO FAROL Um aviso aos navegantes de 1 de Fevereiro de 1886 indicava que o novo farol estava pronto, com uma torre de 20,6 metros encimada por uma lanterna de 5 metros de altura por 2,5 de diâmetro, estava equipado com um aparelho óptico de 3ª Ordem, provido de um can- um girante de 4ª Ordem, passando a apresentar quatro relâmpagos em substituição da luz fixa, mas mantendo a cor vermelha. A fonte de energia do aparelho iluminante passou a ser o gás em 1947 e em 1952 foi instalada a lâmpada eléctrica. guarnecem desde 1975 o Farol da Berlenga, em grupos de dois e por períodos de uma semana. Mais recentemente, em Dezembro de 2002, foi instalada no farol, uma estação de GPS Diferencial que, juntamente com uma outra instalada em Sagres, asseguram a transmissão de correcções ao GPS cobrindo todo o território do continente. Fica assim um dos primeiros faróis da nossa costa intimamente ligado ao sistema de posicionamento mais actual, que permite a determinação da posição, de forma automática e com um rigor da ordem dos cinco metros. No seu topo estava instalada um lanterna de oito faces com 8,2 metros de altura. Junto da torre existiam alguns edifícios e uma igreja que em 1865 se encontrava em ruínas e era identificada como sendo a Ermida de N. Sª. da Vitória, sobre a qual consta ter existido uma luz para guiar os navegantes muitos anos antes. deeiro a petróleo de três torcidas, apresentando uma luz fixa vermelha com cerca de 17 milhas de alcance, o que, não sendo elevado, era suficiente pois este apenas serve quem navega nas proximidades do canal entre as Berlengas e Peniche, residindo a necessidade de maior alcance na Berlenga, situada 5,5 milhas a oeste deste. Pouco se sabe do seu equipamento inicial embora se imagine que devia consistir de um conjunto de candeeiros de Argand com reflectores parabólicos, semelhante aos utilizados noutros faróis seus contemporâneos. A “Comissão de Pharois e Balisas” incumbida em 1881 de elaborar um “Plano de Alumiamento das Costas, Portos e Barras do Continente e Ilhas Adjacentes”, considerou o farol em muito mau estado e determina a sua reedificação. Em 1886 foi dotado de um sinal sonoro constituído por uma trombeta de palhetas, activado por ar comprimido armazenado em grandes reservatórios para onde era carregado através de um compressor a vapor de 4 cavalos. Este sinal era estabelecido pelos faroleiros em condições de visibilidade reduzida, sendo actualmente um sistema electroacústico activado por um detector automático de nevoeiro. O aparelho lenticular de 3º Ordem foi substituído em 1923 por foto de ANÍBAL SANTOS foto de HÉLDER COELHO AUTOMATIZAÇÃO DE PROCESSOS O farol foi automatizado, em 1988 com a instalação de um novo aparelho óptico/iluminante composto de um tambor com ópticas seladas. Este sistema consiste de um conjunto de ópticas seladas do tipo das utilizadas nos automóveis, fixas nas faces de um prisma hexagonal, apresentando uma baixa relação alcance/consumo. O farol é guarnecido por oito faroleiros que, além de manterem o assinalamento marítimo da região, PUB THE FINE WINE ALLIANCE Taste the finest family owned wines Douro Lisbon Lisbon CONTACTS (+351) 219 687 072 [email protected] Alentejo www.wineventures.eu www.quintadecottas.pt www.quintassebastiao.com www.santavitoria.pt p.24 EMPRESAS & MERCADOS 8 DE JANEIRO DE 2016 ENTREVISTA COM LUIS VIEIRA, ADMINISTRADOR DA PARRAS VINHOS, LDA “Sabemos exatamente o que procuramos e, com o que temos à disposição, tentamos manter o perfil ao qual o nosso consumidor está habituado...” A Parras Vinhos é especializada na produção e seleção de vinhos de qualidade em diversas regiões de Portugal. A seleção dos melhores lotes de vinhos nas regiões e o excelente trabalho de uma vasta equipa de enologia permite à Parras a produção de vinhos de qualidade superior. A empresa apoia ainda os seus clientes na criação de marcas próprias nomeadamente para mercados de exportação em que requer algumas normas mais específicas. Conseguimos ter grandes vinhos, não demasiadamente complexos nem difíceis, a um preço bastante acessível. Este é o nosso público-alvo e temos tido um retorno bastante interessante das pessoas. Há marcas que temos hoje com grande visibilidade no mercado e que as pessoas reconhecem. Luís Vieira, Administrador da Parras Vinhos Como surge a Parras Vinhos? A Parras Vinhos surgiu há alguns anos com o objetivo de agregar sob um só projeto os vinhos que tínhamos de várias regiões portuguesas. Temos uma equipa de enologia que trabalha há muitos anos em conjunto e temos feito uma série de projetos em cada uma das regiões vitivinícolas portuguesas, Dão, Douro, Minho, Alentejo e também aqui na região de Lisboa e Tejo. A Parras era a empresa, ou o local onde estes enólogos se juntavam e selecionavam os vinhos de cada uma das regiões com o objectivo de criar marcas de cada uma dessas regiões e fazíamos a sua distribuição. Há regiões em que temos produção própria, como aqui na região de Lisboa, na Quinta do Gradil, ou no Alentejo, na Herdade da Candeeira. (...) A Parras Vinhos surgiu há alguns anos com o objetivo de agregar sob um só projeto os vinhos que tínhamos de várias regiões portuguesas. Temos uma equipa de enologia que trabalha há muitos anos em conjunto e temos feito uma série de projetos em cada uma das regiões vitivinícolas portuguesas (...) Qual é o público-alvo destes vinhos? A equipa da Parras Vinhos está muito vocacionada na produção de vinhos para o consumidor não especialista. A nossa gama são vinhos best value, vinhos de grande valor acrescentado a um preço mais económico possível de maneira a que as pessoas se surpreendam com os vinhos que bebem. Como é que é feita a seleção de vinhos de cada região? A nossa equipa de enologia e de viticultura faz o acompanhamento com os produtores desde o início da campanha trabalhando na seleção das vinhas, ou parte delas, com o objetivo de produzir vinhos de topo e de excelência. Depois, na altura da vinificação, acompanhamos as fermentações e o processo evolutivo controlando a maturação. Fazemos todo o trabalho de enologia e de acompanhamento ao produtor. No final, fazemos também o acompanhamento do produto final e dos respetivos blends. Trata-se de um trabalho de enologia muito exigente e completo em que sabemos exatamente o que procuramos e, com o que temos à disposição, tentamos manter o perfil ao qual o nosso consumidor está habituado e fidelizado. Qual o volume de exportação da empresa? O mercado nacional representa 40% daquilo que fazemos, tradicionalmente sempre foi assim, apesar de nos últimos anos termos tido um crescimento grande no merca- EMPRESAS & MERCADOS 8 DE JANEIRO DE 2016 p.25 do nacional. No fundo, o país que mais consome produtos portugueses é o nosso próprio país e achamos que Portugal é uma porta de entrada para o mundo, é uma montra na qual temos que ter os nossos vinhos muito conhecidos. Dado o investimento que temos feito na comunicação temos aumentado muito as nossas vendas em Portugal. O resto do mundo tem acompanhado esta tendência, com alguns reajustes no mercado externo, Angola e Brasil já não estão com o nível de outros tempos, mas temos outros países que estão a compensar estas descidas como os EUA, a Inglaterra ou a França, onde temos reforçado as nossas parcerias e as coisas têm corrido muito bem. (...) A equipa da Parras Vinhos está muito vocacionada na produção de vinhos para o consumidor não especialista. A nossa gama são vinhos best value, vinhos de grande valor acrescentado a um preço mais económico possível de maneira a que as pessoas se surpreendam com os vinhos que bebem (...) Uma amplitude geográfica tão grande gera muitas referências… As nossas referências mais conhecidas são, para além do Quinta do Gradil, uma marca conotada com muito prestígio, o Castelo do Sulco, que é uma marca mais dedicada ao on-trade. Temos o Mula Velha que apareceu há cerca de dois anos, uma marca de elevada qualidade, criada a partir de vinhas selecionadas e que resultaram em vinhos com muita robustez e qualidade mas com uma relação qualidade/preço imbatível. Tem tido um sucesso enorme. Produzimos também outras marcas no Alentejo, como o Pêra Doce e o Montaria que são duas marcas com muita visibilidade internacionalmente. O Montaria nos EUA, em Inglaterra e em França é um case study, temos registado aumentos nas vendas incríveis. As pessoas reconhecem a marca como sendo um vinho com muita qualidade e com um preço muito interessante. A Quinta do Gradil na região oeste de Portugal, em Vilar, Cadaval uma feira com características únicas. Um ponto de encontro interessante onde podemos estar com todos os nossos parceiros mundiais e onde podemos mostrar os nossos produtos. A partir de contatos feitos no SISAB PORTUGAL conseguimos novos clientes com quem já fizemos negócios. É uma feira incontornável e que, de facto, prestigia o nosso país com uma organização muito interessante e que está de parabéns. (...) Já há vários anos que vamos ao SISAB PORTUGAL. É, de facto, uma feira com características únicas. Um ponto de encontro interessante onde podemos estar com todos os nossos parceiros mundiais e onde podemos mostrar os nossos produtos (...) Para além do vinho a empresa desenvolve também um projeto de enoturismo na Quinta do Gradil. Que atividades oferece uma visita à quinta? A Quinta do Gradil desde há alguns anos tem desenvolvido um amplo projeto de enoturismo. Temos uma loja e um restaurante onde fazemos jantares vínicos, degustações que vão variando de acordo com as épocas. Vamos de alguma forma orientando os nossos pratos às épocas festivas e fazendo-os “casar” com os melhores vinhos que temos. A Quinta do Gradil fica a meia hora de Lisboa e é uma quinta muito versátil, com muita história, uma vez que pertenceu à família dos Marqueses de Pombal até meados do século passado. Tem aqui toda uma riqueza que convida a ser descoberta. As pessoas podem combinar as três vertentes: comida, vinho e relax. Organizamos também visitas acompanhadas à adega e às vinhas, passeios e caminhadas pela serra, passeios de jipe, bicicleta e corridas. Qual a sua opinião acerca do SISAB PORTUGAL? Já há vários anos que vamos ao SISAB PORTUGAL. É, de facto, (...) A Quinta do Gradil fica a meia hora de Lisboa e é uma quinta muito versátil, com muita história (...) VILA POUCA DE AGUIAR Bombos de ouro e mel divulgam minas romanas e concelho transmontano O Complexo Mineiro Romano de Tresminas tem um “novo achado” que quer transformar em atração turística, um bombom de chocolate negro com ouro e mel de urze que junta “o melhor” do concelho de Vila Pouca de Aguiar. “Este produto é um postal de boas vindas a Tresminas porque aquilo que as pessoas consomem no bombom podem ver no Complexo Mineiro Romano”, afirmou a coordenadora do projeto de valorização deste espaço, Patrícia Machado. Estas minas foram exploradas pelos romanos há cerca de 2.000 anos e foram geridas diretamente pela guarda do imperador. Os bombons são de chocolate negro e possuem ouro em pó ou folhas de ouro comestíveis e são recheados com mel de urze produzido no concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real. “O objetivo é divulgar Tresminas através das duas principais componentes deste território: o património cultural, através do ouro que lembra a exploração romana, e o património natural, sobretudo através do mel de urze”, acrescentou a arqueóloga. O produto foi desenvolvido em exclusivo por uma empresa do Porto para Tresminas e resulta do projeto de valorização do complexo mineiro e da abertura do centro interpretativo em junho, após um investimento de um milhão de euros. Patrícia Machado considerou que os bombons funcionam como elemento de divulgação e de pro- (...) Aqui, a exploração de ouro decorreu ao longo de 450 anos e depois não teve mais intervenções, sendo, por isso, considerado um “património arqueológico único” que a Câmara de Vila Pouca de Aguiar quer candidatar a Património Mundial da Humanidade (...) moção de Vila Pouca de Aguiar e defendeu que “resultam melhor do que um panfleto informativo”. “Porque as pessoas conseguem associar os dois elementos do bombom ao território, enquanto um panfleto acaba por ser algo mais descartável e que não é tão fiel àquilo que as pessoas podem conhecer no território como é o bombom”, sustentou. O recheio dentro do chocolate é de mel líquido de urze. “Essa foi uma das condições para a realização destes bombons, é mel que sai do concelho de Vila Pouca de Aguiar para o fornecedor com o intuito de manter esta ligação ao território”, salientou. A responsável frisou ainda que a aceitação ao produto está a ser “boa” e que este pode ser adquirido no centro interpretativo, na loja interativa de turismo de Pedras Salgadas e numa livraria de Vila Real. Patrícia Machado fez ainda um balanço “muito positivo” dos seis meses de funcionamento do centro interpretativo e referiu que neste período já passaram por este espaço cerca de 3.000 visitantes. A maior parte foram famílias com filhos em idade escolar e que estão a estudar este período histórico. Também muitos arqueólogos ou geólogos procuram este complexo mineiro para investigação. Os visitantes podem ver uma exposição no centro interpretativo, instalado na aldeia de Tresminas, que explica como este território foi transformado há 2.000 anos. O foco são as minas romanas e a forma como foi feita a exploração do ouro mas há ainda espaço para dar a conhecer a biodiversidade do território. p.26 COISAS DO VINHO 8 DE JANEIRO DE 2016 Vinhos & Gastronomia Os espumantes Muitas vezes fala-se de espumante e chamam-lhe champanhe. Cuidado com as confusões. Champanhe é um vinho produzido em França na região de Champanhe e espumante é produzido em Portugal, é maravilhoso e sobretudo é um vinho com muita graça... Características: Os vinhos espumantes são produzidos nos climas mais frescos de Portugal. Na Bairrada os espumantes têm uma elevada reputação, elaborados a partir da prensagem da casta Baga ou Touriga Nacional ou da perfumada Maria Gomes, Arinto, Bical e, por vezes, Chardonnay. A região de Távora-Varosa fria e situada a alta altitude, a sul do Douro e a norte do Dão, faz vinhos espumantes de Malvasia Fina e, cada vez mais, as castas típicas do Champanhe – Chardonnay e Pinot Noir. Nos últimos anos as regiões do Vinho Verde e Bucelas, pelas boas condi- ções naturais para o estilo, têm igualmente apostado na espumantização. TEMPERATURA Os Espumantes brutos ou secos devem ser servidos a 7/8 graus Celsius. Há quem sirva o espumante a uma temperatura inferior em detrimento do seu aroma. Os Espumantes meio-doces e doces devem ser servidos a 6 graus Celsius, já que uma temperatura mais MARISCO E PEIXE O vinho espumante é aconselhado para acompanhar peixe grelhado e mariscos. Mas é tudo uma questão de paladar e de gosto pessoal. Por mim só penso em espumante para pratos de forno, mas de preferência se for um cabritinho ou um leitão. Quando e como beber: Refrescantes no calor do Verão e calorosos no frio do Inverno, os vinhos espumantes são perfeitos para peixe e mariscos. São também uma escolha ideal para saladas temperadas – a acidez e a sua delicada doçura combinam em perfeição com o tempero. A doçura natural dos pratos elaborados a partir de vegetais também combina bem com a doçura dos vinhos espumantes. DESPORTO 8 DE JANEIRO DE 2016 p.27 LIGA PORTUGUESA | SPORTING 2 FC PORTO 0 “Leões” vingam-se nos “Dragões” do desaire da Madeira e recuperam liderança. O Sporting escorregou no Funchal e viu-se ultrapassado pelo pelos azuis e brancos, desta vez no seu estádio vencendo categoricamente recuperou a liderança do campeonato. Benfica cumpriu a sua obrigação, venceu em Guimarães e encurtou a distância para o FC Porto. O Sporting impôs a primeira derrota (2-0) ao FC Porto, em jogo 15.ª jornada da I Liga de futebol, vitória assente na supremacia do coletivo dos ‘leões’ face às individualidades portistas, recuperando a liderança do campeonato. SLIMANI A GRANDE FIGURA DO JOGO Em Alvalade, um bis do internacional argelino Islam Slimani, aos 27 e 85 minutos, permitiu ao conjunto de Jorge Jesus superar o combinado do espanhol Julen Lopetegui, ‘roubando-lhe’ a liderança. Ao longo do jogo, em termos ofensivos, o FC Porto dependeu muito das iniciativas dos seus dois alas, Corona e Brahimi, mas o Sporting defendeu sempre como equipa, com sentido posicional e de entreajuda, que permitiu que a ação daqueles não tivesse consequências para a baliza de Rui Patrício. Assistiu-se a um grande jogo, pela dinâmica, intensidade, qualidade do futebol, oportunidades de golo, mas o Sporting mereceu indiscutivelmente o triunfo, porque foi claramente a melhor equipa, a que revelou maior entrosamento, fio de jogo e dinâmica ofensiva, perante um FC Porto que não conseguiu responder ao mesmo nível no plano coletivo. PORTO PODIA TER SOFRIDO DERROTA AINDA MAIS PESADA Se na primeira parte o FC Porto ainda foi conseguindo a custo suster a maior dinâmica ofensiva do Sporting, que deteve quase sempre a iniciativa do jogo, na segunda parte, face à necessidade de subir um pouco mais terreno por força do resultado negativo, expôs-se e poderia até ter sofrido uma derrota mais pesada. A equipa portista nunca conseguiu aproveitar o adiantamento do bloco ‘leonino”, sempre muito subido, por mérito contrário, fruto de segurança na posse e circulação de bola e do reposicionamento inteligente dos seus jogadores quando a perdiam. Raramente o FC Porto conseguiu meter bolas nas costas da defesa ‘leonina’, quando recuperava a sua posse, apostando essencialmente num jogo mais direto para os seus alas, Corona e Brahimi, dois executantes de ‘primeira água’ nos lances de um contra um, mas que esbarraram sempre ‘nas dobras’ dos defesas e médios ‘leoninos’. O Sporting abriu o marcador aos 27 minutos, por Slimani, de cabeça, num livre tenso de Jefferson, golo esse inteiramente justificado ao intervalo, por ter sido a melhor equipa, a que mais atacou, mais pressionou, mais lances de perigo criou. No entanto, foi na segunda parte que essa supremacia se acentuou face à necessidade de o FC Porto, estando a perder, ter de subir no terreno e dar mais espaços, quer na zona intermediária quer na costas da sua defesa. Brahimi e Corona continuavam a constituir uma ameaça com bola no pé - sem ela têm escassa participação a fechar os respetivos flancos, uma das razões porque o Sporting se superiorizou face à profundidade ofensiva que os seus laterais asseguraram -, mas o Spor- ting continuou sólido a defender e passou a explorar os espaços em lances de contragolpe. Aos 64 e 70 minutos, o ataque dos ‘leões’ enviou uma bola à barra, por Slimani, de cabeça, a cruzamento de João Mário, e outra ao poste por Adrien, a culminarem jogadas coletivas de golo feito, mas criou também outros lances de perigo iminente de golo. O FC Porto tentava desesperadamente chegar ao golo, o discernimento era cada vez menos, Lopetegui tinha lançado André André aos 54 minutos sem resultado prático, e não arriscou na entrada de André Silva para jogar ao lado de Aboubakar na área, preferindo trocar um pelo outro, aos 71. Por seu lado, Jorge Jesus mexeu bem ao lançar Gelson Martins aos 62 minutos para o lugar de Matheus, a acusar desgaste, o que proporcionou uma maior acutilância aos lances ofensivos do Sporting, que culminariam com o segundo golo de Slimani, aos 85, na sequência de um passe ‘açucarado’ de Bryan Ruiz. Em suma, o Sporting foi globalmente superior, mereceu vencer e Jorge Jesus ganhou claramente o ‘duelo’ tático com Lopetegui. Três centenas de adeptos contestam Lopetegui Cerca de três centenas de adeptos receberam a equipa do FC Porto, no Estádio do Dragão, com assobios e insultos, depois da derrota (2-0) de sábado em Alvalade com o Sporting, para o campeonato. Jogadores e equipa técnica chegaram ao Dragão por volta das 03:00 da madrugada e à sua espera tinham um grupo de adeptos descontentes com os últimos resultados e exibições da equipa. As principais palavras de descontentamento foram para o treinador espanhol Julen Lopetegui, a quem exigiram que pedisse a demissão do cargo. Um grupo de adeptos chegou mesmo a exibir uma tarja a dizer: “Espanhol pede a demissão. PUB p.28 DESPORTO 8 DE JANEIRO DE 2016 TAÇA DA LIGA Sporting e Benfica vencem, FC Porto perde em casa Sporting e FC Porto, despediram-se de 2015 com resultados bem diferentes para a Taça da Liga, já que os ‘leões’ venceram e os ‘dragões’ perderam. O Benfica venceu em casa o Nacional com um golo de Raúl Jiménez. O Benfica venceu o Nacional, por 1-0, em jogo da 1ª jornada do Grupo B da Taça da Liga, graças a um tento solitário do ‘suplente’ Raúl Jiménez, a um minuto do apito final Sporting e FC Porto, despediram-se de 2015 com resultados bem diferentes para a Taça da Liga, já que os ‘leões’ venceram e os ‘dragões’ perderam. O terceiro ‘grande’ do futebol português, o Benfica, também ganhou, mas sofreu bastante ante o Nacional, na Luz, com o único golo a ser marcado pelo mexicano Raúl Jiménez, a um mi- nuto do final. O FC Porto, líder isolado da Liga, com um ponto de vantagem sobre o Sporting, está em apuros para continuar na Taça da Liga, depois da ‘escandalosa’ derrota em casa ante o Marítimo, por 3-1. Os insulares, que já tinham batido o Feirense por 4-2, só têm agora por jogar, no grupo A, uma partida na Madeira contra o Fa- malicão, pelo que são agora favoritos absolutos para o primeiro lugar, único posto que garante as meias-finais. Evidentemente a pensar na deslocação a Alvalade, para um jogo que pode ser decisivo para o campeonato, Julen Lopetegui poupou a equipa, com resultados ‘desastrosos’, já que o Marítimo paulatinamente elevou na segunda parte o resultado até 3-0 - golos de Fransérgio (48), Alex Soares (70) e Marega (90+4). Quando o avançado Aboubakar reduziu, aos 90+5, nada havia a fazer e os portistas até podem ganhar a Feirense e Famalicão, nas próximas jornadas, e isso já não chegar. Quem não deu um passo em falso foi o Sporting, apesar de também ter poupado jogadores na receção ao Paços de Ferreira, para o grupo C da competição. Aquilani abriu o marcador, aos oito minutos, Gelson Martins fez o segundo dos ‘leões’, aos 52, e Bryan Ruiz apontou o terceiro aos 72. O golo dos pacenses foi apontado por Christian, aos 45+1. Após a vitória do Portimonense sobre o Arouca, por 4-1, o caminho dos pupilos de Jorge Jesus parece bem traçado para as meias-finais da Taça da Liga. No grupo B, o Benfica reparte o comando com o Moreirense, que se impôs ao Oriental por 4-2. Finalmente, no grupo D, o Rio Ave também venceu, em Matosinhos - 2-1 ao Leixões - e assim igualou na frente da tabela o Sporting de Braga, que dias antes vencera o Belenenses, pela mesma marca. Depois dos lenços brancos no final do jogo com o Marítimo, Lopetegui continua a ser muito contestado pelos adeptos. Três dias depois apareceu no Estádio do Dragão uma tarja a pedir uma decisão da SAD em relação ao técnico espanhol. «Só pensam em milhões... esquecemse de ser campeões! Rua» lia-se numa longa tarja junto ao Estádio do Dragão, cujas fotografias surgiram em vários blogs na internet. PRESIDENTE DO VITÓRIA DE GUIMARÃES CONFIANTE PARA 2016 “Estou confiante de que vamos continuar a construir um Vitória melhor” O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, fez na terça-feira o balanço do ano de 2015 da equipa da I Liga de futebol e antecipou o jogo com o Benfica, o primeiro do novo ano civil. Júlio Mendes admitiu que o início de época desiludiu, mas disse ver, neste momento, sinais positivos no plantel e pretende que o clube chegue às provas europeias. A equipa vitoriana termina o mês de dezembro na nona posição, com 19 pontos, estando já eliminada da Taça de Portugal e da Taça da Liga, depois de ter saído precocemente, em agosto, da Liga Europa. “A época não nos começou de feição. Não atingimos objetivos que, para nós, estavam dados praticamente como certos. Apesar de tudo, tenho visto, ao longo das se- “Temos um potencial enorme e é isso que explorámos todos os dias. É óbvio que, se tivéssemos tido outros recursos, a situação poderia estar um pouco melhor. Mas isso não nos retira ambição” destacou o presidente Júlio Mendes que valorizou o plantel vitoriano manas, que estamos a corrigir a trajetória. Nessa perspetiva, estou satisfeito”, disse o dirigente, à margem da divulgação de um protocolo com o Pevidém, equipa que milita na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga. O responsável máximo dos vimaranenses desejou um Vitória “europeu e internacional” para 2016 e mostrou-se esperançado de que o primeiro triunfo do novo ano pode surgir já no sábado, com um Benfica “sempre candidato ao título”, na 15.ª jornada da I Liga. Júlio Mendes anteviu também o mercado de transferências de janeiro, tendo dito que ainda não tem propostas formais por qualquer jogador, mas avisou que, no futebol, os clubes e os empresários “interagem todo o ano” e que qualquer entrada ou saída pode ser decidida rapidamente. “Nesta altura, há um, dois, três anos atrás não tínhamos propostas nenhumas, e, no entanto, fizemos as transferências. Ter propostas não significa nada. O que significa muito é termos qualidade e talento no plantel”, frisou. O presidente vitoriano, desde que assumiu os destinos do clube, em 2012, deu prioridade à salvaguarda da saúde financeira, vendendo futebolistas, e referiu que a direção tentará encontrar, de novo, soluções, após ter ficado sem as verbas previstas da Liga Europa no início da época. “Temos um potencial enorme e é isso que explorámos todos os dias. É óbvio que, se tivéssemos tido outros recursos, a situação poderia estar um pouco melhor. Mas isso não nos retira ambição. Estou confiante de que vamos continuar a construir um Vitória melhor”, afirmou. DESPORTO 8 DE JANEIRO DE 2016 PUB FUTEBOL Paulo Duarte volta a ser seleccionador do Burkina Faso O treinador português Paulo Duarte foi escolhido para orientar a seleção de futebol do Burkina Faso, o que acontece pela segunda vez, anunciou a Federação daquele país africano. Paulo Duarte, de 46 anos, tinha sido selecionador do Burkina Faso entre 2007 e 2012, antes de assumir o cargo de selecionador do Gabão, em 2013. Entretanto, em 2009, passou a acumular as funções de selecionador do Burkina Faso com as de treinador do Le Mans, do campeonato francês. Em abril de 2015, assumiu o cargo de treinador da equipa tunisina do Clube Sportif Sfaxien. Na sua carreira de futebolista em Portugal representou vários clubes, o último dos quais a União de Leiria, assumindo as funções de treinador desta equipa após ‘pendurar as botas’. Como treinador, dirigiu o Salgueiros, o Marítimo e, novamente, a União de Leiria, antes da sua primeira experiência africana à frente da seleção do Burkina Faso. FUTEBOL Jorge Paixão é o novo treinador do Mafra Jorge Paixão foi apresentado como o novo treinador do Mafra, equipa classificada na 21.ª posição da II Liga de futebol e que se encontra na zona da despromoção. “O Jorge Paixão é um técnico com nível da I Liga e que conhece bem o Mafra, pois treinou a nossa equipa na época de 2010/11”, frisou à agência Lusa José Cristo, presidente do clube mafrense. Jorge Paixão rende Jorge Neves na equipa da região saloia de Lisboa. Neves foi dispensado após a última derrota sofrida pelo Mafra, em Viseu, por 2-1, frente ao Académico local, em partida da 22ª jornada da II Liga. Jorge Paixão também já foi vítima, esta época, de uma ‘chicotada psicológica’, tendo sido dispensado pelo Farense há um mês (no passado dia 30 de novembro) e substituído por Horácio Gonçalves. O novo ‘timoneiro’ do Mafra tem 50 anos, é natural de Almada e ostenta uma já vasta carreira como técnico, a qual começou no Atlético da Malveira, na temporada de 1999/00. No seu percurso em Portugal, Paixão treinou ainda clubes como o Casa Pia, Almada, Amora, Atlético, Real Massamá, Pontassolense, Estrela da Amadora, Mafra, Farense, Sporting de Braga e Olhanense. Também foi requisitado para treinar no estrangeiro, tendo orientado o Recreativo do Cáala (Angola), o Al-Mesaimeer (Qatar) e o Zawisza Bygdoszcz (Polónia). REAL MADRID Pepe defende continuidade do treinador Pepe considerou que os que pedem a demissão de Rafael Benítez do Real Madrid “estão errados”, defendendo que é mau mudar de treinador a meio da época do campeonato espanhol. “As pessoas enganam-se ao pedir uma mudança de treinador. Se mudamos a meio do ano teremos de nos adaptar novamente à mentalidade de um novo técnico e isso não é bom. Há que deixar trabalhar (Benítez) e fazer a avaliação no fim da época”, disse o internacional português, na zona mista do estádio Santiago Bernabéu. Após o triunfo 3-1 frente à Real Sociedad, na 17.ª jornada da liga, o defesa-central deu o seu exemplo para ajudar o técnico nas suas opções: “Comecei no banco e agora que posso jogar tento fazê-lo do melhor que posso em cada jogo. Dou tudo porque faço o que mais gosto, que é jogar futebol.” Pepe manifestou-se convicto de que o Real Madrid “pode ganhar títulos” esta época para assim esquecer um mau 2015: partiu para esta jornada com 33 pontos, menos dois do que Atlético de Madrid e Barcelona, neste caso com os catalães com um jogo a menos. “Não foi um ano como se esperava, mas temos de continuar a trabalhar com muita humildade. Esse é o caminho para termos um bom 2016 e podermos dar alegrias aos nossos adeptos”, completou. O futebolista valorizou o triunfo sobre a Real Sociedad, considerando que foi difícil, mas justo. p.29 p.30 DESPORTO 8 DE JANEIRO DE 2016 BENFICA, FC PORTO E SPORTING ENCHEM OS COFRES Guerra dos direitos desportivos anima final de ano dos três “grandes” A compra dos direitos televisivos de Benfica, FC Porto e Sporting terminou com um valor total de 1372,5 milhões de euros. O Sporting é quem mais recebe (515 milhões de euros até 2030) mas também é o clube que mais cede. O seu rival da 2ª circular é, por sua vez, quem menos cedências tem incluídas no acordo com a NOS (apenas direitos de tv e canal do clube). O FC Porto inclui no seu acordo com a Altice os direitos de tv, o Porto Canal e a publicidade das camisolas e do estádio por 457,5 milhões de euros. O mês de Dezembro do ano que agora acabou vai ficar na história do desporto português como o mês que revolucionou (e surpreendeu) o mercado. Benfica, Sporting chegaram a acordo com a NOS e o FC Porto com a Altice, detentora da Meo, para a cedência de direitos deportivos num valor que chega aos 1372,5 milhões de euros no seu total. O primeiro clube a chegar a acordo foi o Benfica, naquele que foi anunciado como o maior contrato de sempre nesta área: 400 milhões de euros por 10 anos de direitos de TV e canal do clube encarnado. O contrato dos encarnados inclui 25 milhões pelos 17 jogos em casa, mais 15 milhões pelo exclusivo dos conteúdos do canal Benfica TV na operadora NOS. Fora do acordo está a publicidade nas camisolas: a equipa principal do Benfica vai “perma- BENFICA 400 MILHÕES DE EUROS necer” com a companhia aérea Fly Emirates, com a qual o clube assinou um acordo de patrocínio de três anos, válido até final da época de 2017/18 e cujos valores não foram revelados. Ninguém esperava que fosse FC PORTO 457,5 MILHÕES DE EUROS SPORTING 515 MILHÕES DE EUROS anunciado outro acordo com valores parecidos. Mas foi: Pinto da Costa anunciou um contrato recorde entre o FC Porto e a Altice (detentora da Meo), embora não seja possível comparar o negócio com o do seu rival encarnado. Por 457,5 milhões de euros com a PT/MEO, incluindo no acordo entre 2018 e 2028 os jogos no Dragão, além de alienar os direitos de transmissão do Porto Canal, estes por 12 anos. O acordo entre os azuis-ePUB -branco e a Altice , dona da PT/ Meo, engloba ainda o patrocínio principal das camisolas da equipa, que não tem patrocinador desde o início da temporada, e a publicidade no estádio. Depois foi a vez do Sporting anunciar o seu acordo com a NOS. Mais uma vez é um acordo incomparável com os dos seus rivais já que também este inclui outros pontos diferentes. Os leões cedem os direitos de transmissão dos jogos em casa por 10 anos (com início a 1 de julho de 2018), os direitos de exploração da publicidade no Estádio por 10 épocas (com início a 1 de julho de 2018) e os direitos de transmissão do Sporting TV por 12 épocas (com início a 1 de julho de 2017). A NOS adquire também o estatuto de patrocinador principal do Sporting por 12 épocas e meia (com início a 1 de janeiro de 2016), num acordo anunciado de 515 milhões de euros. Refira-se que neste valor está incluído o montante de 69 milhões de euros da renegociação de contrato que o Sporting tinha com a PPTV (Olivedesportos de Joaquim Oliveira) que está em vigor até ao final da temporada 2017/18. DESPORTO 8 DE JANEIRO DE 2016 A NOS anunciou a compra dos direitos de transmissão televisiva dos jogos do Sport Lisboa e Benfica, num valor total que pode chegar aos 400 milhões de euros. O negócio determina “contrato de cessação dos direitos de transmissão televisiva dos jogos em casa da equipa A de Futebol Sénior da Benfica SAD para a Liga NOS, bem como dos direitos de transmissão e distribuição do canal Benfica TV”. A NOS anunciou a compra dos direitos de transmissão televisiva dos jogos do Sport Lisboa e Benfica, num valor total que pode chegar aos 400 milhões de euros. O negócio foi oficializado na CMVM pela NOS SGPS com os seguintes contornos: “contrato de cessação dos direitos de transmissão televisiva dos jogos em casa da equipa A de Futebol Sénior da Benfica SAD para a Liga NOS, bem como dos direitos de transmissão e distribuição do canal Benfica TV”. Este acordo é válido já a partir da próxima época (2016/2017) por um período inicial de três anos, sendo que o mesmo pode ser renovado por qualquer uma das partes até dez anos. O valor da contrapartida financeira é de 400 milhões de euros. Refirase que o patrocínio nas camisolas do Benfica é da Fly Emirates num acordo por três anos que começou na época 2015/16 e que pode chegar aos 30 milhões de euos. BENFICA (NOS - 400 MILHÕES DE EUROS) - Direitos de transmissão dos jogos em casa, inicialmente por três anos, podendo ser renovado por qualquer uma das partes até um total de 10 épocas. - Direitos de transmissão da Benfica TV, pelo mesmo período. As camisolas da equipa principal de futebol do Futebol Clube do Porto vão voltar a ter a imagem da MEO. A SAD do Dragão e a Altice, dona da PT que é por seu lado dona da marca MEO, firmaram um acordo no valor de 457,5 milhões de euros, através do qual a PT volta a ser o patrocinador principal da equipa da invicta. O FC Porto considerou que o contrato com a PT, para a transmissão dos jogos em casa na I Liga e patrocinador principal da equipa de futebol, revela “confiança e otimismo” no futuro. “A administração do FC Porto congratula-se pelo contrato de longo alcance assinado com a PT. Sublinha-se ainda que, numa altura de forte contingência económica, as duas instituições tiveram a coragem de assumir um acordo que revela enorme confiança e otimismo em relação ao futuro e que reforça as relações entre as duas organizações”, lê-se num comunicado divulgado. O FC Porto anunciou a venda dos direitos de transmissão televisiva dos jogos da I Liga no Estádio do Dragão, por dez épocas, a partir de 1 de julho de 2018, à PT, que ficou com o estatuto de patrocinador principal da equipa ‘azul e branca’, por sete épocas e meia, a partir de 1 de janeiro de 2016, data em que a operadora fica também com os direitos de transmissão do Porto Canal, por 12 épocas e meia, num negócio com um valor global de 457,5 milhões de euros. FC PORTO (MEO - 457,5 MILHÕES DE EUROS) - Direitos de transmissão dos jogos em casa por 10 anos (início a 1 de julho de 2018). - Direitos de exploração da publicidade no Estádio do Dragão por 10 anos (início a 1 de julho de 2018). - Direitos de transmissão do Porto Canal por 12 épocas e meia (início a 1 de janeiro de 2016). - Estatuto de patrocinador principal do FC Porto por 7 épocas e meia (início a 1 de janeiro de 2016) p.31 Aos 446 milhões de euros do contrato com a NOS até 2028, os leões somam mais 69 milhões pela revisão do contrato com a PPTV que era válido até 2018. O Sporting e a operadora NOS anunciaram um acordo de 446 milhões de euros, que compreende direitos televisivos da equipa de futebol dos ‘leões’, exploração de publicidade, distribuição e exploração da Sporting TV e patrocínio. Em comunicados enviados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Sporting e a operadora anunciam a cedência à NOS dos direitos de transmissão dos jogos em casa e de exploração da publicidade estática e virtual do Estádio José Alvalade durante 10 anos, a partir da época 2018/19. O acordo prevê que a NOS seja o patrocinador principal dos ‘leões’ já a partir de janeiro de 2016 e durante 12 épocas e meia, enquanto os direitos sobre a Sporting TV serão válidos por 12 anos, a partir de julho de 2017. Ao mesmo tempo, o Sporting anunciou a renegociação dos acordos de direitos televisivos e de publicidade ainda existentes com a PPTV - Publicidade de Portugal e Televisão para as épocas 2015/16, 2016/17 e 2017/2018, indicando que o valor total dos acordos com as duas entidades é de 515 milhões de euros. 515 MILHÕES DE EUROS) SPORTING (NOS/PPTV) - Direitos de transmissão dos jogos em casa por 10 anos (início a 1 de julho de 2018). - Direitos de exploração da publicidade no Estádio por 10 épocas (início a 1 de julho de 2018). - Direitos de transmissão do Sporting TV por 12 épocas (início a 1 de julho de 2017). - Estatuto de patrocinador principal do Sporting por 12 épocas e meia (início a 1 de janeiro de 2016). - Revisão dos valores do contrato com a PPTV, referentes às épocas 2015/16, 2016/17 e 2017/18. p.32 DESPORTO 8 DE JANEIRO DE 2016 FUTEBOL ÁRBITRO Pedro Caixinha assume comando técnico do Al-Gharafa do Qatar Eduardo Garcia selecionado para os Jogos Paralímpicos Pedro Caixinha, que nos últimos quatro anos treinou os mexicanos do Santos Laguna, assume o comando técnico do Al-Gharafa com o objetivo de devolver ao clube o título nacional, que lhe escapa desde a época de 2009/2010. O treinador português Pedro Caixinha, 45 anos, assinou um contrato válido por época e meia com o Al-Gharafa, equipa da primeira divisão de futebol do Qatar. Pedro Caixinha, que nos últimos quatro anos treinou os mexicanos do Santos Laguna, assume o comando técnico do Al-Gharafa com o objetivo de devolver ao clube o título nacional, que lhe escapa desde a época de 2009/2010. O técnico, que como treinador principal em Portugal orientou a União de Leiria, em 2010/2011, e o Nacional, em 2011/2012, conquistou ao serviço do Laguna três títulos: uma liga mexicana (clausura), uma taça mexicana (apertura) e um título de campeão dos campeões do México. Na conferência de imprensa de apresentação, Caixinha mostrou-se feliz por ter assumido um clube como o Al-Gharafa e com a boa receção de que foi alvo. “Eu já tenho experiência de trabalho no Golfo, que torna mais fácil para mim a tarefa. Agora não quero olhar para o passado re- cente, mas sim para um passado mais distante, no qual o clube teve muitas conquistas”, sublinhou o técnico. Pedro Caixinha, que já orientou o primeiro treino do seu novo clube, referiu ainda: “O mais importante agora é colocar a equipa no caminho certo e é isso que prometemos aos adeptos e administração do clube, mas tudo isso não acontecerá sem trabalho.” O técnico referiu que já era um seguidor da liga do Qatar, mas que nos últimos tempos acompaPUB nhou com mais atenção o Al-Gharafa, para poder mais rapidamente se identificar com a equipa. A nova etapa de Pedro Caixinha arranca oficialmente quando o Al-Gharafa, atual 10.º classificado, se deslocar a casa do Al-Mesaimeer, 14.º e último classificado da prova, em jogo da 15.ª jornada. ANDEBOL FEMININO Madeira SAD defronta Cister SA nos ‘oitavos’ da Taça de Portugal O sorteio dos oitavos de final ditou três encontros entre emblemas da primeira divisão, com o atual campeão, o Madeira SAD, a encontrar um adversário do segundo escalão. No sorteio, realizado nas instalações da Federação Portuguesa de Andebol, em Lisboa, ficou definido que a Assomada recebe o Maiastars, o ND S. Joana-Maia joga em casa com o CS Madeira e o ADA Colégio João de Barros viaja até Alpendorada Nos jogos entre equipas de diferentes escalões, o Madeira SAD, atual detentor do troféu, visita o Cister SA, a Juve Lis recebe o CA S. Félix Marinha, o Académico FC joga em casa com o Alavarium, o Colégio de Gaia recebe o Modicus Sandim e, finalmente, o Leça visita o recinto do SIR 1º Maio. O árbitro português de judo Eduardo Garcia foi selecionado para estar nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro 2016, depois de já ter estado presente em Pequim2008 e Londres2012, anunciou a Federação Portuguesa de Judo (FPJ). Eduardo Garcia, de 50 anos, é árbitro internacional da Federação Internacional de Desporto para Cegos (IBSA) e vai tornar-se no primeiro juiz português a estar presente em três Jogos Paralímpicos. “Nos combates de judo para cegos, a principal diferença em relação ao judo regular é sem dúvida a atenção. Nestes combates, a arbitragem tem uma atenção redobrada aos movimentos de cada atleta, o que aumenta bastante a tensão”, explicou. Garcia é praticante de judo desde os quatro anos e seguiu o rumo da arbitragem com apenas 16, tendo adquirido o estatuto de internacional em 1994. 27ª SÃO SILVESTRE DOS OLIVAIS Paulo Pinheiro e Susana Cunha vencem Os atletas Paulo Pinheiro, do Benfica, e Susana Cunha, do Linda-a-Pastora, ganharam a 27.ª edição da São Silvestre dos Olivais, em Lisboa, que este ano teve a chuva como “companheira”. O vencedor masculino percorreu os 10 km do percurso em 31.51 minutos, derrotando Luís Pinto (Sporting) por três segundos e Hélio Fumo (individual) por quatro. Mais desequilibrada foi a prova feminina, que Susana Cunha, com o tempo de 35.36 minutos nos 10 km do percurso, venceu com larga superioridade sobre as sportinguistas Ercília Machado, que ficou a 34 segundos, e Sandra Teixeira, a 2.14. A prova, realizada como sempre na penúltima noite do ano, contou este ano como Campeonato de Lisboa de Estrada. OFEREÇA UMA VIAGEM A ALGUÉM ESPECIAL NÓS FAREMOS TUDO PARA RECEBÊLO BEM. Com o Gift Voucher TAP, pode embrulhar o mundo e oferecê-lo a quem mais gosta. Disponível em 50€, 75€ ou 150€, nas Lojas TAP em Portugal ou através do Contact Center. O rebate dos vouchers pode ser feito no Contact Center, nas Lojas TAP em Portugal ou em agências de viagem portuguesas habilitadas para o efeito. D E B R A ÇO S A B E R TO S p.34 NACIONAL 8 DE JANEIRO DE 2016 JÁ TEMOS MÁQUINA DE “VENDING” QUE VENDE CONSERVAS PORTUGUESAS Loja das Conservas em Lisboa lançou máquina de venda automática de conserva LOJA DAS CONSERVAS NA RUA DO ARSENAL Quando a conserva é um ex-libris turístico A “Loja das Conservas”, um projecto pioneiro e diferenciador que reúne toda a indústria de conservas de peixe portuguesa, festeja o seu segundo aniversário com uma novidade que não vai deixar ninguém indiferente: o lançamento da primeira máquina de venda automática de conservas de peixe do mundo. A secular indústria portuguesa de conservas de peixe volta estar unida no âmbito da Loja das Conservas, que festejou o seu segundo aniversário com a apresentação da primeira máquina de venda automática de conservas do mundo. O novo e surpreendente canal de distribuição da Loja das Conservas foi apresentado na presença do Secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, num evento que juntou as 18 empresas conserveiras portuguesas, a ANICP Associação Nacional da Indústria de Conservas de Peixe e os principais actores políticos e institucionais da indústria. Este arrojado projecto abre um novo mercado para as conservas de peixe portuguesas em Portugal. Desde a sua abertura que a Loja das Conservas pretende voltar a trazer para a mesa dos portugueses a imensa variedade de referências e sabores produzidas com uma qualidade ímpar pela indústria portuguesa de conservas de peixe, que actualmente exporta globalmente mais de 65 por cenPUB to da sua produção. A máquina de venda automática da Loja das Conservas quer surpreender os portugueses no seu local de trabalho, e afirmar-se como uma alternativa nutricionalmente completa, prática e económica. Este projecto foi idealizado para ser instalado em médias e grandes empresas a operar em Portugal (com mais de 300 colaboradores), explorando os conceitos de conveniência, portugalidade, alimentação saudável e equilibrada, e preço acessível. É literalmente com muita “lata” que a primeira máquina de conservas de peixe do mundo se apresenta ao mercado da alimentação de conveniência das vending machines. A pioneira máquina de venda automática reúne as 18 conserveiras nacionais e disponibiliza uma extensa variedade de marcas e referências do melhor que se produz em Portugal nesta secular indústria que continua a conquistar o mundo inteiro. Para completar uma refeição prática, económica e saborosa, a máquina da Loja das Conser- Fabricante da máquina e o Secretário de Estado das Pescas - José Apolinário vas não se esqueceu dos talheres e guardanapos, disponibilizando ainda uma variedade de tostas, numa parceria estabelecida com o “Pão do Rogil”. Com este projeto, a Loja das Conservas pretende subverter a concorrência deste mercado, que apresenta produtos e soluções nutricionalmente desequilibradas e de qualidade genericamente fraca. Pelo contrário, as refeições da Loja das Conservas não contêm quaisquer corantes ou conservantes, sendo muito ricas em ómega três. Para 2016 estão previstas novas surpresas no universo da Loja das Conser- Secretário de Estado das Pescas - José Apolinário vas, demonstrando a vitalidade e empreendedorismo deste incontornável setor da economia portuguesa. De Norte a Sul de Portugal, incluindo as ilhas, a Loja das Conservas leva-nos numa viagem deliciosamente colorida. Este espaço mostra que as conservas de peixe, estão na moda são Cool, e é visível que a procura faz jus à oferta. Aqui encontramos alta qualidade, gosto nas embalagens e muitos sabores, para além de um atendimento cinco estrelas das dedicadas e poliglotas funcionárias . Aqui poderá escolher entre mais de 300 conservas de peixe. Há para todos os gostos e para todos os preços. A conserva mais disponível é a de sardinha, bem como as suas afamadas ovas, tendo ambas levado Portugal a longas distâncias, sendo apreciadas pelos 4 cantos do mundo. Para além da famosa sardinha, pode encontrar atum, enguia, chaputa, cavala e carapau. Na loja é normal encontrarmos dezenas de turistas e falando as mais variadas línguas As marcas de conservas aqui representadas de norte a sul, incluindo as ilhas, são: Belamar, Briosa, Cofisa, Comur, Conserveira do Sul, ESIP, La Gondola, Luças, Marina, Pinhais, Portugal Norte, Poveira, Ramirez, Freitas Mar e Vianapesca. O conceito Loja das Conservas internacionalizou-se no ano passado, através do conceito de corners – já disponíveis em Paris, Varsóvia e Viena de Áustria –, expandindo-se também em Portugal, com uma nova loja na Praça das Flores, em Lisboa, e diversos corners instalados de Norte a Sul do país. Actualmente, a indústria portuguesa de conservas de peixe emprega directamente mais de 3500 pessoas. A tradição do pescado em conserva portuguesa conta com mais de 160 anos de história e existem presentemente 21 fábricas activas e em laboração, exportando entre 60 a 95 por cento da produção. AF PARABÉNS 8 DE JANEIRO DE 2016 Parabéns a você DEZ 23 Dia do Vizinho Monteiro Mario Gonetz Le Chatel Pereira Maria Montreuil Santos Julia Althengstett Sergio Oliveira Bedfordview DEZ 24 França França Alemanha África Do Sul Véspera de Natal Afonso Marinho Ecoteaux Afonso Moreira Geneve Alves Manuel Drancy Antonio Cristovao Sao Paulo Antonio Goncalves Altensteig Antonio Machado Boulogne-billancourt Domingos Antunes North York Fernando Barbosa Petit Quevilly Fernando Estrela Hardern Fernando Ferreira Filderstadt Fernando Silva Geneve Francisco Lopes Sao Paulo Helder Cabeca Warwick Henriques Moises Escaldaes-engordany Januario Sumbo Cabinda Joaquim Castelao Paris Joaquim Fernandes Suresnes Joaquim Ramalho Toulouse Manuel Flor Rio De Janeiro Manuel Heleno Rio De Janeiro Manuel Henriques Herzogenaurach Vitoriano Pinho Chablis DEZ 25 Dia de Natal Suíça Suíça França Brasil Alemanha França Canadá França Afonso Filinto St. Pierre Des França Corps Angelina Rocha Vaulx-en-velin França Carlos Direito Geneve Suíça Carlos Moreno La Sionne Suíça Diamantino Rodrigues Larochette Luxemburgo Domingos Rocha Chamelet França Goncalves Luis Encamp Joao Fernandes Recife Joaquim Castro Colombes Joaquim Moreira Le Havre Jose Florencio Resende Jose Fonseca Bruges Jose Lopes Rio De Janeiro Luisa Moreira Muret Natalia Camargo Santos Natividade Paulo Sao Paulo Porfirio Conceicao Alberton Serafim Ferreira Cruzeiro Andorra Brasil França França Brasil França Brasil Brasil África Do Sul Portugal Suíça Alemanha Suíça Brasil Inglaterra Andorra Angola França França França Brasil Brasil Alemanha França DEZ 26 Dia de Santo Estevão Ailton Rodrigues Cubatao Albino Costa Abrantes Amalia Nobel Rotterdam Americo Frias Sao Paulo Antonio Carrico Zurich Antonio Gualter Anglet Antonio Guedelha Lyon Celina Cardoso Umuarama De Joao Stadtbredimus Francisco Nobre Salzhemmendorf Joaquim Martins Chevilly Larue Jose Fernandes Aixirivall Jose Pedro Bergisch Gladbach “O Emigrante/ Mundo Português” dá os parabéns a todos os seus leitores que festejam nesta data o seu aniversário. Para que fique para a história e para que esta continue a ser a página de sucesso que tem sido até aqui, envie-nos a sua data de nascimento e passará a fazer parte desta grande família que é “O Emigrante/Mundo Português”. Jose Silva Bale Jose Sobreira Rio De Janeiro Jose Viana Belem Liliana Rodrigues Neuchatel Paulo Pascoal London Pedro Tavares Paris Raimundo Maria Colmar Serafim Cieira Paris Serafim Filho Recife Serafim Leao Recife Susana Afonso London Victorino Teixeira Ivry-sur-seine Suíça Brasil Brasil Suíça Inglaterra França França França Brasil Brasil Inglaterra França França Brasil Brasil Brasil Holanda Brasil Suíça França França Brasil Luxemburgo Alemanha França Andorra Alemanha DEZ 27 p.35 Dia da Sagrada Família Agostinho Correia Zurich Alfredo Salgueiro Bad Wildungen Antonio Silva Neuss Armando Santos Oyonnax Artur Lapenda Recife Carlos Lagoa Ormesson S/marne Carlos Silva Aulnay-sousbois Carlos Silva Yonkers Celine Gomes Saint-aubinsauges Cidalia Neves Peterborough De Sameiro Andorra La Vella Dra Pereira Rio De Janeiro Ernesto Machado Johannesburg Hernani Ribeiro Malans Joaquim Campos Sindelfingen Jose Craveiro Rio De Janeiro Jose Freitas London Jose Lopes Amsterdam Zuidoost Jose Luis San Diego U.S.A. Jose Martins Montpellier França Jose Nunes Neuweiler Alemanha Jose Paim Rio De Janeiro Brasil Manuel Silva Champigny Sur Marne França Manuel Ventura Helmdange Luxemburgo Maria Celeste Belmont França Maria Serrano Buhl Bei Suíça Frauenfeld Oscar Oliveira Stadtallendorf Alemanha Pedro Luz Recife Brasil Rafael Goncalves Nanterre França Ramiro Lopes Orleans França Rui Ferreira Caussade França Soares Anabela Clermont-ferrand França Virgilio Mata Heitenried Suíça Suíça Alemanha Alemanha França Brasil França França U.S.A. Suíça Inglaterra Andorra Brasil África Do Sul Suíça Alemanha Brasil Inglaterra Holanda DEZ 28 Manuel Brito Sao Paulo Maria Rosario Aubervilliers Mesquita, Augusto Andorra La Vella 29 rado o metro de Lisboa Antonio Carolo Sao Paulo Eduardo Oliveira Differdange Filipe Mateus Caversham Francisco Beira Mosman Park Goncalves Maciel Escaldaesengordany Isabel Lima Luxembourg Joao Neves North Bay Jorge Pereira Sindelfingen Jose Adriano Dortmund Jose Oliveira Gagny Jose Oliveira Maputo Jose Oliveira Beira Jose Varela Montpouillan Manuel Francisco Hattersheim Maria Goncalves Hamburg Santos Licinio Horbourg - Wirh Sergio Oliveira Dia dos Santos Inocentes Almir Simoes Rio De Janeiro Americo Ferreirinha Calgary Ana Maguire Edinburgh Anibal Santos Paris Antonio Antunes Nuevo Poblado Antonio Cardoso Arare Duarte Manuel Neuchatel Francisco Assis Maringa Gomes Alice Escaldaesengordany Joao Pinto Kearny Jose Passos Franconville Jose Piedade Velbert DEZ Dia em que foi inaugu- Brasil Canadá Southdale Sergio Pedro Paris Brasil Luxemburgo Inglaterra Andorra Canadá Alemanha Alemanha França Moçambique Moçambique França Alemanha Alemanha França África Do Sul França Escocia França Espanha Suíça Suíça Brasil Andorra U.S.A. França Alemanha Brasil França Andorra DEZ Dia que se promul- a reforma do Ensino 30 ga Técnico em Portugal Antonio Marques Zurich Antonio Vilela Romainville Arlindo Ribeiro La Varenne Artur Capelo Cambuquira Artur Macedo Mount Brydges Artur Santos London Carlos Salgado Renens Custodio Constantino Niederkassel De Sabino Jersey C.I. Ferreira Antonio Paris 11 Suíça França França Brasil Canadá Inglaterra Suíça Alemanha Inglaterra França tevão p.36 PARABÉNS 8 DE JANEIRO DE 2016 Parabéns a você Henrique Goncalves Frankfurt Joaquim Alves Bonneuil Joaquim Pedroso Tours Jose Carvalho Jersey Jose Inacio Cazeres Katia Mendes Brasilia Maria Alves Hamburg Miguel Vitoria Hamburg Silvia Gasoleiro Koln DEZ 31 Alemanha França França Inglaterra França Brasil Alemanha Alemanha Alemanha Véspera de Ano Novo Adelino Pereira Louvres Adriano Silva Sao Paulo Amandio Bastos Aire Antonio Ruivo Beaucaire Antunes Simoes Geneve Armando Martins London Armando Ribeiro Paris De Vitorino Andorra La Vella Duarte Rodrigues London Dulce Faria Maisons Alfort Ferreira Filipe Pontault Combault Figueiredo Carlos Wolfach Geraldino Ribeiro Sao Paulo Inacio Henriques Horbourg - Wirh Joao Ferreira Ilha Do Governador Jorge Carvalho Amsterdam Jose Rodrigues Johannesburg França Brasil Suíça França Suíça Inglaterra França Andorra Inglaterra França França Alemanha Brasil França Brasil Holanda África Do Sul Jose Silva Etoy M Diamantino Paris Manuel Frade Ville D'avray Manuel Godinho Bietenholz Pratas Henrique Valentigney Ricardo Pereira Clamart Sergio Esteves Bad Ragaz Silvestre Santos Comodoro Rivadavia JAN 1 Suíça França França Suíça França França Suíça Argentina Dia de Ano Novo Adriano Ribeiro S. Joao De Meriti Agostinho Luis Edgewater Alipio Fernandes La Ferte Sous Jouarre Andre Afonso Le Plessis Robinson Antonio Azevedo Cacham Antonio Azoia Paderborn Antonio Estevao Luxembourg Antonio Limpo Lengede Antonio Pinto Crissier Antonio Rodrigues Lanester Arlindo Couto Rio De Janeiro Augusto Ferreira Los Angeles Augusto Nunes London Bery Maria Sao Paulo Camilo Francisco Bobigny Carlos Goncalves Aire Charre Palmira Pomponne Cruz Antonio Phaffenhoffen Domingos Jose Rio De Janeiro Domingos Silva Montmagny Elisa Cruz Madrid Ermelinda Marcos Paris Fernando Catalino Oslon Fernando Fonseca Sao Paulo Francisca Oliva Rio De Janeiro Geni Rego Rio De Janeiro Gomes Marques Frankfurt Gomes Teixeira Avenel Guilherme Simoes Rio De Janeiro Heitor Carvalhal Hamburg Isabel Cardoso Strasbourg Jeni Rego Rio De Janeiro Jessy Veloso Rio De Janeiro Joao Cabaca Rio De Janeiro Joao Martins Villeneuve-le-roi Joao Paixao Boksburg Joaquim Morgado Bochum Jorge Almeida Mongagua Jose Alves Niteroi Brasil U.S.A. França França França Alemanha Luxemburgo Alemanha Suíça França Brasil U.S.A. Inglaterra Brasil França Suíça França França Brasil França Espanha França França Brasil Brasil Brasil Alemanha U.S.A. “O Emigrante/ Mundo Português” dá os parabéns a todos os seus leitores que festejam nesta data o seu aniversário. Para que fique para a história e para que esta continue a ser a página de sucesso que tem sido até aqui, envie-nos a sua data de nascimento e passará a fazer parte desta grande família que é “O Emigrante/Mundo Português”. Jose Bernardino Sao Paulo Jose Cestary Sao Paulo Jose Esteves Ingre Jose Ferraz Santos Jose Lameira Rio De Janeiro Jose Reis Arlesheim Jose Rodrigues Castres Jose Santos Soufflenheim Jose Silva Lausanne Lopes Daniel Monfort L'amaury Manuel Esteves Rueil Malmaison Manuel Maio Contrexeville Manuel Mota Rio De Janeiro Maria Faria Sao Carlos Maria Nascimento Comodoro Rivadavia Maria Vaz Toulouse Marques Irene Montreuil Moreira Joaquim Oberkorn Oliveira Joaquim Pau Pires Antonio Escaldaesengordany Preciosa Dias Rio De Janeiro Rebelo Valdemar Wilrijk Rodrigues Jesus Chatenois Rogerio Santos Pauillac Rui Zezere Agirre-aperribai Santos, Maria Trinity Silva Antonio Frankfurt Valdemar Rodrigues Rio De Janeiro Brasil Brasil França Brasil Brasil Suíça França França Suíça França França França Brasil Brasil Argentina França Brasil Brasil Brasil França África Do Sul Alemanha Brasil Brasil JAN 2 Jose Reis Rio De Janeiro Manuel Costa St. Prix França Maria Alves Geneve França Maria Francisco Rio De Janeiro Milton Almeida Paris Orlando Lopes Paris Pinhal Santos Gouy Ramiro Linhares Meriel Roberto Cruz Rio De Janeiro Roberto Santos Rio Grande Rolao Teixeira Pfungstadt Santos Danaildo Lausanne Teixeira Pinto Gondizalves Valdemar Duarte Larochette Videira Americo Dijon Luxemburgo França Andorra Brasil Bélgica França França Espanha Jersey C.I Alemanha Brasil Brasil Alemanha Armenio Ramalho Brie Compte Robert David Paiva Bonneuil Fernando Calcada Hurth Isidro Tavares Campo Grande Joao Fernandes Cergy Joao Pereira Rio De Janeiro Joaquim Marinho Paris Joaquim Santos Chanteloup Les Vignes Jose Abreu St. Helier Jose Deus Saverne Jose Duarte Winnipeg Jose Pereira Toulouse Jose Pereira Chablis França França Alemanha Brasil França Brasil França França Jersey C.I França Canadá França França Brasil França Suíça Brasil França França França França Brasil Brasil Alemanha Suíça Portugal Luxemburgo França JAN Dia Internacional das Dia Mundial do Braille Acacio Silva Dudelange Agostinho Silva Koln Agostinho Silva Heinsberg Alberto Matos Rio De Janeiro Americo Goncalves Isidro Casanova Americo Oliveira Vittel Americo Silva Zurich Andre Gumezindo Rio De Janeiro Luxemburgo Alemanha Alemanha Brasil Argentina França Suíça Brasil 3 pessoas om Deficiência Alvaro Antunes Porto Alegre Antero Brito Vincennes Antonio Coutinho Rio Grande Antonio Cunha Einsiedeln Antonio Gomes Zurich Antonio Jorge Arlington Antonio Pereira Sao Paulo Antonio Pinto Vincennes Brasil França Brasil Suíça Suíça U.S.A. Brasil França Arlindo Martins França Bois Arnault Arnaldo Fernandes Frankfurt Alemanha Arnete Silva Recife Brasil Boaventura Costa Volta Redonda Brasil Carlos Monteiro Riverdale U.S.A. Carlos Santos Bale Suíça Carvalho Domingos La Massana Andorra Correia Jose Bezu St Eloi França Cristina Chaves Regensdorf Suíça Dias Adelio Lyon França Dias Boaventura Enghien Les Bains França Domingos Lourenco Sevres França Douglas Ribeiro Sao Paulo Brasil Fernando Silva Hamburg Alemanha Ferreira Cristina Paris França Gabriel Santos Lausanne Suíça Henrique Duarte Osnabruck Alemanha Isabel Rodrigues Rio De Janeiro Brasil Joao Santos Differdange Luxemburgo Jose Figueiredo Clamart França Jose Pozzer Rio De Janeiro Brasil Jose Silva Pinneberg Alemanha Lucia Esteves Escaldaes-engordany Andorra Madame Maria Orgeval-morainvilliers França Manuel Ribeiro Rio De Janeiro Brasil Manuel Tavares Rio De Janeiro Brasil Orlando Moino Rio De Janeiro Brasil Orlando Paiva Pierrefonds Canadá Oswaldo Luca Rio De Janeiro Brasil Padrao Albertina Andorra La Vella Andorra Paulo Moreira Vista Alegre - Rj Brasil Pedro Santos ChennevieresFrança sur-marne Ramiro Fernandes Nova Iguacu Brasil Vera Silva Rio De Brasil Janeiro JAN 4 Dia Internacional da Pessoa com Esclerose Múltipla Antonio Almeida Newark Ca Antonio Felix Harrison Antonio Mendes Belo Horizonte U.S.A. U.S.A. Brasil HORÓSCOPO 8 DE JANEIRO DE 2016 SIGNO DA ÉPOCA CAPRICÓRNIO p.37 Os nativos de capricórnio são bastante tradicionalistas e conservadores. Têm dentro de si um senso forte de hierarquia, o qual não quebrarão por nada no mundo. Não são de criar inimigos, pois consideram que isso só iria atrapalhar sua projeção. Irão assumir postos secundários sem reclamar, ainda que abaixo de sua capacitação, sabendo que lealdade e determinação são por fim reconhecidas. O capricorniano tende a ser muito rígido com os outros e consigo mesmo. A disciplina é um elemento indispensável para indivíduos tão tenazes assim. O capricorniano se mantém forte e impassível, e não desiste, custe o que custar. 23 nov. a 21 dez. CARNEIRO 21 mar. a 20 abr. William Carvalho (07.04.1992) TOURO Paulo de Carvalho (15.05.1947) GÉMEOS Jorge Palma (04.06.1970) CARANGUEJO Mariana Mortágua (24.06.1986) LEÃO João Paulo Rodrigues (26.07.1978) VIRGEM Vanessa Fernandes (14.09.1985) 21 abr. a 21 22 mai. a 21 jun. 21 jun. a 23 jul. 24 jul. a 23 ago. 24 ago. a 23 set. Será uma semana entusiasmante, poderá sentir um novo animo ou uma esperança diferente, que a/o ajudará a renovar aspetos importantes. Aproveite esta fase para fazer ou planear o que tem adiado, pode ser uma conversa. Será uma semana em que terá que valorizar-se e reconhecer as suas capacidades, poderá receber uma ajuda profissional ou até mesmo a nível pessoal, queira o melhor para si mesma/o. Exponha a sua arte tal como as suas ideias. É possível que algo inesperado e positivo aconteça, confie que será guiada/o para as situações certas, mas mantenha-se atenta/o confiando na sua voz interior e veja mais além. Poderá sentir vontade de fazer uma espécie de retiro nesta altura. Semana serena e harmoniosa, poderá sentir o aparecimento de soluções para certas oposições, e é possível que tenha que ter alguma paciência e calma nesta altura para manter a tal serenidade, mas tudo indica que irá conseguir. As emoções poderão ser o foco desta semana, o amor próprio deverá ser o mais importante e deverá honrar o seu bem estar interior. Um novo amor poderá surgir nesta altura ou uma renovação numa relação que já existe. Será uma semana de vitorias, entre um sim e não deverá escolher o sim, poderá ser uma semana ativa onde deverá seguir em frente com os seus objetivos pessoais ou profissionais. Não deixe de perder a esperança e lute pelos seus sonhos. BALANÇA ESCORPIÃO SAGITÁRIO CAPRICÓRNIO AQUÁRIO PEIXES Júlia Pinheiro (06.10.1962) Pedro Proença (03.11.1970) Sampaio da Nóvoa (12.12.1954) Joana Amaral Dias (01.01.1975) Bruno Nogueira (31.01.1982) Joaquim de Almeida (15.03.1957) 24 set. a 23 out. 24 out. a 22 nov. 23 nov. a 21 dez. 22 dez. a 20 jan. 21 jan. a 19 fev. 20 fev. a 20 mar. Semana estável, onde os assuntos profissionais, e do lar poderão estar em evidência. Deverá valorizar-se e reconhecer a sua força interior, para alguns balanças poderá acontecer um novo investimento, projeto ou novo emprego. Siga a sua intuição, confie no que sente seja a nível pessoal ou profissional, poderá ter que lidar com alguns assuntos importantes em torno de papeladas ou exames, se sentir que precisa de investigar melhor um assunto. Será uma semana prática, criativa, onde deverá honrar os seus talentos e vontades, não saberá o resultado de algo se não experimentar. Tenha tempo para si para sentir verdadeiramente o que precisa nesta altura. Poderá ser uma fase de cura interior. Semana inspiradora onde poderá sentir uma nova esperança no ar, sentirá uma espécie de orientação divina, onde deverá ser capaz de criar a sua própria realidade através dos seus sonhos. A clareza virá e não deve duvidar do que é capaz de fazer. Deverá apenas fazer o que sente que é certo, e não se sujeitar a qualquer imposição ou limitação imposta por si ou outros. Seja livre para escolher o que quer fazer, e liberte-se de restrições mentais ou opiniões exteriores. Poderá ser uma semana nostálgica, e de alguma preguiça, não se esqueça do seu bem estar e tome as medidas certas para melhorar as suas rotinas. Concentre-se no positivo e no que pode melhorar, saia da zona de conforto e ative a sua energia. Sudoku À Descoberta De Portugal Dependendo do nível de dificuldade, o objetivo é completar os quadrados em falta com números de 1 a 9. Há, no entanto, três regras a respeitar: o mesmo número não se pode repetir nem na linha horizontal, nem na linha vertical, nem no Aldeia de Pena - S. Pedro do Sul SOLUÇÕES A Aldeia de Pena fica a 20km de São Pedro do Sul, em Viseu. É uma típica aldeia de xisto com seis habitantes e 10 casas, situada num vale profundo Palavras Cruzadas Horizontais: 1. Medo exagerado do mar; 8. Medo doentio dos contactos com pessoas, animais ou objectos; 9. Intolerância à luz; 10. Pânico de atravessar grandes espaços; 11. Medo patológico de cadáveres; 12. Medo patológico da água ou dos líquidos em geral. Verticais: 2. Terror de aranhas; 3. Hostilidade a pessoas ou coisas estrangeiras; 4. Pânico de estar ou permanecer em lugares fechados ou espaços reduzidos; 5. Aversão aos animais; 6. Medo excessivo do fogo; 7. Terror doentio ao ar e, em especial, às correntes de ar. da Serra de São Macário. No fundo do vale a aldeia une-se com a Natureza que a envolve num cenário de sonho. É proibida a entrada de carros nes- ta aldeia que se enquadra numa paisagem natural e muito bela. A Aldeia da Pena é um ótimo lugar a visitar, principalmente para os amantes da Natureza. Monsanto - Castelo Branco Monsanto fica a 25 km de distância de Idanha-a-Nova e foi escolhida em 1938 como “a aldeia mais portuguesa de Por- tugal”. Situa-se numa encosta granítica, onde as casas surgem apertadas entre enormes penedos. Tudo na aldeia foi preservado para que o aspecto pudesse permanecer o mais natural possível. p.38 BOA MESA 8 DE JANEIRO DE 2016 Culinária PORQUE SABE SEMPRE BEM... Chá de Canela e Gengibre INGREDIENTES 1 litro de água; 5 rodelas de gengibre; 3 paus de canela PREPARAÇÃO Junte todos os ingredientes e deixe a água ferver por um período entre 5 e 10 minutos. Depois desligue o lume, coe a bebida e sirva quente num bule, acompanhado de açucar se assim o desejar. PEIXE Açorda de Bacalhau INGREDIENTES Bacalhau 800 g Pão alentejano 400 g Ovos 4 Coentros, picados 4 colheres de sopa Dentes de alho, picados 6 Azeite Um fio Vinagre q.b Sal e Pimenta q.b PREPARAÇÃO Num almofariz, esmagar bem o alho com os coentros e o sal. Colocar esta massa numa sopeira juntamente com o azeite. Cozer o bacalhau em água com três colheres de sopa de azeite e durante cinco minutos. Deixar arrefecer, retirar a pele e desfiar o bacalhau. Verter a água da cozedura, coada, sobre a massa do alho. Cortar o pão às fatias e reservar. Adicionar, num tacho raso, a água, o vinagre e o sal. Quando a água levantar fervura, baixar o lume. Partir um ovo para um copo e, depois, coloca-lo na água. Repetir com os restantes. Deixar cozer durante 3 minutos. Num prato de sopa, colocar as fatias de pão, bacalhau e um ovo escalfado. Verter o caldo de alhos e coentros por cima e ferver. CARNE Salada de Perú INGREDIENTES 500g de peito de perú 300g de ananás 400g de cogumelos 2 tomates cherry Alho picado Coentros 2 iogurtes naturais Azeite Sal q.b. Pimenta q.b. PREPARAÇÃO Tempere com sal, pimenta, e coloque a grelhar. De seguida, corte os cogumelos e os tomates cherry em cubos ou rodelas. Numa frigideira coloque um fio de azeite, o alho picado e os cogumelos, mexendo bem. Coloque o tomate-cherry e, quando os cogumelos estiverem moderadamente tostados, retire tudo, deixe ar- refecer completamente e junte o peito de perú, desfiado ou cortado em cubos, e o ananás. Triture os coentros, misture-os com o iogurte e verta sobre a salada. Nota: Pode acrescentar mais frutas, se assim o entender. O Mundo Português recomenda também manga, papaia, uvas e/ou pêssego. SOBREMESA Bolo Rei Tradicional Português INGREDIENTES 500 gr. de farinha preparada Nacional para pão Brioche 4 colheres (sopa) de açúcar em pó 1 cálice de vinho do Porto 1 colher (chá) rasa de canela em pó 2,3 dl. de água morna frutos secos (pinhões, amêndoas laminadas, passas e nozes) PREPARAÇÃO Junte na batedeira a farinha com o açúcar em pó, o vinho do Porto, a canela e a água morna. Deixe misturar muito bem. Tape a tigela onde bateu os ingredientes e deixe levedar a massa por uns 60 minutos, até dobrar de volume, em local tépido. Na mesa da cozinha polvilhada de farinha coloque a massa. Junte-lhe os frutos secos e cristalizados. Amasse de modo a incorporar os frutos. Molde a massa em forma de bolo-rei. Pincele a superfície do bolo com gema batida e decore com frutos secos e cristalizados e montinhos de açúcar em pó. Passe a massa para um tabuleiro e deixe repousar por uns vinte minutos, em local tépido. Pré-aqueça o seu forno a 180C. Leve ao forno e deixe cozer, durante aproximadamente 35 minutos. No fim, polverize novamente com açúcar em pó e sirva. BOM FIM DE SEMANA 8 DE JANEIRO DE 2016 JOSÉ MANUEL DUARTE Troika pode vir a “ganhar” eleições com maioria absoluta A situação económica de Portugal não passa de uma armadilha. Mas uma armadilha simpática onde todos os “ratos” se sentem fatalmente atraídos por ela. No tempo da troika dizia-se que o nosso problema era apenas a dívida pública, a banca estava bem e recomendava-se, afinal os bancos caem uns atrás dos outros, sem aviso prévio e a coisa promete não parar. Desgraçadamente chegamos a uma conclusão forçada de que afinal o nosso ponto fraco é tudo. Dívida pública, dívida privada e bancos também. Quer queiramos quer não, o desemprego continua altíssimo, o crescimento não descola, as empresas continuam sem capital, as famílias não conseguem aforrar e a consolidação orçamental não passa de uma bre- ve miragem. O mais grave de tudo isto é que o país está cansado da austeridade. Todos nós estamos convencidos de que já fizemos o necessário em matéria de sacrifícios e portante entendemos que está na hora do merecido alívio. Por tudo isto António Costa vai mais do que nunca ter de apelar ao “malabarismo político” onde já se mostrou hábil, porque se recuar e vier com mais austeridade para cima dos portugueses a “sua” esquerda vai fazê-lo em picadinho. Por outro lado se pretender aliviar a pressão, cedendo à vontade popular, vai criar uma enorme instabilidade política criando as condições ideais para que o troika volte e com “maioria absoluta”. FISGADA CERTEIRA... «Observando a Zona Euro, verificamos que a governação ideológica pode durar algum tempo, faz os seus estragos na economia, deixa faturas por pagar, mas acaba sempre derrotada pela realidade»... Cavaco Silva, sempre ele e igual a si próprio, não perde uma oportunidade de mandar a sua farpazinha... Quem será que ele pretende atingir com esta frase que ainda esta semana disse em entrevista à comunicação social?... Os nossos leitores que adivinhem! MÁRIO CENTENO | Ministro das Finanças “Posso afirmar que é propósito deste Governo não utilizar mais dinheiro público na solução da banca em Portugal” ALBERTO JOÃO JARDIM | Antigo Presidente do Governo Regional da Madeira “As minhas relações pessoais com o anterior chefe de governo não eram as melhores. Ele vivia em Saturno e eu em Marte” JOÃO PAIVA DOS SANTOS | Ex-candidato à Presidência do Sporting “Bruno de Carvalho criou na sua mente um mundo muito próprio agindo como se fosse um ditador reles de um país asiático” Cartoon da semana O “passa não passa” do orçamento rectificativo CIRCULAR PELA VIA DA DIREITA Uma campanha do Uma campanha imparável... mas sempre pela direita! A PSP - Polícia de Segurança Pública acaba de aderir também à campanha do Mundo Português de “Circular Pela Via da Direita”. De recordar que já tinham aderido a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Guarda Nacional Republicana, Prevenção Rodoviária Portuguesa, a Infraestruturas de Portugal, a BRISA, a ANTRAM, e o entusiasmo continua a ser contagiante, com muitas outras entidades a pretender aderir também. Nas estradas já se começa a notar o efeito prático da campanha. Começa a haver uma atitude diferente dos condutores. Não há dúvida de que esta é uma campanha para entusiasmar porque todos juntos vamos fazer das estradas portuguesas as mais seguras da Europa. Para mais informações sobre a campanha [email protected] www.mundoportugues.pt Tel. (+351) 21 795 76 68 /9 Av. Elias Garcia, 57 - 7º · 1049-017 · Lisboa - Portugal As cinco mais bonitas bibliotecas de Portugal - 3 BIBLIOTECA DA REAL ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA É na Real Academia das Ciências de Lisboa que se encontra uma das mais bonitas bibliotecas de Portugal, que reúne o espólio da livraria do Convento de Jesus da Ordem Terceira, logo que foi extinto por D. Ma- ria II e oferecido o respetivo edifício àquela Academia. A “Livraria” havia sido faustosamente enriquecida para apoiar a velha Aula Maynense do Padre José Mayne que já ali lecionava em 1792. CONHEÇA OS NOSSOS EVENTOS, AÇÕES E MARCAS Clique nos links! www.mundoportugues.org A MAIOR MOSTRA MUNDIAL DE EMPRESAS, MARCAS E PRODUTOS PORTUGUESES PARA EXPORTAÇÃO 29 FEVEREIRO - 1 - 2 MARÇO 2016 MEO ARENA. LISBOA. PORTUGAL loja.mundoportugues.pt www.encontromundialdejovens.com www.sisab.org www.empresarioslusofonos.pt www.eit.pt www.encontrodelusoeleitos.com