Centro Português de Le Raincy ajuda a manter

Transcrição

Centro Português de Le Raincy ajuda a manter
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Edição 1841
1,20 Euro
8 de janeiro 2016
a 14 de janeiro de 2016
www.mundoportugues.pt
Diretor: Maria da Conceição Granado de Almeida
[email protected]
informação
Escola foi fundada nos anos 70 a pedido dos pais
Há novas regras para os depósitos
bancários. Fique a saber quais...
Centro Português
de Le Raincy ajuda
a manter a Língua
Portuguesa em
França
NOVA TAXA
1 euro por cada
noite na capital
portuguesa
NOVAS REGRAS
P. 8
liderança
decidida em
alvalade
P. 10
FRANÇA - PARIS
O “Saudade” é um dos melhores
restaurantes portugueses em França
P. 12 e 13
P. 9
Agricultores só podem aplicar pesticidas
se fizerem curso de formação até Maio
O ensino da língua portuguesa em França começou por ser assegurado pelas associações da comunidade
portuguesa. Foi o caso do Centre Portugais de Formation Culturelle em Le Raincy, que abriu as portas da
sua escola no início da década de 70 do século XX. O padre Martim da Silva foi o fundador desta associação
com o objetivo de ensinar língua portuguesa aos filhos dos portugueses residentes em França. Hoje continua
ativamente o seu trabalho na promoção da língua portuguesa pelas mãos de uma ex-aluna, Christine Rodrigues,
a atual presidente desta associação portuguesa em França...
PELO MUNDO
P. 7
A taxa será cobrada nas dormidas de turistas nacionais
e estrangeiros e aplica-se a
todas as unidades hoteleiras
P. 2 e 3
inaugurado nos anos 7o em Versailles
P. 6
Ensino: Governo prolonga compensação
P. 27
a professores no estrangeiro afetados pela
desvalorização cambial
SLIMANI!
Herói do jogo,
marca dois golos
ao FC Porto e
reconquista a
liderança do
campeonato para
Venezuela: Politólogo luso-venezuelano
os verde e brancos
Vasco da Costa está preso desde 2014
Restaurante
“Pedra Alta”abre
nova unidade nos
Champs-Élysées
O conhecido empresário de
restauração, conquista a zona
nobre de Paris
ALQUEVA
P. 22
A barragem que
transfigurou a paisagem
e criou no Alentejo um
dos maiores lagos da
Europa
caderno especial nesta edição
LISBOA DE 29 DE FEVEREIRO A 2 DE MARÇO
SISAB PORTUGAL | A grande feira mundial de exportação de produtos portugueses
VINIVERDE
JOSÉ ANTAS OLIVEIRA
MANUEL SERRA
FERNANDO DIAS FERREIRA
“Objetivo é faturar 50 por
cento no mercado nacional e
50 por cento na exportação ”
“Na minha família já
A estratégia de mercado passa
represento a terceira geração
pela exportação dos vinhos da
nesta empresa e neste negócio” Herdade da Comporta
Visitámos a holding, sediada em Ponte da Barca cujos acionistas são várias empresas da Região dos Vinhos Verdes, entre
as quais se destaca a Adega Cooperativa de
Ponte da Barca pela sua dimensão, pelo seu
já longo historial de quase 50 anos e notoriedade, local onde se situa não só a sede administrativa da Viniverde como a de produção.
Desde 1928 se escreve a história desta
empresa e da sua marca mais antiga, o azeite
Serrata. Este percurso alcança o presente, incluindo nele um importante nome para o seu
universo, o reconhecido e prestigiado azeite
VilaFlor. Dois nomes que atravessaram o século com o maior número de avanços científicos e tecnológicos, – o século XX e afirma-se no século XXI percorrendo o caminho da
inovação e persistência nos elevados padrões
de qualidade e genuinidade.
HERDADE DA COMPORTA
MANUEL PALMA
Os vinhos Herdade da Comporta são o
fruto do empenho num projeto vitivinícola
moderno e ousado, onde as tecnologias de
ponta projetam o tradicionalismo do processo de vinificação em lagares mecanizados.
De reconhecida qualidade, têm sido premiados em vários certames internacionais.
PARRA VINHOS
LUIS VIEIRA
Tentamos manter o perfil a
que o nosso consumidor está
habituado
A Parras Vinhos é especializada na produção e seleção de vinhos de qualidade em
diversas regiões de Portugal. A seleção dos
melhores lotes de vinhos nas regiões e o excelente trabalho de uma vasta equipa de enologia permite à Parras a produção de vinhos
de qualidade superior. A empresa apoia ainda os seus clientes na criação de marcas
próprias nomeadamente para mercados de
exportação em que requer algumas normas
mais específicas.
SISAB PORTUGAL
21ª edição
da maior feira
mundial para
exportação
de produtos
portugueses
P. 15 a 26
PUB
p.2
FRANÇA - LE RAINCY
8 DE JANEIRO DE 2016
PADRE MARTIM DA SILVA, FUNDADOR DO CENTRE PORTUGAIS DE FORMATION CULTURELLE DE LE RAINCY
“A Sacrossanta Ignorância era terrível e foi contra
ela que decidi lutar no plano religioso e cultural...”
O ensino da língua portuguesa em França começou por ser assegurado pelas associações da comunidade portuguesa.
Foi neste âmbito que as primeiras aulas de português foram criadas, como foi o caso do Centre Portugais de Formation
Culturelle em Le Raincy, no início da década de 70. O padre Martim da Silva foi o fundador desta associação com o objetivo de ensinar língua portuguesa aos filhos dos portugueses residentes em França. Hoje esta associação continua ativamente o seu trabalho na promoção da língua portuguesa pelas mãos de uma ex-aluna, Christine Rodrigues, a atual
presidente do Centro Portugais de Formation Culturelle. O “Mundo Português” foi conhecer este projeto que ajuda a promover e elevar a língua portuguesa no Mundo.
Conte-nos a sua história, como é
que veio para França?
Eu vim para França por sugestão do
Bispo da Diocese de Vila Real para
fazer um curso de pedagogia catequética, mas este curso não me interessou muito e passado um ano
ingressei no curso de licenciatura
em Sociologia, no Instituto Católico de Paris. Na altura, talvez tenha
sido um pouco influenciado nesta decisão pelo Maio de 68, para
além dos problemas sociais com os
quais já na altura me preocupava
em Portugal. Tive uma bolsa de estudo do governo francês e quando
me preparava para regressar a Portugal vieram-me pedir para ensinar
língua portuguesa aos filhos dos
portugueses residentes em França.
Nunca vou esquecer uma frase que
me disseram na altura e que repito muitas vezes: -ensine o português aos nossos filhos senão quando eles chegarem a Portugal serão
estrangeiros como nós fomos aqui,
sem saber falar a língua. Isto motivou-me. Gostava do ensino, já tinha
ensinado durante 5 anos em Portugal e com a experiência de vida
que já tinha adquirido, política também, entendia que a Sacrossanta
Ignorância era terrível e foi contra
ela que decidi lutar quer no plano
religioso, quer no plano cultural.
poucos alunos, mas muito rapidamente aumentou o número de alunos. Sem qualquer publicidade, só
de boca em boca, foi isso que deu
a conhecer os nossos cursos. Em
1980 tínhamos quase 200 alunos.
No início, alguns dos meus alunos
eram jovens que pretendiam entrar na universidade e não conseguiam, porque não tinham os estudos franceses. Então, precisavam
tirar algumas disciplinas para depois pedirem equivalência, em áreas como Filosofia, História, Latim,
Português ou Introdução à Política. Durante mais de dois anos lecionei estas disciplinas o que permitiu a alguns alunos entrar na
universidade.
Em 2009 parou de ensinar, mas
acabou sempre por voltar, como é
que isto aconteceu?
Em 2009 decidi parar de ensinar,
porque os anos avançaram e eu tinha realmente muito trabalho, era
muito cansativo, andava sempre de
um lado para o outro. Dava aulas
em Meaux, Le Raincy, em Montfermeil, contratado pela mairie para
dar cursos de português, em Bondy e em Paris, na École Médicis,
para dar cursos de preparação para
licenciaturas. Foi uma experiência
muito boa, mas em 2009 decidi
parar e dar a vez a outros.
(...) Decidi então ficar em França. Rasguei mesmo o bilhete
do comboio e ainda hoje tenho pena de não o ter guardado, mas foi para não ter a tentação de querer regressar (...)
Acabei por não parar muito tempo,
porque em Meaux havia uma as-
(...) Nunca vou esquecer uma
frase que me disseram na altura e que repito muitas vezes:
-ensine o português aos nossos filhos senão quando eles
chegarem a Portugal serão estrangeiros como nós fomos
aqui, sem saber falar a língua.
Isto motivou-me, gostava do
ensino (...)
Decidi então ficar em França. Rasguei mesmo o bilhete do comboio
e ainda hoje tenho pena de não o
ter guardado, mas foi para não ter
a tentação de querer regressar. Foi
então em 72/73 que fundei o ensino em Le Raincy. Começámos com
Padre Martim da Silva, fundador do Centre Portugais de Formation Culturelle
sociação que eu tinha criado com
apenas 12 alunos, que tinha na altura mais de 50 alunos e ia fechar,
por falta de professores, então eu
decidi retomar o ensino para que
não acabasse. Dei aulas mais 2
anos, até 2012 praticamente.
Recentemente a diretora responsável pelo ensino confessou-me que
tinham aumentado os alunos, mas
que tinha falta de professores e decidi retomar outra vez. É um curso
para adultos, são franceses e francesas que frequentam as aulas de
português porque estão ligados a
Portugal por laços matrimoniais,
ou simplesmente relacionais. Alguns compraram casa em Portugal
para onde querem ir e saber falar
português. Graças à língua portuguesa tive também muitos alunos
que conseguiram obter lugares em
trabalhos importantes em bancos
franceses ou fábricas de montagem
de automóveis onde é necessário
saber falar português para negociar
com o Brasil, por exemplo.
(...) um padre, já falecido, padre Vaz Pinto, passava aqui,
em Le Raincy, de 15 em 15
dias para celebrar missa e
uma vez convidou-me para ficar nesta igreja e celebrar eu
as missas e atender os portugueses. Eu aceitei. Isto foi em
1970 e assim começou a formar-se um núcleo que foi aumentando cada vez. No início
eram 60, 70 pessoas, hoje são
mais de 400 (...)
Não era fácil encontrar quem ensinasse língua portuguesa em
França?
Com o tempo fui criando os pró-
FRANÇA - LE RAINCY
8 DE JANEIRO DE 2016
prios professores. Os primeiros professores que tivemos foram os melhores alunos que sobressaíram
pela sua dedicação e inteligência
e comecei a introduzi-los no próprio ensino. Houve até uma vaga
de jovens que enveredaram pela
área do ensino em Portugal, mas
também aqui em França, impulsionados pelo que aprenderam aqui.
Com os meus primeiros alunos conservamos uma boa relação e fazemos ainda encontros onde recordamos o passado.
p.3
CHRISTINE RODRIGUES, EX-ALUNA E ATUAL PRESIDENTE DO CPFC DE LE RAINCY (FRANÇA, 93)
“Entrei na associação como aluna e
nunca mais saí...”
(...) Com o tempo fui criando os próprios professores. Os
primeiros professores que tivemos foram os melhores alunos
que sobressaíram pela sua dedicação e inteligência comecei
a introduzi-los no próprio ensino (...)
E como veio para esta Igreja em
Le Raincy?
O que me motivou a fixar aqui foi o
ensino, mas juntamente com o ensino veio a igreja, eu sou sacerdote
embora nunca tenha tido paróquia
em Portugal. Eu ia celebrar missa à
Missão Portuguesa e um padre, já
falecido, padre Vaz Pinto, passava
aqui, em Le Raincy, de 15 em 15
dias para celebrar missa e uma vez
convidou-me para ficar nesta igreja
e celebrar eu as missas e atender
os portugueses. Eu aceitei. Isto foi
em 1970 e assim começou a formar-se um núcleo que foi aumentando cada vez. No início eram 60,
70 pessoas, hoje são mais de 400.
A nossa atividade centra-se na celebração eucarística aos domingos e aos sábados e na catequese.
As aulas de catequese são muito
frequentadas, temos mais de 50
crianças para a primeira comunhão
e 50 para a comunhão solene e todos os anos se renova.
Também fazemos aqui a preparação para casamentos. Os casamentos acontecem mais em Portugal do
que aqui. No ano passado preparei 18 casais e só um casou em
França.
Temos aqui muita vida. Temos dois
grupos de coro extraordinários que
atraem muita gente e dão um brilho
único às nossas celebrações.
(...) Graças à língua portuguesa tive também muitos alunos
que conseguiram obter lugares
em trabalhos importantes em
bancos franceses ou fábricas
de montagem de automóveis
onde é necessário saber falar
português para negociar com
o Brasil, por exemplo (...)
Fale-nos do Centre Portugais de
Formation Culturelle?
O Centre Portugais de Formation
Culturelle é na sua origem, uma
escola fundada pelo padre Martim
da Silva. Ele fundou uma pequena escola de Português nos anos
70 a pedido de pais que residiam
em França e queriam que os filhos
aprendessem língua portuguesa.
O padre Martim fundou então uma
primeira aula, depois uma segunda aula, o grupo foi aumentando e
em 1984 formalizou-se oficialmente a associação, na Sous-Préfecture du Raincy. Hoje podemos dizer
que ensinamos língua portuguesa
há mais de 42 anos. Inicialmente
eram poucos alunos, mas hoje temos 270 alunos.
(...) Hoje podemos dizer que
ensinamos língua portuguesa
há mais de 42 anos. Inicialmente eram poucos alunos,
hoje temos 270 alunos (...)
O que leva os alunos a querer
aprender português aqui?
Muitas vezes a motivação vem dos
pais que se preocupam para que
os filhos saibam falar português
em Portugal, quer para férias, quer
para eventualmente trabalhar lá ou
cá, em empresas portuguesas. Só
mais tarde é que vem uma motiva-
ção interna ao próprio aluno, mas
isso é a partir da adolescência, muitos acabam os estudos na nossa associação e só depois é que realizam
quanto lhes valeu a passagem pela
nossa escola.
Outra razão, muito motivada por
nós professores, é que saber falar português é uma mais-valia importante, estudar uma língua que
está enraizada na família, que está
sempre presente, mas “morta” para
aqueles que já nasceram em França e muitas vezes não falam português em casa, é uma experiência
que acabamos por permitir a essas
famílias, “acordar” para esta língua
que está há bastantes gerações na
família. Os nossos alunos reconhecem esta mais-valia e usam-na nos
estudos, no trabalho e isto é realmente um plus que eles têm na
vida deles, para além do Inglês e
do Francês vão também saber falar Português.
Existem muitos professores disponíveis para ensinar língua portuguesa em França?
Neste momento, temos sete professores, entre os quais três que
vieram de Portugal, mas que foram contratados localmente. São
professores que não encontraram
colocação em Portugal, chegaram
aqui há alguns anos e encontra-
ram-nos. Entraram na associação,
estão a dar aulas connosco e entretanto também conseguiram colocação no sistema de ensino francês, a lecionar Português.
(...) Em França existe um pouco a supremacia do Inglês e do
Espanhol nas nossas escolas e
também um pouco do Alemão
que faz com que seja muito difícil, ou levará muitos anos até
que o Português entre em força nas escolas francesas (...)
Existe um fenómeno recente no
Turismo, obviamente ligado ao investimento em Portugal, designadamente a procura por parte de
franceses de casa em Portugal
para viver a reforma abrindo aqui
uma alternativa para a língua portuguesa e para Portugal como um
país alternativo para negócios, por
exemplo….
Em França existe um pouco a supremacia do Inglês e do Espanhol
nas nossas escolas e também um
pouco do Alemão que faz com que
seja muito difícil, ou levará muitos
anos até que o Português entre em
força nas escolas francesas.
Temos muitos professores habilitados a ensinar espanhol, por isso é
que o sistema vai demorar muitos
anos a mudar. Quando um sistema
está enraizado socialmente é preciso levá-lo até ao fim e isso demora muitos anos. Acho que por razões económicas e estruturais não
haverá muita diligência em instalar em força o português nas escolas francesas.
Há muitos franceses a querer
aprender português?
Já temos alunos franceses há muitos anos. Temos 25 adultos a
aprenderem português como língua estrangeira. Alguns porque estão casados com portugueses ou
portuguesas e vão passar férias a
Portugal, têm uma parte da família
que é portuguesa e gostam da língua, da cultura e da gastronomia
de Portugal. Esta é a maior parte.
Mas também temos uma pequena
percentagem que gosta da língua,
conheceu Portugal em turismo, por
exemplo e que vem então aprender
o português como qualquer outra
língua estrangeira. Já há uma procura de não-lusófonos na aprendizagem do português.
(...) Já temos alunos franceses há muitos anos. Temos
25 adultos a aprenderem português como língua estrangeira. Já há uma procura de não-lusófonos na aprendizagem
do português (...)
p.4
PELO PAÍS
8 DE JANEIRO DE 2016
Norte
Centro
Sul
PONTE LIMA
CALDAS DA RAINHA
MÉRTOLA
Vitima de acidente em Espanha
era do concelho
Mulher morre atropelada pelo seu
próprio carro
Habitantes saem da pequena
aldeia para viagem de sonho
Um dos dois homens que morreu num acidente de viação
em Burgos, Espanha, tinha 38 anos e era natural de Vitorino
de Piães, Ponte de Lima, disse à Lusa o presidente da junta
de freguesia. Segundo Francisco Cunha, a vítima mortal vivia
há vários anos no Algarve. Dois homens portugueses morreram esta madrugada num acidente de viação na autoestrada
espanhola AP-1, depois de o camião onde viajavam ter saído
da estrada no quilómetro 41 da AP-1, em Briviesca, Burgos,
cerca das 05:00 (04:00 em Lisboa). Fonte dos Bombeiros
de Burgos confirmou que os dois mortos são de nacionalidade portuguesa e que seguiam num camião procedente de
Portugal que transportava laranjas e que caiu de uma ponte
e ficou em chamas, acabando por arder.
Uma mulher, com perto de 60 anos, morreu, ao final da
tarde, na Foz do Arelho, atropelada por um veículo sem condutor que se terá destravado e a atingiu, disse à Lusa fonte
dos bombeiros. O acidente ocorreu às 17:41, quando a vítima e o marido entraram na sua propriedade, naquela localidade do concelho de Caldas da Rainha, distrito de Leiria, e
saíram do veículo “para tratar dos animais”, informou o segundo comandante dos Bombeiros Voluntários das Caldas
da Rainha, José António Silva. O veículo ter-se-á “destravado por qualquer motivo” e, estando num local com “declive
muito acentuado”, ganhou velocidade e acabou “por colher”
a vítima, contou. O óbito foi confirmado no local, tendo sido
necessária uma ambulância “para prestar assistência ao marido”, que não sofreu quaisquer ferimentos, mas que se apresentava “abalado com a situação”, referiu. Segundo fonte do
Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria, no local estiveram três veículos e seis operacionais dos bombeiros, da GNR das Caldas da Rainha e do Instituto Nacional
de Emergência Médica.
A pequena aldeia alentejana de São Miguel do Pinheiro
tem pessoas que nunca gozaram férias “fora de portas” ou
viajaram por mais de um dia, mas que, em breve, vão realizar
o “sonho” de visitar Porto e Minho. Com “as mãos na massa”,
enquanto prepara uma fornada de pão, a padeira da aldeia,
Iria Reis, de 63 anos, conta que trabalha “todos os dias” e a
viagem será “uma oportunidade única de fechar a padaria”,
mas irá compensar, porque servirá para “cumprir um sonho”.
O “sonho” dos habitantes de São Miguel do Pinheiro, no
concelho de Mértola, no distrito de Beja, de conhecer a cidade do Porto e a região do Minho será concretizado no início da primavera deste ano, através do projeto “Aldeia dos
Sonhos”, da Fundação INATEL. No âmbito de uma candidatura apresentada pela Câmara de Mértola, São Miguel do Pinheiro venceu a segunda edição do projeto, que realiza sonhos de natureza turística, cultural e desportiva de aldeias
com menos de 100 habitantes. “Nunca tive férias, trabalho
todos os dias e, desde que tenho a padaria nova, é impossível, não há um fim de semana, não há nada”, desabafa Iria
Reis, referindo que “nunca” passou de Lisboa e está “muito ansiosa” para fazer a viagem, porque “é um desejo muito
grande” e “há muito tempo que gostava de ir ao norte para
ver um sítio diferente”. A viagem vai durar dois dias e decorrer num fim de semana, já que algumas pessoas não podem
ausentar-se por mais tempo, e inclui uma noite numa unidade hoteleira da Fundação INATEL, explica o diretor do Departamento de Inovação Social da instituição, Rui Calarrão.
Durante a viagem, a fundação irá concretizar os “pequenos sonhos” de cada uma das pessoas, diz Rui Calarrão, indicando, a título de exemplo, que, no Porto, uns vão querer
visitar a Torre dos Clérigos e outros a Casa da Música, e, no
Minho, uns gostarão de ir ao Santuário do Bom Jesus de Braga e outros a Viana do Castelo.
ALFANDEGA DA FÉ
Hotel e SPA concessionados
A Câmara de Alfândega da Fé anunciou a concessão, pelo
prazo de um ano, do Hotel & SPA à empresa Piter, de Mirandela, num contrato lhe confere, ainda, o direito de compra.
A presidente da Câmara Alfândega da Fé, Berta Nunes,
disse que ficou tudo “preto no branco” e que a empresa se
comprometeu a fazer um investimento de mais de um milhão de euros para melhorar as condições físicas do Hotel
& SPA e avançar para um novo projeto de eficiência energética daquela unidade. “Outros do propósitos da empresa é
criar uma escola de hotelaria nas instalações da unidade turística, destinada a formandos provenientes de países de língua oficial portuguesa”, disse a autarca socialista. A empresa concessionária fica ainda responsável pelos encargos com
os trabalhadores e com o pagamento das despesas mensais
que rondam mais de 20 mil euros. No que respeita à compra da unidade hoteleira por parte da Piter - Sociedade Comercial de Produtos de Identidade Local, sediada em Mirandela, no distrito de Bragança, a empresa concessionária terá
de desembolsar cerca de 1,7 milhões de euros, o que corresponde ao atual passivo do Hotel & SPA Alfândega da Fé.
“No acordo de concessão, há uma cláusula que permite
à empresa Piter adquirir o Hotel & SPA até ao final de 2016,
o que poderá, até, ser antecipado”, indicou Berta Nunes.
A autarquia decidiu vender o empreendimento municipal para reequilibrar as contas daquela que era uma das câmaras mais endividadas do país e têm sido as dificuldades
financeiras do município a condicionar o avanço da transação O hotel é gerido pela Alfandegatur, empresa municipal
de Desenvolvimento Turístico de Alfândega da Fé, e, embora
seja um dos locais turísticos mais procurados do distrito de
Bragança, com o único SPA ao ar livre de Portugal, tem somado prejuízos e contribuído com mais de dois milhões de
euros para o passivo da autarquia.
REDACÇÃO
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AMIGO N.º1 DO CONSELHO DAS
COMUNIDADES PORTUGUESAS EM 1994
MEDALHA DE MÉRITO DAS
COMUNIDADES PORTUGUESAS EM 2000
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COLABORADORES E CORRESPONDENTES
PORTUGAL
Chefe de Redacção
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Ana Grácio Pinto (CP 2857)
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António Freitas (CP 1920)
Carlos Morais
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DIRECTOR
Ana Rita Almeida (CP 6092)
(TE 402)
A empresa responsável pela reabilitação de um ‘travessão’ de pedra no rio Tejo, na zona de Abrantes, que impedia a
circulação de peixes, deu por terminados os trabalhos “ainda
sem uma solução definitiva”, tendo deixado aberto um canal
de passagem. “Vamos continuar a trabalhar na procura de
uma solução técnica que sirva os interesses de todas as partes, mas, para já, o ‘travessão’ vai ficar tal como está, com um
canal aberto ao centro, até se encontrar outra solução”, disse
onte oficial da empresa Pegop, instalada em Pego, no concelho de Abrantes. Em causa está a reparação do denominado
‘travessão’ (barreira que atravessa o rio Tejo), junto à Central Termoelétrica do Pego, estrutura licenciada pela Agência
Portuguesa do Ambiente (APA) e edificada há 25 anos, com
o objetivo de aumentar o nível da água no local e permitir a
sua captação para arrefecer o vapor proveniente das turbinas.
“Os nossos trabalhos estão terminados e foram feitos pequenos acertos a pedido da APA, nomeadamente com a abertura de um canal que repôs a circulação montante/jusante no
rio Tejo, quer de peixe, quer de água”, indicou a fonte da Pegop, sublinhando, no entanto, que a solução “é provisória” e
que “não serve as necessidades” da central.
No dia 12 de dezembro, a Associação de Defesa do Ambiente - SOS Tejo disse ter detetado que o rio Tejo havia sido
“bloqueado em toda a sua largura” com um novo dique junto da Central Termoelétrica do Pego, unindo esta localidade
com a freguesia de Mouriscas.
José Manuel Duarte (CP 3414)
ADMINISTRAÇÃO
Maria da Conceição Granado de Almeida
Barreira artificial no Rio Tejo sem
solução à vista
Manuela Aguiar, Carlos Luís, Eduardo Moreira,
Vasco Callixto, Manuel Pinto Coelho,
Nélson Simas, Paulo Geraldo, Joaquim Vitorino,
José António Barreiros
Valentim Morais e
Padre Vítor Melícias Lopes
[email protected]
ABRANTES
[email protected]
África do Sul: Carlos Silva Alemanha: João
Marques, Manuel Campos
Argentina:
Martin Fabian d’Oliveira Bélgica: António
Fernandes Brasil: Ramos André, António
Gomes da Costa, José António Marcelino,
Linda Gonçalves, Dagmar Lourenço
Canadá: Carlos Morgadinho Espanha: Luís
Longueira Estados Unidos: Adalino Cabral,
Edmundo Macedo, Glória de Melo, José
Martins, Nelson Tereso França: Duarte
Silva, António Cravo
Holanda: José
Camacho Suíça: Manuel Beja, António
Santos Venezuela: Rui Carloto Inglaterra:
Rogério Fragoso Dinamarca: Susana Louro
REDONDO
Pratos típicos do Alentejo
Pratos tradicionais da cozinha alentejana vão “reinar”
em 19 restaurantes do concelho de Redondo, no distrito de
Évora, durante os primeiros três meses deste ano, num evento gastronómico promovido pela câmara.
A iniciativa, denominada “Redondo ‘Há’ Mesa”, decorre
ao longo deste primeiro trimestre, sempre aos fins de semana, e é organizada em parceria com os estabelecimentos de
restauração do concelho.
“É a primeira vez que realizamos esta iniciativa e estão
reunidos todos os ingredientes para que tenha êxito”, afirmou à agência Lusa o presidente da câmara, António Recto,
sublinhando: “Sempre se comeu bem em Redondo e, agora,
ainda se vai comer melhor”.
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PORTE PAGO
No mês de
TIRAGEM
DEZEMBRO 28.000 ex.
p.6
NACIONAL
8 DE JANEIRO DE 2016
NOVAS REGRAS DE RESGATE DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS
Garantia dos depósitos bancários e as novas regras para os
depositantes
A partir de 1 de Janeiro, os depositantes acima de 100 mil euros podem ser chamados a assumir perdas quando um banco for
resgatado.Os depósitos abrangidos pelo sistema de garantia de depósitos estão cobertos até 100 mil euros por cada depositante
e por cada banco, sejam os depositantes residentes ou não em Portugal.
A partir de 1 de Janeiro, os depositantes acima de 100 mil euros podem ser chamados a assumir perdas quando um banco for
resgatado. O novo ano vai trazer ao
sector bancário na Europa mudanças na forma como os governos e
as autoridades de supervisão terão
de lidar com a resposta às situações
de risco de colapso dos bancos. Entraram em pleno funcionamento as
regras do Mecanismo Único de Resolução (MUR).
Quando uma instituição à beira
da insolvência não conseguir recapitalizar-se no mercado pelos seus
próprios meios e estiver à beira de
um resgate, o apoio público tem de
ser acompanhado por um resgate
interno, ou seja, um processo de recapitalização interna. Uma mudança relevante é que os depositantes
acima dos 100 mil euros ficam su-
jeitos a assumir perdas.
O Mecanismo Único de Resolução, é um dos três pilares da União
Bancária Europeia, a par do Mecanismo Único de Supervisão e do
Sistema Europeu de Garantia de
Depósitos (SEGD), que vão estar
de pé progressivamente actuando
em articulação. Ao conselho cabe
accionar a resolução dos grandes
bancos directamente supervisionados pelo BCE (130 dos cerca de
6000 cobertos pela união bancária). Já as autoridades nacionais
de resolução – no caso português,
o Banco de Portugal – são responsáveis por todas as outras entidades. O Fundo Único de Resolução
é o instrumento de financiamento
das medidas de resolução, quando estiverem esgotadas outras formas se absorverem as perdas de
um banco em insolvência. O fundo,
financiado pelos bancos da união
bancária, vai ser constituído gradualmente ao longo de oito anos, a
contar a partir de 1 de Janeiro de
2016, até atingir uma dotação de
55 mil milhões de euros em 2024.
O objectivo é perfazer, pelo menos,
1% do valor dos depósitos cobertos (até 100 mil euros) de todos
os bancos da união bancária. Nesta fase transitória de oito anos, o
fundo está dividido em compartimentos nacionais, que vão sendo
progressivamente fundidos. No primeiro ano, há uma mutualização
de 40% dos fundos; este tecto sobe
para 60% no segundo, aumentando 6,67 pontos percentuais por ano
nos períodos seguintes.
Para mobilizar fundos do FUR é
preciso, primeiro, que os accionistas e os credores assumam perdas
num valor equivalente a, pelo me-
nos, 8% do total dos passivos e capitais próprios do banco. Ao mesmo
tempo, o financiamento não pode
ser superior a 5% do total dos passivos e capitais próprios, só podendo ser ultrapassado em determinadas circunstâncias – como a
conversão de todos os passivos,
exceptuando os depósitos cobertos
pelo sistema de garantia de depósitos (até 100 mil euros).
Os primeiros a absorver as perdas, são, em primeiro lugar, pelos
fundos próprios do banco e pelos
accionistas, “através da extinção,
da transferência ou de uma diluição
substancial do valor das acções”.
Se aquelas perdas não forem suficientes, “a dívida subordinada será
convertida ou reduzida”. As obrigações seniores deverão ser convertidas ou reduzidas “se as categorias
de créditos subordinados já o tive-
rem sido na totalidade”.
Os depósitos abrangidos pelo
sistema de garantia de depósitos
estão cobertos até 100 mil euros
por cada depositante e por cada
banco, sejam os depositantes residentes ou não em Portugal.
Além dos depósitos até aos 100
mil euros, há um conjunto de passivos que também não são chamados a assumir perdas no processo
de recapitalização interna.
Salvaguardados ficam ainda
os outros passivos garantidos (incluído as obrigações cobertas), as
remunerações e as pensões asseguradas pelo banco, os créditos comerciais relacionados com bens e
serviços críticos para o funcionamento corrente do banco ou, por
exemplo, passivos interbancários
com um prazo de vencimento inicial inferior a sete dias.
8 DE JANEIRO DE 2016
PELO PAÍS
p.7
TAXA TURÍSTICA COMEÇA A SER APLICADA EM LISBOA
Um euro de taxa por cada noite dormida na capital!
Os turistas que visitam Lisboa pagam, a partir de janeiro de
2016, um euro por cada noite na capital portuguesa, até
um máximo de sete euros, no âmbito da taxa turística aplicada pela Câmara Municipal. A taxa será cobrada nas dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros e aplica-se a “todas as unidades da hotelaria ou do
alojamento local”, explicou a autarquia.
Os turistas que visitam Lisboa
pagam, a partir de janeiro de 2016,
um euro por cada noite na capital
portuguesa, até um máximo de sete
euros, no âmbito da taxa turística
aplicada pela Câmara Municipal.
A taxa será cobrada nas
dormidas de turistas nacionais
(incluindo lisboetas) e estrangeiros
e aplica-se a “todas as unidades da
hotelaria ou do alojamento local”,
explicou a autarquia.
A cobrança será feita pelos
hoteleiros, sendo o montante
depois entregue à Câmara.
Estão isentos de pagamento
crianças até 13 anos, quem
pernoite na cidade para obter
tratamento médico e os “hóspedes
que têm a estadia oferecida” por
“entidades responsáveis”.
Por cobrar fica, para já, a taxa
turística nas chegadas a Lisboa,
por a autarquia ainda não saber
como vai cobrá-la no aeroporto,
estimando o vereador das Finanças
que a medida arranque em abril.
“Sobre a taxa turística de
chegadas, que estava prevista
entrar em funcionamento no
dia 01 de janeiro, por questões
operacionais não vai ser possível
iniciar a sua execução nesse dia.
Estamos ainda em negociações
com a ANA [Aeroportos de
Portugal] e a iniciar conversações
com o Governo sobre esta matéria”,
afirmou em dezembro João Paulo
Saraiva.
O problema não se coloca
a quem chega por via marítima
devido à legislação existente,
estando a Câmara Municipal a
ponderar aplicá-la “diretamente
aos operadores dos cruzeiros”,
que, por sua vez, a farão refletir
“nos preços e na faturação aos seus
clientes”, adiantou o vereador.
A criação da Taxa Municipal
Turística
foi
aprovada
em
dezembro de 2014 pelo executivo
municipal mas, em 2015, a ANA
- Aeroportos de Portugal assumiu
a responsabilidade pelo seu
pagamento, o que lhe custou 3,8
milhões de euros.
A autarquia, de maioria PS,
espera arrecadar uma receita de
15,7 milhões com a taxa turística
este ano, valor que reverte para um
fundo turístico criado para financiar
investimentos na cidade.
EM S. MIGUEL- AÇORES
Ananás vai ter centro
interpretativo
O centro interpretativo do ananás, na ilha de São Miguel, nos
Açores, vai ser inaugurado este
ano, após vários contratempos,
para dar a conhecer a história desta cultura tradicional iniciada no
século XIX, foi anunciado. “Tudo
indica que lá para junho teremos
a obra, com tudo operacional para
se poder trabalhar”, afirmou o presidente da Casa do Povo da Fajã de
Baixo, José Dinis Carvalho, em declarações à agência Lusa.
O centro interpretativo do ananás, um projeto conjunto da Casa
do Povo da Fajã de Baixo e da
Part´Ilha - Associação de Cultura e Desenvolvimento Local, está
há vários anos para ser concluí-
do, mas a obra de remodelação de
uma antiga escola primária no centro da freguesia urbana do concelho de Ponta Delgada tem passado
por vários constrangimentos, como
a falência do primeiro construtor a
quem foi adjudicada a obra. Em novembro de 2015, o secretário regional da Agricultura e Ambiente,
Luís Neto Viveiros, garantiu na Assembleia Legislativa Regional dos
Açores que durante 2016 seriam
concluídas e inauguradas as obras
do centro interpretativo do ananás,
em São Miguel, e a casa dos fósseis, em Santa Maria, “cessado que
foi o contrato com o anterior empreiteiro por manifesta incapacidade de acabar a obra”.
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p.8
FRANÇA
8 DE JANEIRO DE 2016
RESTAURANTE “SAUDADE” EM VERSAILLES
Um dos melhores restaurantes portugueses em
França
Ao passar por Versailles obrigatório se torna visitar o velho restaurante “Saudade” que inaugurado nos anos 70 por Agostinho Ferraria e
encerrado no ano 2000 hoje, entregue ao profissionalismo de João
Alexandre Ferraria, sobrinho do fundador, tornou-se num dos melhores restaurantes portugueses de França.
ANTÓNIO FREITAS (TEXTO E FOTOS)
Este jovem luso-descendente, com larga experiência na restauração, aproveitou a
casa com nome já reconhecido, mas deu-lhe a mais valia, que passou logo pela decoração. Logo à entrada salta à vista que
entramos num espaço requintado, para uma
classe média e alta e onde se passam horas
agradáveis, com excelente comida, excelente atendimento e ambiente cinco estrelas e
claro pelo conforto. A cozinha é tradicional
portuguesa no gosto, mas evoluiu muito para
o estilo que João Alexandre Ferraria lhe incutiu, ou seja aberta a uma cozinha internacional “sempre guardando um paladar e
um sabor que qualquer português gosta de
identificar, como sendo um prato cozinhado
por um português, num restaurante portu-
guês” regista-nos na nossa passagem e jantar com seu tio Agostinho Ferraria, que não
esconde o orgulho de seu sobrinho ter pegado nesta casa e a ter transformado para muito melhor. Neste projeto João Alexandre recorreu aos serviços de cozinha de seu primo
Luís Rocha, um jovem chef de 17 anos que
veio de Lisboa, há apenas sete anos e que
começou a trabalhar em restaurantes franceses, até ao prazer de poder trabalhar com o
primo. Já a sonhar com um restaurante em
Paris, dado o sucesso desta aposta em Versailles. A aposta na qualidade dos produtos
ditou o sucesso do “Restaurante Saudade”
e o cliente tanto pode se deliciar com umas
ameijoas à Bolhão Pato, servidas numa cataplana feita em Portugal, como um bacalhau
João Alexandre Ferraria gerente do restaurante Saudade
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O requinte na apresentação e o chefe de cozinha com os clientes
confitado e sem esquecer as sobremesas tradicionais portuguesas como o Pão de Ló, Torta de Azeitão, os pastéis de Portugal entre outras iguarias. Conquistaram os paladares dos
clientes franceses e 90% da clientela é francesa e que arrastam até ao “Saudade” clientes e empresários portugueses e João Alexandre explica, com um sorriso que os lugares
comuns e clichés que passam na cabeça dos
franceses, em que, na cozinha portuguesa é
só o bacalhau, aqui se prova, que no saudade não há só bacalhau, há a boa charcutaria portuguesa, os enchidos, o fumeiro, os
mariscos. João mostra-nos os itens que decoram o restaurante e os azulejos portugueses, a viola exclusiva (na foto), dão outro sinal. É que o Saudade, faz juz ao fado e todos
os 15 dias a canção que é Património Imaterial da Humanidade, ecoa num restaurante tão próximo de um Palácio dos mais belos
de França. Agostinho Ferraria, tio de Alexandre foi um dos portugueses pioneiros na ajuda na internacionalização dos produtos alimentares portugueses em França e importa
do que melhor se produz em Portugal. Abriu
o “Saudade” que foi um expoente da portugalidade e essa mesma portugalidade, e com
mais requinte, bom gosto, está hoje patente,
pela mão do seu sobrinho que nascendo no
mundo da restauração e já em França, é um
“embaixador dos sabores e requinte da cozinha com sabor português” e ganhou a aposta pois é certamente um dos “melhores restaurante portugueses em França”
REGIONAL
8 DE JANEIRO DE 2016
p.9
SEGUNDO MINISTRO AGRICULTURA - CAPOULAS DOS SANTOS
Agricultores podem aplicar pesticidas desde que façam
formação até Maio
O ministro da Agricultura anunciou que os 260 mil agricultores que estavam impossibilitados de utilizar pesticidas nas suas explorações por falta de certificação vão poder continuar a fazê-lo desde que façam formação
até 31 de maio. Desde 26 de novembro - dia em que o atual Governo tomou posse -, os agricultores e cidadãos estão impedidos de aplicar ou adquirir pesticidas se não tiverem certificação.
Em causa está uma diretiva
comunitária que foi transposta
em 2013 para a legislação
portuguesa e que determinou
que, a partir de 26 de novembro
de 2015, qualquer agricultor ou
cidadão que não tivesse um curso
de formação sobre aplicação de
pesticidas ficasse impedido de
o fazer. “A situação com a qual
fui confrontado foi a de que, em
cerca de 300 mil agricultores que
existem em Portugal, apenas 40
mil tinham feito este curso”, disse
Capoulas Santos. Isto quer dizer
que os restantes 240 mil e mais os
“muitos milhares de cidadãos que
aplicam fitofarmacêuticos nos seus
jardins ou noutras circunstâncias
ficam impossibilitados de o fazer ou
até de adquirir estes produtos nas
lojas de especialidades”, por razões
de segurança, adiantou.
Nesse sentido, foi publicado um
decreto-lei no dia 30 de dezembro,
que entrou em vigor no dia seguinte,
que permite que os agricultores
possam continuar a adquirir e a
aplicar produtos fitofarmacêuticos
até maio, desde que estejam
inscritos numa ação de formação
no Ministério da Agricultura, nas
organizações de agricultores ou em
entidades privadas que organizem
esta formação.
“Pretende-se desta forma que
este enorme universo de 240 mil
pessoas para as quais não foi
possível encontrar solução nos
últimos dois anos possam agora
continuar a exercer a sua atividade
e possam ser organizadas as ações
que permitam que ao longo deste
tempo seja possível” conferir-lhes
formação, sublinhou Capoulas
Santos.
Esta solução continua a exigir
que a formação seja ministrada,
mas “permite que os agricultores
continuem a sua atividade e não
sejam punidos”, disse Capoulas
Santos, explicando que outra
consequência da falta de formação
era uma eventual perda de
ajudas comunitárias, quando os
agricultores fossem controlados
Porém não está em causa a
formação que é sempre bemvinda
e importante! O que está em
causa são os preços exigidos pelas
empresas privadas para darem
os cursos! Variam entre 80,00 e
200,00!
Temos que ter em conta que
há mais de 150 mil emigrantes e
proprietários de terras residentes no
estrangeiro e nas grandes cidades
que não irão frequentar cursos e
que impossibilitados de comprar
herbicidas por exemplo se vai
traduzir em mais terrenos ficarem
a criar silvas, ou então aparecer
empresas certificadas a aplicar, que
vão cobrar bom dinheiro pela sua
aplicação.
Não é com cinco ou seis meses
de adiantamento do problema que
o mesmo se resolve. O mesmo
carece de medidas de fundo!
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p.10
FRANÇA - PARIS
8 DE JANEIRO DE 2016
PEDRA ALTA NOS CHAMPS-ÉLYSÉES
Pedra Alta abre nova unidade nos Champs-Élysées
Esta nova unidade vem acrescentar a já ampla oferta de restaurantes de Joaquim Batista, o empresário português de sucesso em França, que agora marca também presença numa das zonas de maior prestígio em Paris.
“Pedra Alta” é nome de uma rede
de restaurantes de inspiração portuguesa em França, propriedade do
empresário português de sucesso na
área da restauração, Joaquim Batista sobejamente conhecidos pela qualidade e crescimento rápido com que
se implantaram num mercado competitivo como o mercado francês.
O primeiro restaurante Pedra Alta
surgiu em Viana do Castelo, no norte de Portugal, há perto de 30 anos.
É hoje uma incontornável referência
na gastronomia portuguesa. Servia os
homens que trabalhavam na região,
que viviam da pesca artesanal, uma
profissão muito rude e que dava um
apetite voraz. Aos poucos a sua cozinha começou a ser apreciada por
muitas pessoas que acorriam ao restaurante pela sua reputação de bem
servir e uma cozinha abundante e repleta de sabores.
Este foi o início de uma grandiosa jornada que de Viana do Castelo
partiu para França quando em 1998,
Joaquim Batista abriu o seu primeiro restaurante nos arredores de Paris.
Os restaurantes Pedra Alta estão hoje
disponíveis em mais de 13 localizações diferentes na região de Paris e
em Orleães. E 4 localilizações no norte de Portugal.
A maioria da clientela destas unidades são turistas que visitam Paris e,
motivados pelos diferentes guias turísticos que recomendam amplamente estes restaurantes, encontram aqui
uma agradável forma de conhecer a
bela gastronomia que tem á disposição bem como os agradáveis momentos que se vivem enquanto disfrutam da refeição.
Para além dos turistas, muitos japoneses e chineses, na clientela também há muitas famílias de portugueses que encontram aqui uma forma
de partilharem uma refeição à boa
maneira portuguesa, atenuando assim a saudade do país natal, convivendo um pouco em português em
plena região parisiense.
Os franceses também são clientela habitual atraídos pelos amplamente conhecidos pratos de marisco pelos quais estas casas ganharam
reconhecimento e colocam à disposição de quem as visita.
À medida que disfrutamos da
nossa refeição os empregados de
mesa desfilam pratos e composições
de enorme explendor com apetecíveis
e abundantes mariscos, carnes e sobremesas no mínimo irresistíveis.
Os pratos fortes dos restaurantes
Pedra Alta são os mariscos, mas as
carnes grelhadas estão também em
destaque onde não podemos esquecer o apetitoso e afamado filet mignon servido com muita elegância e
abundância característica destes restaurantes desde o início.
Os funcionários são maioritariamente portugueses o que, para nós
portugueses também, ajuda muito na
hora de escolher o que pedir, são simpáticos, muito competentes e descontraídos contribuindo amplamente
para a criação de uma atmosfera muito acolhedora e familiar.
As festas de aniversário são mais
um dos pontos fortes nesta cadeia de
restaurantes. Não passa despercebido a nenhum dos presentes o momento em que as luzes se apagam
e toda a equipa do restaurante atravessa as salas cantando e aplaudindo
efusivamente a música de parabéns
ao aniversariante enquanto trazem o
bolo de aniversário e o champanhe
para a mesa. É um momento em
que normalmente todos os presentes
no restaurante participam e em que
os flashes das máquinas fotográficas
não param de disparar para mais tarde recordar este momento de singular
simpatia e cordialidade.
Esta nova unidade, numa das
zonas mais prestigiadas de Paris, os
Champs-Élisées é magnífica (como
se pode constatar nas fotos) e a decoração interior, no registo das restantes unidades do grupo, bem merece
uma visita, para não falar da riqueza de sabores com que esta cadeia
sempre soube brindar os seus inúmeros clientes de todo o mundo onde
não faltam os habituais vinhos portugueses a acompanhar as iguarias de
marisco sempre confecionadas com a
melhor qualidade e atenção.
Perante a adesão dos clientes
manifestada pelas primeira noites de
abertura adivinha-se mais um grande sucesso com esta nova aposta de
Joaquim Batista numa zona em que
não há nada sequer parecido.
A unidade dos Champs-Élisées
vem ampliar a já relevante oferta do
grupo Pedra Alta presente em Pontault Combault, Athis Mons, Valenton, Moissy Cramayel, Orléans, Boulogne, Thiais, Orgeval, Hadricourt,
Aubervilliers, Bercy e Ivry. Em Portugal podemos apreciar as iguarias desta cadeia de restaurantes em Viana
do Castelo, Lavra, na Apúlia e em Ofir.
Aqui fica um bom conselho: não
deixe visitar esta nova unidade do
grupo Pedra Alta nos Champs-Élysées, no número 25 da Rue Marbeuf
em Paris.
A elegante fachada do restaurante PEDRA ALTA nos Champs-Élysées, no número 25 da Rue Marbeuf em Paris
Pormenor da iluminação do segundo piso onde fica evidenciado o bom gosto na decoração deste espaço
Joaquim Batista, proprietário dos restaurantes PEDRA ALTA com Carlos Morais, Administrador do Mundo Português
p.12 PELO MUNDO
8 DE JANEIRO DE 2016
PROLONGAMENTO MANTÉM-SE ATÉ JUNHO MAS GOBERNO QUER CRIAR UM MECANISMO DE CORREÇÃO CAMBIAL DEFINITIVO
Governo prolonga compensação a professores no
estrangeiro afetados pela desvalorização cambial
A compensação financeira aos professores de português no estrangeiro
que são afectados pela desvalorização cambial em vários países sendo a Suíça o mais mediatizado - será prolongado até junho deste
ano. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado das Comunidades
Portugueses, que avaliou em 3,5 milhões de euros o encargo adicional
representado por esta medida.
O líder da FENPROF (Federação Nacional de Professores), elogiou a
decisão do Governo, mas a secretária-geral do SPCL (Sindicato dos
Professores nas Comunidades Lusíadas) considerou a medida “positiva
mas insuficiente” no caso da Suíça.
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado das Comunidades
e referiu-se ao mecanismo de compensação para os professores de
português no estrangeiro afetados
pela desvalorização cambial em alguns países. José Luís Carneiro reelou que a medida será prorrogada
até junho de 2016, e representará um encargo de 3,5 milhões de
euros. “A partir de 1 de janeiro” os
professores poderão “ter equidade nas condições remuneratórias,
uma vez que foi feito um esforço orçamental para prorrogar o mecanismo extraordinário para corrigir as
variações cambiais que tiveram impactos muito negativos em 2015”,
disse José Luís Carneiro no final
de um encontro com a FENPROF
(Federação Nacional de Professores), realizado em Lisboa a 30 de
dezembro.
Em declarações à Lusa, o governante explicou que o prolongamento deste mecanismo criado para compensar os professores
pela desvalorização cambial do ano
passado, nomeadamente na Suíça,
acima de 5%, representará um encargo adicional de 3,5 milhões de
euros. “Foi reiterada a vontade de,
nos próximos seis meses, num trabalho conjunto do Ministério dos
Negócios Estrangeiros com o Ministério das Finanças, se encontrar um
mecanismo definitivo de correção
cambial que dê outras garantias de
estabilidade e equidade à remuneração dos nossos professores”, disse o governante, afirmando a “vontade de cumprir com aqueles que
representam o Estado português na
função tão primordial e estratégica
de ensinar a língua portuguesa no
estrangeiro e de promover a cultura portuguesa no mundo”.
FENPROF QUER NOVA GRELHA
SALARIAL
No final do encontro, o líder
da FENPROF, elogiou a decisão
do Governo de prolongar a correção cambial, salientando que,
“não sendo uma valorização salarial, é uma recuperação da perda
que ocorreu em 2015 por causa da
desvalorização”.
Mário Nogueira sublinhou que
o novo diploma “mantém o valor do
ano passado de acréscimo remuneratório criado num conjunto de
países, cujo mais mediatizado foi a
Suíça” e referiu que essa reposição
“vem tentar colocar nível do que era
o salário antes das desvalorizações
e permitir alguma compensação
pela desvalorização” cambial que
ocorreu em vários países.
A FENPROF propôs também
ao Governo que esse mecanismo
se aplique sempre que a desvalorização cambial ultrapassar os 5%
ao ano, mas também em casos em
que, não superando esse valor, seja
prolongada no tempo, “o que ao fim
de vários anos pode ser mais grave que num sítio onde desvalorizou
5% e nunca mais houve”. A Federação reivindicou ainda uma nova
grelha salarial, um regime fiscal
adequado aos professores a trabalhar fora do país, que tenha a ver
com a situação dos países em que
cada um está, e o estabelecimento de um mecanismo de avaliação plurianual sobre as alterações
cambiais.
PARA O SPCL O AUMENTO
É “INSUFICIENTE”
Do lado do Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas (SPCL), a medida foi considerada “positiva, mas insuficiente”.
“A nossa posição é que, embo-
ra o prolongamento seja positivo,
não é suficiente no caso da Suíça”,
declarou Teresa Soares à agência
Lusa, comentando o anúncio, feito pelo secretário de Estado das
Comunidades, de que que o mecanismo de compensação para os
professores de Português no estrangeiro afetados pela desvalorização
cambial será prorrogado até junho
próximo.
A secretária-geral do SPCL, afirmou que “desde 2006/2007 que
os professores estavam a perder
muito dinheiro por causa das oscilações cambiais na Suíça”, tendo
“salários pouco compatíveis com o
nível de vida” suíço, e a situação
continuará a ser precária.
“Os professores estavam abaixo do salário mínimo na Suíça e,
com esta compensação, continuam
praticamente na mesma”, reforçou,
acrescentando que “boa parte” do
ordenado dos docentes “vai para os
impostos, para o IRS, ainda se perdendo mais uma parte com o câmbio desfavorável”, pelo que o aumento será “muito pequeno, não
possibilitando uma vida digna aos
professores” a lecionar no país.
Teresa Soares afirmou ainda à
Lusa que, “na África do Sul também
há problemas”, pois “os professores que vivem sozinhos têm dificuldade em conseguir cobrir as suas
despesas com os vencimentos que
recebem”. Na África do Sul como
na Suíça, “se um professor estiver a
viver sozinho, sem um cônjuge que
o possa apoiar economicamente, a
sua situação é muito, mas mesmo
muito, difícil”, adiantou.
Ainda segundo a secretária-geral do SPCL, “a assistência médica
na Suíça é muito deficiente, a caixa não cobre, por exemplo, custos
com dentistas, havendo também
vários exames médicos que os professores têm de pagar”.
Em declarações à Lusa, a líder sindical disse ainda ser “lamentável” que apenas a Fenprof
tenha sido consultada neste processo. “Não percebo porque não
contataram a Federação Nacional
da Educação (FNE) nem o Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas”, disse, acrescentando que o SPCL “teve, juntamente
com os professores na Suíça, um
papel importantíssimo na questão
da compensação devido ao câmbio
desfavorável”.
BRASIL
Consulado de Portugal em São Paulo reforça Permanência Consular em Campinas
O Consulado Geral de Portugal
em São Paulo decidiu reforçar, a partir deste mês de janeiro, o seu atendimento e presença consular na região metropolitana de “Campinas,
garantindo uma rotação mensal da
sua Permanência Consular nessa cidade”, informa uma nota divulgada
por aquela representação diplomática portuguesa.
“Uma vez ao mês, o Consulado
Geral garante a realização de uma
Permanência Consular”, atravé da
qual realiza vários os serviços consulares, como Cartão do Cidadão,
Passaporte, Recenseamento Eleitoral e Registro Civil, entre outros
As Permanências Consulares visam atender portugueses e descendentes que vivem e trabalham nas
regiões mais distantes das cidades
onde estão sedeados os consulados,
diminuindo distâncias e os custos de
viagem, mas está disponível para esclarecer dúvidas de qualquer interessado. “A elevada demanda e o apoio
local da Casa de Portugal de Campinas tornou esta uma decisão fácil,
fortalecendo a expectativa de atendimento de um maior número de
pessoas na região que concentra a
terceira maior comunidade luso-brasileira do Estado, depois de São Pau-
lo e Santos”, explica o Cônsul Geral, Paulo Lourenço, na mesma nota.
Dentro da jurisdição do Consulado Geral de Portugal em São Paulo,
que inclui o estado de Mato Grosso
do Sul, as Permanências Consulares passam ou passaram já por cidades como Sorocaba, Presidente
Prudente, Marília, Bauru, Ribeirão
Preto, São José do Rio Preto, Araraquara, Taubaté, Campinas e Campo
Grande. Ao todo, já foram realizadas, desde a sua criação em setembro de 2012, 77 Permanências Consulares, atendendo a cerca de 2.600
pessoas, com a execução de mais de
15.200 atos consulares.
Para ter acesso aos serviços das
Permanências Consulares, o utente
deverá fazer o agendamento prévio
no site do Consulado (http://consuladoportugalsp.org.br/).
PELO MUNDO
8 DE JANEIRO DE 2016
p.13
Filho de emigrantes madeirenses e de um antigo vice-cônsul
de Portugal, o politólogo Vasco da
Costa foi detido a 24 de julho de
2014. É acusado de vários delitos
relacionados com terrorismo e tido
como preso político por várias organizações não-governamentais da
Venezuela.
No final de dezembro a família revelava a sua preocupação por
desconhecer o paradeiro do luso-venezuelano e por não terem podido contactá-lo, depois de ter ficado ferido no motim ocorrido no dia
29 daquele mês, numa cadeia da
Venezuela.
“Estamos preocupados porque
não sabemos onde está, nem em
que estado está. A última vez que
falei com ele foi na segunda-feira
(dia 29). Ele estava ferido e disse-me que estavam à espera de um
‘assalto’ da Guarda Nacional (polícia militar)”, disse na alturta a
irmã do luso-venezuelano à Agência Lusa. Contatado telefonicamente pela Agência Lusa, o advogado
Guillermo Heredia, responsável
pela defesa do luso-venezuelano,
manifestava a sua indignação com
a situação de Vasco da Costa e denuncava que “os argumentos da defesa são silenciados”.
No último dia do ano, a família
soube que o politólogo tinha sido
transferido do isolamento para uma
cela partilhada, após ter recebido,
cuidados médicos na cadeia onde
se encontra preso.
“Falei com Vasco há quase
uma hora. Ele está mal porque só
hoje (dia 30 de dezembro) é que
foi atendido. Só lhe suturaram as
feridas, porque estavam a abrir.
Não lhe deram anestesia, nem
antitetânico, nem antibiótico. Levou seis pontos no glúteo e três no
braço”, detalhou a irmã de Vasco
da Costa.
Ana Maria da Costa revelou que
o irmão “deixou de estar em isolamento e passou a estar numa cela
maior, com outras 20 pessoas” na
mesma condição, ou seja, com ferimentos. A luso-descendente mostrava-se preocupada porque, durante o contacto telefónico, o irmão
queixou-se que lhe doíam as feridas, receando uma eventual infeção, e denunciou que o irmão foi
atendido por “por pessoal da cadeia (guardas), porque a médica
tem medo de ser sequestrada” pelos reclusos.
Detido em julho de 2014, sob a
acusação de estar relacionado com
terrorismo, o preso político luso-venezuelano foi ferido com tiros de
borracha, no braço direito e no glúteo, no motim ocorrido no Centro
de Reclusão para Processados Judiciais 26 de Julho, durante o qual
pelo menos três pessoas morreram
e 43 ficaram feridas.
Vasco da Costa, 56 anos, é
acusado de estar relacionado com
uma farmacêutica que alegadamente estaria envolvida em planos
para desenvolver engenhos explosivos caseiros, durante os violentos protestos que ocorreram no
primeiro semestre de 2014, contra o Governo do presidente Nicolás Maduro. Foi acusado dos delitos de terrorismo, associação para
cometer delito com fins de terrorismo, fabrico ilegal de explosivos
para fins terroristas e de ocultação
de munições.
Vasco da Costa participou
como candidato, nas eleições parlamentares de 06 de dezembro,
sem no entanto obter votos suficientes para ser eleito deputado.
A sua candidatura teve o apoio do
partido Nova Ordem Social, presidido pela luso-venezuelana e ex-candidata presidencial Venezuela
Portuguesa da Silva.
Foto: Facebook de Vasco da Costa
Politólogo luso-venezuelano Vasco da Costa está preso
desde 2014
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p.14
CULTURA
8 DE JANEIRO DE 2016
ABERTO EM COIMBRA
PORTUGAL
Neste museu os objetos expostos são
propostos pelos cidadãos
Festival Curtas Vila do Conde 2016
abriu inscrições
Uma obra de arte de
Francisco Tropa, que é também um museu, foi apresentada em Coimbra e vai
começar a receber, a partir deste mês, propostas de
objetos para serem expostos no espaço. Intitulada
‘Museu’, a obra de arte, que
conta com um diretor, um
curador e um conservador,
foi desenhada por Francisco Tropa em 2001 e construída propositadamente
para a primeira edição da bienal
de arte contemporânea de Coimbra, que decorreu entre outubro e
novembro. O espaço, com dimensões de seis por três metros, situado na Praça das Cortes, na margem
esquerda do rio Mondego, vai passar a ter expostos objetos propostos
pelos cidadãos, residentes ou não
em Coimbra.
Este mês, anúncios nos jornais
locais convidam os cidadãos a pro-
por objetos para serem futuramente
expostos no museu, que são depois
selecionados pelo diretor do museu
e objeto de intervenção por parte
do curador. O diretor do Círculo de
Artes Plásticas de Coimbra (CAPC)
e agora também diretor do museu,
Carlos Antunes, sublinha que se
está perante uma obra de arte que
vai acolher no futuro objetos, sejam
ou não arte, propostos pelas pessoas. A forma de funcionamento do
‘Museu’ não foi agora definida, explanou, aclarando
que esta segue o programa
artístico pensado por Francisco Tropa para a obra. O
espaço poderá ser renovado algumas vezes por ano,
esperando-se que, depois
do anúncio nos jornais locais, seja possível haver
objetos expostos no espaço
já em março. Sem limite de
número de peças (apenas
com a condição de que estas têm de passar pelas claraboias
do museu que têm um metro quadrado) nem limite de temas, a curadoria e o programa desenhado para
o museu será sempre feito em torno
daquilo que as pessoas propõem e
sobre “aquilo de que querem falar”.
No fundo, quer-se “tornar público os problemas que estão menos visíveis e retirá-los do silêncio”,
sublinhou Nuno Porto, curador do
espaço.
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Estão abertas as inscrições de filmes na 24ª edição do Curtas Vila do
Conde – Festival Internacional de Cinema, que decorre os dias 9 e 17 de
julho de 2016.
Em 2016, o festival divide-se em
Competição Nacional, Internacional,
Experimental, Vídeos Musicais, Curtinhas e Take One! “O Curtas Vila
do Conde admite, para as diversas
competições, animações, documentários, ficções, filmes experimentais e vídeos musicais, em película
(16mm e 35mm) ou digitais (DCP
ou ficheiros vídeo), produzidos em
2015 ou em 2016, de duração inferior a 60 minutos (salvo exceções assinaladas)”, informa a organização.
As inscrições de filmes nas competições Internacional, Experimental
e Curtinhas decorrem até 8 de abril
de 2016 enquanto para a competição Nacional, Vídeos Musicais e
Take One!, o prazo estende-se até
23 de maio de 2016.
A Competição Nacional apresenta-se como uma montra da mais
recente produção portuguesa, enquanto a Competição Internacional
apresenta um conjunto de filmes
de assinalável diversidade temática
e geográfica. Por sua vez, a Competição Experimental integra curtas
que evidenciam novas abordagens à
imagem em movimento. Na Competição de Vídeos Musicais, que desde 2014 passou a aceitar exclusivamente trabalhos nacionais, poderão
ser inscritos vídeoclipes de bandas
ou artistas de origem portuguesa ou
produzidos por autores portugueses. Reservada a filmes de escola,
a Competição Take One! aceita filmes realizados por alunos de nacionalidade portuguesa ou inscritos em
estabelecimentos de ensino superior nacionais ou cursos de cinema
no estrangeiro. A Competição Curtinhas, também dedicada à formação de públicos, integra filmes para
crianças e jovens.
O custo de inscrição é de 7 euros
até 15 de janeiro, aumentando para
9 euros entre 16 de janeiro e 15 de
março. Depois dessa data, o custo é
de 12 euros. No caso da competição Take One! a inscrição é gratuita.
Informações sobre as inscrições e o
regulamento estão disponíveis em:
http://festival.curtas.pt/inscricoes
Na edição de 2015, foram inscritos no festival 2034 filmes.
FRANÇA
Leonor Antunes expõe em Bordéus
Até 17 de abril, o Museu de
Arte Contemporânea de Bordéus
(CAPC) acolhe a exposição ‘O Plano
Flexível’, da artista plástica Leonor
Antunes. A mostra ocupa a nave
central do através da instalação de
uma série de dispositivos de grande
formato especialmente concebidos
para apele espaço museológico.
Depois desta exposição no CAPC
(7, rue Ferrère), o trabalho da artista plástica portuguesa será exposto
ainda este ano na Konsthall Tensta
de Estocolmo, Suécia, o Museu«de
Arte Moderna de São Francisco,
Estados Unidos da América. Em
2017, a mostra será acolhida pelo
Museo Tamayo, na capital do México. A exposição no CAPC realiza-se
em parceria com a Embaixada de
Portugal em França - Centro Cultural de Camões em Paris IP.
AUSTRÁLIA
Balbina Mendes expõe em Sidney
O Consulado- Geral de Portugal em Sidney apresenta até julho
de 2016, durante o horário de expediente, uma exposição da artista
portuguesa Balbina Mendes. A pintora nasceu na singular aldeia de
Malhadas, no concelho de Miranda
do Douro. É autora de vários trabalhos em que a paisagem, a etnografia e a cultura peculiar da região do
vale do Douro têm uma acentuação
profunda. Da parte mais oriental do
país, onde o rio Douro entra em Portugal, até Vila Nova de Gaia, onde a
pintora se radicou há cerca de 30
anos, o curso de água ibérico corre-lhe nas suas recordações, tornando-se numa fonte de inspiração.
A prová-lo, está o trabalho «Margens Douro, Nascente Foz», obra
que retrata o Douro desde a sua nascente, nos Picos de Urbion (Espanha), até à foz, no Porto, através de
50 quadros em óleo sobre tela.
LISBOA DE 29 DE FEVEREIRO A 2 DE MARÇO
SISAB PORTUGAL | A grande feira mundial de exportação de produtos portugueses
VINIVERDE
JOSÉ ANTAS OLIVEIRA
MANUEL SERRA
FERNANDO DIAS FERREIRA
HERDADE DA COMPORTA
MANUEL PALMA
“Objetivo é faturar 50 por
cento no mercado nacional e
50 por cento na exportação ”
“Na minha família já
A estratégia de mercado passa
represento a terceira geração
pela exportação dos vinhos da
nesta empresa e neste negócio” Herdade da Comporta
Tentamos manter o perfil a
que o nosso consumidor está
habituado
Visitámos a holding, sediada em Ponte da Barca cujos acionistas são várias empresas da Região dos Vinhos Verdes, entre
as quais se destaca a Adega Cooperativa de
Ponte da Barca pela sua dimensão, pelo seu
já longo historial de quase 50 anos e notoriedade, local onde se situa não só a sede administrativa da Viniverde como a de produção.
Desde 1928 se escreve a história desta
empresa e da sua marca mais antiga, o azeite
Serrata. Este percurso alcança o presente, incluindo nele um importante nome para o seu
universo, o reconhecido e prestigiado azeite
VilaFlor. Dois nomes que atravessaram o século com o maior número de avanços científicos e tecnológicos, – o século XX e afirma-se no século XXI percorrendo o caminho da
inovação e persistência nos elevados padrões
de qualidade e genuinidade.
A Parras Vinhos é especializada na produção e seleção de vinhos de qualidade em
diversas regiões de Portugal. A seleção dos
melhores lotes de vinhos nas regiões e o excelente trabalho de uma vasta equipa de enologia permite à Parras a produção de vinhos
de qualidade superior. A empresa apoia ainda os seus clientes na criação de marcas
próprias nomeadamente para mercados de
exportação em que requer algumas normas
mais específicas.
Os vinhos Herdade da Comporta são o
fruto do empenho num projeto vitivinícola
moderno e ousado, onde as tecnologias de
ponta projetam o tradicionalismo do processo de vinificação em lagares mecanizados.
De reconhecida qualidade, têm sido premiados em vários certames internacionais.
PARRA VINHOS
LUIS VIEIRA
p.16
EMPRESAS & MERCADOS
8 DE JANEIRO DE 2016
JOSÉ ANTAS OLIVEIRA |VINIVERDE
“No prazo de um ou dois anos, pens
nas vendas no mercado nacional e 5
Visitámos a holding, sediada em Ponte da Barca cujos acionistas são várias empresas da Região dos
Vinhos Verdes, entre as quais se destaca a Adega Cooperativa de Ponte da Barca pela sua dimensão, pelo
seu já longo historial de quase 50 anos e notoriedade, local onde se situa não só a sede administrativa
da Viniverde como a de produção.
A Viniverde foi constituída com o objetivo
de produzir, promover e comercializar os vinhos e seus derivados mais conhecidos das
suas acionistas e também os das suas próprias marcas.
Tendo em consideração as características e dimensão das empresas do universo
Viniverde, foi-nos dito pelo seu director geral, e enólogo, que entrevistámos, JOSE ANTAS OLIVEIRA, que a Viniverde está esta em
posição de fornecer uma gama alargada de
produtos, todos eles de acordo com as novas
tendências de mercado, assegurando simultaneamente quantidades, com uma excelente relação qualidade / preço.
tivo foi criar uma empresa com uma estrutura profissional que fosse independentemente
da gestão das adegas cooperativas, criou-se uma estrutura profissional, diminuíram-se custos de estrutura por economia de escala e aumentou-se a capacidade produtiva,
controle da matéria- prima mais abrangente
e apostou-se na internacionalização, havendo maiores quantidades e condições de estar
e apostar nos mercados internacionais. A Viniverde S.A. potenciou a promoção e comercialização dos vinhos das adegas que tinham
notoriedade no mercado, como é o caso da
marca Adega Ponte da Barca, e fomos criando marcas próprias.
MP- A VINIVERDE foi um projecto empresarial de juntar várias adegas da região.
Que Adegas fazem parte da VINIVERDE?
José Antas Oliveira – Na altura que a Viniverde foi criada, foi criada por um grupo
de sete adegas – Adega Cooperativa de Ponta da Barca, Adega Cooperativa de Barcelos, Adega Cooperativa de Lousada, Adega
Cooperativa de Penafiel, Adega Cooperativa
de Vila Nova de Famalicão, Cooperbasto e
Adega Cooperativa de Castelo de Paiva, ou
seja sete adegas, todas cooperativas que se
juntaram para ganhar maior dimensão. Esta
união entre adegas resultou de um projecto
apoiado pelo União Europeia e pelo governo português para ultrapassar os problemas
que as adegas cooperativas da região dos Vinhos Verdes se vinham deparando. O objec-
MP- E que marcas agora se apresentam
ao consumidor?
JAO- As marcas com maior expressão no
mercado interno são Adega Ponte da Barca,
Estreia e Terras da Nóbrega. Para além destas marcas tivemos necessidade de criar marcas para o mercado internacional. Umas com
visão global, outras direccionadas a determinados mercados.
MP- No global vinificam quanto milhões
de litros? É tudo vinificado aqui em Ponte
da Barca?
JAO- Cada adega cooperativa é um polo
de recepção e recebe as uvas dos seus associados e a relação que existia entre a adega e os seus associados mantem-se. As adegas são polos de recepção das uvas e depois
aqui fazem-se os lotes e engarrafamentos.
Aqui é o centro de produção/engarrafamento e sede social. No global, em anos de boa
produção, vinificamos 5 milhões de litros. A
última campanha foi de excelente produção.
MP- No mercado nacional os vossos vinhos estão à disposição em qualquer ponto
de venda e no internacional?
JAO- A exportação representa entre 30%
a 40% e está a crescer. No mercado nacional
as vendas estão estáveis, estando o grande
crescimento da Viniverde S.A. directamente
ligado às vendas no mercado externo. No prazo de um ou dois anos, acreditamos ter um
equilíbrio entre as vendas para o mercado interno e externo, 50% nas vendas no mercado
nacional e 50% na exportação.
MP- E já abrangem um leque vasto de
países?
JAO- Mesmo antes do surgimento da Viniverde S.A., as adegas cooperativas integrantes já exportavam as suas marcas, sobretudo
para países onde o mercado da saudade/tradicional tem grande expressividade. Com a
Viniverde S.A. mantivemos esses países e começamos a trabalhar com importadores cujo
foco de mercado não era o das comunidades
portuguesa, mas também apostamos em novos mercados, como é o caso dos EUA, Japão, Colômbia, Suécia, Noruega, Alemanha,
entre outros. As vendas não param de crescer e o Vinho Verde a seguir ao vinho do Por-
Director geral, e enólogo, JOSE ANTAS OLIVEIRA, da VIN
(...) A exportação representa entre 30%
mercado nacional as vendas estão está
da Viniverde S.A. directamente ligado
prazo de um ou dois anos, acreditamo
para o mercado interno e externo, 50%
50% na exportação.(...)
EMPRESAS & MERCADOS
samos estar nos 50%
50% na exportação”
VINIVERDE COM CRESCIMENTO DE
36% NO PRIMEIRO SEMESTRE DE
2015
NIVERDE
% a 40% e está a crescer. No
áveis, estando o grande crescimento
às vendas no mercado externo. No
os ter um equilíbrio entre as vendas
% nas vendas no mercado nacional e
to é o vinho que mais se exporta, tendo um
grande potencial de crescimento.
MP- A terminar além de ser o enólogo
administra a empresa?
JAO- Para além de enólogo, sou um dos
membros do Conselho de administração executivo da Viniverde S.A.. Tenho o pelouro co-
No primeiro semestre de 2015, não
tendo o mesmo terminado, nos valores de exportação até à data, a Viniverde
apresenta um crescimento de 36%, superando os valores globais de exportação
do ano 2014. Assente numa estratégia
de divulgação dos vinhos verdes no mercado externo, a Viniverde tem beneficiado
do crescente consumo de Vinhos Verdes
em mercados com Polónia, Alemanha,
Estados Unidos da América e Brasil.
Aproveitando a mudança de imagem
de uma das suas principais marcas – Estreia – e as inúmeras distinções dos seus
Vinhos Verdes, a Viniverde garantiu uma
maior aceitação e consequente dinâmica
nas vendas tanto a nível do mercado interno como externo.
mercial, produção e enologia. Antes de ser
criada a VINIVERDE já estava na Adega Ponte da Barca desde 1996. Formei-me em engenharia biológica na Universidade do Minho e a paixão pelo vinho veio a seguir. Vim
para a Adega Cooperativa de Ponte da Barca estagiar e fiquei, tenho 45 anos de idade
e 20 da empresa.
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8 DE JANEIRO DE 2016
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EMPRESAS & MERCADOS
8 DE JANEIRO DE 2015
FERNANDO DIAS FERREIRA| ADMINISTRADOR E SÓCIO DA «MANUEL SERRA»
“Na minha família já
represento a terceira geração
neste negócio”
Desde 1928 se escreve a história desta empresa e da sua marca mais antiga, o
azeite Serrata. Este percurso alcança o presente, incluindo nele um importante
nome para o seu universo, o reconhecido e prestigiado azeite VilaFlor. Dois nomes
que atravessaram o século com o maior número de avanços científicos e tecnológicos, – o século XX e afirma-se no século XXI percorrendo o caminho da inovação e
persistência nos elevados padrões de qualidade e genuinidade, que lhes são naturalmente reconhecidos.
Sempre esteve ligado à área
dos azeites?
Na minha família represento a
terceira geração no negócio, hoje
os meus três filhos estão integrados na gestão das empresas do
grupo, muito em particular nas da
industria do azeite. Posso portanto afirmar que nasci com o azeite,
cresci com esta industria e é nela
que melhor realizo a minha vocação empresarial. Os meus avos, paternos e maternos, estavam neste
negócio, uns instalados a sul outros
mais a norte do país. De modo que
é desta “raça” que eu venho. Recordo ainda o tempo em que vendia o azeite, de porta em porta,
transportando-o numa carroça puxada por uma burra. Em 1966, o
regime da altura, decretou o fim da
venda a granel, para o consumidor
final, e a obrigatoriedade de vender o azeite embalado, garantindo
dessa forma mais qualidade no produto final. Essa foi uma das grandes transformações. Nesse período
algumas firmas mais débeis foram ficando pelo caminho. Porque
apostamos na inovação, connosco sucedeu exatamente o contrário e o nosso negócio ganhou outra
dinâmica. É nessa altura também
que as mercearias, que até então
compravam o azeite aos lagares e
vendiam aos seus clientes, passam
a comprar aos embaladores.
Eu nasci com o azeite e continuo com o azeite. O meu pai já estava dentro desta área assim como
os meus avós. Uns em Lisboa outros no Porto. De modo que é desta
“raça” que eu venho. Saí da escola
com nove anos e fui trabalhar com
o meu pai neste sector de atividade,
na altura com meios bastante diferentes dos de hoje em dia. Cheguei
a vender azeite com burra e carroça
de porta em porta em 1966. Isso
acabou por terminar devido ao regime da altura obrigou que o azeite tivesse que ser engarrafada para
haver um melhor controlo de qualidade. Essa foi uma das grandes
transformações de tratar o azeite:
foi o de mudar de granel para tudo
embalado. Foi durante este período
de transformação que algumas firmas mais débeis foram ficando pelo
caminho. Até porque permitiram
que os armazéns de mercearias na
altura se metessem no negócio porque até esta altura não queriam. O
azeite em granel, era um produto
sujo e a partir do momento em que
avançamos para o azeite obrigatoriamente embalado, as mercearias
começaram também a ser clientes
dos embaladores.
Esta firma nasce, creio em
1928…
Sim, nasceu em 1928. Quando adquiri a empresa, em 1990, a
empresa tinha instalações em Rio
Tinto por uma razão: a família Serra era oriunda de Macedo de cavaleiros, quatro irmãos, uns que estavam em Macedo compravam azeite
e enviavam por comboio, em cascos de madeira, para a região do
Porto e daí a localização da empresa. Vantagem logística
Sim, nasce em 1928. E instala-se na altura frente à estação de Rio
Tinto por uma razão: a família era
oriunda de Macedo de Cavaleiros
e então os quatro irmãos que uns
estavam em Macedo e compravam
azeite de Trás-os-Montes e naquele tempo o transporte era feito ainda em cascos de azeite por caminho de ferro.
Disse que tiveram de ir para a
exportação porque o mercado nacional está a comprar menos?
Quando, em 1995, decidi
avançar para a exportação não o
fiz pelo facto de sentir que o mercado nacional era pequeno, a nossa
presença nacional foi sempre muito forte, mas sim por querer conquistar novos mercados, e assim
dinamizar a empresa. Que passou
de uma dimensão nacional para se
tornar num dos mais respeitados
membros desta industria, reconhecida internacionalmente.
Pela mesma razão que os nossos descobridores foram á procura
de novas terras, e nós fizemos a
mesma coisa.
O mercado Português tem registado um aumento do consumo
per capita, no entanto a dimensão da população faz com que seja
sempre um mercado “pequeno”,
mas conhecedor do produto.
Não é bem assim, houve um
aumento do consumo per capita,
a questão é que somos poucos e é
sempre um mercado pequeno. Pela
mesma razão que os nossos descobridores foram á procura de novas terras, e nós fizemos a mesma
coisa. Em 1995 decidimos avançar para a exportação, e não devido ao facto de sentirmos que o
mercado nacional era pequeno, até
porque o consumo interno do azeite tem aumentado por via de estudos médicos, pelo reconhecimento
da qualidade do nosso azeite, porque é a melhor gordura alimentar e
também porque os países que não
têm grande cultura do azeite, começam a consumir o nosso produto porque sabem que pode ajudar
a prevenir certas doenças.
E essa é uma questão interessante que se coloca nos dias de
hoje, porque faz a própria expansão do produto. Até porque aqui á
uns anos, não havia muito mercado para o nosso azeite, que hoje já
há, podia então dar alguns exemplos de países onde se consome o
nosso azeite?
Atualmente estamos presentes
em 30 países. Nos PALOP, estamos
em Angola, Moçambique, Guiné,
Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. O
Brasil é o nosso principal, também
pela tradição e pelos hábitos seme-
lhantes aos nossos. Os brasileiros
consomem bastante azeite e só não
consomem mais devido ao seu ainda fraco poder de compra. Na Europa, temos países como França, Espanha, Luxemburgo, e Suíça. Fora
da Europa, estamos nos Estados
Unidos, Canadá e México. Não nos
podemos esquecer também da nossa presença muito forte nos países
do golfo pérsico, na Ásia estamos
no Japão, China e India.
E já estiveram no SISAB PORTUGAL? E qual é a impressão que
tiveram?
Penso que é uma feira onde
realmente vale a pena estar presente. O SISAB PORTUGAL consegue ser diferente, das outras feiras,
porque só está presente a industria
Portuguesa, logo quem se desloca a
este evento vai à procura dos nossos
produtos. Os grupos de compradores de todo o mundo que a organização do SISAB consegue mobilizar é
de facto muito relevante e constitui
um dos atrativos de participação.
Penso que é uma feira onde
realmente vale a pena estar presente. O SISAB PORTUGAL consegue ser diferente das outras feiras porque é uma feira onde se faz
negócio. Nas outras feiras estamos
num stand à espera que o cliente
venha falar connosco, já no SISAB
PORTUGAL aparece gente de todo
o mundo e se desloca à feira para
comprar produtos portugueses.
Onde é que a SERRATA vai buscar a azeitona com que faz o azeite que produz nas suas garrafas?
A SERRATA compra, há muitas
décadas aos mesmos parceiros, o
azeite que necessita uma vez que
ainda não produzimos o nosso próprio azeite. Vamos buscar a Trás-os-Montes, Beira Alta e Beira Baixa e naturalmente que a Espanha
também, como todos os nossos colegas com dimensão, uma vez que
Portugal não é auto suficiente para
produzir a quantidade que consome
internamente mais a que exporta.
A SERRATA vai buscar o azeite, uma vez que ainda não produzimos o nosso próprio azeite a partir
de azeiton. Vamos buscar a Trás-os-Montes, Beira Alta e Beira Baixa e
naturalmente que a Espanha também, como muitos nossos colegas
na mesma área, uma vez que Portugal não é auto-suficiente para produzir em grandes quantidades.
E como conseguem ter um gosto, um paladar constante que o publico tão bem reconhece?
Esse é um dos grandes segredos deste negócio. Por exemplo,
um azeite de Trás-os-Montes por si
EMPRESAS & MERCADOS
8 DE JANEIRO DE 2015
Naturalmente o negócio com
as grandes superfícies vai ter sempre as suas dificuldades. É quase
como se fosse a história do David
e de Golias – a grande distribuição
tem de facto uma grande potencialidade económica onde a maior parte dos fornecedores que as multinacionais não têm, portanto logo ai a
regra é desigual. As grandes superfícies podem ser de facto perigosas
na medida em que sobrecarregam
demasiado os médios e pequenos
fornecedores.
E no estrangeiro têm representantes próprios ou vendem apenas
aos pontos de venda? Como funciona a logística no estrangeiro?
Depende de mercado para mercado, no Brasil contamos com a
colaboração direta de dois profissionais, um sediado no estado de
São Paulo e o segundo no nordeste.
Neste momento acabámos de fina-
só é considerado pelo consumidor
geral como muito “forte”, adstringente, mas se houver uma mistura com o azeite da Beira Alta ou da
Beira Baixa, já resulta num azeite
magnífico. Eu acho que melhoram
os dois, juntos originam um sabor
muito bom que o publico, em geral,
muito aprecia.
Esse é um dos grandes segredos deste negócio. Por exemplo, um
azeite de Trás-os-Montes por si só
é demasiado gordo mas se houver
uma mistura com o azeite da Beira Alta ou da Beira Baixa, já resulta
num azeite magnífico. Eu acho que
melhoram os dois, um é menos ácido e mais insipido e os dois juntos
originam um sabor muito bom.
Portanto, podemos dizer que é
quase como funcionar ao gosto do
cliente? Ou seja, não impor um produto que é aquilo mas que funciona
de acordo com os mercados.
Sim, por exemplo no Brasil é diferente porque têm um gosto diferente do nosso. Os brasileiros preferem azeites mais encorpados, com
uma cor e um gosto mais intenso.
Sempre focados no que o mercado
procura, não perdendo a identidade nacional do produto, claro está.
Qual é a faturação da empresa e quantos empregados têm nes-
te momento?
No conjunto as duas empresas
têm entre 60 a 70 funcionários. E
pensamos este ano, que está a acabar, fazer uma faturação entre os 65
e os 70 milhões de euros.
E quem é que compra o azeite
da SERRATA em Portugal?
Estamos presentes em todas, na
grande distribuição, operadores regionais muitos dos quais com quem
mantenho uma relação de grande
proximidade, mesmo de amizade,
e também no setor da restauração.
E não tem razão de queixa da
grande distribuição?
Naturalmente o negócio com
as grandes superfícies vai ter sempre as suas dificuldades. É quase
como se fosse a história do David
e de Golias – a grande distribuição
tem de facto um grande poder negocial. Onde a maior parte dos fornecedores, exceto as multinacionais,
tem muita dificuldade em conseguir
equilibrar a negociação. As grandes
superfícies podem ser de facto perigosas, na medida em que sobrecarregam demasiado os fornecedores de dimensão mais pequena, nós
estamos sempre muito atentos para
que o equilíbrio das nossas vendas
possam compensar esta vertente
necessária do negócio.
p.19
lizar um acordo, para um mercado
de grandes dimensões, onde a partir de Janeiro vamos ter dois colaboradores dedicados à promoção e
vendas dos nossos produtos. Em outro mercados vendemos diretamente
a cadeias de supermercados e centrais de compras, em outros mercados trabalhamos com os importadores / distribuidores no modelo
clássico. No estrangeiro a empresa
faz a distribuição através do grupo
Cafés Delta.
numa grande superfície … seria um
verdadeiro drama. Portanto voltar
atrás era muito complicado.
Não, não era possível. Existe a
dificuldade de fazer marca e era preciso muito dinheiro para saber se ia
resultar ou não ou quanto tempo é
que iria precisar para resultar. Pode
haver, digamos, uns palpites aproximados. Depois conseguir colocar a
marca numa grande superfície que
seria um verdadeiro drama. Portanto voltar atrás era muito complicado.
E hoje em dia, acha que seria
fácil voltar a atrás no percurso tão
grande que a empresa já percorreu
acha que nos tempos que correm
isso seria possível?
Não, não era possível. Existe a
dificuldade de fazer marca e era preciso muito dinheiro para tentar, sem
saber se ia resultar ou não ou durante quanto tempo é que iria resultar.
Conseguir lançar uma marca nova
E que outros mercados gostariam de chegar ao estrangeiro?
Gostaríamos de chegar a todos
os mercados, mas também temos
noção que não temos capacidades
de produção ou de estruturas para
chegar a todos mas como de “grão
a grão enche a galinha o papo”. Portanto, um a um com um parceiro
mais iremos sempre tentar a nossa sorte.
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EMPRESAS & MERCADOS
8 DE JANEIRO DE 2016
MIGUEL PALMA |HERDADE DA COMPORTA-COMPORTA WINES
“Parte da nossa estratégia de mercado passa pela ex
vinhos Herdade da Comporta”
Os vinhos Herdade da Comporta são o fruto do empenho num projeto vitivinícola moderno e ousado, onde as tecnologias de ponta projetam o tradicionalismo do processo de vinificação em lagares mecanizados. De reconhecida qualidade, têm sido premiados em vários certames internacionais.
A escassas horas dos países da Europa
Central e na margem da costa ocidental europeia, está Portugal, uma das nações mais
globalizadas e pacíficas do mundo. É neste
país, tradicionalmente encantador e repleto
de paisagens idílicas, que se situa a Herdade da Comporta.
Entre os concelhos de Alcácer do Sal e
Grândola, a 1 hora da capital – Lisboa – o
esplendor da natureza toma formas e desvenda uma paisagem arrebatadora. São 12km
de praias de areia branca e águas cristalinas,
inseridos numa costa de 60km rodeados por
dunas e pinhal, e regados pelos imensos arrozais, que pintam a paisagem de verde.
É nesta terra de uma beleza selvagem e
calma, onde a natureza e a tranquilidade se
fundem, que se produzem os vinhos Herdade
da Comporta. O solo arenoso e o clima único da região, temperado pela proximidade
do oceano, são condições inigualáveis para o
cultivo desta uva vinícola. Bons vinhos, proteção da paisagem e respeito pelo ambiente,
são apenas algumas das dimensões de uma
atividade que é, cada vez mais, um fator de
atração turística e uma prática cultural. TRANQUILIDADE NA PAISAGEM
PROTEGIDA Do mesmo solo de onde nasce o arroz,
cresce mais adiante a vinha, de ramos verdes perentoriamente alinhados que sugerem
uma espécie de labirinto. A terra arenosa e o
clima especial, salgados por uns salpicos de
mar, são a receita ideal para uma plantação
de cerca de 35 hectares (30 ha - Tinto e 5 ha
- Branco). Num declive basicamente horizontal, a vinha encontra-se ligeiramente acima
do nível do mar em plena reserva ecológica,
e influenciada por um micro clima particular.
As temperaturas, moderadas pela proximidade ao Oceano, permitem obter ótimas condições de maturação, resultando em uvas com
excelente concentração e equilíbrio. Os trabalhos cuidados ao longo do ano, e
os tratamentos efetuados em regime de proteção integrada, garantem uvas totalmente
sãs. Por outro lado, as baixas produções controladas através de podas e mondas de cachos, efetuadas com grande rigor, garantem
uma matéria-prima com maior qualidade. A vinha foi plantada em “Bacelo bravo”
em 2001 e enxertada no ano seguinte, sendo 2003 o seu primeiro ano de produção. Destacam-se as castas tintas Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet e Touriga Franca, e as castas brancas Arinto e Antão Vaz.
MODERNIDADE AO SERVIÇO DA
TRADIÇÃO
Tecnologias de ponta e vindimas manuais trabalham em conjunto para um equilíbrio
perfeito de sabores e experiências vinícolas.
Depois de vindimada manualmente,
a uva chega à adega em caixas de 20 kg,
onde é cuidadosamente escolhida, esmagada e desengaçada. Fermenta em lagares de
inox com capacidade para 8 toneladas, equipados com sistema de refrigeração para fermentações a temperaturas controladas.
A fermentação decorre aproximadamente
durante 8 dias, com o auxílio de um moderno “robot” de pisa mecânica. Depois de terminada esta fase, o vinho desce para a sala
de depósitos, por gravidade e sem recurso a
qualquer bombagem. Esta sala está equipada com cubas em inox, com capacidade para
15.000 litros cada.
Do vinho obtido, são selecionados os melhores lotes, que estagiam por 12 meses, em
pipas (500 litros) de carvalho Francês (Allier)
e Americano. A sala de estágio, onde o vinho
descansa calmamente, está equipada com
um moderno sistema de refrigeração/humidificação, garantindo as condições ideais para
a melhor evolução dos vinhos. Miguel Palma responsável pelos vinhos da Herdade da
Comporta responde às nossas questões!
MP- A Herdade da Comporta é sobejamente
conhecida pela qualidade dos seus vinhos. O
que distingue os vinhos por vós produzidos?
Miguel Palma - A curta distância do Oceano Atlântico, a nossa vinha, de 35 hectares é beneficiada pela amenidade do clima
litoral, permitindo maturações equilibradas.
Está inserida num vale, orientado nascente-poente, com boa exposição solar e ladeada
de pinheiros mansos que a protegem dos ventos fortes do verão. As condições do solo e
clima são excelentes no que respeita à fitossanidade da vinha, permitindo a colheita de
uvas sãs e de grande qualidade produzidas
em modo de produção integrada..Os nossos
vinhos são naturalmente equilibrados em termos de grau e de acidez. Os vinhos brancos
resultam aromáticos, com uma acidez equilibrada e um frescura natural. Os vinhos tintos resultam muito frutados, suaves com uma
grande longevidade.
MP- Estão implementados numa região única no país em que o Atlântico praticamente
banha as vossas vinhas e em que o enoturismo e as visitas são uma mais valia para se visitar a zona da península de Tróia e zona da
Comporta. Pode-nos focar essa mais valia?
Miguel Palma - Com o desenvolvimento de
várias infra estruturas, nomeadamente urbanas, Tróia e Comporta passaram a ter uma
maior capacidade para albergar os visitantes
vindos de todo o país e mundo.
A diversidade da fauna e flora, bem como
as belas paisagens que se podem observar levam as pessoas a conhecer melhor a região
e o que nela se faz. Durante todo o ano as
visitas à Adega da Comporta são uma constante. A evolução que os vinhos da Herdade
têm tido ao longo dos anos, são um chamariz à curiosidade de leigos e entendidos na
matéria vitivinícola,
(...) A exportação é uma área que se e
integrados nos mercados de Alemanha
Brasil, Canadá, Estados Unidos da Am
Luxemburgo, Macau, Moçambique, Su
internacionais merecem a nossa melh
conseguirmos integrar. (...)
contribuindo assim, para uma maior visibilidade da marca Herdade da Comporta. Isto é
uma questão comercial!
MP- Os vinhos por vós produzidos além dos
mercados nacionais também são exportados.
Para que países exportam e que mercados
gostariam de exportar?
Miguel Palma - A exportação é uma área que
se encontra em expansão. Já estamos integrados nos mercados de Alemanha, Angola, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Estados
Unidos da América, Espanha, França, Ho-
EMPRESAS & MERCADOS
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8 DE JANEIRO DE 2016
xportação dos
e promoção dos vossos vinhos?
Miguel Palma - Sem dúvida! A presença no
SISAB PORTUGAL traz-nos a oportunidade
para novos contactos através da divulgação
e promoção dos vinhos Herdade da Comporta. É uma presença que pretendemos continuar a ter.
encontra em expansão. Já estamos
a, Angola, Áustria, Bélgica,
mérica, Espanha, França, Holanda,
uécia e Suíça. Todos os mercados
hor atenção e avaliação para neles se
landa, Luxemburgo, Macau, Moçambique,
Suécia e Suíça. Todos os mercados internacionais merecem a nossa melhor atenção e
avaliação para neles se conseguirmos integrar. O trabalho ao nível da exportação leva o
seu tempo e tem a sua própria complexidade.
MP- A aposta da expansão da venda dos
vossos vinhos passa pela exportação? Estão abertos a parcerias de clientes internacionais que queiram ter o portfólio dos vinhos nas suas garrafeiras?
Miguel Palma - Parte da nossa estratégia de
mercado passa pela exportação dos vinhos
Herdade da Comporta. As parcerias com
clientes internacionais são sempre tidas em
conta e avaliadas de uma forma multifactorial, com o objectivo de conseguir dar a melhor resposta possível ao mercado internacional em questão e de modo a que as parcerias
se mantenham a longo prazo.
MP- Através da CVR da Península de Setúbal
tem estado no SISAB PORTUGAL. O evento tem trazido mais valia para a divulgação
A HERDADE DA COMPORTA
1836- Surge a cultura do arroz e a Herdade
da Comporta é incorporada na nova Companhia das Lezírias do Tejo e do Sado, propriedade pertencente à Coroa Portuguesa.
1925 - A Companhia das Lezírias vende
a Herdade da Comporta à empresa britânica The Atlantic Company, Ltd.
1955- Dá-se o incremento das terras produtivas e aumenta-se a área de pinhal. Inicia-se a requalificação das aldeias com
a construção de redes de infraestruturas,
bairros sociais e escolas.
1975- A Herdade é nacionalizada, sendo
devolvida à The Atlantic Company, Ltd. entre 1989 e 1991.
1991 - Dá-se início à implementação do
Projeto Global de Desenvolvimento integrado da Herdade da Comporta, que contempla a valorização e requalificação do património natural, urbanístico e agrícola da
propriedade.
2004 até Hoje - A designação social passa a Herdade da Comporta - Actividades
Agro Silvícolas e Turísticas, S.A., tendo por
missão promover o desenvolvimento de um
destino turístico de alta qualidade, sustentável, integrado numa propriedade agrícola
que preserva o património ambiental e cultural, constituindo-se um modelo de referência na Europa.
p.21
p.22
ALQUEVA - O GRANDE LAGO
8 DE JANEIRO DE 2016
O GRANDE PROJETO
A barragem que transfigurou o Alentejo
Para passar uns dias descontraídos e em boa companhia a
Albufeira do Alqueva com 250 km2 é uma das melhores sugestões que lhe podemos dar pelos imensos pontos de interesse que
por ali pode encontrar. Na margem direita, recebem-nos os castelos de Juromenha, Alandroal, Terena, Monsaraz e Portel e, na margem esquerda,Mourão e Moura são miradouros privilegiados sobre
este espelho de água, que é hoje um dos maiores da Europa
O lago veio dar uma atmosfera surpreendente a esta região. Onde antes havia campo, com oliveiras, sobreiros e azinheiras, e tudio debaixo de um sol abrasador hoje vemos
água e todo um ecosistema renovado, com
ótimas condições para atividades ao ar livre
e para a prática de desportos náuticos como
a vela, o ski e wakeboard ou para passeios
em canoa e kayak.
Para os amantes das caminhadas e da bicicleta, há percursos cursos sinalizados que
se podem fazer. São uma boa forma de descobrir costumes e tradições e nos integrarmos com as populações locais.
Naturalmente, no Alqueva, a
rica gastronomia alentejana
está sempre presente, não é
possível resistirmos aos sabores
da comida regional. Neste
caso, destacam-se as açordas,
as migas, os pratos de carne
de porco, os enchidos e os
extraordinários vinhos da região
É um bom sítio para fazer uma surpresa à família, para a levar num passeio pelas
estradas panorâmicas em redor do Alqueva
ou, melhor ainda, alugar um barco-casa e
dormir debaixo de estrelas mesmo dentro do
grande lago. Não podemos esquecer que estamos numa região onde o céu foi considerado pela UNESCO uma reserva para observação de estrelas. À noite, as luzes públicas
são reduzidas ao mínimo, para possibilitar as
condições perfeitas para ver o céu, mesmo
para os mais astrónomos mais principiantes.
MUITOS LOCAIS A VISITAR
Não se pense que ir ao Alqueva é apeas
para ir ver uma barragem. Há imensos lugares para visitar e coisas para ver. Não podemos deixar de ir à nova Aldeia da Luz, a única
povoação submersa pelas águas da barragem que teve de ser literalmente mudada de
sítio. A propósito, foi criado um Museu, em
que grande parte do espólio é constituída por
objetos dos habitantes e onde todas as memórias da antiga aldeia ficaram registadas.
Também a localidade de Monsaraz (na
foto principal) é incontornável. Uma vila-museu medieval preservada, com muralhas
e ruas de xisto que encanta e surpreende.
Muito próximo, na área do Convento da Orada, o Cromeleque do Xerez, é também uma
visita obrigatória.
Naturalmente, no Alqueva, a rica gastronomia alentejana está sempre presente, não
é possível resistirmos aos sabores da comida
regional. Neste caso, destacam-se as açordas, as migas, os pratos de carne de porco, os enchidos e os extraordinários vinhos
da região.
morar-se nas aldeias brancas ribeirinhas
como Alqueva, Amieira e Estrela, de soleiras lavadas e ruas varridas. Deixar seduzir-se
pela prática de actividades náuticas várias e
pelo deslumbramento de uma viagem planada em amplos horizontes é “mergulhar” nas
águas mansas da Barragem de Alqueva, rendilhadas por inúmeras ilhas e longos braços.
Usifruir do património arqueológico e arquitectónico é visitar Alandroal, Portel, Monsaraz, Juromenha e Terena.
REGIÃO DAS MIL ALDEIAS
As terras do Grande Lago oferecem ao
visitante sensações únicas. Na calma serena
de uma nova paisagem alagada de vida, as
memórias fundem-se em novos caminhos..
Encontrar o elixir da tranquilidade é de-
UMA HISTÓRIA COM MAIS DE 40 ANOS
A construção da barragem foi uma história com muitos avanços e recuos ao longo de
mais de 40 anos. O projeto em si nasceu em 1960 com o convénio assinado entre portugueses e espanhóis para utilização da água do Rio Guadiana. Depois foram muitos anos de
avanços e recuos até 2010, ano em que a barragem encheu por completo.
1968 | 1975 | 1976 | 1978 | 1980 | 1993 | 1993 | 1995 |
1996 |
1996 |
1998 |
2000 | 2002 |
2002 | 2004 |
2010 |
Celebração do Convénio Luso Espanhol
Aprovação pelo Conselho de Ministros da realização do Projecto Início das obras preliminares
Interrupção das obras Conselho de Ministros determina a retoma dos trabalhos Decisão do Conselho de Ministros para retoma do Empreendimento Criação da Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva (CIEA) Reinicio dos trabalhos em Alqueva Governo assume “avançar inequivocamente com o projecto do Alqueva”
Adjudicação da empreitada principal de construção civil da barragem
Inicio das betonagens na Barragem de Alqueva. Adjudicação da empreitada para a execução do primeiro bloco de rega
Ínício do enchimento da Albufeira Abertura ao trânsito da estrada Portel/Moura sobre a Barragem do Alqueva Inauguração da Central hidroeléctrica . Albufeira do Alqueva atingiu cota máxima
PATRIMÓNIO
8 DE JANEIRO DE 2016
p.23
CABO CARVOEIRO
O farol que o
Marquês de Pombal
mandou construir
Situado no extremo da Península de Peniche, o Cabo
Carvoeiro é um local de grande valor patrimonial,
quer a nível geológico, quer paisagístico, com grande
variedade de falésias calcárias. Neste local foi
erguido o Farol do Cabo Carvoeiro, com 25 metros
de altura, devido aos inúmeros naufrágios ocorridos
nesse trecho do litoral. A pequena Capela de Nossa
Senhora dos Remédios, perto do cabo, é o destino
de uma colorida romaria. Tem o interior revestido
por valiosos azulejos do século XVIII, da oficina do
mestre António de Oliveira Bernardes.
O Farol do Cabo Carvoeiro faz
parte do grupo de seis faróis mandados edificar pelo alvará pombalino de 1 de Fevereiro de 1758
que criou o Serviço de Faróis em
Portugal, tendo entrado em funcionamento em 1790, ficando a
ser um dos mais antigos da costa
portuguesa.
UM NOVO FAROL
Um aviso aos navegantes de
1 de Fevereiro de 1886 indicava
que o novo farol estava pronto, com
uma torre de 20,6 metros encimada por uma lanterna de 5 metros de
altura por 2,5 de diâmetro, estava
equipado com um aparelho óptico
de 3ª Ordem, provido de um can-
um girante de 4ª Ordem, passando a apresentar quatro relâmpagos
em substituição da luz fixa, mas
mantendo a cor vermelha. A fonte
de energia do aparelho iluminante passou a ser o gás em 1947 e
em 1952 foi instalada a lâmpada
eléctrica.
guarnecem desde 1975 o Farol da
Berlenga, em grupos de dois e por
períodos de uma semana.
Mais recentemente, em Dezembro de 2002, foi instalada no farol, uma estação de GPS Diferencial
que, juntamente com uma outra
instalada em Sagres, asseguram a
transmissão de correcções ao GPS
cobrindo todo o território do continente. Fica assim um dos primeiros
faróis da nossa costa intimamente
ligado ao sistema de posicionamento mais actual, que permite a determinação da posição, de forma automática e com um rigor da ordem
dos cinco metros.
No seu topo estava instalada um lanterna de oito faces com
8,2 metros de altura. Junto da torre existiam alguns edifícios e uma
igreja que em 1865 se encontrava
em ruínas e era identificada como
sendo a Ermida de N. Sª. da Vitória, sobre a qual consta ter existido
uma luz para guiar os navegantes
muitos anos antes.
deeiro a petróleo de três torcidas,
apresentando uma luz fixa vermelha com cerca de 17 milhas de alcance, o que, não sendo elevado,
era suficiente pois este apenas serve quem navega nas proximidades
do canal entre as Berlengas e Peniche, residindo a necessidade de
maior alcance na Berlenga, situada
5,5 milhas a oeste deste.
Pouco se sabe do seu equipamento inicial embora se imagine
que devia consistir de um conjunto
de candeeiros de Argand com reflectores parabólicos, semelhante
aos utilizados noutros faróis seus
contemporâneos. A “Comissão de
Pharois e Balisas” incumbida em
1881 de elaborar um “Plano de
Alumiamento das Costas, Portos e
Barras do Continente e Ilhas Adjacentes”, considerou o farol em muito mau estado e determina a sua
reedificação.
Em 1886 foi dotado de um sinal sonoro constituído por uma
trombeta de palhetas, activado por
ar comprimido armazenado em
grandes reservatórios para onde era
carregado através de um compressor a vapor de 4 cavalos. Este sinal era estabelecido pelos faroleiros
em condições de visibilidade reduzida, sendo actualmente um sistema electroacústico activado por um
detector automático de nevoeiro.
O aparelho lenticular de 3º Ordem foi substituído em 1923 por
foto de ANÍBAL SANTOS
foto de HÉLDER COELHO
AUTOMATIZAÇÃO DE
PROCESSOS
O farol foi automatizado, em
1988 com a instalação de um novo
aparelho óptico/iluminante composto de um tambor com ópticas
seladas. Este sistema consiste de
um conjunto de ópticas seladas do
tipo das utilizadas nos automóveis,
fixas nas faces de um prisma hexagonal, apresentando uma baixa relação alcance/consumo.
O farol é guarnecido por oito faroleiros que, além de manterem o
assinalamento marítimo da região,
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p.24
EMPRESAS & MERCADOS
8 DE JANEIRO DE 2016
ENTREVISTA COM LUIS VIEIRA, ADMINISTRADOR DA PARRAS VINHOS, LDA
“Sabemos exatamente o que procuramos e, com o
que temos à disposição, tentamos manter o perfil
ao qual o nosso consumidor está habituado...”
A Parras Vinhos é especializada na produção e seleção de vinhos de qualidade em diversas regiões de Portugal. A seleção dos melhores lotes de vinhos nas regiões e o excelente trabalho de uma vasta equipa de enologia permite à Parras a
produção de vinhos de qualidade superior. A empresa apoia ainda os seus clientes na criação de marcas próprias nomeadamente para mercados de exportação em que requer algumas normas mais específicas.
Conseguimos ter grandes vinhos,
não demasiadamente complexos
nem difíceis, a um preço bastante
acessível. Este é o nosso público-alvo e temos tido um retorno bastante interessante das pessoas. Há
marcas que temos hoje com grande visibilidade no mercado e que as
pessoas reconhecem.
Luís Vieira, Administrador da Parras Vinhos
Como surge a Parras Vinhos?
A Parras Vinhos surgiu há alguns
anos com o objetivo de agregar sob
um só projeto os vinhos que tínhamos de várias regiões portuguesas.
Temos uma equipa de enologia que
trabalha há muitos anos em conjunto e temos feito uma série de projetos em cada uma das regiões vitivinícolas portuguesas, Dão, Douro,
Minho, Alentejo e também aqui na
região de Lisboa e Tejo. A Parras era
a empresa, ou o local onde estes
enólogos se juntavam e selecionavam os vinhos de cada uma das regiões com o objectivo de criar marcas de cada uma dessas regiões e
fazíamos a sua distribuição.
Há regiões em que temos produção própria, como aqui na região de
Lisboa, na Quinta do Gradil, ou no
Alentejo, na Herdade da Candeeira.
(...) A Parras Vinhos surgiu
há alguns anos com o objetivo de
agregar sob um só projeto os vinhos que tínhamos de várias regiões portuguesas. Temos uma
equipa de enologia que trabalha
há muitos anos em conjunto e temos feito uma série de projetos
em cada uma das regiões vitivinícolas portuguesas (...)
Qual é o público-alvo destes
vinhos?
A equipa da Parras Vinhos está
muito vocacionada na produção
de vinhos para o consumidor não
especialista. A nossa gama são vinhos best value, vinhos de grande valor acrescentado a um preço
mais económico possível de maneira a que as pessoas se surpreendam com os vinhos que bebem.
Como é que é feita a seleção de vinhos de cada região?
A nossa equipa de enologia e de
viticultura faz o acompanhamento
com os produtores desde o início
da campanha trabalhando na seleção das vinhas, ou parte delas,
com o objetivo de produzir vinhos
de topo e de excelência. Depois, na
altura da vinificação, acompanhamos as fermentações e o processo
evolutivo controlando a maturação.
Fazemos todo o trabalho de enologia e de acompanhamento ao produtor. No final, fazemos também o
acompanhamento do produto final
e dos respetivos blends. Trata-se
de um trabalho de enologia muito
exigente e completo em que sabemos exatamente o que procuramos
e, com o que temos à disposição,
tentamos manter o perfil ao qual o
nosso consumidor está habituado
e fidelizado.
Qual o volume de exportação da
empresa?
O mercado nacional representa
40% daquilo que fazemos, tradicionalmente sempre foi assim, apesar de nos últimos anos termos tido
um crescimento grande no merca-
EMPRESAS & MERCADOS
8 DE JANEIRO DE 2016
p.25
do nacional. No fundo, o país que
mais consome produtos portugueses é o nosso próprio país e achamos que Portugal é uma porta de
entrada para o mundo, é uma montra na qual temos que ter os nossos
vinhos muito conhecidos. Dado o
investimento que temos feito na comunicação temos aumentado muito as nossas vendas em Portugal. O
resto do mundo tem acompanhado
esta tendência, com alguns reajustes no mercado externo, Angola e
Brasil já não estão com o nível de
outros tempos, mas temos outros
países que estão a compensar estas
descidas como os EUA, a Inglaterra
ou a França, onde temos reforçado
as nossas parcerias e as coisas têm
corrido muito bem.
(...) A equipa da Parras Vinhos
está muito vocacionada na produção de vinhos para o consumidor
não especialista. A nossa gama
são vinhos best value, vinhos de
grande valor acrescentado a um
preço mais económico possível
de maneira a que as pessoas se
surpreendam com os vinhos que
bebem (...)
Uma amplitude geográfica tão
grande gera muitas referências…
As nossas referências mais conhecidas são, para além do Quinta do
Gradil, uma marca conotada com
muito prestígio, o Castelo do Sulco, que é uma marca mais dedicada ao on-trade. Temos o Mula Velha que apareceu há cerca de dois
anos, uma marca de elevada qualidade, criada a partir de vinhas
selecionadas e que resultaram em
vinhos com muita robustez e qualidade mas com uma relação qualidade/preço imbatível. Tem tido um
sucesso enorme.
Produzimos também outras marcas
no Alentejo, como o Pêra Doce e
o Montaria que são duas marcas
com muita visibilidade internacionalmente. O Montaria nos EUA, em
Inglaterra e em França é um case
study, temos registado aumentos
nas vendas incríveis. As pessoas
reconhecem a marca como sendo
um vinho com muita qualidade e
com um preço muito interessante.
A Quinta do Gradil na região oeste de Portugal, em Vilar, Cadaval
uma feira com características únicas. Um ponto de encontro interessante onde podemos estar com todos os nossos parceiros mundiais
e onde podemos mostrar os nossos produtos.
A partir de contatos feitos no SISAB
PORTUGAL conseguimos novos
clientes com quem já fizemos negócios. É uma feira incontornável e
que, de facto, prestigia o nosso país
com uma organização muito interessante e que está de parabéns.
(...) Já há vários anos que vamos ao SISAB PORTUGAL. É, de
facto, uma feira com características únicas. Um ponto de encontro interessante onde podemos
estar com todos os nossos parceiros mundiais e onde podemos
mostrar os nossos produtos (...)
Para além do vinho a empresa desenvolve também um projeto de
enoturismo na Quinta do Gradil.
Que atividades oferece uma visita à quinta?
A Quinta do Gradil desde há alguns
anos tem desenvolvido um amplo
projeto de enoturismo. Temos uma
loja e um restaurante onde fazemos
jantares vínicos, degustações que
vão variando de acordo com as épocas. Vamos de alguma forma orientando os nossos pratos às épocas
festivas e fazendo-os “casar” com
os melhores vinhos que temos.
A Quinta do Gradil fica a meia hora
de Lisboa e é uma quinta muito versátil, com muita história, uma vez
que pertenceu à família dos Marqueses de Pombal até meados do
século passado. Tem aqui toda uma
riqueza que convida a ser descoberta. As pessoas podem combinar
as três vertentes: comida, vinho e
relax. Organizamos também visitas acompanhadas à adega e às vinhas, passeios e caminhadas pela
serra, passeios de jipe, bicicleta e
corridas.
Qual a sua opinião acerca do
SISAB PORTUGAL?
Já há vários anos que vamos ao
SISAB PORTUGAL. É, de facto,
(...) A Quinta do Gradil fica
a meia hora de Lisboa e é uma
quinta muito versátil, com muita
história (...)
VILA POUCA DE AGUIAR
Bombos de ouro e mel
divulgam minas romanas e
concelho transmontano
O Complexo Mineiro Romano
de Tresminas tem um “novo achado” que quer transformar em atração turística, um bombom de chocolate negro com ouro e mel de urze
que junta “o melhor” do concelho
de Vila Pouca de Aguiar.
“Este produto é um postal de
boas vindas a Tresminas porque
aquilo que as pessoas consomem
no bombom podem ver no Complexo Mineiro Romano”, afirmou
a coordenadora do projeto de valorização deste espaço, Patrícia
Machado.
Estas minas foram exploradas
pelos romanos há cerca de 2.000
anos e foram geridas diretamente
pela guarda do imperador.
Os bombons são de chocolate
negro e possuem ouro em pó ou folhas de ouro comestíveis e são recheados com mel de urze produzido no concelho de Vila Pouca de
Aguiar, distrito de Vila Real.
“O objetivo é divulgar Tresminas através das duas principais
componentes deste território: o património cultural, através do ouro
que lembra a exploração romana,
e o património natural, sobretudo
através do mel de urze”, acrescentou a arqueóloga.
O produto foi desenvolvido em
exclusivo por uma empresa do Porto para Tresminas e resulta do projeto de valorização do complexo
mineiro e da abertura do centro interpretativo em junho, após um investimento de um milhão de euros.
Patrícia Machado considerou
que os bombons funcionam como
elemento de divulgação e de pro-
(...) Aqui, a exploração de
ouro decorreu ao longo de
450 anos e depois não teve
mais intervenções, sendo,
por isso, considerado um
“património arqueológico
único” que a Câmara de
Vila Pouca de Aguiar quer
candidatar a Património
Mundial da Humanidade (...)
moção de Vila Pouca de Aguiar e
defendeu que “resultam melhor do
que um panfleto informativo”.
“Porque as pessoas conseguem associar os dois elementos
do bombom ao território, enquanto um panfleto acaba por ser algo
mais descartável e que não é tão fiel
àquilo que as pessoas podem conhecer no território como é o bombom”, sustentou.
O recheio dentro do chocolate é de mel líquido de urze. “Essa
foi uma das condições para a realização destes bombons, é mel que
sai do concelho de Vila Pouca de
Aguiar para o fornecedor com o intuito de manter esta ligação ao território”, salientou.
A responsável frisou ainda que
a aceitação ao produto está a ser
“boa” e que este pode ser adquirido no centro interpretativo, na loja
interativa de turismo de Pedras Salgadas e numa livraria de Vila Real.
Patrícia Machado fez ainda um
balanço “muito positivo” dos seis
meses de funcionamento do centro interpretativo e referiu que neste
período já passaram por este espaço cerca de 3.000 visitantes.
A maior parte foram famílias
com filhos em idade escolar e que
estão a estudar este período histórico. Também muitos arqueólogos ou
geólogos procuram este complexo
mineiro para investigação.
Os visitantes podem ver uma
exposição no centro interpretativo, instalado na aldeia de Tresminas, que explica como este território foi transformado há 2.000 anos.
O foco são as minas romanas e a
forma como foi feita a exploração
do ouro mas há ainda espaço para
dar a conhecer a biodiversidade do
território.
p.26 COISAS DO VINHO
8 DE JANEIRO DE 2016
Vinhos & Gastronomia
Os espumantes
Muitas vezes fala-se de espumante e chamam-lhe champanhe.
Cuidado com as confusões. Champanhe é um vinho produzido
em França na região de Champanhe e espumante é produzido em
Portugal, é maravilhoso e sobretudo é um vinho com muita graça...
Características: Os vinhos espumantes
são produzidos nos climas mais frescos de
Portugal. Na Bairrada os espumantes têm
uma elevada reputação, elaborados a partir
da prensagem da casta Baga ou Touriga Nacional ou da perfumada Maria Gomes, Arinto,
Bical e, por vezes, Chardonnay. A região de
Távora-Varosa fria e situada a alta altitude, a
sul do Douro e a norte do Dão, faz vinhos espumantes de Malvasia Fina e, cada vez mais,
as castas típicas do Champanhe – Chardonnay e Pinot Noir. Nos últimos anos as regiões
do Vinho Verde e Bucelas, pelas boas condi-
ções naturais para o estilo, têm igualmente
apostado na espumantização.
TEMPERATURA
Os Espumantes brutos ou secos devem ser
servidos a 7/8 graus Celsius. Há quem sirva
o espumante a uma temperatura inferior em
detrimento do seu aroma. Os Espumantes
meio-doces e doces devem ser servidos a 6
graus Celsius, já que uma temperatura mais
MARISCO E PEIXE
O vinho espumante é aconselhado para
acompanhar peixe grelhado e mariscos. Mas
é tudo uma questão de paladar e de gosto
pessoal. Por mim só penso em espumante
para pratos de forno, mas de preferência se
for um cabritinho ou um leitão.
Quando e como beber: Refrescantes no
calor do Verão e calorosos no frio do Inverno, os vinhos espumantes são perfeitos para
peixe e mariscos. São também uma escolha
ideal para saladas temperadas – a acidez e
a sua delicada doçura combinam em perfeição com o tempero. A doçura natural dos
pratos elaborados a partir de vegetais também combina bem com a doçura dos vinhos
espumantes.
DESPORTO
8 DE JANEIRO DE 2016
p.27
LIGA PORTUGUESA | SPORTING 2 FC PORTO 0
“Leões” vingam-se nos “Dragões” do desaire da
Madeira e recuperam liderança.
O Sporting escorregou no Funchal e viu-se ultrapassado pelo pelos azuis e brancos, desta vez no seu estádio vencendo
categoricamente recuperou a liderança do campeonato. Benfica cumpriu a sua obrigação, venceu em Guimarães e encurtou a distância para o FC Porto.
O Sporting impôs a primeira
derrota (2-0) ao FC Porto, em jogo
15.ª jornada da I Liga de futebol,
vitória assente na supremacia do
coletivo dos ‘leões’ face às individualidades portistas, recuperando
a liderança do campeonato.
SLIMANI A GRANDE FIGURA
DO JOGO
Em Alvalade, um bis do internacional argelino Islam Slimani, aos
27 e 85 minutos, permitiu ao conjunto de Jorge Jesus superar o combinado do espanhol Julen Lopetegui, ‘roubando-lhe’ a liderança.
Ao longo do jogo, em termos
ofensivos, o FC Porto dependeu
muito das iniciativas dos seus dois
alas, Corona e Brahimi, mas o Sporting defendeu sempre como equipa, com sentido posicional e de entreajuda, que permitiu que a ação
daqueles não tivesse consequências para a baliza de Rui Patrício.
Assistiu-se a um grande jogo,
pela dinâmica, intensidade, qualidade do futebol, oportunidades de
golo, mas o Sporting mereceu indiscutivelmente o triunfo, porque foi
claramente a melhor equipa, a que
revelou maior entrosamento, fio de
jogo e dinâmica ofensiva, perante um FC Porto que não conseguiu
responder ao mesmo nível no plano coletivo.
PORTO PODIA TER SOFRIDO
DERROTA AINDA MAIS PESADA
Se na primeira parte o FC Porto
ainda foi conseguindo a custo suster a maior dinâmica ofensiva do
Sporting, que deteve quase sempre a iniciativa do jogo, na segunda parte, face à necessidade de subir um pouco mais terreno por força
do resultado negativo, expôs-se e
poderia até ter sofrido uma derrota
mais pesada.
A equipa portista nunca conseguiu aproveitar o adiantamento do
bloco ‘leonino”, sempre muito subido, por mérito contrário, fruto de
segurança na posse e circulação de
bola e do reposicionamento inteligente dos seus jogadores quando
a perdiam.
Raramente o FC Porto conseguiu meter bolas nas costas da defesa ‘leonina’, quando recuperava
a sua posse, apostando essencialmente num jogo mais direto para os
seus alas, Corona e Brahimi, dois
executantes de ‘primeira água’ nos
lances de um contra um, mas que
esbarraram sempre ‘nas dobras’
dos defesas e médios ‘leoninos’.
O Sporting abriu o marcador
aos 27 minutos, por Slimani, de
cabeça, num livre tenso de Jefferson, golo esse inteiramente justificado ao intervalo, por ter sido a
melhor equipa, a que mais atacou,
mais pressionou, mais lances de
perigo criou.
No entanto, foi na segunda parte que essa supremacia se acentuou face à necessidade de o FC
Porto, estando a perder, ter de subir no terreno e dar mais espaços,
quer na zona intermediária quer na
costas da sua defesa.
Brahimi e Corona continuavam a constituir uma ameaça com
bola no pé - sem ela têm escassa
participação a fechar os respetivos
flancos, uma das razões porque o
Sporting se superiorizou face à profundidade ofensiva que os seus laterais asseguraram -, mas o Spor-
ting continuou sólido a defender e
passou a explorar os espaços em
lances de contragolpe.
Aos 64 e 70 minutos, o ataque
dos ‘leões’ enviou uma bola à barra, por Slimani, de cabeça, a cruzamento de João Mário, e outra ao
poste por Adrien, a culminarem jogadas coletivas de golo feito, mas
criou também outros lances de perigo iminente de golo.
O FC Porto tentava desesperadamente chegar ao golo, o discernimento era cada vez menos, Lopetegui tinha lançado André André aos
54 minutos sem resultado prático,
e não arriscou na entrada de André
Silva para jogar ao lado de Aboubakar na área, preferindo trocar um
pelo outro, aos 71.
Por seu lado, Jorge Jesus mexeu bem ao lançar Gelson Martins
aos 62 minutos para o lugar de
Matheus, a acusar desgaste, o que
proporcionou uma maior acutilância aos lances ofensivos do Sporting, que culminariam com o segundo golo de Slimani, aos 85, na
sequência de um passe ‘açucarado’
de Bryan Ruiz.
Em suma, o Sporting foi globalmente superior, mereceu vencer e
Jorge Jesus ganhou claramente o
‘duelo’ tático com Lopetegui.
Três centenas de
adeptos contestam
Lopetegui
Cerca de três centenas de adeptos receberam a equipa do FC Porto, no Estádio do Dragão, com assobios e insultos, depois da derrota
(2-0) de sábado em Alvalade com o
Sporting, para o campeonato.
Jogadores e equipa técnica
chegaram ao Dragão por volta das
03:00 da madrugada e à sua espera tinham um grupo de adeptos
descontentes com os últimos resultados e exibições da equipa.
As principais palavras de descontentamento foram para o treinador espanhol Julen Lopetegui, a
quem exigiram que pedisse a demissão do cargo. Um grupo de
adeptos chegou mesmo a exibir
uma tarja a dizer: “Espanhol pede
a demissão.
PUB
p.28
DESPORTO
8 DE JANEIRO DE 2016
TAÇA DA LIGA
Sporting e Benfica vencem, FC Porto perde em casa
Sporting e FC Porto, despediram-se de 2015 com resultados bem diferentes para a Taça da Liga, já que os ‘leões’ venceram e os ‘dragões’ perderam. O Benfica venceu em casa o Nacional com um golo de Raúl Jiménez.
O Benfica venceu o Nacional, por 1-0, em jogo da 1ª jornada do
Grupo B da Taça da Liga, graças a um tento solitário do ‘suplente’
Raúl Jiménez, a um minuto do apito final
Sporting e FC Porto, despediram-se de 2015 com resultados bem diferentes para a Taça da
Liga, já que os ‘leões’ venceram e
os ‘dragões’ perderam.
O terceiro ‘grande’ do futebol português, o Benfica, também ganhou, mas sofreu bastante ante o Nacional, na Luz, com
o único golo a ser marcado pelo
mexicano Raúl Jiménez, a um mi-
nuto do final.
O FC Porto, líder isolado da
Liga, com um ponto de vantagem
sobre o Sporting, está em apuros
para continuar na Taça da Liga,
depois da ‘escandalosa’ derrota
em casa ante o Marítimo, por 3-1.
Os insulares, que já tinham
batido o Feirense por 4-2, só têm
agora por jogar, no grupo A, uma
partida na Madeira contra o Fa-
malicão, pelo que são agora favoritos absolutos para o primeiro
lugar, único posto que garante as
meias-finais.
Evidentemente a pensar na
deslocação a Alvalade, para um
jogo que pode ser decisivo para
o campeonato, Julen Lopetegui
poupou a equipa, com resultados
‘desastrosos’, já que o Marítimo
paulatinamente elevou na segunda parte o resultado até 3-0 - golos de Fransérgio (48), Alex Soares (70) e Marega (90+4).
Quando o avançado Aboubakar reduziu, aos 90+5, nada
havia a fazer e os portistas até
podem ganhar a Feirense e Famalicão, nas próximas jornadas,
e isso já não chegar.
Quem não deu um passo em
falso foi o Sporting, apesar de
também ter poupado jogadores
na receção ao Paços de Ferreira,
para o grupo C da competição.
Aquilani abriu o marcador,
aos oito minutos, Gelson Martins
fez o segundo dos ‘leões’, aos
52, e Bryan Ruiz apontou o terceiro aos 72. O golo dos pacenses foi apontado por Christian,
aos 45+1.
Após a vitória do Portimonense sobre o Arouca, por 4-1, o caminho dos pupilos de Jorge Jesus parece bem traçado para as
meias-finais da Taça da Liga.
No grupo B, o Benfica reparte o comando com o Moreirense,
que se impôs ao Oriental por 4-2.
Finalmente, no grupo D, o Rio
Ave também venceu, em Matosinhos - 2-1 ao Leixões - e assim igualou na frente da tabela o
Sporting de Braga, que dias antes
vencera o Belenenses, pela mesma marca.
Depois dos lenços brancos no final do jogo com o Marítimo, Lopetegui
continua a ser muito contestado pelos adeptos. Três dias depois
apareceu no Estádio do Dragão uma tarja a pedir uma decisão da SAD
em relação ao técnico espanhol. «Só pensam em milhões... esquecemse de ser campeões! Rua» lia-se numa longa tarja junto ao Estádio do
Dragão, cujas fotografias surgiram em vários blogs na internet.
PRESIDENTE DO VITÓRIA DE GUIMARÃES CONFIANTE PARA 2016
“Estou confiante de que vamos continuar a construir
um Vitória melhor”
O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, fez na terça-feira o balanço do ano de 2015 da
equipa da I Liga de futebol e antecipou o jogo com o Benfica, o primeiro do novo ano civil.
Júlio Mendes admitiu que o início de época desiludiu, mas disse
ver, neste momento, sinais positivos no plantel e pretende que o clube chegue às provas europeias.
A equipa vitoriana termina o
mês de dezembro na nona posição, com 19 pontos, estando já
eliminada da Taça de Portugal e
da Taça da Liga, depois de ter saído precocemente, em agosto, da
Liga Europa.
“A época não nos começou de
feição. Não atingimos objetivos
que, para nós, estavam dados praticamente como certos. Apesar de
tudo, tenho visto, ao longo das se-
“Temos um potencial enorme e é isso que explorámos todos os dias.
É óbvio que, se tivéssemos tido outros recursos, a situação poderia
estar um pouco melhor. Mas isso não nos retira ambição” destacou
o presidente Júlio Mendes que valorizou o plantel vitoriano
manas, que estamos a corrigir a
trajetória. Nessa perspetiva, estou
satisfeito”, disse o dirigente, à margem da divulgação de um protocolo
com o Pevidém, equipa que milita
na Divisão de Honra da Associação
de Futebol de Braga.
O responsável máximo dos
vimaranenses desejou um Vitória
“europeu e internacional” para
2016 e mostrou-se esperançado de que o primeiro triunfo do
novo ano pode surgir já no sábado, com um Benfica “sempre candidato ao título”, na 15.ª jornada da I Liga.
Júlio Mendes anteviu também
o mercado de transferências de janeiro, tendo dito que ainda não tem
propostas formais por qualquer jogador, mas avisou que, no futebol,
os clubes e os empresários “interagem todo o ano” e que qualquer
entrada ou saída pode ser decidida
rapidamente.
“Nesta altura, há um, dois, três
anos atrás não tínhamos propostas
nenhumas, e, no entanto, fizemos
as transferências. Ter propostas
não significa nada. O que significa
muito é termos qualidade e talento
no plantel”, frisou.
O presidente vitoriano, desde
que assumiu os destinos do clube,
em 2012, deu prioridade à salvaguarda da saúde financeira, vendendo futebolistas, e referiu que a
direção tentará encontrar, de novo,
soluções, após ter ficado sem as
verbas previstas da Liga Europa no
início da época.
“Temos um potencial enorme
e é isso que explorámos todos os
dias. É óbvio que, se tivéssemos
tido outros recursos, a situação poderia estar um pouco melhor. Mas
isso não nos retira ambição. Estou confiante de que vamos continuar a construir um Vitória melhor”, afirmou.
DESPORTO
8 DE JANEIRO DE 2016
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FUTEBOL
Paulo Duarte volta a ser
seleccionador do Burkina Faso
O treinador português Paulo Duarte foi escolhido para orientar a seleção de futebol do Burkina Faso, o que
acontece pela segunda vez, anunciou a
Federação daquele país africano.
Paulo Duarte, de 46 anos, tinha
sido selecionador do Burkina Faso entre 2007 e 2012, antes de assumir o
cargo de selecionador do Gabão, em
2013. Entretanto, em 2009, passou
a acumular as funções de selecionador
do Burkina Faso com as de treinador
do Le Mans, do campeonato francês.
Em abril de 2015, assumiu o cargo de treinador da equipa tunisina do
Clube Sportif Sfaxien.
Na sua carreira de futebolista em
Portugal representou vários clubes, o
último dos quais a União de Leiria, assumindo as funções de treinador desta
equipa após ‘pendurar as botas’. Como
treinador, dirigiu o Salgueiros, o Marítimo e, novamente, a União de Leiria, antes da sua primeira experiência
africana à frente da seleção do Burkina Faso.
FUTEBOL
Jorge Paixão é o novo treinador
do Mafra
Jorge Paixão foi apresentado
como o novo treinador do Mafra,
equipa classificada na 21.ª posição
da II Liga de futebol e que se encontra na zona da despromoção.
“O Jorge Paixão é um técnico
com nível da I Liga e que conhece
bem o Mafra, pois treinou a nossa
equipa na época de 2010/11”, frisou à agência Lusa José Cristo, presidente do clube mafrense.
Jorge Paixão rende Jorge Neves
na equipa da região saloia de Lisboa.
Neves foi dispensado após a última
derrota sofrida pelo Mafra, em Viseu,
por 2-1, frente ao Académico local,
em partida da 22ª jornada da II Liga.
Jorge Paixão também já foi vítima, esta época, de uma ‘chicotada
psicológica’, tendo sido dispensado
pelo Farense há um mês (no passado dia 30 de novembro) e substituído por Horácio Gonçalves.
O novo ‘timoneiro’ do Mafra tem
50 anos, é natural de Almada e ostenta uma já vasta carreira como
técnico, a qual começou no Atlético da Malveira, na temporada de
1999/00.
No seu percurso em Portugal,
Paixão treinou ainda clubes como o
Casa Pia, Almada, Amora, Atlético,
Real Massamá, Pontassolense, Estrela da Amadora, Mafra, Farense,
Sporting de Braga e Olhanense.
Também foi requisitado para treinar no estrangeiro, tendo orientado o
Recreativo do Cáala (Angola), o Al-Mesaimeer (Qatar) e o Zawisza Bygdoszcz (Polónia).
REAL MADRID
Pepe defende continuidade do
treinador
Pepe considerou que os que pedem a demissão de Rafael Benítez
do Real Madrid “estão errados”, defendendo que é mau mudar de treinador a meio da época do campeonato espanhol.
“As pessoas enganam-se ao pedir uma mudança de treinador. Se
mudamos a meio do ano teremos de
nos adaptar novamente à mentalidade de um novo técnico e isso não
é bom. Há que deixar trabalhar (Benítez) e fazer a avaliação no fim da
época”, disse o internacional português, na zona mista do estádio Santiago Bernabéu.
Após o triunfo 3-1 frente à Real
Sociedad, na 17.ª jornada da liga,
o defesa-central deu o seu exemplo
para ajudar o técnico nas suas opções: “Comecei no banco e agora que
posso jogar tento fazê-lo do melhor
que posso em cada jogo. Dou tudo
porque faço o que mais gosto, que é
jogar futebol.”
Pepe manifestou-se convicto de
que o Real Madrid “pode ganhar títulos” esta época para assim esquecer um mau 2015: partiu para esta
jornada com 33 pontos, menos dois
do que Atlético de Madrid e Barcelona, neste caso com os catalães com
um jogo a menos.
“Não foi um ano como se esperava, mas temos de continuar a trabalhar com muita humildade. Esse é o
caminho para termos um bom 2016
e podermos dar alegrias aos nossos
adeptos”, completou.
O futebolista valorizou o triunfo
sobre a Real Sociedad, considerando que foi difícil, mas justo.
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p.30
DESPORTO
8 DE JANEIRO DE 2016
BENFICA, FC PORTO E SPORTING ENCHEM OS COFRES
Guerra dos direitos desportivos anima final de
ano dos três “grandes”
A compra dos direitos televisivos de Benfica, FC Porto e Sporting terminou com um valor total de 1372,5 milhões de euros. O Sporting é quem mais recebe (515 milhões de euros até 2030) mas também é o clube que mais cede. O seu rival
da 2ª circular é, por sua vez, quem menos cedências tem incluídas no acordo com a NOS (apenas direitos de tv e canal
do clube). O FC Porto inclui no seu acordo com a Altice os direitos de tv, o Porto Canal e a publicidade das camisolas e
do estádio por 457,5 milhões de euros.
O mês de Dezembro do ano
que agora acabou vai ficar na história do desporto português como
o mês que revolucionou (e surpreendeu) o mercado.
Benfica, Sporting chegaram a
acordo com a NOS e o FC Porto
com a Altice, detentora da Meo,
para a cedência de direitos deportivos num valor que chega aos
1372,5 milhões de euros no seu
total.
O primeiro clube a chegar a
acordo foi o Benfica, naquele que
foi anunciado como o maior contrato de sempre nesta área: 400
milhões de euros por 10 anos de
direitos de TV e canal do clube
encarnado.
O contrato dos encarnados inclui 25 milhões pelos 17 jogos
em casa, mais 15 milhões pelo
exclusivo dos conteúdos do canal
Benfica TV na operadora NOS.
Fora do acordo está a publicidade nas camisolas: a equipa
principal do Benfica vai “perma-
BENFICA 400 MILHÕES DE EUROS
necer” com a companhia aérea
Fly Emirates, com a qual o clube
assinou um acordo de patrocínio
de três anos, válido até final da
época de 2017/18 e cujos valores não foram revelados.
Ninguém esperava que fosse
FC PORTO 457,5 MILHÕES DE EUROS SPORTING 515 MILHÕES DE EUROS
anunciado outro acordo com valores parecidos. Mas foi: Pinto da
Costa anunciou um contrato recorde entre o FC Porto e a Altice
(detentora da Meo), embora não
seja possível comparar o negócio
com o do seu rival encarnado.
Por 457,5 milhões de euros com a PT/MEO, incluindo no
acordo entre 2018 e 2028 os jogos no Dragão, além de alienar os
direitos de transmissão do Porto
Canal, estes por 12 anos.
O acordo entre os azuis-ePUB
-branco e a Altice , dona da PT/
Meo, engloba ainda o patrocínio
principal das camisolas da equipa, que não tem patrocinador
desde o início da temporada, e a
publicidade no estádio.
Depois foi a vez do Sporting
anunciar o seu acordo com a
NOS. Mais uma vez é um acordo
incomparável com os dos seus rivais já que também este inclui outros pontos diferentes.
Os leões cedem os direitos de
transmissão dos jogos em casa
por 10 anos (com início a 1 de
julho de 2018), os direitos de exploração da publicidade no Estádio por 10 épocas (com início a
1 de julho de 2018) e os direitos de transmissão do Sporting TV
por 12 épocas (com início a 1 de
julho de 2017).
A NOS adquire também o estatuto de patrocinador principal do Sporting por 12 épocas e
meia (com início a 1 de janeiro de
2016), num acordo anunciado de
515 milhões de euros.
Refira-se que neste valor está
incluído o montante de 69 milhões de euros da renegociação
de contrato que o Sporting tinha
com a PPTV (Olivedesportos de
Joaquim Oliveira) que está em
vigor até ao final da temporada
2017/18.
DESPORTO
8 DE JANEIRO DE 2016
A NOS anunciou a compra dos
direitos de transmissão televisiva
dos jogos do Sport Lisboa e Benfica,
num valor total que pode chegar aos
400 milhões de euros. O negócio
determina “contrato de cessação dos
direitos de transmissão televisiva
dos jogos em casa da equipa A de
Futebol Sénior da Benfica SAD para a
Liga NOS, bem como dos direitos de
transmissão e distribuição do canal
Benfica TV”.
A NOS anunciou a compra dos direitos de transmissão televisiva dos jogos do Sport Lisboa e Benfica, num
valor total que pode chegar aos 400 milhões de euros.
O negócio foi oficializado na CMVM pela NOS SGPS
com os seguintes contornos: “contrato de cessação dos
direitos de transmissão televisiva dos jogos em casa da
equipa A de Futebol Sénior da Benfica SAD para a Liga
NOS, bem como dos direitos de transmissão e distribuição do canal Benfica TV”.
Este acordo é válido já a partir da próxima época
(2016/2017) por um período inicial de três anos, sendo
que o mesmo pode ser renovado por qualquer uma das
partes até dez anos. O valor da contrapartida financeira é
de 400 milhões de euros.
Refirase que o patrocínio nas camisolas do Benfica
é da Fly Emirates num acordo por três anos que começou na época 2015/16 e que pode chegar aos 30 milhões de euos.
BENFICA (NOS - 400 MILHÕES DE EUROS)
- Direitos de transmissão dos jogos em casa, inicialmente
por três anos, podendo ser renovado por qualquer uma das
partes até um total de 10 épocas.
- Direitos de transmissão da Benfica TV, pelo mesmo
período.
As camisolas da equipa principal de
futebol do Futebol Clube do Porto vão
voltar a ter a imagem da MEO.
A SAD do Dragão e a Altice, dona da PT
que é por seu lado dona da marca MEO,
firmaram um acordo no valor de 457,5
milhões de euros, através do qual a PT
volta a ser o patrocinador principal da
equipa da invicta.
O FC Porto considerou que o contrato com a PT, para
a transmissão dos jogos em casa na I Liga e patrocinador
principal da equipa de futebol, revela “confiança e otimismo” no futuro.
“A administração do FC Porto congratula-se pelo contrato de longo alcance assinado com a PT. Sublinha-se ainda que, numa altura de forte contingência económica, as
duas instituições tiveram a coragem de assumir um acordo que revela enorme confiança e otimismo em relação
ao futuro e que reforça as relações entre as duas organizações”, lê-se num comunicado divulgado.
O FC Porto anunciou a venda dos direitos de transmissão televisiva dos jogos da I Liga no Estádio do Dragão,
por dez épocas, a partir de 1 de julho de 2018, à PT, que
ficou com o estatuto de patrocinador principal da equipa ‘azul e branca’, por sete épocas e meia, a partir de 1
de janeiro de 2016, data em que a operadora fica também com os direitos de transmissão do Porto Canal, por
12 épocas e meia, num negócio com um valor global de
457,5 milhões de euros.
FC PORTO (MEO - 457,5 MILHÕES DE EUROS)
- Direitos de transmissão dos jogos em casa por 10 anos
(início a 1 de julho de 2018).
- Direitos de exploração da publicidade no Estádio do
Dragão por 10 anos (início a 1 de julho de 2018).
- Direitos de transmissão do Porto Canal por 12 épocas e
meia (início a 1 de janeiro de 2016).
- Estatuto de patrocinador principal do FC Porto por 7
épocas e meia (início a 1 de janeiro de 2016)
p.31
Aos 446 milhões de euros do contrato
com a NOS até 2028, os leões somam
mais 69 milhões pela revisão do
contrato com a PPTV que era válido
até 2018.
O Sporting e a operadora NOS anunciaram um acordo de 446 milhões de euros, que compreende direitos televisivos da equipa de futebol dos ‘leões’, exploração de
publicidade, distribuição e exploração da Sporting TV e
patrocínio.
Em comunicados enviados à Comissão do Mercado
de Valores Mobiliários (CMVM), o Sporting e a operadora
anunciam a cedência à NOS dos direitos de transmissão
dos jogos em casa e de exploração da publicidade estática e virtual do Estádio José Alvalade durante 10 anos, a
partir da época 2018/19.
O acordo prevê que a NOS seja o patrocinador principal dos ‘leões’ já a partir de janeiro de 2016 e durante
12 épocas e meia, enquanto os direitos sobre a Sporting
TV serão válidos por 12 anos, a partir de julho de 2017.
Ao mesmo tempo, o Sporting anunciou a renegociação
dos acordos de direitos televisivos e de publicidade ainda
existentes com a PPTV - Publicidade de Portugal e Televisão para as épocas 2015/16, 2016/17 e 2017/2018,
indicando que o valor total dos acordos com as duas entidades é de 515 milhões de euros.
515 MILHÕES DE EUROS)
SPORTING (NOS/PPTV)
- Direitos de transmissão dos jogos em casa por 10 anos
(início a 1 de julho de 2018).
- Direitos de exploração da publicidade no Estádio por 10
épocas (início a 1 de julho de 2018).
- Direitos de transmissão do Sporting TV por 12 épocas
(início a 1 de julho de 2017).
- Estatuto de patrocinador principal do Sporting por 12
épocas e meia (início a 1 de janeiro de 2016).
- Revisão dos valores do contrato com a PPTV, referentes
às épocas 2015/16, 2016/17 e 2017/18.
p.32
DESPORTO
8 DE JANEIRO DE 2016
FUTEBOL
ÁRBITRO
Pedro Caixinha assume comando
técnico do Al-Gharafa do Qatar
Eduardo Garcia
selecionado
para os Jogos
Paralímpicos
Pedro Caixinha, que nos últimos quatro anos treinou os mexicanos
do Santos Laguna, assume o comando técnico do Al-Gharafa com o
objetivo de devolver ao clube o título nacional, que lhe escapa desde a época de 2009/2010.
O treinador português Pedro
Caixinha, 45 anos, assinou um
contrato válido por época e meia
com o Al-Gharafa, equipa da primeira divisão de futebol do Qatar.
Pedro Caixinha, que nos últimos quatro anos treinou os mexicanos do Santos Laguna, assume
o comando técnico do Al-Gharafa
com o objetivo de devolver ao clube o título nacional, que lhe escapa desde a época de 2009/2010.
O técnico, que como treinador
principal em Portugal orientou a
União de Leiria, em 2010/2011,
e o Nacional, em 2011/2012,
conquistou ao serviço do Laguna três títulos: uma liga mexicana (clausura), uma taça mexicana
(apertura) e um título de campeão dos campeões do México.
Na conferência de imprensa
de apresentação, Caixinha mostrou-se feliz por ter assumido um
clube como o Al-Gharafa e com a
boa receção de que foi alvo.
“Eu já tenho experiência de
trabalho no Golfo, que torna mais
fácil para mim a tarefa. Agora não
quero olhar para o passado re-
cente, mas sim para um passado mais distante, no qual o clube
teve muitas conquistas”, sublinhou o técnico.
Pedro Caixinha, que já orientou o primeiro treino do seu novo
clube, referiu ainda: “O mais importante agora é colocar a equipa no caminho certo e é isso que
prometemos aos adeptos e administração do clube, mas tudo isso
não acontecerá sem trabalho.”
O técnico referiu que já era
um seguidor da liga do Qatar, mas
que nos últimos tempos acompaPUB
nhou com mais atenção o Al-Gharafa, para poder mais rapidamente se identificar com a equipa.
A nova etapa de Pedro Caixinha arranca oficialmente quando
o Al-Gharafa, atual 10.º classificado, se deslocar a casa do Al-Mesaimeer, 14.º e último classificado da prova, em jogo da 15.ª
jornada.
ANDEBOL FEMININO
Madeira SAD
defronta Cister SA
nos ‘oitavos’ da
Taça de Portugal
O sorteio dos oitavos
de final ditou três
encontros entre
emblemas da primeira
divisão, com o atual
campeão, o Madeira
SAD, a encontrar um
adversário do
segundo escalão.
No sorteio, realizado nas instalações da Federação Portuguesa de
Andebol, em Lisboa, ficou definido
que a Assomada recebe o Maiastars, o ND S. Joana-Maia joga em
casa com o CS Madeira e o ADA
Colégio João de Barros viaja até
Alpendorada
Nos jogos entre equipas de diferentes escalões, o Madeira SAD,
atual detentor do troféu, visita o
Cister SA, a Juve Lis recebe o CA
S. Félix Marinha, o Académico FC
joga em casa com o Alavarium, o
Colégio de Gaia recebe o Modicus
Sandim e, finalmente, o Leça visita
o recinto do SIR 1º Maio.
O árbitro português de judo
Eduardo Garcia foi selecionado
para estar nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro 2016, depois de já ter estado presente em
Pequim2008 e Londres2012,
anunciou a Federação Portuguesa de Judo (FPJ).
Eduardo Garcia, de 50 anos,
é árbitro internacional da Federação Internacional de Desporto para Cegos (IBSA) e vai tornar-se no primeiro juiz português
a estar presente em três Jogos
Paralímpicos.
“Nos combates de judo para
cegos, a principal diferença em
relação ao judo regular é sem dúvida a atenção. Nestes combates,
a arbitragem tem uma atenção redobrada aos movimentos de cada
atleta, o que aumenta bastante a
tensão”, explicou.
Garcia é praticante de judo
desde os quatro anos e seguiu o
rumo da arbitragem com apenas
16, tendo adquirido o estatuto de
internacional em 1994.
27ª SÃO SILVESTRE DOS
OLIVAIS
Paulo Pinheiro e
Susana Cunha
vencem
Os atletas Paulo Pinheiro, do
Benfica, e Susana Cunha, do Linda-a-Pastora, ganharam a 27.ª
edição da São Silvestre dos Olivais, em Lisboa, que este ano teve
a chuva como “companheira”.
O vencedor masculino percorreu os 10 km do percurso em
31.51 minutos, derrotando Luís
Pinto (Sporting) por três segundos e Hélio Fumo (individual) por
quatro.
Mais desequilibrada foi a prova feminina, que Susana Cunha,
com o tempo de 35.36 minutos
nos 10 km do percurso, venceu
com larga superioridade sobre as
sportinguistas Ercília Machado,
que ficou a 34 segundos, e Sandra Teixeira, a 2.14.
A prova, realizada como sempre na penúltima noite do ano,
contou este ano como Campeonato de Lisboa de Estrada.
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D E B R A ÇO S A B E R TO S
p.34 NACIONAL
8 DE JANEIRO DE 2016
JÁ TEMOS MÁQUINA DE “VENDING” QUE VENDE CONSERVAS PORTUGUESAS
Loja das Conservas em Lisboa lançou
máquina de venda automática de conserva
LOJA DAS CONSERVAS NA
RUA DO ARSENAL
Quando a conserva
é um ex-libris
turístico
A “Loja das Conservas”, um projecto pioneiro e diferenciador que reúne toda a indústria de conservas de peixe portuguesa, festeja o seu segundo aniversário com
uma novidade que não vai deixar ninguém indiferente:
o lançamento da primeira máquina de venda automática de conservas de peixe do mundo.
A secular indústria portuguesa
de conservas de peixe volta estar
unida no âmbito da Loja das Conservas, que festejou o seu segundo aniversário com a apresentação
da primeira máquina de venda automática de conservas do mundo.
O novo e surpreendente canal
de distribuição da Loja das Conservas foi apresentado na presença do Secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, num evento
que juntou as 18 empresas conserveiras portuguesas, a ANICP Associação Nacional da Indústria
de Conservas de Peixe e os principais actores políticos e institucionais da indústria. Este arrojado projecto abre um novo mercado para
as conservas de peixe portuguesas
em Portugal. Desde a sua abertura que a Loja das Conservas pretende voltar a trazer para a mesa
dos portugueses a imensa variedade de referências e sabores produzidas com uma qualidade ímpar pela
indústria portuguesa de conservas
de peixe, que actualmente exporta
globalmente mais de 65 por cenPUB
to da sua produção. A máquina de
venda automática da Loja das Conservas quer surpreender os portugueses no seu local de trabalho, e
afirmar-se como uma alternativa
nutricionalmente completa, prática
e económica. Este projecto foi idealizado para ser instalado em médias e grandes empresas a operar
em Portugal (com mais de 300 colaboradores), explorando os conceitos de conveniência, portugalidade,
alimentação saudável e equilibrada, e preço acessível. É literalmente com muita “lata” que a primeira máquina de conservas de peixe
do mundo se apresenta ao mercado da alimentação de conveniência
das vending machines. A pioneira
máquina de venda automática reúne as 18 conserveiras nacionais e
disponibiliza uma extensa variedade de marcas e referências do melhor que se produz em Portugal nesta secular indústria que continua a
conquistar o mundo inteiro.
Para completar uma refeição prática, económica e saborosa, a máquina da Loja das Conser-
Fabricante da máquina e o Secretário de Estado das Pescas - José Apolinário
vas não se esqueceu dos talheres
e guardanapos, disponibilizando
ainda uma variedade de tostas,
numa parceria estabelecida com o
“Pão do Rogil”. Com este projeto,
a Loja das Conservas pretende subverter a concorrência deste mercado,
que apresenta produtos e soluções
nutricionalmente desequilibradas e
de qualidade genericamente fraca.
Pelo contrário, as refeições da Loja
das Conservas não contêm quaisquer corantes ou conservantes, sendo muito ricas em ómega três. Para
2016 estão previstas novas surpresas no universo da Loja das Conser-
Secretário de Estado das Pescas - José
Apolinário
vas, demonstrando a vitalidade e empreendedorismo deste incontornável
setor da economia portuguesa.
De Norte a Sul de Portugal, incluindo as ilhas, a Loja das Conservas leva-nos numa viagem deliciosamente colorida. Este espaço
mostra que as conservas de peixe,
estão na moda são Cool, e é visível
que a procura faz jus à oferta. Aqui
encontramos alta qualidade, gosto nas embalagens e muitos sabores, para além de um atendimento cinco estrelas das dedicadas e
poliglotas funcionárias . Aqui poderá escolher entre mais de 300
conservas de peixe. Há para todos
os gostos e para todos os preços.
A conserva mais disponível é
a de sardinha, bem como as suas
afamadas ovas, tendo ambas levado Portugal a longas distâncias,
sendo apreciadas pelos 4 cantos
do mundo. Para além da famosa
sardinha, pode encontrar atum,
enguia, chaputa, cavala e carapau. Na loja é normal encontrarmos dezenas de turistas e falando
as mais variadas línguas As marcas de conservas aqui representadas de norte a sul, incluindo as
ilhas, são: Belamar, Briosa, Cofisa, Comur, Conserveira do Sul,
ESIP, La Gondola, Luças, Marina,
Pinhais, Portugal Norte, Poveira,
Ramirez, Freitas Mar e Vianapesca. O conceito Loja das Conservas
internacionalizou-se no ano passado, através do conceito de corners
– já disponíveis em Paris, Varsóvia
e Viena de Áustria –, expandindo-se também em Portugal, com uma
nova loja na Praça das Flores, em
Lisboa, e diversos corners instalados de Norte a Sul do país. Actualmente, a indústria portuguesa de
conservas de peixe emprega directamente mais de 3500 pessoas. A
tradição do pescado em conserva
portuguesa conta com mais de 160
anos de história e existem presentemente 21 fábricas activas e em laboração, exportando entre 60 a 95
por cento da produção. AF
PARABÉNS
8 DE JANEIRO DE 2016
Parabéns a você
DEZ
23
Dia do Vizinho
Monteiro Mario
Gonetz Le Chatel
Pereira Maria
Montreuil
Santos Julia
Althengstett
Sergio Oliveira
Bedfordview
DEZ
24
França
França
Alemanha
África Do Sul
Véspera de Natal
Afonso Marinho
Ecoteaux
Afonso Moreira
Geneve
Alves Manuel
Drancy
Antonio Cristovao
Sao Paulo
Antonio Goncalves
Altensteig
Antonio Machado
Boulogne-billancourt
Domingos Antunes
North York
Fernando Barbosa
Petit Quevilly
Fernando Estrela
Hardern
Fernando Ferreira
Filderstadt
Fernando Silva
Geneve
Francisco Lopes
Sao Paulo
Helder Cabeca
Warwick
Henriques Moises
Escaldaes-engordany
Januario Sumbo
Cabinda
Joaquim Castelao
Paris
Joaquim Fernandes
Suresnes
Joaquim Ramalho
Toulouse
Manuel Flor
Rio De Janeiro
Manuel Heleno
Rio De Janeiro
Manuel Henriques
Herzogenaurach
Vitoriano Pinho
Chablis
DEZ
25
Dia de Natal
Suíça
Suíça
França
Brasil
Alemanha
França
Canadá
França
Afonso Filinto
St. Pierre Des
França
Corps
Angelina Rocha
Vaulx-en-velin
França
Carlos Direito
Geneve
Suíça
Carlos Moreno
La Sionne
Suíça
Diamantino Rodrigues
Larochette
Luxemburgo
Domingos Rocha
Chamelet
França
Goncalves Luis
Encamp
Joao Fernandes
Recife
Joaquim Castro
Colombes
Joaquim Moreira
Le Havre
Jose Florencio
Resende
Jose Fonseca
Bruges
Jose Lopes
Rio De Janeiro
Luisa Moreira
Muret
Natalia Camargo
Santos
Natividade Paulo
Sao Paulo
Porfirio Conceicao
Alberton
Serafim Ferreira
Cruzeiro
Andorra
Brasil
França
França
Brasil
França
Brasil
Brasil
África Do Sul
Portugal
Suíça
Alemanha
Suíça
Brasil
Inglaterra
Andorra
Angola
França
França
França
Brasil
Brasil
Alemanha
França
DEZ
26
Dia de Santo Estevão
Ailton Rodrigues
Cubatao
Albino Costa
Abrantes
Amalia Nobel
Rotterdam
Americo Frias
Sao Paulo
Antonio Carrico
Zurich
Antonio Gualter
Anglet
Antonio Guedelha
Lyon
Celina Cardoso
Umuarama
De Joao
Stadtbredimus
Francisco Nobre
Salzhemmendorf
Joaquim Martins
Chevilly Larue
Jose Fernandes
Aixirivall
Jose Pedro
Bergisch
Gladbach
“O Emigrante/ Mundo Português” dá os parabéns a todos os seus leitores que festejam nesta data o seu aniversário. Para que fique para a história e para que esta continue a ser a página de sucesso que tem sido até aqui, envie-nos
a sua data de nascimento e passará a fazer parte desta grande família que é “O Emigrante/Mundo Português”.
Jose Silva
Bale
Jose Sobreira
Rio De Janeiro
Jose Viana
Belem
Liliana Rodrigues
Neuchatel
Paulo Pascoal
London
Pedro Tavares
Paris
Raimundo Maria
Colmar
Serafim Cieira
Paris
Serafim Filho
Recife
Serafim Leao
Recife
Susana Afonso
London
Victorino Teixeira
Ivry-sur-seine
Suíça
Brasil
Brasil
Suíça
Inglaterra
França
França
França
Brasil
Brasil
Inglaterra
França
França
Brasil
Brasil
Brasil
Holanda
Brasil
Suíça
França
França
Brasil
Luxemburgo
Alemanha
França
Andorra
Alemanha
DEZ
27
p.35
Dia da Sagrada Família
Agostinho Correia
Zurich
Alfredo Salgueiro
Bad Wildungen
Antonio Silva
Neuss
Armando Santos
Oyonnax
Artur Lapenda
Recife
Carlos Lagoa
Ormesson S/marne
Carlos Silva
Aulnay-sousbois
Carlos Silva
Yonkers
Celine Gomes
Saint-aubinsauges
Cidalia Neves
Peterborough
De Sameiro
Andorra La Vella
Dra Pereira
Rio De Janeiro
Ernesto Machado
Johannesburg
Hernani Ribeiro
Malans
Joaquim Campos
Sindelfingen
Jose Craveiro
Rio De Janeiro
Jose Freitas
London
Jose Lopes
Amsterdam
Zuidoost
Jose Luis
San Diego
U.S.A.
Jose Martins
Montpellier
França
Jose Nunes
Neuweiler
Alemanha
Jose Paim
Rio De Janeiro
Brasil
Manuel Silva
Champigny Sur Marne
França
Manuel Ventura
Helmdange
Luxemburgo
Maria Celeste
Belmont
França
Maria Serrano
Buhl Bei
Suíça
Frauenfeld
Oscar Oliveira
Stadtallendorf
Alemanha
Pedro Luz
Recife
Brasil
Rafael Goncalves
Nanterre
França
Ramiro Lopes
Orleans
França
Rui Ferreira
Caussade
França
Soares Anabela
Clermont-ferrand
França
Virgilio Mata
Heitenried
Suíça
Suíça
Alemanha
Alemanha
França
Brasil
França
França
U.S.A.
Suíça
Inglaterra
Andorra
Brasil
África Do Sul
Suíça
Alemanha
Brasil
Inglaterra
Holanda
DEZ
28
Manuel Brito
Sao Paulo
Maria Rosario
Aubervilliers
Mesquita, Augusto
Andorra La Vella
29 rado o metro de Lisboa
Antonio Carolo
Sao Paulo
Eduardo Oliveira
Differdange
Filipe Mateus
Caversham
Francisco Beira
Mosman Park
Goncalves Maciel
Escaldaesengordany
Isabel Lima
Luxembourg
Joao Neves
North Bay
Jorge Pereira
Sindelfingen
Jose Adriano
Dortmund
Jose Oliveira
Gagny
Jose Oliveira
Maputo
Jose Oliveira
Beira
Jose Varela
Montpouillan
Manuel Francisco
Hattersheim
Maria Goncalves
Hamburg
Santos Licinio
Horbourg - Wirh
Sergio Oliveira
Dia dos Santos
Inocentes
Almir Simoes
Rio De Janeiro
Americo Ferreirinha
Calgary
Ana Maguire
Edinburgh
Anibal Santos
Paris
Antonio Antunes
Nuevo Poblado
Antonio Cardoso
Arare
Duarte Manuel
Neuchatel
Francisco Assis
Maringa
Gomes Alice
Escaldaesengordany
Joao Pinto
Kearny
Jose Passos
Franconville
Jose Piedade
Velbert
DEZ Dia em que foi inaugu-
Brasil
Canadá
Southdale
Sergio Pedro
Paris
Brasil
Luxemburgo
Inglaterra
Andorra
Canadá
Alemanha
Alemanha
França
Moçambique
Moçambique
França
Alemanha
Alemanha
França
África Do
Sul
França
Escocia
França
Espanha
Suíça
Suíça
Brasil
Andorra
U.S.A.
França
Alemanha
Brasil
França
Andorra
DEZ Dia que se promul-
a reforma do Ensino
30 ga
Técnico em Portugal
Antonio Marques
Zurich
Antonio Vilela
Romainville
Arlindo Ribeiro
La Varenne
Artur Capelo
Cambuquira
Artur Macedo
Mount Brydges
Artur Santos
London
Carlos Salgado
Renens
Custodio Constantino
Niederkassel
De Sabino
Jersey C.I.
Ferreira Antonio
Paris 11
Suíça
França
França
Brasil
Canadá
Inglaterra
Suíça
Alemanha
Inglaterra
França
tevão
p.36
PARABÉNS
8 DE JANEIRO DE 2016
Parabéns a você
Henrique Goncalves
Frankfurt
Joaquim Alves
Bonneuil
Joaquim Pedroso
Tours
Jose Carvalho
Jersey
Jose Inacio
Cazeres
Katia Mendes
Brasilia
Maria Alves
Hamburg
Miguel Vitoria
Hamburg
Silvia Gasoleiro
Koln
DEZ
31
Alemanha
França
França
Inglaterra
França
Brasil
Alemanha
Alemanha
Alemanha
Véspera de Ano Novo
Adelino Pereira
Louvres
Adriano Silva
Sao Paulo
Amandio Bastos
Aire
Antonio Ruivo
Beaucaire
Antunes Simoes
Geneve
Armando Martins
London
Armando Ribeiro
Paris
De Vitorino
Andorra La Vella
Duarte Rodrigues
London
Dulce Faria
Maisons Alfort
Ferreira Filipe
Pontault
Combault
Figueiredo Carlos
Wolfach
Geraldino Ribeiro
Sao Paulo
Inacio Henriques
Horbourg - Wirh
Joao Ferreira
Ilha Do Governador
Jorge Carvalho
Amsterdam
Jose Rodrigues
Johannesburg
França
Brasil
Suíça
França
Suíça
Inglaterra
França
Andorra
Inglaterra
França
França
Alemanha
Brasil
França
Brasil
Holanda
África Do
Sul
Jose Silva
Etoy
M Diamantino
Paris
Manuel Frade
Ville D'avray
Manuel Godinho
Bietenholz
Pratas Henrique
Valentigney
Ricardo Pereira
Clamart
Sergio Esteves
Bad Ragaz
Silvestre Santos
Comodoro Rivadavia
JAN
1
Suíça
França
França
Suíça
França
França
Suíça
Argentina
Dia de Ano Novo
Adriano Ribeiro
S. Joao De Meriti
Agostinho Luis
Edgewater
Alipio Fernandes
La Ferte Sous
Jouarre
Andre Afonso
Le Plessis
Robinson
Antonio Azevedo
Cacham
Antonio Azoia
Paderborn
Antonio Estevao
Luxembourg
Antonio Limpo
Lengede
Antonio Pinto
Crissier
Antonio Rodrigues
Lanester
Arlindo Couto
Rio De Janeiro
Augusto Ferreira
Los Angeles
Augusto Nunes
London
Bery Maria
Sao Paulo
Camilo Francisco
Bobigny
Carlos Goncalves
Aire
Charre Palmira
Pomponne
Cruz Antonio
Phaffenhoffen
Domingos Jose
Rio De Janeiro
Domingos Silva
Montmagny
Elisa Cruz
Madrid
Ermelinda Marcos
Paris
Fernando Catalino
Oslon
Fernando Fonseca
Sao Paulo
Francisca Oliva
Rio De Janeiro
Geni Rego
Rio De Janeiro
Gomes Marques
Frankfurt
Gomes Teixeira
Avenel
Guilherme Simoes
Rio De Janeiro
Heitor Carvalhal
Hamburg
Isabel Cardoso
Strasbourg
Jeni Rego
Rio De Janeiro
Jessy Veloso
Rio De Janeiro
Joao Cabaca
Rio De Janeiro
Joao Martins
Villeneuve-le-roi
Joao Paixao
Boksburg
Joaquim Morgado
Bochum
Jorge Almeida
Mongagua
Jose Alves
Niteroi
Brasil
U.S.A.
França
França
França
Alemanha
Luxemburgo
Alemanha
Suíça
França
Brasil
U.S.A.
Inglaterra
Brasil
França
Suíça
França
França
Brasil
França
Espanha
França
França
Brasil
Brasil
Brasil
Alemanha
U.S.A.
“O Emigrante/ Mundo Português” dá os parabéns a todos os seus leitores que festejam nesta data o seu aniversário. Para que fique para a história e para que esta continue a ser a página de sucesso que tem sido até aqui, envie-nos
a sua data de nascimento e passará a fazer parte desta grande família que é “O Emigrante/Mundo Português”.
Jose Bernardino
Sao Paulo
Jose Cestary
Sao Paulo
Jose Esteves
Ingre
Jose Ferraz
Santos
Jose Lameira
Rio De Janeiro
Jose Reis
Arlesheim
Jose Rodrigues
Castres
Jose Santos
Soufflenheim
Jose Silva
Lausanne
Lopes Daniel
Monfort L'amaury
Manuel Esteves
Rueil Malmaison
Manuel Maio
Contrexeville
Manuel Mota
Rio De Janeiro
Maria Faria
Sao Carlos
Maria Nascimento
Comodoro
Rivadavia
Maria Vaz
Toulouse
Marques Irene
Montreuil
Moreira Joaquim
Oberkorn
Oliveira Joaquim
Pau
Pires Antonio
Escaldaesengordany
Preciosa Dias
Rio De Janeiro
Rebelo Valdemar
Wilrijk
Rodrigues Jesus
Chatenois
Rogerio Santos
Pauillac
Rui Zezere
Agirre-aperribai
Santos, Maria
Trinity
Silva Antonio
Frankfurt
Valdemar Rodrigues
Rio De Janeiro
Brasil
Brasil
França
Brasil
Brasil
Suíça
França
França
Suíça
França
França
França
Brasil
Brasil
Argentina
França
Brasil
Brasil
Brasil
França
África Do Sul
Alemanha
Brasil
Brasil
JAN
2
Jose Reis
Rio De Janeiro
Manuel Costa
St. Prix
França
Maria Alves
Geneve
França
Maria Francisco
Rio De Janeiro
Milton Almeida
Paris
Orlando Lopes
Paris
Pinhal Santos
Gouy
Ramiro Linhares
Meriel
Roberto Cruz
Rio De Janeiro
Roberto Santos
Rio Grande
Rolao Teixeira
Pfungstadt
Santos Danaildo
Lausanne
Teixeira Pinto
Gondizalves
Valdemar Duarte
Larochette
Videira Americo
Dijon
Luxemburgo
França
Andorra
Brasil
Bélgica
França
França
Espanha
Jersey C.I
Alemanha
Brasil
Brasil
Alemanha
Armenio Ramalho
Brie Compte
Robert
David Paiva
Bonneuil
Fernando Calcada
Hurth
Isidro Tavares
Campo Grande
Joao Fernandes
Cergy
Joao Pereira
Rio De Janeiro
Joaquim Marinho
Paris
Joaquim Santos
Chanteloup Les
Vignes
Jose Abreu
St. Helier
Jose Deus
Saverne
Jose Duarte
Winnipeg
Jose Pereira
Toulouse
Jose Pereira
Chablis
França
França
Alemanha
Brasil
França
Brasil
França
França
Jersey C.I
França
Canadá
França
França
Brasil
França
Suíça
Brasil
França
França
França
França
Brasil
Brasil
Alemanha
Suíça
Portugal
Luxemburgo
França
JAN Dia Internacional das
Dia Mundial do Braille
Acacio Silva
Dudelange
Agostinho Silva
Koln
Agostinho Silva
Heinsberg
Alberto Matos
Rio De Janeiro
Americo Goncalves
Isidro Casanova
Americo Oliveira
Vittel
Americo Silva
Zurich
Andre Gumezindo
Rio De Janeiro
Luxemburgo
Alemanha
Alemanha
Brasil
Argentina
França
Suíça
Brasil
3
pessoas om Deficiência
Alvaro Antunes
Porto Alegre
Antero Brito
Vincennes
Antonio Coutinho
Rio Grande
Antonio Cunha
Einsiedeln
Antonio Gomes
Zurich
Antonio Jorge
Arlington
Antonio Pereira
Sao Paulo
Antonio Pinto
Vincennes
Brasil
França
Brasil
Suíça
Suíça
U.S.A.
Brasil
França
Arlindo Martins
França
Bois Arnault
Arnaldo Fernandes
Frankfurt
Alemanha
Arnete Silva
Recife
Brasil
Boaventura Costa
Volta Redonda
Brasil
Carlos Monteiro
Riverdale
U.S.A.
Carlos Santos
Bale
Suíça
Carvalho Domingos
La Massana
Andorra
Correia Jose
Bezu St Eloi
França
Cristina Chaves
Regensdorf
Suíça
Dias Adelio
Lyon
França
Dias Boaventura
Enghien Les Bains
França
Domingos Lourenco
Sevres
França
Douglas Ribeiro
Sao Paulo
Brasil
Fernando Silva
Hamburg
Alemanha
Ferreira Cristina
Paris
França
Gabriel Santos
Lausanne
Suíça
Henrique Duarte
Osnabruck
Alemanha
Isabel Rodrigues
Rio De Janeiro
Brasil
Joao Santos
Differdange
Luxemburgo
Jose Figueiredo
Clamart
França
Jose Pozzer
Rio De Janeiro
Brasil
Jose Silva
Pinneberg
Alemanha
Lucia Esteves
Escaldaes-engordany
Andorra
Madame Maria
Orgeval-morainvilliers
França
Manuel Ribeiro
Rio De Janeiro
Brasil
Manuel Tavares
Rio De Janeiro
Brasil
Orlando Moino
Rio De Janeiro
Brasil
Orlando Paiva
Pierrefonds
Canadá
Oswaldo Luca
Rio De Janeiro
Brasil
Padrao Albertina
Andorra La Vella
Andorra
Paulo Moreira
Vista Alegre - Rj
Brasil
Pedro Santos
ChennevieresFrança
sur-marne
Ramiro Fernandes
Nova Iguacu
Brasil
Vera Silva
Rio De
Brasil
Janeiro
JAN
4
Dia Internacional da
Pessoa com Esclerose
Múltipla
Antonio Almeida
Newark Ca
Antonio Felix
Harrison
Antonio Mendes
Belo Horizonte
U.S.A.
U.S.A.
Brasil
HORÓSCOPO
8 DE JANEIRO DE 2016
SIGNO DA ÉPOCA
CAPRICÓRNIO
p.37
Os nativos de capricórnio são bastante tradicionalistas e conservadores. Têm dentro de si um senso forte de hierarquia, o qual não quebrarão por nada no mundo. Não são de
criar inimigos, pois consideram que isso só iria atrapalhar sua projeção. Irão assumir postos secundários sem reclamar, ainda que abaixo de sua capacitação, sabendo que lealdade e determinação são por fim reconhecidas. O capricorniano tende a ser muito rígido com os outros e consigo mesmo. A disciplina é um elemento indispensável para indivíduos tão tenazes assim. O capricorniano se mantém forte e impassível, e não desiste, custe o que custar.
23 nov. a 21 dez.
CARNEIRO
21 mar. a 20 abr.
William Carvalho
(07.04.1992)
TOURO
Paulo de Carvalho
(15.05.1947)
GÉMEOS
Jorge Palma
(04.06.1970)
CARANGUEJO
Mariana Mortágua
(24.06.1986)
LEÃO
João Paulo Rodrigues
(26.07.1978)
VIRGEM
Vanessa Fernandes
(14.09.1985)
21 abr. a 21
22 mai. a 21 jun.
21 jun. a 23 jul.
24 jul. a 23 ago.
24 ago. a 23 set.
Será uma semana entusiasmante, poderá sentir um novo
animo ou uma esperança diferente, que a/o ajudará a renovar
aspetos importantes. Aproveite
esta fase para fazer ou planear o que tem adiado, pode ser
uma conversa.
Será uma semana em que terá
que valorizar-se e reconhecer
as suas capacidades, poderá
receber uma ajuda profissional ou até mesmo a nível pessoal, queira o melhor para si
mesma/o. Exponha a sua arte
tal como as suas ideias.
É possível que algo inesperado
e positivo aconteça, confie que
será guiada/o para as situações certas, mas mantenha-se
atenta/o confiando na sua voz
interior e veja mais além. Poderá sentir vontade de fazer uma
espécie de retiro nesta altura.
Semana serena e harmoniosa,
poderá sentir o aparecimento de
soluções para certas oposições,
e é possível que tenha que ter
alguma paciência e calma nesta
altura para manter a tal serenidade, mas tudo indica que irá
conseguir.
As emoções poderão ser o foco
desta semana, o amor próprio
deverá ser o mais importante e
deverá honrar o seu bem estar
interior. Um novo amor poderá
surgir nesta altura ou uma renovação numa relação que já
existe.
Será uma semana de vitorias,
entre um sim e não deverá escolher o sim, poderá ser uma semana ativa onde deverá seguir
em frente com os seus objetivos
pessoais ou profissionais. Não
deixe de perder a esperança e
lute pelos seus sonhos.
BALANÇA
ESCORPIÃO
SAGITÁRIO
CAPRICÓRNIO
AQUÁRIO
PEIXES
Júlia Pinheiro
(06.10.1962)
Pedro Proença
(03.11.1970)
Sampaio da Nóvoa
(12.12.1954)
Joana Amaral Dias
(01.01.1975)
Bruno Nogueira
(31.01.1982)
Joaquim de Almeida
(15.03.1957)
24 set. a 23 out.
24 out. a 22 nov.
23 nov. a 21 dez.
22 dez. a 20 jan.
21 jan. a 19 fev.
20 fev. a 20 mar.
Semana estável, onde os assuntos profissionais, e do lar
poderão estar em evidência.
Deverá valorizar-se e reconhecer a sua força interior, para
alguns balanças poderá acontecer um novo investimento,
projeto ou novo emprego.
Siga a sua intuição, confie no
que sente seja a nível pessoal ou profissional, poderá ter
que lidar com alguns assuntos
importantes em torno de papeladas ou exames, se sentir que
precisa de investigar melhor um
assunto.
Será uma semana prática, criativa, onde deverá honrar os seus
talentos e vontades, não saberá
o resultado de algo se não experimentar. Tenha tempo para
si para sentir verdadeiramente o
que precisa nesta altura. Poderá
ser uma fase de cura interior.
Semana inspiradora onde poderá sentir uma nova esperança
no ar, sentirá uma espécie de
orientação divina, onde deverá
ser capaz de criar a sua própria
realidade através dos seus sonhos. A clareza virá e não deve
duvidar do que é capaz de fazer.
Deverá apenas fazer o que sente
que é certo, e não se sujeitar a
qualquer imposição ou limitação imposta por si ou outros.
Seja livre para escolher o que
quer fazer, e liberte-se de restrições mentais ou opiniões exteriores.
Poderá ser uma semana nostálgica, e de alguma preguiça, não
se esqueça do seu bem estar e
tome as medidas certas para
melhorar as suas rotinas. Concentre-se no positivo e no que
pode melhorar, saia da zona de
conforto e ative a sua energia.
Sudoku
À Descoberta De Portugal
Dependendo do nível de dificuldade,
o objetivo é completar os quadrados em
falta com números de 1 a 9. Há, no entanto, três regras a respeitar: o mesmo
número não se pode repetir nem na linha
horizontal, nem na linha vertical, nem no
Aldeia de Pena - S. Pedro do Sul
SOLUÇÕES
A Aldeia de Pena fica a
20km de São Pedro do Sul, em
Viseu. É uma típica aldeia de xisto com seis habitantes e 10 casas, situada num vale profundo
Palavras Cruzadas
Horizontais:
1. Medo exagerado do mar; 8.
Medo doentio dos contactos
com pessoas, animais ou objectos; 9. Intolerância à luz; 10. Pânico de atravessar grandes espaços; 11. Medo patológico de
cadáveres; 12. Medo patológico da água ou dos líquidos em
geral.
Verticais:
2. Terror de aranhas; 3. Hostilidade a pessoas ou coisas estrangeiras; 4. Pânico de estar ou permanecer em lugares fechados ou
espaços reduzidos; 5. Aversão
aos animais; 6. Medo excessivo
do fogo; 7. Terror doentio ao ar e,
em especial, às correntes de ar.
da Serra de São Macário.
No fundo do vale a aldeia
une-se com a Natureza que a envolve num cenário de sonho. É
proibida a entrada de carros nes-
ta aldeia que se enquadra numa
paisagem natural e muito bela.
A Aldeia da Pena é um ótimo lugar a visitar, principalmente para
os amantes da Natureza.
Monsanto - Castelo Branco
Monsanto fica a 25 km de
distância de Idanha-a-Nova e
foi escolhida em 1938 como “a
aldeia mais portuguesa de Por-
tugal”. Situa-se numa encosta granítica, onde as casas surgem apertadas entre enormes
penedos.
Tudo na aldeia foi preservado para que o aspecto pudesse permanecer o mais natural
possível.
p.38
BOA MESA
8 DE JANEIRO DE 2016
Culinária
PORQUE SABE SEMPRE BEM...
Chá de Canela e Gengibre
INGREDIENTES
1 litro de água; 5 rodelas de gengibre; 3 paus de canela
PREPARAÇÃO
Junte todos os ingredientes e deixe a água ferver por um
período entre 5 e 10 minutos. Depois desligue o lume, coe a
bebida e sirva quente num bule, acompanhado de açucar se
assim o desejar.
PEIXE
Açorda de Bacalhau
INGREDIENTES
Bacalhau 800 g
Pão alentejano 400 g
Ovos 4
Coentros, picados 4 colheres de
sopa
Dentes de alho, picados 6
Azeite Um fio
Vinagre q.b
Sal e Pimenta q.b
PREPARAÇÃO
Num almofariz, esmagar bem
o alho com os coentros e o sal.
Colocar esta massa numa sopeira juntamente com o azeite.
Cozer o bacalhau em água com
três colheres de sopa de azeite e
durante cinco minutos.
Deixar arrefecer, retirar a pele
e desfiar o bacalhau.
Verter a água da cozedura,
coada, sobre a massa do alho.
Cortar o pão às fatias e reservar.
Adicionar, num tacho raso, a
água, o vinagre e o sal. Quando
a água levantar fervura, baixar o
lume.
Partir um ovo para um copo e,
depois, coloca-lo na água. Repetir
com os restantes. Deixar cozer durante 3 minutos.
Num prato de sopa, colocar as
fatias de pão, bacalhau e um ovo
escalfado.
Verter o caldo de alhos e coentros por cima e ferver.
CARNE
Salada de Perú
INGREDIENTES
500g de peito de perú
300g de ananás
400g de cogumelos
2 tomates cherry
Alho picado
Coentros
2 iogurtes naturais
Azeite
Sal q.b.
Pimenta q.b.
PREPARAÇÃO
Tempere com sal, pimenta,
e coloque a grelhar. De seguida,
corte os cogumelos e os tomates
cherry em cubos ou rodelas.
Numa frigideira coloque um fio
de azeite, o alho picado e os cogumelos, mexendo bem. Coloque
o tomate-cherry e, quando os cogumelos estiverem moderadamente tostados, retire tudo, deixe ar-
refecer completamente e junte o
peito de perú, desfiado ou cortado em cubos, e o ananás.
Triture os coentros, misture-os com o iogurte e verta sobre
a salada.
Nota: Pode acrescentar mais
frutas, se assim o entender.
O Mundo Português recomenda também manga, papaia, uvas
e/ou pêssego.
SOBREMESA
Bolo Rei Tradicional Português
INGREDIENTES
500 gr. de farinha preparada
Nacional para pão Brioche
4 colheres (sopa) de açúcar em
pó
1 cálice de vinho do Porto
1 colher (chá) rasa de canela em
pó
2,3 dl. de água morna
frutos secos (pinhões, amêndoas
laminadas, passas e nozes)
PREPARAÇÃO
Junte na batedeira a farinha
com o açúcar em pó, o vinho do
Porto, a canela e a água morna.
Deixe misturar muito bem.
Tape a tigela onde bateu os ingredientes e deixe levedar a massa
por uns 60 minutos, até dobrar de
volume, em local tépido.
Na mesa da cozinha polvilhada
de farinha coloque a massa.
Junte-lhe os frutos secos e cristalizados. Amasse de modo a incorporar os frutos.
Molde a massa em forma de bolo-rei. Pincele a superfície do bolo
com gema batida e decore com
frutos secos e cristalizados e montinhos de açúcar em pó. Passe a
massa para um tabuleiro e deixe repousar por uns vinte minutos, em
local tépido.
Pré-aqueça o seu forno a 180C.
Leve ao forno e deixe cozer,
durante aproximadamente 35
minutos.
No fim, polverize novamente
com açúcar em pó e sirva.
BOM FIM DE SEMANA
8 DE JANEIRO DE 2016
JOSÉ MANUEL DUARTE
Troika pode vir a “ganhar”
eleições com maioria absoluta
A situação económica de Portugal não
passa de uma armadilha. Mas uma armadilha simpática onde todos os “ratos” se sentem fatalmente atraídos por ela.
No tempo da troika dizia-se que o nosso
problema era apenas a dívida pública, a banca estava bem e recomendava-se, afinal os
bancos caem uns atrás dos outros, sem aviso
prévio e a coisa promete não parar.
Desgraçadamente chegamos a uma conclusão forçada de que afinal o nosso ponto
fraco é tudo. Dívida pública, dívida privada
e bancos também.
Quer queiramos quer não, o desemprego
continua altíssimo, o crescimento não descola, as empresas continuam sem capital,
as famílias não conseguem aforrar e a consolidação orçamental não passa de uma bre-
ve miragem.
O mais grave de tudo isto é que o país
está cansado da austeridade. Todos nós estamos convencidos de que já fizemos o necessário em matéria de sacrifícios e portante
entendemos que está na hora do merecido
alívio.
Por tudo isto António Costa vai mais do
que nunca ter de apelar ao “malabarismo político” onde já se mostrou hábil, porque se recuar e vier com mais austeridade para cima
dos portugueses a “sua” esquerda vai fazê-lo em picadinho.
Por outro lado se pretender aliviar a pressão, cedendo à vontade popular, vai criar
uma enorme instabilidade política criando
as condições ideais para que o troika volte e
com “maioria absoluta”.
FISGADA CERTEIRA...
«Observando a Zona Euro, verificamos que a governação
ideológica pode durar algum tempo, faz os seus estragos
na economia, deixa faturas por pagar, mas acaba sempre
derrotada pela realidade»...
Cavaco Silva, sempre ele e igual a si próprio, não perde uma oportunidade de mandar a sua farpazinha... Quem será que ele pretende atingir com esta frase que ainda esta semana disse em entrevista à comunicação social?... Os nossos leitores que adivinhem!
MÁRIO CENTENO | Ministro das Finanças
“Posso afirmar que é propósito deste Governo não utilizar mais dinheiro público
na solução da banca em Portugal”
ALBERTO JOÃO JARDIM | Antigo Presidente do Governo Regional da Madeira
“As minhas relações pessoais com o anterior chefe de governo não eram as melhores. Ele vivia em Saturno e eu em Marte”
JOÃO PAIVA DOS SANTOS | Ex-candidato à Presidência do Sporting
“Bruno de Carvalho criou na sua mente um mundo muito próprio agindo como
se fosse um ditador reles de um país asiático”
Cartoon da semana
O “passa não passa” do orçamento rectificativo
CIRCULAR PELA VIA DA DIREITA
Uma campanha do
Uma campanha
imparável... mas
sempre pela direita!
A PSP - Polícia de Segurança Pública
acaba de aderir também à campanha do
Mundo Português de “Circular Pela Via da
Direita”. De recordar que já tinham aderido
a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Guarda Nacional Republicana, Prevenção Rodoviária Portuguesa, a Infraestruturas de Portugal, a BRISA, a ANTRAM, e o
entusiasmo continua a ser contagiante, com
muitas outras entidades a pretender aderir
também.
Nas estradas já se começa a notar o
efeito prático da campanha. Começa a haver
uma atitude diferente dos condutores. Não
há dúvida de que esta é uma campanha para
entusiasmar porque todos juntos vamos fazer das estradas portuguesas as mais seguras da Europa.
Para mais informações sobre a campanha
[email protected]
www.mundoportugues.pt
Tel. (+351) 21 795 76 68 /9
Av. Elias Garcia, 57 - 7º · 1049-017 · Lisboa - Portugal
As cinco mais bonitas bibliotecas de Portugal - 3
BIBLIOTECA DA REAL ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA
É na Real Academia das Ciências de Lisboa que se encontra uma das mais bonitas
bibliotecas de Portugal, que reúne o espólio da livraria do Convento de Jesus da Ordem Terceira, logo que foi extinto por D. Ma-
ria II e oferecido o respetivo edifício àquela
Academia. A “Livraria” havia sido faustosamente enriquecida para apoiar a velha Aula
Maynense do Padre José Mayne que já ali lecionava em 1792.
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