Produto 2 - Pré-Diagnóstico
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Produto 2 - Pré-Diagnóstico
Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Plano Estadual de Habitação PRODUTO 2 RELATÓRIO PARCIAL 1 Pré-Diagnóstico Recife, 07 de janeiro de 2008 Consórcio: INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Eduardo Henrique Accioly Campos - Governador João Lyra Neto - Vice Governador SECRETARIA ESTADUAL DAS CIDADES Humberto Costa - Secretário Ana Suassuna - Secretária Executiva COMPANHIA ESTADUAL DE HABITAÇÃO E OBRAS – CEHAB Jorge Carrero - Diretor Presidente Maria Conceição Costa – Diretora de Infra-estrutura Ubirajara Paz – Gerente de Projetos Especiais; Coordenador do Plano Estadual de Habitação CONSELHO ESTADUAL DE HABITAÇÃO – PE Comitê de Acompanhamento do Plano Estadual de Habitação - PE Marília Oliveira - Secretaria Estadual das Cidades – SECID Norah Helena dos Santos Neves - Secretaria de Planejamento e Gestão – SEPLAG Djalmo de Oliveira Leão - Secretaria da Fazenda – SEFAZ Ubirajara Ferreira da Paz - Companhia Estadual de Habitação e Obras – CEHAB Murilo Vitoriano Mendonça - Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Carlos Shuler de Melo - Gabinete do Governador Maj. BM Ivan Fredovino Ramos Junior - Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco – CODECIPE Cecília de Queiroz Bezerra Cavalcanti – Caixa Econômica Federal Lígia Maria Souza Barros - Universidade de Pernambuco – UPE Deputado Luciano Moura – Assembléia Legislativa Consórcio: INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Sergio Murilo Guimarães - Companhia Estadual de Saneamento – COMPESA Luiz Alberto de Araújo - Secretaria Estadual de Transportes – SETRANS Carlos Wellington de Azevedo Pires Sobrinho - Secretaria Estadual de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente – SECTMA Roberto Luis Arrais de Oliveira - Associação Municipalista de Pernambuco – AMUPE Múcio Pires Souto - Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco – ADEMI Ducilene Carneiro de Moraes - Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil – MARRETA Heunar Maria dos Santos Dias - Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social – PREZEIS Maria Eliane Souza de Oliveira - Movimento Nacional de Luta pela Moradia – MNLM Maurício Andrade de Oliveira - Conselho Estadual de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA/PE Moacir Gomes - Federação Estadual e Metropolitana dos Bairros de Pernambuco- FEMEB Mercia Alves - Associação Brasileira da Organizações Não Governamentais – ABONG Antonio Xavier de Morais - Central Única dos Trabalhadores – CUT Betinha Nascimento - Sindicato da Indústria da Construção - SINDUSCON-PE CONSUTORIA Consórcio: Geosistemas Engenharia e Planejamento / Instituto de Planejamento e Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – IPAD Consultores: Paulo Henrique Camaroti da Silva – Coordenador Geral Ana Kelly Ferreira Nóbrega Ana Maria Ramalho Elaine Fernanda de Souza Fernanda Tavares de Albuquerque Lopes Jancleyton Andrade Silva Consórcio: INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ José Farias Gomes Filho Hélvio Polito Lopes Filho Henrique Pinto Silva Lúcia de Andrade Siqueira Luciana Carvalho Neusa Vieira de Melo Oswaldo Cavalcanti da Costa Lima Neto Rayane Rodrigues Santos Rayneldes Agda Alves de Melo Roberto Ramos Silva Rosa Cortês Winnie Emyle Fellows Apoio Administrativo: Gisleide Pereira Varjão Maria Inez Lucena Falcão Cavalcanti Consórcio: INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ APRESENTAÇÃO Este documento consiste no Produto 2 – Relatório Parcial 1, descrito no Termo de Referência, parte integrante da prestação de serviços técnicos especializados de consultoria, conforme Contrato de Prestação de serviços, firmado entre a Companhia Estadual de Habitação e Obras – CEHAB e o Consórcio Geosistemas / IPAD, visando à elaboração do PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO. O Relatório Parcial 1 – Diagnóstico Preliminar e a Estruturação das Oficinas, ora apresentado, conforme Plano de Trabalho Ajustado corresponde à execução das atividades de 4 a 11, previstas para a Etapa 2, referente à 1ª Fase - Levantamentos. Trata-se da coleta e análise de informações, levantadas nas diversas fontes oficiais - três esferas de governo e, em outras instituições de estudos e pesquisas de credibilidade reconhecida; elaboração de pesquisa através de questionário, dirigido às Prefeituras Municipais do Estado e ao Distrito Estadual de Fernando de Noronha e, coleta de informações realizadas “in loco”. Dado aos ajustes concertados com a Contratante, expressos no Produto 1 - Plano de Trabalho Ajustado, em especial quanto à redução do prazo estabelecido para sua elaboração, o presente documento passa a ter um caráter de pré-diagnóstico, constando do levantamento de dados preliminares. As complementações necessárias serão cumpridas desta forma no Produto 3 - Relatório Parcial 2: Diagnóstico Final com Relatório das Oficinas e Plano de Ações Imediatas. 5 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ RELAÇÃO DAS TABELAS, FIGURAS E QUADROS TABELAS Tabela 1: Participação das Atividades Econômicas no Valor Adicionado Bruto – VAB de Pernambuco ...................................................................................................................................15 Tabela 2: Composição, participação setorial e taxa de crescimento do PIB de Pernambuco - 2005 .......................................................................................................................................................16 Tabela 3: Evolução do volume do valor adicionado bruto, a preços básicos, de Pernambuco, por atividade econômica (2002-2005).................................................................................................17 Tabela 4: Produto Interno Bruto, a preços de mercado, do Brasil, do Nordeste e de Pernambuco. (2002-2005)...................................................................................................................................18 Tabela 5: Índice de Desenvolvimento Humano - Pernambuco.....................................................19 Tabela 6: Perfil das Regiões de Desenvolvimento do Estado – RD’s ..........................................21 Tabela 7: Evolução do IDH e seus componentes - Municípios da RD Sertão do São Francisco .24 Tabela 8: Estimativa da População por Município - Sertão do São Francisco .............................25 Tabela 9: Indicadores Demográficos – Sertão do São Francisco..................................................25 Tabela 10: PIB per capita - Municípios do Sertão do São Francisco............................................27 Tabela 11: Evolução do IDH e seus componentes - Municípios da RD Sertão do Araripe..........31 Tabela 12: Estimativa da População por Município - Sertão do Araripe......................................32 Tabela 13: Indicadores Demográficos – Sertão do Araripe ..........................................................33 Tabela 14: PIB per capita - Municípios do Sertão do Araripe ......................................................34 Tabela 15: Evolução do IDH e seus componentes - Municípios da RD Sertão Central ...............38 Tabela 16: Estimativa da População por Município - Sertão Central ...........................................39 Tabela 17: Indicadores Demográficos – Sertão Central................................................................39 Tabela 18: PIB per capita - Municípios do Sertão Central ...........................................................40 Tabela 19: Evolução do IDH e seus componentes - Municípios da RD Itaparica ........................45 Tabela 20: Estimativa da População Residente - Municípios do Sertão do Itaparica...................45 Tabela 21: Taxa de Crescimento Anual da População - Sertão do Itaparica ................................46 Tabela 22: PIB per capita - Municípios do Sertão do Itaparica ....................................................47 Tabela 23: Indicadores Demográficos – Sertão do Pajeú .............................................................52 Tabela 24: Indicadores Demográficos - Moxotó...........................................................................58 Tabela 25: Indicadores Demográficos – Agreste Meridional .......................................................64 Tabela 26: Indicadores Demográficos – Agreste Central .............................................................71 Tabela 27: Evolução do IDH e seus componentes - Municípios da RD Agreste Setentrional .....79 Tabela 28: População residente, por sexo e situação do domicílio, população residente de 10 anos ou mais de idade, total – Agreste Setentrional......................................................................80 Tabela 29: Estimativa da população Residente Pernambuco e RD Agreste Setentrional.............81 Tabela 30: Indicadores Demográficos - Agreste Setentrional ......................................................82 Tabela 31: Produto Interno Bruto Municipal, a preço de mercado - Agreste Setentrional...........83 Tabela 32: Forma de Abastecimento de Água Domiciliar – Agreste Setentrional .......................84 Tabela 33: Existência de Banheiro ou Sanitário Domiciliar – Agreste Setentrional ....................85 Tabela 34: Destino do Lixo Domiciliar – Agreste Setentrional....................................................86 Tabela 35: Variação Índice de Desenvolvimento Humano – Mata Norte ....................................90 Tabela 36: População residente, por sexo e situação do domicílio, população residente de 10 anos ou mais de idade, total – Mata Norte ....................................................................................91 Tabela 37: Estimativa da população Residente - Pernambuco e RD Mata Norte.........................92 6 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 38: Indicadores Demográficos - Região de Desenvolvimento Mata Norte.......................93 Tabela 39: Produto Interno Bruto Municipal, a preço de mercado - Região de Desenvolvimento Mata Norte.....................................................................................................................................95 Tabela 40: Forma de Abastecimento de Água Domiciliar – Mata Norte......................................96 Tabela 41: Existência de Banheiro ou Sanitário Domiciliar – Mata Norte...................................97 Tabela 42: Destino do lixo Domiciliar – Mata Norte....................................................................98 Tabela 43: Variação Índice de Desenvolvimento Humano – Mata Sul ......................................102 Tabela 44: População residente, por sexo e situação do domicílio, população residente de 10 anos ou mais de idade, total – Mata Sul......................................................................................103 Tabela 45: Estimativa da população Residente - Pernambuco e RD Mata SUL ........................104 Tabela 46: Indicadores Demográficos - Região de Desenvolvimento Mata Sul ........................105 Tabela 47: Produto Interno Bruto Municipal, a preço de mercado - Mata Sul ...........................108 Tabela 48: Forma de Abastecimento de Água Domiciliar – Mata Sul .......................................109 Tabela 49: Existência de Banheiro ou Sanitário Domiciliar – Mata Sul ....................................110 Tabela 50: Destino do Lixo Domiciliar – Mata Sul ....................................................................111 Tabela 51: Variação Índice de Desenvolvimento Humano – Região Metropolitana..................116 Tabela 52: População residente, por sexo e situação do domicílio, população residente de 10 anos ou mais de idade, total – Região Metropolitana .................................................................117 Tabela 53: Estimativa da população Residente - Pernambuco e RD Metropolitana ..................118 Tabela 54: Indicadores Demográficos - Região Metropolitana ..................................................118 Tabela 55: Produto Interno Bruto Municipal, a preço de mercado - Região Metropolitana.......120 Tabela 56: Forma de Abastecimento de Água Domiciliar – Região Metropolitana...................122 Tabela 57: Existência de banheiro e Sanitário Domiciliar – Região Metropolitana...................123 Tabela 58: Destino do Lixo Domiciliar – Região Metropolitana................................................123 Tabela 59: Estimativas do Déficit Habitacional Básico. Pernambuco........................................148 Tabela 60: Participação dos Componentes do Déficit Habitacional Básico Urbano. Pernambuco .....................................................................................................................................................149 Tabela 61: Participação dos Componentes do Déficit Habitacional Básico Rural. Pernambuco150 Tabela 62: Inadequação dos Domicílios Urbanos – 2000. Pernambuco.....................................151 Tabela 63: Inadequação Fundiária Urbana (1), por Faixas de Renda. Pernambuco ...................152 Tabela 64: Domicílios com Abastecimento D’água e Esgotamento SanitárioInadequados – Regiões de Desenvolvimento ......................................................................................................158 Tabela 65: Investimento Necessário para Implantação das obras previstas de abastecimento de água (em milhares de R$) – Regiões de Desenvolvimento.........................................................159 Tabela 66: Investimento Necessário para Implantação das obras previstas de esgotamento sanitário (em milhares de R$) – Regiões de Desenvolvimento ..................................................160 Tabela 67: Investimentos Previstos e Situação de Adequação em Ordem Crescente – Regiões de Desenvolvimento.........................................................................................................................161 Tabela 68: Resíduos Sólidos – Regiões de Desenvolvimento ....................................................162 Tabela 69: Energia Elétrica – Regiões de Desenvolvimento ......................................................163 Tabela 70: Programas e Investimentos – Regiões de Desenvolvimento.....................................164 Tabela 71: Assentamentos do Projeto Piloto de Apoio à Reforma Agrária – Cédula da Terra ..180 Tabela 72: Imóveis Rurais Solicitados pelos Movimentos Sociais na Jurisdição do INCRA/PE (SR-03) ........................................................................................................................................188 7 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ FIGURAS Figura 1: Arranjos Produtivos – RD’s...........................................................................................22 Figura 2: Evolução do Déficit Habitacional – 1991/2000/2004-2005 ........................................142 Figura 3: Evolução do Déficit Habitacional Urbano - 1991/ 2000/ 2004-2005..........................143 Figura 4: Evolução da participação dos componentes no Déficit Habitacional Urbano– 1991/ 2000/ 2005...................................................................................................................................144 Figura 5: Déficit Habitacional Urbano por faixa de renda média familiar mensal – 2000/ 2005 .....................................................................................................................................................145 Figura 6: Evolução da Inadequação Fundiária e do Adensamento Excessivo – 2000/ 2005......146 Figura 7: Evolução da Carência de Infra-estrutura e dos domicílios sem banheiro–2000/ 2005 147 Figura 8: Estrutura Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social.....................................201 QUADROS Quadro 1: Produto Interno Bruto – Pernambuco / Municípios Sertão do São Francisco .............26 Quadro 2: Principais Atividades Econômicas na Geração do PIB - Municípios do Sertão do São Francisco .......................................................................................................................................26 Quadro 3: Produto Interno Bruto – Pernambuco / Municípios Sertão do Araripe........................34 Quadro 4: Principais Atividades Econômicas na Geração do PIB - Municípios do Sertão do Araripe...........................................................................................................................................34 Quadro 5: Produto Interno Bruto – Pernambuco / Municípios Sertão Central .............................40 Quadro 6: Principais Atividades Econômicas na Geração do PIB - Municípios do Sertão Central .......................................................................................................................................................41 Quadro 7: Produto Interno Bruto – Pernambuco / Municípios do Sertão do Itaparica .................47 Quadro 8: Principais Atividades Econômicas na Geração do PIB - Municípios do Sertão do Itaparica.........................................................................................................................................48 Quadro 9: Andamento dos Planos Diretores nos municípios do Estado de Pernambuco ...........153 Quadro 10: Programas Habitacionais..........................................................................................165 Quadro 11: Relação das ocupações urbanas segundo os movimentos populares do FERU .......166 Quadro 12: Áreas de Conflitos Existentes ..................................................................................168 Quadro 13: Acampamentos Coordenados pela FETAPE ...........................................................172 Quadro 14: Áreas pertencentes à União para Habitação de Interesse Social e Regularização Fundiária......................................................................................................................................186 Quadro 15: Povos indígenas do Estado de Pernambuco .............................................................190 Quadro 16: Comunidades com certidões de auto-reconhecimento de remanescentes de quilombos, emitidas pela Fundação Cultural Palmares, conforme Decreto 4887/2003. ............192 Quadro 17: Processos abertos no setor de regularização fundiária do INCRA ..........................193 Quadro 18: Programas Habitacionais geridos pela Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades ................................................................................................................202 Quadro 19: Eixos Temáticos .......................................................................................................210 Quadro 20: Local das Oficinas....................................................................................................211 8 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ SUMÁRIO 1. EIXOS TEMÁTICOS .............................................................................................................13 1.1 Desenvolvimento Socioeconômico....................................................................................13 1.1.1 Informações Preliminares..........................................................................................13 1.1.2 Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco ..........................................................23 1.2 Necessidade Habitacional ...............................................................................................127 1.2.1 Déficit Habitacional..................................................................................................127 1.2.2 Conceitos Básicos Utilizados ...................................................................................128 1.2.3 Evolução das necessidades habitacionais do Estado de Pernambuco entre 1991 e 2005 .........................................................................................................................129 1.2.4 Necessidades habitacionais do Estado de Pernambuco segundo Regiões de Desenvolvimento no ano 2000 ..........................................................................................132 1.2.5 Legislação e Instrumentos de Planejamento e Gestão Urbana ............................135 1.2.6 Infra-Estrutura.........................................................................................................157 1.2.7 Projetos Habitacionais .............................................................................................163 1.3 Regularização Fundiária ................................................................................................165 1.3.1 Conflitos Fundiários.................................................................................................165 1.3.2 Banco de Terras........................................................................................................185 1.3.3 Programas e Projetos ...............................................................................................187 1.4 Desenvolvimento Institucional .......................................................................................193 1.4.1 O novo Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social .................................193 2. ESTRUTURAÇÃO DAS OFICINAS..............................................................................207 2.1 Justificativa ......................................................................................................................207 2.2 Objetivos ..........................................................................................................................207 2.2.1 Objetivo Geral ..........................................................................................................207 2.2.2 Objetivos Específicos................................................................................................208 2.3 Metodologia......................................................................................................................208 2.4 Local das Oficinas – Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco .....................211 2.5 Recursos Humanos..........................................................................................................212 2.6 Apoio Logístico ................................................................................................................212 2.7 Produtos e Resultados.....................................................................................................213 2.8 Programação das Oficinas..............................................................................................213 ANEXOS BIBLIOGRAFIA 9 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ INTRODUÇÃO A Constituição Federal incorporou os princípios de Declaração Universal e o país passou a ser signatário dos principais tratados e instrumentos de proteção dos direitos humanos. Entre esses direitos humanos está o direito à moradia. Os principais tratados e instrumentos de proteção dos direitos humanos que fazem referência ao direito à moradia são: o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos; o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais - PIDESC; a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas e Discriminação Racial; a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher; a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; a Convenção sobre os Direitos da Criança; a Convenção Americana sobre Direitos Humanos; o Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em Matéria de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Especificamente em relação ao Direito à Moradia, dois comentários gerais do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais são importantes referências do direito internacional: O n.º 4, referente ao Art. 11 (1) do PIDESC, define os elementos do direito à moradia que devem ser objeto de proteção e garantia: Segurança Jurídica da Posse; Disponibilidade de serviços e Infra-estrutura; Custo da Moradia Acessível; Habitabilidade; Acessibilidade; Localização; Adequação Cultural; O n° 7 (item 14) que estabelece que o Estado está obrigado a: antes de realizar qualquer despejo forçado, especialmente os que envolvem grande grupos de pessoas a explorar “todas alternativas possíveis”, consultando as pessoas afetadas, a fim de evitar ou de minimizar o uso da força ou ainda impedir o despejo; assegurar às pessoas afetadas pelo despejo a utilização dos remédios legais como o direito de defesa e recurso das decisões judiciais de despejo; assegurar a todas as pessoas afetadas pelos despejos forçados o direito à indenização adequada, referente aos bens pessoais ou reais de que foram privados. O direito à moradia, portanto, como um direito fundamental deve ser efetivado pelo Estado brasileiro a partir da adoção de medidas legais, da garantia de acesso a recursos judiciais e da implementação de políticas públicas. Essa obrigação do Estado tem como principais 10 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ aspectos: impedir a regressividade do direito à moradia; impedir medidas e ações que dificulte ou impossibilite o exercício do direito à moradia; intervir e regular as atividades do setor privado referente ao uso e acesso ao solo e à propriedade imobiliária, de modo que atenda sua função social; e promover políticas habitacionais e de desenvolvimento urbano. No sistema federativo brasileiro há a previsão de repartição de competências legislativas e administrativas entre União, Estados e Municípios. O princípio norteador da repartição é o da predominância de interesses: à União competem matérias de interesse nacional e internacional; aos Estados os assuntos de interesse regional; aos Municípios, os temas de interesse local. Os Estados têm competência concorrente com a União de editar lei estadual de política urbana na ausência de lei federal. Podem editar normas gerais de direito urbanístico, na ausência da lei federal visando a capacitar os Municípios para a execução da política urbana e também instituir um sistema de política urbana metropolitana com organismos e instrumentos próprios. Os Estados têm competência legislativa concorrente com a União para instituir serviço de assistência jurídica gratuita para a população de baixa renda, como medida de democratização do acesso à justiça. De acordo com o artigo 23, IX da Constituição, a obrigação de promover o direito à moradia é competência comum da União, Estados e Municípios, que deverão implementar programas habitacionais, de saneamento e de melhorias urbanas1. Vale ressaltar que, a partir da Constituição Federal de 1988, houve um processo de descentralização que obrigou os municípios a assumirem compromissos para o enfrentamento do grave quadro de exclusão social, muitas vezes, incompatíveis com seus recursos – principalmente para as metrópoles e grandes cidades, considerando o enorme desafio referente às precárias condições de habitabilidade de parte significativa da população. Os municípios passaram a ter competência privativa para legislar sobre assuntos de interesse local, suplementar a legislação federal e a estadual no que couber, e de promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, parcelamento e da ocupação do solo urbano, de acordo com o Artigo 30, incisos I,II, e VIII. Pelo artigo 182 o município foi reconhecido como o principal ente federativo responsável em promover a política urbana de modo a ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, de garantir o bem-estar de seus habitantes e de 1 A competência comum confere à União, Estados e Municípios patamar de igualdade para a promoção de políticas e ações. O exercício desta competência por um dos entes federativos não exclui o outro, a qual pode ser exercida cumulativamente. 11 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ garantir que a propriedade urbana cumpra sua função social, de acordo com os critérios e instrumentos estabelecidos no Plano Diretor. A limitação de recursos locais acarretou numa concentração de recursos em programas alternativos, que vinham ganhando apoio dos organismos internacionais e em ações tópicas. Acarretou ainda na dependência em relação às transferências de recursos pela União. Esta, segundo o Artigo 21, inciso XX, tem a competência para estabelecer as diretrizes para a habitação, saneamento básico e transportes urbanos; e pelo inciso IX do mesmo artigo tem a competência privativa, para elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. No Artigo 24, inciso I, no âmbito da competência concorrente sobre direito urbanístico, a União tem como atribuição estabelecer as normas gerais de direito urbanístico por meio da lei federal de desenvolvimento urbano (Estatuto da Cidade) – diretrizes, objetivos da política urbana nacional, a regulamentação dos artigos 182 e 183 da Constituição e instituir os instrumentos urbanísticos e o sistema de gestão desta política. A urbanização brasileira é marcada por um grave quadro de desigualdades sócioeconômicas que alia modernização e crescimento a realidades de pobreza extrema e exclusão social. No Brasil, ocorreu um dos mais rápidos processos de urbanização do mundo: em 1940, as cidades abrigavam 31,4% da população do país; em 1975, esse índice já era de 61%; em 1991, era de 75%; e em 2000, 81,2%. O Brasil passou também por um processo de urbanização da pobreza: 85% dos pobres moram em cidades; mais de 1/3 dos pobres urbanos estão concentrados nas 10 principais regiões metropolitanas do país. A população de baixa renda vem tendo, de modo predominante, acesso à terra urbana e a alternativas habitacionais mediante ações informais e irregulares de ocupação da terra e construções de baixa qualidade, em áreas com infra-estruturas precárias e fragilidades ambientais. Há 12,4 milhões de pessoas morando em 3,2 milhões de domicílios em assentamentos precários; 17,3 milhões de domicílios urbanos apresentam ao menos um tipo de inadequação habitacional; o déficit habitacional é de 7,9 milhões de domicílios, principalmente relacionado às famílias com renda até 3 s.m. (90,3%). Há 15,6 milhões de pessoas sem água canalizada de rede geral, 34,6 milhões sem esgoto de rede geral ou fossa séptica e 5,2 milhões sem coleta direta ou indireta de lixo; e o gasto com moradia (29%) e transportes (15%) vem comprometendo parte significativa do orçamento familiar. 12 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 1. EIXOS TEMÁTICOS 1.1 Desenvolvimento Socioeconômico As informações apresentadas na seqüência deste relatório de indicadores e informações sócio-econômicas foram extraídas em grande parte da Base de Dados do Estado de Pernambuco, organizada pelo CONDEPE – FIDEM, e complementadas através de fontes como IBGE, CELPE, COMPESA, SEFAZ, entre outras. O objetivo deste relatório é subsidiar preliminarmente o processo de construção do Plano Estadual de Habitação, principalmente na sua etapa inicial, que será complementado com a realização das oficinas territoriais e levantamento dos diagnósticos municipais. 1.1.1 Informações Preliminares O Estado de Pernambuco encontra-se situado no Nordeste do Brasil, na porção CentroOeste da região. O Estado faz fronteiras com outros cinco estados e conta com uma área do litoral ao sertão de cerca de 99 mil km²,. “Num raio de 800 km de distância da capital tem ao seu alcance seis capitais, quatro aeroportos internacionais, quatro portos internacionais e um porto fluvial”. De acordo com a AD-DIPER, a localização privilegiada do Estado vem contribuindo para a consolidação de Pernambuco como centro logístico do Nordeste, de onde saem bens e serviços com destino aos demais estados do nordeste. Esta localização propiciou o reconhecimento do Estado como o 10º lugar do Brasil em competitividade, segundo o ICE-F (Índice de Competitividade Estadual – Fatores). A economia do Estado de Pernambuco em meados dos anos 90 atravessou um período de estabilização e atualmente encontra-se entre as mais fortes do País. O desenvolvimento paulatino do Estado é fruto de um modelo econômico que privilegia a integração e o fortalecimento regional, a irradiação econômico-produtiva e o respeito aos valores e a cultura nordestina. Como exemplo pode-se tomar como referência a estratégia de planejamento adotada por Regiões de Desenvolvimento, comumente chamadas por RD, a qual também está sendo utilizada de base orientadora na elaboração do Plano Estadual de Habitação 13 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ de Pernambuco. O Estado vem em crescimento contínuo e fortalecendo a competitividade de sua economia. “O processo de transformação e incremento do setor produtivo local vem levando o Estado a um novo ciclo de crescimento, num processo cujos resultados já são bastante visíveis, no incremento do Produto Interno Bruto (PIB), no poderio do Setor de Serviços com destaque ao Pólo Médico, na força do Pólo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), na magnitude do Complexo Industrial e Portuário de SUAPE, na inserção internacional do Pólo de Agricultura Irrigada e da Vitivinicultura do Vale do São Francisco e no Pólo Gesseiro do Araripe, que hoje corresponde a 95% da produção nacional.” (Agência de Desenvolvimento de Pernambuco AD-DIPER em 06.01.08). No tocante a educação o Estado é o segundo lugar do nordeste em números de alunos matriculados no ensino superior e é um importante centro de pesquisa e desenvolvimento científico, no entanto ainda é alarmante o volume de analfabetos, principalmente na zona rural do Estado. Com relação ao ensino médio e fundamental o desempenho de Pernambuco ainda está abaixo do ideal. Quanto ao ensino fundamental é possível afirmar com base no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB que o Estado está entre os piores do País. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB O Produto Interno Bruto – PIB é o índice macroeconômico que revela o resultado final das atividades produtivas, ou seja, é a medida do produto agregrado das contas Nacionais, neste caso, analisam-se as contas Regionais. O PIB é o indicador comumente utilizado para medir o desempenho econômico do País, das Regiões e dos Municípios. No ano de 2007, sob coordenação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE houve mudanças metodológicas no sistema de contas regionais. Segundo informações da Agência CONDEPE/FIDEM, essa atualização marcou a definição do ano de 2002, como um novo ano de referência para o sistema de Contas Regionais, incluindo também no processo a revisão da série entre 2002 e 2005 que agora passa a contemplar 17 atividades econômicas como mostra as tabelas 1, 2 e 3 a seguir: 14 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 1: Participação das Atividades Econômicas no Valor Adicionado Bruto – VAB de Pernambuco Pernambuco Atividades econômicas 2002 Agricultura, silvicultura e exploração florestal Pecuária e pesca Indústria extrativa mineral Indústria de transformação Construção Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Comércio e serviços de manutenção e reparação Serviços de alojamento e alimentação Transportes, armazenagem e correio Serviços de informação Intermediação financeira, seguros e previdência complementar Serviços prestados às famílias e associativos Serviços prestados às empresas Atividades imobiliárias e aluguel Administração, saúde e educação públicas Saúde e educação mercantis Serviços domésticos Total 3,4 1,5 0,24 11,08 6,62 3,72 12,16 2,53 4,19 3,37 5,2 2,52 4,21 10,74 23,49 3,74 1,29 100 2003 2004 Participação (%) 3,68 3,72 1,85 1,4 0,11 0,15 12,73 11,72 5,66 5,12 4,52 5,9 12,33 13,44 1,78 2,07 4,52 4,56 3,79 3,24 4,55 3,92 2,46 2,47 4,02 5,06 10,25 9,87 22,75 22,39 3,71 3,53 1,29 1,46 100 100 2005 3,58 1,55 0,07 10,96 5,6 5,48 14,18 1,98 4,35 3,67 4,65 2,39 4,5 9,41 23,21 3,01 1,43 100 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – CONDEPE/FIDEM. Ano base: 2002 15 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 2: Composição, participação setorial e taxa de crescimento do PIB de Pernambuco - 2005 Taxa de Valor Participação (%) no Influência na taxa Atividades Crescimento (R$ milhões) VAB de crescimento 2005/2004 Agricultura, silvicultura e 1.536 3,6 3,4 0,1 exploração florestal Pecuária e pesca 665 1,6 27,6 0,4 Agropecuária 2.201 5,1 10,0 0,5 Indústria extrativa Mineral 28 0,1 -7,2 -0,0 Indústria de transformação 4.702 11,0 2,6 0,3 Construção 2.406 5,6 -3,5 -0,2 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, 2.354 5,5 0,1 0,0 esgoto e limpeza urbana Indústria 9.490 22,1 0,5 0,1 Comércio e serviços de 6.085 14,2 7,2 1,0 manutenção e reparação Serviços de alojamento e 851 2,0 6,5 0,1 alimentação Transportes, armazenagem 1.865 4,3 4,4 0,2 e correio Serviços de informação 1.573 3,7 10,1 0,3 Intermediação financeira, seguros e previdência 1.994 4,6 6,5 0,3 complementar Serviços prestados às 1.024 2,4 5,0 0,1 famílias e associativos Serviços prestados às 1.932 4,5 8,1 0,4 empresas Atividades imobiliárias e 4.037 9,4 3,7 0,4 aluguel Administração, saúde e 9.961 23,2 1,1 0,2 educação públicas Saúde e educação mercantis 1.290 3,0 4,3 0,2 Serviços domésticos 615 1,4 1,8 0,0 Serviços 31.228 72,8 4,4 3,2 Valor Adicionado Total 42.918 100,00 3,8 3,8 Impostos sobre produtos 6.985 líquidos de subsídios PIB 49.904 4,2 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – CONDEPE/FIDEM. Ano base: 2002 16 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 3: Evolução do volume do valor adicionado bruto, a preços básicos, de Pernambuco, por atividade econômica (2002-2005) Setores 2002 2003 2004 Agropecuária 100,00 92,4 101,7 Agricultura, silvicultura e exploração florestal 100,00 93,1 108,4 Pecuária e Pesca 100,00 90,8 88,5 Indústria 100,0 100,4 106,6 Indústria de transformação 100,00 95,1 96,7 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e 100,00 109,3 127,2 limpeza urbana Serviços 100,00 99,5 102,5 Comércio e serviços de manutenção e reparação 100,00 97,1 102,2 Serviços de alojamento e alimentação 100,00 101,3 104,3 Transportes, armazenagem e correio 100,00 97,3 100,6 Serviços de informação 100,00 102,8 94,1 Intermediação financeira, seguros e previdência 100,00 94,3 95,0 complementar Serviços prestados às famílias e associativos 100,00 97,3 98,5 Serviços prestados às empresas 100,00 99,1 104,2 Atividades imobiliárias e de aluguel 100,00 100,9 105,9 Administração, saúde e educação públicas 100,00 101,5 104,2 Saúde e educação mercantis 100,00 98,5 98,7 Serviços domésticos 100,00 98,2 114,7 TOTAL 100,00 99,4 103,4 2005 111,9 112,2 112,9 107,1 93,3 127,3 107,0 109,6 111,1 105,0 103,6 101,2 103,5 112,6 109,7 105,2 103,0 116,7 107,4 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – CONDEPE/FIDEM. Ano base: 2002 Segundo informações publicadas em 17 de dezembro de 2007 no sitio oficial da Agência CONDEPE/FIDEM, foi possível na recente publicação das contas regionais agregar dados mais detalhados como o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e informações mais concretas na base de serviços, como, por exemplo, serviços de informação, saúde e educação privados. O panorama mostrado também revela a realidade de alguns municípios pequenos, cuja principal capacidade produtiva é gerada a partir dos serviços oferecidos pelo setor público. Ainda segundo a Agência CONDEPE/FIDEM os municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho e Olinda, são os que tiveram maior participação no PIB de Pernambuco, cerca de 58% e, juntos, agregam mais de 30% da população do Estado. Destaca-se o fato de que a concentração de população nesses municípios é fator fundamental para atração de serviços relevantes nos cálculos do PIB. Foi possível identificar também que no interior houve crescimento, os cinco municípios com maior participação foram Caruaru, Petrolina, Vitória de Santo Antão, Garanhuns e Petrolândia, juntos os cinco municípios representam 9,69% do PIB do Estado. Petrolina, atualmente, detém a produção de 13% da 17 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ geração de renda na agropecuária no Estado, em 2005 alcançou a participação de 3,10% do PIB. Em seguida na agropecuária, São Bento do Uma se destaca na produção de leite, aves e bovinos. Com relação à indústria, os municípios que se destacaram são Recife, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca e Petrolândia. O crescimento de Ipojuca se deve aos investimentos no parque industrial de Suape que ocupa o quarto lugar no Estado. Destaca-se, ainda, a indústria de transformação e os serviços de utilidade pública. (Agência CONDEPE/FIDEM dez. 2007). Segundo Wilson Grimaldi, coordenador de Contas Municipais da Agência CONDEPE/FIDEM a recente publicação do PIB mostrou ainda uma sensível descentralização da geração de renda, principalmente nas cidades de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, ambos localizados na Região Metropolitana do Recife e, em Belo Jardim, localizado no agreste. Segue abaixo, tabela contendo a recente publicação do PIB Estadual. Tabela 4: Produto Interno Bruto, a preços de mercado, do Brasil, do Nordeste e de Pernambuco. (2002-2005) PIB (valores correntes) Participação % Variação Real Anual ANO Moeda BR NE PE/BR PE/NE BR NE PE PE 2002 R$ Milhão 1.447.822 191.592 2,4 18,4 35.251 2003 R$ Milhão 1.699.948 217.037 2,3 18,1 1,2 1,9 39.308 -0,7 2004 R$ Milhão 1.941.498 247.043 2,3 17,8 5,7 6,3 44.011 4,1 2005 R$ Milhão 2.147.239 280.504 2,3 17,8 3,2 4,3 49.904 4,2 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – CONDEPE/FIDEM. Ano base: 2002 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO URBANO - IDH Segundo publicação do ATLAS de Desenvolvimento Humano do Brasil, no período 1991-2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Pernambuco cresceu 13,71%, passando de 0,620 em 1991 para 0,705 em 2000. A dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi a Educação com 48.4%, seguida pela Longevidade, com 34,4% e pela Renda, com 17,2%. Neste período, o hiato de desenvolvimento humano (a distância entre IDH do Estado e o limite máximo do IDH, ou seja, 1) foi reduzido em 22,4%. Se mantivesse esta taxa de crescimento do IDH-M, o Estado levaria 12,1 anos para alcançar o Distrito Federal, o Estado com o melhor IDH-M do Brasil (0,844). Ainda segundo o ATLAS, em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal era de 0,705. Segundo a classificação do PNUD, Pernambuco está entre as regiões consideradas de médio IDH, ou seja, entre 0,5 e 0,8. 18 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Em relação a outros Estados do Brasil, Pernambuco apresenta uma situação intermediária: ocupa a 18ª posição, sendo que 17 Estados (63,0%) estão em situação melhor e 09 Estados (37,0%) estão em situação pior ou igual. Segue abaixo tabela contendo análise comparativa do IDH entre 1991 e 2000. Tabela 5: Índice de Desenvolvimento Humano - Pernambuco Especificação 1991 IDHM 0,620 Educação 0,644 Longevidade 0,617 Renda 0,599 2000 0,705 0,768 0,705 0,643 FONTE: ATLAS de Desenvolvimento Humano do Brasil - PNUD CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL RMR e Matas – 57,8% da população do Estado DIRETRIZES DO PROGRAMA TODOS POR PERNAMBUCO Ampliação do abastecimento de água e esgotamento sanitário, com objetivo de universalizar o atendimento; Criação e fortalecimento, no interior, de atividades econômicas ligadas aos grandes investimentos de SUAPE; Reativação das bases produtivas tradicionais (Têxtil/ Calçadista/ Cerâmica/ Avicultura e Artesanato); Fortalecimento e interiorização dos pólos local, investir em assistência técnica, apoio à agricultura familiar, ao micro crédito e à economia solidária; Revitalização da malha rodoviária e garanta do acesso pavimentado às sedes de todos os municípios e aos estados vizinhos; Fortalecimento das ações de atenção primária à saúde, qualificar rede de urgência e emergência e implantar o Programa Mãe Coruja (pré-natal e pós-parto); Consolidação do Pacto pela Vida (Plano de segurança pública Estadual) baseado na prevenção social, inteligência policial, repressão qualificada e reestruturação das polícias; Desenvolvimento de ações de proteção social, destinadas à população em situação de vulnerabilidade e risco; 19 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Correção da distorção idade/ série para 500mil alunos até 2010; Melhoria das condições habitacionais, com a redução do déficit habitacional e ampliação da regularização fundiária; Implementação de equipamento cultural âncora em cada região, articulando–o com as escolas; Consolidação das rotas e calendário turístico e criação de novos roteiros, valorizando a diversidade do Estado. 20 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação FONTE: IBGE - CONDEPE/FIDEM – ATLAS “modificada” Tabela 6: Perfil das Regiões de Desenvolvimento do Estado – RD’s PIB per Mortalidade RD capta IDH Infantil (1000 (R$ mil) Nasc. Vivos) 2,6 0,620 32,0 Araripe 6,1 0,708 28,9 São Francisco 2,9 0,670 29,4 Sertão Central 6,0 0,657 29,1 Itaparica 2,8 0,640 28,0 Pajeú 2,9 0,633 31,3 Moxotó 2,7 0,636 21,7 Agreste Setentrional 3,5 0,634 27,8 Agreste Central 3,2 0,598 32,7 Agreste Meridional 4,5 0,650 23,8 Mata Norte 3,9 0,626 19,3 Mata Sul 8,5 0,783 16,0 Metropolitana PE 5,7 0,705 22,7 249.507 303.635 881.422 109.259 296.226 175.578 430.222 881.422 561.940 512.329 638.121 3.089.848 7.399.131 27,2 48,5 24,4 49,4 24,2 34,5 36,3 44,0 32,3 40,1 52,9 71,5 54,7 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO População 1996 Mortalidade por Homicídio (100 mil hab) ___________________________________________________________________________ 277.362 341.580 935.207 116.574 301.400 185.179 463.771 935.207 594.890 541.429 665.846 3.339.616 7.918.345 População 2000 298.440 403.393 994.537 127.915 314.571 200.217 487.994 994.537 618.330 539.466 683.300 3.657.335 8.487.072 População 2007 19,61 32,85 12,83 17,08 6,19 14,03 13,43 12,8 10,03 5,30 7,08 18,37 14,70 21 % Crescimento Pop 1996 a 2007 Conselho Estadual de Habitação INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Figura 1: Arranjos Produtivos – Regiões de Desenvolvimento ___________________________________________________________________________ 22 Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 1.1.2 Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco 1.1.2.1 Região de Desenvolvimento – Sertão do São Francisco A Região de Desenvolvimento do Sertão do São Francisco está localizada no Semi-árido pernambucano, com uma área de 15.044,4 Km2, correspondendo a 15,2% do Estado. É constituída por sete municípios: Petrolina, Lagoa Grande, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Cabrobó, Afrânio, Dormentes. A economia do São Francisco está inserida no mercado mundial pela exportação de frutas in natura, caracterizando-se pelo desenvolvimento da agricultura irrigada às margens do Rio São Francisco, com destaque para a fruticultura, horticultura e floricultura, e na agroindústria, pela vitivinicultura, com a produção de vinhos finos de mesa conhecidos nacional e internacionalmente. Nessa RD, as atividades urbanas estão vinculadas ao desenvolvimento da agricultura irrigada, que possui fortes ligações com a agroindústria e o comércio, com a presença de um setor industrial em expansão e de atividades terciárias diversificadas, contando, inclusive, com um pólo de serviços especializados consolidado e mais recentemente com um campus universitário federal tornando-se referencia regional em educação pública de nível superior. A Região tem como vias de principal acesso as Brs 428, 122, 316, 407. Também possui diversas estradas vicinais que ligam os povoados aos maiores centros urbanos. A Região é alvo de grandes projetos que geram alternativas para o escoamento de produção, transporte de insumos e mercadorias, e, principalmente, uma melhor articulação com o Porto de Suape. Neste sentido já foram concluídas 65% das obras da Hidrovia do São Francisco, que potencializará os portos da Região. Recursos estão sendo negociados para a implantação da Ferrovia Transnordestina. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH O IDH da região é 0,708, superior ao de Pernambuco (0,692). Entre os municípios, para o ano 2000, o maior índice é o de Petrolina (0,748), seguido de Cabrobó (0,677). De fato, constatase que as condições de vida são superiores à média do estado, apenas para o município de Petrolina, pois os demais têm IDHM inferior ao de Pernambuco. 23 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Os destaques ficam por conta das condições de renda e educação, em Petrolina, se apresentarem em muito superior às dos demais; e as condições de saúde, representadas pelo IDHM-L (longevidade), nos municípios de Orocó, com índice maior que o de Petrolina, Cabrobó e Afrânio. Tabela 7: Evolução do IDH e seus componentes - Municípios da RD Sertão do São Francisco 1991 2000 Municípios IDHM IDHM-R IDHM-L IDHM-E IDHM IDHM-R IDHM-L IDHM-E Afrânio 0,515 0,428 0,658 0,46 0,634 0,485 0,722 0,696 Cabrobó 0,572 0,515 0,652 0,548 0,677 0,561 0,748 0,721 Dormentes 0,486 0,4 0,52 0,539 0,6 0,471 0,645 0,685 Lagoa Grande 0,503 0,485 0,52 0,504 0,627 0,546 0,645 0,689 Orocó 0,572 0,497 0,691 0,527 0,667 0,54 0,757 0,703 Petrolina 0,668 0,609 0,659 0,735 0,747 0,658 0,756 0,828 Santa Maria da Boa Vista 0,587 0,53 0,672 0,559 0,669 0,548 0,708 0,751 FONTE: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/Instituto de Pesquisas Econômicas, em Agência CONDEPEFIDEM. Nota: Componentes do IDH-M: IDHM-E, para Educação; IDHM-L, para Longevidade (ou Saúde) e IDHM-R, para Renda. POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA A RD do São Francisco concentra 4,3% da população de Pernambuco. No ano 2000, a população urbana era de 216.096 habitantes, predominando sobre a população rural, que somava 125.484 habitantes. Os municípios mais populosos são Petrolina com 218.538 habitantes, mais que o quíntuplo da próxima cidade mais populosa que é Santa Maria da Boa Vista, com 36.914 habitantes. A estimativa para 2006 era haver quase 400.000 habitantes, com taxa de crescimento média de 2,2% ao ano para a média da RD. No entanto, a dinâmica do crescimento populacional está concentrada em Petrolina, que cresce a mais de 3,3% ao ano, de acordo com a média geométrica, entre 1991 e 2000 – Tabela 9. Em outro sentido, verifica-se que os municípios onde a população urbana é mais significativa são os de Petrolina e Cabrobó. Nos demais a população rural é bem superior à urbana. Ou seja, o problema da habitação rural se torna mais importante nestes municípios. 24 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 8: Estimativa da População por Município - Sertão do São Francisco Municípios 2001 2002 2003 2004 Total do Estado 2005 2006 20072 8.008.207 8.084.667 8.161.862 8.323.911 8.413.593 8.502.603 8.487.072 Afrânio 15.216 15.374 15.540 15.891 16.085 16.277 16.697 Cabrobó 27.073 27.325 27.596 28.165 28.480 28.793 28.749 Dormentes 14.599 14.714 14.855 15.150 15.314 15.476 15.637 Lagoa Grande 19.656 20.060 20.488 21.387 21.885 22.379 21.142 Orocó 10.834 10.845 10.854 10.873 10.884 10.894 13.275 Petrolina 225.199 230.342 235.821 247.322 253.686 260.004 268.339 Sta Maria da Boa Vista 37.905 38.946 39.890 41.870 42.965 44.053 39.554 Total RD 350.482 357.606 365.044 380.658 389.299 397.876 403.393 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE O exemplo de Petrolina mostra a dinâmica existente no meio urbano em termos de quantidade de domicílios acrescidos nos últimos anos. Em 2000, segundo o censo, havia 50.596 domicílios no município. Já no ano 2006, segundo a Celpe, havia 62.522 consumidores residenciais, logo arbitrando que para cada ligação elétrica existe um domicílio, temos aproximadamente um acréscimo de quase 12.000 unidades urbanas em um período de apenas 6 anos, representando quase 2.000 unidades habitacionais por ano construídas no município. Tabela 9: Indicadores Demográficos – Sertão do São Francisco Municípios Afrânio Cabrobó Dormentes Lagoa Grande Orocó Petrolina Santa Maria da Boa Vista Densidade demográfica (hab/km²) 10,13 16,48 10,40 10,26 19,32 46,13 12,45 1991-2000 Taxa de urbanização (%) 26,54 58,97 26,61 45,21 33,01 76,09 37,94 Taxa geométrica de crescimento anual (%) 1,35 1,23 1,15 0,1 3,35 -1,43 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Obs: O município de Lagoa Grande em 1991 pertencia ao Município de Santa Maria da Boa Vista, emancipando-se em 1997. 2 Dados da contagem IBGE 2007. 25 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ ECONOMIA A economia da RD Sertão do São Francisco é bastante diversificada e está baseada na fruticultura irrigada, agroindústria e mais recentemente no setor de serviços, principalmente educacionais e de saúde. A população economicamente ativa é de 145.184 habitantes dos quais 124.129 estão ocupados nos seguintes setores produtivos: a agropecuária (40,8%), comércio e serviços (15,4%), indústria de transformação (5,7%) e educação (5,4%). Os demais 32,7% estão distribuídos em outros setores como administração pública, construção civil, transporte e armazenagem, serviços domésticos, entre outros. Essa distribuição estará sujeita em breve ao impacto da construção de ponte sobre o rio São Francisco, em Ibó. Segundo estimativas para o ano de 2004, o Produto gerado era de mais de 2,3 bilhões de reais, representando 4,84% do total do estado, estando em crescimento acelerado, com média entre 1998 e 2004 de 8,5%, bem acima de Pernambuco. Em 2004 o crescimento superou 12%. O PIB per capita era de mais de R$ 6.000,00 para 2004, crescendo 50% em apenas 3 anos. Esse desempenho econômico impulsionou outros setores, a exemplo do comércio e da fabricação de vinhos. Quadro 1: Produto Interno Bruto – Pernambuco / Municípios Sertão do São Francisco PIB no ano 2004 Taxa de crescimento (%) Per capita em Em R$ 1000 % PE % RD Anual 2004 Médio 98/04 (a.a) R$ 2.306.441 6.059 4,84 100,00 12,1 8,48 Composição Setorial (%) Agropecuário Industrial Serviços 41,94 14,28 43,78 FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. Quadro 2: Principais Atividades Econômicas na Geração do PIB - Municípios do Sertão do São Francisco Principais atividades econômicas na geração do PIB A fruticultura irrigada constitui a maior contribuição para o dinamismo econômico da Região, onde se destacam os municípios de Petrolina (maior produtor de manga e goiaba e o 3º de uva do país), Santa Maria da Boa Vista (11º produtor de uva do país e 3º do Nordeste) e Lagoa Grande (10º produtor de uva do país e 2º do Nordeste). Na agropecuária, outros produtos são: goiaba, banana, manga, côco-da-baía, cebola e melancia. Ao todo representam 23% do setor e 34% da agricultura de Pernambuco. FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. 26 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 10: PIB per capita - Municípios do Sertão do São Francisco 2004 Municípios PIB (R$1.000) PIB per capita (R$) Participação no Estado %) 39.313 130.517 46.943 141.557 65.612 1.609.721 272.778 2.474 4.634 3.099 6.619 6.034 6.509 6.515 0,08 0,27 0,1 0,3 0,14 3,37 0,57 Afrânio Cabrobó Dormentes Lagoa Grande Orocó Petrolina Santa Maria da Boa Vista FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. Na RD do Sertão do São Francisco observam-se problemas como : ausência de tratamento de esgotos, além da falta de local adequado para destinação final do lixo. Os indicadores refletem os baixos níveis de poder aquisitivo e educacional, as precárias condições de habitação e saneamento da população. A taxa de domicílios com abastecimento d’água inadequado é de 21%, estando um pouco superior a de Pernambuco que é de 17,0%. A população urbana tem acesso a rede de abastecimento d’água e a rural se abastece de poços, chafarizes e carros-pipa, notadamente da época da estiagem. O esgotamento sanitário na RD é deficitário com exceção de Petrolina. A Região carece da implantação de um sistema compartilhado de tratamento e destinação do lixo. CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS A RD apresenta as cadeias produtivas competitivas da fruticultura irrigada, da agroindústria e, em especial, da vitivinicultura sem, entretanto, repassar os benefícios ao conjunto maior da população. A fruticultura irrigada, consolidada e em expansão, ocupa uma área de 35.000 hectares, com as culturas da manga, uva, banana, goiaba, côco verde e acerola, entre outras. Emprega em média 2,38 pessoas por hectare. O número de empregos diretos criados é de 83.200 e os indiretos são da ordem de 332.800. O Vale do São Francisco, principalmente as cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), é o maior pólo exportador de frutas do Brasil, com destaque para a uva e a manga, responsáveis por 93% e 90%, respectivamente, das vendas externas, e é também o maior produtor de uvas de mesa do país. 27 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ O município de Cabrobó é responsável por 60% da produção de arroz, colocando-o na posição de maior produtor do Estado, e por 17% da produção de cebola de Pernambuco. A agroindústria encontra-se em expansão, notadamente a produção de vinhos finos em Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina. Onze das doze vinícolas do Vale de São Francisco estão instaladas em Pernambuco, com plantio de 800 hectares de uvas viníferas e previsão de ampliação para 2.000 hectares até para os próximos anos. Nesse setor foram investidos cerca de R$ 50 milhões pela iniciativa privada e R$ 30 milhões pelo poder público, contribuindo para a geração de 5.000 empregos, consolidando a Região como o 2º maior produtor de vinhos do Brasil. A caprinovinocultura e a bovinocultura são exploradas extensivamente, destacando Petrolina e Dormentes como os maiores produtores de ovinos do Estado. A bovinocultura é uma atividade direcionada para a produção de derivados do leite, principalmente de doce de leite, nos municípios de Afrânio e Dormentes - que também se destacam pela produção de rapadura - e de iogurte em Petrolina e Afrânio. A dinâmica econômica da Região tem favorecido o desenvolvimento de outras cadeias produtivas, a exemplo do terciário moderno: serviços médicos e jurídicos, turismo de negócios e ensino técnico e de nível superior. A importância econômica do município de Petrolina ultrapassa os limites estaduais, constituindo-se em pólo comercial para os Sertões Pernambucano, Baiano e Piauiense. Artefatos de madeira (especialmente as carrancas), de cerâmica, de couro e de palha destacam-se na produção artesanal. PROJETOS ESTRUTURADORES Canal do Sertão; Projeto de Irrigação do Pontal; Hidrovia do São Francisco; Ramal da Transnordestina. AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO Apoio à caprinovinocultura e agricultura irrigada; Expansão agrícola a partir da futura transposição do Rio São Francisco; Fortalecimento dos arranjos produtivos locais de biodiesel, vitivinicultura, fruticultura, caprinovinocultura e artesanato; 28 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Ações de conservação e manutenção do distrito industrial de Petrolina; Consolidação do centro tecnológico da vitivinicultura e aumento do número de vagas na unidade da Universidade de Pernambuco em Petrolina; Assistência técnica e apoio aos assentamentos; Reestruturação dos conselhos municipais de desenvolvimento sustentável; Consolidação de um consórcio regional; Ampliação de bolsas de estudos para pesquisa e programa de fixação de pesquisadores na região; Estradas: Estrada Jutaí/Açude do Saco; trecho dormentes/lagoa; trecho entrocamento Jutaí/Urimamã; trecho Dormentes/Santa Filomena; Reforma do aeródromo de Santa Maria da Boa Vista; Descentralização do DETRAN; Transposição do Rio São Francisco (eixo norte); Projeto de irrigação do pontal; Revitalização da bacia do Rio São Francisco (saneamento básico e ambiental, macrodrenagem, resíduos sólidos, contenção de desmoronamento de barreiras e melhoria da navegabilidade); Ampliação do sistema de abastecimento d’água e implantação de sistema de controle de perdas; Consolidação da rota turística Sertão do São Francisco (Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista); Programa de correção de fluxo para 24.000 alunos, até 2009; Laboratórios de informática em 64 escolas estaduais; melhoria das instalações em 36 escolas estaduais; Centro de diagnóstico para saúde da mulher; Implantação das ações de alta complexidade em oncologia – Petrolina; Funcionamento do hospital de trauma de Petrolina Adequação da maternidade de Cabrobó; Incentivo estadual para atenção primária à saúde; Redução do déficit habitacional; Programa estadual de tratamento de resíduos sólidos; Programa de erradicação do trabalho infantil; 29 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Centro da juventude e centro de defesa da vida, para promover cidadania e direitos humanos; Municipalização dos programas de liberdade assistida e sócio-educativos; Integrar políticas de ressocialização com as de saúde, educação, assistência social trabalho; Conselhos municipais e comunitários de segurança pública; Patrulha escolar e programa educacional de resistência às drogas nas escolas; Resgate do Projeto Pajeú/ Moxotó do governo federal; Transformação da companhia independente da polícia militar de Cabrobó em batalhão; Transformação da CIATUR e da CIPOMA em batalhões de polícia especializada; Centro de atendimento especializado nas delegacias; Agência de inteligência na delegacia de Petrolina e intensificação da operação polígono na região; Interiorização do Projeto de Olho na Rua; Programa Academia das Cidades; Equipamentos esportivos e programa segundo tempo nas escolas; Plano Regional de Cultura; Equipamento cultural regional, articulado com as escolas públicas estaduais; Recuperação e conservação do patrimônio histórico-cultural e arqueológico; Valorização das identidades étnicas, artesanais e musicais, entre outras. 1.1.2.2 Região de Desenvolvimento – Sertão do Araripe A Região de Desenvolvimento do Sertão do Araripe está localizada no Sertão Pernambucano, com uma área de 11.969,5 Km2, representando 11,8% do Estado. É constituída por dez municípios: Araripina, Bodocó, Exu, Granito, Ipubi, Moreilândia, Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena, Trindade e tem uma população de 277.362 habitantes, segundo o censo de 2000. A sua economia RD é caracterizada pela exploração da gipsita no chamado Pólo Gesseiro, pelas culturas de subsistência nas áreas de sequeiro e pela pecuária extensiva (exploração da bovino/caprinonocultura) e agricultura diversificada na Chapada do Araripe (produção da mandioca). A região concentra 40% das reservas de gipsita do mundo. 30 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ O principal acesso ao Sertão do Araripe é através das BRs 232, 316, 122 e 166 e pelas PEs 507,555, 585 e 630, nas quais circulam praticamente toda a produção e abastecimento. Pela BR 122, que corta a Região, no sentido, norte-sul, ligando o Crato, no Ceará a Petrolina, hoje é escoada 70% da produção gesseira para o sul e sudeste do país. Os custos de transporte tornam caro o produto local. Neste sentido, os transportes ferroviário e hidroviário são alternativas para redução dos custos dos fretes. A cidade mais importante é Araripina. O Sertão do Araripe também registra grandes carências nas condições de vida de sua população, notadamente nas áreas de renda, esgotamento sanitário, abastecimento d’água, mortalidade infantil e educação básica, tendo como maior desafio alcançar um desenvolvimento mais equilibrado e distributivo, oferecendo melhores condições de renda e de vida a sua população. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH Para o ano 2000 o IDH da Região era de 0,620, inferior ao de Pernambuco (0,692). Entre os municípios, os maiores índices são os de Araripina (0,650) e Trindade (0,641). Os destaques em termos das áreas do desenvolvimento humano são saúde, representada pela longavidade em Araripina e a educação em Moreilândia, com índices superiores aos dos outros municípios da RD. Tabela 11: Evolução do IDH e seus componentes - Municípios da RD Sertão do Araripe 1991 2000 Municípios IDHM IDHM-R IDHM-L IDHM-E IDHM IDHM-R IDHM-L IDHM-E Araripina 0,531 0,473 0,581 0,539 0,65 0,565 0,712 0,674 Bodocó 0,499 0,446 0,546 0,504 0,611 0,496 0,686 0,652 Exu 0,498 0,444 0,563 0,488 0,592 0,482 0,624 0,67 Granito 0,516 0,406 0,608 0,534 0,597 0,475 0,657 0,66 Ipubi 0,475 0,455 0,581 0,389 0,6 0,515 0,657 0,628 Moreilândia 0,504 0,376 0,61 0,525 0,616 0,47 0,657 0,722 Ouricuri 0,501 0,469 0,546 0,488 0,614 0,549 0,624 0,669 Santa Cruz 0,445 0,35 0,601 0,383 0,579 0,46 0,668 0,609 Santa Filomena 0,443 0,323 0,607 0,399 0,582 0,427 0,677 0,642 Trindade 0,533 0,491 0,581 0,528 0,641 0,638 0,606 0,679 FONTE: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/Instituto de Pesquisas Econômicas. 31 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA A RD do Araripe concentra 3,5% da população de Pernambuco, alcançando mais de 277.000 habitantes, segundo o censo 2000. A população rural era de 152.907 habitantes, predominando sobre a população urbana, que chegava a 124.455 habitantes. Os municípios mais populosos são Araripina com 70.898 habitantes e Ouricuri com 56.733. Para o ano 2006, a estimativa é de haver mais de 290.000 habitantes, com taxa média anual de crescimento relativamente baixo, mostrando um crescimento populacional pouco dinâmico. Araripina e Ouricuri juntas representam quase 50% do total da população da RD. Tabela 12: Estimativa da População por Município - Sertão do Araripe Municípios 2001 2002 2003 2004 Total do Estado 2005 2006 20073 8.008.207 8.084.667 8.161.862 8.323.911 8.413.593 8.502.603 8.487.072 Araripina 71.817 73.068 74.075 76.189 77.359 78.520 76.598 Bodocó 32.106 32.409 32.724 33.385 33.751 34.114 33.255 Exu 32.474 32.524 32.571 32.670 32.725 32.779 30.569 Ipubi 23.483 23.423 23.600 23.971 24.177 24.381 25.893 Moreilândia 11.066 10.955 10.881 10.725 10.638 10.552 11.148 Ouricuri 57.078 57.521 57.886 58.653 59.078 59.499 62.367 Santa Cruz 11.390 11.449 11.535 11.715 11.815 11.914 13.642 Santa Filomena 12.366 12.528 12.720 13.123 13.345 13.567 13.930 Trindade 22.298 22.589 22.895 23.536 23.892 24.244 24.544 Total 274.078 276.466 278.887 283.967 286.780 289.570 291.956 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. As informações demográficas mostram uma região principalmente rural e com baixa densidade demográfica, exceto na cidade de Trindade e com taxa de crescimento populacional pouco expressiva. 3 Dados da Contagem Populacional IBGE 2007. 32 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 13: Indicadores Demográficos – Sertão do Araripe Municípios Densidade demográfica (hab/km²) 37,19 19,86 21,7 23,8 18,02 23,9 7,9 14,42 96,06 Araripina Bodocó Exu Ipubi Moreilândia Ouricuri Santa Cruz Santa Filomena Trindade 2000 Taxa de urbanização (%) 48,87 29,32 35,53 58,32 50,25 46,9 25,4 13,97 78,41 Taxa geométrica de crescimento anual (%) 1,76 1,2 0,17 0,91 -0,73 0,9 0,93 1,23 1,73 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Neste sentido, comparando os dados do censo 2000 e as informações da Celpe, encontrase uma dinâmica de construção de domicílios muito pequena. Utilizando o exemplo do município de Ouricuri, verifica-se que o total de domicílios, no ano 2000, era de 12.536 e o número de consumidores residenciais chegou 12.831, sendo considerado um domicílio para cada ligação elétrica, tem-se que houve um crescimento de apenas 295 domicílios (ou residências) em 6 anos. Ou seja, menos de 50 novas construções residenciais entre 2000 e 2006. ECONOMIA A economia da RD está baseada na produção de gesso, mandioca, bovino/caprinovinocultura e apicultura. O setor de serviços é o mais importante com 65% do PIB. A população economicamente ativa é de 97.505 habitantes dos quais 85.958 estão ocupados nos seguintes setores produtivos: a agropecuária (50,1%), comércio e serviços (10,8%), indústria de transformação (8,4%) e educação (5,6%). Os demais 25,1% estão distribuídos em outros setores como administração pública, construção civil, transporte e armazenagem, serviços domésticos, entre outros. A riqueza gerada na região, para o período 1998 a 2004, teve taxa de crescimento relativamente baixa, inferior à média do Estado e de RDs vizinhas. No último ano medido, 2004, o PIB decresceu em 0,4%, alcançando quase R$ 768 milhões. O PIB per capita era de R$ 2.650,00, menos da metade da RD São Francisco, por exemplo. Representa 1,6% da economia estadual. 33 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Quadro 3: Produto Interno Bruto – Pernambuco / Municípios Sertão do Araripe PIB no ano 2004 Taxa de crescimento (%) Em R$ Per capita % PE % RD Anual 2004 Médio 98/04 (a.a) 1000 em R$ 767.987 2.647 1,61 100,00 -0,4 1,70 Composição Setorial (%) Agropecuário Industrial Serviços 14,79 20,94 64,27 FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. Em termos municipais a cidade mais rica é Araripina, seguida por Ouricuri. Já por habitante Ouricuri supera Araripina, conforme visto nos dados abaixo. Ipubi e Trindade empatam no terceiro lugar, para o valor do PIB per capita. Tabela 14: PIB per capita - Municípios do Sertão do Araripe 2004 Municípios Araripina Bodocó Exu Granito Ipubi Moreilândia Ouricuri Santa Cruz Santa Filomena Trindade PIB (R$1.000) PIB per capita (R$) Participação no Estado (%) 214.195 79.536 78.615 14.683 63.699 29.437 168.005 29.243 28.046 62.529 2.811 2.382 2.406 2.371 2.657 2.745 2.864 2.496 2.137 2.657 0,45 0,17 0,16 0,03 0,13 0,06 0,35 0,06 0,06 0,13 FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. Quadro 4: Principais Atividades Econômicas na Geração do PIB - Municípios do Sertão do Araripe Principais atividades econômicas na geração do PIB O setor de serviços, com 64% do VAB, teve na administração pública sua principal influência com 45%. As atividades da agropecuária vêm em seguida com os principais produtos: bovinos, leite, mandioca (18% da produção de PE) feijão e milho. A construção civil e a indústria de minerais não metálicos foram as atividades industriais de maior influência na geração do VAB total. FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. Na RD do Sertão do Araripe observam-se problemas como: ausência de tratamento de esgotos, além da falta de local adequado para destinação final do lixo. Os indicadores refletem os baixos níveis de poder aquisitivo e educacional, as precárias condições de habitação e saneamento da população e a oferta deficitária dos serviços de saúde. 34 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ A taxa de domicílios com abastecimento d’água inadequado é de 70%, sendo 4 vezes superior a de Pernambuco que é de 17,0%. Quase metade dos domicílios não tem banheiro e entre aqueles que têm, apenas 31% estão ligados à rede de saneamento. Ou seja, praticamente não existe saneamento adequado para a média das cidades da RD Araripe. Quanto ao destino do lixo, apenas 35% é coletado. CADEIAS PRODUTIVAS A cadeia produtiva do gesso destaca-se na RD que, apesar de ser competitiva, não repassa os benefícios para o conjunto maior da população. Os arranjos produtivos mais importantes são os da produção de mandioca, a bovino/caprinocultura e a apicultura. A cadeia do gesso, em fase de consolidação, é baseada nas atividades de extração de gipsita, na fabricação do gesso e na manufatura de artefatos gesseiros utilizados, principalmente, na construção civil e no setor hospitalar. A participação da atividade gesseira no emprego formal total de Trindade é de 50,67%, de Ipubi 41,26% e de Araripina 27,96%. Atualmente esta cadeia produz cerca de 2,5 milhões de toneladas / ano de gesso, chegando a 95% da produção nacional, o que corresponde a um valor de R$ 250 milhões aproximadamente. O número de empregos diretos gerados na Região por esta cadeia é de 12 mil e indiretos de 60 mil. A atividade está concentrada em 350 empresas, entre mineradoras, calcinadoras e fabricantes de pré-moldados, dentre as quais 25 respondem por 67% do volume total da produção. PROJETOS ESTRUTURADORES Canal do Sertão; Adutora do Oeste; Transnordestina. AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO Apoio à caprinovinocultura; pecuária leiteira e apicultura; Reforço à atuação da estação experimental do IPA em Araripina; 35 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Reestruturação dos conselhos municipais de desenvolvimento sustentável; Assistência técnica e apoio aos assentamentos; Apoio à consolidação de um consórcio regional; Fortalecimento dos arranjos produtivos locais nas áreas de gesso, laticínios e apicultura e das ações de conservação e manutenção do Distrito Industrial de Araripina; Consolidação do centro tecnológico do gesso em Araripina e construção do Cefet (escola técnica) em Ouricuri; Centro de ciência com apoio dos municípios da região; Ampliação de bolsas de estudos para pesquisa e programa de fixação de pesquisadores na região; Estradas: vicinal Exú/Zé Gomes; trecho Granito/Timorante; trecho Araripina / Salitre; trecho Dormentes/Santa Filomena; trecho Araripina/Gergelim/Nascente; trecho Santa Filomena/Santa Cruz; trecho Ipubi/Serrolândia; Reforma e ampliação do aeródromo de Araripina; Descentralização do Detran; Fortalecimento do artesanato do couro e do gesso; Plano para nova matriz energética; Implantação do ramal 3 da Adutora do Oeste (Santa Filomena e Santa Cruz); implantação do Canal do Sertão; Programa de correção de fluxo para 14.800 alunos até 2009; Laboratórios de informática em 24 escolas e melhoria das instalações em 8 escolas; Programa Mãe Coruja (redução da mortalidade infantil e materna); Construção e equipagem da maternidade de Ouricuri; Incentivo estadual para atenção primária à saúde; Redução do déficit habitacional; Programa estadual de tratamento de resíduos sólidos; Programa de erradicação do trabalho infantil; Centro da juventude e centro de defesa da vida; 36 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 1.1.2.3 Região de Desenvolvimento – Sertão Central A Região de Desenvolvimento Sertão Central está localizada no Sertão pernambucano, com uma área de 9.144,6 km2. A Região é constituída por 8 municípios: Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, São José do Belmonte, Serrita, Terra Nova e Verdejante, que totalizavam uma população 159.397 habitantes, no ano 2000. A economia do Sertão Central está baseada nos pequenos e médios negócios e entre estes na agropecuária, com destaque para a caprinovinocultura; na pequena indústria; no comércio e serviços; com grandes possibilidades de crescimento da apicultura e no turismo, onde se destaca a Missa do Vaqueiro. A atividade pecuária é extensiva, nas áreas de maior altitude desenvolve-se uma produção agrícola diversificada, destacando-se o feijão, a cebola, o milho e a mandioca. A atividade industrial é caracterizada por pequenos estabelecimentos com uma produção voltada basicamente para o mercado local. Os problemas encontrados nesta RD não diferem das demais regiões do Estado. O Sertão Central apresenta indicadores que refletem os baixos níveis educacionais, e de poder aquisitivo, e uma população com precárias condições de habitação, saúde e saneamento. A degradação e a erosão do solo são também preocupantes, agravadas pelo manejo e o uso de tecnologias inadequadas que trazem prejuízos irreversíveis ao meio ambiente e à economia local. A RD possui uma expressiva malha rodoviária por onde circula praticamente toda a produção de abastecimento, interligando-se aos Estados do Ceará e da Bahia. Esta integração é dada através do município de Salgueiro que, por sua localização estratégica, destaca-se como núcleo articulador do fluxo das BRs 232, 316 e 116. Porém, para expandir o mercado consumidor e consolidar a Região como núcleo de articulação regional e interestadual, alternativas como o transporte ferroviário e a promoção de ações voltadas ao fortalecimento das atividades produtivas existentes tornam-se um grande desafio. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH O IDH da RD Sertão Central é de 0,670, inferior ao de Pernambuco que é de 0,692. Entre os maiores índices estão Salgueiro, 0,708 e Cedro, 0,672. 37 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 15: Evolução do IDH e seus componentes - Municípios da RD Sertão Central 1991 2000 Municípios IDHM IDHM-R IDHM-L IDHM-E IDHM IDHM-R IDHM-L IDHM-E Cedro 0,541 0,416 0,629 0,579 0,672 0,525 0,739 0,753 Mirandiba 0,548 0,437 0,648 0,56 0,636 0,473 0,714 0,721 Parnamirim 0,556 0,432 0,7 0,536 0,665 0,516 0,767 0,712 Salgueiro 0,613 0,556 0,63 0,652 0,708 0,6 0,745 0,779 São José do Belmonte 0,521 0,428 0,628 0,508 0,635 0,509 0,714 0,683 Serrita 0,496 0,424 0,614 0,451 0,645 0,494 0,739 0,703 Terra Nova 0,596 0,509 0,672 0,607 0,666 0,539 0,73 0,729 Verdejante 0,53 0,424 0,648 0,519 0,65 0,488 0,746 0,716 FONTE: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/Instituto de Pesquisas Econômicas. Nota: Componentes do IDH-M: IDHM-E, para Educação; IDHM-L, para Longevidade (ou Saúde) e IDHM-R, para Renda. Destacam-se os índices de longevidade, relativamente altos para todos os municípios, sendo o maior em Parnamirim. A educação, em termos medianos, também se apresenta com bons indicadores, sendo o maior índice encontrado em Salgueiro. POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA A RD Sertão Central concentra cerca de 2,0% da população do Estado, contando com um total de 159.397 habitantes, no ano 2000. Neste mesmo ano, a população urbana era de 84.057 habitantes, predominando sobre a população rural, que era de 75.340 habitantes. Em 5 (cinco), dos 8 (oito) municípios da RD a população rural predomina sobre a urbana. Os municípios mais populosos são: Salgueiro e São José do Belmonte. Para 2006, a estimativa era de haver um total de quase 164.500 habitantes, apenas 4.000 a mais em relação ao censo. Isto mostra uma dinâmica populacional muito baixa, havendo inclusive a previsão de queda no total de habitantes para o município de Serrita. 38 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 16: Estimativa da População por Município - Sertão Central Municípios 2001 2002 2003 2004 Total do Estado 8.008.207 8.084.667 8.161.862 8.323.911 Cedro 9.615 9.666 9.719 9.831 Mirandiba 13.156 13.176 13.201 13.253 Parnamirim 19.350 19.403 19.456 19.568 Salgueiro 52.087 52.488 52.914 53.808 São José do Belmonte 31.720 31.786 31.848 31.979 Serrita 17.695 17.604 17.490 17.252 Terra Nova 7.622 7.695 7.777 7.949 Verdejante 8.935 8.996 9.066 9.212 Total RD Sertão Cental 160.180 160.814 161.471 162.852 2005 8.413.593 9.893 13.282 19.629 54.303 32.051 17.121 8.045 9.293 163.617 2006 8.502.603 9.955 13.310 19.690 54.794 32.123 16.990 8.140 9.374 164.376 20074 8.487.072 10.283 13.513 19.785 53.422 32.471 18.238 8.842 9.536 166.090 FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. Os indicadores demográficos reforçam a constatação do baixo crescimento populacional. A densidade demográfica é baixa e a taxa de crescimento anual da população dos municípios da RD é menor que 1%, exceto em Terra Nova. Tabela 17: Indicadores Demográficos – Sertão Central 2000 Municípios Cedro Mirandiba Parnamirim Salgueiro São José do Belmonte Serrita Terra Nova Verdejante Densidade demográfica (hab/km²) 55,43 17,04 7,45 29,87 21,32 11,19 20,84 19,78 Taxa de urbanização (%) Taxa geométrica de crescimento anual (%) 52,53 48,58 37,96 77,35 46,64 24,76 52,79 26 0,66 0,22 0,32 0,99 0,23 -0,7 1,33 0,94 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE O exemplo do município de Salgueiro contrasta com a realidade dos outros municípios, exceto Terra Nova, um município recente. Uma estimativa do crescimento do total de domicílios nesta cidade através do cotejamento dos dados do censo 2000 com as informações da Celpe, mostra que havia 11.824 domicílios, no ano 2000, e 13.136 consumidores residenciais no ano 2006. Arbitrando-se que cada consumidor seja um domicílio temos um crescimento de 1.300 residências em 6 anos, sendo construídas pouco mais de 200 por ano. 4 Dados da Contagem IBGE 2007. 39 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ ECONOMIA A economia da RD Sertão Central está baseada na agropecuária, na pequena indústria e no comércio e serviços. O PIB total não ultrapassou os R$ 500 milhões em 2004, representando menos de 1% do total do Estado. Já a taxa de crescimento média não é pequena chegando perto de 3% para o período 1998 a 2004. Em 2004, como em outras RDs, houve uma redução no ritmo de crescimento, pouco mais da metade do observado no período de referencia. Quadro 5: Produto Interno Bruto – Pernambuco / Municípios Sertão Central PIB no ano 2004 Taxa de crescimento (%) Em R$ Per capita % PE % RD Anual 2004 Médio 98/04 (a.a) 1000 em R$ 474.123 2.911 0,99 100,00 1,5 2,81 Composição Setorial (%) Agropecuário Industrial Serviços 22,73 14,45 62,83 FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. Em termos municipais, o maior PIB está em Salgueiro, com mais de 35% do PIB da RD. Para o PIB per capita, Salgueiro, com R$ 3.093,00 por ano, é superado por Terra Nova com R$ 3.642,00. O PIB per capita da RD era de pouco mais 2.900 em 2004. Tabela 18: PIB per capita - Municípios do Sertão Central Municípios Cedro Mirandiba Parnamirim Salgueiro São José do Belmonte Serrita Terra Nova Verdejante PIB (R$1.000) 28.029 31.599 56.463 166.418 95.119 45.295 28.951 22.248 2004 PIB per capita (R$) 2.851 2.384 2.885 3.093 2.974 2.625 3.642 2.415 Participação no Estado (%) 0,06 0,07 0,12 0,35 0,2 0,1 0,06 0,05 FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. 40 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Quadro 6: Principais Atividades Econômicas na Geração do PIB - Municípios do Sertão Central Principais atividades econômicas na geração do PIB O setor de Serviços, com 63% do VAB, teve na administração pública com 41% a sua maior influência. As atividades da agropecuária com os principais produtos: bovinos, cebola, feijão, tomate, leite e milho vêm em seguida. A construção civil foi a atividade do setor industrial de maior influência na geração do VAB total. FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. A população economicamente ativa é de 58.489 habitantes, dos quais 50.354 estão ocupados nos seguintes setores produtivos: agropecuária (48,6%), comércio e serviços (11,2%), administração pública (7,0%) e educação (6,1%). Os demais 27,1% estão distribuídos em outros setores produtivos, tais como indústria da transformação, construção civil, alojamento e alimentos, transporte e armazenagem, serviços domésticos, entre outros. Na RD Sertão Central observam-se problemas como ausência de tratamento de esgotos, precárias condições de habitação e de saneamento, além da falta de local adequado para destinação final do lixo. Neste caso, pouco mais de 41% do lixo gerado na RD é coletado. O município em melhor situação é Salgueiro, com 54%, mas ainda muito inferior ao Estado. A taxa de domicílios com esgotamento sanitário inadequado na RD é de 62,3% é superior a do Estado (56,2%) é a quinta mais elevada entre as RDs. Já as taxas de mortalidade infantil (24,0 crianças em 1.000 nascidos vivos) e a de analfabetismo são das mais baixas entre as 12 RDs. CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS Os produtos agrícolas são o destaque na RD. Os principais são: milho, mandioca e, principalmente, feijão e cebola. O município de São José do Belmonte responde por 4,0% da produção de feijão do Estado e a RD por 7,0%. Parnamirim e Terra Nova, juntos, participam com 26,0% da produção de cebola do Estado e a RD com 32,6%. Observa-se que estas culturas representam quase a totalidade do valor da produção agrícola em alguns de seus municípios a exemplo de Terra Nova (94,4%), Parnamirim (70,7%) e São José do Belmonte (61,6%). Destacam-se os arranjos produtivos da caprinocultura, e apicultura. A Missa do Vaqueiro em Serrita é um grande acontecimento turístico para a RD. É celebrada anualmente, desde 1971, em homenagem a bravura e à fé do homem sertanejo, concentrando cerca de 600 vaqueiros e 6 mil pessoas. Na semana de celebração da missa, o 41 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ município entra em clima de festa, com vaquejada, feira de artesanato, culinária típica e música sertaneja. A população economicamente ativa é de 58.489 habitantes, que estão ocupados nos seguintes setores produtivos: agropecuária (48,6%), comércio e serviços (11,2%), administração pública (7,0%) e educação (6,1%). Os demais 27,1% estão distribuídos em outros setores produtivos como construção civil, indústria da transformação, alojamento e alimentação, transporte e armazenagem, entre outros. PROJETOS ESTRUTURADORES Transposição do Rio São Francisco (Eixo Norte); Transnordestina; Canal do Sertão; Ponte do Ibó. AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO Apoio à pecuária de corte; culturas de cebola, sorgo, tomate e mamona; Assistência técnica e apoio aos assentamentos Reestruturação dos conselhos municipais de desenvolvimento sustentável; Consolidação de um consórcio regional; Expansão agrícola a partir da futura implantação da transposição do Rio São Francisco; Fortalecimento dos arranjos produtivos locais de caprinovinocultura, apicultura e artesanato; Novo distrito industrial em Salgueiro; Centro de ciência com apoio dos municípios; Construção do CEFET (escola técnica) no município de Salgueiro; Ampliação de bolsas de estudos para pesquisa e programa de fixação de pesquisadores na região; Implantação e pavimentação da PE 425 (26 km); Estradas: trecho Mirandiba / Carnaubeira da Penha; trecho São José do Belmonte / Carmo; trecho Terra Nova / Cabrobó; entroncamento BR 116 / Conceição das Crioulas; Descentralização do Detran; 42 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Pólo de Logística e distribuição, em Salgueiro; Ampliação e melhoria da adutora de Salgueiro; Recuperação e manutenção da barragem do chapéu; Transposição do Rio São Francisco (eixo norte); Canal do Sertão; Programa de correção de fluxo para 10.600 alunos até 2009; Laboratórios de informática em 19 escolas estaduais; melhoria das instalações em 12 escolas estaduais; Centro de diagnóstico para a saúde da mulher; Unidade descentralizada do Hemope – Salgueiro; Incentivo estadual para atenção primária da saúde; Redução do déficit habitacional; Programa estadual de tratamento de resíduos sólidos. Programa de erradicação do trabalho infantil; Centro da juventude e centro de defesa da vida; Políticas preventivas da violência, como as penas alternativas e mediação de conflitos; Integração das políticas de ressocialização com as de saúde, educação, assistência social e trabalho; Conselhos municipais e comunitários de segurança pública; Aumento do efetivo policial; Resgate do projeto Pajeú/Moxotó do Governo Federal; Centro de atendimento especializado nas delegacias; Patrulha escolar e programa educacional de resistência às drogas nas escolas; Agência de inteligência na delegacia de Salgueiro e intensificação da Operação Polígono na região; Programa Academia das Cidades; Equipamentos esportivos e Programa Segundo Tempo nas escolas; Plano regional de cultura; Equipamento cultural regional, articulado às escolas públicas estaduais; Programa de erradicação do trabalho infantil; Centro da juventude e centro de defesa da vida; Políticas preventivas da violência, como as penas alternativas e mediação de conflitos; 43 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Integração das políticas de ressocialização com as de saúde, educação, assistência social e trabalho; Conselhos municipais e comunitários de segurança pública; 1.1.2.4 Região de Desenvolvimento – Sertão do Itaparica A Região de Desenvolvimento do Sertão do Itaparica situa-se no sudoeste do Sertão pernambucano, com uma área de 9.589,8 km2, que corresponde a 9,69% do território estadual. É formada pelos municípios de Belém do São Francisco, Carnaubeira da Penha, Floresta, Itacuruba, Jatobá, Petrolância e Tacaratu. Sua economia é caracterizada pela agricultura irrigada, pela piscicultura e exploração das áreas de sequeiro com agricultura de subsistência e, particularmente, a caprinocultura, responsável por 33% da criação do Estado. Situada no semi-árido nordestino, a região sofre com as adversidades climáticas, econômicas, sociais e ambientais, e enfrenta ainda séria restrição de solo, agravada pela sua má utilização, tornando suas atividades econômicas incipientes e com potencialidades restritas. Por outro lado, a RD é beneficiada pelo Rio São Francisco e pelo Lago de Itaparica, que representam um fator econômico importante para a região, como indutores de desenvolvimento das atividades produtivas desta base territorial. Apesar deste contexto, tem problemas relacionados à água, saneamento, segurança e renda, tendo como maior desafio, alcançar um desenvolvimento mais equilibrado e distributivo, oferecendo melhores condições de vida a sua população. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH O IDH da RD Sertão do Itaparica é de 0,657, inferior ao de Pernambuco que é de 0,692. Entre os maiores índices estão Floresta – 0,698 e Petrolândia 0,688. Setorialmente destacam-se Floresta e Petrolândia no componente longevidade e Floresta e Jatobá no componente educação. Na prática o que faz o IDH dos municípios da RD serem inferiores à média do Estado, exceto Floresta, é o componente renda relativamente baixo, estando em situação muito ruim o município de Carnaubeira da Penha. 44 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 19: Evolução do IDH e seus componentes - Municípios da RD Itaparica 1991 Municípios IDHM IDHM-R IDHM-L IDHM-E IDHM Belém de São Francisco 0,577 0,5 0,665 0,566 0,669 Carnaubeira da Penha 0,466 0,39 0,553 0,454 0,537 Floresta 0,619 0,525 0,697 0,636 0,698 Itacuruba 0,62 0,57 0,688 0,601 0,684 Jatobá 0,605 0,549 0,63 0,637 0,686 Petrolândia 0,615 0,542 0,63 0,672 0,688 Tacaratu 0,533 0,484 0,553 0,563 0,585 2000 IDHM-R IDHM-L IDHM-E 0,564 0,737 0,706 0,394 0,598 0,619 0,564 0,758 0,773 0,567 0,726 0,759 0,554 0,726 0,778 0,566 0,741 0,757 0,482 0,598 0,676 FONTE: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/Instituto de Pesquisas Econômicas POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA O Sertão de Itaparica concentra 1,5% da população de Pernambuco, perfazendo um total de 109.259 habitantes, no ano 2000. A população urbana era de 63.958 habitantes, predominando sobre a população rural, que era de 24.729 habitantes. Os municípios mais populosos são Petrolândia, com 27.320 habitantes e Floresta, com 44.169 habitantes. A estimativa para 2006 é de haver pouco mais de 122.000 habitantes somados os seus 7 municípios, um crescimento de menos de 5.000 habitantes nestes 6 anos. Tabela 20: Estimativa da População Residente - Municípios do Sertão do Itaparica Municípios 2001 2002 2003 2004 2005 Total 8.008.207 8.084.667 8.161.862 8.323.911 8.413.593 Belém de São Francisco 19.877 19.620 19.347 18.775 18.458 Carnaubeira da Penha 10.319 10.241 10.166 10.007 9.920 Floresta 25.162 25.480 25.829 26.561 26.966 Itacuruba 3.734 3.758 3.799 3.885 3.933 Jatobá 13.386 13.562 13.755 14.158 14.382 Petrolândia 27.937 28.485 29.025 30.160 30.788 Tacaratu 17.065 17.042 17.017 16.965 16.936 Total RD 117.480 118.188 118.938 120.511 121.383 2006 8.502.603 18.143 9.833 27.368 3.980 14.603 31.412 16.907 122.246 2007 8.487.072 20.572 11.663 26.614 4.097 14.036 30.621 20.312 127.915 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A taxa de crescimento anual da população da RD para a década de 90 foi muito baixa, menos de 1% ao ano, inclusive com a maioria dos municípios com taxa negativa, configurando serem expulsadores e não atratores de população, fato que é uma das características marcantes na RD. 45 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 21: Taxa de Crescimento Anual da População - Sertão do Itaparica 2000 Municípios Densidade demográfica Taxa de (hab/km²) urbanização (%) Belém de São Francisco 11,01 58,41 Carnaubeira da Penha 10,45 10,78 Floresta 6,73 62,87 Itacuruba 8,4 88,12 Jatobá 47,31 41,16 Petrolândia 25,21 71,74 Tacaratu 13,69 42,36 Taxa geométrica de crescimento anual (%) -1,43 -0,79 1,75 1,36 -2,06 -0,17 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Já a distribuição espacial da população acontece de maneira diferenciada, algumas muito urbanas, como Itacuruba e outras muito rurais, como Carnaubeira da Penha. A densidade demográfica também é muito variável, passando de 6 habitantes por quilômetro quadrado, em Floresta, até 47, em Jatobá. As localidades onde se apresentam maior concentração de população encontram-se ao longo do Rio São Francisco, enquanto a área de sequeiro apresenta baixa densidade demográfica. A construção do Lago do Itaparica gerou mudança cujo impacto ainda se faz sentir na RD, notadamente no que se refere às populações reassentadas. O baixo dinamismo demográfico esta espelhado também na comparação dos dados do Censo 2000 para o total de domicílios com os da CELPE, para o total de consumidores residenciais, tendo Floresta como exemplo. Nos dados da CELPE havia, em 2006, 5.396 consumidores contra 5.308 domicílios constantes do Censo. Supondo que cada ligação elétrica representa um domicílio, mostra um crescimento de apenas 90 residências na cidade de Floresta em 6 anos ECONOMIA A economia da RD Sertão do Itaparica está baseada na produção agrícola e na pecuária, tem uma economia diversificada, com a participação atual no PIB Estadual de 1,52%, tendo chegado em 2001 a participar com 1,7%. Essa diversificação é demonstrada pela estrutura da economia dos três municípios com maior PIB: Petrolândia, que tem na indústria seu maior peso (70%), onde os chamados Serviços Industriais de Utilização Pública – SIUP representam a atividade principal (geração de energia – casa de força da CHESF). A agropecuária no município 46 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (principais produtos: cebola, melancia e banana) participa com 8% e os serviços com 22 %. Floresta tem a agropecuária como principal atividade, com a produção de melão, tomate, bovinos e a extração vegetal. Belém do São Francisco também tem como principal atividade a agropecuária (42,8%), destacando-se a produção de cebola (21% da produção do Estado), bovinos e extração vegetal. A grande questão atual é o baixo nível de crescimento do PIB, que montou apenas 0,37 na média entre 1998 e 2004, chegando a ser considerado 0% em 2004. Quadro 7: Produto Interno Bruto – Pernambuco / Municípios do Sertão do Itaparica PIB no ano 2004 Taxa de crescimento (%) Per capita em Em R$ 1000 % PE % RD Anual 2004 Médio 98/04 (a.a) R$ 723.038 6.000 1,52 100,00 0,0 0,37 Composição Setorial (%) Agropecuário Industrial Serviços 20,44 44,51 35,05 FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. Por outro lado, o PIB per capita é relativamente alto, destacando-se Petrolândia com mais de R$ 12.000. No entanto, esta riqueza não se transforma em renda, pois a renda per capita local é bastante baixa, inferior à média do Estado. O valor agregado pela geração de energia não se reflete no aumento da renda, mas tem impacto positivo na receita municipal fazendo com que a receita municipal de Petrolândia seja mais de 2,5 vezes maior que a de Belém do São Francisco. Tabela 22: PIB per capita - Municípios do Sertão do Itaparica Municípios Belém de São Francisco Carnaubeira da Penha Floresta Itacuruba Jatobá Petrolândia Tacaratu PIB (R$1.000) 75.404 27.071 139.891 18.484 36.421 386.132 39.635 2004 PIB per capita (R$) 4.016 2.705 5.267 4.758 2.573 12.803 2.336 Participação no Estado (%) 0,16 0,06 0,29 0,04 0,08 0,81 0,08 FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. 47 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Quadro 8: Principais Atividades Econômicas na Geração do PIB - Municípios do Sertão do Itaparica Principais atividades econômicas na geração do PIB A indústria representou o principal setor com cerca de 45% do seu VAB, onde o serviços industriais de utilidade pública é a principal atividade (influência da casa de força da Chesf localizada em Petrolândia). A administração pública vem em seguida com 22%. A agropecuária teve como principais produtos: extração vegetal, cebola (20% da produção de PE), bovinos, melancia, melão (44% da produção de PE) e tomate. Os Arranjos Produtivos Locais mais relevantes são: Caprinocultura, aqüicultura, agricultura irrigada e tecelagem artesanal. FONTE: Agência CONDEPE/FIDEM. A população economicamente ativa, segundo dados do censo 2000, era de 46.285 habitantes, dos quais 38.300 estão ocupados nos seguintes setores produtivos: agropecuária (47,4%), comércio e serviços (10,4%), administração pública (8,8%) e indústria de transformação (7,8%). Os demais 26,4% estão distribuídos em outros setores produtivos como construção civil, alojamento e alimentação, educação, entre outros. A RD apresenta ainda ausência de tratamento de esgotos, precárias condições de habitação e de saneamento, além da falta de local adequado para destinação final do lixo, pois pouco mais de 52% do lixo gerado é coletado. Na RD, apenas os municípios de Itacuruba e Petrolândia possuem sistema de esgoto condominial, tendo condições de saneamento até superiores à média do Estado. Do total de domicílios, apenas 37% dos banheiros estão ligados à rede de saneamento. Em outro aspecto, as informações mostram que a taxa de domicílios com esgotamento sanitário inadequado da Região (60,8%) é pior que a do Estado (56,2%), colocando-a numa posição intermediária entre as RDs. CADEIAS PRODUTIVAS No setor agrícola destacam-se as culturas irrigadas de melão, melancia, tomate e cebola. A RD é a segunda maior produtora de melão, representando 48% do total produzido no Estado. Neste setor, destacam-se os municípios de Floresta, Jatobá e Petrolândia. A Região produz 49% do total de melancia no Estado. Petrolândia é o maior produtor participando com 37% do total da produção dessa fruta, seguido por Belém de São Francisco, Floresta e Jatobá. Quanto ao tomate, a produção da RD é de 14.300 toneladas/ano, representando 16% do total da produção do Estado. Os municípios com maior participação nessa produção são Floresta, Itacuruba, Jatobá e Petrolândia. A RD é também a segunda maior produtora de cebola 48 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ do Estado com uma produção de 16.950 toneladas/ano, representando 35% da produção estadual, onde se destaca o município de Belém de São Francisco. Na pecuária, as atividades estão voltadas para a caprinovinocultura, sendo mais expressiva a criação de caprinos, responsável por 33% da produção do Estado. Na Região, o maior produtor é o município de Floresta com 15,69% da produção de Pernambuco, seguido por Carnaubeira da Penha com 5,65%, Tacaratu com 5,39% e Belém de São Francisco com 2,56%. Na criação de ovinos, o município de Floresta é o terceiro maior produtor do Estado, com 4,45% e o município de Tacaratu o sétimo, com 3,75%. A tecelagem artesanal é destaque na RD, principalmente pela fabricação de redes. Localizada no distrito de Caraibeiras, no município de Tacaratu, a produção ainda é caracterizada por tecnologia rudimentar com a utilização de teares manuais ou mecânicos. A atividade envolve cerca de 85% da população economicamente ativa do distrito e possui uma forte segmentação da cadeia produtiva passando pela produção, montagem e acabamento das peças, envolvendo diferentes categorias de artesãos/empresários. A atividade turística é incipiente. No entanto, a presença do rio São Francisco favorece a exploração de atividades ecoturísticas e o Lago de Itaparica oferece condições para a prática de modalidades náuticas, para a pesca artesanal e competições sub-aquáticas. O artesanato indígena e a gastronomia local são outros atrativos da Região. Itacuruba produz 20 toneladas/mês de peixes e comercializa 400.000 alevinos/mês para todo o Nordeste. PROJETOS ESTRUTURADORES Transposição do Rio São Francisco (EIXO LESTE); Adutoras do Pajeú e do Agreste; Irrigação; Piscicultura. AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO Apoio à piscicultura e agricultura irrigada; Fortalecimento dos arranjos produtivos locais nas áreas de caprinovinocultura e artesanato; 49 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Reforço à atuação da estação experimental do IPA em Belém do São Francisco; Assistência técnica e apoio aos assentamentos; Reestruturação dos conselhos municipais de desenvolvimento sustentável; Apoio à consolidação de um consórcio regional; Ampliação de bolsas de estudos para pesquisa e programa de fixação de pesquisadores na região; Estradas: trecho Floresta / Carnaubeira da Penha; trecho Mirandiba / Carnaubeira da Penha; Trecho entroncamento PE 422 / Vila do Coité; trecho entroncamento BR – 428 / Trevo do Ibó; Vias de acesso aos povos índigenas Pankará com passagem molhada; Descentralização do Detran; Adutora do Pajeú; Ponte do Ibó; transposição do Rio São Francisco (eixo leste); Programa de correção de fluxo – para 7.000 alunos, até 2009; Laboratórios de informática em 69 escolas e melhoria das instalações em 14 escolas; Incentivo estadual para atenção primária à saúde; Redução do déficit habitacional; Programa estadual de tratamento de resíduos sólidos; Programa de erradicação do trabalho infantil; Centro da juventude e centro de defesa da vida, para promover cidadania e direitos humanos; Políticas preventivas da violência, como as penas alternativas e mediação de conflitos; Conselhos municipais e comunitários de segurança pública; Intensificação da Operação Polígono na região; Resgate do Projeto Pajeú/Moxotó do Governo Federal; Transformação da Companhia Independente da Polícia Militar de Belém de São Francisco em batalhão; Transformação da Ciatur e da Cipoma em batalhões de polícia especializada; Centro de atendimento especializado nas delegacias; Patrulha escolar e programa educacional de resistência às drogas nas escolas; Programa academia das cidades; Programa segundo tempo (esportes nas escolas); 50 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Plano regional de cultura; Equipamento cultural regional, articulado às escolas públicas estaduais; Valorização das identidades étnicas; Apoio e difusão da cultura regional com ênfase no artesanato (tapeçaria e redes em Tacaratu). 1.1.2.5 Região de Desenvolvimento - Sertão do Pajeú A RD apresenta uma relativa escassez de oferta de recursos naturais, com presença de centros urbanos distribuidores de mercadorias importantes, destacando-se Serra Talhada e Afogados da Ingazeira, que tem suas funções urbanas vinculadas ao comércio varejista. Concentra 2,0% do PIB estadual e sua economia está baseada na agropecuária (São José do Egito é o quarto maior criador de aves do Estado, com 4,7% da produção estadual, e Serra Talhada concentra o maior rebanho ovino e caprino da RD); indústria; comércio e serviços; e, recentemente, o turismo em Triunfo. Este município, com suas baixas temperaturas e acervo arquitetônico preservado, integra o Circuito do Frio. As estratégias de desenvolvimento adotadas pelo Governo do Estado para a RD basearse-ão no desenvolvimento da cadeia produtiva da caprinovinocultura, tendo como foco as micro e pequenas empresas, estimulando na região o associativismo/cooperativismo. Para apoiar essa estratégia foi prevista a implantação do Centro Tecnológico da Caprinovinocultura, que atuará na qualificação profissional e desenvolvimento/melhoria dos produtos finais, visando promover a expansão do mercado consumidor. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH Índice de Desenvolvimento Humano – IDH da Região é 0,640, inferior ao de Pernambuco (0,705). Entre os municípios, os maiores índices são os de Triunfo (0,714), Afogados da Ingazeira (0,683) e Serra Talhada (0,682). A RD do Pajeú possui os piores índices do Estado de Pernambuco no que tange aos indicadores de qualidade de vida. 51 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ POPULAÇÃO A RD concentra 3,8% da população do Estado. A população urbana é de 166.145 habitantes, predominando sobre a população rural, que é de 131.349 habitantes. Serra Talhada destaca-se na Região com 70.912 habitantes, mais que o dobro do segundo município mais populoso, Afogados da Ingazeira, com 32.922 habitantes. A população situada na faixa etária de 15 a 24 anos corresponde a 20,4% do total da RD, com 60.955 pessoas, e a 3,7% da população desta faixa do Estado. Tabela 23: Indicadores Demográficos – Sertão do Pajeú Município Afogados da Ingazeira Brejinho Calumbi Carnaíba Flores Iguaraci Ingazeira Itapetim Quixaba S. Cruz da B. Verde Santa Terezinha São José do Egito Serra Talhada Solidão Tabira Triunfo Tuparatema TOTAL RD PERNAMBUCO Área Km² IDH 2000 84,8 217,7 427,9 959,7 770,3 245,6 480,0 215,4 90,8 218,6 708,0 2.952,8 130,1 391,6 181,4 230,6 8.689,7 98.588,3 - 0,683 0,586 0,580 0,583 0,613 0,604 0,638 0,620 0,581 0,655 0,602 0,657 0,682 0,581 0,629 0,714 0,662 - População 1996 31.806 7.142 6.988 18.113 21.150 11.375 4.651 15.273 7.141 11.143 9.513 28.793 70.305 5.435 23.133 14.996 7.868 294.825 7.399.131 População Total 2000 32.922 7.278 7.079 17.696 20.823 11.486 4.567 14.766 6.855 10.893 10.251 29.468 70.912 5.532 24.065 15.135 7.766 297.494 7.918.344 População Total 2007 34.022 7.173 7.675 18.265 22.098 11.927 4.411 13.986 6.826 11.664 9.861 30.426 76.360 5.849 25.999 15.245 8.268 310.055 8.487.072 FONTE: CONDEPE/FIDEM – IBGE “modificada”. ABASTECIMENTO D’ÁGUA A taxa de domicílios com abastecimento d’água inadequado da Região (27,5%) é a quinta pior entre as RD’s e superior à de Pernambuco (17,0%). Santa Cruz da Baixa Verde (72,9%) e Brejinho (52,8%), que se encontram entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado, seguidos de Ingazeira (47,4%), Santa Terezinha (46,3%), Quixaba (45,2%), Itapetim (38,5%) e Carnaíba (34,7%) detêm as taxas mais elevadas da RD; e Tuparetama (6,1%) e Serra Talhada (17,0%), as mais baixas. 52 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ ESGOTAMENTO SANITÁRIO A taxa de domicílios com esgotamento sanitário inadequado da Região (57,1%) é um pouco superior à de Pernambuco (56,2%), colocando-a numa posição intermediária entre as RDs. À exceção de Serra Talhada (35,8%), Afogados da Ingazeira (37,0%), Tabira (43,2%) e São José do Egito (55,0%) todos os demais municípios detêm taxas superiores a 58%. Quixaba (94,4%) encontra-se entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado. SAÚDE A taxa de mortalidade infantil da Região (33,0 em 1.000 nascidos vivos) é a quinta mais elevada entre as RDs e superior à de Pernambuco (29,8). Solidão e Santa Terezinha (ambos com 71,4), que se encontram entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado, seguidos de Iguaraci (52,9), Triunfo (46,8), São José do Egito (44,1), Tabira (37,8), Tuparetama (36,2), Serra Talhada (34,5) e Carnaíba (30,3) detêm as taxas mais elevadas da RD; e Quixaba (9,3) e Calumbi (10,6) as mais baixas. A RD conta com 571 Agentes Comunitários de Saúde, para uma demanda de 745, o que representa uma boa cobertura. O Programa de Saúde da Família conta com 52 equipes, para uma demanda de 122, resultando numa cobertura regular. Carnaíba, Itapetim e Quixaba não são atendidos por esse Programa. As maiores incidências de agravos na Região são dengue, leishmaniose americana e tuberculose. Em Iguaraci, Tuparetama e Itapetim registram-se as maiores incidências de dengue; em Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde, as de leishmaniose americana; e em Serra Talhada, Triunfo e Tuparetama, as de tuberculose. A taxa de mortalidade por homicídio da Região (26,9 por 100.000 habitantes) é uma das mais baixas entre as RDs e bem inferior à de Pernambuco (54,0). Enquanto Iguaraci (43,5) detém a taxa mais elevada, em Brejinho, Santa Terezinha e Ingazeira essa taxa é nula. EDUCAÇÃO A taxa de analfabetismo da Região (33,2%) é mais elevada que a de Pernambuco (24,5%), colocando-a numa posição intermediária entre as RDs. Na faixa etária de 15 a 24 anos 53 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ essa taxa é 13,5%, superior à da Pernambuco (12,4%). Calumbi (21,4%) detém a taxa mais elevada e Santa Cruz da Baixa Verde a mais baixa (9,4%). A taxa de distorção idade-série no ensino fundamental da RD (47,6%) é inferior à do Estado (50,1%). Calumbi (59,2%) detem a taxa mais alta e Triunfo (36,1%) a mais baixa. Para o ensino médio essa taxa é 68,0%, ligeiramente superior à do Estado (67,2%). Ingazeira (78,6%) apresenta a taxa mais elevada e São José do Egito (57,0%) a mais baixa. O percentual de chefes de domicílios com menos de 4 anos de estudo (63,7%) é o quinto mais elevado entre as RDs e superior ao de Pernambuco (48,0%). RENDIMENTO MENSAL DOS CHEFES DE DOMICÍLIO A taxa de chefes de domicílios ganhando até um salário mínimo na Região (68,9%) é a segunda maior entre as RDs e bem superior à de Pernambuco (51,7%). Todos os municípios da RD detêm taxas superiores a 60%. Brejinho (82,0%), Calumbi (80,6%), Quixaba (79,5%) e Flores (78,4%) encontram-se entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado. ECONOMIA A economia da RD está baseada na agropecuária, na indústria, no comércio/serviços e no turismo. A população economicamente ativa é de 125.240 habitantes dos quais 112.381 estão ocupados nos seguintes setores produtivos: agropecuária (51,6%), comércio e serviços (12,0%), administração pública (5,3%) e educação (5,0%). Os demais 26,1% estão distribuídos em outros setores produtivos como indústria da transformação, construção civil, alojamento e alimentação, serviços domésticos, entre outros. Serra Talhada é responsável por 31,4% do total do PIB da RD. Esse município destaca-se na indústria da construção civil, gerando 8,7% de emprego, e no comércio e serviços médicos, também com 8,7%. Afogados da Ingazeira destaca-se no setor de vestuário, que gera 4% do emprego e São José do Egito nos serviços médicos, com 7,6%. 54 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS São José do Egito é o maior criador de aves da região, representando 4,7% da produção estadual. O abate e distribuição, que geram 20,3%de empregos diretos, são realizados em Afogados da Ingazeira. A atividade da caprinovinocultura está presente em todos os municípios da RD, sendo Serra Talhada o maior produtor, contribuindo com 29,0% do rebanho ovino e 37,3% do caprino. Este município também se destaca na atividade da pecuária de corte. A cana-de-açúcar, com aproximadamente 650 hectares plantados, conta com cerca de 100 engenhos ativos, que produzem diariamente 2 toneladas de rapadura, mel e cachaça, gerando cerca de 2.000 empregos diretos. O turismo se desenvolve mais intensamente em Triunfo. Este município, com seu micro-clima e acervo arquitetônico preservado, a exemplo do Cine Teatro Guarany, integra o Circuito do Frio e realiza a Festa do Estudante, que atrai cerca de 100.000 visitantes. PROJETOS ESTRUTURADORES Adutora do Pajeú: Ferrovia Transnordestina. AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO Novo Distrito Industrial em Serra Talhada; Apoio a caprinovinocultura; pecuária de corte; avicultura. Produção de rapadura e cachaça; apicultura e cajucultura; Assistência Técnica e apoio aos assentamentos; Reestruturação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Sustentável; Consolidação de um consórcio regional; Consolidação do Centro Tecnológico de Caprinovinocultura em Serra Talhada; Construção do CEFET, em Afogados da Ingazeira; Bolsas de estudos para pesquisa e fixação de pesquisadores na região; Estradas de Afogados da Ingazeira para divisa com Paraíba, via ibitiranga, trecho Iguaraci/ Quitimbu/ Custódia; trecho Iguaraci/ Jabitaca; trecho Riacho do Meio/ 55 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tuparetama; trecho Triunfo/ Cachoeira do Pinga; trecho Serra Talhada/ Santa Rita; trecho Carnaíba/ Quixaba/ Divisa Paraíba; entroncamento PE 275 e Ingazeira; Reforma dos aeródromos: Serra Talhada; Afogados da Ingazeira; São José do Egito; Acesso ao aeródromo de Serra Talhada; Descentralização do Detran; Aproveitamento das águas do reservatório de Serrinha para irrigação; Consolidação da rota turística de lampião e da cultura popular; Apoio ao artesanato; Implantação da Adutora do Pajeú; Correção de fluxo – para 17.300 alunos, até 2009; Laboratórios de informática em 22 escolas estaduais; Melhoria das instalações em 8 escolas estaduais; Incentivo estadual para a atenção primária à saúde; Redução do déficit habitacional; Programa estadual de tratamento de resíduos sólidos; Proteção dos principais ecossistemas; combate e controle da desertificação; Reestruturação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pajeú; Programa de Erradicação do Trabalho Infantil; Implantação de centro da juventude e centro de defesa da vida, para promover cidadania e direitos humanos; Conselhos municipais e comunitários de segurança pública; Políticas preventivas da violência, como penas alternativas e mediação de conflitos; Construção da unidade regional de polícia científica; Aumento do efetivo policial; Interiorização do corpo de bombeiros militar; Centro de Atendimento especializado nas delegacias; Patrulha escolar e programa educacional de resistência às drogas nas escolas públicas; Operações especiais de combate ao narcotráfico; Programa de Academia das Cidades (8 unidades); Programa segundo tempo (esporte nas escoas); Plano regional de cultura; Equipamento cultural regional; Recuperação e conservação do patrimônio histórico-cultural; 56 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Apoio à cultura popular (poesia, cantoria, cordel, música, artes, artes cênicas e artesanato). 1.1.2.6 Região de Desenvolvimento – Sertão do Moxotó A Região do Moxotó tem como principal atividade econômica a caprinovinocultura, a agricultura irrigada e a prestação de serviços, com destaque na área médica e de educação universitária. Apesar de apresentar relativa escassez de oferta de recursos naturais, atrelada à presença de áreas com atividades econômicas incipientes e com potencialidades restritas, a RD se destaca pela presença de centros urbanos distribuidores de mercadorias, de agroindústrias (TAMBAÚ), de indústria têxtil (TEGUISA), do artesanato e da apicultura, sendo esta última considerada o segundo maior pólo apícola do Estado. Por sua vez, é uma Região que apresenta grandes carências nas condições de vida de sua população, notadamente nas áreas de renda, esgotamento sanitário, abastecimento d'água, mortalidade infantil e educação básica. Neste cenário, a agropecuária é a força principal geradora do desenvolvimento local, desde que haja investimento em ações de modernização tecnológica, no que diz respeito à melhoria genética do rebanho e à organização e capacitação dos produtores, o que vai proporcionar melhoria do comércio, da indústria e dos serviços. Neste sentido as ações do Governo de Pernambuco têm como maior desafio apoiar a revitalização do Perímetro Irrigado do Ibimirim, com foco no agronegócio, voltado para as micro e pequenas empresas, bem como, consolidar os municípios de Arcoverde, Sertânia e Custódia como Centros de Distribuição e de Serviços do Moxotó. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH O IDH da Região (0,633) é inferior ao do Estado (0,692). Entre os municípios, os maiores índices são os de Arcoverde (0,708), Custódia (0,653) e Sertânia (0,648). Manari (0,467) detém o mais baixo IDH de Pernambuco. 57 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ POPULAÇÃO A RD concentra 2,3% da população de Pernambuco. A população urbana é de 114.176 habitantes, predominando sobre a população rural, que é de 71.003 habitantes. Arcoverde se destaca na Região com 61.600 habitantes, quase o dobro do segundo município mais populoso, Sertânia, que possui 31.657 habitantes. A população situada na faixa etária de 15 a 24 anos corresponde a 20,3% do total da RD, com 37.646 pessoas, e a 2,2% da população desta faixa do Estado. Tabela 24: Indicadores Demográficos - Moxotó Município Arcoverde Betânea Custódia Ibimirim Inajá Manari Sertânea TOTAL RD PERNAMBUCO Área Km² IDH 2000 379,0 1.227,5 1.478,4 1.893,6 1.094,1 548,3 2.349,5 8.970,4 98.588,3 0,708 0,593 0,653 0,566 0,566 0,467 0,648 0,633 0,705 População 1996 58.722 10.780 27.911 25.745 10.789 11.897 29.734 58.722 7.399.131 População Total 2000 61.600 11.305 29.969 24.340 13.280 13.028 31.657 185.179 7.918.344 População Total 2007 65.270 11.985 31.604 26.436 15.227 15.589 34.106 65.270 8.487.072 FONTE: CONDEPE/FIDEM – IBGE “modificada”. ABASTECIMENTO D’ÁGUA A taxa de domicílios com abastecimento d’água inadequado da Região (31,2%) é a quarta pior entre as RDs e quase o dobro da de Pernambuco (17,0%). Manari (98,1%), que se encontra entre os 30 municípios com as piorestaxas do Estado, seguido de Inajá (43,9%), Sertânia (39,0%) e Betânia (34,5%), detêm as taxas mais elevadas da RD; e Arcoverde (15,0%) a mais baixa. ESGOTAMENTO SANITÁRIO A taxa de domicílios com esgotamento sanitário inadequado da Região (53,5%) é inferior à de Pernambuco (56,2%) e a quarta mais elevada entre as RDs. 5 dos 7 municípios detêm taxas acima de 60%. Manari (99,4%) encontrase entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado e Arcoverde (19,3%) detém a taxa mais baixa da RD. 58 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ SAÚDE A taxa de mortalidade infantil da Região (37,2 em 1.000 nascidos vivos) é a quarta pior entre as RDs e superior a do Estado (29,8). Inajá (97,8), que se encontra entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado, seguido de Manari (60,9), Betânia (58,0) e Ibimirim (38,5) possuem as taxas mais elevadas da Região, Custódia (22,6) e Sertânia (24,0) as mais baixas. A RD conta com 346 Agentes Comunitários de Saúde, para uma necessidade de 465, o que representa uma boa cobertura. O Programa de Saúde da Família conta com 24 equipes, para uma demanda de 78, resultando numa cobertura regular, à exceção de Custódia e Arcoverde, que apresentam uma cobertura ruim, e de Manari que não é atendido pelo Programa. As maiores incidências de agravos na Região são dengue, tuberculose e leishmaniose visceral. Em Arcoverde, Sertânia e Ibimirim registram-se as maiores incidências de dengue; em Sertânia, Manari e Ibimirim, as de tuberculose; e em Betânia e Inajá, as de leishmaniose visceral. A taxa de mortalidade por homicídio da Região (34,6 por 100.000 habitantes) é inferior à de Pernambuco (54,0), colocando-a numa posição intermediária entre as RDs. Custódia (46,7), Arcoverde (37,3) e Sertânia (34,7) detêm as piores taxas e Betânia (17,7) a melhor. EDUCAÇÃO A taxa de analfabetismo da Região (37,1%) é bem superior a do Estado (24,5%) e uma das mais altas entre as RDs. Na faixa etária de 15 a 24 anos essa taxa é 18,7%, superior à de Pernambuco (12,4%). Manari (39,1%), Inajá (29,6%) e Ibimirim (25,7%),que estão entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado, seguidos de Betânia (19,4), possuem as taxas mais elevadas da RD; e Arcoverde (11,4%) e Sertânia (14,9%) as mais baixas. A taxa de distorção idade-série no ensino fundamental (54,9%) é superior à do Estado (50,1%); Manari (64,7%), Inajá (63,3%) e Custódia(59,1%) detêm as piores taxas e Arcoverde (47,0%) a melhor. No ensino médio essa taxa é 62,4%, inferior à de Pernambuco (67,2%); Inajá (85,4%), Custódia (79,3%) e Sertânia (70,6%) detêm as taxas mais elevadas e Arcoverde a mais baixa. 59 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ O percentual de chefes de domicílios com menos de 4 anos de estudo da Região (62,0%) é superior ao de Pernambuco (48,0%), colocando a numa posição intermediária entre as RDs. RENDIMENTO MENSAL DOS CHEFES DE DOMICÍLIO A taxa de chefes de domicílios ganhando até um salário mínimo (65,5%) é superior à de Pernambuco (51,7%), colocando-a numa posição intermediária entre as RDs. Com exceção de Arcoverde (49,4%), todos os demais municípios apresentam taxas superiores a 65,0%. Manari (88,8%), Betânia (78,5%) e Inajá (77,8%) encontram-se entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado. ECONOMIA A economia da RD está praticamente baseada na caprinovinocultura, na agricultura e nos serviços. A população economicamente ativa é de 71.709 habitantes, dos quais 60.244 estão ocupados nos seguintes setores produtivos: agropecuária (43,7%), comércio e serviços (15,0%), administração pública (6,7%) e Educação (5,8%). Os demais 28,8% estão distribuídos em outros setores produtivos como indústria da transformação, transporte e armazenagem, alojamento e alimentação, serviços domésticos, entre outros. CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS A RD apresenta três cadeias produtivas em processo de consolidação: a da caprinovinocultura, a da indústria (alimentos, têxtil, vestuário e construção civil) e a dos serviços. Na atividade industrial merecem destaque a fabricação de doces em Custódia e a indústria têxtil em Sertânia, e na prestação de serviços em Arcoverde e Custódia. A atividade da caprinovinocultura desenvolve-se de modo extensivo, comprometendo a qualidade da carne e do couro e dificultando a sua comercialização. Esta atividade está concentrada nos municípios de Custódia, Betânia, Ibimirim e Setânia, que juntos detêm 215 mil cabeças (caprinos e ovinos), representando cerca de 10,0% do rebanho do Estado. O município de Arcoverde é um importante centro regional com destaque para atividades comerciais (atacadista e varejista) e de serviços. 60 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Os serviços médicos chegam a ocupar 8,7% dos empregos formais, e a prestação de serviços mecânicos 9,2%. Outras atividades que se destacam na Região são o artesanato e a apicultura. O artesanato de Ibimirim é conhecido nacionalmente, no entanto, o atendimento a demanda é limitado pela deficiente estrutura para confecção, comercialização e difusão das peças. A atividade de apicultura merece destaque, principalmente em Ibimirim, que possui 1.125 colméias que produzem 7.875 litros/ano de mel. No entanto, a produção de seus derivados (pólen, própolis, apitoxina, geléia real, necessita de investimentos. PROJETOS ESTRUTURADORES Transposição do Rio São Francisco – Eixo Leste; Ferrovia Transnordestina; Açude Poço da Cruz; Adutora do Agreste. AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO Apoio à caprinovinocultura; pecuária leiteira e de corte; piscicultura; apicultura; agricultura (melancia, manga, tomate, entre outros); Reativação da cultura do algodão; Fortalecimento dos arranjos produtivos locais sustentáveis nas áreas de caprinovinocultura, apicultura e artesanato; Novo distrito industrial em Arcoverde; Centro Tecnológico de agricultura familiar em Ibimirim; Centro de Comercialização da agricultura familiar em Sertânia; Assistência técnica e apoio aos assentamentos; Reestruturação dos conselhos municipais de desenvolvimento sustentável; Consolidação de um consórcio regional; Ampliação de bolsas de estudos para pesquisa e programa de fixação de pesquisadores na região; Estradas: trecho Moxotó/Tupanatinga; trecho Manari/Itaíba; 61 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Passagem Molhada Kapinawá em Manari; Recuperação da pista do aeródromo de Ibimirim; Descentralização do Detran; Reabilitação do perímetro irrigado do Açude Poço da Cruz e avaliação do potencial de água subterrânea para irrigação e abastecimento; Transposição do Rio São Francisco (Açude Poço da Cruz como reservatório); Implantação da Adutora do Agreste; Programa de correção de fluxo para 23.300 alunos, até 2009; Laboratórios de informática em 24 escolas e melhoria das instalações em 10 escolas; Centro de diagnóstico para saúde da mulher; Incentivo estadual para atenção primária à saúde; Redução do déficit habitacional; Universalização do abastecimento d´água em Ibimirim; Programa estadual de tratamento de resíduos sólidos (2 consórcios em andamento); Programa de erradicação do trabalho infantil; Implantação um centro da juventude e um centro de defesa da vida; Integração das ações de ressocialização com as de saúde, educação, assistência social e trabalho; Resgate do Projeto Pajeú / Moxotó do Governo Federal; Conselhos municipais e comunitários de segurança pública; Centro de atendimento especializado nas delegacias; Patrulha escolar e programa educacional de resistência às drogas nas escolas; Equipamentos esportivos e programa segundo tempo (esportes nas escolas); Plano regional de cultura; Equipamento cultural regional; Valorização das identidades étnicas e das expressões da cultura popular local (artesanato e produção de artes cênicas, entre outras). 62 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 1.1.2.7 Região de Desenvolvimento – Agreste Meridional A Região do Agreste Meridional tem como principal atividade econômica a pecuária leiteira e seus derivados, um setor de comércio e serviços bastante expressivo e atividades agrícolas com culturas de subsistência e permanentes, como o café e a fruticultura. O clima e o relevo são alguns dos maiores diferenciais da Região em relação ao resto do Estado, propiciando a diversidade de cultivos e criações e oferecendo diversas opções de turismo. No que diz respeito à pecuária, a região é conhecida como a principal bacia leiteira do Estado participando com 21% da produção total de leite e com favorável perspectiva de crescimento através dos investimentos privados que vêm sendo realizados na ampliação da indústria de beneficiamento do leite. A RD conta, ainda, com uma diversidade de atrativos como sítios históricos, mirantes, trilhas ecológicas, bicas, cachoeiras, artesanato e eventos culturais, cujo potencial turístico é parcialmente aproveitado dado a precária infra-estrutura de apoio existente. Dentre os eventos culturais, destaca-se o Festival de Inverno, inserido no Circuito do Frio, que vem se consolidando a cada ano, com uma razoável infra-estrutura hoteleira, aquecendo a economia local com a geração de 5 mil empregos temporários e incrementando o comércio em mais de 15%. Os problemas encontrados na Região não diferem das demais regiões do Estado onde se registram carências nas áreas de educação, saúde, habitação, saneamento e principalmente no tocante a abastecimento d'água, agravado pela presença de agentes poluidores nos mananciais ou à sua composição química, tendo se como desafio proporcionar melhores condições de renda e vida à sua população. Neste sentido, as estratégias do Governo de Pernambuco têm como maior propósito concentrar ações para o adensamento da cadeia produtiva da pecuária leiteira, com foco na micro, pequena e média empresa e apoiada no Centro Tecnológico do Laticínio, e consolidar o turismo na região, ampliando o Circuito do Frio para as Cidades de Saloá e Buíque e explorando todo o potencial turístico existente. 63 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH O IDH da Região é 0,598, inferior ao do Estado (0,692). Entre os municípios, os maiores índices são os de Garanhuns (0,692), Venturosa (0,633) e Lajedo (0,625). POPULAÇÃO A RD concentra 7,5% da população de Pernambuco. A população urbana é de 310.004 habitantes, predominando sobre a população rural, que é de 284.886 habitantes. Garanhuns se destaca na Região com 117.749 habitantes, mais que o dobro do segundo município mais populoso, Buíque, com 44.169 habitantes. A população situada na faixa de 15 a 24 anos corresponde a 20,5% do total da RD, com 121.666 pessoas, e a 7,4% da população desta faixa do Estado. Tabela 25: Indicadores Demográficos – Agreste Meridional Área Km² IDH 2000 População Total 1996 População Total 2000 População Total 2007 Águas Belas Angelim Bom Conselho Brejão Buíque Caetés Calçado Canhotinho Capoeiras Correntes Garanhuns Iati Itaíba Jucati Jupi Jurema Lagoa do Ouro Lajedo Palmeirina Paranatama Pedra Saloá São João Terezinha Tupanatinga Venturosa TOTAL RD 883,9 126,2 794,9 161,2 1.273,6 322,9 55,7 421,2 342,9 284,1 465,8 565,2 1.068,7 108,9 150,6 146,4 218,7 208 199,6 271,6 848,8 295,8 235,6 141,9 866,1 324,7 10.783,0 0,531 0,602 0,572 0,569 0,575 0,521 0,582 0,588 0,593 0,56 0,692 03526 0,567 0,553 0,609 0,550 0,569 0,625 0,596 0,561 0,601 0,562 0,593 0,565 0,540 0,633 0,598 35.965 8.433 41.101 8.170 38.480 20.022 10.547 23.446 19.341 17.505 110.084 16.330 24.808 8.747 11.645 12.577 11.034 30.876 9.049 12.195 19.312 15.222 18.492 6.349 19.197 13.013 561.940 36.641 9.082 42.085 8.916 44.169 24.137 11.709 24.920 19.556 17.044 117.749 17.691 26.799 9.695 12.329 13.741 10.977 32.209 9.536 10.348 20.244 15.006 19.744 6.300 20.801 13.462 594.890 38.055 9.801 43.467 9.388 47.631 26.010 11.854 24.465 19.608 16.222 124.511 17.834 26.486 10.334 13.234 14.018 11.900 33.443 8.454 11.245 21.519 15.281 21.031 6.630 20.924 14.985 618.330 PERNAMBUCO 98.588,3 0,705 7.399.131 7.918.344 8.487.072 Município FONTE: CONDEPE/FIDEM – IBGE “modificada”. 64 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ ABASTECIMENTO D’ÁGUA A taxa de domicílios com abastecimento d’água inadequado da Região (33,9%) é a terceira pior entre as RDs e bem mais elevada que a de Pernambuco (17,0%). Caetés (79,2%), Paranatama (69,9%), Capoeiras (69,2%), Tupanatinga (60,8%), Jucati (57,4%), Itaíba (56,4%), Iati (52,2%) e Calçado (50,3%), que se encontram entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado, seguidos de Buíque (47,5%), Saloá (47,2%), Jupi (43,9%), Venturosa (40,1%) e São João (38,7%) detêm as taxas mais elevadas da RD, e Palmerina (12,4%), Correntes (11,5%) e Garanhuns (11,4%) as mais baixas. ESGOTAMENTO SANITÁRIO A taxa de domicílios com esgotamento sanitário inadequado da Região (71,6%) é superior à de Pernambuco (56,2%) e a terceira pior entre as RDs. À exceção de Canhotinho (52,5%), Bom Conselho (52,5%), Venturosa (48,1%), Jurema (45,9%) e Lajedo (45,9%) todos os demais municípios detêm taxas superiores a 55,0%. Paranatama (99,7%), São João (94,8%) e Brejão (92,3%) encontram-se entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado. SAÚDE A taxa de mortalidade infantil da Região (39,0 em 1.000 nascidos vivos) é a segunda mais elevada entre as RDs e superior à de Pernambuco (29,8). Jurema (82,9), Brejão (74,8), Correntes (70,1), Jucati (59,9), Lajedo (59,7), Lagoa do Ouro (58,8), Caetés (55,9), que se encontram entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado, seguidos de Calçado (51,7), Saloá (49,3), Jupi (44,2), Bom Conselho (44,6), São João (43,4), Garanhuns (41,2), Palmerina (39,7), Águas Belas (38,8), Canhotinho (36,4), Buíque (34,9) e Angelim (30,7) detêm as taxas mais elevadas da RD, e Iati (9,4) e Itaíba (8,2) as mais baixas. A RD conta com 1.109 Agentes Comunitários de Saúde, para um teto de 1.496, o que representa uma boa cobertura. O Programa de Saúde da Família conta com 91 equipes, para um teto de 250, resultando numa cobertura regular. Águas Belas, Iatí, Itaiba, Paranatama, Pedra e Tupanatinga não são atendidos por esse Programa. As maiores incidências de agravos da Região são dengue, tuberculose e tétano acidental. Em São João, Jucati e Calçado registram-se as 65 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ maiores incidências de dengue; em Pedra, Garanhuns e São João, as de tuberculose; e em Saloá, Angelim e Correntes, as de tétano acidental. A taxa de mortalidade por homicídio da Região (32.8 por 100.000 habitantes) é uma das mais baixas entre as RDs e inferior à de Pernambuco (54,0). Jurema (80,1) encontra-se entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado, enquanto que em Caetés, Iati, Paranatama e Terezinha essa taxa é nula. EDUCAÇÃO A taxa de analfabetismo da Região (40,7%) é bem superior à do Estado (24,5%) e a mais elevada entre as RDs. Na faixa etária de 15 a 24anos esta taxa é 22,7%, a mais elevada entre as RDs e significativamente maior que a do Estado (12,4%). À exceção de Garanhuns (11,2%), Lajedo (14,1%), Angelim (15,5%), Venturosa (18,3%) e Jupi (18,4%) todos os demais municípios detêm taxas superiores a 19,0%. Buíque (35,0%), Tupanatinga (34,6%), Águas Belas (34,3%), Itaíba (32,8%), Iati (30,6%), Caetés (27,5%), Lagoa do Ouro (26,3%), Pedra (26,1%), Jurema (25,9%), Bom Conselho (25,0%), Canhotinho (24,5%) e Jucati (24,2%) encontram-se entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado. As taxas de distorção idade-série no ensino fundamental (59,2%) e no ensino médio (74,9%) são superiores às do Estado (50,1% e 67,2%, respectivamente). Para o ensino fundamental, Brejão (77,6%), Saloá (72,8%) e Paranatama (71,6%) detêm as taxas mais elevadas; e Garanhuns (51,0%), Venturosa (50,8%) e Lajedo (49,6%) as mais baixas. Para o ensino médio, Terezinha (91,3%), Águas Belas (88,0%) e Caetés (85,1) detêm as taxas mais elevadas, e Tupanatinga (65,1%) e Lajedo (59,7%) as mais baixas. RENDIMENTO MENSAL DOS CHEFES DE DOMICÍLIO A taxa de chefes de domicílios ganhando até um salário mínimo da Região (68,8%) é a terceira mais elevada entre as Rds e superior à de Pernambuco (51,7%). À exceção de Garanhuns, todos os demais municípios detêm taxas superiores a 60,0%. Tupanatinga (82,8%), Buíque (80,8%), Calçado (80,3%), Águas Belas (78,7%), Terezinha (78,4%), Iati (78,4%), Jurema (78,2%) e Jucati (77,7%) estão entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado. 66 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ O percentual de chefes de domicílios com menos de 4 anos de estudo (69,6%) é o segundo mais elevado entre as RDs e superior ao de Pernambuco (48,0%). ECONOMIA A economia da RD está baseada na pecuária leiteira e no turismo. O Produto Interno Bruto (PIB) da RD representa apenas 3,6 % do PIB estadual. A população economicamente ativa é de 251.224 habitantes, dos quais 227.316 estão ocupados nos seguintes setores produtivos: agropecuária (61,0%), comércio e serviços (10,6%), administração pública (5,3%) e indústria de transformação (4,2%). Os demais 18,9% estão distribuidos em outros setores produtivos como construção civil, alojamento e alimentação, transporte e armazenagem, educação, serviços domésticos, entre outros. CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS As principais cadeias produtivas da RD, que são a da pecuária leiteira e a do turismo. A pecuária leiteira está organizada em duas áreas: a não industrial, onde se encontram as atividades relacionadas à criação de animais e à produção leiteira; e a industrial, que é composta pelas atividades de fabricação de leite e seus derivados. A atividade da pecuária leiteira não industrial está concentrada nos municípios de Itaíba, Capoeiras, Bom Conselho, Buíque, Pedra, Venturosa, Águas Belas, Tupanatinga e Correntes, que juntos produzem 61,2 milhões de litros de leite, representando 21,0% da produção total do Estado. A atividade da pecuária leiteira industrial concentra-se no município de Garanhuns, que beneficia e industrializa o leite em escala regional. Em menor escala, destaca-se a participação do município de Bom Conselho. O turismo tem como principal atrativo o microclima e a oferta de hospedagem, que dinamizam as demais subatividades que deles dependem, como os segmentos de alimentação e bebida, e o de serviços e atividades ligados ao lazer. Em 2001, a infra-estrutura hoteleira da região era representada por 117 hotéis e pousadas, das quais 68,8% estavam localizadas em Garanhuns. Este município sedia o Festival de Inverno, que tem investimentos na ordem de R$ 21 milhões, gerando 5 mil empregos temporários, incrementando 15,0% o comércio local e recebendo cerca de 50 mil 67 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ turistas/dia. Dos 1732 leitos encontrados na região, 81,0% estão em Garanhuns. O total de empregados no setor turístico de Garanhuns representa 3,1% do emprego formal no município. O município de Saloá tem investido no turismo com o aproveitamento de seu clima e topografia propícios ao turismo rural. O município de Buique também apresenta potencialidades turísticas a serem exploradas como o Vale do Catimbau, que possui sítio arqueológico com inscrições rupestres. Os municípios de Bom Conselho, Correntes, Brejão, Caetés, Garanhuns e São João produzem batata doce, café, feijão e mandioca com alto valor de produção. Apesar de não estarem vinculados à agroindústria, estas culturas têm expressiva participação no valor da produção agrícola. PROJETOS ESTRUTURADORES Duplicação da BR-423; Adutora do Agreste. AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO Apoio caprinovinocultura; pecuária leiteira; agricultura (café, mandioca, feijão e batata doce); beneficiamento de frutas e fortalecimento do artesanato; Defesa e inspeção sanitária animal e vegetal; Assistência técnica e apoio aos assentamentos; Apoio ao pequeno produtor rural; Reestruturação dos conselhos municipais de desenvolvimento sustentável; Consolidação de um consórcio regional; Consolidação do centro tecnológico de laticínios; Construção de um Cefet (escola técnica) em Garanhuns; Consolidação de mais um pólo educacional em Garanhuns; Ampliação de bolsas de estudos para pesquisa e programa de fixação de pesquisadores na região; Conservação do distrito industrial de Garanhuns; Valorização e divulgação do Parque do Catimbáu; 68 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Apoio a eventos turísticos (Festival de Inverno, exposições e feiras); Estradas: trecho Buíque/Catimbau; trecho Canhotinho/Divisa Alagoas; trecho Jupi/Jucati; trecho Manari/Itaíba; trecho Capoeiras/São Bento do Una; trecho Poço Comprido/Palmeirina; trecho Tupanatinga/Distrito Moxotó; trecho Iratama; trecho Correntes/Chã Preta; Duplicação da BR entre São Caetano e Garanhuns; Organização do transporte intermunicipal; Descentralização do Detran; Consolidação da rota turística da crença e da arte; Implantação do sistema Adutor do Mundaú; Adutora do Agreste; Linha de transmisão Xingó – Angelim; Programa de correção de fluxo para 27.500 alunos até 2009; Modernização da rede de educação: laboratórios de informática em 44 escolas estaduais; melhoria das instalações em 13 escolas estaduais; Centro de diagnóstico para saúde da mulher; Incentivo estadual para atenção primária à saúde; Redução do déficit habitacional; Programa estadual de tratamento de resíduos sólidos (3 consórcios em andamento); Programa de erradicação do trabalho infantil; Implantação de centro da juventude e centro de defesa da vida; Conselhos municipais e comunitários de segurança pública; Integração das ações de ressocialização com as de saúde, educação, assistência social e de trabalho; Interiorização do Projeto de Olho na Rua; Construção da unidade regional da polícia científica; Aumento do efetivo policial; Centro de atendimento especializado nas delegacias; Agência de inteligência na delegacia de Garanhuns; Patrulha escolar e Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) nas escolas públicas; Programa Academia das Cidades; 69 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Construção e reforma de equipamentos esportivos e Programa Segundo Tempo (esportes nas escolas); Equipamento cultural regional; Desenvolvimento da economia da cultura e formação de agentes culturais; Apoio a eventos regionais (vaquejadas, cavalgadas); Criação de hotel–escola no antigo hotel Monte–Sinai em Garanhuns; 1.1.2.8 Região de Desenvolvimento – Agreste Central A Região do Agreste Central tem sua economia predominantemente vinculada ao Pólo de Confecções (vestuário e produto têxtil), à produção agrícola, pecuária de corte e de leite, avicultura, turismo e pelas diversas atividades de comércio e serviços associadas aos centros urbanos dinâmicos. Possui centros urbanos que se destacam pela sua função comercial, com a presença de indústrias leves e de bens de consumo e artesanato que atrai grande fluxo turístico. Encontram-se, também, alguns centros sub-regionais caracterizados por atividades industriais, artesanais e de repouso e lazer. Outra atividade de grande destaque é a prestação de serviços, inclusive no setor informal. A duplicação da rodovia BR 232 possibilitou a dinamização socioeconômica da região, através do incremento na renda pessoal e no emprego, favorecendo o crescimento de atividades comerciais e de serviços, como a expansão de empresas de transporte. Apesar deste contexto, e não diferentemente das demais regiões do Estado, a região tem graves problemas no tocante à: saúde, educação, abastecimento d’água, saneamento, habitação e meio ambiente, tendo como maior desafio alcançar um desenvolvimento mais equilibrado e distributivo, oferecendo melhores condições de renda e de vida a sua população. O Governo de Pernambuco, segundo informações da Agência CONDEPE/FIDEM visa investir no potencial humano da RD, a partir da implantação do Centro de Inovação e do Conhecimento, e incrementar a economia da região através de uma distribuição mais equilibrada da riqueza, consolidando a região como Centro de Distribuição e Logística do Agreste Nordestino. 70 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH O IDH da Região é 0,634, inferior ao de Pernambuco. Entre os municípios, os maiores índices são os de Caruaru (0,713), Gravatá (0,654) e Cachoeirinha (0,641). POPULAÇÃO A RD concentra 12,0% da população do Estado. A população urbana é de 653.604 habitantes, predominando sobre a população rural, que é de 281.603 habitantes. Destaca-se dentre os seus municípios, Caruaru, com 253.634 habitantes, mais que o triplo do segundo município mais populoso, Belo Jardim, com 68.698 habitantes. A população situada na faixa etária de 15 a 24 anos corresponde a 19,8% do total da RD, com 186.058 pessoas, e a 11,2% da população desta faixa do Estado. Tabela 26: Indicadores Demográficos – Agreste Central Município 0,612 0,630 0,590 0,554 0,625 0,619 0,593 0,579 0,641 0,626 0,713 0,605 0,654 0,559 0,583 0,536 0,57 0,636 0,571 0,610 0,598 0,618 06,23 0,580 0,571 0,598 0,364 População Total 1996 18.264 11.462 21.648 10.915 67.485 52.432 34.314 34.858 15.554 14.380 231.989 22.807 61.631 7.432 16.697 15.444 25.772 55.954 10.421 17.217 13.369 15.851 44.992 30.629 18.662 11.243 881.422 População Total 2000 20.036 12.535 22.131 10.939 68.698 57.371 37.750 38.109 17.042 15.115 253.634 22.383 67.273 7.438 14.653 16.100 25.874 57.721 11.178 18.142 13.649 15.879 45.360 33.426 19.842 12.929 935.207 População Total 2007 21.712 14.680 21.790 13.900 70.310 56.518 39.123 40.528 17.558 15.982 289.086 22.075 71.581 7.482 15.074 16.278 25.006 60.556 10.896 18.442 13.872 18.129 46.773 35.085 20.008 12.093 994.537 0,705 7.399.131 7.918.344 8.487.072 Área Km² IDH 2000 Agrestina Alagoinha Altinho Barra de Guabiraba Belo Jardim Bezerros Bonito Brejo da Madre de Deus Cachoeirinha Camocim de São Félix Caruaru Cupira Gravatá Ibirajuba Jataúba Lagoa dos Gatos Panelas Pesqueira Poção Riacho das Almas Sairé Sanharó São Bento do Uma São Caetano São Joaquim do Monte Tacaimbó TOTAL RD 197,2 179,3 450,7 117,6 650,9 543,4 391,2 779,3 182,5 50,6 928,1 103,8 489,5 217,1 712,7 188,4 368,1 1.031,6 211,2 312,6 197,8 246,5 712,9 372,4 229,6 210,0 10.075,0 PERNAMBUCO 98.588,3 FONTE: CONDEPE/FIDEM – IBGE “modificada”. 71 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ ABASTECIMENTO D’ÁGUA A taxa de domicílios com abastecimento d´água inadequado da Região (22,9%) é superior à de Pernambuco (17,0%), colocando-a numa posição intermediária entre as RDs. Riacho das Almas (70,9%), Alagoinha (61,8%), Poção (53,1%) e Tacaimbó (52,1%), que se encontram entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado, seguidos de Ibirajuba (46,2%), Jataúba (45,9%) e Camocim de São Félix (38,0%) detêm as taxas mais elevadas da RD, e Barra de Guabiraba (5,7%) e Bonito (10,6%) as mais baixas. ESGOTAMENTO SANITÁRIO A taxa de domicílios com esgotamento sanitário inadequado da Região (44,9%) é inferior à de Pernambuco (56,2%) e uma das menores entre as RDs. Sairé (99,3%) encontra-se entre os 30 municípios com as piores taxas de Pernambuco. Sanharó (77,6%), Poção (77,2%), Riacho das Almas (70,9%), Lagoa dos Gatos (69,2%), Ibirajuba (68,7%), Alagoinha (66,4%), São Caitano (63,5%), Panelas (62,2%), Barra de Guabiraba (61,6%), Camocim de São Félix (60,7%), São Bento do Una (59,9%) e Jataúba (57,0%) detêm as taxas mais elevadas da Região, e Caruaru (26,0%) e Cupira (28,95%) as mais baixas. SAÚDE A taxa de mortalidade infantil da Região (37,5 em 1.000 nascidos vivos), é a terceira maiselevada entre as RDs e superior à de Pernambuco (29,8). À exceção de Barra de Guabiraba (29,3), Caruaru (25,0), Sairé (22,3), Bonito (22,1) e Ibirajuba (8,0), todos os demais municípios da RD apresentam taxas superiores a 30,0. Tacaimbó (103,7), Poção (98,1), Camocim de São Félix (74,2), São Joaquim do Monte (63,4), Cachoeirinha (61,8), Sanharó (57,9) e Panelas (57,5) encontram-se entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado. A RD conta com 1.536 Agentes Comunitários de Saúde, para uma demanda de 2.362, resultando numa boa cobertura. O Programa de Saúde da Família conta com 153 equipes, para uma demanda de 393, resultando numa cobertura regular, à exceção de Belo Jardim, Cachoeirinha, Camocim de São Félix, Caruaru, Jataúba, Pesqueira, Poção e São Joaquim do Monte, que apresentam uma cobertura ruim. Sairé não é atendido por esse Programa. 72 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ As maiores incidências de agravos na Região são dengue, tuberculose e tétano acidental. Agrestina, Caruaru e Brejo da Madre de Deus registram as maiores incidências de dengue; Pesqueira, Caruaru e Agrestina, as de tuberculose; e Altinho, Cupira e Poção, as de tétano acidental. A taxa de mortalidade por homicídio da Região (40,0 por 100.000 habitantes) é inferior à de Pernambuco (54,0), colocando-a numa posição intermediária entre as RDs. Brejo da Madre de Deus (70,8%), Camocim de São Félix (66,2%), Agrestina (64,9%), Poção (62,6%) e Cupira (58,1%), que se encontram entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado, seguido de Altinho (54,2%), detêm as taxas mais elevadas da Região, enquanto que em Sairé essa taxa é nula. EDUCAÇÃO A taxa de analfabetismo da Região (35,0%) é mais elevada que à de Pernambuco (24,5%), colocando-a numa posição intermediária entre as RDs. Na faixa etária de 15 a 24 anos essa taxa é 18,3%, superior à do Estado (12,4%). À exceção de Caruaru (12,1%), Gravatá (13,8%), Pesqueira (15,5%), Bezerros (15,4%), Cachoeirinha (17,1%), Camocim de São Félix (16,9%) e Belo Jardim (18,7%) todos os demais municípios apresentam taxas superiores a 18,0 %. Brejo da Madre de Deus (33,1%), Lagoa dos Gatos (31,4%), Jataúba (27,8%), Barra de Guabiraba (26,9%), São Joaquim do Monte (25,3%), Poção (24,5%), Riacho da Almas (24,7%) e Panelas (24,7%) estão entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado. A taxa de distorção idade-série no ensino fundamental da RD (51,9%) é um pouco superior à do Estado (50,1%). Para o ensino médio essa distorção é de 66,9%, inferior à do Estado (67,2%). Para ambos os setores, Barra de Guabiraba detem as taxas mais elevadas (69,2% e 92,2%, respectivamente) e Caruaru as mais baixas (43,0% e 58,1%, respectivamente). O percentual de chefes de domicílios com menos de 4 anos de estudo (62,1%) é superior ao de Pernambuco (48,0%). 73 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ RENDIMENTO MENSAL DOS CHEFES DE DOMICÍLIO A taxa de chefes de domicílios ganhando até um salário mínimo da Região (59,9%) é superior ao do Estado (51,7%) e uma das mais baixas entre as RDs. À exceção de Caruaru (39,7%), todos os demais municípios apresentam taxas superiores a 50%. Jataúba (81%), Panelas (78,3%) e Poção (77,2%) encontram-se entre os 30 municípios com as piores taxas do Estado. ECONOMIA As atividades econômicas predominantes na RD estão vinculadas ao Pólo de Confecções (vestuário e têxteis), pecuária leiteira e de corte, turismo e avicultura. A população economicamente ativa é de 394.678 habitantes, dos quais 345.090 estão ocupados nos seguintes setores produtivos: agropecuária (35,2%), comércio e serviços (17,1%), indústria de transformação (13,1%) e serviços domésticos (4,9%). Os demais 29,7% estão distribuídos em outros setores produtivos como construção civil, alojamento e alimentação, transporte e armazenagem, educação, entre outros. CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS De maneira geral, a Região ressente-se de fatores não favoráveis, como a qualidade dos solos, a minifundição, a irregularidade das chuvas e o baixo nível de renda. O Pólo de Confecções de Pernambuco apresenta grande concentração no agreste do estado, nas suas três sub-regiões, particularmente no entorno do eixo Caruaru, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e Taquaritinga do Norte, com 73,0% da produção de vestuário do estado, 77 mil empregos diretos e indiretos, e 12 mil empresas formais e informais. A renda renascença e os bordados de Pesqueira e Poção são destaques em todo o Brasil, com venda para outros estados e exterior, diversificando as linhas de produção do Pólo de Confecções. A produção de móveis no Agreste Central está dispersa por diversos municípios e encontra-se, em alguns casos, integrada ao artesanato. Destacam-se, em relação ao número de empregos diretos do setor moveleiro, os municípios de Tacaimbó e Gravatá. A pecuária de corte bovina, localizada em Caruaru, Gravatá, São Joaquim do Monte e Bonito, representa 5,9% da produção do estado. A pecuária de corte suína, concentrada nestes 74 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ mesmos municípios, detém 4,9% da produção do estado. Pesqueira e Sanharó são os maiores produtores de leite da região, com produção de 21.558.000 litros, correspondentes a 7,3% da produção de Pernambuco. A avicultura é uma atividade de destaque, principalmente na produção de ovos e na comercialização de aves. A RD Agreste Central é responsável pela produção de aproximadamente 30,0% das aves e 22,0% dos ovos do estado. São Bento do Una é o maior produtor de aves e de ovos do Estado, detendo 12,7% da produção de aves e 16,0% da produção de ovos. São Joaquim do Monte é o maior produtor de tomate do Estado com 14.040 toneladas/ano, enquanto Bonito e Belo Jardim tem destaque na produção de sucos de frutas e legumes. Belo Jardim ocupa uma posição importante dentro do contexto regional com a significativa presença de indústrias alimentares, e ainda se destaca em todo Nordeste brasileiro, na produção de acumuladores elétricos. Estudos sobre o impacto da duplicação da BR-232 na RD previam um incremento de 5,5% no emprego e 9,1% na renda pessoal disponível. Os municípios mais diretamente beneficiados pela duplicação foram Gravatá, Bezerros, São Caetano, Chã Grande e Caruaru. A atividade turística é explorada em vários municípios, notadamente em Caruaru e também Bezerros, Gravatá, Pesqueira, Brejo da Madre de Deus e Bonito, que possuem como principais atrações turísticas o artesanato, o comércio (feira da sulanca), o Turismo do Forró (São João), em Gravatá e Caruaru, o turismo ecológico, em Bonito, a Semana Santa, em Brejo da Madre de Deus, e o Circuito do Frio, em Gravatá e Pesqueira. O Centro de Artesanato de Bezerros, instalado na margem da BR-232, é atrativo para apoiar e promover o artesanato regional. PROJETOS ESTRUTURADORES Sistema Adutor do Agreste Pernambucano Transnordestina. 75 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO Apoio à avicultura; pecuária leiteira e de corte; hortifruticultura; mamona; floricultura; apicultura; Fortalecimento da expansão industrial entre Vitória e Caruaru; Fortalecimento das atividades industriais: têxtil, confecções, laticínios, material elétrico e cerâmica; Consolidação do centro tecnológico da moda e construção de um Cefet (escola técnica) em Caruaru; Assistência técnica e apoio aos assentamentos; Reestruturação dos conselhos municipais de desenvolvimento sustentável; Consolidação de um consórcio regional; Ampliação da oferta de bolsas de estudos para pesquisa e programa de fixação de pesquisadores na região; Estradas: trecho Caruaru/Toritama/pão de açúcar; trecho São Caetano/Garanhuns; vicinal Bonito/Serro Azul; trecho São Bento do Una/Capoeiras Terminal de passageiros e equipamentos do aeródromo de Caruaru; Segurança de tráfego na BR 232; Organização do transporte intermunicipal; Combate ostensivo ao uso de desvios no transporte de carga; Descentralização do Detran; Conclusão do sistema de abastecimento d’água de Jucazinho e implantação do controle de perdas do Sistema Bituri, beneficiando 13 municípios; Promoção da sustentabilidade hídrica para os pólos agropecuário e industrial de Belo Jardim e Caruaru; Consolidação das rotas turísticas Luiz Gonzaga (Gravatá, Bonito, Bezerros, Caruaru e Brejo da Madre de Deus) e da crença e da arte (Belo Jardim, Pesqueira, Poção, Arcoverde, Buíque, Garanhuns, São João, Bom Conselho e Saloá); Promoção no mercado externo do calendário cultural e turístico (carnaval em bezerros; semana santa em Caruaru e Brejo da Madre de Deus e período junino); Adutoras de Agrestina e do Agreste; Programa de correção de fluxo para 37.400 alunos, até 2009; 76 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Laboratórios de informática em 87 escolas e melhoria das instalações em 16 escolas; Centro de diagnóstico para saúde da mulher; Incentivo estadual para atenção primária à saúde; Redução do déficit habitacional; Programa estadual de tratamento de resíduos sólidos; Programa de erradicação do trabalho infantil; Centro da juventude e centro de defesa da vida, para promover cidadania e direitos humanos; Municipalização dos programas de liberdade assistida e sócio-educativo; Integração das ações de ressocialização com as de saúde, educação, assistência social e de trabalho; Conselhos municipais e comunitários de segurança pública; Núcleo de prevenção à violência e centros de atendimento especializado nas delegacias; Patrulha escolar e programa educacional de resistência às drogas nas escolas; Construção do complexo da polícia científica de Caruaru (IML, Instituto de Criminalística e Tavares Buril); Aumento do efetivo policial e intensificação das ações da Operação Paz nas Estradas; Ampliação do serviço de resgate e combate a incêndios; Incremento das ações do corpo de bombeiros no aeródromo de Caruaru; Implantação da Agência de Inteligência na delegacia de Caruaru; Interiorização do Projeto De Olho na Rua; Intensificação da Operação Fecha Batalhão; Fortalecimento das ações do policiamento especializado no atendimento ao setor turístico; Programa Academia das Cidades; Equipamentos esportivos e Programa Segundo Tempo (esportes nas escolas); Equipamento cultural regional articulado às escolas públicas estaduais; Valorização do calendário cultural regional e dos ciclos culturais (carnaval, das paixões e junino); Desenvolvimento da economia da cultura e formação de agentes culturais; Recuperação e conservação do patrimônio histórico-cultural; Instalação do espaço tecnológico de design cultural; 77 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Fortalecimento das comunidades indígenas e quilombolas; Apoio e difusão da diversidade cultural e da produção cultural local. 1.1.2.9 Região de Desenvolvimento – Agreste Setentrional PERFIL REGIONAL Região de Desenvolvimento Agreste Setentrional está localizada na no Semi-Árido do Estado. Tem uma área de 3.544,5 Km2, sendo constituída por 19 municípios e com uma população de mais de 430 mil habitantes. A Região é constituída por 19 municípios: Bom Jardim; Casinhas; Cumaru; Feira Nova; Frei Miguelinho; João Alfredo; Limoeiro; Machados; Orobó; Passira; Salgadinho; Santa Cruz do Capibaribe; Santa Maria do Cambucá; São Vicente Férrer; Surubim; Taquaritinga do Norte; Toritama; Vertente do Lério e Vertentes conforme mapa a seguir: A atividade econômica de maior peso nesta Região é a produção de confecções e artefatos de tecido. A RD consolida-se como o grande produtor de confecções, detendo 73% da produção de todo o Estado, equivalendo a 850 milhões de peças ao ano (setor formal e informal). Algumas áreas desenvolvem policulturas, como a banana e outras frutas e hortaliças, além da cana-de-açúcar. Destacam-se também, as atividades ligadas ao turismo devido à existência dos sítios históricos e engenhos. Entre os problemas identificados no Agreste Setentrional sobressai-se a falta de infraestrutura necessária ao desenvolvimento do turismo, manutenção de estradas e vias e abastecimento d´água. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH O IDH da RD Agreste Setentrional é de 0,636, inferior ao de Pernambuco que é de 0,705, entre os maiores índices estão os de Santa Cruz do Capibaribe – 0,698, Limoeiro e Taquaritinga do Norte, ambos com 0,688. 78 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 27: Evolução do IDH e seus componentes - Municípios da RD Agreste Setentrional Municípios Pernambuco Bom Jardim Casinhas Cumaru Feira Nova Frei Miguelinho João Alfredo Limoeiro Machados Orobó Passira Salgadinho Santa Cruz do Capibaribe Santa Maria do Cambucá São Vicente Ferrer Surubim Taquaritinga do Norte Toritama Vertente do Lério Vertentes Total RD Agreste Setentrional 1991 IDHM 0,614 0,532 0,491 0,494 0,509 0,504 0,517 0,586 0,488 0,520 0,498 0,478 0,635 0,460 0,493 0,555 0,590 0,643 0,464 0,525 0,542 2000 IDHM 0,705 0,618 0,588 0,575 0,606 0,61 0,609 0,688 0,601 0,612 0,625 0,602 0,699 0,567 0,598 0,641 0,688 0,67 0,563 0,616 0,636 Diferença IDHM 2000 1991 em % 12,7% 16,2% 19,8% 16,4% 19,1% 21,0% 17,8% 17,4% 23,2% 17,7% 25,5% 25,9% 10,1% 23,3% 21,3% 15,5% 16,6% 4,2% 21,3% 17,3% 17,3% FONTE: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/Instituto de Pesquisas Econômicas. POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA A RD Agreste Setentrional concentra 5,8% da população de Pernambuco. A população urbana é de 255.620 habitantes, predominando sobre a população rural, que é de 208.151 habitantes. Os municípios mais populosos são, Santa Cruz do Capibaribe, com 59.048 habitantes e Limoeiro, com 56.322. A população de mulheres na região é superior a de homens, seguindo a mesma tendência da população residente do Estado de Pernambuco. 79 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 28: População residente, por sexo e situação do domicílio, população residente de 10 anos ou mais de idade, total – Agreste Setentrional População residente, sexo e situação do domicílio Municípios Total Pernambuco Bom Jardim. Casinhas. Cumaru. Feira Nova. Frei Miguelinho. João Alfredo. Limoeiro. Machados. Orobó. Passira. Salgadinho. Santa Cruz do Capibaribe. Santa Maria do Cambucá. São Vicente Ferrer. Surubim. Taquaritinga do Norte. Toritama. Vertente do Lério. Vertentes. Total da RD Agreste Setentrional.. 7 918 344 37 013 13 345 27 489 18 857 12 978 27 023 56 322 9 826 22 475 29 132 7 139 59 048 11 739 16 004 50 331 19 757 21 800 8 536 14 957 463 771 Homens Mulheres Urbana Rural 3 826 657 4 091 687 6 058 249 1 860 095 18 087 18 926 13 033 23 980 6 580 6 765 1 425 11 920 13 802 13 687 6 798 20 691 9 231 9 626 12 156 6 701 6 344 6 634 2 364 10 614 13 154 13 869 10 296 16 727 26 798 29 524 42 412 13 910 4 788 5 038 5 474 4 352 10 911 11 564 5 587 16 888 14 339 14 793 12 326 16 806 3 553 3 586 2 251 4 888 28 346 30 702 57 226 1 822 5 784 5 955 2 261 9 478 7 924 8 080 8 906 7 098 24 185 26 146 33 145 17 186 9 756 10 001 12 022 7 735 10 687 11 113 20 127 1 673 4 189 4 347 1 508 7 028 7 335 7 622 6 303 8 654 225 793 237 978 255 620 208 151 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. A estimativa para 2006 é haver mais de 500.000 habitantes, apresentando um crescimento percentual com relação a 1998 de 14,07%, um pouco acima do percentual de Pernambuco, estimado em 11,39%. Destacam-se os municípios de Cumaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, que nesse mesmo período tiveram um crescimento acima de 40,98%. Considerandose o elevado crescimento da população nos municípios do pólo de confecções dessa região, isto significa que a questão da habitação torna-se de extrema relevância para esses municípios. Já no município de Limoeiro a estimativa de crescimento da população incrementou em quase 1.000 habitantes o total da população entre o ano 2000 e 2006. Um cotejamento do total de domicílios existentes e seu crescimento neste período, diverge desta estimativa, pois segundo os dados do censo 2000 haviam 14.391 domicílios em Limoeiro e de acordo com os dados da Celpe, para 2006, existia 16.736 consumidores residenciais. Neste caso, sendo para cada consumidor uma residência ou domicílio, surgiram 80 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ mais de 2.300 habitações entre 2000 e 2006, ou seja, quase novas quatrocentas residências por ano. Tabela 29: Estimativa da população Residente Pernambuco e RD Agreste Setentrional População - Ano Municípios 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Crescimento % no Período Pernambuco 7.633.450 7.753.900 8.008.207 8.084.667 8.161.862 8.323.911 8.413.593 8.502.603 Bom Jardim 37.800 38.050 36.998 37.058 37.079 37.123 37.148 37.172 Casinhas 13.100 13.250 13.428 13.510 13.586 13.747 13.836 13.924 Cumaru 22.600 22.950 28.442 29.485 30.411 32.355 33.431 34.499 Feira Nova 18.650 18.850 18.891 18.927 18.959 19.027 19.064 19.102 Frei Miguelinho 13.050 13.100 12.846 12.742 12.633 12.403 12.276 12.149 João Alfredo 26.400 26.650 26.920 26.940 26.901 26.820 26.775 26.730 Limoeiro 56.650 57.000 56.478 56.630 56.772 57.072 57.238 57.403 Machados 9.900 10.000 9.926 9.995 10.074 10.628 10.722 10.816 Orobó 22.400 22.550 22.675 22.811 22.967 22.906 23.084 23.261 Passira 28.800 29.150 29.131 29.131 29.131 29.130 29.130 29.130 Salgadinho 6.000 6.050 7.284 7.395 7.514 7.763 7.901 8.038 Santa Cruz do Capibaribe 49.250 50.250 61.557 63.407 65.430 69.677 72.027 74.359 Santa Maria do Cambucá 11.750 11.850 11.782 11.807 11.839 11.905 11.942 11.978 São Vicente Ferrer 15.500 15.650 16.230 16.389 16.568 16.944 17.152 17.358 Surubim 47.400 48.000 50.756 51.151 51.531 52.329 52.771 53.210 Taquaritinga do Norte 18.950 19.100 20.043 20.318 20.578 21.124 21.426 21.726 Toritama 19.050 19.350 22.640 23.250 23.923 25.337 26.119 26.895 Vertente do Lério 8.900 9.050 8.535 8.528 8.524 8.517 8.512 8.508 Vertentes 13.700 13.900 15.039 15.104 15.173 15.317 15.396 15.475 Total RD Agreste Setentrional 439.850 444.750 469.601 474.578 479.593 490.124 495.950 501.733 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 11,39 (1,66) 6,29 52,65 2,42 (6,90) 1,25 1,33 9,25 3,84 1,15 33,97 50,98 1,94 11,99 12,26 14,65 41,18 (4,40) 12,96 14,07 81 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 30: Indicadores Demográficos - Agreste Setentrional Municípios Bom Jardim Casinhas Cumaru Feira Nova Frei Miguelinho João Alfredo Limoeiro Machados Orobó Passira Salgadinho Santa Cruz do Capibaribe Santa Maria do Cambucá São Vicente Ferrer Surubim Taquaritinga do Norte Toritama Vertente do Lério Vertentes Densidade demográfica (hab/km²) 178,46 122,77 99,13 159,4 60,39 180,88 203,84 218,84 178,8 80,19 99,71 160,46 124,75 133,7 198,31 44,02 630,06 105,64 86,96 2000 Taxa de urbanização (%) 35,21 10,68 24,73 64,46 18,22 38,1 75,3 55,71 24,86 42,31 31,53 96,91 19,26 55,65 65,85 60,85 92,33 17,67 42,14 Taxa geométrica de crescimento anual (%) 0,06 -1,82 4,81 0,2 -0,92 -0,16 0,29 0,95 0,82 2,1 4,92 0,31 1,36 1,42 1,62 4,31 1,48 0,53 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ECONOMIA A economia da RD Agreste Setentrional está baseada na produção de confecções e artefato de tecidos. Destacam-se também, a confecção de bordados artesanais, a produção de móveis e a atividade turística. O município de São Vicente Férrer ocupa o segundo lugar em valor de produção estadual de frutas, com 9,32% de todo o setor. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB PIB (milhões) – 1.317; PIB (Per Capita - R$) - 2.688; Participação % PIB PE – 2,76 O Agreste Setentrional tem a participação de 6,8% do PIB de Pernambuco, devido a diversificação econômica marcante, de acordo com o desempenho dos principais municípios : 82 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Santa Cruz do Capibaribe, onde se destacam a indústria, com vestuário e artefatos de tecidos e têxtil (Rota da Moda), bem como os serviços; Limoeiro, com o comércio (destaque para o atacadista de bebidas) alojamento e alimentação; Surubim, que tem no setor serviços 79,5% de sua economia, sendo o comércio uma das principais atividades, com 8% do PIB do município. A Região como um todo tem na produção agropecuária significativa importância, destacando-se a produção de ovos, leite e bovinos e banana com mais de 29% da produção estadual. Tabela 31: Produto Interno Bruto Municipal, a preço de mercado - Agreste Setentrional Municípios Pernambuco Período de referência: 2004 Populaçao PIB (R$1.000) Residente 47.697.443 8.323.911 Toritama Bom Jardim Casinhas Cumaru Feira Nova Frei Miguelinho João Alfredo Limoeiro Machados Orobó Passira Salgadinho Santa Cruz do Capibaribe Santa Maria do Cambucá São Vicente Ferrer Surubim Taquaritinga do Norte Vertente do Lério Vertentes 77.534 93.040 26.567 54.919 39.639 28.894 62.934 155.338 34.060 80.579 61.922 13.907 213.057 22.651 73.952 165.525 53.686 24.296 35.039 25.337 37.123 13.747 32.355 19.027 12.403 26.820 57.072 10.628 22.906 29.130 7.763 69.677 11.905 16.944 52.329 21.124 8.517 15.317 PIB per capita (R$) Participação no Estado (%) 5,730 3,060 2,506 1,933 1,697 2,083 2,330 2,347 2,722 3,205 3,518 2,126 1,791 3,058 1,903 4,364 3,163 2,541 2,853 2,288 0,16% 0,20% 0,06% 0,12% 0,08% 0,06% 0,13% 0,33% 0,07% 0,17% 0,13% 0,03% 0,45% 0,05% 0,16% 0,35% 0,11% 0,05% 0,07% Total RD Agreste Setentrional 1.317.539 490.124 2,688 2,76% FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco. Nota: 2004 – Dados Preliminares SANEAMENTO E HIDROGRAFIA A topografia da Região limita, em algumas áreas, o emprego das máquinas agrícolas. Apesar disto, os solos são utilizados na exploração de culturas regionais e pastagens. Na RD Agreste Setentrional observam-se problemas como: ausência de tratamento de lixo e esgotos, falta de sistema de abastecimento d’água e, tecnologias agrícolas inadequadas. 83 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Os municípios da RD não dispõem de local adequado para o destino ou sistema de tratamento dos resíduos sólidos. Em alguns deles, a coleta urbana é feita em tratores e caçambas, sendo o lixo despejado em rios, riachos e córregos da bacia hidrográfica da região. As tabelas apresentadas a seguir indicam as formas de abastecimento de água domiciliar, condições de esgotamento sanitário e destino do lixo: Tabela 32: Forma de Abastecimento de Água Domiciliar – Agreste Setentrional FORMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DOMICILIAR TOTAL LIGADO MUNICÍPIOS DE OUTRA POÇO OU REDE DOMICÍLIOS FORMA % % NASCENTE % GERAL Pernambuco 1 968 761 1 388 529 70,5 246 452 12,5 333 780 17,0 Bom Jardim 8 948 3 454 2 351 3 143 38,6 26,3 35,1 Casinhas 3 084 208 1 019 1 857 6,7 33,0 60,2 Cumaru 6 167 256 901 5 010 4,2 14,6 81,2 Feira Nova 4 760 2 523 644 1 593 53,0 13,5 33,5 Frei Miguelinho 3 621 7 95 3 519 0,2 2,6 97,2 João Alfredo 6 945 2 321 1 515 3 109 33,4 21,8 44,8 Limoeiro 14 391 9 241 1 866 3 284 64,2 13,0 22,8 Machados 2 361 1 490 530 341 63,1 22,4 14,4 Orobó 5 187 1 717 1 566 1 904 33,1 30,2 36,7 Passira 7 241 2 748 634 3 859 38,0 8,8 53,3 Salgadinho 1 609 465 352 792 28,9 21,9 49,2 Santa Cruz do Capibaribe 15 597 10 798 520 4 279 69,2 3,3 27,4 Santa Maria do Cambucá 2 974 290 1 229 1 455 9,8 41,3 48,9 São Vicente Ferrer 3 701 1 765 1 179 757 47,7 31,9 20,5 Surubim 12 945 8 096 1 103 3 746 62,5 8,5 28,9 Taquaritinga do Norte 5 288 1 267 754 3 267 24,0 14,3 61,8 Toritama 5 491 4 124 94 1 273 75,1 1,7 23,2 Vertente do Lério 2 067 83 65 1 919 4,0 3,1 92,8 Vertentes 3 796 798 315 2 683 21,0 8,3 70,7 Total 116.173 51.651 44,5 16 732 14,4 47 790 41,1 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 84 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 33: Existência de Banheiro ou Sanitário Domiciliar – Agreste Setentrional EXISTENCIA DE BANHEIRO OU SANITÁRIO DOMICILIAR MUNICÍPIOS Pernambuco Bom Jardim Casinhas Cumaru Feira Nova Frei Miguelinho João Alfredo Limoeiro Machados Orobó Passira Salgadinho Santa Cruz do Capibaribe Santa Maria do Cambucá São Vicente Ferrer Surubim Taquaritinga do Norte Toritama Vertente do Lério Vertentes Total TOTAL DE COM DOMICÍLIOS BAN./SANIT. 1 968 761 8 948 3 084 6 167 4 760 3 621 6 945 14 391 2 361 5 187 7 241 1 609 15 597 2 974 3 701 12 945 5 288 5 491 2 067 3 796 859 657 % 1 665 741 84,6 7 410 2 234 4 724 4 184 2 711 5 586 13 229 1 923 4 162 5 941 1 409 14 592 1 864 2 823 11 812 4 477 5 136 1 387 2 796 824 103 95,9 LIGADO A REDE GERAL % NÃO LIGADO 674 278 40,5 991 463 805 160 533 281 68 1 172 2 096 11 561 109 27 12 195 209 1 120 5 863 1 334 4 551 15 274 294 993 6 605 2 074 4 191 3 903 2 643 4 414 11 133 1 912 3 601 5 832 1 382 2 397 1 655 1 703 5 949 3 143 585 1 372 2 522 35,8 529 110 SEM BAN./SANIT % 59,5 89,1 92,8 88,7 93,3 97,5 79,0 84,2 99,4 86,5 98,2 98,1 16,4 88,8 60,3 50,4 70,2 11,4 98,9 90,2 303 020 15,4 68,1 35 554 % 17,2 27,6 23,4 12,1 25,1 19,6 8,1 18,6 19,8 18,0 12,4 6,4 37,3 23,7 8,8 15,3 6,5 32,9 26,3 1 538 850 1 443 576 910 1 359 1 162 438 1 025 1 300 200 1 005 1 110 878 1 133 811 355 680 1 000 15,3 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 85 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 34: Destino do Lixo Domiciliar – Agreste Setentrional MUNICÍPIOS TOTAL DE DOMICÍLIOS Pernambuco Bom Jardim Casinhas Cumaru Feira Nova Frei Miguelinho João Alfredo Limoeiro Machados Orobó Passira Salgadinho Santa Cruz do Capibaribe Santa Maria do Cambucá São Vicente Ferrer Surubim Taquaritinga do Norte Toritama Vertente do Lério Vertentes Total 1 968 761 DESTINO DO LIXO DOMICILIAR OUTRO COLETADO DESTINO % 1 351 629 % 8 948 3 084 6 167 4 760 3 621 6 945 14 391 2 361 5 187 7 241 1 609 15 597 2 974 3 701 12 945 5 288 5 491 2 067 3 796 2 066 281 1 539 2 581 920 2 420 9 340 640 1 423 2 935 465 12 560 526 1 623 7 443 2 667 5 117 337 1 998 68,7 23,1 9,1 25,0 54,2 25,4 34,8 64,9 27,1 27,4 40,5 28,9 80,5 17,7 43,9 57,5 50,4 93,2 16,3 52,6 617 132 6 882 2 803 4 628 2 179 2 701 4 525 5 051 1 721 3 764 4 306 1 144 3 037 2 448 2 078 5 502 2 621 374 1 730 1 798 31,3 76,9 90,9 75,0 45,8 74,6 65,2 35,1 72,9 72,6 59,5 71,1 19,5 82,3 56,1 42,5 49,6 6,8 83,7 47,4 116 173 56 881 49,0 59 292 51,0 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS O setor de vestuário apresenta uma participação no emprego municipal de 41,30% em Toritama, 38,45% em Santa Cruz do Capibaribe e 15,80% em Taquaritinga do Norte. Toritama vem se consolidando como o município do jeans. Pesquisa recente realizada pelo Sindicato das Indústrias de Vestuário de Pernambuco-SINDIVEST aponta uma movimentação no setor de R$ 1,73 bilhões por ano, 77 mil empregos diretos e indiretos e 12.000 empresas formais e informais. A Região do Agreste se consolida como o grande produtor de confecções detendo 73% da produção de todo o Estado, equivalente a 850 milhões de peças ao ano (setor formal e informal). Passira e Salgadinho destacam-se pelos bordados artesanais, e Orobó pelo frivolité. A produção de móveis em madeira predomina no município de João Alfredo, que teve uma participação de 35,25% no emprego municipal em 2000, com um total de 73 estabelecimentos. 86 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Apesar do potencial, a atividade turística, principalmente em Taquaritinga do Norte e Salgadinho (Estação Térmica) é pouco explorada, em função da precariedade da oferta de infraestrutura. O Circuito do Frio incluiu Taquaritinga do Norte em sua programação a partir do ano 2000, e tem o potencial de dinamizar o turismo na Região, com incremento estimado na economia na ordem de R$ 1,5 milhão em 2003. São Vicente Ferrer ocupa o segundo lugar em valor de produção estadual de frutas, com 9,32% de todo o setor. A população economicamente ativa é de 192.020 habitantes, dos quais 173.420 estão ocupados nos seguintes setores produtivos: agropecuária (38,6%), indústria de transformação (19,4%), comércio e serviços (13,2%), construção civil ( 5,1%), e educação (4%). Os demais 19,7 % estão distribuídos em outros setores produtivos como administração pública, transporte e armazenagem, alojamento e alimentação, atividades financeiras e imobiliárias, serviços domésticos, entre outros. PROJETO ESTRUTURADOR Sistema Adutor do Agreste Pernambucano AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO Apoio à fruticultura (uva, banana e abacaxi), avicultura e indústria de transformação; Fortalecimento de atividades emergentes como pecuária leiteira e caprinocultura de corte; Defesa e inspeção sanitária animal e vegetal; Fortalecimento dos arranjos produtivos locais têxtil e confecções; Novo distrito industrial em Limoeiro; Ampliação de vagas na escola agrícola de Bom Jardim; Assistência técnica e apoio aos assentamentos; Reestruturação dos conselhos municipais de desenvolvimento sustentável; Consolidação de um consórcio regional; Estradas: trecho Caruaru/Toritama/Pão de Açúcar; trecho Pão de Açúcar/Santa Cruz do Capibaribe; trecho Carpina/Lagoa do Carro/Limoeiro; trecho Orobó/Machados; vicinal Surubim/Casinhas; trecho PE 106/Surubim/Vertente do Lério; Organização do transporte intermunicipal; Descentralização do Detran; Criação da rota turística da moda e da confecção (Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e Taquaritinga do Norte); Desenvolvimento do potencial de turismo de lazer (Estação Térmica de Salgadinho); Promoção no mercado externo das atividades de artesanato; Adutora de Limoeiro; água para a agricultura da banana; Adutora Agrestina; 87 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Programa de correção de fluxo para 15.900 alunos até 2009; Laboratórios de informática em 31 escolas e melhoria das instalações em 27 escolas; Adequação do Hospital Regional de Limoeiro; Incentivo estadual para atenção primária à saúde; Redução do déficit habitacional; Programa estadual de tratamento de resíduos sólidos; Programa de erradicação do trabalho infantil; Centro da juventude e centro de defesa da vida para promover cidadania e direitos humanos; Programa academia das cidades; Equipamentos esportivos e programa Segundo Tempo (esportes nas escolas); Equipamento cultural regional; Valorização do calendário cultural regional e ciclos culturais (carnaval, das paixões e junino); Desenvolvimento da economia da cultura e formação de agentes culturais; Recuperação e conservação do patrimônio histórico-cultural; Valorização dos circuitos culturais intermunicipais (pegas de boi, cavalgadas e vaquejadas); Apoio e difusão das atividades artísticas e de linguagens culturais; 1.1.2.10 Região de Desenvolvimento – Mata Norte PERFIL REGIONAL A Região de Desenvolvimento (RD) Mata Norte está localizada na Zona da Mata, com uma área de 3.242,9 Km2, correspondendo a 38,59% do total da mesorregião da Zona da Mata. Tem como principal atividade econômica a produção de cana-de-açúcar e seus derivados, um setor agroindustrial que desempenha um papel de relevante significado econômico e social, representado pelas usinas e destilarias, além de um setor comercial que mantém certa dependência com relação à oscilação da safra canavieira, expandindo-se ou retraindo-se em função dela. É constituída por 19 municípios: Aliança; Buenos Aires; Camutanga; Carpina; Chã de Alegria; Condado; Ferreiros; Glória do Goitá; Goiana; Itambé; Itaquitinga; Lagoa do Itaenga; Lagoa do Carro; Macaparana; Nazaré da Mata; Paudalho; Timbaúba; Tracunhaém; e Vicência. As constantes crises do setor sucroalcooleiro mudaram o perfil produtivo da região com à diversificação de atividades agrárias como a avicultura, produção de bananas, inhame, plantas frutíferas, além da pesca, comércio varejista, prestação de serviços e indústrias. 88 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Apesar deste contexto, a Mata Norte registra grandes carências nas condições de vida de sua população, notadamente nas áreas de saneamento básico, saúde e nas questões do emprego, devido a sazonalidade da sua principal atividade econômica. A RD Mata Norte apresenta potencial turístico, favorecido pela grande quantidade e diversidade de atrativos naturais, manifestações folclóricas e culturais, artesanato e, sobretudo, pelo patrimônio construído composto por antigos engenhos, capelas, igrejas e casarios. O principal acesso à Mata Norte se dá através das BRs 408 e 101 Norte, nas quais circula, praticamente toda a produção e abastecimento da região. A duplicação da BRs 408, em franca expansão, trará benefícios para os municípios da Mata Norte, principalmente para aqueles com maior proximidade dessa rodovia, como Goiana e Condado, principalmente pela localização privilegiada, próximo de Recife e João Pessoa. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH O IDH da Região é de 0,650, inferior ao de Pernambuco que é de 0,705. Entre os maiores índices estão os do município de Carpina - 0,724, Nazaré da Mata 0,703 e Goiana 0,692. O mais baixo é o de Buenos Aires 0,621. O baixo IDH da maioria dos municípios, exceção, de Carpina e Nazaré da Mata, se reflete no IDH da Região de Desenvolvimento. 89 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 35: Variação Índice de Desenvolvimento Humano – Mata Norte 1991 2000 Municípios IDH IDH Pernambuco 0,614 0,705 Aliança 0,492 0,578 Buenos Aires 0,503 0,621 Camutanga 0,599 0,632 Carpina 0,62 0,724 Chã de Alegria 0,509 0,629 Condado 0,54 0,627 Ferreiros 0,522 0,629 Glória do Goitá 0,519 0,636 Goiana 0,593 0,692 Itambé 0,474 0,574 Itaquitinga 0,498 0,587 Lagoa do Itaenga 0,507 0,638 Lagoa do Carro 0,514 0,654 Macaparana 0,501 0,597 Nazaré da Mata 0,611 0,703 Paudalho 0,565 0,67 Timbaúba 0,548 0,649 Tracunhaém 0,543 0,636 Vicência 0,530 0,644 Total 0,546 0,650 Diferença IDHM 2000 1991 em % 12,7% 17,5% 23,5% 5,5% 16,8% 23,6% 16,1% 20,5% 22,5% 16,7% 21,1% 17,9% 25,8% 27,2% 19,2% 15,1% 18,6 18,4 17,1 21,5 19,0 FONTE: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/Instituto de Pesquisas Econômicas POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA A RD da Mata Norte concentra 6,8 % da população do Estado. A população urbana é de 377.275 habitantes, predominando sobre a população rural, que é de 164.153 habitantes. Os municípios mais populosos são: Goiana e Carpina. A população de mulheres na região é superior a de homens, seguindo a mesma tendência da população residente do Estado de Pernambuco. 90 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 36: População residente, por sexo e situação do domicílio, população residente de 10 anos ou mais de idade, total – Mata Norte População residente, sexo e situação do domicílio Municípios Pernambuco. Aliança. Buenos Aires. Camutanga. Carpina. Chã de Alegria. Condado. Ferreiros. Glória do Goitá. Goiana. Itambé. Itaquitinga. Lagoa do Itaenga. Lagoa do Carro. Macaparana. Nazaré da Mata. Paudalho. Timbaúba. Tracunhaém. Vicência. Total da RD Mata Norte. Total Homens Mulheres Urbana Rural 7 918 344 37 189 12 007 7 844 63 811 11 102 21 797 10 727 27 554 71 177 34 982 14 950 20 172 13 110 22 494 29 254 45 138 56 906 12 394 28 820 3 826 657 18 602 5 949 3 916 30 672 5 512 10 866 5 367 13 593 35 056 17 441 7 524 10 083 6 540 10 945 14 260 22 400 27 629 6 189 14 476 4 091 687 18 587 6 058 3 928 33 139 5 590 10 931 5 360 13 961 36 121 17 541 7 426 10 089 6 570 11 549 14 994 22 738 29 277 6 205 14 344 6 058 249 17 091 6 408 6 016 61 006 8 082 18 473 6 957 12 542 43 531 26 325 10 779 15 345 8 087 13 518 24 704 34 432 44 035 9 442 10 502 1 860 095 20 098 5 599 1 828 2 805 3 020 3 324 3 770 15 012 27 646 8 657 4 171 4 827 5 023 8 976 4 550 10 706 12 871 2 952 18 318 541 428 267 020 274 408 377 275 164 153 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. A estimativa para 2006 é haver quase 600.000 habitantes, apresentando um crescimento percentual com relação a 1998 de 8,75%, um pouco abaixo do percentual de Pernambuco, estimado em 11,39%. No entanto, a dinâmica do crescimento populacional está concentrada em Carpina, que concentra mais de 10% da população desta RD. Outros municípios como Condado, Goiana, Lagoa do Carro, Lagoa do Itaenga e Paudalho, também apresentam taxas significativas de crescimento da população (acima de 10% no período de 1998 a 2006). Isto significa que a questão da habitação torna-se relevante para esses municípios. O Município de Timbaúba por sua vez, devido a sua importância estratégica para essa região como um pólo tradicional de produção de calçados e comércio, chama a atenção por apresentar um decréscimo no número de habitantes entre 2000 e 2006. Segundo a comparação dos dados do censo 2000 com as informações da Celpe para o ano de 2006, há, em princípio, a comprovação do baixo crescimento populacional em Timbaúba, mas também uma tendência de reversão da queda do total da população local. Para o ano 2000 havia 91 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 13.379 domicílios e em 2006, de acordo com a Celpe, havia 13.969 consumidores residenciais, mostrando um crescimento de seiscentas habitações no período, caso consideremos cada consumidor como um domicílio, ou seja, apenas cerca de 100 novas habitações surgiram por ano, durante 2000 e 2006, no município de Timbaúba. Tabela 37: Estimativa da população Residente - Pernambuco e RD Mata Norte Municípios Pernambuco Aliança Buenos Aires Camutanga Carpina Chã de Alegria Condado Ferreiros Glória do Goitá Goiana Itambé Itaquitinga Lagoa do Carro Lagoa do Itaenga Macaparana Nazaré da Mata Paudalho Timbaúba Tracunhaém Vicência População - Ano 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 7.633.450 7.753.900 8.008.207 8.084.667 8.161.862 8.323.911 8.413.593 8.502.603 37.700 12.850 7.900 56.650 11.100 20.700 10.350 27.450 68.700 34.400 14.550 11.950 18.000 23.000 28.500 41.900 57.550 12.750 27.500 38.050 12.950 8.000 57.450 11.250 21.000 10.450 27.550 69.500 34.750 14.750 12.100 18.200 23.250 28.750 42.500 58.000 12.800 27.750 37.155 11.961 7.872 64.848 11.131 22.162 10.714 27.632 71.940 35.054 15.063 13.327 20.325 22.673 29.547 45.733 56.851 12.434 28.833 Crescimento % no Período 11,39 37.133 11.911 7.919 65.669 11.145 22.501 10.685 27.711 72.656 35.136 15.144 13.534 20.943 22.839 29.825 46.302 56.832 12.491 28.989 37.107 11.867 7.954 66.531 11.165 22.828 10.665 27.784 73.342 35.207 15.234 13.730 21.301 22.999 30.090 46.842 56.798 12.536 29.067 37.053 11.774 8.027 68.341 11.206 23.514 10.624 27.937 74.782 35.358 15.424 14.143 22.052 23.335 30.647 47.975 56.726 12.630 29.231 37.022 11.722 8.067 69.342 11.229 23.894 10.602 28.021 75.579 35.441 15.528 14.372 22.468 23.521 30.955 48.603 56.687 12.682 29.322 36.992 11.671 8.107 70.337 11.252 24.271 10.579 28.105 76.371 35.523 15.632 14.599 22.880 23.706 31.261 49.225 56.647 12.734 29.413 (1,88) (9,18) 2,62 24,16 1,37 17,25 2,21 2,39 11,17 3,26 7,44 22,17 27,11 3,07 9,69 17,48 (1,57) (0,13) 6,96 Total RD Mata Norte 523.500 529.050 545.255 549.365 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 553.047 560.779 565.057 569.305 8,75 92 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 38: Indicadores Demográficos - Região de Desenvolvimento Mata Norte Municípios Densidade demográfica (hab/km²) 2000 Taxa de urbanização (%) Aliança 140,18 Buenos Aires 137,85 Camutanga 206,97 Carpina 416,79 Chã de Alegria 191,74 Condado 240,85 Ferreiros 125,17 Glória do Goitá 130,59 Goiana 144,64 Itambé 114,7 Itaquitinga 128,33 Lagoa do Itaenga 326,94 Lagoa do Carro 220,34 Macaparana 219,45 Nazaré da Mata 207,03 Paudalho 167,67 Timbaúba 178,28 Tracunhaém 87,9 Vicência 115,65 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 2000 45,96 53,37 76,7 95,6 72,8 84,75 64,86 45,52 61,16 75,25 72,1 76,07 61,69 60,1 84,45 76,28 77,38 76,18 36,44 Taxa geométrica de crescimento anual (%) -0,08 -0,41 0,52 1,66 0,21 1,87 -0,21 0,31 1,16 0,24 0,71 2,25 1,89 0,84 1,09 1,46 -0,07 0,42 0,31 ECONOMIA A RD Mata Norte é marcada por uma economia predominantemente agrícola, tendo como principal atividade a produção da cana-de-açúcar e seus derivados. Também se destacam a agricultura (banana, verduras, inhame, mandioca, entre outros), indústria da transformação, comércio, prestação de serviços e turismo. Importância da Cana-de-Açúcar na Zona da Mata A cana-de-açúcar estruturou os espaços: físico, econômico e social de toda a Zona da Mata, especializando a economia local e individualizando a sua sociedade no contexto regional e nacional. A cana-de-açúcar presta-se à fabricação de vários produtos e subprodutos, dentre eles o açúcar, o álcool, o melaço e a torta, além da aguardente. O seu bagaço é ainda aproveitado como matéria-prima energética e os resíduos da calda como fertilizante natural. As diferenças de produtividade da cana-de-açúcar em Pernambuco, comparativamente ao país como um todo, sem 93 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ considerar o caso de São Paulo, mostram o atraso a que chegou o setor na Região Nordeste, e a baixa transformação da base técnica na produção regional. A cana-de-açúcar é atividade cujo comportamento de oferta esteve historicamente ligado às oscilações de demanda no mercado externo. Há algum tempo, a produção canavieira se retraía ou expandia em função da demanda no mercado internacional, agora, se liga no País às necessidades de demanda criadas pela expansão das usinas processadoras de álcool, o que explica seu crescimento, mesmo diante de restrições de preços externos. A importância do setor para a economia do Estado pode ser avaliada por sua participação histórica nas exportações, com uma geração de receita de divisas no montante de 360,8 milhões de dólares em 1995. A participação do açúcar no total das exportações pernambucanas, que se mantivera sempre em torno dos 60,0%, alcançando 62,9%, em 1995, cai progressivamente a partir daí, até representar 40% em 1999 e apenas 26% em 2000. Diversificação da base produtiva A relativa homogeneidade dos sistemas agrícolas na Zona da Mata, organizados em torno da cana-de-açúcar, vem cedendo lugar a uma lenta, embora persistente, diversificação produtiva, tanto na agricultura quanto nas atividades industriais. Curtumes, indústrias integradoras para o beneficiamento de produtos avícolas, laticínios, aguardente, processamento de pescado, entre outras, são algumas das indústrias presentes na mesorregião, concentradas em quatro centros de importância microrregional: Vitória de Santo Antão, Carpina, Timbaúba e Palmares. Apesar de manter-se como atividade comercial dominante na Zona da Mata, a cana-deaçúcar permitiu o desenvolvimento de outras culturas exploradas pelos trabalhadores moradores, normalmente cultivos temporários, como a mandioca, macaxeira, e também árvores frutíferas, que servem para a alimentação humana e animal. A fruticultura, incluindo laranja, abacaxi, caju, goiaba, pitanga, umbu e cajá, é, ainda, significativa em municípios circunvizinhos à área de domínio da cana-de-açúcar, que estão nos limites geográficos no Agreste. Observam-se também as alternativas da olericultura, do inhame, da seringueira, do cacau e da acerola, além de experiências bem sucedidas de cultivo de flores. A produção e comercialização da banana são as atividades econômicas que apresentam o maior crescimento na mesorregião da Zona da Mata, chegando a representar pouco mais de 40% da produção agrícola do município de Vicência. Quanto à mandioca, registra-se grande 94 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ concentração de cultivos nos municípios de Chã de Alegria, Feira Nova, Glória do Goitá, Paudalho, Pombos e Vitória de Santo Antão, com potencial elevado de expansão em toda a área. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB PIB (milhões) – 2,497; PIB (per capita - R$) – 4,454; Participação % PIB PE - 5,24. Tabela 39: Produto Interno Bruto Municipal, a preço de mercado - Região de Desenvolvimento - Mata Norte Período de referência: 2004 Populaçao PIB per capita Participação no Municípios PIB (R$1.000) Residente (R$) Estado (%) Pernambuco 47.697.443 8.323.911 5,730 Aliança 117.635 37.053 3,175 0,25% Buenos Aires 37.851 11.774 3,215 0,08% Camutanga 95.908 8.027 11,948 0,20% Carpina 278.306 68.341 4,072 0,58% Chã de Alegria 34.672 11.206 3,094 0,07% Condado 53.058 23.514 2,256 0,11% Ferreiros 36.698 10.624 3,454 0,08% Glória do Goitá 74.651 27.937 2,672 0,16% Goiana 566.979 74.782 7,582 1,19% Itambé 125.305 35.358 3,544 0,26% Itaquitinga 48.941 15.424 3,173 0,10% Lagoa do Itaenga 126.214 22.052 5,723 0,26% Lagoa do Carro 53.245 14.143 3,765 0,11% Macaparana 65.686 23.335 2,815 0,14% Nazaré da Mata 159.677 30.647 5,210 0,33% Paudalho 152.788 47.975 3,185 0,32% Timbaúba 260.820 56.726 4,598 0,55% Tracunhaém 56.256 12.630 4,454 0,12% Vicência 153.048 29.231 5,236 0,32% Total RD Mata Norte 2.497.738 560.779 4,454 5,24 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco Nota: 2004 – Dados Preliminares SANEAMENTO E HIDROGRAFIA A região não possui local adequado para o destino do lixo, nem sistema de tratamento dos resíduos sólidos; em alguns municípios, a coleta urbana é feita em tratores e caçambas, sendo despejado, a céu aberto, nas margens das rodovias e nos lixões. 95 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Há poluição dos rios, provocada, em particular por usinas que lançam diretamente seus dejetos químicos. O meio ambiente sofre agressões de vários fatores, dentre os quais cabe ressaltar problemas de saneamento e de tratamento de resíduos sólidos. O problema ainda é maior pela inexistência de aterros sanitários. Os problemas referentes à coleta e tratamento do lixo, bem como de destinação final dos esgotos doméstico e industrial, fatores poluentes dos recursos hídricos, aliam-se a questão da poluição atmosférica agravada pela queima da cana-deaçúcar na época de corte e pela fuligem expelida pelas chaminés das usinas durante a fabricação de açúcar e álcool. Por razões de acumulação de riqueza, na forma de benfeitorias permanentes, estruturas de construções e instalações e valorização da terra, é nessa Região onde se encontram os preços mais elevados de compra e venda da terra no Estado de Pernambuco. É também aí onde se acham as maiores taxas estaduais de urbanização, densidade demográfica e concentração de serviços. As tabelas apresentadas a seguir indicam as formas de abastecimento de água domiciliar, condições de esgotamento sanitário e destino do lixo: Tabela 40: Forma de Abastecimento de Água Domiciliar – Mata Norte MUNICÍPIOS TOTAL DE DOMICÍLIOS Pernambuco. 1 968 761 Aliança. 8 199 Buenos Aires. 2 725 Camutanga. 1 829 Carpina. 15 544 Chã de Alegria. 2 511 Condado. 5 191 Ferreiros. 2 433 Glória do Goitá. 6 497 Goiana. 17 105 Itambé. 7 892 Itaquitinga. 3 377 Lagoa do Carro. 3 141 Lagoa do Itaenga. 4 467 Macaparana. 5 262 Nazaré da Mata. 6 975 Paudalho. 10 699 Timbaúba. 13 379 Tracunhaém. 2 697 Vicência. 6 471 Total RD Mata Norte. 126 394 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. FORMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DOMICILIAR LIGADO POÇO OU OUTRA REDE % NASCENTE % FORMA % GERAL 1 388 529 70,5 246 452 12,5 333 780 17,0 5 334 1 586 1 279 65,1 19,3 15,6 1 598 648 479 58,6 23,8 17,6 1 102 347 380 60,3 19,0 20,8 13 037 1 614 893 83,9 10,4 5,7 1 133 266 1 112 45,1 10,6 44,3 2 525 1 059 1 607 48,6 20,4 31,0 1 325 521 587 54,5 21,4 24,1 3 041 620 2 836 46,8 9,5 43,7 10 745 2 993 3 367 62,8 17,5 19,7 4 889 1 207 1 796 61,9 15,3 22,8 2 077 295 1 005 61,5 8,7 29,8 1 705 814 622 54,3 25,9 19,8 2 880 753 834 64,5 16,9 18,7 3 771 1 108 383 71,7 21,1 7,3 5 699 570 706 81,7 8,2 10,1 6 664 2 313 1 722 62,3 21,6 16,1 9 359 939 3 081 70,0 7,0 23,0 1 807 561 329 67,0 20,8 12,2 3 910 2 188 373 60,4 33,8 5,8 82 601 65,4 20 402 16,1 23 391 18,5 Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 96 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 41: Existência de Banheiro ou Sanitário Domiciliar – Mata Norte EXISTENCIA DE BANHEIRO OU SANITÁRIO DOMICILIAR TOTAL LIGADO SEM MUNICÍPIOS DE COM NÃO A BAN. DOMICÍLIOS BAN./SANIT. % REDE % LIGADO % SANIT. GERAL Pernambuco. 1 968 761 1 665 741 84,6 674 278 40,5 991 463 59,5 303 020 Aliança. 8 199 7 260 1 055 6 205 939 88,5 14,5 85,5 Buenos Aires. 2 725 2 268 177 2 091 457 83,2 7,8 92,2 Camutanga. 1 829 1 407 114 1 293 422 76,9 8,1 91,9 Carpina. 15 544 15 141 205 14 936 403 97,4 1,4 98,6 Chã de Alegria. 2 511 2 115 133 1 982 396 84,2 6,3 93,7 Condado. 5 191 4 538 108 4 430 653 87,4 2,4 97,6 Ferreiros. 2 433 1 911 875 1 036 522 78,5 45,8 54,2 Glória do Goitá. 6 497 4 827 2 022 2 805 1 670 74,3 41,9 58,1 Goiana. 17 105 14 776 1 985 12 791 2 329 86,4 13,4 86,6 Itambé. 7 892 6 725 43 6 682 1 167 85,2 0,6 99,4 Itaquitinga. 3 377 2 826 23 2 803 551 83,7 0,8 99,2 Lagoa do Carro. 3 141 2 866 68 2 798 275 91,2 2,4 97,6 Lagoa do Itaenga. 4 467 4 278 180 4 098 189 95,8 4,2 95,8 Macaparana. 5 262 4 661 2 456 2 205 601 88,6 52,7 47,3 Nazaré da Mata. 6 975 6 669 4 458 2 211 306 95,6 66,8 33,2 Paudalho. 10 699 9 627 773 8 854 1 072 90,0 8,0 92,0 Timbaúba. 13 379 12 007 5 224 6 783 1 372 89,7 43,5 56,5 Tracunhaém. 2 697 2 481 88 2 393 216 92,0 3,5 96,5 Vicência. 6 471 5 330 417 4 913 1 141 82,4 7,8 92,2 Total RD Mata Norte. 126 394 111 713 88,4 20 404 18,3 91 309 81,7 14 681 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. % 15,4 11,5 16,8 23,1 2,6 15,8 12,6 21,5 25,7 13,6 14,8 16,3 8,8 4,2 11,4 4,4 10,0 10,3 8,0 17,6 11,6 Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 97 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 42: Destino do lixo Domiciliar – Mata Norte MUNICÍPIOS Pernambuco Aliança. Buenos Aires. Camutanga. Carpina. Chã de Alegria. Condado. Ferreiros. Glória do Goitá. Goiana. Itambé. Itaquitinga. Lagoa do Carro. Lagoa do Itaenga. Macaparana. Nazaré da Mata. Paudalho. Timbaúba. Tracunhaém. Vicência. Total RD Mata Norte. FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. DESTINO DO LIXO DOMICILIAR TOTAL DE DOMICÍLIOS COLETADO % OUTRO DESTINO 1 968 761 8 199 2 725 1 829 15 544 2 511 5 191 2 433 6 497 17 105 7 892 3 377 3 141 4 467 5 262 6 975 10 699 13 379 2 697 6 471 126 394 1 351 629 2 790 1 103 950 11 849 1 210 3 229 1 644 3 287 12 804 5 593 1 133 1 759 2 934 2 768 5 316 5 673 7 316 1 598 2 810 75 766 68,7 34,0 40,5 51,9 76,2 48,2 62,2 67,6 50,6 74,9 70,9 33,6 56,0 65,7 52,6 76,2 53,0 54,7 59,3 43,4 59,9 617 132 5 409 1 622 879 3 695 1 301 1 962 789 3 210 4 301 2 299 2 244 1 382 1 533 2 494 1 659 5 026 6 063 1 099 3 661 50 628 % 31,3 66,0 59,5 48,1 23,8 51,8 37,8 32,4 49,4 25,1 29,1 66,4 44,0 34,3 47,4 23,8 47,0 45,3 40,7 56,6 40,1 Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS O setor canavieiro, atividade predominante na região, com uma área de cultivo ocupando 45,7% da superfície total (1989/2000), vem apresentando ganhos de produtividade em função da incorporação de progressos técnicos aos seus processos produtivos. Destacam-se como principais produtores de derivados da cana-de-açúcar os municípios de Lagoa de Itaenga, Camutanga e Goiana. A região oferece ainda diversos atrativos turísticos, que retratam a história, com os antigos engenhos, capelas, igrejas e casarios. O conjunto arquitetônico de Goiana, formado por dois conventos e oito igrejas construídos entre os séculos XVII e XIX, é o mais significativo. Sobressaem-se, ainda, os atrativos naturais, propícios ao turismo de lazer, ecológico e rural, e as manifestações culturais, como as festas religiosas, o maracatu, o cavalo marinho, a dança do coco, o mamulengo, a ciranda e a capoeira. Merece destaque o artesanato de peças de barro fabricadas em Tracunhaém; tapeçaria de Lagoa do Carro; dos artigos de palha de bananeira e 98 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ papel de Vicência; dos calçados de couro de Timbaúba e das peças de madeira e do bordado de Paudalho. Quanto aos grandes eventos destacam-se a Festa das Heroínas de Tejucupapo (Goiana); Campeonato de Vôo Livre (Vicência), a Micaruba (Timbaúba) e a Festa de Reis (Carpina). A população economicamente ativa é de 194.242 habitantes, dos quais 152.926 estão ocupados nos seguintes setores produtivos : agropecuária (27,2%), comércio e serviços (16,9%), indústria da transformação (11,4%) e serviços domésticos (9,7%). Os demais 34,8% estão distribuídos em outros setores produtivos como transporte e armazenagem, alojamento e alimentação, administração pública, educação, entre outros. Na RD Mata Norte, as indústrias de minerais não metálicos, alimentar e papel e celulose (Goiana é o maior produtor de cimento e de embalagens de papel do Estado) são importantes para a economia da região, além da agropecuária com a produção de cana-de-açúcar, que corresponde a aproximadamente 40% do Estado e a avicultura com 30% da produção de ovos. PROJETOS ESTRUTURADORES Duplicação da BR 101; Pólo Farmacoquímico (Hemobrás). AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO Programa Academia da Cidade; Equipamentos esportivos e Programa Segundo Tempo nas escolas; Plano Regional de Cultura; Calendário cultural regional (carnaval, das paixões, junino, natalino); Valorização dos sítios históricos, arqueológicos e paleontológicos; Estradas: trecho Carpina/Lagoa do Carro/Limoeiro; acesso ao Pólo Farmacoquímico; entroncamento BR 101/Tejucupapo; trecho Ponta de Pedras/Barra de Catuama ; Descentralização do Detran; Sistema de abastecimento de água: ampliação da barragem de Cursaí e do Sistema Siriji; Manutenção de 11 sistemas nos municípios do território piloto – Aliança, Buenos Aires, Nazaré da Mata, Tracunhaéme Vicência; 99 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Água para projetos agrícolas (banana e cana de açúcar); Consolidação da rota turística engenhos e maracatus (Paudalho, Carpina, Tracunhaém, Nazaré da Mata, Vicência e Lagoa do Carro) e criação do roteiro turístico libertário (Goiana e Itambé); Programa de correção de fluxo para 25.600 alunos, até 2009; Laboratórios de informática em 34 escolas estaduais; melhoria das instalações em 33 escolas estaduais; Reabertura do hospital Ermírio Coutinho – Nazaré da Mata; Plano de atenção à saúde para a população de assentados e comunidades rurais; Redução do déficit habitacional; Unidades de conservação e modelos de reflorestamento; Campanhas e eventos de educação ambiental; Planos de gerenciamento integrado de resíduos sólidos para os municípios; Proteção dos ecossistemas da Zona Costeira e Mata Atlântica e do combate à desertificação; Ações de recomposição das matas ciliares e conservação de florestas urbanas; Programa de erradicação do trabalho infantil; Programa “Chapéu de Palha”; Centro da juventude e centro de defesa da vida; Municipalização dos programas de liberdade assistida e sócio-educativos; Conselhos municipais e comunitários de segurança pública; Transformação da CIATUR e da CIPOMA em batalhões de polícia especializada; Patrulha escolar e programa educacional de resistência às drogas nas escolas; Grupamento do corpo de bombeiros (Goiana, Timbaúba e Carpina) e salva-vidas (praias de Pontas de Pedra e Carne de Vaca). 1.1.2.11 Região de Desenvolvimento – Mata Sul PERFIL REGIONAL Região de Desenvolvimento Mata Sul está localizada na mesorregião da Zona da Mata Pernambucana, com uma área de 5.208,6 km2, reunindo 24 municípios e uma população de mais 100 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ de 670 mil habitantes. Desses, estima-se cerca de 240 mil vivam da produção da cana-de-açúcar e seus derivados. As usinas e destilarias instaladas na Região respondem por 60% de toda a produção de açúcar e álcool do Estado, número importante para a economia pernambucana, pois o setor sucroalcooleiro responde por 12 % do PIB estadual. É constituída por 24 municípios: Água Preta; Amaraji; Barreiros; Belém de Maria; Chã Grande; Cortês; Catende; Escada; Gameleira; Joaquim Nabuco; Jaqueira; Maraial; Pombos; Primavera; Palmares; Quipapá; Ribeirão;Rio Formoso; Sirinhaém; São José da Coroa Grande; São Benedito do Sul;Tamandaré; Vitória de Santo Antão e Xexéu. A Mata Sul também possui como característica marcante: lugares paradisíacos e praias com grande potencial para os investimentos, além de dezenas de cachoeiras, bicas e os mais variados tipos de banho. O Rio Una é o maior responsável por esse parque aquático natural. Também existe o patrimônio histórico dos engenhos de açúcar e a diversidade de atrativos naturais, manifestação folclóricas e culturais, artesanato, entre outras. A RD possui duas importantes Áreas de Preservação Ambiental: a APA de Guadalupe e a Reserva Ecológica de Saltinho. O principal acesso à Mata Sul se dá através da PE-60 e pelas BRs 101 Sul e 232, nas quais circula praticamente toda a produção econômica e abastecimento da região. Apesar deste contexto, a Mata Sul registra grandes carências nas condições de vida de sua população, notadamente nas áreas de saneamento básico, saúde e nas questões do emprego, devido à sazonalidade da sua principal atividade econômica, tendo como maior desafio alcançar melhores condições de renda e de vida. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH O IDH da Região é de 0,626, inferior ao de Pernambuco que é de 0,705, entre os maiores índices estão os do município de Vitória de Santo Antão - 0,663, Ribeirão - 0,658 e Palmares 0,653. O mais baixo é o de São Benedito do Sul 0,549. O baixo IDH dos municípios se reflete no IDH da Região de Desenvolvimento. 101 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 43: Variação Índice de Desenvolvimento Humano – Mata Sul 1991 2000 Municípios IDHM IDHM Pernambuco Água Preta Amaraji Barreiros Belém de Maria Catende Chã Grande Cortês Escada Gameleira Jaqueira Joaquim Nabuco Maraial Palmares Pombos Primavera Quipapá Ribeirão Rio Formoso São Benedito do Sul São José da Coroa Grande Sirinhaém Tamandaré Vitória de Santo Antão Xexéu Total RD Mata Sul 0,614 0,482 0,495 0,585 0,488 0,534 0,485 0,466 0,541 0,482 0,474 0,494 0,474 0,557 0,516 0,495 0,459 0,563 0,517 0,402 0,498 0,5 0,496 0,576 0,435 0,523 Diferença IDHM 2000 - 1991 em % 0,705 0,596 0,617 0,634 0,59 0,644 0,612 0,582 0,645 0,59 0,587 0,613 0,564 0,653 0,641 0,632 0,579 0,658 0,621 0,549 0,628 0,633 0,596 0,663 0,561 0,626 12,7% 23,7% 24,6% 8,4% 20,9% 20,6% 26,2% 24,9% 19,2% 22,4% 23,8% 24,1% 19,0% 17,2% 24,2% 27,7% 26,1% 16,9% 20,1% 36,6% 26,1% 26,6% 20,2% 15,1% 29,0% 19,7% FONTE: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/Instituto de Pesquisas Econômicas. POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA A RD Mata Sul concentra 8,4 % da população do Estado, que em 2000, era de 665.846 habitantes. A população urbana é de 456.161 habitantes, predominando sobre a população rural, que é de 209.685 habitantes. Vitória de Santo Antão se destaca na região com 117.609 habitantes, mais que o dobro do município mais populoso, Escada, que possui 57.341 habitantes. A população de mulheres na região é superior a de homens, seguindo a mesma tendência da população residente do Estado de Pernambuco. 102 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 44: População residente, por sexo e situação do domicílio, população residente de 10 anos ou mais de idade, total – Mata Sul População residente, sexo e situação do domicílio Municípios Pernambuco Água Preta. Amaraji. Barreiros. Belém de Maria. Catende. Chã Grande. Cortês. Escada. Gameleira. Jaqueira. Joaquim Nabuco. Maraial. Palmares. Pombos. Primavera. Quipapá. Ribeirão. Rio Formoso. São Benedito do Sul. São José da Coroa Grande. Sirinhaém. Tamandaré. Vitória de Santo Antão. Xexéu. Total da RD Mata Sul Total Homens Mulheres Urbana Rural 7 918 344 28 531 21 309 39 139 10 626 31 257 18 407 12 681 57 341 24 003 11 653 15 925 14 017 55 790 23 351 11 477 22 145 41 449 20 764 10 477 13 971 33 046 17 281 117 609 13 597 3 826 657 14 423 10 847 19 363 5 363 15 174 9 236 6 247 28 322 12 138 5 873 7 997 7 132 26 888 11 687 5 905 10 998 20 320 10 505 5 258 6 934 16 693 8 839 56 978 6 865 4 091 687 14 108 10 462 19 776 5 263 16 083 9 171 6 434 29 019 11 865 5 780 7 928 6 885 28 902 11 664 5 572 11 147 21 129 10 259 5 219 7 037 16 353 8 442 60 631 6 732 6 058 249 14 707 14 381 31 028 6 566 23 451 11 736 8 443 45 596 16 663 5 904 9 617 7 937 43 452 13 979 6 641 10 885 29 646 8 349 5 271 9 516 13 646 11 548 99 342 7 857 1 860 095 13 824 6 928 8 111 4 060 7 806 6 671 4 238 11 745 7 340 5 749 6 308 6 080 12 338 9 372 4 836 11 260 11 803 12 415 5 206 4 455 19 400 5 733 18 267 5 740 665 846 329 985 335 861 456 161 209 685 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. A estimativa para 2006 é haver quase 700.000 habitantes, apresentando um crescimento percentual com relação a 1998 de 6,46%, um pouco abaixo do percentual de Pernambuco, estimado em 11,39%. No entanto, a dinâmica do crescimento populacional está concentrada em Vitória de Santo Antão, que concentra mais de 20% da população desta RD. O Município de Palmares por sua vez, chama a atenção por apresentar um decréscimo no número de habitantes entre 2000 e 2006. Os dados atuais revelam uma contraposição a esta tendência, pois segundo o censo 2000 existiam 13.220 domicílios urbanos e não urbanos em Palmares, atualmente, segundo as informações da Celpe, para 2006, existem 14.587 consumidores residenciais. Logo isto mostra, considerando para cada consumidor haver um domicílio, um incremento de mais de 1.350 103 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ habitações (ou moradias) durante o período de 2000 a 2006, ou seja, quase 250 habitações por ano surgiram em Palmares durante o início da década atual. (De fato, pela dinâmica observada na cidade não existiria a tendência de decréscimo da população local. Cabe observar que a estimativa realizada pelo IBGE, leva em conta a tendência observada durante a década de 90, que parece ter sido revertida na década de 2000). Tabela 45: Estimativa da população Residente - Pernambuco e RD Mata SUL Crescimento % no Período População - Ano Municípios 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Pernambuco 7.633.450 7.753.900 8.008.207 8.084.667 8.161.862 8.323.911 8.413.593 8.502.603 Água Preta 26.200 26.450 29.057 29.079 29.333 29.866 30.162 30.455 Amaraji 20.900 21.150 21.481 21.585 21.713 21.982 22.131 22.279 Barreiros 39.350 39.800 38.977 38.838 38.698 38.405 38.243 38.082 Belém de Maria 14.150 14.100 10.441 10.294 10.140 9.816 9.637 9.460 Catende 31.700 31.900 31.180 31.202 31.176 31.123 31.093 31.063 Chã Grande 16.050 16.150 18.760 19.019 19.303 19.899 20.229 20.556 Cortês 13.400 13.550 13.047 12.721 12.740 12.780 12.801 12.823 Escada 58.950 59.750 57.377 57.657 57.803 58.111 58.281 58.450 Gameleira 21.850 22.100 24.558 24.921 25.347 26.241 26.736 27.227 Jaqueira 10.700 10.700 11.801 11.932 12.062 12.334 12.485 12.635 Joaquim Nabuco 14.750 14.900 15.948 15.972 15.994 16.039 16.065 16.090 Maraial 11.550 11.600 14.281 14.617 14.895 15.480 15.803 16.124 Palmares 57.750 58.450 55.467 55.382 55.192 54.794 54.574 54.355 Pombos 21.750 21.750 23.600 23.793 23.998 24.429 24.667 24.904 Primavera 10.900 10.950 11.546 11.608 11.669 11.797 11.867 11.937 Quipapá 19.800 20.000 22.341 22.358 22.457 22.665 22.780 22.894 Ribeirão 40.900 41.450 41.421 41.539 41.581 41.668 41.717 41.765 Rio Formoso 20.300 20.500 20.976 21.130 21.299 21.656 21.853 22.049 São Benedito do Sul 11.200 11.250 10.550 10.602 10.659 10.781 10.848 10.915 São José da Coroa Grande 13.450 13.650 14.250 14.484 14.722 15.222 15.498 15.773 Sirinhaém 32.900 33.300 32.879 33.001 32.981 32.937 32.913 32.889 Tamandaré 15.800 15.950 17.341 17.802 18.043 18.550 18.831 19.110 Vitória de Santo Antão 113.550 114.950 118.894 119.873 120.924 123.130 124.351 125.563 Xexéu 13.250 13.400 13.955 14.211 14.495 15.093 15.424 15.752 Total RD Mata Sul 651.100 657.750 670.128 673.620 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 677.224 684.798 688.989 693.150 11,39 16,24 6,60 (3,22) (33,14) (2,01) 28,07 (4,31) (0,85) 24,61 18,08 9,08 39,60 (5,88) 14,50 9,51 15,63 2,11 8,62 (2,54) 17,27 (0,03) 20,95 10,58 18,88 6,46 104 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 46: Indicadores Demográficos - Região de Desenvolvimento Mata Sul Municípios Densidade demográfica (hab/km²) Água Preta 53,85 Amaraji 89,61 Barreiros 171,06 Belém de Maria 167,34 Catende 194,99 Chã Grande 220,71 Cortês 128,48 Escada 164,4 Gameleira 92,43 Jaqueira 105,27 Joaquim Nabuco 138,36 Maraial 71,44 Palmares 148,93 Pombos 99,32 Primavera 119,43 Quipapá 98,55 Ribeirão 144,52 Rio Formoso 61,14 São Benedito do Sul 50,27 São José da Coroa Grande 187,03 Sirinhaém 93,03 Tamandaré 175,44 Vitória de Santo Antão 341,69 Xexéu 117,22 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2000 2000 Taxa de urbanização (%) Taxa geométrica de crescimento anual (%) 51,55 67,49 79,28 61,79 75,03 63,76 66,58 79,52 69,42 50,67 60,39 56,62 77,88 59,86 57,86 49,15 71,52 40,21 50,31 68,11 41,29 66,82 84,47 1,06 0,71 -0,4 -1,53 -0,09 1,93 0,24 0,29 2,25 3,56 0,16 0,86 -0,38 1,05 0,62 0,52 0,12 0,26 0,65 2,15 -0,07 2,75 1,07 ECONOMIA A RD Mata Sul é marcada por uma economia predominantemente agrícola, tendo como principal atividade a produção de cana-de-açúcar e produtos derivados. O setor concentra 49,8% dos empregos desta área no Estado. O perfil produtivo vem apresentando tendência à diversificação das atividades agrárias e industriais, com destaque para a fruticultura, seringueiras, pecuária de leite e de corte, indústrias de transformação e comércio varejista e a prestação de serviços, principalmente em Palmares, Vitória de Santo Antão e Barreiros. 105 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ IMPORTÂNCIA DA CANA-DE-AÇÚCAR NA ZONA DA MATA A cana-de-açúcar estruturou os espaços: físico, econômico e social de toda a Zona da Mata, especializando a economia local e, individualizando a sua sociedade no contexto regional e nacional. A cana-de-açúcar presta-se à fabricação de vários produtos e subprodutos, dentre eles o açúcar, o álcool, o melaço e a torta, além da aguardente. O seu bagaço é ainda aproveitado como matéria-prima energética e os resíduos da calda como fertilizante natural. As diferenças de produtividade da cana-de-açúcar em Pernambuco, comparativamente ao país como um todo, sem considerar o caso de São Paulo, mostram o atraso a que chegou o setor na Região Nordeste, e a baixa transformação da base técnica na produção regional. A cana-de-açúcar é atividade, cujo comportamento de oferta esteve historicamente ligado às oscilações de demanda no mercado externo. Há algum tempo, a produção canavieira se retraía ou expandia em função da demanda no mercado internacional, agora, se liga no País às necessidades de demanda criadas pela expansão das usinas processadoras de álcool, o que explica seu crescimento, mesmo diante de restrições de preços externos. A importância do setor para a economia do Estado pode ser avaliada por sua participação histórica nas exportações, com uma geração de receita de divisas no montante de 360,8 milhões de dólares em 1995. A participação do açúcar no total das exportações pernambucanas, que se mantivera sempre em torno dos 60,0%, alcançando 62,9%, em 1995, cai progressivamente a partir daí, até representar 40% em 1999 e apenas 26% em 2000. DIVERSIFICAÇÃO DA BASE PRODUTIVA A relativa homogeneidade dos sistemas agrícolas na Zona da Mata, organizados em torno da cana-de-açúcar, vem cedendo lugar a uma lenta, embora persistente, diversificação produtiva, tanto na agricultura quanto nas atividades industriais. Curtumes, indústrias integradoras para o beneficiamento de produtos avícolas, laticínios, aguardente, processamento de pescado, entre outras, são algumas das indústrias presentes na mesorregião, concentradas em quatro centros de importância microrregional: Vitória de Santo Antão, Carpina, Timbaúba e Palmares. Apesar de manter-se como atividade comercial dominante na Zona da Mata, a cana-deaçúcar permitiu o desenvolvimento de outras culturas exploradas pelos trabalhadores moradores, 106 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ normalmente cultivos temporários, como a mandioca, macaxeira, e também árvores frutíferas, que servem para a alimentação humana e animal. A fruticultura, incluindo laranja, abacaxi, caju, goiaba, pitanga, umbu e cajá, é, ainda, significativa em municípios circunvizinhos à área de domínio da cana-de-açúcar, que estão nos limites geográficos do Agreste. Observam-se também, as alternativas da olericultura, do inhame, da seringueira, do cacau e da acerola, além de experiências bem sucedidas de cultivo de flores. A produção e comercialização da banana são as atividades econômicas que apresentam o maior crescimento na mesorregião da Zona da Mata, chegando a representar pouco mais de 40% da produção agrícola do município de Vicência. Quanto à mandioca, registra-se grande concentração de cultivos nos municípios de Chã de Alegria, Feira Nova, Glória do Goitá, Paudalho, Pombos e Vitória de Santo Antão, com potencial elevado de expansão em toda a área. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB PIB (milhões) – 2,655; PIB (per capita - R$) – 3,966 Participação % PIB PE - 5,57 O PIB das RDs das Matas Norte e Sul respondem por 11,5% do PIB Estadual, na Mata Sul destaca-se a produção de bebidas (aguardente) em Vitória de Santo Antão, a indústria metalúrgica e alimentar (açúcar) do município de Escada e a agropecuária de Palmares. A RD é responsável por 50% da produção de cana e de 28% de banana do Estado. 107 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 47: Produto Interno Bruto Municipal, a preço de mercado - Mata Sul Período de referência: 2004 Populaçao Municípios PIB (R$1.000) Residente Pernambuco Água Preta Amaraji Barreiros Belém de Maria Catende Chã Grande Cortês Escada Gameleira Jaqueira Joaquim Nabuco Maraial Palmares Pombos Primavera Quipapá Ribeirão Rio Formoso São Benedito do Sul São José da Coroa Grande Sirinhaém Tamandaré Vitória de Santo Antão Total RD Mata Sul 47.697.443 98.022 80.321 103.370 29.857 84.829 53.038 65.161 241.039 70.711 36.974 102.574 53.928 187.543 86.118 84.940 61.410 137.213 146.688 28.353 41.604 187.760 69.903 604.501 2.655.857 8.323.911 29.866 21.982 38.405 9.816 31.123 19.899 12.780 58.111 26.241 12.334 16.039 15.480 54.794 24.429 11.797 22.665 41.668 21.656 10.781 15.222 32.937 18.550 123.130 669.705 PIB per capita (R$) Participação no Estado (%) 5,730 3,282 3,654 2,692 3,042 2,726 2,665 5,099 4,148 2,695 2,998 6,395 3,484 3,423 3,525 7,200 2,709 3,293 6,774 2,630 2,733 5,701 3,768 4,909 3,966 0,21% 0,17% 0,22% 0,06% 0,18% 0,11% 0,14% 0,51% 0,15% 0,08% 0,22% 0,11% 0,39% 0,18% 0,18% 0,13% 0,29% 0,31% 0,06% 0,09% 0,39% 0,15% 1,27% 5,57% FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco. Nota: 2004 – Dados Preliminares SANEAMENTO E HIDROGRAFIA A taxa de domicílios com abastecimento d'água inadequado (não eram servidos pela rede geral com canalização interna), de 14,5%, é uma das mais baixas entre as RDs e, inferior a de Pernambuco que é de 17,0%. Em algumas áreas, a água apresenta problemas devido à poluição dos mananciais dos rios. Nas áreas rurais, não existem estações de tratamento, nem redes de distribuição, sendo a população atendida através de carros pipa ou por sistemas simplificados como cisternas, poços artesianos e outros. Os municípios da RD não dispõem de local adequado para o destino ou sistema de tratamento dos resíduos sólidos. Em alguns deles, a coleta urbana é feita em tratores e caçambas, sendo o lixo despejado a céu aberto, nas margens das rodovias e nos lixões. A poluição dos rios é 108 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ causada pelo lançamento dos dejetos químicos das usinas. Paralelamente a essa prática, observase a ausência de tratamento de esgotos. As tabelas apresentadas a seguir indicam as formas de abastecimento de água domiciliar, condições de esgotamento sanitário e destino do lixo: Tabela 48: Forma de Abastecimento de Água Domiciliar – Mata Sul MUNICÍPIOS TOTAL DE DOMICÍLIOS Pernambuco 1 968 761 Água Preta. 6 169 Amaraji. 5 007 Barreiros. 8 734 Belém de Maria. 2 667 Catende. 7 502 Chã Grande. 4 635 Cortês. 2 883 Escada. 13 665 Gameleira. 5 152 Jaqueira. 2 496 Joaquim Nabuco. 3 579 Maraial. 3 012 Palmares. 13 220 Pombos. 5 844 Primavera. 2 729 Quipapá. 4 943 Ribeirão. 9 623 Rio Formoso. 4 362 São Benedito do Sul. 2 439 São José da Coroa Grande. 3 061 Sirinhaém. 6 749 Tamandaré. 3 879 Vitória de Santo Antão. 30 010 Xexéu. 3 047 Total RD Mata Sul 155 407 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. FORMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DOMICILIAR LIGADO POÇO OU OUTRA REDE % NASCENTE % FORMA % GERAL 1 388 529 70,5 246 452 12,5 333 780 17,0 3 009 2 462 698 48,8 39,9 11,3 2 731 1 323 953 54,5 26,4 19,0 6 435 1 789 510 73,7 20,5 5,8 1 183 1 060 424 44,4 39,7 15,9 5 719 1 140 643 76,2 15,2 8,6 2 222 1 580 833 47,9 34,1 18,0 2 177 530 176 75,5 18,4 6,1 8 826 1 914 2 925 64,6 14,0 21,4 3 111 1 164 877 60,4 22,6 17,0 1 304 602 590 52,2 24,1 23,6 2 024 732 823 56,6 20,5 23,0 1 471 1 239 302 48,8 41,1 10,0 10 306 1 981 933 78,0 15,0 7,1 2 867 1 263 1 714 49,1 21,6 29,3 989 1 057 683 36,2 38,7 25,0 2 860 1 551 532 57,9 31,4 10,8 6 900 1 742 981 71,7 18,1 10,2 1 918 1 324 1 120 44,0 30,4 25,7 1 106 1 066 267 45,3 43,7 10,9 1 608 1 046 407 52,5 34,2 13,3 3 206 2 453 1 090 47,5 36,3 16,2 2 084 1 157 638 53,7 29,8 16,4 22 410 3 961 3 639 74,7 13,2 12,1 1 644 558 845 54,0 18,3 27,7 98 110 63,1 34 694 22,3 22 603 14,5 Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 109 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 49: Existência de Banheiro ou Sanitário Domiciliar – Mata Sul EXISTENCIA DE BANHEIRO OU SANITÁRIO DOMICILIAR Total Ligado a Municípios de Com Não Sem Rede Domicílios Ban./Sanit. % % Ligado % Ban./Sanit. Geral Pernambuco 1 968 761 1 665 741 84,6 674 278 40,5 991 463 59,5 303 020 Água Preta. 6 169 3 863 1 034 2 829 2 306 62,6 26,8 73,2 Amaraji. 5 007 3 492 1 541 1 951 1 515 69,7 44,1 55,9 Barreiros. 8 734 6 546 1 157 5 389 2 188 74,9 17,7 82,3 Belém de Maria. 2 667 1 909 515 1 394 758 71,6 27,0 73,0 Catende. 7 502 5 787 3 892 1 895 1 715 77,1 67,3 32,7 Chã Grande. 4 635 3 536 1 175 2 361 1 099 76,3 33,2 66,8 Cortês. 2 883 2 358 1 095 1 263 525 81,8 46,4 53,6 Escada. 13 665 11 691 3 445 8 246 1 974 85,6 29,5 70,5 Gameleira. 5 152 3 795 1 458 2 337 1 357 73,7 38,4 61,6 Jaqueira. 2 496 1 627 174 1 453 869 65,2 10,7 89,3 Joaquim Nabuco. 3 579 2 817 830 1 987 762 78,7 29,5 70,5 Maraial. 3 012 1 689 164 1 525 1 323 56,1 9,7 90,3 Palmares. 13 220 11 181 5 120 6 061 2 039 84,6 45,8 54,2 Pombos. 5 844 4 477 2 412 2 065 1 367 76,6 53,9 46,1 Primavera. 2 729 1 952 897 1 055 777 71,5 46,0 54,0 Quipapá. 4 943 3 711 1 580 2 131 1 232 75,1 42,6 57,4 Ribeirão. 9 623 8 359 4 199 4 160 1 264 86,9 50,2 49,8 Rio Formoso. 4 362 3 024 20 3 004 1 338 69,3 0,7 99,3 São Benedito do Sul. 2 439 1 377 26 1 351 1 062 56,5 1,9 98,1 São José da Coroa Grande. 3 061 2 276 10 2 266 785 74,4 0,4 99,6 Sirinhaém. 6 749 5 020 143 4 877 1 729 74,4 2,8 97,2 Tamandaré. 3 879 2 624 18 2 606 1 255 67,6 0,7 99,3 Vitória de Santo Antão. 30 010 27 996 17 276 10 720 2 014 93,3 61,7 38,3 Xexéu. 3 047 2 178 826 1 352 869 71,5 37,9 62,1 Total RD Mata Sul 155 407 123 285 79,3 49 007 39,8 74 278 60,2 32 122 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. % 15,4 37,4 30,3 25,1 28,4 22,9 23,7 18,2 14,4 26,3 34,8 21,3 43,9 15,4 23,4 28,5 24,9 13,1 30,7 43,5 25,6 25,6 32,4 6,7 28,5 20,7 Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 110 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 50: Destino do Lixo Domiciliar – Mata Sul TOTAL DESTINO DO LIXO DOMICILIAR MUNICÍPIOS DE OUTRO DESTINO COLETADO DOMICÍLIOS % Pernambuco. 1 968 761 1 351 629 68,7 617 132 Água Preta. 6 169 2 934 3 235 47,6 Amaraji. 5 007 2 144 2 863 42,8 Barreiros. 8 734 5 888 2 846 67,4 Belém de Maria. 2 667 1 494 1 173 56,0 Catende. 7 502 5 069 2 433 67,6 Chã Grande. 4 635 2 124 2 511 45,8 Cortês. 2 883 1 218 1 665 42,2 Escada. 13 665 9 201 4 464 67,3 Gameleira. 5 152 2 479 2 673 48,1 Jaqueira. 2 496 1 070 1 426 42,9 Joaquim Nabuco. 3 579 1 897 1 682 53,0 Maraial. 3 012 1 171 1 841 38,9 Palmares. 13 220 9 630 3 590 72,8 Pombos. 5 844 2 909 2 935 49,8 Primavera. 2 729 1 360 1 369 49,8 Quipapá. 4 943 2 550 2 393 51,6 Ribeirão. 9 623 6 699 2 924 69,6 Rio Formoso. 4 362 1 736 2 626 39,8 São Benedito do Sul. 2 439 1 146 1 293 47,0 São José da Coroa Grande. 3 061 1 421 1 640 46,4 Sirinhaém. 6 749 3 404 3 345 50,4 Tamandaré. 3 879 1 933 1 946 49,8 Vitória de Santo Antão. 30 010 24 397 5 613 81,3 Xexéu. 3 047 2 155 892 70,7 TOTAL RD MATA SUL 155 407 96 029 61,8 59 378 % 31,3 52,4 57,2 32,6 44,0 32,4 54,2 57,8 32,7 51,9 57,1 47,0 61,1 27,2 50,2 50,2 48,4 30,4 60,2 53,0 53,6 49,6 50,2 18,7 29,3 38,2 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS As principais cadeias produtivas da RD Mata Sul são : a produção da cana-de-açúcar e seus derivados, minerais não metálicos e o turismo. A Região tem uma superfície total de 518.670 hectares, bem maior que o da Mata Norte que é de 324.570 hectares, embora a agricultura canavieira seja menos expressiva que nesta. A pesca marinha e a criação de camarão também apresentam potencial, assim como a fruticultura e a avicultura. A atividade turística (turismo de praia) já é bastante explorada em vários municípios como São José da Coroa Grande, Barreiros, Tamandaré, Rio Formoso e Sirinhaém. A população economicamente ativa é de 223.645 habitantes, dos quais 172.405 estão ocupados nos seguintes setores produtivos: agropecuária (31,8%), comércio e serviços (16,6%), 111 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ indústria da transformação (8,9%), educação (7%). Os demais 28,7% estão distribuídos em outros setores produtivos, como administração pública, transporte e armazenagem, alojamento e alimentação, entre outros. PROJETOS ESTRUTURADORES Duplicação da BR 101; Complexo Industrial e Portuário de SUAPE (Refinaria, Estaleiro, Pólo de Poliéster). AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO Apoio à diversificação agropecuária; fruticultura (banana, abacaxi, coco-da-baía); horticultura ( inhame, mandioca); pecuária de corte; bubalinocultura e avicultura; Novo distrito industrial em Palmares; Assistência técnica e apoio aos assentamentos e agricultura familiar; Reestruturação dos conselhos municipais de desenvolvimento sustentável; Consolidação de um consórcio regional; Ampliação da oferta das escolas agrícolas de Palmares e Escada; Centro de ciência com apoio dos municípios; Bolsas de estudo para pesquisa e programa de fixação de pesquisadores na região; Estradas: Entroncamento PE 126 / Distrito de Igarapera; vicinal Serro Azul / Bem-te-vi; trecho Serro Azul / Bonito; conclusão da via de penetração sul (Rio Formoso e Tamandaré) Travessia do rio Ariquindá; Descentralização do Detran; Organização do transporte coletivo intermunicipal; Melhoramento do terminal rodoviário de Palmares; Consolidação das rotas turísticas - Águas da Mata Sul (Quipapá, São Benedito do Sul e Palmares); Costa dos Arrecifes (Sirinhaém, Rio Formoso, Barreiros, Tamandaré e São José da Coroa Grande), libertário e presença holandesa (Vitória de Santo Antão); Apoio técnico a instalação de empreendimento hoteleiro de grande porte em barreiros; Programa de correção de fluxo para 49.100 alunos, até 2009; 112 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Laboratórios de informática em 54 escolas estaduais e melhoria das instalações em 36 escolas estaduais; Plano de atenção à saúde para a população de assentados e comunidades rurais; Redução do déficit habitacional; Serviços de abastecimento d’água, esgotamento sanitário e de coleta, tratamento e destinação de resíduos sólidos em 22 comunidades rurais; Sistema de abastecimento d’água e esgotamento sanitário nas áreas litorâneas; Unidades de conservação e modelos de reflorestamento; Campanhas e eventos de educação ambiental; Planos de gerenciamento integrado de resíduos sólidos; Ampliação da proteção dos ecossistemas da zona costeira e Mata Atlântica e do combate à desertificação; Reforço nas ações de conservação de florestas urbanas; Implantação do plano de manejo da Apa de Guadalupe; Recuperação e conservação das matas ciliares (Riacho Uruba, rio Salgado, Riacho das Baias e Riacho Duas Barras); Controle dos efeitos das enchentes; Programa de erradicação do trabalho infantil; Programa “Chapéu de Palha”; Centro da juventude e centro de defesa da vida; Municipalização dos programas de liberdade assistida e sócio-educativo; Conselhos municipais e comunitários de segurança pública; Transformação da CIATUR e da CIPOMA em batalhões de polícia especializada; Patrulha escolar e programa educacional de resistência às drogas nas escolas; Enfrentamento do abuso e exploração sexual infanto-juvenil; Melhoria do corpo de bombeiros em Palmares e serviço de guarda-vidas nas praias (Toquinho, Barra de Sirinhaém, Tamandaré e São José da Coroa Grande); Programa Academia da Cidade; Equipamentos esportivos e programa Segundo Tempo - esporte nas escolas; Plano regional de cultura; Calendário cultural regional (carnaval, das paixões, junino, natalino); Valorização dos sítios históricos, arqueológicos e paleontológicos; 113 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Desenvolvimento da economia da cultura e formação de agentes culturais; Recuperação e conservação do patrimônio histórico-cultural; Valorização das identidades culturais regionais (religião, ciclo do açúcar, folclore e gastronomia); Centro de cultura e artesanato. 1.1.2.12 Região de Desenvolvimento – Metropolitana PERFIL REGIONAL A Região Metropolitana do Recife é uma área administrativa criada em 1973, quando o Governo Federal decidiu implantar uma política de desenvolvimento nas áreas no entorno das capitais brasileiras, unindo os municípios ligados territorialmente, por problemas comuns. A RD Metropolitana se constitui em um espaço estratégico, tanto por sua localização privilegiada frente ao continente europeu, quanto à sua influência sobre parcela significativa do Nordeste brasileiro, que constituem fatores decisivos para a sua competitividade. O conjunto de catorze municípios integrados, tendo a cidade do Recife ao centro, possui uma alta concentração populacional e de Produto Interno Bruto (PIB), sendo o carro-chefe da economia estadual. Este aglomerado urbano metropolitano gera metade de toda a riqueza produzida em Pernambuco, se consolidando como o principal pólo terciário moderno do Nordeste. A população metropolitana ultrapassa os três milhões de habitantes, dos quais 60% vivem na linha de pobreza (com renda de um salário-mínimo por mês). A RMR é a região que apresenta a maior taxa de urbanização do Estado. A violência se destaca como um de seus principais indicadores negativos. Entre os seus potenciais, a RMR destaca-se por abrigar o terceiro maior pólo médico do Brasil e o segundo melhor pólo de informática do País. Outro destaque nacional: a RMR tem taxas de escolarização do ensino médio (entre crianças de 15 a 17 anos) de 79,9%, superior à média brasileira que é de 78,5%. Esse território envolve: Mais de 3 milhões de habitantes; Portos; 114 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Aeroportos internacionais; 51% dos centros de pesquisa do Nordeste, com destaque para os pólos reconhecidos nacionalmente (turismo, informática e o médico do Recife). Municípios: Esta Região de Desenvolvimento é constituída por 14 municípios, tendo em Recife, a Capital do Estado de Pernambuco o centro geográfico regional, dividindo o território em subregiões distintas, com aptidões naturais diferenciadas. A parte Norte é composta pelos municípios de Araçoiaba, Igarassu, Itapissuma, Ilha de Itamaracá, Paulista e Abreu e Lima. Na parte Central ficam localizados os municípios de Olinda, Recife e Moreno; a parte Sul compreende os municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca; e, na parte oeste estão Camaragibe, São Lourenço da Mata e Jaboatão dos Guararapes. A maioria destes municípios encontra-se em áreas litorâneas, consagrando uma vocação da RMR ao turismo – de praia e histórico-cultural (devido aos inúmeros monumentos históricos), o que intensifica o comércio e a indústria imobiliária, mas, ao mesmo tempo, gera outros problemas como: a ocupação do solo sem uma infra-estrutura urbana básica (saneamento e drenagem). Ao sul também há potencial para as atividades industrial e agrícola, onde se encontra localizado o Complexo Industrial Portuário de Suape. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE Posição geográfica estratégica, facilitando a conexão e articulação com os demais estados nordestinos, com a Europa e a África. Destaque para sua base logística e economia diversificada, com presença dominante do terciário moderno; Concentra 62,8% do PIB estadual (2002), com maior dinamismo no setor de serviços avançados, especialmente turismo, pólo médico, ensino superior, informática e tecnologia da informação; Apresenta entre suas vantagens competitivas a concentração de núcleos de formação e pesquisa, o maior número absoluto de pesquisadores do NE e um nível de escolaridade superior à média nordestina; 115 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ No contexto metropolitano, os desafios referem-se à redução da pobreza e das desigualdades sociais, à melhoria da segurança pública e das condições de habitabilidade, com destaque para o esgotamento sanitário. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH O Índice de Desenvolvimento Humano da RD segundo dados do IBGE/2000 é de 0,783, o mais elevado entre as 12 RDs pernambucanas, sendo, inclusive, superior ao do Estado (0,705). Os municípios de Araçoiaba, com 0,637, e Ipojuca, com 0,658 apresentam os menores índices de IDH. Todos os municípios estão enquadrados no nível de médio desenvolvimento. Tabela 51: Variação Índice de Desenvolvimento Humano – Região Metropolitana 1991 2000 Diferença IDHM 2000 1991 em % IDH IDH Pernambuco 0,614 0,705 12,7% Abreu e Lima 0,669 0,73 9,1% Araçoiaba 0,514 0,637 23,9% Cabo de Santo Agostinho 0,63 0,707 12,2% Camaragibe 0,681 0,747 9,7% Igarassu 0,628 0,719 14,5% Ilha de Itamaracá 0,653 0,743 13,8% Ipojuca 0,53 0,658 24,2% Itapissuma 0,589 0,695 18,0% Jaboatão dos Guararapes 0,701 0,777 10,8% Moreno 0,618 0,693 12,1% Olinda 0,732 0,792 8,2% Paulista 0,739 0,799 8,1% Recife 0,74 0,797 7,7% São Lourenço da Mata 0,614 0,707 15,1% Total RD Metropolitana 0,716 0,783 9,4% FONTE: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/Instituto de Pesquisas Econômicas. Municípios POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA A RD Metropolitana concentra 42,1 % da população de Pernambuco. Dos 3.337.565 habitantes, 96,9% estão em área urbana e 3,1 % na área rural. O conjunto dos quatro municípios mais populosos da região e do Estado é composto por: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista, que agrupa 2.459.025 habitantes, correspondendo a 79,63% da população da RMR e a 33,23% de Pernambuco. Recife se destaca com uma população urbana de mais de um milhão de habitantes e Araçoiaba com apenas 12.447 habitantes. A população de mulheres na região é 116 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ superior a de homens, seguindo a mesma tendência da população residente do Estado de Pernambuco. Tabela 52: População residente, por sexo e situação do domicílio, população residente de 10 anos ou mais de idade, total – Região Metropolitana População residente, sexo e situação do domicílio Municípios Pernambuco. Abreu e Lima. Araçoiaba. Cabo de Santo Agostinho. Camaragibe. Igarassu. Ilha de Itamaracá. Ipojuca. Itapissuma. Jaboatão dos Guararapes. Moreno. Olinda. Paulista. Recife. São Lourenço da Mata. Total da RD Metropolitana. FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. Total Homens Mulheres Urbana Rural 7 918 344 89 039 15 108 152 977 128 702 82 277 15 858 59 281 20 116 581 556 49 205 367 902 262 237 1 422 905 90 402 3 337 565 3 826 657 43 105 7 568 75 246 62 579 40 230 8 617 29 362 9 843 277 955 24 229 172 251 125 009 661 690 44 306 1 581 990 4 091 687 45 934 7 540 77 731 66 123 42 047 7 241 29 919 10 273 303 601 24 976 195 651 137 228 761 215 46 096 1 755 575 6 058 249 77 696 12 447 134 486 128 702 75 739 12 930 40 310 16 330 568 474 38 294 360 554 262 237 1 422 905 83 543 3 234 647 1 860 095 11 343 2 661 18 491 6 538 2 928 18 971 3 786 13 082 10 911 7 348 6 859 102 918 A estimativa para 2006 é haver quase 3.700.000 habitantes, apresentando um crescimento percentual com relação a 1998 de 13,07%, um pouco acima do percentual de Pernambuco, estimado em 11,39%. Apenas o Município de São Lourenço da Mata apresentou crescimento percentual negativo de (0,63%) nesse mesmo período. Contudo, considerando-se a alta taxa de densidade de todos os municípios dessa região, os graves problemas sociais e a pressão exercida por moradia, inclusive forte articulação dos movimentos sociais, isto significa que a questão da habitação torna-se de extrema relevância para esses municípios. No Recife, cidade atratora de população, principalmente pelo fato de ser a capital e ter oportunidades de emprego e renda, o crescimento demográfico é elevado, chegando a ser considerada uma das cidades mais urbanizadas do País, superando inclusive São Paulo e Rio de Janeiro. O cotejamento dos dados do censo 2000 com as informações da Celpe para 2006 comprova esta colocação e mostra ter surgido quase 30.000 novas residências na cidade durante o período 2000 e 2006. De acordo com o censo 2000 havia, no Recife, 376.022 domicílios e 117 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ segundo a Celpe, em 2006, existiam 405.977 consumidores residenciais, tomando-se para cada consumidor uma residência, teriam sido construídas quase 5.000 novas residências por ano na cidade, entre 2000 e 2006. Tabela 53: Estimativa da população Residente - Pernambuco e RD Metropolitana População - Ano Municípios Pernambuco 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Cressimento % no Período 7.633.450 7.753.900 8.008.207 8.084.667 8.161.862 8.323.911 8.413.593 8.502.603 11,39 Abreu e Lima 85.800 88.450 90.571 91.565 92.737 95.198 96.560 97.911 Araçoiaba 12.600 12.850 15.564 15.903 16.272 17.046 17.475 17.900 Cabo de Santo Agostinho 147.400 150.800 156.004 158.435 160.968 166.286 169.229 172.150 Camaragibe 117.450 120.700 132.215 134.866 137.727 143.732 147.056 150.354 Igarassu 76.200 77.900 83.424 85.174 86.519 89.342 90.904 92.455 Ilha de Itamaracá 14.250 14.500 16.376 16.753 17.168 18.040 18.522 19.001 Ipojuca 49.500 50.000 60.925 62.197 63.550 66.390 67.963 69.523 Itapissuma 20.050 20.550 20.590 20.896 21.258 22.018 22.439 22.857 Jaboatão dos Guararapes 562.750 579.850 592.297 601.426 610.648 630.008 640.722 651.355 Moreno 41.100 41.700 50.401 51.324 52.308 54.373 55.516 56.650 Olinda 366.850 375.900 372.014 373.479 376.068 381.502 384.510 387.494 Paulista 250.100 258.750 268.282 272.914 277.870 288.273 294.030 299.744 Recife 1.386.450 1.407.150 1.437.190 1.449.135 1.461.320 1.486.869 1.501.008 1.515.052 São Lourenço da Mata 94.350 96.700 90.894 91.357 91.801 92.732 93.247 93.758 14,12 42,06 16,79 28,02 21,33 33,34 40,45 14,00 15,75 37,83 5,63 19,85 9,28 (0,63) Total RD Metropolitana 3.224.850 3.295.800 3.386.747 3.425.424 3.466.214 3.551.809 3.599.181 3.646.204 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 13,07 Tabela 54: Indicadores Demográficos - Região Metropolitana Municípios Densidade demográfica (hab/km²) 2000 Taxa de urbanização (%) Abreu e Lima 706,71 Araçoiaba 156,56 Cabo de Santo Agostinho 342,61 Camaragibe 2.675,72 Igarassu 271,63 Ilha de Itamaracá 243,59 Ipojuca 115,65 Itapissuma 272,21 Jaboatão dos Guararapes 2.269,93 Moreno 257,21 Olinda 9.707,18 Paulista 2.576,00 Recife 6.533,08 São Lourenço da Mata 343,34 FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 2000 87,26 82,39 87,91 100 92,05 81,54 68 81,18 97,75 77,83 98 100 100 92,41 Taxa geométrica de crescimento anual (%) 1,62 3,97 2,09 2,91 1,94 3,53 3 2,29 1,99 2,58 0,83 2,42 1,02 0,57 118 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ ECONOMIA A RD Metropolitana destaca-se por sua base logística, a exemplo do Complexo Industrial Portuário de Suape; do Aeroporto Internacional dos Guararapes e as malhas rodoviária, ferroviária e metroviária; e pela densidade dos recursos humanos qualificados. Com economia diversificada, concentra a produção de bens e serviços de Pernambuco. A RMR polariza fluxos econômicos, dentre os quais predominam os do setor de serviços e ainda funcionam como centro distribuidor de mercadorias de diversos tipos. Seus shoppingcenters, por exemplo, atraem consumidores de renda mais elevada das capitais vizinhas e de cidades médias importantes do interior e de Estados vizinhos. Foi na RD Metropolitana onde se concentrou a maior parte da indústria da transformação. Aos serviços propriamente ditos (serviços pessoais, coletivos, administração pública), soma-se o conjunto de atividades comerciais. Outro pilar da economia metropolitana é a agroindústria voltada para a produção do álcool e de açúcar. Junto ao quase monopólio da canade-açúcar, observa-se o cultivo de coco, banana, inhame, mandioca, acerola, maracujá, entre outras, porém de forma um pouco dispersa. A RD Metropolitana é responsável por 76% da renda gerada em Pernambuco e, apesar desse fato, a distribuição de renda é bastante desigual, ou seja, mais da metade da população ocupada, acima de 15 anos de idade, trabalha no setor informal. Destes, 46,9% recebem até meio salário mínimo, 53,8% recebem até 1 salário mínimo e 76,8% recebem até 2 salários mínimos. POBREZA URBANA A RD Metropolitana concentra várias áreas pobres cujas principais características são : a sua distribuição no espaço urbano e o progressivo processo de ocupação de áreas menos favoráveis ao assentamento de populações. Fatores como a saturação do espaço urbano e outros têm contribuído para a ocupação de áreas consideradas de risco e insalubres como as áreas alagadas, morros, faixas de domínio de redes de infra-estrutura, margens de canais, entre outras. São essas parcelas pobres da população que estão expostas aos maiores riscos, pois habitam em áreas impróprias, com serviços de saneamento inadequados e sem renda para arcarem, isoladamente, com a recuperação de custos de implantação e operação de serviços de infra-estrutura de saneamento básico. Para essas populações, que são a grande maioria na RMR, 119 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ são necessárias políticas que, concomitantemente, associem vários fatores que devem contribuir para a superação da situação atual. Entre esses fatores identificam-se a questão do incremento da atividade econômica, o aumento da renda e a proteção do meio ambiente. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB Produto Interno Bruto - PIB (milhões) – 30.176 PIB (Per Capita – R$ ) – 8.496 Participação % PIB PE – 63,27 Com relação ao ano de 2001 o PIB da RD Metropolitana, que representou mais de 60% do PIB estadual, apresentando crescimento acumulado de 8,5% (1998 a 2001), destacando-se o Setor de Serviços que cresceu 10,6% no mesmo período, e corresponde a 60% do PIB neste setor no Estado. Nesse mesmo ano (2001) a indústria registrou crescimento de 5,7%, representando 73% do PIB industrial total. Essa região concentra sete dos dez maiores PIBs do Estado, sendo que a Capital Recife, mantém a primeira posição na geração do PIB estadual. Tabela 55: Produto Interno Bruto Municipal, a preço de mercado - Região Metropolitana Período de referência: 2004 PIB (R$1.000) Populaçao Residente PIB per capita (R$) Pernambuco 47.697.443 8.323.911 5,730 Abreu e Lima Araçoiaba Cabo de Santo Agostinho Camaragibe Igarassu Ilha de Itamaracá Ipojuca Itapissuma Jaboatão dos Guararapes Moreno Olinda Paulista Recife São Lourenço da Mata 505.650 37.195 3.870.940 383.253 710.068 62.926 2.871.460 407.530 3.967.613 215.968 1.551.178 1.003.352 14.279.476 310.279 95.198 17.046 166.286 143.732 89.342 18.040 66.390 22.018 630.008 54.373 381.502 288.273 1.486.869 92.732 5,312 2,182 23,279 2,666 7,948 3,488 43,251 18,509 6,298 3,972 4,066 3,481 9,604 3,346 Municípios Participação no Estado (%) 1,06% 0,08% 8,12% 0,80% 1,49% 0,13% 6,02% 0,85% 8,32% 0,45% 3,25% 2,10% 29,94% 0,65% Total RD Metropolitana 30.176.888 3.551.809 8,496 63,27% FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco Nota: 2004 – Dados Preliminares 120 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ SANEAMENTO E HIDROGRAFIA As Bacias Hidrográficas componentes na RMR são as seguintes: Jaguaribe, Botafogo, Igarassu, Timbó, Paratibe, Beberibe, Capibaribe, Tejipió, Jaboatão e o Pirapama. A maior parte do abastecimento de água é garantida pelo chamado sistema integrado que tem capacidade de cerca de 10,0 m3/s. Este sistema atende a vários municípios e comunidades e é formado por diversos mananciais que mantêm uma independência entre si. Na região existe um quadro de elevada degradação ambiental, tendo como causas principais: a baixa qualidade dos serviços de saneamento e a degradação dos recursos naturais. A ocupação desordenada do solo, o lazer ambientalmente depredador, os cortes e aterros indiscriminados, a exploração de jazidas agrícolas inadequadas também descaracteriza as paisagens urbana e rural. As populações ribeirinhas, principalmente de mais baixa renda, estão sujeitas as enchentes, devido a poluição dos rios e as características particulares do sistema de drenagem das regiões mais densamente povoadas, que correspondem às bacias dos rios Capibaribe, Beberibe, Tejipió e Jaboatão. Atualmente, o sistema de macrodrenagem em Recife é formado por 66 canais principais que compõem as redes de drenagem das bacias Capibaribe, Beberibe e Jaboatão. Outro aspecto importante do sistema de drenagem da RMR refere-se à influência das marés. Quando as chuvas coincidem com as marés altas, os estuários e mangues tornam-se ineficazes quanto à capacidade de amortecimento das ondas de cheias. Associada à questão da drenagem está o processo de erosão tanto em áreas urbanas quanto nas rurais. A ocupação das áreas urbanas modifica o padrão de cobertura do solo, o que altera seu equilíbrio. A maioria das ocupações vem se dando sem planejamento adequado, desenvolvendo os processos de erosão. Na RMR existem áreas de grande potencial erosivo, principalmente nos morros da zona norte do Recife e nas localidades do Ibura e do Jordão que afetam também o Município de Jaboatão dos Guararapes. Nesses locais, ocupados de forma inadequada por populações de baixa renda, são freqüentes os deslizamentos de encostas, quase sempre decorrentes de erosões localizadas e, ainda mais comuns durante as épocas de chuvas mais intensas. Às vezes, tais eventos chegam a ter grande repercussão, por envolverem consideráveis prejuízos materiais e até perdas de vidas humanas. 121 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Outros fatores que têm contribuído para a degradação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos têm sido: perfuração indiscriminada de poços, lançamento de efluentes líquidos não tratados nos curso d´água, lançamento de esgotos domésticos na rede de drenagem e cursos d´água e lançamento de lixo na rede de drenagem. Por fim, os ecossistemas mais valiosos da RMR, são as áreas remanescentes de Mata Atlântica, os manguezais, bacias hidrográficas/estuários, os quais constituem habitats únicos, abrigando espécies animais e vegetais de grande valor biológico, estão ameaçados pela exploração indiscriminada sob a forma de caça e pesca predatória, entre outros. As tabelas apresentadas a seguir indicam as formas de abastecimento de água domiciliar, condições de esgotamento sanitário e destino do lixo: Tabela 56: Forma de Abastecimento de Água Domiciliar – Região Metropolitana MUNICÍPIOS TOTAL DE DOMICÍLIOS Pernambuco 1 968 761 Abreu e Lima 22 622 Araçoiaba 3 396 Cabo de Santo Agostinho 37 019 Camaragibe 32 287 Igarassu 19 907 Ilha de Itamaracá 3 642 Ipojuca 13 414 Itapissuma 4 754 Jaboatão dos Guararapes 150 358 Moreno 12 133 Olinda 94 032 Paulista 67 818 Recife 376 022 São Lourenço da Mata. 22 253 Total 859 657 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. FORMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DOMICILIAR LIGADO POÇO OU OUTRA REDE NASCENTE FORMA GERAL % % % 1 388 529 70,5 246 452 12,5 333 780 17,0 20 174 1 686 762 89,2 7,5 3,4 1 930 778 688 56,8 22,9 20,3 30 535 4 077 2 407 82,5 11,0 6,5 22 577 7 014 2 696 69,9 21,7 8,4 14 730 3 925 1 252 74,0 19,7 6,3 2 681 653 308 73,6 17,9 8,5 7 035 4 209 2 170 52,4 31,4 16,2 4 498 167 89 94,6 3,5 1,9 119 076 19 623 11 659 79,2 13,1 7,8 9 324 2 061 748 76,8 17,0 6,2 88 001 3 767 2 264 93,6 4,0 2,4 62 694 3 917 1 207 92,4 5,8 1,8 330 750 36 073 9 199 88,0 9,6 2,4 14 177 4 114 3 962 63,7 18,5 17,8 728 182 84,7 92 064 10,7 39 411 4,6 Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 122 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 57: Existência de banheiro e Sanitário Domiciliar – Região Metropolitana EXISTENCIA DE BANHEIRO OU SANITÁRIO DOMICILIAR MUNICÍPIOS TOTAL DE DOMICÍLIOS 1 968 761 Pernambuco Abreu e Lima 22 622 Araçoiaba 3 396 Cabo de Santo Agostinho 37 019 Camaragibe 32 287 Igarassu 19 907 Ilha de Itamaracá 3 642 Ipojuca 13 414 Itapissuma 4 754 Jaboatão dos Guararapes 150 358 Moreno 12 133 Olinda 94 032 Paulista 67 818 Recife 376 022 São Lourenço da Mata 22 253 859 657 Total FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. COM BAN./SANIT. 1 665 741 21 602 3 056 33 603 31 288 18 506 3 303 10 892 4 462 143 370 10 396 90 823 66 260 365 826 20 716 824 103 % 84,6 95,5 90,0 90,8 96,9 93,0 90,7 81,2 93,9 95,4 85,7 96,6 97,7 97,3 93,1 95,9 LIGADO A REDE GERAL 674 278 7 308 104 9 313 5 167 1 011 18 3 030 847 31 751 1 707 35 156 32 300 161 163 6 118 294 993 % 40,5 33,8 3,4 27,7 16,5 5,5 0,5 27,8 19,0 22,1 16,4 38,7 48,7 44,1 29,5 35,8 NÃO LIGADO 991 463 14 294 2 952 24 290 26 121 17 495 3 285 7 862 3 615 111 619 8 689 55 667 33 960 204 663 14 598 529 110 SEM BAN./SANIT. % 303 020 1 020 340 3 416 999 1 401 339 2 522 292 6 988 1 737 3 209 1 558 10 196 1 537 35 554 15,4 4,5 10,0 9,2 3,1 7,0 9,3 18,8 6,1 4,6 14,3 3,4 2,3 2,7 6,9 4,1 % 59,5 66,2 96,6 72,3 83,5 94,5 99,5 72,2 81,0 77,9 83,6 61,3 51,3 55,9 70,5 64,2 Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 Tabela 58: Destino do Lixo Domiciliar – Região Metropolitana MUNICÍPIOS TOTAL DE DOMICÍLIOS Pernambuco. 1 968 761 Abreu e Lima. 22 622 Araçoiaba. 3 396 Cabo de Santo Agostinho. 37 019 Camaragibe. 32 287 Igarassu. 19 907 Ilha de Itamaracá. 3 642 Ipojuca. 13 414 Itapissuma. 4 754 Jaboatão dos Guararapes. 150 358 Moreno. 12 133 Olinda. 94 032 Paulista. 67 818 Recife. 376 022 São Lourenço da Mata. 22 253 Total 859 657 FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2000. DESTINO DO LIXO DOMICILIAR COLEOUTRO TADO DESTINO % 1 351 629 68,7 617 132 18 672 3 950 82,5 1 957 1 439 57,6 31 971 5 048 86,4 27 322 4 965 84,6 15 597 4 310 78,3 1 344 2 298 36,9 9 602 3 812 71,6 4 392 362 92,4 108 244 42 114 72,0 8 144 3 989 67,1 81 733 12 299 86,9 54 338 13 480 80,1 361 791 14 231 96,2 15 895 6 358 71,4 741 002 86,2 118 655 % 31,3 17,5 42,4 13,6 15,4 21,7 63,1 28,4 7,6 28,0 32,9 13,1 19,9 3,8 28,6 13,8 Elaboração: CIM/DIIE - Fevereiro 2002 123 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ NOVA LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO Com o advento da Lei Federal n. 6766/79, instrumento legal proposto para a orientação e o controle do uso e ocupação do solo nas cidades, os Estados receberam a incumbência, entre outros, de estabelecer normas complementares relativas ao parcelamento do solo municipal para adequar o previsto na Lei citada às peculariedades regionais e locais. É norma legal específica para parcelamento do solo para fins urbanos; foi alterada pela Lei n. 9.785, de 29.01.1999, que introduziu modificações substanciais ao processo, tais como a definição de lotes e da infra-estrutura básica, a previsão de condições especiais para os parcelamentos populares destinados aos programas habitacionais de interesse social, a inexigência de um percentual mínimo de 35% para as áreas públicas, deixando a sua definição à lei municipal, em função da densidade da ocupação prevista para a zona em que se situarem os parcelamentos e outros requisitos, a dilatação do prazo de dois para quatro anos da vigência das diretrizes municipais e a apresentação do cronograma de execução das obras, quando da entrega do Projeto para a aprovação, juntamente com o instrumento de garantia dessa execução, etc. A Lei n. 6766/79, embora não sendo perfeita, constitui um grande avanço no disciplinamento da matéria, porque consagra a intervenção da administração pública no processo de parcelamento do solo, não só dos Municípios, mas dos Estados, além de inserir a proteção dos recursos ambientais entre os requisitos urbanísticos, princípio hoje consolidado constitucionalmente em vários dispositivos da Carta Magna de 1988. A partir de 1978, a Fundação de Desenvolvimento Municipal - Fidem, atual Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - CONDEPE/FIDEM, iniciou na Região Metropolitana do Recife as primeiras atividades de Controle do Uso do Solo. Essas atividades evoluíram até se configurarem na Lei Estadual de Parcelamento n. 9990/87 de 20/01/1987 que veio normalizar o processo de urbanização nos municípios da região e instituir Áreas de Interesse Especial, bem como estabelecer formas de preservação do meio ambiente. A Lei Estadual 9990 de 13 de maio de 1987 foi criada apenas sete anos decorridos do advento da Lei Federal n. 6766 de 19 de dezembro de 1979, a qual introduziu no seu texto, dentre outros, “Alterações relativas à uma maior autonomia municipal e ao parcelamento do solo urbano”, bem como “Dispositivos que visem a regularização dos loteamentos irregulares e a produção dos parcelamentos populares em complementação às ações de estímulo ao desenvolvimento da política habitacional do Governo Federal”, entre outros. 124 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Vale ressaltar que a legislação permite a regularização de loteamentos irregulares ou clandestinos, pelo loteador ou pela Prefeitura, esta para evitar lesão aos padrões de desenvolvimento urbano em defesa dos direitos dos adquirentes dos lotes. Cabe ao Município, verificada a ocorrência daquelas situações, declarar a ilegalidade da urbanização, aplicar as penalidades previstas em lei e notificar o parcelador-infrator para promover a regularização. Se ele não fizer no prazo fixado pela Prefeitura, esta terá que fazê-lo, pelas razões acima citadas. O efetivo controle do uso do solo é uma atividade que não pode ser exercida isoladamente. É fundamental, além do necessário respaldo da comunidade e a integração dos órgãos comprometidos com o processo de análise a partir das diretrizes traçadas, de procedimentos administrativos conjuntos e na gerência de instrumentos indutores ou inibidores do crescimento urbano. Como municípios têm a atribuição constitucional de promover a política urbana, aumenta mais ainda a sua responsabilidade de utilizar estes instrumentos de regularização fundiária dos assentamentos informais de modo a reduzir a desigualdade e a exclusão social nas cidades. TIPOLOGIA DE OCUPAÇÃO Apesar da variedade de formas de ocupação, a tipologia dos assentamentos é a seguinte: Loteamento Existente – todos os loteamentos existentes, sob o ponto de vista da sua implantação, sendo anteriores a Lei federal n. 6766/79. Esse conjunto forma principalmente as manchas de formação das cidades. Loteamento Regular – todos os loteamentos aprovados a partir da aplicação da Lei Federal n.6766/79, consequentemente os loteamentos que obtiveram a Anuência Prévia da CONDEPE/FIDEM, em seguida foram aprovados pelo Município e por fim registrados em Cartório de Imóveis. Loteamento Irregular – sob essa denominação estão todos os casos que por algum motivo tiveram uma ou mais das aprovações necessárias a regularidade exigida pela Lei Federal n. 6766/79, ou seja, não obtiveram o Certificado de Anuência Prévia da CONDEPE/FIDEM, ou 125 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ não foram licenciados pela CPRH ou não foram aprovados pelos Municípios, por conseguinte não puderam ser registrados nos Cartórios de Imóveis. Caracteriza-se como irregular os loteamentos comercializados que apresentem irregularidades: administrativas, urbanísticas, de titularidade da posse ou de implantação. CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS A RD Metropolitana apresenta inúmeras cadeias produtivas já consolidadas, destacandose as relativas ao terciário moderno: turismo, ensino superior e pesquisas, serviços médicos especializados, tecnologia da informação, intermediação financeira, varejo moderno, serviços profissionais e de comunicação e publicidade. Em menor escala, os relacionados ao segmento de indústria de transformação como produtos alimentares e bebidas, produtos têxteis e vestuário, movelaria e papel e papelão e, as cadeias da indústria sucroalcooleira e da avicultura. PRINCIPAIS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS Ensino Superior, Varejo Moderno, Informática, Serviços e Turismo. PROJETOS ESTRUTURADORES Refinaria; Pólo de Poliéster; Pólo Famacoquímico; Estaleiro; Pirapama; Duplicação da BR 101. AÇÕES PROPOSTAS PARA A REGIÃO As ações propostas para a RD-Metropolitana não foram disponibilizadas pela Agência CONDEPE/FIDEM devido ao fato de que o conteúdo dos relatórios do Programa Todos por Pernambuco está em fase de elaboração. 126 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 1.2 Necessidade Habitacional 1.2.1 Déficit Habitacional Os estudos da Fundação João Pinheiro na área habitacional A Fundação João Pinheiro vem desenvolvendo uma série de estudos na área habitacional para o Ministério das Cidades, através de contrato com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no âmbito do Programa Habitar-Brasil do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Esses estudos objetivam caracterizar o cenário habitacional do país, a partir da necessidade de construção de novas moradias – o déficit habitacional, e da qualificação do estoque existente – a inadequação dos domicílios. O primeiro desses estudos foi publicado em 1995 e retratou a situação habitacional do ano de 1991. O segundo, aprimorou a metodologia original e retratou a situação habitacional do ano de 2000. A base de dados utilizada para esses dois trabalhos, foram as informações representativas para as Unidades da Federação e para algumas regiões metropolitanas, trazidas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)5. Com a divulgação e liberação em 2002 pelo IBGE, dos microdados do Censo Demográfico 2000, foi contratado o terceiro estudo da série, desta vez com o objetivo de calcular o déficit habitacional e a inadequação dos domicílios para municípios brasileiros selecionados , para microregiões geográficas, e para a totalidade das regiões metropolitanas. Esse estudo foi divulgado em primeira edição em 2004, e com essa nova desagregação das informações, retrata as necessidades habitacionais do ano 2000. Uma nova demanda do MCidades à Fundação João Pinheiro é feita a partir da publicação dos dados da PNAD 2004 e 2005, mas, por limitações das amostras das pesquisas, os resultados são agregados para o país, e para as unidades da Federação. Esse estudo procura mostrar a evolução das necessidades habitacionais (déficit e inadequação dos domicílios), desde o início da década de 1990 até o ano de 2005. 5 MCidades/ Secretaria Nacional de Habitação. Déficit Habitacional no Brasil 2005. Disponível em http://www.cidades.gov.br, p. 9. Acesso em outubro de 2007 127 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 1.2.2 Conceitos Básicos Utilizados A metodologia desenvolvida pela Fundação João Pinheiro, a partir do conceito geral de necessidades habitacionais, trabalha com dois conceitos distintos: o déficit habitacional e a inadequação de domicílios. Déficit Habitacional O conceito de déficit habitacional está diretamente ligado às deficiências de estoque de moradia e em conseqüência à necessidade de construção de novas moradias. O déficit habitacional engloba as moradias sem condição de serem habitadas devido à precariedade das construções, as moradias que devem ser repostas devido a desgastes da estrutura física, e a necessidade de incremento de estoque decorrente de coabitação familiar e de moradias em locais destinados a fins não residenciais. O déficit habitacional pode assim ser entendido como: Déficit por reposição de estoque, referente aos domicílios rústicos (sem paredes de alvenaria ou madeira aparelhada), acrescidos de uma parcela devida à depreciação dos domicílios existentes; Déficit por incremento de estoque, referente aos domicílios improvisados (locais construídos sem fins residenciais e que servem como moradia), e à coabitação familiar soma das famílias conviventes secundárias que vivem junto a outra família em um mesmo domicílio e das que vivem em cômodos (exceto os cedidos por empregador). Foi agregado ainda a esses dois componentes, o que foi denominado ônus excessivo com aluguel (famílias urbanas com renda familiar de até três salários mínimos, que moram em casa ou apartamento e que despendem mais de 305 da sua renda com aluguel). Inadequação de Domicílios O conceito de inadequação de domicílios está ligado às habitações urbanas que não proporcionam condições desejáveis de habitabilidade, o que não implica na necessidade de construção de novas unidades. São considerados domicílios inadequados: 128 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Aqueles com carência de infra-estrutura (não dispõem de ao menos um dos seguintes serviços básicos: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água com canalização interna, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo); Aqueles com adensamento excessivo de moradores (número médio de moradores superior a três por dormitório6) Aqueles com problemas de natureza fundiária (pelo menos um dos moradores do domicílio tem a propriedade da moradia, mas não possui a propriedade, total ou parcial, do terreno ou a fração ideal de terreno - no caso de apartamento - em que ele se localiza). Aqueles em alto grau de depreciação (complemento dos domicílios com mais de 50 anos de construção não incluídos como déficit habitacional) Aqueles sem unidade sanitária domiciliar exclusiva (sem banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio). 1.2.3 Evolução das necessidades habitacionais do Estado de Pernambuco entre 1991 e 2005 O Ministério das Cidades por meio desta série de estudos sobre déficit habitacional e inadequação dos domicílios, elaborada pela Fundação João Pinheiro, traçou a evolução dos indicadores para os anos de 1991, 2000, 2004 e 2005, com as seguintes ressalvas7: “Os números para 1991 foram originalmente publicados no documento Déficit Habitacional no Brasil, de 1995, e posteriormente revisados no Déficit Habitacional no Brasil 2000, de 2001, que apresentou também as estimativas para 2000. Essas, por sua vez, sofreram alterações e foram reformuladas no Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, de 2005”. “Os números para 2004 e 2005 foram obtidos através do processamento dos microdados da PNAD, e são apresentados numa tentativa de conseguir apreender as alterações no déficit habitacional em um período curto de tempo, o mais recente possível”. 6 Cômodos que servem, em caráter permanente, de dormitório para os moradores do domicílio, inclusive banheiros e cozinhas 7 MCidades/ Secretaria Nacional de Habitação. Déficit Habitacional no Brasil 2005. Disponível em http://www.cidades.gov.br, p.83. Acesso em outubro de 2007. 129 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ “Sabe-se, porém, que por tratar-se de pesquisa amostral a comparação entre apenas dois anos consecutivos da PNAD pode não captar fielmente a tendência evolutiva dos indicadores. É desejável, para tanto, que se obtenham estimativas baseadas em uma série anual mais ampla”. “Ao compararem-se as estimativas para essas diversas datas, deve-se ressaltar a diferença nas fontes de dados utilizadas, que pode influir nos resultados obtidos de alguma maneira, mas que não invalida a comparabilidade entre eles. Os números para 1991, 2004 e 2005 têm como base as informações da PNAD. Para 2000, trabalhou-se com o Censo Demográfico 2000”. As Figuras 2 a 7 (8), apresentam as estimativas a evolução do déficit habitacional e da inadequação dos domicílios do Brasil, das Grandes Regiões, das Unidades da Federação e das Regiões Metropolitanas. Cabe reter preliminarmente as informações registradas a seguir. 1.2.3.1 Evolução do déficit habitacional A partir de 2004, a região Sudeste passa a concentrar em números absolutos, a maior parcela das carências habitacionais, posição ocupada pela região Nordeste até 2004; Em termos relativos, no entanto, as regiões Norte e Nordeste continuam a apresentar a pior situação, com o déficit representando mais de 20% do estoque dos domicílios; O Estado de Pernambuco apresentou déficit habitacional crescente em valores absolutos no período, (290.300 no ano 2000, 381.214 no ano 2001, 405.305 no ano 2004, e 427.923 no ano 2005), mas esse déficit oscilou entre 18,3% do estoque dos domicílios em 2000 e 2004, 19,4 % em 2000 e 19,0% em 2005. A queda percentual no período, é mais significativa no Nordeste, para os estados do Maranhão, Ceará e Alagoas; Em relação ao déficit habitacional urbano, o Estado de Pernambuco apresentou da mesma forma valores absolutos crescentes no período (201.171 em 1991, 301.590 em 2000, 317.978 em 2004, e 328.165 em 2005), com valores percentuais oscilando respectivamente entre 17,4%, 19,4%, 18,4% e 18,6%, estando sempre abaixo do percentual médio dos estados do Nordeste como um todo; 8 Correspondem às tabelas 7.2. a 7.7. integrantes do Déficit Habitacional no Brasil 2005, disponível em http://www.cidades.gov.br,. Acesso em outubro de 2007. 130 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Com relação à evolução dos componentes do déficit habitacional (anos de 1991, 2000 e 2005), observou-se para Pernambuco uma queda acentuada da participação da habitação precária de 1991 (42,6%) para 2000 (20,3%), com um pequeno incremento em 2005 (21,0%) e um significativo e constante incremento da importância do ônus excessivo com aluguel (respectivamente 3,4%, 17,0% e 20,8%), enquanto a coabitação familiar aumenta a sua participação de 53,9% em 1991 para 60,7% em 2000 e diminui para 58,2% em 2005; Com relação ao déficit habitacional urbano por faixa de renda (anos de 2000 e 2005), observou-se um crescimento da concentração dos problemas habitacionais na faixa até 3 salários mínimos de renda familiar e um decréscimo na faixa acima de 5 salários mínimos. No Estado de Pernambuco, no ano 2000, 90,8 % do déficit habitacional estava concentrado na faixa até 3 salários.mínimos e 4,0 % na faixa acima de 5 salários mínimos. No ano de 2005, estes percentuais passam a 95,6 % na faixa até 3 s.m. e a 1,8 % na faixa acima de 5 s.m. Essa tendência se repete em praticamente todas as Unidades da Federação. 1.2.3.2 Evolução dos domicílios urbanos inadequados Houve um decréscimo em valores absolutos tanto no número de domicílios com inadequação fundiária no Estado de Pernambuco (de 87.467 em 2000 para 74.456 em 2005) como no número de domicílios com adensamento excessivo (de 83.220 em 2000 para 74.273 em 2005). Esse decréscimo foi sentido também em termos percentuais, pois em 2000 a inadequação fundiária representou 5,6 % dos domicílios urbanos e em 2005, 4,1 %, e o adensamento excessivo passou de 5,3 % dos domicílios urbanos em 2000 para 4,1% em 2005; Observou-se também uma melhora na situação de carências de banheiro e de infraestrutura nos domicílios urbanos tanto em valores absolutos com em valores percentuais. Os domicílios sem banheiro passaram de 96.730 em 2000 (representando 6,2 % do total), para 68.635 em 2005 (3,8% do total); Houve, no entanto, um acréscimo em valores absolutos no número de domicílios com carência de infra-estrutura (892.753 em 2000 para 921.503 em 2005), mas que não se 131 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ repetiu em termos percentuais. Em 2005 os domicílios urbanos sem infra-estrutura representavam 57,3 % do total, e em 2005, esse percentual baixou para 51,2 %. 1.2.4 Necessidades habitacionais do Estado de Pernambuco segundo Regiões de Desenvolvimento no ano 2000 As necessidades habitacionais das Unidades da Federação foram estimadas para o ano 2000 pelo IBGE para municípios selecionados e para micro-regiões geográficas, sendo considerado déficit habitacional básico a soma da coabitação familiar, dos domicílios improvisados e dos domicílios rústicos. A inadequação dos domicílios urbanos, foi decomposta em inadequação fundiária, adensamento excessivo, domicílios sem banheiro e domicílios com carência de infra-estrutura. No presente trabalho, para efeito dos cálculos das necessidades habitacionais, foi buscado uma correspondência aproximada entre as microrregiões do IBGE e as regiões de desenvolvimento do Estado de Pernambuco, conforme pode ser visto nas Tabelas 59 a 63. Cabe reter preliminarmente as informações a seguir registradas para o Estado de Pernambuco e suas regiões de desenvolvimento9. 1.2.4.1. Déficit habitacional básico Segundo informações constantes das Tabelas 59 a 61, o déficit habitacional básico do Estado de Pernambuco no ano 2000, foi de 307.581 unidades10, sendo 227.955 urbanas e 79.626 rurais. Este déficit corresponde a 15,63 % do total dos domicílios, 14,64% do total dos domicílios urbanos e a 19,37% do total dos domicílios rurais; Contribuem com maior valor absoluto para o déficit total do Estado, a Região Metropolitana do Recife, as Matas Sul e Norte e o Agreste Central. Essas mesmas regiões concentram o maior déficit urbano do Estado. A Mata Sul concentra ainda o maior déficit habitacional na área rural de todo Estado; 9 Fonte de consulta: MCidades. Arquivo do Programa Déficit Habitacional no Brasil 2004. Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2ª edição. Disponível em http://www.cidades.gov.br.. Acesso em outubro de 2007. 10 No quadro comparativo das Unidades da Federação no período entre 1991 e 2005, o déficit habitacional total do Estado de Pernambuco para o ano 2000 foi estimado em 381.214 domicílios, sendo 301.590 urbanos e 79.624 rurais. (ver Figuras 2 e 3) 132 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Com relação ao que representa o déficit básico no total dos domicílios de cada região, observa-se que o mais alto percentual de domicílios urbanos considerados deficitários se encontra em Fernando de Noronha (28,72%), apesar de esta ser a área com menor déficit em valor absoluto (139 domicílios); Percentagens significativas de domicílios urbanos deficitários são encontrados nas microregiões de Itamaracá (21,92 %), e na Mata Meridional do Estado (20,52%). Esta última microrregião, também apresenta o segundo maior déficit de domicílios urbanos em valor absoluto (16.273 domicílios); Com relação aos domicílios rurais, as regiões de desenvolvimento proporcionalmente mais deficitárias são a Mata Norte (32,36%), e as microrregiões que compõem a Mata Sul (Vitória de Santo Antão -31,45 %, e a Mata Meridional (28,11); Chama a atenção a grande quantidade de domicílios vagos em praticamente todas as regiões de desenvolvimento do Estado, tanto nas áreas urbanas como nas rurais. Na maioria dessas áreas, o total de domicílios vagos supera em muito o total de domicílios deficitários, tanto os urbanos como os rurais. Nas três RD do Agreste, por exemplo, o total de domicílios vagos é o dobro do déficit total de cada uma delas. É o caso de se buscar entender melhor este estoque de domicílios em cada Região de desenvolvimento, para ver como eles poderiam ser úteis para minorar a situação de carência de cada uma delas; Com relação à participação dos componentes do déficit habitacional básico urbano, destaca-se com nitidez a coabitação familiar, como o maior problema em todo o Estado, vez que ocorre em 180.834 domicílios, que representam 79,33% do total dos domicílios urbano deficitários do Estado (Tabela 60). A predominância significativa da coabitação familiar se repete em todas as RDs do Estado, sendo os mais baixos percentuais encontrados na Mata Sul (microrregião de Vitória de Santo Antão - 67,13%), e na Região Metropolitana (micorregião de Itamaracá – 66,23%) e os mais altos encontrados em Fernando de Noronha (100,00%), no Agreste Setentrional (microrregião do Alto Capibaribe -90,59%) e no Agreste Central (microrregião do Vale do Ipojuca (89,13%); Os domicílios rústicos urbanos totalizam 41.304 em todo o Estado e representam 18,12% do déficit habitacional urbano total, e os domicílios improvisados totalizam 5.817 no Estado, participando com apenas 2,55 % do déficit urbano total; 133 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ A situação é inversa, quando considerada a participação dos componentes do déficit habitacional básico rural do Estado e das suas regiões de desenvolvimento. Os domicílios rústicos rurais do Estado de Pernambuco participam com 58,44% do déficit rural total, a coabitação familiar com 36,16 % e os domicílios improvisados com 5,41 % (Tabela 61); No Sertão Central e na Mata Sul (microrregião de Vitória de Santo Antão), estão as situações extremas. No primeiro o déficit rural é composto de 73,96% de domicílios rústicos, 24,64 % de coabitação familiar e 1,40% de domicílios improvisados. E no segundo, o déficit é composto por 73,65 % de domicílios rústicos, 22,64 % de coabitação familiar e 3,71 de domicílios improvisados; Os únicos casos de inversão ocorrem na Região Metropolitana ( na microrregião de SUAPE, cujo déficit rural é composto por 49,66% de coabitação familiar, 48,50% de domicílios rústicos, e 1,85 % de domicílios improvisados), e no Agreste Setentrional (microrregião do Alto Capibaribe, cujo déficit rural é composto de 14, 15% de domicílios improvisados, 69,10 % de coabitação familiar e 16,75 % de domicílios rústicos. 1.2.4.2 Domicílios urbanos inadequados As Tabelas 62 e 63, mostram que a maior inadequação dos domicílios urbanos do Estado deve-se a carência de infra-estrutura. São 808.874 domicílios nesta situação, que representam 51,95% do total dos domicílios urbanos. Mais da metade desses domicílios está na Região Metropolitana Recife (459.352); Esta situação de grande número de domicílios com carência de infra-estrutura se repete nas 12 Regiões de Desenvolvimento do Estado, sendo as situação extrema encontradas no Sertão do Araripe, onde a carência por infra-estrutura representa 66,99 % dos domicílios considerados inadequados; A segunda maior inadequação são os domicílios urbanos sem banheiro. No Estado são 214.596 (13,78% do total), sendo as situações de maiores carências em valores absolutos, a Região Metropolitana (88.560 domicílios), e no Agreste Central (24.672); Um total de 134.200 domicílios do Estado foram considerados inadequados do ponto de vista fundiário, o que significa 8,62% dos domicílios urbanos; 134 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Os domicílios com adensamento excessivo no Estado somam 11.047 (7,13 % do total). O mais alto percentual é encontrado no Sertão do São Francisco (10,81% do total de domicílios); Com relação a inadequação fundiária urbana por faixa de renda, dos 134.200 domicílios do Estado considerados portadores desta inadequação, 70,74 % são de famílias na faixa de renda até 3 salários mínimos, 14,14 % de famílias na faixa de mais de 3 a 5 salários mínimos, e 15,12% de famílias na faixa de mais de 5 salários mínimos (Tabela 63); Esta grande concentração de problema de inadequação fundiária na faixa de renda de até 3 salários mínimos se repete em todas as RDs do Estado, sendo os prcentuai mais altos encontrados no Agreste Meridional (88,89% na microrregião de Garanhuns), e no Sertão de Itaparica (86,73%). A grande e única exceção é o território de Fernando de Noronha, onde estão em situação de inadequação fundiária, 23 domicílios da faixa de renda acima de 5 salários mínimos. 1.2.5 Legislação e Instrumentos de Planejamento e Gestão Urbana As informações secundárias sobre existência de legislação e instrumentos de Planejamento e Gestão Urbana nos municípios do Estado de Pernambuco são encontradas em fontes diversas, com datas, formas, abrangência e grau de detalhamento também diversos. Uma leitura desse material nos permite reter algumas informações quantitativas preliminares para o caso dos municípios do Estado de Pernambuco: Em agosto de 200711 o Ministério das Cidades fez um levantamento em 92 municípios do Estado de Pernambuco, entre os 96 com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores. Desses 92 municípios, 88 já teriam tido a iniciativa de elaborar ou revisar seus Planos; Dos 92 municípios pesquisados, 29 (31,52%) estavam na fase de Revisão do PD em vigor, 28 (30,43%) estavam na fase de Revisão do PD em tramitação na Câmara, 31 11 MCidades/ CONFEA. Pesquisa Plano Diretor Participativo. Agosto de 2007. Disponível em http://www.cidades.gov.br/media/PesquisaPDPparaOComite102007.pdf . Acesso em 29/10/2007. 135 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (33,70%) estavam na fase de Revisão do PD em desenvolvimento, e apenas 4 (4,35%) não estavam ainda elaborando ou revisando o Plano Diretor; Das Unidades da Federação com revisão de Planos Diretores em tramitação na Câmara, Pernambuco apresentou o terceiro mais alto percentual (30,43%), ficando atrás apenas dos Estados de São Paulo (58,82% do total dos Planos Diretores) e de Tocantins (37,50%); Com relação aos Instrumentos do Estatuto da Cidade previstos no Plano Diretor, em Lei Específica, ou no Plano Diretor e em Lei Específica, a pesquisa em 94 municípios aponta para a seguinte situação do Estado de Pernambuco: a) ZEIS previstas: 76 municípios (80,9%); b) Parcelamento, edificação compulsório: 57 municípios (60,6%); c) IPTU progressivo no tempo: 63 municípios (67%); d) Contribuição de Melhoria: 52 municípios (55,3%); e) Direito de Superfície: 54 municípios (57,4%); f) Direito de Preempção: 53 municípios (56,4%); g) Transferência do Direito de Construir: 53 municípios (56,4%); h) Operações Urbanas Consorciadas: 57 municípios (60,6 %); i) Outorga Onerosa do Direito de Construir: 55 municípios (58,5%); j) Outorga onerosa de alteração de uso: 44 municípios (46,8%); k) Critérios para aplicação de EIV: 53 municípios (56,4%); l) Macrozoneamento: 80 municípios (85,1%); m) Zoneamento Ecológico Econômico: 65 municípios (69,1%); n) Zona Especial de Interesse Ambiental: 73 municípios (77,7 %); o) Zona Especial de Preservação Cultural: 66 (70,2%); p) Zona Especial de Comunidade Tradicional: 23 municípios (24,5%); q) Delimitação Perímetro Urbano: 79 municípios (84,0%); r) Consolidação das Leituras Técnica e Comunitária: 67 municípios (71,3%); s) Definição de eixos estratégicos: 66 municípios (70,2%); t) Diretriz para Políticas Setoriais: 70 municípios (74,5%); u) Diretriz para investimentos prioritários: 58 municípios (61,7%); v) Estrutura Sistema de Planejamento e Gestão: 70 municípios (74,5%); 136 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ w) Parâmetros urbanísticos: 74 municípios (78,7%); x) Parâmetros Uso do Solo Urbano: 77 municípios (81,9%); y) Parâmetros Uso do Solo Rural: 71 municípios (75,5%). Com relação às “questões de enfrentamento prioritário” no Plano Diretor: a) Oferta de terras para novas moradias: 17 municípios (18,1%); b) Ação sobre os vazios urbanos: 12 municípios (12,8%); c) Regularização Fundiária: 9 municípios (9,6%); d) Limitação para expansão urbana; 21 municípios (22,3%); e) Atualização de cadastros: 7 municípios (7,4%); f) Estímulo às atividades econômicas; 26 municípios (27,7%); g) Definição de prioridades para o orçamento municipal: 24 municípios (25,5%); h) Captura de valorização imobiliária: 2 municípios (2,1%); i) Sistema de abastecimento de água: 34 municípios (36,2%); j) Sistema de esgotamento sanitário: 34 municípios (36, 2%); k) Manejo de águas pluviais (drenagem): 6 municípios (6,4%); l) Sistema de coleta de lixo/aterro sanitário; 20 municípios (21,3%); m) Local. de cemitérios, mercados e outros equip.de grande porte: 5 municípios (5,3%); n) Localização de equipamentos públicos (escolas, etc.): 11 municípios (11,7%); o) Iluminação pública: 2 municípios (2,1%); p) Sistema viário: 8 municípios (8,5%); q) Sistema de transportes e mobilidade: 11 municípios (11,7%); r) Proteção do patrimônio cultural: 12 municípios (12,8%); s) Proteção do patrimônio ambiental: 21 municípios (22,3%); t) Despoluição dos mananciais e cursos d’água: 5 municípios (5,3%); u) Reforma administrativa: 1 município (1,1%); v) Participação do cidadão no acompanhamento do Plano Diretor: 33 municípios (35,1%); w) Outros: 1 município (1,1%). 137 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Uma informação específica e mais detalhada sobre o andamento dos Planos Diretores nos municípios das Regiões de Desenvolvimento do Estado fornecida pela Agência CONDEPE/FIDEM, pode ser vista no Quadro 9, cabendo reter o seguinte resumo: a) Para a RD 01: Sertão de Itaparica: Municípios com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP): Belém de São Francisco, Floresta e Petrolândia; PDP aprovado em Lei (Petrolândia), em fase de conclusão (Floresta), e não iniciado (Belém de São Francisco). b) Para a RD 02: Sertão de São Francisco: 4 (quatro) municípios com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP): Cabrobó, Lagoa Grande, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista; PDP aprovados em Lei (Lagoa Grande e Petrolina), em aprovação na Câmara Municipal (Cabrobó), não aprovado pela Câmara Municipal (Santa Maria da Boa Vista). c) Para a RD 03: Sertão do Araripe: 6 (seis) municípios com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP): Araripina, Bodocó, Exu, Ipubi, Ouricuri, Trindade; PDP aprovados em Lei (Araripina, Ipubi, Ouricuri, Trindade), em elaboração (Bodocó), em conclusão (Exu). d) Para a RD 04: Sertão Central: Municípios com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP): Salgueiro e São José do Belmonte; PDP em aprovação na Câmara Municipal (São José do Belmonte), e em elaboração (Salgueiro). 138 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ e) Para a RD 05: Sertão do Pajeú 5 (cinco) municípios com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP): Afogados da Ingazeira, Flores, São José do Egito, Serra Talhada e Tabira. PDP aprovados em Lei (Flores, Serra Talhada e Tabira), em aprovação na Câmara Municipal (São José do Egito), e em laboração (Afogados da Ingazeira). f) Para a RD 06: Sertão do Moxotó: 4 (quatro) municípios com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP): Arcoverde, Custódia, Ibimirim e Sertânia); PDP aprovados em Lei (Arcoverde e Ibimirim), em aprovação na Câmara Municipal (Sertânia) e em elaboração (Custódia). g) Para a RD 07: Agreste Meridional 10 (dez) municípios com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP): Águas Belas, Bom Conselho, Buíque, Caetés, Canhotinho, Garanhuns, Itaiba, Lajedo, Pedra e Tupanatinga; PDP aprovado em Lei (Caetés, Canhotinho e Lajedo), em conclusão (Bom Conselho e Itaíba), possui Plano Diretor anterior ao Estatuto da Cidade e ainda não iniciou a revisão (Garanhuns), não possuem PDP e ainda não iniciaram os trabalhos de elaboração (Águas Belas, Buíque, Pedra e Tupanatinga). h) Para a RD 08: Agreste Central 14 (quatorze) municípios com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP): Agrestina, Altinho, Belo Jardim, Bezerros, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Caruaru, Cupira, Gravatá, Panelas, Pesqueira, São Bento do Una, São Caitano, São Joaquim do Monte); 139 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ PDP aprovados em Lei (Bonito, Caruaru, Gravatá, Panelas, São Caitano), aprovado pela Câmara Municipal (Belo Jardim), em aprovação na Câmara Municipal (Bezerros e Pesqueira), não aprovado pela Câmara Municipal (Brejo da Madre de Deus), em conclusão (São Bento do Una), em andamento (São Joaquim do Monte), paralisado (Agrestina), não tem Plano Diretor e não iniciou o processo de elaboração (Altinho e Cupira). i) Para a RD 09: Agreste Setentrional 9 (nove) municípios com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP): Bom Jardim, Cumaru, João Alfredo, Limoeiro, Orobó, Passira, Santa Cruz do Capibaribe, Surubim e Toritama; PDP aprovados em Lei (Cumaru, João Alfredo e Santa Cruz do Capibaribe), em aprovação na Câmara Municipal (Bom Jardim, Limoeiro, Surubim e Toritama, em elaboração (Orobó), não tem Plano Diretor e não iniciou o processo de elaboração (Passira). j) Para a RD 10: Mata Sul 13 (treze) municípios com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP): Água Preta, Amaraji, Barreiros, Catende, Escada, Gameleira, Palmares, Pombos, Quipapá, Ribeirão, Rio Formoso, Sirinhaém e Vitória de Santo Antão; PDP aprovados em Lei (Água Preta, Amaraji, Barreiros, Catende, Escada, Gameleira, Palmares, Pombos, Quipapá, Ribeirão, Rio Formoso e Sirinhaém), tem Plano Diretor anterior ao Estatuto da Cidade e está em processo de revisão (Vitória de Santo Antão). k) Para a RD 11: Mata Norte 12 (doze) municípios com obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP): Aliança, Carpina, Condado, Glória do Goitá, Goiana, Itambé, Lagoa do Itaenga, Macaparana, Nazaré da Mata, Paudalho, Timbaúba, e Vicência; 140 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ PDP aprovados em Lei (Aliança, Condado, Glória do Goitá, Goiana, Itambé, Lagoa do Itaenga, Macaparana, Nazaré da Mata, Paudalho, Timbaúba, e Vicência), em atualização (Carpina). l) Para a RD 12: Região Metropolitana Todos os 14 (quatorze) municípios da RM têm obrigatoriedade de elaboração dos seus Planos Diretores Participativos (PDP); PDP aprovados em Lei (Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Itamaracá, Moreno, Olinda e São Lourenço), em aprovação na Câmara Municipal (Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Paulista e Recife) e em elaboração (Abreu e Lima, Araçoiaba e Itapissuma). Do exposto, cabe buscar entender melhor da existência de alguma dificuldade para os sete municípios que ainda não têm Plano Diretor nem deram início à sua elaboração: Belém de São Francisco (na RD 01-Sertão de Itaparica), Águas Belas e Buíque (na RD 07 – Agreste Meridional), Agrestina, Altinho e Cupira (na RD 08 – Agreste Central) e Passira (na RD 09 – Agreste Setentrional). 141 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Figura 2: Evolução do Déficit Habitacional – 1991/2000/2004-2005 FONTE: Déficit Habitacional no Brasil 2005, p.87. MCidades/ Secretaria Nacional de Habitação. Disponível em http://www.cidades.gov.br,. Acesso em outubro de 2007. 142 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Figura 3: Evolução do Déficit Habitacional Urbano - 1991/ 2000/ 2004-2005 FONTE: Déficit Habitacional no Brasil 2005, p.88. MCidades/ Secretaria Nacional de Habitação. Disponível em http://www.cidades.gov.br,. Acesso em outubro de 2007. 143 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Figura 4: Evolução da participação dos componentes no Déficit Habitacional Urbano– 1991/ 2000/ 2005 FONTE: Déficit Habitacional no Brasil 2005, p.90. MCidades/ Secretaria Nacional de Habitação. Disponível em http://www.cidades.gov.br,. Acesso em outubro de 2007. 144 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Figura 5: Déficit Habitacional Urbano por faixa de renda média familiar mensal – 2000/ 2005 FONTE: Déficit Habitacional no Brasil 2005, p.92. MCidades/ Secretaria Nacional de Habitação. Disponível em http://www.cidades.gov.br,. Acesso em outubro de 2007. 145 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Figura 6: Evolução da Inadequação Fundiária e do Adensamento Excessivo – 2000/ 2005 FONTE: Déficit Habitacional no Brasil 2005, p.94. MCidades/ Secretaria Nacional de Habitação. Disponível em http://www.cidades.gov.br,. Acesso em outubro de 2007. 146 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Figura 7: Evolução da Carência de Infra-estrutura e dos domicílios sem banheiro–2000/ 2005 FONTE: Déficit Habitacional no Brasil 2005, p.95. MCidades/ Secretaria Nacional de Habitação. Disponível em http://www.cidades.gov.br,. Acesso em outubro de 2007. 147 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação Araripina Salgueiro Vale do Pajeú S. do Moxotó RD 3 – S. do Araripe RD 4 – S. Central RD 5 – S. do Pajeú RD 6 – S. do Moxotó SUAPE Recife 139 307.581 140.317 25.427 35.077 13.776 23.666 17.467 Total 5.528 16.206 9.939 7.314 7.477 5.248 18 297.803 97.829 18.227 23.114 31.383 46.234 18 196.090 94.504 11.971 15.340 12.647 25.175 10.567 1.951 6.856 4.660 2.492 7.971 5.504 5.305 11.714 12.326 7.044 20.284 10.731 23.759 urbano Total DOMICÍLIOS VAGOS 0 101.713 3.325 6.256 7.774 18.736 21.059 5.409 3.354 4.858 7.666 4.552 12.313 5.227 rural INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO FONTE DE CONSULTA: MCidades. Arquivo do Programa Déficit Habitacional no Brasil 2004. Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2ª edição. Disponível em http://www.cidades.gov.br.. Acesso em outubro de 2007. 148 FONTE: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregioes Geográficas (1) Déficit habitacional básico: soma da coabitação familiar, dos domicílios improvisados e dos rústicos.; (2) Para municípios o déficit habitacional básico não inclui as estimativas de domicílios rústicos inferiores a 50 unidades TOTAL F. de Noronha RD 12 - Metropolitana Mata Setentrional RD 11-Mata Norte Itamaracá Vitória de S Antão Mata Meridional Médio Capibaribe Alto Capibaribe Vale do Ipojuca Brejo Pernamb. RD 10 – Mata Sul RD 9 – Agreste Setentrional RD 8 – Agreste Central Garanhuns Vale do Ipanema Petrolina RD 2 - S. do São Francisco RD 7 – Agreste Meridional Itaparica Microrregião RD 1- S. de Itaparica Região de Desenvolvimento DÉFICIT HABITACIONAL BÁSICO (2) ABSOLUTO % DO TOTAL DOS DOMICÍLIOS urbano rural Total urbano rural 2.303 3.225 21,74 15,96 29,33 8.989 7.217 20,59 17,31 26,97 3.640 6.299 16,09 12,15 19,80 2.968 4.346 21,78 15,78 29,42 3.931 3.546 9,86 8,80 11,38 2.732 2.516 11,50 9,28 15,54 14,66 8,97 19,59 6.546 9.374 11,85 10,66 13,68 10,21 8,27 13,47 15.653 8.013 9,21 8,78 10,47 9,86 8,80 11,38 7.519 8.333 13,66 11,40 16,04 22,87 20,52 28,11 21.469 13.608 17,82 13,70 31,45 15.605 9.822 21,68 17,95 32,36 22,35 21,92 26,16 135.062 5.255 15,93 15,83 22,47 18,66 17,83 22,90 139 0 28,72 28,72 0,00 227.955 79.626 15,63 14,64 19,37 Tabela 59: Estimativas do Déficit Habitacional Básico. Pernambuco Estimativas do Déficit Habitacional Básico (1) - 2000 Agrupado por: Região de Desenvolvimento e Microrregião ___________________________________________________________________________ Conselho Estadual de Habitação Araripina Salgueiro Vale do Pajeú S. do Moxotó RD 3 – S. do Araripe RD 4 – S. Central RD 5 – S. do Pajeú RD 6 – S. do Moxotó SUAPE Recife x 5.817 3.159 163 547 234 494 139 180.834 106.787 11.388 15.504 5.950 13.672 6.545 1.824 7.904 2.693 2.462 3.551 2.415 105 306 200 81 142 48 338 Coabit Familiar Urbano Improvisados urbanos x 41.304 25.116 4.054 5.418 1.187 1.487 1.210 374 779 747 425 238 269 Rústicos Urbano (2) x 2,55 5,90 2,11 3,12 1,04 2,64 2,25 3,99 2,31 5,05 2,74 3,75 4,28 4,56 3,40 5,49 2,73 3,61 1,76 100,00 79,33 66,23 79,52 82,37 72,98 73,84 67,13 90,59 70,31 79,20 89,13 77,70 81,62 79,20 87,93 73,98 82,95 90,33 88,40 x 18,12 27,86 18,37 14,51 25,98 23,52 30,62 5,42 27,37 15,75 8,13 18,55 14,10 16,24 8,67 20,52 14,32 6,05 9,85 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 % no Déficit Habitacional Urbano Improvisados Coab. Fam Rústicos Total INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO FONTE DE CONSULTA: MCidades. Arquivo do Programa Déficit Habitacional no Brasil 2004. Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2ª edição. Disponível em http://www.cidades.gov.br.. Acesso em outubro de 2007. 149 FONTE: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregioes Geográficas (1) Déficit habitacional básico: soma da coabitação familiar, dos domicílios improvisados e dos rústicos. (2) Para municípios o déficit habitacional básico não inclui as estimativas de domicílios rústicos inferiores a 50 unidades TOTAL F. de Noronha RD 12 - Metropolitana Mata Setentrional RD 11-Mata Norte Itamaracá Vitória de S Antão Mata Meridional Médio Capibaribe Alto Capibaribe Vale do Ipojuca Brejo Pernamb. RD 10 – Mata Sul RD 9 – Agreste Setentrional RD 8 – Agreste Central Garanhuns Vale do Ipanema Petrolina RD 7 – Agreste Meridional Itaparica RD 2 - S. do São Francisco Municípios RD 1- S. de Itaparica Regiões de Desenvolvimento Tabela 60: Participação dos Componentes do Déficit Habitacional Básico Urbano. Pernambuco Participação dos Componentes do Déficit Habitacional Básico Urbano (1) - 2000 Agrupado por: Região de Desenvolvimento e Microrregião ___________________________________________________________________________ Conselho Estadual de Habitação Araripina Salgueiro Vale do Pajeú S. do Moxotó RD 3 – S. do Araripe RD 4 – S. Central RD 5 – S. do Pajeú RD 6 – S. do Moxotó SUAPE Recife x 4.304 564 326 503 397 339 x 28.790 2.166 3.263 4.525 2.718 3.973 2.971 1.204 2.533 1.929 1.071 1.554 883 177 1.004 261 61 90 116 466 Coabit Familiar Rural Improvisados rurais x 46.532 2.525 6.233 8.580 3.290 3.701 5.937 1.844 3.680 4.109 3.214 1.902 1.517 Rústicos Rurais (2) x 5,41 7,80 18,43 1,85 3,32 3,69 3,71 14,15 3,51 5,68 3,48 7,95 2,85 5,49 13,10 4,14 1,40 2,54 4,61 (1) Déficit habitacional básico: soma da coabitação familiar, dos domicílios improvisados e dos rústicos. x 58,44 58,27 44,27 48,50 63,46 59,22 73,65 16,75 63,07 52,44 42,96 67,55 60,34 57,18 50,99 65,23 73,95 53,64 60,29 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO FONTE DE CONSULTA: MCidades. Arquivo do Programa Déficit Habitacional no Brasil 2004. Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2ª edição. Disponível em http://www.cidades.gov.br.. Acesso em outubro de 2007. (2) Para municípios o déficit habitacional básico não inclui as estimativas de domicílios rústicos inferiores a 50 unidades x 36,16 33,92 37,30 49,66 33,22 37,09 22,64 69,10 33,42 41,89 53,56 24,50 36,82 37,33 35,10 30,62 24,64 43,82 35,10 % no Déficit Habitacional Rural Improvisados Coab. Fam Rústicos FONTE: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregioes Geográficas TOTAL F. de Noronha RD 12 - Metropolitana Mata Setentrional RD 11-Mata Norte Itamaracá Vitória de S Antão Mata Meridional Médio Capibaribe Alto Capibaribe Vale do Ipojuca Brejo Pernamb. RD 10 – Mata Sul RD 9 – Agreste Setentrional RD 8 – Agreste Central Garanhuns Vale do Ipanema Petrolina RD 7 – Agreste Meridional Itaparica RD 2 - S. do São Francisco Microrregião RD 1- S. de Itaparica Região de Desenvolvimento Tabela 61: Participação dos Componentes do Déficit Habitacional Básico Rural. Pernambuco Participação dos Componentes do Déficit Habitacional Básico Rural (1) - 2000 Agrupado por: Região de Desenvolvimento e Microrregião ___________________________________________________________________________ 150 x 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Total Conselho Estadual de Habitação Araripina Salgueiro Vale do Pajeú S. do Moxotó RD 3 – S. do Araripe RD 4 – S. Central RD 5 – S. do Pajeú RD 6 – S. do Moxotó SUAPE Recife 23 134.200 88.341 11.434 10.341 3.096 7.758 5.168 absoluto 588 1.795 1.149 1.808 1.723 976 % domic. Urb. 4,07 3,46 3,84 9,61 3,86 3,32 18,44 3,24 4,55 4,25 2,37 7,13 8,43 9,64 13,15 9,96 10,71 8,17 4,75 8,62 INADEQUAÇÃO FUNDIÁRIA (1) 39 111.047 60.707 6.476 8.756 4.460 10.903 4.965 absoluto 1.086 5.616 2.660 1.587 2.027 1.765 % domic. Urb. 7,52 10,81 8,88 8,44 4,54 6,00 8,10 5,81 5,68 6,13 7,24 5,89 8,29 5,75 7,45 7,44 7,18 8,50 8,06 7,13 ADENSAMENTO EXCESSIVO (1) 6 214.596 88.560 21.191 20.737 14.818 24.672 15.249 absoluto 2.275 4.618 10.058 2.913 5.077 4.422 % domic. Urb. 15,76 8,89 33,58 15,49 11,37 15,03 25,68 17,63 13,41 13,75 18,19 26,28 17,00 19,11 24,37 12,58 10,45 11,61 1,24 13,78 DOMIC. SEM BANHEIRO (1) 90 808.874 459.352 68.250 57.376 40.249 60.000 46.211 absoluto 6.387 12.265 20.066 8.402 17.586 12.640 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO 151 % domic Urb 44,25 23,61 66,99 44,67 39,39 42,96 60,60 58,25 36,68 32,49 43,47 78,16 54,39 37,55 78,50 78,98 53,76 59,24 18,60 51,95 CARÊNCIA INF.ESTRUTURA. (2) rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica, e coleta de lixo. FONTE DE CONSULTA: MCidades. Arquivo do Programa Déficit Habitacional no Brasil 2004. Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2ª edição. Disponível em http://www.cidades.gov.br.. Acesso em outubro de 2007. Notas: (1) Apenas casas e apartamentos urbanos. (2) Casas e apartamentos urbanos que não possuem um ou mais dos serviços de infra-estrutura: iluminação elétrica, FONTE: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregioes Geográficas TOTAL Fernado de Noronha RD 12 - Metropolitana Mata Setentrional RD 11-Mata Norte Itamaracá Vitória de S Antão Mata Meridional Médio Capibaribe Alto Capibaribe Vale do Ipojuca Brejo Pernamb. RD 10 – Mata Sul RD 9 – Agreste Setentrional RD 8 – Agreste Central Garanhuns Vale do Ipanema Petrolina RD 2 - S. do São Francisco RD 7 – Agreste Meridional Itaparica Microrregião RD 1- S. de Itaparica Região de Desenvolvimento Tabela 62: Inadequação dos Domicílios Urbanos – 2000. Pernambuco Inadequação dos Domicílios Urbanos - 2000 Agrupado por: Região de Desenvolvimento e Microrregião ___________________________________________________________________________ Conselho Estadual de Habitação INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS) ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 MAIS DE 5 TOTAL Região de Desenvolvimento Microrregião absoluto percentual absoluto percentual absoluto percentual absoluto percentual 510 86,73 32 5,44 46 7,82 588 100,00 RD 1- S. de Itaparica Itaparica 1.237 68,91 205 11,42 353 19,67 1.795 100,00 RD 2 - S. do São Francisco Petrolina 929 80,85 80 6,96 140 12,18 1.149 100,00 RD 3 – S. do Araripe Araripina 1.407 77,82 236 13,05 165 9,13 1.808 100,00 RD 4 – S. Central Salgueiro 1.431 83,05 183 10,62 109 6,33 1.723 100,00 RD 5 – S. do Pajeú Vale do Pajeú 764 78,28 112 11,48 100 10,25 976 100,00 RD 6 – S. do Moxotó S. do Moxotó 85,09 7,68 7,23 100,00 Vale do Ipanema 4.473 345 350 5.168 RD 7 – Agreste Meridional 88,89 5,08 6,03 100,00 Garanhuns 86,63 9,11 4,26 100,00 Brejo Pernamb. 6.337 811 610 7.758 RD 8 – Agreste Central 80,45 10,79 8,76 100,00 Vale do Ipojuca 73,97 14,89 11,14 100,00 Alto Capibaribe 2.446 421 229 3..096 RD 9 – Agreste Setentrional 80,92 13,11 5,97 100,00 Médio Capibaribe 80,88 10,01 9,11 100,00 Mata Meridional 8.326 1.124 891 10.341 RD 10 – Mata Sul 79,85 12,44 7,71 100,00 Vitória de S Antão 9.128 79,83 1.260 11,02 1.046 9,15 11.434 100,00 RD 11-Mata Norte Mata Setentrional 79,41 12,82 7,77 100,00 Itamaracá 64,67 16,26 19,07 100,00 Recife 57.950 14.167 16.224 88.341 RD 12 - Metropolitana 76,25 13,43 10,32 100,00 SUAPE Fernando de Noronha 0 0,00 0 0,00 23 100,00 23 100,00 94.938 70,74 18.976 14,14 20.286 15,12 134.200 100,00 TOTAL FONTE: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI); Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregioes Geográficas Notas: (1) Considerados apenas casas e apartamentos urbanos. FONTE DE CONSULTA: MCidades. Arquivo do Programa Déficit Habitacional no Brasil 2004. Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2ª edição. Disponível em http://www.cidades.gov.br.. Acesso em outubro de 2007. Tabela 63: Inadequação Fundiária Urbana (1), por Faixas de Renda. Pernambuco Inadequação Fundiária Urbana (1), por Faixas de Renda - 2000 Agrupado por: Região de Desenvolvimento e Microrregião ___________________________________________________________________________ 152 Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Quadro 9: Andamento dos Planos Diretores nos municípios do Estado de Pernambuco População Região de Desenvolvimento RD 1 Sertão de Itaparica RD 2 Sertão do São Francisco RD 3 Sertão do Araripe RD 4 Sertão Central Situação Atual (3) 2000 (1) 2007 (2) Belém de São Francisco Carnaubeira da Penha* Floresta Itacuruba* Jatobá* Petrolândia Tacaratu 20.208 10.404 24.729 3.689 13.148 27.320 17.096 20.572 11.663 26.614 4.097 14.036 30.621 20.312 Não tem PD Em conclusão PDP aprovado - Lei 942/ 06 - 06/10/06 - Instal. Conse lho - Afrânio* Cabrobó Dormentes* Lagoa Grande Orocó* Petrolina Santa Maria da Boa Vista 15.014 26.741 14.411 19.137 10.825 218.538 36.914 16.697 28.749 15.637 21.142 13.275 268.339 39.554 Em aprovação na CM PDP aprovado Paralisado PDP aprovado Não aprovado na CM Lei 023/ 06 Lei 1.875/ 06 - 20/10/06 14/11/06 - - Araripina Bodocó Exu Granito* Ipubi Moreilândia* Ouricuri Santa Cruz* Santa Filomena* Trindade 70.898 31.731 32.423 6.110 23.042 11.116 56.733 11.264 12.115 21.930 76.598 33.255 30.569 6.494 25.893 11.148 62.367 13.642 13.930 24.544 PDP aprovado Em elaboração Fase de conclusão PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado Lei 2.421/ 06 Lei 680/ 06 Lei 1.100/06 Lei 687/ 07 11/10/06 03/10/06 09/10/06 25/01/07 - Cedro* Mirandiba* Paranamirim* Salgueiro São José do Belmonte Serrita* Terra Nova* Verdejante* 9.551 13.122 19.289 51.571 31.652 17.848 7.518 8.846 10.283 13.513 19.785 53.422 32.471 18.238 8.842 9.536 Em elaboração Em aprovação na CM - - - - Município Fase/ Estágio Lei/Data Sanção/ data 153 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) População Região de Desenvolvimento RD 5 Sertão do Pajeú Município Situação Atual (3) Fase/ Estágio Lei/Data Sanção/ data 34.022 7.173 7.675 18.265 22.098 11.927 4.411 13.986 6.826 11.664 9.861 30.426 76.360 5.849 25.999 15.245 8.268 Em elaboração PDP aprovado Em aprovação na CM PDP aprovado PDP aprovado - Lei 852/ 06 Lei 052/ 07 Lei 382/07 - 29/09/06 - Instal. Conse lho - 61.600 11.305 29.969 24.340 13.280 13.028 31.657 65.270 11.985 31.604 26.436 15.227 15.589 34.106 PDP aprovado Em elaboração PDP aprovado Em aprovação na CM Lei 2.111/ 07 Lei 602/ 07 - 04/04/07 02/07/07 - - 36.641 9.082 42.082 8.916 44.169 24.137 11.709 24.920 19.556 17.044 117.749 17.691 26.799 9.695 12.329 13.741 10.977 32.209 9.536 10.348 20.244 15.006 19.744 6.300 20.801 13.462 38.055 9.801 43.467 9.388 47.631 26.010 11.854 24.465 19.608 16.222 124.511 17.834 26.486 10.334 13.234 14.018 11.900 33.443 8.454 11.245 21.519 15.281 21.031 6.630 20.924 14.985 Não tem PD Em conclusão Não tem PD PDP aprovado PDP aprovado Plano Diretor de 78 Em conclusão PDP aprovado Não tem PD Não tem PD - Lei 290/ 06 Lei 1475/ 06 Lei 1.831/78 Lei 1.112/ 03 - 06/10/06 28/11/06 22/12/03 - -- 2000 (1) 2007 (2) Afogados da Ingazeira Brejinho* Calumbi* Carnaíba* Flores Iguaraci* Ingazeira* Itapetim* Quixaba* Sta. Cruz da Baixa Verde* Sta. Terezinha* São José do Egito Serra Talhada Solidão* Tabira Triunfo* Tuparetama* 39.922 7.278 7.079 17.696 20.823 11.486 4.567 14.766 6.855 10.893 10.251 29.468 70.912 5.532 24.065 15.135 7.766 Arcoverde Betânia* Custódia Ibimirim Inajá* Manari* Sertânia Águas Belas Angelim* Bom Conselho Brejão* Buíque Caetés Calçado* Canhotinho Capoeiras* Correntes Garanhuns Iati* Itaíba Jucati* Jupi* Jurema* Lagoa do Ouro* Lajedo Palmeirina* Paranatama* Pedra Saloá* São João* Terezinha* Tupanatinga Venturosa* - RD 6 Sertão do Moxotó RD 7 Agreste Meridional 154 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) População Região de Desenvolvimento RD 8 Agreste Central RD 9 Agreste Setentrional Município 2000 (1) 2007 (2) Agrestina Alagoinha* Altinho Barra de Guabiraba* Belo Jardim Bezerros Bonito Brejo da Madre de Deus Cachoeirinha* Camocim de São Félix* Caruaru Cupira Gravatá Ibirajuba* Jataúba* Lagoa dos Gatos* Panelas Pesqueira Poção* Riacho das Almas* Sairé* Sanharó* São Bento do Uma São Caitano São Joaquim do Monte Tacaimbó* 20.036 12.535 22.131 10.939 68.698 57.371 37.750 38.109 17.042 15.115 253.634 22.383 67.273 7.438 14.653 16.100 25.874 57.721 11.178 18.142 13.649 15.879 45.360 33.426 19.842 12.929 21.712 14.680 21.790 13.900 70.310 56.518 39.123 40.528 17.558 15.982 289.086 22.075 71.581 7.482 15.074 16.278 25.006 60.556 10.896 18.442 13.872 18.129 46.773 35.085 20.008 12.093 Bom Jardim Casinhas* Cumaru Feira Nova* Frei Miguelino* João Alfredo Limoeiro Machados* Orobó Passira Salgadinho* Santa Cruz do Capibaribe Santa Maria do Cambucá* São Vicente Férrer* Surubim Taquaritinga do Norte* Toritama Vertente do Lério* Vertentes* 37.013 13.345 27.489 18.857 12.978 27.023 56.322 9.826 22.475 29.132 7.139 59.048 11.739 16.004 50.331 19.757 21.800 8.536 14.957 38.388 14.334 16.316 19.190 14.061 28.460 55.870 11.733 21.746 27.852 7.487 73.667 12.482 16.716 53.888 21.461 29.907 7.509 16.927 Situação Atual (3) Lei/Data Sanção/ data Paralisado Não tem PD Aprovado pela CM Em aprovação na CM PDP aprovado Não aprovado na CM s/ informação (4) Não tem PD PDP aprovado PDP aprovado Em aprovação na CM Em conclusão PDP aprovado Em andamento - Lei 738/ 06 Lei 3.041/ 06 s/ inform. Lei 004/ 06 - 29/12/06 29/12/06 06/10/06 - Instal. Conse lho - Em aprovação na CM PDP aprovado PDP aprovado Em aprovação na CM Em elaboração Não tem PD PDP aprovado Em aprovação na CM Em aprovação na CM - Lei 626/06 Lei 818/ 07 Lei 1.635/ 07 - 21/10/06 30/04/07 13/04/07 - - Fase/ Estágio 155 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) População Região de Desenvolvimento RD 10 Mata Sul RD 11 Mata Norte Município 2000 (1) 2007 (2) Água Preta Amaraji Barreiros Belém de Maria* Catende Chã Grande* Cortês* Escada Gameleira Jaqueira* Joaquim Nabuco* Maraial* Palmares Pombos Primavera* Quipapá Ribeirão Rio Formoso São Benedito do Sul* São José da Coroa Grande* Sirinhaém Tamandaré* Vitória de Santo Antão Xexéu* 28.531 21.309 39.139 10.626 31.257 18.407 12.681 57.341 24.003 11.653 15.925 14.017 55.790 23.351 11.477 22.145 41.449 20.764 10.477 13.971 33.046 17.281 117.609 13.597 29.391 20.205 41.973 10.140 33.214 17.668 11.616 60.156 26.404 12.618 15.953 12.293 56.547 21.974 11.897 24.622 38.627 20.918 9.620 17.112 36.483 18.081 121.557 14.231 Aliança Buenos Aires* Camutanga* Carpina Chã de Alegria* Condado Ferreiros* Glória do Goitá Goiana Itambé Itaquitinga* Lagoa do Carro* Lagoa do Itaenga Macaparana Nazaré da Mata Paudalho Timbaúba Tracunhaém* Vicência 37.189 12.007 7.844 63.811 11.102 21.797 10.727 27.554 71.177 34.982 14.950 13.110 20.172 22.494 29.254 45.138 56.906 12.394 28.820 34.264 13.266 8.169 65.205 11.363 23.164 11.064 27.451 71.740 34.769 15.115 14.226 20.018 23.144 29.256 45.805 51.560 12.736 27.151 Situação Atual (3) Fase/ Lei/Data Sanção/ data PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado s/ informação (5) s/ informação (5) - Lei 005/ 06 Lei 005/ 07 Lei 725/ 06 Lei 1.452/ 06 Lei 2.155/ 06 Lei 1.034/ 07 Lei 1.752/ 06 Lei 650/ 04 Lei 1.023/ 06 Lei 1.412/06 Lei 1.310/ 02 - 08/12/06 15/05/07 10/11/06 29/12/06 16/10/06 05/04/07 10/11/06 10/10/06 28/11/06 18/06/02 - PDP aprovado Em atualização PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado Lei 022/ 06 Lei 1.193/ 02 Lei 004/ 06 Lei 984/ 06 Lei 1.987/ 06 Lei 01/06 Lei 505/ 06 Lei 861/ 06 Lei 119/ 06 Lei 574/ 06 Lei 2.591/06 Lei 22/ 06 26/12/06 - Estágio Instal. Conse lho 09/02/07 11/01/07 02/03/07 17/12/06 31/01/07 10/12/06 29/01/07 - 07/11/06 27/10/06 08/01/07 28/12/06 22/12/06 21/11/06 29/12/06 08/11/06 11/10/06 04/12/06 14/11/06 23/02/07 22/01/07 01/03/07 09/01/07 05/02/07 15/01/07 156 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) População Região de Desenvolvimento Município Abreu e Lima Araçoiaba Cabo de Santo Agostinho Camaragibe Igarassu Ilha de Itamaracá RD 12 Ipojuca Região Itapissuma Metropolitana Jaboatão dos Guararapes Moreno Olinda Paulista Recife São Lourenço da Mata Fernando de Noronha* 2000 (1) 2007 (2) 89.039 15.108 152.977 128.702 82.277 15.858 59.281 20.116 581.556 49.205 367.902 262.237 1.422.905 90.402 2.051 92.242 16.511 162.476 133.554 93.584 17.573 69.781 23.110 665.387 52.780 391.433 307.284 1.533.580 95.239 2.801 Situação Atual (3) Fase/ Estágio Lei/Data Sanção/ data Em elaboração Em elaboração PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado PDP aprovado Em aprovação na CM Em elaboração Em aprovação na CM PDP aprovado PDP aprovado Em aprovação na CM Em aprovação na CM PDP aprovado - Lei 2.360/ 06 Lei 341/07 Lei 2.466/03 Lei 1.050/ 07 Lei 343/ 06 Lei 026/ 04 Lei 2.159/05 - 04/09/07 - Instal. Conse lho 28/03/07 - FONTE: (1) IBGE – Censo Demográfico; (2) IBGE – Cidades @; (3) Agência CONDEPE/FIDEM, outubro de 2007 Organização dos dados: Consórcio Geosistemas/IPAD, outubro de 2007. *Município sem obrigatoriedade de elaborar o Plano Diretor Participativo (PDP) (4) Caruaru aprovou seu PDP na Câmara Muncipal em julho de 2004. Fonte: MCidades em http://www.cidades.gov.br/images/stories/banco_experiencias_etapa_1/Dimensao_sociocultural_Desenvolvimento_Economico_e_Sistema_de_Gestao _Caruaru_PE.pdf. Acesso em 02/11/2007. (5) O município de Sirinhaém tem PDP aprovado em Lei (Lei 1.005/01), e o município de Vitória de Santo Antão tem Plano Diretor aprovado em 1998, anterior, portanto, ao Estatuto da Cidade, e está revendo esta lei e elaborando seu PDP, de acordo com informações do IBGE: Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública 2005. Disponível em http://www.ibge.gov.br/munic2005/index.php?nome=&uf=26. Acesso em 02/11/07. 1.2.6 Infra-Estrutura A infra-estrutura básica é um dos fatores considerados para a definição de domicílios como inadequados, pela Fundação João Pinheiro, portanto domicílios inadequados são aqueles que não proporcionam a seus moradores as condições adequadas de moradia, mesmo considerando que isto não implica na necessidade de construção de novas unidades habitacionais. Contudo os domicílios com carência de infra-estrutura básica são aqueles que não dispõe de ao menos um dos seguinte serviços básicos: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento d’água com canalização interna, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo. Nesta primeira fase de diagnóstico levantamos as condições atuais das redes de infraestrutura básica no Estado, aqui apresentadas por RD. 157 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 1.2.6.1 Abastecimento D’água e Esgotamento Sanitário SITUAÇÃO ATUAL Tabela 64: Domicílios com Abastecimento D’água e Esgotamento SanitárioInadequados – Regiões de Desenvolvimento RD METROPOLITANA MATA NORTE MATA SUL AGRESTE MERIDIONAL AGRESTE CENTRAL AGRESTE SETENTRIONAL PAJEÚ MOXOTÓ ITAPARICA SÃO FRANCISCO ARARIPE SERTÃO CENTRAL PERNAMBUCO % de domicílios com abastecimento d’água inadequado – 2000(¹) 4,6 18,5 14,5 33,9 22,9 41,1 27,5 31,2 26,4 16,4 63,6 22,9 17,0 % de domicílios com esgotamento sanitário inadequado – 2000(²) 50,6 79,8 56,8 71,6 44,9 68,6 57,1 53,5 60,8 44,3 79,8 62,3 56,2 FONTE: CONDEPE/FIDEM - Governo nos Municípios – 2003 1. 2. Considerou-se adequado o domicílio com abastecimento d’água proveniente da rede geral ou de poço ou nascente na propriedade. Considerou-se domicílio com esgotamento sanitário adequado aquele ligado à rede geral (ou pluvial) ou que tivesse fossa séptica. A partir do quadro acima se pode verificar que apenas as Regiões Metropolitana e do São Francisco apresentam-se com percentual de domicílios com abastecimento d’água inadequado, inferior a média do estado. Na RD do Araripe este percentual é muito superior aos das demais RDs, bem como do percentual de estado, o que mostra a sua enorme carência onde mais de 50% dos domicílios não tem abastecimento d’água. Em relação ao percentual de domicílios com esgotamento sanitário inadequado são as Regiões Metropolitana, Agreste Central e São Francisco que se apresentam em melhor situação em relação as demais RDs além de estarem abaixo da média estadual. Assim como em relação ao abastecimento d’água, na questão do esgotamento sanitário o Araripe apresenta-se com o pior índice, neste caso empatado com a Mata Norte. 158 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação 1.760 30 Agreste Central 286.546 Agreste Meridional 132.854 Agreste Setentrional 81.577 Araripe 20.035 Itaparica 28.048 Mata Norte 153.725 Mata Sul 150.912 Metropolitana 2.010.751 Moxotó 28.580 Pajeú 35.106 São Francisco 90.294 Sertão Central 55.191 TOTAL 3.073.619 FONTE: Secretaria de Recursos Hídricos. 70.394 270 1.522 406 200 4.456 61.750 2007 Valor Total RD 81.371 33.024 23.422 3.727 5.516 23.939 31.836 348.715 7.255 6.717 31.827 11.891 609.240 2008 105.997 29.018 28.850 9.315 13.671 48.341 48.041 413.104 6.148 8.496 22.411 18.108 751.501 2009 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO 60.597 19.534 12.962 6.265 5.393 43.967 25.844 500.269 4.535 2.783 17.162 12.959 712.271 2010 33.997 19.030 3.884 729 440 20.694 3.143 323.591 5.520 1.427 3.411 12.232 428.098 2011 291.122 1.026 5.995 10.450 242.005 1.442 2.108 5.700 2.823 18.803 770 2012 179.154 1.181 7.511 13.559 116.179 2.352 10.907 8.260 12.563 6.642 2013 Tabela 65: Investimento Necessário para Implantação das obras previstas de abastecimento de água (em milhares de R$) – Regiões de Desenvolvimento INVESTIMENTOS PREVISTOS ___________________________________________________________________________ 159 31.839 415 3.077 13.582 5.139 1.328 2.399 851 5.047 2014 Conselho Estadual de Habitação 54.824 18.457 1.799 11.359 39.163 140.871 11.823 7.526 12.745 334.559 29.603 4.776 374 4.449 24.206 90.362 1.039 5.306 11.488 177.738 2009 35.992 2008 6.134 Valor Total 2007 RD Agreste Central 480.674 Agreste Meridional 266.476 Agreste Setentrional 257.185 Araripe 107.195 Itaparica 47.010 Mata Norte 316.753 Mata Sul 309.703 2.750 Metropolitana 2.343.710 Moxotó 97.204 Pajeú 138.570 São Francisco 95.415 Sertão Central 80.966 TOTAL 4.540.860 2.750 FONTE: Secretaria de Recursos Hídricos. 66.666 492 48.771 32.443 4.396 12.924 42.769 287.316 19.313 1.300 7.324 13.772 537.487 2010 69.565 7.588 39.121 39.958 7.669 18.036 29.614 303.149 22.222 4.399 18.502 5.941 565.765 2011 88.095 64.419 15.848 9.691 11.943 35.561 27.943 361.425 4.978 5.866 27.707 13.622 667.098 2012 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO 106.642 97.210 8.698 1.870 12.229 56.517 24.038 323.062 4.079 7.346 22.197 16.335 680.222 2013 1.021 55.057 3.381 239.213 12.563 38.656 2.000 711 418.768 6.655 67.673 8.074 277.875 9.545 10.891 4.854 6.351 531.581 2015 30.191 22.931 13.044 71.567 55.160 12.935 2014 290.932 236 34.913 25.923 135.806 6.025 47.608 5.821 12.717 21.882 2016 223.651 618 17.888 71.660 92.124 5.079 19.865 5.554 10.862 2017 Tabela 66: Investimento Necessário para Implantação das obras previstas de esgotamento sanitário (em milhares de R$) – Regiões de Desenvolvimento ___________________________________________________________________________ 160 110.310 69 2.374 10.182 92.506 537 2.638 405 1.598 2018 Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Fazendo um cruzamento dos quadros anteriores, como verificamos que a Região de Araripe, por exemplo, que apresenta a pior situação em relação ao abastecimento d’água e esgotamento sanitário, é pelo quadro de investimentos uma das regiões com menor dotação prevista, já em áreas onde a situação de adequação é superior as demais a previsão de investimentos também são maiores. Porém, para se ter uma visão mais real desta avaliação devese ainda cruzar estes dados com as informações de população. Tabela 67: Investimentos Previstos e Situação de Adequação em Ordem Crescente – Regiões de Desenvolvimento INVESTIMENTOS PREVISTOS EM ORDEM CRESCENTE TOTAL de investimentos previstos (em milhares de R$) Obras previstas de abastecimento de água (em milhares de R$) Obras previstas de esgotamento sanitário (em milhares de R$) 75.058 28.048 47.010 125.784 28.580 127.230 136.157 173.676 185.709 338.762 SITUAÇÃO DE ADEQUAÇÃO EM ORDEM CRESCENTE % de domicílios com abastecimento d’água adequado 2000(¹) % de domicílios com esgotamento sanitário adequado 2000(²) Itaparica 36,4 20,2 97.204 Moxotó 66,1 28,4 20.035 107.195 Araripe 58,9 31,4 55.191 35.106 90.294 81.577 80.966 138.570 95.415 257.185 Sertão Central Pajeú Sertão São Francisco Agreste Setentrional 77,1 68,8 73,6 72,5 37,7 46,5 39,2 42,9 Araripe Agreste Meridional Agreste Setentrional Sertão Central Moxotó Itaparica Pajeú Agreste Meridional Mata Sul Mata Norte Agreste Central Metropolitana 81,5 85,5 83,6 77,1 95,4 20,2 43,2 55,7 55,1 49,4 Mata Norte Mata Sul São Francisco Agreste Central Metropolitana 399.330 132.854 266.476 460.615 150.912 309.703 470.478 153.725 316.753 767.220 286.546 480.674 4.354.461 2.010.751 2.343.710 FONTE: Secretaria de Recursos Hídricos. 2007. RD RD 161 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 1.2.6.2 Resíduos Sólidos Tabela 68: Resíduos Sólidos – Regiões de Desenvolvimento RD % de domicílios com lixo coletado % de domicílios com outros destinos METROPLOITANA 86,21 13,79 MATA NORTE MATA SUL 59,94 61,79 40,06 38,21 AGRESTE MERIDIONAL 49,72 50,28 AGRESTE CENTRAL 63,49 36,51 AGRESTE SETENTRIONAL PAJEÚ 48,96 51,04 49,28 50,72 MOXOTÓ 45,85 51,15 ITAPARICA 52,65 47,35 SÃO FRANCISCO 60,47 39,53 ARARIPE 36,27 63,73 SERTÃO CENTRAL 41,08 58,92 PERNAMBUCO 68,70 31,30 FONTE: CONDEPE/FIDEM/2003 e SECTMA/2007. DESTINO FINAL DOS RESIDOS SÓLIDOS 3 Aterros Controlados em Operação 3 Aterros Sanitários (em fase de projeto) 1 Aterro Sanitário em Operação (Privado) 2 Aterros Sanitários Consorciados (em fase de projeto) 2 Aterros Sanitários Consorciados (em fase de projeto) 3 Aterro Sanitário em Operação 1 Aterro Sanitário Individual em fase de Projeto 1 Aterro Sanitário Consorciado (em fase de projeto) 4 Aterros Sanitários em Operação 1 Aterro Sanitário em construção 1 Aterro Controlado em Operação 1 Aterro Sanitário em Construção 1 Aterros Controlados em Operação 1 Aterro Sanitário em Operação 1 Aterro Sanitário Individual em fase de Projeto 1 Aterro Sanitário Consorciado (em fase de projeto) 1 Aterro Sanitário em Operação 1 Aterro Controlado em Operação 1 Aterro Sanitário em construção 1 Aterro Sanitário em Operação Estes dados apresentam dois eixos diferentes em relação a resíduos sólidos, um sobre a coleta e outro sobre sua destinação final. Os percentuais de coleta podem até não parecer tão alarmantes, porém o maior problema em relação a resíduos sólidos no estado é mesmo o seu destino final. Atualmente são apenas 15 os municípios atendidos por Aterros Sanitários, os municípios têm sua destinação final de resíduos inadequada, atendidos por lixões ou Aterros Controlados. Existem 3 (três) Aterros Sanitários em construção e mais 12 projetos em andamento. 162 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 1.2.6.3 Energia Elétrica Tabela 69: Energia Elétrica – Regiões de Desenvolvimento RD METROPLOITANA MATA NORTE MATA SUL AGRESTE MERIDIONAL AGRESTE CENTRAL AGRESTE SETENTRIONAL PAJEÚ MOXOTÓ ITAPARICA SÃO FRANCISCO ARARIPE SERTÃO CENTRAL PERNAMBUCO FONTE: CONDEPE/FIDEM. 2003. % de domicílios ligados a rede de energia elétrica 2006 95,57 91,44 85,54 92,20 98,42 97,74 82,19 80,15 77,44 90,22 74,93 82,94 91,39 O fornecimento de energia elétrica aos domicílios é o serviço básico de infra-estrutura com os maiores percentuais de cobertura. As Regiões dos Agrestes e a Metropolitana são as mais bem atendidas. Estes dados, diferentemente dos anteriores em relação a lixo coletado, abastecimento d’água e esgotamento sanitário, que se baseiam em domicilio permanentes em 2000, o percentual de domicílios ligados a rede de energia elétrica foi baseado no numero de domicílios recenseados em 2000 cruzado com o informação da Celpe do número de domicílios ligados em 2007. Portanto estes dados podem não ser tão precisos, porém são suficientes para verificar que este é um serviço que não apresenta grandes déficits na sua disponibilidade. 1.2.7 Projetos Habitacionais A tabela abaixo apresenta um resumo dos projetos do poder público contratados nos anos de 2005 e 2006, nas áreas de Habitação de Interesse Social, Urbanização e Infra-Estruturas, financiados com recursos do Governo Federal, através da Caixa Econômica, tendo como fonte o OGU. Vale lembrar que além destes projetos foram contratados outros com recursos do FGTS. 163 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ É possível verificar que dos projetos sistematizados neste quadro 26 foram de projetos especificamente para produção de unidades habitacionais, o que na questão do aporte de recursos investidos correspondeu a apenas 0,08% do montante total, e os demais 283 de projetos de urbanização e/ou infra-estrutura, abarcaram 99,02%. Tabela 70: Programas e Investimentos – Regiões de Desenvolvimento RD AGRESTE CENTRAL AGRESTE MERIDIONAL AGRESTE SETENTRIONAL SERTÃO ARARIPE SERTÃO ITAPARICA QUANT. ANO 2005/2006 2 32 34 4 35 39 6 35 41 21 21 1 14 15 MATA NORTE MATA SUL SERTÃO MOXOTÓ SERTÃO PAJEÚ SERTÃO CENTRAL SERTÃO SÃO FRANCISCO METROPOLITANA PERNAMBUCO 2 15 17 3 15 18 1 18 19 1 32 33 3 12 15 14 14 3 40 43 26 283 309 PROGRAMA INVESTIMENTO HAB INT SOCIAL A; B; C 622.200,00 11.448.030,32 12.070.230,32 970.503,52 8.677.928,89 9.648.432,41 1.304.066,26 8.181.310,54 9.485.376,80 4.549.887,95 4.549.887,95 307.945,25 2.390.533,85 2.698.479,10 HAB INT SOCIAL A; B; E HAB INT SOCIAL A; C A; B HAB INT SOCIAL A HAB INT SOCIAL A HAB INT SOCIAL A; C HAB INT SOCIAL A; B HAB INT SOCIAL A; B HAB INT SOCIAL A; D A; B HAB INT SOCIAL A; C; E; F; G HAB INT SOCIAL A; B; C; D; E; F; G 489.212,50 3.723.564,30 4.212.776,80 735.385,46 6.057.886,89 6.793.272,35 314.625,00 5.921.110,25 6.235.735,25 146.781,57 699.021.506,00 699.168.287,57 817.574,58 2.202.811,23 3.020.385,81 2.839.455,85 2.839.455,85 3.214.794,08 10.106.440.565,00 10.109.655.359,08 8.923.088,22 10.858.615.135,22 10.870.377.679,29 FONTE: Caixa Econômica Federal. 2007 164 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Quadro 10: Programas Habitacionais PROGRAMAS HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL O Programa Habitação de Interesse Social, por meio da Ação Apoio do Poder Público para Construção Habitacional para Famílias de Baixa Renda, objetiva viabilizar o acesso à moradia adequada aos segmentos populacionais de renda familiar mensal de até 3 salários mínimos em localidades urbanas e rurais. PRÓ-MUNÍCIPIOS A O programa objetiva apoiar a implantação e/ou adequação de infra-estrutura urbana que contribua para a qualidade de vida da população, por meio de obras ou ações que não se enquadrem nas ações típicas de outros programas. É operacionalizado por meio das seguintes modalidades: Implantação ou melhoria de infra-estrutura urbana; Resíduos sólidos urbanos ; Abastecimento de água; Esgotamento sanitário; Drenagem urbana; Elaboração de planos diretores de desenvolvimento urbano; Melhoria das condições da mobilidade urbana e do transporte público; Produção ou aquisição de unidades habitacionais; Urbanização de assentamentos precário. PROAGUA INFRA B As ações do programa compreendem, fundamentalmente, recuperação e construção de barragens, açudes e adutoras, aquisição de equipamentos, tais como motobombas, comportas, válvulas, tubulações e acessórios. URBANIZAÇÃO, REGULARIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS C Melhorar as condições de habitabilidade de assentamentos humanos precários, reduzir riscos mediante sua urbanização e regularização fundiária, integrando-os ao tecido urbano da cidade. SANEAMENTO AMBIENTAL URBANO D O Programa Saneamento Ambiental Urbano tem por objetivo ampliar a cobertura e melhorar a qualidade dos serviços de saneamento ambiental urbano em municípios com população superior a 30.000 habitantes. PROGRAMA DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E Este é um programa do Governo Federal que integra projetos e atividades com o objetivo de promover a recuperação e a preservação da qualidade e quantidade dos recursos das bacias hidrográficas brasileiras. REABILITAÇÃO DE ÁREAS URBANAS CENTRAIS F O programa busca promover o uso e a ocupação democrática das áreas urbanas centrais, propiciando a permanência de população residente e a atração de população não residente por meio de ações integradas que fomentem a diversidade funcional e social, a identidade cultural e a vitalidade econômica dessas áreas. PROGRAMA MOBILIDADE URBANA G Objetiva promover a articulação das políticas de transporte, trânsito e acessibilidade a fim de proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço de forma segura, socialmente inclusiva e sustentável, priorizando a implementação de sistemas de transportes coletivos, dos meios não motorizados (pedestres e ciclistas), da integração entre diversas modalidades de transportes, bem como implementação do conceito acessibilidade universal para garantir a mobilidade de idosos, pessoas com deficiências ou restrição de mobilidade. FONTE: Caixa Econômica Federal. 2007 1.3 Regularização Fundiária 1.3.1 Conflitos Fundiários Nessa parte do diagnóstico buscou-se identificar os conflitos existentes, classificando quanto a sua natureza, localização, o número de famílias envolvidas, os espaços de negociação e os atores envolvidos. 165 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ As informações foram coletadas em Órgãos Públicos, movimentos sociais e Organizações Não-governamentais. Porém, nem todas as entidades pesquisadas dispunham desses dados sistematizados, com isso, não foi possível obter maiores informações, como também, mapear de forma adequada, por Regiões de Desenvolvimento do Estado, as áreas onde ocorrem os conflitos. 1.3.1.1 Áreas Urbanas Quadro 11: Relação das ocupações urbanas segundo os movimentos populares do FERU Movimento Ocupação / assentamento Nº Famílias município RD Tipo de conflito fundiário existente 450 Paulista Metropolitana Atualmente estão com uma Ação de Despejo 300 Água Preta Mata sul Atualmente com 06 ocupações em Recife e 01 no Cabo de Santo Agostinho - Recife e Cabo Metropolitana Atualmente com 45 ocupações urbanas distribuídas no estado - - - OLMP Organização e Luta dos Movimentos Populares 1º de Maio Engenho Cachoeira OLMP MNLM Movimento Nacional de Luta pela Moradia MTST Movimento Trabalhadores Teto dos sem Atualmente estão com uma Ação de Despejo Foi informado que a ocupação D.Carmem na Tamarineira terá problemas com a posse da terra, pois a prefeitura do Recife alega que o terreno onde estão as famílias tem outra finalidade. Não foi repassada informação a FONTE: consulta realizada através de escutas aos movimentos 1.3.1.2 Áreas rurais Atualmente tramitam no INCRA cerca de 500 processos espalhados por todo o Estado, para regularização dos assentamentos rurais, envolvendo aproximadamente 24 mil famílias. Dentre esses processos existem muitos conflitos com o proprietário das terras e conflitos entre os próprios movimentos. Os conflitos existentes entre os próprios movimentos são devido às dissidências que surgem entre estes. Esse tipo de conflito implica em uma maior demora para a regularização da terra. Segundo o INCRA, existem 15 áreas com imissão de posse e que não podem ser disponibilizadas para reforma agrária porque se aguarda primeiro que haja um consenso entre os próprios movimentos, no sentido de definir qual deles deverá ser beneficiado. 166 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ As áreas dos conflitos podem ser observadas no quadro a seguir, contendo informações fornecidas pelo INCRA. 167 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação Agreste Central RD 300 Faz. Riachão de Dentro Faz. Papagaio Lagoa dos Gatos São Caitano 43 - Faz. Jaboticaba Faz. Pitombeiras 247,00 83 Fazenda Timorante São Bento do Una Caruaru 334,4 40 Faz. Serraria 222,7 753,00 1010,00 525,00 Área (ha) Caruaru 60 150 250 Fazenda Uberaba Bonito Nº fam Nome do imóvel Município Quadro 12: Áreas de Conflitos Existentes de INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Despejo pacífico mediante autorização do proprietário para que o vistorie. Proc, em fase de formalização. Recém despejados. Muita lavoura destruída. Mantiveram-se acampados nas proximidades do imóvel. Compromisso assumido com MLST. Vistoriado e em preparação para decreto (confirmar) Proposta de implantação de projeto Casulo. Ofício enviado a Prefeitura, visando sua exclusão do Plano Diretor p/ possível vistoria. Liminar suspendendo desapropriação até julgamento final do Mandado Segurança; concluso ao relator após parecer do Ministério Público favorável ao INCRA. Questão de mérito: Nulidade por ausência de notificação prévia. Notificação por edital? Recente notícia possibilidade de acordo através Dec. 433 Fiscalização cadastral, objetivando aquisição 433. Situação atual (fase) ___________________________________________________________________________ 168 Área de expansão urbana. Trabalhadores insistem no imóvel. Ampla extensão de área plantada. Proposta de implantação de projeto casulo. Audiência realizada em01/02/2007 reaberta negociação. Clima tenso trabalhadores X proprietário durante algum tempo. Despejo previsto Imóvel inicialmente "disputado" pelo MLST e MST. S ó MLST permaneceu reivindicando. Várias Certidões fornecidas, mas não esclarecem a cadeia dominial. Imóvel localizado em área privilegiada de Caruaru. Existência de granjas de empresas parceiras Área reivindicada por dois movimentos sociais FETAPE e MST. Ocupada pelo MST. Várias tentativas de acordo, sem sucesso. Vários despejos sofridos. Proprietária teve prisão preventiva decretada por uso ilegal de armas. Trabalhadores estão acampados na periferia da cidade. Vários despejos sofridos. Imóvel em processo de inventário? Permanente clima de tensão entre proprietários e trabalhadores. Histórico Conselho Estadual de Habitação 300 Engenho Bonito Engenhos da Usina Aliança Condado Aliança Mata norte 104 Fazenda Interlaken III Passira Eng. Planalto Faz. Ameixas Paudalho Itaquitinga 257 44 50 Agreste setentrional Mata Escura Águas Belas Nº fam Agreste meridional Nome do imóvel Município RD 1230,00 1080,00 364,63 610,00 Área (ha) questionando dedeclaração INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Vistoriado. Produtivo? Imissão de posse suspensa até que os posseiros que se encontram no imóvel sejam contemplados pelo projeto de assentamento; agravo de instrumento interpostopelo INCRA (AGTR 67081/PE). 09 engenhos foram obtidos pelo INCRA, 14 aguardam julgamento no TRF da 5º Região Liminar concedida em ação classificação fundiária, embargos interpostos pelo INCRA 169 Reintegração violenta em 31/01/2007, policiais militares com ajuda dos seguranças armados da fazenda. Presos dois militantes do MST. Média Propriedade. Proprietário não tem outra área. Trabalhadores insistem no imóvel. Possibilidade de despejo resultou Termo Ajustamento Conduta (cumprido parcialmente) Área pertencente ao Grupo João Santos. Acampamento dentro do imovél ha dez anos. Liminar de despejo a cumprir. Usina do Grupo Pessoa de Melo. Os 14 engenhos restantes encontram-se subjudice. Forte clima de tensão na área. As Usinas Laranjeiras e Vera Cruz se preparam para efetuar o 2º corte da cana paga pelo INCRA. Possibilidade de confronto nos PA´s Maré e Ajudante. Área da Cooperativa Tiriri. Imissão de posse suspensa por solicitação da Presidência da Cooperativa. MST mantém trabalhadores acampados na área. Área palco de conflitos entre homens contratados pelo proprietário (juiz aposentado) e sem terra, culminaram com prisões e processo crime. Revogada a imissão de posse do INCRA até realização de perícia judicial, agravos interpostos por ambas as partes. Os assentados foram despejados, já reocuparam. Proprietário resolveu disponibilizar para INCRA. Trabalhadores continuam no imóvel. RB de Recreio não fechada. Histórico Situação atual (fase) ___________________________________________________________________________ (Continuação) Conselho Estadual de Habitação Mata Sul RD 90 60 180 Eng. Pereira Grande Eng. Manguinhos Eng. Araguari São Joaquim São Gregório/ Alegre I e II Gameleira São José da Coroa Grande Barreiros Água Preta Gameleira 45 150 80 Eng. Retalho e outros Eng. Cajoca e Cachoeira Engenho São Gregório Mão de Deus Eng. Correntes Amaraji Pombos Gameleira Cortês Quipapá 20 - 40 Eng. Bom Jesus /Autonomista Amaraji 150 80 Nº fam Nome do imóvel Município 92,00 - 3187,00 359,00 234,76 912,29 618 282,00 1.885,40 Área (ha) INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO 170 Situação atual (fase) Histórico Imissão de posse realizada em 11.04.2006 e Área de recente palco de conflito entre empregados da revogada pela decisão liminar da reclamação nº Usina Estreliana e trabalhadores sem terra. 3972 até seu julgamento pelo colegiado. Constante clima de tensão entre arrendatários e Sentença extinguindo o processo da ação trabalhadores. Morte de morador. Trabalhadores dereintegração de posse sem julgamento de mérito acampados nas proximidades do engenho.Área da União/Marinha Suspensa Imissão de Posse do Incra para Reivindicado por dois movimentos sociais MTB e julgamento de açãocautelar de produção MTL. Denuncia de pessoas ligadas ao proprietario antecipada de prova. Esperando julgamento de (Grupo UNA) armadas na sede do engenho ameaçando ação cautelar. os trabalhadores e plantando normalmente. revogada decisão que deferia imissão de posse do Imissão de posse suspensa, aguardando jugamento no INCRA realizada em 14.10.2003 até o trânsito em TRF da 5º região. Proprietario continua julgado da ação ordinária nº 2003.83.027175-6 implementando benfeitorias no imóvel. Decreto anulado. Imissão de posse suspensa, Sub-judice, incluido em palta em 24/04/2006 aguardando jugamento no STF. Recursos públicos aplicados no PA Forte clima de tensão entre trabalhadores e filho da Processo suspenso até julgamento da ação proprietaria que continua implementando benfeitorias declaratória e de AGTR. na área. Área reivindicada e acompanhada pelo MTRUB. Notificação por edital em 2006 (confirmar) Ocupada pelo MST. Área reivindicada por dois movimentos sociais Em conclusão da avaliação. Ação de declaração de FETRAF e MST. Eng. Cachoeira está ocupado pelo produtividade na justiça com pedido de decisão MST. Na PJ com recurso do proprietário. Fetraf cautelar, produção de provas. mantém famílias acampadas fora do imóvel. Sentença declarando a desapropriação do imóvel cuja indenização deverá ser paga integralmente em Trabalhadores insistem na área. Possibilidade de dinheiro, embargos interpostos, INCRA intimado a despejo. no prazo de 15 dias cessar a posse irregular do imóvel. Aguardando Notificação Judicial Existência de trabalho infantil Trabalhadores acampados insistem que o imóvel tem + Liminar despejo em dias de execução. Promotor de 500 há. Clima tenso. Notícia-se que acampados Agrário solicitou Certidão. alugam pasto. ___________________________________________________________________________ (Continuação) Conselho Estadual de Habitação 90 70 118 Eng. Poço Carvão Eng. Contra Açude/Buscaú Eng. São Pedro Eng. Camaragibe Eng. Amazonas/Crauassu Eng. Xixaim São Lourenço da Mata Moreno Jaboatão Camaragibe Ipojuca Moreno Faz. Juá 60 Eng. São João São Lourenço da Mata Sertânia 260 Engenho Suassuna e outros Jaboatão 40 30 15 569 Nº fam Nome do imóvel Município FONTE: INCRA. 2007 Sertão do Moxotó Metropolitana RD 5.520 ? ? 347,53 174,20 873,52 364,63 478,19 2.056,90 Área (ha) INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Sustação daImissão de Posse por forçado AGTR19255-PE, já transitado em julgado, embargos declaratórios interpostos pelo INCRA devidoao acordão AGTR 27706-PE. Alto clima de tensão. Audiência Pública em 31/03/07 possibilitou cadastramento das famílias, que estão em proc. de seleção. Posseiros contestam valor das indenizações. MPPE oficiou INCRA para levantamento cadastral Vistoriado, inviablizado. Trabalhadores à margem da estrada. Forte clima de tensão, já resultou em prisão de trabalhador. Mantida Imissão de posse, determinação de perícia judicial para averiguar classificação. Proc. na Polícia Federal para inquérito. CCIR falso. Duas diligências realizadas. Acordo entre as partes Produtivo. Problema de meio ambiente. Aquisição pelo Dec. 433. Baixo nível de tensão INCRA realizou a vistoria = improdutivo. Resultado enviado ao Juiz. Votorantim vendeu parte. Recente audiência no MPPE. Aguardando Jugamento no STJ/BSB Situação atual (fase) ___________________________________________________________________________ (Continuação) Histórico Área da antiga Tiriri desapropriada pelo INCRA junto ao BB. Existência de posses que variam entre 2 a 75 há em mãos de vereadores, secretários, inclusive 400 usados pela Usina Ipojuca. Ocupado por trabalhadores do MST. Proprietário questiona imóvel ser dividido em pequenas áreas. Cerca de 60% do imóvel está encravado dentro do Parque Nacional do Catimbau. Decreto Presidencial de 2002. Área de moradores antigos, que não desistem de obter imoveis. Aguardando decisão judicial. Exproprietária conseguiu liminar de despejo. Eng. reivindicados por dois movimentos sociais MTB e MTL. A Usina Jaboatão está fracionando e vendendo a terceiros (por débito trabalhista). Área de constante tensão. Moradores estão sofrendo despejos. Área do grupo Votorantin (Usina Tiuma). Despejados em junho/05, Reocuparam em março de 2006, constante clima de tensão pela possibilidade de despejo. Imóvel pertencente ao GRUPO VOTORANTIN (Usina Tiuma), que não tem interesse em disponibilizá-lo para a Reforma Agrária. Moradores insistem na obtenção do imovel Forte clima de tensão entre arrendatario e moradores, que são impedidos de plantar. Indícios da existência de trabalho infantil e crime ambiental. Área disputada por dois movimentos sociais MTB e MTL. Existência de dois acampamentos na área. RB não fechada. 171 Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ A FETAPE informou os acampamentos sob sua coordenação e que atualmente estão pleiteando a sua regularização, como se segue: Quadro 13: Acampamentos Coordenados pela FETAPE ACAMPAMENTOS COORDENADOS PELA FETAPE – PERNAMBUCO RD Município Amaragi Mata Sul Mata Norte Metropolitana RD Palmares Maraial Belém de Maria Ribeirão Quipapa Pombos São Lourenço Ipojuca Município Brejo M de Deus São Caetano Agreste Central São Bento do Una Jataúba Gravatá ZONA DA MATA Propriedade Merces e Amaragi Guloso Beija Flor Nabuco Escola Tecnica Maravilha Boa Reforma Nova Esperança Enge. Uruçu Lagoa Danta Poço Sagrado Poço e Carvão METROPOLITANA Amazonas/Crauassu Bonfim Pirajá AGRESTE Propriedade Faz. Barauna Faz. Brejinho Santa Izabel Faz. Pau Ferro/Viegas Gama Armazem Fazenda Rancho Boa Vista/Riacho Esquerdo Boi Velho Jussará Hectares 150 430 700 600 364,63 1123 202,6 Hectares 1.050 600 500 340 fecomip 480 1.100 172 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) Agreste Setrentrional Casinhas Sta. Cruz Capibaribe Surubim Limoeiro Iati Itaíba - Agreste Meridional Pesqueira Canhotinho Águas Belas Garanhuns RD Sertão Moxotó Sertão Pajeú Sertão Central Município Arcoverde Custodia Sertania São José do Egito Flores São Jose do Belmonte Bodoco Ouricuri Sertão Araripe Exu Granito Santa Cruz AGRESTE Areia de Catolé Faz. Taquinhos Area da EMBRAPA Barragem Jucazinho Fazenda Cumbe Fazenda Itapicuru Faz. Jussará Faz. São Geraldo Faz. Salobrinho Fazenda Santa Ana Faz. Barra Verde Faz. Veneza Angola Lagoa dos Patos Lagoa dos Meninos Roçadinho Santa Quiteria Pitombeira Cortes Lagoa do Serrotinho Poço da Cabra Santa Luzia Faz. Quilombo Beldroega e Umburana - Rilson Vanderley Coopergal SERTÃO Propriedade Queimada da Onça Taboriu Cavaco Jardim 3 Faz. Lanrajeiras Açudinho Bofim Brejinho Karine Boa vista Serra do brejo Serra da Matinha Faz. Estacas Fazenda Pitombeira Fazenda Jacare Fazenda Lopes Jatobá Mucambo Sangradouro Genipapinho/Serra das Abelhas Faz. Colinas Jacuipe Moco Cacimba da Garça Faz. Mandassaia 378 165 2.000 500 798 800 900 1.200 900 310 319 800 3000 1.208 Hectares 850 1050 4100 3500 4200 800 1700 700 800 2400 500 1500 1000 900 1100 1200 1270 1120 1220 2000 173 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) RD Município Amaragi Jaqueira Catende São Benedito do Sul Mata Sul Agua Preta Srinhaém Gameleira Palmares Maraial Belém de Maria Ribeirão Barreiros Quipapa Vit. de Santo Antao Pombos ZONA DA MATA Propriedade Vermelho, Esperança e Areal Eng. Vermelho Merces e Amaragi Opinioso Guloso Engenho Mercês Beija Flor Nabuco Corumbas, Uniao dos Bosques Bom conselho e cafundó Balsama das Freiras Fazenda Valadares Engenho Limao Aguas cumpridas Barro vermelho Cana brava Conceiçao Gameleira Grande Armonia Jardim Monte Pio Santana São Bento São Jose Da Prata Alto Alegre São Joao Engenho pau amarelo Bom Destino Engenho São Bebedito de Cima Bom Fim São Feliz Engenho Sítio do Meio Boa Sorte Escola Tecnica Tombador Veneza Eng. Uruguana São Salvador Boa vista Maravilha Contestado Rozario Suera Alto Alegre Cangaia Beleense Boa Reforma Nova Esperança Roncadozinho Eng. Campo Verde Enge. Uruçu Piragi Enge. Pilões Ajudantes Enge. Cavas Cuieira de Baixo Cuieira de Cima Nova Esperança Lagoa Danta Hectares Famílias 249,5 350 150 310 320 340 20 600 800 430 430 450 700 300 400 400 350 400 800 600 129 50 45 15 50 102 50 33 20 15 30 463 45 30 46 50 92 93 35 100 35 97 50 50 20 25 20 25 15 40 50 93 174 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) São Lourenço Metropolitana Jaboatão Ipojuca Brejo da Madre de Deus São Caitano Belo Jardim Agreste Central Lagoa dos Gatos Riacho das Almas Jatauba Tacaimbó Gravata Pesqueira Sanharo São Bento do Una Casinhas Agreste Setentrional Surubim Limoeiro METROPOLITANA Califórnia Poço Sagrado Poço e Carvão Colégio, Curupati, Muribequinha Bonfim Santa Rosa AGRESTE 265 364,63 202,6 500 28 20 66 250 20 50 Faz. Cachoeira Seca Faz. Brejinho São José Macambira/Tanque Queimado Cajá Bonfin Agreste Faz. Barro Branco Faz. Pau Ferro/Viegas Poço do Jadilson Faz. Itacaeté e Boa Vista Faz. Itacaeté Faz. Poço do Angico Faz. Garupa Faz. Santa Maria do Tamburil Faz. Juazerinho DENOC'S/ Bituri Faz. Mirador Faz. Pedra D'Antas - João Dantas Barragem Jucazinho / DENOC'S Fazenda Jurucuru FECOMIPE / Faz. Tacaimbó Jussará Angola Boa Vista/ FECOMIPE Lagoa dos Patos Lagoa dos Meninos Carrapicho Roçadinho Lagoa do Felix Faz. Cachoeira (FECOMIPE) Santa Maria Faz. Nova/ FECOMIPE Fazenda Rancho Alegre Areia de Catolé / Quilombolas Area da EMBRAPA Barragem Jucazinho / DNOCS Fazenda Cumbe Faz. Três Lagoas 600 600 750 450 500 600 600 340 350 1100 390 650 880 570 500 990 1.000 1.100 310 319 457,81 3000 378 2.000 500 260 30 30 50 30 150 30 72 50 66 173 100 15 15 100 150 80 80 50 300 40 105 80 40 50 30 175 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) AGRESTE Buique Iati Correntes Bom Conselho Itaiba Agreste Meridional Pedra Saloá Tupanatinga Canhotinho Águas Belas Garanhuns Cagados / Rapadura Brejo São Jose Fazenda Abrobas Fazenda Cupim Fazenda Retiro / QUILOMBO Faz. Jussará Itapicuru Agrestina Fazenda São Boa Ventura Faz. Morro Grande - Cícero Ferro Faz. Salobrinho Fazenda Santa Ana Fazenda Simao Faenda São Joao Fazenda Minador Fazend Sertao Fazenda Bolívia Faz. Barra Verde Faz. Simão Faz. Veneza Fazenda Renovação Fazenda Encantado Santa Quiteria Fazenda Betânia - José Luiz de Sá Cortes Serra dos Meninos Faz. Tupi Area tradicional Quilombo/F. Nova Faz. Caldeirão - Amilca da Mota Valença Faz. Monteiro - Clóvis Monteiro Coopergal 4150 1.000 800 900 1.200 900 1000 260 800 1.200 553 3000 600 600 - 50 50 50 40 50 30 40 25 20 76 30 36 40 50 50 50 25 45 35 100 30 40 - 176 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) SERTÃO Arcoverde Custodia Sertão do Moxotó Ibimirim Inaja Sertania Afogados da Ingazeira Ingazenra São José Egito Sertão do Pajeú Serra Talhada Flores Fazenda Malhada LTDA Fanzenda Arara Fazenda Santa Rita Fazenda São Miguel Fazenda Pedra Atravessada Fazenda Ipojuca Fazenda Mulungu Queidada da Onça Taboriu Cavaco Jardim 3 Laje São Joao Fazenda Tapoio Fazenda Garrote Brabo/Lote 109 Fazenda Nova/Lote 112 Fazenda Formigao Fazenda Pajeu Pedra Grande Harmonia Faz. Redençao Faz.Riacho Verde Faz. Santa Helena do Riacho Faz. Santa Maria Faz.São Miguel Sitio Muquenho Riacho Seco Boa Esperança Jatobá Faz. Lanrajeiras Capinhos Cachoeirinha Bom Fim Bueno Aries Barra do Exu Encatado Paulista Batalha Cachoeiras Ipa Carnauba do Ajudante Brejinho Dona Corina 1.460 830 640 650 800 1.300 620 850 1050 4100 3500 1200 1000 2424 1548 1328 1200 1200 1000 3538 1800 1100 2000 1800 2350 1150 3400 4200 400 800 1325 527 952 6660 2767 2500 347 700 800 40 20 15 16 30 30 15 26 20 60 45 35 30 50 30 25 48 48 9 80 16 15 26 25 30 25 72 30 50 50 40 15 10 12 20 10 29 60 6 25 40 177 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) SERTÃO Salgueiro Sertão Central Verdejantes Mirandiba Serrita São Jose do Belmonte Parnamirim São Jose do Belmonte Bodoco Ouricuri Granito Sertão do Araripe Exu Araripina Santa Filomena Santa Cruz Taboriu Boa vista Balanças Buqueirao Macacos Boa vista Estela Varzea da Roça Faz. Boqueirão Faz. Olho D'Agua Serra do brejo Serra da Matinha Faz. Estacas Fazenda Pitombeira Fazenda Jacare Fazenda Baraunas Fazenda Suasurana Sitio Quixaba Fazennda Bandabuá Fazenda Casa de Pedra Fazenda Calumbi Jatobá/Bom lugar Mucambo Sangradouro Genipapinho/Serra das Abelhas Fazenda Marinheiro Fazenda São Paulo Faz. Serra do Ipa Fazenda Riacho Negro Cacimba da Garça Faz. Mandassaia 2079 1500 1100 2500 2200 2400 1.576 1.100 2.500 1.143 500 1500 1000 900 1100 1782 1800 1668 1202 12.000 1600 2000 48 35 20 60 40 52 40 90 100 63 45 48 60 40 30 29 32 26 20 30 83 178 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) SERTÃO Cabrobó Lagoa Grande Dormentes Sertão do São Francisco Petrolina Oroco Sertão de Itaparica Floresta Tacaratu Acamp. Novo Mosquito Fazenda Frutone Fazenda Recanto Faz. Olho D'Agua/Recanto Ilhota Gleba Espinheiro (A- 03 L-253 ) Ponta Lino São Pedro Alexandre Maravilha Faz. Cachoeira Caraiba Terra Fria Faz. Morro Terra Nova Faz. Comprida Faz. Gavião (sainoda) St. Poço/Faz. (Jatobazinho) Faz. Morro Faz. Carnauba Faz. Santa Tereza Faz. Tapuio Poço das Eguas Prop Izacilandia Varzea Grande Fazenda Mari Barra do Juá Fazenda Angico Fazenda Jua Fazenda Santa Paula Fazenda Melancia Soarez 480 4.800 2.405 938 1010 574 800 885 680 1342 438 2450 139 853 872 204 - 20 30 20 76 100 70 40 70 50 22 60 20 20 110 40 30 50 40 40 150 30 10 40 3 20 18 5 - Outra informação coletada foi a relação dos assentamentos do Projeto Piloto de Apoio à Reforma Agrária - Cédula da Terra, projeto que é gerenciado pelo FUNTEPE. Ver Tabela a seguir: 179 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Tabela 71: Assentamentos do Projeto Piloto de Apoio à Reforma Agrária – Cédula da Terra MUNICÍPIO ASSOCIAÇÃO IMÓVEL Área/ha N.º Fam. SERTÃO SÃO FRANCISCO Cabrobó Assoc. dos Prod. Rurais de São José Faz. Cachoeira 296,70 22 S.Mª da B. Vista Assoc. dos Agric. Familiares da Faz. N. Sra. Carmo Faz. N. Sra. do Carmo 973,63 30 S.Mª da B. Vista Assoc. dos Agric. Familiares da Faz. Nova Esperança Faz. Nova Esperança 971,58 30 Cabrobó Assoc. Pequenos Prod. da Fazenda Poço do Angico Faz. Poço do Angico 769,59 15 Cabrobó Assoc. dos Peq. Agrop. da Faz. Santa Fé Faz. Mosquito 792,85 30 S.Mª da B. Vista Assoc. dos Agri. Familiares da Faz. Bom Sossego Faz. Bom Sucesso 362,94 20 4.167,29 147 SERTÃO ITAPARICA Carnaubeira da Penha Assoc. dos Peq. Prod. Rurais Serra do Arapuá Sítio João Lopes 161,00 10 Floresta Assoc. dos Rendeiros e Meeiros do Riacho do Navio Faz. Bonito 683,50 15 Itacuruba Assoc. dos Peq. Prod. Rurais e Agropec. de Itacuruba Faz. Maria Preta 313,26 18 Itacuruba Assoc. Poço do Boi do Mun. de Itacuruba Faz. Poço do Boi 111,94 12 1.269,70 55 SERTÃO DO ARARIPE Granito Grupo Assistencial Comun. de Granito Faz. Casa de Pedra 1.639,70 39 Exu Assoc. dos Peq. Prod. do Distrito de Timorante Faz. Serra do Ingá/Prata 2.602,70 49 Bodocó Assoc. Rural dos Morad. do Sít. Cacimba Nova Faz. Sítio Tanque 351,29 14 Exu Assoc. dos Peq. Prod. do Sít. da Serra da Geladeira Faz. São Sebastião 261,35 10 Exu Assoc. dos Peq. Prod. do Sít. da Serra da Geladeira Faz. Serra Nova 264,07 9 Granito Assoc.dos Peq. Prod. Rurais do St. Gravatá Faz. Gravatá 436,12 11 5.555,23 132 180 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) SERTÃO PAJEÚ / MOXOTÓ Arcoverde Assoc . Comun e Desenvolvimento de Caraíbas Faz. Tamboril/Poço da Onça 420,00 40 Arcoverde Assoc . Comun. do Sítio Carrapateiras Faz. Fundão 771,99 43 Arcoverde Assoc.Trab. Rurais da Faz. Estrela do Norte Faz. Estrela do Norte 498,73 14 Betânia Assoc. dos Rendeiros e Meeiros de Brejinho Faz. Brejinho 763,52 18 Serra Talhada Assoc.dos Prod.Rurais da Faz. São Domingos Faz. São Domingos 494,24 15 Serra Talhada Assoc. dos Rurícolas de Serrinha Faz. Serrinha 214,83 10 Tuparetama Assoc. Rural do Sít. Cacimbinha Faz. Santo Agostinho 315,08 20 Tuparetama Assoc. Rural do Sít. Flocos Faz. Riachão 588,84 24 Iguaracy Assoc. Rural da Serra Branca Faz. Caiçara 592,18 12 Serra Talhada Assoc.Comum. dos Moradoresdo Dist.Santa Rita Faz. Santa Rita 236,76 9 Sertânia Coop.de Hortifrutigrang.do Vale do Moxotó Ltda Faz. Santa Ana 273,36 16 5.169,53 221 SERTÃO CENTRAL S.J. Belmonte Assoc. dos Morad. do Serrote Faz. Serrote da Guia 613,13 28 S.J. Belmonte Assoc. dos Agric. da Comunidade do Amargoso Faz. Boa Vista 557,70 20 S.J. Belmonte Assoc . Agric. da Vila da Cohab Faz. Lagoa Nova 443,19 14 S.J. Belmonte Assoc. dos Meeiros e Parceiros da Faz. Sta. Cruz Faz. Santa Cruz 332,94 11 S.J. Belmonte Assoc. dos Agric. da Comum. de Sta Cruz Faz. Ipueiras 241,08 10 2.188,04 83 181 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) AGRESTE MERIDIONAL Pedra Assoc. dos Agric. do Sítio Campo Limpo Faz. Gia e Outras 530,60 36 Buíque Assoc. Comun. do Sítio Curto Faz. Pico 390,90 22 Iati Assoc. dos Peq. Prod. Rurais de Iati Faz. Santa Rosa 1.587,00 90 Garanhuns Assoc. Comun. São Vicente Faz. São Paulo 159,23 18 Garanhuns Escola e Associação Comun. S. Antônio Faz. São Pedro 267,54 22 Pedra Assoc. Rural Comun. do S. Arrependimento Faz. Pedra Pintada 612,05 30 Águas Belas Assoc. Comunitária Lages dos Bois Faz. N. Sra da Penha 492,90 25 Iati Assoc. Comun. Trapiá III Faz. Jussara 85,65 13 Garanhuns Assoc. União e Força dos Morad. Sít. Muchila Faz. Santa Teresinha 139,32 20 B. Conselho Assoc. Comun. Rural do Sítio Trapiá Faz. N. Sra das Dores 298,02 20 Iati Assoc. Comun. Rural do Sítio Baixó Faz. Santa Rosa 195,18 10 Caetés Assoc. dos Peq. Prod. Rurais de Caetés Faz. Mulungu 106,56 13 Iati Assoc. Comun. Rural do Sítio Baixó Faz. Sítio Cupim 342,37 16 Itaíba Assoc. Pequenos Prod. Rurais do Vale Ipanema Faz. Serra dos Cavalos 603,18 29 Buíque Assoc. Benf. dos Prod. de Ponta da Vargem Faz. Continental 491,63 22 Iati Assoc. Comun. Rural do Sítio Riacho Grande Faz. Nova Esperança 592,28 22 Paranatama Assoc. Comun. do Sít. da Cruz Faz. Serra das Vacas 332,36 20 Pedra Assoc. dos Trab. do Sítio Veneza e Região Faz. Pedra D'Água 504,53 30 Pedra Coop. Agroindustrial de Laticínios da Pedra-CAILPE Faz. Ribeirinha 371,70 24 Itaíba Assoc. Comum. do Sitio Guaribas Sítio São Félix 182,63 18 Itaíba Assoc. Rural Comunitária do Sitio Cachoeirinha Faz. Pau de Arara 282,55 15 Itaíba Assoc. Rural Comum. Sitio Curral Velho Faz. Planalto 474,46 25 Capoeiras Assoc. Comun. do Assentamento Piado Faz. Piado 258,33 14 Itaíba Assoc. Rural Comum. do Sitio Cerquinha Faz. Cerquinha 181,88 8 9.482,85 562 182 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) Bezerros Gravatá AGRESTE CENTRAL Assoc. Peq. Prod.Rurais do Sítio dos Remédios Assoc. dos Moradores de Vila Isabel Faz. Nª Sª de Fátima Faz. V. da B. Esperança R. das Almas Assoc dos Peq. Prod. Rurais do Sítio Guaritas Pesqueira 762,00 1.134,00 35 71 Faz. Bela Vista 448,30 37 Assoc. dos Peq. Agric. Rurais Sítio Barra do Rio Faz. Alagoa do Meio 536,00 40 B.de Guabiraba Assoc. Peq. Prod. Rurais de Barra Guabiraba Eng. Cana Verde/B. Ouro 337,40 47 Bonito Assoc. dos Peq. Prod. Rurais do Sítio Mucurí Faz. Dois Braços 66,44 9 B.da M. de Deus Assoc. União. Pop. dos Morad. de São Domingos Faz. André Luiz 372,75 15 Caruaru Assoc. dos Trab. Rurais de Santa Maria Faz. O. D'Água do Félix 648,37 30 Belo Jardim Assoc. dos Peq. Prod. Rurais Quinze de Novembro Faz. Poço do Angico 585,00 30 Bezerros Assoc. Peq. Prod. Sítio Boi Torto e Ramada Faz. Ramada 481,00 25 São Caetano Assoc. Mista de Agric. da Serra do Retiro Faz. Ponta da Serra 694,54 30 B.de Guabiraba Assoc. Peq. Prod. Rurais de Barra Guabiraba Eng. Colina 79,63 13 Belo Jardim Assoc. Prod. Rurais do Vale do Ipojuca Faz. do Peixe 218,00 12 Bonito Assoc. Peq. Prod. do Sítio Serra dos Ventos Faz. Serra dos Ventos 292,61 20 B.da M. de Deus Assoc. Morad. Munic. Brejo Madre Deus e Adj. Faz. Cachoeira Tabocas 284,87 20 Gravatá Coop. Mista dos Prod. Rurais de Abreu e Lima Faz. Pau D'Arco/Manacá 220,07 18 Gravatá Assoc. Moradores de Casa Nova Faz. S. Grande/B. de Boi 48,00 5 Lagoa dos Gatos Assoc. Peq. Prod. E. Várzea Velha/Caixa D'Água Faz. Santa Isabel 231,68 30 Pesqueira Assoc. Peq. Prod. do Sítio Floresta e Adjacências Faz. Gravatá 438,87 30 S.Bento do Una Assoc. Agropecuária São Bentense Faz. Santa Rita 282,00 21 Pesqueira Assoc.dos Peq.Agric.do Sit.Vinte e Cinco e Floresta Faz. Vinte e Cinco 139,83 10 Gravatá Assoc.dos Prod.Rurais do PAH Barra Bonita Faz. São Joaquim 145,73 18 8.447,09 566 AGRESTE SETENTRIONAL Passira Assoc. dos Peq. Agric. do Sítio Salgado Sítio Salgado 236,03 22 Passira Assoc. Comun. Morad. e Desen. Rural de Queimados Faz. Coqueiros 173,39 12 Cumaru Assoc. Criadores Caprinos/Ovinos Sítio Pilões Faz. Boa Esperança 188,53 18 Cumaru Assoc. Centro Assistência Social de Jurema Faz. S. da Banana/Gavião 168,90 17 Limoeiro Coop. Rural de Tamanduá Faz. Parnaso 200,00 30 Passira Assoc. Peq. Agric. Sítio Olho D'Água de Bengalas Faz. Maracajá 252,17 20 Salgadinho Assoc. Peq. Prod. de Chã do Coqueiro Faz. Munbuca 88,62 10 Taquaritinga Assoc. Peq. Prod. de Chã de Marinheiro Faz. Santo Antônio 250,60 18 Cumaru Assoc. Peq. Prod. Rurais de Cabugi Faz. Cabugi 438,37 30 1.996,61 177 183 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) MATA SUL Cortês Assoc. Prod. Empreendedores Rurais-Progresso Engº Capivara I-B 210,98 22 Cortês Assoc. Prod. Empreendedores Rurais-Promissão Engº Capivara I-A 212,03 19 Gameleira Terra Nova - Assoc. Prod. Empreendores Rurais Sítio Santa Rita 295,00 21 S.B. do Sul Assoc. Prod. e Produtoras de São B. do Sul Engº Roncador 300,00 30 S.B. do Sul Assoc. Prod. Rurais e Amigos da Natureza Engº Serra Grande/Boa Fé 180,00 13 Tamandaré Mont'Santo - Assoc. Prod. Rur Amigos da Natureza Faz. Deserto A e B 119,30 12 Xexéu Assoc. Comun. do Eng. Limão Engº Liberdade 210,57 25 1.527,88 142 MATA NORTE Goiana Assoc. dos Peq. Prod. de Goiana Engº Massaranduba 225,50 22 Buenos Aires Eco-Brigada - Assoc. Prod. Rurais e A. Natureza Engº Cavalcanti 366,22 28 Buenos Aires Coop. Mista dos Trab. Rurais de Nazare da Mata Engº Vera Cruz 184,05 15 Aliança Assoc. Assent. Trab. Internos de Viração em Aliança Engº Viração 79,48 10 Condado Assoc. Agroecológica de Agric. Fam. do Engº Acaú de Cima Engº Acaú de Cima 376,60 20 1.231,85 95 173,70 24 173,70 24 REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE S. L. da Mata Coop. Mista dos Trab. Rurais. de S. Lourenço da Mata Engº Coepe FONTE: FUNDEPE. 2007. 1.3.1.3 Território Quilombola O principal conflito que ocorre nesse território se dá entre os quilombolas e os proprietários de fazendas que ocupam essas áreas. Muitos desses conflitos não chegam à justiça, ocorrem através de ameaças a população das comunidades quilombolas. O INCRA é o órgão responsável pela regularização fundiária dos territórios quilombolas, porém não dispõem de forma quantificada dos conflitos existentes, bem como a sua localização. 184 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 1.3.1.4 Território Indígena Os conflitos nos territórios indígenas ocorrem pela invasão as suas terras, sendo necessário se proceder com a desintrusão, onde já foram concedidas indenizações aos invasores e proceder com o reassentamento das famílias não indígenas que tem esse direito. Os conflitos indígenas são acompanhados pela FUNAI, e não foi possível fazer o contato com esse órgão. 1.3.2 Banco de Terras Os dados sobre o banco de terras referem-se especificamente a terras públicas para fins habitacionais, pertencentes ao patrimônio da União e do Estado. As informações referentes às terras públicas pertencentes aos municípios só poderão ser obtidas através das respostas dos questionários aplicados em cada um dos municípios, além das oficinas a serem realizadas. Foi possível concluir que, o que se constitui como banco de terras, é ainda bastante incipiente devido às dificuldades dos órgãos públicos em localizar espacialmente essas áreas, bem como, a deficiência quanto a sua sistematização. As informações coletadas foram classificadas da seguinte forma: 1.3.2.1Terras da União As terras da União disponíveis para habitação de interesse social são identificadas da seguinte forma: Para fins habitacionais - São terrenos da União que se encontram vazios e são disponibilizados para a implantação de conjuntos habitacionais; Para fins de regularização fundiária - São terrenos da União que se encontram ocupados de forma irregular, onde há o interesse da União em fazer a cessão para os Municípios ou o Estado, para que estes possam proceder com o processo de regularização fundiária. 185 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ A Gerência Regional do Patrimônio da União - GRPU só dispõe de informações referentes às áreas da União situadas na Região Metropolitana do Recife (Quadro a seguir), apesar de existir muitas áreas em todo o Estado, estas informações não se encontram sistematizadas nem mapeadas, devido à deficiência do seu quadro técnico. Quadro 14: Áreas pertencentes à União para Habitação de Interesse Social e Regularização Fundiária Interessado N° de Famílias Finalidade Comunidade Processo Município Recife Município Recife Município Recife Município Recife 96 224 368 368 Município Recife 160 Município Recife Município Recife Município Recife 214 960 4.228 Município Recife 463 Município Recife 1057 p/ 7 do Pilar Município Recife 1057 p/ 7 do Pilar Município Recife 1057 p/ 7 do Pilar Município Recife 1057 p/ 7 do Pilar Município Recife 1057 p/ 7 do Pilar Município Recife Município Recife Município Recife Município Recife 190 508 64 Habitação Habitação Habitação Habitação/ Regularização Regularização Regularização Regularização Habitação/ Regularização Habitação/ Regularização Habitação/ Regularização Habitação/ Regularização Habitação/ Regularização Habitação/ Regularização Habitação Regularização Regularização Habitação Município Recife 87 Regularização Município Recife 171 Município Recife Município Recife Município Recife 320 500 161 Regularização Regularização Município Recife Gov. Estado Gov. Estado 486 320 Habitação e Regularização Habitação e Regularização Regularização Habitação e Regularização Habitação Habitação Justiça e Paz 898 Habitação 1006 Habitação Município de Olinda Gov. Estado 108 Gov. Estado Gov. Estado Justiça e Paz FONTE: GRPU, 2007. Carangueijo/Tabaiares Vila Brasil Quadra L Quadra K 10480.005816/86-07 10480.000174/86-04 10480.020512/85-07 10480.000098/86-10 Mulheres de Tejucupapo 04962.000307/2006-97 Campo do Vila Entra Apulso Brasília Teimosa 04962.000260/2006-61 05014.000972/2003-10 4078.019013-00 Pilar 10480.028727/99-54 Pilar 10480.023978/99-05 Pilar 05014.000013/2002-13 Pilar 0480.028726/99-91 Pilar 05014.001154/2003-34 Pilar 10480.028725/99-29 Rua da Regeneração Padre Miguel Vila São Miguel Sítio Salamanta 05014.000639/2002-42 05014.000639/2002-20 05014.000508/2002-42 10480.0006526/93-83 Vila Vintém 10480.007290/92-01 Vila Esperança/Cabocó 05014.000987/2003-88 Beirinha Jardim Uchoa Guabiraba Revitalização do Rio Capibaribe 10480.010157/95-02 10480.010158/95-02 04962.001197/2004-19 Bacia do Beberibe 000825/2005-20 Padre Henrique 10480.001648/98-98 Ilha de Joaneiro PROMETRÓPOLE Bacia do Beberibe Dancing Days Chié Chão de Estrelas/Aderbal Jurema Caranguejo/Tabaiares 4080.0025.838-05 10480.002782/84-85 04962.000341/2001-08 10480.006705/95-64 0480.010032/81-51 10480.003524/86-12 10480.008457/95-03 186 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 1.3.2.2 Terras do Estado Até o momento do fechamento deste documento as informações referentes a esta temática estavam sendo aguardadas e posteriormente, quando do Diagnóstico serão incorporadas a este. 1.3.3 Programas e Projetos 1.3.3.1 Governo Federal ÁREAS URBANAS Programa Papel passado/ Ações de Apoio à Regularização Fundiária Sustentável de Assentamentos Informais em Áreas Urbanas e Prevenção e Erradicação de Riscos de Assentamentos Precários. Esse programa visa à regularização fundiária para a população de baixa renda que mora em favelas, loteamentos e conjuntos habitacionais irregulares. Trata-se de uma ação que apóia a regularização fundiária sustentável, através de uma estratégia que visa diminuir os obstáculos para a regularização, a disponibilização de terras públicas federais e a aplicação direta de recursos do OGU. O objetivo é que estados, municípios e o Distrito Federal tenham condições de implementar nas suas localidades projetos de regularização urbanística ambiental e jurídicolegal. Os parceiros desse programa são, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que buscam viabilizar a destinação de imóveis ociosos para implantação de programas habitacionais de interesse social e regularização fundiária. Os municípios e o Estado devem indicar as áreas de seu interesse para a regularização fundiária ou habitação de interesse social ao GRPU, para que este inicie em parceria com os interessados o processo legal para a cessão das terras públicas da União. As áreas hoje disponíveis no Estado para a implementação desse programas são aquelas classificadas no Quadro anterior, do item Banco de Terras. 187 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ ÁREAS RURAIS A demanda de terras por áreas rurais é composta pelos trabalhadores rurais sem terras, por proprietários agrícolas com área insuficiente para sustentabilidade da exploração, famílias das periferias das cidades de origem rural, além das famílias de posseiros, que requerem a regularização de suas terras, as populações quilombolas, para a identificação, demarcação e reconhecimento de seus territórios, e os povos indígenas, onde o INCRA atua em apoio a FUNAI, na demarcação das áreas, e na desintrusão de ocupantes, que somam um universo de 23.319 famílias de trabalhadores rurais na condição de acampados, e uma estimativa de 66.535 famílias de agricultores na condição de arrendatários, parceiros e ocupantes na área da jurisdição de SR03, que exclui os dados da Mesorregião do São Francisco (Plano Nacional da Reforma Agrária de Pernambuco, 2004). A maior concentração de solicitações situa-se na Zona da Mata e Agreste devido, principalmente, ao contingente de trabalhadores desempregados advindos do setor sucroalcooleiro situado nessas regiões, além dos trabalhadores desempregados advindos dos grandes centros urbanos aí presentes (Plano Nacional da Reforma Agrária de Pernambuco, 2004). Tabela 72: Imóveis Rurais Solicitados pelos Movimentos Sociais na Jurisdição do INCRA/PE (SR-03) Mesoreregião Imóveis Rurais Demandados Sertão 60 Agreste 145 Movimentos Sociais (a) Imóvel solicitado por Um só Imóvel solicitado por mais de um Movimento Movimento MST (25), CPT (20), FETAPE (04), FETRAF (03), MTR(02) (Total 54) FETRAF (51), MST (41), FETAPE (17), MTB ST (09), MTR (08), MTL (05), CPT (04), AMAM (03) (Total 138) FETAPE e MST (02), FETAPE e CPT (02), MST e CPT (01), MTR e CPT (01) (Total 06) MST e FETRAF (02), FETAPE e MST (02), FETAPE/OLC/MST (01), MTR e FETRAF (01), MTR e MST (01) (Total 07) Zona Da Mata 237 MTL (99), MST (63), FETRAF (21), MTBST (17), CPT (07), MTRUB (05), FETAPE (05), MTR (02) (Total 219) Metropolitana 58 MST (14), MTL (13), MTBST (07), FETAPE (05), UAPE (01), FETRAF (01) (Total 41) MST e FETRAF (03), MST e MTBST (02), MST e MTL (01), MST/OLC/MTL (01), MTR e MTBST (01), MTR e FETRAF (01), CPT e MTRUB (01), FETAPE e MTBST (01), FETAPE e FETRAF (01), FETAPE e MTL (01), FETAPE e MST (01), MTRUB e MST (01), UAPE e MTBST (01), FETRAF e MTL (01), MTL e MTBST (01) (Total 18) MTL e MTBST (08), UAPE e FETRAF (05), MTL e MST (03), MST/UAPE/MTBST (01) (Total 17) 500 452 48 Pernambuco FONTE: INCRA SR-03, 2004 (a) ordenamento decrescente por número de solicitações 188 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ O Programa Nacional de Reforma Agrária conta com vários eixos de atuação, destacando-se os programas com vistas aos assentamentos rurais, quilombolas e indígenas. Programas para Assentamentos rurais Terras dadas em garantia de empréstimo não pagos em bancos oficiais – trata-se de propriedades rurais colocadas como garantia de empréstimos tomados em bancos oficiais e não pagos, o INCRA participa das negociações junto às entidades credoras para destiná-las à reforma agrária. Aquisição de Terras pelo Decreto 433/92 – este Decreto permite a compra de terras para destinar aos assentamentos de trabalhadores rurais, recebendo as famílias assentadas os mesmos benefícios proporcionados pelos assentamentos obtidos pela desapropriação. Aquisição de terras pelo crédito fundiário – permite a aquisição de terras com financiamento dirigido para trabalhadores rurais sem terra, agricultores familiares, como arrendatários, posseiros, pequenos proprietários de terra e jovens rurais, filhos de agricultores e estudantes de escolas agrotécnicas. Dispõe também de linhas de crédito para a instalação da infra-estrutura. Terras Institucionais – São terras doadas por instituições públicas. Terras Indígenas - A União tem como dever a identificação e demarcação de terras indígenas (ver quadro a seguir), conforme estabelece o Decreto n° 1775 de 08 de janeiro de 1996, de forma que se garanta a reprodução física desses povos e da sua cultura. Esse trabalho é desenvolvido em parceria com a FUNAI. Dentro desse eixo, também está previsto o Programa Nacional de Reassentamento de Ocupantes Não Indígenas em Terras Indígenas, que tem o objetivo de assentar trabalhadores rurais que se encontram em terras indígenas, declaradas pelo Ministério da Justiça. 189 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Quadro 15: Povos indígenas do Estado de Pernambuco Povos Indígenas Fulni-ô, Carnijó ou Carijó Kambiwá Mesorregiões Município Área Ocupada (ha) População Agreste Pernambucano Águas Belas Sertão Pernambucano Inajá, Ibimirim, Floresta e Moxotó São Francisco Pernambucano Tacaratu, Jaboatão e Petrolina 15.203,35 5.584 São Francisco Pernambucano Carnaubeira da Penha 16.290,18 4.062 Agreste Pernambucano Pesqueira 27.555,05 4.700 São Francisco Pernambucano Cabrobó 11.650 2.535 Agreste Pernambucano Buíque 12.403,09 1.600 Sertão Pernambucano Inajá 140 47 11.505,71 3.040 31.495,31 1820 Pankararu Atikum Xucurú Truká Kapinawá Tuxá Situação Fundiária Em 1993, foi realizado um novo estudo, mas não houve acordo entre a comunidade e os regionais. Em 1995, em carta enviada a FUNAI, a comunidade declara-se insatisfeita, pedindo novos estudos da área. Demarcado em 1997 e homologado por decreto s/n° em 1998 Homologada pelo Decreto n° 94.603 de 14.07.87. Registrada no CRI da Comarca de Tacaratu e Petrolândia em 1989 e no departamento do Patrimônio da União em 1999. Identificação e delimitação da terra indígena Declarada pela portaria n°259/MJ, de 28.05.92. Demarcada em 1995. Em processo de homologação e registro (CRI e SPU) O resumo do relatório circunstanciado de 02.02.01, em conformidade com o artigo 2° do Decreto n° 1775/96 Demarcada em 1998. Homologada por decreto s/n° de 11.12.98 Áreas adquirida pela CHESF e doada a comunidade indígena atingida pela UHE de Itapariva. Identificada e demarcada em 1993. Pipipan São Francisco Floresta 04 aldeias Pernambucano FONTE: FUNAI, 2004 (Publicada do II Plano Regional de Reforma Agrária de Pernambuco). Programa Brasil Quilombola Este programa visa a o reconhecimento legal de direitos específicos para as comunidades quilombolas. E tem como finalidade coordenar as ações governamentais para essas comunidades, com ênfase na participação da sociedade civil. A Coordenação-Geral de Regularização de Territórios Quilombolas foi criada em 2005 com o objetivo de atender ao desafio proposto pelo Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, que implementa ações de regularização fundiária dos territórios de remanescentes de quilombos. O programa visa 4 (quatro) eixos de ações junto as comunidades quilombolas, sendo eles: Regularização Fundiária – resolução dos problemas relativos à emissão do título de posse da terra; 190 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Infra-estrutura e serviços – consolidação de mecanismos efetivos para destinação de obras de infra-estrutura e construção de equipamentos sociais destinados a atender as demandas, Desenvolvimento Econômico e Social – visa a sustentabilidade ambiental, social, cultural, econômica e política; Controle e participação social – estímulo á participação ativa dos representantes quilombolas nos fóruns locais e nacionais de políticas públicas, promovendo o seu acesso as conjunto das ações definidas pelo governo. Existe uma relação de comunidades quilombolas que foram auto-reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares que aguardam o início do processo de identificação, demarcação e titulação das terras pelo INCRA, conforme define o Decreto de N° 4.887. (Quadro a seguir). 191 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Quadro 16: Comunidades com certidões de auto-reconhecimento de remanescentes de quilombos, emitidas pela Fundação Cultural Palmares, conforme Decreto 4887/2003. Municípios / RD RD – SERTÃO SÃO FRANCISCO Cabrobó Petrolina RD – SERTÃO CENTRAL Mirandiba Terra Nova RD- SERTÃO DE ITAPARICA Carnaubeira da Penha Petrolândia RD – SERTÃO DO PAJEÚ Custódia RD – AGRESTE MERIDIONAL Águas Belas Bom Conselho Brejão Capoeiras Garanhuns RD – AGRESTE CENTRAL Agrestina Belo Jardim Cupira Lagoa dos Gatos Pesqueira São Bento do Una RD – AGRESTE SETENTRIONAL Passira Salgadinho RD – MATA NORTE Goiana RD – MATA SUL Rio Formoso RD – METROPOLITANA Cabo de Santo Agostinho Olinda FONTE: INCRA, 2007. Comunidades remanescentes de Quilombos Cruz do Riacho Afranto, Fandango Araça,Caruru Feijão,Pedra Branca, Serra Verde, Posse Contendas Massapê Borba do Lago Cachoeira, São José Quilombo, Sítio Pinhão, Tanquinhos Angico, Isabel,Macacos Batinga, Curiquinha dos Negros Fidelão, Sítio Cascável Caluete, Estiva, Estrela, Tigre, Timbó Vila Pé de Serra dos Mendes Guaribas Sambaquim Cavuco, Pau Ferrado Negros do Osso Caibra, Caldeirãozinho, Jirau, Primavera Cachimbinha, Chã dos Negros Conte Povoação Engenho Siqueira Engenho Trapiche, Onze Negras Portão do Gelo O INCRA atualmente está regularizando o território quilombola de 14 comunidades. 192 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Quadro 17: Processos abertos no setor de regularização fundiária do INCRA RD Agreste Meridional Município Garanhuns Garanhuns Capoeiras Capoeiras Bom Conselho Bom Conselho Agreste Central São Bento do Una Sertão Central Salgueiro Salgueiro Mirandiba Salgueiro Comunidade Castainho Timbó Sítio Imbé Sítio Cascável Sítio Angico Angico de Cima Serrote do Gado Brabo (Jirau, Caldeirãozinho, Poço Doce e Sítio Primavera) Conceição das Crioulas (título da FCP) Contendas Feijão Santana III Sertão Itacuruba Itaparica FONTE: INCRA, 2007. Negros do Gilu 1.3.3.2 Governo Estadual Durante consulta realizada a CEHAB foi informado que algumas ações vêm sendo desenhadas correlação a questão fundiária no estado e buscando-se convênios com o governo federal para captar os recursos necessários para o apoio a Planos municipais de regularização fundiária (inicialmente em 20 municípios), para o desenvolvimento de cursos de capacitação técnica e para ações de regularização fundiária. Além disso, foi visto que o Programa estadual “Minha Casa” também prevê a produção de lotes urbanizados com prioridade para as áreas em desenvolvimento do Estado (SUAPE, Hemopólo de Goiana e Pólo Têxtil do Agreste) e um programa de regularização fundiára com ações de usucapião urbano entre outras ações (fonte: portal Pernambuco). 1.4 Desenvolvimento Institucional 1.4.1 O novo Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social O Plano Estadual de Habitação do Estado de Pernambuco deverá, a partir dos princípios da descentralização, territorialização, intersetorialidade, participação e desenvolvimento institucional, prever a reorganização do Sistema Estadual de Habitação, mediante a articulação de instrumentos, mecanismos, órgãos e ações, a serem criados ou reestruturados. 193 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Antes de abordar diretamente o Sistema Estadual de Habitação é necessário atentar para questões referentes ao direito à moradia, às obrigações do Estado e às competências constitucionais. As políticas de desenvolvimento urbano, até o final dos anos 70, oscilaram entre intervenções de cunho populista / clientelista e ações tecnocráticas e autoritárias, contribuindo para a acentuação das desigualdades sócio-espaciais que caracteriza o processo de urbanização brasileiro. Para enfrentar esse quadro, necessidade de destinar maior volume de recursos, retomar o planejamento do setor habitacional e criar novas condições institucionais foi proposto o projeto de lei de iniciativa popular do Fundo Nacional de Moradia Popular, 1992, fruto de uma grande articulação realizada pela União Nacional de Moradia Popular, o Movimento Nacional de Luta pela Moradia, a Central de Movimentos Populares e a Confederação Nacional das Associações de Moradores – CONAM foi sancionado em 2005. No processo foram envolvidos, além desses e outros representantes do movimento social e o governo, os empresários da construção civil e de imobiliárias. Essa lei estabelece o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, definindo parâmetros para investimentos no setor habitacional e as formas de repasses de recursos entre governo federal, estados e municípios. A Emenda Substitutiva Global ao Projeto de Lei n. 2.710, de 1992, o qual é aprovado em 2005, pela Lei no 11.124 institui o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, estabelecendo seus fundamentos e composição; cria a Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS, definindo fontes e regras para aplicação de recursos; e cria o Conselho Nacional de Habitação de Interesse Social – CNHIS, vinculado ao Conselho das Cidades. O SNHIS se diferencia fundamentalmente do SFH/BNH implantado em 1964 porque traz implícito o subsídio para viabilizar o acesso à moradia por parte das camadas mais pobres da população. A partir dessa lei há a definição de um modelo de gestão descentralizado, democrático e participativo que deverá ter modelo similar adotado pelos estados, Distrito Federal e municípios, terá composição paritária por órgãos e entidades do poder executivo e representantes da sociedade civil. Algumas frentes para a política habitacional são propostas com o SNHIS: a revisão e melhoria da gestão dos programas habitacionais, bem como na busca de maior volume de recursos disponíveis, com foco na população de baixa renda; a consolidação de um novo marco político-institucional, com a regulamentação de novos instrumentos legais e de gestão para o 194 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ setor habitacional. A idéia é viabilizar e articular fontes de recursos permanentes para o financiamento da habitação de interesse social, dispersas e sobrepostas em diversos programas nos três níveis governamentais. A adesão de estados, Distrito Federal e municípios ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social depende da constituição de seus respectivos fundos e conselhos gestores, além da elaboração de seus planos de habitação de interesse social e de firmarem termos de adesão com a União, entre outros instrumentos. O Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social foi criado, segundo o artigo 2o da Lei no 11.124 com o objetivo de: I – viabilizar para a população de menor renda o acesso à terra urbanizada e à habitação digna e sustentável; II – implementar políticas e programas de investimentos e subsídios, promovendo e viabilizando o acesso à habitação voltada à população de menor renda; e III – articular, compatibilizar, acompanhar e apoiar a atuação das instituições e órgãos que desempenham funções no setor da habitação. Pelo artigo 4o a estruturação, a organização e a atuação do SNHIS devem observar os seguintes princípios (inciso I): a) compatibilidade e integração das políticas habitacionais federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, bem como das demais políticas setoriais de desenvolvimento urbano, ambientais e de inclusão social; b) moradia digna como direito e vetor de inclusão social; c) democratização, descentralização, controle social e transparência dos procedimentos decisórios; d) função social da propriedade urbana visando a garantir atuação direcionada a coibir a especulação imobiliária e permitir o acesso à terra urbana e ao pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade; E as seguintes diretrizes (inciso II): 195 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ a) prioridade para planos, programas e projetos habitacionais para a população de menor renda, articulados no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal; b) utilização prioritária de incentivo ao aproveitamento de áreas dotadas de infra-estrutura não utilizadas ou subutilizadas, inseridas na malha urbana; c) utilização prioritária de terrenos de propriedade do Poder Público para a implantação de projetos habitacionais de interesse social; d) sustentabilidade econômica, financeira e social dos programas e projetos implementados; e) incentivo à implementação dos diversos institutos jurídicos que regulamentam o acesso à moradia; f) incentivo à pesquisa, incorporação de desenvolvimento tecnológico e de formas alternativas de produção habitacional; g) adoção de mecanismos de acompanhamento e avaliação e de indicadores de impacto social das políticas, planos e programas; e h) estabelecer mecanismos de quotas para idosos, deficientes e famílias chefiadas por mulheres dentre o grupo identificado como o de menor renda da alínea “a” deste inciso. Integram o SNHIS, artigo 5o: I – Ministério das Cidades, órgão central do SNHIS; II – Conselho Gestor do FNHIS; III – Caixa Econômica Federal – CEF, agente operador do FNHIS; IV – Conselho das Cidades; V – conselhos no âmbito dos Estados, Distrito Federal e Municípios, com atribuições específicas relativas às questões urbanas e habitacionais; VI – órgãos e as instituições integrantes da administração pública, direta ou indireta, das esferas federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, e instituições regionais ou metropolitanas que desempenhem funções complementares ou afins com a habitação; VII – fundações, sociedades, sindicatos, associações comunitárias, cooperativas habitacionais e quaisquer outras entidades privadas que desempenhem atividades na área habitacional, afi ns ou complementares, todos na condição de agentes promotores das ações no âmbito do SNHIS; e 196 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ VIII – agentes fi nanceiros autorizados pelo Conselho Monetário Nacional a atuar no Sistema Financeiro da Habitação – SFH. São recursos do SNHIS, pelo artigo 6o: I – Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, nas condições estabelecidas pelo seu Conselho Deliberativo; II – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, nas condições estabelecidas pelo seu Conselho Curador; III – Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS; e IV – outros fundos ou programas que vierem a ser incorporados ao SNHIS. O Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS, de natureza contábil, possui por objetivo centralizar e gerenciar recursos orçamentários destinados à execução dos programas habitacionais de interesse social. O FNHIS é constituído por (artigo 8o): I – recursos do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social – FAS, de que trata a Lei no 6.168, de 9 de dezembro de 1974; II – outros fundos ou programas que vierem a ser incorporados ao FNHIS; III – dotações do Orçamento Geral da União, classificadas na função de habitação; IV – recursos provenientes de empréstimos externos e internos para programas de habitação; V – contribuições e doações de pessoas físicas ou jurídicas, entidades e organismos de cooperação nacionais ou internacionais; VI – receitas operacionais e patrimoniais de operações realizadas com recursos do FNHIS; e VII – outros recursos que lhe vierem a ser destinados. A implantação descentralizada da Política Nacional de Habitação deverá ser garantida a partir do repasse dos recursos do FNHIS, a título de transferências voluntárias, da União para os 197 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ governos locais – estados, Distrito Federal e municípios. Estas transferências estão condicionadas a contrapartidas dos entes federativos, nas condições estabelecidas pelo Conselho Gestor do Fundo e nos termos da Lei Complementar nO 101, de 4 de maio de 2000. A contrapartida poderá ser efetivada por meio de recursos financeiros, bens imóveis urbanos ou serviços, desde que vinculados aos respectivos empreendimentos habitacionais realizados no âmbito dos programas do SNHIS. As aplicações dos recursos do FNHIS, segundo o artigo 11, serão destinadas a ações vinculadas aos programas de habitação de interesse social que contemplem: I – aquisição, construção, conclusão, melhoria, reforma, locação social e arrendamento de unidades habitacionais em áreas urbanas e rurais; II – produção de lotes urbanizados para fins habitacionais; III – urbanização, produção de equipamentos comunitários, regularização fundiária e urbanística de áreas caracterizadas de interesse social; IV – implantação de saneamento básico, infra-estrutura e equipamentos urbanos, complementares aos programas habitacionais de interesse social; V – aquisição de materiais para construção, ampliação e reforma de moradias; VI – recuperação ou produção de imóveis em áreas encortiçadas ou deterioradas, centrais ou periféricas, para fins habitacionais de interesse social; ou VII – outros programas e intervenções na forma aprovada pelo Conselho Gestor do FNHIS, sendo admitida, ainda, a aquisição de terrenos vinculada à implantação de projetos habitacionais. Os recursos do FNHIS e dos fundos estaduais, do Distrito Federal e municipais poderão ser associados a recursos onerosos, inclusive os do FGTS, bem como a linhas de crédito de outras fontes. A aplicação dos recursos do FNHIS em áreas urbanas deve submeter-se à política de desenvolvimento urbano expressa no plano diretor de que trata o Capítulo III da Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto da Cidade, ou, no caso de municípios excluídos dessa obrigação legal, em legislação equivalente. 198 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Pelo artigo 90, o FNHIS será gerido por um Conselho Gestor: o Conselho Gestor do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – CGFNHIS. Entre as atribuições do CGFNHIS destacam-se (artigo 15): I - estabelecer diretrizes e critérios de alocação dos recursos do FNHIS, observado o disposto na Lei no 11.124, de 2005, a Política e o Plano Nacional de Habitação, estabelecidos pelo Ministério das Cidades e as diretrizes do Conselho das Cidades; II - aprovar orçamentos e planos de aplicação e metas anuais e plurianuais dos recursos do FNHIS; III - deliberar sobre as contas do FNHIS; e IV - aprovar seu regimento interno. É importante destacar que os recursos do FNHIS serão aplicados de acordo com linhas programáticas de habitação de interesse social, definidas pelo CGFNHIS, em consonância com as diretrizes do Conselho das Cidades. Pelo artigo 17, os Estados que aderirem ao SNHIS deverão atuar como articuladores das ações do setor habitacional no âmbito do seu território, promovendo a integração dos planos habitacionais dos Municípios aos planos de desenvolvimento regional, coordenando atuações integradas que exijam intervenções intermunicipais, em especial nas áreas complementares à habitação, e dando apoio aos Municípios para a implantação dos seus programas habitacionais e das suas políticas de subsídios. Os conselhos estaduais, do Distrito Federal e municipais fixarão critérios para a priorização de linhas de ação, alocação de recursos e atendimento dos beneficiários dos programas habitacionais, segundo o artigo 18, observadas as normas emanadas do Conselho Gestor do FNHIS. Estes conselhos (artigo 19) deverão promover ampla publicidade das formas e critérios de acesso aos programas, das modalidades de acesso à moradia, das metas anuais de atendimento habitacional, dos recursos previstos e aplicados, identificados pelas fontes de origem, das áreas objeto de intervenção, dos números e valores dos benefícios e dos financiamentos concedidos, de modo a permitir o acompanhamento e fiscalização pela sociedade das ações do SNHIS. 199 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Pelo artigo 20, os conselhos deverão promover audiências públicas e conferências, representativas dos segmentos sociais existentes, para debater e avaliar critérios de alocação de recursos e programas habitacionais no âmbito do SNHIS. O acesso à moradia deve ser assegurado aos beneficiários do SNHIS, de forma articulada entre as 3 (três) esferas de Governo, garantindo o atendimento prioritário às famílias de menor renda e adotando políticas de subsídios implementadas com recursos do FNHIS (artigo 22). Um Cadastro nacional de beneficiários de programas habitacionais subsidiados deve fazer parte do sistema de informações a ser instituído pelo Ministério das Cidades (inciso VII do art. 14 desta Lei), permitindo o controle da concessão dos benefícios, uma vez que a lei 11.124 estabelece que o beneficiário seja contemplado somente 1 (uma) única vez pelos subsídios dos programas realizados no âmbito do SNHIS. O Termo de Adesão é o instrumento por intermédio do qual estados, Distrito Federal e municípios decidem participar do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social - os Chefes dos Executivos locais se comprometem a constituir, no âmbito dos estados, Distrito Federal e municípios: Fundo Local de Habitação de Interesse Social; Conselho Gestor do Fundo Local; e Plano Habitacional de Interesse Social. 1.4.1.1 Estrutura do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social O fundo estadual de habitação de interesse social deverá ser criado por Lei estadual, estabelecendo a origem e a aplicação de recursos destinados à habitação de interesse social e devendo estar vinculado ao seu respectivo Conselho Gestor. A Lei Orçamentária Anual do Estado, por sua vez, deverá prever a destinação de recursos próprios para seu respectivo fundo de habitação de interesse social, alocados em Unidade Orçamentária específica. O Conselho Gestor Estadual deverá possuir, no mínimo, as seguintes competências: fixar critérios para a priorização de linhas de ação, alocação de recursos e atendimento dos beneficiários dos programas habitacionais; promover ampla publicidade das formas e critérios de acesso aos programas, das modalidades de acesso à moradia, das metas anuais de atendimento habitacional, dos recursos previstos e aplicados, identificados pelas fontes de origem, das áreas objeto de intervenção, dos números e valores dos benefícios e dos financiamentos concedidos, de modo a permitir o acompanhamento e fiscalização pela sociedade das ações desenvolvidas; dar 200 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ publicidade às regras e critérios para o acesso a moradias e, em especial, às condições de concessão de subsídios; e promover audiências públicas e conferências, representativas dos segmentos sociais existentes, para debater e avaliar critérios de alocação de recursos e programas habitacionais. O Conselho Gestor Estadual deverá possuir natureza participativa de entidades públicas e privadas, bem como de segmentos da sociedade ligados à área de habitação, garantindo o princípio democrático de escolha de seus componentes e a proporção de 1⁄4 (um quarto) das vagas aos representantes dos movimentos populares. Importante ressaltar que os estados, como é o caso de Pernambuco, que já contarem com a existência de conselhos setoriais afins ao tema habitacional, poderão aproveitar a existências destes conselhos, desde que suas competências e composição sejam ajustadas às diretrizes estabelecidas pela Lei 11.124. SNHIS Figura 8: Estrutura Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social Estadual Nacional Municipal ConCidades Conselho CGestor Recursos estaduais Fundo Recursos municipais Fundo Plano -FNHIS - FGTS -etc Conselho Plano Fundo Plano O Quadro a seguir relaciona os programas habitacionais geridos pela Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades que podem atender as diversas necessidades habitacionais. 201 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Quadro 18: Programas Habitacionais geridos pela Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades 202 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ (Continuação) FONTE: PROGRAMAS HABITACIONAIS - Guia de Orientação – 2006 – MCIDADES 1.4.2 O Sistema Estadual de Habitação O Sistema Estadual de Habitação Popular (SEHP), previsto na Constituição Estadual para coordenar e realizar a programação anual e plurianual da construção de moradias populares, está 203 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ estruturado a partir dos seguintes órgãos: o Conselho Estadual de Habitação, como órgão de gestão democrática e controle social, com competência, composição e atribuições fixadas em lei; e órgãos executores do Sistema Estadual de Habitação Popular (SEHP) para implementar a política habitacional. O Conselho Estadual de Habitação – CEH, criado em 07 de janeiro de 1991 pela Lei nº 10.547 e implementado em 2001, pela Lei nº 11.958, tem por principais atribuições a criação de uma Política Estadual de Habitação e o acompanhamento dos programas de Habitação implementados a partir de recursos que constituem o Fundo Estadual de Habitação – FEHAB. É um conselho de natureza deliberativa e paritária, mas que não vem tendo um funcionamento regular. Foram instaladas três Câmaras Técnicas - CT no Conselho Estadual de Habitação: C.T. Social; C.T. Tecnologias Construtivas; e C.T. Econômica, Financeira e Patrimonial. Entre as atribuições do CEH estão previstos: a criação de uma Política Estadual de Habitação e o acompanhamento dos programas de Habitação implementados a partir de recursos que fariam parte do Fundo Estadual de Habitação – FEHAB (regulamentado em 2004). O Fundo Estadual de Habitação, desde sua regulamentação, não teve uma dotação orçamentária expressiva, de modo a viabilizar ações de impacto na melhoria das condições de habitação no estado. O principal órgão executor da Política Estadual de Habitação atualmente é a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) que tem como atribuições: integrar a comissão gestora e executar o Fundo Estadual de Habitação (FEH); viabilizar os créditos imobiliários da antiga COHAB; viabilizar outras fontes de recursos para o FEH; associar programas habitacionais e de promoção social; investir em infra-estrutura física para melhoria das condições de habitabilidade; incorporar programas de promoção social – supletivos, cursos profissionalizantes, apoio a cooperativas, à geração de trabalho e renda; criar novos núcleos habitacionais associados a trabalho e renda. A CEHAB vem atuando junto ao governo federal – Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal - municípios da região metropolitana e do interior, buscando a implementação/implantação de vários programas e projetos habitacionais, entre eles o Projeto Metropolitano de Habitação de Interesse Social; o programa de regularização fundiária Casa da Gente; e o Banco de Material de Construção. Entre os Programas Federais, a CEHAB vem trabalhando, principalmente, com o Pró-moradia e o PSH. Todas estas ações estão distantes da abrangência necessária para o atendimento das necessidades habitacionais em Pernambuco e não se comparam com atuação da Cohab-PE nos anos 80, até início dos anos 90. 204 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ O Plano Habitacional Estadual de Habitação de Pernambuco deverá prever a reorganização do Sistema Estadual de Habitação, não apenas para o enfrentamento das dificuldades apontadas no Diagnóstico, mas também, para que seja possível a integração deste ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS e a, conseqüente, captação de recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS. Esta reorganização deverá prever criação ou reestruturação e a articulação de instrumentos, mecanismos, órgãos e ações, gerando condições legais, institucionais e administrativas adequadas para a implementação do Plano Estadual de Habitação. Para a proposta de Reorganização do Sistema Estadual de Habitação é importante considerar a necessidade de integração da política estadual de habitação com os diversos níveis de governo e com as demais políticas públicas estaduais, municipais e federais com ênfase às áreas de desenvolvimento social e econômico, de desenvolvimento urbano, de mobilidade e transportes e de proteção ao meio ambiente; evitando a sobreposição e desarticulação de órgãos na atuação na promoção da habitação, considerando modalidades e territórios, e permitindo a racionalização da aplicação dos recursos humanos, materiais e financeiros, utilizados na resolução das questões habitacionais. Compõem a Política Nacional de Habitação, o Sistema e o Plano Nacional de Habitação, o Plano de Capacitação e Desenvolvimento Institucional e o Sistema de Informação, Monitoramento e Avaliação da área habitacional. Outras questões fundamentais dessa política são: a política fundiária para a habitação, articulada a políticas de desenvolvimento urbano no âmbito dos municípios; a implementação de medidas voltadas à modernização da produção habitacional, a cargo da Secretaria Nacional de Habitação, por meio do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat - PBQP-H; o equacionamento dos problemas dos contratos de mutuários do Sistema Financeiro da Habitação, que sejam compatíveis com as condições de pagamento dos mutuários que se encontram nesta situação. Os programas e Ações que são desenvolvidos no âmbito da Política Nacional de Habitação são: Apoio à Melhoria das Condições de Habitabilidade de Assentamentos Precários (antigo Morar Melhor); 205 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Apoio ao Poder Público para Construção Habitacional destinada a Famílias de Baixa Renda (antigo Morar Melhor); Programa Habitar Brasil / BID (HBB); Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social; Programa Brasileiro de Qualidade e produtividade do habitat (PBQP–H); Programa Carta de Crédito Individual; Programa Carta de Crédito Associativo; Programa de Apoio à Produção de Habitações; Programa Pró-Moradia; Programa de Arrendamento Residencial; Programa Crédito Solidário. As operações coletivas, a partir das resoluções do Conselho Curador do FGTS, 460 E 518, vem se constituído na maior oportunidade para provisão de soluções habitacionais para população de mais baixa renda. O governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, está iniciando a elaboração do Plano Nacional de Habitação, etapa essencial para a implantação da nova Política Nacional de Habitação. Neste momento, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ampliou significativamente os recursos destinados à habitação. O deve, assim, orientar o planejamento das ações públicas e privadas com o propósito de melhor direcionar os recursos existentes e aqueles a serem mobilizados para o enfrentamento das necessidades habitacionais do país. Para o desenvolvimento da proposta técnica do Plano Nacional de Habitação, o Ministério das Cidades contratou, em processo licitatório, o Consórcio constituído pelo Instituto Via Pública, Fupam/LabHab-FAU-USP e Logos Engenharia, que trabalhará com a metodologia participativa proposta. Todos esses programas merecem atenção para a integração da política estadual de habitação à política nacional de habitação. No campo da gestão democrática, a relação entre o Conselho Estadual de Habitação e o Conselho Estadual das Cidades que está sendo criado após a Conferência das Cidades em setembro de 2007 ainda será uma tarefa a ser enfrentada, já que parte dos delegados da Conferência das Cidades manifestou o desejo de que a questão habitacional fosse tratada a partir 206 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ de câmara técnica integrada ao Conselho estadual das Cidades. Em âmbito nacional, os Representantes do Conselho Gestor do Fundo Estadual de Habitação serão também Conselheiros das Cidades. Este arranjo deverá ser correspondente em âmbito estadual. 2. ESTRUTURAÇÃO DAS OFICINAS 2.1 Justificativa As Oficinas de Trabalho serão realizadas por Região de Desenvolvimento de Pernambuco reunindo, em cada um dos doze encontros, aproximadamente 200 representantes do poder público, dos movimentos populares, empresários, trabalhadores, entidades profissionais, acadêmicas e de pesquisa e organizações não-governamentais dos municípios do Estado. A proporcionalidade dessa representação nas oficinas orienta-se pelo percentual definido para a composição do Conselho Gestor do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social-FNHIS que se volta para o equacionamento e distribuição da representação entre o poder público e as organizações sociais no âmbito local, regional e estadual. Essa composição, portanto, será referência e rebaterá na estruturação dos grupos por Eixo Temático durante as Oficinas. Ressalta-se a importância da participação da população no processo de elaboração do Plano Estadual de Habitação constituindo-se as Oficinas em um canal para a concretização da discussão, debate e proposição. Esse canal de participação possibilita e, ao mesmo tempo, viabilização alternativas de conhecimento da realidade nos seus aspectos particulares e na diversidade que caracteriza a dimensão territorial em foco. 2.2 Objetivos 2.2.1 Objetivo Geral Desencadear um processo de participação com representantes da população dos municípios do Estado Pernambuco, articulados por Regiões de Desenvolvimento, voltado para a elaboração do Plano Estadual de Habitação. 207 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 2.2.2 Objetivos Específicos Examinar a problemática habitacional local articulada com a Região de Desenvolvimento de Pernambuco. Gerar a identificação e o registro, pelos representantes, da situação socioeconômica, desenvolvimento institucional, questão fundiária e necessidades habitacionais. Formular proposições e indicativos para a elaboração do Plano Estadual de Habitação alicerçado no conhecimento dos representantes da população, associado às condições e viabilidades técnicas. 2.3 Metodologia A Oficina de Trabalho terá por base uma metodologia participativa requerendo, dessa forma, a inserção dos participantes nas atividades do trabalho. A dinâmica prevista para a Oficina incorpora exposição sobre proposta para a elaboração do Plano Estadual de Habitação-PEH, a escolha e definição do formato de construção PEH, os Eixos Temáticos e o conteúdo inserido em cada eixo, a participação da população por meio dos representantes do município e agrupada segundo a Região de Desenvolvimento. Esse processo participativo aciona e apreende a perspectiva de democracia participativa vigente no país e demandada na relação entre as diferentes instâncias do poder público e a sociedade. Seguem-se a apresentação das indicações sobre a metodologia de trabalho da Oficina, o modo de operacionalização, explanação técnica referente a conceitos utilizados nos eixos temáticos, a definição dos grupos de trabalho, a sistemática de funcionamento dos grupos e o tempo previsto para a realização das atividades. Cabe situar, nessa explanação, a distribuição do tempo de funcionamento dos grupos de trabalho, o momento de debate, discussão e síntese de cada grupo a partir das questões norteadoras e a sistematização das idéias para a apresentação na plenária, ou seja, na reunião dos quatro (4) grupos para finalizar o produto da Oficina de Trabalho. Deve-se ressaltar na ocasião das indicações sobre a metodologia da Oficina e dos grupos de trabalho a importância deste canal de diálogo com a população, por meio de seus representantes, a expressividade da troca de informações para a conformação do PEH agregando subsídios que o torne mais próximo e condizente com a realidade territorial do Estado, as 208 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ especificidades dos lugares (municípios e regiões), e as necessidades da população para a qual está voltado o Plano. Os grupos, organizados segundo os Eixos Temáticos, trabalharão com a presença de um moderador que motivará o levantamento de informações, a leitura da realidade dos municípios de modo a facilitar as discussões e os debates no curso do trabalho de grupo. Os grupos utilizarão tarjetas para registrar e sintetizar os assuntos abordados, as idéias levantadas, as propostas formuladas. Esse registro será exposto em painel podendo ser apresentado pelo moderador ou representante do grupo indicado pela maioria. Além disso, as discussões em grupo serão gravadas no sentido ser mais um elemento que possibilite o registro e confira a maior fidelidade possível aos assuntos tratados nessa ocasião e ao processo desencadeado. O resultado de cada grupo será apresentado durante a Plenária que constituirá uma oportunidade de socialização, para o conjunto dos participantes da Oficina, do produto do trabalho de cada grupo em particular construindo-se, nessa ocasião, o produto final. Na Plenária serão apresentados os resultados dos trabalhos de grupo para os municípios e a Região de Desenvolvimento no que se refere a habitação de interesse social. Orientam a discussão em grupo, três questões, referentes aos Eixos Temáticos que se encontram especificadas no quadro a seguir: 209 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Quadro 19: Eixos Temáticos EIXOS TEMÁTICOS Desenvolvimento Institucional Questão Fundiária QUESTÕES NORTEADORAS 1. Quais os papéis que o poder público, o empresariado e as organizações sociais exercem ou deveriam exercer para encaminhar a questão habitação no município? 2. Quais os mecanismos que o município utiliza ou poderia utilizar para promover a habitação de interesse social? 3. Quais os espaços propostos para o exercício da participação e do controle social? 1. Que tipo de política o Município e/ou o Estado tem ou deveriam ter para tratar do acesso à terra para a população situada na faixa de interesse social? 2. Existem conflitos de terra para uso de moradia no seu município? Quais? 3. Existem terras no seu município que poderiam se utilizadas para construir novas habitações ou para regularizar as ocupações existentes? Quais? 1. Desenvolvimento socioeconômico Necessidades Habitacionais Quais as principais dificuldades existentes para garantir o acesso e a permanência em uma moradia de qualidade? 2. Quais as principais potencialidades e dificuldades existentes na região, quanto ao setor de construção civil e de mão-de-obra? Quais as principais dinâmicas econômicas da região e onde estão localizadas? 1. Quais são os principais tipos de precariedades habitacionais do município e da região? 2. Quais os limites e as dificuldades enfrentadas no acesso à moradia? 3. Quais as proposições para solução dessas dificuldades de acesso à moradia? Assim, os grupos trabalharão em dois momentos articulados e complementares, correspondente aos grupos por eixo temático e a reunião do grande grupo. No primeiro momento trabalham-se as questões acima expressas que serão discutidas em cada grupo, sendo as respostas registradas em tarjetas formando um painel que expresse a perspectiva do grupo, o conhecimento sobre a realidade local referente à temática abordada, as propostas e indicações formuladas. O segundo momento diz respeito à explanação na plenária, a votação de prioridades e a síntese final. 210 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação Petrolina Ouricuri Salgueiro Floresta Afogados da Ingazeira Arcoverde Garanhuns Caruaru Limoeiro Timbaúba Palmares Recife 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 MUNICÍPIO DO EVENTO Local de realização das Oficinas Quadro 20: Local das Oficinas LOCAL DO EVENTO Auditório - SESC Grupos - Salas do JB Hotel Auditório - Casa Paroquial (Frei Reginaldo) Grupo -Casa Paroquial Auditório - Salgueiro Plaza Hotel Grupos - Salas do Salgueiro Plaza Hotel Auditório - GERE Educação Grupos - Salas GERE Educação Auditório - FAFOPAI Grupos - FAFOPAI Auditório - AESA. Facul. de Enfermagem de Arcoverde Grupos - Salas AESA Auditório - Hotel Tavares Correia Grupos - Hotel Tavares Correia Auditório - Caruaru Park Hotel Grupos - Salas Caruaru Park Hotel Auditório - Colégio Regina Coeli Grupos - Salas Colégio Regina Coeli Auditório - Faculdade de Timbaúba Grupos - Faculdade de Timbaúba Auditório - Centro de Treinamento João XXIII Grupos - Centro de Treinamento João XXIII Auditório - Recife Praia Hotel Grupos - Recife Praia Hotel INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO ENDEREÇO R. Dr. Pacífico da Luz, 618 – Centro – Petrolina R.Coronel Olimpio Virgílio, 88 Centro – Petrolina Rua Fábio Lins, 135 Centro Ouricuri " Av. Cel. Veremundo Soares, 551(BR 232- Km " Av. Aldonar Ferrar, 75 Centro " Rua Drº Osvaldo Gouveia S/N Centro Afogados " Rua Gumercindo Cavalcanti, 420 - São Cristóvão. " Av. Rui Barbosa, 296 Bairro Eliopolis " BR 232 - Km 128 Distrito Industrial " Av. Severino Pinheiro, 60. Centro. " Rua Antônio Xavier de Moraes, 3/5 - Sapucaia " Av Frei Caneca, 140 Centro Palmares ___________________________________________________________________________ 2.4 Local das Oficinas – Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco 81. 3661.1596 81- 3631.0752 81 - 3628.0084 81- 3722.9191 87-37620250 87. 3821.1579 8.738.381.579 87. 3877.1358 87 - 3871.1367 TELEFONE 87 - 3866.7474 87. 2101-3777 87.3874-4433/1019 211 Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ 2.5 Recursos Humanos Coordenador Paulo Camaroti – Coordenador Geral do Projeto - Consultoria Geosistemas/IPAD; Ubirajara Paz – Coordenador do Plano Estadual de Habitação e Supervisor Geral – CEHAB. Moderadores Rosa Maria Cortês de Lima – Assistente Social; Luciana Carvalho – Arquiteta; Raineldes Ágda Alves Melo – Assistente Social; Fernanda Tavares – Engenheira Civil; Jancleyton Andrade – Economista. A Equipe Técnica que atuará como Moderadores poderá ser alternada em face às distâncias e as atividades no decorrer do processo de elaboração do Plano. Todavia, os Moderadores serão definidos entre os Técnicos integrantes da Equipe do Consórcio Geosistemas/IPAD. 2.6 Apoio Logístico Pessoal 1 secretária; 1 técnico administrativo; 1 motorista. Transporte 1 veículo de transporte coletivo; Passagens aéreas. Material e Equipamentos 4 gravadores e fitas para gravação; Tarjetas, tubos de cola, lápis piloto, fita crepe, clipes, grampeador, folha de papel madeira, lápis, bloco, pastas, papel ofício, crahá; 212 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Máquina fotográfica; Sistema de som; Computador, telão, data show. 2.7 Produtos e Resultados Os resultados obtidos no processo de desenvolvido das 12 Oficinas de Trabalho realizadas nas Regiões de Desenvolvimento do Estado Pernambuco serão sistematizados em um Relatório, em conformidade com o Termo de Referência para a elaboração do PEH e do Plano de Trabalho firmado pelas Empresas Consociadas Geosistemas Engenharia e Planejamento e o Instituto de Planejamento e Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico e Científico-IPAD responsáveis pela elaboração do referido Plano. Este Relatório será disponibilizado na forma impressa e por meio digital (Cd-rom). 2.8 Programação das Oficinas Horário: 8:00 às 9:00 horas Recepção aos Participantes/Inscrição/Crachá/Grupos por Eixo Temático; Mensagem sobre Moradia pelos participantes; Café com Prosa. Horário: 9:00 às 10:00 horas Abertura Representante CEHAB; Prefeito da Prefeitura Sede da Oficina; Representante das Organizações Sociais. Horário: 10:00 às 11:00 horas Exposição Técnica; Apresentação sobre a Metodologia da Oficina. 213 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação ___________________________________________________________________________ Horário: 11:00 às 12:00 Início dos trabalhos em Grupos Temáticos. Horário: 12:00 às 13:30 horas Almoço. Horário: 13:30 às 15:30 horas Trabalho em Grupos por Temática. Horário: 15:30 às 16:30 horas Plenária; Apresentação do Produto de cada Grupo Temático. Horário: 16:30 às 17:00horas Encerramento/Café com Prosa. 214 INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Conselho Estadual de Habitação Quadro síntese METROPOLITANA NORTE SETENTRIONAL CENTRAL MERIDIONAL MOXOTÓ PAJEÚ CENTRAL ARARIPE SÃO FRANCISCO 3,2 0,598 3,5 0,634 2,7 0,636 3,9 0,626 4,5 0,650 8,5 0,783 618.330 994.537 487.994 683.300 539.466 3.657.335 % CRESCIMENTO POP - 1996 / 2007 14,70 17,08 32,85 19,61 8,95 5,17 14,03 10,03 12,83 13,43 7,08 5,30 18,37 MUNICÍPIO DE MAIOR CRESCIMENTO / % - MUNICÍPIO DE MENOR CRESCIMENTO OU PERDA / % - S. LOURENÇO DA MATA 6,11% 16.206 8.989 9.939 3.640 7.314 2.968 7.477 3.931 5.248 2.732 17.467 6.546 23.666 15.653 13.776 7.519 35.077 21.469 25.427 15.605 140.317 135.062 3.225 7.217 6.299 4.346 3.546 2.516 9.374 8.013 8.333 13.608 9.822 5.255 134.200 588 1.795 1.149 1.808 1.723 976 5.168 7.758 3.096 10.341 11.434 88.341 111.047 1.086 5.616 2.660 1.587 2.027 1.765 4.965 10.903 4.460 8.756 6.476 60.707 214.596 2.275 4.618 10.058 2.913 5.077 4.422 15.249 24.672 14.818 20.737 21.191 88.560 808.874 6.387 12.265 20.066 8.402 17.586 12.640 46.211 60.000 40.249 57.376 68.250 459.352 17,0 26,4 16,4 63,6 22,9 27,5 31,2 33,9 22,9 41,1 14,5 18,5 4,6 79,8 50,6 91,44 95,57 68,70 52,65 60,47 36,27 41,08 49,28 45,85 49,72 63,49 48,96 61,79 59,94 86,21 3 Aterros Controlados em Operação 3 Aterros Sanitários (em fase de projeto) 1 Aterro Sanitário em Operação (Privado) 85,54 2 Aterros Sanitários Consorciados (em fase de projeto) 97,74 2 Aterros Sanitários Consorciados (em fase de projeto) 98,42 1 Aterro Sanitário em Construção 92,20 4 Aterros Sanitários em Operação 1 Aterro Sanitário em construção 1 Aterro Controlado em Operação 80,15 3 Aterro Sanitário em Operação 1 Aterro Sanitário Individual em fase de Projeto 1 Aterro Sanitário Consorciado (em fase de projeto) 82,19 1 Aterro Sanitário em Operação 1 Aterro Sanitário Individual em fase de Projeto 1 Aterro Sanitário Consorciado (em fase de projeto) 82,94 1 Aterros Controlados em Operação 74,93 1 Aterro Sanitário em Operação 90,22 1 Aterro Sanitário em construção CONFLITOS FUNDIÁRIOS NÚMERO DE FAMÍLIAS EM ÁREAS URBANAS (FERU) NÚMERO DE FAMÍLIAS EM ÁREAS RURAIS (INCRA) NÚMERO DE MUNICÍPIOS COM ACAMPAMENTOS (FETAPE) NÚMERO DE PROPRIEDADES COM ACAMPAMENTOS (FETAPE) NÚMERO DE FAMÍLIAS EM ASSENTAMENTOS (FUNTEPE) NÚMERO DE IMÓVEIS COM ASSENTAMENTOS (FUNTEPE) IMÓVEIS RURAIS SOLICITADOS AO INCRA PROCESSOS ABERTOS NO SETOR DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA EM TERRITÓRIO QUILOMBOLA (INCRA) ÁREA (ha) TERRAS INDÍGENAS POPULAÇÃO 77,44 1 Aterro Controlado em Operação EM HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL EM PROGRAMAS DE URBANIZAÇÃO, REGULARIZAÇÃO, INFRA E SANEAMENTO AMBIENTAL. 91,39 1 Aterro Sanitário em Operação DESTINO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 2.343.710 56,8 316.753 68,6 309.703 44,9 257.185 71,6 480.674 53,5 266.476 57,1 97.204 62,3 138.570 79,8 80.966 44,3 107.195 60,8 95.415 56,2 47.010 2.010.751 5.528 2.303 153.725 TIMBAÚBA -8,83% IPOJUCA 43,94% LAGOA DO CARRO 22,81% S J. DA COROA GRANDE 30,47% BELÉM DE MARIA -28,51% 1.004.748 94.504 3.325 150.912 CUMARU -25,70% 154.407 11.971 6.256 81.577 JATAÚBA -9,72% 188.622 15.340 7.774 286.546 PARANATAMA -7,79% 142.500 12.647 18.736 132.854 IBIMIRIM 2,68% 307.769 25.175 21.059 28.580 ITAPETIM -8,43% 174.147 10.567 5.409 35.106 59.196 5.504 5.227 55.191 S. JOSÉ DO BELMONTE 4,15% SANTA FILOMENA 48,65% MOREILÂNDIA -11,82% 100.686 7.971 12.313 20.035 CABROBÓ 13,07% 44.120 2.492 4.552 90.294 BELÉM DO SÃO FRANCISCO -4,52% 78.471 4.660 7.666 28.048 95.250 6.856 4.858 3.073.619 INADEQUAÇÃO DOMICÍLIOS URBANOS (ABSOLUTO) INFRA-ESTRUTURA RESÍDUOS SÓLIDOS 32.822 1.951 3.354 % DOMICÍLIOS COM ESGOTAMENTO SANITÁRIO INADEQUADO INVESTIMENTOS PREVISTOS EM ESGOTAMENTO SANITÁRIO – 2007/2018 (EM MILHARES DE R$) NÚMERO DE PROJETOS CONTRATAD OS 2005 / 2006 2.382.738 196.090 101.713 307.581 227.955 79.626 INVESTIMENTOS PREVISTOS EM ABASTECIMENTO D’ÁGUA – 2007/2014 (EM MILHARES DE R$) % DE DOMICÍLIOS LIGADOS A REDE DE ENERGIA ELÉTRICA % DE DOMICÍLIOS COM LIXO COLETADO 26 1 0 0 3 1 1 4 2 6 3 2 3 283 14 14 21 12 32 18 35 32 35 15 15 40 750 - - - - - - - - - 300 - 450 3828 - - - - - 40 50 926 44 895 661 1212 74 2 5 7 7 5 5 11 11 3 15 0 3 247 7 25 21 10 13 30 31 32 5 64 0 9 2204 55 147 132 83 90 131 562 566 177 142 95 24 100 4 6 6 5 6 5 24 22 9 7 5 1 - 500 60 145 237 58 15 1 0 0 4 0 0 6 4 0 0 0 0 126.242 31.493 9.646 + 4 aldeias 11.650 0 0 0 31.635 23.909 27.555 0 0 0 0 2.535 0 0 0 1.867 4.640 4.700 0 0 0 0 46 2 3 0 6 2 0 15 10 3 1 1 3 96 3 4 6 2 5 4 10 14 9 13 12 14 84 2 3 6 2 5 4 6 9 8 13 12 14 NUMERO TOTAL DE MUNICÍPIOS 184 + 1 DE 7 7 10 8 17 7 26 26 19 24 19 14+1 DE PARA ELABORAÇÃO DE POLÍTICA HABITACIONAL DE INTERESSE SOCIAL 70 4 7 5 3 4 3 12 7 7 7 5 6 PARA APOIO À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ASSISTENCIA TÉCNICA PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL 34 1 6 2 3 0 1 10 2 2 1 1 5 PARA APOIO AO PODER PÚBLICO PARA CONSTRUÇÃO HABITACIONAL 12 0 0 1 0 0 0 2 3 2 2 2 0 PARA MELHORIA DE CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE 8 0 1 0 1 1 1 0 0 1 0 1 2 Nº COMUNIDADES QUILOMBOLAS COM CERTIDÃO DE AUTO-RECONHECIMENTO Nº DE MUNICÍPIOS COM OBRIGAÇÃO DE ELABORAR O PLANO DIRETOR Nº DE MUNICÍPIOS COM PLANO DIRETOR Nº DE MUNICÍPIOS COM RECURSOS CAPTADOS JUNTO AO FUNDO NACIONAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL - FNHIS SUL 2,9 0,633 200.217 TORITAMA 62,05% 2,8 0,640 310.055 ALAGOINHA 28,08% 2,9 0,670 166.090 CAETÉS 29,91% 2,6 0,620 298.440 INAJÁ 41,13% 6,1 0,708 403.393 TABIRA 12,39% 6,0 0,657 127.915 TERRA NOVA 25,54% 5,7 0,705 8.487.072 PETROLINA 40,32% PIB per capta (R$ mil) IDH POP 2007 PETROLÂNDIA 37,26 % PE NECESSIDADE HABITACIONAL QUESTÃO FUNDIÁRIA MATA DADOS TOTAL DOMICÍLIOS DOMICÍLIOS VAGOS URBANOS DOMICILIOS VAGOS RURAIS TOTAL DEFICIT HABITACIONAL URBANO BÁSICO RURAL INADEQUAÇÃO FUNDIÁRIA ADENSAMENTO EXCESSIVO DOMICÍLIO SEM BANHEIRO CARÊNCIA INFRA ESTRUTURA % DOMICÍLIOS COM ABASTECIMENTOD’ÁGUA INADEQUADO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL AGRESTE 4.540.860 DESENV. SOCIO-ECONÔMICO EIXO ITAPARICA SERTÃO 23.388 + 4 aldeias Consórcio: INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO