1. Mercado Interno

May 10, 2010
1. Mercado Interno
1.1 RS: colheita atinge 82,5% da área com menor produtividade
O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgou nesta quinta-feira (06/05), os números oficiais
da colheita no Rio Grande do Sul. Até o momento o Irga registrou 90% de área colhida, o que
representa 946.828 hectares dos 1.054.771 hectares semeados. Na safra anterior nesta mesma
época já haviam sido colhidos 98,2%. Sendo assim um grande atraso na colheita é visto isso se
deve ao plantio da semente tarde, pois o clima não foi favorável em grandes áreas do estado, o
que foi plantado cedo, teve de ser replantando e o que não foi, demorou a se plantar.
Outro tema que preocupa muito os produtores é a queda de produtividade, enquanto que no ano
passado a produtividade media neste mesmo período era de 7.357 quilos por hectare, este ano
gira em torno de 6.700 quilos, uma redução de aproximadamente 9%.
Os preços do arroz em casca, no Estado, acumulam uma leve baixa de 0,9% em uma semana, uma
alta de 3,6% nos últimos 30 dias e de 6,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os
preços do arroz em casca ao produtor do Rio Grande do Sul, para um produto com 58% a 60% de
grãos inteiros, oscilam em uma faixa entre R$ 28,00 e R$ 29,00 por saco de 50 Kg, FOB produtor.
1.2 Queda acentuada no dólar segue neste inicio de mês
A moeda norte-americana perdeu 0,35%, para R$ 1,732. Agora, desde 5 de fevereiro deste ano,
quando havia fechado a R$ 1,8910, a desvalorização do dólar chega a 8,4%. É a primeira vez desde
8 de janeiro que o dólar fecha no patamar de R$ 1,73. O dólar se desvalorizou no Brasil apesar do
movimento no exterior, onde a moeda subia frente a uma cesta com as principais divisas, e apesar
da atuação do Banco Central, que realizou dois leilões de compra da moeda nesta segunda. O real
segue beneficiado pela perspectiva de alta de juros no Brasil. O mercado, entretanto, segue
projetando um câmbio de R$ 1,80 para 2010. Segundo a Pesquisa Focus, divulgada semanalmente
pelo Banco Central, nesta segunda-feira (03/05) a estimativa mediana do mercado é a de que o
dólar encerre o ano de 2010 a R$ 1,80.
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1.3 Exportações inviabilizadas perante cotações internacionais e dólar em queda
Avalia-se que as exportações este ano sequer chegarão a 400 mil toneladas, uma queda de 60%
em media, devido à queda de quase 20% na cotação do dólar ante o real desde o começo de 2009
e a redução de preços internacionais do grão nos primeiros meses do ano inviabilizando a
exportação do Brasil.
Na safra anterior (2008/2009), os embarques somaram 894 mil toneladas, 13% acima do obtido no
ciclo 2007/2008. O arroz brasileiro abriu espaço gradativamente no exterior, começando pelo
produto quebrado e atingindo parcela relevante de vendas do parboilizado. Se as vendas se
tornarem inviáveis, os agentes avaliam que junto com o prejuízo aos canais de comercialização
conquistados o Brasil perde reconhecimento como fornecedor em um mercado atendido por
poucos países.
1.4 Importações
Este ano com a falta de oferta para suprir o mercado interno, o Brasil terá de importar tanto
quanto 1 milhão de toneladas no mínimo, porem essa quantia é talvez o limite que os principais
fornecedores para o Brasil podem ofertar, Uruguai, Argentina e Paraguai. Portanto, o Brasil teria
de recorrer a terceiros mercados para ter estoques de segurança no final.
Vietnam é alvo de consultas dos compradores, porque tem preços menores que Estados Unidos e
Tailândia, os principais exportadores de arroz, porem envolve uma questão de qualidade de
produto, o padrão de qualidade do arroz brasileiro evoluiu nos últimos anos e o produto
importado pode chegar com características diferentes das que o mercado está acostumado.
Tomando em conta, qualidade do produto e logística, os EUA estaria mais perto de exportar para o
Brasil.
2. Mercosul
2.1 Argentina
Este ano a Argentina terá uma forte presença exportadora, portanto terá um importante papel no
mercado global. Nestes primeiros meses do ano, o país exportou 126,2 mil toneladas de arroz,
sendo que 52,6% de White Rice, ou seja, 66 mil toneladas, na maior parte com destino o Brasil,
Venezuela e Chile, nesta ordem.
Preço médio do arroz exportado até a ultima semana de abril foi de U$ 468/tonelada FOB.
2.2 Uruguai
Desde o inicio do ano até segunda quinzena de abril, 46% das exportações do Uruguai tiveram
como origem o Brasil. Totalizando cerca de 70 mil toneladas em um preço médio de U$ 511 FOB
por tonelada na maior parte White rice e paddy rice. Por segundo vem Senegal, com 23 mil
toneladas importados com origem do Uruguai em um preço médio de U$ 320 / tonelada
praticamente de produto broken rice, e logo após Peru com 13 mil toneladas.
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3. Mercado Externo
3.1 Tailândia
Os preços do arroz Tailândia ainda são fracos, os preços estão sem reação porque as compras do
governo estão com ofertas de baixos preços, e isso gerou protestos por parte dos produtores,
agora as manifestações se estabilizaram um pouco, mas ainda há produtores no qual protestam
devido a esta queda.
O governo toma tempo para deliberar sobre o acordo de compra das Filipinas. Esta negociação é
no âmbito do Acordo de Livre Comercio, trata-se de 367 mil toneladas base casca. As Filipinas já
apresentaram a proposta, porem estão esperando a aprovação Tailandesa.
No final de 2009 alguns traders previam de que em 2010 seria um “golden year”, para as
exportações Tailandesas, esperavam que a procura alta fosse voltar e dar vida para o mercado
exportando muito mais que comprado na mesma época do ano passado.
No entanto, a demanda que imaginavam ser, não foi grande no primeiro trimestre que se passou.
A demanda asiática caiu 66 mil toneladas de um mês para o outro, sendo que 267 mil toneladas
foram às importações de origem Tailandesas no mês de janeiro e em fevereiro foi de 201 mil
toneladas.
A demanda Africana que por sinal muito baixa, tem afetado todas as origens.
Consultores do mercado local, dizem não ser tão ruim quanto parece, mas a tranqüilidade da
África pode ser um pouco irritante para uma maquina de exportação que é a Tailândia, pois não
tem como finalidade retardar.
Essa demanda lenta da África continua a ser uma questão que vai definir o tom para as vendas e
perfomance para os próximos meses, especialmente já no primeiro semestre.
Tai 100B esta cotado em U$470 / tonelada FOB
3.2 Vietnam
Preços estáveis, grande parte por causa da firmeza vista na Tailandia.
O próximo trimestre continua a caracterizar desafios, com um potencial em longo prazo e um
olhar mais encorajador para os exportadores.
Vietnam esta trabalhando duro para se ajustar a uma situação vista de pressão nos próximos
meses. Trabalham para estar a frente no momento em que os preços estão sob pressão
significativa das colheitas e da aparente falta da demanda ativa.
Mas a sinais positivos para o futuro, começando com compras da Cuba.
Viet 5% esta cotado em U$ 360 / tonelada FOB
O país pretende acabar com um total de 3,3 milhões de toneladas de arroz exportadas no primeiro
semestre do ano, cerca de 8% inferior do ano passado, ou melhor, 300-350 mil toneladas. As
projeções é de que cerca 1,3 á 1,4 milhões de toneladas de arroz serão exportados em maio e
junho O que os agentes da Associação especulam, é na possibilidade do Brasil importar do
Vietnam, pois houve uma safra ruim e eles relevam a vantagem de o preço Vietnam ser menor que
Tailandia, Paquistão e países sul-americanos. O Vietnam exportou quase 2 milhões de toneladas de
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arroz nos primeiros quatro meses. De acordo com a AFA, a demanda global para o arroz ainda está
caindo devido à desvalorização do euro e os estoques de arroz dos países Africano que ainda supri
a demanda.
3.3 Paquistão
O mercado de maior destino do arroz Pak é a África, esta fraca a demanda, mas há algumas
disponibilidades de exportação vista, mas irão esperar para fechar qualquer negocio.
O sentimento africano é a chave no próximo trimestre para o Paquistão; Myanmar retornara a
comprar e entra como grande competidor.
Mianmar deve ser um fator competitivo com Paquistão, os preços em Mianmar estão caindo.
No terceiro e quarto trimestre Mianmar ira entrar no mercado definitivamente (embora limitado
por questão de transporte que afetara nas exportações).
As expedições em outubro em diante veremos Mianmar competir mais feroz, em especial se seus
preços internos estiverem baixos.
3.4 India
Queda da inflação deixa governo esperançoso.
O clima na Índia parece positivo agora. O departamento de meteorologia da Índia disse que dois
anos consecutivo de seca é um fenômeno muito raro, aumentando as esperanças de que o país
poderá em breve voltar a colher bem na cultura do verão.
3.5 EUA
Exportações subiram novamente esta semana, na maior parte com destino a Venezuela.
Preços internos de arroz em casca estão em queda tornando o produto muito competitivo no
mercado internacional.
África e Oriente Médio continuam a mostrar interesse no arroz americano, junto com a América
Central e América do Sul, onde alguns compradores têm permanecido consistente no mercado.
Preços de exportação caíram no meio de abril cerca de $15 / tonelada.
Hoje o USA Golf 5% esta cotado U$ 485 / tonelada FOB
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Indicadores
2.1 - Data Brasil and Paddy Price in Rio Grande
do Sul
Exchange
R$/U$:
1,8000
Paddy Rice
producer
R$/50kg:
29,00
price
Paddy Rice
producer
U$/50kg:
16,11
price
2.2 - Rice Price - FOB Rio Grande(in
bulk)
Product
U$/ton
Paddy Rice
55/68
350,30
White Rice
5%
576,43
Parboil
577,08
Broken Africa
285,76
Broken
Europa
205,98
2.3 - Rice Price Imported - CIF
Paranaguá
Origin
USA
Thailand
Vietnam
Especification U$/ton
# 2/4% LG
556,46
100% B
566,41
5% Broken
456,08
Paddy
RS
50kg
R$/sc
28,50
29,30
23,00
Paddy
RS 50kg
Especification U$/ton U$/Ton
Paddy
360,00 34,65
Parboil
N/A
N/A
15% Broken
N/A
N/A
2.4 - Equivalência Arroz em Casca Brasil U$/50kg - CIF Paranaguá com
USA, Thai e Viet.
Origem
U$
Brasil
16,11
USA
15,83
Thai
16,28
Viet
12,78
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2009/2010
01/10/2009
Brasil
Argentina
Uruguai
Paraguai
Chile
2009/2010
Estoque Inicial 28/02/2010
Safra 2009/ 2010
1.017,00
207,00
11.900,00 1.100,00
147,00
84,00
69,00
1.100,00
300,00
120,00
140,00
Importações Totais
1.230,00
20,00
-
8,00
Terceiros Mercados
250,00
20,00
-
8,00
Importações Argentina
320,00
-
-
-
125,00
Importações Uruguai
480,00
-
-
-
15,00
Importações do Paraguai
180,00
-
-
-
-
Oferta Total
Consumo Interno
14.147,00 1.327,00
12.800,00 450,00
Exportações ao Brasil
Estoque Final 28/02/2011
392,00
100,00
120,00
300,00
450,00
50,00
13.050,00 750,00
550,00
170,00
-
320,00
480,00
180,00
1.097,00
257,00
217,00
42,00
Exportação terceiros Mercados 250,00
Demanda Total
1.247,00
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-
329,00
250,00
250,00
79,00
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