darci piana - Grupo Photon
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Apoio ANO 24 - # 233 Junho / Julho de 2014 Marc Nacamuli, diretor-presidente da Dyna, fala sobre os desafios do setor de reposição DARCI PIANA A paixão pelo empreendedorismo surgiu na adolescência, fez história no setor de reposição e se tornou o maior representante do comércio do Paraná em uma década de gestão na Fecomércio 0 0 2 3 3 Com estádios de primeiro mundo e infraestrutura capenga, Brasil sedia maior torneio de futebol do mundo. Veja o que o investimento público de cerca de R$ 26 bilhões pode render à nação Entrevista 487067 País da bola w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r O LEGADO DA COPA E Divulgação m plena Copa do Mundo no país do futebol, o assunto parece tomar conta das ruas, que estão tomadas pelas cores verde e amarelo. Estrangeiros, turistas circulam pelo Brasil e, aos poucos, o clima da Copa toma conta, mudando a rotina do povo. Mas, mesmo assim a vida continua, e precisamos seguir em frente. O mercado de reposição necessita atender a demanda de seus clientes conciliando a torcida com o trabalho. Nesta edição, destacamos na matéria o legado que a Copa do Mundo vai deixar para o Brasil, e como esse evento mudou a vida das pessoas e das empresas. Renato Giannini, presidente da Andap – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças Também contamos com a ilustre participação de uma personalidade do setor de reposição – Darci Piana, há 10 anos presidente da Fecomércio/PR. Ele conta como foi sua atuação no setor de distribuição de autopeças. Na seção Entrevista, Marc Nacamuli, diretor-presidente da Dyna, destaca pontos importantes sobre o mercado, tendências e planos da empresa. Ainda nesta edição, entre outros assuntos, há uma matéria que reproduz os temas abordados na reunião de diretoria da Andap, realizada na sede da Fecomércio/ PR, onde estiveram presentes Darci Piana, Ari Santos (presidente do Sincopeças-PR), Gerson Nunes Lopes (Sincopeças-RS), Elias Mufarej (conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição e coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva), o consultor Edgar Fraga e o advogado Ricardo Inglez de Souza. Agradeço a participação de todos que contribuíram para que a reunião fosse realizada com sucesso, garantindo um rico debate sobre temas de interesse da distribuição. Boa leitura! 4 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 Índice w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r 10 14 38 ENTREVISTA ESPECIAL EM DESTAQUE Diretor-presidente da Dyna, Marc Nacamuli discorre sobre a forte concorrência chinesa no setor de reposição A paixão pelo empreendedorismo surgiu na adolescência, fez história no setor de reposição e se tornou o maior representante do comércio do Paraná em uma década de gestão na Fecomércio Rede PitStop completa cinco anos com 1.000 pontos de venda no Brasil 18 TECNOLOGIA Índice Alternador: a usina de força do veículo Junho / Julho de 2014 6 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 20 CAPA Copa 2014 evidencia a falta de planejamento e capacidade de gestão do poder público brasileiro 28 ARTIGO – DIENGLES A. ZAMBIANCO E LEANDRO M. LEITE As Ações Civis Públicas movidas pelo Ministério Público em face dos Incentivos Fiscais concedidos pelo Distrito Federal (Tare e REA) 32 GEOMARKETING AUTOMOTIVO Surge uma preciosa ferramenta para lojistas e distribuidores de autopeças 34 ESTATÍSTICAS Emplacamento até maio 2014 42 GESTÃO E TENDÊNCIAS Como se tornar mais produtivo e organizado no trabalho 44 ANDAP NEWS 46 EVENTOS – SINDIREPA Prêmio Sindirepa-SP 2014 48 FLASH Cinto de segurança salva vidas. DIRETORIA Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho [email protected] PRESIDENTE Apoio Renato Giannini VICE-PRESIDENTES Ana Paula Cassorla, Anselmo Dias, José Ângelo Bonarette Esturaro, Rodrigo Francisco Araújo Carneiro JORNALISTA RESPONSÁVEL Jarbas Salles Ávila Filho (MTB 35.378) CONSELHO EDITORIAL Renato Giannini, Rodrigo Carneiro, Antonio Carlos de Paula, Ana Paula Cassorla, Majô Gonçalves e Fernando Vasconi DEPARTAMENTO DE NEGÓCIOS Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Guido Maria Luporini 2º SECRETÁRIO 2º TESOUREIRO Joaquim Alberto da Silva Leal Cláudio Gilberto Marques Armando Diniz Filho, Carlos Alberto Pires, Fernando Luiz Pereira Barreto, Gerson Silva Prado, Jayme Scherer, José Carlos Di Sessa, Leda Yazbek Sabbagh e Sandra Cristine Cassorla de Camargo CONSELHO FISCAL EFETIVO Alcides José Acerbi Neto, José Álvaro Sardinha e Nilton Rocha de Oliveira CONSELHO FISCAL SUPLENTES COMERCIAL ARTE E PRODUÇÃO Fernanda Soares [email protected] Elvis Pereira dos Santos [email protected] FINANCEIRO MÍDIAS DIGITAIS Valdirene Fernandes [email protected] Agência Bcicleta http://bcicleta.com.br FOTOGRAFIA Arquivo Photon, Divulgação FALE COM A MERCADO AUTOMOTIVO PELA INTERNET www.revistamercadoautomotivo.com.br www.photon.com.br 1º TESOUREIRO Antonio Carlos de Paula DIRETORES REDAÇÃO [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho, diretor; Cléa Martins, Majô Gonçalves, Sérgio Duque, Thassio Borges e Weslei Nunes, colaboradores; Mariangela Paganini, revisora @ 1º SECRETÁRIO Arnaldo Alberto Pires, Diogo Sturaro, Guido Luporini, Renato Franco Giannini e Walter Pereira Barreto de Schryver CONSELHO CONSULTIVO Carlos Raul Consonni, Frederico dos Ramos, Luiz Cassorla, Luiz Norberto Paschoal, Mario Penhaveres Baptista, Pedro Molina Quaresma, Renato Giannini e Sergio Comolatti DIRETORIA REGIONAL 2014 - 2018 ESPÍRITO SANTO NORDESTE Carlos Raul Consonni Carlos Eduardo M. de Almeida GOIÁS/ DISTRITO FEDERAL NORTE Neomar Guimarães Felipe Caldeira Carneiro Martins MINAS GERAIS SANTA CATARINA Rogério Ferreira Gomide Jayme Scherer POR E-MAIL Para anunciar: [email protected] Para assinatura: [email protected] FALE COM A ANDAP PELA INTERNET POR TELEFONE www.andap.org.br 55 (11) 2281-1840 NO TWITTER www.twitter.com/automotivo www.twitter.com/grupophoton NO FACEBOOK www.facebook.com/ revistamercadoautomotivo1 GRUPO PHOTON As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de artigos e matérias estão autorizadas, desde que citada a fonte. Revista MERCADO AUTOMOTIVO é uma publicação mensal do Grupo Photon. Circulação junho / julho de 2014. Avenida do Guacá, 1.067, 1º andar - CEP 02435-001 - São Paulo - SP - Brasil @ [email protected] 55 (11) 3266-7700 POR E-MAIL POR TELEFONE Entrevista R edação Divulgação Desafios que vêm de fora Em entrevista à revista Mercado Automotivo, Marc Nacamuli, diretor-presidente da Dyna, revela que o maior desafio da empresa atualmente é a forte concorrência chinesa, a despeito da crise que as montadoras têm enfrentado no País e que também traz instabilidades ao setor de reposição. Confira a seguir a entrevista com o executivo da fabricante de palhetas, que completa 60 anos em 2015. Mercado Automotivo – Alguns empresários do setor de reposição garantem que estão sendo prejudicados com o momento negativo pelo qual as montadoras estão passando atualmente. A Dyna também tem sido afetada por este cenário? Marc Nacamuli – A Dyna também sofre com este cenário, mas alguns novos projetos conquistados junto às montadoras acabam minimizando este impacto com o aumento de volume com estes novos veículos, que também são exportados para outros países 10 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 com limpadores Dyna. Além disso, o mercado de reposição vem crescendo ano a ano (cerca de 20% em 2013) e esperamos crescer neste ano pelo menos 10%, apesar da estiagem recorde do início de 2014, afinal, vendemos um produto sazonal fortemente atrelado à chuva. Em sua opinião, qual é o grande desafio do setor de reposição atualmente no Brasil? A reposição possui grandes desafios se levarmos em conta a concorrência das montadoras (tecnologia), dos chineses, principalmente em relação a preços, e da complexidade da nossa frota (tipos e especificações técnicas). No entanto, a reposição continua se fortalecendo devido às ações inovadoras de alguns participantes da cadeia, desde o fabricante, o distribuidor, o varejista até o aplicador, que continuam atendendo o mercado. O setor pode continuar crescendo em função do mercado potencial já existente, mas algumas ações, como facilidade ao crédito para o consumidor e a conscientização da manutenção w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r preventiva são fundamentais para um crescimento sólido e consistente. O mercado de exportação é uma importante fonte de negócios para a Dyna. Até que ponto sua empresa sentiu os efeitos da crise econômica global? A exportação corresponde a cerca de 15% do faturamento da empresa e é feita, direta ou indiretamente, para mais de 60 países, principalmente da Europa, e aos Estados Unidos. Sentimos os efeitos da crise econômica global com a queda de negócios, que já foi revertida com grandes negociações com clientes europeus e norte-americanos. O maior desafio é a concorrência feroz dos chineses. Nesse contexto, de crise mundial, o senhor considera que o mercado brasileiro tem sido uma importante “válvula de escape” para muitas empresas do setor automotivo? Sim, mas no nosso caso o mercado brasileiro não tem sido apenas nossa “válvula de escape”. Ao contrário, é o mais importante em função do volume e da nossa estratégia de crescimento. Afinal, nosso objetivo é manter a liderança de mercado em O&M e Reposição, e nos consolidarmos como referência em limpador de para-brisas no Brasil. Alguns especialistas internacionais têm indicado que o Brasil, nos últimos anos, virou as costas para mercados importantes como Europa e EUA e passou a se dedicar à América Latina. O que senhor pensa sobre isso? Temos nos dedicado mais, de fato, aos países vizinhos? Se sim, o senhor considera isso um bom negócio ou acha que deveríamos voltar a nos dedicar aos mercados mais tradicionais? Não viramos as costas para os EUA e a Europa, pois, para a Dyna, os maiores volumes exportados continuam sendo para essas regiões, independentemente de crises ou acordos comerciais. A concorrência, principalmente chinesa, é o que mais nos afeta no mercado mundial, onde estimamos possuir cerca de 4% de participação de mercado. O senhor participa de muitas feiras internacionais do setor. Qual é a imagem que os empresários estrangeiros têm do Brasil atualmente? O senhor considera que está mais “fácil” vender o Brasil para os estrangeiros atualmente? Participo de feiras há mais de 40 anos e posso afirmar que a nossa imagem mudou muito, e para melhor, nos últimos anos. No passado, o Brasil era associado ao futebol, samba e à floresta amazônica. Durante anos trouxemos clientes da Europa, dos EUA e outras regiões para visitar nossas instalações e constatar nossa evolução. Além disso, fizemos com que a bandeira brasileira estampasse as embalagens dos nossos produtos exportados a um grande supermercado europeu com cerca de 5.000 pontos de venda. Enfim, temos feito a nossa parte para mostrar ao mundo um Brasil sério, competitivo e evoluído. Em relação ao que o senhor tem visto em feiras e também em viagens internacionais, o setor automotivo brasileiro está hoje muito distante do patamar dos setores de países da Europa ou também dos Estados Unidos? Não considero que estejamos muito defasados em relação à Europa e aos EUA, pois o nosso mercado possui algumas peculiaridades não encontradas em outros países e, mesmo assim, é um setor em franca expansão e desenvolvimento. Algumas empresas já são multinacionais e outras, nacionais que mantêm parcerias para acompanhar a evolução tecnológica que acontece no mundo todo. O Brasil vem atraindo cada vez mais a atenção de investidores e corporações mundiais que buscam novas oportunidades e novos negócios longe de suas matrizes. Qual é o peso do setor de reposição brasileiro para a Dyna atualmente? O senhor crê que é possível aumentar essa fatia de negócios? A reposição corresponde atualmente a cerca de 40% do faturamento da Dyna, empresa 100% nacional, que atua somente na fabricação de limpadores de para-brisa e é líder de mercado. Acredito que o setor ainda possui um grande potencial de crescimento, afinal é baixa a conscientização da necessidade da troca anual deste produto de segurança – o brasileiro troca suas palhetas, em média, somente a cada quatro anos. Além desse mercado inexplorado, a nossa estratégia de crescimento também prevê a inclusão de novos produtos para alguns segmentos de mercado específicos. A marca pode ser explorada em função de seu reconhecimento em qualidade e produto original. Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 11 Entrevista R edação “Fabricar limpadores com qualidade da Alemanha e custos da China”. Este ainda é um dos objetivos da Dyna? Quais são os desafios para se atingir essa meta atualmente? É um objetivo permanente, pois buscamos atender ao mercado, seja ele Montadora, Reposição ou Exportação, de acordo com suas necessidades e exigências cada vez maiores na busca da qualidade, que não é, há muito tempo, um diferencial competitivo, mas, sim, uma obrigação da empresa para se manter no mercado. O grande desafio é manter a qualidade e reduzir os custos ao mesmo tempo. E este desafio já faz parte do nosso dia a dia em função das novas demandas do mercado e da concorrência cada vez mais feroz dos produtos importados da China. A palheta vem enfrentando um processo de “comoditização” no mercado, uma ameaça que já ocorre não somente para a Dyna, mas também para concorrentes multinacionais de primeira linha, que também se preocupam em oferecer produtos de qualidade ao mercado. Como a Dyna é uma empresa 100% nacional e fabrica seus produtos apenas no País (principalmente na matriz, em Guarulhos), sofremos ainda o impacto do “custo Brasil”, que nos obriga a ser cada vez mais criativos e ágeis. A Dyna lançou em 2005 um sistema de minifábricas próximas às montadoras para atender melhor a demanda desse segmento. Elas ainda existem? Se sim, qual é o principal benefício desta iniciativa para a empresa? Estas minifábricas foram importantes para atendermos a demanda crescente das montadoras de forma mais eficiente, mas com a crise de 12 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 2009 e, consequentemente, a queda no volume de vendas acabaram gerando uma onerosa capacidade ociosa. Aliado a este fato, a redução de custos e sinergia previstos não ocorreram da forma esperada, nos obrigando a recuar e desativar a unidade de Quatro Barras (PR). A unidade de Betim (MG) ainda está operando normalmente para atender a Fiat. Quais são os planos da Dyna para o Brasil nos próximos cinco anos? Os planos para os próximos cinco anos ainda refletem a necessidade de se “produzir produto com qualidade alemã a custo chinês” e buscar crescimentos consistentes em mercados rentáveis. A Dyna está se preparando para o crescimento do mercado previsto para os próximos anos na produção de veículos e na frota circulante em nosso país. Oportunidades, com certeza, surgirão e estamos atentos às mudanças, como, por exemplo, a certificação de palhetas pelo Inmetro. Em quase seis décadas de atuação, a Dyna passou por momentos importantes do Brasil: ditadura, abertura econômica, crises financeiras, épocas de crescimento acentuado etc. A que fatores o senhor credita o sucesso da empresa após quase 60 anos de trabalhos em cenários tão diversos? Independentemente dos fatores sociais, políticos e econômicos, a Dyna sempre se preocupou em atender e entender as novas necessidades dos clientes, cada vez mais exigentes, e estar sempre um passo à frente da concorrência. Para uma empresa nacional e líder de um mercado extremamente competitivo, isso é questão de sobrevivência, pois manter o que foi conquistado já é difícil e manter é ainda mais. Além disso, o reconhecimento como líder e melhor marca de limpador de para-brisa (em pesquisas realizadas por diversos segmentos de mídia) também sempre contribuíram para o sucesso da empresa, que completa 60 anos em 2015. Falando agora sobre um aspecto mais pessoal, o senhor é natural do Egito e chegou ao Brasil muito novo, certo? O que pensa sobre o Brasil atualmente? Cheguei ao Brasil com a minha família ainda novo, com uma expectativa muito grande, e conseguimos prosperar. A família, por ironia do destino, empreendeu um negócio relacionado às chuvas, que praticamente não existem onde nasci. E por um longo caminho, em algumas vezes difícil, a empresa cresceu e tornou-se líder num país que acolhi como lar. Tenho orgulho de ser brasileiro também, além de ter a certeza de que devemos criar empregos e riqueza aqui e não fora do país. Estamos em ano de eleição presidencial. Qual é sua expectativa em relação ao Brasil para os próximos quatro anos? O senhor acredita que o País poderá voltar a crescer em níveis como os que foram vistos em 2010, 2011? As eleições deste ano podem definir algumas mudanças extremamente necessárias, pois conviver com a atual situação do País tem sido desgastante para nós. O Brasil é um país capaz de gerar condições internas e externas para crescer mais do que os 2% ao ano, em média, nos últimos três anos. Basta o governo fazer a sua parte também. Respeite a sinalização de trânsito. Divulgação Especial M ajô G onçalves Darci Piana: um líder nato A paixão pelo empreendedorismo surgiu na adolescência, fez história no setor de reposição e se tornou o maior representante do comércio do Paraná em uma década de gestão na Fecomércio N atural do Rio Grande do Sul, Darci Piana, na presidência da Fecomércio/PR (Sistema Sesc e Senac) há 10 anos, tem uma larga trajetória e vivência no segmento de comércio e serviços paranaense que reúne mais de 500 mil empresas, responsáveis pela geração de um milhão e oitocentos mil empregos, representando 60% do PIB do Estado. Segundo Piana, sua experiência o calejou e o tornou profundo 14 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 conhecedor dos principais problemas do comércio como um todo. “Tive efetivo relacionamento com grandes industriais – pequenos e médios – e sobretudo com comerciantes de bens e serviços de todos os tamanhos. O resultado disso é a facilidade para o relacionamento com o setor. As dificuldades são enormes, não há dúvida” explica. Todo esse trabalho envolve muita responsabilidade devido aos segmentos serem diversificados e exige ações voltadas a questões trabalhista, tributária, de gestão, entre outras. A sua receita é baseada em uma atuação em conjunto com os sindicatos empresariais espalhados por todo o Paraná, agindo em sinergia com eles na defesa das empresas. Da mesma forma, com o Senac Paraná, que, ao educar para o trabalho, qualifica mão de obra para todos esses setores. E com o Sesc Paraná, que desenvolve trabalho w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r de grande fôlego na área de transformação social para os trabalhadores e seus familiares. “Trata-se de um trabalho que requer equipe coesa e eficiente. Afinal, são programas de qualidade voltados ao apoio em gestão de negócios e atualização das inovações fiscais e tributárias – como são os casos, por exemplo, da nota fiscal eletrônica e da contabilidade eletrônica (Sped)”, conta. Outros programas, segundo Piana, igualmente complexos demandam, equipe qualificada e são desenvolvidos para modernização de sistemas de comunicação, concorrência internacional e produtos importados – todos que permitem sobreviver em um mercado que se torna cada vez mais competitivo. Desta forma, o trabalho exige dedicação exclusiva como comandante, como expediente integral e assessoramento de uma equipe eficiente, que tenha capacidade de estar presente em várias frentes simultâneas. Também conta com planejamento específico, capaz de se adaptar às mudanças e provocar a inovação necessária para tomada de decisões. “Temos equipe técnica que atua na área tributária, política, na Assembleia Legislativa, no Congresso Nacional e nas Câmaras de Vereadores, acompanhando os projetos de interesse e aqueles que devem ser combatidos”, considera. A vontade de empreender surgiu na adolescência – Filho de madeireiro, Piana nasceu em Carazinho, Rio Grande do Sul, mas, ainda na tenra infância foi com a família para Machadinho, também no interior gaúcho. Ele conta que sempre ficou fascinado com a conversa de empresários que visitavam seu pai para comprar madeira. “Eram assuntos que despertavam em mim grande curiosidade: o andamento do consumo de madeira, o crescimento das cidades, o ritmo das exportações”, lembra. Essa vivência o influenciou e fez com que a vontade de progredir e se tornar empresário fosse cada vez mais forte. Aos 13 anos de idade, decidiu ir para o Paraná. Foi estudar na cidade de Palmas, que, segundo ele, é a segunda cidade mais fria do País. Na cidade, morava com uma irmã casada, que lá já residia há algum tempo. Seis meses depois, o cunhado vendeu o negócio de madeira que possuíam e se mudaram para Coronel Vivida, mas Piana decidiu ficar e foi para um hotel. Foi desta forma que começou a sua independência. Conseguiu emprego para cuidar da rodoviária do Hotel Palmas em troca de hospedagem, alimentação e roupa lavada, mas sem rendimentos financeiros. Depois, começou a entregar pacotes, cobrando o “transporte”. “Adquiri uma bicicleta para essa finalidade. Foi meu primeiro patrimônio”, complementa. Assim, conseguiu dispensar a pequena mesada que seu pai, que era um homem de posse a essa altura, lhe enviava. Era dono de duas serrarias, com mais de 100 funcionários. Piana, o caçula, tinha oito irmãos, e achava que não era justo usufruir do dinheiro que, por direito, era dos mais velhos. “Eles ficaram junto de meu pai e o ajudaram a construir o patrimônio da família, inclusive abdicando da sequência dos estudos”, comenta. Vivência no mercado de reposição – Cursando Economia à noite em Curitiba, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, trabalhava durante o dia na Fasa-Fornecedora de Acessórios S/A, que existe até hoje e sempre foi uma empresa de autopeças de grande porte. Ele recorda que a empresa importava peças dos Estados Unidos, da Europa, do Japão e distribuía para grandes fábricas da época: Cofap, Metal Leve, Albarus, Borlem, Cibié, entre outras. “Logo, fui promovido a comprador. Com isso, os meus rendimentos melhoraram consideravelmente”, afirma. Seu espírito empreendedor era muito forte e, junto com outros colegas da faculdade, criou um fundo de investimentos, com depósitos mensais dos sócios e comissão especial para fazer a gestão para aplicação dos recursos e obtenção de juros e aumento do patrimônio. O planejamento era para que, no fim do curso, a turma tivesse recursos para montar a própria empresa. O fundo deu muito certo. Entretanto, como Piana, a maioria dos sócios-colegas era de outros municípios. Então, resolveram fazer a partilha dos lucros e cada um seguiu seu caminho. Ele tinha 23 anos. Com muita dedicação e perseverança, Piana deslanchou profissionalmente no mercado de reposição. “Aprendi muito com as visitas que fazia à Cofap e conversava o Cetone Abraham Kasinsky, na BorgWarner, falava com o Pierre e na Bendix com o Mister Parkson, da Bendix, e tinha que progredir. Abri meu escritório de representações e Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 15 logo obtive sucesso. Representava grandes empresas, como Lonaflex, TRW, LUK, MWM, entre outras”. Mais para frente resolveu ter uma distribuidora, baseada nos produtos da MWM Motores. “Tive grande sucesso e aprendi muito, pois estive dos dois lados, na venda para o distribuidor e como distribuidor”, lembra. A convivência com as grandes empresas e as convenções de vendas permitiram que Piana ampliasse o conhecimento e abrisse seus horizontes. “Até hoje sou consultado para opinar sobre o mercado. Da mesma forma, alcancei sucesso como distribuidor. Fui líder no segmento”, destaca Piana, que acrescenta não ter enriquecido, mas conseguiu ter condições para organizar a vida de sua família. Muito respeitado no aftermarket, Piana revela que ajudou muita gente a melhorar seus negócios e ainda preserva amizades no setor, sendo requisitado para troca de ideias e discussão sobre o mercado até por aqueles que foram seus concorrentes. O que mudou no setor automotivo – Na opinião de Piana, o mundo mudou, as montadoras se multiplicaram, os novos modelos e os lançamentos anuais exigem investimentos extraordinários em estoques. “As estradas melhoraram, os veículos melhoraram, as garantias aumentaram e a manutenção dos veículos também alteram aceleradamente.” Além disso, em sua visão, o consumo diminuiu e o conceito de reparação também. “A tecnologia evoluiu muito e exige novos critérios de reparação, que modificaram o consumo. O que antes vendia muito, hoje não sai mais. Os valores são outros.” Tudo isso ocasionou grande mudança no conceito do 16 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 Divulgação Especial M ajô G onçalves setor de reposição. Piana ressalta que o atacado viu diminuir sua participação e o varejo não consegue manter a quantidade de estoque em função do grande número de modelos. “As peças que vendiam muito, hoje já não são as que puxam as vendas.” Se não bastasse isso, Piana revela que o advento da substituição tributária está paralisando o setor. “Temos hoje dois canais de venda dentro do mesmo segmento. A concessionária tem o MVA em 33%; a distribuição está com 59% ou 71%, dependendo do Estado. A deslealdade dos governantes com margens impostas pela ganância arrecadatória está inviabilizando um segmento forte e representativo, levando-o ao declínio”, alerta. Em sua análise, atualmente, quem estabelece o preço não é o mercado, mas sim os governos estaduais. Com isso, o prejuízo acaba recaindo ao consumidor, que passou a pagar mais caro pelo produto. Indubitavelmente, o que mais causa preocupação em Piana, como presidente da Fecomércio/ PR, é a interferência do governo na economia e a alta carga tributária brasileira. De acordo com Piana, as grandes empresas elevam seus custos e as pequenas e médias estão sendo asfixiadas, haja vista que não conseguem acompanhar essas mudanças, comprometendo seu futuro com o passivo que se cria a cada mudança. Tecnologia S érgio D uque w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r A demanda de alternadores no segmento da reposição Estima-se que serão consumidos 2,6 milhões de unidades novas em 2014 A cionado por uma correia ligada ao motor transforma a energia mecânica em energia elétrica, uma corrente contínua que serve para carregar a bateria. No início da produção e até meados da década de 60, os veículos saíam de fábrica com sistemas elétricos de 6 V, onde baterias e alternadores deveriam gerar energia suficiente apenas para garantir o funcionamento de faróis, lanternas, um rádio simples e limpadores de para-brisas. A partir da metade da década de 60 e início da década de 70, novos equipamentos elétricos foram sendo adicionados aos veículos para proporcionar maior conforto, como vidros elétricos, ar-condicionado, bancos com sistema elétrico, aparelhos de som e CD player cada vez mais sofisticados, instrumentos de navegação, alarmes e outros, criando a necessidade de sistemas elétricos melhores projetados e com maior capacidade de resposta. Assim, as baterias passaram a ser de 12 V e os alternadores com capacidade de realimentar esta energia desprendida com 14 V, isto é, com reserva de 2 V a mais para afastar o risco de não conseguir cumprir sua função e deixar o veículo no apagão elétrico. A evolução dos veículos e seus componentes elétricos e eletrônicos exige cada vez mais dedicação da engenharia automobilística para cuidar dos componentes de apoio, como as baterias e os alternadores. Já existem estudos e testes de sistemas elétricos com tensão de 24 V e alternadores de 36 V para veículos comuns, e até um sistema de dupla energia de 42 V para veículos elétricos, ainda sem uso em grande escala. Por ser uma peça com preço relativamente caro para alguns modelos de veículos, é normal a prática no mercado de reposição da venda de peças e componentes para reparação da unidade, sem contudo haver uma quilometragem específica para tal. Alguns fabricantes recomendam a manutenção preventiva do alternador a cada 30.000 km e a substituição por uma unidade nova após 100.000 km. Porém, é normal a reparação de componentes, mais de uma vez, antes da substituição. E entre os componentes 18 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 mais substituídos estão reguladores de voltagem, jogo de escovas e rolamentos. A partir da 2ª ou 3ª reparação, muitas vezes o custo passa a não compensar, e aí vale mais a pena trocar o conjunto. É bom lembrar que neste momento o automóvel já estará com quase 200.000 km, o comercial leve com quase 300.000 km, os caminhões com quase 500.000 km, e assim por diante. Utilizando esses critérios para definir ciclos médios de trocas em meses e relacionando-os à quilometragem da frota, a Audamec calcula o potencial de mercado de alternadores novos, apresentando na tabela em sequência os números de demanda da linha: DEMANDA DE ALTERNADORES (EM UNIDADES) Segmento reposição – mercado interno Segmento Automóveis 2014 2015 2016 1.685.000 1.800.000 1.950.000 Caminhões 190.000 200.000 215.000 Comerciais Leves 620.000 655.000 700.000 Ônibus 73.000 78.000 83.000 Tratores e Máquinas 65.000 70.000 75.000 2.633.000 2.803.000 3.023.000 + 7,2 + 6,6 + 7,8 Total da Demanda Base a.a. % Uma certeza, porém, é que sem uma eficiente usina de força chamada “alternador”, todo o sistema de desempenho esperado e conforto desejado no veículo serão em vão. Com apoio de sistema informatizado e programado com vários fatores de influência, a Audamec realiza estudos de produtos e calcula a demanda regional para qualquer linha de autopeças. Para saber mais, consulte nosso site www.audamec.com.br ou, se preferir, ligue para (11) 2281-1840. Cinto de segurança salva vidas. Capa C léa M artins O que fica da copa Em meio à euforia dos jogos e a insatisfação da população com o descaso político em relação a problemas públicos como saúde, educação e segurança, fica a pergunta: qual o legado que o maior evento esportivo mundial deixará ao País? Governo espera uma movimentação de R$ 30 bilhões durante o período E ssa não é a primeira Copa do Mundo sediada pelo Brasil. Em 1950, o País recebia a quarta edição da Copa do Mundo da FIFA de Futebol. As partidas aconteceram nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre,Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Naquela época, sob o comando do então presidente Getúlio Vargas, o País ainda era fortemente rural, com população de 52 milhões e PIB (Produto Interno Bruto) de 93 20 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 bilhões de dólares. Entre os principais problemas, seca, fome, saneamento básico e educação. De lá para cá, algumas coisas mudaram. No futebol, o País, que perdeu o título em 1950 para o Uruguai, na final no Maracanã, conquistou cinco outros campeonatos. Na política, o suicídio de Vargas tomou as manchetes. Dando espaço depois para o entusiasmo do crescimento industrial propiciado pela era Juscelino. Veio depois a Ditadura Militar. E, das ruas, vieram os gritos por Diretas Já, e todo o processo de restabelecimento da democracia. No bolso do brasileiro o real ganhou a briga contra a temida inflação galopante. O País voltou a crescer e passou a figurar entre os que mais se desenvolvem no mundo – bloco chamado de Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). Foi justamente em meio ao entusiasmo do crescimento econômico que o então presidente Lula conseguiu emplacar o Brasil como sede da Copa de 2014. “A Copa será uma Érica Ramalho/Governo do Rio de Janeiro w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Imagens do novo Maracanã, no Rio de Janeiro. grande oportunidade para acelerar o crescimento e fundamental para o desenvolvimento do nosso Brasil”, disse ele, em 2010. A expectativa de que essa seria a chance de rever o que estava errado em muitas áreas e, com mais investimentos, mudar o País imperava, apesar de alguns especialistas alertarem: “A ideia de que a Copa vai impulsionar a economia é um mito”, disse à BBC Brasil o jornalista britânico Simon Kuper, autor de Soccernomics, escrito em parceria com o economista britânico Stefan Szymanski. Quatro anos depois da declaração de Lula e depois de muito trabalho, retrabalho, greves, mortes por acidente de trabalho, investimento e protestos, a Copa de 2014 chega ao seu ponta pé inicial sem a mesma magia depositada pelos brasileiros nos eventos de outros anos. A insatisfação da população com os serviços públicos e velhos problemas respingou no mundial, que foi alvo de protestos de rua e das greves nas principais capitais do País no último ano. Os gastos públicos – federal, estaduais e municipais – com o evento somavam, até o início deste ano, cerca de R$ 26 bilhões, segundo dados do TCU (Tribunal de Contas da União). Um investimento relativamente baixo quando comparado aos gastos públicos com educação, que é de R$ 280 bilhões por ano ou mesmo com os R$ 30 bilhões que devem ser investidos na construção da Usina Belo Monte, no Pará, segundo apontou reportagem do jornal Folha de S. Paulo. Para o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que participou do Bom Dia, Ministro do dia 13 de maio, a repercussão negativa do evento se deve, em parte, à mídia brasileira que faz uma campanha contra a Copa e isso acaba sendo noticiado também pela imprensa mundial. Ele ressaltou ainda em sua entrevista que o Brasil é a sétima economia do planeta, ultrapassando inclusive economias tradicionais da Europa como a da Inglaterra e a da Itália. “O Brasil tem a agricultura mais competitiva do mundo. Temos uma fábrica de aviões de médio porte quase imbatível, que é a Embraer. Como é que só vamos ter repercussão negativa do Brasil? Nós temos coisas negativas, a violência é uma delas, mas eleger as deficiências como se fossem as únicas coisas que nós podemos encontrar no país é inaceitável. O Brasil já fez coisas muito mais difíceis que a Copa. Nós criamos uma civilização capaz de produzir cultura, economia, valores... Vamos nos atrapalhar com Copa? Não, não vamos.” Ainda segundo o ministro, o País deve cumprir com suas res- Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 21 Portal da Copa/ME Capa C léa M artins Partida inaugural no Castelão, com rodada dupla: Fortaleza x Sport e Ceará x Bahia ponsabilidades e o que não deu para entregar até o evento, será entregue depois. O LEGADO Essa política de acabar o que for vital apenas para que o evento aconteça e deixar o resto para depois, tão comum para o brasileiro, é que parece não estar mais agradando a população. Para o presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, a falta de planejamento foi a principal causa dos atrasos das obras para a Copa do Mundo 2014. “O maior gargalo do País na execução das obras públicas é a falta de planejamento”, disse, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Segundo levantamento apresentado por ele em relação às obras de mobilidade urbana, das 40 previstas inicialmente na matriz de responsabilidades, nove foram retiradas. E, das 31 obras restantes, apenas uma tinha sido concluída até então: a da Avenida 22 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 Arrudas/Teresa Cristina, em Belo Horizonte, MG. Das obras dos estádios, cinco foram entregues com atraso, entre eles a arena de São Paulo, o Itaquerão, com entrega no dia 15 de maio, e a arena de Curitiba, que só ficou pronta na última hora. Aldo Rebelo justificou os atrasos dizendo que algumas dessas obras não eram obras para a Copa, mas do PAC. “O metrô de Fortaleza estava programado muito antes de se pensar em Copa do Mundo, o VLT de Cuiabá também, a alça de ligação da Jacu-Pêssego com a Radial Leste, de São Paulo, também não era obra para a Copa. Todas elas eram obras já programadas que os governos (federal, dos Estados e prefeituras) decidiram incluir em uma Matriz de Responsabilidades na tentativa de antecipa-las. Algumas foram antecipadas com êxito e outras não, mas continuarão sendo executadas e serão entregues para a população.” RETORNO FAVORÁVEL Ainda segundo Aldo Rebelo, levantamento da Fundação Getúlio Vargas, encomendado pela Ernest Young, mostra que a Copa pode gerar até 3,6 milhões de empregos no Brasil. “Isso já seria o suficiente para transformar a Copa num grande benefício para o Brasil, no seu ciclo completo. Um acréscimo de 0.4% ao ano ao Produto Interno Bruto pelo menos até 2019.” Outra pesquisa, realizada por meio da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) durante a Copa das Confederações, também deixa o Governo otimista. Isso porque o torneio, que é uma espécie de pré-copa, movimentou R$ 20,7 bilhões. A expectativa agora é de que a Copa do Mundo gere três vezes este valor, podendo chegar a R$ 30 bilhões. Se confirmada essa projeção, o valor acrescido ao PIB por conta do Mundial superaria os investimentos públicos previstos na Matriz de Responsabilidades. O LEGADO DOS LEGADOS Em artigo publicado na Época Negócios, José Roberto Ferro, presidente do Lean Institute Brasil, diz que a Copa do Mundo foi uma oportunidade perdida. Segundo ele, “poderíamos ter tido outro nível de gestão pública de planejamento e execução de obras”. No entanto, ainda segundo o autor, “o que parecia ser uma excepcional oportunidade de colocar o Brasil no mapa mundial dos países com capacidade de realização e organização, acabou tornando-se uma enorme frustração”. Mas ele também diz que foi com a Copa que o brasileiro, ou pelo menos parte deles, despertou e foi às ruas questionar: “Será que estamos priorizando a coisa certa?”. E mais: “Por que pagamos tanto e recebemos tão pouco de volta?”. E “se a Copa do Mundo reacendeu no brasileiro a capacidade de se indignar”, o grande legado que o evento deixa ao País talvez seja maior que qualquer obra de engenharia. Talvez, além da taça e de uma consciência política maior, a Copa ainda deixe outra herança aos brasileiros: a lição de que sem planejamento não existe gestão eficiente, seja na esfera pública ou mesmo privada. Nenhuma solução imediatista ou populista resolverá os problemas mais sérios do País sem que haja uma verdadeira reforma na maneira de gerir os problemas da nação – mas planos concretos e de longo prazo, que sejam respeitados e cumpridos, independentemente de que partido político assuma o governo. Até porque parece mais que evento algum seja capaz de continuar escondendo tantas mazelas. 24 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 Elvis P. Santos Capa C léa M artins MAPA DO LEGADO V eja o que fica de principal para as 12 cidades-sede da Copa do Mundo FIFA de Futebol 2014 no que se refere às obras de mobilidade, a maioria ainda não concluída: Belo Horizonte (MG) •• Estádio Mineirão •• BRT Antônio Carlos/Pedro I, precisa ain- da ser finalizada, embora duas partes já tenham sido entregues •• Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) – Uma das obras foi cancelada e trocada por um projeto menor, um terminal remoto Brasília (DF) •• Estádio Nacional Mané Garrincha •• VLT linha 1 – trecho 1 (Aeroporto/Asa Sul) – Projeto foi retirado da Matriz de Responsabilidades e não ficou pronto para a Copa •• Ampliação do Aeroporto Juscelino Kubitschek Cuiabá (MS) •• Arena Pantanal •• Reforma e ampliação Natal (RN) •• Arena das Dunas •• Reestruturação da Av. Eng. Roberto Freire – Obra não ficou pronta para a Copa e já foi excluída da Matriz de Responsabilidades •• Aeroporto São Gonçalo do Amarante Porto Alegre (RS) •• Estádio do Internacional Beira-Rio •• Ampliação do Corredor Avenida Tronco – Só após a Copa •• Aeroporto Salgado Filho – Terminal finalizado, mas obras de ampliação de pista deixou Matriz de Responsabilidades Recife (PE) •• Arena Pernambuco •• Corredor Caxangá (Leste-Oeste) •• Construção da nova torre do Aeroporto Gilberto Freyre do Aeroporto Marechal Rondon •• VLT Cuiabá/Várzea Grande – Não foi inaugurado para a Copa Curitiba (PR) •• Arena da Baixada •• Ampliação do Aeroporto Afonso Pena •• Ampliação e melhoria do Terminal Santa Cândida Fortaleza (CE) •• Estádio Castelão •• VLT Parangaba/Mucuripe Rio de Janeiro (RJ) •• Estádio do Maracanã •• BRT Transcarioca (Aeroporto/ Penha/Barra) •• Reforma do Aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão) Salvador (BA) •• Arena Fonte Nova •• Obras de Microacessibilidade (entorno) •• Ampliação do Aeroporto Dep. Luís Eduardo Magalhães – Não ficou pronto •• Estações de metrô Padre Cícero e Juscelino Kubitschek Manaus (AM) •• Arena da Amazônia •• Monotrilho Norte/Centro - Obra não será mais executada para a Copa •• Reforma e ampliação do Aeroporto Brigadeiro Eduardo Gomes São Paulo (SP) •• Arena Corinthians •• Ligação da Jacu-Pêssego com a Radial Leste – Ficará pronta apenas depois da Copa •• Ampliação do Aeroporto de Guarulhos – Inaugurado Terminal 3 •• Monotrilho – Saiu da Matriz de Responsabilidades e só será entregue depois do evento Respeite a sinalização de trânsito. Diengles A. Zambianco e Leandro M. Leite As Ações Civis Públicas movidas pelo Ministério Público em face dos Incentivos Fiscais concedidos pelo Distrito Federal (Tare e REA) Diengles Antonio Zambianco* e Laurindo Leite Júnior** O presente trabalho busca trazer esclarecimentos para as empresas que utilizaram os incentivos fiscais instituídos pelo Distrito Federal (Termos de Acordo de Regime Especial – Tare – e Regime Especial de Apuração do ICMS – REA), em razão da iniciativa do Ministério Público em contestar as referidas concessões. Não é de hoje que a questão relativa à concessão e utilização de incentivos fiscais pelos Estados e pelo Distrito Federal tem sido uma grande preocupação da maioria dos empresários brasileiros. Diante de um mercado extremamente competitivo, como é o caso da reposição automotiva, a decisão de operar com filiais em locais que concedem incentivos fiscais muitas vezes não é uma questão de aumento de lucratividade, mas sim de sobrevivência no mercado. Apesar da Constituição Federal disciplinar que a concessão de incentivos fiscais estaduais deve ser regulamentada por lei federal, e a lei federal atualmente em vigor (Lei Complementar 24/75) prever que a instituição de qualquer tipo de benefício deva ser previamente submetida à aprovação unânime do Conselho Nacional de Política Fazendária – Confaz –, na prática todos os Estados e o Distrito Federal concedem a mais variada gama de incentivos e benefícios fiscais sem observar essa formalidade. Especificamente no caso do Distrito Federal, a concessão de referidos incentivos atraiu grande parcela do mercado distribuidor de autopeças, que implantou filiais no referido local, passando a utilizar os benefícios concedidos como forma de manter-se competitivos no mercado. Contudo, o Ministério Público, que especificamente no caso do Distrito Federal é representado não por um órgão local, mas por uma divisão do Ministério 28 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 Público Federal, passou a mover Ações Judiciais (Ações Civis Públicas) em face dos Contribuintes e do próprio Distrito Federal nas quais, a pretexto de “proteger a sociedade”, passou a contestar a concessão dos incentivos fiscais. Especificamente no caso do Distrito Federal, os incentivos fiscais implementados pelos Tare e REA, apesar de concederem créditos em percentual de até 11%, determinavam que os contribuintes deveriam estornar créditos de ICMS relativo às entradas de mercadorias e preencher uma série de requisitos, como contribuir para Fundos Assistenciais, manter um número mínimo de empregados, aumentar anualmente o faturamento, dentre outras obrigações. Além dos requisitos acima indicados, as empresas que optaram por essa operação arcaram com os custos de abertura e manutenção da filial, frete, seguro e outros. O resultado positivo decorrente da sistemática de tributação (que ficava em torno de 1% a 3%), em praticamente todos os casos foi repassado no preço, servindo a concessão apenas como mecanismo de manutenção da competitividade. Contudo, a utilização dessa sistemática diferenciada de tributação não foi vista com bons olhos pelos Poderes Executivos dos Estados do Sul e Sudeste, que se sentindo ameaçados com o grande volume de operações que começou a circular pelo Distrito Federal, ao invés de discutirem judicialmente a legalidade dos incentivos fiscais concedidos por este Ente Federado, optaram por se voltar de forma truculenta contra os seus próprios contribuintes, negando-lhes o crédito de ICMS e impondo severas multas completamente arbitrárias e fora da realidade. Respeite a sinalização de trânsito. Diengles A. Zambianco e Leandro M. Leite Como se não bastassem as restrições impostas pelos Estados de destino das mercadorias (principalmente São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), os contribuintes titulares dos benefícios fiscais concedidos pelo Distrito Federal foram surpreendidos com as medidas de retaliação iniciadas pelo Ministério Público do Distrito Federal, ao argumento de que a população do Distrito Federal estaria sendo prejudicada em razão do Governo ter aberto mão do imposto que lhe pertencia. Mesmo diante das diversas afirmativas do próprio Governo Distrital de que sua arrecadação cresceu em progressão geométrica com as concessões dos Regimes Especiais, os Promotores de Justiça continuam firmes no posicionamento de que os contribuintes devem recompor o Estado pelo suposto prejuízo causado ao erário. No passado, a jurisprudência seguia no sentido de que o Ministério Público não teria legitimidade para a propositura de tais ações. Contudo a jurisprudência dos tribunais foi modificada em julgamento realizado pelo Supremo Tribunal Federal (RE 576.155), no qual se reconheceu a legitimidade do Ministério Público para mover referidas ações. Ocorre que, a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal foi sobre que o Ministério Público poderia apenas questionar a legalidade dos incentivos fiscais, nunca lhe atribuindo a competência para exigir qualquer tipo de tributo, que continua sendo ato privativo dos Agentes Fiscais da Secretaria da Fazenda do Distrito Federal. Inobstante tal fato, o Ministério Público passou a deliberadamente enviar para Execução Judicial o valor dos tributos que supostamente deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos, nos mesmos patamares que as cobranças realizadas pelos Estados destinatários das mercadorias. Com base em uma planilha elaborada pelos próprios Promotores, o Ministério Público tem impulsionado os processos que se encontravam paralisados em primeira e segunda instâncias, iniciando execuções contra os contribuintes titulares dos incentivos. Tais procedimentos têm gerado problemas para os contribuintes, dentre os quais destacam-se a ocorrência de penhoras, as restrições cadastrais e até mesmo bloqueios on-line de ativos bancários. Mesmo tendo sido celebrado um Convênio (Convênio ICMS n. 86/2011) e editada Lei específica pelo Distrito Federal concedendo anistia e remissão para tais cobranças (Lei Distrital n. 4.732/2011), ambas consideradas válidas pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (ADI 2012 00 2 014916-6), o Ministério Público mantém esforços na indevida continuidade dos processos de execução. Apesar de existir uma tendência de que parte dos juízes siga o posicionamento do Tribunal de Justiça do Distrito Federal acerca da validade e aplicação da Lei que concedeu a anistia, alguns juízes não acompanham esse posicionamento e têm admitido a sequência dos processos de execução. Contudo, o prosseguimento dessa cobrança é completamente ilegal, uma vez que a legitimidade do Ministério Público se restringe apenas em contestar os incentivos fiscais concedidos pelo Distrito Federal, jamais em realizar qualquer tipo de cobrança de tributo, por não possuir competência para tanto. Cabe, portanto, ao contribuinte, deparando-se com tais cobranças indevidas, defender-se adequadamente, contestando não apenas a legitimidade do Ministério Público para discutir os incentivos fiscais, mas também a total impertinência de que o mesmo tome agora o papel de Fisco, procedendo à cobrança do valor correspondente aos créditos anteriormente concedidos. Recentemente foram proferidas decisões nesse sentido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, impedindo o Ministério Público de prosseguir com a cobrança de tais valores, o que é um alento para os empresários que estão enfrentando essa dificuldade. Fica assim o alerta para que todos os contribuintes procurem se informar se há alguma Ação Civil Pública movida em face de sua empresa, bem como passem a acompanhar o andamento dessa ação, promovendo as medidas cabíveis para evitar que a mesma não venha a resultar em eventual perda para a empresa. *Diengles Antonio Zambianco é consultor e advogado do escritório Leite, Martinho Advogados-LMA, especializado em legislação fiscal, contabilidade e recuperação de créditos tributários. **Laurindo Leite Júnior é sócio do Leite, Martinho Advogados-LMA, escritório especializado em Direito Tributário e Societário, desenvolvendo atividades de consultoria e planejamento tributários, logística fiscal, defesa contenciosa e recuperação de créditos tributários. 30 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 Respeite a sinalização de trânsito. Cinto de segurança salva vidas. Fotolia.com Geomarketing S érgio D uque Surge uma preciosa ferramenta para lojistas e distribuidores de autopeças Com custo muito em conta G eomarketing, ou marketing geográfico, é uma abordagem que permite associar variáveis de influência e fatores determinantes a fim de se permitir analisar e visualizar potenciais de consumo segmentados geograficamente. A Audamec Marketing, com base em dados de 2014, desenvolveu um estudo qualitativo de geomarketing dirigido com exclusividade para o segmento da reposição automotiva. Através da consulta em múltiplas tabelas com informações detalhadas é possível conhecer: 32 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 1.Dados socioeconômicos de cada um dos 5.565 municípios brasileiros; 2.Frota circulante de veículos em cada um desses municípios, por montadora e modelo; 3.Cadastro com CNPJ, nome e endereço de varejistas de autopeças, além de oficinas mecânicas e funilarias e de outros prestadores de serviços do segmento; 4.Índice potencial de demanda de autopeças em porcentagem, com estudo de tendências; w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r 5.Gastos previstos com peças e mão de obra para manutenção de veículos, por classe social dentro de cada município. Os dados que compõem os quadros e que são utilizados para cálculo e formatação de algoritmo técnico dos índices são atualizados permanentemente e extraídos de fontes como IBGE, emplacamento do Renavam, consumo de combustível da ANP, produção de veículos da Anfavea e Sindipeças, entre outros. O acesso pode ser efetivado para consulta por município (5.565), por microrregião (567), por mesorregião (135) ou Estado da federação (27). Para se ter ideia da amplitude e qualidade da informação oferecida, em web com acesso via internet, basta saber que a Audamec Marketing, desenvolvedora e gestora do sistema, possui equipe que monitora as atividades econômicas e os agronegócios de cada mesorregião, alterando os fatores de influência que impactam nos resultados com autopeças e interferem no desempenho regional ou municipal. Chuvas e variações climáticas observadas recentemente nas regiões Norte e Sul do país foram acompanhadas e inseridas para proporcionalizar seu impacto no desempenho dos municípios atingidos, alterando a tendência para menos, já que parte da renda destes municípios, antes destinadas para manutenção veicular, será reposicionada para recuperação das questões civis. Lojistas de autopeças podem contratar plano anual de acesso com custos anuais na ordem de R$ 400,00 e possuir excelente forma de otimizar estoques com maior qualidade na informação das peças que comprar por veículo que circula em sua cidade ou região. Já distribuidores com atuação regional mais abrangente possuem também várias alternativas de planos e valores, que podem ser escolhidos de acordo com necessidades mais específicas. Para saber mais e obter login e senha para acesso demo, consulte www.geomarketingautomotivo.com.br ou, se preferir, ligue para (11) 2281-1840. Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 33 w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r O emplacamento de veículos até maio de 2014 Queda anunciada. Previsão ajustada para menos S e em 2013, que foi um ano ruim para venda de registrados de vendas voltaram a cair e os números veículos, vendia-se a média de 15 mil unidades comparativos entre os períodos de 2013 e 2014 marpor dia, neste ano a venda não conseguiu, até cam novamente indicadores negativos. A queda já está agora, ser superior a pouco mais de 13 mil, desempeem -1,61%. nho que deverá contribuir para a desaceleração da ecoPor todos os motivos apresentados, mais as expecnomia e do PIB, que teve um resultado de crescimento tativas de passagem do tempo da Copa e seus efeitos, declarado pelo governo de apenas 0,2% no primeiro tria aproximação do período de eleições, a estimativa de mestre de 2014 em relação ao último trimestre de 2013. institutos de estudos e de entidades como Anfavea Automóveis atingiram -8,26% em relação ao mesmo e Fenabrave reduziram um pouco mais a expectativa período de 2013, ainda com o segmento gozando de de venda de veículos automotores, neste ano deverá IPI reduzido, benefício previsto para encerrar neste atingir próximo de 5 milhões de unidades novas, quase mês de junho. 600 mil a menos que as previsões e fetivadas no final O segmento de comerciais leves continua a registrar de 2013. bons números e o volume a ser alcançado de vendas No início de junho, a rede contava com mais de 50 e emplacamento em 2014 não deverá surpreender, já dias de unidades em estoque, número elevado e que que a tendência de crescimento destes veículos se explica o porque das demissões e férias coletivas em consolida e confirma as previsões do mercado. diversas montadoras. Os segmentos de caminhões e ônibus apresentaram resultados negatiLICENCIAMENTO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES vos e tendência de queda. Parte desta situação é explicada por atrasos em Acumulado Jan-Mai Previsão programas de incentivo do governo e Segmento % Var. 2014 2014 2013 de liberação de recursos do BNDES. Na verdade, mais uma questão que 2.500.000 Automóveis 999.267 1.089.220 -8,26 ▼ gerará preocupação dentro de alguns 800.000 Comerciais Leves 332.750 315.674 5,40 ▲ meses, dadas as previsões de novo recorde estimado para a safra que terá de 145.000 Caminhões 54.596 61.285 -10,91 ▼ ser transportada. 32.000 Ônibus 12.737 14.173 -13,43 ▼ Sinal verde para o segmento da 60.000 Máquinas Agrícolas 25.295 31.480 -19,65 ▼ reposição, que verá aquecimento de vendas de peças e serviços na repara60.000 Implementos Rodov. 24.101 26.125 -7,74 ▼ ção de veículos destes dois segmen1.500.000 Motos 613.863 623.270 -1,51 ▼ tos que, sem novas unidades vendidas, terá que reformar a frota mais velha. TOTAL 2.062.609 2.161.227 -4,56 ▼ 5.097.000 Já no segmento de motocicletas, o Fonte: Licenciamento acumulado Fenabrave. Máquinas agrícolas apenas para referência, uma vez que que era doce, se acabou. Os volumes não há emplacamento. Previsão 2014, estudos Audamec Marketing. 34 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 Elvis P. Santos Estatísticas S érgio D uque Respeite a sinalização de trânsito. SEMINÁRIO DA REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA Respeite a sinalização de trânsito. O Seminário da Reposição Automotiva é uma realização do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), que integra as principais entidades representativas do setor: • Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), • Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças), • Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista de Peças e Acessórios para Veículos de São Paulo), • Sincopeças (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo), • Sindirepa (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), e organizado pelo Grupo Photon. E N D E R E ÇO Avenida Paulista, 1313 - São Paulo R E A L I Z AÇ ÃO : Abrapneus ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA APOIO 2013 O R G A N I Z AÇ ÃO GRUPO PHOTON [email protected] 11 - 2281.1840 DOS REVENDEDORES DE PNEUS 14 DE OUTUBRO DE 2014 TEATRO RUTH CARDOSO FIESP WWW.SEMINARIOAUTOMOTIVO.COM.BR PAT R O C Í N I O 2013 Em Destaque G rupo M áquina – P ublic R elations Rede PitStop completa cinco anos com 1.000 pontos de venda no Brasil Pioneira na adoção do modelo associativista no mercado brasileiro independente de reposição de autopeças, a empresa está presente em 16 Estados e mais de 370 cidades F ortalecer o mercado independente de reposição de autopeças no Brasil e transformar seus membros em empresários de sucesso. Desde 2009 esses têm sido os principais objetivos da Rede PitStop, empresa pioneira na adoção do modelo associativista no mercado automotivo brasileiro. A criação da Rede PitStop foi baseada no conceito utilizado pelo Groupauto International, grupo de origem europeia que reúne distribuidores de autopeças, varejistas e oficinas em mais de 45 países na Europa e América Latina. A PitStop foi trazida ao País pela Distribuidora Automotiva, empresa do Grupo Comolatti, com o objetivo de fortalecer todo o mercado de aftermarket brasileiro. Com uma rede estruturada de parceiros e profissionais especializados, a Rede tem sido importante para o amadurecimento do segmento e a melhoria na gestão e operação das lojas de autopeças, retíficas e oficinas mecânicas. Presente em 16 Estados e em mais de 370 cidades, a companhia celebra cinco anos de trajetória com 1.000 pontos de venda, entre lojas de autopeças, retíficas de motores e oficinas mecânicas. Ao integrar a Rede, os membros passam a contar com uma gama de serviços exclusivos, voltados a transformar a empresa em um estabelecimento diferenciado dos concorrentes. 38 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 Os benefícios são estruturados para locais que trabalham tanto com a linha de veículos leves (carros de passeio, pickups, vans e utilitários), classificados no conceito Eurogarage, como com a de pesados (caminhões, micro-ônibus, ônibus e V.U.C.), incluídos no conceito TopTruck. Atualmente, a PitStop oferece mais de 27 benefícios e programas exclusivos aos associados, baseados em cinco pilares: informação, formação, tecnologia, comercial/marketing e financeiro. O objetivo é capacitar o empresário para que ele esteja preparado para a alta concorrência do mercado e também para a crescente demanda por serviços que aliem confiabilidade, qualidade e boa relação custo-benefício. Somente em 2013, por exemplo, foram oferecidos 41 cursos de capacitação profissional, que contou com a participação de mais de 1.900 pessoas. “É extremamente gratificante acompanhar a história de sucesso da Rede PitStop. Em 2009, estávamos apenas em 62 cidades, hoje já alcançamos mais de 370. Com os 1.000 pontos de venda, a empresa se tornou a maior rede associativista do mercado independente de reposição de autopeças no Brasil e uma das mais representativas redes do Groupauto International no mundo”, ressalta Sergio Comolatti, presidente do Sergio Comolatti, presidente do Grupo Comolatti Rodrigo Carneiro, diretor comercial da Distribuidora Automotiva Grupo Comolatti, que acreditou desde o início que o modelo da Rede PitStop poderia agregar valor ao setor. “Criamos a Rede PitStop para garantir o crescimento sustentado do mercado independente de reposição de autopeças brasileiro. No primeiro ano, começamos com três consultores e realizamos 2,1 mil consultorias nas empresas associadas. Em 2013, tínhamos 28 consultores, mais de 10 mil consultorias e mais de 40 mil horas de trabalho. É com grande orgulho que temos colaborado para a formação de empresas bem sucedidas, capazes de se manter competitivas e oferecer um serviço de qualidade ao cliente. Fazer parte da Rede PitStop, evolui”, destaca Rodrigo Carneiro, diretor Comercial da Distribuidora Automotiva. “A estrutura da Rede PitStop tem o objetivo de proporcionar aos membros conhecimento, infraestrutura, fortalecimento da marca e condições comerciais favoráveis, tornando o negócio de seus associados cada vez mais atrativo e competitivo. Para tanto, a PitStop conta com o patrocínio dos principais fabricantes do mercado e o apoio da Distribuidora Automotiva, responsável pelo gerenciamento das operações das marcas Sama, Laguna e Matrix”, explica Paulo Fabiano Navi, diretor-adjunto da Rede PitStop. Divulgação Divulgação Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Paulo Fabiano Navi, diretor-adjunto da Rede PitStop Um dos programas oferecidos pela Rede PitStop é a consultoria de gestão e técnica. Com o benefício, os associados têm o auxílio de consultores especializados em gestão e operação, que ajudam a melhorar a administração da empresa e sua estrutura física. Outra vantagem focada na transferência de know how e no aprimoramento de habilidades é o programa de formação e capacitação profissional. Por meio de ciclos de palestras e cursos, os membros obtêm informações importantes para o desenvolvimento da companhia e a identificação de novas oportunidades de negócio. Na área comercial são realizadas ações exclusivas junto aos mais de 25 fabricantes de autopeças patrocinadores e parceiros da Rede PitStop, que permitem potencializar os resultados de vendas de toda a cadeia. Além disso, a empresa tem apostado fortemente em novas plataformas de comunicação. Pelo site da Rede, por exemplo, o associado pode acessar todas as informações relacionadas à Rede, como pacote de benefícios, ações promocionais e histórico das atividades desenvolvidas por cada empresa. O portal fornece, ainda, notícias estratégicas do mercado e uma agenda de eventos do setor, permitindo que seus membros estejam preparados para as novas demandas que surgirem no mercado. Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 39 Geomarketing Automotivo w w w.geomarketingautomotivo.com.br Informações on line sobre a demanda de autopeças em 5565 municípios brasileiros. Visite o site www.geomarketingautomotivo.com.br e entenda como esta ferramenta pode ajudar no desempenho de vendas da sua empresa. Respeite a sinalização de trânsito. Planos especiais para fábricas, distribuidores, lojas de autopeças, centros automotivos e representantes comerciais. Contratamos representantes comerciais para todo o Brasil. Interessados entrar em contato. 11 2281-1840 e-mail: [email protected] Photon na Internet SEMINÁRIO DA REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA Seguindo as tendências mundiais, o Grupo Photon marca presença no Twitter para que todo o seu conteúdo seja apresentado @grupophoton @automotivo @reposicao Cinto de segurança salva vidas. Siga nossos Twitter’s: Respeite a sinalização de trânsito. Cinto de segurança salva vidas. de forma dinâmica. Caminhos, tendências e reflexões para o aftermarket 55 11 2281-1840 WWW. REVISTAMERCADOAUTOMOTIVO .COM.BR Fotolia.com Gestão e Tendências R edação Desafios atuais Como organizar seu ambiente de trabalho de modo a aumentar a produtividade em seu dia a dia A revista Mercado Automotivo traz uma reportagem a respeito de um assunto que costuma ser mais frequente nos primeiros dias do ano: organização. Ao lado da promessa de iniciar a musculação, esta talvez seja uma das principais resoluções de ano novo que as pessoas costumam estabelecer a si próprias. O motivo é evidente: quanto melhor a organização, melhor a produtividade e o desempenho, seja na vida pessoal ou na profissional. O problema é que os meses vão passando, o tempo livre vai ficando cada vez mais escasso e quando chegamos a julho as pessoas nem ao menos se recordam das promessas feitas em janeiro. Se esse cenário já é ruim no campo pessoal, imagine no profissional, onde a máxima “tempo é dinheiro” é cada vez mais verdadeira. O Brasil tem atualmente uma taxa de desemprego baixa e especialistas têm apontado que, neste momento, é necessário aumentar a produtividade do brasileiro, fazê-lo render mais. As empresas têm “quebrado a cabeça” para pensar em formas de ampliar os resultados obtidos por seus 42 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 colaboradores, mas esbarram em questões que, de cara, parecem muito complexas. Deve-se aumentar os salários? Investir em bônus? Propiciar folgas para metas atingidas? Aumentar as próprias metas? São pontos que geram um intenso debate, até mesmo porque podem trazer consequências (não apenas financeiras) à empresa e a todos os seus sócios e funcionários. O que os empresários, diretores e gestores acabam esquecendo é que é possível aumentar a produtividade de seus colaboradores a partir de atitudes simples, baseadas na organização e disposição do ambiente de trabalho. Geralmente quando esse assunto é abordado, costuma-se logo relacionar esse “novo ambiente de trabalho” com aquele tipo oferecido pelo Google. Com boa força de trabalho jovem, a empresa norte-americana se diferencia das demais por oferecer aos funcionários um ambiente mais descontraído, com espaço para lazer e descanso, além de itens de alimentação para consumo rápido. A realidade do Google, no entanto, não pode ser estendida para as empresas de todos os setores. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r No segmento automotivo, por exemplo, é necessário pensar no aumento da produtividade de colaboradores que já têm um perfil sênior. Nesse contexto, não faz sentido oferecer a estes executivos espaços com mesa de bilhar, de tênis de mesa, entre outras opções presentes na sede do Google. O importante atualmente é saber aproveitar os espaços, especialmente em grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, nas quais os preços dos imóveis têm feito as pequenas e médias empresas optarem cada vez mais por estabelecimentos em locais menores. Para isso, uma boa opção é apostar em ambientes abertos, sem divisórias, ampliando a relação dos próprios colaboradores que não ficarão restritos aos funcionários de seu próprio núcleo. Um dos principais receios de diretores e presidentes no que diz respeito a esse tipo de ambiente é a possível perda de autoridade e hierarquia, já que todos os funcionários ficariam no mesmo espaço, sem salas especiais. É necessário lembrar, no entanto, que excluir as divisórias não significa excluir a hierarquia de cada empresa. Ao contrário. Ao trabalhar diretamente com seus funcionários subordinados você gera empatia e passa uma imagem de gestão mais aberta, que está suscetível, é claro, a ouvir pedidos de aumentos, melhora nos benefícios etc., mas que também poderá fazer cobranças mais assertivas e explorar o potencial de cada um. Esse tipo de ambiente não exclui a presença da tradicional sala de reuniões. No entanto, até mesmo esse espaço pode ser melhorado para que os encontros sejam mais produtivos. Uma boa ideia é sempre exigir a reserva das salas, por meio eletrônico ou por um simples controle feito a mão. Assim, você também pode informar aos funcionários que deseja reunir-se em 10 minutos. Qual a vantagem disso? Quando você avisa com uma pequena antecedência os funcionários que irão participar de uma reunião e o tema do encontro, você dá a chance de que eles se preparem corretamente para o evento. Imagine um presidente que acabou de chegar à sede da empresa e está preocupado porque recebeu a informação de que seu estoque está baixo demais. Ele reserva a sala de reunião e informa, por e-mail, ao diretor de vendas e ao diretor financeiro que precisa falar com eles sobre o assunto em 10 minutos. Rapidamente, os dois poderão reunir as informações referentes às vendas dos últimos meses, bem como os pedidos que foram feitos aos fornecedores e se houve alguma demanda extra recentemente que pudesse justificar uma possível queda no nível do estoque. Ao chegar à reunião, o presidente terá todos esses dados à sua disposição e poderá deliberar corretamente a respeito do assunto. O encontro, que poderia durar horas, será concluído rapidamente, de forma proveitosa, liberando todos os envolvidos para suas respectivas atividades. Quanto à mesa de trabalho, recomenda-se uma organização eficiente. Ou seja, a mesa não precisa estar bonita e, sim, prática. Muitos profissionais perdem minutos preciosos atualmente porque simplesmente não tem à sua disposição todo o material que necessitam para seu trabalho. Vivem correndo atrás de pastas, documentos, informes etc., que nunca estão em suas mesas e gavetas. Parece pouco, mas faz toda a diferença organizar seu material de modo que suas necessidades diárias de trabalho sejam atendidas simplesmente esticando o braço ou abrindo uma gaveta. O ideal, é claro, é manter os documentos mais utilizados em cópias digitais, que podem ser acessadas através do e-mail e até mesmo através das chamadas nuvens de armazenamento, que guardam os conteúdos com segurança para que os colaboradores possam acessá-los mesmo à distância. Confira a seguir algumas dicas que poderão ser úteis para que seus funcionários possam otimizar o tempo e aperfeiçoar o ambiente de trabalho e trazer resultados mais expressivos no dia a dia: • Mesa de trabalho: retire o que não é essencial. Se aquela pilha de papéis está intocada há um mês, o melhor é armazená-la em uma gaveta. Tenha em mãos uma garrafa pequena de água ou uma xícara de café, assim você evita paradas desnecessárias a todo momento. • E-mail: utilize pastas com nomes simples como “pendências”, “financeiro”, “diretoria”, “férias” etc. Assim você mantém sua caixa de entrada mais vazia e organizada. • Tenha uma agenda sempre à mão, seja no celular ou em papel para manter-se organizado de forma coerente e estratégica durante o dia a dia. • Evite o “retrabalho”. Se você acabou de participar de uma reunião e saiu de lá com duas tarefas, execute-as. Ao deixar para depois, você acaba tornando essas atividades, inclusive, maiores. Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 43 ANDAP NEWS Diretoria da Andap se reúne na Fecomércio/PR A proveitando a visita à 7ª edição da Autopar – Feira de Fornecedores da Indústria Automotiva –, que aconteceu de 4 a 7 de junho no Expotrade, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, no dia 4 de junho associados e membros da diretoria da Andap se reuniram na sede da Fecomércio/PR para discutir vários temas de interesse do setor de distribuição. Presidida pelo vice-presidente da Andap, Rodrigo Carneiro, o encontro contou com a participação do presidente da Fecomércio/PR, Darci Piana, que fez a abertura da reunião, destacando o desempenho do comércio do Paraná, quanto representa no PIB nacional, geração de empregos, entre outros indicadores. Também comentou sobre as dificuldades dos empresários referente à inclusão de 23 mil itens na lista da MVA (Margem Valor Agregado), no Estado do Paraná. Piana destacou a importância da atuação dos associados para garantir a união e o fortalecimento das entidades, uma forma de evitar que novos impostos sejam criados pelo governo. O presidente do Sincopeças-RS, Gerson Nunes Lopes, também fez questão de enfatizar que esta é uma maneira eficaz de evitar que novos tributos surjam para interferir ainda mais no setor. Representando o comércio de autopeças do Paraná, o presidente do Sincopeças-PR, Ari dos Santos, falou da importância da Autopar e salientou que a alta carga tributária prejudica as empresas. Compliance – Entre os temas debatidos, o advogado Ricardo Inglez de Souza, do escritório Whitaker e Castro Advogados, proferiu palestra sobre um assunto que está muito em voga entre multinacionais: compliance, métodos que regem o comportamento de executivos em compa- 44 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 nhias a fim de combater a corrupção, o cartel e práticas que possam colocar em risco a imagem da empresa. Souza explicou que esse conceito, amplamente difundido na Europa, começa a ficar em evidência no Brasil. “A falta de cultura do compliance, a ausência de discussão e a pressa em aprovar leis resultaram em legislações complexas e que ainda são desconhecidas na sociedade”, afirma Souza. Frota circulante – Para falar de mercado, o consultor Edgar Fraga destacou dados da frota circulante como informação estratégica para as empresas e apresentou um sistema de dados que identifica as marcas que mais ganham participação de mercado e previsão de vendas para os próximos anos nos segmentos leve e pesado. Selo do Inmetro – A certificação de autopeças com o selo do Inmetro, prazos e estoques de produtos também esteve na pauta da reunião. O conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição e coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva –, Elias Mufarej, falou sobre as adequações, mostrou a lista de itens que serão certificados e prazos para homologação. Programa de pós-venda – Também foi apresentado um programa de pós-venda. O vice-presidente da Andap, Anselmo Dias, que vem estudando esse tema há muito tempo, desenvolveu um projeto que visa agilizar a devolução de peças em garantia. A ideia é padronizar o processo de entrega e garantia de mercadorias no mercado de reposição. Mas, para que o programa tenha êxito, ele reforça a importância do envolvimento de distribuidores e fabricantes. Respeite a sinalização de trânsito. Divulgação Eventos – Sindirepa M ajô G onçalves Prêmio Sindirepa-SP 2014 Em sua 5ª edição, 22 categorias são premiadas O Sindirepa – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo – realizou em 20 de maio, no Teatro Ruth Cardoso, na sede da Fiesp-Federação Das Indústrias Do Estado De São Paulo, a 5ª edição do Prêmio Sindirepa-SP. O prêmio, balizado em pesquisa que avalia as empresas que mais se destacaram na opinião de 150 reparadores, contou com a presença de centenas de convidados, entre reparadores, representantes de fábricas e diretoria da entidade. “É muito importante o setor estar representado por vários reparadores que deram a sua opinião e avaliaram as empresas em vários quesitos para se chegar a este resultado”, afirma o presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola. A pesquisa, realizada pela Cinau (Central de Inteligência Automotiva), elegeu as marcas preferidas dos fornecedores em 22 categorias, um número recorde. As escolhidas foram as empresas que mais 46 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 contribuíram para o desenvolvimento do segmento e auxiliaram as empresas de reparação a alcançar a excelência de atendimento junto aos consumidores. As premiadas receberam classificações ouro, prata e bronze. Além dessas, mais duas empresas receberam uma premiação especial: a Bradesco Seguros como Parceira do setor da Reparação Independente 2014, e a Robert Bosch como Grande Prêmio de Relacionamento. Os vencedores poderão utilizar o selo representativo do prêmio em material de divulgação até o dia 30 de abril de 2015. A premiação foi patrocinada por empresas que reconhecem a importância da iniciativa. Bradesco Seguros ficou com ao cota de patrocínio Diamante; Mahle Metal Leve, Porto Seguro e Schaeffler com a cota Ouro; e Audatex, Bosch, Magnetti Marelli-Cofap e Rede PitStop, com a cota Prata. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r CLASSIFICAÇÃO CATEGORIA 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar Amortecedores •• Cofap •• Monroe Amortecedores •• Nakata Baterias •• Baterias Moura •• Baterias Heliar •• Acdelco Bombas de combustível •• Robert Bosch •• Delphi •• Magneti Marelli Catalisadores •• Mastra •• Tuper Escapamentos e •• Magneti Marelli Componentes para motor •• Mahle Metal Leve •• Cofap •• TRW Automotive Correias •• Dayco Power Transmission •• Continental Contitech •• Goodyear Engineered Products Embreagem •• Luk •• Sachs •• Valeo Service Equipamentos de diagnóstico de motores •• Napro •• Tecnomotor •• Robert Bosch •• Alfatest Ferramentas •• Ferramentas Gedore •• Raven - Ferramentas Especiais •• King Tony Brasil Filtros •• Fram •• Robert Bosch •• Mann-Filter •• Tecfil Juntas de motor •• Sabó •• Taranto •• Mahle Metal Leve Lâmpadas automotivas •• Philips •• Osram •• GE - Via Lus Molas •• Molas Fabrini •• Cofap •• Nakata •• Aliperti Molas Óleo lubrificante •• Mobil •• ELF Uma Marca da Total •• Castrol Pastilhas de freio •• Cobreq •• SYL •• Bendix - By Honeywell Pneus •• Pirelli •• Goodyear •• Michelin Radiador •• Radiadores Visconde •• Valeo Service •• Delphi Retentores •• Sabó •• Corteco •• SKF Do Brasil Rolamentos •• INA •• SKF Do Brasil •• NSK Brasil Velas de ignição •• NGK Do Brasil •• Robert Bosch Tintas automotivas •• Sherwin-Williams Divisão •• Wanda Automotiva Companhia de seguros •• Porto Seguro Catalisadores •• Allianz •• Bradesco Seguros •• PPG •• Itaú Auto e Residência S/A Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 47 Flash w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r J Divulgação FRAS-LE INAUGURA CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO EM DUBAI untamente com a Controil, a empresa esteve na Automechanika Dubai 2014 Ao mesmo tempo em que participava da Automechanika Dubai, realizada de 3 a 5 de junho, onde foi expositora juntamente com a Controil, o representante da Fras-le, diretor Rogério Luiz Ragazzon, na presença de clientes convidados, inaugurou, no dia 5 de junho, em Dubai, nos Emirados Árabes, um Centro de Distribuição. A nova estrutura visa garantir estoque local para dar suporte à estratégia de crescimento das vendas no Oriente Médio e na Ásia Central e, ainda, ampliar a presença da empresa em Diretoria da Fras-le. Da esq. para a dir.: Rogério Luiz Ragazzon com Juliano novos mercados conquistando novos clientes. Grandi, da Fras-le Middle East; Felipe de Carvalho, da Fras-le África; Gelson Com um escritório comercial em Dubai desde Adami, gerente de Exportação da Fras-le Brasil; e Alexandra Toigo e Jascivan de Carvalho, ambos da Fras-le Middle East. 2006, a Fras-le tem garantido o atendimento integral às demandas destas regiões e aproveita eventos como a Automechanika para mostrar sua linha de produtos, como lonas e pastilhas para veículos leves e pesados, revestimentos de embreagem, pastilhas e sapatas para motos, trens e metrôs, pastilhas para aeronaves, lonas moldadas e trançadas e placas universais. Dentre os produtos expostos pela Controil na Feira, o destaque foi para os sistemas de freios hidráulicos, embreagens e servo freios, além de soluções em polímeros e borrachas. A Fras-le é a maior fabricante do mundo de lonas para freio com um portfólio de mais de 10 mil referências com as marcas Fras-le, LonaFlex e Controil. Suas fábricas estão localizadas no Brasil, nos EUA e na China e centros de distribuição na Europa, Argentina, nos Emirados Árabes, além de escritórios comerciais na África do Sul, Alemanha, Argentina, no Chile, nos Estados Unidos e no México. ESTE ANO TEM SALÃO MUNDIAL DE PARIS Por Jarbas Ávila C om o audacioso título “O Futuro do Automobilismo está em Paris”, os organizadores da mostra e a representante exclusiva no Brasil Marie-Ange Joarlette, diretora da Promosalons-Brasil, lançaram oficialmente aqui em São Paulo, no dia 15 de maio, uma das mais esperadas feiras automotivas mundiais: a Mondial de l’Automobile 2014. A mostra, bienal, acontecerá de 4 a 19 de outubro em Paris na Expo Porte de Versailles. Segundo os organizadores, há dois anos a Mondial acolheu nada menos do que 1.231.416 visitantes e cerca de 12.000 jornalistas oriundos de 103 países, o que confirma a primeira posição da Mondial de l’Automobile dentre os maiores salões internacionais. O momento é extremamente positivo e com a volta de algumas montadoras, como Aston Martin e Tesla Motors, as áreas ocupadas estão aumentando e inúmeros lançamentos mundiais já estão programados pelas montadoras do mundo todo. Vários fornecedores já confirmaram também seu retorno, como Faurecia e Visteon Electronics. Veículos de passeio, utilitários, de frota, carroçarias, equipamentos e acessórios, serviços, automóveis seminovos estarão presentes na mostra. Além disso, vários eventos paralelos e testes de veículos marcarão esta nova edição do salão. Mais informações veja no nosso website: www.mondial-automobile.com, ou com Marie-Ange Joarlette ([email protected]), tel. 11 3711-0001. 48 Mercado Automotivo • junho / julho • 2014 Respeite a sinalização de trânsito.
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