Automec 2013 - Grupo Photon

Transcrição

Automec 2013 - Grupo Photon
Ano 23 – Número 220
Entrevista
José Angelo Sturaro,
da Cobra Rolamentos,
analisa os novos desafios
dos distribuidores
Especial
487043
0 0 2 2 0
Corte de gastos – Reduzir
custos hoje é uma questão de
sobrevivência para empresas
Automec 2013
Maior feira do setor traz novidades e mostra a
força do aftermarket brasileiro
Elvis P. Santos
Índice
Índice
20
4
Capa Confira os principais destaques
apresentados na 11ª edição da Automec,
considerada a maior feira do setor
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
8
Entrevista
24
Eventos – Automec
40
Duas Rodas
12
Carro
28
Especial
42
Eventos – Beijing
14
Pesados
32
Tecnologia
44
16
Estatísticas
34
GEOMARKETING
18
Pesquisas e Tendências
36
José Angelo Sturaro, da
Cobra Rolamentos, fala sobre
desafios e expectativas para
os distribuidores do setor
automotivo
Citroën mescla tecnologia e
esportividade no lançamento
do DS4
Ford mostra a sua força no
segmento de Extrapesados
Venda interna: números
em queda
Se a moda pegar...
Entidades apresentam o
cenário do setor de reposição
independente na abertura
da Automec
Saiba quais são os maiores
custos para empresas do
aftermarket e como
fugir deles
Óleo lubrificante: troca que
garante economia
Bahia
46
Chinesa Jonny Motos anuncia
inauguração de fábrica
no Brasil
Feira de Beijing comemora
30 anos de sucesso
Artigo – Contribuições
Previdenciárias
Possíveis desonerações da
folha de pagamento
Eventos – Bolonha
Autopromotec, Bolonha,
Itália, 2013
Artigo – Direito
Empresarial
STF julga inconstitucional
norma sobre PIS e Cofins
em importações
5
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Carta ao Leitor
La nave vá....
A
o sabor das ondas e das marolas, navegamos sem bússola e
ao sabor das calmarias...
Os números não nos deixam sossegados. E não é de hoje! Em
janeiro, o vento soprava quente e parecia que nos empurraria
para mares mais altos onde nadam peixes maiores. Ledo engano. O
carnaval já passou, mas o ano parece não querer começar!
E, pelo visto, as medidas paliativas de aumento de consumo parecem
ter esgotado o fôlego da varinha de condão da nossa presidente, mais
interessada em se manter no poder do que em manter o que comer na
despensa da nossa gente.
Enquanto o governo não tomar medidas corretas de real incentivo para
a classe produtora, dificilmente sairemos deste marasmo. O “Pibinho”...
de 3% para este ano já começa a sumir no horizonte levando na mesma
correnteza o índice de 2,5%, que também já nos olha de longe e ameaça
nos dizer adeus.
Segundo dados do IBGE divulgados em 02/04, a produção industrial de
fevereiro apresentou recuo de 2,5%. Tal resultado praticamente elimina
o avanço de 2,6% registrado em janeiro, além de ser a queda mais expressiva do indicador desde dezembro de 2008, quando foi verificada
uma retração de 12,2%.
O número de fevereiro indica que 15 dos 27 ramos pesquisados apresentaram queda, com destaque para a forte influência negativa exercida
pelo setor de veículos automotores, que recuou 9,1% e eliminou o avanço
de 6,2% observado em janeiro.
Segundo declarou Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo), ao avaliar os últimos dados de desempenho da economia, já se nota sinais de “grandes dificuldades” para
o Brasil alcançar os 3% de crescimento do PIB projetados no início deste
ano. “Iniciamos o ano prevendo crescimento da indústria de 2,5%, e do
PIB de 3%. Com estes primeiros dados, já sabemos que o desempenho
industrial será menor. Se não houver mudanças na política econômica,
vamos enfrentar grandes dificuldades em 2013”.
Mas como em todas as histórias, enquanto uns
choram, outros vendem lenços, e é nas crises
que o setor do aftermarket leva certa vantagem,
pois, com menos dinheiro para trocar de carro,
o consumidor procura manter melhor o seu
velho veículo, o que acaba por representar um
faturamento maior para nosso sofrido setor
do aftermarket!
Jarbas Salles Ávila Filho,
diretor do Grupo Photon
6
É esperar para ver!
Boa leitura
Grupo Photon na internet
www.photon.com.br
www.twitter.com/grupophoton
Diretoria
Marilda Costa Salles Ávila
[email protected]
Jarbas Salles Ávila Filho
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REVISTA MERCADO AUTOMOTIVO é uma publicação mensal do Grupo Photon.
Circulação abril de 2013.
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Com 25 anos de atuação no
mercado, a Distribuidora Cobra
Rolamentos e Autopeças sabe
que o setor está em constante
mudança. Dessa forma, adaptar-se às novas demandas dos
consumidores torna-se cada vez
mais complexo.
Em entrevista à Revista Mercado
Automotivo, o sócio-gerente
da empresa, José Angelo B.
Sturaro, afirma que o distribuidor
terá “que se reinventar” para
prosperar no setor. Confira a
entrevista do executivo a seguir:
Redação
Revista Mercado Automotivo – A
Cobra Rolamentos completou 25
anos em outubro do ano passado. O que fez com que a empresa
chegasse com tanta credibilidade
nesta marca? Quais foram os desafios vencidos para que este ponto
fosse alcançado?
José Angelo B. Sturaro – A empresa sempre acreditou no conhecimento de mercado, de produto e
na especialização em rolamentos
para desenvolver sua estratégia
de vendas. Há 25 anos, quando
começamos, percebemos que
rolamentos era para os demais
8
distribuidores um complemento
de portfólio. Nenhum deles tinha
o produto como principal item de
vendas. O esboço da Cobra estava
pronto e, portanto, era preciso
trabalhar forte para tornar a marca
conhecida. Naquela época, distribuições tinham peso. Grande parte
do valor da empresa era baseada
em suas bandeiras e, às vezes, se
tornava necessária a aquisição de
determinada empresa apenas para
ter a marca desejada.
Isso fez com que em apenas 2
anos de atividade estivéssemos
presentes em 3 Estados. As filiais
em Maringá (PR) e Campo Grande
(MS) facilitavam a distribuição para
Divulgação
Entrevista
Renovação constante
fora de São Paulo. Vale ressaltar
que sempre apostamos na regionalização, pois entendemos que
quanto mais próximo do cliente,
mais oportunidades de
vendas surgirão.
No passado, a regionalização
era mais bem administrada e conseguíamos movimentar o material
parado em uma filial para outra
que estivesse precisando. Hoje
isso é impossível! A famigerada ST
(Substituição Tributária) se tornou
a vilã dos distribuidores, pois em
cada transferência interestadual
tem que se fazer um novo pagamento, o que inviabiliza
as operações.
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E agora, como a Cobra
Rolamentos projeta os seus próximos 25 anos? É difícil manter-se no topo?
Acreditamos que mudanças radicais acontecerão nos próximos
anos. O modelo atual (fábrica-distribuidor-revendedor) já não
funciona como antes e vemos
que cada vez mais o revendedor
procura se abastecer de fábricas, principalmente das que
são consideradas alternativas.
Observamos também inúmeros
distribuidores que se abastecem
de fábricas e atuam direto
no varejo.
Com a chegada de redes
especializadas no consumidor
final a situação tende a se definir.
A maioria dos fabricantes vende
direto e o “canal distribuidor” terá
que se reinventar. Marca própria
e especialização são algumas das
opções que teremos que levar em
conta. Atualmente nosso foco é o
lojista de autopeças.
Os números do portfólio da empresa chamam a atenção, afinal
são mais de 20 mil itens. O senhor
considera que esta é uma das
chaves do sucesso hoje para o setor
de reposição automotiva? Ou seja,
ampliar fortemente o portfólio
para atender o máximo possível
de clientes?
Optamos por ter um número reduzido de marcas distribuídas, pois
trabalhamos com a linha completa e não apenas com os itens de
alto giro. A grande diversidade de
marcas e modelos à disposição do
consumidor faz com que o inventário aumente sistematicamente. A
cada lançamento, novos itens terão
que ser incluídos.
A ação de nossos principais fornecedores mostra que todos estão
se movimentando para fornecer o
maior número possível de itens.
Mesmo aqueles que não produzem
em seu parque fabril, compram de
A maioria
dos fabricantes
vende direto e o
‘canal distribuidor’
terá que se reinventar.
Marca própria e
especialização são
algumas das opções
que teremos que
levar em conta
terceiros, embalam em suas caixas
e, por conta disso, aumentam o
número de distribuidores já que é
impossível comprar de tudo e
de todos.
Atualmente são 22 filiais espalhadas pelo Brasil, certo? É possível
atender o Brasil inteiro com
essas unidades?
Agora são 24, acrescentamos
Ananindeua (PA) e Vila Velha (ES).
No nosso entendimento serão ainda necessárias várias lojas. O comportamento de compra dos nossos
clientes mostra que fazem do
estoque do distribuidor uma extensão do seu e retiram mercadorias
várias vezes ao dia. Nas capitais,
onde o trânsito é mais complicado,
o ideal seria um ponto de estoque
em cada região. Aqui em São Paulo,
o lojista da Zona Norte dificilmente
mandará retirar material em um
distribuidor da Zona Sul e é assim
em todas as regiões. Se [você] está
presente, vende.
A Cobra Rolamentos afirma que
todas as suas unidades são interligadas. Como isso é feito? Quais são
os desafios deste processo? É difícil
manter uma identidade entre unidades que estão inseridas nas mais
diferentes culturas do Brasil?
Desde 1999, com a implantação
do SAP, passamos a interligar
as unidades visando melhorar
os processos que envolvem
uma filial. Inicialmente começamos com o uso do satélite
e hoje dispomos de outras
tecnologias como links dedicados de internet e links ponto a
ponto. Todo o banco de dados
está instalado na matriz e nas
unidades temos aplicações
desenvolvidas para acessar
essas informações remotas.
Começamos apenas com o
faturamento integrado e passamos todos os outros setores
da empresa aos poucos. Neste
ano vamos finalizar a integração
de toda a empresa com um novo
sistema de vendas, já implantado
em algumas lojas. Com as informações centralizadas temos um banco
com aproximadamente 1 terabyte
de dados. O principal problema
enfrentado é a qualidade dos
serviços telefônicos que dispomos.
Toda semana acontece problema
em alguma unidade devido à queda do serviço. Temos dois links de
comunicação em cada unidade, um
principal e um backup, mas mesmo
assim convivemos com interrupções dos serviços. Várias vezes
chegamos a ficar com uma unidade
trabalhando com uma antena 3G.
O custo com logística ainda é um
peso muito grande para empresas
que atendem o Brasil inteiro? Em
sua opinião, o que poderia ser feito
para amenizar essa situação?
Sim, o custo de transporte e armazenagem é crescente e pesa muito
no resultado final de uma loja.
Ninguém gosta de inventário alto,
mas onde o sistema tributário penaliza a distribuição, que é quem
antecipa todos os impostos da
cadeia, a situação ficaria sensivelmente melhor se nossos fornecedores mantivessem um centro de
distribuição (CD) em cada Estado.
9
Entrevista
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Enquanto a mercadoria está
com o fabricante não há imposto
a ser pago.
Se isso fosse viável, possibilitaria
aos distribuidores praticamente dobrar o tamanho de suas atividades,
com geração de novos empregos.
Atualmente, praticamente a metade
de nossos inventários é de impostos
recolhidos antecipadamente. O CD
do fabricante possibilitaria diminuir
esse custo da antecipação.
Em sua opinião, qual é a importância
do programa Inovar-Auto para o
setor de autopeças brasileiro? Pode
ser considerado um divisor de águas
para o setor ou esta visão
é exagerada?
Não acreditamos em divisor de
águas. É um programa dirigido principalmente às montadoras. Quem
não estiver presente e não aderir ao
Inovar-Auto perderá competitividade, pois estamos falando de até 30%
na conta do IPI. Se analisarmos pelo
lado da capacitação de fornecedores,
não se terá muita vantagem por conta do IPI menor, com 4% ou 5% que
é a base das peças de linha pesada,
caminhões e ônibus. O incentivo não
compensa o investimento e o produto importado continuará mais barato.
A base do programa são carros
econômicos e seguros. Se o governo
se preocupa realmente com segurança veicular, deveria olhar o que
acontece com a manutenção automotiva. Não interessa o carro ser seguro
quando novo, se por conta dos altos
impostos a troca de peças vitais
é negligenciada.
Acreditamos que a obrigatoriedade dos impostos na nota fiscal
chame a atenção do consumidor. É
inadmissível que peças de reposição
não tenham tratamento diferenciado
do governo. Em peças monofásicas,
amortecedores e embreagens, por
exemplo, há 13,10% de PIS e Cofins,
IPI de 16%, ICMS 18% e ST de 16,47%.
O fabricante fica com R$ 68,90 em
uma venda que o distribuidor paga
10
R$ 132,47. São absurdos R$ 63,57
de impostos, impressionantes
92,26% sobre o custo.
O que agrava a situação é que
a gana de continuar aumentando
não tem fim. Agora mesmo o setor
trabalha para que as Secretarias da
Fazenda revejam a carga tributária. Ainda não perceberam que o
aumento abusivo de impostos dá
margem à sonegação, ao aumento
no roubo de carros para desmanche e ao não comparecimento para
a inspeção veicular, deixando com
isso de pagar o IPVA.
Sobre os produtos asiáticos, há
quem diga que o Brasil deve estar
pronto para competir com eles.
Mas há quem afirme que a maioria
dos produtos tem procedência
duvidosa e sua entrada no Brasil
deveria ser controlada. Qual sua
opinião sobre o tema?
Sem reformas trabalhistas, previdenciárias e tributárias, nunca
teremos condições de competir
em igualdade com eles. Discordo
de que a maioria tem procedência
duvidosa. Como em todos os mercados, há bons e maus fabricantes
e não é diferente com os asiáticos.
Estão aí os carros coreanos para
mostrar que também sabem fazer
produtos de qualidade.
O Inmetro já barra as importações de produtos de uma lista
de autopeças que não tem certificação. A tendência é a ampliação
dessa lista até que todos os produtos estejam contemplados.
Em seu site a Cobra Rolamentos
afirma que tem um atendimento
personalizado, por equipe altamente treinada e especializada.
Gostaria que falasse sobre esse
treinamento de funcionários.
Como ele é feito e qual a importância deste processo para a empresa?
Temos experts em cada linha que
trabalhamos. São funcionários
dedicados unicamente à informa-
ção, alimentando diariamente nosso
catálogo eletrônico e disseminando-as aos demais vendedores, internos
e externos. Junte a isso o treinamento oferecido pelos fabricantes e fica a
certeza de que o cliente estará
bem atendido.
Também oferecemos treinamento
para clientes e mecânicos, notadamente na parte de tensores, enriquecendo-os com informações técnicas e
valiosas para a correta montagem do
produto. Esse trabalho é de enorme importância para a empresa. É
gratificante ter o reconhecimento do
aplicador e do cliente e saber que
seu serviço superou a expectativa é
muito bom.
A empresa tem ações ligadas à responsabilidade social?
Não dá para deixar de contribuir para
uma expectativa de vida melhor aos
que necessitam. Apesar de a carga
tributária ser altíssima, sempre achamos como contribuir.
Sempre fizemos contribuições
voluntárias para várias entidades. A
partir de 2000 passamos a concentrar nossas contribuições na Abrinq.
Somos uma empresa amiga da criança e não fazemos uso de menores em
nossas atividades. A Abrinq, por ter
ações em todo o Brasil, atende nosso
objetivo que é o de contribuir em
todos os lugares nos quais atuamos.
Em 2002 passamos a contribuir
também com o departamento de voluntários da Sociedade Beneficente
Israelita Brasileira do Hospital Albert
Einstein, que atua fortemente na
comunidade de Paraisópolis.
Em 2003 elegemos ainda o
Hospital Santa Marcelina para receber nossas contribuições e, pelo que
sabemos, funciona como o Hospital
das Clínicas da Zona Leste com atendimento gratuito para pessoas carentes de praticamente todo o Estado.
Eventualmente fazemos ainda outras
contribuições, como aos Doutores
da Alegria.
Divulgação
Carro
Citroën DS4 mescla
elegância e tecnologia
Marca combina elementos de versões anteriores e apresenta
o veículo mais equilibrado da linha DS
O
Redação
novo Citroën DS4 chega a ser um verdadeiro “achado” no setor em que se apresenta. Disputando
mercado com carros como Audi A3 e BMW Série
1, o veículo se destaca porque é equilibrado e mais barato que os demais. Aposta na tecnologia e nas suas
funções extremamente atraentes, mas não deixa de ser
elegante e bonito.
E a proposta, segundo a marca, era exatamente essa.
O modelo chega para completar a linha conhecida como
DS, aposta da montadora para carros que aliam tecnologia, exclusividade, desempenho e espírito vanguardista.
“O DS4 antecipa tendências e propõe uma nova abordagem do requinte e do prazer ao dirigir. Ele representa
a nossa visão do coupé do amanhã”, afirma Francesco
Abbruzzesi, diretor-geral da Citroën do Brasil.
Para Olivier Vincent, designer responsável pelo projeto do veículo, a ideia desde o início era dar ao modelo
um lado urbano e desbravador, mas sem deixar de lado
sua “essência dinâmica”. “Um carro com uma proposta
realmente inédita e com caráter próprio”, diz.
Para isso, o DS4 parece ter exportado um pouco da
esportividade do compacto DS3 junto com o conforto e
itens tecnológicos do crossover DS5. O DS4 tem versão
única e é vendido por R$ 99.900. O preço, de fato, atrai,
levando-se em consideração que seus concorrentes da
12
Audi e da BMW saem a partir de R$ 121 mil e R$ 106 mil,
respectivamente.
Apesar da versão única, são quatro as opções de cores
para a carroceria do DS4: Noir Perla Nera (preto metálico),
Gris Shark (cinza metálico), Rouge Babylone (vermelho
perolizado) e Blanc Nacré (branco perolizado). Nas duas
primeiras, os frisos laterais entre as caixas de rodas recebem a mesma cor da carroceria e nas outras duas o
acabamento é em preto laqueado.
Motor
O Citroën DS4 é equipado com motor THP 165 (Turbo
Haute Pression), que tem turbocompressor de alta pressão com intercooler, quatro cilindros e 16 válvulas. O
motor 1.6 16V turbo está também nos modelos DS3 e
DS5, além dos importados da Peugeot, dos Mínis e do
BMW Série 1. Ou seja, a força e a qualidade do produto
já são comprovadas.
“Desenvolvido em parceria entre a PSA Peugeot
Citroën e o BMW Group, ele proporciona alta potência
com baixo consumo, baixo peso e níveis pequenos de
emissões”, destaca a montadora em material divulgado à
imprensa. Ainda de acordo com a marca, o motor oferece
torque máximo de 240 Nm (24,5 kgfm), que já aparece a
1.400 rpm, permanecendo constante até 4.000 rpm.
Já no interior, a montadora aposta na tecnologia para
atrair os consumidores
O carro acelera de 0 a 100 km/h em 8,6 segundos e
chega a 212 km/h. Vale citar ainda que o câmbio é automático com seis marchas, possui modo esportivo e
trocas sequenciais.
Tecnologia
Para não ser “apenas mais um” compacto, a Citroën apostou forte na inserção de itens tecnológicos no DS4. Desta
forma, o carro é equipado, por exemplo, com sistema de
navegação GPS eMyWay, que oferece o mapa de mais de
1.300 cidades brasileiras e inúmeros pontos de interesse
numa tela colorida de sete polegadas.
Vale destacar a presença de faróis bixênon com lavadores e acendimento automático, o que permite mais
praticidade ao motorista. Os faróis de neblina dianteiros
têm iluminação estática de intersecção, que em curvas
oferece um feixe luminoso suplementar para aumentar
a visibilidade do condutor.
Há também a direção com assistência eletro-hidráulica, controles de estabilidade (ESP) e de antipatinagem
(ASR), controlador de velocidade, ar-condicionado digital
com duas zonas de atuação, sensor de estacionamento
dianteiro e traseiro, airbags frontais e laterais dianteiros,
CD player, MP3, bluetooth e entrada USB, entre outros.
Divulgação
São oferecidos três anos de garantia para o modelo
Divulgação
Exterior do veículo chama atenção por sua beleza e elegância
Divulgação
Divulgação
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O motor 1.6 16V turbo está também nos modelos DS3 e DS5
Além de todos esses pontos positivos, o DS4 traz
ainda alguns equipamentos que chamam a atenção do
consumidor. Um deles é o Hill Assist, equipamento que
oferece ajuda à partida em aclives/declives. Com ele, é
possível manter o carro imóvel por aproximadamente dois
segundos após soltar o pedal do freio. Vale mencionar
também o dispositivo de alerta de ponto cego nos retrovisores externos, algo muito útil aos condutores.
Pós-venda
A montadora oferece três anos de garantia para o modelo e chama a atenção para o plano de manutenção com
preços fixos, um programa que tem revisões em intervalos regulares de 10 mil km. “Estamos oferecendo um
pacote bastante atrativo aos futuros clientes do modelo,
público que exige mão de obra treinada e capacitada,
ferramental adequado e a utilização de peças de reposição originais”, afirma Eduardo Grassiotto, diretor de
Pós-venda da Citroën.
Assim, a Citroën oferece aos consumidores um veículo que se destaca por sua tecnologia, mas não deixa
de valorizar sua esportividade. Se o objetivo era agradar
(e atrair) a gregos e troianos, a estratégia da montadora
parece ter sido acertada.
13
fotosford.com.br
Pesados
Ford mostra a sua força
Ford inova no segmento de Extrapesados
Jarbas Ávila
A
Ford Caminhões mostrou seu novo caminhão
para o segmento de Extrapesados, com capacidade de até 56 toneladas.
Na apresentação, realizada simultaneamente com a
Ford Otosan na Turquia, onde o modelo também será
produzido, foi mostrado o primeiro protótipo deste inédito caminhão do tipo cavalo-mecânico.
Com o novo caminhão a Ford passará a competir também numa nova faixa de mercado, a de Extrapesados,
segmento, segundo pesquisas, de maior crescimento do
mercado brasileiro. O novo Extrapesado complementa
a linha de veículos comerciais da Ford.
O produto foi criado e desenvolvido em conjunto
pelos times de design e engenharia da Ford do Brasil
e da Turquia. O objetivo foi oferecer uma plataforma
global que terá a melhor configuração e custo-benefício
14
do segmento, aliando conforto na cabine, desempenho,
economia, robustez e tecnologia avançada.
“O anúncio simultâneo nos dois países mostra o
comprometimento atual e futuro da marca no setor de
veículos comerciais. Este será um dos principais lançamentos do ano e representa um significativo avanço na
estratégia de globalização dos veículos comerciais da
marca”, diz Steven Armstrong, presidente da Ford Brasil.
A operação de veículos comerciais é estratégica para
a Ford América do Sul. E essa iniciativa está alinhada
com a proposta Go Further da Ford, de ir além para oferecer soluções mais eficientes.
O veículo foi extensamente testado no Campo de
Provas de Tatuí, no interior paulista, o único na América
Latina equipado com laboratórios e pistas para o desenvolvimento de caminhões. Rodou também milhares de
quilômetros nas estradas da América do Sul, simulando
o uso normal do produto nas suas diversas aplicações.
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Cinto de segurança salva vidas.
Seu projeto segue as linhas modernas do novo Cargo
e usa a linguagem de design Kinetic da Ford para unir
funcionalidade, ergonomia e eficiência aerodinâmica. A
criação do seu design externo foi liderada pelo Estúdio
de Design da América do Sul, com sede em Camaçari,
na Bahia.
“Este é o primeiro desenvolvimento verdadeiramente
global da Ford em caminhões. Isso traz bastante orgulho para o time da América do Sul, que assim mostra a
sua excelência também em veículos pesados”, diz João
Marcos Ramos, chefe de Design da Ford América do Sul.
A Ford já produziu mais de dois milhões de veículos
comerciais na América do Sul, em mais de cinco décadas
de operação. “Fomos os pioneiros, conhecemos bem as
estradas e os clientes da nossa região. Por isso, dizemos
que a gente tem estrada”, destaca Oswaldo Jardim.
A fábrica de caminhões Ford em São Bernardo do
Campo, SP, opera em turno único, com um ritmo de
produção atual de 166 caminhões por dia. Seu processo de montagem se caracteriza pela flexibilidade para
a produção de diferentes modelos e conta com o Mod
Center, instalação que facilita o fornecimento de veículos
customizados. A linha de montagem está totalmente
pronta para a produção do novo modelo, que será iniciada em breve.
Segmento em expansão
A linha Ford Cargo conta hoje com 12 modelos, nos
segmentos de leves (6 a 10 t), médios 4x2 (11 a 20 t),
médios 6x2 (23 a 27 t), pesados 6x4 (27 a 31 t) e cavalos-mecânicos até 46 t.
Com o lançamento do modelo Extrapesado, a marca entra no segmento que tem apresentado o maior
crescimento no mercado e em 2012 foi responsável por
24,6% das vendas (33.700 unidades). Em 2009 ele tinha 20,9% (22.500 unidades), chegando em 2011 a 23%
(39.600 unidades).
Em 2012, a Ford teve uma participação de 21,1%
no Brasil, considerando o mercado competitivo até
46 toneladas.
Outra vantagem dos caminhões Ford é a rede de venda
e pós-venda com 140 distribuidores exclusivos no Brasil.
Ela foi amplamente renovada e investe continuamente
em treinamento e instalações para aprimorar o atendimento, com serviços que incluem, por exemplo, dormitório para motoristas e socorro mecânico 24 horas.
15
Estatísticas
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om
Fotolia.c
O emplacamento de veículos
até março de 2013
Um mês que acaba com vendas menores
Sérgio Duque
A
Já no segmento de veículos duas rodas a questão é
realmente preocupante. Por mais que se faça, nada parece promover o maior interesse do consumidor. As montadoras fazem campanhas publicitárias, dão descontos,
facilitam o pagamento e ainda assim não há reação. No
acumulado até fevereiro os números que eram 17,55%
inferiores, passaram em março para 20,43% negativo.
No geral, o desempenho acumulado do ano em relação a 2012 que era negativo em 2,21%, continua negativo,
agora em menos 5,93%.
té março foram emplacados no País 1,18 milhão
de veículos. A previsão é que cheguemos a 5,4
milhões.
A recuperação que se observava até então nos segmentos de automóveis e comerciais leves, embora ainda
positiva em relação ao mesmo período do ano anterior,
sofreu leve recuo, o que leva à necessidade de novas
previsões para os próximos meses, mais modestas do
que antes, mesmo com vendas ocorrendo
ainda com IPI reduzido.
LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
Nos segmentos de caminhões e ôniACUMULADO JAN-FEV
PREVISÃO
bus nada aconteceu de diferente que puSEGMENTO
% VAR.
2013
desse estimular o desempenho de ven2013
2012
das. Aliás, caminhões ficaram exatamente
2.800.000
Automóveis
611.463
600.960
1,74 ▲
com o mesmo déficit no acumulado ob780.000
Comerciais Leves
176.215
171.578
2,70 ▲
servado no mês anterior, enquanto ônibus
reduziram sensivelmente sua conta.
Máquinas agrícolas têm sido a grata surpresa em se tratando de números
concretos realizados, com o segmento
faturando 21,9% a mais que no mesmo
período acumulado do ano anterior. É um
bom resultado, embora também aqui seja
necessário haver um vultoso desempenho
para que o setor respire com mais força.
16
Caminhões
Ônibus
Tratores e
Máquinas
Motos
Total
34.503
37.207
-7,26
▼
150.000
8.281
8.477
-2,31
▼
35.000
14.588
11.969
21,88
▲
55.000
352.137
442.545
-20,43
▼
1.600.000
1.197.187
1.272.736
-5,93
▼
5.420.000
Fonte: Fenabrave. Números de tratores e máquinas incluídos para referência. Previsão 2013, estudos
Audamec Marketing.
Pesquisas e Tendências
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Sérgio Duque
A
fim de reduzir a poluição e emissão de gás carbônico produzida pelos veículos automotores
na França, cidades como Paris, Lyon, Nice e
Bordeaux, a partir de 2014, não mais permitirão a circulação no setor urbano de veículos com idade superior a
17 anos. Esta medida reterá de circulação cerca de 10,7
milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões,
ônibus e motos.
A medida está sendo vista como discriminatória,
pois privará cidadãos desprovidos de maior capacidade de renda da circulação nos centros urbanos, já
que não possuem recursos para compra de veículos
mais novos.
Para os propositores da medida, os carros antigos
(com idade superior a 17 anos) não possuem tecnologia retentora de poluentes e só agravam a situação
de congestionamento por quebras e emissão crítica
de poluentes.
Não obstante o valor da discussão, a medida está
em fase de adaptação para ser implantada e estará sendo
cumprida, ainda que sob protestos, tal qual a decisão
interna em São Paulo que revolta motociclistas pela
obrigatoriedade de cursos e instalação de equipamentos de segurança em suas motos.
O critério aplicado na França considerou a quantidade de partículas finas esperadas para cada categoria
ou segmento da frota, concluindo-se pela idade média
definida em 17 anos. O projeto é federal mas caberá às
prefeituras a fiscalização e a autuação, quando incidente.
Para se ter uma ideia do que uma medida semelhante poderia causar de impacto em nosso país, basta
considerar o tamanho da nossa frota acima de 16 anos:
18
Fotolia.com
Uma ideia para tirar a
frota velha de circulação
seriam hoje aproximadamente 9,3 milhões de veículos deixando de circular nos centros urbanos do País, e
só em São Paulo seriam 1 milhão a menos de veículos.
A medida causaria impacto social contrário, por ser
uma medida que afetaria a vida de muitos que dependem de seus veículos para chegar ao local de trabalho
ou estudo. Claro ainda que comparar as estruturas de
transportes públicos de São Paulo e Paris não seria muito justo, já que por lá a população é melhor servida em
solução de transportes.
SEGMENTO DA FROTA
Quantidade
% Sobre total
5.496.776
19,8%
Comerciais Leves
763.480
15,4%
Caminhões
292.206
19,6%
77.438
20,8%
Motos
2.732.120
22,4%
TOTAL
9.362.020
20,0%
Automóveis
Ônibus
Apenas para registro, enquanto Paris é atendida por
213 km e 300 estações de metrô, São Paulo possui 74 km
e 62 estações. Paris oferece 149 mil vagas de estacionamento em ruas, enquanto São Paulo oferece 36 mil. Em
Paris há oferta de aluguel de 23 mil bicicletas públicas,
enquanto em São Paulo esse número não chega a 600.
A medida em implantação por lá pode demorar a ser
implantada por aqui. Mas um dia chegará e talvez mais
cedo do que se possa pensar.
Caberá às autoridades a implantação da legislação
com sabedoria, que contribua com a sociedade no geral,
tanto pelo lado da preservação ambiental quanto pelo
lado da busca por melhores soluções de transporte para
nossa população.
Capa
O que vem por aí
Automec 2013, uma das maiores feiras de autopeças, equipamentos
e serviços, é marcada pelo anúncio de muitas novidades e o
lançamento de diversos produtos e serviços
Weslei Nunes e Cléa Martins
F
orte e competitivo, o aftermarket brasileiro passa hoje por
um momento de redefinição.
Isso porque o consumidor adotou
um novo perfil – mais exigente e
alinhado às tecnologias contemporâneas – e as empresas passaram a
estudar como lidar e melhor atender esse cliente cada vez mais moderno. Essa constatação ficou clara
no que foi apresentado pelo setor
durante a 11ª edição da Automec –
Feira Internacional de Autopeças,
Equipamentos e Serviços –, realizada no Pavilhão de Exposições do
Anhembi, em São Paulo.
O evento bianual é considerado
o maior do setor e foi palco para o
anúncio de muitas novidades e o
lançamento de diversos produtos e
20
serviços. Os organizadores informaram a participação de 1.140 marcas
expositoras e a estimativa de público anunciada na abertura da feira
era de 70 mil visitantes para os cinco
dias do evento.
Confira a seguir alguns dos principais destaques da feira:
Bosch
A Bosch relembrou em seu estande algumas tecnologias que mudaram a história do setor automotivo,
como as velas de ignição e o sistema
Flex Fuel. No entanto, a grande atração da empresa foi a nova linha de
equipamentos de teste e softwares
para diagnóstico e manutenção dos
motores Euro 5.
O Denoxtronic, como é chamada
a ferramenta, é capaz de fazer o diagnóstico e a manutenção do módulo
de alimentação, de fornecimento
e de dosagem do Arla 32 (AdBlue/
ureia que é injetada diretamente no
catalisador para diminuir as emissões de poluentes) do sistema dos
caminhões. Além disso, um grande
portfólio de autopeças foi apresentado pela empresa, que incluía
sistema Common Rail, motores de
partida, alternadores, velas de ignição, filtros, entre outros.
Corteco
A divisão de negócios da
Freudenberg-NOK aproveitou o
evento para expor seus tradicionais
produtos (juntas, correias de motor
e retentores) e anunciar a promoção “Goleada de Prêmios Corteco”.
Segundo Luiz Freitas, diretor de
Marketing da companhia na América
do Sul, trata-se da maior ação pro-
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Divulgação
mocional já realizada pela Corteco.
“O objetivo da promoção é aproximar ainda mais a Corteco dos profissionais de reposição e ampliar as
vendas”, disse o executivo.
A empresa apresentou ainda
novas edições dos catálogos das
linhas de veículos leves e pesados
e um catálogo específico de coxins.
As publicações trazem detalhes do
portfólio da empresa. “O conteúdo é
representativo do compromisso da
marca com a qualificação técnica
dos profissionais da reposição ao
auxiliar a identificação dos produtos
adequados para as mais diferentes
aplicações em veículos leves e pesados”, ressaltou Freitas.
Dayco
O grande destaque da empresa foi
o lançamento da linha de velas de
ignição. A ação faz parte da estratégia do grupo para aumentar sua
participação no mercado nacional.
A companhia quer chegar a 12%
de market share nesse segmento
até 2015. “Projetamos cobrir todo
o conjunto de componentes para
motores”, salientou Silvio Alencar,
diretor Comercial para a América do
Sul – Aftermarket da Dayco.
O novo produto vai cobrir praticamente 100% da frota de automóveis e comerciais leves, nacionais e
importados, em circulação no mercado brasileiro.
A Dayco vem tentando crescer
e aumentar seu destaque no Brasil
desde 2000. Um passo recente
nesse sentido foi a aquisição da
Nytron, fabricante de polias, tensionadores e atuadores hidráulicos
para o aftermarket.
Delphi
O estande da empresa ficou marcado pela variedade de atividades e
exposições. Além de exibir o enorme
portfólio de produtos, a empresa realizou ainda palestras e apresentou
as novas ferramentas e os recursos
on-line para auxiliar clientes, assim
como seu novo padrão global de
oficinas, que deve ser implantado
em breve no mercado latino-americano: “Queremos estar no dia a dia
de nossos clientes, na realidade de
cada um, oferecendo orientação e
informação”, disse Edson Brasil,
vice-presidente da Delphi Soluções
em Produtos e Serviços para a
América Latina.
Goodyear Engineered
Products
A Goodyear EP aproveitou a feira para lançar a linha de Correias
Sincronizadoras Titanium, um produto que, segundo Edison Vieira,
gerente Comercial da empresa,
tem desempenho superior em durabilidade 20% maior em relação
aos componentes comercializados
atualmente no mercado nacional:
“Somos uma empresa que está voltada para a melhoria contínua de
serviços e produtos”. A marca expôs
ainda a nova correia Poly V Elástica
e suas tradicionais linhas de tensionadores, polias, bolsas e molas
pneumáticas e mangueiras para
freio a ar e para ar-condicionado.
NGK
A NGK não está disposta a perder
o mercado de itens de motor para
os entrantes nesse segmento, como
a Dayco (em velas de ignição), nem
tampouco para empresas tradicionais, como a Bosch. A marca
mostrou disposição para entrar
nessa acirrada briga expondo uma
gama completa de sensores de
oxigênio com conector disponível
21
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O
Capa
GMA – Grupo de Manutenção Automotiva –, que reúne as
principais entidades do setor de reposição, também participou do evento e anunciou duas novidades. A primeira ficou
por conta de sua nova coordenação, que nos próximos dois anos
será feita pela Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de
Autopeças), representada por Luiz Sérgio Alvarenga, diretor executivo da entidade. O porta-voz para o mercado será Antônio Fiola,
presidente do Sindirepa Nacional e Sindirepa-SP (Sindicatos da
Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios).
A outra novidade é a entrada da Abrapneus (Associação
Brasileira de Revendedores de Pneus) no grupo. Para se ter
uma ideia da importância dessa união e da nova parceira com
o GMA, basta dizer que no ano passado este setor movimentou
R$ 75 bilhões.
para o mercado de reposição, mais
conhecidos como sonda lambda.
Além disso, as velas de ignição,
produto de destaque do portfólio da
marca, também foram expostas no
estande da empresa.
Sabó
Um dos assuntos mais abordados
do evento foi o novo regime automotivo Inovar-Auto. Algumas empresas, como a Sabó, por exemplo,
já se adiantaram à nova regra de
fabricação de veículos e lançaram
peças que se adequam à normativa.
Uma das soluções encontradas pela
empresa tem sido a aplicação da nanotecnologia (manipulação da matéria numa escala atômica) para desenvolvimento dos produtos. “Essa
tecnologia nos permite garantir a
aderência de materiais como, por
exemplo, alumínio e borracha”, explicou Lourenço Oricchio Jr., diretor-geral da Sabó nas Américas do Sul e
Norte. Alguns produtos de vedação
que passaram por esse sistema de
fabricação foram apresentados ao
22
mercado durante a feira. Além disso, outros itens, como juntas e retentores, já tradicionais da marca no
mercado, foram expostos no evento.
Schaeffler
A evolução dos produtos é algo necessário para quem não quer perder competitividade. A embreagem
dupla começou a ser fabricada pela
Schaeffler em 2007, mas precisou
ganhar novas tecnologias para garantir sucesso no mercado. Assim,
a fabricante substituiu os sistemas hidráulicos de acionamento
por sistemas eletromecânicos, o
que, segundo a empresa, resultou
em uma eficiência ainda maior
com relação ao consumo de combustível e a redução de emissões.
A Schaeffler incorpora as marcas
LUK, INA e FAG de produtos para o
mercado automotivo.
SKF
Entre os diversos lançamentos
apresentados durante a feira, o kit
de reparo universal para juntas ho-
Divulgação
Novidades do GMA
mocinéticas foi o principal destaque
da SKF na feira. “Esse kit fornece,
num só produto, diferentes possibilidades de montagem para diversos
tipos de veículos, além de ser fabricado com um composto de borracha
elástica de alta qualidade, fazendo
com que ele seja resistente ao desgaste”, explicou Marcelo Fernandes,
gerente de Vendas Automotivas da
SKF do Brasil. Além do kit de reparo,
a SKF expôs também sua linha de
rolamentos de roda, câmbio, direção
e suspensão.
Spaal
Fabricante de juntas, a Spaal lançou
na Automec seu Retentor Dinamic,
que, segundo Gilson Koslowski,
diretor Comercial da marca, oferece mais resistência e tecnologia.
“Ampliamos nossa fábrica e nossa linha de produção para colocar
esse produto no mercado”, conta o
executivo. Além do novo produto, a
empresa mostrou ainda suas linhas
tradicionais de juntas para cabeçote, entre outros componentes.
Cinto de segurança salva vidas.
Eventos – Automec
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
D
urante o talk show comandado pelo jornalista especializado no setor automotivo, Joel Leite, no dia 16 de
abril, durante a abertura da Automec, os presidentes
das entidades que representam o setor da reposição independente: Sindipeças, Paulo Butori, Sicap/Andap, Renato
Giannini, Sincopeças-SP, Francisco de La Tôrre, e Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional, Antonio Fiola, falaram da importância do evento, que está na 11ª edição e traz novidades e
lançamentos para o mercado que movimentou R$ 75 bilhões
em 2012, sendo responsável por mais de 80% da frota circulante no País, estimada em 38 milhões de veículos, entre
automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Segundo Joel Leite, a frota brasileira está entre as que
mais cresceram no mundo e o País que há 20 anos possuía
apenas quatro montadoras agora conta com mais de 40
marcas, oferecendo muita variedade de modelos. “Hoje, o
consumidor brasileiro tem à disposição mais de 1.200 opções de carros zero km, levando em consideração versões de
motorização e acabamento interno”, completa Leite.
Diante de tanta diversificação, o jornalista lembra que o
mercado de reposição independente vive um momento de
transformação. Para a indústria, na opinião de Paulo Butori,
a regulamentação do Inovar–Auto definirá a rastreabilidade
das autopeças fabricadas no Brasil e garantirá a competitividade das empresas diante das importações que aumentam
ano a ano.
O presidente do Sindirepa Nacional, Antonio Fiola, destaca que o consumidor busca qualidade no atendimento e
serviço ao fazer a manutenção do seu veículo e nas oficinas
consegue manter um estreito relacionamento com o proprietário, o que lhe dá segurança. Fiola também revela que o
grande desafio é estimular a prática da manutenção preventiva do veículo que, além de mais econômica, oferece mais
segurança ao motorista.
A disseminação do conceito da manutenção preventiva
também é uma forma de garantir compras programadas para
o varejo. Na visão do presidente do Sincopeças-SP, Francisco
de La Tôrre, o varejo tem como vocação a capilaridade que
permite estar presente em todos os municípios do País para
atender a frota. “Atualmente, as lojas vivem mudanças na ges-
24
Divulgação
Entidades apresentam o cenário
do setor de reposição independente
na abertura da Automec
tão para acompanhar a evolução do mercado com novas marcas e modelos. A nossa intenção é transformar a experiência
do consumidor que vai à loja para comprar uma autopeça em
um momento agradável”, afirma. Para isso, La Tôrre aposta
na conscientização do conceito da manutenção preventiva.
Responsável pelo abastecimento deste vasto mercado,
os distribuidores enfrentam dificuldades com as regras tributárias impostas pelo sistema de Substituição Tributária,
com recolhimento antecipado de ICMS. “Hoje, o distribuidor
precisa ter uma filial em cada Estado com estoque próprio.
Uma empresa de médio porte possui um portfólio com 30 mil
itens ”, conta o presidente do Sicap/Andap, Renato Giannini.
Também estiveram presentes na abertura da Automec
o novo presidente da Anfavea, Luiz Moan, e representantes do governo, como o diretor do Denatran, Antonio
Claudio Portella Serra e Silva, diretor do Departamento de
Indústria de Equipamentos de Transporte (Secretaria de
Desenvolvimento da Produção do MDI), e Luciano Almeida,
presidente da Investe São Paulo. Com breves discursos, as
autoridades reforçaram os esforços do governo em tornar as
empresas instaladas no País mais competitivas. O governo do
Estado de São Paulo, por exemplo, criará um programa que
tem como objetivo ajudar as empresas paulistas a ficar mais
competitivas e convidou o setor a participar da iniciativa.
Cinto de segurança salva vidas.
Faça revisões em seu veículo regularmente.
Especial
Cortes necessários
As estratégias para reduzir custos tornaram-se
indispensáveis para qualquer empresa que deseja se
fortalecer no competitivo aftermarket brasileiro; veja
como isso é possível
Weslei Nunes e Cléa Martins
I
mpostos, folha de pagamento,
frete sobre compra e venda de
produtos, aluguel de imóveis e
inúmeras outras despesas tornam a
atividade empresarial cada vez mais
difícil no concorrido aftermarket
brasileiro. São custos que, quando
mal administrados, podem tornar
os negócios completamente inviáveis e levar a empresa até mesmo
à falência.
28
Tanto no segmento de reposição
quanto no de reparação, as micro
e pequenas empresas dominam a
maior parte do mercado, e, segundo o Sebrae (Serviço de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas), essa
categoria de negócio é a que mais
sofre para equilibrar os custos e se
manter no mercado, principalmente
nos dois primeiros anos de atuação.
A última pesquisa da entidade nesse
sentido apontou que 27% das com-
panhias fecham as portas antes de
completar dois anos de atuação. Os
motivos, além dos custos elevados,
são má administração e forte concorrência de mercado.
De todas as despesas, hoje,
a que mais dá dor de cabeça aos
gestores que atuam no aftermarket
são os impostos. A substituição
tributária, implantada recentemente pelo governo, aumentou o descontentamento dos empresários
Pequena solução
Calcular a carga tributária de uma
empresa não é algo fácil. Por isso,
a dica dos especialistas em gestão
é deixar essas funções a cargo de
um profissional contábil realmente
competente e de confiança. Cabe a
eles encontrar soluções de como reduzir os gastos com impostos. Pode
haver alternativas fiscais providenciais para empresas que muitas vezes desconhecem esses recursos.
Folha de pagamento
Outro custo alto está na folha de pagamento dos funcionários. Em abril
do ano passado, o governo incluiu a
indústria de autopeças e o comércio
varejista na lista de setores beneficiados pela desoneração da folha
de pagamentos. A boa nova é que
essas empresas deixarão de pagar
20% de contribuição previdenciária ao INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) e passarão a recolher 1% sobre o seu faturamento.
Segundo informações do Ministério
da Fazenda, com isso, o governo
deixará de arrecadar R$ 1,3 bilhão
em 2013 e R$ 2,1 bilhões em 2014.
Hoje são 42 segmentos da economia
contemplados com a desoneração
da folha de pagamentos.
No entanto, mesmo com as medidas do governo para aliviar as
alíquotas trabalhistas no País, os
custos para manter um funcionário
ainda são considerados altos pelos
atuantes do aftermarket brasileiro.
A diretora de Marketing e Compras
da Pacaembu Autopeças, Ana Paula
Cassorla Malusardi, explica que a
despesa com pessoal vai além da
folha de pagamento. “Precisamos de
pessoas cada vez mais capacitadas,
para atender o mercado, o governo e
desenvolver as atividades inerentes
ao nosso negócio. Logo, as pessoas
têm que ser desenvolvidas e treinadas, e este custo também tem sido
incorporado aos nossos resultados”,
diz Ana Paula. Segundo ela, a melhor maneira de melhorar a qualidade de processos e serviços da
empresa é apostar na capacitação
dos colaboradores.
O diretor Comercial da Carbwel
Autopeças, Carlos Gomes de
Moraes, conta que o investimento
em muitas áreas da empresa, por
conta dos altos custos com funcionários, torna-se inviável. “Até o salário dos colaboradores poderia ser
melhorado se não tivéssemos tantas
despesas para arcar”, diz. O executivo afirma ainda que sua empresa
precisaria de mais quatro funcionários para executar de forma tranquila todos os serviços, no entanto, os
Afonso Lopes, gerente de Vendas da Iguaçu
Componentes Automotivos
Divulgação
com essa questão. Para eles, esses
custos tornaram-se ainda mais pesados para o setor. “A substituição
tributária tornou-se o principal problema enfrentado pelas indústrias,
pois temos que desembolsar no
ato do faturamento e receber após
trinta dias. [Esse custo] não tem
como ser reduzido, pois incide diretamente sobre o faturamento, ou
seja, quanto mais faturamos, mais
imposto pagamos”, explica Afonso
Lopes, gerente de Vendas da Iguaçu
Componentes Automotivos.
Até 2015, o sistema digital Sped
(Serviço Público de Escrituração
Digital) deverá estar em operação
nas lojas de autopeças, o que permitirá a troca de informações fiscais
nas esferas municipais, estaduais e
federal. Atuantes do setor varejista
acreditam que isso acarretará mais
custos às empresas de reposição,
uma vez que serão necessários investimentos em TI (Tecnologia da
Informação) para implantação do
novo sistema.
Divulgação
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Ana Paula Cassorla Malusardi, diretora de Marketing e Compras da
Distribuidora Pacaembu Autopeças
custos impedem a contratação de
novos profissionais. Hoje a Carbwel
conta com 24 colaboradores.
Contudo, o setor que mais tem
sofrido com essa questão tem sido o
da reparação. Segundo o Sindirepa
(Sindicato da Indústria de Reparação
de Veículos e Acessórios), entidade
que representa o segmento, além de
as empresas terem que arcar com
todos esses custos para manter um
profissional, não há qualquer iniciativa do governo em desonerar esse
segmento, formado pela maioria
esmagadora de micro e pequenas
29
Tipos de custos
S
Divulgação
Especial
egundo o IEF (Instituto de Estudos
Financeiros), existem dois programas
de redução de custos implantados pelas
empresas: espontânea e compulsória.
A redução de custos espontânea
deve ser almejada antes que qualquer
sinal de crise atinja a empresa. Ela visa
manter ou conseguir uma vantagem
competitiva. Seus efeitos são tipicamente expansionistas e, em geral, não sofre
Divulgação
Carlos Gomes de Moraes ,
diretor Comercial da
Carbwel Autopeças
Augusto Manso, analista do Sebrae-MG
30
restrições por parte dos colaboradores.
Já a redução de custos compulsória
tem características opostas à redução
espontânea. Geralmente é implantada
diante de crise financeira e seu objetivo é
a sobrevivência da empresa. Está baseada
no corte de custos e, uma vez que áreas
vitais para a geração de receita podem ser
atingidas, a eficácia dessa forma de redução de custos é incerta.
empresas. As oficinas mecânicas
empregam hoje mais de 745 mil pessoas em 93.400 estabelecimentos.
Terceirização: pró ou
contra?
Nesse cenário de dificuldades para
equilibrar os custos, muitas empresas acabam adotando as mais variadas medidas para reduzir ou evitar
suas maiores despesas. Nessas circunstâncias, entram ações como a
terceirização de serviços.
Na reposição, é bastante comum
esse tipo de contratação para os serviços de frete (seja para entrega ou
retirada de produto). Na Carbwel,
por exemplo, os pedidos de clientes, feitos por telefone ou internet,
são entregues por uma empresa de
motoboys especializada. “[O frete] é
um custo alto para a nossa empresa, mas que é essencial e não pode
ser cortado, pois é isso que garante
nosso bom relacionamento com os
clientes. A melhor maneira de administrá-lo foi adotar a terceirização do
serviço”, salienta Moraes.
A modalidade de serviços terceirizados pode ser uma excelente maneira de reduzir custos. Além de ser
uma despesa mais barata para a empresa, serviços novos e diferenciados podem passar a ser oferecidos.
No entanto, a terceirização requer atenção, afinal esses serviços
jamais podem ser negligenciados
pela empresa contratante. Ou seja,
todas as atividades da contratada
devem estar sob o controle da companhia que requisita esses serviços.
Por isso, a dica é: antes de terceirizar qualquer atividade da empresa, deve-se analisar muito bem se
trata-se de fato de uma redução de
custo viável em todos os sentidos
(financeiro e administrativo).
Reduzindo custos
conscientemente
Quem explica mais sobre como
reduzir custos de uma maneira consciente é Augusto Manso, analista do
Sebrae-MG. Segundo o especialista, o primeiro passo para isso é conhecer e classificar todos os custos
inerentes ao negócio: “Um sistema
de registro de toda a movimentação
financeira da empresa é fundamental, ressaltando que as informações
têm que ser verdadeiras e reais”,
diz. Uma importante recomendação
de Manso é que esse controle seja
feito em tempo real, se possível de
maneira informatizada. “Conhecer
e classificar todos os custos permite verificar aqueles supérfluos e
desnecessários ao negócio. Estes
devem ser os primeiros a serem
controlados/cortados.”
A diretora da Pacaembu conta
que um dos grandes custos da empresa é a manutenção do estoque.
Segundo ela, uma distribuidora tem
necessariamente que manter um
bom estoque. “Nós temos a função
de sermos o estoque do mercado.
A diversificação da frota concomitantemente com a abertura de filiais
deixou a administração dos estoques mais complexa e custosa para
os distribuidores. Se este dinheiro
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Ferramenta à mão
O
Sebrae Minas disponibiliza uma
ferramenta gratuita de identificação
de problemas gerenciais para empresas.
Trata-se do Diagnóstico Empresarial, que
pode ser encontrado na página da entidade na internet. O serviço permite
identificar dentro das quatro principais
áreas de gestão (recursos humanos,
marketing, legislação e finanças) onde
a empresa é mais carente e, a partir daí,
com o estoque. “Contamos com uma
gestão muito forte para mantermos
o estoque certo no local certo. Além
disso, trabalhamos os itens parados
e revisamos nosso portfólio de produtos com frequência.”
Na Carbwel, o corte de custos
aconteceu com base na negociação.
Segundo o diretor Comercial da em-
Cinto de segurança salva vidas.
estivesse aplicado em outros negócios ou até mesmo em alguma aplicação financeira, seria remunerado.
Este custo não é contabilizado, mas
deve ser considerado pelos empresários da distribuição”, aconselha.
Diante disso, conta Ana Paula,
a Pacaembu tomou algumas medidas para evitar os custos exagerados
criar um plano de redução de custos para
o negócio. “A resposta é rápida, feita por
meio de consultores qualificados para
cada área de gestão e nesta resposta já
seguem as recomendações com sugestão das ferramentas adequadas para que
os empresários possam implantá-las em
suas empresas e corrigir as falhas detectadas”, complementa Manso.
presa, as despesas com internet e telefonia eram bastante altas, mas, em
conversa com a operadora, novas taxas foram acertadas. “Conseguimos
uma redução de quase 50%, o que
ajudou muito no final das contas”,
afirma Moraes.
O resultado da redução de custos é maior margem financeira para
investir em novas tecnologias, produtos, serviços, e até mesmo nichos de mercado. Por outro lado,
não criar estratégias nesse sentido
é levar a empresa à estagnação, em
um setor no qual isso significa insucesso, afirma Ana Paula: “Outro dia,
ouvi um comentário interessante
[sobre redução de custos]: ‘despesa é como unha: temos que cortar
todos os dias’, ou seja, as empresas
precisam ter uma boa gestão”.
31
Fotolia.com
Tecnologia
O consumo de óleo lubrificante no
mercado automotivo brasileiro
Sérgio Duque
A
correta troca do óleo do motor é um ponto
muito importante na manutenção do veículo.
Existem basicamente três tipos de óleo: com
base mineral de petróleo (multiviscoso), com base
sintética e a mistura dos dois tipos.
O óleo mineral é obtido da separação de componentes do petróleo sendo, portanto, uma mistura de
vários compostos. O carro pode rodar com ele em
torno de 5 mil quilômetros, ou seis meses. É o mais
barato entre as opções de mercado.
O óleo semissintético mistura proporções variadas
de minerais e elementos sintéticos, isto é, químicos.
Sua durabilidade recomendada está entre 6 mil e 8 mil
quilômetros, ou 6 meses, o que vier primeiro.
Já o óleo sintético é obtido por reação química,
permitindo a obtenção de um produto mais puro, devido à reação das cadeias moleculares. São os mais
caros, mas duram entre 10 mil e 12 mil quilômetros,
ou 1 ano. Caminhões e ônibus trocam óleo em média
a cada 40.000 km.
32
O óleo do motor tem a função de lubrificar e reduzir
ao mínimo o atrito e o calor produzido, mantendo a
temperatura das partes móveis do motor dentro de
limites toleráveis, evitando o desgaste prematuro destas partes. Com o funcionamento do motor, o óleo
vai se contaminando e perde sua eficiência, podendo
comprometer a vida útil do motor.
Na escolha do tipo de óleo a ser usado o fator mais
importante é a viscosidade. Viscosidade é a propriedade que o óleo tem de fluir por um orifício calibrado
a uma determinada temperatura. Um óleo com uma
viscosidade 5 é quase igual a água, ao passo que um
óleo com uma viscosidade 40 comporta-se como mel.
Óleos multiviscosos usam polímeros para regular a
viscosidade enquanto a temperatura do motor varia.
Sendo assim, um óleo 15W-50 varia sua viscosidade de 15 quando o motor está frio (porque as folgas
são menores) até 50 quando o motor está quente.
O “W” (do inglês winter) significa sua aplicabilidade
para o inverno.
A Audamec Marketing e Pesquisa Automotiva estudou o mercado demandante de óleo automotivo. O
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Cinto de segurança salva vidas.
quadro apresentado na sequência
DEMANDA DE ÓLEO LUBRIFICANTE
dá a ideia do volume comercializa(EM LITROS)
SEGMENTO REPOSIÇÃO – MERCADO INTERNO
do do produto em nosso mercado.
O sistema de cálculo da demanTipo de óleo
2013
2014
2015
da da Audamec, que relaciona a
frota circulante de veículos com
Mineral
515.000.000
548.500.000
583.000.000
ciclo médio de substituição, pode
ser aplicado em qualquer linha de
Semissintético
275.000.000
292.000.000
315.000.000
autopeças do segmento da reposiSintético
138.000.000
147.500.000
158.000.000
ção automotiva.
De acordo com a ANP (Agência
Total da demanda
928.000.000
988.000.000
1.056.000.000
Nacional do Petróleo), a estimativa de todo óleo lubrificante a ser
Base a.a. %
+ 6,2
+ 6,5
+ 6,9
consumido no Brasil em 2013 é de
1,38 bilhão de litros, incluindo-se, portanto, o consumo em vápara estudos customizados pelo telefone (11) 2281rios outros tipos de máquinas industriais e motores
1840, ou por e-mail para [email protected].
estacionários. Perto de 23% deste número será de
Estes estudos podem contemplar localização da deóleo rerrefinado.
manda por item da linha da empresa, por região de
Empresas interessadas podem consultar sobre as
atuação e até por vendedor e/ou representante.
bases, os critérios e as condições de fornecimento
33
Elv
is P
. Sa
nto
s
Geomarketing
Bahia
Sérgio Duque
O
Estado da Bahia cobre a expressiva extensão
territorial de 567.295,7 km2, equivalente a 7%
aproximadamente de todo o Brasil, com população residente estimada em 14,2 milhões de pessoas
em 417 municípios, o que resulta em uma região com
densidade demográfica média.
A Bahia responde por cerca de 30% do PIB do
Nordeste, por mais da metade de toda a exportação da
região, estando em 6° lugar como Estado da federação
que mais produz riquezas, especialmente derivadas do
extrativismo (petróleo e reservas minerais). Já a contribuição da indústria é relativamente baixa, embora lá
estejam instalados polos petroquímicos de representatividade nacional, como Camaçari, têxtil e químico.
34
O setor terciário turístico na Bahia é muito prestigiado, constituindo-se como um dos mais visitados do País,
trazendo divisas que só fazem crescer e movimentar a
economia do Estado.
Para 2013, estima-se que serão movimentados R$
7,8 bilhões na cadeia de distribuição automotiva dentro
desse estado.
No site www.audamec.com.br podem ser obtidas
informações mais abrangentes sobre este estudo,
compreendendo análises por Estado da federação, por
regiões nos Estados ou individualizadas para 5.800
municípios brasileiros. É possível também consultar a
frota no País e em cada um dos municípios por modelo
de veículo. Para ter acesso a outras informações ligue
para (11) 2281-1840. O site é um serviço de informações tendo como clientes fabricantes e distribuidores do
setor de autopeças.
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
GEOMARKETING AUTOMOTIVO: BAHIA
ESTADO EM REFERÊNCIA
BAHIA
Índice Potencial Demanda Regional em Relação ao Brasil (%)
População
14.848.766
Barreiras
0,28
Juazeiro
0,17
PIB Estimado 2013
US$ 78,2 bi
Bom Jesus da Lapa
0,21
Paulo Afonso
0,14
Feira de Santana
0,79
Salvador
1,68
Nº de Veículos
1.768.917
Automóveis
652.841
Itabuna
0,48
Teixeira de Freitas
0,18
Comerciais Leves
189.918
Jacobina
0,29
Vitória da Conquista
0,39
Caminhões
81.174
Ônibus
31.151
Tratores
23.728
Motos
Habitantes por Veículo
790.105
8,4
Potencial de demanda no Estado
4,61%
Nº estimado de pontos de venda e consumo de autopeças
Lojas de Varejo
1.128
Centros Automotivos
Retíficas
373
53
Postos de Combustíveis
Concessionárias
Frotistas
1.647
166
1.454
Capacete é a proteção do motociclista.
Cinto de segurança salva vidas.
Fontes: IBGE e Renavam para dados gerais e Audamec Marketing para dados sobre frota e pontos de venda (www.audamec.com.br).
35
Artigo – Direito Empresarial
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Marcelo Baraldi dos Santos
O
s importadores de bens e serviços do exterior
são contribuintes do PIS/Pasep-Importação e
da Cofins-Importação instituídas pela Medida
Provisória nº 164, de 29 de janeiro de 2004, posteriormente convertida na Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004.
Quando da instituição do PIS/Pasep-Importação e da
Cofins-Importação ficou definido que a base de cálculo
dos referidos tributos seria o valor aduaneiro do bem
importado, assim entendido o valor que servir de base
para o cálculo do imposto de importação, acrescido do
valor do ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do
valor das próprias contribuições sociais.
Contudo, o dispositivo legal da Constituição Federal
que deu legitimidade à União para instituir o PIS/Pasep-Importação e a Cofins-Importação estabeleceu que as
referidas contribuições sociais tivessem como base de
cálculo apenas o valor aduaneiro.
Neste sentido, a Lei nº 10.865/04 ao definir a base de
cálculo do PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação
como o valor aduaneiro do bem importado, acrescido do
valor do ICMS e das próprias contribuições sociais, extrapolou os limites traçados pela Constituição Federal e, neste particular, incorreu em vício de inconstitucionalidade.
Diante da flagrante inconstitucionalidade, várias vozes se ergueram e, após quase nove anos de debate, o
Supremo Tribunal Federal (STF), na sessão de 20 de março
de 2013, por unanimidade, declarou inconstitucional a
inclusão do ICMS, bem como do PIS/Pasep-Importação e
da Cofins-Importação, na base de cálculo dessas mesmas
contribuições sociais incidentes sobre a importação de
bens do exterior.
A norma declarada inconstitucional – segunda parte
do inciso I, do artigo 7º, da Lei nº 10.865/2004 –, conforme
já mencionado, excedeu os limites previstos no artigo 149,
parágrafo 2º, inciso III, alínea ‘a’ da Constituição Federal
ao determinar que a base de cálculo da contribuição PIS/
Pasep-Importação e Cofins-Importação seria o valor adu-
36
Divulgação
STF julga inconstitucional
norma sobre PIS e Cofins
em importações
Marcelo Baraldi dos Santos é
advogado e sócio do escritório
Baraldi e Bonassi Advocacia
Empresarial, destacado pelo
4º ano consecutivo no anuário
Análise Advocacia 500 como um
dos escritórios mais admirados
do Brasil. Para mais informações,
acesse: www.baraldibonassi.adv.br
aneiro “acrescido do valor do ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições”.
A decisão do STF não é aplicável de imediato a todos
os contribuintes importadores, tendo efeito apenas para
a empresa que conduziu o leading case no STF. Assim, os
importadores que não promoverem a competente ação
judicial para obter idêntica declaração de inconstitucionalidade, continuarão a apurar e a recolher o PIS/Pasep-Importação e a Cofins-Importação na forma estabelecida
pela Lei nº 10.865/04.
A discussão instalada agora é sobre a possibilidade
de recuperar os valores pagos indevidamente nos últimos cinco anos. A União quer impedir essa recuperação,
permitindo-a apenas aos contribuintes que entraram com
ação a partir data da decisão do STF (20.03.2013). O STF,
por sua vez, ainda não definiu esta regra e se manifestará sobre a ‘modulação dos efeitos da decisão’ quando
da apreciação de possível recurso que será interposto
pela União.
Espera-se, por fim, que o STF, levando em consideração os princípios da estrita legalidade tributária e do não
confisco e o sobreprincípio da segurança jurídica, afaste
a modulação de efeitos no tocante à repetição do indébito do PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação,
prestigiando, assim, o direito ressarcitório dos
contribuintes-importadores.
Cinto de segurança salva vidas.
Divulgação
Duas Rodas
Indústria nacional ganha
novo player
Depois da Triumph investir na produção de motocicletas no Brasil,
foi a vez da chinesa Jonny Motos anunciar a inauguração de fábrica
para o segundo semestre do ano
Weslei Nunes
E
mbora o setor de duas rodas esteja lutando para
voltar ao ritmo de crescimento de cinco anos atrás,
as projeções de recuperação são otimistas por parte dos atuantes desse mercado. Espera-se que a economia nacional também retome o ritmo de evolução e
que as recentes medidas adotadas pelo governo surtam
efeitos positivos rapidamente.
É com esse positivismo que novos players estão
chegando ao Brasil. Depois da Triumph anunciar investimentos para a produção nacional de motocicletas, foi
a vez da Jonny Motos confirmar a construção de uma
fábrica em Camaçari, na Bahia.
40
A marca chinesa já vendia no País por meio de importação, no entanto, as medidas de proteção à indústria
nacional, tomadas pelo governo, como o aumento de IPI
para importados em 30%, tornaram a importação de motocicletas um negócio praticamente inviável. A solução
das importadoras para não perder mercado foi passar a
produzir aqui. Dirigentes da Jonny Motos afirmaram, por
meio de sua assessoria de imprensa, que a China viu-se
obrigada a reformular suas regras por conta de “notáveis
mudanças do panorama mercadológico, devido à determinação legal protecionista”.
Diferentemente da Triumph, que entrou no mercado
para concorrer em uma categoria de motocicletas luxuosas, acima de 600 cilindradas, a Jonny visa um mercado
mais popular: o de motos com até 150 cilindradas.
Uma Scooter de 50 cilindradas é o modelo de entrada
e o carro-chefe da montadora, que informou que pretende continuar oferecendo produtos que tenham relação
custo-benefício sempre acessível.
Segundo o diretor executivo da marca, Bruno Burani,
as mudanças econômicas que acontecem a passos largos hoje na China estão resultando em possibilidade de
novos negócios e avanços tecnológicos. “Aprendi muito
com o mercado chinês e passei a admirar o caráter empreendedor, agressivo e trabalhador dos chineses. Nós
estamos deixando para trás o fato de sermos simples
importadores para nos tornar cada vez mais parceiros
de investimentos e de desenvolvimento tecnológico dos
chineses”, afirmou. O executivo esteve recentemente
cerca de 15 dias naquele país para estudar novas estratégias econômicas.
Burani revelou ainda que a Jonny Motos trará muitas novidades do mundo oriental para o Brasil. Está na
lista, mas ainda sem data de oficialização, a chegada de
veículos utilitários. No entanto, a empresa não informou
quais serão os modelos nem como chegarão ao mercado
(se por importação ou produção nacional).
Quanto à fábrica, o executivo também não quis,
por estratégias de negócio, dar mais detalhes. Afirmou
Cinto de segurança salva vidas.
Jonny 50 cc, modelo
de entrada da marca chinesa
tem ABS de série na dianteira.
Divulgação
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
apenas que a inauguração está prevista para o segundo
semestre deste ano e que as motos produzidas na unidade brasileira contarão com a tecnologia disponível
atualmente no mercado. A marca se comprometeu a
oferecer um serviço de pós-venda diferenciado, ampliar
o número de revendas, concessionárias e pontos de assistência técnica. Agora é esperar para ver.
41
Divulgação
Eventos – Beijing
Feira de Beijing comemora
30 anos de sucesso
A AMR – Auto Maintenance&Repair Expo – Beijing 2013, celebrou
30 anos com recorde de 100.000 m² de mostra, 1.128 expositores e
público de 55.609 visitantes
Jarbas Ávila
A
AMR – Auto Maintenance&Repair Expo – Beijing
2013 – Exposição Internacional de Equipamentos,
Reparação, Inspeção, Diagnose e Manutenção de
Veículos, realizada no New China International Exhibition
Center, em Beijing, na China, comemorou seus 30 anos
de realizações batendo recordes.
Pela primeira vez em 30 anos, a mostra alcançou os
100.000 m² de ocupação. Assim como também quebrou o
recorde de participantes, acolhendo 1.128 expositores, o
que atraiu também um número recorde de profissionais
visitantes – 55.609.
Realizada de 1º a 3 de abril, a AMR 2013 conseguiu,
por seu tamanho e importância, atrair um elevado número
de visitantes estrangeiros, apesar do ambiente econômico internacional desfavorável, reafirmando assim sua
posição de “World Top 3 da Ásia”, com aumento da participação internacional e melhoria nos serviços da feira.
Durante os três dias da mostra, mais de 4.518 visitantes
individuais de 68 países e regiões participaram do show.
42
Diversas associações industriais do exterior, incluindo a
Singapore Motor Workshop Association, Federation of
Automobile Workshop Owners Association of Malaysia
(FAWOAM), Association of Body Repair Automotive
Indonesia, South Car Repair Shop Association (CARPOS)
e Taiwan Hand Tools Manufacturers Association, visitaram
o evento em grupos.
A reputação da AMR cresceu e atraiu mais
marcas do exterior
Devido ao forte desempenho comercial da China, em
contraste com a economia mundial deprimida, muitas
empresas estrangeiras mudaram seu foco comercial para
a China, onde procuraram consolidar e ampliar sua participação no mercado chinês.
Como expositores regulares estão a AMH (Canadá),
Apex Tool, Hunter, Rotary, Snap-On e Stanley (EUA),
Autologic-Diagnostics (UK), Bernardo e Roberlo
(Espanha), Beta, Corghi, Giuliano, Hennessy Industries,
HPA-Faip e Spanesi (Itália), Bosch, Festool e Maha
(Alemanha), Car-O-Liner (Suécia), Mirka (Finlândia) e
Troton (Polônia).
Divulgação
Divulgação
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Entre os novos expositores internacionais destaque
para as alemãs August Handel, Hazet e Vosschemie; as
italianas Catalfer e ICR Sprint; a sul-coreana SJE e a portuguesa Indasa.
Novas Categorias de expositores foram incluídas e
nesta diversificação a mostra contou com empresas fornecedoras de revestimento e produtos de polimento.
Serviços diferenciados beneficiaram muito os
visitantes estrangeiros
A AMR 2013 continuou a oferecer aos visitantes ultramarinos todos os tipos de serviços especiais. Ao fazerem o
pré-registro on-line, os visitantes desfrutaram de acomodações em hotel gratuitamente. Além disso, ônibus
faziam o translado gratuito do hotel para a feira e vice-versa. Lanches e bebidas, bem como acesso à internet
foram oferecidos no salão VIP.
Além disso, a AMR disponibilizou assessoria para
Reunião B2B-Match-Making, maximizando a eficácia das
visitas durante o show.
O pavilhão de Taiwan superou as expectativas
O Pavilhão de Taiwan, apresentando 12 empresas expositoras de ferramentas manuais, teve superadas
suas expectativas.
A agente da AMR para Taiwan afirmou que “os expositores de Taiwan ficaram tão satisfeitos com a AMR 2013
que muitos dos que participavam do evento pela primeira
vez confirmaram a participação para o próximo ano logo
após o primeiro dia da exposição”.
“Estamos confiantes de que mais empresas participarão do pavilhão durante a AMR 2014, trazendo novos
produtos e tecnologias para os visitantes profissionais
de todo o mundo.”
Empresas nacionais privilegiaram compradores
do exterior
Zonyi Equipment Group Auto, ocupando 1.000 metros
quadrados, foi o maior expositor da AMR 2013 e realizou diversas atividades promocionais, o que atraiu um
grande público. Empresas nacionais, tais como Balance,
Bright, Dachang, Dali, Feiying, Guangda, Haide, JBT, JIG,
Launch, Maxima, Nanhua, Sino-Italian Taida, Tongrun
e Yicheng também apresentaram seus mais recentes
produtos e tecnologias.
Com o contínuo aumento do número de visitantes e
compradores estrangeiros à feira, cada vez mais as marcas
nacionais chinesas ganham exposição no mercado mundial, bem como os acordos comerciais que são realizados
com a assessoria dos organizadores da AMR.
Eventos simultâneos melhoraram a experiência
dos visitantes
Além da apresentação dos mais recentes produtos
e tecnologias, o evento contou também com extensa apresentação de atividades de treinamento e de
técnicas produtivas.
No seminário “Economia de Energia e Tecnologia
Repair Verde” os especialistas deram ideias sobre os mais
recentes temas para concessionárias de automóveis e
oficinas, permitindo a participação do público que visitou
a exposição.
Diversas outras atividades promovidas pelas empresas participantes da feira abrilhantaram a exposição e
enriqueceram o conhecimento dos participantes.
Mais de 80% do espaço já está reservado
para a AMR 2014
Devido ao grande sucesso da mostra, ao finalizar a AMR
2013, mais de 80% do espaço já estava reservado para a
próxima edição da feira, que acontecerá de 26 de fevereiro
a 1º de março.
Então, até o próximo ano em Beijing – na AMR 2014!
43
Artigo
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Por Kethiley Fioravante
A
discussão acerca da incidência da contribuição
previdenciária sobre verbas indenizatórias ou
eventuais não é nova. Com efeito, de longa data
os Tribunais brasileiros vêm sendo instados a se manifestarem sobre a legalidade das exigências efetuadas
pela Receita Federal, fixando qual a efetiva extensão
de “remuneração ou salário” fixado pela Constituição
Federal.
A corrente majoritária entende que remuneração ou
salário, para fins de incidência da contribuição previdenciária, deve corresponder à contraprestação efetiva
do trabalho, e não ser pago em decorrência de alguma
indenização ou ressarcimento efetuado ao trabalhador,
desassociado de qualquer prestação de serviços.
É o caso, por exemplo, dos auxílios acidente e doença, quando o trabalhador fica impossibilitado à prestação dos seus serviços em decorrência de evento que
prejudicou sua saúde, bem como do aviso prévio indenizado, devido por ocasião da demissão do empregado,
ou do terço constitucional de férias, indenização prevista
na Constituição que deve ser paga aos empregados pela
dedicação ao trabalho.
Após diversas decisões favoráveis à tese dos contribuintes, o Superior Tribunal de Justiça, visando pacificar
definitivamente a questão, submeteu as verbas acima
destacadas à sistemática dos recursos repetitivos, cuja
decisão será aplicável a todos os outros casos e orientará
as decisões em primeira instância.
Trata-se do Recurso Especial nº 1.230.957/RS, ainda
em fase de julgamento, mas que já conta com o voto
44
Divulgação
Contribuições Previdenciárias:
possíveis desonerações da
folha de pagamento
Kethiley Fioravante é advogada
do escritório Baraldi e Bonassi
Advocacia Empresarial, destacado
pelo quarto ano consecutivo no
Anuário Análise Advocacia 500
como um dos escritórios mais
admirados do Brasil. Para mais
informações acesse:
www.baraldibonassi.adv.br
favorável do Relator, Ministro Mauro Campbell, que inclusive estendeu a não incidência da contribuição previdenciária às férias gozadas, além das férias indenizadas.
Relativamente ao vale-transporte pago em dinheiro,
recentemente a Advocacia Geral da União (AGU), órgão
que representa a União Federal, reconheceu o afastamento da contribuição previdenciária sobre tal verba,
editando a Súmula nº 60 nos seguintes termos: “Não há
incidência de contribuição previdenciária sobre o vale-transporte pago em pecúnia, considerando o caráter
indenizatório da verba”. A decisão foi baseada na maciça
orientação jurisprudencial, em especial a esposada pelo
Supremo Tribunal Federal.
Portanto, percebe-se uma forte tendência dos tribunais em desonerar a folha de pagamento das empresas,
mantendo a tributação da contribuição previdenciária
essencialmente sobre verbas que configurem contraprestação ao trabalho prestado, conforme determinado
na Constituição Federal.
Faça revisões em seu veículo regularmente.
Autopromotec, Bolonha,
Itália, 2013
Jarbas Ávila
B
olonha, na Itália, sediará, de 22 a 26 de maio,
a 25ª edição da Feira Internacional Bienal de
Equipamentos e Produtos para a Indústria de
Transporte – Autopromotec 2013.
A última mostra, realizada em 2011, teve 1.473 expositores, sendo 325 provenientes da Europa, 141 da Ásia,
930 da Itália, 3 da África e 74 das Américas.
Na ocasião, a área ocupada foi de 150.000 m²
do Pavilhão de Exposições do Bairro de Feiras de
Bolonha que se dividiam nos setores de Instalação,
Equipamentos e Materiais para Centros Automotivos,
Funilarias, Autoelétricos, Borracharias, Concessionárias
de Veículos, Postos de Gasolina, Lava-rápidos e Centros
Especializados para a Assistência a Meios de Transporte,
entre outros.
Voltada a profissionais e empresas do segmento de
prestação de serviços – reparação automotiva, moldagem e remoldagem de pneus, pintura, ferramentas, etc.
–, apresentou em seus estandes os últimos lançamentos dos mais variados equipamentos para reparação e
manutenção automotiva.
Na Autopromotec 2013 haverá também a apresentação de diversos workshops e convenções dentro da
46
área AutopromotecEdu, organizados com os principais
protagonistas do pós-venda.
IAAM13
As principais associações mundiais que se reunirão na
Autopromotec 2013 apresentarão um balanço da indústria automobilística com a finalidade de identificar
futuras tendências de desenvolvimento.
No âmbito do IAAM13, acontecerá também um programa de encontros B2B com key buyers internacionais,
mediante registro prévio no site www.autopromotec.it .
Iniciativas voltadas ao setor de caminhões terão destaque nesta edição.
Auxílio aos visitantes e expositores
Reservas de Hotel: Para ajuda entre no site:
www.autopromotec.it ou envie e-mail para [email protected] .
Reservas de Passagens Aéreas: Entre no site www.
airfranceklm-globalmeetings.com e introduza o código
22255 para obter tarifas promocionais nos voos propostos por 15 companhias aéreas internacionais do grupo
Air France & KLM.
autopromotec.it
Eventos – Bolonha
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
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