bayer 1.bayer condenações e processos ........................................ 2
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bayer 1.bayer condenações e processos ........................................ 2
BAYER 1.BAYER CONDENAÇÕES E PROCESSOS ........................................ 2 1.1. CONTAMINAÇÕES NOS EUA- ARROZ TRANGÊNCIO BAYER ............. 2 1.1.1 Bayer segue pagando milhoes por contaminações no EUA.... 3 1.2.BAYER PERDE AÇÃO JUDICIAL CONTRA ONG .................................. 4 1.3 LIPOBAY AINDA GERA PROCESSOS ............................................... 5 1.3.1.Bayer é condenada por falta de advertência em bula do Lipobay ......................................................................................... 5 1.4.AGROTÓXICO PRODUZIDO PELA BAYER PODE CAUSAR DESEQUILÍBRIO-ORGANIZAÇÃO COM AÇÃO JUDICIAL .......................... 6 1.5. BAYER PAGARÁ MULTA POR FALTA DE PLANO DE ACIDENTE ........... 7 2. ACIDENTE NA BAYER ................................................................. 8 2.1 ACIDENTE NA BAYER EM BELFORD ROXO (RJ) ................................ 8 2.1.1.Representação do MP pede realocação da fábrica em Belford Roxo (RJ) ...................................................................................... 9 2.2. SUSPEITA DE CONTAMINAÇÃO DO RIO SARAPUI .......................... 9 2.3. EXPLOSÃO MATA DOIS FUNCIONÁRIOS DA BAYER ....................... 10 3.PRODUTOS RECOLHIDOS E CANCELADO NA BAYER ................. 12 3.1. JUSTIÇA SUSPENDE LIBERAÇÃO DE MILHO DA BAYER ................. 12 3.1.1.Contaminação por transgênicos já ocorre no Brasil ............ 13 3.2.FISCALIZAÇÃO APREENDE AGROTÓXICOS ADULTERADOS NA BAYER .................................................................................................... 14 3.3. LIPOBAY RETIRADO DO MERCADO ............................................ 17 3.4.BAYER RETIRA MEDICAMENTO TRASYLOL DO MERCADO .............. 17 3.5.BAYASPIRINA É INUTILIZADA NO BRASIL .................................... 18 1.BAYER CONDENAÇÕES E PROCESSOS 1.1 CONTAMINAÇÕES NOS EUA-ARROZ TRANSGÊNICO BAYER Produtores americanos processaram a Bayer pela contaminação do arroz. A multinacional alemã Bayer está lutando para evitar que milhares de produtores americanos de arroz façam parte de uma maciça ação civil pública sobre a contaminação do arroz comercial por uma variedade de arroz transgênico da Bayer não aprovado para o consumo humano. Em audiências na corte federal de St. Louis, em Missouri, nos EUA, advogados representando os produtores de arroz americanos disseram que cerca de 7.000 produtores de arroz do tipo “grão longo” em Missouri, Arkansas, Louisiana, Mississipi e Texas deveriam ser autorizados a buscar compensação por danos contra a Bayer, pela contaminação descoberta em agosto de 2006. Os agricultores sofreram enormes prejuízos, tanto com a queda repentina dos preços do arroz, como com a perda de mercados de exportação como o Japão e a União Européia. Muitos agricultores ficaram também impossibilitados de plantar arroz na safra de 2007 devido à falta de sementes provocada pela contaminação, e ainda tiveram pesados custos para eliminar o arroz transgênico de suas áreas. Cerca de 700 agricultores protocolaram ações judiciais contra a Bayer após a descoberta de que o arroz transgênico experimental da empresa de alguma maneira contaminou o abastecimento alimentar. Embora os EUA não sejam um grande produtor de arroz, o país vinha sendo um dos maiores exportadores mundiais, enviando metade de sua produção para compradores estrangeiros. 2 1.1.1 Bayer segue pagando milhões por contaminação do arroz nos EUA As indenizações milionárias que a Bayer tem sido obrigada a pagar nos EUA por ter deixado seu arroz transgênico Liberty Link (o mesmo que a CTNBio quer autorizar aqui no Brasil ), tolerante à aplicação do herbicida glufosinato de amônio, contaminar a cadeia do arroz em 2006. Imediatamente após a divulgação da contaminação, Japão e Europa, principais importadores dos EUA, suspenderam as importações, prejudicando milhares de produtores (até hoje o mercado não foi restabelecido). Em dezembro de 2009 a Bayer foi condenada a pagar US$ 2 milhões a agricultores de Missouri por perdas provocadas pela contaminação. Logo depois, em fevereiro de 2010, a multinacional foi condenada a pagar US$ 1,5 milhão a três agricultores de Arkansas e Mississippi. Em abril de 2010 o tribunal estadual de Arkansas ordenou o pagamento de pouco mais de US$ 1 milhão ao rizicultor Lenny Joe Kyle, sendo metade do valor da multa referente a danos morais. No último julgamento, também em abril deste ano , a Bayer foi condenada a indenizar 12 agricultores de Arkansas em US$ 50 milhões, sendo US$ 6 milhões por compensação por perdas e US$ 42 por danos morais. Segundo notícias divulgadas, a Bayer fez agora um acordo para pagar US$ 5,8 milhões à empresa Riviana Foods e suas afiliadas. Trata-se do primeiro acordo deste tipo entre os casos multidistritais sobre a contaminação do arroz. Além disso, uma nova etapa de julgamentos iniciou-se em junho , e deverá durar várias semanas. Agricultores de Missouri, Arkansas, Texas, Louisiana e Mississippi impetraram ações múltiplas. Dezenas deles serão contemplados pelo julgamento iniciado agora. 3 1.2 BAYER PERDE AÇÃO JUDICIAL CONTRA ONG Bayer perdeu uma ação judicial contra ONG Friends of the Earth. A Bayer Cropsicience , multinacional de agroquímicos e de biotecnologia , desistiu de sua ação contra a ONG Friends of the Earth . A empresa tentou impedir o grupo de ambientalistas de orientar o público a obter dados seguros sobre pesticidas incluindo um agrotóxico usado em cultivos geneticamente modificados tolerantes a herbicidas no Reino Unido , o Glufosinato Ammonium . A Bayer iniciou a ação quando o Friends of the Earth disse que obteve legalmente cópias de dados do pesticida a partir do orgão regulador sueco e disse que estaria informando a população sobre como obter dados da mesma maneira. Essas informações são de interesse das pessoas expostas aos pesticidas no trabalho, das que moram perto de campos pulverizados com o produto, de agentes do governo e de acadêmicos que estudam os impactos dos agrotóxicos à saúde e ao meio ambiente. A Friends of the Earth no Reino Unido disse à Bayer que tinha a intenção de usar sua página na internet para dizer a população sobre como obter dados das agências reguladoras ao redor do mundo, incluindo Suécia, Dinamarca, Irlanda e Estados Unidos. A Bayer já tinha levado o governo do Reino Unido à corte para impedi-lo de divulgar o mesmo tipo de informação à Friends of the Earth . (...) A Bayer agora assinou uma decisão prometendo não mais processar a Friends of the Earth por fazer esse tipo de trabalho, e particularmente não processá-la por dizer à população como obter esse tipo de informação ou como fazer para requerê-las junto aos órgãos reguladores. Uma página na internet do Friends of the Earth no Reino Unido dá dicas ao público sobre como requerer cópias das informações submetidas pelas companhias para a aprovação de seus produtos aos órgãos reguladores. Tony Juniper , diretor da Friends of the Earth no Reino Unido , disse “(...) a Bayer teve 4 grandes gastos para manter os dados fora do domínio público , mas no fim ruiu, pois a nossa casa estava certa”. 1.3 LIPOBAY AINDA GERA PROCESSOS Um ano e meio após retirar do mercado seu medicamento Lipobay, a Bayer ainda está às voltas com os riscos e efeitos colaterais do escândalo envolvendo o remédio para baixar o colesterol, suspeito de estar relacionado à morte de cem pessoas. Suspeito de estar relacionado à morte de cem pessoas, o Lipobay motivou uma avalanche de processos contra a indústria química alemã, principalmente nos Estados Unidos. "Atualmente as queixas somam 8400", anunciou o presidente da Bayer, Werner Wenning, ao apresentar o balanço de 2002. Desse total, 4600 seriam queixas idênticas do mesmo escritório de advocacia, sem especificar os danos causados pelo medicamento também conhecido como Baycol. Wenning, porém, está confiante de que, na maioria dos casos, ficará comprovado que não há relação entre o remédio e os danos alegados. Nesse meio tempo, a Bayer fechou acordos extrajudiciais com 500 pessoas, pagando 140 milhões de euros em indenizações. 1.3.1 Bayer é condenada por falta de advertência em bula do Lipobay A indústria farmacêutica Bayer foi condenada a indenizar um agricultor em razão dos efeitos colaterais causados por um remédio fabricado por ela. A decisão é do juiz da 14ª Vara Cível, Estevão Lucchesi de Carvalho. O dano moral foi fixado em R$ 30 mil e o material em R$ 1 mil. Segundo o processo, o agricultor sofre de pressão arterial e colesterol alto. Como tratamento, o médico receitou o medicamento 5 Genfibrozila. Algum tempo depois, foi receitado, para ser usado junto com o Genfibrozila, o Lipobay, fabricado pela Bayer. O juiz entendeu que houve negligência do fabricante ao não apresentar na bula qualquer advertência quanto ao uso associado do Lipobay com o Genfibrozila. A combinação dos dois medicamentos causou ao agricultor fraqueza muscular progressiva dos membros inferiores e superiores e fortes dores nas articulações. Três dias depois do início dos sintomas, o agricultor apresentou um quadro profundo de tetraplegia (paralisia dos quatro membros) e lesão renal. O agricultor teve de ser internado às pressas e passou quase dois meses no hospital, um deles na UTI. O quadro apresentado pelo agricultor foi de rabdomiólise (doença que destrói a musculatura esquelética) provocado pelo Lipobay. A informação é do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Em sua defesa, a Bayer alegou que o “quadro clínico do agricultor derivou de sua própria conduta imprudente ou mesmo de falha no acompanhamento médico e que a comercialização do medicamento atendeu a todas as exigências previstas na legislação”. O juiz observou os laudos periciais no processo e a advertência Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na qual constava que a combinação de Genfibrozila e Lipobay aumenta o risco de contrair rabdomiólise. 1.4 AGROTÓXICO PRODUZIDO PELA BAYER PODE CAUSAR DESEQUILÍBRIO-ORGANIZAÇÃO ENTRE COM AÇÃO JUDICIAL A imprensa tem divulgado com grande destaque a disseminação da mosca negra dos citros por 15 municípios paraibanos. O inseto ataca, sobretudo, as plantações de laranja, mas também afeta outros frutos. Apesar da larga proliferação, a estratégia de ação do Governo do Estado. 6 Centrada no uso de agrotóxicos em grande escala, pode trazer prejuízos ainda maiores. Para enfrentar a situação, os agricultores têm sido incentivados a aplicarem agrotóxicos em seus cultivos. Entretanto, em todas as partes do mundo em que há ocorrência dessa praga, estudos de instituições de pesquisa e extensão demonstram que a melhor alternativa é o controle biológico e apontam para a completa ineficácia do combate com o uso de agrotóxicos, que nessas circunstâncias, só tende a aumentar mais o desequilíbrio do ambiente. Para se ter uma idéia a organização alemã Coalização - contra os perigos da Bayer - interpôs uma ação judicial contra a empresa exigindo a retirada do mercado mundial de todos os Neonicotinoides (classe de inseticida à qual pertence o Provado, agrotóxico comercializado no Brasil). Produtos à base de neocotinoides já foram proibidos na França , Inglaterra , Eslovênia e Itália em função dos danos causados a milhares de apicultores ,assim como a mortalidade de polinizadores. Segundo a Canadian Pest Management Regulatory Agency, além de representar um risco para as abelhas e outros polinizadores, o pesticida permanece no ambiente por muito tempo, com alto registro de resíduos no solo, comprometendo os próximos plantios e contaminando reservatórios de água. 1.5 BAYER PAGARÁ MULTA POR FALTA DE PLANO DE ACIDENTE A Bayer CropScience concordou em pagar multas e alocar o dinheiro para melhorar a sua resposta a acidentes químicos em sua fábrica de pesticidas em Kansas City, Missouri. A Agência de Proteção Ambiental, diz que a Bayer CropScience vai pagar cerca de US $ 40.000 em multas e gastar mais US $ 100.000 para corrigir, prevenir e responder a acidentes químicos e lançamentos. Sob um acordo apresentado quarta-feira em Kansas City, Kansas, a 7 empresa vai pagar 37.790 dólares por não ter um programa de gestão de risco adequados na planta. Bayer também vai gastar US $ 100.000 para instalar monitores de ar ao redor da planta para ajudar a detectar eventuais liberações químicas da planta. A empresa também irá contratar um consultor para analisar todos os acidentes e libertação de substâncias químicas na planta nos últimos cinco anos. 2. ACIDENTES NA BAYER 2.1 ACIDENTE NA BAYER EM BELFORD ROXO (RJ) Ocorreu um acidente nas instalações da Bayer CropScience, em Belford Roxo (Baixada Fluminense), no dia 16 de janeiro de 2007. A explosão de um tanque contendo o agrotóxico Tamaron foi controlada pela multinacional, mas as reações da sociedade continuam se multiplicando. A primeira delas foi uma representação junto ao Ministério Público Estadual e à Procuradoria da República do Rio de Janeiro, encaminhada pelo Fórum de Meio Ambiente e Qualidade de Vida da Baía de Sepetiba e da Zona Oeste, organização que já teve pedido de abertura de inquérito atendido para apurar as causas e conseqüências da explosão. Houve um superaquecimento no reator da caldeira do tanque e a equipe de segurança, os funcionários e bombeiros da Brigada de Incêndio tentaram fazer o resfriamento. Mas com o aumento da temperatura ele se rompeu e causou o acidente. O Grupo Bayer afirmou que não houve risco de intoxicação da população nem de contaminação para o meio ambiente. A Defesa Civil e o Secretário de Segurança Pública do município de Belford Roxo, coronel Francisco D´Ambrósio, também confirmaram que não houve riscos. 8 Axel Grael, presidente da Feema, disse, porém, que o impacto ambiental não foi grande. "A avaliação é que o impacto ambiental foi pequeno”. O acidente causou pelo menos três vítimas, funcionários da empresa. Dois com queimaduras e um com fratura em uma das pernas. Os três não sofreram intoxicação. A Feema vai aplicar uma multa ao Grupo Bayer, de acordo com o resultado do exame da quantidade de produtos químicos que vazaram. Até o momento não foram veiculadas novas notícias sobre o caso. 2.1.1 Representação no Ministério Público pede realocação da fábrica da Bayer em Belford Roxo (RJ) O Fórum de Meio Ambiente da Baía de Sepetiba deu entrada no Ministério Público do Rio de Janeiro em uma representação cujo objetivo, entre outros, é pedir a imediata realocação da planta industrial da Bayer hoje situada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A proposta tomou impulso a partir da explosão de um tanque na fábrica. A representação também será impetrada na Procuradoria Geral da República, com a justificativa de que pode estar em curso um crime contra a saúde pública, previsto em lei federal. 2.2 SUSPEITA DE CONTAMINAÇÃO DO RIO SARAPUI Em janeiro de 2001, a unidade da Bayer em Belford Roxo (RJ) foi acusada pelo Greenpeace de contaminar o rio Sarapuí com PCBs (bifenilas policloradas) comercialmente conhecidos como ascarel e metais pesados – como chumbo e mercúrio –, originados na incineração de substâncias poluentes. A entidade divulgou o resultado de análises de resíduos sólidos 9 depositados no aterro industrial e de efluentes líquidos produzidos pela empresa, e ainda dos sedimentos do rio Sarapuí, coletados logo acima e logo abaixo da unidade. O material foi avaliado pelo Laboratório de Pesquisa do Greenpeace no Departamento de Ciências Biológicas da Universidade de Exeter, no Reino Unido. A amostra de efluente continha benzenamina halogenada, benzeno e benzamida, dentre outros compostos. Já a amostra de sedimento continha benzenos clorados, PCBs e derivados do DDT, dentre outros. Uma amostra de sedimento do aterro sanitário da Bayer estava altamente contaminada por metais pesados e continha uma ampla gama de poluentes orgânicos incluindo PCBs, benzenos clorados, benzenaminas halogenadas, dentre outros. Outra amostra tinha quantidades elevadas de mercúrio21. Quatro anos antes, em 1997, a agência ambiental fluminense, a Feema, já havia identificado a presença de mercúrio em sedimentos colhidos no rio Sarapuí, à jusante da Bayer. A análise realizada pelo órgão público indicava a presença de 30 microgramas de mercúrio por grama (μg/g) de sedimentos. Em comparação, o material avaliado pelo Greenpeace indicou a presença de 22 μg/g de mercúrio22. A Bayer não pode explicar a origem da contaminação. A empresa nega danos ao meio ambiente e não aceitar a responsabilidade por limpar e compensação. 2.3 EXPLOSÃO MATA DOIS FUNCIONÁRIO DA BAYER Explosão mata dois na fábrica da Bayer CropScience, no Oeste da Virgínia (EUA) no final de 2008. Empregado Barry Withrow foi morto na explosão. Seu colega de trabalho, Bill Oxley, foi gravemente ferido e morreu mais tarde no Ocidente Penn unidade de queimados do Hospital em Pittsburgh. 10 Inspectores do setor de Ocupação de Segurança e Administração em Saúde estiveram no local no dia seguinte à explosão tentando determinar o que causou a explosão. A Organização EUA Segurança Química e Hazard Investigation Board Chairman e CEO John Bresland e uma equipe de cinco membros chegaram poucos dias depois, também com o objetivo de aprender o que aconteceu e como impedir que aconteça novamente. Mas encontrar respostas para essas perguntas não vieram em 2008. A explosão ocorreu em um novo tanque contendo principalmente isobutil cetona, um subproduto do metomil. Metomil é usado em Larvin, um pesticida eo principal produto nessa seção da fábrica. Methy isobutil cetona é altamente inflamável, mas não é particularmente tóxica, de acordo com Kathy Cosco, um porta-voz do Departamento Estadual de Proteção Ambiental. Outros solventes podem ter estado presente no tanque. A explosão foi um acidente facilmente com características facilmente evitáveis, causados por decisões de gerenciamento e erros humanos. Segundo as conclusões do conselho, W. Kent Carper, presidente da Comissão do Condado de Kanawha , disse que pediu o Gabinete do Procurador dos Estados Unidos para investigar a Bayer por conduta criminosa. "Ficou claro para mim que eles intencionalmente violaram protocolos de segurança , e duas pessoas morreram por causa disso", afirmou Carper, que foi testemunha esta semana em uma audiência no Congresso sobre o acidente. Charles T. Miller, o procurador dos EUA para o Distrito Sul de West Virginia, disse que iria consultar os relatórios de prova, tanto do Congresso e do conselho de segurança química e decidir se ia investigar o acidente ainda mais para a conduta criminosa. Em uma reunião pública da diretoria da Bayer , gerente de fábrica da Bayer, Nick Crosby, disse que a companhia estava tentando aprender com o acidente. 11 "Realizamos uma extensa investigação interna que identificou os fatores que levaram a este incidente. Com base nestes resultados, implementamos diversas medidas - incluindo melhorias na segurança adicional, procedimentos operacionais e de salvaguardas, bem como uma extensa formação e regime de cumprimento - para garantir que este tipo de acidente não ocorrerá no futuro”. 3. PRODUTOS RECOLHIDOS E CANCELADOS DA BAYER 3.1 JUSTIÇA SUSPENDE LIBERAÇÃO DE MILHO DA BAYER Em decisão publicada no dia 27 de julho deste ano , a Justiça Federal do Paraná anula a autorização de liberação comercial do milho transgênico Liberty Link da Bayer. A disputa envolvendo direito dos agricultores, dos consumidores e os transgênicos ganharam um novo capítulo em sua história. Por decisão judicial, a Bayer está agora proibida de comercializar o milho transgênico Liberty Link em todo o país, dado a ausência de um plano de monitoramento pós-liberação comercial. Apenas com o plano de monitoramento seria possível verificar quais danos à saúde e ao meio ambiente ocorrem coma liberação do milho transgênico. A juíza federal Pepita Durski Tramontini , da vara Federal Ambiental de Curitiba , também anulou a autorização especificamente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil por não haver estudos sobre os impactos do milho transgênico nos biomas dessa regiões. A Bayer será multada em 50 mil reais por dia casa não suspensa imediatamente a comercialização, a semeadura, o transporte, a (CTNBio) , importação e até mesmo o descarte do Liberty Link. A comissão técnica Nacional de Biossegurança responsável pelas liberações de transgênicos mo país , foi obrigada a 12 garantir amplo acesso às informações sobre a liberação de transgênicos. A obrigação consiste em estabelecer norma clar que regule acesso às informações sobre os pedidos de sigilo comercial, permitindo publicidade a tudo que o que não for sigiloso. Desde 2007, as organizações da sociedade civil criticam o bloqueio ao acesso às informações sobre os transgênicos liberados, que viola o direito à informação e é imcompátível com a publicidade garantida aos documentos de interesse público. Sem o acesso a essas informações é impossível saber quais ricos a sociedade se submete com a liberação. A decisão da Justiça refere-se à Ação Civil Pública movida em 2007 pelas organizações Terra de Direitos, AS-PTA, IDEC e ANPA, para exigir da CTNBio a adequada análise de riscos à saúde e ao meio ambiente, a informação e a não contaminação genética – direitos fundamentais dos cidadãos . Ainda que caiba recurso dessa decisão a juíza determinou a sua imediata aplicação, independente de recurso, dadas as graves violações de direitos humanos verificadas. 3.1.1 Contaminação por transgênicos já ocorre no Brasil Depois dessa ação judicial a CTNBio editou a Resolução Normativa 4 (RN 4), que supostamente deveria garantir a não contaminação de milhos convencionais pelos transgênicos. Contudo estudos recentes no Paraná apontam ineficácia das normas de coexistência para o milho, o que coloca em risco toda a sociedade pela falta de segurança no plantio transgênicos. No ano passado, as organizações entraram com uma nova Ação Civil Pública , questionando a insuficiência da norma (RN 4) , mas até agora aguarda decisão judicial. 13 3.2 FISCALIZAÇÃO APREENDE AGROTÓXICOS ADULTERADOS NA BAYER A Agência Nacional de Vigilância Sanitária interditou, 1 milhão de litros de agrotóxicos adulterados, em Belford Roxo (RJ)no ano de 2009. A fiscalização, realizada pela Agência com apoio da Polícia Federal, identificou a produção de agrotóxicos com formulação adulterada, sem autorização dos órgãos competentes. No total foram encontradas irregularidades em 12 agrotóxicos. O caso mais grave, identificado pela Agência, foi a importação do ingrediente ativo do agrotóxico Procloraz e a produção do agrotóxico comercial Sportak 450 EC, sem controle obrigatório de impurezas toxicologicamente relevantes. A falta desse controle pode causar câncer nos trabalhadores expostos ao agrotóxico e na população que ingere alimentos contaminados com tais produtos. A interdição é valida por 90 dias, prazo em que os produtos não poderão ser produzidos nem comercializados. Caso sejam comprovadas as irregularidades, a empresa poderá pagar multa de até R$ 1,5 milhão por irregularidade. A Bayer, segunda maior empresa no segmento de agrotóxicos em todo mundo em 2008, teve o registro do agrotóxico Evidence (imidacloprido) cancelado. O produto, usado nas culturas de cana de açúcar e fumo, era produzido com adulteração na fórmula. Agrotóxicos são produtos com alto risco para saúde e meio ambiente e, por isso, sofrem restrito controle de três órgãos de governo: Anvisa, IBAMA e Ministério da Agricultura. Alterações na fórmula desses produtos aumentam significativamente as chances do desenvolvimento de diversos agravos à saúde como câncer, toxicidade reprodutiva e desregulação 14 endócrina em trabalhadores rurais e consumidores de produtos contaminados. No ano de 2009, a Anvisa apreendeu 4,5 milhões de litros de agrotóxicos adulterados. As fiscalizações ocorrem, principalmente, quando são identificados indícios de irregularidades nos produtos acabados. Não foram encontradas novas notícias sobre se os produtos foram regularizados e voltaram ao mercado. Produto Sphere Max Cropstar Ingrediente ativo Ciproconazole Culturas + trifloxistrobina Imidaclopride tiodicarbe + Café e soja Milho Alface, Rovral SC 500 Iprodiona batata, cenoura, feijão, café, cevada, cebola, crisântemo, morango, pêssego, pimentão, trigo e uva Abacaxi, álamo, algodão, alho, amendoim, banana, arroz, batata, aveia, beterraba, cacau, café, cebola, cenoura, cevada, Folicur 200 EC Tebuconazole feijão, citros, figo, mamão, melancia, morango, crisântemo, gladíolo, manga, maracujá, melão, pepino, goiaba, milho, pêssego, rosa, soja, sorgo, tomate, trigo e uva Tríade Tebuconazole Abacaxi, alho, amendoim, 15 arroz, aveia, banana, batata, beterraba, cacau, café, cebola, cenoura, cevada, crisântemo, citros, feijão, gladíolo, goiaba, maracujá, melancia, milho, morango, pêssego, rosa, figo, manga, melão, pepino, soja, sorgo, tomate, trigo e uva Tamaron BR Metamidofós Quasar Metamidofós Rivat Metamidofós Dinafós Metamidofós Algodão, batata, feijão, soja, tomate e trigo Algodão, amendoim, batata, feijão, soja, tomate e trigo Algodão, amendoim, batata, feijão, soja, tomate e trigo Feijão e soja Cebola, Sportak 450 EC Procloraz amendoim, cenoura, cevada, mamão, manga, melancia, rosa, tomate e trigo Procloraz Técnico Procloraz Produto não acabado sem indicação agrícola Aspargo, batata, café, cana de Sencor 480 Metribuzim açúcar, mandioca, soja, tomate e trigo Fonte:Anvisa,2009-Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa 16 17 3.3 LIPOBAY RETIRADO DO MERCADO Em 2001, a Bayer teve fortes motivos para dores de cabeça, com o escândalo do Lipobay. Também conhecido como Baycol, o medicamento para redução do colesterol teve que ser retirado do mercado, sob a suspeita de haver causado 100 mortes em todo o mundo. Após admitir que o remédio pode ter efeitos colaterais fatais, a Bayer responde a mais de dez mil pedidos de indenização, e apenas pouco a pouco seu faturamento vai se recuperando do sério baque. 3.4 BAYER RETIRA MEDICAMENTO TRASYLOL DO MERCADO O grupo farmacêutico alemão Bayer anunciou hoje a retirada do mercado de um dos seus medicamentos suspeitos de causar a morte a pacientes, o anti-hemorrágico Trasylol. Trata-se de um fármaco destinado a limitar os riscos de hemorragia e a necessidade de transfusões nas cirurgias cardíacas. "O abandono da comercialização [no mundo] permanecerá em vigor até que os resultados definitivos do estudo canadiano BART [sobre os riscos do tratamento para os pacientes] estejam disponíveis e analisados", precisou o grupo de Leverkusen. A decisão é tomada depois de novas discussões com as autoridades sanitárias alemãs, americanas e canadianas. A FDA (Food and Drug Administration) americana recomendou a retirada do Trasylol e a agência federal alemã, o BfArM (Bundesinstitut für Arzneimittel und Medizinprodukte) “ordenou-o”. “A partir de agora, o Trasylol não deve ser comercializado”, disse o BfArM em comunicado, porque “existem sérias suspeitas segundo as quais ele pode ter conseqüências prejudiciais em certas condições”. 18 Esta é uma situação que acontece seis anos após o escândalo do medicamento para combater o colesterol Lipobay/Baycol, que em 2001 teve de ser retirado do mercado por suspeitas de ter causado a morte a vários pacientes, fragilizando seriamente a Bayer nos EUA. 3.5 BAYASPIRINA É INUTILIZADA NO BRASIL Uma determinação como medida de interesse sanitário, a apreensão e inutilização, em todo o território nacional, do medicamento BAYASPIRINA, em qualquer apresentação. A proprietária da marca é a Empresa Bayer S.A., porém o produto não possui registro no Brasil. Assim, eventual unidade do medicamento encontrada no País poderia ser objeto de contrabando ou de falsificação. Esta Resolução entrou em vigor na data da sua publicação.- 20/02/2008 19 FONTES 28/09/2010 < http://pratoslimpos.org.br/?p=1260> 28/09/2010< http://amarnatureza.org.br/site/pressao-faz-bayerretirar-arroz-transgenico-da-ctnbio,61325/> 29/09/2010<http://terradedireitos.org.br/biblioteca/ctnbio-discuteaprovacao-de-arroz-transgenico-nesta-quinta-feira/> 29/09/2010<http://www.reuters.com/article/rbssHealthcareNews/idUS N2322513620080523> 30/09/2010<http://comunicacaoesustentabilidade.wordpress.com/2008 /06/19/transgenicos-contaminacao-do-arroz-bayer-eua/> 01/10/2010<http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/filipinassuspendem-aprova-o/> 01/10/2010<http://www.foe.co.uk/resource/meida_briefing/bayerpestic ides.pdf> 01/10/2010< http://www.conjur.com.br/2005-ago- 19/bayer_condenada_falta_advertencia_bula> 04/10/2010<http://www.dw-world.de/dw/article/0,,807333,00.html> 04/10/2010<http://www.ecodebate.com.br/2010/04/09/combatermosca-negra-com-agrotoxicos-pode-trazer-mais-prejuizos/> 04/10/2010< http://www2.ljworld.com/news/2010/aug/26/bayer-pay- fine-lack-accident-plan/> 04/10/2010<http://noticias.ambientebrasil.com.br/exclusivas/2007/01/ 25/29105-exclusivo-representacao-no-ministerio-publico-pederealocacao-da-fabrica-da-bayer-em-belford-roxo-rj-apos-explosao-detanque.html> 04/10/2010<http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/01/16/287426144. asp> 04/10/2010<http://www.terrazul.m2014.net/spip.php?article432> 20 05/10/2010<http://www.greenpeace.org.br/toxicos/pdf/corporate_crim es_port.pdf> <05/10/2010>http://www.greenpeace.org/brasil/PageFiles/4941/corpor ate_crimes.pdf 06/10/2010<http://www.nytimes.com/2009/04/24/us/24chemical.html ?ref=bayer_ag> 06/10/2010<http://www.statejournal.com/story.cfm?func=viewstory&st oryid=48618> 06/10/2010 <http://www.dw-world.de/dw/article/0,,942879,00.html> 06/10/2010 <http://economia.publico.pt/Noticia/bayer-retira- medicamento-trasylol-do-mercado_1309721> 06/10/2010<http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2009/280909.h tm> 21