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O SELO AMBIENTAL DO CAMINHÃO TRACTOR CONSTELLATION – CERTIFICADO ISO 14.040/44 Gian G. Marques, Manuela F. Alves Volkswagen Caminhões & Ônibus RESUMO O aumento da preocupação com a sustentabilidade nos negócios aliado ao fortalecimento das legislações relacionadas ao meio ambiente, tem se transformado, cada vez mais, numa disciplina estratégica dentro da moderna gestão corporativa. Desta forma, novos padrões de competitividade vem sendo estabelecidos pela indústria, onde a busca por produtos de baixo impacto ambiental, ou eco-eficientes, infiltram-se no conceito e desenvolvimento dos novos produtos. Aproveitando o lançamento de uma nova linha de caminhões para o mercado em 2006, percebeu-se a oportunidade de iniciar um estudo inédito na indústria automotiva brasileira, que oferecesse uma visão holística do impacto ambiental de um produto considerando toda a cadeia produtiva, tanto a sua montante quanto a jusante. Este projeto apresenta os resultados práticos desta nova percepção da indústria, em particular de veículos pesados. Aplicabilidade Avaliação do desempenho ambiental de produtos, processos e serviços através da utilização da metodologia denominada Análise do Ciclo de Vida, ou simplesmente, ACV. Objetivo Este estudo teve como objetivo demonstrar que o novo desenvolvimento (Constellation VW 19.320E) apresentou seu balanço ecológico positivo quando comparado com seu antecessor (Série 2000 VW 18.310). A partir da análise dos materiais que os compõem, do cálculo das taxas de reciclabilidade e da interpretação de 03 indicadores ambientais (potencial de aquecimento global – CO2 eq; potencial de formação de ozônio troposférico – C2H4 eq; e potencial de acidificação – SO2 eq), que são importantes para a indústria automotiva, foi possível medir e comparar o perfil ambiental de ambos caminhões tractor. 1 1. Introdução A Volkswagen Caminhões & Ônibus investiu R$ 1 bilhão no período de 2002 a 2007, tanto para o desenvolvimento de sua nova linha de produtos quanto para otimização de seu processo produtivo, tornando-o mais eficiente. Ao aproveitar o lançamento desta nova linha de produtos para o mercado em 2006, percebeu-se a oportunidade de iniciar um estudo inédito na indústria brasileira, que demonstrasse a inclusão da variável ambiental no conceito e desenvolvimento de um novo produto, em particular da indústria de veículos pesados. Mas como podemos realmente avaliar qual impacto que um produto causa no meio ambiente? Alguns produtos podem ser considerados ecológicos por gerarem menos perda no processo produtivo, por serem recicláveis ou até mesmo mais duráveis. Outros porque contém menos susbtâncias prejudiciais a saúde ou tóxicas; ou porque o processo de sua geração consome menos energia. Porém para decidir as vantagens ambientais de um produto, os cientistas acham necessário que sempre se realize uma comparação dos impactos ambientais dos produtos por meio de sua análise do ciclo de vida (ACV). Na verdade, um produto ecológico é aquele que apresenta o melhor desempenho ambiental durante todo seu ciclo de vida, com função, qualidade e nível de satisfação igual ou melhor, se comparado a um produto padrão. Mas o que vem a ser ACV? Trata-se de uma ferramenta do Sistema de Gestão Ambiental regulamentada pela família das normas ISO 14040:2006 e que estabelece os parâmetros gerais para sua realização [1]. Com a utilização dessa metodologia é possível conhecer os aspectos ambientais e impactos potenciais associados a um produto, através da compilação de um inventário dos dados de entrada e saída, valoração dos impactos associados a esses dados e interpretação dos resultados com relação aos objetivos definidos. A importância de se analisar toda a cadeia produtiva, tanto a montante (da extração das suas matérias-primas e que entram no sistema produtivo), quanto a jusante (sua utilização e posterior disposição final), reside no fato de que o veículo consome energia e recursos naturais além de gerar emissões e resíduos durante todas as fases de sua vida. Apesar da realização de estudos de ACV ainda não ser uma prática comum na indústria automotiva brasileira, nos países da Europa, as montadoras realizam esses estudos há, pelo menos, 15 anos [2]. A Europa já vem discutindo normas e propostas para rotulagem de produtos, principalmente em termos de gases de efeito estufa, como parte de uma política mais ampla de informação aos consumidores, proporcionando assim a oportunidade destes contribuírem para a redução das emissões de CO2 (dióxido de carbono). Estas medidas que visam estimular a demanda por produtos ecológicos já fazem com que alguns fabricantes anunciem as vantagens ambientais de seus produtos atentos a este novo e crescente nicho de mercado. 2 No Brasil, o Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), publicou em 2006, o “Guia de compras públicas sustentáveis – Uso do poder de compra do governo para promoção do desenvolvimento sustentável”, um guia orientativo direcionado ao Poder Público, incentivando a opção por produtos com desempenho ambiental comprovadamente superior, definindo a ACV como o instrumento de base científica mais confiável para avaliar a ação ambiental de um produto por se considerar todo seu ciclo de vida; isto é, da extração das matérias-primas que compõem suas peças até sua disposição final, incluindo a produção das peças, suas respectivas cadeias de suprimento além da fase de utilização do veículo [3]. A figura 1 mostra uma visão esquemática da ACV dividida em etapas: focada apenas ao processo produtivo (gate to gate), da extração de matérias-primas ao processo produtivo (cradle to gate) e da extração de matériais-primas até seu fim de vida (cradle to grave). Nos ítens “a”, “b” e “c”, serão descritos as etapas necessárias para realização de um estudo de ACV. Figura 1 – Análise do ciclo de vida de produtos a. Inventário do Ciclo de Vida No inventário do ciclo de vida são coletados os dados referentes a todos os processos definidos no escopo do estudo. A figura 2 mostra o fluxo de informações sobre os dados de entrada, como matéria-prima e fontes de energia e os dados de saída, como emissões e resíduos, são compilados para cada etapa do processo em análise definidas no escopo do estudo. 3 Figura 2 - Fluxo de entrada e saída para um inventário do ciclo de vida b. Avaliação do Impacto do Ciclo de Vida A avaliação do impacto consiste na identificação de um indicador ambiental apropriado através da utilização de um software, que no caso da VW-AG é o GaBi utilizando como interface o Volkswagen slimLCI. Para tal, é necessário a definição de um indicador para cada categoria de impacto ambiental, por exemplo dióxido de carbono (CO2) para o impacto potencial de aquecimento global (do inglês Global Warming Potential). Para um melhor entendimento é apresentado a figura 3. Figura 3 – Procedimento para avaliação de impacto ambiental O GWP trata das emissões de gases de efeito estufa as quais absorvem parte do calor da radiação solar acarretando no aumento da temperatura média da superfície da Terra; então todas as substâncias que contribuem para o aquecimento global são convertidas em CO2 equivalente usando fatores de equivalência. Outras substâncias que influenciam este fenômeno são: CH4 (metano), N2O (óxido nitroso) e SF6 (hexafluoreto de enxofre). Por exmplo, o 4 GWP do CH4 é 23 vezes maior que o do CO2. Em termos práticos, significa dizer que 1kg de CO2 e 1 kg de CH4 impactam para o potencial de aquecimento global em 24 kg de CO2 equivalentes. Outros exemplos de indicadores ambientais estão definidos abaixo: i. Potencial de formação de ozônio troposférico: trata-se da formação de foto-oxidantes tai como: ozônio (O3), PAN (peroxi-acetil-nitrato), etc, os quais são formados a partir de poluentes primários como: hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO) e óxido de nitrogênio (NOX) na presença de luz solar. Os foto-oxidantes podem prejudicar a saúde humana e o funcionamento dos ecosistemas. A substância de referência para a formação do ozônio troposférico é o etano, e todas as outras substâncias que impactam neste fenômeno; por exemplo: VOC (componentes orgânicos voláteis), NOX e CO que são medidos em etano equivalentes. ii. Potencial de acidificação: trata-se das emissões de substâncias acidificantes como: dióxido de enxofre (SO2), NOX, etc, os quais tem diversos impactos no solo, água, ecosistemas, organismos biológicos e materiais, como por exemplo as construções. A degradação das florestas e a mortalidade de peixes em lagos são exemplos destes efeitos negativos. A substância referência para o potencial de acidificação é o SO2 e todas as outras substâncias com impactos neste fenômeno; por exemplo: NOX e NH3 (amônia) que são medidos em SO2 equivalente. iii. Potencial de eutrofização: trata-se do excesso de nutrientes na água ou solo, os quais podem acarretar em mudanças indesejáveis na composição da flora e fauna. Um efeito secundário de um excesso de fertilização da água é o aumento no consumo de oxigênio e sua consequente deficiência no meio. A substância de referência para a eutrofização é o fosfato (PO4) e todas as outras substâncias que impactam neste fenômeno; por exemplo: NOX e NH3 que são medidos em fosfatos equivalentes. c. Interpretação e Avaliação Trata-se da avaliação final dos resultados do inventário e seus impactos durante todo o ciclo de vida. A avaliação é baseada no objetivo e escopo definidos previamente na ACV. 5 2. O Estudo de Caso do Constellation VW 19.320E Este estudo de caso quantifica os impactos ambientais de 02 caminhões tractor diferentes, a saber: VW 19.320E e VW 18.310. A escolha por este veículo foi tomada em função deste modelo ser o líder de vendas no seu segmento além de um dos principais produtos da linha de caminhões da VW-CO. Os resultados estão baseados na ACV de acordo com os padrões estabelecidos pela ISO 14.040:2006. Todas as definições e descrições necessárias para a preparação da ACV foram elaboradas de acordo com os padrões mencionados acima e que serão apresentados neste capítulo. Este estudo é resultado de um trabalho de dois anos de estreita cooperação entre a VW-CO e a VW-AG. Coube a área técnica da VW-CO a realização dos invetários dos veículos analisados bem como o fornecimento de todas as informações técnicas requeridas pelo estudo. Enquanto a VW-AG, através de seu departamento de pesquisa ambiental, validou as informações levantadas bem como fez todas interfaces necessárias entre o Volkswagen slimLCI [4] e o software GaBi. A interpretação dos resultados desta ACV foram realizadas por ambas equipes de trabalho. a. Objetivo Foi realizado um comparativo do desempenho ambiental de um veículo da família Constellation lançado no mercado em 2006 [VW 19.320E], com seu antecessor [VW 18.310] da Série 2000. A tabela 1 apresenta as principais características técnicas dos veículos estudados. Tabela 1 – Dados técnicos dos veículos avaliados VW 18.310 (AIR SUSPENSION) Engine capacity [cm3] 8300 Output [kW] 223 Gearbox 16 FORWARD / 02 REVERSE Fuel DIESEL B2 Emissions class FASE 4 [EURO II] Maximum speed [km/h] 112 Acceleration 0-100 [s] NOT APPLICABLE* Flexibility 80-120 km/h [s] NOT APPLICABLE* GVW [kg] 43,500 Maximum torque [Nm] 1192 DIN unladen weight [kg] 6190 Maximum payload [kg] 37400 Fuel tank capacity [l] 480 Range [km] 960** * Usually we don't use this data for trucks and buses ** Fuel consumption: 2.00 km/l (Full load) ***Fuel consumption: 2.07 km/l (Full load) VW 19.320E (DAY CAB) 8300 235 16 FORWARD / 02 REVERSE DIESEL B2 PROCONVE P5 [EURO III] 114 NOT APPLICABLE* NOT APPLICABLE* 45,000 1288 6400 38700 480 994*** 6 b. Escopo Foi assumido a expectativa de vida de ambos veículos sendo de 1.000.000 km e um payload máximo de 40 t para o VW 19320E, considerando que o overload é uma prática comum no mercado brasileiro. Desta forma, a unidade funcional utilizada neste estudo, baseada na eficiência total de transporte dos veículos, foi definida com de 40.000.000 tkm. A avaliação do escopo foi definido para que todos os processos e materiais relevantes fossem considerados ao mais distante possível de toda sua cadeia de suprimento de acordo com as normas ISO 14040/44. A fase de produção do veículo foi modelada incluindo todas as etapas relevantes dos processos de produção e montagem dos componentes dos veículos. O modelo inclui todas as etapas a partir da extração de matérias-primas, a produção de produtos semiacabados e o processo final de produção dos veículos. Considerando a fase de uso dos veículos, o modelo inclui as emissões dos gases de escape assim como os processos de extração de petróleo para a produção do óleo diesel. As manutenções dos veículos não foram incluídas neste estudo porque de acordo com estudos sobre ACV anteriores elas não resultam em contribuições significativas para os impactos ambientais em avaliação [5,6]. Devido a falta de uma cadeia de logística reversa para reciclagem de veículos no Brasil não foi realizado a modelagem da fase de recilagem, por ter sido considerada como a mesma para ambos veículos. A figura 5 apresenta um diagrama esquemático incluindo o escopo da ACV. Figura 5 – Escopo do estudo de ACV 7 c. Avaliação do Impacto Ambiental A avaliação dos impactos ambientais é baseada na metodologia CML [desenvolvida pelo Centro das Ciências Ambientais – do holandês Centrum voor Milieukunde] desenvolvida pela Universidade de Leiden, na Holanda [7]. A avaliação dos impactos ambientais potenciais de acordo com esta metodologia é baseada em modelos reconhecidos pela comunidade científica internacional. Para nosso estudo, um total de 03 indicadores ambientais foram escolhidos como relevantes para análise, a saber: potencial de aquecimento global, potencial de formação de ozônio troposférico e potencial de acidificação. Tais indicadores de impactos ambientais foram escolhidos por eles serem particularmente importante para o setor automotivo e serem regularmente utilizados em outros estudos de ACV da indústria automotiva internacional [8]. d. Base e Qualidade dos Dados1 Os dados usados no estudo de ACV podem ser divididos em dados referentes ao produto e ao processo. Dados do produto referem as informações sobre peças, suas quantidades, pesos e composição de materiais, sua estrutura hierárquica assim como informações sobre o consumo de combustível e emissões veiculares durante a fase de uso. Os dados do processo incluem informações sobre a provisão de energia como: eletricidade, produção de materiais e produtos semi-acabados, manufatura, distribuição de combustíveis e consumíveis. Estas informações foram levantadas do banco de dados disponível comercialmente e consolidados pela VW-AG. Os dados utilizados foram os mais representativos possível sob as perspectivas tecnológica, temporal e geográfica. Em particular, a produção de eletricidade foi baseada nas condições brasileiras. Onde os dados brasileiros que ainda não existem – a USP e a UnB vem trabalhando na elaboração do inventário nacional em conjunto com a empresa PE Internacional que desenvolve esta software GaBi – dados europeus e/ou alemães similares foram usados para ambos veículos, por exemplo, para a produção de aço. Isto significa dizer que, do ponto de vista relativo, mesmo havendo variações entre os dados brasileiros e alemães, a proporcionalidade dos resultados é mantida. A lista mestre dos componentes descrevendo todas as peças que compõem cada um dos veículos avaliados foi usada como fonte primária de dados, e os 1 Afim de se garantir a conformidade deste estudo com a família das normas ISO 14040/44, que explicíta a necessidade de realização de análise crítica, foi realizado por uma instituição de terceira parte, a validação de sua conformidade e da confiabilidade dos dados utilizados neste estudo. Coube ao Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), que desde 2002 foi designado como o representante oficial do TÜV SÜD Management Service GmbH no Brasil, a realização desta auditoria bem como a emissão do seu respectivo certificado de validação, que é parte integrante deste estudo e pode ser visto no anexo I. O anexo II mostra o selo ambiental concedido também pelo IQA. 8 pesos e materiais de cada componente foram tirados do IMDS. As peças que não estavam inseridas no IMDS foram identificadas e seu peso e material obtidos a partir dos desenhos técnicos 2D liberados pela engenharia. Foi utilizado meios eletrônicos, planilhas Excel, para a compilação de dados do inventário de materias, conforme tabela 2 abaixo. Estas informações foram então migradas para os dados correspondentes no software GaBi através do sistema de interface Volkswagen slimLCI de um modo padronizado e consistente. Tabela 2 – Consolidação do invetátio de materiais TYP MGR UGR IN TAKT PFE Z BENENNUNG ZUSATZ-BENENNUNG MENGE M KONGWG WERKSTOFFILE E SCHLUESSEL 2R2 2R2 N 805 805 011 251 255 098 2R2 2R2 N 805 805 021 315 331 156 8 3 1Y 9Y 9 9 9 9Y 9 9 9 9 ARMACAO 00001 GREFORCO DOBRADICA 00001 REFORCODOBRADICA 00002 PORCA QUADRADA REFORCO DOBRADICA4 4 GREFORCO FECHADURA DIANTEIR 00001 REFORCOFECHADURA LE 00001 PORCA QUADRADA REFORCO FECHADURA.00002 00002 00002 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 MAT ST. 000000 000085 6,36 1 EN10143 ÓLEO 1.1.1 1.1.1 9.2 0,17 0,03 0,00 000258 7,556 0,0428 0,000678 EN10143 EN10263-2 ZINCO CROMO 1.1.1 1.1.1 3.3 7.3 0,26 0,02 0,00 0,00 Para modelagem da fase de uso dos veículos, dados representativos da cadeia de suprimentos já incluídos no banco de dados do software GaBi foram usados. A produção do óleo diesel foi modelada baseada nas condições brasileira. Os valores usados para as emissões de gases de escape foram os limites máximos para cada poluente (MP, NOx, CO e HC) de acordo com estabelecido pela legislação brasileira2. As informações sobre consumo de combustível por cem quilômetros (l/100 km) foram determinadas através de um ciclo de direção denominado “via Dutra” de acordo com um procedimento específico3 [9]. Como os níveis de emissão medidos nos motores de veículos pesados são expressos em g/kWh e, referem-se à massa do poluente emitida por hora por unidade de potência efetiva líquida, para efeito de estudo, estes fatores de emissão foram convertidos para g/km a partir da potência média da frota nacional e sua velocidade média, referindo-se à massa de poluente emitida por quilometro rodado [10]. Na figura 6 é apresentado o fluxograma das informações que foram necessárias para a realização deste estudo de ACV. O anexo III apresenta uma visão geral deste estudo de ACV incluindo: objetivo, escopo, dados de entrada e saída, software, avaliação e interpretação dos resultados. 2 O Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE) foi estabelecido através da Resolução Conama n° 18/86 e tem como objetivo a redução dos níveis de emissões de poluentes nos veículos automotores. O caminhão VW 19.320E atende ao Proconve P5 (Resolução Conama n° 315/02); enquanto o VW 18.310 atende a Fase IV (Resolução Conama n° 08/93). 3 Devido o fato de existirem uma ampla gama de variáveis que podem influenciar o consumo de combustível, tais como: condições da rodovia, topografia, aplicação, motorista dentre outros, os valores utilizados neste estudo foram obtidos a partir de um teste padronizado, denominado “back to back”, onde um caminhão é comparado com outro similar nas mesmas condições controladas. 9 Figura 6 – Fluxograma de informações para realização deste estudo ACV RESPONSÁVEIS ATIVIDADES/INDICADORES DOCUMENTOS/ (a) Acessar o PDM 000 do veículo REGISTROS FLUXO (1) Conceituação do Produto (1) (a) Listar os sistemas do produto que fazem parte do escopo do estudo (2) Conceituação do produto, Engenharias e Módulos envolvidos (1) Acessar as Composições de Montagem referentes (3) VOLKSWAGEN AG Group Research Environmental Affairs Product (b) (2) (2) Listar dados referentes a processo (pintura, montagem): quantidade insumos utilizados e resíduos gerados, emissões, novas tecnologias. Listar dados referentes a fase de uso: consumo de combustível e emissões. (a) Acessar o PDM 000 do veículo. ISO 14040 VDA 231-106 VW 911-01 (b) Acessar KVS. EP 10000.40 BR NBR ISO 14489 NBR ISO 1585 (c) (1) Listar as peças/conjuntos e suas quantidades, conforme indicado em cada PDM. (1) Refazer inventário conforme necessário (d) (d) Acessar o CAESPA, Lista ES. Identificar o nome e nível de montagem das peças/conjuntos conforme sistema. (2) (e) Acessar o MISS, desenhos de cada peça no KVS e/ou contactar fornecedores. Dados de processo devem ser fornecidos pelos parceiros e inseridos no inventário. Completar tabela de inventário do excel. (e) Identificar o(s) material(is) e peso(s) de cada peça/conjunto. (1) (f) (f) Verficar norma VDA 231-106 e listar a classificação no inventário. Classificar os materiais listados conforme VDA 231-106 (1) (c) Acessar KVS e gerar tabela do inventário no excel. (g) Enviar Inventário para VWAG. Não OK? Sim (3) (h) Migrar dados para o software GaBi 4 g) Realizar fone ou vídeo conferência com a VW-AG para discutir o reultado da análise do inventário. h) O GaBi retira dados, automaticamente, do MISS. As peças que não estão cadastradas no IMDS têm seu dados retirados, também automaticamente, do arquivo excel gerado no inventário. Nota de Referência dos Documentos: [ISO 14040 2006] Environmental Management – Life Cycle Assessment – Principles and Framework. [VDA 1997] Verband der deutschen Automobilindustrie (VDA): VDA 231-106: Material Classification in Motor Vehicle Construction, Structure and Nomenclature. [VW 911 01 2007] Peças Automotivas. Materiais e Combustíveis. Restrição ao Uso de Substâncias Nocivas. [EP 10000.40 BR 2006] Comparative Fuel Consumption in the Same Route. Procedimento Powertrain. Volkswagen Caminhões & Ônibus. [NBR 14489 2000] Motor Diesel – Análise e Determinação dos Gases do Material Particulado Emitidos por Motores do Ciclo Diesel – Ciclo 13 pontos. [NBR 1585 2001] Veículos Rodoviários – Código de Ensaio de Motores – Potência Líquida Efetiva. 10 e. Resultados da Avaliação e Interpretação do Ciclo de Vida A figura 7 apresenta a composição dos materiais de ambos veículos estudados de acordo com a norma VDA (Verband der Automobilindustrie) para classificação de materiais, VDA 231-106. Figura 7 – Composição dos materiais dos veículos estudados 7000 6000 5000 4000 UNKNOWN FUELS AND AUXILIARY ELECTRIC/ELECTRONICS OTHER MATERIALS PROCESS POLYMERS POLYMERS NON-FERROUS METALS LIGHT ALLOYS STEEL AND IRON 3000 2000 1000 0 VW18310 VW19320 O Constellation VW 19.320E é principalmente constituído por 81% de ferro e aço e 12% de diferentes materiais poliméricos. Ele também contém cerca de 1% de ligas leves, como alumínio e magnésio. Materiais não metálicos, como cobre e latão são cerca de 2% do peso total do novo veículo. Os materiais compostos, como vidro e cerâmicos correspondem a 1%. Fluidos operacionais, como óleo lubrificante, combustível, fluidos de freio e arrefecimento representam cerca de 1%. Outros 0,5% são referentes aos polímeros processados, como as tintas. A participação de eletro-eletrônicos é muito baixa por causa dos materiais presentes nestes componentes já terem sido alocados em suas classes correspondentes. Adicionalmente, uma análise de sensibilidade comparando o ônus ambiental dos veículos estudados por tonelada por quilometro (ton/km) também foi realizada, como pode ser observado na figura 8. Esta figura nos mostra, do ponto de vista relativo, o quanto impactam no meio ambiente os veículos estudados para carregar uma tonelada de carga por um quilometro de distância. 11 Figura 8 – Ônus ambiental dos veículos estudados por tonelada por quilômetro [ton/km] normalized environmental loads (global)/tkm 1,6E-15 / / 1,4E-15 : production : use phase 1,2E-15 -29% 1,0E-15 -7% -37% 8,0E-16 6,0E-16 4,0E-16 2,0E-16 0,0E+00 VW 18310 VW19320 summer smog VW18310 VW19320 global warming VW18310 VW19320 acidification Torna-se evidente que os maiores ganhos ambientais são relativos aos indicadores de formação ozônio troposférico (37%) e de acidificação (29%). Isto pode ser explicado principalmente devido ao fato das reduções dos poluentes associados a estes fenômenos serem as mais expressivas para o novo modelo (HC, CO, NOx). Com relação as emissões de gases de efeito estufa (CO2) os benefícios ambientais atingidos são ligeiramente melhores que o modelo anterior. Isto pode ser explicado basicamente devido as dificuldades em se obter reduções significativas no consumo de combustível de veículos de serviço pesado, em função da sua própria aplicação. Outro aspecto relevante para este indicador é a importância da contribuição da cadeia de suprimento de combustível. f. Resultados da Avaliação da Taxa de Reciclabilidade O fato de não existir um processo de reciclagem de veículos no Brasil não deve diminuir a responsabilidade do desenvolvimento de produtos que possuam viabilidade técnica para tal. Através de uma análise complementar da taxa de reciclabilidade4 dos veículos estudados, demonstra-se que o VW 19.320E possui total viabilidade técnica para ser reciclado. 4 Mesmo que um veículo possua uma alta taxa de reciclabilidade, ou seja, possua peças recicláveis, a reciclagem só ocorrerá efetivamente quando existir viabilidade técnica e econômica para que se estabeleça um empreendimento. Para que isto aconteça, é necessário estabelecer uma cadeia de recicladores disposta a receber as peças em fim de vida dos veículos para recuperar os materiais contidos via reciclagem; isto é, quando a reciclagem do veículo como um todo se tornar técnica e economicamente viável. 12 É importante frisar que a reciclabilidade de um mesmo material automotivo pode ser calculado de formas diferentes por cada montadora. Isto ocorre porque a reciclabilidade não depende apenas do material em si, mas também dos tratamentos e dos processos de montagem que ele recebe dos produtores de autopeças e nas próprias montadoras. Por isto, para o cálculo da taxa de reciclabilidade dos veículos em estudo, foi-se utilizado a norma ISO 22628 [11] que estabelece as diretrizes para o cálculo da taxa de reciclabilidade de veículos automotores, através da seguinte equação: Rcyc = M p + M d + M m + M tr Mv * 100 , onde: Mp = massa proveniente da fase de pré-tratamento do veículo: fluidos, bateria, air-bags, tanques de combustível, pneus e catalisadores; Md = massa proveniente da fase de desmanche do veículo: peças para reutilização e/ou remanufatura; Mm= massa proveniente da separação de metais: metais ferrosos e nãoferrosos restantes; Mtr = massa proveniente da separação dos resíduos não-metálicos para recuperação energética; Mv = massa total do veículo. Esta norma informa que devem ser levadas em consideração, para o cálculo dessa taxa, a facilidade de desmontagem, a correta indentificação dos materiais plásticos, e a utilização de materiais incompatíveis; porém não indica como fazêlo. A opção utilizada para o cálculo da taxa de reciclabilidade neste trabalho, baseada em estudos do Georgia Institute of Technology, foi avaliar cada componente de acordo com sua reciclabilidade e a separabilidade entre os materiais. Dessa maneira, cada componente recebe uma pontuação de acordo com a seguinte escala: § A melhor pontuação é 1; § Pontuação 1, 2 e 3, tanto para reciclabilidade quanto para separabilidade, considerada aceitável para o mercado europeu; § Pontuações 4, 5 e 6 são consideradas fracas; § Para a comissão federal de comércio dos USA (FTC - United States Federal Trade Commission) as regras são mais estritas: no momento, 13 apenas produtos / componentes com pontuação 1 e 2 são considerados recicláveis. As taxas de reciclabilidade são calculadas levando-se em consideração apenas as categorias 1, 2 e 3. As tabelas 3 e 4 apresentam as massas e a taxa de reciclabilidade final dos veículos VW 18.310 e VW 19.320E, respectivamente. Tabela 3 – Taxa de reciclabilidade do VW 18.310 Brand Name: Model (type/variant): Metals Materials Breakdown 4621,17 PreTreatment (m p) Worker VW 18.310 Air Suspension Tractor Polymers (excl. Elastomers Glass elastomers) Mass (kg) 163,02 282,94 33,09 Vehicle Mass, mV (kg) = Fluids MONM 83,68 Fluids m p1 122,51 Mass (kg) 54,2 Battery m p2 84,8 Oil filters m p3 1,32 Oil tanks m p4 33,22 CNG tanks m p5 Tyres m p6 Catalytic converters m p7 5724,89 Others 41,52 648,86 m p total (sum m p1 to m p7)= Dismantling (m D) Part Number Name 1 Motor 2 Motor de partida Mass (kg) Part Number Name 563,29 6 Portas 15,38 7 Pára-choque,estribo Mass (kg) 822,4 Mass (part 11 to x) (kg) 58,21 Cinto de segurança 2,6 110,69 Grade 4,82 3 Vidros 31,24 8 Direção hidráulica 4 Radiador + ar condionado Transmissão 93,03 9 Sistema de exaustão 48,6 Macaco, triângulo, extintor 506 10 Limpador de pára-brisa 4,51 26,04 1234,98 11 5 6 Elétricos/Eletrônicos m D1 total (sum 1 to 6)= Metals separation (m M) Remaining Vehicle metallic content: Technology no. 1 Non-metallic residue treatment (m Tr and m Te) Faróis e Lanterna m D2 total (sum 6 to 10)= Recyclable materials (m Tr): Name m Tr1 ABS 56 Acabamento interno 5,2 283,21 m D total (m D1+m D2+m Dx)= Mass (kg) m M= m Tr2 7,33 3 PP m Tr3 13,77 insonorizadores m Tr4 m Tr5 PVC 60,18 3,33 m Tr total (sum m Tr1 to m Trx)= Energy recovery materials (m Te): Remaining quantity of organic materials (polymers, elastomers, MONM, etc) Rcyc = m p + m D + m M + m Tr x100 Recyclability rate mV m p + m D + m M + m Tr + m Te Rcov = x100 Recoverability rate mV a 2874,83 7,73 PA-GF 5 1597,33 Mass (kg) 2 4 57,56 14,16 Mass (kg) m Te= 92,34 13,04 94,10 % 94,32 % Please add a separate list for additional parts or technologies 14 Tabela 4 – Taxa de reciclabilidade do VW 19.320E Brand Name: Model (type/variant): Constellation VW 19.320E DayCab Tractor Metals Materials Breakdown Polymers (excl. elastomers) Elastomers 331,75 418,19 5303,22 PreTreatment (m p) Vehicle Mass, mV (kg) = Glass Mass (kg) 37,69 Fluids 6213,53 MONM Others 22,4 100,28 Fluids m p1 Mass (kg) 22,40 Battery m p2 124,07 Oil filters m p3 1,4 Diesel tanks m p4 34,76 CNG tanks m p5 - Tyres m p6 707,75 Catalytic converters m p7 m p total (sum m p1 to m p7)= Dismantling (m D) Part Number 1 Name Mass (kg) Part Number Name Mass (kg) 890,38 Mass (part 13 to x) (kg) 46,06 8 Grade 32,74 Direção hidráulica 69,16 2 embreagem Transmissão 417,29 9 Tapetes 28,85 Elétrico/Eletrônico 24,26 3 Motor 628,14 10 Basculamento 34,59 Pára-choque,estribo 80,46 4 Motor de partida 12,97 11 Vidros 37,27 Faróis e Lanterna 5 Portas 55 12 exaustão 80,16 Limpador de pára-brisa 6 Protetor do pára-brisa 7,61 13 radiador+ar condicionado 82,48 2,17 1169,24 14 7 cinto de segurança m D1 total (sum 1 to 5)= Metals separation (m M) macaco, triângulo, extintor m D2 total (sum 6 to 10)= Non-metallic residue treatment (m Tr and m Te) Recyclable materials (m Tr): Name m Tr1 Poliamida (PA) 3 4 ASA m Tr4 3,36 5 Polietileno (PE) m Tr5 1,01 6 insonorizadores m Tr6 56,83 5,61 Energy recovery materials (m Te): Remaining quantity of organic materials (polymers, elastomers, MONM, etc) Rcyc = m p + m D + m M + m Tr x100 Recoverability rate a Rcov = 3464,08 6,72 41,46 m Tr total (sum m Tr1 to m Trx)= Recyclability rate 1661 Mass (kg) Polipropileno (PP) m Tr2 Blenda ABS+PC m Tr3 2 5,7 11,93 308,02 m D total (m D1+m D2+m Dx)= Mass (kg) m M= Remaining Vehicle metallic content: Technology no. 1 4,16 mV m p + m D + m M + m Tr + m Te mV Mass (kg) m Te= 114,99 15,97 98,66 % 98,92 % x100 Please add a separate list for additional parts or technologies De posse desses resultados, verificamos que o novo projeto tem taxa de reciclabilidade de 98,6% enquanto a do antigo projeto é de 94,1%. do que o atual. Pode-se constatar que o VW 19.320E apresentou uma melhoria de 4,5% na sua taxa de reciclabilidade em comparação ao VW 18.310. CONCLUSÕES Pôde-se constatar que o desempenho ambiental do novo modelo é superior ao seu antecessor, mesmo considerando que sua cadeia produtiva a montante (extração de matéria-primas ao processo de montagem) apresente um maior impacto ambiental; isto apenas evidencia a importância da fase de uso nos resultados da ACV de veículos como todo. Neste sentido é importante se buscar cada vez mais a redução dos gases de escapamento dos veículos futuros, seja através da introdução de novos conceitos de propulsão ou pela utilização de combustíveis convencionais mais limpos ou renováveis. 15 Com relação ao Constellation VW 19320E, no que tange ao seu potencial de aquecimento global, devido a sua maior eficiência, expressa em ton/km, aumentada em 3,5%, estima-se que 124,5 t CO2 equivalente serão evitadas depois de 40.000.000 tkm. Porém, os melhores resultados foram referentes aos indicadores que afetam diretamente a qualidade do ar (potencial de formação de ozônio troposférico e acidificação) que apresentaram ganhos mais significativos devido à redução nas emissões dos poluentes atmosféricos legislados (HC, CO, NOx) durante a fase de uso dos veículos. Pôde-se observar também que mesmo com o aumento de 520 kilogramas no peso total do novo produto, houve um aumento de 4,5% na sua taxa de reciclabilidade (saltando de 94,1% no Série 2000 VW 18.310 para 98,6% no Constellation VW 19.320E). Isto pode ser creditado, dentre outros fatores, a maior uniformidade nos diferentes tipos de polímeros utilizados no novo projeto expressa na melhor compatibilidade entre eles. Com base nestes resultados, e em sua conformidade com a norma ISO 14040:2006, verifica-se que o Constellation VW 19.320E apresenta balanço ecológico positivo, quando comparado a seu antecessor, caracterizando-se como produto de baixo impacto ambiental estando apto a receber o selo ambiental emitido pelo Instituto da Qualidade Automotiva. REFERÊNCIAS [1]ISO 14.040. Environmental Management – Life Cycle Assessment – Principles and Framework. 2006. [2]KRINKE, S.; GOLDMANN, D. Sustainable ELV Treatment: Life-Cycle Assessment of the Volkswagen-SiCon Process. 4th International Conference on Solid Waste. Leiria, Portugal. 2003. [3]BIDERMAN, R.; MONZONI, M.; MAZON, R.; DE MACEDO, L. S. V. Guia de compras públicas sustentáveis – Uso do poder compra do governo para promoção do desenvolvimento sustentável. CesFGV. São Paulo, SP. 2006. Disponível em http://www.ces.fgvsp.br. Acesso em 29/02/2008. [4]KRINKE, S.; KOFFLER, C.; SCHEBECK, S. Volkswagen slimLCI – a procedure for streamlined inventory modelling within Life Cicle Assessment [LCA] of vehicles. International Journal of Vehicle Design [Special issue on sustainable mobility, vehicle design and development]. Olney. Inderscience publishers. 2007. [5]SCHWEIMER, G. W.; LEVIN, M. Sachbilanz des Golf A4. Group Research. Environmental Affairs Product. Wolfsburg, Alemanha. 2000. [6]KOFFLER, C. Automobile Produkt-Ökobilanzierung. Ph.D.thesis. Technical University of Darmstadt, Institute WAR. 2007. 16 [7]GUINÉE, J. B.; LINDEIJER, E. Handbook on Life Cycle Assessment: Operational guide to the ISO Standards. Kluwer Academic Publisher. 2002. [8]SCHMIDT, W. P.; DAHLQUIST, E.; FINKBEINER, M.; KRINKE, S.; LAZZARI, S.; OSCHMANN, D.; PICHON, S.; THIEL, C. Life Cycle Assessment of Lightweight and End-of-life Scenarios for Generic Compact Vehicle Class. International Journal of Life Cycle Assessment (6). S. 405-416. 2004. [9]EP10.000.40BR. Comparative Fuel Consumption in the Same Route. Procedimento Powertrain. Volkswagen Caminhões & Ônibus. 2006. [10]MARQUES, G.G. Avaliação do Potencial de Redução dos Poluentes Atmosféricos Locais a partir da Renovação da Frota de Caminhões no Brasil. Tese de Mestrado. COPPE/UFRJ. 2005. [11]ISO 22628 - Road Vehicles - Recyclability and Recoverability – Calculation Method. 17 ANEXO I - CERTIFICADO DE VALIDADE CONFORME ISO 14040:2006 18 ANEXO II - SELO AMBIENTAL CONCEDIDO PELO IQA PARA O VEÍCULO VW 19320E 19 ANEXO III - MACRO INFORMAÇÕES SOBRE O ESTUDO DE ANÁLISE DO CICLO DE VIDA 20