Metalworking World 3/2009
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Metalworking World 3/2009
desvendando os segredos da natureza: no rastro de novas espécies a business magazine from sandvikcoromant coromant uma revistaand de technology negócios e tecnologia da sandvik N.º3 2009 aceleraNDO A produtividade EM SILÊNCIO a canadian tool & DIE desafia a crise Economize com O CONCEITO PIP nada surpreende a argentina emu: novos caminhos para o sucesso Eduardo Vorchheimer, CEO da EMU, fabricante da Argentina. editorial O segredo é ser competitivo Todas as empresas precisam melhorar constantemente sua competitividade. As vencedoras são as que encontram a melhor forma de fazer isso! Durante esta dura recessão, a sobrevivência está diretamente relacionada à possibilidade de redução de custos na produção. O segredo é reduzir os custos de produção a longo prazo em todos os níveis. Reduzir custos a curto prazo – mesmo que se reduzam também os preços, o que no panorama geral tem um efeito muito limitado – não é a solução. Portanto, eu gostaria de sugerir que você experimentasse o programa da Sandvik Coromant que reduz custos e, ao mesmo tempo, melhora sua competitividade a longo prazo. Por meio do nosso programa de redução de custos, nossos engenheiros ajudarão a analisar seu processo de produção para determinar onde é possível economizar. Igualmente importante, eles mostrarão como é possível otimizar sua usinagem, liberando tempo e recursos, e poderão lhe dar várias sugestões, para que você possa fazer o que for mais adequado ao seu caso. Foi isso o que fizemos para a Smith International, do Texas. Nossos engenheiros executaram um programa durante o pico da atividade econômica e, quando veio a desaceleração, essas melhorias permitiram trazer de volta a produção de peças que tinha sido terceirizada. Isso não era possível antes com o processo que “Reduzir custos a curto prazo não é a solução.” eles usavam. Leia mais sobre a Smith International e sobre como um programa de redução de custos pode gerar uma economia substancial, à página 6. No entanto, o segredo do sucesso varia conforme a empresa. A EMU, fornecedora da indústria automotiva na Argentina, tem tido muita experiência com mudanças e melhorias não só em seu processo de produção, para atender a demanda dos clientes, mas também em sua base de clientes, para não ser tão dependente de um único segmento da indústria. Essa diversificação deixou a empresa em uma boa situação, apesar da desaceleração atual dos negócios. Leia mais à página 7. samir soudah Boa leitura! Kenneth V Sundh Presidente da Sandvik Coromant PS 1: Silent Tools, nosso exclusivo conceito antivibratório, tornou-se parte integrante de muitas máquinas novas. Ele pode reduzir o tempo de retorno do investimento. Leia o artigo à página 24. 2 metalworking world PS 2: O professor japonês Masahiko Inami inventou o sonho de qualquer criança: uma capa invisível. Sua invenção pode tornar mais fácil estacionar um carro, por exemplo. Leia mais à página 29. índice ken straiton 29 metalworking world N.º3 2009 Tecnologia estáveis 13 melhoras A nova e exclusiva interface iLock melhora a estabilidade de vários conceitos de ferramentas de corte e traz novos níveis de segurança, maior vida útil e melhor produtividade. mais suave 14 aterrissagem A fabricação de trens de pouso para aeronaves exige muita técnica e se caracteriza pela necessidade de alta confiabilidade e robustez, além de apresentar rigorosas restrições de peso e custos. controle dos cavacos 23 melhor Alguns dos problemas mais comuns das operações de cortes e canais estão relacionados ao controle ineficaz dos cavacos e à dificuldade de acesso. Isso pode ser resolvido com as novas ferramentas CoroTurn HP. do alumínio 34 CAMPEÃ Com a nova fresa de topo CoroMill 790, a usinagem em desbaste e acabamento de alumínio tornou-se mais produtiva e foi possível obter uma maior qualidade das peças. PARA USINAR PEÇAS DIFÍCEIS 38 FACILIDADE Os motores aeronáuticos estão repletos de peças de difícil usinagem, mas sua fabricação fica mais fácil com as ferramentas certas. 34 4 7 notícias de usinagem 16 A CANADIAN TOOL & DIE desafia a crise 24 produtividade SILENCIOSA 29 ele transforma seu sonho em realidade 30 A TROPA DE ELITE DA NATUREZA 36 panorama da usinagem NOVOS CAMINHOS PARA ATRAIR FATURAMENTO NA ARGENTINA 30 16 Metalworking World é uma revista de negócios e tecnologia da AB Sandvik Coromant, 811 81 Sandviken, Suécia. Telefone: +46 (26) 26 60 00. A Metalworking World é publicada três vezes por ano em alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, húngaro, inglês americano, inglês britânico, italiano, japonês, polonês, português do Brasil, russo, sueco, tailandês e tcheco. A distribuição é gratuita para clientes da Sandvik Coromant mundialmente. Publicada pela Spoon Publishing em Estocolmo, Suécia. ISSN 1652-5825. martin adolfsson Editora-chefe e responsável legal na Suécia: Pernilla Eriksson. Executiva de conta: Christina Hoffmann. Gerente editorial: Johan Andersson. Diretor de arte: Erik Westin. Editor técnico: Christer Richt. Subeditora: Valerie Mindel. Coordenadora: Beate Tjernström. Coordenador de idiomas: Sergio Tenconi. Editora de português: Miriam Moraes Bengtsson. Tradutor: Carlos Teixeira. Layout: Nina Körnung. Pré-impressão: Markus Dahlstedt. Foto da capa: Eduardo Gil. Favor observar que não aceitamos originais não-solicitados. O conteúdo desta publicação só poderá ser reproduzido com permissão, que deve ser solicitada ao gerente editorial da Metalworking World. As matérias e opiniões expressas na Metalworking World não refletem necessariamente os pontos de vista da Sandvik Coromant ou da editora. Correspondências e pedidos de informação sobre a revista são bem-vindos. Contato: Metalworking World, Spoon Publishing AB, Kungstensgatan 21B, 113 57 Estocolmo, Suécia. 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A Sandvik Coromant não se responsabiliza por qualquer dano direto, acidental, conseqüencial ou indireto, resultante do uso das informações disponíveis na Metalworking World. metalworking world 3 notícias Motores mais ecológicos Novo material. Hoje, um carro de passeio médio na União Européia emite 160 gramas de dióxido de carbono por quilômetro. Mas, a partir de 2012, as emissões dos carros novos na UE estarão limitadas a 120 gramas por quilômetro, uma redução de 25%. Em preparação para o novo regulamento, muitos dos principais fabricantes de carros da Europa estão buscando maneiras de construir veículos menores e de tornar os maiores ainda mais eficientes. “As exigências estão sempre aumentando”, observa Jürgen Zörner, gerente de usinagem de produtos acabados da fundição austríaca Georg Fischer Automotive, empresa que sugeriu um novo material para coletores, capaz de suportar as temperaturas mais altas dos motores menos poluentes. Em 2007, a Georg Fischer lançou o SiMo1000, um material que resiste a altas temperaturas e usa 34% a menos de níquel – uma nítida vantagem em tempos de alta do preço desse metal. Porém, o desafio é a dificuldade de se fabricar o novo material de maneira eficiente. A Georg Fischer procurou o Centro de Aplicação Automotiva da Sandvik Coromant em Stuttgart, na Alemanha, em busca de uma solução. A tarefa era testar o SiMo1000 e obter o melhor processo possível para usinar os tubos e produzir o furo através do qual o coletor de escape de 4 kg a 6 kg é fixado na carcaça do motor. O SiMo1000 passou por uma bateria de testes em meados de 2007. A partir dos resultados, a equipe da Sandvik Coromant sugeriu uma nova ferramenta para trabalhar com o material. Baseada na CoroDrill 880, essa ferramenta pode ser equipada com O coletor feito com o novo material uma broca de SiMo1000. 10 mm e é capaz de realizar cinco operações “Foi complicado, pois o material é endurecido por indução.” – desde fresamento de bordas com rebarba até furação – sem troca de pastilhas. O que convenceu a Georg Fischer foi o fato de o desgaste aumentar de maneira uniforme e contínua, reduzindo o risco de uma parada na produção. Esse é um fator importante para os fornecedores da indústria automobilística, um setor em que as pressões de custo são enormes. Na fábrica da Georg Fischer em Herzogenburg, as máquinas estão sendo adaptadas para a nova ferramenta, que foi introduzida lentamente durante o primeiro trimestre de 2009. Isso abriu caminho para uma área de negócios completamente nova – carcaças para turbocompressores. Os protótipos estão sendo testados atualmente em vários fabricantes de turbocompressores. “Enxergamos um futuro promissor para o SiMo1000”, destaca Zörner. Canadá recebe competição de jovens educação. A cada dois anos, centenas de jovens talentosos do mundo todo encontram-se para disputar a WorldSkills International, em que competem nas habilidades de seus vários ofícios, em testes com padrões internacionais rigorosos. A 40.ª edição da WorldSkills acontecerá em Calgary, no Canadá, na primeira semana de setembro de 2009. Participarão competidores de 51 países e regiões. 4 metalworking world “Embora o reconhecimento independente varie conforme o país anfitrião, a participação e a classificação em uma competição WorldSkills International representa um grande destaque na carreira”, aponta Jennifer Laraway, diretora de comunicações da WorldSkills Calgary 2009. A Sandvik Coromant é patrocinadora da parte de usinagem da competição, fornecendo ferramentas e conhecimento na área de usinagem. Roberto Bovino, supervisor de fábrica da CTD. Leia mais à página 16. Inovação sonora P&D. Há anos que as cordas de violões e guitarras são feitas de aço-carbono, um material que desafina facilmente. Mas agora está começando uma nova era. A Sandvik Materials Technology desenvolveu um novo aço inoxidável para cordas musicais. Até agora, os testes mostram que as cordas feitas com o novo aço são muito mais duráveis que as tradicionais em aço-carbono, que oxidam com o suor e deixam de funcionar em pouco tempo. “Estou tocando com elas na minha guitarra há meses e as cordas funcionam mesmo”, garante Phil Etheridge, gerente de marketing do novo aço para cordas e experiente guitarrista. Várias empresas de música têm se interessado pelo novo aço. “Esse aço também pode ser usado para fabricar cordas para outros instrumentos, como violinos e bandolins”, acrescenta. Phil Etheridge nasa cinco perguntas para: … Jeff Wallace, gerente de tecnologias de usinagem para o setor aeroespacial da Mori Seiki, fabricante de máquinas-ferramenta, nos EUA. Aeroespacial. A contínua evolução da indústria aeroespacial desafia os fabricantes com materiais de difícil usinagem. P&D. A Boeing, em cooperação com a NASA e outras organizações, está desenvolvendo a aeronave Blended Wing Body. Ela transportará entre 450 e 600 passageiros – mesma classe que o Boeing 747. O design em formato de arraia oferece melhor aerodinâmica, maior economia de combustível e menos ruído. Feito de materiais compostos e plásticos, o avião também será muito mais leve. chance para inspiração Feiras de negócios. A partir do final de setembro, a Sandvik Coromant abrirá as portas de seus Centros de Produtividade na Europa, a fim de ajudar as empresas a encontrarem novos métodos para enfrentar os desafios provocados pela desaceleração econômica. O objetivo é trocar idéias e discutir desafios e oportunidades com os fabricantes, e preparar-se para quando o mercado melhorar. “Não participaremos da feira EMO 2009 este ano, mas realizaremos uma série de eventos abertos nos nossos Centros de Produtividade, todos com o tema ‘O desafio para a sua empresa’”, informa Virgine Geoffrion, gerente de comunicações de marketing da Sandvik Coromant, região Europa. “Nossos especialistas estarão à disposição para responder perguntas e apresentar as mais recentes aplicações e soluções, que permitirão reduzir custos e tempos de produção de maneira eficiente e permanente. Ao participarem desses eventos, os clientes estarão preparados para os novos desafios que terão pela frente”, completa. Há vários Centros de Produtividade ao redor da Europa. Para obter informações sobre os centros participantes e as datas, entre em contato com seu representante local da Sandvik Coromant ou visite a nossa webpage em www.coromant. sandvik.com/br. 1. Com a crise econômica atual, como os fabricantes estão encarando os investimentos em máquinas? “Atualmente, um número crescente de fabricantes enxerga a alta tecnologia como uma possível solução para a desaceleração da usinagem geral. Graças a isso, nossos centros de usinagem de 5 eixos e máquinas multitarefas estão ganhando popularidade.” 2. Quais são os seus maiores desafios no setor aeroespacial? “As peças das turbinas a gás e outros componentes aeroespaciais são feitos sobretudo de ‘superligas’ – ligas à base de níquel, titânio e aço inoxidável. Essas ligas são difíceis de usinar e de manipular. A vida útil da ferramenta e o custo por peça são Jeff Wallace os principais quesitos a considerar ao buscar novas tecnologias que superem esses problemas.” 3. Como a Mori Seiki trabalha com a Sandvik Coromant em relação a isso? “Estamos em um ciclo de desenvolvimento contínuo: a Sandvik Coromant desenvolve novas tecnologias de usinagem e nós tentamos aproveitar essa tecnologia. Ao mesmo tempo, a Mori Seiki desenvolve novas tecnologias de máquinas, que por sua vez impulsionam as tecnologias de ferramentas.” 4. Qual será o próximo grande desafio dos fabricantes do setor aeroespacial? “Reduzir custos. Para conseguir isso, será necessário usar soluções de ferramental inovadoras e centros de usinagem extremamente robustos.” 5. Qual será a próxima grande inovação em termos de máquinas-ferramenta para o setor aeroespacial? “Vemos várias tecnologias inovadoras que nos levarão a um nível maior de produtividade. Uma inovação fundamental é o desenvolvimento de grandes plataformas de máquinas, que terão uma plataforma básica comum. Essas máquinas serão adaptáveis a uma grande variedade de aplicações, mas terão peças e componentes comuns, o que permitirá reduzir os custos globais.” SABIA QUE … … para fabricar um a aeronave completa, é necessário produzi r 1,2 milhão de furos? metalworking world 5 notícias Com o aumento de produtividade obtido, a Smith International (EUA) reduz custos durante a crise. A fresa RA300 significou um enorme aumento de produtividade na fabricação de uma ferramenta de reparo. “retomamos a produção” é um fornecedor mundial de produtos e serviços para a indústria de gás e petróleo, voltados às operações de perfuração e reparo. Em 2006, durante o crescimento da demanda mundial, a gerência da empresa precisava aumentar a produção de uma ferramenta de reparo em uma A Smith international máquina-ferramenta recémadquirida. A equipe da Smith precisava reduzir o tempo de máquina dessa peça de quase 50 horas para 25, a fim de atender o aumento da demanda dos clientes. “A primeira coisa que fizemos foi reduzir o número de processos para a peça de sete para um, mas uma forma de reduzir custos A Smith é apenas um dos muitos exemplos de como uma empresa pode usar o Programa de Incremento da Produtividade (PIP) da Sandvik Coromant para reduzir custos durante uma recessão, afirma Björn Pettersson, gerente sênior de processos de vendas da Sandvik Coromant. “O caso da Smith ilustra a principal questão do aumento de produtividade: flexibilidade. Com isso, a Smith reduziu custos quando a economia estava aquecida e pôde escolher um caminho 6 metalworking world que convinha à empresa para combater a crise”, esclarece. Pettersson aponta que os incrementos de produtividade durante uma recessão oferecem diversas possibilidades. “Se uma empresa sofre uma queda de 10% nos pedidos, podemos usar um PIP para determinar como reduzir os custos em 20%. Com pequenas mudanças, é possível otimizar a usinagem para liberar tempo e recursos. Nós nos sentamos juntos e trabalhamos para superar os desafios”, observa. custos de US$ 770 mil anuais. a maior parte do tempo ainda “Durante o período de cresciestava no fresamento”, conta Ray mento, terceirizamos uma parte Stafford, supervisor de ferramensignificativa da produtas de fabricação da ção para dar conta da Smith. Sob o comando demanda dos clientes. do engenheiro de Hoje, com a recente vendas Neil Munson, desaceleração, conseum representante da guimos retomar granSandvik Coromant de parte dessa produanalisou o processo de ção para nossas prófresamento e executou prias instalações. Isso um Programa de não teria sido possível Incremento da Ray Stafford se não tivéssemos Produtividade (PIP). melhorado a produtividade para “Ao fazer isso, estávamos essa peça”, explica Stafford. buscando ferramentas que Porém, a redução de custos não pudessem oferecer mais CIM [polegadas cúbicas por minuto]. A pára por aí. Recentemente, Adrian Martinez, programador da Smith, Sandvik Coromant conseguiu nos descobriu que seria possível aufornecer uma fresa R300, que mentar ainda mais a eficiência eliminou 14 horas do tempo do acelerando a faixa de avanço e a processo de fresamento mais taxa de remoção de material no demorado”, destaca Stafford. (Uma fresa R300 é uma fresa com processo de fresamento mais demorado. “De fato, isso aumenpastilha redonda positiva, tou a vida útil da fresa R300, o conhecida globalmente como que é incrível. Ninguém mais tem CoroMill 300.) uma fresa que dure tanto tempo”, No total, a melhora de produtiassinala Martinez. vidade significou uma redução de eduardo gil Eduardo Vorchheimer, CEO do fabricante EMU. negócios versáteis Buenos Aires, Argentina. A EMU é um fabricante que, durante toda sua existência, tem se transformado constantemente para encontrar novos negócios. Assim, quando a crise econômica abalou o mundo em 2008, a empresa já estava preparada. “Entendemos desde cedo que não podíamos ficar dependentes do setor automobilístico”, explica o proprietário Eduardo Vorchheimer. ❯❯ metalworking world 7 Metalúrgicos Unidos (EMU) é um importante fornecedor de peças usinadas sob medida para a indústria automotiva. O peso das peças usinadas pela empresa variam de 200 g a 500 kg. A EMU foi fundada em 1930 como Bock & Cia (veja quadro à página 11) e foi comprada pelos proprietários atuais, a família Vorchheimer, em meados da década de 1950. A unidade de fabricação da EMU é uma das poucas fábricas grandes localizadas dentro dos limites da cidade de Buenos Aires. A maioria das fábricas da indústria pesada fica situada em uma área mais afastada, no enorme cinturão industrial da província de mesmo nome. “A unidade está estrategicamente localizada a poucas quadras da General Paz [a rodovia que circunda Buenos Aires] e de 20 a 40 minutos dos principais clientes do setor automotivo”, descreve Eduardo Vorchheimer, proprietário da EMU. A mudança sempre fez parte do jeito de fazer negócios da empresa. Inicialmente, produzia peças de bronze para aquecedores de água residenciais. Depois, passou a produzir pequenas quantidades de peças de parafusos usinadas, tais como porcas, conectores e acessórios, muitas delas torneadas ou fresadas à mão na pequena fábrica da empresa. Já nos últimos 15 anos, a EMU investiu na modernização e otimização de suas instalações com sistemas CNC (controle numérico computadorizado) de última geração, tais como centros de usinagem horizontais, tornos com vários fusos, CMM (máquinas de medição por coordenadas) e centros de usinagem verticais. Além disso, ampliou suas instalações para 3.750 m², a fim de acomodar o aumento de dimensões e de tarefas da empresa renovada, que passou de uma única máquina CNC em 1993 para 53 atualmente. “Isso representou um passo enorme para nos tornarmos uma empresa de médio porte. Gradualmente, os grandes clientes foram nos conhecendo e percebendo a alta qualidade do nosso trabalho”, conta Vorchheimer. eduardo gil ❯❯ Empresa de médio porte, a Establecimientos Suportes de motor, uma das muitas peças produzidas na fábrica da EMU. A EMU passou a fornecer para importantes fabricantes de veículos, como Toyota, Volkswagen, Ford e General Motors e, dessa forma, estava bem posicionada para o boom de vendas domésticas de veículos iniciado em 2002. Foram feitas novas contratações, inclusive de vários técnicos qualificados e quatro engenheiros para atuar no local do cliente, ampliando para 100 o total de funcionários. Também foi acrescentado um terceiro turno. “Quando entrei para a EMU em 2002, a ❯❯ eduardo gil Leopoldo Ojea, diretor da EMU. 8 metalworking world eduardo gil A EMU precisou de ajuda para extrair o máximo de eficiência de suas várias máquinas. Avanços por tentativa e erro A EMU precisava de uma mudança que lhe permitisse readaptar suas máquinas para operações distintas da maneira mais rápida, fácil e segura possível. A empresa tinha equipamentos grandes o suficiente: máquinas automáticas simples e multifuso; fresadoras automáticas; retificadoras tangenciais e centreless; tornos CNC com um e com dois fusos, e centros de usinagem verticais e horizontais. O que faltava era um conceito integral que extraísse a melhor produção e a máxima economia de tempo de cada equipamento, trabalhando com peças entre 200 g e 500 kg. “Precisávamos estar mais abertos à mudança em cada terminal, e a Sandvik Coromant nos ajudou muito nisso”, destaca Leopoldo Ojea, diretor da EMU. Um ano e meio de reuniões entre os engenheiros da EMU e da Sandvik Coromant e um período de tentativa e erro com diferentes fresas, porta-ferramentas e pastilhas levaram à instalação final e à informatização dos processos. “Buscamos e conseguimos um consenso de equipe nessas reuniões,” assinala Alejandro Nasca, gerente de fábrica da EMU. No total, mais de nove processos e operações foram melhorados durante o trabalho, e foram introduzidas ferramentas de alto desempenho, como a CoroMill 490, o Coromant Capto e as pastilhas GC1020, todos usados na fabricação de juntas para automóveis. “As pastilhas com quatro arestas na CoroMill 490 ofereceram um corte suave e reduziram as forças de corte. O sistema de portaferramenta com troca rápida Coromant Capto foi necessário para melhorar a estabilidade e reduzir as vibrações, que tinham sido um problema anteriormente, e a GC1020 é uma classe de pastilhas bem conhecida na EMU”, diz Ariel Arciello, engenheiro de vendas da Sandvik Coromant Argentina. Os resultados foram excelentes. Um estudo recente feito pelas duas empresas mostrou que, nos últimos 18 meses, devido ao aumento de produtividade, a EMU obteve uma redução de custos substancial em sua operação, além de uma economia anual de cerca de 6.400 homens-horas, um número impressionante para uma empresa com pouco mais de 100 funcionários. Alejandro Nasca relembra alguns dos primeiros testes, em que os engenheiros trabalhavam para reduzir o tempo de uma operação em 30 segundos. “Operávamos em 370 segundos e, com os novos procedimentos, reduzimos esse tempo para 335. Mas o Coromant Capto forneceu a rigidez necessária e poupou tempo”, completa. metalworking world 9 ❯❯ situação econômica na Argentina estava ape- nas começando a melhorar”, conta Leopoldo Ojea, diretor da empresa. Ojea tinha trabalhado durante 15 anos na gigante do setor químico DuPont, no Brasil e na Argentina, antes de mudar-se para a EMU. “Estávamos bem posicionados para o boom automobilístico, mas sabíamos que precisávamos diversificar, porque naquela época tínhamos nos tornado 95% dependentes desse setor. E para diversificar, sabíamos que precisávamos de mais flexibilidade em nossos terminais”, explica. “Para diversificar, sabíamos que precisávamos de mais flexibilidade em nossos terminais.” Leopoldo Ojea, diretor da EMU. A EMU procurou a ajuda da Sandvik Coromant Argentina. Ojea relembra que uma equipe técnica da Sandvik Coromant trabalhou com os engenheiros e técnicos da EMU por mais de três meses para reformular as linhas de máquinas e melhorar a produtividade. “Uma equipe de nove pessoas – três da Sandvik Coromant e seis da EMU – iniciou sessões regulares em meados de 2007, primeiro para estabelecer metas e posteriormente para testar diferentes opções. Finalmente, no final de 2008, eles instalaram as novas ferramentas e programas”, explica Ariel Arciello, engenheiro de vendas da Sandvik Coromant Argentina. Um das melhorias geradas pela equipe foi um processo completo de usinagem para juntas automotivas – uma peça que normalmente inclui o eixo e o braço de direção e permite que a roda dianteira gire. “Estudamos o processo completo, que incluiu três máquinas diferentes, e elaboramos um novo método para reduzir o tempo total de produção. Os resultados superaram até mesmo nossas previsões mais otimistas em termos de produtividade e vendas (veja quadro à página 9)”, diz Arciello. importante porque a crise econômica internacional já está sendo sentida na Argentina, onde após seis anos seguidos de crescimento médio anual de quase 9%, espera-se que essa cifra caia a menos de 2% no ano fiscal de 2009. No entanto, o pessoal da EMU continua otimista e com bons motivos. Para começar, a diversificação ressaltada por Ojea já começa a mostrar resultados. A empresa está trabalhan- ❯❯ Isso é especialmente eduardo gil eduardo gil A unidade da EMU é uma das poucas fábricas grandes localizadas dentro dos limites da cidade de Buenos Aires. 10 metalworking world eduardo gil A unidade de 3.750 m² da EMU abriga 53 máquinas CNC. Elias Saavedra, líder de CNC, preparando a célula. Sobre a EMU florescente indústria automobilística doméstica para firmar-se como um dos mais importantes fornecedores de produtos usinados e serviços sob medida para os grandes fabricantes de automóveis. A fábrica, localizada em Buenos Aires, possui instalações modernas de mais de 3.750 m². Pensando no futuro, a EMU planeja uma diversificação para áreas tais como veículos agrícolas, equipamentos para perfuração de poços de gás e petróleo e ainda equipamentos ortopédicos e implantes dentários. eduardo gil eduardo gil A EMU foi fundada em 1930 como Bock & Cia. No começo a empresa trabalhava com tornos e pequenos dispositivos de fresamento para produzir conectores de bronze para a indústria de aquecedores de água domésticos. Aos poucos, a empresa entrou no setor de autopeças e hoje é o mais antigo fornecedor argentino sobrevivente das fábricas originais da Ford e da GM, desde 1943. Em meados da década de 1950, a empresa iniciou uma transformação já sob novos proprietários, a família Vorchheimer, que tirou proveito da Suportes de motor. metalworking world 11 eduardo gil eduardo gil A EMU também fabrica coletores de escape para a indústria automotiva. ❯❯ do com equipamentos de perfuração e serviço e manutenção para empresas de gás e petróleo na exploração de petróleo em terra firme no sul da Argentina. Além disso, está usinando peças para veículos agrícolas para os representantes locais de alguns fabricantes, fechando contratos com equipes de carros de corrida e trabalhando até mesmo para os setores de implante dentário e ortopedia. Sem contar que os argentinos entendem muito de crises econômicas. Eles passaram por uma a cada 10 ou 15 anos durante o século passado. “Estamos mais preparados na Argentina [para superar uma crise] do que em qualquer outro lugar. Passamos por tantos altos e baixos na economia que isso já está integrado às nossas estratégias, ao nosso planejamento, ao nosso financiamento”, afirma Vorchheimer. De fato, em 2001–2002, a Argentina foi à falência. O governo congelou todas as contas bancárias e os argentinos ficaram sem acesso ao dinheiro que possuíam durante cerca de quatro meses. Foi a pior moratória soberana da 12 metalworking world Cristian Fichera, operador de CNC, trabalhando com coletores de escape. história mundial. No auge desse colapso econômico, o país sofreu com um desemprego de quase 32%, com 60% da população vivendo abaixo da linha de pobreza (contra índices históricos de 6% ou 7% no país). “Se conseguimos superar a crise de 2001, certamente podemos sobreviver e até vir a nos fortalecer com esta nova crise. A crise de 2001 nos ensinou a ser flexíveis e proativos para procurar novos produtos e mercados – desenvolvendo processos de usinagem inovadores com máquinas de última geração. Temos uma oportunidade nesta crise, assim como uma equipe altamente capacitada para nos ajudar a atingir custos globais competitivos”, destaca Vorchheimer. A Sandvik Coromant terá um papel importante no futuro da empresa. O mesmo grupo de trabalho que criou inovações que beneficiaram a produção de autopeças da EMU agora está trabalhando para readaptar e reprogramar as máquinas para projetos nos setores agrícola e petrolífero. Joe Goldman emu O desafio A necessidade: A EMU precisava reduzir sua dependência da indústria automobilística. Uma maneira foi tornar suas máquinas mais flexíveis, permitindo que elas usinassem várias peças. A solução: Alterar os métodos de corte e implementar ferramentas de alto desempenho, como a CoroMill 490, o Coromant Capto e as pastilhas GC1020. O resultado: Redução de custos substancial durante os primeiros 18 meses e economia de tempo de cerca de 6.400 horas anuais. Isso, por sua vez, permitiu usar seus recursos para entrar em novas áreas de negócios, como peças para os setores agrícola e petrolífero. eduardo gil Todo o processo de fabricação de juntas automotivas (imagem) foi aprimorado. Tecnologia por christer richt Consistência: vital No torneamento de roscas Desafio: Atingir novos NÍVEIS de desempenho e produtividade no torneamento de roscas. Solução: Nova ferramenta com estabilidade exclusiva e nova classe de pastilhas. Consistência é fundamental para se obter o máximo de qualidade e produtividade no torneamento de roscas. Se a qualidade da rosca não se mantiver suficientemente alta e consistente durante a produção, a usinagem deixa de ser viável economicamente. Paradas na produção e refugos provocam queda de produtividade e encarecem qualquer situação de produção. A qualidade está diretamente relacionada à vida útil da ferramenta. Se o desgaste da aresta de corte não tiver um padrão consistente e adequado, a qualidade da rosca será a primeira vítima. Uma aresta de corte viva e aguda desbasta e dá acabamento à rosca. A aresta está sujeita a temperaturas e pressões muito altas durante essa rápida operação. Portanto, é vital para o processo que a ferramenta tenha uma vida útil consistente e previsível. passes necessários para produzir a rosca não for consistente com a profundidade de corte correta, ou a carga será excessiva ou a aresta irá esfregar, em vez de cortar. De qualquer forma, o resultado será uma quebra prematura. O fracasso ou o êxito da consistência pode ser atribuído quase sempre à estabilidade da ferramenta ou da aplicação e aos dados de corte da ferramenta. O desenvolvimento da interface iLock para melhorar a estabilidade de vários conceitos de ferramentas de corte trouxe novos níveis de segurança, maior vida útil e melhor produtividade. No torneamento de roscas, o CoroThread 266 posiciona e mantém a pastilha absolutamente fixa. Trata-se de um importante avanço para essa operação, devido à vulnerabilidade do processo a qualquer instabilidade. A produtividade do torneamento de roscas A deformação plástica da pastilha a altas temperaturas é o maior desafio para a aresta no torneamento de roscas, reduzindo a vida útil e a velocidade da ferramenta. A principal novidade em termos de classes de pastilhas para compensar esses problemas é a GC1125, otimizada para torneamento de roscas em todos os materiais. Ela é resultado de desenvolvimentos recentes de tecnologias de substrato de pastilhas de finos grãos para dureza ainda maior a altas temperaturas. Além de conferir uma vida útil consistentemente mais alta à ferramenta, ela também amplia o potencial, geralmente subutilizado, de se aumentar a produtividade por meio de velocidades de corte mais altas. precisa ser alta para que o processo não represente um gargalo em relação a outras operações de torneamento. Se o número de O CoroThread 266, com interface iLock, agora com o acréscimo de pastilhas de 16 mm. Para o máximo de qualidade e produtividade no torneamento de roscas, é importante que a pastilha não se mova no assento nem se deforme devido ao calor. Ela deve resistir às forças de corte em todas as direções, para criar ângulos de flanco sem erros, raios de ponta e paralelismo. resumo A nova e exclusiva interface iLock melhora a estabilidade de vários conceitos de ferramentas de corte e traz novos níveis de segurança, maior vida útil e melhor produtividade. Agora, com a disponibilidade de pastilhas menores no programa da CoroThread 266, as vantagens dos novos níveis de consistência estarão disponíveis para o torneamento de roscas. metalworking world 13 Tecnologia POR Elaine McClarence Boas aterrissagens com as melhores práticas O projeto e a fabricação de trens de pouso para aeronaves exigem muita técnica, alta confiabilidade e robustez, além de apresentar rigorosas restrições quanto ao peso e aos custos. Isso levou ao aprimoramento do desempenho dos materiais existentes, tais como os aços de altíssima resistência A300M e Aermet 100; à ampliação do uso de titânio em peças estruturais importantes e à introdução de tecnologias de compósitos para braços e peças menos sujeitas a tensão. Os materiais usados nos trens de pouso têm baixa usinabilidade e exigem soluções de usinagem de precisão que ofereçam boa integridade superficial e produção mínima de refugos. Os trens de pouso costumam ser peças grandes, com formatos de geometria complexa que exigem muito tempo de processamento. Geralmente, isso se soma à necessidade de se evitar a introdução de tensões nessas peças funcionalmente críticas. Em particular, é necessário evitar o endurecimento da superfície e a propagação de trincas. Outro ponto crucial é a vibração, particularmente significativa no caso de peças grandes, que pode provocar má qualidade no acabamento superficial. Todos os trens de pouso têm em comum furos profundos para acomodar peças integrais e características de absorção de impactos para tornar as aterrissagens mais suaves. Tipicamente, as peças dos trens de pouso são pistões/cilindros/anéis de direção, bielas de reforço, braços de torque, cotovelos, eixos e outras, cada uma exigindo soluções de usinagem específicas. 14 metalworking world getty images Desafio: Atender as exigências técnicas da fabricação de trens de pouso para aeronaves. Solução: Adotar uma abordagem de melhores práticas para cada característica da peça. Processos de fabricação estáveis e produtivos requerem a escolha da máquina-ferramenta correta para cada solução de ferramenta. Atualmente, a produção de trens de pouso obedece a princípios de fabricação flexíveis e enxutos. Células de produção compostas por tornos, centros de usinagem e máquinas multitarefas apóiam arranjos produtivos otimizados por um ritmo de produção reduzido. A Sandvik Coromant oferece um pacote de usinagem para fabricação de trens de pouso, que inclui ferramentas para furação profunda, fresamento do perfil do diâme- tro externo, furação curta e com as Silent Tools, torneamento interno de furos profundos. As principais empresas de manufatura têm investido em novas máquinas multitarefas que integram barras de mandrilar Silent Tools para usinagem interna, assim como outras ferramentas para torneamento externo e operações de fresamento. As Silent Tools são a solução de ponta para usinagem de furos profundos, conseguindo limitar com êxito as vibrações em barras de mandrilar com diâmetros de 80 mm a 300 mm – medidas comuns na produção de trens de pouso. As barras de mandrilar Silent Tools oferecem bons resultados com balanços longos e com set-ups menos estáveis. Os balanços costumam ser de 10 a 14 vezes maiores que a relação comprimento/ diâmetro ou mais longos. Normalmente, barras de mandrilar Silent Tools reforçadas com metal duro são aplicadas com balanços com mais de 10 vezes a relação do diâmetro. No entanto, como a rigidez do material do metal duro implica em menor deflexão radial, são obtidas grandes melhoras mesmo em balanços 8 vezes maiores que o diâmetro. Para materiais exigentes, tais como o titânio e o Aermet 100 em estado duro (58 Rockwell C), em que a velocidade de corte é relativamente baixa, os benefícios de uma barra de mandrilar Silent Tools reforçada com metal duro são: menor quantidade de passes, reduzindo as etapas do processo ao desbaste, e um único passe de acabamento com perfeita combinação de raios e passos. Em comparação com uma barra antivibratória de aço, uma barra de mandrilar Silent Tools reforçada com metal duro é três vezes mais forte, o que proporciona redução das forças tangenciais e radiais, e benefícios tais como a menor quantidade de passes e dimensões mais exatas, além da redução do risco de refugos e melhora da vida útil da ferramenta. As barras de mandrilar Silent Tools passaram por um desenvolvimento de projeto que incorporou melhorias tais como a troca rápida das cabeças de corte (usando a CoroTurn SL de troca rápida) e o uso de refrigeração sob alta pressão para favorecer a formação e eliminação de cavacos para fora do furo. a barra de mandrilar corretamente. Tudo, desde a estabilidade da máquina e da torre até o peso da barra de mandrilar, deve ser levado em conta durante o set-up. Sem tais considerações, podem ocorrer vibrações inaceitáveis e uma baixa economia da máquina. Ao ajustar uma barra de mandrilar em um torno com barramento plano, a máquina mais comum para usinagem de trens de pouso, é fundamental selecionar corretamente o peso e a dimensão do porta-ferramenta para a barra. Outros tipos de máquina que estão se tornando cada vez mais importantes são as É essencial fixar Estudo de caso: forte economia de tempo para peça enorme Esta peça de 1.000 kg é uma parte importante do trem de pouso da asa principal de um grande avião de passageiros. Ela é usinada em duas etapas, desbaste e acabamento, em tornos planos Tacchi, para chegar a dimensões finais de 3.500 mm (3,5 m) de comprimento por 220 mm de diâmetro. O material da peça é o A300M, um aço modificado caracterizado como baixa-liga fundido a vácuo com altíssima resistência (280 a 305 ksi). O trem de pouso completo tem cerca de 4 m de comprimento. A solução de ferramental Ferramenta: CoroTurn SL Troca Rápida tipo CR (Reforçado com Metal Duro), com comprimento de 220 mm e um balanço de 12,5 vezes o diâmetro. Pastilhas: desbaste e acabamento – DNMG 15408-PR 4225 (estado pré-endurecido); acabamento – DNGA 150408 7025 (estado endurecido). Set-up da máquina: profundidade axial de corte de 1 a 5 mm. Velocidade da peça: 93 m/min Taxa de remoção de material: 0,2 a máquinas multitarefas, onde várias peças do trem de pouso podem ser completadas em um único set-up, em vez de vários. Nesse sentido, a Sandvik Coromant tem trabalhado ativamente na integração direta de uma barra de mandrilar Silent Tools nessas máquinas, para aumentar a flexibilidade com a troca automatizada de ferramentas e melhorar a estabilidade. A exigência de trens de pouso mais leves e mais resistentes aumenta junto com a necessidade de redução dos custos de produção. Para enfrentar esses desafios, a Sandvik Coromant passou da aplicação tradicional do fresamento de perfis à incorporação do torno-fresamento, conseguindo com isso reduzir drasticamente o tempo de corte e também eliminar o polimento, já que o acabamento da superfície após a aplicação do torno-fresamento atende as rigorosas exigências de integridade superficial. Quer saber mais? ACESSE www.aero-knowledge.com CoroTurn SL tipo CR (Carbide Reinforced Reforçado com Metal Duro) com comprimento de 220 mm e balanço de 12,5 vezes o diâmetro. 0,4 mm/rotação. Isso permitiu usinar um trem de pouso por turno, contra um trem de pouso a cada três turnos anteriormente, proporcionando uma redução do tempo de produção anual de 960 horas e uma redução anual de custos de US$ 76.830. resumo Os trens de pouso dos aviões têm três funções principais: fornecer apoio para a aeronave no solo, fornecer um chassi estável para taxiamento antes da decolagem e após a aterrissagem, e fornecer um sistema de absorção de impactos durante a aterrissagem. Considerando que o peso da maior aeronave comercial chega a 170 toneladas, os trens de pouso precisam ser fabricados segundo os mais altos padrões para atender as exigências da tarefa. Para essas peças grandes e complexas, a Sandvik Coromant adota uma política de melhores práticas, desenvolvendo soluções de ferramentas sob medida para otimizar os resultados da usinagem para cada característica de peça. metalworking world 15 Vitória em Winnipeg Winnipeg, Canadá. A Canadian Tool & Die Ltd mantém uma taxa anual de crescimento de 20%, mesmo com a atual desaceleração econômica. O segredo está em sua estratégia voltada ao cliente, ao oferecer soluções de fabricação com tecnologia e design inteligentes. por uma tomografia computadorizada (TC), sabe como pode ser desgastante. Você tem que ficar deitado em uma maca dura e estreita que desliza em direção ao centro do aparelho. É preciso ficar totalmente imóvel durante o exame, pois qualquer movimento pode borrar as imagens e sua vida pode depender do que o tomógrafo encontrar nos seus órgãos, vasos sangüíneos, ossos e tecidos. “É claro que o paciente não quer ouvir nenhum ruído estranho nem ter a impressão de que algo está errado”, ressalta Frank Capasso, vice-presidente da Canadian Tool & Die Ltd (CTD). A empresa fabrica a base metálica de alta tolerância que mantém rígido o importante equipamento de varredura. O cliente é a Siemens Healthcare, fornecedor mundial da indústria de medicina. Tais falhas são pouco prováveis, e parte do mérito se deve à CTD, empresa familiar de Se você já passou 16 metalworking world fabricação industrial com sede em Winnipeg, Manitoba, no Canadá. “É como a carcaça de um automóvel. Se a estrutura não for boa, todos os sistemas sofisticados de ABS e GPS não valem nada. As peças que compõem esses equipamentos médicos não podem falhar,” Base deslizante para equipamentos de TC. explica o presidente e CEO James Umlah. A CTD passou a fabricar dispositivos médicos há cinco anos. “Estou muito animado por estarmos entrando nesse tipo de produto”, diz Capasso, que está na empresa há 38 anos. Especializada em indústrias exigentes e localidades remotas, a CTD construiu sua reputação com base em peças robustas, concebidas para evitar falhas em campo. “Somos uma empresa de fabricação para outras empresas de fabricação. Fabricamos qualquer produto sob medida”, destaca Umlah. De longe, seu maior mercado são os fabricantes de equipamentos agrícolas norte-americanos, como John Deere, Case e New Holland Equipment, para os quais fornece cubos, rodas, fusos e outras peças. Suas aplicações estão em grandes tratores e em equipamentos de campo para semeadura, pulverização e outros, ❯❯ martin adolfsson “Alguém sempre pode encontrar uma versão mais barata dos produtos que fabricamos, mas não encontrará a mesma solução pelo mesmo preço.” James Umlah, presidente e CEO O soldador Edwin Dominquez com uma roda de veículo agrícola. metalworking world 17 martin adolfsson Estes pinos de aço endurecidos por indução para cilindros hidráulicos exigiam um método de corte completamente novo. situada ao sul de Winnipeg, a cerca de 2.400 km a noroeste de Toronto. Desde seus primórdios, com o comércio de peles, essa cidade histórica cresceu e se tornou um importante eixo de transporte na América do Norte e centro do comércio de grãos e fabricação de equipamentos agrícolas do Canadá. A CTD é uma “beneficiária da terceirização”, “Winnipeg e a província de Manitoba são afirma, pois quase tudo o que ela produz cosduas jóias escondidas quando se trata de fazer tumava ser produzido internamente pelos clinegócios. Talvez o clima não seja dos melhoentes. “A maioria resistia a terceirizar as peças res, mas como celeiro de pessoas trabalhadoque hoje são fabricadas pela CTD porque elas ras e altamente qualificadas, é insuperável”, eram cruciais para suas operações.” afirma Umlah. A CTD também abastece um mercado Ele descreve o chão de fábrica como uma crescente nos setores de mineração, gás e “ONU”, com muitos funcionários das petróleo, equipamentos industriais e dispositiFilipinas e da Índia. Capasso, por vos médicos. As plataformas exemplo, entrou para a empresa petrolíferas da região rural do aos 16 anos de idade, antes de Texas dependem das peças de concluir seus estudos formais, e cilindros hidráulicos da CTD para passou por todos os cargos no evitar paradas. “Quando se paga de chão de fábrica até se tornar um 3 mil a 4 mil dólares [canadenses] executivo de ponta. A CTD não por hora para operar um caminhão recorreu às demissões nem em de serviço petrolífero e o cilindro tempos de vacas magras. hidráulico da plataforma móvel Um excelente argumento de vaza ou tem um defeito, toda a vendas da CTD é sua capacidade operação torna-se impraticável”, de oferecer produtos econômicos exemplifica Umlah. A unidade de fabricação da James Umlah, presidente e e de alta qualidade pontualmente. CEO, Canadian Tool & Die. “Alguém sempre pode encontrar ❯❯ empresa, com 30 mil m², está ❯❯ distribuídos por toda a América do Norte, Europa, Rússia e Austrália. “Se você tomar qualquer país do mundo que tenha agricultura, provavelmente nossas peças agrícolas estão sendo usadas lá”, assinala Umlah. Pino endurecido por indução otimiza desempenho Quando o maior fornecedor de conexões para equipamentos pesados do Canadá procurou a Canadian Tool & Die Ltd (CTD) para produzir pinos de aço endurecidos por indução para cilindros hidráulicos, “ficamos em apuros”, conta Frank Capasso, vice-presidente de fabricação da CTD. A Weldco-Beales Manufacturing Ltd precisava otimizar o desempenho de sua tecnologia TwistAbucket, usada em escavadeiras de 25 metros de altura na Europa, Canadá e EUA. Para obter a resistência ao desgaste necessária, os pinos deveriam ser endurecidos por indução na parte externa, mas precisavam ser macios na parte interna, para ter flexibilidade. O desafio da CTD era produzir um furo através dos pinos endurecidos por indução com uma tolerância de ± 0,025 mm. O pino tinha 457 mm de comprimento por 102 mm de diâmetro e o furo deveria ter 44,7 mm de diâmetro. 18 metalworking world Como a parte externa dos pinos era cerca de duas vezes mais dura que a interna, era impossível usinar os furos por furação. “Precisávamos remover a camada dura da parte de cima e de baixo do pino. Um esmeril manual não produziria um bom acabamento, então era necessário recorrer à usinagem”, explica Capasso. Capasso e uma equipe da Sandvik Coromant Canada rejeitaram a usinagem de perfil usando uma fresa de topo inteiriça de metal duro, por ser muito demorada. Mas Tom Groot, representante de vendas técnicas da Sandvik Coromant em Winnipeg, percebeu que quando se produz um furo através de uma peça redonda, o perfil lateral é um raio. “Então pensei em remover a seção endurecida por indução realizando usinagem em mergulho com uma fresa tipo R210 de 4 pol [102 mm] e a nova pastilha de classe GC1010 para ressaltos”. A equipe de desenvolvimento de processos da Sandvik Coromant desenhou a peça em 3D e mediu o raio. Notou-se que ele ficava pouco abaixo de 51 mm. Groot sugeriu usar uma fresa RA210 de 4 pol [102 mm] com a nova pastilha de classe Tom Groot, representante de vendas técnicas da Sandvik Coromant. GC1010 e fresar em mergulho a área do ressalto dos dois lados do pino para remover o aço endurecido. “Uma vez removida a camada endurecida, passaríamos a usinar aço comum e poderíamos usar técnicas de usinagem convencionais”, explica Groot. Em seguida, a peça poderia ser girada 90° no centro de usinagem horizontal e seria possível usar a CoroDrill 880 para desbastar o furo. A cabeça para mandrilamento de precisão R825 foi usada para dar acabamento no furo até o tamanho desejado, com a tolerância exigida de ± 0,025 mm. A nova pastilha GC1010 R210 reduziu o tempo de corte em 25%. “É uma solução excelente. Estamos muito satisfeitos com a qualidade da pastilha. E o suporte técnico que recebemos da Sandvik Coromant foi impecável”, afirma Roberto Bovino, supervisor de fábrica da CTD. martin adolfsson Matrizes de estampar mecânicas são usadas para várias operações, tais como puncionamento da parte central de um aro de roda, a seção que tem o padrão de furos para parafusos que se encaixa no eixo. metalworking world 19 martin adolfsson Apesar da crise atual, a Canadian Tool & Die Ltd continua a crescer. Na imagem: o soldador Chris Hew. 20 metalworking world “Não nos consideramos fabricantes de máquinas. Vendemos soluções para clientes.” James Umlah, PRESIDENTE e CEO metalworking world 21 martin adolfsson Fusos usinados. Rebecca Randall, planejadora da produção, e Ruben Pabalan, operador CNC. Frank Capasso, vice-presidente de fabricação da CTD. “O suporte técnico que recebemos da Sandvik Coromant foi impecável.” Frank Capasso, vice-presidente de fabricação da CTD. ❯❯ uma versão mais barata dos produtos que fa- bricamos, mas asseguramos que não encontrará a mesma solução pelo mesmo preço.” Tanto Capasso como Umlah consideram que o enfoque da Sandvik Coromant no aprimoramento da produtividade contribui para aumentar a vantagem competitiva da CTD. “A Sandvik Coromant entende que somos uma empresa de ‘soluções para clientes’. Afinal de contas, precisamos pensar em produção com custo mínimo. E fazemos isso com tecnologia e design inteligentes”, enfatiza Umlah. Recentemente, ao trabalhar com a Sandvik Coromant para desenvolver uma nova ferramenta de corte (a nova pastilha GC1010 R210), a CTD conseguiu firmar-se junto a um fabricante de equipamentos pesados para a Antártida. “Precisávamos de uma classe espe- 22 metalworking world cial de pastilhas. Parecia uma tarefa simples, mas foi mais complicado, pois o material é endurecido por indução”, conta Roberto Bovino, supervisor de fábrica da CTD. (Veja quadro.) Apesar da crise econômica, a CTD está conquistando novos clientes e mantendo sua taxa anual de crescimento de 20%. “A demanda por produtos agrícolas permanece relativamente forte”, indica Umlah. A economia de Manitoba também é uma das mais diversificadas e estáveis do Canadá. O enfoque acentuado no cliente, tanto em tempos de alta como de baixa, também está tendo seu retorno. “Não nos consideramos fabricantes de máquinas. Vendemos soluções para clientes. É por isso que a nossa relação com a Sandvik Coromant é uma combinação tão boa”, completa Umlah. gail helgason Sobre a Canadian Tool & Die O grupo Canadian Tool & Die Ltd (CTD) é fornecedor global dos setores de fabricação industrial e agrícola. Seus principais produtos e serviços são cubos, rodas, fusos, cilindros hidráulicos e usinagem sob medida. Empresa familiar, a CTD foi fundada por Johnnie Gatschuff em 1947. A matriz e a principal unidade de fabricação ficam em Winnipeg, com fábricas em West St Paul-Winnipeg e Winkler, Manitoba. Mineração, máquinas-ferramentas, equipamentos médicos, gás e petróleo, construção e indústria são outras áreas de excelência. O grupo CTD emprega 400 pessoas. A rotatividade dos trabalhadores é baixa e a empresa oferece generosos programas de treinamento e benefícios. Dentre as subsidiárias da empresa estão uma fábrica de usinagem sob medida, a BMW MachineWorks (West St. PaulWinnipeg); uma fundição de metais, a Integra Castings (Winkler); e a PowerPin (fabricante de ganchos para implementos), em Fort Qu’Appelle, Saskatchewan. Tecnologia por Turkka Kulmala ELIMINANDO problemas de canais Desafio: Melhorar o controle de cavacos e eliminar os problemas de acesso na produção de cortes e canais. Solução: Ferramentas otimizadas e conhecimento avançado dA aplicação, oferecidos por uma empresa confiável. de turbinas a gás é uma aplicação típica de torneamento que envolve operações complexas de cortes e canais, além de materiais difíceis, como aços inoxidáveis e superligas resistentes ao calor (HRSA). Dentre os principais problemas dessas operações, estão a dificuldade de acesso e o controle insatisfatório de cavacos. Os métodos convencionais para melhorar a formação de cavacos – por exemplo, interromper o movimento de avanço a intervalos regulares – resultam em queda de produtividade. Porém, as novas ferramentas CoroTurn HP (alta pressão) da Sandvik Coromant oferecem uma solução eficiente e produtiva, que elevará o controle de cavacos a um novo patamar. Um jato preciso de refrigerante pressurizado é direcionado para a aresta de corte, formando uma cunha hidráulica que refrigera a pastilha, levanta os cavacos e elimina-os de maneira eficaz. A grande precisão e a alta pressão – de até 80 bar – melhoram significativamente o controle de cavacos, importante benefício para as operações de produção interna de cortes e canais realizadas em espaços confinados, como na fabricação de turbinas a gás. As ferramentas CoroTurn HP oferecem velocidades de corte até 20% mais altas e uma vida útil até 50% maior. A solução também evita o entupimento por cavacos, facilitando assim o uso de sistemas automáticos de troca de peças e ferramentas. A fabricação de lâmina e adaptador CoroTurn SL70 combina o fornecimento de refrigerante sob alta pressão com ferramentas desenvolvidas para resolver o O sistema As novas ferramentas CoroTurn HP (alta pressão) oferecem grande precisão sob alta pressão. As pastilhas CoroCut foram desenvolvidas para operações de canais em T, corte reverso e saídas para retífica. outro grande problema da produção de cortes e canais: a acessibilidade. A solução tradicional para os problemas de acessibilidade em aplicações de motores aeronáuticos é uma ferramenta específica ou modificada, geralmente fornecida por pequenas empresas de retificação. Essencialmente, o sistema CoroTurn SL70 da Sandvik Coromant oferece ferramentas standard com folgas dedicadas. A boa acessibilidade baseia-se no formato oval do acoplamento CoroTurn SL70 e também na ampla variedade de hastes tipo retas ou angulares e lâminas de corte compridas e curtas. Juntamente com um avançado conhecimento de aplicação, o sistema de refrigeração CoroTurn HP, as lâminas e adaptadores CoroTurn SL 70 e as novas pastilhas CoroCut formam um pacote completo de soluções produtivas para corte e canais com formatos complexos em materiais difíceis. A Sandvik Coromant também oferece um programa standard de pastilhas CoroCut retas ou angulares, tanto em formato quadrado quanto com raio completo. Essas pastilhas foram desenvolvidas para operações de canais em T, corte reverso e saídas para retífica, que exigem excelente acessibilidade. Todas elas se encaixam em porta-ferramentas CoroCut standard – sem necessidade de ferramentas especializadas. resumo Alguns dos problemas mais comuns das operações de produção de cortes e canais estão relacionados ao controle ineficaz dos cavacos e à dificuldade de acesso. A precisa adição de refrigerante sob alta pressão é uma solução eficaz para controlar os cavacos. As novas pastilhas, lâminas e adaptadores standard da Sandvik Coromant oferecem uma solução altamente produtiva e econômica para aplicações que exigem boa acessibilidade e, em muitos casos, eliminam a necessidade de ferramentas especiais ou modificadas. metalworking world 23 Silêncio, por favor! Silent Tools como item standard dE máquinas novas: retorno MAIS RÁPIDO do investimento Desde seu lançamento, nos anos 1960, o conceito exclusivo Silent Tools tem permitido que os fabricantes evitem vibrações ao trabalhar com longos balanços. Agora, esse conceito é parte integrante de muitas fresadoras, tornos e máquinas multitarefas, proporcionando excelente redução do tempo de retorno do investimento. queira fabricar determinada peça atualmente não compra só a máquina-ferramenta mas também o processo”, destaca Nils Ruud, gerente de marketing da Sandvik Coromant Silent Tools em Trondheim, na Noruega. A maioria dos fabricantes sabe que as vibrações podem provocar efeitos colaterais indesejáveis, como acabamento superficial inadequado, precisão insuficiente, queda de produtividade, maior desgaste da pastilha e da máquina-ferramenta, além de ruído. “Tudo isso torna o processo menos eficiente e diminui a qualidade. E no final, acaba afetando o retorno do investimento”, observa Ruud. Enquanto procuram oferecer soluções para “Uma empresa que 24 metalworking world As barras de mandrilar antiproblemas de usinagem e vibratórias, criadas pelo inventor máquinas, os fabricantes de norueguês Lauritz Andreassen, máquinas-ferramenta estão geraram uma revolução no setor de integrando cada vez mais as Silent torneamento quando foram introTools nessas máquinas. duzidas pela primeira vez em “Para mim é muito simples. 1969. Desde então, essas ferraSignifica ter um processo confiável mentas de torneamento foram aprie previsível quando se está no limoradas e sua área de utilização mite do que é fisicamente possível. Nils Aksel Ruud expandiu-se para incluir operações A alternativa seria retardar os de fresamento assim como mandriparâmetros do processo, reduzir a lamento de acabamento e desbaste. Conhecivelocidade e o avanço e introduzir outros do atualmente como Silent Tools, esse conprocessos demorados. No final, isso representa ceito exclusivo é dotado de um mecanismo de perda de produtividade, o que faz com que o amortecimento interno que minimiza os protempo de retorno do investimento seja mais blemas de vibração. As Silent Tools permitem longo”, reforça Ruud. kjell eriksson 35 Taxa de remoção de material (cm³/min) 30 25 20 As Silent Tools aumentam a produtividade e oferecem a melhor qualidade quando se trabalha com balanços longos. Esta figura mostra a produtividade para vários tipos de barras de mandrilar de 25 mm. 15 10 5 Barras de mandrilar: Curta, antivibratória Longa, antivibratória Sólida de aço Extra-longa, antivibratória Liga de tungstênio 0 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Relação comprimento/diâmetro Técnica silenciosa Silent Tools é uma família de produtos para operações internas de torneamento, fresamento, mandrilamento e furação. Todos esses produtos têm um sistema antivibratório integrado. Assim que surgem vibrações, o amortecedor passivo patenteado reage contra esse movimento indesejável, suavizando o comportamento do porta-ferramentas antivibratório. Barras de mandrilar antivibratórias especiais podem ser fabricadas para atender aplicações específicas do cliente quando necessário. Os produtos dentro do programa de torneamento têm diâmetros que variam de 10 mm a 600 mm. reduzir as vibrações consideravelmente, sem necessidade de diminuir os parâmetros do processo para níveis improdutivos. “A necessidade de usar as Silent Tools depende muito da aplicação. Em algumas áreas, é absolutamente necessário ter um bom controle do processo, como no mandrilamento de furos profundos, no torneamento interno e no fresamento com balanços longos. Se aplicar sdf você sdf sdf sdf sdfuma ferramenta antivibrasdfsdfsdf sdfsdfsdfsd tória ou Silent Tools assim que for necessário sd sdf sd fsdf no fsdf seu sdf processo de sd torneamento ou fresamendsf sdf sd fsfsd to, poderá obter produtividade desde o começo. É como adaptar um acelerador de produtividade, que lhe permite ser mais competitivo“, compara Ruud. Uma área importante em que a tecnologia Silent Tools é usada atualmente é a indústria aeroespacial. A Sandvik Coromant é o principal fornecedor mundial de ferramentas de torneamento para usinagem interna de trens de pouso. Outra área é a de eixos de motores a jato. Segundo Ruud, as duas áreas usam Silent Tools de maneira nova e “arrojada”. “Hoje em dia, os fabricantes falam em fabricação inteligente ou usinagem completa, para reduzir o tempo de setup e diminuir o número de fixações. A meta geral é tornar- “Estamos trabalhando mais dessa maneira agora: ficando perto do fabricante de máquinas-ferramenta que oferece aplicações mais sofisticadas e incorporando novas características com as Silent Tools”, aponta Ruud. “Por exemplo, pode ser um balanço ajustável controlado a partir do controlador da máquina ou podem ser sensores na frente da ferramenta, onde o controlador pode detectar o diâmetro de uma parte profunda da peça e apresentá-lo para comparação. As coisas estão ficando mais sofisticadas, mesmo em nossa parte mais convencional desse setor.” Ainda há pouca conscientização sobre as “É como adaptar um acelerador de produtividade, que lhe permite ser mais competitivo.“ se mais produtivo, e os fabricantes procuram equipamentos que ajudem a aplicar essa filosofia em seu próprio ambiente”, diz Ruud. As máquinas multitarefas estão se tornando mais comuns, permitindo que o torneamento, fresamento, montagem ou fixação da peça e toda a usinagem interna e externa sejam feitos em um único setup. Com isso, todas as ferramentas têm que estar presentes simultaneamente para minimizar o tempo de máquinas paradas e recarga. Cada vez mais, o programa Silent Tools está sendo integrado a essas máquinas. Silent Tools, mas segundo Ruud, a invenção vai se tornar cada vez mais corriqueira nas aplicações em que as empresas ainda estão lutando para obter maior profundidade ou alcance. “Como membros da família Sandvik Coromant, conseguiremos transmitir globalmente para distribuidores e vendedores informações e recomendações sobre como melhorar sua produtividade e competitividade aplicando as ferramentas certas. Para muitas aplicações e empresas de manufatura, as Silent Tools são a primeira opção“, completa Ruud. Henrik Emilsson metalworking world 25 Richard surman Inspeção final de varetas de sucção na fábrica romena da Cameron, gigante do setor de peças petrolíferas dos EUA. O SILÊNCIO vale OURO Campina, Romênia. Ao assumir uma fábrica de peças petrolíferas na Romênia em 2005, a Cameron, gigante do setor nos Estados Unidos, substituiu equipamentos e treinou sua força de trabalho. Uma das soluções de ferramental foi tão bem-sucedida que se tornou padrão no grupo todo. da pequena cidade de Campina, ao norte de Bucareste, na Romênia, uma série de pequenas torres de bombeamento pintadas em cores alegres nos relembra que o país tem uma forte tradição na extração de gás e petróleo, com uma produção significativa na Europa. A cidade em si é sede da Cameron Romania SA, importante fabricante de equipamentos para perfuração e produção – varetas de sucção, válvulas de gaveta, peças para bocas de poço e bombas de subsolo para os setores de petróleo e gás natural. Em 2005, a Cameron Corporation, dos Ao nos aproximarmos 26 metalworking world EUA, adquiriu a fábrica da Precision Castparts Corporation na Romênia. Tendo alternado entre empresa estatal e privada, a fábrica produz equipamentos especializados para o setor de gás e petróleo há mais de cem anos. A Romênia foi um dos primeiros países do mundo a produzir petróleo cru industrial. O primeiro poço do país foi perfurado em 1861, usando varetas de madeira e brocas tipo sonda. Além do setor de energia, a Romênia tem uma sólida tradição industrial em usinagem, produzindo peças para turbinas a vapor e geradores eólicos, rolamentos, além de componentes para os setores automotivo, aeroespacial e ferroviário e também para a indústria doméstica de gás e petróleo. A aquisição da fábrica pela Cameron Corporation trouxe consigo um amplo investimento em pessoal, ferramentas, máquinas e instalações. Implementou-se um extenso programa interno de treinamento e os operadores de tornos manuais aprenderam a operar máquinas CNC (há cerca de 60 delas em operação em toda a fábrica). richard surman Atualmente, a fábrica de Campina conta com 800 trabalhadores. Na imagem, trabalhadores movimentam válvulas de gaveta acabadas. Sorin Stefan, gerente de engenharia industrial da Cameron na Romênia. Mudanças nos produtos, novos materiais e ferramentas e uma abordagem dinâmica de marketing aumentaram as vendas das diferentes divisões da Cameron Corporation e ampliaram o mercado externo. Dentre seus clientes estão a Petrom, grupo integrado de gás e petróleo da Romênia, a Turkeneft, empresa nacional de petróleo do Turcomenistão, a Saudi Aramco e a PDO Oman. Sorin Stefan, gerente de engenharia industrial da Cameron, trabalha na fábrica desde 1975. Segundo ele, agora é possível encontrar os produtos da empresa em todos os tipos de ambiente, “dos desertos da Arábia Saudita às águas do Mar Vermelho e do Golfo Persa”. “São ambientes hostis e às vezes corrosivos, que exigem os mais altos níveis de confiabilidade”, diz Stefan. Ele explica a abordagem da empresa sobre usinagem: “Tiramos proveito da excelente filosofia de melhores práticas da Cameron, que abrange segurança, manutenção, operação, ferramentas e inspeção. Assim, melhoramos constante- mente a qualidade do nosso trabalho.” Para isso, afirma Stefan, “precisamos das melhores ferramentas”. É por esse motivo que a empresa trabalha com as ferramentas da Sandvik Coromant há vários anos. “É uma cooperação dinâmica e muito produtiva”, destaca. Um dos resultados dessa cooperação foi superar a “trepidação”, um problema recorrente encontrado no mandrilamento de furos profundos. Quanto maior o balanço, mais facilmente as vibrações são transferidas para a ponta da ferramenta, provocando padrões de trepidação na superfície da peça, perda da precisão dimensional e má qualidade do acabamento superficial. Constantin Stefan, gerente de vendas da Sandvik Coromant, lembra-se de quando a Cameron estava procurando uma solução para a vibração na ponta da ferramenta: “A Cameron estava tendo excesso de desgaste nas ferramentas de corte, além de mau acabamento e muito ruído. Entrei em contato com a equipe Silent Tools da Sandvik Coromant, que fica na Noruega, e Steinar Heggset, especialista de produto, visitou a Cameron e apresentou a linha Silent Tools e suas vantagens.” Em seguida, a barra antivibratória Silent Tools foi introduzida em todas as divisões da Cameron no mundo todo e tornou-se parte da política de melhores práticas. O resultado foi uma redução do desperdício de peças, ❯❯ CAMERON ROMANIA SA Em 2005, a Cameron US adquiriu a antiga Precision Castparts Corporation na Romênia, realizando ao mesmo tempo um alto investimento em pessoal, instalações e desenvolvimento de produtos. Hoje, a empresa conta com 800 trabalhadores em sua fábrica de Campina. Com a inauguração de uma nova unidade em Ploiesti este ano, um investimento de cerca de US$ 63 milhões, a força de trabalho total subirá para 1.100 pessoas. As vendas da empresa em 2007 foram de quase US$ 120 milhões. metalworking world 27 Stoica Lucian, operador de torno CNC, instala uma barra antivibratória em sua máquina. ❯❯ aumento da produtividade e diminuição do ruído ambiente na fábrica. A Romênia foi um dos primeiros países do mundo a produzir petróleo cru industrial. O primeiro poço do país foi perfurado em 1861, usando varetas de madeira e brocas tipo sonda. Sorin Stefan, da Cameron, reconhece os desafios da atual crise econômica global. “Precisamos permanecer competitivos e apresentar soluções para as exigências do setor de gás e petróleo. Os tempos não são fáceis, mas ao incorporar melhorias nos padrões de usinagem, como as Silent Tools, conseguimos alcançar maior produtividade, menor desperdício de peças e um melhor ambiente de trabalho para os operadores de CNC”, aponta. Stefan enumera os pontos fortes da Cameron: alta qualidade dos produtos, importantes soluções de engenharia, excelente rede de suporte pós-vendas e experiência comprovada na melhoria das técnicas de extração de petróleo. Tudo isso, segundo ele, “nos coloca em vantagem em um mercado cada vez mais competitivo”. Stefan acredita que “prever as necessidades dos clientes com melhorias na produtividade e na qualidade” é condição essencial para se manter uma posição de liderança na fabricação de peças para gás e petróleo. Richard Surman CORTE FIRME “Quando a Cameron US adquiriu a Precision Castparts, nós já trabalhávamos com a empresa”, conta Constantin Stefan, da Sandvik Coromant. “Nossa parceria já tem cerca de 17 anos. Agora ela é um dos nossos principais clientes na Romênia. Vendemos uma gama de ferramentas para mandrilamento e pastilhas de torneamento para a Cameron: CoroTurn 107, CoroTurn SL e as pastilhas de cerâmica T Max P.” Em 2005, a Cameron estava preocupada com os efeitos da vibração da ponta das ferramentas nas superfícies acabadas. “Nosso desafio era fornecer uma solução que eliminasse a vibração, especialmente no mandrilamento de furos profundos, em que o longo balanço da ferramenta de corte produzia um padrão indesejável na superfície, reduzindo a qualidade da mesma e provocando um ruído incômodo nas máquinas”, explica Stefan. A resposta estava nas Silent Tools, as exclusivas ferramentas antivibratórias oferecidas pela Sandvik Coromant. “Uma equipe de 28 metalworking world especialistas em Silent Tools sugeriu a utilização das barras antivibratórias”, diz Stefan. A instalação dessas barras foi tão bem-sucedida que a Cameron continuou usando-as na fábrica de Campina e as adotou como parte da política de melhores práticas nas fábricas da Cameron no mundo todo. Sorin Balaban, especialista da Sandvik Coromant que auxilia fabricantes a investirem em máquinas, explica a tecnologia das barras antivibratórias: “A melhor solução para eliminar vibrações indesejáveis em barras de mandrilar longas durante a usinagem são as Silent Tools. Trata-se de um amortecedor de vibrações passivo que fica dentro da barra de mandrilar e absorve a energia cinética do processo de usinagem.” Balaban destaca a importância de que as cabeças de corte utilizadas sejam adaptadas às barras antivibratórias, para oferecer o maior desempenho possível ao conjunto da ferramenta. Constantin Stefan (dir.), gerente de vendas da Sandvik Coromant, com Marin Viorel (esq.) e Ilie Gabriel, da Cameron. jogo rápido Texto: Carol Akiyama Foto: ken straiton Homem invisível Masahiko Inami, 37, é uma importante autoridade em robótica e tecnologia interativa, e professor da Escola Superior de Design de Mídias da Universidade Keio, em Tóquio, um novo centro de pesquisa para incentivar inovadores de calibre mundial na área de mídia. Sonhos de criança se tornam realidade com a capa mágica do Dr. Inami. Capas invisíveis são coisa de histórias de super-heróis e literatura fantástica, então não é de se surpreender que, quando Masahiko Inami apresentou sua nova capa de camuflagem óptica, a revista Time lhe tenha dado seu prêmio “Melhor invenção do ano” em 2003. A camuflagem óptica usa uma tecnologia retrorreflexiva, um sistema de realidade aumentada baseado em projeção, que consiste em um projetor e uma tela retrorreflexiva. A pessoa que ficará transparente é coberta com um manto feito de material retrorreflexivo. O 6 metalworking world projetor é capaz de exibir claramente o plano de fundo por trás da pessoa que está coberta com o material retrorreflexivo, tornando a pessoa transparente. Claro que a pessoa nunca fica invisível, apenas parece estar. Mas a camuflagem óptica é mais do que uma brincadeira de criança. “Há muitas aplicações interessantes desse conceito no mundo real. Atualmente, estamos trabalhando com a indústria automobilística para criar carros em que o interior, coberto por um material retrorreflexivo, possa parecer transparente. Com isso, estacionar em vagas pequenas será moleza, pois os motoristas terão um monitor que mostrará uma vista sem obstruções”, adianta Inami. Ele também espera aplicações revolucionárias dessa invenção na medicina. “Seria um benefício tremendo para a cirurgia endoscópica se fosse possível tornar o corpo humano transparente, com exceção da estrutura esquelética ou dos órgãos internos”, explica. Para ele, o mundo real dos cinco sentidos fornece um conjunto infinito de possibilidades de pesquisa. Por exemplo, ele desenvolveu um dispositivo chamado SmartTool que é um braço robótico capaz de medir a diferença da resistência elétrica entre superfícies físicas. Ao ser capaz de determinar a separação exata entre água e óleo ou entre a gema e a clara de um ovo cozido, essa tecnologia pode conseguir retirar um tumor maligno em locais em que a mão humana não consegue. De fato, o mundo de Inami é a interface entre a ficção científica e a realidade. Segredos da SELVA getty images Eles são a “tropa de elite” da Mãe Natureza e adentram regiões onde o homem moderno nunca esteve, para salvar espécies ameaçadas. 30 metalworking world getty images o encapuzada Aranha -carrapat wa) ate s ide ino (Ric de Atewa ontam ao período As aranhas-carrapato rem milhões de anos. 300 de is ma há o, carbonífer sobreviveu, s écie Só um punhado de esp virgens da América s icai trop as est flor a restritas aranha-carrapato A ca. Áfri Central e do oeste da uma nova espécie desse encapuzada de Atewa é 8. 200 grupo, descoberta em Gafanhoto pr ed (Amyttosa insectivora ador de Atewa ) Este parente do ga fanhoto tem um co mportamento reprodutivo muito raro. A fêmea bota seus ovos no chão . “Esses ovos se pa recem muito com semente s e as formigas os recolhem junto com as outra s sementes e os lev am para seus formigueiros subterrâneos. Os pe quenos gafanhotos são inc ubados ali, protegido s dos predadores pela pre sença das formiga s”, explica o cientista Piotr Naskrecki, que de scobriu esse inseto raro em 2008 nas florestas do sudeste de Gana. O século XIX foi um período de descobertas, em que intrépidos exploradores navegaram os mares para encontrar e documentar lugares pouco conhecidos e a fauna e a flora que iam encontrando. Movidos tanto pela busca de conhecimento quanto pela vaidade, esses homens de ação lançaram muitas luzes sobre novos mundos. Esse tipo de exploração caiu em desuso, declara Bruce Beehler, uma versão moderna desses antigos aventureiros. “Acho que as pessoas pensavam que não havia mais nada a ser explorado. Nada poderia estar mais distante da verdade”. Beehler, cientista e ornitólogo da Conservation International, tem dedicado sua carreira a explorar áreas remotas para documentar sua fauna. “Encontramos novas espécies, espécies raras e espécies espetaculares. Isso ajuda os políticos a entenderem que, em vez de desmatar uma área, talvez seja melhor transformá-la em parque nacional”, aponta. Segundo Beehler, estima-se que existam entre 3 e 30 milhões de espécies no mundo. Somente 1,5 milhão foram nomeadas e classificadas. A região tropical dos Andes, a Amazônia Ocidental, o oeste da África e a Indonésia são áreas onde se imagina que haja milhões de espécies a serem descobertas, juntamente com uma farmacopéia de agentes medicinais que podem conter a cura para muitas doenças. O próprio Beehler, que tem doutorado em biologia tropical pela Universidade de Princeton, em Nova Jersey, EUA. descobriu e nomeou uma nova espécie – um pássaro da família do beija-flor ao qual deu o nome de Melipotes carolae, em homenagem a sua esposa, Carol. Beehler o descobriu na Nova Guiné. “Não acontece com muita freqüência – no meu caso, uma vez em 35 anos”, admite Beehler, rindo. A descoberta de novas espécies tem sido um pouco mais fácil para um de seus colegas, Piotr Naskrecki, um taxonomista polonês atualmente baseado na Universidade de Harvard, em Massachusetts. Naskrecki estuda insetos, ❯❯ metalworking world 31 Melipotes carolae As características únicas desse beija-flor são as duas barbelas pendentes de cada lado de seu pescoço. O pássaro foi descoberto e documentado pelo cientista Bruce Beehler em 2005 na província de Papua, no oeste da Nova Guiné. Ele nunca foi visto em qualquer outro lugar, exceto nessa pequena região. Bruce Beehler, cientista e ornitólogo da Conservation International, tem dedicado sua carreira a explorar áreas remotas. ❯❯ principalmente no oeste da África, há vários anos. “Ainda há muito a ser descoberto no mundo dos insetos. Ao fazermos pesquisas em alguma floresta tropical no oeste da África ou em praticamente qualquer outra área tropical intocada, sabemos com certeza que encontraremos várias novas espécies. Porém, a identificação e a categorização dessa fauna tão diversa consomem muito tempo”, explica. Esses cientistas são dois de apenas algumas centenas de pesquisadores de campo ao redor do mundo que deixam de lado suas tarefas cotidianas para partir em expedições exploratórias, ou “programas rápidos de avaliação” (RAP, na sigla em inglês), como essas expedições são chamadas. É uma tropa de elite de cientistas”, brinca Beehler. “O termo ‘rápido’ se refere ao fato de que ficamos fora somente durante um mês, e tentamos publicar o relatório dentro de um ano.” Mas ‘rápido’ também tem outro sentido, ressalta: intervenção rápida. É preciso mostrar aos governos locais o que há em suas terras antes que eles permitam atividades tais como a extração de madeira, que destruiriam a biodiversidade. Naskrecki explica: “Queremos evitar o que chamamos de ‘extinções de centinela’, extinções de espécies que ainda não foram documentadas pela ciência”. Tais extinções têm esse 32 metalworking world nome devido à Serra de Centinela, uma área no Equador onde, em 1978, cientistas descobriram 90 espécies de plantas até então desconhecidas – uma enormidade em termos de diversidade biológica não catalogada. Porém, antes que alguém pudesse documentar completamente as descobertas dos cientistas, a área foi transformada em terra para agricultura e uma flora endêmica rara desapareceu para sempre. “Isso acontece em uma escala enorme”, constata Naskrecki. Para Beehler e Naskrecki, isso torna seu trabalho de RAP ainda mais urgente. Mas a idéia de ir aos cantos mais remotos do mundo também é uma motivação. “É um prazer sem igual. São os lugares mais lindos do mundo; limpos, frescos e tranqüilos”, descreve Beehler. No entanto, há várias questões políticas com que os cientistas têm que lidar. “Coletamos tecidos para os laboratórios analisarem. Mas como estrangeiros, precisamos ser cautelosos com a questão do imperialismo científico e da ‘biopirataria’. Os preciosos recursos das florestas tropicais são propriedade dos países onde estão situadas, geralmente países pobres. Queremos contribuir para que um remédio milagroso seja descoberto, mas também queremos assegurar que os Albericus sp. Um novo Mallomys Esta rãzinha de Paiela está listada como “espécie potencialmente nova”, já que a documentação ainda está por ser publicada. No entanto, seus braços e dedos longos são bastante raros. Ela foi encontrada a mais de cinco metros acima do solo da floresta, nas árvores de uma área biologicamente rica da Nova Guiné. Mallomys é um gênero de roedor da família Muridae. Em 2005, a equipe de Bruce Beehler encontrou um novo membro da família, um rato gigante de 1,4 kg. Mais especificamente, o rato os encontrou: ele foi descoberto enquanto vasculhava o acampamento dos cientistas em busca de restos de alimento. sustentabilidade EM Foco benefícios de tal descoberta cheguem até as pessoas e os países que detêm essa biodiversidade”, ressalta Beehler. Mas algum dia os cientistas não vão ficar sem lugares novos para explorar? “As áreas inexploradas estão diminuindo – admite – mas ainda há muito a ser descoberto.” A maioria dessas áreas estão situadas em regiões montanhosas isoladas, por exemplo na Indonésia, e nas florestas da América do Sul. “É na América do Sul que os ornitólogos encontram a maioria das novas espécies de pássaros todos os anos”, informa Beehler. Essas explorações não são baratas. Naskrecki admite que conseguir pessoal e financiamento para viagens de RAP pode ser um problema. “Considerando a grande quantidade de espécies desconhecidas, precisamos de muito mais taxonomistas e biólogos de campo. Mas há muito poucas oportunidades disponíveis para esse tipo de trabalho, e elas não são muito bem remuneradas”, declara. henrik ek Os índices de sustentabilidade Dow Jones rastreiam o desempenho financeiro das principais empresas voltadas à sustentabilidade no mundo todo. O Grupo Sandvik é uma delas. “Estamos enfocando o nosso consumo de matéria-prima e de energia e as emissões de CO2”, destaca Bo Berglund, responsável pelo acompanhamento do trabalho de responsabilidade social corporativo do Grupo Sandvik. Nos idos de 1862, quando Göran Fredrik Göransson fundou a Sandvik, um dos seus objetivos era criar uma empresa que crescesse junto com a pequena cidade de Sandviken. “Sob essa óptica, é possível dizer que o que se conhece hoje como sustentabilidade sempre fez parte da cultura da Sandvik. Acreditamos que devemos ter os mesmos altos padrões em todo o Grupo e, por exemplo, não tirar proveito de falhas da legislação em algumas partes do mundo”, afirma Berglund. getty images O Grupo Sandvik continua a promover a sustentabilidade e a reduzir seu impacto ambiental. Esses esforços lhe deram um lugar em dois índices de sustentabilidade da Dow Jones. Em seu último relatório de sustentabilidade, a Sandvik lista várias metas que estabeleceu para reduzir ainda mais seu impacto ambiental, como: •Reduzir o impacto do CO2 (relativo ao volume de vendas) em 10% até 2012; •Reduzir o uso de energia (relativo ao volume de vendas) em 10%; •Substituir os solventes clorados por outras técnicas até o final de 2010. “Temos cerca de 150 unidades de produção no mundo todo. Elas têm a responsabilidade de encontrar maneiras de melhorar suas atividades de acordo com as metas. E eu e minha equipe temos a responsabilidade de acompanhar esse trabalho”, diz Berglund. Graças a esses esforços, em 2008 o Grupo Sandvik conquistou um lugar em dois respeitados índices Dow Jones: o Índice Mundial de Sustentabilidade e o Índice de Sustentabilidade EURO STOXX. metalworking world 33 Tecnologia por christer richt Novidade no fresamento de alumínio Desafio: Obter maiores níveis de desempenho e qualidade ao usinar peças aeroespaciais em alumínio com ferramentas com pastilhas intercambiáveis. Solução: uma tecnologia exclusiva e sofisticada para projetar e fabricar uma nova ferramenta de corte que melhora o acabamento superficial e consome menos potência A usinagem de peças de alumínio, tais como algumas estruturas aeroespaciais, que envolvem desbaste e acabamento de cavidades, cantos e bordas, exige uma superferramenta para remoção de material que deixe um acabamento de boa qualidade. Tradicionalmente, essa área é dominada pelas fresas de aço rápido e inteiriças de metal duro (com arestas de corte vivas e muito positivas), mas há algum tempo as fresas com pastilhas intercambiáveis têm sido consideradas como potencialmente mais vantajosas. As ferramentas com pastilhas intercambiáveis são robustas e flexíveis, oferecendo boa economia. Além disso, não exigem reafiação e oferecem alta taxa de remoção de metal. Porém, ao cortar alumínio, essas ferramentas não apresentam as forças de corte comparativamente baixas nem uma entrada suave no corte que a hélice de uma fresa inteiriça é capaz de oferecer. As pastilhas intercambiáveis operam com velocidades de corte muito mais altas, o que resulta em maior consumo de potência. Em algumas aplicações em alumínio, especialmente acabamento, as arestas de corte das pastilhas intercambiáveis são consideradas cegas, com um efeito de arraste que rasga em vez de cortar os cavacos. As forças de corte tendem a dobrar 34 metalworking world radialmente as fresas de pequeno a médio diâmetro, deixando incompatibilidades entre os cortes das paredes. A Sandvik Coromant até precisou desenvolver novas tecnologias e máquinas para retificação e medição para poder desenvolver a ferramenta. Novos métodos de P&D envolvendo cálculos aprofundados, simulações FEM e testes, como parte do projeto da nova geometria de pastilha, levaram a uma nova e exclusiva combinação de características para a pastilha: • Um ângulo de incidência otimizado, que torna a aresta mais viva mas mantém a resistência; • Uma aresta de corte mais positiva, com menor choque inicial de entrada; • Uma geometria de formação de cavacos que produz menos atrito por contato e melhor direcionamento dos cavacos; • Uma fase de folga primária que amortece as tendências de vibração. Modelos e métodos sofisticados foram desenvolvidos e empregados para se chegar a essas características da pastilha, alguns dos quais foram patenteados separadamen- A CoroMill 790 é uma fresa de topo altamente avançada para usinagem em desbaste e acabamento de alumínio. Com uma classe de pastilhas com cobertura PVD, ela também pode ser usada como uma ferramenta de acabamento extremamente competente em operações de fresamento radial em aços. MODELOS SOFISTICADOS POR TRÁS DA NOVA TECNOLOGIA Tradicionalmente, as fresas com pastilhas intercambiáveis têm várias vantagens em relação às fresas inteiriças nas áreas de médio a grande diâmetro, mas elas tendem a ter arestas de corte relativamente cegas e demandas mais baixas quanto às tolerâncias de fabricação. Essas arestas cegas rasgam os cavacos em vez de cortá-los efetivamente, geralmente provocando queda de desempenho e qualidade. As novas e exclusivas pastilhas intercambiáveis CoroMill 790 foram desenvolvidas para oferecer uma nova ação de corte. Cavaco oriundo da fabricação com a nova pastilha intercambiável CoroMill 790. Sofisticados modelos de cálculo, simulações e técnicas de fabricação estão por trás da aresta mais viva das novas pastilhas intercambiáveis CoroMill 790. te. Um exemplo é a aplicação da fase de folga primária com 0,1 mm de largura (que anteriormente não alcançava precisão superior a 0,6 mm), que acompanha a aresta em um ângulo de um grau, na lateral da pastilha que possui a folga. Esse guia é único e age como um tampão que amortece as tendências de vibração conforme elas surgem. Embora cuidadosamente desenvolvida e simulada em relação à geometria da pastilha e ao diâmetro da fresa, essa importante característica apresentou um problema de fabricação da pastilha. A força de corte radial é responsável por grande parte da deflexão da ferramenta no fresamento de acabamento radial. A fase de folga primária, cuidadosamente projetado, demonstrou ter um efeito de estabilização significativo, reduzindo a amplitude da força que provoca trepidação na ferramenta. Combinada ao maior ângulo de saída e à aresta de corte mais viva, a redução da magnitude da força foi considerável. A força de corte tangencial determina os requisitos de potência da ferramenta. Além disso, como o alumínio tem um ponto de fusão baixo, as temperaturas na zona de corte nunca sobem a níveis que ameacem as pastilhas de metal duro, o que permite velocidades de corte muito altas. Entretanto, as velocidades mais altas do fuso exigem maior potência, portanto qualquer efeito limitador da força é de grande relevância. A geometria da nova pastilha trouxe uma nítida redução de potência. A força de corte axial, direcionada para baixo contra a superfície usinada sob a fresa de topo, portanto crítica para estruturas de parede fina, também foi reduzida consideravelmente. Embora a espessura do cavaco não cortado seja proporcional ao avanço e esteja completamente relacionada às forças de corte, essas melhorias demonstraram não estar atreladas a nenhuma faixa de avanço por dente específica. Parte do desenvolvimento inicial da fresa CoroMill 790 foi a capacidade de obter altíssimas taxas de remoção de metal. O conceito iLock de posicionamento e travamento da pastilha, seguro e preciso, satisfaz as demandas da usinagem com alta velocidade, necessária para o alumínio. Peça de alumínio típica do setor aeroespacial, indicada para usinagem com a CoroMill 790. resumo As fresas de topo com pastilhas intercambiáveis para usinagem de alumínio precisavam de várias melhorias: uma aresta de corte mais viva e mais positiva, uma entrada mais eficiente no corte, melhor formação de cavacos e menores forças de corte. Somente com novos investimentos em P&D e tecnologias de fabricação de pastilhas foi possível chegar à nova geração de arestas de corte de pastilhas para a fresa de topo CoroMill 790. A usinagem de desbaste e acabamento de alumínio tornou-se mais produtiva e foi possível obter uma maior qualidade das peças de maneira mais eficiente. metalworking world 35 PANORAMA futuro mais leve Energia eólica: Com o aumento do tamanho das lâminas dos rotores, os fabricantes precisam encontrar uma forma de reduzir peso sem perder resistência. A solução está em fazer as lâminas e as outras peças utilizando compósitos. P&D. Ao usar compósitos, os produtores estão tentando reduzir o peso e melhorar a função de seus produtos. Eis algumas áreas em que esses materiais estão tendo um papel importante. Asas e empenagens horizontais e verticais Winglets wing box (caixa da asa) central Aeroespacial: Graças ao esforço da indústria aeroespacial para melhorar a capacidade de transporte de carga e reduzir as emissões, estima-se que o uso de compósitos alcançará mais da metade da estrutura de uma aeronave. 36 metalworking world Nariz e portas do motor difícil de usinar O plástico reforçado com fibra de carbono é mais resistente do que o aço, mais leve do que o alumínio e tão forte quanto o titânio, mas é difícil de usinar, como muitos compósitos. É possível introduzir várias melhorias para aumentar as tolerâncias e a produtividade durante a fabricação. Visite www.coromant.sandvik.com/br para saber mais. MEDICINA EM ALTA Trens de alta velocidade: Os compósitos são perfeitos para as chapas da carroceria dos trens de alta velocidade, já que permitem reduzir o peso e usar formas mais aerodinâmicas. MEDICINA. Os hospitais, especialmente na Europa e nos EUA, estão colaborando cada vez mais para reduzir os custos dos equipamentos médicos. Isso significa que os criadores de tecnologia para medicina precisam encontrar métodos de produção mais eficientes, especialmente para produtos fabricados com materiais de difícil usinaLudger Schnieder gem, como titânio e ligas sofisticadas. Na cidade de Tuttlingen, na Alemanha, cerca de 300 empresas de tecnologia médica produzem mais de 30 mil tipos de instrumentos cirúrgicos, fazendo com que essa região seja uma das mais importantes do mundo para essa indústria. Ludger Schnieder, porta-voz do MITT, centro de competência sem fins lucrativos de Tuttlingen, explica que, enquanto algumas empresas são grandes – tais como a Aesculap, fabricante de instrumentos cirúrgicos e implantes conhecida mundialmente, com cerca de 2 mil funcionários locais; e a Karl Storz, um dos líderes mundiais na produção de endoscópios rígidos e sistemas de salas de operação – 9 em cada 10 empresas têm menos de 20 funcionários. “Por isso é importante colaborarmos mutuamente onde for possível compartilhar conhecimentos, assim como é importante unirmos forças para obter melhores preços e oferecer soluções completas para clientes no mundo todo”, diz. A Sandvik Coromant tem um importante papel nesse sentido. “A Sandvik Coromant tem investido muito em tecnologia médica nos últimos anos, tanto em produtos dedicados como em know-how de processos. Na área em torno de Tuttlingen, oferecemos competência especializada sobretudo por meio do nosso distribuidor local Otto Bitzer, que atua na indústria de medicina há décadas”, destaca Kenneth Sundberg, gerente de marketing da Sandvik Coromant Alemanha. O mercado mundial de tecnologia médica é estimado em US$ 260 bilhões. A Europa é responsável por 30% desse valor e a Alemanha, por 30% da fatia européia. Kjell Eriksson TROCADORES DE CALOR Automóveis: Os fabricantes de carros precisam reduzir as emissões e o consumo de combustível. É possível reduzir o peso de um carro em cerca de 400 kg (30%) usando compósitos. •Sua capacidade de absorver impactos de colisões faz com que esses materiais sejam perfeitos para chapas e estruturas da carroceria dos veículos. Parceria. A Kurgankhimmash é um fornecedor especializado na produção de peças para as indústrias química, de gás natural e petróleo e para trocadores de calor. A empresa fica localizada em Kurgan, cidade da Rússia central próxima dos montes Urais. No final de 2007, a equipe de produção da Kurgankhimmash precisava encontrar a melhor forma de produzir furos em grades tubulares para cinco diferentes fabricantes de ferramentas de furação. “Precisávamos encontrar a melhor solução global em termos de velocidade, custo e qualidade dos furos”, explica Alexander Dragalin, tecnólogo responsável da Kurgankhimmash. Durante o processo a equipe testou a CoroDrill 880. No início de 2008 entrou um grande pedido para produção de equipamentos para troca de calor e a equipe estava preparada. “Precisávamos produzir uma grande quantidade de furos com tamanhos, comprimentos e precisões de difícil fabricação em um curto espaço de tempo”, conta Dragalin. Usando a CoroDrill 880, a equipe deu conta da tarefa, produzindo todas as peças rapidamente e com a qualidade correta. Dragalin comenta: “Os representantes da Sandvik Coromant nos deram o suporte operacional mais rápido possível. Agora temos uma cooperação proveitosa quando trabalhamos com nossas outras máquinas de furação e fresamento”. A empresa russa Kurgankhimmash já estava preparada quando recebeu um pedido para produzir trocadores de calor de maneira eficiente. Tom Erixon, novo presidente da Sandvik Coromant. Novo presidente da Sandvik Coromant No dia 1.º de setembro, Tom Erixon passou a ser o novo presidente da Sandvik Coromant. Erixon substituirá Kenneth V. Sundh, que foi nomeado vice-presidente executivo da Sandvik Tooling. Erixon, 48, já foi presidente da Sandvik Hard Materials, outra área de produto dentro da Sandvik Tooling, e também exerceu cargos executivos dentro do Grupo Boston Consulting e do Grupo Sandvik. Ele tem mestrado em Direito pela Universidade de Lund e um MBA pelo IESE, Barcelona. metalworking world 37 a solução dureza máxima O ângulo certo Pastilhas CoroCut ANGULARES Os discos de ventilador são feitos de titânio e possuem canais e canais em tulipa que precisam ser usinados. As pastilhas CoroCut angulares foram desenvolvidas para alcançar canais de difícil acesso. Elas são fornecidas em diversos formatos standard, portanto não exigem ferramentas especiais. o od c s di or lad i t ven As peças para motores de aviões estão entre as mais difíceis de se fabricar, mas os fabricantes podem tirar vantagem das mais recentes tecnologias de processamento e das melhores ferramentas possíveis para usinar cada peça. Aqui reunimos alguns exemplos envolvendo sete das peças mais importantes de um motor aeroespacial. Quer saber mais? AcESSE www.aero-knowledge.com EIXO 38 r do a l ti en v do ça a rc ca Silêncio, por favor! Fique frio Silent Tools HPC e UHPC O comprimento e as características internas de um eixo fazem com que essa peça seja o desafio perfeito para as barras antivibratórias Silent Tools. O programa de barras de mandrilar está disponível para diâmetros de até 250 mm e balanços de até 14 vezes o diâmetro – dimensões que não podem ser trabalhadas com ferramentas convencionais. Na usinagem de carcaças de ventilador feitas de titânio, o segredo é manter a temperatura de corte baixa. Os sistemas de refrigeração sob alta pressão e sob pressão ultra-alta da Sandvik Coromant foram concebidos para atingir o ponto exato onde o refrigerante é mais necessário, produzindo bom controle de cavacos, aumento da vida útil da ferramenta e melhora da produtividade. metalworking world rotor Kjell Eriksson Firmeza flexível Usinagem com altas velocidades CBNE Plura Torno-fresamento com cerâmica O fresamento de flanco (grande profundidade axial de corte) é a opção mais rápida nas situações em que o rotor, o software CAM e a ferramenta assim permitem. O programa standard de fresas de topo cônicas tipo "Ball Nose" foi concebido especificamente para essa operação. As fresas de topo oferecem excelente estabilidade e alcance. Ao usinar carcaças de turbina, normalmente é necessário remover grandes quantidade de materiais de difícil usinagem (Inconel e Waspalloy), por meio de um processo de fresamento em desbaste. As pastilhas de cerâmica para torno-fresamento oferecem oportunidades de operação a velocidades de 20 a 30 vezes maiores que as de metal duro, mas com faixas de avanço menores, gerando ganhos de produtividade. a turbina carcaça d DISCO DA TURBINA E rotor Produtividade equilibrada CoroMill 316 Quando se trata de fresamento de ressaltos em um disco de turbina em superliga, a CoroMill 316 é a opção perfeita para pequenas profundidades de corte com tolerâncias estreitas. Ao desbastar o canal em um rotor de titânio, o melhor método é o fresamento a ponto com pastilhas intercambiáveis tipo "Ball Nose", que oferecem um ótimo equilíbrio entre produtividade e economia. DISCO DA TURBINA el et rr ca Estabilidade é tudo Torneamento facilitado Lâminas antivibratórias SL70 Um dos desafios da fabricação de carretéis são suas câmaras internas profundas, geralmente com até 150 mm de profundidade. Lâminas antivibratórias com porta-ferramentas Coromant Capto são uma solução estável, que minimiza as vibrações. Lâminas com comprimento superior a quatro vezes a própria largura possuem um dispositivo de amortecimento patenteado, que permite que a profundidade de corte seja quatro vezes maior do que sem esse amortecimento. O sistema de ferramental modular flexível SL70, equipado com pastilhas redondas, é indicado para operações comuns de perfilamento e usinagem de bolsões. O sistema SL pode ser usado para cerâmica e metal duro – de desbaste a acabamento. Isso o torna perfeito para discos de turbina, que têm características complexas em ligas de difícil usinagem. metalworking world 39 Print n:o C-5000:538 POR/01 © AB Sandvik Coromant 2009:3 Apresentamos a coleção CoroMill® deste ano. Com o sucesso da CoroMill 490, ampliamos a linha CoroMill com a CoroMill 316, uma fresa de topo com cabeça intercambiável para uma ampla gama de aplicações, e a CoroMill 345, uma fresa de facear de alto desempenho com 8 arestas de corte. Agora temos uma CoroMill para todas as situações, todas elas capazes de proporcionar redução de custos, aumento de produtividade e lucro. Então, o que a linha CoroMill pode fazer por sua produção? Você ficará surpreso. Entre em contato conosco e saiba mais. Think smart | Work smart | Earn smart. www.sandvik.coromant.com/br
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