Vídeo nas Redes Telefónica e Móvel (Português)
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Vídeo nas Redes Telefónica e Móvel (Português)
VÍDEO NAS REDES TELEFÓNICA E MÓVEL Fernando Pereira Instituto Superior Técnico Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Terminal e Comunicação de Vídeo ITU-T H.324 Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Terminais H.324: Objectivos Os terminais H.324 oferecem comunicação a baixo débito, em tempo-real, unidireccional ou bidireccional, com qualquer combinação de vídeo, áudio e dados, nomeadamente sobre a rede telefónica pública. • Comunicações multiponto são também possíveis através de um MCU (multipoint control unit). • Os terminais telefónicos multimédia H.324 podem surgir como equipamento específico (stand alone) ou integrados em computadores pessoais ou estações de trabalho. • A interoperabilidade com terminais AV para a RDIS (H.320) e com terminais AV móveis (H.324/M) é também considerada. Espera-se que este tipo de terminal tenha 2 tipos principais de aplicações: videotelefonia (domestic) e aplicações multimédia integradas num PC (business). Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Terminal H.324 Scope of recommendation H.324 Video I/O equipment Video codec H.263/H.261 Audio I/O equipment Audio codec G.723 User data applications T.120, etc. Multiplex/ Demultiplex H.223 Data protocols V.14, LAPM, etc. Control protocol H.245 System control Receive path delay Modem V.34/V.8 SRP/LAPM procedures GSTN Network MCU Modem control V.25ter Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Terminal H.324: Principais Blocos • Codificação de vídeo - H.263 ou H.261 • Codificação de voz - G.723 - Qualidade semelhante à qualidade analógica a 6.4 kbit/s. • Controlo da comunicação - H.245 - Envolve a troca de 4 tipos de mensagens - Request, Response, Command, Information - com vista ao controlo da operação do terminal H.324, nomeadamente a troca de capacidades, abertura e fecho de mais canais lógicos, etc. • Multiplexer - H.223 - Baseado em pacotes e permitindo a troca de um ou mais fluxos de informação contendo áudio, vídeo, dados ou mensagens de controlo. • Modem - V.34 – Opera no máximo a 28.8 kbit/s (um pouco mais em versões posteriores). Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Codificação de Vídeo a Baixos Débitos Binários: Rec. ITU-T H.263 Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Recomendação H.263 (1995): Objectivo Codificação de vídeo com qualidade melhorada em relação à recomendação H.261, usando baixos débitos binários. Particular relevância é dada aos débitos até 20 kbit/s destinados ao uso em videotelefonia na rede telefónica analógica. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Recomendação H.263: Motivação A primeira grande motivação para o desenvolvimento da recomendação H.263 foi a necessidade de garantir a interoperabilidade entre os terminais videotelefónicos para a rede telefónica analógica, evitando o vazio normativo face ao aparecimento de equipamento no mercado. Neste contexto (necessidade de normalizar rapidamente), a recomendação H.263 baseia-se na tecnologia existente, nomeadamente a recomendação H.261, e pretende dar origem a equipamento de grande consumo muito rapidamente. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Recomendação H.263: Requisitos • Basear-se em tecnologia existente (possibilitando uma rápida passagem à fase de comercialização) • Baixa complexidade e logo baixo custo • Fácil interoperabilidade com outros serviços já disponíveis, p.e. videotelefonia H.320/H.261, fotografia digital (JPEG), facsimile, etc. • Resistência a erros de transmissão • Flexibilidade de modo a permitir futuras extensões, p.e. para débitos mais elevados ou para ambientes móveis • Compromisso entre as resoluções espacial (Y, CR e CB) e temporal • Maximização da qualidade subjectiva das imagens Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira H.263: Sinais a Codificar As imagens são codificadas usando o sinal de luminância e 2 sinais de crominância, CB e CR. O algoritmo opera com imagens progressivas (não-entrelaçadas) à frequência base de 29.97 imagem/s, podendo controlar-se a frequência temporal das imagens codificadas. Para débitos binários muito baixos, a escolha das resoluções espacial e temporal a usar é ainda mais crítica do que habitualmente ! Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Formatos Espaciais H.263 Formato Amostras/linha luminância Linhas luminância Amostras/linha crominância Linhas crominância sub-QCIF 128 96 64 48 QCIF 176 144 88 72 CIF 352 288 176 144 4CIF 704 576 352 288 16CIF 1408 1152 704 576 Todos os descodificadores H.263 têm de descodificar os formatos QCIF e sub-QCIF. Contudo, por razões de complexidade, os descodificadores do tipo sub-QCIF estão autorizados a subamostrar as imagens QCIF recebidas ou a mostrar apenas uma parte delas, se assim o desejarem. Os codificadores devem operar em QCIF ou sub-QCIF, não sendo obrigados a operar com ambos os formatos. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira • Espacialmente, a sequência de vídeo está organizada segundo uma estrutura hierárquica com 4 níveis: - Imagem (I ou P) - Grupo de Blocos (GOB) - Macrobloco (MB) - Bloco • Há 9 GOBs para QCIF e 18 para CIF (MBs numa linha ). Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira H.263: Técnicas de Codificação • Redundância Temporal Codificação preditiva: transmissão das diferenças e compensação de movimento • Redundância Espacial Codificação de transformada (DCT) • Redundância Estatística Codificação entrópica de Huffman • Irrelevância Quantificação dos coeficientes DCT Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Explorando a Redundância Temporal Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Coroa para a interpolação nas fronteiras de Mb_pred x Compensação de Movimento a 1/2 Pixel i-1 i-0.5 i i+0.5 i+1 y A B h1 h2 h3 D h4 E h5 F h6 h7 h8 G H "Pixel inteiro" C "Meio-Pixel" h1=(A+B+D+E)/4 h5=(E+F)/2 h2=(B+E)/2 h6=(D+E+G+H)/4 h3=(B+C+E+F)/4 h7=(E+H)/2 h4=(D+E)/2 h8=(E+F+H+K)/4 K Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Vectores de Movimento Diferenciais MV2 MV3 MV1 MV MV : Current motion vector MV1: Previous motion vector MV2: Above motion vector MV3: Above right motion vector MV2 MV3 (0,0) MV MV1 MV1 MV1 MV MV2 (0,0) MV1 MV : Picture or GOB border • Cada vector de movimento é codificado diferencialmente em relação à sua predição tomada como a mediana, para cada componente, de 3 candidatos a preditores (MV1, MV2 e MV3). • Se algum dos preditores candidatos foi codificado em modo INTRA ou foi FIXO (Skipped), o seu vector preditor é tomado como 0. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Explorando a Redundância Espacial e a Irrelevância Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Os coeficientes DCT são codificados como símbolos (last, run, level). • Os símbolos mais frequentes são codificados com códigos VLC enquanto os restantes são codificados com uma palavra de comprimento fixo de 22 bits consistindo em: 7 bits de ESCAPE, 1 bit para LAST, 6 bits para RUN e 8 bits para LEVEL. • EOB in H.261: ’10’ o que dá 99×6×2×10 = 11880 bit/s para QCIF INDEX LAST RUN LEVEL BITS VLC CODE 0 0 0 1 3 10s 1 0 0 2 5 1111 s 2 0 0 3 7 0101 01s 3 0 0 4 8 0010 111s 4 0 0 5 9 0001 1111 s 5 0 0 6 10 0001 0010 1s 6 0 0 7 10 0001 0010 0s 7 0 0 8 11 0000 1000 01s 8 0 0 9 11 0000 1000 00s 9 0 0 10 12 0000 0000 111s 10 0 0 11 12 0000 0000 110s 11 0 0 12 12 0000 0100 000s 12 0 1 1 4 110s 13 0 1 2 7 0101 00s 14 0 1 3 9 0001 1110 s 15 0 1 4 11 0000 0011 11s 16 0 1 5 12 0000 0100 001s 17 0 1 6 13 0000 0101 0000s 18 0 2 1 5 1110 s 19 0 2 2 9 0001 1101 s 20 0 2 3 11 0000 0011 10s 21 0 2 4 13 0000 0101 0001s 22 0 3 1 6 0110 1s 23 0 3 2 10 0001 0001 1s Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Controlo do Débito Binário A recomendação H.263 não define precisamente a sua gama de aplicação em termos de débitos binários. É sabido que a norma é a mais eficiente (e única) para os débitos mais baixos, podendo normalmente também competir, com vantagem, com a recomendação H.261 para débitos superiores. O compromisso óptimo entre as resoluções espacial e temporal depende do conteúdo da sequência e influencia fortemente o impacto subjectivo final. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Métodos de Controlo do Débito Binário • O controlo do débito binário do fluxo de saída pode ser feito através de: • Pré-processamento da informação, p.e. filtrando as altas frequências. • Variação do passo de quantificação dos coeficientes DCT. • Aplicação de um critério de significância dos blocos (só os blocos com uma certa actividade são considerados significativos). • Subamostragem temporal (saltando imagens). A subamostragem temporal é, no contexto da recomendação H.263, uma ferramenta importante para o controlo do débito o que significa que não se garante normalmente uma resolução temporal mínima. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira As 4 Opções Negociáveis do H.263 Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Opções H.263 • Modo Vectores de Movimento Sem Restricções - Vectores de movimento fora dos limites da imagem - Extensão do alcance dos vectores de movimento • Modo Avançado de Predição - Quatro vectores de movimento por macrobloco - Compensação de movimento com sobreposição • Modo de Codificação Aritmética • Modo de Codificação PB Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Vectores de Movimento Fora dos Limites da Imagem O modo unrestricted motion vectors (UMV) permite escolher vectores de movimento que, para alguns pixels, apontam para fora da imagem. A solução herdada da rec. H.261 de restringir a escolha dos vectores de movimento de modo a que todos os pixels referenciados estejam dentro da imagem pode ter custos substanciais em termos de eficiência para os macroblocos localizados nas zonas 'limítrofes' da imagem. Quando o vector de movimento aponta para um pixel fora da imagem, usa-se como pixel preditor o pixel fronteira correspondente à limitação de cada componente do vector de movimento ao último pixel dentro da imagem ou seja para resolução CIF (352×288): x’ = 0 351 x se x < 0 se x > 351 caso contrario YUMV (x,y) = Y (x',y') y’ = 0 287 y se y < 0 se y > 287 caso contrario Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Panning horizontal para a esquerda Imagem i-1 Imagem i Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Extensão do alcance dos vectores de movimento • No modo sem restrições, o alcance dos vectores de movimento passa a ser de [-31.5, 31.5] (e não [-16, 15.5]) com as seguintes restrições: • Se o preditor está em [-15.5, 16], só os valores que estão na gama de [-16, 15.5] em torno do preditor podem ser usados. • Se o preditor está fora de [-15.5, 16], todos os valores na gama de [-31.5, 31.5] com o mesmo sinal do preditor e mais o valor zero podem ser usados. • ou seja se MV é o vector de movimento e P o preditor tem-se: -31.5 ≤ MV ≤ 0 se -31.5 ≤ P ≤ -16 -16 + P ≤ MV ≤ 15.5 + P se -15.5 ≤ P ≤ 16 0 ≤ MV ≤ 31.5 se 16.5 ≤ P ≤ 31.5 Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira H.263 – Extensão do Alcance dos Vectores P MV MV P MV P P MV -30 -15 MV P 0 15 30 x,y MV H.261 ou H.263 Baseline Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira H.263 versus H.261 H.261 • Vectores absolutos com componentes entre -15 e 15 (sempre) • Alfabeto com 32 símbolos (diferenças -30, 30), 29 dos quais com duplo significado • Movimento com resolução de 1 pixel H.263 • Vectores absolutos com componentes entre -31.5 e 31.5 com restricções • Alfabeto com 64 símbolos (diferenças -31.5 e 31.5), 63 dos quais com duplo significado • Movimento com resolução de meio pixel Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira H:261 Vectores de Movimento Diferenciais Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira H:263 Vectores de Movimento Diferenciais Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Comparando ... O H.263 usa melhor a tabela de código disponível (número de símbolos semelhante ao H.261 se se descontar a diferente resolução) aumentando o alcance dos vectores de movimento ao impôr restrições ora aos vectores absolutos (componentes nunca superiores a ± 31.5) ora apenas aos vectores diferenciais, tentando 'seguir o movimento de forma mais contínua'. Para isso, não há qualquer aumento em termos de cálculos pois apenas se muda a zona onde se pesquisam os vectores (pesquisa telescópica). Em conclusão, sem custo em termos de palavras de código ou de cálculo, o alcance dos vectores é estendido através duma escolha adequada dos vectores de movimento autorizados para cada MB. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Modo Avançado de Predição O modo avançado de predição inclui, por omissão, a possibilidade de usar vectores de movimento fora dos limites da imagem. Contudo, a extensão do alcance dos vectores só será usada se se optar pelo uso do Modo Vectores de Movimento sem Restrições. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Quatro Vectores de Movimento por Macrobloco O modo avançado de predição permite usar 1 ou 4 vectores de movimento por macrobloco. A decisão é indicada no cabeçalho do macrobloco correspondente. Se se usarem 4 vectores, cada vector corresponde a um dos 4 blocos de luminância (8× ×8). O vector de movimento a usar para as crominâncias é calculado como a soma dos 4 vectores para a luminância dividida por 8. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Compensação de Movimento com Sobreposição • Para diminuir o impacto negativo da compensação de movimento feita por macroblocos ou blocos com um único vector, cada pixel num bloco 8× ×8 de predição da luminância é o resultado da divisão por 8 (arredondada) da soma pesada de 3 valores de predição obtidos a partir de 3 vectores de movimento: • O vector do bloco actual a prever • O vector do bloco à esquerda ou à direita (conforme o que está mais próximo) • O vector do bloco acima ou abaixo (conforme o que está mais próximo) Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Imagem i-1 Imagem i Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Compensação de Movimento com Sobreposição A predição de cada pixel é dada por: p(i,j) = round [q(i,j) × H0(i,j) + r(i,j) × H1(i,j) + s(i,j) × H2(i,j) ] / 8 com - q(i,j) = p( i + MVx0, j + MVy0) - r(i,j) = p( i + MVx1, j + MVy1) - s(i,j) = p( i + MVx2, j + MVy2) sendo (MVxi, MVyi) os vectores preditores. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Matrizes com Pesos de Sobreposição 4 5 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 5 5 2 2 2 2 2 2 2 2 5 5 6 6 6 6 5 5 1 1 2 2 2 2 1 1 5 5 6 6 6 6 5 5 1 1 1 1 1 1 1 1 5 5 6 6 6 6 5 5 1 1 1 1 1 1 1 1 5 5 5 5 5 5 5 5 1 1 1 1 1 1 1 1 4 5 5 5 5 5 5 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 Matriz H0 - predição com o vector de movimento do bloco actual Matriz H1 - predição com o vector de movimento do bloco acima ou abaixo 2 1 1 1 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 1 1 2 Matriz H2 - predição com o vector de movimento do bloco à esquerda ou à direita Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Modo de Codificação Aritmética Neste modo a codificação entrópica de todos os símbolos passa a ser feita com codificação aritmética, substituindo a codificação VLC usada por omissão. A codificação aritmética pode superar a limitação da codificação VLC de ter sempre de associar um número inteiro de bits a cada símbolo, independentemente da sua probabilidade, aumentando a eficiência da codificação. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Modo de Codificação PB MVF MVB O grande objectivo do modo PB é aumentar a resolução temporal codificada, com baixo custo em termos de bits. Uma trama PB consiste em 2 imagens codificadas como 1 unidade (MB a MB). MV TRB TRD -MVF = (TRB × MV) / TRD + MVD Uma trama PB contém uma imagem codificada preditivamente em relação à última imagem codificada (trama P ou PB) e uma imagem codificada preditivamente em relação às imagens P passada e P futura mais próximas (trama B). -MVB = ((TRB - TRD) × MV) / TRD se MVD igual 0 -MVB = MVF - MV se MVD diferente de 0 Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Modo de Codificação PB • A predição para as imagens B é feita ao nível de bloco (8×8) usando os vectores MV, MVF, MVB e MVD sendo - MVF = (TRB × MV) / TRD + MVD - MVB = ((TRB - TRD) × MV) / TRD se MVD igual 0 - MVB = MVF - MV se MVD diferente de 0 • A predição dum bloco B (8× ×8) é feita segundo 2 modos, usados em diferentes partes do bloco: • Para os pixels onde o vector backward - MVB - aponta para dentro do macrobloco P em descodificação, usa-se predição bidireccional tomada como a média (truncada) das predições forward e backward. • Para os outros pixels, usa-se apenas predição forward com base em MVF (em relação à imagem P anterior). Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Modo de Codificação PB Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Combinando as Ferramentas ... Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira H.263: Codificador p CC t qz Video in T Q q To video multiplex coder Q–1 T–1 P T Q P Transform Quantizer Picture Memory with motion compensated variable delay CC p t qz q v Coding control Flag for INTRA/INTER Flag for transmitted or not Quantizer indication Quantizing index for transform coefficients Motion vector v A norma H.263 adopta mais uma vez um codificador híbrido baseado na predição temporal (diferenças e compensação de movimento) e no uso da transformada DCT. O codificador de vídeo H.263 usa um esquema semelhante ao do codificador H.261. As alterações introduzidas destinam-se essencialmente a obter melhor qualidade a baixos débitos. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Refrescamento INTRA Obrigatório Para limitar a acumulação de mismatch devido à DCT inversa, cada MB deve ser codificado em modo INTRA pelo menos 1 em cada 132 vezes em que coeficientes DCT são transmitidos para esse MB em imagens P. O padrão do refrescamento INTRA não é definido pela recomendação H.263, ficando ao cuidado do codificador. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira • IGUAL no H.263 e H.261: - Esquema básico da codificação. - Dimensão dos blocos e varrimento em zig-zag dos coeficientes DCT. - Uso do CBP para indicar os blocos com coeficientes a transmitir. • DIFERENTE no H.263 e H.261 (definindo no H.263): - Organização da imagem em GOBs; agora 1 GOB é uma linha de macroblocos. - Menos overhead e tabelas VLC diferentes ao nível dos macroblocos; por exemplo, os GOB headers podem estar vazios. - Os coeficientes quantificados são transmitidos através dum código VLC 3D para os símbolos (last coefficient, run, level); não há marcador End of Block. - Compensação de movimento com resolução de meio-pixel. - Uso do JPEG para as imagens paradas (o H.261 tem um modo especial). - Não se define o código de correcção de erros a usar. - São oferecidas 4 novas opções de codificação para melhorar o desempenho em termos de qualidade subjectiva; estas opções podem ser usadas separadamente ou em conjunto e são negociadas no início da comunicação. - Endereçamento de MB diferente (0 coded, 1 not-coded) Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira O Modelo Simbólico H.263 Vídeo Original Gerador de Símbolos (Modelo) Bits Símbolos Codificador Entrópico Uma sequência de vídeo é representada como uma sucessão de imagens classificadas como I, P ou PB, estruturadas em macroblocos, sendo cada um deles representado usando vectores de movimento e/ou coeficientes DCT (intra ou inter). Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Cancelamento de Erros • Mesmo que se use codificação de canal, podem existir erros de transmissão residuais que têm consequências ao nível do descodificador de fonte. • Os erros residuais podem ser detectados devido a incorrecções sintácticas ou semânticas. • Para vídeo digital, as técnicas mais básicas de cancelamento de erros são: - Repetição da zona correspondente da imagem anterior - Repetição de parte da imagem anterior após compensação de movimento • O cancelamento de erros não detectados pode ser feito por pósprocessamento da imagem descodificada. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Ferramentas H.263 Versão 2 ou H.263+ • Ferramentas para aumentar resiliência a erros - Estrutura em slice mais flexível Selecção da imagem para predição Descodificação em segmentos Escalabilidade temporal, espacial e de qualidade • Ferramentas para aumentar eficiência de compressão - Codificação INTRA com predição de vizinhos INTRA INTRA VLC aplicado a codificação INTER Várias melhorias na quantificação Filtro de bloco no loop para imagens I e P Tramas PB melhoradas (tramas B como no MPEG-1) Outras alterações menores Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Ferramentas H.263 Versão 2 ou H.263+ • Flexibilidade na resolução espacial (para melhor adaptação ao movimento) - Resampling e warping da imagem de predição (forma escondida de compensação de movimento global) - Resolução reduzida para zonas em movimento • Aumento do número de formatos possíveis - Resolução espacial definida pelo codificador - Factores de forma de pixel adicionais (e não apenas 12/11) - Frequências temporais de base adicionais (e não apenas 30 Hz) • Escalabilidade de tempo, resolução espacial e qualidade • Possibilidade de enviar informação adicional com uso não obrigatório Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Principais Vantagens do H.263+ • Maior resiliência a erros • Maior eficiência de compressão (tipicamente 15-25% mais do que a rec. H.263 Versão 1) • Formatos mais flexíveis • Escalabilidade para resiliência a erros e comunicações multiponto • Existência de perfis preferenciais de uso (3 perfis informativos) de forma a guiar os fabricantes dos produtos Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Comentários Finais • A recomendação H.263 baseia-se na recomendação H.261, melhorando-a (essencialmente à custa de complexidade adicional) de forma a alcançar melhor qualidade, nomeadamente para os débitos mais baixos. • A recomendação H.263 obtem tipicamente qualidades semelhantes à recomendação H.261 com cerca de 2.5 menos débito binário. • Existem hoje inúmeros produtos e serviços baseados na norma H.263, nomeadamente para redes móveis, p.e. UMTS. • Contudo, esta recomendação também já não representa hoje o estado da arte em termos de codificação de vídeo. Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira Bibliografia • Videoconferencing and Videotelephony, Richard Schaphorst, Artech House, 1996 • Image and Video Compression Standards: Algorithms and Architectures, Vasudev Bhaskaran and Konstantinos Konstantinides, Kluwer Academic Publishers, 1995 • Multimedia Communications, Fred Halsall, Addison-Wesley, 2001 • Multimedia Systems, Standards, and Networks, A. Puri & T. Chen, Marcel Dekker, Inc., 2000 Comunicação de Áudio e Vídeo, Fernando Pereira