FOLHA DO FAZENDEIRO
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FOLHA DO FAZENDEIRO
ENTREVISTA MAURÍCIO NOGUEIRA Rally vai mostrar a pecuária brasileira do jeito que ela é SOLUÇÃO TOTAL EM SUPLEMENTAÇÃO NOVEMBRO DE 2011 • ANO XIII – Nº 335 | NAS BANCAS R$ 3,50 ARQUIVO Pantanal contribui para o Modelo Climático Global FOTOS: RAQUEL BRUNELLI Modelo será uma ferramenta para o estudo de mudanças climáticas globais, no auxilio da geração de cenários nas diversas variáveis do sistema, como por exemplo: chuva, temperatura, circulação dos oceanos, vazão dos rios, entre outros. PÁGINA 5 VIA LIVRE Nesta edição Acrissul oferece curso de pós-graduação Adubar pasto garante maior produtividade na pecuária Num cenário de pastagem com algum nível de degradação, baixa lotação por hectare e margens de lucro menor, o investimento em recuperação e adubação de pastagem se apresenta como uma alternativa viável, porém ainda cara. PÁGINA 4 Pequenos animais, grandes negócios Criação de pôneis e minivacas não ocupa muito espaço, baixo investimento e dá bom retorno financeiro. PÁGINAS 12 e 13 Numa parceria inédita fechada com a empresa Rehagro, a Acrissul inicia dia 10 de novembro o curso de pós-graduação de produção de gado de corte. Para 2012 estão programados vários cursos técnicos. BOLETIM ACRISSUL EM AÇÃO 2 NOVEMBRO 2011 P RIMEIRA IMPRESSÃO Elevar produção no campo é prioridade para setor de bioenergia como o florescimento excessivo de boa parte dos canaviais, fizeram com que a queda da produtividade da safra atual fosse a maior dos últimos anos. O setor de bioenergia brasileiro Além isso, parte dos produtores enfrenta dise prepara para encerrar a safra fi culdades para investir na renovação das áreas 2011/12 com a previsão de mode canavial por falta de linhas de financiamento agem de cerca de 510 milhões competitivas. O quadro atual evidencia a necesde toneladas de cana-de-açúcar sidade imediata de investimentos na renovação na região Centro-Sul, volume e na expansão da área plantada, que precisa, no 8% inferior à safra passada, segundo dados da Unica (União da Indústria de mínimo, atingir 14 milhões de hectares em 2020 Cana-de-Açúcar). para abastecer o mercado Esse resultado demonsbrasileiro. tra que a área plantada Torna-se indispensáhoje no país, em torno de vel priorizar a produção 8 milhões de hectares, é de cana, ponto de partiinsuficiente para atender à da da cadeia de valor da Apesar de o setor crescente demanda por etaNos próximos bioenergético ter alcançado bioenergia. nol, estimulada pela frota cinco anos, os produtores flex de 14 milhões de unium novo patamar de etanol deverão invesdades. Esse desequilíbrio tir maciçamente na renotecnológico, com modernas é fruto da baixa produtivação e na expansão de unidades agroindustriais vidade agrícola, que sofre seus canaviais, desenvolcom o envelhecimento dos espalhadas pelo país, ver novas tecnologias de canaviais e com os impacas condições climáticas plantio e introduzir novas tos de variações climáticas variedades de cana, mais ainda representam papel desfavoráveis. bem adaptadas aos amApesar de o setor bioeimportante na produção da bientes de produção das nergético ter alcançado um matéria-prima. novas fronteiras agríconovo patamar tecnológico, las, buscando alta producom modernas unidades tividade. agroindustriais espalhadas Essa rápida retomada na produção de biopelo país, as condições climáticas ainda represenmassa é possível e o Brasil tem competência tam papel importante na produção da matériapara realizá-la. A ETH Bioenergia, por exemplo, prima. A estiagem ocorrida de abril a outubro de tem plantado mais de 100 mil hectares de cana 2010, as condições climáticas adversas no começo própria por ano, número recorde na história do deste ano, combinadas com a ocorrência de duas setor de bioenergia. O maior desafio do setor de fortes geadas no início do último inverno, assim JOSÉ CARLOS GRUBISICH ESPECIAL PARA A FOLHA DA AGÊNCIA FOLHA bioenergia é garantir a quantidade e a qualidade de matéria-prima necessária para a produção do etanol e a cogeração da energia elétrica com competitividade e sustentabilidade. A utilização de novas tecnologias, somada à expansão da área plantada com as melhores práticas agrícolas, permitirá que a produção de energia limpa e renovável seja protagonizada pelo Brasil. JOSÉ CARLOS GRUBISICH É PRESIDENTE DA ETH BIOENERGIA. Jornalista lança livro na Anoreg No próximo dia 8 de novembro, terça-feira, será lançado na Anoreg, em Campo Grande, o livro “Reflexos sobre o nada nos Mares do Pantanal”, publicação realizada com recursos do FMIC – Fundo Municipal de Incentivo a Cultura, da Fundação Municipal de Cultura. A autoria é do jornalista da Folha do Fazendeiro e Canal do Boi, Fabiano Reis. A obra traz histórias de vivências na região pantaneira de Mato Grosso do Sul em linguagem poética. O livro é dividido em quatro capítulos e aborda questões do universo do homem pantaneiro em uma linguagem que denota a expressão simples da região e a estética sofisticada de seus cenários. O resultado é um texto repleto de imagens que remetem o leitor a um universo pouco explorado. O trabalho de edição é da Life Editora. O livro/poema “Reflexos sobre o nada nos Mares do Pantanal” é resultado do projeto homônimo aprovado junto ao FMIC, da Fundação Municipal de Cultura, da prefeitura de Campo Grande, no edital de 2010. Depois de lançado, a publicação será distribuída em livrarias da cidade e, principalmente, em escolas públicas do Estado. Serviço: o lançamento acontece na sede do Anoreg, localizada na Travessa Tabelião Nelson Pereira, nº 50 - Chácara Cachoeira, entre 19h e 22h. EXPEDIENTE A Folha do Fazendeiro é uma publicação mensal da Via Livre Comunicação e Agromarketing [email protected] EDIÇÃO: José Roberto dos Santos [email protected] TEXTOS: Fabiano Reis e José Roberto dos Santos, com Agência Folha [email protected] EDITORAÇÃO GRÁFICA Wainer Gibim VIA LIVRE Comunicação e Agromarketing CNPJ. 05.212.423/0001-99 Rua Sebastião Lima, 919 Jd. Monte Líbano – CEP 79.004.600 Campo Grande – MS Fone: (67) 3042-7587 [email protected] DEP. COMERCIAL E ASSINATURAS ANA RITA BORTOLIN (67) 3026-5014 - 9604-6364 [email protected] 3 NOVEMBRO 2011 Análise Pecuária Novembro e dezembro devem apresentar pouca oferta de animais terminados FABIANO REIS DA REDAÇÃO FOLHA DO FAZENDEIRO O mês de outubro passou e a alta esperada para arroba do boi gordo aconteceu de forma mais lenta, com tendência de se acentuar nos próximos dois meses (novembro e dezembro), por conta da perceptível falta de matéria prima, boi gordo terminado, o quase certo e provável aumento na demanda por carne bovina e a resultante dificuldade dos frigoríficos em comprar animais. Além disso, vale comentar a passagem do Rally da Pecuária no Mato Grosso do Sul e a Rússia que reabriu o acordo de carnes com o Brasil e outros exportadores, por pressão dos Estados Unidos. Os valores de referência do boi gordo em Mato Grosso do Sul fecharam outubro em R$ 95,00 em Campo Grande e R$ 97,00 em Dourados. Entretanto, há informações de compras com valor até R$ 2,00 acima, se aproximando ou igualando o valor de referência de 29 de outubro de 2010, que foi de R$ 99,00 em Campo Grande. No último ano a corrida da indústria frigorifica foi grande e em 2011 as escalas seguem curtíssimas. Em relação aos meses de novembro e dezembro, devem seguir com escassez de animais terminados, realidade que muda a partir de janeiro, com uma maior oferta de animais. Ao mesmo tempo a alta da arroba do boi no último bimestre do ano depende também da voracidade do consumo interno. Entretanto, as festas de final de ano, férias e fatores correlatos sempre trazem aquecimento de consumo. Além disso, vale lembrar a maior quantidade de recursos na praça por conta do 13º salário, de uma taxa de desemprego no país em setembro, que segundo o Ministério do Trabalho ficou na casa de 6% (melhor número desde 2004) e as contratações de final de ano. Em resumo, o cenário é animador para o pecuarista. Ainda falando deste cenário, em 2011 tivemos pouca oferta de animais terminados nos primeiros meses do ano, fator que aconteceu pelo abate de animais “não terminados” em outubro e novembro de 2010, em uma tentativa de conter os preços e manter escalas por parte dos frigoríficos e de aproveitar o bom momento de preço por parte dos pecuaristas. Rally da Pecuária Entre os dias 28 e 31 de outubro, duas equipes do Rally da Pecuária visitaram o Mato Grosso do Sul. A iniciativa segue por outros estados até o dia 11 de novembro e os dados colhidos serão apresentados no dia 29 de novembro, na Fiesp, em São Paulo. O coordenador do Rally, Maurício Nogueira, é o entrevistado desta edição da Folha do Fazendeiro. Rússia A Rússia reabriu o acordo de carnes com o Brasil e outros exportadores, por pressão dos EUA, às vésperas da negociação final para sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC). Com isso, os brasileiros devem ser os mais prejudicados. Basicamente, o problema envolve a cota Hilton para o mercado russo. Pelo acordo de carnes, os russos negociam cotas e outras regras de acesso dos produtos em seu mercado, em troca de apoio para a OMC. FABIANO REIS É JORNALISTA, MESTRE EM PRODUÇÃO E GESTÃO AGROINDUSTRIAL. APRESENTADOR DO BOM DIA PRODUTOR/CANAL DO BOI E REDATOR DA FOLHA DO FAZENDEIRO Fonte: Beefpoint 4 NOVEMBRO 2011 Agronegócio S.A. Adubação de pastos traz bons resultados para pecuária O que antes era visto como mera despesa e desnecessária pelo pecuaristas, hoje é considerado um investimento M elhorar a produtividade do pasto é um fator fundamental para aumentar a rentabilidade de propriedades rurais que trabalham com a pecuária. E em um cenário no qual há pastagem com algum nível de degradação, baixa lotação por hectare e margens de lucro menor, o investimento em recuperação e adubação de pastagem se apresenta como uma alternativa viável, porém ainda cara. Soma-se à descrição acima as muitas restrições ambientais que impedem a abertura de novas áreas forçam o manejo intensivo das pastagens, que inclui a calagem, correção de solo, gesagem e adubação corretiva. Segundo o enge- ARQUIVO nheiro agrônomo Jânio Fagundes Borges, os resultados são evidentes quando há uma boa formação, o que reflete posteriormente na retirada de arrobas de carne da pastagem. “O processo deve ser respeitado para haver a boa formação. Quando partimos de uma área bruta deve-se considerar o preparo, correção de solo calcário, colocação de gesso, a fosfatagem e a adubação periódica. Depois deste processo, ainda há vários cuidados”, destacou. Adubar é investir Segundo o coordenador do Rally da Pecuária, Maurício Nogueira, o que costumava ser visto como despesa Pecuária sul-mato-grossense tem genética de excelência, mas peca na produção de pasto para o gado desnecessária pelo pecuarista, hoje é considerado um investimento. “Antes o produtor não queria nem ouvir falar em adubar pasto. Hoje aceita a ideia e sabe que tem de fazer aquela área produzir. Essa barreira foi vencida”, diz. Jânio lembra que no campo há grande fortalecimento na sanidade, muitos investimentos na genética e, na nutrição a pasto, não existem os mesmos patamares. “Temos genética de excelência, mas não temos nutrição compatível com este mesmo padrão. A pastagem precisa acompanhar o processo evolutivo”, afirmou o agrônomo. Opinião compartilhada por Nogueira que afirma que tradicionalmente o produtor prefere investir em ganhos zootécnicos (sanidade, nutrição e genética), que dão retorno mais rápido. “Já o retorno do investimento agronômico, que inclui a melhora de pastagens, demora mais, mas eleva a produtividade, o que dá fôlego para mais investimentos.” Mauricío Nogueira calcula que uma reforma de pasto, que inclui o replantio do capim, custe em torno de R$ 3.500 por hectare; a recuperação varia de R$ 1.800 a R$ 2.200 por hectare. Segundo o agrônomo Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste, na reforma da pastagem, o produtor vai retirar as plantas, preparar o terreno, fazer curvas de nível, corrigir o solo, adubar e semear o novo capim. Entretanto, se a opção for pela recuperação, a forrageira que já está na área é mantida e faz-se correção do solo, adubação e ajuste do manejo da planta (carga animal, altura de pastejo, etc.). “Importante ressaltar que a melhor forma de verificar a necessidade de calcário e adubo é fazer uma análise de solo”, diz Bernardi. Jânio Fagundes destaca que na integração lavoura pecuária há os melhores desempenhos. “É uma maneira interessante de se ter a recuperação, apresenta resultados de 18@ até 20@ de carne por hectare. Entretanto, a assistência técnica é fundamental neste caso. Vale lembrar que é necessário e prudente devolver a riqueza para a terra, evitando a prática de uma pecuária deficitária”, explicou. 5 NOVEMBRO 2011 M EIO AMBIENTE Pantanal contribui para o Modelo Climático Global A aplicação dos modelos que estão sendo iniciados para o Pantanal já foram utilizados para a região Amazônica A tualmente o Modelo Climático Global, composto principalmente por dados de países localizados em regiões de clima temperado, não representa bem o clima das regiões tropicais. A fim melhorar o Sistema Climático Global, o Brasil está desenvolvendo, por meio de diversas instituições públicas nacionais e internacionais, coordenadas pelo Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global, baseado em dados de países localizados em faixas tropicais. Este Modelo conterá diversas informações dessas regiões, específicas, completando as lacunas hoje existentes. Na região Pantaneira as pesquisas vêm sendo realizadas em parceria com a Embrapa Pantanal e segundo a pesquisadora do Inpe Luz Adriana Cuartas, responsável pela Modelagem na região, sem os dados e os conhecimentos existentes na Unidade, seria impossível a aplicação e desenvolvimento de um modelo comunitário, que outros pesquisadores poderão utilizar. Segundo a pesquisadora este modelo será uma ferramenta para o estudo de mudanças climáticas globais, no auxilio de geração de cenários nas diversas variáveis do sistema, como por exemplo: chuva, temperatura, circulação dos oceanos, vazão dos rios, entre outros. Segundo o pesquisador da Embrapa Pantanal, Carlos Padovani, o Modelo é com- FOTOS: RAQUEL BRUNELLI posto por três grandes Componentes: Oceano, Atmosfera e Superfície: ”No componente superfície a hidrologia das áreas inundáveis “Pantanais e Várzeas” tem sido pouco estudadas. A parceria com a Embrapa Pantanal é para desenvolver a modelagem hidrológica – Dinâmica da quantidade e qualidade de água”, completa Padovani. A aplicação dos modelos que estão sendo iniciados para o Pantanal já foram utilizados para a região Amazônica. “Com esses modelos, teremos capacidade e autonomia para gerar cenários futuros confiáveis, de modo que o país possa se preparar para enfrentar os fenômenos climáticos extremos”, concluiu Luz Adriana. Modelo trará informações que irão preencher uma série de lacunas existentes hoje sobre a região 6 NOVEMBRO 2011 Dia de campo apresenta desenvolvimento genético e importância da nutrição animal Sede foi a Jóia da Índia, central com história de 40 anos de seleção na pecuária N o mês de outubro a Central Jóia da Índia realizou um dia de campo no qual apresentou suas instalações, através dos grandes reprodutores que compõem a bateria da central. O evento reuniu cerca de 60 criadores que tiveram contato com o trabalho desenvolvido pela Central. “O evento obteve um grande êxito, os criadores tiveram a oportunidade de entrar em contato com animais de alto valor genético. Ficaram cientes que podem ter acesso ao trabalho através da técnica de IATF”, disse José Eduardo Duenhas Monreal, supervisor da Tortuga, lembrando que a empresa falou sobre como a nutrição é um dos alicerces para o desenvolvimento genético. O trabalho de seleção da Central Jóia da Índia remete a uma história iniciada há quase 40 anos no município de Miranda, onde o foco principal era a produção de touros para aquela DIVULGAÇÃO Evento trouxe oportunidade de o produtor rural entrar em contato com animais de alto valor genético região do Pantanal, em atendimento à grande demanda que havia na região na época, entre os grandes compradores encontravam-se as tradicionais famílias Rondon, Barros Maciel, entre outras. “Nosso trabalho como selecionador começou neste período, posteriormente começamos a investir forte no sangue VR, o melhor criatório de Nelore PO da época, inserindo estes animais de excelência genética em nosso rebanho, fazendo grandes aquisições fomos os maiores compradores de animais gerados a partir do trabalho de Torres Homem”, afirmou Carlos Novaes Guimarães, diretor da Central. De família tradicional na pecuária, Carlos Novaes sempre teve um forte contato com o meio rural e, durante o período de estudos, se habituou a passar férias e finais de semana na fazenda. “A Jóia da Índia é a síntese de tudo que aprendi, aqui trabalhamos com seriedade, dedicação, concentração no trabalho, tecnologia e como foco principal a democratização desta grande genética que ofertamos a nossos clientes”, disse. A Central Jóia da Índia, hoje detentora de um dos maiores bancos genéticos do Brasil coloca à disposição do criador uma extensa bateria de animais provados. Hoje se encontra em coleta mais de 60 touros e a listagem de reprodutores com sêmen disponível ultrapassa 500 exemplares entre todas as raças bovinas de corte e leite. Na época quando houve a importação de reprodutores de raças européias fomos um dos maiores investidores fazendo mais de 30 importações, declarou Carlos, lembrando que a finalidade era a comercialização do sêmen destes reprodutores, buscando a heterose, a produtividade e a democratização da genética. 7 NOVEMBRO 2011 Carne bovina deixa de ser vilã para o coração, diz pesquisa Falta de informação relacionada a excesso de consumo e escolha de cortes com gordura contribuíram para criar a imagem nega- P rodutores, médicos e consumidores podem comemorar: a carne bovina faz bem para a saúde humana. Considerada vilã por muito tempo, a carne do boi a pasto ou confinado foi testada e aprovada mostrando que a falta de informação, o excesso de consumo e a escolha de cortes com gordura, associados a hábitos poucos saudáveis, eram responsáveis pela sua imagem negativa. Em setembro, durante o 66º Congresso Brasileiro de Cardiologia, em Porto Alegre (RS), foi apresentado o resultado de uma pesquisa desenvolvida no Instituto Cardiológico do Rio Grande do Sul, realizada com 70 voluntários, divididos em dois grupos. Sob a organização do Dr. Iran Castro, coordenador de normatizações das diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o experimento teve a duração de cinco semanas e um grupo recebeu diariamente 125 gramas de carne vermelha de gado criado a pasto e o outro comeu a mesma quantidade, porém de gado confinado, engordado mais rapidamente em estábulos e alimentado com ração. Ambos receberam carne magra durante todo o período. Os resultados mostraram que não ocorreram diferenças significativas no teor do colesterol sanguíneo e demais lipídios nas pessoas que consumiram carne de bovinos criados a pasto ou confinados. A suspeita maior era que o animal confinado, por ter um maior teor de gordura saturada e colesterol, poderia transmitir para o consumidor uma concentração maior de gordura sanguínea. Outras diferenças foram observadas como, por exemplo, o teor lipídico sanguíneo nos diferentes cortes gordurosos e magros da carne bovina: filet mignon X picanha, patinho X cupim ou costela. Foi constatado também que o teor de gordura é maior na carne processada (embutidos) do que no produto in natura. Outro ponto a ser destacado é que estudo demonstrou que a carne proveniente de animais taurinos concentra maior quantidade de gordura e colesterol do que a carne proveniente de raças zebuínas. A conclusão final deste trabalho científico brasileiro vem confirmar o apontamento de recentes pesquisas realizadas no exterior. Recentemente o cardiolo- gista Kevin J. Croce da Universidade de Harvard (USA) publicou na revista Circulation no final de 2010 um estudo sobre os impactos da carne vermelha na saúde humana realizado com 56 mil pessoas. Resultado: a carne bovina não causa qualquer malefício à saúde humana, desde que consumida sem gordura e em quantidades moderadas, em torno de 150 gramas/dia. De acordo com Nabih Amin El Aouar, pecuarista, médico cardiologista e diretor social e marketing da Associação Capixaba dos Criadores de Nelore (ACCN) que esteve presente no Congresso “Esses estudos representaram um grande avanço na tentativa de desmistificar essa conceituação errada e inadequada, como também transmitir informações para os profissionais de saúde e para a população em geral da credibilidade e segurança no consumo moderado da carne bovina magra, além dos enormes benefícios que traz para a saúde humana”. Para Nabih, o tema faz parte da programação do 3º Congresso Capixaba de Pecuária Bovina para a conscientização da população sobre esses atuais conceitos. A ACCN realiza em novembro, o 3º Congresso Capixaba de Pecuária Bovina, e um dos temas abordados será O Impacto da Carne Bovina Sobre a Saúde Humana, ministrado pelo Dr. Marcelo Chiara Bertolami, diretor de divisão científica do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia do Estado de São Paulo. A palestra vai abranger doenças cardíacas e arteriais provocadas pelo aumento das taxas de gorduras sanguíneas (colesterol, gordura saturada, gordura trans). O evento será realizado entre os dias 16 a 19 de novembro, no Cine Teatro da Universidade Vila Velha (UVV), no Espírito Santo e é voltado para estudantes de ciências agrárias, pecuaristas e profissionais do setor da cadeia produtiva da carne. A programação completa e a ficha de inscrição estão disponíveis no www. visioneventos-es.com.br. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (27) 3019-067. 8 NOVEMBRO 2011 FEVEREIRO 2011 ARQUIVO Análise Clima adverso causa pressão no mercado global de açúcar Até a FAO criticou o Brasil pela redução da produção, mas a seca é um fator que foge ao controle dos produtores PLINIO NASTARI ESPECIAL PARA A FOLHA DA AGÊNCIA FOLHA Enquanto o clima extremamente seco no Brasil deve fazer a produção de açúcar deste ano -Centro-Sul mais Norte-Nordeste- cair para 34,9 milhões de toneladas (38 milhões em 2010), o clima também tem levado a resultados mistos em outros países, não oferecendo compensação satisfatória para a perda registrada em nosso país. Até a FAO (braço da ONU para a agricultura e a alimentação) chegou a criticar o Brasil pela redução da produção, no momento em que os estoques mundiais continuam pressionados, sem compreender que é uma condição fora do controle dos produtores. O México também sofre com a estiagem, tendo postergado o início da safra em um mês, para novembro. Já se prevê queda de 30% nas exportações de açúcar em relação ao ano anterior, quando foram produzidos 5,18 milhões de toneladas (1,3 milhão exportadas). O principal cliente, os EUA, também não tem apresentado perspectivas de recuperação na produção, e, caso esse cenário se confirme, é certo que deverá anunciar cotas adicionais de importação. Dentro desse quadro, a Colômbia é um dos países com expansão mais promissora. A moagem alcançou 15,4 milhões de toneladas de cana até agosto -aumento de 13% sobre igual período do ano ante- rior. Estima-se que o país produza 2,25 milhões de toneladas de açúcar em 2011, 8,3% mais do que em 2010. As exportações atingiram 595 mil toneladas, volume 33,7% superior ao de 2010, mas ainda insuficiente para compensar as perdas registradas no Brasil. Na Austrália, que conta com 28 usinas em operação, metade delas planeja encerrar suas operações já neste mês por falta de matéria-prima. Estima-se que 28,5 milhões de toneladas de cana sejam esmagadas em 2011/12, ante 33 milhões de toneladas no ano anterior. Apesar do recuo na disponibilidade de cana, fruto das fortes chuvas em 2010 e início de 2011, a produção australiana deve subir modestamente de 3,6 milhões para 3,8 milhões de toneladas em 2011/12, pela melhora na concentração da sacarose na cana-de-açúcar. No Brasil, a recuperação dos canaviais deve levar três a quatro anos, mas abre a oportunidade de implementar uma maior harmonização das variedades de cana disponíveis e os diferentes ambientes de produção agrícola, melhorando a produtividade agroindustrial. A indústria brasileira já deu mostras de sobra de sua competência em superar reveses, e agora é apenas uma questão de tempo até que a produção de cana, de açúcar e de etanol volte ao normal. PLINIO NASTARI É MESTRE E DOUTOR EM ECONOMIA AGRÍCOLA E PRESIDENTE DA DATAGRO CONSULTORIA. Projeto inédito usará o bagaço da cana como fonte de energia, atendo cidades próximas às usinas Usina movida a biomassa de cana poderá atender cidades de Mato Grosso do Sul Bioeletricidade sendo produzida em uma unidade sucroenergética UNICA Um conjunto de cidades abastecido com energia elétrica sustentável, produzida a partir do bagaço de cana-de-açúcar. O projeto inédito deve sair do papel graças ao trabalho conjunto da Usina Vista Alegre, do Grupo Tonon Bioenergia, e da Enersul, distribuidora de energia elétrica no Mato Grosso do Sul (MS). A idéia é fornecer este tipo de energia, limpa e renovável, a municípios próximos à usina quando surgirem imprevistos no sistema de fornecimento da região ou mesmo para a manutenção preventiva ou corretiva. O gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar de Souza, lembra que a bioeletricidade tem um potencial de mais de 13 mil MW médios no Brasil, equivalente a quase três usinas como a de Belo Monte. “Significa uma reserva energética instalada principalmente no coração do centro consumidor do País, que evita custos de transmissão e com balanço francamente favorável em termos de emissões evitadas,” afirmou. Segundo ele, exemplos como o da Usina Vista Alegre e da Enersul “ajudam na garantia do fornecimento local, sobretudo quando há instabilidade no sistema elétrico”. Em maio foram realizados testes para o fornecimento de bioeletricidade pela Usina Vista Alegre a cinco cidades e um distrito do Mato Grosso do Sul: Jardim, Bela Vista, Caracol, Nioaque, Porto Murtinho e Conceição, no distrito de Nioaque. Os testes apresentaram resultados satisfatórios de estabilidade e qualidade da energia e farão parte de um estudo que será apresentado, por técnicos da Enersul e da Usina Vista Alegre, no XXI Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, que acontecerá entre 23 e 26 de outubro, em Florianópolis (SC). Solução técnica Segundo Souza, a possibilidade de usinas sucroenergéticas atenderem determinadas regiões, no caso de uma interrupção do fornecimento de energia elétrica pela distribuidora, pode ser vista como uma solução técnica ideal, principalmente ao consumidor. Para Marco Janduzzo, um dos autores do estudo pela Usina Vista Alegre, “a possibilidade para a Enersul significa maior flexibilidade para desligamentos programados ou não, mantendo assim a continuidade no atendimento de seu mercado e consequentemente evitando o desgaste da imagem da distribuidora perante a sociedade. Para a Usina Vista Alegre, além de manter seu processo interno de produção, o projeto possibilita exportar seu excedente de energia elétrica e ao mesmo tempo beneficiar as comunidades onde a mesma está inserida.” 9 NOVEMBRO 2011 FEVEREIRO 2011 Novembro tem vacinação contra febre aftosa em MS N esta etapa de imunização de bovídeos contra febre aftosa em Mato Grosso do Sul o pecuarista vai adotar uma nova ferramenta para declarar a vacinação: a internet. A mudança faz parte do processo de evolução e modernização da defesa sanitária estadual que vem sendo implantado há três anos em Mato Grosso do Sul. “Trabalhando por uma pecuária moderna e em desenvolvimento, gradativamente estamos adotando ferramentas de gestão que nos permitem um maior controle e segurança, além de agilizar processos, proporcionando ainda mais comodidade aos proprietários rurais”, destaca a diretora presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal (Iagro), Maria Cristina Carrijo. Calendário REGIÃO DO PLANALTO: 01 a 30 de novembro - vacinação de todo o re- banho bovino e bubalino, independente da idade REGIÃO DA ZONA DE FRONTEIRA (antiga ZAV): 01 a 30 de novembro - vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino, independente da idade REGIÃO DO PANTANAL (optantes etapa novembro): 01 de novembro a 15 de dezembro - vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino, independente da idade. Em todas as regiões o produtor tem ainda o prazo de 15 dias após o término da campanha para realizar a declaração e entregar dos documentos em qualquer escritório da Iagro. Os pecuaristas das Regiões do Planalto e Fronteira iniciam nesta etapa a declaração da vacinação pela internet, e já não precisam mais se dirigir aos escritórios da Iagro para realizar o mesmo procedimento, como era de costume. 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O primeiro registro do que já vinham tocando desde o final da década de 90, aconteceu no ano de 2001, durante uma apresentação na Chopperia do Rádio Clube, tradicional ponto sertanejo da cidade, na época. O show foi gravado em CD que se espalhou por outros estados, além de Mato Grosso do Sul. Com o passar dos anos, Jorjão & Rafael foram cada vez mais ganhando projeção no cenário musical por toda a região e influenciando novas duplas. Sempre procurando inovar, inclusive tocando músicas de outros estilos com uma roupagem sertaneja, sem perder a sua essência. Hoje grande parte das duplas está fazendo isso, o que mostra que o sertanejo pode englobar vários outros estilos e que a dupla estava seguindo pelo caminho certo. Mesmo se dedicando à música, Jorjão concluiu a faculdade de Medicina Veterinária e Rafael a de Jornalismo e a de Direito. Por terem sido universitários eles sabem bem o gosto do público, o que facilita na hora da escolha do repertório. Entre as músicas que marcam a carreira da dupla estão “Cansei de Sofrer” e “Falando de amor”, ambas de autoria própria. Assim como também a recém lançada “Miragem”, que está tocando nas rádios. Outro destaque é “Saudade de mim”, de autoria de Divaney e Matogrosso (Mathias). Além do CD gravado na Chopperia do Rádio Clube, a discografia de Jorjão e Rafael inclui ainda as obras Falando de amor (2004), Dez anos de sucesso (2007) e Violada universitária (2009). Todos os CDs, inclusive o mais recente gravado ao vivo em uma violada em Campo Grande, podem ser baixados no site: www.jorjaoerafael.com.br 67 9985-2155 67 3357-3043 ÇO 201 1 www.folhadofazendeiro.com.br Mais rural do que nunca ; dia 14 ortões sição seus p a expo 1 abre histórica d 1 0 2 e dição rand Expog l garante e Acrissu .br ssul.com www.acri MUDAMOS DE ENDEREÇO Fone: (67) 3042-7587 VIA LIVRE Comunicação e Agromarketing Rua Sebastião Lima, 919 Jd. Monte Líbano – CEP 79.004.600 Campo Grande – MS DEP. 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PÁG INA 14 nço A 13 Confinamento Malibu www.leiloboi.com.br Acrissul realiza eleiçã no dia 7 de junho o GC Embrapa-CNP o de ove Dinapec prom vã Ex-presidentes entos sul a 25 em MS to ris 23 Julgam na Acde aprovam proje Acrissu hã’ l lan 14 a 23 Ex ‘Acrissul Aman a pogra ça a lev l Aldo Re nde e traz Max QM belo dia Leilão para tatersa es 14 58 lot 14 de g Horse ven Leilão Kin 75 mil égua a R$ Nesta edição Nesta edição Izabella Costa é a nova promessa do sertan ejo AGRO Associados aprovam contas da Acrissul NE Brasil GÓCIO S/A de carn corta vend as e para o Egit o Fazenda São Marc os Agro 15 é um mode Maia D deaMS MSre 16 lo em o seto pecuária é área da ivindica Pecuáriain pecvive a fronteira de modes s OIE reconhece livre de aftosa 18 para a AcEmbrap19 cresce r que mais a senƟd straafio rissul aentre qua rv área o u na d ade te com iç MS o deaqua decn gia Tecnologias ajudam 20 Demanda por etanol écada 19 aglida riaschinesa ameaça ropec olooIndúst a proteger o solo lei 20 21 Cexige mais 15 usinas uárimerca do de máquinas em s va mudança a 22 inza de õe 21 pe nde m Câmara apro ogra b ca agaço ws na Exp 22 ros 23 e permite shoprimei d MS enfrenta baixa oferta de gado magro 23 ra de define lco da primcaeina l Nelore Expogran é pa oGena néƟcio po grande mpeã Exapocoomdaca MS Ex º conted içã 24a néeƟc geov Expoom l CG pr dia 18 to Rura ologias PÁGINA Sindica ro de Tecn Encont 5 PÁGIN e cana subsƟ tui are ia no co ncreto PÁGIN A 20 11 17 NOVEMBRO 2011 FEVEREIRO 2011 MARCIA RIBEIRO/ FOLHAPRESS, REGIONAIS Instituto cria novas espécies para o cultivo DE RIBEIRÃO PRETO Sala de inoculação (depósito de ovos da vespa Cotesia flapides na broca da cana de açúcar, a praga da cana) A AGRO&ENERGIA Usinas de cana investem em pesquisas de laboratórios Com o aumento da demanda por álcool, objetivo das empresas é trazer maior produtividade à área plantada ELIDA OLIVEIRA DE RIBEIRÃO PRETO DA AGÊNCIA FOLHA Com a alta demanda por álcool e os preços atrativos do açúcar no mercado internacional, as usinas investem em estratégias que tragam maior produtividade à área plantada. Para isso, avançam sobre a área científica. A Raízen -joint venture entre Cosan e Shell e terceira maior produtora de etanol do país- investe em laboratórios de pesquisa para o controle biológico de pragas de cana-de-açúcar. No mês passado, a empresa fechou parceria com a americana Codexis para desenvolver leveduras e enzimas que melhorem o processo de fabricação de etanol -a pesquisa será feita nos Estados Unidos. No Brasil, a Raízen está expandindo em 40% o biolaboratório de Guariba (337 km de SP), que vai abastecer as plantações da região de Araraquara (273 km de SP). Com o controle biológico, as usinas conseguem reduzir em 35% os custos no manejo das pragas e aumentar a produtividade em até 10% -além de agregar o apelo da sustentabilidade na cultura. “É uma prioridade, não só pelo custo. O controle biológico rende melhor que o químico e agrega valor de sustentabilida- de à empresa”, disse o diretor de produção da Raízen, Cassio Paggiaro. Os biolaboratórios produzem fungos e insetos que controlam pragas como a broca da cana e a cigarrinha-da-raiz, disse Paggiaro. Eles entram na cadeia de desenvolvimento da planta, como preadores naturais dos organismos que fazem mal ao crescimento da cana. Além dessa unidade, a Raízen tem outros sete laboratórios espalhados pelos Estados de São Paulo e Goiás -o primeiro foi criado em 1973. Segundo a Raízen, são 130 milhões de vespas produzidas todos os meses nessas unidades para o controle da broca e 13 toneladas de fungos para evitar a proliferação das cigarrinhas-de-raiz. Outra usina que investe em biolaboratorios é a São Martinho, de Pradópolis (315 km de SP), que inaugurou no início do mês uma unidade que vai produzir fungos para combater a cigarrinha. De acordo com a São Martinho, o investimento feito foi de R$ 820 mil para a produção de dez toneladas de fungos. A empresa também estima que a redução de custos no manejo será de 30%. A busca das usinas por maior produtividade tem origem na crise do setor. Nesta safra, a quebra da produção nas lavouras de cana-de-açúcar chegou a 27,5%. Os investimentos em pesquisa em cana não ficam restritos apenas ao controle de pragas. O IAC (Instituto Agronômico de Campinas) leva a ciência para a plantação ao interferir em cruzamentos genéticos para criar novas espécies. O objetivo, de acordo com o pesquisador e coordenador do Programa Cana do IAC, Marcos Landell, é desenvolver outros tipos de cana-de-açúcar mais adaptados às necessidades atuais e futuras, como maior resistência ao clima ou mais biomassa. Segundo Landell, neste ano serão produzidos 400 mil tipos de cana diferentes a partir de cruzamentos feitos na nova área de pesquisa do instituto na Bahia. O período de hibridização da cana vai de abril a outubro, quando a planta floresce e os pesquisadores usam a flor para polinizar espécies. Pesquisas, feitas há mais de dez anos, permitiram que fossem desenvolvidos tipos de cana que produziam mais álcool por hectare -de 60 litros para cerca de 100 litros do combustível, segundo Landell. O esforço é desenvolver novos tipos para se adaptar ao clima seco. (EO) 12 NOVEMBRO 2011 VIA LIVRE F AZENDA MODELO Pequenos animais, grandes negócios “Fazendinha”, no Distrito de Rochedinho, dedica espaço de 22 hectares para criação de pôneis, mini-vacas e outros Um tipo de criação pouco comum, mas que surpreende ao olhar mais atento. Os mini-animais, como pôneis e bovinos, remetem a um mundo que às vezes passa desapercebido pela própria produção rural, mas que apresenta rentabilidade e encanta, principalmente as crianças. E é voltado para este público que foi montada em Rochedinho, cerca de 17 quilômetros de Campo Grande, a Fazendinha MS, um espaço de 22 hectares dedicado à criação de pequenos animais, um local no qual diversas es- pécies como coelhos, gansos, frangos, entre outros animais convivem de forma livre. “A área foi adquirida no começo deste ano e desde então estamos trabalhando na sua formação, nossa intenção é ser um espaço para receber a família, crianças principalmente, para passearem com os mini-animais”, disse o criador e proprietário da Fazendinha MS, Dante Tezza Neto, lembrando que o principal atrativo são os pôneis. A utilização dos pôneis, tradicionalmente, está ligada à relação com as Entre as vantagens na criação de pôneis está o baixo custo, a docilidade e também exige pouco espaço crianças, seja como um animal de estimação, sela ou tração, muitas vezes, torna-se um dos primeiros argumentos para despertar nos mais jovens o interesse pela vida no campo. Entre as vantagens na criação deste tipo de animal está o baixo custo de criação, necessidade de pequenos espaços para mantê-los e docilidade. Dentre as finalidades do pônei se destacam as atividades de montaria, como provas e concursos, assim como atividades de tração puxando carrocinha e charretes, entre outros. “A 13 NOVEMBRO 2011 Dante Tezza Neto e o filho André, de 11 anos criação deste tipo de animal traz uma espécie de tranqüilidade para o criador. Faz com que a criança se sinta interessada pela vida no campo, uma vez em que animais como o pônei ela se sente segura e acontece a aproximação com o estilo de vida rural”, afirmou Dante. A relação de custo do pônei também é bastante atraente para o criador, utilizando apenas 1/3 do que um animal convencional consome. “São cerca de 40 quilos de ração mês em média, além de gramíneas disponíveis na pastagem”, disse Dante, lembran- do que são necessárias adequações, como cochos e bebedouros adaptados ao tamanho do animal. Para critério de aquisição de pôneis a Associação Brasileira dos Criadores de Mini-Horse , indica que para montaria os animais com andamento suave e de estrutura leve são os mais indicados, os com mais de 90 centímetros de altura, acabam sendo mais aproveitados pelas crianças. Enquanto que animais de trote firme, com ação reta, estrutura forte e boa musculatura, são os mais indicados para tração. Por outro lado, garanhões, não são ideais para montaria, por conta de temperamento. A associação destaca ainda que os Criação de cabras e ovelhas da Fazendinha MS BRDE vai financiar construção de indústria de ração em MS O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) firmou na quinta-feira, dia 27 de outubro, em Campo Grande, seu primeiro contrato de financiamento com uma cooperativa agroindustrial do Estado do Mato Grosso do Sul. O documento que formalizou a parceria foi assinado no gabinete do governador sul-matogrossense, André Puccinelli, pelos representantes do BRDE e da Cooperativa Mista de Várzea Alegre (Camva). A cooperativa contratou junto ao BRDE R$ 4,1 milhões para construir uma fábrica de ração. A unidade será instalada mais próxima dos produtores e vai diminuir os riscos e os custos com transporte. Atualmente, a ração é fabricada em instalações que estão localizadas numa área residencial de Campo Grande, no bairro Doutor Albuquerque. O produto feito nas instalações da Camva é de uso exclusivo de seus 25 coo- perados, que produzem anualmente cerca de 20 milhões de dúzias de ovos de galinha. A nova fábrica, moderna e automatizada, produzirá 30 mil toneladas de ração por ano. Localizada no município de Terenos, na Colônia Japonesa Jamic, a Camva atua na produção e comercialização de ovos, atendendo os principais varejistas do Mato Grosso do Sul. Os dirigentes da cooperativa comemoraram a liberação do financiamento. “Somente com o apoio do governo do Estado, que viabilizou a vinda do BRDE, foi possível realizarmos este financiamento para expandir nossa produção. Se continuarmos neste ritmo de expansão chegaremos a ser habilitados para exportamos nosso produto, graças ao asfalto que o governo estadual fez no local para movimentarmos nossa produção”, disse o diretorpresidente da Camva, Antonio Kikuo Kurose. animais vivem em média 24 anos, têm vida reprodutiva a partir dos 24 meses, geralmente produzem um potro ao ano, após a gestação de 320 dias. Em média as fêmeas amamentam os filhotes até cinco ou seis meses, época de desmama. Após o parto a égua apresenta cio em alguns dias, entrando no período de fecundação a cada 21 dias. A estação de monta pode ser a campo o controlada, a campo – entre setembro e março, enquanto a controlada de acordo com o planejamento da propriedade. Minibovinos chamam a atenção em propriedades Vários animais compõem o cenário na Fazendinha MS, outra atração são os minibovinos, presentes em 40 exemplares na propriedade. As características são como as de outros bovinos leiteiros, robustez, boa produção leiteira e musculatura. Entretanto, o tamanho, até um metro de altura e o peso, cerca de 200 quilos para animais adultos, desenham os principais parâmetros destes pequenos animais. Os minibovinos da Fazendinha MS não possuem raça definida, mas têm FOTOS VIA LIVRE André com minivaca, um dos 40 exemplares predominância leiteira. Neste aspecto as fêmeas ganham destaque, com produção leiteira de quatro até oito litros dias. “É claro que precisa ser observado a alimentação dos animais, por se tratar de produção leiteira, o produtor precisa ficar atento a este fator, quanto mais alimento, mais leite”, contou Dante. Assim como os pôneis, os minibovinos necessitam também de estrutura adequada para seu porte, mas também com a mesma vantagem de ocupar pequenos espaços, se comparado com um animal de tamanho convencional. 14 NOVEMBRO 2011 NOVEMBRO 2011 15 16 NOVEMBRO 2011 58% das empresas ignoram conceito de sustentabilidade Apesar de desconhecimento, avaliação é de que iniciativas são lucrativas e ganham pontos com o consumidor CAMILA MENDONÇA DE SÃO PAULO ZE CARLOS BARRETTA/FOLHAPRESS N egócios que se dizem sustentáveis ganham pontos com o consumidor, e os microempresários sabem disso. O que eles desconhecem, contudo, é o próprio conceito de sustentabilidade, aponta a primeira sondagem do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) sobre o tema, feita com 3.058 micro e pequenas empresas do país em agosto deste ano. Do total de entrevistados, 58% afirmaram não ter conhecimento algum sobre o assunto. Ainda assim, 47% deles disseram que a questão representa oportunidade de ganho, e 79% pontuaram que ser sustentável atrai clientes. A incoerência é “reflexo do pouco conhecimento [do empresário]”, avalia o diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos. “As empresas têm dado muita atenção à questão ambiental, mas a sustentabilidade também tem como base aspectos sociais e econômicos”, diz o professor Clovis Armando Alvarenga Netto, coordenador do curso de ecodesign, da Fundação Vanzolini. A sustentabilidade alia projetos ambientais a sociais (como oferta de cursos e outros planos que se destinam às pessoas da região da empresa) -que precisam auxiliar o empreendimento a gerar lucro. “Se não for assim, não será sustentável”, reforça Alvarenga Netto. Por acreditarem que o conceito está unicamente ligado à questão ambiental, empresários têm dificuldades de implantar práticas efetivas. Na Apdata, de software, a tentativa foi barrada pela “falta de conscientização dos funcionários”, afirma a presidente, Luiza Nizoli, 50. Há seis anos, a empresa começou a Becky Weltzien, proprietária da Cassiopeia, empresa de produtos de limpeza que utiliza materias ecológicos em todo o processo. Ela despeja um granulado parecido com isopor, mas feito de fécula de milho, utilizado para preencher o vazio das caixas Produção ecológica e reunião de equipe garantem vendas DE SÃO PAULO Em Jarinu (a 68 km de São Paulo), a Cassiopéia sobrevive há 30 anos fazendo produtos de limpeza manualmente com insumos de origem vegetal, quase três vezes mais caros do que derivados de petróleo usados nos produtos de limpeza químicos comuns. Produzidas pela empresa, matéadotar práticas simples, como redução de uso de papel, mas esbarrou na resistência da equipe, que teria de mudar hábitos. “As pessoas enxergam que rias-primas como aloe vera (babosa) são cultivadas sem agrotóxicos. “Tento seguir o ideal do meu pai [fundador da Cassiopéia], que era produzir com fórmulas menos agressivas”, diz a dona, Becky Weltzien, 40. Quando o primeiro item “verde” foi lançado, “ninguém queria saber”. Hoje “todos seguem essa linha”. Os pedidos são enviados em a empresa quer ganhar [sozinha].” Quando a economia passou a ser revertida em benefícios para os funcionários, como sala com rede para caixas de papelão reciclado com proteção interna de granulado de fécula de milho (isopor biodegradável). Nas gôndolas, os produtos são cerca de 20% mais caros que os convencionais, mas a empresa, afirma, cresce. Com os 20 funcionários, ela se reúne para fazer pão integral e falar sobre reciclagem. “Eles adotam práticas da empresa em suas casas.” cochilos, a adesão foi maior. Hoje a Apdata conta com comitê sobre o tema para tentar implementar novas práticas. 17 NOVEMBRO 2011 M AIS NEGÓCIOS Custo é considerado impedimento a ação Para ter um negócio sustentável, Luiz Cezar Pereira, 70, sócio da Enersud, fabricante de turbinas eólicas, construiu fábrica em Maricá (a 54 km do Rio de Janeiro) com nova estrutura. Nela, há geração de energia eólica e solar, sistema de captação de água de chuva, telhas brancas (que reduzem o calor interno) e calha plástica (que beneficia a iluminação natural). O custo foi 40% maior, se comparado ao de uma estrutura convencional. O retorno do investimento, diz Pereira, vem com o tempo. “Precisamos ser assim para nos apresentarmos ao mercado, e esse é hoje o nosso argumento de venda”, explica. Para muitos donos de empresas de micro e pequeno portes, porém, o custo é um dos maiores empecilhos para a implantação de projetos que aliem as três bases da sustentabilidade -ambiental, econômica e social. “Ao rever processos de gestão, [o gestor] verá que há ações que não impactam o caixa”, diz Claudio Albuquerque, diretor da ImparBrasil, consultoria em responsabilidade socioambiental. Clovis Alvarenga Netto, da Fundação Vanzolini, concorda. “Existem iniciativas de curto prazo que podem contribuir [para diminuir custos, como redução do uso de papel]”, sinaliza o professor. Para especialistas, a falta de informação impede empresas de adotarem práticas efetivas, e a maioria reduz suas ações à troca de copo plástico por caneca e à economia de papel e energia. “É um primeiro passo”, considera. É o que acontece na Medilab, laboratório de análises clínicas. “Não temos muita opção [porque os custos aumentariam]”, diz a gerente Kelsilayne Fraga, 34 ZE CARLOS BARRETTA/FOLHAPRESS EMPREGOS Fornecedor é empecilho para franqueadores Luiza Nizoli, 50, da APDATA, está implantando medidas ecológicas e sustentáveis na empresa Encontrar fornecedores “verdes” é um dos entraves das franquias na adoção de práticas sustentáveis, diz a Afras (Associação Franquia Sustentável). A Nutty Bavarian, de doces, por exemplo, analisava a adoção de embalagens de papel feitas com madeira sustentável. “Poucos fornecedores têm isso”, afirma Adriana Auriemo, 37, diretora da rede. Outra barreira para as marcas é cultural. “Existe o mito de que essas questões são para grandes empresas”, opina Eleine Bélaváry, diretora-executiva da associação. 18 NOVEMBRO 2011 A Fim da seca e início das águas: como proceder com a mineralização do rebanho bovino RTIGO MARCOS SAMPAIO BARUSELLI, ZOOTECNISTA, COORDENADOR DE BOVINOS DE CORTE E CONFINAMENTO DA TORTUGA. O fim da estação seca se anuncia na maior parte do Brasil Central, área que abrange significativo percentual do rebanho bovino brasileiro localizado nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, entre outros. Nesse período do ano, compreendido normalmente entre os meses de setembro e outubro, o rebanho bovino, já bastante sentido pela seca de 4 a 6 meses que acabou de atravessar, ainda terá que enfrentar mais uma fase de desafio fisiológico e nutricional causado por essa prolongada estiagem que pode ser bem crítico para os animais, dependendo das condições de manejo das pastagens e da suplementação dos rebanhos adotada pelos produtores rurais durante esse período e na fase de transição para o tempo das águas, época em que os refl exos dessa mudança são mais sentidos pelos bovinos. Isto porque pastos degradados não têm disponibilidade adequada de matéria seca. Além disso, a pouca quantidade de forragem eventualmente disponível não apresenta níveis de proteína, vitaminas e minerais capazes e suficientes para atender à demanda nutricional desses animais depauperados pelas sofríveis condições a que foram submetidos, o que, muito provavelmente refletirá no desempenho zootécnico e no estado de saúde desses bovinos. Esse cenário pode se tornar ainda mais crítico caso haja negligência por parte do criador no que concerne à suplementação mineral e proteica durante toda aquela fase de baixa oferta de alimento. No fi m da seca, com a brotação do capim, o animal novamente enfrenta estresse nutricional, desta vez devido à súbita alteração do estágio vegetativo das pastagens que passam de secas e fibrosas para tenras e com baixos teores de fibra em pouco período de tempo, fazendo o animal perder peso mais uma vez. Nesse momento de transição da qualidade das pastagens ocorrem desequilíbrios e carências de vários elementos minerais essenciais, aumentando o estresse nutricional, com consequências que incluem perdas de peso, diarreias e queda de desempenho zootécnico, reduzindo mais uma vez as margens de lucro da atividade pecuária. A prática de manejo recomendada para o período de transição seca/águas consiste em suspender a suplementação mineral proteica adotada no período seco, isto é, não fornecer mais sal com ureia ou com outra fonte de nitrogênio, e iniciar o fornecimento de suplementos minerais de qualidade e corretamente balanceados, após um período de adaptação de pelo menos 15 dias. Para as matrizes bovinas, o momento é o de iniciar a suplementação mineral com produtos que contenham elevados teores de minerais importantes para a reprodução, como os elementos fósforo, zinco, cobre, selênio e manganês, sendo a forma orgânica dos minerais a fonte de predileção por ser mais biodisponível. Pesquisas realizadas com os minerais cobre e zinco na forma orgânica demonstraram efeitos significativos na reprodução de vacas, com melhoras dos dias entre o parto e a 1ª ovulação pós-parto, como demonstra a tabela 1. Tabela 1: Efeito da Suplementação de Minerais Orgânicos na Reprodução de Vacas: Dias pós – parto à ovulação Dias ao primeiro serviço *Cu e Zn na forma orgânica Controle 25,3 ± 3,1 75,4 ± 6,1 Tratamento* 20,4 ± 1,4 68,8 ± 3,8 Fonte: O’Donoghue, 1995. Os resultados de pesquisa apresentados na tabela 1 evidenciam que a suplementação mineral de vacas feita a partir dos minerais orgânicos antecipa os dias ao primeiro serviço, com benefícios positivos aos índices reprodutivos da fazenda, sendo, portanto, altamente recomendável desde o início do período das aguas. A tabela 2 demonstra diversas alterações negativas nos parâmetros reprodutivos de bovinos em função da deficiência, excesso ou desequilíbrios entre os elementos minerais. A tabela 2 demonstra que a correta suplementação mineral é de fato uma prática zootécnica importante em nosso meio, incluindo o fim da seca e início das águas, período em que seu uso se faz obrigatório para o bom desempenho reprodutivo do plantel. Tabela 2 – Deficiência, excesso ou desequilíbrios de minerais na dieta de bovinos e seus efeitos nos parâmetros reprodutivos. Parâmetro Deficiência Aborto I; Se; Ca; P; Mn; Cu Natimorto e bezerros debilitados Mn; I Se; Ca; P Anestro P; I; Mn; Co Distocia e complicações uterinas Ca Excesso - Desequilíbrio - F - -Cátion – aniônico Fonte: Adaptado de SANTOS (2002). Pesquisadores da EMBRAPA / CERRADOS- DF afirmaram que o uso de suplementos alimentares é fortemente recomendado para complementar as deficiências de minerais e de nutrientes da forragem ingerida pelo animal em pastejo e, consequentemente, possibilitar maiores ganhos em desempenho e produtividade zootécnica. A tabela 3 demonstra que na fase de transição seca/aguas, período de maior nascimento de bezerros nas fazendas de gado de corte no Brasil Central, faz-se necessário que produtor rural adote a 19 NOVEMBRO 2011 prática da suplementação mineral específica de bezerros lactantes. Tabela 3 – Peso à desmama de bezerros Nelore em pastagem de Brachiaria brizantha suplementados com Fosbovinho por meio de creep feeding. Ano Peso médio à desmama (kg) Peso a mais Ganho de por bezerro (kg) peso a mais (%) 2002 206 2003 (*) 230 24 2004 219 13 2005 229 23 (*) Nota: Inicio do uso de Fosbovinho: a partir de 2003 Concluindo, as recomendações zootécnicas básicas para o fim da seca e início das águas compreendem correto manejo das pastagens, visando aumento da disponibilidade de forragem, suspensão do uso de sal mineral com altos teores de ureia e início da suplementação mineral de qualidade, tanto para as matrizes como para os bezerros lactantes, sendo minerais formulados com fontes orgânicas os de predileção. DIVULGAÇÃO 11,7 10,6 11,2 Fonte: MOACIR G. & BUENO, G.; EMBRAPA / CERRADOS – Brasília – DF (2006). A suplementação mineral de bezerros lactantes, conforme demonstra a tabela 3, aumentou o peso à desmama de bezerros Nelore em pastagens de braquiária em até 24 kg, representando 11,7% a mais de ganho de peso por ocasião da desmama. A adoção da prática de suplementação de bezerros lactantes requer a construção de uma instalação rural denominada de creep feeding, que nada mais é do que uma área cercada de acesso exclusivo de bezerros, em que a vaca fica de fora (figura 1). A suplementação dos bezerros lactantes é recomendável desde os primeiros dias de vida do animal, sendo capaz de proporcionar melhores condições de saúde para atravessar o período de transição compreendido entre o fim da estação seca e o início das águas. Modelo de creep –feeding utilizado na fazenda da EMBRAPA / CERRADOS – Brasília – DF :VS\sqV[HTItT UVJHTWV .HSWLZ*\YYHSHU[PZ[YLZZ *HZHZWYtMHIYPJHKHZ9LZLY]H[}YPV )LILKV\YVZ*VJOVZ4H[HI\YYV (](SL_HUKYL/LYJ\SHUV*HTWV.YHUKL4: ^^^JVUJYLSHQLJVTIY Canal 36 da NET Pela Agromix TV BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL - NOVEMBRO DE 2011 | [email protected] | 67 3345-4200 Acordo entre Brasil e Paraguai irá unificar ações contra aftosa E m reunião realizada na segunda-feira, 18.10, pela Câmara Setorial de Bovino e Bubalinocultura, na sede da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), em Campo Grande, entidades brasileiras e paraguaias selaram um acordo de atuação mútua contra a aftosa. Uma comissão da Associação Rural Paraguaia esteve presente no encontro e assegurou o comprometimento do Paraguai e envolvimento dos produtores do país vizinho. “Vamos trabalhar para uma harmonização de ações já que todos nós temos o mesmo interesse: vender nossa carne”, disse o presidente da Associação, Juan Nestor Nuñez Irala. O encontro contou ainda com a presença do presidente a Acrissul, Francisco Maia, de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, da Iagro, do Sindicato Rural de Campo Grande e da ONG Recove. Para Francisco Maia, a ocorrência da aftosa no Paraguai é um fato, e a repercussão dela é maior ainda. “O mercado inter- VIA LIVRE Francisco Maia: “Aftosa é um fato e o mercado internacional acaba usando isso para impor barreiras” nacional acaba usando isso para justificar suas barreiras contra a carne do Mercosul”, avalia. Para ele, somente a união das entidades é que dará uma resposta para o mercado. Uma união no sentido de equalizar as ações de combate e erradicar de- finitivaqmente a febre aftosa da América Latina. Juntos, Mato Grosso do Sul e Paraguai possuem um rebanho bovino estimado em 35 milhões de cabelças. Para o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, as reuniões (em Assunção, dia 17, e em Campo Grande, dia 18) representam um marco no controle da doença. “É uma nova fase nas relações com o Paraguai. Isso sinaliza a construção de agenda positiva para os produtores e autoridades”, analisa Riedel. A secretária de Estado de Produção e Desenvolvimento Agrário, Tereza Cristina Corrêa da Costa, reforçou o apoio. “A colaboração entre Brasil e Paraguai será essencial nesse momento. Todas as ações de controle foram implementadas. Agora devemos fiscalizar e orientar os produtores onde ele estiver”, complementa Tereza. A próxima reunião envolvendo os dois países vai tratar do calendário de vacinação. “Vamos colocar à disposição o conhecimento da Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) para potencializar a imunização”, disse a secretária. BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL A Associação Rural Paraguaia relatou, durante o encontro, as medidas tomadas após a oficiliazação do foco da aftosa em setembro. “A atuação se dá em três etapas: o controle do foco, a criação da zona de contenção e a recuperação do status. Para isso, após o abate de 819 cabeças do rebanho em que foram identificados 13 casos de infecção da doença, criamos, como determinava a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a zona perifocal, a de tampão e a emergência e toda a movimentação de animais ou produtos e subprodutos de origem animal foi proibida”, relata Juan Nestor. O presidente da Associação Paraguaia ressalta que os veículos que transitam na região estão sendo desinfectatos e que a vigilância da área está sendo feita pelo serviço sanitário e polícia. As medidas seguem até o dia 25 de novembro. O Paraguai detém um rebanho de 12,5 milhões de cabeças. Segundo Juan Nestor o país conta com 133 mil produtores, sendo 109 mil pequenos produtores. “É na crise que nasce a oportunidade. Esse é o momento de unirmos forças”, diz o presidente da Associação. Para o presidente da Câmara Setorial de Bovino e Bubalinocultura da Seprotur, José Lemos Monteiro, as medidas tomadas no Paraguai servem para acalmar o setor produtivo. “São ações concretas e que demonstram respeito tanto ao produtor de lá, quanto ao nosso produtor rural brasileiro”, afirma. A articulação para realização das reuniões em Assunção e em Campo Grande foi elogiada pelo presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho. “É um problema não só do Paraguai e de Mato Grosso do Sul. É uma situação que necessita de um envolvimento ainda maior. Devemos acabar com a aftosa em toda a América Latina”, disse Cesário. 21 NOVEMBRO 2011 ABIEC Acrissul fecha parceria com Rehagro para levar qualificação ao campo Para cumprir sua meta de levar qualificação para o homem do campo, a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) acaba de fechar uma parceria com a Rehagro, uma das mais experientes empresas de treinamento e capacitação de pessoas no agronegócio. A empresa é ligada à Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), que pertence à ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu). Segundo o presidente da Acrissul, Francisco Maia, que comemorou a parceria, a iniciativa da associação irá melhorar a eficiência no campo, resultando em aumento da produtividade e da rentabilidade do produtor. A parceria permitirá a realização de cursos técnicos e também em nível de pós-graduação. Para abrir essa agenda a Rehagro abriu matrículas para o curso de pós-graduação em “Produção de Gado de Corte”, cujas aulas começam no dia 10 de novembro deste ano e com encerramento previsto para maio e 2013. Será um encontro por mês, com duração de 2 a 3 dias. A Acrissul disponibilizará o auditório da entidade para as aulas, assim como toda a infra-estrutura necessária. Serão professores de renome nacional ministrando as aulas. O investimento mensal para não-associado é de 20 parcelas de R$ 765,00. Para associados da Acrissul e seus dependentes, o valor vai para R$ 20 parcelas de 688,50. As matrículas já estão abertas e o curso já encontra-se com 17 confirmações, além de outras 50 matrículas em negociação. Segundo Agenor Getúlio de Castro Neto, médico veterinário e gerente comercial da Rehagro, a turma será de no mínimo 32 e no máximo 45 pessoas. O público-alvo são os profissionais graduados na área de ciências agrárias. No total são 18 módulos, cada um com um professor diferente. Para 2012 estão programados dois cursos técnicos: “Gestão da Pecuária de Corte”, com início para março ou abril, e “Gestão da Pecuária de LeiVIA LIVRE te”, estes voltados para gerentes e funcionários de fazendas. Além da Acrissul, a parceria tem o apoio da Alta Genetics, Vetmais, Nelore MS e Associação Sul-MatoGrossenses dos Produtores de Novilho Precoce. Deliene Moreira e Agenor Getúlio de Castro Neto, da Rehagro Mais informações: www.rehagro.com.br (31) 3343-3800 (31) 9272-8278 (67) 3345-4200 BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL 22 NOVEMBRO 2011 DA ASSESSORIA Palavra do Presidente FRANCISCO MAIA, PRESIDENTE DA ACRISSUL ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL Agora somos 7 bilhões de humanos No domingo, dia 30 de outubro, nasceu nas Filipinas a menina Danica Mae Camacho, mais precisamente em Manila. Faltavam dois minutos para a meia noite. A partir deste momento, a população da Terra alcançou a marca de 7 bilhões de habitantes, aumentando a preocupação no mundo em relação aos efeitos da expansão demográfica sobre a qualidade de vida e os recursos naturais. Ela foi escolhida para representar esse número. Mas, mais do que isso Danica representa um grande desafio: A população da Terra só cresce. Em 2050 seremos 9 bilhões de pessoas e hoje o que se discute são alternativas viáveis para se aumentar substancialmente a produção agropecuária para alimentar o mundo humano em constante multiplicação. Aliado a esse desafio sobre-humano de ampliar a produção agrícola, há também o desafio de crescer com sustentabilidade – isso é – aumentar a produção de carne e grãos respeitando-se o meio ambiente. Nesse aspecto, o grande fomentador desse crescimento brasileiro para tornar finalmente o País o grande celeiro do mundo é o novo Código Florestal, que deve ser votado ainda este mês pelo Senado Federal. O novo código, relatado pelo deputado federal Aldo Rebelo, desmistificou os entraves do crescimento da produção brasileira e colocou o agronegócio num patamar de reconhecimento e importância jamais alcançado. O produtor rural não pode ser penalizado por erros do passado – que atendeu ao chamado do próprio governo federal e abriu novas fronteiras nos Cerrados, ocupou territórios, abriu cidades e tornou muitas delas referência em produção. Na década de 1970, confirmam números da CNA, a família média brasileira gastava cerca de 40% da renda familiar em alimentos. Hoje esse valor não passa de 16%. A produção alimen- tar ganhou mais eficiência e sustentabilidade, apesar de todos os entraves burocráticos da teia que formou-se ao longo dos anos em torno da legislação ambiental. Hoje, a agropecuária no Brasil representa 22,4% do PIB nacional e 37% dos empregos formais no País. O agronegócio gera mais emprego que toda a indústria automobilística. Só para citar uma referência. E o Brasil hoje é o único País do mundo que pode atender ao crescimento dessa demanda mundial por alimentos. Temos terras férteis que podem simplesmente ser recuperadas com investimentos públicos e privados, aumentando a eficiência e a produtividade sem derrubar uma árvore sequer. Só em Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso são 18 milhões de hectares de pastagens em algum nível de degradação que podem ser recuperadas com tecnologias de ponta existentes no País, com o uso de integração lavoura-pecuária e outras técnicas. A baixa rentabilidade na pecuária causou o abandono das pastagens, derrubando consequentemente a produtividade. Hoje a média de lotação em MS não chega a um animal por hectare. Mas não bastam só a existência de recursos públicos. Estes precisam ser liberados sem burocracias e a juros baixos, compatíveis com a atividade. O Brasil pode ser a salvação da lavoura. O grande celeiro do mundo. Mas é preciso erradicar do seu caminho as ervas daninhas que puxam o desenvolvimento do Planeta para trás: o consumismo exacerbado, as ONGs interesseiras, os subsídios internacionais que aleijam a concorrência globalizada saudável e a exploração do trabalho humano em países que querem emergir a qualquer preço. Rússia e Índia também reivindicam a propriedade de bebê-símbolo. E assim caminha a humanidade. Maia participa da posse de Rebelo Francisco Maia, presidente da Acrissul, participou no dia 31 da posse do novo ministro dos Esportes, o deputado federal Aldo Rebelo. Maia foi o único ruralista de MS convidado para a cerimônia. Na posse, Rebelo lembrou que tem à frente o “desafio” de preparar o Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016 e a Copa do Mundo de 2014. Boletim Informativo | NOVEMBRO 2011 Mão-de-obra e serviços SALÁRIO MÍNIMO RURAL: R$ 621,00 MÉDIA/R$ N° INFORMAÇÕES Técnico Agrícola 1.053,60 02 Inseminador 621,00 02 Encarregado de Máquinas 693,16 01 Operador de Máquinas de Esteira 1.043,77 04 Tratorista - pneus 621,00 04 Motorista 673,75 02 Capataz de Campo 1.138,32 06 Retireiro 621,00 05 Peão Campeiro (tralha própria) 621,00 07 Praieiro/Caseiro (serviços manuais) 621,00 04 Cozinheira 621,00 04 Diária Bruta (empreiteiro) 25,70 02 'RPDGH&DYDORJUDWLÀFDomR Aceiro Leve/KM (pé da cerca) Aceiro Pesado/KM (1,5 mts cada lado) Roçada de Pasto Pesado/Há (manual) Roçada de Pasto Leve/Há (manual) Tirar e Lampinar Poste 3,68 03 Tirar e Lampinar Firme 5,80 05 Tirar e Lampinar Palanque (3,20mts) )LQFDU3RVWHÀRVFEDODQFLQV )LQFDU3RVWHÀRVVEDODQFLQV Trator de Esteira D-4 / hora 156,48 01 Trator de Esteira D-6 / hora 223,00 03 Trator de Pneu Traçado 140 CV acima/hora 124,28 01 Pá carregadeira W-20 / hora 111,14 01 Motoniveladora / hora 167,66 01 &DPLQKmR&DoDPED7UXFDGRKRUD &DPLQKmR&DoDPED7RFRKRUD Colheita de Grãos (mecanizada) 5 a 8% do Valor do Produto FONTE: CONVENÇÃO COLETIVA JULHO 2011 http://www.ruraldemiranda.com.br/OBSERVAÇÕES:- TODOS O VALORES CONSTANTES NESTE BOLETIM, SÃO VALORES BRUTOS SEM QUAISQUER DESCONTOS, JÁ ACRESCIDOS DE TODOS OS BENEFÍCIOS. BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL 23 NOVEMBRO 2011 C OOPERATIVISMO Sistema OCB/MS realiza 1º Censo Cooperativista Sul-mato-grossense Publicação traça o perfil socioeconômico das cooperativas de MS O 1º Censo Cooperativista Sul-mato-grossense é trabalho pioneiro em Mato Grosso do Sul, que traz informações relevantes ao setor e que possibilita desenhar o perfil do cooperativismo no Estado. Para haver maior desenvolvimento do setor, é preciso conhecê-lo em profundidade, por isso o sistema OCB/MS elaborou o censo que traz dados técnicos, econômicos e financeiros das cooperativas de Mato Grosso do Sul. O trabalho visa essencialmente oferecer instrumentos e dados confiáveis para um melhor planejamento das ações, tanto por parte do sistema, como por parte de cada cooperativa. Alguns dados confirmam a importância do cooperativismo na economia do Estado. O número de associados, por exemplo, cresce a cada dia e hoje já é cerca de 100 mil pessoas que acreditam na força do cooperativismo. Este número cresceu 22% de 2009 para 2010. Outro aspecto a ser considerado, é que a quantidade de cooperativas não cresce no mesmo ritmo do numero de associados e funcionários, mas mostra que cada empreendimento cooperativo vem se fortalecendo e obtendo extraordinário crescimento em faturamento, participação no mercado, enfim, um número cada vez maior de pessoas e comunidades usufruem dos produtos e serviços prestados e ofertados pelas cooperativas. A geração de empregos cresceu cerca de 10% em um ano, empregando aproximadamente 4500 pessoas. No ano de 2010, os tributos (federais, estaduais e municipais) recolhidos pelas cooperativas, somaram cerca de 170 milhões de reais, representando um crescimento de 26%, se comparado com 2009. O censo é uma importante ferramenta para orientar todo o sistema, no desenvolvimento de programas visando o aprimoramento e profissionalização da gestão. Isso mostra que as cooperativas de Mato Grosso do Sul acompanham as tendências de mercado e do cooperativismo nacional. No mês de novembro entidades e órgãos do setor receberão a publicação, que também estará disponível no site da OCB/MS www.ocbms.org.br Suplemento líquido é opção para desempenho e baixar custos O suplemento líquido é um composto protéico variando de 20% a 30% de proteína bruta, energético variando de 65% a 80%, mineral e vitamínico na forma líquida destinados a suplementar bovinos de todas as categorias a pasto. Trata-se de produtos inovadores, com novos ingredientes, utilizando o que existe de mais moderno na nutrição animal. E é exatamente esta a proposta da Líquida Nutrição animal. Com alto valor biológico, absorção e melhor aproveitamento dos nutrientes, auxilia a flora ruminal no aumento da digestibilidade do capim, além de fornecer energia e proteína de pronta utilização pelo ruminante. Soma-se aos fatores expressos, a possibilidade de uso em cochos de descobertos, sem perda de nutrientes ocasionada pela chuva, reposição semanal, baixando o custo da mão de obra, a Líquida fornece produtos prontos para uso, sem a necessidade de misturas para adequar o consumo. “Ele promove uma utilização sem desperdício. Quando chove, por ser mais denso fi ca por baixo, a água por cima, sem perder a qualidade, além de ser seguro, sem risco de intoxicação”, explicou o médico veterinário Stefan Kurmann. “Além disso, possui ingredientes nobres, proteínas e energia prontos para a utilização pelas bactérias do rúmen”, citou Kurmann, lembrando que os ingredientes utilizados são o melaço de cana-de-açúcar, lipídios de origem vegetal, glúten de milho hidrolizado, resíduo glutâmico, uréia líquida, ácido fosfórico alimentar, fosfato mono amônio, óleo vegetal, farinha de trigo, sal branco, enxofre, cobre, zinco, manganês, selênio e iodo. “Os ingredientes presentes no produto são solúveis, desta forma são de melhor aproveitamento pelo animal, por isso melhor absorvido, além disso, têm alto valor biológico”, disse o médico veterinário. A Líquida possui uma linha de produtos que atende diversas categorias animais. A Líquida Creep – para bezerros a partir de 60 dias, Líquida Transforma – desmame e recria, Líquida Multiplica – destinada à vacas em reprodução ou lactação e o Líquida Termina 30, para a terminação de machos e fêmeas 24 NOVEMBRO 2011 VIA LIVRE Entrevista Maurício Nogueira Desde o último dia 26 de setembro as consultorias Agroconsult e Bigma realizam o Rally da Pecuária, expedição que avalia, in loco, a pecuária bovina de corte e a qualidade das pastagens no Brasil. Oito equipes percorrem as principais regiões de cria, recria, engorda e confinamento de gado do país, são cerca de 22 mil quilômetros em nove estados – onde estão 75% do rebanho bovino e 85% da produção de carne no país. Rally vai mostrar a pecuária brasileira do jeito que ela é Sobre este assunto, Maurício Nogueira, coordenador do Rally da Pecuária, explicou com exclusividade para a Folha do Fazendeiro, como que ao longo da viagem, os técnicos vão realizar, de forma aleatória, mais de mil amostras de pastagens, além de visitar cerca de 100 fazendas. Este levantamento qualitativo avaliará, entre outros itens, as condições das pastagens, a composição do rebanho, condição corporal dos animais, ganho de peso, oferta de bezerros para 2012 e 2013, além do estado da arte da integração lavoura-pecuária e disponibilidade de áreas degradadas de pastagens com potencial para a agricultura. Entre os dias 28 e 31 de outubro, duas equipes do Rally da Pecuária visitaram os municípios de Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Campo Grande, Terenos, Aquidauana, Anastácio, Bonito, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Maracaju, Dourados, Caarapó, Juti e Naviraí. O Rally segue até o dia 11 de novembro e os dados colhidos serão apresentados no dia 29 de novembro, na Fiesp, em São Paulo. Folha do Fazendeiro – Quais são as informações ou parâmetros que o Rally pretende levantar? Maurício Nogueira – O objetivo do Rally da pecuária é levantar informações quantitativas e qualitativas referentes à produção pecuária brasileira. Para tanto, estamos analisando produção de pastagens e pesquisando os indicadores zootécnicos médios dos produtores que encontramos em nossa expedição. De posse dos levantamentos, como será aplicação dos dados em prol da própria pecuária? E quem terá acesso aos dados? O relatório final com análises das regiões e da média nacional será público. Evidentemente que os nomes dos produtores, e propriedades que responderem aos questionários, ficarão em posse apenas da Bigma e da Agroconsult, organizadoras do evento. Nosso objetivo não é pesquisar casos de produtores, mas sim a situação da pecuária. Todos os dados serão divulgados no evento a ser realizado no dia 29 de novembro, na Fiesp, em São Paulo. Logo depois as informações irão para o nosso site www.rallydapecuaria.com.br Mesmo antes do início do Rally, havia ou há algumas hipóteses que a iniciativa deva comprovar? Ou há questões que devem ser desmistificadas? Sim, várias. Uma delas, que eu destaco, aqui é a realidade de que a sobra de capim residual nas pastagens compensa toda e qualquer emissão de carbonos dos bovinos que estão sobre ela. Outra questão que está sendo desmistificada é o conceito comum de que o pecuarista não vê importância em melhorar suas pastagens aplicando tecnologia e insumos. O produtor sabe da importância e quer aplicar tecnologia. Qual é a metodologia aplicada na atuação das equipes? Como é feita a aproximação e o contato? Os contatos são feitos por indicações dos produtores. Mesmo quando conhecemos alguma propriedade na região, damos preferência aos que foram indicados. É uma forma de explorar melhor a variabilidade e diversidade dos produtores que iremos visitar. Qual é o perfil do pesquisado? Como foi feita sua seleção? Além das indicações, há as pesquisas nos eventos organizados ao longo do Rally. Nos eventos, os produtores presentes são convidados pelos patrocinadores (Banco do Brasil, Serrana Nutrição Animal, Dow AgroScienses) e pelos apoiadores (Frigorífico Minerva, John Deere, Mitsubishi Motors e Fiesp). O Rally começou em 26 de setembro, das regiões já visitadas o que se pode afirmar sobre a pecuária brasileira? Quem é o “pecuarista” que está se delineando? Temas como reforma de pastagens, nutrição, acabamento de animais, entre outros têm sido abordados? Sim, podemos dizer que o pecuarista brasileiro vem se tornando um empresário moderno numa velocidade maior do que imaginávamos. Seu maior desafio é a falta de recursos, haja vista que a pecuária exige um capital superior ao da agricultura para aplicar o mesmo nível tecnológico. Na agricultura já existia o Rally da Safra, um referencial para produção. O Rally da Pecuária é uma iniciativa da Agroconsult, realizadora do Rally da Safra. Já foi realizada uma edição anterior, em 2004, em caráter experimental. Em algumas rodas de pecuaristas já se questionava da questão na pecuária. O que mudou no setor para motivar as instituições a realizarem? Qual foi a lacuna do setor que motivou a realização? O Rally da Pecuária é uma iniciativa da Agroconsult, realizadora do Rally da Safra. Já foi realizada uma edição anterior, em 2004, em caráter experimental. Vale lembrar que é mais fácil quantificar a produção na agricultura. A Agroconsult elaborou uma metodologia extremamente eficiente para atingir bons resultados. Na pecuária, no entanto, essa metodologia era um pouco mais exigente, mais difícil, pois a expectativa era que se contasse o rebanho. Sendo assim, foi natural que o Rally da Safra, já indo para sua nona edição com uma metodologia madura e consolidada, encorajasse a retomada do projeto na pecuária. O Rally da Pecuária veio agora com uma metodologia mais ousada, incluindo análises quantitativas e qualitativas. E essa metodologia só irá melhorar, assim como a abrangência do projeto, nas próximas edições. A Bigma Consultoria, empresa que eu dirijo, foi convidada a participar da organização dessa nova edição, em parceria com a Agroconsult. 25 NOVEMBRO 2011 M AIS RURAL Exportação de frango ensaia retomada Depois de sentir os efeitos do alto custo de insumos e do câmbio desfavorável, os exportadores brasileiros de carne de frango se preparam para aquecimento das vendas, com as festas de fim de ano e com as compras de asiáticos. “A amostragem dos primeiros dez dias de exportação mostra retomada do vigor das vendas, com a elevação do dólar”, disse Francisco Turra, presidente-executivo da Ubabef (União Brasileira de Avicultura). Segundo o executivo, as vendas no último trimestre ganham força em meio aos preparativos para as festas de fim de ano. Além disso, diz ele, os países asiáticos costumam elevar as importações neste período para formar estoques. Diante dessa perspectiva, a Ubabef mantém a estimativa inicial de exportação recorde de 4 milhões de toneladas em 2011, com alta de pouco mais de 5% sobre 2010. Aumenta índice de sobrevivência das pequenas empresas A parcela de micro e pequenas empresas que sobrevivem aos primeiros dois anos de atividade aumentou no Brasil, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com pesquisa divulgada hoje (20) pelo órgão, 73,1% das novas pequenas companhias brasileiras mantêm-se abertas depois de dois anos. No levantamento divulgado no ano passado, esse índice era de 71,9%. A pesquisa do Sebrae tem como base os dados de abertura e fechamento de empresas registrados pela Receita Federal. Na pesquisa deste ano, o índice de sobrevivência das companhias foi calculado com base nos dados das empresas abertas em 2006. No ano passado, as empresas usadas na pesquisa foram as abertas em 2005. Com a melhora no indicador, o Brasil tem atualmente um índice de sobrevivência de empresas melhor do que o de países como a Holanda (49,7%), Itália (67,9%) e Espanha (69,3%). O país, entretanto, continua atrás do Canadá (73,8%) e da Estônia (74,9%). De acordo com o levantamento deste ano, as empresas do setor industrial são as que mais sobrevivem após os dois primeiros anos de atividade – considerados a fase mais crítica para o empreendimento. De cada 100 novas empresas, 75,1 mantêm-se abertas. Os setores de comércio (74,1%) e serviços (71,7%) vêm em seguida como os de maior índice de sobrevivência. Entre os estados, Roraima foi o que apresentou a maior taxa de sobrevivência. No estado, 78,8% das empresas que abriram em 2006 continuaram abertas após dois anos. A Paraíba (78,7%) e o Ceará (78,7%) completam o ranking dos estados com melhores índices. Pernambuco (58,2%), o Amazonas (58,8%) e o Acre (59,8) são os estados com o pior índice de sobrevivência de empresas, segundo o estudo do Sebrae. Rebanho bovino de MT deverá crescer 18% em 10 anos DE CUIABÁ, MATO GROSSO O rebanho bovino de Mato Grosso, hoje o maior do país, deverá crescer 18% nos próximos dez anos. O número de cabeças, de acordo com o IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), deverá passar dos atuais 28,7 milhões para 33,9 milhões. A estimativa está o anuário da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de MT). 26 NOVEMBRO 2011 Leilões Rurais Leilão Jóia da Índia em Campo Grande fecha com liquidez total Reprodutores com avaliação andrológica, avaliados pelo programa Embrapa/ABCZ, atingiram média de R$ 5.300,00 No último dia 15 de outubro a Central Jóia da Índia realizou o 21º Leilão Jóia da Índia, com oferta de 50 reprodutores Nelore PO, com 24 meses e média de 550 quilos, além de 15 fêmeas Nelore PO de grande potencial genético. O evento contou com grande público, atingiu médias expressivas e teve a transmissão do Agro Mix. Criados a pasto, os reprodutores tinham avaliação andrológica, avaliação pelo programa Embrapa/ABCZ e atingiram médias de R$ 5.300,00. “O destaque ficou por conta de um reprodutor, adquirido por R$ 15 mil, pelo criador José Nogalis”, disse Vinicius Tavares, gerente de produção da Jóia da Índia. As fêmeas também apresentaram um ótimo desempenho e tiveram grande reconhecimento dos compradores, ao ficarem com R$ 12 mil de média. O destaque ficou por conta da Expedição JI, que foi arrematada por Antônio Carlos Corrêa de Lima, por R$ 24 mil. “O leilão obteve 100% de comercialização, comprovando a qualidade e reconhecimento da pecuária brasileira com a Jóia da Índia. Fica o convite para o leilão da edição 2012”, disse Tavares. A direção da Jóia da Índia aproveitou para convidar os produtores rurais para conhecerem o trabalho da central, localizada na BR 163, km 451. DIVULGAÇÃO Fêmeas apresentaram ótimo desempenho, sendo comercializadas em média por R$ 12 mil PEC PRESS Grife encerra temporada com 40 reprodutores Guzerá PO em oferta Selecionador de gado Gir e Guzerá em Minas Gerais, Virgílio Villefort encerra a temporada vendas em 2011 com uma oferta muito especial. No dia 08 de novembro, às 21 horas, pelo Canal do Boi, o Leilão Reprodutores Guzerá Villefort Genética Especial, apresentará 40 touros Guzerá PO, com atributos para repasse de plantel ou coleta de sêmen. São todos mansos de cabresto, filho das melhores doadoras da grife, e seguem com Registro Genealógico na ABCZ, andrológico positivo e exame de DNA e FIV. O criador explica que o Guzerá está em franca expansão no País, sendo que somente em seu último leilão de novilhas, realizado no início de outubro, 05 novos criadores ingressaram na raça. Ele defende que o gado originado na Índia, com mais de cinco mil anos de existência, se adapta mui- to bem às condições mais adversas e apresenta um dos melhores índices de conversão alimentar por quantidade de alimento ingerido. Em diferentes processos de cruzamento, o Guzerá proporciona muita heterose para quem quer produzir animais para abate resistentes, férteis, rústicos e com rendimento de carcaça. “A economia está crescendo e puxando a raça em função da necessidade do produtor em melhorar a qualidade da carne que produz”, afirma. Normativa favorece a raça - O mercado está aquecido também em decorrência da normativa da ABCZ, que torna obrigatório o uso de receptoras 100% zebuínas nos processos de TE e FIV para as raças Nelore, Nelore Mocho, Brahman, Cangaian, Indubrasil e Sind, a partir de 2014. Guzerá proporciona muita heterose para produção de animais rústicos e de bom acabamento Estima-se que será necessário volume superior a 1 milhão, o que deve favorecer principalmente as fêmeas Guzonel, resultado do cruzamento entre o Guzerá PO e o Nelore comercial. Este choque de sangue contribui com aumento de tamanho, mais leite, docilidade, longevidade, rusticidade, facilidade no parto e facilidade também para criação a pasto. “O Guzerá deverá ser a raça que mais contribuirá com esta determinação da ABCZ”, defende Villefort. Mais informações: (31) 3627-1145 27 NOVEMBRO 2011 Crônica do mês Maria alemoa – nossa parteira Como é do conhecimento de todos, a evolução tecnológica dos últimos cinqüenta anos, foi maior do que a dos últimos séculos vividos pela humanidade. Tudo muda a cada minuto e às vezes me sinto um cachorro correndo atrás do próprio rabo, quando se trata deste acelerado avanço. Sensação de muitas vezes achar que não faço parte desta época, sou um ser extemporâneo. Como se diz: temos que correr muito para ficarmos onde estamos, porque se pararmos nós morreremos atropelados. Não sou tão velho assim, afinal recém entrei na melhor idade. Melhor idade? Eu heim! Creio ter tido o privilegio de assistir e viver as maiores mudanças já ocorridas na humanidade em tão pouco tempo. A evolução pela qual o mundo passou neste último século, foi e continua sendo impactante e esplendorosa. Só para citar alguns exemplos: carro, televisão, avião, computador, foguetes espiões, visita a outros planetas, movimentos musicais, clonagem de seres vivos, mais de vinte formas de se engravidar - na minha época só existia uma! Evolução genética de plantas e animais, Viagra – esta a melhor de todas! Todas elas foram inventadas no último século ou nos últimos cinqüenta anos. Não quero ficar divagando, vamos direto ao assunto. O que quero mesmo é falar da Dona Maria Alemoa, assim como era conhecida a parteira da família, há mais de sessenta anos. Nossa casa, na colônia, não tinha fôrro, apenas paredes para dividir os cômodos, por isso ouvir a briga dos pais e os choros da molecada na hora de dormir era inevitável, bem como os gemidos angustiantes das pobres mulheres – mãe e tias – quando em serviço de parto. O colchão de palha de milho e o rangimento da velha cama entre- Osvaldo Piccinin | [email protected] gavam qualquer movimento mais agitado, dos velhos pais apaixonados. Para a gurizada, a vinda de mais um irmãozinho ou priminho, na colônia, era sinal de festa, afinal poderia ser mais um coleguinha para fazer parte da turma nas brincadeiras e traquinagens afins. Até uma aposta corria para adivinhar o sexo, pois naquela época só depois de nascer é que ficávamos sabendo. Como criança não tem hora para nascer, o pai do futuro bebê, ficava de plantão com seu cavalo arriado ou a charrete pronta para buscar a parteira na cidade, assim que fosse dado o primeiro sinal. ... E lá longe avistávamos na estrada empoeirada, ou enlameada, a silhueta de nossa simpática e querida Maria Alemoa para atender mais um chamado. Quanta alegria nós sentíamos quando de sua chegada! Corríamos para abrir as duas porteiras existentes antes de se chegar à colônia. Nosso gesto de boas vindas, sempre era retribuído com um largo sorriso e umas balinhas que ela nos jogava quando pas- sava por nós. Seus cabelos brancos em forma de rodilha ou “beirote”, como a italianada chamava, lhe conferia um ar de elegância, respeito e senhoridade. Quando adentrava no quarto da parturiente com sua maletinha de instrumentos o silencio era sepulcral e nossa ansiedade chegava ao extremo. Nosso coração parece que iria sair pela boca. Ao primeiro choro do recém chegado vinha a pergunta, em uníssono: é homem ou mulher? Após cortar o umbigo, este era entregue num vidro com álcool á minha avó que o enterrava em sua horta, quase que secretamente em local ignorado pelos demais. E assim foi por anos a fio. Todos os mais de quarenta primos, vieram ao mundo pelas mãos desta santa e bondosa senhora, que guardo com carinho em minha memória e coração! E viva a nossa parteira Maria Alemoa! [email protected] POR TRÁS DE NOSSOS PRODUTOS EXISTE MUITA CONTRIBUIÇÃO PARA O MEIO AMBIENTE. MAIS DO QUE SOLUÇÕES PARA NUTRIÇÃO E SAÚDE ANIMAL, A TORTUGA ENTREGA AOS CRIADORES PRODUTOS QUE RESPEITAM O MEIO AMBIENTE. UMA INICIATIVA QUE OTIMIZA A PRODUTIVIDADE DO REBANHO SEM DEIXAR DE LADO A PREOCUPAÇÃO COM O NOSSO FUTURO. 0800 011 6262 www.tortuga.com.br A ciência e a técnica a serviço da produção animal 28 NOVEMBRO 2011 Com pecuária menos rentável, cresce a área de soja no MT Depois de uma safra em que o lucro chegou a R$ 500 por hectare de soja, Mato Grosso registra novo aumento na área destinada ao cultivo da oleaginosa. Conforme dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) da safra em andamento, devem ser incorporados à área de grãos 380 mil hectares. Trata-se de um avanço de 5,8%, que pode fazer a soja atingir 6,78 milhões de hectares nesta safra de verão. Os produtores estão colocando em prática um plano estadual de expansão da produção. O estado calcula que tem 9 milhões de hectares disponíveis para a soja. Em 2009/10, a expansão anual chegou a 9%, segundo o Imea. “Passamos hoje por um momento ex- ARQUIVO tremamente favorável, com bons preços para os grãos, o que se refletiu nessa euforia observada no plantio. Daqui para a frente, o crescimento será mais lento, da ordem de 2,5% ao ano”, projeta o gestor do Imea, Daniel Latorraca. A ampliação da soja tem ocorrido em áreas isoladas de Mato Grosso, onde a pecuária se tornou menos rentável que o grão. Empresa propõe alternativa para a recuperação de pastagens degradadas A Vitasolos é uma empresa que surgiu da necessidade da recuperação de pastagens degradadas, recuperação e conservação de solos, oferecendo condições para que o produtor rural recupere áreas de pastagens de maneira eficiente e com custo benefício satisfatório aumentando a capacidade de suporte, a valorização das terras e o estoque de capital natural. Segundo Laurindo Petelinkar, engenheiro agronômo e diretor técnico da empresa, a proposta da Vitasolos é oferecer alternativas de recuperação de pastagens de maneira que o produtor rural tenha baixo custo. “Estamos focados na recuperação de áreas degradadas. A pastagem é uma cultura que requer bom manejo e reposição dos nutrientes e matéria orgânica do solo, que ao longo dos anos foram exportados através das colheitas ou deteriorados pelo uso do fogo e pela erosão”, afirmou Laurindo, ao explicar que a Vitasolos comercializa principalmente fertilizantes organominerais específicos para cada necessidade do solo diferentes espécies de gramíneas, com orientações aos produtores rurais. Um dos fatores que diferenciam a atuação da Vitasolos é o cuidado em realizar estudo prévio para o planejamento de formação, manutenção, recuperação ou reforma de pastagens. “São situações distintas que levam a ações e custos diferenciados onde através da observação do grau de degradação a tomada de decisão levará a um programa com técnicas e sistemas de recuperação de curto, médio e longo prazo com custos comparados e escolha da melhor alternativa para cada situação encontrada. Começamos o trabalho com uma visita técnica, seguida de diagnóstico do solo e pastagem, análise financeira e depois a recomendação de ações de forma planejada”, contou Laurindo, explicando que em situação de pastagens ainda em processo inicial de degradação um programa de baixo custo através do uso de um composto orgânico mineral (nutrientes minerais e matéria orgânica de boa qualidade), formulada de acordo com a necessidade do solo e aplicado em cobertura sem necessidade de incorporação mediante gradagem ou aração, e controle das pragas como formigas, cupins e invasoras poderá ser suficiente para reverter o processo, que com ajuste na lotação e manejo garantirá melhores produtidades para as atividades desenvolvidas. A Vitasolos atua na recuperação de pastagens conciliando o interesse do produtor rural com a preservação dos recursos naturais, realizando a correção de solo, adubação de pastagens e florestas com foco na agricultura de baixo carbono, inclusive com produtos para a agricultura orgânica. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3383-5620 ou pelo e-mail [email protected] .