Acessar o arquivo - Fórum de Ongs Aids do Estado de São Paulo
Transcrição
Acessar o arquivo - Fórum de Ongs Aids do Estado de São Paulo
STF emite relatório sobre garantia dos serviços de saúde Documento enviado pelo ministro Gilmar Mendes foi encaminhado ao Ministério da Saúde, Congresso Nacional e Advocacia Geral da União. pág. 03 Governador José Serra sanciona lei de “privatização” da saúde Apesar de aprovada medida não prevê a cobrança por serviços prestados pelo atendimento em hospitais da rede pública do Estado de São Paulo. págs. 04 e 05 Aids Ativismo ano vi 22 Jul | Ago | Set 2009 Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo 4ª EDIÇÃO DO ERONG/2009 106 ONGs de vários estados marcaram presença no evento, que este ano foi realizado no município de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O encontro foi marcado por debates e a apresentação de propostas de combate enfrentamento da AIDS no país. pag. 10 EEONG Encontro Estadual de Ongs/Aids do Estado de São Paulo Na ocasião delegados e observadores reuniram-se durante o VII EEONG que nesta edição teve como um dos temas as três décadas da epidemia de HIV/AIDS pág. 16 Editorial Coordenação Geral Rodrigo de Souza Pinheiro Conselho Editorial Mario Scheffer José Roberto Pereira/Betinho Rodrigo de Souza Pinheiro Jornalista Responsável Marcel Naves - MTB 27.102/SP Reportagem e Edição Marcel Naves Revisão Marcel Naves Edição de Arte e Edição Eletrônica Convert Publicidade | www.convertpublicidade.com.br Foto: Arquivo Pessoal Expediente AIDS & ATIVISMO Nº. 22 | Julho/Agosto/Setembro - 2009 Impressão Efeito Graph | www.efeito.com.br Financiamento: Edição financiada com recursos do TC 041/09, do Programa Nacional de DST/Aids da SVS do Ministério da Saúde em convênio com a UNODC firmado pelo Acordo AD/BRA/03/H34. Tiragem: 8 mil exemplares Diretoria do Fórum das ONG/AIDS do Estado de São Paulo: Presidente: Rodrigo de Souza Pinheiro - GHIV - Ribeirão Preto Vice - Presidente: Lucila Maria Magno - Gepaso - Sorocaba 1º Secretário - José Humberto Soares - CEFRAN - São Paulo 2º Secretário - Enrico Sena Furtado - Instituto DIET - Guarulhos 1º Tesoureiro - Albertino Rodrigues Barbosa - Grupo Vida Viver é Preciso - Barretos 2º Tesoureiro - Hugo Hagstrom - GIV - São Paulo Conselho Político: Cláudio Pereira, José Roberto Pereira, José Marcos de Oliveira, José Araújo Lima, Mário Scheffer e Solange Moraes. Administração: Assessor Jurídico - Dr. Cláudio Pereira Analista de Projetos - José Roberto Pereira Assessoria em Projetos - José Florentino M. B. Ferreira Assessoria Administrativa - Marta de Jesus dos Santos Auxiliar Administrativo – Rosana Garcia Cassanti Aids Ativismo Conselho Fiscal Emilio Hugo Graeser - Gaaver - Grupo de Apoio Amar é Viver Rosa Maria Rodrigues - Casa de Apoio Brenda Lee Rosangela Maria Silva - Gapac - Grupo de Apoio Prevenção a Aids Castilho Regina Célia Pedrosa Vieira- Alivi- Ass. Aliança Pela Vida Marcia Santos - Alv - Ass. Liberdade Vida 2 Contatos: Avenida São João, 324 - 7º andar - Conj. 701 Centro - São Paulo - SP CEP: 01036-000 Tel.: (11) 3334-0704 Fax.: (11) 3331-1284 Site - www.forumaidssp.org.br Email - [email protected] Edições Anteriores: www.forumaidssp.org.br/publicacoes/publicacoes.htm Sugestão de pauta: [email protected] À s vésperas do XV Encontro Nacional de ONG AIDS que será realizado na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 12 á 15 de novembro acredito que devemos fazer uma avaliação de como está à atuação do controle social do movimento de luta contra AIDS. É sabido que hoje tivemos diversas conquistas, entre elas à participação em vários espaços Rodrigo de Souza Pinheiro onde podemos discutir diretamente com os gesPresidente do Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo tores as políticas públicas de saúde voltadas as DST/HIV/AIDS. Agora, será que estamos sabendo utilizar esses espaços para efetivarmos o controle social que propusemos? Estamos representando nossa região, nosso movimento ou estamos levando demandas próprias? O governo está reconhecendo estes espaços de discussão junto com a sociedade civil organizada? Trago estes temas para reflexão diante de vários acontecimentos ocorridos nos nesses últimos anos. Ainda hoje a grande maioria das coordenações de DST/AIDS não reconhece como parceira a sociedade civil de sua localidade, nem mesmo para convidá-la a participar da construção do seu plano de ações e metas, o que dirá quando formos fazer o papel de controle social. Muitos estados ainda têm dificuldades de repassar recursos para as organizações sociais. Afinal, o que os movimentos destes locais tem feito de fato para que isso não ocorra? Espero que esse silêncio não represente o medo de ficar sem recursos para suas ações. No estado de São Paulo já foi iniciado o processo de descentralização. Atualmente nove cidades já começaram a receber a verba diretamente do governo federal. Isto representa uma enorme preocupação, pois como faremos para monitorar este repasse? Vale lembrar que os municípios possuem total autonomia, sendo que muitos deles não reconhecem a sociedade civil organizada localmente. A maior instância de controle social, que são os conselhos de saúde em sua maioria não é reconhecida pelos gestores, que muitas vezes ignoram as deliberações do mesmo e impõem suas ações como, por exemplo, as terceirizações dos serviços de saúde. Este é um exemplo clássico de como não são respeitadas as instâncias de deliberação de políticas públicas de saúde. Enquanto o Conselho Nacional de Saúde, os Conselhos Estaduais e muitos municipais são contrários à administração dos serviços públicos por organizações sociais, o governo impõe sua vontade e começa a transferir a administração e recursos para as OSC. Precisamos refletir urgentemente a nossa atuação. Não é uma percepção nova, mas estamos deixando passar muito tempo e receio não recuperar o que poderemos vir a perder. Fale com o Presidente: [email protected] Contatos para parcerias: [email protected] no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo acontece STF encaminha relatório sobre garantia dos serviços de saúde As discussões foram encaminhadas ao ministro José Gomes Temporão e ao senado, câmara dos deputados e advocacia geral da união às demandas judiciais para garantir a prestação de serviços de saúde além do fornecimento de medicamentos. Ministro Gilmar Mendes/Arquivo STF O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, encaminhou ao Ministério da Saúde o relatório da audiência pública realizada entre os dias 27 e 29 de abril e 4, 6 e 7 de maio. Na pauta de discussões O documento apresenta a síntese dos relatos de 50 especialistas em saúde pública ouvidos durante a audiência. Na ocasião estiveram presentes advogados, defensores públicos, promotores, procuradores de justiça, magistrados, professores universitários, médicos, técnicos de saúde, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O Supremo espera com esta divulgação contribuir para o aperfeiçoamento do SUS – Sistema Único de Saúde, a partir da redução da chamada judicialização das demandas por prestações de saúde e da racionalização dos gastos com tais ações. Entendimento recente do Ministro Gilmar Mendes, baseado em informações coletadas durante esta audiência pública, defende a orientação de que os medicamentos requeridos pela sociedade para tratamento de saúde devem ser fornecidos pelo Estado. Gilmar Mendes sugere ainda no relatório, o aperfeiçoamento da legislação complementar pertinente, a adoção de sistemas que busquem a conciliação entre administração e administrados e a criação de um fórum que vise assegurar assessoria técnica para subsidiar as decisões relativas à saúde, tanto as de caráter judicial quanto às de natureza administrativa. MN/Fonte STF Secretário envolvido em denúncias é reconduzido ao cargo Funcionário estava afastado do cargo após denúncias feitas pelos ONG Sonho Nosso O prefeito de Nova Guataporanga, no interior paulista, Policarpo Santos Freire (PSDB), reempossou no cargo de secretário municipal de saúde, Everton Romanini Freire. Everton que também é filho de Policarpo estava afastado das funções desde abril deste ano, após denúncias de irregularidades existentes no programa Farmácia Popular feitas por Josefa Fonseca, presidente da Ong Sonho Nosso, entidade que atua na promoção da saúde e prevenção às DST/Aids, na região da Nova Alta Paulista, extremo oeste do Estado de São Paulo. A ativista descobriu por acaso ao tentar fazer a primeira compra de um remédio para diabetes pelo programa, que seu nome já constava no cadastro. O programa Farmácia Popular oferece descontos de até 90% do valor do medicamento e exige que o consumidor apresente CPF e assine um cupom fiscal no ato da compra. Após uma sindicância feita pela prefeitura foi concluído que não havia provas contra o secretário. O fato ainda está sendo investigado pelo ministério público federal, polícia federal e ministério da saúde. Após sindicância feita pela prefeitura foi concluído que não havia provas contra o secretário. De acordo com as denúncias os CPFs de pelo menos 50 pacientes do sistema público de saúde de Nova Guataporanga foram utilizados indevidamente para as compras. Na ocasião foram apontadas aquisições de anticoncepcionais por mulheres que já fizeram laqueaduras, homens e ainda medicamentos comprados por pessoas oficialmente mortas. O coordenador da Ong responsável por levar o caso a público, Victor Fonseca ressalta que desde o início o secretário deveria ter sido exonerado e não apenas afastado. Fonseca afirma ainda que a decisão será encaminhada ao Ministério Público de Tupi Paulista, que pode ingressar com uma ação civil pública. “Vamos tomar uma providência judicial. É um afronto à população, pois imagina o cidadão que teve seu documento utilizado e fez a denúncia tendo que dar de cara com um cidadão deste quando for procurar atendimento na UBS. É um desrespeito da gestão municipal com o ordenamento jurídico”. Afirma o ativista. MN Aids Ativismo | no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo 3 acontece Projeto de Serra privatiza saúde O governador José Serra sancionou projeto que possibilita a administração de hospitais públicos por organizações sociais mas vetou cobrança Crédito: Arquivo Gov. do Estado de São Paulo única diferença do texto original é que Serra vetou o artigo que possibilitaria o atendimento pela rede pública de pacientes particulares e com plano de saúde. O projeto de lei original, de autoria do governador, só previa a permissão para a terceirização. A polêmica determinação que previa uma reserva de até 25% dos atendimentos a pacientes particulares e com plano de saúde foi acrescentada durante a tramitação na Assembléia, por uma emenda da deputada Maria Lúcia Amary (PSDB). Em junho o governador José Serra participou da inauguração de ambulatório médico exclusivo para travestis e transexuais M esmo após intensas críticas o governador do Estado de São Paulo, pelo PSDB, José Serra (PSDB) sancionou o projeto de lei que permite a administração de todos os hospitais públicos da rede estadual pelas OSs (organizações sociais de saúde). A De acordo com o governador, a emenda da deputada tucana foi vetada porque uma lei federal e outra estadual obrigam a operadora de plano de saúde, quando seu cliente é atendido num hospital público, a fazer o pagamento ao SUS. As leis não falam em paciente particular. Inicialmente a intenção do governo paulista era a de destinar até 25% do atendimento nas unidades públicas de saúde a pacientes com planos de saúde particulares. Uma idéia que surgiu com o encaminhamento à Assembléia Legislativa, no final de 2008 do PL 62/2008, que promove alterações na Lei Complementar nº 846, de 1998. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde entre 20% e 30% das pessoas atendidas nesses hospitais atualmente possuem convênios privados, mas a conta pelo atendimento destes pacientes vai para o SUS (Sistema ...Estou preocupado com esse novo modelo de gestão.Ele pode ter impacto inclusive no combate á AIDS... Único de Saúde). Com a mudança, os hospitais deveriam cobrar dos planos pelo atendimento prestado a seus clientes, até o limite de 25% do total de atendimentos. “Atualmente, parte da população procura as unidades de referência do estado, mesmo possuindo um plano de saúde que possibilita o atendimento nos hospitais particulares. A população paga a conta duas vezes. Através dos impostos e da mensalidade do plano”. Afirmou a deputada Maria Lúcia (PSDB), responsável pelo encaminhamento do projeto. A idéia recebeu severas críticas da grande maioria das organizações não governamentais que atuam no estado. Para o integrante do Grupo Pela Vidda/ SP Mário Scheffer a política brasileira de combate à aids, é um exemplo de que o SUS pode atender as demandas da saúde. Em entrevista á Agência de Notícias Aids o ativista demonstrou sua preocupação com a intenção pública para com a saúde. “Estou preocupado com esse novo modelo de gestão. Ele pode ter impacto inclusive no combate à aids. Antes de terceirizar a saúde é preciso estudar outras possibilidades de financiamento do SUS”, afirmou Scheffer. MN Ministério Público contesta PL. 62/2008 Aids Ativismo A ntes mesmo do veto de José Serra a cobrança pelos atendimentos, a promotoria de direitos humanos do Ministério Público de São Paulo, já tinha se manifestada contrária a idéia. De acordo com o promotor Arthur Pinto Filho a mudança certamente representaria prejuízos para os usuários. Para ele com as alterações as OSS (Organizações Sociais de Saúde) passariam a atender 75% dos usuários do SUS e 25% de clientes com planos de saúde, em vez de atenderem os 100% do SUS, como funciona atualmente. O promotor ressalta ainda, que a estatística representaria uma demora a mais àqueles que já esperam por atendimento. 4 O sistema de OSS, no entanto, vem sendo questionado judicialmente desde a sua no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo criação, segundo o promotor Arthur Pinto. “É um modelo experimental, que está sendo analisado ainda. E o que temos observado é que não há uma fiscalização da prestação de serviços e nem da prestação de contas. Esta prestação de contas é feita de forma ineficiente. Este é o segundo ponto que questionamos neste sistema”. Disse. Pelo modelo de Organizações Sociais de Saúde, que existe há 11 anos no estado, alguns hospitais estaduais de referência são gerenciados por entidades do terceiro setor, sem fins lucrativos. A Casa de Saúde Santa Marcelina, a Associação Congregação de Santa Catarina e a Cruzada Bandeirante São Camilo, são alguns dos exemplos administrados por este sistema. MN acontece Movimentos sociais ligados a saúde protestam contra iniciativa do governo para a iniciativa privada, abre o atendimento dos hospitais a pacientes de planos particulares de saúde. P or ordem do senhor secretário estadual da Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas, a senhora deputada MARIA LÚCIA AMARY (PSDB) apresentou uma emenda ao projeto de terceirização de toda rede estadual de saúde que, além de entregar toda rede Isso significa que o que já era difícil para a maior parte da população paulista agora pode ficar como é nos Estados Unidos onde 50 milhões de cidadãos não têm nenhum acesso à assistência de saúde. O projeto foi aprovado sem o menor critério, sem debate, sem levar em conta o controle social. A deputada, que tem sua base eleitoral na região de Sorocaba, não entende as leis orgânicas que regem o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Nelas, estão claras as parcerias e está explicita a não venda de serviços públicos de saúde. Lamentavelmente vemos a falta de compromisso com a saúde pública do senhor secretário e da senhora deputada com os princípios do SUS. A população paulista elegeu 95 deputados estaduais em 2006. Desses 55 ...lamentavelmente vemos a falta de compromisso com a saúde publica... votaram a favor do sepultamento do SUS em São Paulo. 17 deputados comprometidos com a população votaram contra o PLC 62/08. Confira abaixo a relação dos votantes a favor, contra e ausentes do plenário por nome, partido e base eleitoral. Em 2010 tem eleição. por Benedito Augusto de Oliveira Presidente do SindSaúde-SP Deputados que votaram a favor da terceirização da saúde • • • • • • • • • • • • • • • • • • Analice Fernandes (PSDB) - Taboão da Serra Bruno Covas (PSDB) - Baixada Santista, Capital Cássio de Castro Navarro (PSDB) - Litoral Célia Leão (PSDB) - Campinas Celino Cardoso (PSDB) - Freguesia do Ó, São Pedro e região, Vila Brasilândia Celso Giglio (PSDB) - Osasco Hélio Nishimoto (PSDB) - São José dos Campos João Caramez (PSDB) - Capital, Região Oeste da Grande São Paulo José Augusto (PSDB) - Diadema, São Paulo Marcos Zerbini (PSDB) - Capital - Zona Norte, Capital Zona Oeste, Grande São Paulo Maria Lúcia Amary (PSDB) - Região Sudoeste do Estado, Sorocaba Mauro Bragato (PSDB) - Presidente Prudente e região Milton Flávio (PSDB) - Botucatu Orlando Morando (PSDB) - Não específica Pedro Tobias (PSDB) - Bauru e região Roberto Massafera (PSDB) - Araraquara e região Rodolfo Costa e Silva (PSDB) - São Paulo e região Samuel Moreira (PSDB) - Capital, Litoral Sul, Vale do Ribeira • Vaz de Lima (PSDB) - São José do Rio Preto e região • Aldo Demarchi (DEM) - Rio Claro e região • Edmir Chedid (DEM) - Região Bragantina e do Circuito das Águas • Eli Corrêa Filho (DEM) - São Paulo e região • Estevam Galvão de Oliveira (DEM) - Capital, Suzano • Gilson de Souza (DEM) - Franca • João Barbosa (DEM) - Bauru, Capital - Zona Leste, Franca, Ribeirão Preto • João Mellão Neto (DEM) - Capital • José Bruno (DEM) • Milton Leite Filho (DEM) - Capital • Geraldo Vinholi (PDT) Catanduva, Itápolis, Penápolis • Haifa Madi (PDT) - Litoral • José Bittencourt (PDT) - ABCDMRR, Grande São Paulo, Santo André • Rafael Silva (PDT) - Ribeirão Preto e região • Rogério Nogueira (PDT) - Indaiatuba • Baleia Rossi (PMDB) - Ribeirão Preto e região • Jorge Caruso (PMDB) - Capital - Zona Sul, Interior • Uebe Rezeck (PMDB) - Barretos e região • Antonio Salim Curiati (PP) - São Paulo e região • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Alex Manente (PPS) - ABC Davi Zaia (PPS) - Campinas e região, Capital Vitor Sapienza (PPS) Capital Patrícia Lima (PR) Capital Gilmaci Santos (PRB) - São Paulo e região Ed Thomas (PSB) - Presidente Prudente e região Jonas Donizette (PSB) - Campinas e região Luciano Batista (PSB) - Baixada Santista Marco Porta (PSB) - Taboão da Serra Said Mourad (PSC) - Capital Campos Machado (PTB) - Capital, Interior Waldir Agnello (PTB) - Não específica Afonso Lobato (PV) - Taubaté Camilo Gava (PV) Edson Giriboni (PV) - Bacia Hidrográfica do Alto de Parnapanema, Itapetininga, Região Sudeste do Estado Feliciano Filho (PV) - Campinas e região Reinaldo Alguz (PV) - Alta Paulista Vanessa Damo (PV) – Mauá Deputados que votaram contra a terceirização da saúde • • • • • • Adriano Diogo (PT) - Capital Carlinhos Almeida (PT) - São José dos Campos e região Donisete Pereira Braga (PT ) - ABC, Mauá Enio Tatto (PT) - Capital Fausto Figueira (PT) - Baixada Santista Hamilton Pereira (PT) - Sorocaba e região • • • • • • José Zico Prado (PT) - Capital - Zona Leste Marcos Martins (PT) - Osasco Maria Lúcia Prandi (PT) - Baixada Santista, Capital Roberto Felício (PT) - Estado de São Paulo Rui Falcão (PT) - Capital Vanderlei Siraque (PT) - Grande ABC • • • • • Vicente Cândido (PT) - Capital Olímpio Gomes (s/Partido) - São Paulo Pedro Bigardi (PC do B) - Jundiaí Carlos Giannazi (PSOL) - Capital Raul Marcelo (PSOL) - Sorocaba Deputados ausentes na votação • • • • • • • • André Soares (DEM) - Estado de São Paulo Gil Arantes (DEM) - Barueri Mozart Russomanno (PP) - Litoral Norte, Vale do Paraíba Luis Carlos Gondim (PPS) - Mogi das Cruzes e região Roberto Morais (PPS) - Piracicaba e região, São Paulo Vinícius Camarinha (PSB) - Marília e região Lelis Trajano (PSC) - Interior, São Paulo Barros Munhoz (PSDB) - Capital, Itapira • Fernando Capez (PSDB) - Grande São Paulo, Interior • Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) - Baixada Santista, Capital, Interior • Roberto Engler (PSDB) - Franca e região • Ana do Carmo (PT) - ABC, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, • Rio Grande da Serra • Ana Perugini (PT) - Hortolândia • Antonio Mentor (PT) - Americana, Região Metropolitana de Cam- • • • • • • • pinas, Região Mogiana, São Paulo Beth Sahão (PT) - Catanduva José Cândido (PT) - Alto Tietê, Suzano Simão Pedro (PT) - Capital, Capital - Zona Leste, Região Mogiana Edson Ferrarini (PTB) - Capital, Interior Otoniel Lima (PTB) - Limeira Roque Barbiere (PTB) - Região Noroeste do Estado Chico Sardelli (PV) - Americana Aids Ativismo | no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo 5 acontece Casa Filadélfia leva arte, educação e saúde a jovens em mais um AcampaCAF diversas atividades ligadas a arte, educação, saúde e sobretudo cuidados e prevenção de DST/AIDS. Arquivo Casa Filadélfia. Jovens participam de atividades monitoradas durante realização do AcampaCAF. E ntre os dia s 26 e 29 do mês de março, 40 adolescentes da região de Ermelino Aids Ativismo A 6 Matarazzo, zona leste da capital paulista, participaram do AcampaCAF 2009. Hospeda- dos em uma pousada de Mariporã, na grande São Paulo, os jovens puderam contar com Para J.S. de 13 anos participar das oficinas do acampamento foi essencial. “Minha mãe sai cedo para trabalhar e só volta à noite, ela não tem tempo para conversar comigo sobre essas coisas tão importantes”. Disse. T.S., de 14 anos, lembrou que muitos adolescentes não tem a oportunidade de receber informações sobre DST/AIDS. “Vou levar para a vida toda tudo que aprendi aqui.” Afirmou. J. L. de 15 anos que acrescentou: “Não só eu pude aprender, como agora também posso passar essas informações para amigos e familiares, principal- mente quanto à prevenção de doenças.” O AcampaCAF que ocorre anualmente é uma iniciativa da Casa de Assistência Filadélfia, responsável pelo desenvolvi- ...não só eu pude aprender, como agora também posso passar essas informações... mento de diversos projetos voltados a crianças, adolescentes e famílias que vivem e convivem com HIV/AIDS ou em situação de vulnerabilidade social. Nesta edição o evento ocorreu em parceria com o Plano Estadual de Prevenção MN de DST/AIDS. Associação Nossa Casa de Acolhida 15 anos de luta e conquistas Associação Nossa Casa de Acolhida é uma entidade sem fins lucrativos que desde 1994 presta assistência às pessoas que vivem e convivem com HIV/AIDS. Localizada no município de São José dos Campos, no interior de São Paulo, foi oficialmente fundada no dia 04 de setembro. Atualmente atende 150 famílias cerca de 600 pessoas entre crianças, adolescentes e adultos oferecendo atendimento social, psicológico, jurídico além das oficinas de geração de renda. Ao longo destes quinze anos de funcionamento, a Casa de Acolhida desenvolveu inúmeros projetos visando à qualidade de vida destas famílias. Grande parte deste resultado se deve a parcerias firmadas com a Secretaria Municipal e Estadual de Desenvolvimento Social, Secretaria Municipal de Saúde através do Programa Municipal de DST/AIDS, Centro de Referência em Moléstias Infecciosas da cidade, Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS/SP, Fórum de ONG AIDS/SP e MN Ministério da Saúde. no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo Crédito: Arquivo Casa de Acolhida Sede da associação Nossa Casa de Acolhida. acontece Projeto Saúde na Feira leva informação e prevenção a mulher Iniciativa que já atendeu cerca 4200 mulheres espera em breve ultrapassar a casa das 7200 pessoas O projeto Saúde na Feira resultado da parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde (Coordenação Estadual de DST/AIDS) e o Instituto Vida Nova Integração Social Educação e Cidadania supera expectativas. O objetivo inicial do projeto é o de ampliar o nível de informação e prevenção feminina tendo como temas a saúde sexual e reprodutiva, a violência, os cânceres de colo de útero e mama além dos métodos contraceptivos e acesso as UBS - Unidades Básicas de Saúde. lino e feminino além de vasto material informativo. As ações que tiveram início na região leste da capital paulista são desenvolvidas graças ao apoio de uma viatura móvel que proporciona exibições de vídeos, debates, exposições e o fornecimento de Kit Prevenção com preservativo mascu- As regiões oeste, norte e sul de São Paulo também serão contemplados em breve, por seis meses. O resultado final resultará em uma rede social para continuidade das ações com acessória do Instituto Vida Nova. Com duração de dois anos a expectativa é que 7200 pessoas sejam beneficiadas. Um levantamento recente mostra, no entanto, que desde o início até agosto 4297 mulheres já tiveram contato com o projeto. ...O resultado final resultará em uma rede social para continuidade das ações... Crédito: Arquivo Instituto Vida Nova Integrantes da Ong Vida Nova abordam mulheres em feria pública durante projeto saúde na feira. Fundada em maio de 2000, com 527 cadastros de pessoas assistidas diretamente e mais de 1400 indiretamente o Ins- tituto Vida Nova Integração Social Educação e Cidadania além de prestar assistência a pessoas vivendo com HIV/ AIDS também responde pela promoção e o controle social de políticas de Prevenção e AssisMN tência em HIV e AIDS. Direitos Fundamentais dos portadores do Vírus da AIDS O s 20 anos de criação da carta de direitos humanos e a sua respectiva importância foi o principal tema dos debates durante o seminário ‘Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da AIDS’. O evento foi realizado entre os dias 24 e 26 de setembro, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Na ocasião do encontro foi reafirmada mais uma vez a importância do documento para o enfrentamento da doença. Não podemos esperar mais 20 anos para fazer essas discussões que as reflexões sobre o tema ocorram com maior freqüência “Não podemos esperar mais 20 anos para fazer essas discussões”, disse. Marcio, afirmando ainda que o evento resgatou a memória social do movimento de luta contra à Aids no país. De acordo com o presidente do Grupo Pela Vidda/RJ, Marcio Villard, é fundamental O Seminário Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da “...o evento resgatou a memória social do movimento de luta contra à Aids no país Aids foi organizado pelo Grupo Somos – Comunicação, Saúde e Sexualidade, Abia (Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids/RJ), e Gapa (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids/ RS), com financiamento do governo estadual do Rio Grande do Sul, Nações Unidas e Ministério da Saúde. O evento homenageou Herbert Daniel, ativista que teve a iniciativa de produzir a carta, aprovada em 1989 durante o II Enong (Encontro Nacional de ONGs/Aids), realizado na capital gaúcha. MN Aids Ativismo | no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo 7 mundo ONU reconhece que atendimento a usuários de drogas é fundamental no combate á AIDS A medida foi anunciada pelo conselho econômico da ONU durante seção realizada em julho CRÉDITO: Arquivo/ONU Plenária da ONU durante reunião do Conselho Econômico Social das Nações Unidas. Aids Ativismo E 8 ntre as resoluções anunciadas pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) está o atendimento integral aos usuários de drogas. A medida tida como uma das mais importantes faz parte de uma série de ações envolvendo as agências da ONU que devem intensificar o apoio aos governos no trabalho de prevenção e atenção à Aids. Segundo dados do rela- tório mundial de 2009 apresentado pelo Escritório das Nações Unidas para a Droga e o Crime, em 2008 entre 140 e 250 milhões de pessoas dos 15 aos 64 anos consumiram algum tipo de droga ilegal. Antonio Maria Costa, diretor da UNODC, ressalta que deste total milhares necessitam de cuidados médicos. “Entre 18 e 38 milhões de viciados em drogas que existem em todo o mundo necessitam de ajuda médica e não de um castigo penal”. Afirmou o representante da ONU. Em comunicado o ECOSOC deixou claro a necessidade de expandir e reforçar significativamente o trabalho do UNAIDS com o poder público além de trabalhar com todos os grupos da sociedade civil para preencher as lacunas no acesso aos serviços para usuários de drogas injetáveis em qualquer situação. Também ficou claro que é preciso de- no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo finir e desenvolver modelos abrangentes e adequados de serviços direcionados aos usuários de drogas injetáveis; de trabalhar estratégias para minimizar a discriminação em relação a essa população e apoiar o aumento da capacidade e dos recursos para a prestação de um conjunto de serviços abrangentes. sia, Brasil, Estados Unidos, Rússia e Suécia, países que foram unânimes ao defender o trabalho do UNAIDS e o atendimento integral aos usuários de drogas. Na ocasião do encontro foi destacado ainda o posicionamento de Argélia, Bielorrús- http://bit.ly/2T6yrE Mais informações sobre as discussões e as intervenções de cada país podem ser acessadas no seguinte endereço: MN mundo Campanha de combate a Aids mostra ‘Hitler’ em cena de sexo Campanha desenvolvida para ser “polêmica” mostra um casal numa longa cena de sexo, até se revelar no final a face de um ditador O anúncio cujo tema é “A AIDS é um assassino em massas” tem 46 segundos e foi elaborado para ser exibido no cinema e tv. A cena em questão apresenta um casal numa longa cena sexo até que no final o homem não é outro senão Adolf Hitler. Além do filme outros três cartazes integram a campanha mostrando além de Hitler, Stalin e Saddam Hussein sempre no mesmo contexto. A campanha consiste em mostrar o diabo, representado por três ditadores. Neste aspecto a polêmica também se aplica a utilização da imagem de Saddam - um ditador sangrento mas não comparável com dois dos maiores assassinos em massa da História, Hitler e Stalin. A idéia foi desenvolvida pela agência de publicidade Das Comitee, de Hamburg, para o pequeno grupo alemão de conscientização sobre a Aids Regenbogen e.V.. A controversa mensagem divulgada é defendida no site do grupo na Alemanha e tem como principal objetivo sensibilizar os jovens sobre a necessidade do sexo seguro. CRÉDITO: Aids is a mass murderer O Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo divulgou um manifesto de indignação à campanha europeia de combate à aids em que um dublê de Adolf Hitler aparece associado ao slogan ‘Aids é uma assassina de massas’ numa cena de sexo. De acordo com o manifesto (leia abaixo), a campanha é um desserviço à luta contra a doença. MN Leia a seguir o texto na íntegra. O Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo vem a público manifestar sua indignação sobre a peça publicitária de combate à aids que está sendo veiculada na Europa. Embora num primeiro momento ela possa parecer inofensiva e atender com criatividade àquilo a que se propôs, basta uma reflexão mais crítica para perceber que é carregada de preconceito e discriminação às PVHAs [Pessoas Vivendo com HIV/Aids] e um desserviço à luta contra a aids. 1. A atividade sexual que não ilustra o uso do preservativo como meio de proteção não deixa claro ao expectador sua função preventiva do ponto de vista da saúde; 2. O HIV é representado por Adolf Hitler e jamais um vírus - sobretudo o da aids - pode ser relacionado a um ser humano, por pior que este humano tenha sido; 3. Isso pode ser uma grande lenha na fogueira sobre a pauta da criminalização da transmissão; 4. Vimos comentários no site UOL e pudemos observar inúmeras menções equivocadas que relacionavam o portador a Hitler (muito perigoso para todos nós); 5. Os anos nos ensinaram que qualquer campanha baseada no medo e no pânico não contribui para educação e mudança comportamental; 6. E por fim, aquilo que nos causou mais perplexidade e descontentamento, a imagem vinculada à transmissão não é de um vírus mas de um ser humano - o HIV não é e nunca será o seu portador - , isto posto, corre-se o risco de qualquer pessoa que esteja vivendo com HIV/Aids ser relacionada à imagem do genocida - diga-se um ser humano deplorável - caso esteja em atividade sexual. Atenciosamente, Fórum de Ong Aids do Estado de São Paulo Aids Ativismo | no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo 9 capa Enfrentamento da AIDS marca 4a edição do Erong Em sua 4ª edição o ERONG/2009 (Encontro Regional de ONG/Aids Sudeste), realizado entre os dias 05 e 07 de setembro, na cidade de Ribeirão Preto, no interior paulista mais uma vez teve como principal característica à apresentação de propostas. Na ocasião estiveram presentes cerca de 106 ONGs representantes de vários estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Durante o evento foram discutidos temas, propostas e planos de enfretamento além de questões ligadas ao ativismo no Brasil e políticas públicas de diagnóstico. Não ficaram de fora dos debates questões como o sucateamen- “Isso ainda gera uma angústia muito grande, como se coubesse somente a nós dar conta da epidemia...” to do Sistema Único de Saúde - SUS e a terceirização do setor. O Estado de Minas Gerais, por exemplo, trouxe para o centro dos debates temas fundamentais. A coordenadora do Grupo Solidariedade MG, Maria Lúcia Antônio, por exemplo, afirmou que em Minas Gerais as unidades de Saúde são insensíveis no atendimento aos portadores de HIV usuários de droga. “Muitas vezes não há médicos e o acolhimento é feito por profissionais que desconhecem a complexidade do uso simultâneo de antirretrovirais e uma droga como o crack”. Para Roberto Chateubrian, representante do GAPA mi- neiro, nos últimos anos houve uma considerável evolução no combate Aids. Apesar disto ele ressalta que 11 mil mortes ainda representam um valor elevado de casos. “Isso ainda gera uma angústia muito grande, como se coubesse somen- Aids Ativismo “O Erong mais uma vez mostrou que estamos cada vez mais fortalecidos regionalmente”. te a nós dar conta da epidemia. A impressão que se tem é que embora tenhamos caminhado muito ainda estamos no mesmo lugar”. Afirmou Roberto. Falando pela ABIA – Rio de Janeiro, Veriano Terto tratou de questões referentes ao diagnóstico tardio. Em seu 10 no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo discurso foram levantados dados relevantes mostrando que entre 2003 e 2006, 43,7% das pessoas quando diagnosticadas já chegam com deficiência imunológica.” Afinal porque é importante o diagnóstico precoce: melhora do prognóstico, menos efeitos colaterais e qualidade de vida”. Lembra Veriano. Ao término do encontro o presidente do Fórum de Ong Aids do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, destacou a interação entre os movimentos na região. “O Erong mais uma vez mostrou que estamos cada vez mais fortalecidos regionalmente”. Avaliou. Rodrigo ressaltando que as propostas apresentadas serão encaminhadas aos respectivos destinatários e as respostas às demandas serão monitoradas nos próximos 2 anos. MN capa Confira algumas propostas aprovadas em cada um dos grupos de discussão Plano de Enfrentamento do HIV/ aids entre gays e HSH (homens que fazem sexo com homens Destinatário: Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Proposta: A criação, implementação e efetivação do Plano Nacional de Enfrentamento a Tuberculose, com ações propositivas no campo da aids, visando a diminuição da coinfeccção Destinatário: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA Proposta: Que a ANVISA reveja os critérios de avaliação para doação de sangue, não se baseando na orientação sexual. Plano de Enfrentamento (Feminização) Destinatário: Departamento de DST e Aids e outros departamentos do Ministério da Saúde Proposta: Cumprimento das metas relativas à reprodução assistida de mulheres vivendo com HIV/aids Destinatário: Departamento de DST/AIDS e outros Ministérios Proposta: Realização de pesquisas clinicas, epidemiológicas, sociais e comportamentais sobre os efeitos da lipodistrofia e das deficiências em decorrência do HIV/aids sobre as mulheres Quais os entraves para reverter o diagnóstico tardio Destinatário: Departamento de DST e Aids Proposta: Garantir acesso e acessibilidade a pessoas com deficiência nos CTAs [Centros de Testagem e Aconselhamento] e demais serviços da rede de saúde. Destinatário: Departamento de DST e Aids Proposta: Garantir atendimento em dias e horários alternativos nos CTAs para populações específicas Ativismo e Atuação Política Portadores do HIV: Previdência e Trabalho Destinatário: Movimento Social de aids (Fóruns e Redes) Destinatário: Ministério do Trabalho e Previdência Social Proposta: Realização de capacitações em ativismo político destinada a novos ativistas para o movimento de aids Proposta: A elaboração de um programa / projeto de inserção ou reinserção ao mercado de trabalho para as pessoas vivendo com HIV/AIDS que não mais se encontram amparados pelo auxílio doença. Destinatário: Movimento social de aids Proposta: Que haja um maior trabalho nas bases (Fóruns Estaduais) de formação continuada sobre ativismo e atuação política. Destinatário: Centrais sindicais Proposta: Sensibilizar e capacitar sindicatos em questões pertinentes ao HIV/aids, previdência e trabalho. Política de Incentivo e Sustentabilidade das Ongs Destinatário: Departamento de DST e Aids Pobreza, Crack e Aids Destinatário: Departamento de DST e Aids Proposta: Sensibilização e instrumentalização de profissionais de saúde (infectologistas/psicólogos/assistente social) para um atendimento humanizado aos usuários de drogas Destinatário: Departamento de DST e Aids Proposta: Capacitação de ONG e agentes de saúde sobre o tema Crack e aids Proposta: Considerando o excessivos gastos com gestão na execução dos PAMs [Planos de Ação e Metas], que os recursos oriundos da política de incentivo fundo a fundo sejam distribuídas da seguinte forma: 30% para prevenção 30% para assistência e 40% para gestão. Destinatário: Departamento e Programas Estaduais de DST/Aids Proposta: Que seja realizado um estudo que apresente as possibilidades legais de contratação de recursos humanos e manutenção e/ou criação de infra-estrutura organizacional. Aids Ativismo | no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo 11 FILMOTECA BÁSICA Crédito: Dan Zaitz A VELOCIDADE DE GARY (The Velocity Of Gary, EUA, 1998, 100 min.) Drama dos anos 90, que tem no elenco nomes consagrados como a mexicana Salma Hayek (Frida), que interpreta Mary Carmen, uma mulher apaixonada por Valentino (Vincent D’Onofrio), um ator de filmes pornográficos. Quando este conhece o garoto de programas Gary (Thomas Jane), a relação entre o casal estremece. A situação se agrava quando Valentino descobre ser soropositivo. Para abrandar os últimos dias de vida do amado, Mary Carmen não se importa de dividir o amor de Valentino com Gary. Está formado um explosivo triângulo amoroso. Diretor: de Dan Ireland Elenco: Salma Hayek; Thomas Jane; Chad Lindberg; Olivia D’Abo; Vincent D’Onofrio; Shawn Michael Howard; Khalil Kain; Danny Arroyo; Marion Eaton; Ethan Hawke; Tzi Ma; Jacob Sidney ABC ÁFRICA Crédito: Arquivo (ABC África, Irã / França, 2001, 085 min) O cinema poético do iraniano Abbas Kiarostami (Gosto de Cereja) abre exceção neste documentário para uma tarefa triste e dolorosa. O diretor recebeu da ONU a incumbência de conhecer e filmar, em Uganda, o drama das crianças órfãs de pais soropositivos. O resultado, em registro digital, não poderia ser convencional e o cineasta faz de sua própria surpresa frente à tragédia o objeto de reflexão. Como a proliferação da doença está intimamente ligada à miséria, a fita também é um retrato do cotidiano penoso do povo africano, questionado em conversas e depoimentos informais. Diretor: Abbas kiarostami Crédito: Arquivo ANTES DO ANOITECER (Before Night Falls, EUA, 2000, 125 min) Aids Ativismo O foco desse drama biográfico é antes de tudo o amor e a rebeldia que a Aids consome num epílogo melancólico. O herói desregrado em questão é o escritor cubano Reinaldo Arenas (1943-1990), jovem homossexual de origem pobre que divide o tempo entre os prazeres idílicos da ilha, a literatura, os parceiros e a boa disposição para o engajamento político. Chega a se unir aos revolucionários para levar Fidel Castro ao poder, mas quando este chega lá é apresentada uma situação que não a de simpatia por gays e artistas incluídos. 12 Reinaldo Arenas pena sete anos na prisão e por fim migra para Nova York, onde adoece e morre. O filme conta com a espetacular interpretação do premiado Javier Bardem, como Arenas, especialmente na passagem da prisão, quando também Johnny Depp marca presença no papel do travesti Bon Bon. Diretor: Julian Schnabel Elenco: Javier Bardem, Johnny Depp, Sean Penn Os filmes aqui relacionados integraram a programação da II Mostra AIDS. - Fontes: www.aids.org.br no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo acontece IV Encontro Nacional de adolescentes e jovens vivendo com HIV/AIDS Evento realizado entre os dias 09 e 12 de julho, em Curitiba (PR) contou com representantes de várias partes do país A quarta edição do encontro foi realizada pelo Centro Popular de Formação Padre Josimo, em parceria com a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/aids. Cerca de 130 representantes de pelo menos 25 Estados discutiram entre outros assuntos a necessidade de mais iniciativas para o convívio da AIDS, como a implantação de novas políticas públicas. Dentre os temas debatidos um dos destaques foi à situação das novas gerações que terão de conviver com a Aids. Dados do governo indicam que atualmente no Brasil existam cerca de 9 mil crianças e adolescentes com Aids. Mariângela Simão, diretora do Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids do Ministério da Saúde acredita que tratasse de uma parcela da população que preocupa. “São pessoas que adquiriram o vírus HIV pela gestação da mãe ou na relação sexual precoce e que, com os novos medicamentos disponíveis, vão atingir a idade adulta, terão sonhos e expectativas, como todas as outras pessoas”. Afirmou Mariângela. O evento teve financiamento do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).O evento contou ainda com o apoio dos ministérios da Educação, Trabalho e Emprego, Secretaria Nacional da Juventude, Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), além das secretarias da Saúde do Estado do Paraná, do Município de Curitiba, da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/ Aids e do Fórum Paranaense de ONG/Aids. Ao término do encontro a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS (RNAJVHA) aprovou uma carta aberta a população constando reivindicações e o estabelecimento de objetivos e metas de ação. Confira a seguir, a íntegra do documento. MN Carta aberta de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS “Nós, Adolescentes jovens que vivemos com HIV/ AIDS de todo o Brasil, reunidos na cidade de Curitiba nos dias 9 a 12 de julho de 2009, durante o IV Encontro Nacional de Adolescente e Jovens Vivendo com HIV/ AIDS com o tema “Qualidade de Vida: a responsabilidade é nossa”, reafirmamos a importância da Rede Nacional de Jovens que Vivem com HIV/AIDS, tendo na carta de princípios o norteador dos anseios de luta pela qualidade de vida e de cidadania no território nacional. Assumimos o compromisso de romper com os processos de tutelamento que regem movimentos e principalmente nós adolescentes jovens, queremos ter Autonomia para que nossas escolhas sejam respeitadas e referendadas, queremos Respeito, queremos Trabalho, queremos Saúde, queremos Seguridade Social e principalmente o reconhecimento que somos PESSOAS, sujeitos da nossa própria história. No presente, ainda nos preocupa a situação das casas de apoio no que se refere aos adolescentes e jovens. Queremos que o Estado cumpra o seu papel de proteger a vida e ser responsável de criar condições para o desenvolvimento de nossas potencialidades humanas e do exercício de nossa cidadania. Reconhecemos que ainda se fazem necessárias a construção de políticas públicas específicas para a Juventude, e em especial para os adolescentes jovens vivendo com HIV. Precisamos aliar forças e desejos a outros movimentos sociais como a RENAJU (Rede Nacional de Grupos Movimentos e Organizações da Juventude, como a RNP+ Brasil (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/ AIDS) e as Cidadãs PositHIVas (Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas), bem como a aproximação para encaminhamento de nossas demandas com organismos governamentais e organismos internacionais ligados às nossas especificidades como a Secretaria de Políticas da Juventude, as secretarias especiais de Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres, os ministérios da Educação, do Trabalho e Emprego, de Desenvolvimento Social, da Saúde, e Ministérios Públicos, entre outros. Temos como prioridade a construção da rede em âmbito municipal e regional como forma de fortalecimento da Rede na esfera nacional prevendo a organização e a realização de encontros regionais em um ano, e no outro ano o Encontro Nacional para a construir nossa agenda política. Reconhecemos que nesta construção de nossa trajetória é importante o apoio recebido por meio do Departamento de DST/AIDS do Ministério da Saúde, das agências do Sistema ONU com ênfase na Unicef a qual dedicou um departamento inteiro para cuidar de assuntos relacionados a nós adolescentes e jovens vivendo com HIV/Aids, a PACTBrasil enquanto mantenedora do Programa de Formação de Jovens Líderes Vivendo com HIV/Aids; desejando e monitorando este processo como um agregador de forças na construção da rede, não queremos que este processo duplique esforços nem torne refém a agenda da rede ou promova trajetórias pessoais em detrimento do desenvolvimento coletivo. Necessitamos ainda construir nossa agenda política, desenvolver a personalidade formal e jurídica da Rede. Para tanto são necessários: • a construção de aspectos da rede, como Missão, Visão, Princípios e Estrutura que configurará seu processo administrativo e representativo (Estatuto, regimento interno). a divulgação da Rede através das mídias eletrônicas (Site, TV, Rádio). contribuir com MEC e Ministério da Saúde quanto á importância e ampliação do programa SPE (Saúde e Prevenção nas Escolas) e da participação do jovem vivendo na estruturação e execução deste programa. • Que a RNAJVHA tenha uma cadeira específica na CAMS, para que não estejamos concorrendo com os jovens do movimento estudantil, acreditamos que embora todos os jovens busquem a participação social e que suas vozes sejam ouvidas, as nossas lutas são diferentes, por isso não nos sentimos contemplados na fala destes outros jovens, percebemos que nós somos os protagonistas da vida com AIDS e que por nós só nós podemos falar e decidir, que além de prevenção as DST/Aids queremos democratização, universalidade e principalmente aplicabilidade dos nossos direitos humanos. • Por fim, queremos que o Ministério da Saúde adote como critério de juventude a população de 15 a 29 anos como é das Políticas nacionais de Juventude. Curitiba 12 de julho de 2009. Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS” Aids Ativismo | no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo 13 acontece Composição é usada como “coquetel do dia seguinte” A ideia de recorrer aos antirretrovirais, tanto antes de fazer sexo sem proteção como depois, tem origem em informações incorretas sobre a ciência médica. Segundo os especialistas ouvidos pela reportagem, a procura indiscriminada por esses medicamentos após a relação sexual sem preservativo, o chamado “coquetel do dia seguinte”, começou porque chegaram ao público informações erradas sobre as condutas do meio médico. São dois casos em que não portadores são orientados a tomar a medicação. Primeiro, quando a pessoa é vítima de violência sexual, para evitar um possível contágio. Ou quando um profissional de saúde (médico, dentista, enfermeiro) sofre um acidente de trabalho e tem contato com sangue do paciente. “A indicação é restrita e não há nenhuma comprovação de que funciona como estratégia de prevenção”, afirmou Maria Filomena Cernicchiaro, do Centro Estadual de Treinamento em DST/Aids de São Paulo. “Mas temos recebido pessoas que querem o medicamento porque esqueceram do preservativo depois da noitada. Alguns já chegaram até a ameaçar com violência diante da recusa, sem nem cogitar os efeitos colaterais que essas medicações podem acarretar.” Já a ingestão dos medicamentos antirretrovirais antes da relação sexual foi, segundo os especialistas, sequela de uma deturpação de novas pes- quisas da medicina. “Há testes iniciais em camundongos sem ainda nenhuma evidência de que funcionam”, afirma Éper Kállas, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP. Fonte: Agência Estado Cresce a participação do cecon joana d’arc em bertioga Iniciativa do Centro de Convivência Joana D`arc integra ações de esclarecimento e de combate a epidemia de AIDS já desenvolvidas pela entidade no litoral paulista Fotos: Arquivo CC Joana Dárc Aids Ativismo I 14 naugurada em abril deste ano o núcleo Bertioga, do Centro de Convivência Joana D’Arc e sua extensa agenda de atividades tem conquistado um espaço cada vez maior junto à comunidade de Bertioga, município do litoral norte de São Paulo. São várias ações apresentadas, tais como: Atendimento Psicológico Individual e em grupo (a partir dos 05 anos); Reuniões de Grupo da Melhor Idade (a partir dos 45 anos e ambos os sexos) e Reu- niões de Grupo LGBT (ambos os sexos). Um dos destaques da programação fica por conta do projeto Cine Cidadania. Um vídeo-debate onde após a projeção de um filme (voltado a temáticas como: direitos humanos, sexualidade, cidadania, etc.) os participantes realizam um debate sobre as questões apresentadas. Dentre as ações realizadas e que obteve grande aceitação está o pedágio informativo. Durante o mês de agosto, graças à parceira com a Coordenação Municipal de DST/Aids e Hepatites de Bertioga foram distribuídos em dois pontos estratégicos da região folhetos, cartazes sobre a entidade, preservativos masculinos além de um vasto material in- formativo sobre AIDS e outras DST. Outras iniciativas ocorreram em alguns bairros e equipamentos públicos, com a parceria da Secretaria Municipal e Assistência Social. O Projeto Ciranda da Vida, voltado à família de baixa renda, com idade a partir dos 15 anos e o Projeto “Eu, você e Nós”, para adolescentes a partir dos 12 anos. Fotos: Arquivo CC Joana Dárc no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo De acordo com o levantamento feito pela organização já foram oferecidas na região 75 sessões de psicoterapia breve; 08 sessões do Cine Cidadania, contando com a presença de 62 pessoas; 06 grupos em cada um dos projetos, tendo a participação de mais de 318 pessoas; 04 reuniões do Grupo LGBT e da Melhor Idade. Ronaldo da Costa, diretor presidente do Centro de Convivência Joana D´Arc ressalta que a inauguração da unidade em Bertioga é o resultado da soma de esforços de entidades governamentais ou não que buscam oferecer atendimentos qualificados para o munícipio.“Apesar da entidade ter como público-alvo as pessoas vivendo e convivendo com HIV/ AIDS, todos os cidadãos bertio- Fotos: Arquivo CC Joana Dárc guenses podem participar, independente da sua sorologia”. Afirmou Ronaldo. Ser viços Centro de Convivência Joana D´arc - Av. Padre Anchieta, 1313 – Sala 06, no Jardim Lido PABX: 55 (13) 3317.2895. e-mail: [email protected] ou n A entidade funciona de 2.ª a 6.ª feira, das 09h as 17h. MN atividade Um beijo para o dia mundial de luta contra à aids Vik Muniz reuniu 1.200 voluntários em São Paulo para construir imagens de campanha contra o preconceito A foto imensa de Vik Muniz foi montada no Ginásio Pascoal Thomeu, em Guarulhos, na grande São Paulo e será exposta em quatro cidades brasileiras. Um esforço que contou com a colaboração de 1,2 mil pessoas. O trabalho integra a campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, que acontece no dia 1º de dezembro. O principal desafio desta realização consistiu em orientar os participantes, que segurando cada qual uma de um total de 540 plaquinhas montaram um imenso quebra cabeças formando a imagem de um beijo. O brasileiro Vik Muniz, que atualmente vive em Nova York veio ao país especialmente para fazer esse trabalho a convite do Ministério da Saúde. O artista já é mundialmente conhecido pelas réplicas que fez de Mona Lisa com geléia, e de Leonardo Da Vinci com manteiga de amendoim. O projeto que durou cerca de duas semanas para ser concluído teve início com o artista fotografando casais no Rio de notas Em relação à matéria “Queda nos preços deve aumentar distribuição de preservativos”, publicada na edição anterior do JAA, a positivo, e cujo filho em decorrência da terapia com antirretrovirais é negativo; de CRÉDITO: Keiny Andrade/AE Janeiro, que vivem ou convivem com HIV/AIDS. O Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites auxiliou no recrutamento de voluntários. De acordo com o diretor adjunto do departamento Eduardo Barbosa o objetivo foi o de contar com casais que vivem a realidade da discriminação e do preconceito. um casal de homossexuais masculino, outro casal de lésbicas e um casal hétero. Curiosamente Vik também foi protagonista de uma das fotos em que aparece tapando a boca, Nesta primeira etapa quatro beijos foram fotografados sendo de uma mãe com HIV presidente do Instituto Cultural Abong. Marta Mcbritton. encaminhou comunicado a nossa redação destacando a seguinte informação: Os preservativos masculi- nos são isentos de ICMS desde 11 de dezembro de 1998, este benefício fiscal esta garantido até 31 de dezembro de 2011. A isenção fiscal de ICMS é uma conquista da sociedade civil e do Programa Nacional de Aids, com o propósito de diminuir o custo do preservativo para o consumidor final. O preço médio dos preservativos em farmácia e supermercados giram em torno de $ 1,00 a R$ 7,00 ( embalagens com a orelha e os olhos. Mariângela Simão, coordenadora do Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais, afirma que o tema do Dia Mundial da Luta Contra a Aids deste ano terá grande enfoque na questão dos direitos humanos. Sobre o trabalho de Vik Muniz Mariângela espera que o mesmo possa ser apresentado ao mundo ressaltando o compromisso do Brasil, na luta contra a aids. Mariângela explicou que o estado de São Paulo foi escolhido para ser o local da foto de Vik Muniz pelo fato de ser o estado onde foram diagnosticados os primeiros casos de aids, pela concentração de pessoas vivendo com HIV e pelo grande ativismo existente. MN 03 unidades), dependendo da característica do preservativo, aromatizados, texturizados, embalagem etc. Há muita variedade de preço e tipos. Marta Macbritton Presidente Barong Aids Ativismo | no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo 15 fórum EEONG - Encontro Estadual de ongs aids do Estado de São Paulo P restes a completar três décadas da epidemia do HIV/AIDS, cerca de 80 participante entre delegados e observadores, reuniram-se no VII EEONG – Encontro Estadual de ONGs AIDS do Estado São Paulo com a proposta de aprendizagem, troca de informações e experiências, e principalmente na propositura de ações e políticas de saúde que permeiam a Luta Contra o HIV/AIDS no âmbito do Estado de São Paulo. Visando ultrapassar dificuldades que impactam a perenidade das ações executadas pelas ONGs/ AIDS, discutiram-se três eixos de sustentabilidades: o técnico, o político e o financeiro. Ficou clara a intenção das ONGs/AIDS do Estado de São Paulo em estimular a capacitação profissional para a busca de recursos e a qualidade da gestão institucional. Evitando manter a sua sustentação apenas em pilares de financiamentos com recursos públicos nacionais, mas, juntar a Aids Ativismo estes, recursos privados nacionais e internacionais. A atualização constante de temas referentes às certificações, voluntariado, jurídico e contábil é importante neste contexto. 16 Recomenda-se a atuação das ONGs paulistas junto às Câmaras Municipais no intuito de estimular a criação de fóruns suprapartidário de DST\HIV\ AIDS. Também é prioridade para a sociedade civil organizada do Estado de São Paulo o incremento de políticas efetivas de prevenção para conter a transmissão do HIV. Neste sentido, é premente que as Secretarias de Saúde do Estado e dos municípios de São Paulo produzam e disponibilizem materiais educativos de prevenção tanto para a população em geral, quanto para as populações mais vulneráveis, não se olvidando de elaborar materiais específicos que contemplem com uma linguagem clara e compreensível à portadores de necessidades especiais e para pessoas na terceira idade. Na certeza de que haja mudança de paradigmas nos hábitos arraigados na população, é fundamental que os trabalhos de prevenção junto às crianças e adolescentes sejam muito bem articulados entre as Secretarias Estaduais da Saúde e Educação, juntamente com o Conselho Estadual dos Direitos da Criança (CONDECA), com vistas à intersetorialidade e a transdisciplinariedade. Possibilitando e estimulando a capacitação continuada dos profissionais da educação. E que os jovens abrigados na Fundação CASA não permaneçam na periferia desta política. O debate a respeito do teste rápido verificou a necessidade de solicitar que a SES divulgue os locais e horários de atendimento para as ONGs e para a sociedade em geral para a realização do mesmo. Além disso, que durante a coleta do teste rápido se informe ao usuário a possibilidade de realizar outros exames mais demorados como hepatite, VDRL. Não se deixando jamais de privilegiar a confidencialidade do aconselhamento nos CTAs, e em outras unidades de coleta. A atenção para as co-infecções, tuberculose e hepatites entre outras, deve ser alvo dos trabalhos da SES. No circulo da população prisional, a realização de campanhas de prevenção especificas e permanentes, em conjunto com a Secretaria de Administração Penitenciária, é principal forma de combater os altos índices de disseminação do vírus HIV e destas co-infecções. Somados aos planos de enfretamento destinados aos HSH e mulheres, existam planos similares que contemplem homens héteros e UDs, entretanto, é importante salientar a necessidade de divulgação para a sociedade civil das metas cumpridas em tais planos. Além da realização de estudos sentinela no estado de São Paulo para populações por categorias de exposições. A garantia do acesso desburocratizado aos preservativos, sobretudo as populações mais vulneráveis, é uma das formas mais eficazes de conter a transmissão do HIV. No tocante à assistência exigimos medidas que reduzam o número de óbitos por AIDS em São Paulo,e para tanto é urgente que a SES pesquise a mortalidade precoce que aqui ocorre. Entre outras, uma das formas de equacionar esta questão é o combate à morosidade para o agendamento de no 22 | Julho / Agosto / Setembro | 2009 | Publicação do Fórum de ONG / AIDS do Estado de São Paulo especialidades clínicas nas esferas municipais e estadual. Exigimos a garantia do direto ao trabalho para as Pessoas Vivendo com HIV/AIDS que goze de capacidade laborativa, em condições justas de competitividade, para tanto as Secretarias do Trabalho devem intensificar políticas de inserção social e mecanismos de acesso ao mercado de trabalho. O Encontro Estadual também pautou o Ativismo que hoje é realizado pelo movimento social organizado no estado de São Paulo, incluindo a relação com os entes governamentais e os seus espaços de representação. Sendo decidido que os ativistas paulistas devem estar instrumentalizados para o acompanhamento dos Planos de Ações e Metas, que também devem garantir atuação junto aos Conselhos de Saúde e Comissões de AIDS, assim como uma proximidade e parceria com o Fórum de Patologias. Cumpre ressaltar que os participantes do VII EEONG – Encontro Estadual de ONGs AIDS do Estado São Paulo entendem que a atuação conjunta é a melhor forma de atingir os melhores resultados na Luta contra o HIV/AIDS. ENCONTRO ESTADUAL DE ONG/ AIDS DO ESTADO DE SÃO PAULO Fórum de ONG/AIDS do Estado de São Paulo GRUPO PELA VIDDA; APPA; RNPSOL; ASS. ROSA VERMELHA; ALV; MAPA; INSTITUTO VIDA NOVA; ASSOCIAÇÃO LAR; DIET. MOGI; GAPA/SP; GRUPO DA AMIZADE; GRUPO TUMM; GOAS; RNP+ABCDMRR; GRUPO VIDA; AVIDDA; GADA; GAAVER; DCAINST. DIET; NEPS; APIS; RNP+ CAMPINAS; CEFRAN ; GHIV; SONHO NOSSO; GAPA/RP; RNP+ CATANDUVA; GIV; SEIVA; PROJETO BEM-ME-QUER; GVTR; GAPISI GEPASO; BRENDA LEE; AFXB; INST. BARONG; GRUPO HIPUPIARA; ALIVI; VITÓRIA RÉGIA; G.Vida Viver é PRECISO; JOANA DARC; MISSÃO HIVIDA COAPA; É DE LEI; CONF.MULHERES DO BRASIL; PROJ.ESPERANÇA SÃO MIGUEL PAULISTA;AVIAPA;N. CASA DE ACOLHIDA; GASPA; ASSERTA